LUZ ESPÍRITA
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Série Psicológica Vol. 15 - Em Busca da Verdade/Joanna de Angelis

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:22 pm

Fé e religião

O ser humano é, na sua essência, um animal religioso.

A sua busca de religiosidade leva-o a vincular-se às diferentes correntes doutrinárias, procurando segurança e harmonia na trajectória física.
As suas experiências de fé religiosa concedem-lhe vigor e dão-lhe coragem nas situações difíceis e ante os desafios.

Pode-se afirmar que nesse indivíduo a fé é quase de natureza genética.
Há uma crença universal em Deus, não importando o nome que se Lhe dê, a forma como se O compreenda.
Atavicamente, o arquétipo divino que nele se expresse através do Self é um fenómeno natural.

A crença religiosa, no entanto, é resultado de factores educacionais, mesológicos, familiares.

Dessa forma, têm-se a crença natural e a religião que foi aprendida.
Na infância, no período lúdico, as fantasias em geral também se alargam em torno da religião, dando-lhe colorido especial ou criando terror de acordo com o conteúdo de cada uma delas.

À medida que a razão e o discernimento substituem a ignorância e a ingenuidade, os conflitos que surgem também entram em confronto com a conduta religiosa, especialmente se é castradora, imposta, ou se tem o carácter policialesco de vigiar todos os passos com ameaças de punição.

A racionalidade que tomou conta dos primeiros pensadores do século XVII, abrindo campo para os enfrentamentos entre as ciências nascentes e as doutrinas religiosas dominantes, atingiu o seu apogeu no fim do XIX e, particularmente na primeira metade do XX, quando, aparentemente, o ser humano afirmou estar distante de Deus, presumivelmente apoiando-se no arrogante conceito de Nietzsche, a respeito da Sua morte ou dos muitos outros filósofos niilistas e materialistas, ou mesmo de eminentes cientistas.

Apesar disso, quanto mais se realizavam avanços nas ciências e a tecnologia de ponta mais ampliava os horizontes da compreensão do mundo, curiosamente surgiu um paradoxo, facultando que inúmeros cientistas começassem a voltar a Deus e à crença no Espírito, como únicas maneiras de entenderem o Cosmo e a vida em si mesma.

Após a proposta darwiniana a respeito da evolução vegetal, animal e o surgimento do homem, mediante a selecção natural, facultando a negação dos conceitos criacionistas bíblicos, que reinaram soberanos por vários séculos, com o advento das moderníssimas conquistas a respeito da decodificação do genoma humano, uma ponte foi lançada entre uma teoria e outra, demonstrando que se encontram verdades em ambas e facultando entendimento de como Deus criou a vida.

Já não é blasfémia um cientista confessar a sua crença em Deus, assim como na sobrevivência do Espírito à disjunção molecular do corpo.

As incontáveis investigações em torno da paranormalidade humana, realizadas nos séculos XIX e XX, por excelentes cientistas das diversas áreas do conhecimento, têm oferecido material exuberante e incontestável para confirmar que a morte não destrói a vida e que o Espírito não sucumbe, quando desaparece o seu envoltório material.

A mediunidade, após vencer os preconceitos e as superstições que a mistificavam, tornou-se objecto de estudos sérios e consagrados por homens e mulheres dos mais diversos segmentos da cultura e da civilização, que se renderam à sua legitimidade como instrumento probante da imortalidade do Espírito.

Ciências que se derivaram da Psicologia, como área experimental, no caso, a Parapsicologia, mais tarde, a Psicotrónica, a Psicobiofísica, ofereceram campo vasto para os estudos sérios em torno dessas questões, ensejando evidências e factos que não podem ser contestados e merecem todo o respeito, em face daqueles investigadores sérios que se deram ao trabalho de pesquisar, de experimentar, de comparar...

A ruptura com as colocações extremistas de alguns cientistas em relação à religião e aos fenómenos dela defluentes, já não mais existe com a mesma firmeza de antes.

Neurocientistas e astrofísicos, matemáticos e biólogos, psicólogos e psiquiatras, assim como outros profissionais dos diferentes ramos do conhecimento científico têm defrontado a realidade transpessoal e adoptado comportamento compatível com a filosofia imortalista, como a mais avançada conclusão das suas experiências nos campos de trabalho nos quais operam.

Chegou o momento em que as questões metafísicas podem ser discutidas nos laboratórios sem nenhum pejo para os estudiosos, em tentativas de grande validade para descobrirem o que se encontra escondido além das chamadas leis naturais, pelo menos aquelas que já estão detectadas.

Nesse sentido, Jung foi um dos primeiros académicos a não valorizar em demasia o aspecto racionalista absoluto em torno do Universo, abrindo caminhos dantes não percorridos, para melhor entender-se a criatura humana em sua profundidade e a realidade na qual todos se encontram.

O ser humano não pode fugir do seu arquétipo psicóide, em razão do inconsciente colectivo, onde permanecem todos os constructos da sua existência, naturalmente, também, as exuberantes expressões da fé, no seu sentido mais amplo, da religião e de Deus...

Esse extraordinário inconsciente encontra-se fora do conhecido mundo consciente, sendo constituído por um campo-primordial-de-espaço-tempo.

A Psicologia, desse modo, tem por meta entender os fenómenos pertinentes à psique e às suas manifestações, não estando vinculada a qualquer compromisso com os comportamentos religiosos, sem que, no entanto, deles deva abdicar, especialmente quando estudando os diversos distúrbios que aturdem os seus pacientes, as suas alucinações e delírios também de natureza espiritual...
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:23 pm

A fé religiosa, quando saudável, estruturada na filosofia da razão, que pode enfrentar a dúvida em todas as épocas do pensamento, contribui de forma significativa para a saúde mental e emocional do indivíduo, dando-lhe sustentação nos momentos de debilidade e coragem nos instantes de desafio.

* A fé apresenta-se natural, sem subterfúgio, em tudo que se acredita sem haver sido investigado, e ninguém vive sem essa experiência psicológica que se expressa como fidúcia, aceitação automática...

Também resulta das lutas entre a razão e o sentimento, o facto e outras explicações, passando pelo crivo da lógica, da observação, tornando-se racional, robusta.
Graças à fé natural, desenvolvem-se as aptidões humanas e os projectos desenhados para a existência transformam-se em realidade, porquanto os estímulos e a fortaleza que dela se derivam, proporcionam os meios para o prosseguimento nos tentames até quando concluídos.

