ARTIGOS DIVERSOS I
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
E o amor é a única resposta para todas as questões perturbadoras da Humanidade”.
Nesse momento, todos escutaram uma doce voz que lhes chegava de Esfera Superior e alcançava-lhes a acústica da alma, produzindo em todos elevada emotividade.
O venerável Dr. Bezerra de Menezes dirigiu-se à porta de entrada da sala e recebeu nobre Entidade acolitada por mais dois Espíritos elevados, a qual, envolta em diáfana luminosidade, entoava comovedora canção de ninar.
Os sofredores, surpreendidos pelo doce enlevo e encantamento dos visitantes, não puderam esconder a emoção que os tomou, enquanto Philomeno e seus colegas, igualmente felicitados pelo inesperado acontecimento, deixaram-se envolver pela misericórdia de Deus, tomados pela expectativa dos próximos acontecimentos.
(Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)
153. O marquês revê sua mãe e chora – Era a primeira vez que Philomeno participava de uma actividade espiritual de grande porte e acontecia algo semelhante, com fins psicoterapêuticos, ao mesmo tempo de alto significado.
Ele, evidentemente, não pôde evitar a curiosidade que bailava em sua mente.
Quem seria a virtuosa visitante?
Qual a finalidade da sua presença?
A entidade espiritual, ao adentrar o recinto e fazê-lo recender peculiar aroma espiritual, acercou-se do marquês de Sade, envolvendo-o em um olhar inesquecível.
As vibrações superiores tomavam a todos os que ali estavam, produzindo inefável sensação de paz.
O trânsfuga espiritual, reconhecendo a iluminada visitante, atirou-se de joelhos, e gritou em lágrimas, que subitamente banharam-lhe o rosto, exclamando:
“Mamãe! Novamente você vem salvar-me, descendo do paraíso até o inferno em que me encontro?”
Ela lhe respondeu:
“Donatien Alphonse, venho em nome do Amor para estar contigo.
Ainda não mereço o paraíso nem te encontras no inferno.
Estamos ambos na Casa do Pai, em regiões diferentes, a serviço das Suas incomparáveis Leis.
Tem bom ânimo e renasce para a vida, mais uma vez, arrancando do teu íntimo o câncer que te vem consumindo há tanto tempo.
É chegado o momento de recomeçar...”
(Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)
154. Marie-Eléonore fala ao filho – Enquanto a progenitora, aureolada de luz, confortava o filho, o irmão Anacleto informou mentalmente a Philomeno:
“Trata-se da veneranda mãe do infeliz marquês, que na Terra se chamava Marie-Eléonore, que não poucas vezes utilizou-se da influência do nome e da sua posição na Corte, especialmente como dama de companhia da princesa de Conde, para libertar do cárcere e mesmo da pena de morte o filho inditoso e rebelde.
Havendo desencarnado com a alma dilacerada pelas atrocidades que o mesmo praticara contra muitas vidas, sofrida ante a herança nefanda que o mesmo atirara sobre o nome da família, vem trabalhando desde então para este encontro, que somente hoje foi possível realizar.
Uma das Entidades felizes que a acompanham é o abade Amblet, que foi o preceptor particular do marquês e procurou ser-lhe amigo fiel por toda a vida, mesmo durante as loucuras que o levaram, por fim, ao manicómio no término da existência malfadada.
Como se pode depreender, nunca falta a presença da misericórdia de Deus ao mais terrível infractor, como abençoado sol que aquece o pântano, que dele sequer dá-se conta, a fim de purificá-lo, sem pressa nem punição”.
Nesse momento, todos escutaram uma doce voz que lhes chegava de Esfera Superior e alcançava-lhes a acústica da alma, produzindo em todos elevada emotividade.
O venerável Dr. Bezerra de Menezes dirigiu-se à porta de entrada da sala e recebeu nobre Entidade acolitada por mais dois Espíritos elevados, a qual, envolta em diáfana luminosidade, entoava comovedora canção de ninar.
Os sofredores, surpreendidos pelo doce enlevo e encantamento dos visitantes, não puderam esconder a emoção que os tomou, enquanto Philomeno e seus colegas, igualmente felicitados pelo inesperado acontecimento, deixaram-se envolver pela misericórdia de Deus, tomados pela expectativa dos próximos acontecimentos.
(Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)
153. O marquês revê sua mãe e chora – Era a primeira vez que Philomeno participava de uma actividade espiritual de grande porte e acontecia algo semelhante, com fins psicoterapêuticos, ao mesmo tempo de alto significado.
Ele, evidentemente, não pôde evitar a curiosidade que bailava em sua mente.
Quem seria a virtuosa visitante?
Qual a finalidade da sua presença?
A entidade espiritual, ao adentrar o recinto e fazê-lo recender peculiar aroma espiritual, acercou-se do marquês de Sade, envolvendo-o em um olhar inesquecível.
As vibrações superiores tomavam a todos os que ali estavam, produzindo inefável sensação de paz.
O trânsfuga espiritual, reconhecendo a iluminada visitante, atirou-se de joelhos, e gritou em lágrimas, que subitamente banharam-lhe o rosto, exclamando:
“Mamãe! Novamente você vem salvar-me, descendo do paraíso até o inferno em que me encontro?”
Ela lhe respondeu:
“Donatien Alphonse, venho em nome do Amor para estar contigo.
Ainda não mereço o paraíso nem te encontras no inferno.
Estamos ambos na Casa do Pai, em regiões diferentes, a serviço das Suas incomparáveis Leis.
Tem bom ânimo e renasce para a vida, mais uma vez, arrancando do teu íntimo o câncer que te vem consumindo há tanto tempo.
É chegado o momento de recomeçar...”
(Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)
154. Marie-Eléonore fala ao filho – Enquanto a progenitora, aureolada de luz, confortava o filho, o irmão Anacleto informou mentalmente a Philomeno:
“Trata-se da veneranda mãe do infeliz marquês, que na Terra se chamava Marie-Eléonore, que não poucas vezes utilizou-se da influência do nome e da sua posição na Corte, especialmente como dama de companhia da princesa de Conde, para libertar do cárcere e mesmo da pena de morte o filho inditoso e rebelde.
Havendo desencarnado com a alma dilacerada pelas atrocidades que o mesmo praticara contra muitas vidas, sofrida ante a herança nefanda que o mesmo atirara sobre o nome da família, vem trabalhando desde então para este encontro, que somente hoje foi possível realizar.
Uma das Entidades felizes que a acompanham é o abade Amblet, que foi o preceptor particular do marquês e procurou ser-lhe amigo fiel por toda a vida, mesmo durante as loucuras que o levaram, por fim, ao manicómio no término da existência malfadada.
Como se pode depreender, nunca falta a presença da misericórdia de Deus ao mais terrível infractor, como abençoado sol que aquece o pântano, que dele sequer dá-se conta, a fim de purificá-lo, sem pressa nem punição”.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A nobre visitante ergueu o filho infeliz e envolveu-o em um abraço de ternura, mas ele, tentando desenvencilhar-se, acentuou:
“Eu sou todo podridão, enquanto você é o lírio mais puro que medra no jardim irrigado de Sol”.
“Filho da alma! - retrucou a Entidade elevada.
Somos todos filhos do mesmo Pai, que nos gerou para a felicidade e nunca para a permanente desventura.
Escolhemos o difícil caminho por livre opção, e, não poucas vezes, demoramo-nos nos desvios, até o instante em que nos chega o socorro, a segura directriz que nos liberta de nós próprios.
E este é o nosso instante.
Em muitas ocasiões tentei visitar-te na tua cidade, mas o momento não era chegado.
Tenho ouvido as rogativas de muitas mães, cujos filhos tombaram nas redes do seu desar, alguns dos quais lá permanecem nas furnas e antros de perversidade e insensatez, cansados de sofrer e loucos por novos prazeres que não sabem mais experienciar. Reconheço que cada um de nós escolhe sempre o caminho com o qual mais se identifica, permanecendo nele enquanto convém.
No entanto, aqueles que nos induzem a determinadas atitudes, se não são responsáveis directos pela ocorrência, são-no indirectamente, por haverem contribuído para a eleição das mesmas.
E, no caso, o filho querido tem sido estímulo e modelo, encantamento e motivação para que muitas patologias sexuais encontrem campo de exteriorização e mercado para o seu estranho infeliz comércio.”
(Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
155. Ninguém pode fugir ao divino tropismo – A nobre dama fez uma breve pausa, a fim de que todos se impregnassem dos seus sábios conselhos, permitindo que se ouvissem os choros convulsivos de Rosa Keller e de Madame X, amparadas pelos Mentores do labor espiritual.
Logo após, deu prosseguimento, argumentando:
“Dia próximo se anuncia em que a fraternidade legítima estenderá braços protectores a todos os indivíduos.
Os sicários de agora se tornarão protectores das suas antigas vítimas e os maus dar-se-ão conta da necessidade de se tornarem bons, a fim de fruírem de felicidade, no convívio ideal, construindo o mundo melhor anunciado por Jesus.
Todos, no processo da evolução, experimentam erros e acertos, optando por quais recursos mais utilizar-se, a fim de encontrarem a dita que almejam.
Alguns, que se equivocam, detendo-se na alucinação que elegem como meio de ventura, agredindo-se e ao determinismo das Leis Divinas, podem demorar-se por largo período no engodo, até o momento em que soa a sua libertação, não mais suportando as amarras nas quais estertoram.
Luze sempre a claridade do amor na sombra mais densa e a misericórdia de Deus está sempre próxima de todos, bastando apenas que cada um se permita sintonizar com os valores elevados do Espírito, para ser beneficiado e começar a sua libertação.
Por mais se alonguem os dias do terror e da enfermidade espiritual, sempre chega o momento da paz e da cura apontando o roteiro para Deus.
Ninguém, desse modo, poderá fugir desse divino tropismo que é a fonte geradora de toda energia e vida”.
E dirigindo-se directamente ao marquês, ela falou:
“Aproveita, portanto, meu amado Donatien, para recomeçares a trajectória, que neste momento se encontra nublada de sombras e plena de misérias, para poderes fruir da paz que, desde há muito, perdeste em relação a ti mesmo e a todos nós, que te queremos”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
(Continua no próximo número)
§.§.§- Ave sem Ninho
“Eu sou todo podridão, enquanto você é o lírio mais puro que medra no jardim irrigado de Sol”.
“Filho da alma! - retrucou a Entidade elevada.
Somos todos filhos do mesmo Pai, que nos gerou para a felicidade e nunca para a permanente desventura.
Escolhemos o difícil caminho por livre opção, e, não poucas vezes, demoramo-nos nos desvios, até o instante em que nos chega o socorro, a segura directriz que nos liberta de nós próprios.
E este é o nosso instante.
Em muitas ocasiões tentei visitar-te na tua cidade, mas o momento não era chegado.
Tenho ouvido as rogativas de muitas mães, cujos filhos tombaram nas redes do seu desar, alguns dos quais lá permanecem nas furnas e antros de perversidade e insensatez, cansados de sofrer e loucos por novos prazeres que não sabem mais experienciar. Reconheço que cada um de nós escolhe sempre o caminho com o qual mais se identifica, permanecendo nele enquanto convém.
No entanto, aqueles que nos induzem a determinadas atitudes, se não são responsáveis directos pela ocorrência, são-no indirectamente, por haverem contribuído para a eleição das mesmas.
E, no caso, o filho querido tem sido estímulo e modelo, encantamento e motivação para que muitas patologias sexuais encontrem campo de exteriorização e mercado para o seu estranho infeliz comércio.”
(Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
155. Ninguém pode fugir ao divino tropismo – A nobre dama fez uma breve pausa, a fim de que todos se impregnassem dos seus sábios conselhos, permitindo que se ouvissem os choros convulsivos de Rosa Keller e de Madame X, amparadas pelos Mentores do labor espiritual.
Logo após, deu prosseguimento, argumentando:
“Dia próximo se anuncia em que a fraternidade legítima estenderá braços protectores a todos os indivíduos.
Os sicários de agora se tornarão protectores das suas antigas vítimas e os maus dar-se-ão conta da necessidade de se tornarem bons, a fim de fruírem de felicidade, no convívio ideal, construindo o mundo melhor anunciado por Jesus.
Todos, no processo da evolução, experimentam erros e acertos, optando por quais recursos mais utilizar-se, a fim de encontrarem a dita que almejam.
