LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 06, 2020 7:24 pm

Mas terá de ser assim para sempre?
Em O Livro dos Espíritos, Capítulo XI, Amar o próximo como a si mesmo, o Espírito Lázaro explica-nos:
“O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado”.
No mesmo capítulo, garante-nos o Espírito Fénelon:
“O amor é de essência divina.
Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado”.
As advertências dos Espíritos que se manifestam na Codificação Espírita mostram-nos que o cultivo do sentimento do amor é algo que está ao alcance de todos e é imprescindível o apuramento desse sentimento, tal como Jesus nos ensinou.
Estaremos nós, atualmente, mais aptos à vivência do amor?
Estamos convictos que sim.
Reparemos que é nos momentos em que a dor aperta, nos momentos de calamidade maior, em que a segurança geral se vê abalada, que a nossa sensibilidade mais desperta, e, com ela, os sentimentos de solidariedade, compaixão, partilha…
Vemos isso despertar por todo o lado, de uma forma bastante evidente.
Atitudes negativas que antes tolerávamos como rotineiras, em relação a humanos e até mesmo animais, hoje parecem-nos inconcebíveis e repugnantes.
Por quê? Porque evoluímos.
Já não somos os mesmos.
Ou antes, somos os mesmos, mas diferentes, porque aprendemos e apuramos o sentimento.
Temos estado a crescer intelectualmente e moralmente.
A passinhos curtos, talvez demasiado curtos, mas estamos em crescimento constante.
E por isso, de vez em quando, a Espiritualidade Superior dá-nos um “empurrãozinho” piedoso, para que acordemos e avancemos com passos mais seguros.
Por quê? Por Amor. Sempre por Amor.
O Amor é o motor que faz avançar o Universo.
Foi por Amor que Deus nos criou.
Foi por Amor que Jesus desceu dos Páramos Superiores até ao nosso mundo atrasado, para nos fazer subir com Ele.
É por Amor que temos numerosos Amigos Superiores a trabalhar incansavelmente para que agarremos todas as oportunidades de crescimento e possamos fazer a nossa amada Terra avançar na escala dos mundos.
É por Amor, com o Amor e pela prática do Amor que haveremos de construir aqui mesmo na Terra o Reino de Deus, solicitado no Pai Nosso, quando pedimos ao Pai “venha a nós o Vosso Reino, assim na Terra como nos Céus”.
Faça-se aqui na Terra o que já se está fazendo nos Céus: o Reino do Amor, da Harmonia, da Paz, da Solidariedade entre os homens e entre os povos. Será esse o reino de Deus, em qualquer lugar e em qualquer tempo que nos encontremos.
Se não estivesse ao nosso alcance, Jesus não no-lo teria anunciado.
E não nos teria ensinado como alcançá-lo.
É hoje e aqui o tempo certo.
É esta a hora de enfrentarmos o desafio com Coragem e Fé.
Não desperdicemos mais uma oportunidade que Deus nos concede… mais uma vez. Inauguremos, de uma vez por todas, o Reinado do Amor.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Socorro da Espiritualidade

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 07, 2020 7:40 pm

por Nilton Moreira

Charles Lindbergh, aos 25 anos, já era piloto veterano do correio-aéreo e capitão da reserva da Aeronáutica, e na esperança de abocanhar um prêmio de 25 mil dólares oferecido por Reymond Orteig (hoteleiro de Nova Iorque) para quem vencesse num só raide, e sem escalas, a distância de 3.600 milhas que separam Nova Iorque de Paris, decide aventurar.
O avião, um Ryan monoplano munido de tanques especiais, motor Wright Whirlwind de 220 HP, não tinha faróis, calefacção, piloto automático e nem dispositivos para derreter o gelo.
Charles Lindbergh em momento de inspiração deu ao seu avião o nome de Spirit of Saint Louis.
Quando ele subiu à cabine às 7h40min da manhã sem ter dormido nas 24 horas anteriores, iria lamentar isso cada vez mais nas horas seguintes.
A decolagem foi difícil e ele escreveu:
"Por volta das 7h45min foi dada a partida ao motor e às 7h52min alcei voo rumo a Paris", isto em 20 de maio de 1927.
Agora, sobre a enorme vastidão do mar escuro, o piloto solitário dispunha-se a enfrentar a maior batalha de sua vida:
tempestades, névoas e gelo lutavam contra ele.
Às 18 horas de distância de Nova Iorque, percorrida metade do caminho, o sol levantou-se no Velho Mundo.
Lindbergh sabia que já não podia voltar atrás.
Nesse instante uma nova e terrível luta se travou. Precisava dormir.
Ele sacudia a cabeça, batia o rosto contra a palma da mão, remexia-se para se distrair.
As paredes da cabine de pano, sem pintura, confundiam-se com as nuvens cinzas, produzindo um efeito paralisante.
Foi então que aconteceu!
Em seu livro "The Spirit of Saint Louis" descreve sua luta contra o sono e a fadiga, um relato de sua inconsciência durante o voo, quando uma simples distracção provocaria a queda fatal.
Lindbergh narra, então, como formas espirituais entraram no avião e que sem a participação Deles nunca teria chegado a Paris.
Um Espírito guia o ajudava a afastar o sono.
Era uma força invisível que o arrancava dos abismos do sono.
E descreve como voou quase automaticamente:
o avião se desviava de seu rumo, o Espírito guia trazia-o de volta ao estado de consciência.
Lindbergh escreve:
"Embora eu não tire os olhos dos instrumentos, durante um tempo que me parece estranho, ao mesmo tempo cheio de sono, a cabine se enche de presenças fantásticas (...), não sinto surpresa nem medo ao vê-las; sem virar a cabeça, eu as vejo tão claramente como se meu crânio se tornasse um olho que vê por todos os lados ao mesmo tempo.
Agora são muitos em torno de mim... e me falam com uma voz forte, mais forte que o ruído do motor.
Suas vozes me aconselham sobre o voo, discutem problemas de navegação, corrigindo e dando-me orientação de extraordinária importância.
A distância entre Nova Iorque e Paris já não importa, meu corpo deixou de ter peso”.
“Esses Espíritos parecem constituir numa reunião de família e de amigos, depois de anos de separação entre nós, como se eu os tivesse conhecido antes, em uma encarnação anterior.”
Finalmente, após horas dessa companhia espiritual, Lindbergh chega a Paris.
Foi uma apoteose.
Depois retorna aos Estados Unidos como herói.
Seu voo foi importantíssimo para o progresso da aviação e seu sucesso deveu-se inegavelmente à cooperação directa dos Espíritos.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty A Doutrina é dos Espíritos

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 08, 2020 7:26 pm

por Orson Peter Carrara

Foram eles que provocaram os fenómenos, que buscaram os médiuns, que responderam às instigantes questões propostas pelo Codificador.
Também, em diferentes casos, submeteram-se às pesquisas de nobres cientistas que investigaram os ditos e variados fenómenos, que inspiraram textos e ditaram páginas e livros que orientam, elucidam, ensinam.
A Doutrina Espírita é, pois, dos Espíritos.
A iniciativa foi deles, embora com a participação de médiuns – desde o seu advento até os dias de hoje – e do notável e incomparável trabalho daquele que organizou sistematicamente os ensinos para publicar as obras básicas, que se desdobraram nas complementares; na Revista Espírita, fez surgir os adeptos, que se organizaram em grupos variados, e que trabalham pelo ideal daí surgido, inspirando outros autores – encarnados e desencarnados –, ao longo do tempo, que haurem nessa fonte inesgotável os conhecimentos que dela jorra sem cessar, a partir de O Livro dos Espíritos.
A reflexão surge em virtude de uma velha questão, bem própria de nossa condição humana, ameaçadora da plena vivência espírita: a questão dos extremos entre o carinho que se possa ter por destacados expoentes doutrinários do Espiritismo e os perigos ou ilusões do endeusamento de pessoas, médiuns, dirigentes, escritores ou palestrantes.
A qualificação de expoentes doutrinários destina-se a nominar autênticos trabalhadores da causa que se destacaram em suas cidades, estados ou países, ou mesmo na intimidade de instituições – não importando o tamanho –, com suas posturas de humildade e serviço, desprovidos de intenções contraditórias e de cuja coerência desdobram-se inúmeras bênçãos em favor de muitos.
É o caso de nomes respeitáveis, que não se valem do Espiritismo para nada, excepto para promover sua plena vivência e divulgação.
São muitos os exemplos, apesar de serem humanos e limitados em muitos aspectos, como ocorre com nossa condição de cidadãos comuns.
Tais comportamentos e legado de exemplos gera carinho e gratidão, que não deve nunca se confundir com endeusamento.
Esse, o endeusamento, é postura equivocada, por variadas razões, bem óbvias, por sinal, e por isso, desnecessário enumerá-las.
A vigilância deve ser nossa.
O respeito e o carinho nos permitem observar e aprender com quem nos dá exemplos de perseverança, trabalho, de prudência e dedicação, onde se somam as virtudes também da humildade e da exacta noção do servir.
Esses exemplos de conduta e trabalho se tornam referências em quem podemos confiar.
Traduzem estímulos de trabalho e coerência.
Isso não significa endeusamento (e temos que lutar contra os excessos de quaisquer géneros), mas sim as excepções que inspiram confiança e, se estabelecermos o critério de que não devemos endeusar nem seguir pessoas, referido critério generaliza-se como regra a pretexto de estarmos endeusando.
E aí casas e pessoas ficam condução segura.
Não se trata, pois, de endeusamento, mas gratidão e carinho, cujos limites devemos discernir, sem generalizar com leviandade.
Caso contrário, viveremos ou alimentaremos o Espiritismo sem os Espíritos.
As instituições espíritas necessitam e devem cultivar com todo empenho a fraternidade espontânea em seus ambientes.
Senão teremos casas deprimidas, sem vida, onde o contacto pessoal é a pedra de toque para vivermos o Espiritismo em sua grandeza e essência, na vivência plena da fraternidade, do carinho e da gratidão.
Daí a importância das lideranças autênticas, daquelas em quem podemos confiar e sempre resultante do trabalho e do empenho no bem.
Daquelas que não geram fanatismo, nem tampouco estimulam endeusamentos, mas que respeitam a própria equipe com o exemplo pessoal de dedicação ao ideal que esposam.
Nós, por nossa vez, devemos cuidar para buscar sempre o equilíbrio nesse campo subtil entre o carinho e a gratidão, ou o reconhecimento pelo trabalho – integrando-se inclusive ao trabalho – sem buscar auto-promoção ou elegendo o fanatismo como regra de conduta.
Esse é sempre prejudicial, bem ao oposto da gratidão, que reconhece o trabalho como caminho de equilíbrio.
Sendo a Doutrina dos Espíritos, sigamos sim os bons Espíritos, ou em outras palavras, os bons exemplos, que todos saberemos identificar, estejam eles encarnados ou desencarnados.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Caracterizando a humildade