A fé é portadora de força tão excepcional, que muitas vezes o indivíduo que tem um objectivo luta contra tudo que se lhe opõe, vence os impedimentos com a certeza de que é viável o que deseja e que conseguirá.

É a fé que tem sustentado os investigadores de todos os matizes, os cientistas que trabalham com hipóteses contrárias ao aceito e permitido, conseguindo demonstrar a sua validade após esforços hercúleos, assim confirmando que têm razão.

Ninguém pode atingir qualquer meta se não acredita na sua viabilidade, nessa possibilidade, mesmo que não a identifique conscientemente.

A perseverança numa acção e a constância em um trabalho são frutos da fé em torno dos mesmos.
A fé religiosa, no entanto, sustenta-se na probabilidade de que sejam reais os postulados transpessoais, espirituais, nos quais se acredita.

Felizmente, graças à mediunidade, a fé religiosa dispõe hoje de um arsenal de fatos que superam e eliminam todas as negações.
Curiosamente, afirmava-se durante a vitória da filosofia existencialista, que era necessário ver para crer, hoje totalmente ultrapassado o conceito em face das propostas da física quântica, que estabelecem a necessidade de antes crer para depois ver, mesmo porque nem tudo aquilo em que se crê nessa área somente se encontra dentro de probabilidades e jamais será visto...

A fé produz heróis e santos, mártires e pessoas de bem.
Durante o holocausto judeu, suas vítimas que mantiveram a fé de que sobreviveriam, de uma ou de outra forma conseguiram o objectivo.

Aquelas que se afirmavam necessária a vida a fim de denunciarem toda a crueldade, experimentaram todos os horrores e ficaram lúcidas para narrar ao mundo o poder da loucura, do extremismo, da solução final, meta dos infelizes psicopatas que tomaram o poder na Alemanha...

Quando se crê, todo o organismo atende aos impulsos da psique e responde de maneira eficaz, produzindo recursos propiciatórios à sua realização.
Mais facilmente entra em tormento emocional, o indivíduo em conflito pela dúvida, atormentado pela insegurança, desconfiado de tudo e de todos.

Mediante a fé em Deus, sem exaltação e com harmonia, a saúde emocional é mais duradoura, e, quando, por alguma razão, experimenta transtorno, mais rapidamente retorna.

Em muitas ocasiões, a fé demonstrada por cientistas e navegadores, como Cristóvão Colombo, que acreditava na existência de terras, caso viajasse na direcção do oeste, saindo da Europa, conseguiu prová-lo, porque no inconsciente armazenavam-se os registros representativos de já haver estado naqueles lugares em existência anterior...

Quantas vezes, o pai da psicologia analítica em suas viagens de trem, partindo de Zurique (Suíça) com destino à Itália, antes de chegar às cidades a serem visitadas, via-as, conhecia-as, constatando a veracidade posteriormente, embora nunca ali estivesse estado, pelo menos na existência actual. Surpreendido por esses eventos, assim como pelo sonho-visão que tivera, a respeito da grande onda que destruiria praticamente a Europa, se tornou real por ocasião da lamentável Grande Guerra que sacudiu todo o planeta, nunca se escusou a narrar tais ocorrências...

Esses fenómenos que transcendem a realidade psicológica, estão vinculados ao ser paranormal, espiritual e imortal, estando, desse modo, além das suas perspectivas, embora as possa penetrar.

Mme. Curie, por sua vez, realizando as suas extraordinárias experiências com toneladas de pechblenda, tinha certeza, mantinha a fé segura de que encontraria expressão mais rarefeita da matéria, e insistindo, embora contra todas as opiniões, com o esposo conseguiu detectar a radioactividade.

Posteriormente, continuando nas pesquisas exaustivas com diversos tipos de pechblenda conseguiu detectar o polónio e o rádio...
Mesmo na viuvez, manteve a fé natural e racional em torno das imensas possibilidades que se lhe encontravam ao alcance e superou-se, conquistando o respeito internacional e o Prémio Nobel de Química, tornando-se a única pessoa a receber duas vezes o referido Prémio em áreas diferentes...

A fé sempre a sustentou, mesmo no período de dissabores e conflitos emocionais vividos após a desencarnação do marido...

Jesus afirmou com segurança e beleza:
Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele há-de passar;
e nada vos será impossível.
(Mateus: 17-20.)

Certamente, não se referia à montanha em si mesma, porém, aos graves problemas que se amontoam em torno da existência, criando dificuldades e produzindo embaraços.

A fé, mesmo pequenina, pois que o grão de mostarda é uma das sementes menores que existem, consegue o resultado que se almeja, em razão das forças que facultam e da inspiração que propiciam.

A fé, em qualquer forma que se apresente, é estímulo de alto significado para uma existência feliz e saudável, portanto, para a contribuição eficaz para a individuação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:23 pm

Pensamento e acção

Examinado sob o ponto de vista filosófico, o pensamento é uma actividade psíquica que responde pela ocorrência dos fenómenos cognitivos, independendo da vontade e dos sentimentos.

René Descartes afirmou: Eu sou uma coisa que pensa, dando ao pensamento um significado específico, afirmando que a essência do homem é pensar.
Através do pensamento cada ser humano eleva o seu estágio de evolução, caracterizando-se pela nobreza das ideias que formula ou pela vulgaridade em que se compraz.

O processo de evolução do pensamento fez-se lentamente através das multifárias experiências reencarnacionistas, desde quando surgiram as primeiras expressões arcaicas, passando pelas de natureza primitiva, mítica, egocêntrica até alcançar o estágio racional, avançando no rumo da sublime conquista cósmica(*).

Desenvolvendo a capacidade de pensar, ultrapassando as barreiras dos instintos que limitam, o Espírito vem ampliando a percepção do psiquismo divino que nele existe, adquirindo essa peculiar capacidade, base para todas as realizações existenciais.

Essa faculdade inata que se desdobra mediante as experiências contínuas é portadora de um poder para a acção, que a torna elemento vital no desenvolvimento do Espírito na sua incessante busca de felicidade.

A medida que o ser humano encontrou desafios e dificuldades na vilegiatura orgânica, nos primórdios da evolução, foi desenvolvendo a caixa craniana e aumentando o volume do cérebro, graças ao surgimento dos neurónios necessários às sinapses mais elevadas e às expressões que iriam caracterizar o pensamento.