Alguns, que se equivocam, detendo-se na alucinação que elegem como meio de ventura, agredindo-se e ao determinismo das Leis Divinas, podem demorar-se por largo período no engodo, até o momento em que soa a sua libertação, não mais suportando as amarras nas quais estertoram.
Luze sempre a claridade do amor na sombra mais densa e a misericórdia de Deus está sempre próxima de todos, bastando apenas que cada um se permita sintonizar com os valores elevados do Espírito, para ser beneficiado e começar a sua libertação.
Por mais se alonguem os dias do terror e da enfermidade espiritual, sempre chega o momento da paz e da cura apontando o roteiro para Deus.
Ninguém, desse modo, poderá fugir desse divino tropismo que é a fonte geradora de toda energia e vida”.
E dirigindo-se directamente ao marquês, ela falou:
“Aproveita, portanto, meu amado Donatien, para recomeçares a trajectória, que neste momento se encontra nublada de sombras e plena de misérias, para poderes fruir da paz que, desde há muito, perdeste em relação a ti mesmo e a todos nós, que te queremos”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
(Continua no próximo número)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Localização : Porto - Portugal
O que o espiritismo diz sobre Adão e Eva?
De acordo com a GÉNESIS (O primeiro Livro Bíblico), o mundo, os animais e o homem foram criados directamente por DEUS, durante uma semana (7 dias).
Essa abordagem é de 3 mil anos atrás, época em que o homem não tinha os conhecimentos científicos de hoje.
Por isso é óbvio que não podemos analisar a Bíblia em seu sentido literal, sob pena de cairmos na alienação como a de achar que Deus tinha moldado ADÃO DA ARGILA, soprando-lhe a vida e que uma de suas costelas, foi a matéria-prima para o nascimento de Eva.
Sabemos hoje que a vida apareceu há mais ou menos 3,5 biliões de anos, portanto, um bilião de anos após o início da formação da terra.
Afirma-se que ela (a vida), tenha surgido na água sob forma de seres minúsculos extremamente simples.
Estes seres deram origem às células, depois as plantas e os animais invertebrados que habitavam o mar.
Mais tarde do mar, a vida se fixou sobre a Terra firme e depois no ar.
O ESPIRITISMO ESTÁ COM A CIÊNCIA
Ao longo da história de nosso planeta os seres sofreram transformações sucessivas, dando origem a várias espécies.
Esse processo chama-se EVOLUÇÃO.
Portanto a vida humana descende por evolução, daqueles primeiros seres vivos microscópicos.
A Bíblia diz que ADÃO E EVA, foram instalados no jardim do Éden, onde viveriam felizes para sempre, não teriam dores, nem problemas ou dificuldades, não experimentariam a velhice, a doença e a morte.
Mas para que isso fosse possível, Adão e Eva, não deveriam comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
O fruto não é a maçã, já que esta não é citada no texto Bíblico.
Os estudiosos da idade média entenderam que ela simbolizava o sexo.
Mas por que Adão e Eva não deveriam ter relações sexuais, já que possuíam órgãos sexuais?
Por conta dessa extravagante interpretação, durante séculos a actividade sexual foi situada como algo sujo e pecaminoso.
O ESPIRITISMO COMPLEMENTA
De acordo com EMMANUEL, no livro "A CAMINHO DA LUZ", psicografado por CHICO XAVIER, encarnaram aqui na terra, espíritos que foram expulsos de um planeta do sistema de CAPELA, que fica na Constelação de Cocheiro, situado a 42 anos-luz de nosso planeta.
Tais espíritos perderam o Paraíso ou seja, o Planeta em que moravam, que era mais evoluído, para vir morar em nosso planeta na fase primitiva.
Estes Espíritos deram origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma chamada RAÇA ADAMICA.
Muito adiante do homem terrestre, em inteligência e cultura, eles promoveram notável surto de progresso em nosso planeta.
Deles se originaram-se O GRUPO DOS ÁRIAS, A civilização do Egipto, o Povo de Israel e as Costas da Índia.
Quando eles aqui chegaram, a Terra já estava povoada desde os tempos antigos, como a América (pelos índios).
Quando aqui chegaram os Europeus, um exemplo é CAIM, que após matar seu irmão ABEL, saiu vagando pelo mundo, por ordem de JEOVÁ, encontrando assim a Terra de Nod, a leste de Éden, onde reconheceu sua esposa, dando-lhe a entender que havia mais pessoas habitando o PARAÍSO.
Mas lembraremos que assim como Adão e Eva, Caim e Abel, também são figuras alegóricas, estes simbolizam a personalidade das criaturas.
Rede Amigo Espírita
§.§.§- Ave sem Ninho
Essa abordagem é de 3 mil anos atrás, época em que o homem não tinha os conhecimentos científicos de hoje.
Por isso é óbvio que não podemos analisar a Bíblia em seu sentido literal, sob pena de cairmos na alienação como a de achar que Deus tinha moldado ADÃO DA ARGILA, soprando-lhe a vida e que uma de suas costelas, foi a matéria-prima para o nascimento de Eva.
Sabemos hoje que a vida apareceu há mais ou menos 3,5 biliões de anos, portanto, um bilião de anos após o início da formação da terra.
Afirma-se que ela (a vida), tenha surgido na água sob forma de seres minúsculos extremamente simples.
Estes seres deram origem às células, depois as plantas e os animais invertebrados que habitavam o mar.
Mais tarde do mar, a vida se fixou sobre a Terra firme e depois no ar.
O ESPIRITISMO ESTÁ COM A CIÊNCIA
Ao longo da história de nosso planeta os seres sofreram transformações sucessivas, dando origem a várias espécies.
Esse processo chama-se EVOLUÇÃO.
Portanto a vida humana descende por evolução, daqueles primeiros seres vivos microscópicos.
A Bíblia diz que ADÃO E EVA, foram instalados no jardim do Éden, onde viveriam felizes para sempre, não teriam dores, nem problemas ou dificuldades, não experimentariam a velhice, a doença e a morte.
Mas para que isso fosse possível, Adão e Eva, não deveriam comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
O fruto não é a maçã, já que esta não é citada no texto Bíblico.
Os estudiosos da idade média entenderam que ela simbolizava o sexo.
Mas por que Adão e Eva não deveriam ter relações sexuais, já que possuíam órgãos sexuais?
Por conta dessa extravagante interpretação, durante séculos a actividade sexual foi situada como algo sujo e pecaminoso.
O ESPIRITISMO COMPLEMENTA
De acordo com EMMANUEL, no livro "A CAMINHO DA LUZ", psicografado por CHICO XAVIER, encarnaram aqui na terra, espíritos que foram expulsos de um planeta do sistema de CAPELA, que fica na Constelação de Cocheiro, situado a 42 anos-luz de nosso planeta.
Tais espíritos perderam o Paraíso ou seja, o Planeta em que moravam, que era mais evoluído, para vir morar em nosso planeta na fase primitiva.
Estes Espíritos deram origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma chamada RAÇA ADAMICA.
Muito adiante do homem terrestre, em inteligência e cultura, eles promoveram notável surto de progresso em nosso planeta.
Deles se originaram-se O GRUPO DOS ÁRIAS, A civilização do Egipto, o Povo de Israel e as Costas da Índia.
Quando eles aqui chegaram, a Terra já estava povoada desde os tempos antigos, como a América (pelos índios).
Quando aqui chegaram os Europeus, um exemplo é CAIM, que após matar seu irmão ABEL, saiu vagando pelo mundo, por ordem de JEOVÁ, encontrando assim a Terra de Nod, a leste de Éden, onde reconheceu sua esposa, dando-lhe a entender que havia mais pessoas habitando o PARAÍSO.
Mas lembraremos que assim como Adão e Eva, Caim e Abel, também são figuras alegóricas, estes simbolizam a personalidade das criaturas.
Rede Amigo Espírita
§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
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O Espiritismo está baseado na Bíblia?
O Espiritismo está baseado na Bíblia?
Os espíritas seguem a Bíblia?
Algumas pessoas de outras religiões, religiões que se baseiam na Bíblia, acusam os espíritas de usar só aquilo que lhes convém na Bíblia.
Um exemplo é a reencarnação.
Eles dizem que os espíritas pegam partes isoladas da Bíblia para defender a reencarnação e que ignoram as passagens bíblicas que contrariam a reencarnação.
Não é verdade – o que ocorre é um grande mal-entendido.
Esse artigo se destina às pessoas de boa vontade que estejam abertas a pensamentos diferentes dos seus.
Eu aprendi e aprendo muito com católicos e protestantes – e tenho certeza de que eles podem aprender alguma coisa comigo.
Houve um período, em meados do século XIX, em que estranhos fenómenos começaram a acontecer, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.
Hoje, ainda, nós vemos, ocasionalmente, na televisão, reportagens sobre casos de poltergeist, como ocorreu num município aqui do RS, em 2014.
Pedras caíam sobre o telhado, pedras caíam dentro da casa, sem quebrar o telhado, objectos se moviam sem que ninguém encostasse neles.
Os fenómenos que ocorreram no século XIX eram mais específicos, e aconteciam principalmente nos salões da alta sociedade.
No século XIX Paris era o centro do mundo.
Era Paris que ditava a moda para o mundo.
Os jogos de salão, as músicas, os saraus, tudo se iniciava em Paris e se espalhava pelo mundo.
E uma moda que durou alguns anos foi o que ficou conhecido como as “mesas girantes” ou “mesas falantes”.
Várias pessoas sentavam em torno de uma mesa, encostavam as palmas das mãos sobre o tampo da mesa, e ela se movia, se elevava, às vezes ia de encontro à parede.
Algumas pessoas tiveram a ideia de fazer perguntas à mesa.
E a mesa batia um dos pés, uma ou duas vezes, como se estivesse respondendo às perguntas dos circunstantes com um sim ou um não.
Os cientistas da Academia Francesa de Ciências tentaram explicar, mas não aparecia nenhuma teoria satisfatória.
Na época estava em voga, causando muita polémica entre os cientistas, o magnetismo animal ou mesmerismo, que tem esse nome por causa de Mesmer, o organizador da doutrina do magnetismo.
Em 1854 o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais tarde chamado Allan Kardec, toma contacto pela primeira vez com o fenómeno das mesas girantes.
Percebe que havia uma causa inteligente controlando o processo e descobre, primeiro através de perguntas simples, respondidas por meio de um ou dois toques, correspondendo a sim ou não, e depois por meio de um número determinado de pancadas para cada letra do alfabeto, que essa causa inteligente que controlava o processo nada mais era que o espírito de alguém que já havia morrido.
Pouco depois ele percebe que podia se servir de médiuns.
As comunicações que deram origem à primeira edição de O Livro dos Espíritos aconteceram através de três médiuns adolescentes.
O Espiritismo, como vemos, surge como uma ciência de observação.
Inúmeros cientistas, muitos mesmo, se debruçaram sobre os fenómenos.
Muitos deles concluíram que os fenómenos não eram causados por espíritos, e muitos deles concluíram que sim, os fenómenos eram causados por espíritos.
Dos dois lados há homens sérios e comprometidos com a verdade.
Muitas dezenas de livros foram escritos na segunda metade do século XIX tratando do tema.
Há livros inteiros de cientistas explicando a causa dos fenómenos e livros inteiros refutando as teses de outros cientistas e lançando as suas próprias conclusões.
Os espíritas seguem a Bíblia?
Algumas pessoas de outras religiões, religiões que se baseiam na Bíblia, acusam os espíritas de usar só aquilo que lhes convém na Bíblia.
Um exemplo é a reencarnação.
Eles dizem que os espíritas pegam partes isoladas da Bíblia para defender a reencarnação e que ignoram as passagens bíblicas que contrariam a reencarnação.
Não é verdade – o que ocorre é um grande mal-entendido.
Esse artigo se destina às pessoas de boa vontade que estejam abertas a pensamentos diferentes dos seus.
Eu aprendi e aprendo muito com católicos e protestantes – e tenho certeza de que eles podem aprender alguma coisa comigo.
Houve um período, em meados do século XIX, em que estranhos fenómenos começaram a acontecer, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.
Hoje, ainda, nós vemos, ocasionalmente, na televisão, reportagens sobre casos de poltergeist, como ocorreu num município aqui do RS, em 2014.
Pedras caíam sobre o telhado, pedras caíam dentro da casa, sem quebrar o telhado, objectos se moviam sem que ninguém encostasse neles.
Os fenómenos que ocorreram no século XIX eram mais específicos, e aconteciam principalmente nos salões da alta sociedade.