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 09, 2020 7:30 pm

por Ricardo Baesso de Oliveira

De todas as virtudes, a humildade talvez seja a de mais difícil entendimento.
Haja vista a expressão pobre de espírito que muitos, ainda hoje, não entendem e que se refere à própria humildade, segundo caracterizou Kardec.
Humildade não é:
Simploriedade: qualidade daquele que é muito crédulo, tolo, ingénuo.
Subserviência e submissão, que retratam muitas vezes a covardia, ou a bajulação interesseira.
Desleixo que é a falta de cuidado ou higiene.
Pobreza: muitos pobres são acentuadamente soberbos.
Mas do que se trata essa virtude?
Emmanuel vai defini-la como o reconhecimento de nossa pequenez diante do universo.[l]
Trata-se, portanto, de uma atitude íntima onde o sujeito vê-se pequeno diante de toda a realidade existente.
Joanna de Ângelis, por sua vez, acrescenta que esse sentimento se acompanha de uma certificação do que se é, do que se já alcançou, e, de forma alguma, de uma tendência (quase sempre hipócrita) de negar o próprio valor.
Segundo a benfeitora, mente todo aquele que exibe dotes que não possui, quanto o indivíduo que os esconde e nega. [ll]
Mas estas duas constatações íntimas se acompanham de um desejo sincero de ir além do que se é, de ultrapassar fronteiras, se colocando na condição de aprendiz.
Assim, três traços comportamentais estão presentes na Humildade:
(1) identificação de nossas imperfeições,
(2) reconhecimento de nosso valor e
(3) atitude de quem crer aprender e evoluir.

Sem o reconhecimento de nossa pequenez, não nos colocamos na posição de aprendizes (nada há a ser aprendido).
Sem a identificação do que já temos não temos como saber aonde ir.
Imaginemos um cidadão que vai, pela primeira vez, à cidade do Rio de Janeiro, assistir a uma conferência no Hotel Copacabana Palace.
Em certo momento, verifica-se completamente perdido, sem saber o que fazer.
Encosta, então, seu carro, toma o celular e liga para um amigo que lá reside e indaga:
- Como faço para chegar ao Hotel Copacabana?
Obviamente, o amigo lhe fará a seguinte pergunta:
- Onde você está?
Se ele não souber dizer onde está, será impossível saber aonde ir.
Isso é evidente na personalidade de Jesus.
Recusou o adjetivo de bom, mesmo sendo o Governador espiritual da Terra, mas aceitou o qualificativo de mestre.
Não se considerava bom, porque diante de Deus, reconhecia sua pequenez, mas admitiu ser mestre, ou seja, o que ensina.
Isso também é evidente em Pitágoras.
Um de seus contemporâneos, encantado com suas virtudes, lhe disse:
- Você é um sábio!
Ele retruca:
- Não, não sou; conheci muitos sábios, mas eu não sou.
O que eu sou é um filósofo (amante da sabedoria).
Identificamos nessa personalidade os três traços da humildade.
1 - Outros estão muito à sua frente.
Estes são os verdadeiros sábios: reconhecimento da pequenez.
2 - Ele possui a virtude do amor ao saber, já é uma conquista sua: identificação do próprio valor.
3 - Como amante do saber, ele se coloca na condição de aprendiz.

Tão extraordinário é esse sentimento, que Kardec reproduz, em O Evangelho segundo o Espiritismo, o seguinte pensamento:
Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita virtude, com orgulho.[lll]

[l] Pensamento e vida.
[ll] Vida feliz.
[lll] E.S.E., cap. XVII.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty A lei é de causa e efeito

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 10, 2020 7:28 pm

por Yé Gonçalves

Sabemos que a semeadura é livre.
Temos a liberdade para semear o que quisermos.
Semear alegrias ou tristezas; sorrisos ou lágrimas; abraços ou distanciamentos; motivações para o trabalho ou o desânimo e a preguiça; igualdade ou desigualdade; inclusões ou exclusões; amor ou indiferença; etc...
Temos, também, a ciência de que a colheita é obrigatória.
Como pretendermos colher alegrias, se apenas semeamos tristezas?
Como nos atrevermos a colher a compreensão dos outros, se só semeamos a discórdia, a indiferença e a exclusão?
Como exigirmos um presente melhor, se causamos estragos no passado?
Agora, a boa notícia nunca falha.
O Pai jamais abandona as suas criaturas.
Ele manda avisar que, apesar de a colheita ser obrigatória, a caridade (o amor em acção) pode suavizá-la.
Vide primeira carta do apóstolo Pedro, capítulo 4, versículos 8 e 9:
(...) Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados, sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações...
Dessa forma, ao fazer a colheita, praticando a caridade, acolhendo uns aos outros, sem murmurações, estaremos, automaticamente, semeando o amor e promovendo um mundo melhor e mais humano, isto é, mais fraterno.
Agindo assim, será que estaremos livres das amarguras, da dor e do sofrimento, das vicissitudes do dia a dia?
Certamente que não, porque ainda estamos em provas e expiações.
Mas estaremos fortalecidos moralmente e unidos em pensamentos para actuarmos, em nome do amor, a fim de vencermos desafios e nos tornarmos melhores e transformados pela força do amor.
Portanto, tenhamos toda a atenção e o devido cuidado de que a lei é de causa e efeito; mas o amor em acção..., esse, sim, tudo pode!

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty COMO REAGIR QUANDO A DOR E O SOFRIMENTO CHEGAM?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 11, 2020 7:34 pm

Hoje senti vontade de estar só...
Senti vontade de encontrar algum lugar que me livrasse das dores da tristeza...
Foi então que descobri que em cima da casa, no telhado, posso encontrar um momento só pra mim..
Posso chorar, imaginar, reflectir e até mesmo sentir o vento tocar a minha pele...
Senti Deus em mim, e conseguir ter forças para acreditar em mim, acreditar em meus sonhos, acreditar no que penso...
Acreditar que por mais que seja a luta, ainda posso enfrentá-las...
Não posso acreditar em algumas pessoas, que me dizem que não sou capaz, que me dizem que não vencerei...
Pois eu preciso acreditar que vencerei, e que sou capaz, pois Deus está comigo e Ele nunca me deixará...
Tenho que acreditar na minha felicidade...
Acreditar que um dia serei feliz e ter confiança no meu potencial, nas minhas atitudes, sempre tomando a verdade como principio.
Vou continuar andando, persistindo, lutando e não vou parar enquanto eu não ser feliz...
A Dor é Inevitável, o Sofrimento é Opcional.
Dor e sofrimento são coisas diferentes.
A dor faz parte da vida, não há como evitá-la.
O sofrimento, não.
O sofrimento pode ser diminuído e até evitado.
Vai depender de nós.
Existem maneiras de atenuarmos e evitarmos o sofrimento, trabalhando com nossos pensamentos e emoções.
O sofrimento é como se fosse uma dor crónica, não tratada, não cuidada, negligenciada.
A dor física anuncia que algo em nós não vai bem e precisa ser tratado.
A dor não é castigo: é contingência inerente à vida, cuja actuação enobrece o espírito.
O sofrimento é um conceito mais abrangente e complexo do que a dor:
“em se tratando de uma doença, é o sentimento de angústia, vulnerabilidade, perda de controle e ameaça à integridade do eu.
Pode existir dor sem sofrimento e sofrimento sem dor.
O sofrimento, sendo mais vasto, é existencial.
Ele inclui as dimensões psíquicas, psicológicas, sociais e espirituais do ser humano”.
A simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda:
A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar.
Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo.
“O sofrimento é inerente ao estado de imperfeição, mas atenua-se com o progresso e desaparece quando o Espírito vence a matéria”.
“O sofrimento é um meio poderoso de educação para as Almas, pois desenvolve a sensibilidade, que já é, por si mesma, um acréscimo de vida”.
“O sofrimento é o misterioso operário que trabalha nas profundezas de nossa alma, e trabalha por nossa elevação”.
“Em todo o universo o sofrimento é sobretudo um meio educativo e purificador”.
“O primeiro juiz enviado por Deus é o sofrimento, que procura despertar a consciência adormecida”.
“É apelo à ascensão.
Sem ele seria difícil acordar a consciência para a realidade superior.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 11, 2020 7:35 pm