Surgindo por ampliação do instinto, considerando-se que esse é uma forma primária de pensamento, as necessidades ambientais e a luta pela sobrevivência estimularam o Espírito a liberar as funções que se encontravam em latência, dando lugar ao surgimento das ideias, ao desenvolvimento das faculdades psíquicas. Factores, portanto, mesológicos e filogenéticos responsabilizaram-se ao largo dos milhões de anos em construir os equipamentos ultra delicados para decodificar o pensamento, que é de natureza transcendente e não de natureza electroquímica do próprio cérebro, conforme asseveram alguns respeitáveis estudiosos.

Emanação do Espírito, é o instrumento hábil para o estabelecimento da razão, do discernimento, da consciência que se desenvolve através de níveis específicos até fundir-se na identificação cósmica, conforme sucede com o próprio pensamento.

Em cada etapa, o Espírito exercita em especial determinada faculdade, ora intelectiva, ora emocional, abrindo espaço para as aptidões culturais, artísticas, religiosas, sociais, políticas, que irão construir a sua plenitude.

O pensamento, portanto, em face das conquistas adquiridas pelas experiências agiganta-se e transforma-se em força criadora, que a consciência de si orienta sob as directrizes ético-morais, indispensáveis à canalização das ideias e aspirações compatíveis com o estágio do desenvolvimento de valores elevados.

Foi, graças a esse esforço e direccionamento, que surgiram os conceitos filosóficos, as inabordáveis conquistas científicas, as maravilhas da arte em todas as suas expressões, as sublimes realizações espirituais e religiosas, o estabelecimento dos códigos dos direitos e dos deveres do ser humano em relação a si mesmo, ao próximo, à Natureza, à vida...

Esse incessante processo de crescimento experimentou, também, vários embates, quando as opções do pensamento se mantiveram nas heranças do primarismo, principalmente na agressividade e na violência, na pulsão do poder e do prazer, nos caprichos infantis mal suportados, dando lugar ao crime, à destruição, ao despautério, à crueldade não diluída no imo.

Na actualidade, quando se alcançou o máximo do progresso científico e tecnológico até então jamais logrado, lamentavelmente permanecem ainda as expressões grosseiras e perversas do pensamento primitivo, que não evoluiu no direccionamento ético e moral, gerador dos sentimentos de paz e de compaixão, de bondade e de compreensão da finalidade existencial na Terra.

Tudo, no ser humano, tem origem no pensamento, que logo se transforma em ideia, desenhando as possibilidades de realização, a fim de converter-se em acção.

Como efeito, assevera-se com severidade que o facto de pensar-se em determinada ideia, que se fixa, já se está cometendo o acto.

Em o Evangelho de Jesus, por exemplo, essa força de expressão está definida no capítulo 5 de Mateus, versículo 28, quando enuncia:
Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.

Certamente, quando se olha algo ou alguém, logo surge a formulação da ideia, do desejo, da necessidade, e, no caso em tópico, o pensamento desregrado, indisciplinado, acostumado ao imediatismo da libido, logo passa a experienciar a acção, desde o instante de emissão da onda mental.

No mesmo contexto, o oposto também é verdade, quando se fixa a atenção, e consequentemente o desejo mental em algo enobrecedor, já se inicia a vivência do anelado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:23 pm

Essa força do pensamento também responde pela conduta emocional, pelas heranças positivas ou negativas do indivíduo, cabendo-lhe direccionar os seus anseios para as questões superiores da existência, as que dignificam e promovem o sentimento e a própria vida.

É nessa estrutura que o Self adquire resistência para compreender e aceitar a sombra, conviver com o ego sem luta nem conflito.

Quando vitimado por transtornos psicológicos, o indivíduo apresenta-se incapaz de fixar o pensamento na esperança e na expectativa de recuperação, normalmente, porque sempre cultivou as ideias negativas, pessimistas e perturbadoras, às quais se acostumou, que justifica, informando não ter forças para corrigir o velho hábito e passar a contribuir em favor da psicoterapia libertadora.

Em se esforçando, no entanto, e desejando a conquista da saúde física, emocional ou de algum transtorno mais profundo, desde que não estando afectado na função do pensamento, poderá fixar a mente nas perspectivas saudáveis do refazimento, auxiliando os neuropeptídeos na produção das substâncias especiais para o reequilíbrio.

Nesse campo, inscrevem-se as terapias placebo de excelente resultado em muitos processos psicoterapêuticos, mesmo objectivando enfermidades orgânicas.
Por outro lado, as experiências nocebo também resultam em agravamento dos quadros enfermiços, levando os pacientes a situações lamentáveis.

Ambas as ocorrências, portanto, em face da força do pensamento, que se fixa numa como noutra, de onde se originam os resultados positivos ou prejudiciais ao organismo físico, emocional e psíquico.

Por motivos óbvios, somente o ser humano pensa, é capaz de compreender abstracções, de conceber e antever o que lhe ocorre nos painéis da mente, e que pode materializar posteriormente através do empenho e da dedicação na construção das ideias.

Mediante o pensamento bem-ordenado, todo o constructo do ser humano avança pelas vias formosas da saúde e da edificação interior, alcançando o elevado patamar da individuação.

(*) Vide o livro Autodescobrimento, de nossa autoria, capítulo 2 - Equipamentos existenciais. Editado pela LEAL. Nota da autora espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:23 pm

10 - A VIDA E A MORTE
A vida harmónica
Equipamentos psicológicos para o ser
A fatalidade da morte


A organização fisiológica de um ser humano é uma das mais grandiosas peças da engenharia genética jamais antes ou depois elaborada...

Constituída por um sistema circulatório que varia entre 150.000 a 190.000 quilómetros de artérias, veias e vasos em um circuito excelente e único, pelo qual viaja o sangue que nutre todas as células, num total de cem triliões, renovando-se continuamente, com excepção dos neurónios cerebrais, segundo alguns neurocientistas, enquanto outros informam que algumas ilhas se repetem quando os mesmos morrem, para que a vida possa pulsar no grandioso mecanismo.

Todo esse equipamento depende do oxigénio que lhe é vital e que transforma o sangue venoso em arterial, eliminando as perigosas toxinas que produz pelo aparelho excretor, mantendo um equilíbrio invejável.

A bomba cardíaca, que lhe é fundamental, começa a pulsar a partir do vigésimo dia da fecundação, quando automaticamente é disparado um choque eléctrico, e não cessa de realizar a função incomum da sístole e da diástole, de modo que o sangue chegue ao cérebro e dele aos pés atravessando esse extraordinário sistema circulatório, que é auto-preservador.