No século XIX Paris era o centro do mundo.
Era Paris que ditava a moda para o mundo.
Os jogos de salão, as músicas, os saraus, tudo se iniciava em Paris e se espalhava pelo mundo.
E uma moda que durou alguns anos foi o que ficou conhecido como as “mesas girantes” ou “mesas falantes”.
Várias pessoas sentavam em torno de uma mesa, encostavam as palmas das mãos sobre o tampo da mesa, e ela se movia, se elevava, às vezes ia de encontro à parede.
Algumas pessoas tiveram a ideia de fazer perguntas à mesa.
E a mesa batia um dos pés, uma ou duas vezes, como se estivesse respondendo às perguntas dos circunstantes com um sim ou um não.
Os cientistas da Academia Francesa de Ciências tentaram explicar, mas não aparecia nenhuma teoria satisfatória.
Na época estava em voga, causando muita polémica entre os cientistas, o magnetismo animal ou mesmerismo, que tem esse nome por causa de Mesmer, o organizador da doutrina do magnetismo.
Em 1854 o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais tarde chamado Allan Kardec, toma contacto pela primeira vez com o fenómeno das mesas girantes.
Percebe que havia uma causa inteligente controlando o processo e descobre, primeiro através de perguntas simples, respondidas por meio de um ou dois toques, correspondendo a sim ou não, e depois por meio de um número determinado de pancadas para cada letra do alfabeto, que essa causa inteligente que controlava o processo nada mais era que o espírito de alguém que já havia morrido.
Pouco depois ele percebe que podia se servir de médiuns.
As comunicações que deram origem à primeira edição de O Livro dos Espíritos aconteceram através de três médiuns adolescentes.
O Espiritismo, como vemos, surge como uma ciência de observação.
Inúmeros cientistas, muitos mesmo, se debruçaram sobre os fenómenos.
Muitos deles concluíram que os fenómenos não eram causados por espíritos, e muitos deles concluíram que sim, os fenómenos eram causados por espíritos.
Dos dois lados há homens sérios e comprometidos com a verdade.
Muitas dezenas de livros foram escritos na segunda metade do século XIX tratando do tema.
Há livros inteiros de cientistas explicando a causa dos fenómenos e livros inteiros refutando as teses de outros cientistas e lançando as suas próprias conclusões.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Eu vou citar rapidamente algumas das teorias da época acerca da mediunidade:
Mistificação: tudo é mentira, tudo são truques de pessoas habilidosas;
Ilusão: Nada do que acontece é real: tanto os supostos médiuns quanto as pessoas que assistem os fenómenos são vítimas de alucinação, de sugestão;
É o demónio: Essa é a teoria padrão da Igreja Católica.
Mesmo que a comunicação diga só coisas boas, é o demónio;
Os cascões astrais: Os teósofos, em sua maioria, acreditavam que o espírito não poderia se comunicar após a morte do corpo físico, mas permanecia por algum tempo um cascão astral, como se fosse um registo temporário da consciência;
Loucura: médium é tudo louco;
Força psíquica: mais ou menos o que os parapsicólogos pensam hoje; haveria pessoas com uma força especial que provocaria os fenómenos;
Personalismo: essa teoria diz que o sensitivo tem o poder de reproduzir o nome e o carácter de outras pessoas.
A teoria mais bem embasada é a teoria espírita.
É evidente que houve muitas fraudes e que há fraudes todos os dias, em todos os sectores da actividade humana.
Mas isso não afasta a veracidade da teoria espírita.
Teve andamento, então, principalmente através de Allan Kardec, o diálogo com os espíritos. Neste diálogo chega-se a algumas conclusões básicas:
Existe Deus – a ideia de Deus era fortemente criticada pelos cientistas do século XIX;
Existem espíritos, e os espíritos são preexistentes, ou seja, eles já existiam antes de encarnar – e continuam existindo depois da morte do corpo físico;
Existe reencarnação – e o próprio Allan Kardec relutou muito em aceitar essa ideia;
Existe a possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados e os espíritos desencarnados, ou seja, entre “vivos” e “mortos”.
A partir desses pontos básicos surgem novos questionamentos:
Qual seria a utilidade de uma comunicação de um espírito?
– Uma das utilidades é mostrar ao homem a continuidade da vida e a colheita daquilo que plantamos, ou seja, a Lei de causa e efeito – quem teve uma vida digna, quem fez mais o bem do que o mal, é relativamente feliz depois do desencarne; quem teve uma vida indigna, quem fez mais mal do que bem, sente-se infeliz depois do desencarne.
Resumindo:
somos os construtores do nosso destino.
Não existe acaso; Deus não escolhe pessoas para serem ricas ou pobres, doentes ou sãos, inteligentes ou débeis mentais.
Nós somos o resultado de nós mesmos.
Essas conclusões aos poucos vão formando um contexto filosófico.
Percebe-se, de todas essas informações passadas pelos espíritos, que temos que ser bons.
Surge então a questão 625 de O Livro dos Espíritos:
– Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo?
E a resposta:
– Vede Jesus.
A partir dessa resposta o Espiritismo, como filosofia de vida, está irremediavelmente ligado a Jesus.
Pois, se sabemos que temos que ser bons, que temos que adoptar uma linha de pensamento e conduta, e se temos um modelo e guia para isso, temos que conhecer o máximo possível esse modelo e guia.
É obrigação do espírita, então, conhecer Jesus.
Mistificação: tudo é mentira, tudo são truques de pessoas habilidosas;
Ilusão: Nada do que acontece é real: tanto os supostos médiuns quanto as pessoas que assistem os fenómenos são vítimas de alucinação, de sugestão;
É o demónio: Essa é a teoria padrão da Igreja Católica.
Mesmo que a comunicação diga só coisas boas, é o demónio;
Os cascões astrais: Os teósofos, em sua maioria, acreditavam que o espírito não poderia se comunicar após a morte do corpo físico, mas permanecia por algum tempo um cascão astral, como se fosse um registo temporário da consciência;
Loucura: médium é tudo louco;
Força psíquica: mais ou menos o que os parapsicólogos pensam hoje; haveria pessoas com uma força especial que provocaria os fenómenos;
Personalismo: essa teoria diz que o sensitivo tem o poder de reproduzir o nome e o carácter de outras pessoas.
A teoria mais bem embasada é a teoria espírita.
É evidente que houve muitas fraudes e que há fraudes todos os dias, em todos os sectores da actividade humana.
Mas isso não afasta a veracidade da teoria espírita.
Teve andamento, então, principalmente através de Allan Kardec, o diálogo com os espíritos. Neste diálogo chega-se a algumas conclusões básicas:
Existe Deus – a ideia de Deus era fortemente criticada pelos cientistas do século XIX;
Existem espíritos, e os espíritos são preexistentes, ou seja, eles já existiam antes de encarnar – e continuam existindo depois da morte do corpo físico;
Existe reencarnação – e o próprio Allan Kardec relutou muito em aceitar essa ideia;
Existe a possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados e os espíritos desencarnados, ou seja, entre “vivos” e “mortos”.
A partir desses pontos básicos surgem novos questionamentos:
Qual seria a utilidade de uma comunicação de um espírito?
– Uma das utilidades é mostrar ao homem a continuidade da vida e a colheita daquilo que plantamos, ou seja, a Lei de causa e efeito – quem teve uma vida digna, quem fez mais o bem do que o mal, é relativamente feliz depois do desencarne; quem teve uma vida indigna, quem fez mais mal do que bem, sente-se infeliz depois do desencarne.
Resumindo:
somos os construtores do nosso destino.
Não existe acaso; Deus não escolhe pessoas para serem ricas ou pobres, doentes ou sãos, inteligentes ou débeis mentais.
Nós somos o resultado de nós mesmos.
Essas conclusões aos poucos vão formando um contexto filosófico.
Percebe-se, de todas essas informações passadas pelos espíritos, que temos que ser bons.
Surge então a questão 625 de O Livro dos Espíritos:
– Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo?
E a resposta:
– Vede Jesus.
A partir dessa resposta o Espiritismo, como filosofia de vida, está irremediavelmente ligado a Jesus.
Pois, se sabemos que temos que ser bons, que temos que adoptar uma linha de pensamento e conduta, e se temos um modelo e guia para isso, temos que conhecer o máximo possível esse modelo e guia.
É obrigação do espírita, então, conhecer Jesus.
Ave sem Ninho- Mensagens : 126639
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Os Evangelhos, que são os livros que nos apresentam os ensinamentos de Jesus, estão inseridos na Bíblia.
Por isso o espírita se utiliza da Bíblia: por causa de Jesus.
Para compreender o ensino de Jesus é preciso conhecer o contexto histórico-cultural em que esse ensinamento está inserido.
Isso nos leva ao estudo da Bíblia como um todo.
Eu compreendo perfeitamente que aqueles religiosos que têm a Bíblia como a única fonte da verdade sintam-se desconfortáveis, até ofendidos por verem pessoas interpretando o seu livro sagrado de maneira tão diferente.
Compreendo.
Mas, se esse é o seu caso, eu devo dizer que isso é um problema seu com as suas próprias crenças:
Se você está seguro das suas crenças não há nada a temer.
Se você tem alguma dúvida a respeito das suas crenças, então você tem que se permitir estudar, analisar outros pontos de vista.
Como disse o apóstolo Paulo, “analisai tudo, retende o que é bom”.
Como nós vemos, o Espiritismo não é baseado na Bíblia.
A origem do Espiritismo não tem nada a ver com a Bíblia.
Acontece que nós vivemos no mundo ocidental.
A cultura do mundo ocidental é a cultura judaico-cristã.
Mesmo um ateu filho de pais ateus, que nunca teve contacto com a Bíblia nem com religião nenhuma está inserido, está mergulhado na cultura judaico-cristã.
O modo de pensar da nossa sociedade ocidental é judaico-cristão.
Nada mais natural, então, do que estudar as origens das crenças e do modo de pensar do homem ocidental através da Bíblia.
Aliás, no tempo de Allan Kardec o ocidente ainda era dominado culturalmente e politicamente pela Igreja Católica.
Aqui no Brasil o catolicismo ainda era a religião oficial do Império.
O Espiritismo não se apropria da Bíblia, aliás, o Espiritismo não precisa da Bíblia.
Particularmente, eu estudo a Bíblia porque gosto; eu considero a Bíblia como uma grande fonte de sabedoria – mas não como livro sagrado.
– Mas quanto à acusação de que os espíritas seleccionam as partes da Bíblia que lhes convém?
Ora, mas isso é uma coisa evidente!
Aliás, todos fazem isso!
Quem prega a salvação pela fé ignora as passagens que falam da salvação pela graça; quem prega a salvação pela graça ignora as passagens que falam da salvação pela fé.
Quem cita o mandamento “não matarás” ignora que o deus do Antigo Testamento mandava matar velhos, mulheres e crianças sem piedade.
Falando por mim, não em nome da Doutrina:
quando eu cito o Evangelho eu estou me baseando em Jesus; meu modelo e guia é Jesus.
Quando eu cito o Antigo Testamento eu estou me apoiando no contexto histórico-cultural da Bíblia.
Qual é o livro que nós conhecemos que trata de assuntos espirituais desde a Antiguidade? É a Bíblia!
Existe outro motivo que me leva a tratar de temas bíblicos:
muitas pessoas, nesse exacto momento, estão descontentes com as suas crenças.
Elas percebem que a sua religião não as preenche, não tira as suas dúvidas, não explica satisfatoriamente determinados fatos, e procuram conhecer outros pontos de vista.
Sei de muitas pessoas que se tornaram espíritas através do meu trabalho.
Isso não é muito importante, porque ser espírita não é importante.
Mas sei de pessoas que estavam completamente desiludidas com a sua religião, ou pessoas que não acreditavam em Deus e que mudaram o seu posicionamento a partir do meu trabalho.
Isso é muito gratificante.
Vai chegar o dia em que nós não precisaremos de tantas crenças.
Mas, enquanto precisarmos de crenças para seguir um caminho recto, que seja então um conjunto de crenças sólido, coeso, e, principalmente, racional.
§.§.§- Ave sem Ninho
Por isso o espírita se utiliza da Bíblia: por causa de Jesus.
Para compreender o ensino de Jesus é preciso conhecer o contexto histórico-cultural em que esse ensinamento está inserido.
Isso nos leva ao estudo da Bíblia como um todo.