Aguilhão benéfico, o sofrimento evita-nos a precipitação nos despenhadeiros do mal, auxilia-nos a prosseguir entre as margens do caminho, mantendo-nos a correcção necessária ao êxito do plano redentor”.
Allan Kardec, no cap. VI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz-nos que todos os sofrimentos, misérias, decepções, dores físicas, perda de entes queridos encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.
Naquele que não crê na vida futura as aflições se abatem com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem suavizar-lhe a amargura.
O jugo será leve desde que obedeçamos à lei.
Mas, que lei?
A lei áurea deixada por Jesus:
“Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito”.
Praticando-a, vamos actualizando as nossas potencialidades de justiça, amor e caridade, primeiramente com relação a Deus e, secundariamente, com relação a nós mesmos e ao nosso próximo.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty É REALMENTE NECESSÁRIO AGUARDAR 72 HORAS PARA "CREMAÇÃO?" PODE SER DOLOROSA PARA O ESPÍRITO?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 12, 2020 7:55 pm

Embora a cremação seja uma prática antiga em nosso mundo, Allan Kardec não tratou desse tema, o que equivale a dizer que a Doutrina Espírita não tem uma posição firmada sobre o assunto.
O que existe são opiniões pessoais, umas favoráveis, outras contrárias à referida prática.
Léon Denis, um dos mais importantes autores espíritas, era claramente favorável à inumação – ou seja, o sepultamento –, uma vez que a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento da entidade desencarnante, podendo ser mesmo dolorosa para a alma apegada à Terra.
Determinados Espíritos, como sabemos, permanecem por algum tempo imantados ao corpo material após o transe da morte, como acontece principalmente com os suicidas.
O desatamento do cordão fluídico nem sempre se consuma num curto espaço de tempo.
Nessas condições, o desencarnado é como se fosse um morto-vivo cuja percepção sensória, para sua desventura, continuaria presente e actuante.
A cremação viria causar-lhe um angustiante trauma, o que implicaria "aumentar a aflição ao aflito".
No mesmo sentido manifestou-se sobre o tema o conhecido escritor e estudioso espírita Richard Simonetti, que entende que, embora o cadáver não transmita sensações ao Espírito, este experimentará obviamente "impressões extremamente desagradáveis" se no ato crematório estiver ainda ligado ao corpo.
Paul Bodier, o renomado autor de “A Granja do Silêncio”, dizia que "a incineração, tal como se pratica entre nós, é, com efeito, prematura demais".
Talvez, por isso a inumação devesse ser o processo normal, só se cremando os cadáveres com sinais evidentes de putrefacção.
Das manifestações oriundas do plano espiritual a respeito de cremação, duas merecem citação.
No programa Pinga-Fogo na TV Tupi, levado ao ar no ano de 1971, em resposta a uma pergunta dirigida a Chico Xavier, o saudoso médium declarou que, segundo Emmanuel, "a cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório".
Merece destacar a recomendação do benfeitor espiritual acerca do tempo de espera necessário para que o processo de cremação não seja lesivo ao Espírito desencarnante: 72 horas, antes que a cremação seja efectuada.
Certamente, o tempo de espera por ele sugerido levou em consideração os aspectos negativos levantados por Léon Denis e Richard Simonetti.
Resta-nos, no entanto, uma dúvida:
estará realmente o Espírito desencarnante inteiramente desligado do corpo, findo o tempo mencionado?
Muitos anos depois, Irmão X – pseudônimo utilizado pelo Espírito de Humberto de Campos – examinou o tema na mensagem intitulada “O problema da cremação”, psicografada por Chico Xavier e publicada no livro Escultores de Almas, lançado em 1987.
Eis um trecho dessa obra:
“Se a lei divina fornece um prazo de nove meses para que a alma possa renascer no mundo com a dignidade necessária, e se a legislação humana já favorece os empregados com o benefícios do aviso prévio, por que razão o morto deve ser reduzido à cinza com a carne ainda quente?
Sabemos que há cadáveres dos quais, enquanto na Terra, estimaríamos a urgente separação, entretanto, que mal poderá trazer aos vivos o defunto inofensivo, sem qualquer personalidade nos cartórios?
Não seria justo conferir pelo menos três dias de preparação e refazimento ao peregrino das sombras para a desistência voluntária dos enigmas que o afligem na retaguarda?
Acreditamos que ainda existe bastante solo no Brasil e admitimos, por isso, que não necessitamos copiar apressadamente costumes em pleno desacordo com a nossa feição espiritual.
Meditando na pungente situação dos recém-desencarnados, observo quão longe vai o tempo em que os mortos eram embalados com a doce frase latina: - Requiescat in pace.
Não basta agora o enterro pacífico!
É imprescindível a apressada desintegração dos despojos!
E se a lei não for suavizada, com as setenta e duas horas de repouso e compaixão para os desencarnados, na laje fria de algum necrotério acolhedor, resta aos mortos a esperança de que os saltitantes conselheiros da cremação de hoje sejam amanhã igualmente torrados. “

(Do livro Escultores de Almas, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.)

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty O QUE ACONTECE DEPOIS DO NOSSO DESENCARNE.

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 13, 2020 7:39 pm

A maioria das pessoas, apesar de acreditar na imortalidade da alma, sente muito medo da morte.
Esse medo ocorre pelo desconhecimento do que acontece durante a morte, do que vem depois ou para onde vão assim como do receio de perder afeições.
As religiões pouco fazem para esclarecer os fiéis sobre a vida além-túmulo, assustando-os ainda mais.
A Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec é o Consolador prometido por Jesus, que vem eliminar esse medo, preparando-nos para enfrentá-lo serenamente, pois todos morreremos um dia.

Orienta-nos sobre a vida e a morte. Informa que toda pessoa é formada por três partes essenciais:
O corpo físico ou ser material, animado pelo princípio ou fluido vital;
A alma, que é o Espírito encarnado, habitando o corpo;
O perispírito ou corpo espiritual que une a alma ao corpo.

Então, o que acontece durante a morte, também chamada desencarnação?
O que acontece é uma mudança do lado material para o lado espiritual.
Você que está lendo tem um corpo físico, adaptado à vida material, utilizado pelo seu espírito que está unido a ele através do perispírito.
Isto é necessário para que você possa cumprir a sua finalidade na Terra, que é progredir em conhecimentos e sentimentos, através do esforço pessoal e do relacionamento com o próximo.
O organismo funcionando ao longo do tempo e segundo as circunstâncias vai se desgastando, diminuindo o fluido vital e a morte acontece.
Você deixa o corpo físico mas a sua alma (ou espírito) que é imaterial e imortal muda-se para o lado espiritual continuando a viver com o corpo espiritual (perispírito).
Acontece um desligamento dos laços que uniam o perispírito ao corpo físico.
Quando mudamos de um lugar para outro continuamos a ser o que somos, apenas nos desfazemos do que não é necessário.
Assim, também, quando desencarnamos, continuamos a ser a mesma pessoa, mas, nos desfazemos do corpo físico, pois não é necessário no mundo espiritual.
Agora que você já sabe que a morte é mudança, pense no seguinte, para perder o medo:
– Aqui na Terra temos hospitais, escolas, instituições beneficentes etc.
Quantas pessoas dedicadas ao bem em todos os níveis sociais!
Só não é auxiliado quem não quer.
Imagine agora no Plano Espiritual.
Nele está também a Bondade Divina, através dos Espíritos Protectores, dos Anjos de Guarda, dos Grupos de Socorro e Esclarecimento.
Aqui é uma cópia do que tem lá e sendo assim a assistência, o amparo, o esclarecimento no mundo espiritual são maiores.
Há também técnicos em auxílio aos que desencarnam.
– Também fique sabendo que a família terrena continua fazendo parte do nosso relacionamento juntamente com a família espiritual.

Há três tipos de desencarnação
a-) A desencarnação lenta, a mais usual e ideal.
A pessoa adoece por um prazo mais ou menos longo.
Tem tempo para meditar, reformular pontos de vista, fazer acertos, modificar-se.
Pode ser por velhice também, o fluido vital vai se esgotando.
Não é uma desgraça como pensam, é um factor de equilíbrio.

b-) A desencarnação súbita, o espírito é apanhado de surpresa, despreparado e se não praticou o bem fica apegado à vida material e sensações físicas.
As pessoas dedicadas ao bem com sinceridade não sofrem neste tipo de desencarnação.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 13, 2020 7:41 pm

c-) A desencarnação colectiva, semelhante à súbita, mas em conjunto com outras pessoas, por meio de desastres variados.
Não se dá por acaso.
Espíritos com débitos semelhantes reúnem-se para uma expiação colectiva.

A perturbação da passagem.
Na passagem da vida corporal para a espiritual acontece também um outro fenómeno: a perturbação.
A alma experimenta um torpor, espécie de sono ou desmaio e por isso quase nunca testemunha conscientemente o último suspiro.
A perturbação pode ser considerada o estado normal no instante da morte e pode durar de algumas horas a muitos anos, dependendo do estado moral e dos actos praticados.

O despertar do torpor ou sono apresenta variantes:
1.-) O espírito acorda ouvindo choro, lamentações etc, de entes queridos que não se conformam.
Isto dificulta a sua adaptação à nova vida.
Essa situação só melhora com a mudança do comportamento de tristeza dessas pessoas, substituindo-o por equilíbrio, preces e conformação.
O espírito desencarnante também pode expressar os mesmos sentimentos chorando muito pela separação, necessitando também se esforçar para superar a crise e consolar os que ficaram.

2.-) O despertar se dá em hospital ou casa de repouso.
Devido ao atendimento médico e aos cuidados que recebe, o espírito pensa que permanece no mundo material.
É esclarecido, pode receber a visita de alguém que já desencarnou ou, então, perceber, à distância, o que se passa no antigo lar, sentindo que já não vive mais lá.

3.-) Há espíritos que acordam surpresos porque se sentem vivos, sabendo que passaram por situações em que iriam deixar a vida física, como doenças terminais, acidentes, etc.