Se, por acaso, uma picada de alfinete lhe destrói milhares de capilares, logo outros lhes tomam o lugar, em um mecanismo insuperável de ordem e de acção, e, quando há um corte maior, de imediato, é atirada sobre o mesmo uma delicada camada de fibrina, para realizar o tampão que lhe impede a morte pela hemorragia, que seria contínua, com excepção nos hemofílicos, cujo processo é mais delicado e mais complexo...

Os sistemas nervosos de sustentação e equilíbrio são de uma complexidade incomum, emitindo vibrações e mensagens que se responsabilizam pela harmonia de toda a maquinaria, na execução da sua programática.

As glândulas endócrinas, especializadas, funcionam dentro de um ritmo que transcende a capacidade total do entendimento humano, contribuindo com os hormônios responsáveis pela estabilidade de todos os equipamentos físicos, emocionais e psíquicos...

Essa aparelhagem sem similar é activada por sistemas especiais emissores de energias que procedem da mente, circulando em todo o organismo, mente que, por sua vez, é instrumento de manifestação do Espírito, quer consciente ou não da sua existência e significado.

Resistente a diferentes altitudes e golpes de vária ordem, é, no entanto, frágil, pois que pode ser vitimada por bactérias e vírus que mantém sob controlo, quando o sistema imunológico, por alguma razão deixa de funcionar como seria desejável...

É que todo o comando se encontra no Espírito que a vitaliza e conduz, contribuindo para o seu êxito ou sua desorganização, embora nem sempre esteja consciente da alta magnitude do investimento de que se encontra possuído, a fim de alcançar as estrelas, saindo, por definitivo, da treva da ignorância para a glória da imortalidade...

Essa máquina extraordinária que a nenhuma outra se compara foi, no entanto, trabalhada pelas Divinas Leis ao longo de dois bilhões de anos, aproximadamente desde a formação das primeiras moléculas de açúcar, na intimidade das águas oceânicas abissais, chegando à actualidade com equipamentos eléctricos e electrónicos dos mais sofisticados, de forma que através dela o Espírito pode desenvolver o seu deus interno, cantando as glórias de Deus...

Nesses incomparáveis equipamentos encontram-se os mecanismos que expressam a inteligência, o sentimento, as tendências de toda natureza, graças ao perispírito que os modela, obedecendo às exigências da Lei de Causa e Efeito, no desempenho da tarefa para a qual foi elaborado pela Divindade, na sua condição de envoltório subtil da alma ou Espírito.

A bênção, portanto, de um corpo, para o crescimento espiritual, por mais limitado e destroçado que seja, é de não apreciado valor, porquanto reflecte as necessidades do seu agente espiritual, sempre responsável pela maneira como se condensa no mundo das formas.

Respeitá-lo com imenso carinho, oferecendo-lhe os contributos próprios para que sejam alcançadas as finalidades às quais se destina, é o dever inteligente do viandante na romagem terrena.

Resguardá-lo das agressões internas, que procedem dos atavismos ínsitos nele próprio, defluentes da sua conduta passada, é consciência de dever para com o invólucro material de que necessita para crescer e reparar, conquistar o infinito e avançar na busca da individuação.

Quando o Self se encontra consciente dos seus atributos, melhor trabalha para a harmonia que lhe é necessária, a fim de desempenhar as funções de mortalidade e de imortalidade que lhe dizem respeito, superando os impositivos da sombra, que evoca os caminhos dúbios que foram transitados e necessitam da contribuição do entendimento para que haja plena harmonia.

Desse modo, o corpo deve ser considerado um santuário sublime que a vida concede ao Espírito, a fim de que permita o desabrochar dos valores adormecidos, qual ocorre com o solo generoso que acolhe a semente, a fim de que alcance a meta que jaz no seu imo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 22, 2012 9:24 pm

De maneira idêntica, é necessário atender essa semente inteligente resguardando-a das pragas e perigos mesológicos que podem atentar contra a sua sobrevivência e desenvolvimento vital.
Assim considerando, os maiores perigos jazem internamente, são as imperfeições morais remanescentes do primarismo, que teimam em manter encarcerado o ser real, fazendo-o repetir as façanhas infelizes que o tornaram desditoso.

O esforço pelo autoconhecimento, pela auto-identificação no tocante às possibilidades que lhe dizem respeito é compromisso inadiável para todas as criaturas que despertam em consciência lúcida para atingir a meta da existência, que é o estado sukha.

Normalmente, em mecanismos de transferência ou de fuga da responsabilidade, pensam alguns indivíduos que os seus inimigos encontram-se fora, programando ataques, estabelecendo estratégias de agressão e de destruição, sem dar-se conta de que esses jamais alcançam o seu objectivo se encontram a lucidez daquele de quem não gostam e a preservação dos seus valores morais em clima de harmonia.

Desse modo, os adversários de fora, muito decantados, mal algum podem fazer, quando se está consciente de si mesmo e disposto a galgar níveis mais elevados na escala da evolução que não cessa.

Por isso mesmo, qualquer ocorrência perniciosa que afecte esse gigantesco instrumento da evolução, representa um dano de consequências graves, impondo refazimento através do renascimento corporal, em equipamento desorganizado pela sandice que o indivíduo se permitiu.

A visão religiosa castradora do passado via no corpo um adversário em face dos seus impulsos e necessidades, passando a puni-lo de maneira covarde e a aplicar-lhe cilícios, a fim de diminuir-lhe a vontade, em falsas tentativas de libertá-lo das tentações, preferindo a ignorância que lhe vedava o entendimento para compreender que os desejos infrenes, os apelos carnais são reflexos do estágio do Espírito que se reflecte na matéria e não ao contrário.

O amor, portanto, para com o doce e calmo jumentinho, conforme o denominava o santo de Assis, em reconhecê-lo como o animal em que montava, é a proposta mais bela e rica de contribuições para a sua preservação e harmonia.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:49 pm

A vida harmónica

Genericamente, alguns biólogos definem a vida como o fenómeno que anima a matéria.

A referência à vida humana, que abrange o período da fecundação até o da desencarnação, mediante o qual o Espírito toma a matéria e a abandona, é caracterizado pela presença da energia pensante.