Eu compreendo perfeitamente que aqueles religiosos que têm a Bíblia como a única fonte da verdade sintam-se desconfortáveis, até ofendidos por verem pessoas interpretando o seu livro sagrado de maneira tão diferente.
Compreendo.
Mas, se esse é o seu caso, eu devo dizer que isso é um problema seu com as suas próprias crenças:
Se você está seguro das suas crenças não há nada a temer.
Se você tem alguma dúvida a respeito das suas crenças, então você tem que se permitir estudar, analisar outros pontos de vista.
Como disse o apóstolo Paulo, “analisai tudo, retende o que é bom”.
Como nós vemos, o Espiritismo não é baseado na Bíblia.
A origem do Espiritismo não tem nada a ver com a Bíblia.
Acontece que nós vivemos no mundo ocidental.
A cultura do mundo ocidental é a cultura judaico-cristã.
Mesmo um ateu filho de pais ateus, que nunca teve contacto com a Bíblia nem com religião nenhuma está inserido, está mergulhado na cultura judaico-cristã.
O modo de pensar da nossa sociedade ocidental é judaico-cristão.
Nada mais natural, então, do que estudar as origens das crenças e do modo de pensar do homem ocidental através da Bíblia.
Aliás, no tempo de Allan Kardec o ocidente ainda era dominado culturalmente e politicamente pela Igreja Católica.
Aqui no Brasil o catolicismo ainda era a religião oficial do Império.
O Espiritismo não se apropria da Bíblia, aliás, o Espiritismo não precisa da Bíblia.
Particularmente, eu estudo a Bíblia porque gosto; eu considero a Bíblia como uma grande fonte de sabedoria – mas não como livro sagrado.
– Mas quanto à acusação de que os espíritas seleccionam as partes da Bíblia que lhes convém?
Ora, mas isso é uma coisa evidente!
Aliás, todos fazem isso!
Quem prega a salvação pela fé ignora as passagens que falam da salvação pela graça; quem prega a salvação pela graça ignora as passagens que falam da salvação pela fé.
Quem cita o mandamento “não matarás” ignora que o deus do Antigo Testamento mandava matar velhos, mulheres e crianças sem piedade.
Falando por mim, não em nome da Doutrina:
quando eu cito o Evangelho eu estou me baseando em Jesus; meu modelo e guia é Jesus.
Quando eu cito o Antigo Testamento eu estou me apoiando no contexto histórico-cultural da Bíblia.
Qual é o livro que nós conhecemos que trata de assuntos espirituais desde a Antiguidade? É a Bíblia!
Existe outro motivo que me leva a tratar de temas bíblicos:
muitas pessoas, nesse exacto momento, estão descontentes com as suas crenças.
Elas percebem que a sua religião não as preenche, não tira as suas dúvidas, não explica satisfatoriamente determinados fatos, e procuram conhecer outros pontos de vista.
Sei de muitas pessoas que se tornaram espíritas através do meu trabalho.
Isso não é muito importante, porque ser espírita não é importante.
Mas sei de pessoas que estavam completamente desiludidas com a sua religião, ou pessoas que não acreditavam em Deus e que mudaram o seu posicionamento a partir do meu trabalho.
Isso é muito gratificante.
Vai chegar o dia em que nós não precisaremos de tantas crenças.
Mas, enquanto precisarmos de crenças para seguir um caminho recto, que seja então um conjunto de crenças sólido, coeso, e, principalmente, racional.
§.§.§- Ave sem Ninho
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A Revue Spirite de 1859 (Parte 1)
Allan Kardec
Iniciamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?
B. Para influenciar uma pessoa, os Espíritos têm de estar próximos?
C. Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou mentirosos?
D. Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?
Texto para leitura
1. Nos fenómenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre-arbítrio e não se submetem à nossa vontade.
Eis por que a ciência vulgar é incompetente para os julgar. (P. 2)
2. Um bom médium é o que simpatiza com os bons Espíritos e não recebe senão boas comunicações. (P. 3)
3. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das ideias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (P. 5)
4. O perispírito, cuja natureza é essencialmente flexível, se presta a todas as modificações que lhe queira dar o Espírito.
Em seu estado normal, o invólucro etéreo tem uma forma humana. (P. 8)
5. A visão do Espírito pelo médium se realiza por uma espécie de radiação fluídica, que parte do Espírito e se dirige ao médium. (P. 10)
6. Kardec refere o caso "O duende de Bayonne", em que um Espírito com a fisionomia de menino de 10 a 12 anos aparecia para sua irmãzinha. (P. 17)
7. O Espírito de Diógenes se comunica e diz que depois de sua existência em Atenas só reencarnou em outros mundos. (P. 21)
8. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilómetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (PP. 22 e 23)
9. Os Espíritos bons, mas ignorantes – diz Kardec –, confessam sua insuficiência a respeito daquilo que não sabem; os maus dizem que sabem tudo.
Lá e cá, a bazófia é sempre sinal de mediocridade. (PP. 28 e 29)
10. O dom da mediunidade depende de causas ainda imperfeitamente conhecidas, nas quais parece que o físico tem uma grande parte.
(N.R.: Hoje não há nenhuma dúvida de que a mediunidade está radicada no organismo.) (P. 31)
11. O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos; é pelo pensamento que atraímos os que simpatizam com nossas ideias e inclinações. (P. 32)
12. Os Espíritos superiores não escolhem, para transmitir instruções sérias, um médium que tem familiaridade com Espíritos levianos, a menos que não encontrem outro médium e haja necessidade disso. (P. 33)
13. As boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações.
Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom senso tudo quanto eles dizem. (PP. 34 e 35)
Iniciamos nesta edição o estudo da Revue Spirite de 1859, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec.
Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efectuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL.
As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
A. A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?
B. Para influenciar uma pessoa, os Espíritos têm de estar próximos?
C. Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou mentirosos?
D. Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?
Texto para leitura
1. Nos fenómenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre-arbítrio e não se submetem à nossa vontade.
Eis por que a ciência vulgar é incompetente para os julgar. (P. 2)
2. Um bom médium é o que simpatiza com os bons Espíritos e não recebe senão boas comunicações. (P. 3)
3. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das ideias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (P. 5)
4. O perispírito, cuja natureza é essencialmente flexível, se presta a todas as modificações que lhe queira dar o Espírito.
Em seu estado normal, o invólucro etéreo tem uma forma humana. (P. 8)
5. A visão do Espírito pelo médium se realiza por uma espécie de radiação fluídica, que parte do Espírito e se dirige ao médium. (P. 10)
6. Kardec refere o caso "O duende de Bayonne", em que um Espírito com a fisionomia de menino de 10 a 12 anos aparecia para sua irmãzinha. (P. 17)
7. O Espírito de Diógenes se comunica e diz que depois de sua existência em Atenas só reencarnou em outros mundos. (P. 21)
8. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilómetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (PP. 22 e 23)
9. Os Espíritos bons, mas ignorantes – diz Kardec –, confessam sua insuficiência a respeito daquilo que não sabem; os maus dizem que sabem tudo.
Lá e cá, a bazófia é sempre sinal de mediocridade. (PP. 28 e 29)
10. O dom da mediunidade depende de causas ainda imperfeitamente conhecidas, nas quais parece que o físico tem uma grande parte.
(N.R.: Hoje não há nenhuma dúvida de que a mediunidade está radicada no organismo.) (P. 31)
11. O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos; é pelo pensamento que atraímos os que simpatizam com nossas ideias e inclinações. (P. 32)
12. Os Espíritos superiores não escolhem, para transmitir instruções sérias, um médium que tem familiaridade com Espíritos levianos, a menos que não encontrem outro médium e haja necessidade disso. (P. 33)
13. As boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações.
Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom senso tudo quanto eles dizem. (PP. 34 e 35)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
14. De todas as disposições morais, a que maior entrada oferece aos Espíritos imperfeitos é o orgulho, que muitas vezes se desenvolve no médium à medida que cresce a sua faculdade, pois esta lhe dá importância. (P. 36)
15. As demais imperfeições morais são outras tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou, pelo menos, causas de fraqueza.
Para repelir tais Espíritos, não basta dizer-lhes que saiam; é preciso fechar-lhes a porta e os ouvidos, provando-lhes que somos mais fortes – o que seremos pelo amor do bem, pela caridade, pela doçura, pela modéstia, pelo desinteresse. (P. 37)
16. Seria injusto atribuir todas as comunicações más à conta do médium, pois o meio é muito importante.
É regra geral que as melhores comunicações ocorrem num círculo concentrado e homogéneo. (P. 38)
17. Os agéneres não revelam a sua natureza e, aos nossos olhos, não passam de um homem comum; sua aparição corpórea pode ter, pois, longa duração, conforme a necessidade do Espírito. (P. 41)
18. Não se devem confundir os factos da bicorporeidade com os agéneres.
Estes não possuem corpo vivo na Terra; apenas seu perispírito faz-se palpável. (P. 43)
19. Kardec admite ter uma aparência de frieza, mesmo de muita frieza; pelo menos é o que os amigos achavam e por isso o censuravam. (P. 43)
20. Kardec transcreve a história fantástica de Hermann, publicada no Journal des Débats, de 26-11-1858, e diz que não passa de uma lenda sem fundo de verdade, visto que uma alma não pode animar dois corpos. (P. 48)
21. Reportando-se aos fenómenos de batidas e movimento de objectos ocorridos na aldeia de Coujet, no departamento de Lot, Kardec lembra que os Espíritos superiores não se prestam a tais fenómenos:
só os Espíritos de uma ordem muito inferior se dedicam a isso. (P. 49)
22. Em geral não há razão para nos amedrontarmos com esses factos; a presença desses Espíritos pode ser importuna, mas não é perigosa, e é sempre útil procurar saber o que eles querem com tais fenómenos. (P. 50)
23. Os Espíritos dizem que as crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade.
Quando não mais necessitam dessa protecção, o carácter real delas aparece em toda a sua nudez. (P. 52)
24. Os Espíritos só entram na vida corpórea para o seu aperfeiçoamento; a fraqueza da infância os torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu carácter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações.
Tal o dever que Deus confia aos pais. (P. 53)
25. Dr. Morhéry diz a Kardec que o célebre professor Gay-Lussac ensinava em seu curso, a respeito dos corpos imponderáveis e invisíveis, que estas eram expressões inexactas; mais lógico chamá-los imponderados. (P. 54)
Respostas às questões propostas
A. A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?
Não. Segundo Kardec, o Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das ideias religiosas:
ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio.
(Revue Spirite de 1859, p. 5.)
15. As demais imperfeições morais são outras tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou, pelo menos, causas de fraqueza.
Para repelir tais Espíritos, não basta dizer-lhes que saiam; é preciso fechar-lhes a porta e os ouvidos, provando-lhes que somos mais fortes – o que seremos pelo amor do bem, pela caridade, pela doçura, pela modéstia, pelo desinteresse. (P. 37)
16. Seria injusto atribuir todas as comunicações más à conta do médium, pois o meio é muito importante.
É regra geral que as melhores comunicações ocorrem num círculo concentrado e homogéneo. (P. 38)
17. Os agéneres não revelam a sua natureza e, aos nossos olhos, não passam de um homem comum; sua aparição corpórea pode ter, pois, longa duração, conforme a necessidade do Espírito. (P. 41)
18. Não se devem confundir os factos da bicorporeidade com os agéneres.
Estes não possuem corpo vivo na Terra; apenas seu perispírito faz-se palpável. (P. 43)
19. Kardec admite ter uma aparência de frieza, mesmo de muita frieza; pelo menos é o que os amigos achavam e por isso o censuravam. (P. 43)
20. Kardec transcreve a história fantástica de Hermann, publicada no Journal des Débats, de 26-11-1858, e diz que não passa de uma lenda sem fundo de verdade, visto que uma alma não pode animar dois corpos. (P. 48)
21. Reportando-se aos fenómenos de batidas e movimento de objectos ocorridos na aldeia de Coujet, no departamento de Lot, Kardec lembra que os Espíritos superiores não se prestam a tais fenómenos:
só os Espíritos de uma ordem muito inferior se dedicam a isso. (P. 49)
22. Em geral não há razão para nos amedrontarmos com esses factos; a presença desses Espíritos pode ser importuna, mas não é perigosa, e é sempre útil procurar saber o que eles querem com tais fenómenos. (P. 50)
23. Os Espíritos dizem que as crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade.
Quando não mais necessitam dessa protecção, o carácter real delas aparece em toda a sua nudez. (P. 52)
24. Os Espíritos só entram na vida corpórea para o seu aperfeiçoamento; a fraqueza da infância os torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu carácter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações.