Há também um fenómeno que se verifica com alguns espíritos antes ou após o desencarne.
É a revisão total ou parcial dos acontecimentos que vivenciaram ao longo da existência material que se finda.
Seria como a exibição de um “vídeo-tape” guardado nos arquivos do pretérito, documentando factos importantes da última existência.
Assim revela uma comunicação do espírito Germano Sestini, extraída do livro “Vida no Além”, psicografado por Chico Xavier:
“Meu espanto foi enorme.
Parecia que estava retornando aos tempos de menino…
Na mente apareceu a paisagem de Cravinhos e tornei a ver meu pai João e minha mãe, acariciando-me e ensinando-me a rezar.
Mariquinha, revi tudo… a nossa felicidade, o nascimento dos filhos…
Os dias difíceis, o duro trabalho para melhorar…”

Bibliografia:
“O Céu e o Inferno”, Allan Kardec
“Espiritismo e Vida Eterna”, Ariovaldo Caversan e Geziel Andrade
“O que nos Espera Depois da Morte”, George Gonzalez
“Cidade no Além”, Francisco Cândido Xavier e Heigorina Cunha, ditado pelos espíritos André Luiz e Lucius
“Evolução para o Terceiro Milénio”, Carlos Toledo Rizzini.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Modismos e Posturas Dispensáveis

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 14, 2020 7:55 pm

Estouram periodicamente no movimento espírita acções e posturas – que em muitos casos viram modismos – que são plenamente dispensáveis, pois que inúteis.
São sugestionadas as censuras, as discriminações, as disputas.
São escolhidos alguns tópicos ou temas – escolhidos os polémicos, claro –, e até mesmo alguns livros ou pontos de vistas, que são alimentados pela presunção da sabedoria ou pela pretensão de denegrir.
Elegem-se ídolos, constroem-se padrões planeados ou directrizes como essenciais para direccionar a objectivos nem sempre claros, seguidos por desatentos, desinformados ou seduzidos.
Disputas, ídolos construídos, censuras, discriminações, polémicas desnecessárias que só desviam do objectivo maior, egos buscados ou alimentados, são modismos.
Igualmente são posturas dispensáveis.
A nada servem.
Na verdade, só desviam do objectivo essencial.
Objectivo bem definido por Kardec.
Em “O Espiritismo em sua mais simples expressão”, encontramos:
“(…) 35 – O objectivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos homens.
Não é preciso procurar nele senão o que pode ajudar no progresso moral e intelectual. (…)”
E mais adiante, nos itens 36 e 37 da mesma obra:
“(…) De nada adianta crer, se a crença não faz com que dê um passo adiante na via do progresso, e não o torne melhor para seu próximo.
(…) O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência, são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como antídoto: a caridade e a humildade. (…)”
Muitas outras transcrições, decorrentes de pesquisas na mesa direcção em toda a obra de Kardec, levam à mesma conclusão:
o objectivo do Espiritismo é nosso melhoramento moral.
Desviar-se desse objectivo é distorcer a prática espírita.
Portanto, as situações acima citadas, onde podem também incluir-se a imposição de ideias e mesmo a inclusão de práticas estranhas, são fruto da imaturidade humana, accionada especialmente pelo egoísmo que ainda nos caracteriza as acções.
Então, ficamos a dizer que isso pode, aquilo não pode.
Ficamos a distorcer a credibilidade construída sobre a lógica e o bom senso, qualificamos experiências e ensinos valorosos como ultrapassados, entre outras situações que a imaginação, a memória ou a constatação do leitor já identificou em seu quotidiano nas instituições.
Pois isso os Modismos são incompatíveis com o Espiritismo. Isso é prática deturpada de espíritas desatentos e sem a conexão do conhecimento aliado à prática.
Portanto, dispensáveis.
Até porque os prejuízos gerados nos que se aproximam e encontram tais situações, ou mesmo a veteranos que se deixam contagiar ou se deixam conduzir, interrompem ou paralisam em definitivo iniciativas de inúmeros benefícios para muitos.
Por força do egoísmo que impõe, que inclui na argumentação ilusória, que manipula buscando outros interesses ou que estabelece padrões de comportamento que nada tem a ver com a genuína prática espírita.
Isso tudo é fruto do egoísmo, é resultado da imaturidade, para os quais devemos estar atentos, para também não nos deixarmos levar, desviando ou desvalorizando nobres esforços consolidados ou em andamento.
Cuidado com os modismos.
Eles passam e se ficarmos prestando atenção neles, deixamos de fazer aquilo que precisa ser feito, deixamos de cumprir o dever que nos cabe.
Como identifica-los?
Ah, isso é muito fácil! Basta observar a auto-promoção, observar a ausência do bom senso e da lógica e também ver a presença do fanatismo.
Também estão na inclusão de verdadeiros rituais, na imposição de modelos prontos e até mesmo na prevalência dos interesses pessoais, ao invés do interesse colectivo.
Está também na manipulação das ideias e mesmo na mais fácil indicação que você pode observar:
na pretensão da verdade e na preocupação constante da demonstração de infalibilidade.
Nesses casos, inclusive, seus protagonistas fogem do objectivo essencial da Doutrina Espírita, procurando impressionar os desprevenidos, com posturas e modismo plenamente dispensáveis, totalmente desconectados com o Espiritismo.

Por isso voltemos a Kardec: o objectivo essencial do Espiritismo é nossa melhoria moral.

Autor: Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Arrepender e corrigir

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 15, 2020 7:31 pm

por Waldenir A. Cuin

- O arrependimento sincero durante a vida é suficiente para extinguir as faltas e fazer que se mereça a graça de Deus?
“O arrependimento auxilia a melhora do Espírito, mas o passado deve ser expiado.”
(Questão 999 de “O Livro dos Espíritos” - Allan Kardec.)

Vivendo na Terra, um mundo de expiações e provas, é muito natural que pela nossa própria condição evolutiva ainda cometamos muitos erros e equívocos, pois que estamos a caminho da perfeição, portanto, não sendo perfeitos.
No entanto, percebe-se, em boa parte das criaturas humanas, o sincero desejo de não cometer falhas e, quando elas existem, logo vem o interesse em repará-las.
Inicia-se pelo arrependimento, esse sentimento que demonstra a nossa insatisfação pelo erro desencadeado, que geralmente vem seguido pela vontade de consertar aquilo que não foi bem-feito.
Obviamente, o desagrado que registamos diante de um acontecimento infeliz é de grande valia e importância, mas imperioso que procuremos reparar o erro cometido, pois causar prejuízo a alguém, de qualquer ordem, sempre nos deixa uma sensação desagradável e constrangedora.
O verdadeiro homem de bem se preocupa, com frequência, em servir ao irmão do caminho e não em lhe criar problemas e aflições.
E, se isso acontece, por causas variadas, deseja ele, assim que se conscientiza do fato, resolver a questão se entendendo com a sua vítima.
Mas existe situação em que a falha cometida contra alguém, no momento, não tenha como ser reparada diretamente, talvez pela impossibilidade de uma aproximação com o ofendido.
Mesmo assim não estaremos impedidos de começar a consertar nosso deslize, pois que podemos servir à humanidade, de uma forma geral, granjeando, para o nosso “curriculum”, créditos junto à Providência divina, que saberá entender os nossos propósitos e se prestará a nos criar as oportunidades devidas para a solução das nossas pendências.
De qualquer modo, o arrependimento será sempre uma imensa porta que se abre para que comecemos e reparar os nossos erros.
Arrepender-se, tão somente, não basta, preciso será o desejo firme de trabalhar com determinação, para que se faça o devido conserto dos estragos promovidos.
Ainda, concluindo que não agimos como devíamos, jamais olvidemos da necessidade de não cometer os mesmos equívocos, ou seja, desencadear imensos esforços para não reincidir.
Mas, de qualquer forma, estando próximo da nossa vítima ou não, tendo possibilidades de contactar com ela ou não, elejamos o bem como meta máxima das nossas ações e saiamos a servir ao próximo, onde quer que ele esteja ou em que situação possa estar.
O bem promovido em qualquer lugar, a qualquer hora, e em benefício de quem quer que seja, será sempre o nosso advogado de defesa nos momentos dos nossos testemunhos, diante dos acontecimentos da vida.
Por enquanto, não tenhamos a pretensão de passar pela vida física isentos de falhas, embora devamos fazer todo o empenho para evitá-las.
Na pessoa de quem estiver mais próximo, temos um imenso campo de trabalho para que nossas ações de equilíbrio possam produzir proezas de amor e auxílio.
Devemos sempre ter em mente que, trabalhando com afinco pela construcção de um mundo melhor, onde nossos atos expressem a vivência prática do Evangelho do Cristo, teremos sempre um ponto de equilíbrio onde as atitudes sublimes e nobres estarão neutralizando aquelas que, por ventura, escapem ainda do nosso controle.
No momento, não somos seres angelicais, mas devemos exercitar o máximo de esforço visando errar o menos possível para que o arrependimento e o remorso não venham torturar os nossos dias.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Distopia Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 16, 2020 7:47 pm