A vida encontra-se estuante em toda parte, seja no campo da estrutura molecular como naquele que se expressa em outra dimensão - a de natureza espiritual.
A vida humana, entretanto, é a transitória existência corporal, através da qual se processam os mecanismos da evolução física, psíquica, emocional e espiritual, seguindo a fatalidade da perfeição relativa que a todos se encontra destinada.

A morte, no ser humano, por sua vez, é a cessação dos fenómenos orgânicos, a degeneração do tronco encefálico, abrindo espaço à desencarnação, que constitui a liberação total do Espírito em relação à estrutura material.

Por isso, nem sempre morrer é desencarnar, considerando-se que constitui um expressivo número, o daqueles que se mantêm apegados aos despojos materiais, após a ocorrência da morte, na vã expectativa de trazê-los de volta à vitalidade.

Vivenciando uma existência sensualista, assinalada pelo egoísmo e pelas suas expressões mais vis, o acontecimento que produz a morte orgânica de forma alguma libera o princípio inteligente da vestidura que lhe facultou o gozo e as sensações exorbitantes.

Fixado nos equipamentos de que se utilizou, o fenómeno mortis não proporciona de imediato a identificação da mudança de plano vibratório em que se encontra, em razão da continuidade das percepções orgânicas, apresentando-se como impressões vigorosas que transmitem a ideia de que nada se modificou.

Lentamente, porém, à medida que ocorre a transformação e a desintegração dos despojos, o ser real é assaltado pelo pavor e aturde-se na ignorância em que se manteve de referência à realidade além do campo sensorial.

Essa perturbação prolonga-se por tempo indeterminado, variando de um para outro indivíduo, conforme o nível de consciência que lhe é próprio.

O Self em reestruturação após o desenlace dos complexos equipamentos celulares, das combinações químicas electroeletrónicas do cérebro, prossegue dominado pelo imperativo do ego que o manteve encarcerado na sombra das paixões servis, dando-lhe a falsa ideia de que tudo prossegue em regime de similitude, embora o sucesso que teve lugar...

De outra maneira, quando se viveu dentro dos padrões éticos estabelecidos, mantendo-se respeito pela existência, utilizando-se da roupagem carnal de maneira sóbria, edificante e construtiva, experiencia-se, desde cedo, um natural desapego pela mesma, como consequência da visão espiritualista que se possui da vida.

Tendo-se em mente que tudo é transitório no mundo físico, e que o corpo é somente um instrumento para a evolução, ama-se a organização material, consciente, porém, da sua relatividade, da sua destrutibilidade pela morte.

Os fenómenos biológicos são recursos preciosos para que o Espírito adquira a consciência de Si-mesmo, ampliando a sua capacidade de entendimento intelecto-moral das coisas e da realidade em que se encontra.

Tendo como objectivos imediatos a saúde e o bem-estar, opera em todas as circunstâncias de maneira a evitar comprometimento desequilibrante, dando-se conta de que a sua felicidade está vinculada aos factores ambientais e humanos, que também devem participar do mesmo empreendimento ditoso.

Para que o tentame seja alcançado, o S é l f identifica os alvos estabelecidos, empenhando-se no esforço pela harmonização dos arquétipos perturbadores e desenvolvimento das faculdades que se lhe encontram em germe, em estado de adormecimento.

Trata-se do empenho pelo autodescobrimento, pela auto-iluminação, pela superação das heranças ancestrais geradoras de inquietação e sofrimento.

Como o sofrimento se encontra presente em todas as fases do desenvolvimento do ser, por tratar-se de um fenómeno natural, ora por desgaste biológico, ora por ocasionar o sofrimento do sofrimento, vezes outras por impermanência, impõe-se a atitude estóica de aceitá-lo jovialmente como processo de percurso inevitável, do qual resultam inúmeras conquistas, quais o amadurecimento psicológico, a visão da solidariedade em relação aos seres sencientes - vegetais, animais e humanos - em cujo grupo se encontra.

A consciência dessa transitoriedade da matéria proporciona ao Self a eleição dos cometimentos edificantes, aqueles que não geram culpa nem arrependimento, proporcionando a vida harmónica em ideal identificação com tudo e com todos.
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Série Psicológica Vol. 15 - Em Busca da Verdade/Joanna de Angelis - Página 4 Empty Re: Série Psicológica Vol. 15 - Em Busca da Verdade/Joanna de Angelis

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:49 pm

Trata-se, sem dúvida, de um grande esforço a ser desenvolvido.
No entanto, a pérola que reflecte a luz das estrelas é arrancada dos abismos em que se desenvolve no molusco que a retém como mecanismo de autodefesa, ou como a estátua de rara beleza que estava oculta na pedra grosseira ou no metal sujo e informe...

A existência humana é um desafio gigantesco no processo ontológico da evolução.
Por mais se queira, ninguém é capaz de evitar os impositivos em que se expressa.

Por isso mesmo, o pensamento ético estabeleceu directrizes de segurança para que sejam logrados os objectivos da saúde e da tranquilidade, do bem-estar e da alegria de viver.

Aprofundando a sonda na complexidade do ser humano, a psicologia analítica oferece valiosos recursos para a auto-identificação, para a descoberta dos limites e das possibilidades inimaginadas, para a construção da plenitude, libertando o paciente de todo grilhão retentivo na ignorância, na enfermidade, nos transtornos de comportamento...

Quando o indivíduo puder olhar-se com serenidade, sem culpa nascida no passado, sem saudades dele ou ansiedades pelo futuro, na expectativa do vir-a-ser, nada obstante os conflitos que lhe permaneçam, terá conseguido avançar decisivamente no rumo da auto-realização, portanto, de uma vida harmónica.

Essa conquista não impede a luta contínua, porque a evolução não tem limite, e quanto mais se adquire conhecimento mais se ampliam os horizontes do saber e as indagações em torno do existir, do Cosmo, da vida em si mesma.

Para o êxito desse cometimento, a autoterapia do amor e do sentimento de dever contribui para o prosseguimento do esforço de crescimento interior, de realização enobrecida, de harmonia, desaguando no estado numinoso.

O ser numinoso exala equilíbrio, segurança, auto-conquista.
Transforma-se em um polo de atracção que beneficia todos aqueles que se lhe acercam, porque a sua exteriorização é benéfica e enriquecedora.

De igual maneira, o indivíduo voluptuoso, vulgar, insensato, mesmo que se apresentando bem-vestido e com a persona bem trabalhada, cuidadosamente maquilhada para a vida social, exterioriza o bafio pestilencial do seu estado interior.