Tal o dever que Deus confia aos pais. (P. 53)
25. Dr. Morhéry diz a Kardec que o célebre professor Gay-Lussac ensinava em seu curso, a respeito dos corpos imponderáveis e invisíveis, que estas eram expressões inexactas; mais lógico chamá-los imponderados. (P. 54)
Respostas às questões propostas
A. A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?
Não. Segundo Kardec, o Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das ideias religiosas:
ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio.
(Revue Spirite de 1859, p. 5.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
B. Para influenciar uma pessoa, os Espíritos têm de estar próximos?
Não. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilómetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (Obra citada, pp. 22 e 23.)
C. Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou mentirosos?
Primeiro é preciso entender que as boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações.
Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom senso tudo quanto eles dizem.
(Obra citada, pp. 34 e 35.)
D. Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?
As crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade.
Quando não mais necessitam dessa protecção, o carácter real delas aparece em toda a sua nudez.
A fraqueza da infância as torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu carácter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações.
Tal o dever que Deus confia aos pais.
(Obra citada, pp. 52 e 53.)
§.§.§- Ave sem Ninho
Não. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilómetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (Obra citada, pp. 22 e 23.)
C. Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou mentirosos?
Primeiro é preciso entender que as boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações.
Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom senso tudo quanto eles dizem.
(Obra citada, pp. 34 e 35.)
D. Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?
As crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade.
Quando não mais necessitam dessa protecção, o carácter real delas aparece em toda a sua nudez.
A fraqueza da infância as torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu carácter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações.
Tal o dever que Deus confia aos pais.
(Obra citada, pp. 52 e 53.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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Cabe a nós a tarefa de plantar; tudo o mais vem de Deus
“Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia?
Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
(O Livro dos Espíritos, item 886.)
É interessante notar que Jesus não considera essencial no entendimento da caridade nenhuma forma de beneficência.
A beneficência só será caridade se for movida pelo amor, e passará a ser considerada caridade material.
Allan Kardec, no cap. XIII, itens 5 e 6, d´O Evangelho segundo o Espiritismo, tece considerações sobre o óbulo da viúva, tema sempre lembrado por palestrantes e estudiosos espíritas quando o assunto é a prática da caridade material.
“O desejo que alguns alimentam de possuir riquezas para poder fazer o bem somente é desinteressado quando não visa proporcionar a si mesmos o bem antes de fazê-lo aos outros.
Em outra parte do texto, Kardec refere-se à intenção desinteressada como a que está isenta de qualquer ideia pessoal.”
(Ivomar Schüler da Costa, autor do Especial “A caridade e a relação entre as intenções e os recursos”, publicado nesta edição.)
O sinal mais característico da imperfeição é o interesse pessoal (O Livro dos Espíritos, item 895), que se manifesta quando o homem busca primeiro seus interesses em detrimento dos interesses dos outros.
Isso não significa que ele não tenha qualidades morais, mas, sim, que elas são eclipsadas quando o interesse pessoal é atingido.
A expressão “conflito de interesses” mostra bem a dinâmica dos interesses pessoais.
Pilatos sabia que Jesus era inocente e que os judeus que orquestraram seu processo estavam agindo por inveja.
Pilatos entrou, então, em conflito consigo mesmo.
Havia de um lado o intuito de mostrar a inocência do Nazareno, dizendo até que não via nenhum mal naquele homem.
No entanto, era-lhe necessário, segundo pensava, ceder aos judeus para manter a ordem em harmonia com ambas as partes.
Então, jogando toda a culpa nos judeus, preferiu lavar as mãos e atirou Jesus aos seus algozes e, consequentemente, à morte.
“A pessoa desejosa de fazer o bem, porém sem dispor de recursos para tanto, e ao colocar o bem do outro antes do seu próprio bem, faz com que a caridade atinja o seu ponto mais alto quando busca e encontra recursos em si mesma, nas suas capacidades, porquanto o ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ela no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.”
(Ivomar Schüler da Costa, no artigo citado.)
Boa vontade.
Essa manifestação é sempre secundada pelos Espíritos do Senhor que baseiam sua acção em indivíduos fiéis, animados da vontade de fazer o bem, ou simplesmente de agir com correcção.
Não importa que ajam no anonimato.
As boas obras não precisam de evidência para espalhar o bem.
Basta que ofertemos nosso coração e nossas potencialidades em benefício dos menos favorecidos, quer de bens materiais quer de guarnição moral.
São as pequenas coisas, os pequeninos actos, a disposição de servir, que dizem notícias sobre nossa fé e sobre nossa experiência.
Toda bagagem virtuosa começa na vontade de servir, na boa vontade.
Devemos compenetrar-nos de que todo dom, todo bem, vem de Deus.
Nosso trabalho é semear... bons actos, boas palavras, nobres intenções.
Mas Deus é que faz a plantinha crescer, facto que o Apóstolo Paulo fez questão de enfatizar em conhecida carta aos cristãos de Corinto, na qual, em se referindo ao trabalho da evangelização, declarou:
“Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus”.
(I Coríntios, 3:6.)
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Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
(O Livro dos Espíritos, item 886.)
É interessante notar que Jesus não considera essencial no entendimento da caridade nenhuma forma de beneficência.
A beneficência só será caridade se for movida pelo amor, e passará a ser considerada caridade material.
Allan Kardec, no cap. XIII, itens 5 e 6, d´O Evangelho segundo o Espiritismo, tece considerações sobre o óbulo da viúva, tema sempre lembrado por palestrantes e estudiosos espíritas quando o assunto é a prática da caridade material.
“O desejo que alguns alimentam de possuir riquezas para poder fazer o bem somente é desinteressado quando não visa proporcionar a si mesmos o bem antes de fazê-lo aos outros.
Em outra parte do texto, Kardec refere-se à intenção desinteressada como a que está isenta de qualquer ideia pessoal.”
(Ivomar Schüler da Costa, autor do Especial “A caridade e a relação entre as intenções e os recursos”, publicado nesta edição.)
O sinal mais característico da imperfeição é o interesse pessoal (O Livro dos Espíritos, item 895), que se manifesta quando o homem busca primeiro seus interesses em detrimento dos interesses dos outros.
Isso não significa que ele não tenha qualidades morais, mas, sim, que elas são eclipsadas quando o interesse pessoal é atingido.
A expressão “conflito de interesses” mostra bem a dinâmica dos interesses pessoais.
Pilatos sabia que Jesus era inocente e que os judeus que orquestraram seu processo estavam agindo por inveja.
Pilatos entrou, então, em conflito consigo mesmo.
Havia de um lado o intuito de mostrar a inocência do Nazareno, dizendo até que não via nenhum mal naquele homem.
No entanto, era-lhe necessário, segundo pensava, ceder aos judeus para manter a ordem em harmonia com ambas as partes.
Então, jogando toda a culpa nos judeus, preferiu lavar as mãos e atirou Jesus aos seus algozes e, consequentemente, à morte.
“A pessoa desejosa de fazer o bem, porém sem dispor de recursos para tanto, e ao colocar o bem do outro antes do seu próprio bem, faz com que a caridade atinja o seu ponto mais alto quando busca e encontra recursos em si mesma, nas suas capacidades, porquanto o ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ela no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.”
(Ivomar Schüler da Costa, no artigo citado.)
Boa vontade.
Essa manifestação é sempre secundada pelos Espíritos do Senhor que baseiam sua acção em indivíduos fiéis, animados da vontade de fazer o bem, ou simplesmente de agir com correcção.
Não importa que ajam no anonimato.
As boas obras não precisam de evidência para espalhar o bem.
Basta que ofertemos nosso coração e nossas potencialidades em benefício dos menos favorecidos, quer de bens materiais quer de guarnição moral.
São as pequenas coisas, os pequeninos actos, a disposição de servir, que dizem notícias sobre nossa fé e sobre nossa experiência.
Toda bagagem virtuosa começa na vontade de servir, na boa vontade.
Devemos compenetrar-nos de que todo dom, todo bem, vem de Deus.
Nosso trabalho é semear... bons actos, boas palavras, nobres intenções.
Mas Deus é que faz a plantinha crescer, facto que o Apóstolo Paulo fez questão de enfatizar em conhecida carta aos cristãos de Corinto, na qual, em se referindo ao trabalho da evangelização, declarou:
“Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus”.
(I Coríntios, 3:6.)
§.§.§- Ave sem Ninho
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A caridade e a relação entre as intenções e os recursos
O capítulo XIII de O Evangelho segundo o Espiritismo é de grande importância porque apresenta alguns princípios de acção e faz algumas distinções básicas.
Como a maioria dos capítulos dessa obra fundamental do Espiritismo, todas as suas partes, isto é, suas secções e itens, estão vinculadas de maneira que só têm sentido completo se vistas a partir do conjunto, e determinando as suas funções nele.
Entretanto, para entender o que o capítulo deseja transmitir devemos antes entender o que cada parte realmente afirma.
Vamos tomar como objecto de estudo a secção “O Óbulo da Viúva”, que contém os itens 5, que é a transcrição de Marcos 12:41-44, e o 6, que é a explicação dada por Kardec.
Na sequência geral do capítulo, Kardec trata, nessa secção, de uma questão fundamental.
Ele põe como tema a intenção de fazer o bem, e a divide em dois tipos.
Partindo daí, ele associa essa intenção com a carência ou a posse de recursos que impeçam ou permitam ao indivíduo realizar seu objectivo, sobretudo, trata da atitude do indivíduo relativamente à posse ou não destes recursos.
Neste sentido, a posição de Kardec é clara.
Afirma ele que a qualidade da intenção tende a tornar o indivíduo activo ou passivo quanto à acção no bem, em face da carência ou abundância de recursos materiais.
Essa secção divide-se em três momentos, embora apresente apenas dois parágrafos.
No primeiro momento é feita uma declaração que podemos resumir da seguinte forma:
Algumas pessoas dizem não poder fazer todo o Bem que desejam porque lhes faltam os recursos e por isso desejam possuí-los para poderem aplicá-los no Bem.
No segundo é tratada a questão da insinceridade deste desejo e como ela determina a atitude do indivíduo.
No terceiro momento trata-se do desejo sincero de possuir recursos materiais suficientes e como deve agir o indivíduo diante da sua carência.
Significado da expressão “óbulo do pobre”
Comecemos por entender o texto explicando cada um dos termos importantes.
Kardec, para dar maior expressividade, usa sinónimos para referir-se aos mesmos termos.
Muita gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação.
É sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera.
Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos?
E este,
[...] o óbulo do pobre, do que dá, privando-se do necessário [...], o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma.
E ainda este,
[...] será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas [...]?
Vejamos. O termo riqueza é utilizado várias vezes.
Quando a expressão “ouro do rico” e a palavra “dinheiro” são usadas conotam riqueza.
A locução “recursos suficientes” também tem o sentido de riqueza.
Recursos significam meios, haveres, posses, e “suficiente” quer dizer bastante, ou seja, haveres que suprem certa necessidade.
Assim, todos estes termos e expressões se referem a uma quantidade de bens que vai além do necessário, recursos que alguém tenha de sobra.
Portanto, ricos são aqueles que possuem recursos além das suas necessidades, abundância de recursos, que são as “riquezas”.
O antónimo de rico é pobre.
Consequentemente, pobre é aquele que detém somente os recursos necessários para a satisfação das suas necessidades.
Quando a expressão “o óbulo do pobre, do que dá, privando-se do necessário [...]” é usada, fica claro que este está dando algo que lhe fará falta.
Como a maioria dos capítulos dessa obra fundamental do Espiritismo, todas as suas partes, isto é, suas secções e itens, estão vinculadas de maneira que só têm sentido completo se vistas a partir do conjunto, e determinando as suas funções nele.
Entretanto, para entender o que o capítulo deseja transmitir devemos antes entender o que cada parte realmente afirma.
Vamos tomar como objecto de estudo a secção “O Óbulo da Viúva”, que contém os itens 5, que é a transcrição de Marcos 12:41-44, e o 6, que é a explicação dada por Kardec.
Na sequência geral do capítulo, Kardec trata, nessa secção, de uma questão fundamental.
Ele põe como tema a intenção de fazer o bem, e a divide em dois tipos.