Vladimir Alexei

Há alguns anos observamos as mudanças do movimento espírita.
Mudanças que refletem o estado das coisas e pessoas que divulgam o Espiritismo.
Há anos vemos uma luta inglória, de confrades e confreiras, em persuadir, convencer e até modificar outras pessoas, de que não existe Espiritismo sem o trabalho magistral de Allan Kardec.
Há anos percebemos que essa luta é uma profunda perda de tempo e respeito à diversidade, principalmente quanto aos métodos de se aprender sobre o Espiritismo.
Funciona como o “Evangelho e Jesus”:
o Evangelho só existe, independentemente de ter sido adulterado ao longo da história, por causa de Jesus.
O Evangelho é a Sua mensagem.
Isso é tão natural e lógico que não se discute: o Cristão é aquele que segue os ensinamentos do Cristo.
Quais ensinamentos? Do Evangelho.
O mesmo pensamento deveria ocorrer em relação ao “Espiritismo e Kardec”:
é tão natural e lógico que, ao falar de Espiritismo, fala-se necessariamente do trabalho de Allan Kardec.
Não seria nem necessário discutir isso.
Os puristas dirão que é diferente, e até argumentaríamos que sim, em parte, já que o trabalho de Allan Kardec para muitos é considerado o “meio”, sendo a “causa” as instruções dos Espíritos.
Argumentaríamos, por nossa vez, que também isso ocorre, entretanto, sem o trabalho magistral de fundar uma “Doutrina”, realizado por Allan Kardec, continuaríamos a entender de forma fragmentada aquilo que os Espíritos diuturnamente tentam nos dizer, daí a grandeza do seu trabalho.
E continuaríamos a discussão, no bom sentido, até chegarmos a um ponto em que não sobrassem dúvidas, se é que existe esse ponto...
É isso que temos visto no movimento espírita.
Uma preocupação feroz com a “forma”, enquanto o conteúdo é relegado a outros planos.
Ou, como diria Descartes, “é possível, porém, que me engane e talvez não passe de cobre e vidro o que tomo por ouro e diamante”.
Aprisionamos as pessoas que procuram o Espiritismo às obras de Kardec, como se ali estivesse o que eles procuram.
Citamos o nome de Kardec para validar pensamentos que passam longe de serem doutrinários...!
Muitos, ao recorrerem ao Espiritismo, buscam medicamento (esclarecimento, luz, orientação, apoio etc.) para a cabeça em chamas, com vontade quase irrefreável de tirar a própria vida, e pessoas sem a menor empatia e sensibilidade ante a dor do próximo iniciam “pregação” salvacionista por meio das “obras de Kardec”.
Talvez um dos motivos da baixa adesão de jovens ao Espiritismo pode ser entendido por essa “camisa de força” que existe e é adotada por grande parte dos espíritas que assumem as tribunas (e agora as “lives”).
Pensar tornou-se artigo de luxo.
É melhor rotular, enquadrar, padronizar e pasteurizar porque daria menos trabalho e atingiria um público cada vez maior, como se o Espiritismo fosse para a “massa”.
O Espiritismo é para todos, falando às necessidades de cada um individualmente, e não à coletividade como a pregar para a “multidão”.
O Dalai-Lama, que conviveu com Gandhi, diz, em uma de suas obras, que, mais importante do que a “religião”, são os “princípios”.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 16, 2020 7:47 pm

Valores como a “benevolência” e o “amor”.
Segundo o budista, as pessoas até podem viver “sem religião”, mas não poderiam viver sem “ética”.
Valores que são sustentados pela ética, como a bondade, compaixão e empatia, são cada vez mais necessários em um mundo que vive uma pandemia.
Se o objetivo da vida, nos dizeres de Léon Denis, é a educação da alma, caberia ao espírita uma dedicação maior em compreender os mecanismos, a capilaridade e as relações divinas do amor, mais do que discutir o trabalho alheio que incomoda, e que, possivelmente, não tem vinculação nenhuma com o amor.
Para o Espírita, assim como para o Cristão, o erro não está em não saber o que fazer e nem como fazer, nem em cometer mais erros e, sim, em perder o foco, em esforçar-se por criar um ambiente distópico, frágil em fraternidade e amor, repleto de armadilhas e prisões onde o aprendizado “só ocorre” se estudar primeiro Kardec, se conhecer as obras de “fulano” e de “beltrano”.
Em um processo didático-pedagógico, a construção metodológica da educação moderna recomenda começar pelo “simples” e avançar para o “complexo”.
Desde quando o trabalho de Allan Kardec é simples?
Requer passos iniciais anteriores – para a maioria, mas não necessariamente para todos.
Somos, como aprendizes do Cristo, melhores do que isso.
Evoquemos o que há de melhor em cada um de nós, para que “brilhe a vossa luz”.
E se, agindo assim, houver abertura para falar de Kardec, Chico Xavier, Léon Denis e outros, não perca tempo: semeie a busca pela Verdade!

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Valores e virtudes: o que importa mais desenvolver?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 17, 2020 7:23 pm

Anselmo Ferreira Vasconcelos

No presente texto adentramos o ferramental indispensável à construcção da nossa própria luz – algo ainda extremamente negligenciado pela maioria dos humanos.
Simplesmente posto, os pilares de tal realização são as nossas conquistas no campo dos valores morais e virtudes.
Essas dimensões são vitais para o desenvolvimento da nossa espiritualidade.
Consideremos inicialmente as inúmeras capacidades e competências demandadas dos indivíduos na atualidade.
Em outras palavras, para que possamos enfrentar a experiência corporal com relativa chance de êxito precisamos – gostemos ou não – dominar muitas habilidades e instrumentos.
A propósito, o advento da explosão tecnológica - calcada na inteligência artificial - só faz crescer a lista de obrigações de cunho profissional.
Posto isto, o valor humano está fortemente atrelado ao domínio desses campos.
Essa é a realidade nua e crua.
No entanto, a lista de deveres não se circunscreve apenas e tão somente às coisas da carreira e profissão.
É preciso dilatar a visão da vida para outras fronteiras e perspectivas.
Posto isto, também Deus – nosso Criador - espera algo de nós em aspectos e pontos mais transcendentes.
Nesse sentido, cumpre lembrar que Jesus – o seu mais graduado missionário entre nós, com quem tinha conexões diretas - recomendou-nos a aquisição de luz interior:
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5: 16).
Com efeito, todos nós tendemos a dispor de certo valor intrínseco – refiro-me a características e qualidades positivas –, produtos do nosso esforço e auto-aperfeiçoamento.
É também pertinente lembrar que buscar a Deus em nossas decisões e ações é antídoto eficaz contra o erro.
Assim sendo, servir a Deus é acrescentar mais valor em nós mesmos (capital espiritual).
E é com esse eventual património – aumentado ou estacionado - que nos reapresentaremos um dia perante a espiritualidade maior para o devido ajuste de contas, aliás, como temos feito reiteradamente ao longo dos milénios, embora não guardemos tal lembrança em nossa memória.
Vale destacar que o conceito de valores morais, que basicamente engloba juízos, pensamentos e opiniões, está vinculado à noção de “certo” ou “errado” dentro de um contexto maior de sociedade.
Mais ainda, há sociedades que permanecem cristalizadas a princípios e condutas (valores, enfim) absolutamente imorais na Terra.
Desse modo, para alguns povos do Oriente Médio, por exemplo, a figura de um mártir – elemento capaz de imolar-se em suposto benefício à pátria por meio de atos terroristas – é vista com veneração e reconhecimento.
No entanto, à medida que os indivíduos se desenvolvem, também as sociedades passam a condenar certos hábitos e práticas que exaltam a violência e desajuste social.
Assim sendo, no Ocidente, tamanho louvor a um assassino nos escandaliza profundamente.
Dito isto, só o fator espiritual – despertando-nos para realidades mais sublimadas – poderá nos ajudar no correto entendimento da real importância de adquirirmos inquebrantáveis valores universais.
Dessa maneira, devidamente equipados pelo cultivo de uma fé estribada em argumentos, ideais e princípios lógicos, poderemos e deveremos ampliar o nosso valor.
Nessa perspectiva, que nos aproxima inquestionavelmente mais do Criador, vale destacar as elevadas observações do Espírito Emmanuel, contidas no livro Dicionário da Alma (psicografia de Francisco Cândido Xavier):
“A obtenção da fé reclama determinados valores de natureza espiritual.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 17, 2020 7:23 pm

Buscar-lhe a luz positiva, exibindo um coração carregado de forças negativas das convenções terrestres, é o mesmo que reclamar água cristalina da fonte, trazendo um cântaro cheio de vinagre e detritos”.
O sábio mentor ainda pondera que a criatura humana “vale pela sua expressão de sentimento e de consciência, e é dentro desses valores profundos que precisamos viver, para a consecução das finalidades mais elevadas e mais puras”.
O outro pilar, como já antecipado, é o das virtudes.
Preconizava Aristóteles (385-323 a.C.), o famoso filósofo grego, na sua memorável obra Nicomachean Ethics, que virtude diz respeito aos sentimentos e ações.
Em outras palavras, as virtudes nos levam à obtenção das qualidades e predicados que nos alinham ao bem, da excelência moral e da conduta superior, enfim.
O alinhamento da criatura inteligente a Deus (luz) pressupõe o desenvolvimento de salientes características e potencialidades no Espírito imortal.
A começar pela renúncia aos males do egoísmo, orgulho e egolatria, que moldam a vida íntima da criatura humana hodierna em maior ou menor intensidade.
Num mundo tão complacente com os erros e imperfeições comportamentais como o nosso, conquistar virtudes destoa quase que completamente.
Basta observar o número de personagens que destilam bizarrices e conduta aviltante.
Apesar disso, eles ganham a idolatria de muitos com menor discernimento ainda.
Políticos e celebridades, a seu turno, entoam discursos agressivos, assim como proferem comentários e pareceres divorciados do equilíbrio e sensatez.
Pode-se afirmar que a humanidade, infelizmente, não está comprometida com o erguimento de uma sociedade verdadeiramente virtuosa.
Por isso, aceitamos com certa naturalidade a cultura dos excessos, dos vícios, da ausência de empatia e respeito.
Não constitui uma diretriz geral de vida, como deveria ser, o hábito de fazer aos outros o que desejamos igualmente para nós mesmos.
Portanto, os precários índices sociais e de desenvolvimento humano ora existentes refletem quão penoso é assimilar virtudes para nós.
Seja como for, o facto é que a criatura que aspira a realizações espirituais necessita entesourar virtudes – único caminho para Deus.
Como claramente propôs Jesus:
“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5: 48).
Posto isto, não podemos imaginar que vamos cooperar com os ideais celestes sem implementar amplas transformações em nossa maneira de ver e de ser.
Respondendo à pergunta que intitula esse texto, pode-se inferir que valores e virtudes são ambas as argamassas do cidadão de bem e do indivíduo espiritualizado.
A criatura que sente Deus pulsar em seu interior já se comove com a dor do próximo, se inquieta com a profusão de coisas erradas existentes, se aborrece em tomar parte de empreendimentos comerciais ou esquemas empresariais inspirados pelos ideais maliciosos e soezes etc.
É chegada a hora de tomarmos uma posição perante todas as arbitrariedades que assolam o mundo.
Tergiversarmos diante do mal ou aceitarmos a omissão como argumento à sobrevivência certamente não nos fará bem.
Dizem os Mensageiros de Deus que temos claudicado vezes sem conta em nossa trajetória de Espíritos milenares.
As desgraças que ora assolam o mundo requerem que pessoas fortes e destemidas deem a sua contribuição para o encaminhamento às soluções dos graves problemas humanos.
O meu conselho, portanto, ao irmão(ã) que me lê, é o de seguir os ensinamentos de Jesus, que são puros e sábios.
Invista na mudança do seu eu incorporando novos valores e virtudes.
Coloque amor absolutamente em tudo que passar pela sua mão.
Seja melhor, enfim, em todos os ângulos e aspectos.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty A reencarnação no tempo de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 18, 2020 7:42 pm

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim.
Alexandre/André Luiz (Chico Xavier), “Missionários da luz”.