Basta uma aproximação, um contacto, para que se sinta o perigo do contágio da sua condição moral e espiritual.
Logo ocorre uma falta de empatia entre aquele que é saudável e o enfermo, produzindo fenómenos psicológicos de antipatia e distanciamento.

Cada qual é aquilo que cultiva interiormente, suas aspirações e pensamentos, seus cuidados ou desastres emocionais, não podendo ocultá-los de tal forma que psiquicamente os mesmos não se manifestem.

Nesse capítulo, pode-se inferir que as existências pregressas impuseram o seu selo representativo da conduta que cada qual se permitiu.
É comum ouvir-se dizer que os discípulos de determinados mestres iogues asserenam-se junto deles, sem necessidade de qualquer verbalização...

O mesmo ocorre com muitos pacientes quando chegam os seus médicos, enfermeiros ou assistentes, sendo generalizada a ocorrência em relação às pessoas portadoras de sentimentos elevados que produzem alegria e geram harmonia a sua volta.

De igual maneira, aqueles que são temperamentos rebeldes, instáveis, comportamentos doentios, sentimentos avaros e mesquinhos, turbulentos e perversos, fazem-se identificar facilmente,
mesmo que o não queiram, sem qualquer manifestação exterior.

O ser psíquico-moral é o verdadeiro indivíduo.
A nobre tarefa da psicoterapia é trabalhar esse Self que centraliza todas as atenções e cuidados, nele descobrindo os registros das aflições defluentes das experiências malogradas, dos comprometimentos desastrosos, do que poderia haver realizado de meritório e ficou na expectativa...

Onde se encontre o enfermo psicológico ou físico, ou mental, aí está a totalidade dos seus actos em reencarnações anteriores agora reflectidos na conduta angustiosa ou aflitiva que o aturde.

Imprescindível trabalhar-lhe o inconsciente colectivo, buscando os arquétipos portadores de desintegração e sofrimento que nele ressumam com frequência.
Os primeiros passos para a conquista da vida harmoniosa, são aqueles que liberam o despertar da consciência de si, ao lado da responsabilidade assumida em favor das mudanças que se fazem necessárias na ementa existencial.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:49 pm

Desmascarar a ignorância e diluir a sombra onde quer que se refugiem, constituem o segundo passo de lucidez para alcançar-se o objectivo anelado.
Assumindo facetas desculpistas, ensejando processos de transferência de responsabilidade, o ego engenhoso e insubordinado procura sempre manter-se no comando, disfarçando a aparência e mantendo os conteúdos doentios.

Outras terapias, denominadas alternativas, também são muito úteis para a conquista dessa vida harmónica sempre buscada.
Desde os procedimentos de cromoterapia, como os de massoterapia, os de meditação e ioga para atingir o mocsa, os de fluidoterapia especialmente através dos passes e outros tantos valiosos recursos à disposição dos interessados, o importante é alcançar a individuação, a sukha...

Muitos outros indivíduos, entretanto, preferem ficar vitimados pela síndrome do mundo cruel, conforme a denominam os sociólogos, em face da alta carga de informações negativas, de desastres e infortúnios de que são vítimas, informando a impossibilidade de as superar ou pelo menos digeri-las mentalmente.

Sem dúvida, é um disfarce para evitar assumir a responsabilidade pelo que está ocorrendo no mundo, porquanto, ao lado das misérias e vicissitudes, também se encontram os exemplos de dignificação e sacrifício de verdadeiras multidões que permanecem no anonimato ou se tornam conhecidas, sem darem importância ao lado infeccioso da sociedade, que se apresenta em forma de doença pandémica e constante.

A predominância dos bons e dos portadores de sentimentos elevados proporciona à vida uma paisagem de esperança e de significação, qual um amanhecer de bonança após a violência da tormenta.

A aquisição, portanto, de uma vida harmónica, está na dependência da eleição que cada um faz em torno dos objectivos existenciais, sendo factível anelá-la e trabalhar por conquistá-la.

... E o filho pródigo voltou para os braços paternos...
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:50 pm

Equipamentos psicológicos para o ser

Na extraordinária façanha da existência humana, a conquista de sentido e de significado é de relevante magnitude, pois que, do contrário, não se vive, apenas se vegeta, conforme conceituação de um brocardo popular.

A constituição do Self como energia pensante, na condição de princípio inteligente do universo, conforme é definido o Espírito pelos Benfeitores da Humanidade, impõe por princípio e legitimidade todo um arsenal de equipamentos psicológicos para o desempenho da tarefa que deve executar - a auto-iluminação.

Procedente do Psiquismo Divino, possui, em germe, todas as potencialidades provenientes da sua causalidade, sendo-lhe necessário o despertar das mesmas e o desenvolvê-las ao largo das experiências sucessivas.

Em decorrência, o ser psicológico que é, impõe-se como de fundamental relevância em todo o processo evolutivo, sendo-lhe necessários recursos psíquicos propiciatórios para o alcance dos seus objectivos.

Sediando as aspirações no super-consciente e conservando as realizações no inconsciente colectivo, o seu envoltório perispiritual é o reservatório onde se encontram todos os valores amealhados, dignificantes ou inquietadores, e que ressumam com frequência, de acordo com as emoções, as ocorrências' que fazem parte do processo de evolução, auxiliando-o na ascensão ou induzindo-o ao sofrimento.

Como consequência, as suas são necessidades de ordem ética, estética, transpessoal, como recursos de manutenção do equilíbrio e de impulsos para o avanço pela senda libertadora dos atavismos negativos que interferem no comportamento que opta pelo bem-estar.

A alegria de viver, por exemplo, é um dos mais valiosos equipamentos psicológicos para o êxito do empreendimento humano, porquanto, através desse sentimento, todas as experiências adquirem significação, seleccionando aquelas que promovem com a superação tranquila em referência às portadoras de angústia e de aflição.

Para que haja alegria de viver, no entanto, impõem-se condições emocionais específicas, tais sejam:
os procedimentos mentais saudáveis, nos quais o pensamento e a imaginação activa exercitam-se trabalhando as aspirações da ordem e do dever, da acção nobre e da solidariedade, do progresso e da abnegação, mantendo o clima superior propiciatório ao entusiasmo, sem as defecções ocasionadas pelos conflitos;
a reflexão antes de qualquer atitude, a fim de evitar a culpa que transtorna, elegendo as condutas que proporcionam júbilo interior;
as actividades representativas da caridade, da compaixão;
a auto-análise frequente, de modo a identificar os erros e reabilitar-se deles, os acertos e seus prosseguimentos...