Partindo daí, ele associa essa intenção com a carência ou a posse de recursos que impeçam ou permitam ao indivíduo realizar seu objectivo, sobretudo, trata da atitude do indivíduo relativamente à posse ou não destes recursos.
Neste sentido, a posição de Kardec é clara.
Afirma ele que a qualidade da intenção tende a tornar o indivíduo activo ou passivo quanto à acção no bem, em face da carência ou abundância de recursos materiais.
Essa secção divide-se em três momentos, embora apresente apenas dois parágrafos.
No primeiro momento é feita uma declaração que podemos resumir da seguinte forma:
Algumas pessoas dizem não poder fazer todo o Bem que desejam porque lhes faltam os recursos e por isso desejam possuí-los para poderem aplicá-los no Bem.
No segundo é tratada a questão da insinceridade deste desejo e como ela determina a atitude do indivíduo.
No terceiro momento trata-se do desejo sincero de possuir recursos materiais suficientes e como deve agir o indivíduo diante da sua carência.
Significado da expressão “óbulo do pobre”
Comecemos por entender o texto explicando cada um dos termos importantes.
Kardec, para dar maior expressividade, usa sinónimos para referir-se aos mesmos termos.
Muita gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação.
É sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera.
Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos?
E este,
[...] o óbulo do pobre, do que dá, privando-se do necessário [...], o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma.
E ainda este,
[...] será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas [...]?
Vejamos. O termo riqueza é utilizado várias vezes.
Quando a expressão “ouro do rico” e a palavra “dinheiro” são usadas conotam riqueza.
A locução “recursos suficientes” também tem o sentido de riqueza.
Recursos significam meios, haveres, posses, e “suficiente” quer dizer bastante, ou seja, haveres que suprem certa necessidade.
Assim, todos estes termos e expressões se referem a uma quantidade de bens que vai além do necessário, recursos que alguém tenha de sobra.
Portanto, ricos são aqueles que possuem recursos além das suas necessidades, abundância de recursos, que são as “riquezas”.
O antónimo de rico é pobre.
Consequentemente, pobre é aquele que detém somente os recursos necessários para a satisfação das suas necessidades.
Quando a expressão “o óbulo do pobre, do que dá, privando-se do necessário [...]” é usada, fica claro que este está dando algo que lhe fará falta.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Quando a intenção de ajudar é desinteressada
Óbulo significa literalmente uma pequena moeda grega do tempo de Jesus; porém, figurativamente significa uma pequena doação.
Assim, o “óbulo do pobre” é o pequeno donativo daquele que tem recursos somente para o atendimento das suas necessidades.
Por conseguinte, quanto à posse de recursos, foram caracterizadas duas situações:
a de carência e a de abundância.
Intenção e desejo, neste texto, são usados como sinónimos.
Kardec faz uma divisão da intenção em interessada e desinteressada.
Obviamente ele está se referindo ao interesse e desinteresse pessoal, ou seja, à busca de recompensas, vantagens, benefícios pessoais, no primeiro caso, e a ausência destes no segundo.
Observemos que o desejo de possuir riquezas para ajudar quem delas carece pode ser louvável, mas somente quando a intenção for sincera, ou seja, desinteressada.
Logo, quando esta intenção for interessada será insincera, e não será louvável.
O que seria a intenção desinteressada, sincera, no caso do desejo de possuir riquezas para poder fazer o bem?
Não haverá quem, desejando fazer o bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?
Aqui está a resposta.
O desejo que alguns alimentam de possuir riquezas para poder fazer o bem somente é desinteressado quando não visa proporcionar a si mesmos o bem antes de fazê-lo aos outros.
Em outra parte do texto, Kardec refere-se à intenção desinteressada como a que está isenta de qualquer ideia pessoal.
Em algumas pessoas o que impera é o egoísmo
Kardec continua:
Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles o perscrutassem [...].
A segunda intenção é justamente esta:
quando de posse das riquezas, procuram fazer o bem primeiro a si mesmo.
É uma intenção que a pessoa esconde de si mesma, é dissimulada.
E se é assim, então é oculta; e, é tão oculta que a maioria parece desconhecê-la.
Contudo, é oculta aos outros, porque se eles investigassem minuciosamente seus sentimentos, seus desejos, trariam à tona suas verdadeiras intenções.
Ora, se existe uma segunda intenção, intenção oculta, é claro que existe uma primeira intenção.
Qual seria ela?
A primeira intenção, ao contrário da segunda, é aquela que foi expressa, e, portanto, não está oculta.
Quando é dito que algumas pessoas “deploram não poder fazer todo o bem que desejam”, isto significa que elas lamentam, lastimam, portanto expressam uma intenção.
Destaquemos o seguinte:
em algumas pessoas a intenção expressa é desinteressada, sincera; neste caso não haveria uma intenção oculta, pois a pessoa expressa o que realmente sente.
Se existe uma intenção interessada, oculta, então a expressa é apenas aparentemente desinteressada, é, por isso, insincera.
Assim, nestas pessoas o que impera, neste caso, é o egoísmo, porquanto, fazer o bem a si mesmo antes de proporcioná-los ao outro é uma das suas características.
Outro termo ao qual devemos atentar, para boa compreensão do texto, é “faculdade”.
Expressa-se o codificador desta maneira:
[...] ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, [...].
Óbulo significa literalmente uma pequena moeda grega do tempo de Jesus; porém, figurativamente significa uma pequena doação.
Assim, o “óbulo do pobre” é o pequeno donativo daquele que tem recursos somente para o atendimento das suas necessidades.
Por conseguinte, quanto à posse de recursos, foram caracterizadas duas situações:
a de carência e a de abundância.
Intenção e desejo, neste texto, são usados como sinónimos.
Kardec faz uma divisão da intenção em interessada e desinteressada.
Obviamente ele está se referindo ao interesse e desinteresse pessoal, ou seja, à busca de recompensas, vantagens, benefícios pessoais, no primeiro caso, e a ausência destes no segundo.
Observemos que o desejo de possuir riquezas para ajudar quem delas carece pode ser louvável, mas somente quando a intenção for sincera, ou seja, desinteressada.
Logo, quando esta intenção for interessada será insincera, e não será louvável.
O que seria a intenção desinteressada, sincera, no caso do desejo de possuir riquezas para poder fazer o bem?
Não haverá quem, desejando fazer o bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?
Aqui está a resposta.
O desejo que alguns alimentam de possuir riquezas para poder fazer o bem somente é desinteressado quando não visa proporcionar a si mesmos o bem antes de fazê-lo aos outros.
Em outra parte do texto, Kardec refere-se à intenção desinteressada como a que está isenta de qualquer ideia pessoal.
Em algumas pessoas o que impera é o egoísmo
Kardec continua:
Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles o perscrutassem [...].
A segunda intenção é justamente esta:
quando de posse das riquezas, procuram fazer o bem primeiro a si mesmo.
É uma intenção que a pessoa esconde de si mesma, é dissimulada.
E se é assim, então é oculta; e, é tão oculta que a maioria parece desconhecê-la.
Contudo, é oculta aos outros, porque se eles investigassem minuciosamente seus sentimentos, seus desejos, trariam à tona suas verdadeiras intenções.
Ora, se existe uma segunda intenção, intenção oculta, é claro que existe uma primeira intenção.
Qual seria ela?
A primeira intenção, ao contrário da segunda, é aquela que foi expressa, e, portanto, não está oculta.
Quando é dito que algumas pessoas “deploram não poder fazer todo o bem que desejam”, isto significa que elas lamentam, lastimam, portanto expressam uma intenção.
Destaquemos o seguinte:
em algumas pessoas a intenção expressa é desinteressada, sincera; neste caso não haveria uma intenção oculta, pois a pessoa expressa o que realmente sente.
Se existe uma intenção interessada, oculta, então a expressa é apenas aparentemente desinteressada, é, por isso, insincera.
Assim, nestas pessoas o que impera, neste caso, é o egoísmo, porquanto, fazer o bem a si mesmo antes de proporcioná-los ao outro é uma das suas características.
Outro termo ao qual devemos atentar, para boa compreensão do texto, é “faculdade”.
Expressa-se o codificador desta maneira:
[...] ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, [...].
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Em uma rápida passada de olhos em um dicionário qualquer veremos que faculdade tem, entre outros sentidos que não se aplicam especificamente ao caso em estudo, o de “poder de fazer”, o de “capacidade” e o de “potência moral”.
São significados amplos.
Importância da actividade no bem
C. Lhar(1), ao classificar as faculdades da alma, denomina-as como faculdades de conhecimento, de sensibilidade e de afectividade.
Ele as define assim:
“poder que tem a alma de exercer certos actos ou de sofrer certas modificações”.
As faculdades não podem ser observadas directamente, mas podem ser deduzidas a partir do princípio lógico que afirma que todo ato supõe no ser uma potência proporcionada; actos distintos supõem, portanto, potências distintas.
Se uma pessoa sem estudos prévios pinta um quadro magnífico, isto quer dizer que ela dispõe, de alguma forma, da potência, do poder para pintá-lo, senão isto não seria possível.
Nenhuma pessoa pode realizar algo além das suas possibilidades.
Este autor ressalta algo extremamente importante que, no entanto, geralmente passa despercebido à maioria dos espíritas.
Existe uma correlação íntima entre as faculdades.
Usando nossas palavras, dizemos que as faculdades se influenciam mutuamente; a moção realizada numa afectará as outras, e reciprocamente.
Por isso, a actividade no bem tem importância primordial, sendo mesmo factor de desenvolvimento do espírito.
O conhecimento sem a vontade é inerte; a sensibilidade sem a inteligência torna-nos pessoas frívolas.
O homem só está completo quando utiliza todas as suas faculdades.
Esta é a razão pela qual os Espíritos dizem que o homem deve estar inteiro no acto de Caridade.
O texto em análise é dividido em dois grandes parágrafos.
No primeiro trata-se da intenção interessada e, no segundo, da intenção desinteressada.
No primeiro, Kardec faz o confronto da intenção interessada com um dos elementos da Caridade, a abnegação (2):
[...] com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si.
É com base neste princípio que ele afirma que aqueles que expressam o desejo de possuir riquezas para dar aos que delas carecem, porém com o objectivo oculto de primeiro usufruir delas, doando apenas o restante, dissimulam seus interesses pessoais.
O valor do pequeno donativo
Ainda neste parágrafo, ele lamenta que a maioria dessas pessoas encare a realidade fantasiosamente, pois esperam que ocorram situações totalmente incertas, sem que façam esforços para tal, em que conquistem grandes fortunas para, supostamente, fazer o bem.
Alguns, levando a fantasia mais adiante, pretendem contar inclusive com a ajuda dos Espíritos para a conquista delas.
O que se evidencia aqui é que quem tem o desejo sincero de possuir recursos suficientes para fazer o bem não deve de maneira alguma esperar por situações casuais; deve esforçar-se, trabalhar para conquistá-los.
Já no segundo, é exposta, primeiramente, uma interessante relação inversa entre a quantidade de riquezas e o valor moral delas.
São significados amplos.
Importância da actividade no bem
C. Lhar(1), ao classificar as faculdades da alma, denomina-as como faculdades de conhecimento, de sensibilidade e de afectividade.
Ele as define assim:
“poder que tem a alma de exercer certos actos ou de sofrer certas modificações”.
As faculdades não podem ser observadas directamente, mas podem ser deduzidas a partir do princípio lógico que afirma que todo ato supõe no ser uma potência proporcionada; actos distintos supõem, portanto, potências distintas.
Se uma pessoa sem estudos prévios pinta um quadro magnífico, isto quer dizer que ela dispõe, de alguma forma, da potência, do poder para pintá-lo, senão isto não seria possível.
Nenhuma pessoa pode realizar algo além das suas possibilidades.
Este autor ressalta algo extremamente importante que, no entanto, geralmente passa despercebido à maioria dos espíritas.
Existe uma correlação íntima entre as faculdades.
Usando nossas palavras, dizemos que as faculdades se influenciam mutuamente; a moção realizada numa afectará as outras, e reciprocamente.
Por isso, a actividade no bem tem importância primordial, sendo mesmo factor de desenvolvimento do espírito.
O conhecimento sem a vontade é inerte; a sensibilidade sem a inteligência torna-nos pessoas frívolas.
O homem só está completo quando utiliza todas as suas faculdades.
Esta é a razão pela qual os Espíritos dizem que o homem deve estar inteiro no acto de Caridade.