Jesus e os seus discípulos dirigiam-se para os povoados nas proximidades de Cesareia de Filipe.
No caminho, ele lhes perguntou:
"Quem o povo diz que eu sou?".
Eles responderam:
"Alguns dizem que és João Baptista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas".
“E vocês?", perguntou ele.
"Quem vocês dizem que eu sou?"
Pedro respondeu: "Tu és o Cristo".
Jesus os advertiu que não falassem a ninguém a seu respeito.
Nessa narrativa do apóstolo Marcos (8:27-30), para quem deseja vencer o preconceito e as tradições, temos algumas lições que nos interessam muito, para nosso crescimento moral e espiritual.
Jesus pergunta quem é ele, e os discípulos, que acreditavam na reencarnação, uma ideia corrente e ensinada pelo Mestre, dizem o que o povo pensava.
E cita o profeta Elias, que tinha vivido mais de oito séculos antes, ou alguns dos profetas também anteriores; somente pela reencarnação ele poderia estar de volta.
E Pedro responde que ele era o enviado de Deus, quer dizer, que estava acima dos profetas.
E para usar de um marketing inteligente, visto que não havia redes sociais naquela época a não ser o “boca a boca”, recomenda não falar a ninguém a esse respeito.
É aí que todo mundo comenta.
Tanto é que os apóstolos registaram essa conversa.
Na vida vamos navegando como se estivéssemos num barco e em cada porto encontrássemos mais alguém.
Podemos seguir juntos ou escolher novos portos.
E em cada porto temos novos partos e a família vai aumentando.
O nosso destino é a primavera, pois todos desejamos ser felizes, e o determinismo Divino é pela nossa perfeição.
Uma lição que aprendi com a Bíblia foi a pluralidade de existências físicas do Espírito.
Este ensinamento vem, entre outras passagens, numa história que une o Velho ao Novo Testamento.
No Livro de Reis, Elias clama a Deus que Se manifeste, e o fogo surge diante dos sacerdotes de Baal.
Elias então manda matar a fio de espada 450 sacerdotes.
O espírito do profeta retorna e, no Evangelho de Mateus, é chamado de João Baptista, que condena o comportamento do rei Herodes com sua cunhada e é morto por decapitação.
E é Jesus quem afirma que João é Elias que voltou, mas não foi reconhecido.
Dizia Shakespeare:
"O que é que há, pois, num nome?
Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem".
Dentro de mim há quatro estações.
Às vezes sou verão, decidido; às vezes sou inverno, meio calado; de outras vezes sou outono, em renovação; e o que eu mais gosto é de ser primavera, viver em alegria e fraternidade com meu próximo.
A vida se parece com um trem, que não para além das estações.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 18, 2020 7:42 pm

Viajam comigo as lembranças e saudades de meus pais, meus irmãos, meus colaboradores, minha esposa, meus filhos e minha vida.
Contando com as experiências das estações dos anos que passaram em minha vida, chuvas e secas, frios e calores, não estou estacionado.
E na estação do tempo desta existência parece que chegou o outono, o tempo de me preparar para a viagem mais especial: o retorno para a vida espiritual, a verdadeira vida.
Interessante facto que se manifesta em minha vida adulta: não sei em que época me tornei eu.
E por outro lado não sei se me tornei uma outra pessoa para os outros.
Parece-me que minha esposa sempre esteve comigo e os filhos sempre existiram ao meu lado, assim como algumas pessoas que transitam pela minha vida.
Alguns desses transeuntes eu gostaria de ter mais perto de minha família, alguns até como filhos e irmãos.
E tudo se explica pela pluralidade de existências corporais.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Existência terrena

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 19, 2020 8:09 pm

Eurípedes Kühl

Nos tristes momentos actuais da pandemia provocada pela covid-19[1], com milhares de famílias — praticamente em todos os países — sofrendo a inesperada e trágica perda de entes queridos, certamente são consoladoras as premissas do Espiritismo a respeito das existências terrenas – início e fim...

Visão espírita - Nascemos e morremos muitas vezes...
Sempre caridosamente destinados, por Deus, a um dia vivenciarmos a felicidade plena, obtida por merecimento, mas também quando toda a Humanidade — toda — for feliz.
Pelas Leis Naturais, Divinas, no instante de cada renascimento físico nosso (reencarnação), inicia-se, segundo a segundo, a contagem regressiva para o término de mais uma existência terrena: a morte.
Morre apenas o organismo físico, já que o Espírito é imortal, mas terá perispírito enquanto precisar reencarnar neste planeta, ou em outros.
Então, se ocorrer nova série de reencarnações em outro mundo, dele o Espírito apropriará elementos formadores de um novo perispírito.
A quantidade de existências físicas é ilimitada, até ser alcançada a condição de Espírito puro, quando então não mais ocorrerá a compulsoriedade reencarnatória.
Nesse caso, os perispíritos não mais utilizados reverterão ao Fluido Cósmico, de onde se originaram.
Dessa forma, a morte não é castigo, prémio ou acaso.
É, apenas, o fim de mais uma etapa terrena, sempre com o projecto divino proporcionando conquista de novos aprendizados e oportunidades de mais evolução moral, sob tutela do Tempo.
Esse fim de cada ciclo terreno encerra, em si mesmo, aquilo que a Bondade do Criador engendrou para todos que criou.
Esta afirmação não se reveste de inconsequência ou de masoquismo: se desconhecemos por que alguém morre, jamais deveremos esquecer a Sabedoria e Amor do Grande Pai...
Assim, a duração de cada existência terrena é regulada por um “relógio divino”, com amor, sabedoria e justiça — Divinos!
São tantos os caridosos mecanismos divinos que compõem o inexorável fenómeno “morte”, que qualquer análise deve revestir-se do maior respeito, tanto pelos que partiram, quanto por seus familiares, quase sempre visitados inesperadamente por tão triste acontecimento com o ser amado.
A literatura espírita regista casos sobre a morte, raros, nos quais ocorre, ora moratória, ora antecipação, sob supervisão do Plano Maior e a cargo de Espíritos elevados.
No primeiro caso, provavelmente a vida física se alonga por determinado tempo, no qual o desencarnante cumpre ou conclui abençoada tarefa de ajuda; já no segundo é interrompida a vida física daquele que, a benefício próprio, por razões que só a Justiça Divina conhece.[2]
Reflexões da antecipação da morte, por suicídio, não cabem neste texto, sendo objecto de considerações em outro artigo.
Se não houvesse a morte todos os seres vivos envelheceriam sem parar, criando situação impensável na Humanidade...
Isso posto, reflicto que a morte não é geratriz de angústias, muito menos representa um fim, e sim, acção da Natureza, quando, pela Bondade do Pai Maior, se encerra mais uma etapa existencial, orgânica.
Tamanha e tanta é essa Bondade que, na continuidade inexorável do Tempo, outra existência terrena aguarda aquele que partiu (reencarnação futura)!
Aparentes e irrecorríveis separações dos que se amam, pela morte, num primeiro instante constituem usinas invisíveis de tristezas e saudades.
Contudo, na verdade, no avançar do Tempo há a sublime metamorfose do amor, para sempre, pois todos morrem muitas vezes, e da mesma forma reencarnam e, por fim, encontros e reencontros redundarão em união para sempre!
Disso não há como duvidar!
É perfeitíssimo o sistema depurativo das vidas sucessivas, que reaproxima, recompõe, reúne e pacifica Espíritos, formando famílias, terrenas ou espirituais, sempre enlaçando-as por amor, convergindo depois para o amor integral, recíproco, de todos para com todos, formando a grande família universal.
Engana-se quem acredita que a morte implode, para sempre, recíprocas lembranças de cada existência terrena, e enterra, com os despojos dos que partiram, o amor pelo qual a própria Vida os uniu, em vários lugares, em multiplicadas etapas do Tempo, consolidando e eternizando-o por fim...
Deus — Amor, Sabedoria e Justiça, integrais — não nos criaria dotados de emoções, sentimentos e memória, para que a morte nos apartasse dos entes queridos e demitisse de tudo, máximo do Amor!