Isto porque, segundo a opinião do eminente Jung:
...dentro da alma, desde suas origens primordiais, têm havido um desejo de luz e uma ânsia incontida para debelar as sombras primordiais... a noite psíquica primordial... é hoje a mesma que a de incontáveis milhões de anos passados.

O anseio pela luz é o anseio pela consciência.
A busca dessa consciência profunda transforma-se em meta que conduz à plenitude psicológica, quando o sofrimento não encontra lugar para instalar-se, ou quando ali presente, ser superado.

Embora o sofrimento permaneça no mundo e nas criaturas como uma fatalidade do seu processo de evolução, mediante os equipamentos psicológicos da busca da luz, torna-se factível diluí-lo na claridade do amor inefável.

O sonho alquimista era a transmudação dos metais comuns em ouro de alto valor, que não foi conseguido.
Nada obstante, psicologicamente, é possível essa alquimia no ser, ao transformar a sombra em luz e os conflitos com as suas marcas de perturbação no ouro da harmonia.

Para tal cometimento, os recursos a serem utilizados são internos e fazem parte da construção da consciência, pois que, somente por seu intermédio, é possível a conquista da sabedoria, ao discernir entre o que é necessário e inútil na existência, de real ou de aparente valor...

Enquanto isso, a luta interior em relação ao sofrimento prossegue contínua.
Ainda conforme o pensamento junguiano, o oriental planeja vencer o sofrimento expulsando-o como se fora uma coisa, enquanto o ocidental pensa que conseguirá libertar-se dele através dos medicamentos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:50 pm

Nenhum medicamento, porém, tem o poder de eliminar os sofrimentos que se derivam da consciência de culpa, dos fenómenos psicológicos da afectividade não correspondida, das ansiedades não concretizadas, do desejo do belo e da paz não conseguidos...

O dinheiro, por exemplo, pode oferecer uma farta alimentação, jamais provocar o apetite; pode conseguir o conforto, nunca, porém, a paz de quem habita o lugar agradável;
a presença de pessoas, sem que lhe ofereçam o amor...

A morte de um ser querido interrompe os sorrisos e o poder do mundo não o pode trazer de volta, embora possa mover praticamente tudo e todos...
Tais ocorrências produzem sofrimentos, sem dúvida, que não podem ser expulsos a golpes de insistência mental nem socorridos com medicamentos de qualquer natureza. Têm de ser enfrentados pacientemente pela psique, através do estado auto-consciente do Self.

É natural que o sofrimento e a felicidade manifestem-se lado a lado, em aparente oposição, que os equipamentos psicológicos da compreensão podem fundir num estado de harmonia, quando se compreenda que através do primeiro se pode alcançar a segunda, bastando, para tanto, a compreensão das suas origens e da sua permanência.

Diluindo-se as marcas que procedem do inconsciente individual e do colectivo, anula-se a desdita e despertando a criança maltratada, que se encontra latente, consegue-se entender que é possível conciliar um com a outra, desde que transformando o primeiro em caminho que conduz à plenitude.

Não havendo reproche, nem mágoa pelas ocorrências desagradáveis geradoras do sofrimento, não têm vigência os mórbidos resíduos psicológicos, antes surgem perspectivas favoráveis à superação do mesmo, porque outros factores tomam-lhe o lugar, como sejam:
a paz de consciência, o desejo para alcançar as metas programadas, os ideais abraçados.

Quando a mente está voltada para os significativos labores de elevação moral, social, espiritual, artística ou de qualquer outro tipo, as expressões do sofrimento perdem a preponderância na emoção e, naturalmente, deixam de influenciar o comportamento.

Dessa forma, a melhor maneira de superar o sofrimento e conquistar a felicidade é trabalhando-o, aceitando-o, ultrapassando-lhe os limites e as imposições.

Em assim comportando-se, o sofrimento se transforma num dínamo gerador de energia que se desenvolve e produz recursos para a conquista da individuação.

Como equipamento psicológico, é justo ainda insistir-se no relacionamento criatura-Criador, pensamento-oração, mente-esperança, que facultam a sintonia com as forças cósmicas de onde procedem todas as coisas materiais, e em forma de energia vitaliza e acalma todos quantos se utilizam desse comportamento.

Vivendo-se no mundo em que tudo é energia sob diferentes aspectos de aglutinação de moléculas, o pensamento também pode e deve engendrar mecanismo propiciatório ao surgimento de forças psíquicas que trabalham pelo bem-estar e superam as construções do sofrimento.

Tudo, portanto, encontra-se dentro da pauta do querer correctamente, a fim de conseguir-se rectamente.

Pensando-se com equidade e justiça, agindo-se com bondade e compaixão, vivendo-se com esperança e alegria, a iluminação dá-se natural, ampliando a capacidade no Self para.
gerar o estado numinoso permanente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:50 pm

A fatalidade da morte

O fenómeno biológico da morte faz parte do equivalente em relação ao nascimento:
aglutinação de moléculas que se reúnem e se desarticulam quando ocorre a anóxia cerebral.

Pode-se afirmar, no entanto, que o oposto de morte não é vida, mas renascimento, como afirmou Buda, porquanto, sempre se está na vida, quer no corpo físico, quer no corpo espiritual.

Sendo o Self mortal e imortal na visão transcendente de Jung, ei-lo transferindo-se de vibração, pelo fenómeno da morte, ou mergulhando no corpo através do impositivo da reencarnação.

A morte é, portanto, o término do fenómeno biológico, encerramento de uma etapa orgânica, na qual todos os elementos constitutivos do corpo físico se diluem e se transformam sob a acção poderosa da química presente em a Natureza...

Desse modo, o significado psicológico mais valioso da existência corporal é a conquista valiosa da imortalidade, na qual se está mergulhado, mas que se torna lúcida e plena após a desencarnação.

Nesse período, após a ocorrência breve ou longa de obnubilação da consciência, agora sem o envoltório cerebral, o ser, lentamente, de acordo com as suas construções morais e mentais, retorna ao estágio de energia ou princípio inteligente, sem as intercorrências do aprisionamento no casulo material.

A jornada humana no corpo deve constituir a meta plena para o reencontro com a vida total.
Portanto, todos os investimentos mentais, morais e psicológicos necessitam voltar-se para essa realidade, tendo em vista a impermanência do corpo físico.