O texto em análise é dividido em dois grandes parágrafos.
No primeiro trata-se da intenção interessada e, no segundo, da intenção desinteressada.
No primeiro, Kardec faz o confronto da intenção interessada com um dos elementos da Caridade, a abnegação (2):
[...] com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si.
É com base neste princípio que ele afirma que aqueles que expressam o desejo de possuir riquezas para dar aos que delas carecem, porém com o objectivo oculto de primeiro usufruir delas, doando apenas o restante, dissimulam seus interesses pessoais.
O valor do pequeno donativo
Ainda neste parágrafo, ele lamenta que a maioria dessas pessoas encare a realidade fantasiosamente, pois esperam que ocorram situações totalmente incertas, sem que façam esforços para tal, em que conquistem grandes fortunas para, supostamente, fazer o bem.
Alguns, levando a fantasia mais adiante, pretendem contar inclusive com a ajuda dos Espíritos para a conquista delas.
O que se evidencia aqui é que quem tem o desejo sincero de possuir recursos suficientes para fazer o bem não deve de maneira alguma esperar por situações casuais; deve esforçar-se, trabalhar para conquistá-los.
Já no segundo, é exposta, primeiramente, uma interessante relação inversa entre a quantidade de riquezas e o valor moral delas.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
O elemento que altera o valor é o esforço, a privação auto-imposta visando ao benefício alheio.
O pequeno donativo (óbulo do pobre) feito com a privação do necessário tem valor maior do que o grande donativo (ouro do rico) realizado sem privações auto-impostas.
Nesta condição, apesar do alto valor quantitativo, este é sobrepujado pelo valor qualitativo ou moral.
Depois, outro princípio de acção, evidenciado, se assim podemos nos expressar, é o de actividade:
Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inactivo, desde que se não tenha dinheiro?
O que Kardec pergunta é se somente com recursos materiais é que podemos aliviar o sofrimento alheio.
Teriam as riquezas uma importância tão fundamental na minoração das dificuldades alheias?
E qual seria a atitude de quem desejasse ajudar aos que sofrem se não as possuísse? Imobilizar-se?
Pelo texto podemos induzir que as posses materiais, por maiores que sejam, não detêm a primazia geralmente suposta pela maioria das pessoas.
Ninguém há que nada possa fazer de útil
Se alguém deseja sinceramente ajudar ao próximo em suas dificuldades não deve permanecer inactivo na falta destes recursos materiais, pois Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.
Isto é, quem deseja fazer não fica esperando, ou como diz o cantor “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
A atitude activa também está clara nesta outra afirmação:
(ocasiões de realizar o bem).
Procure-as e elas se lhe depararão.
Em outras palavras, quem procura encontra!
A partir dos princípios do valor inverso dos pequenos donativos feitos com privação auto-imposta, da intenção desinteressada, e do de actividade, deduzimos que os recursos devem ser buscados em outro lugar.
Onde, porém, estarão eles?
É o próprio Kardec quem aponta o local:
[...] ninguém há que, no pleno gozo das suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo?
É em nossos recursos internos, nossas capacidades, que devemos buscar os meios para a prática do bem quando nos faltem os recursos materiais.
Prestar serviços, despender consolações em profusão, diminuir sofrimentos físicos e morais, realizar esforços úteis.
Percebamos que todos os utilizados são verbos activos.
E todas estas acções são quase desconsideradas no quotidiano, como se não tivessem nenhum valor.
Entretanto, adquirem vultoso valor quando realizados com abnegação.
Finalmente, outro ponto a destacar é que estes actos não são exigidos de quem não tem condições de exercê-los, pois somente podem ser praticados por quem está no gozo completo das suas faculdades.
No primeiro temos algumas afirmações que completam e reforçam antecipadamente o que foi dito no segundo.
O pequeno donativo (óbulo do pobre) feito com a privação do necessário tem valor maior do que o grande donativo (ouro do rico) realizado sem privações auto-impostas.
Nesta condição, apesar do alto valor quantitativo, este é sobrepujado pelo valor qualitativo ou moral.
Depois, outro princípio de acção, evidenciado, se assim podemos nos expressar, é o de actividade:
Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inactivo, desde que se não tenha dinheiro?
O que Kardec pergunta é se somente com recursos materiais é que podemos aliviar o sofrimento alheio.
Teriam as riquezas uma importância tão fundamental na minoração das dificuldades alheias?
E qual seria a atitude de quem desejasse ajudar aos que sofrem se não as possuísse? Imobilizar-se?
Pelo texto podemos induzir que as posses materiais, por maiores que sejam, não detêm a primazia geralmente suposta pela maioria das pessoas.
Ninguém há que nada possa fazer de útil
Se alguém deseja sinceramente ajudar ao próximo em suas dificuldades não deve permanecer inactivo na falta destes recursos materiais, pois Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.
Isto é, quem deseja fazer não fica esperando, ou como diz o cantor “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
A atitude activa também está clara nesta outra afirmação:
(ocasiões de realizar o bem).
Procure-as e elas se lhe depararão.
Em outras palavras, quem procura encontra!
A partir dos princípios do valor inverso dos pequenos donativos feitos com privação auto-imposta, da intenção desinteressada, e do de actividade, deduzimos que os recursos devem ser buscados em outro lugar.
Onde, porém, estarão eles?
É o próprio Kardec quem aponta o local:
[...] ninguém há que, no pleno gozo das suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo?
É em nossos recursos internos, nossas capacidades, que devemos buscar os meios para a prática do bem quando nos faltem os recursos materiais.
Prestar serviços, despender consolações em profusão, diminuir sofrimentos físicos e morais, realizar esforços úteis.
Percebamos que todos os utilizados são verbos activos.
E todas estas acções são quase desconsideradas no quotidiano, como se não tivessem nenhum valor.
Entretanto, adquirem vultoso valor quando realizados com abnegação.
Finalmente, outro ponto a destacar é que estes actos não são exigidos de quem não tem condições de exercê-los, pois somente podem ser praticados por quem está no gozo completo das suas faculdades.
No primeiro temos algumas afirmações que completam e reforçam antecipadamente o que foi dito no segundo.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Conclusão
A pessoa desejosa de fazer o bem, porém sem dispor de recursos para tanto, e ao colocar o bem do outro antes do seu próprio bem, faz com que a caridade atinja o seu ponto mais alto quando busca e encontra recursos em si mesmo, nas suas capacidades, porquanto O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.
Isto é, quando faltam recursos materiais, a pessoa não deve estacionar, mas sim usar sua actividade, suas habilidades, suas forças físicas e intelectuais para realizar o bem que deseja.
A culminância da caridade não está no fato de usar meios internos, em vez de externos, mas sim no facto de que a pessoa se doa para realizar o bem.
Resumindo o nosso breve estudo, parece-nos que a grande questão que Kardec quer responder é esta:
o bem depende exclusivamente de recursos materiais para se realizar?
A resposta dada pelo próprio co-autor da Doutrina é que a pessoa sem interesses pessoais, mesmo com carência de recursos materiais, buscará em si outros tipos de recursos para realizar o bem que almeja; não ficará inactiva por causa da carência.
Isso demonstra que muitas vezes a declaração do desejo de possuir riquezas com o objectivo de realizar o bem é apenas um disfarce para nada fazer, para alegar incapacidade.
No caso da posse dos tais recursos por pessoas com intenções insinceras, surgem duas hipóteses:
1) a pessoa realmente aplica tais recursos para realizar o Bem para outrem, com a secreta intenção de ostentar uma aparência de pessoa caridosa; busca com isso a aprovação social, a popularidade, colocar-se em evidência para usufruir da estima pública, ou, 2) numa situação de egoísmo, busca usufruir deles antes daqueles a quem disse querer servir.
Finalmente, ressaltamos que, em nosso entendimento, Kardec quis nos chamar a atenção para a importância das pequenas acções que não são notadas pela maioria das pessoas e para a necessidade de usarmos todas as nossas faculdades e potencialidades para descobrir novos meios de estender o bem sobre a Terra, quando não dispusermos dos recursos materiais suficientes.
Devemos fazer tudo que estiver dentro das nossas possibilidades, pois a carência de recursos materiais não é uma condição impeditiva para a realização da Caridade.
Referências:
[1] LAHR, C. Manual de Filosofia. Cap. III. Faculdades da Alma. p. 26 e 27. 4ª edição. Ed. Livraria Apostolado da Imprensa. 1948. Porto. Portugal.
2 COSTA, Ivomar. Abnegação: fazer o bem aos outros em primeiro lugar. http://www.oconsolador.com.br/ano9/409/ivomar_costa.html
§.§.§- Ave sem Ninho
A pessoa desejosa de fazer o bem, porém sem dispor de recursos para tanto, e ao colocar o bem do outro antes do seu próprio bem, faz com que a caridade atinja o seu ponto mais alto quando busca e encontra recursos em si mesmo, nas suas capacidades, porquanto O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.
Isto é, quando faltam recursos materiais, a pessoa não deve estacionar, mas sim usar sua actividade, suas habilidades, suas forças físicas e intelectuais para realizar o bem que deseja.
A culminância da caridade não está no fato de usar meios internos, em vez de externos, mas sim no facto de que a pessoa se doa para realizar o bem.
Resumindo o nosso breve estudo, parece-nos que a grande questão que Kardec quer responder é esta:
o bem depende exclusivamente de recursos materiais para se realizar?
A resposta dada pelo próprio co-autor da Doutrina é que a pessoa sem interesses pessoais, mesmo com carência de recursos materiais, buscará em si outros tipos de recursos para realizar o bem que almeja; não ficará inactiva por causa da carência.
Isso demonstra que muitas vezes a declaração do desejo de possuir riquezas com o objectivo de realizar o bem é apenas um disfarce para nada fazer, para alegar incapacidade.
No caso da posse dos tais recursos por pessoas com intenções insinceras, surgem duas hipóteses:
1) a pessoa realmente aplica tais recursos para realizar o Bem para outrem, com a secreta intenção de ostentar uma aparência de pessoa caridosa; busca com isso a aprovação social, a popularidade, colocar-se em evidência para usufruir da estima pública, ou, 2) numa situação de egoísmo, busca usufruir deles antes daqueles a quem disse querer servir.
Finalmente, ressaltamos que, em nosso entendimento, Kardec quis nos chamar a atenção para a importância das pequenas acções que não são notadas pela maioria das pessoas e para a necessidade de usarmos todas as nossas faculdades e potencialidades para descobrir novos meios de estender o bem sobre a Terra, quando não dispusermos dos recursos materiais suficientes.
Devemos fazer tudo que estiver dentro das nossas possibilidades, pois a carência de recursos materiais não é uma condição impeditiva para a realização da Caridade.
Referências:
[1] LAHR, C. Manual de Filosofia. Cap. III. Faculdades da Alma. p. 26 e 27. 4ª edição. Ed. Livraria Apostolado da Imprensa. 1948. Porto. Portugal.
2 COSTA, Ivomar. Abnegação: fazer o bem aos outros em primeiro lugar. http://www.oconsolador.com.br/ano9/409/ivomar_costa.html
§.§.§- Ave sem Ninho
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Quando o olho cresce
Em situações típicas de recessão como a que ora enfrentamos no Brasil, afloram mais acentuadamente certas características e comportamentos obscuros oriundos de não poucos agentes económicos que tornam a vida, em geral, mais difícil.
Em outras palavras, as provações colectivas tornam-se muito mais penosas.
As crises, é verdade, são cíclicas e, desse modo, de tempos em tempos somos chacoalhados por uma onda de acontecimentos profundamente desestabilizadores que nos levam como uma enxurrada. Diante deles quase nada podemos fazer, tal o impacto que geram.
A depressão económica – fenómeno ao qual estão sujeitas praticamente todas as nações do planeta – é sempre devastadora para o bem-estar dos indivíduos e das famílias.
Ainda não conseguimos criar sistemas imunes contra esse mal.
De um momento para o outro, o cidadão perde o seu emprego e, com ele, benefícios essenciais à sua existência.
Aposentados enfrentam uma significativa redução do valor real (isto é, descontada a inflação) das suas já minguadas aposentadorias.
Os pequenos empreendedores têm igualmente de lidar com a amarga redução dos seus negócios.
De modo geral, a maioria sente, de uma forma ou de outra, os efeitos desarticuladores das crises quando elas assomam nas sociedades modernas.
Eles trazem basicamente penúria e miséria em quase toda parte.