[1] COVID-19 = Doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Apresenta quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves – Notas da Internet.
[2] Moratória ou desencarnação antecipada: sobre ambas o leitor encontrará explicações detalhadas na net, na Revista O Consolador: 234, de 06.11.2011, e 335, de 27.10.2013.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Novos tempos, novas tecnologias

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 20, 2020 7:04 pm

Marcus De Mario

Novos tempos, dentro do progresso humano, trazem sempre novas tecnologias, e o Centro Espírita, legítimo representante da doutrina do Espiritismo, não pode ficar ao largo das conquistas realizadas pelo génio humano, mesmo porque o progresso é da lei divina, e as novas gerações precisam encontrar espaço de actualidade e dinamismo nas actividades realizadas pela instituição que deve se caracterizar, no dizer de Paulo de Tarso, por ser uma igreja viva.
Com essa visão, temos duas propostas para os dirigentes dos Centros Espíritas que, diante da realidade da pandemia provocada pelo novo coronavírus, tiveram que suspender temporariamente as actividades presenciais, priorizando as actividades virtuais, a distância, pela internet.

Perguntas, respostas e transmissão on-line
A primeira sugestão refere-se à dinâmica das reuniões públicas de palestras do Centro Espírita, quando as actividades presenciais retornarem:
1 – Manter, simultaneamente, a transmissão virtual através do Facebook e do YouTube.
2 – Dinamizar a reunião com 40/45 minutos de exposição por parte do palestrante, e 15/20 minutos de perguntas e respostas.
As perguntas poderão ser feitas on-line pelas redes sociais, pelo WhatsApp do centro espírita (é só providenciar), e também presencialmente por escrito.
Para transmitir a palestra e disponibilizá-la na internet é simples: conexão wifi (de boa qualidade), tripé, celular (com câmara de boa resolução) e microfone.
A transmissão ao vivo poderá ser ao mesmo tempo gravada, o que permitirá disponibilizá-la em vídeo, tanto no Facebook quanto no YouTube, permitindo acesso permanente aos interessados.
O dirigente acompanhará a palestra com um tablet ou notebook à mesa, conectado à rede wifi, fazendo a triagem das perguntas encaminhadas pelas redes sociais e pelo WhatsApp, seleccionando as mais importantes e pertinentes ao tema.
Como existe em nossa legislação a questão dos direitos autorais, o palestrante deverá ser avisado dessa dinâmica com a devida antecedência, e, em sua chegada ao centro espírita, assinará termo de cessão gratuita de direitos autorais e de imagem, em formulário que poderá ser encontrado na internet, e que será providenciado pela direcção da instituição espírita.

Vamos pensar nisso?

Palestras virtuais nas reuniões públicas
Ainda sobre a dinâmica das reuniões públicas de palestras do Centro Espírita, o isolamento social fez com que descobríssemos as lives através da internet, realizando reuniões virtuais com transmissão através do Facebook, Instagram e YouTube, ou mesmo através de aplicativos de vídeo-conferência como Zoom, Skype e outros.
Não podemos perder esse trabalho!
Muitas vezes, por razões de ordem financeira, o centro espírita não pode trazer um palestrante de outra cidade ou de outro estado, mas com a internet temos a solução.
Basta equipar o Centro Espírita com rede wi fi, notebook, projector e telão e... pronto!
O palestrante, de sua casa, em outra cidade e estado, poderá fazer a palestra para o público acomodado no salão.
Essa transmissão é muito facilitada com a utilização de aplicativos com o StreamYard, OBS Estúdio, Jitsi Meet e outros, que permitem a transmissão via YouTube e Facebook, ou seja, teremos interacção entre o público presencial no salão doutrinário, e o público virtual através da internet.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 20, 2020 7:05 pm

Esses aplicativos permitem igualmente a gravação da palestra e posterior disponibilização nas redes sociais e no site da instituição espírita.
A questão da cessão gratuita dos direitos autorais e de imagem é facilmente resolvida com o envio do documento, via e-mail, para o palestrante, que o assinará e devolverá, também via e-mail, para a instituição espírita.
Essa dinâmica também pode ser adoptada pelos grupos de estudo do Espiritismo.

Tecnologias para o bem
De agora em diante teremos que saber integrar o presencial com o virtual.
As tecnologias digitais são neutras, tudo depende do que fazemos com elas, do uso e destinação que damos a elas.
Compete aos espíritas utilizá-las na promoção do bem.
Nas actividades dos grupos de estudo e da evangelização infantil e juvenil, por exemplo, com a rede wifi disponível, celulares, tablets e notebooks podem ser utilizados por todos os participantes em pesquisas sobre os temas.
Aplicativos específicos podem facilitar o desenvolvimento das actividades e a interacção.
Mais: vídeo-conferências podem dinamizar os grupos de estudo e as reuniões de trabalhadores do Centro Espírita.
Não estamos aqui fazendo a apologia do virtual em detrimento do presencial.
Na verdade, estamos mostrando que é possível integrar o presencial com o virtual, o que melhorará a qualidade do estudo, da prática e da divulgação do Espiritismo realizadas pelo Centro Espírita.
Não temos que ter medo do novo, devemos saber acompanhar o progresso, sempre aprendendo para melhor servir!

Pensemos nisso!

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty O mito do bom selvagem e O Livro dos Espíritos

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 21, 2020 7:53 pm

Ricardo Baesso de Oliveira

O mito do bom selvagem tem sua origem na obra do filósofo franco-suíço Jean-Jacques Rousseau e consiste na tese de que o ser humano era puro e inocente em seu estado natural, sendo a sociedade responsável por incutir nele valores e hábitos que o conduziriam ao conflito e aos problemas que, na visão de Rousseau, marcavam a sociedade.
Dessa forma, adotando-se esse ponto de vista, a maioria dos problemas sociais que envolvem crimes, tais como furtos, assassinatos e abusos, não seria resultado da má índole individual de seus responsáveis.
Eles seriam, na verdade, o produto nefasto de uma sociedade desigual e injusta, que, ao submeter o indivíduo a uma existência miserável, o encaminha para agir diferente daquilo que é socialmente desejável.
Desse modo, a solução dos problemas sociais passava pela necessidade de se rever as instituições modernas da sociedade.
“O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”, defende o filósofo iluminista.
O pensamento apresentado por Kardec na pergunta 780-b de O Livro dos Espíritos (“os povos mais esclarecidos, frequentemente, são os mais pervertidos”), possivelmente retrata poderosa influência dessa mentalidade, ainda forte em meados do século XIX.
Estudos recentes em diferentes áreas do conhecimento humano têm mostrado que as coisas não são assim como se pensava.
Indiscutivelmente, as forças sociais exercem poderosa influência nas acções humanas, estando as desigualdades sociais e, em decorrência delas, a pobreza e a miséria humanas, relacionadas como causas geratrizes da criminalidade.
Todavia, muitos outros factores, tais como os biológicos e psíquicos são relacionados pela criminologia moderna.
Esses estudos têm mostrado que, ao contrário do que acreditavam os defensores do mito do bom selvagem, a civilização, a erudição e o esclarecimento, em resumo, o desenvolvimento intelectual, são factores que contribuem na redução da violência e da criminalidade.
Povos mais esclarecidos são menos violentos e, menos frequentemente, infringem as leis.
Steven Pinker, psicólogo de Harvard, mostra, baseado em pesquisas sociológicas muito bem delineadas, na obra O novo Iluminismo, que a educação de um povo está diretamente relacionada a melhor saúde, maior expectativa de vida, mais riqueza, mais democracia, menos violência e criminalidade.
As pessoas que vivem nos países mais esclarecidos e desenvolvidos tecnologicamente, em média, são menos racistas, menos sexistas, menos xenofóbicas, menos homofóbicas e menos autoritárias.
São também mais propensas a fazer trabalho voluntário e a participar de associações cívicas.
Por todas essas razões o crescimento da educação é emblemático do progresso humano.
E Kardec afirmou isso, nos itens 780 e 780-a de O Livro dos Espíritos:
o progresso moral é decorrente do progresso intelectual, pois faz o homem compreender o bem e o mal, capacitando-o a fazer melhores escolhas.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty A necessidade de Kardec