Considerando-se a imortalidade como a grande meta, definitiva, cada instante da viagem corporal representa oportunidade valiosa de crescimento iluminativo, investimento psicológico precioso para a conquista da saúde integral, aquela que procede do interior para o exterior.

Esse nascer e morrer na esfera física propicia ao Espírito a conquista da incomparável plenitude, etapa a etapa, conforme responderam os Benfeitores espirituais a uma indagação de Allan Kardec, demonstrando que tudo evolve no Universo:
...É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo... (*)

Desde os primórdios do Self, quando surge nas formas primárias, o seu despertamento ocorre através do encadeamento das experiências carnais, em sucessivos renascimentos corporais, permitindo que se agigantem a pouco e pouco as potencialidades nele adormecidas, que são inerentes à Divindade da qual procede...

Não fosse dessa forma, a existência corporal, em razão da sua brevidade, não teria o menor sentido de lógica ou de finalidade, quando se considera o tempo indimensional e o infinito, logo dissolvendo-se o pensamento no nada, no aniquilamento.

A sobrevivência do ser espiritual é crucial para que a vida física tenha justificativa e sentido psicológico.
Que o digam aqueles que nasceram sob injunções coercitivas dos sofrimentos quase inconcebíveis, sem lhes haver concedido direito à comunicação, ao pensamento, à razão...

Muitos outros, atrelados às necessidades socioeconómicas, dão início às existências nas palhas da miséria e transitam nos meios escabrosos onde vivem sem a mínima claridade do amor, nem da solidariedade, misturando-se o crime com a adversidade...

Incontáveis seres que deliram na loucura sob maltratos inumanos, enquanto inúmeros atoleimados perdem-se nos descaminhos do esquecimento humano...
Ocorrências cruéis sucedem com indivíduos portadores de inteligência e de beleza, mas que pertencem a etnias e raças consideradas inferiores, sendo obrigados a sorver o amargo fel do preconceito e da perseguição inclementes.

Sucessos e insucessos de toda ordem afectam as criaturas humanas, como se fossem frágeis marionetes ao capricho do absurdo, que se manifesta inesperadamente, a uns elevando ao êxtase da felicidade e a outros, ao abismo da miséria e do abandono.

Génios do pensamento e da arte, da ciência e da cultura, repentinamente são vítimas de fenómenos infelizes e vencidos por acidentes vasculares cerebrais, perdem o contacto com o mundo de beleza a que se acostumaram ou que edificaram e não mais o podem fruir.

Igualmente sucedem, a cada instante, a incontáveis pessoas, outros tipos de acidentes automotores, choques e quedas, incêndios e desabamentos nos quais os sentidos físicos são danificados, quando não deixam sequelas profundas na psique, que se desconecta da realidade e foge para o olvido de si mesmo ou para os delírios sem sentido das alucinações...
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 23, 2012 8:50 pm

Considerando-se que a presença do sofrimento em todos os segmentos da sociedade é normal, qual seria, então, o sentido da vida, além disso?
Nada obstante, o ser espiritual, vencedor de mil embates, em cada dolorosa vivência aprimora-se mais, adquire mecanismos de defesa, robustece a confiança nos valores ético-morais, experiencia as gloriosas possibilidades que lhe dormem no íntimo.

Herdeiro das próprias realizações, é o artífice da saúde e da doença, da sabedoria e da ignorância, responsável pela sombra, pelo anima-us, pelo ego que se devem fundir num eixo equilibrado com o Self, que os precede e os sobrevive.

O prosseguimento da inteligência e do pensamento além da esfera carnal, representa o mais extraordinário sentido existencial, pelo abarcar de todas as expressões da emotividade e dos outros demais sentimentos.

Tendo-se em mira esse significado, mais exequível se torna viver, seja em qual situação ou circunstância for, por saber-se que é temporária e breve a jornada carnal, portadora de finalidade educativa, psicoterapêutica, responsável pelo engrandecimento do si-mesmo.

Com esse equipamento, a certeza da imortalidade faculta que todos os fenómenos humanos adquiram lógica e possam ser compreendidos como edificantes, portadores de futuro bem-estar e de harmonia.

Atavicamente, porém, o medo da morte e do aniquilamento permanece como um arquétipo terrível e ameaçador, herança do período da caverna, quando ocorria o fenómeno que não era interpretado pelo homem primitivo, que via o outro ser decompor-se, tresandar podridão e não mais voltar ao convívio...

Sem a capacidade de discernir, o culto do sepultamento desenhou-se-lhe no Self, dando lugar às superstições compatíveis com o nível evolutivo e gerando no inconsciente profundo o horror da ocorrência não compreendida.

Apesar disso, foi na intimidade dessa mesma caverna que as almas aflitas ou não daqueles que sucumbiam ao fenómeno da morte, retornavam, apavorando ou aparentando poder, que proporcionaria ao pensamento mítico a concepção dos deuses, iniciando-se lentamente a compreensão da existência post-mortem e dos génios bons e maus, dos deuses nobres e viciosos...

A longa jornada atinge, na actualidade, a concepção da Divindade fora dos padrões convencionais em forma de objectivações materiais, apresentando-se como a Causa Incausada, a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas...

A morte, portanto, ao invés de temerária, é o veículo que conduz o ser imortal ao seu destino, proporcionando-lhe, quando terminados os renascimentos carnais, a total conquista do Self, do numinoso, da individuação, da felicidade plena e sem jaça.

Por fim, como escreveu Jung estudando e observando idosos na quadra terminal:
...a psique inconsciente faz pouquíssimo caso da morte.

Prosseguindo, ainda, no tema, elucidou:
É necessário, pois, que a morte seja alguma coisa relativamente não essencial...
A essência da psique estende-se na obscuridade muito além das nossas categorias intelectuais.

O encontro com a verdade liberta o ser da ignorância e integra-o totalmente na vida.
Desse modo a busca da verdade não deve cessar, pois a cada instante ei-la que se apresenta grandiosa e deslumbrante.

Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
(Paulo aos Coríntios 1:15-55)

(*) Questão 540 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. 29ª edição da FEB. Nota da autora espiritual.

§.§.§- O-canto-da-ave

Caro amigo:
Se você gostou do livro e tem condições de comprá-lo, faça-o, pois assim estarás ajudando diversas instituições de caridade;
que é para onde os direitos autorais desta obra são destinados.


Muita Paz
Que Jesus o abençoe
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