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 22, 2020 7:18 pm

Rodinei Moura

Estudar o Espiritismo é necessariamente estudar Kardec.
Ou melhor dizendo, estudar as obras básicas desta doutrina codificada pelo Professor Rivail, que adoptou o pseudónimo de Allan Kardec para que sua obra com a doutrina espírita não se confundisse com sua obra de pedagogo, anterior à codificação.
Inclusive, como podemos constatar na introdução de O livro dos Espíritos, o codificador teve o cuidado de usar uma expressão nova, Espiritismo, para designar algo novo, mais uma vez se preocupando com uma possível confusão.
Podemos concluir disso que a preocupação de Kardec não era que ele estivesse em evidência.
Mas sim a doutrina que tanto conforto tem oferecido a quem a busque.
Pois bem, é muito comum na atualidade Kardec e as obras básicas serem esquecidos na casa espírita, que é o lugar responsável, em primeira mão, pela divulgação da doutrina dos Espíritos.
E o Espiritismo corre um grande risco de descambar para uma doutrina mística e de achismo.
Urge que façamos que o protagonista seja novamente o Cristo, incentivando, para isso, o estudo sério da doutrina, que é, aliás, o segundo mandamento espírita contido em O Evangelho segundo O Espiritismo: Instruir-vos.
Nas sagradas escrituras, buscando o espírito além das palavras, em João 3:30, vamos encontrar a seguinte referência:
"É preciso que o Cristo cresça e que eu diminua".
Numa conversa entre João Baptista e alguns daqueles que viam Jesus praticar o baptismo, ele afirma que Jesus, ou ainda, a mensagem de Jesus, é que deveria prevalecer.
As obras básicas de Allan Kardec são o conjunto das respostas dos Espíritos responsáveis pela codificação do Espiritismo sob a supervisão de Jesus.
Elas, e não os guias espirituais, é que devem ser buscadas quando temos alguma dúvida sobre o que preconiza o Espiritismo.
Portanto, é de extrema importância que aquele que se propõe a divulgar a doutrina espírita tenha o cuidado de citar as fontes de suas citações em palestras ou artigos.
Para que quem ouça ou leia possa ir buscar, inclusive, o contexto em que tal ou qual citação foi feita.
O conhecimento liberta.
Conhecereis a verdade e ela vos libertará, disse Jesus.
O conhecimento espírita tem, com muito mais propriedade, essa função, já que não é feito de alegorias.
Mas vem explicar aquilo que foi dito pelo Cristo em parábolas numa época em que as pessoas não estavam preparadas para tais ensinamentos de forma clara.
A doutrina espírita não tem sacerdotes e nem dá exclusividades a ninguém sobre sua divulgação, já que nos ensina que nós fomos criados simples e ignorantes e somos nós mesmos os responsáveis pelas nossas conquistas morais e intelectuais.
O que forma nossa individualidade, mas que, ao mesmo tempo, nos dá mais responsabilidades.
Essa doutrina também nos deixa bem claro que devemos respeitar o livre-arbítrio de cada companheiro de jornada.
Mas toda vez que tentamos manipular de alguma forma a divulgação da doutrina ou chamar a atenção para nós, simples instrumentos da espiritualidade, corremos o risco de desrespeitar nossos irmãos e prestamos um grande desserviço à divulgação em questão.
Assim como corremos o risco de cair na obsessão identificada por Allan Kardec por Fascinação.
E já que o foco da doutrina espírita deve ser primeiramente em nós mesmos, em nossa melhora íntima, a pergunta que devemos nos fazer constantemente, com muita calma e refletindo com ainda mais cuidado sobre a resposta, é:
estou me comportando como instrumento do Cristo ou como alguém que se acha um Espírito superior.
A nossa consciência quando consultada com sinceridade nos mostrará, não se, mas onde devemos melhorar.
Pois não há dúvida quanto à existência dessa necessidade em nós.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Empatia, colocando-se no lugar do outro

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 23, 2020 8:06 pm

Juan Carlos Orozco

Muito se tem falado de solidariedade, amor ao próximo, julgamento e empatia.
Nessa reflexão, vamos focar a empatia como a capacidade de se colocar no lugar do outro para entender as suas necessidades, os seus sentimentos, as suas razões e os seus problemas.
Para ter empatia é necessário enxergar e escutar as pessoas, identificar as suas carências e dificuldades, captar as suas emoções e entender os seus motivos e atos para se estabelecer uma relação estreita e compreensiva, que conduzirá a um comportamento correspondente a esse entendimento.
Sem empatia, seria como disse Jesus:
“porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem” (Mateus, 13: 13).
Em termos de solidariedade e amor ao próximo, quando conseguimos sentir a dor ou o sofrimento do nosso semelhante, colocando-se no seu lugar, desperta a vontade de agir, estimulando-nos a praticar a caridade que consola, ajuda e liberta a alma.
Essa virtude requer de nós aprender a “renunciar a si mesmo”, afastando o egoísmo e a indiferença dos nossos pretextos, das nossas razões, ideias e mentes, para saber pensar e atuar a partir da ótica do outro.
A empatia leva-nos, também, a ampliar as percepções e evitar julgamentos fechando em nós mesmos, ou seja, utilizar como referência a nossa justiça – o “eu” julgador.
Antes de julgar, examine como seria o seu comportamento, antevendo as consequências.
Busque mais a compreensão, a mansidão e a paz, controlando os impulsos e os assédios de sugestões que somente fazem ferir os nossos semelhantes.
Espiritualmente, transporte-se para além desta vida, onde se farão sentir os seus efeitos.
Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. (Mateus, 7: 1);
“Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”. (João, 7: 24);
“Porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”. (Lucas, 6: 38);
“Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão”. (Mateus, 26: 52)
Essas mensagens evangélicas demonstram os resultados decorrentes da lei de acção e reacção, em que tudo aquilo que fazemos voltará para nós mesmos.
Essa é uma das razões para não julgar, medir ou lançar a espada contra os nossos semelhantes, já que, muitas vezes, seremos julgados, medidos e feridos.
Em situações de julgamento, será importante desenvolver a compreensão no caminho do amor e da paz, colocando-se no lugar do outro, para não realizar julgamento leviano que conduz a enganos ou ressentimentos futuros.
Para seguir Jesus, temos que vencer a luta íntima contra as próprias imperfeições, fazer desaparecer o “eu”, e começar a enxergar os nossos semelhantes como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Pai.
O Cristo disse: “aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”.
Essa máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo.
Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros o que nos desculpamos em nós.
Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada.
Assim, para ser empático é preciso ultrapassar a barreira do “eu”, retirando a atenção dos próprios problemas e passar a observar e a viver o outro, saindo do seu círculo íntimo, quer para a prática da caridade que salva como para não realizar julgamentos levianos.
“Só vestindo o calçado do outro saberemos se ele é apertado ou não, se machuca aqui ou ali, e assim poderemos compreender e tomar atitudes mais eficazes para consolar e ajudar...
Quem tem a habilidade da empatia consegue desenvolver a compaixão e estender as mãos para auxiliar...
Para que alguém esteja apto a, verdadeiramente, consolar alguém, é indispensável ter a percepção ou mesmo a compreensão do que está sofrendo aquele que busca ou aguarda consolação.”
(Citação do Cap. 18, do livro A carta magna da paz, pelo Espírito Camilo, psicografia de José Raul Teixeira.)

Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
IBC – Instituto Brasileiro de Coaching. Autores: Equipe do IBC. Conheça o poder da empatia. Disponível no site: ibccoaching.com.br. Publicado em: 29 de março de 2019. Acessado em: 16 de agosto de 2020.
MOMENTO ESPÍRITA. Os sapatos dos outros – sobre a empatia. Disponível no site: momento espírita. Publicado em: 24 de setembro de 2013. Acessado em: 16 de agosto de 2020.
SIGNIFICADOS. Autor desconhecido. Empatia. Disponível no site: empatia. Publicado em: 2 de janeiro de 2020. Acessado em: 16 de agosto de 2020.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 31 Empty Quem você pensa que é?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 24, 2020 7:24 pm

Lillian Rosendo

Em tempos de crise observamos em nós características adormecidas – porém não ignoradas – pensamentos, emoções e sentimentos que sinalizam a posição moral em que nos encontramos, e essa observação é extremamente salutar, afinal, estamos sendo nós mesmos e isso não é nenhum demérito.
O auto-conhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo.
Conhecemos traços da personalidade à medida que vamos experienciando as circunstâncias que se nos apresentam.
O Espírito Joanna de Ângelis, pela psicografia de Divaldo Franco, nos esclarece sobre os benefícios da investigação sobre si mesmo1:
“Se o auto-conhecimento é necessário à busca pela felicidade, o desconhecimento de si mesmo, a ignorância de sua realidade profunda, do Eu Superior, é causa de sofrimento.
Sem esse conhecimento torna-se difícil identificar nossas fragilidades e direcionar nossas resistências morais, fortalecendo-as. Sem uma compreensão dos objectivos a que deve perseguir, o ser segue na vida longe dos recursos que deve encontrar para atingir sua meta.
Cada ser humano é uma incógnita a ser equacionada por ele próprio”.
Vivemos diversas existências e acumulamos traços das características.
A cada reencarnação adicionamos uns poucos traços.
Estou nessa existência, construí até agora quem sou de acordo com as experiências, mas, se eu nascesse em outro meio, com outros pais, outros costumes, outra cultura, outras condições, teria muito pouco do que sou hoje, teria outras características.
Para reconhecermos um pouco de nós mesmos é preciso muita sinceridade íntima e a auto-conivência é bem generosa.
Os Espíritos Superiores2 nos orientam que o egoísmo é o vício mais radical que nos assola, de que deriva todo o mal, e precisamos extirpar o cerne; é nesse ponto que se faz necessário esse estudo sobre si mesmo.
Quando identifico o egoísmo em minhas atitudes é quando poderia ponderar e me atentar ao sinal amarelo aceso.
Mas geralmente avanço o sinal assumindo o risco de protelar a minha evolução. Sim, eu sei que o Espírito progride lentamente, entretanto, muito será cobrado quando se tem consciência do erro.
Será que eu sou quem eu penso que sou?
A virtude é conquistada e ao longo das existências iniciamos o processo; há de perseverar no burilamento, são as situações adversas que nos põem à prova, e a experiência que estamos tendo durante uma epidemia diz muito sobre nós.
Aprendemos através da doutrina espírita que todas as virtudes são meritórias, são indícios de progresso, inclusive quando resistimos às nossas más tendências.3
É motivador, precisa ser auto-motivador, pois está em nós, o caminho é longo, há muito ainda o que resolver para se descobrir, se aceitar, se compreender e se perdoar; o percurso não precisa ser sofrido.
Como nos encoraja o Espírito Emmanuel4, “a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio”.
Tornar-se consciente de si mesmo, olhar em volta e para o alto, no alto do sentimento do que está além dos interesses próprios.
Ainda não sou quem almejo ser, vou construindo de modo a aprender ser uma pessoa melhor e resistir à atração do egoísmo que há em mim, atendendo a sugestão daquele sábio da antiguidade, “conhece-te a ti mesmo”5.

Referências bibliográficas:
1 FRANCO, Divaldo P. Auto-descobrimento – uma busca interior. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: Liv. Espírita Alvorada, 2000.
2 Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 175° Edição. Questão 913. Araras. São Paulo. Editora IDE. 2007.
3 Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 175° Edição. Questão 893. Araras. São Paulo. Editora IDE. 2007.
4 XAVIER, F. C. O Consolador, Espírito Emmanuel, pergunta 253, 28a edição. FEB 2008.
5 Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 175° Edição. Questão 919. Araras. São Paulo. Editora IDE. 2007.

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