No entanto, há aqueles que buscam avidamente lucrar em meio à desgraça ou infortúnio alheio.
Afinal de contas, quem nesse mundo já não passou pelo dissabor de ser achacado por algum, por exemplo, prestador de serviço numa hora de dificuldade?
Quem já não percebeu que os aumentos de preços na feira nunca sofrem um movimento inverso, mesmo quando a safra ou a crise se esvai?
De maneira similar, quando a Petrobrás anuncia redução de preços na refinaria, o suposto benefício nunca alcança as bombas dos postos de combustíveis e, por extensão, os consumidores.
Quem já não se sentiu lesado de alguma maneira na actualidade?
Veio à tona muito recentemente a descoberta – embora, ainda não saibamos a extensão exacta do delito – de que nós brasileiros temos consumido “carne podre” (em alguns casos, contaminadas pela bactéria salmonela) sob a complacência de fiscais corruptos.
Fico sempre me perguntando se em outras nações desenvolvidas o valor do seguro de um automóvel também aumenta, mesmo quando o veículo envelhece e o seu valor de mercado se deprecia como ocorre aqui.
Enfim, foi com muito acerto que um recente editorial dessa revista observou:
“O sentimento de tirar vantagem das situações, de cobiça, de subordinar o interesse alheio ao próprio interesse, é prática comum entre nós.
Por incrível que pareça, é visto como virtude por muitas pessoas”.
Infelizmente, os lobos do mundo são ovacionados em muitas instâncias.
Em muitas ocasiões, os donos do capital e dos grandes empreendimentos empresariais são exaltados mesmo quando acumulam suas fortunas de forma nada elogiosa, para dizer o mínimo.
Com efeito, não faz muito tempo que um determinado empresário brasileiro – considerado um verdadeiro Midas em certo momento – figurou como um dos homens mais ricos do mundo na revista Forbes.
Lembro-me bem que o ufanismo nacional foi às alturas.
O referido cidadão era tratado como uma celebridade nacional.
Muitas pessoas faziam questão de fazer selfies com ele e assim por diante.
Ele chegou a escrever um livro com altíssima tiragem e deu palestras a multidões de pessoas ávidas por riqueza.
Hoje se sabe que esse personagem não foi capaz de entregar o que prometia aos seus investidores e a sua “estrela” apagou.
Em outras palavras, as provações colectivas tornam-se muito mais penosas.
As crises, é verdade, são cíclicas e, desse modo, de tempos em tempos somos chacoalhados por uma onda de acontecimentos profundamente desestabilizadores que nos levam como uma enxurrada. Diante deles quase nada podemos fazer, tal o impacto que geram.
A depressão económica – fenómeno ao qual estão sujeitas praticamente todas as nações do planeta – é sempre devastadora para o bem-estar dos indivíduos e das famílias.
Ainda não conseguimos criar sistemas imunes contra esse mal.
De um momento para o outro, o cidadão perde o seu emprego e, com ele, benefícios essenciais à sua existência.
Aposentados enfrentam uma significativa redução do valor real (isto é, descontada a inflação) das suas já minguadas aposentadorias.
Os pequenos empreendedores têm igualmente de lidar com a amarga redução dos seus negócios.
De modo geral, a maioria sente, de uma forma ou de outra, os efeitos desarticuladores das crises quando elas assomam nas sociedades modernas.
Eles trazem basicamente penúria e miséria em quase toda parte.
No entanto, há aqueles que buscam avidamente lucrar em meio à desgraça ou infortúnio alheio.
Afinal de contas, quem nesse mundo já não passou pelo dissabor de ser achacado por algum, por exemplo, prestador de serviço numa hora de dificuldade?
Quem já não percebeu que os aumentos de preços na feira nunca sofrem um movimento inverso, mesmo quando a safra ou a crise se esvai?
De maneira similar, quando a Petrobrás anuncia redução de preços na refinaria, o suposto benefício nunca alcança as bombas dos postos de combustíveis e, por extensão, os consumidores.
Quem já não se sentiu lesado de alguma maneira na actualidade?
Veio à tona muito recentemente a descoberta – embora, ainda não saibamos a extensão exacta do delito – de que nós brasileiros temos consumido “carne podre” (em alguns casos, contaminadas pela bactéria salmonela) sob a complacência de fiscais corruptos.
Fico sempre me perguntando se em outras nações desenvolvidas o valor do seguro de um automóvel também aumenta, mesmo quando o veículo envelhece e o seu valor de mercado se deprecia como ocorre aqui.
Enfim, foi com muito acerto que um recente editorial dessa revista observou:
“O sentimento de tirar vantagem das situações, de cobiça, de subordinar o interesse alheio ao próprio interesse, é prática comum entre nós.
Por incrível que pareça, é visto como virtude por muitas pessoas”.
Infelizmente, os lobos do mundo são ovacionados em muitas instâncias.
Em muitas ocasiões, os donos do capital e dos grandes empreendimentos empresariais são exaltados mesmo quando acumulam suas fortunas de forma nada elogiosa, para dizer o mínimo.
Com efeito, não faz muito tempo que um determinado empresário brasileiro – considerado um verdadeiro Midas em certo momento – figurou como um dos homens mais ricos do mundo na revista Forbes.
Lembro-me bem que o ufanismo nacional foi às alturas.
O referido cidadão era tratado como uma celebridade nacional.
Muitas pessoas faziam questão de fazer selfies com ele e assim por diante.
Ele chegou a escrever um livro com altíssima tiragem e deu palestras a multidões de pessoas ávidas por riqueza.
Hoje se sabe que esse personagem não foi capaz de entregar o que prometia aos seus investidores e a sua “estrela” apagou.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Pior ainda, descobriu-se que ele estava envolvido com políticos venais.
Está agora confinado numa cela no estado do Rio de Janeiro com medo de ser morto.
Não sai dela nem para tomar Sol.
A triste história desse indivíduo fez-me recordar a advertência de Jesus:
“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Marcos 8: 34-36)”.
Já se identificou também que a outrora poderosa Construtora Odebrecht pagou, no período de 2006 a 2014, mais de 3,4 biliões de dólares em propinas no Brasil e no exterior.
Aliás, como estava certo o Mestre quando pronunciou:
“[...] Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Lucas 18: 24-25)”.
Políticos poderosos foram comprados aqui e lá fora, porque os seus “olhos cresceram” diante das oportunidades de riqueza fácil.
Vale frisar ainda o famigerado “jabá” que permeia todos os degraus da sociedade brasileira.
Esse traço cultural abjecto – eminentemente imoral e dificílimo de dissipar – do carácter humano tem produzido esse mar de corrupção que aqui viceja.
Em termos simples, o corrupto não aceita viver apenas com aquilo que Deus lhe reservou para a evolução do seu Espírito.
O seu olhar ganancioso deseja mais e, ao satisfazer os caprichos espúrios que lhe brotam da alma desequilibrada, mais se afunda em torpezas.
Nesse sentido, pondera o Espírito Emmanuel na obra Caminho, Verdade e Vida(psicografia de Francisco Cândido Xavier) que “Aqueles que exclusivamente acumulam vantagens transitórias, fora de sua alma, plenamente esquecidos da esfera interior, são dignos de piedade.
Deixarão tudo, quase sempre, ao sabor da irresponsabilidade”.
Por tudo isso, o momento presente incita-nos a profundas reflexões em torno dos bens materiais e de como os obtemos.
Com efeito, há uma inquestionável necessidade de nos acautelarmos contra os males da avareza, já que “a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens (Lucas 12: 15)".
A transição planetária em andamento requer coragem e determinação de nossa parte para ajuntarmos, sim, “tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mateus 6: 20).
Ao optar por viver da exploração dos semelhantes, em obter ganhos injustos pelo trabalho ou chafurdar nas riquezas passageiras conquistadas por meio de crimes ou ilicitudes, são criados fortes embaraços à real felicidade do indivíduo infractor.
§.§.§- Ave sem Ninho
Está agora confinado numa cela no estado do Rio de Janeiro com medo de ser morto.
Não sai dela nem para tomar Sol.
A triste história desse indivíduo fez-me recordar a advertência de Jesus:
“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Marcos 8: 34-36)”.
Já se identificou também que a outrora poderosa Construtora Odebrecht pagou, no período de 2006 a 2014, mais de 3,4 biliões de dólares em propinas no Brasil e no exterior.
Aliás, como estava certo o Mestre quando pronunciou:
“[...] Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Lucas 18: 24-25)”.
Políticos poderosos foram comprados aqui e lá fora, porque os seus “olhos cresceram” diante das oportunidades de riqueza fácil.
Vale frisar ainda o famigerado “jabá” que permeia todos os degraus da sociedade brasileira.
Esse traço cultural abjecto – eminentemente imoral e dificílimo de dissipar – do carácter humano tem produzido esse mar de corrupção que aqui viceja.
Em termos simples, o corrupto não aceita viver apenas com aquilo que Deus lhe reservou para a evolução do seu Espírito.
O seu olhar ganancioso deseja mais e, ao satisfazer os caprichos espúrios que lhe brotam da alma desequilibrada, mais se afunda em torpezas.
Nesse sentido, pondera o Espírito Emmanuel na obra Caminho, Verdade e Vida(psicografia de Francisco Cândido Xavier) que “Aqueles que exclusivamente acumulam vantagens transitórias, fora de sua alma, plenamente esquecidos da esfera interior, são dignos de piedade.
Deixarão tudo, quase sempre, ao sabor da irresponsabilidade”.
Por tudo isso, o momento presente incita-nos a profundas reflexões em torno dos bens materiais e de como os obtemos.
Com efeito, há uma inquestionável necessidade de nos acautelarmos contra os males da avareza, já que “a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens (Lucas 12: 15)".
A transição planetária em andamento requer coragem e determinação de nossa parte para ajuntarmos, sim, “tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mateus 6: 20).
Ao optar por viver da exploração dos semelhantes, em obter ganhos injustos pelo trabalho ou chafurdar nas riquezas passageiras conquistadas por meio de crimes ou ilicitudes, são criados fortes embaraços à real felicidade do indivíduo infractor.
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Endereços de Paz (Parte 3)
André Luiz
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Endereços de Paz, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1982.
Questões preliminares
A. É um equívoco pedirmos, por meio da prece, que tenhamos vida fácil?
Claro que é.
Em vez de orarmos por vida fácil, propõe-nos André que roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo das obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
B. Quais são os defeitos humanos mais arraigados?
Os defeitos mais arraigados são aqueles que tomamos à feição de qualidades.
Por isso, é necessário discernir:
apresentação ou vaidade? brio ou orgulho? serenidade ou indiferença? correcção ou frieza? humildade ou subserviência?
(Endereços de Paz – Discernimento.)
C. Diante das provações, das incompreensões, dos desgostos inesperados, qual deve ser nossa atitude?
Coragem e paciência, paciência e coragem...
Sejam quais forem os obstáculos que nos desafiem, accionemos essas duas alavancas da paz, porque a coragem nos manterá o coração ligado à fé no Divino Poder que nos rege os dias e a paciência é a luz da esperança que nasce de nós mesmos nas lutas edificantes do dia a dia.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
Texto para leitura
39. Dificuldades e problemas – Não admita possa alguém construir algo de bom sem dificuldade.
Pense nos problemas que uma simples semente deve encontrar a fim de germinar para servir.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
40. Indique uma pessoa capaz de se manter na onda do êxito sem sofrer obstáculos.
Muitas vezes, é na prestação de algum serviço incómodo que você vai achar os melhores ingredientes para solução de seus problemas.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
41. Não ore por vida fácil.
Roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo das obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
42. Cada coração pode ser um manancial de bênçãos.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
43. Discernimento – Os defeitos mais arraigados são aqueles que tomamos à feição de qualidades.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
44. É preciso discernir: apresentação e vaidade; brio e orgulho; serenidade e indiferença; correcção e frieza; humildade e subserviência; fortaleza e segurança de coração.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
45. Quando algum sentimento nos induzir a parecer melhor ou mais forte que os outros, é chegado o momento de procurar a nossa própria realidade, para desistir da ilusão.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
46. De que serve a felicidade dos felizes quando não diminui a infelicidade dos que se sentem menos felizes?
(Endereços de Paz – Discernimento.)
Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Endereços de Paz, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1982.
Questões preliminares
A. É um equívoco pedirmos, por meio da prece, que tenhamos vida fácil?
Claro que é.
Em vez de orarmos por vida fácil, propõe-nos André que roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo das obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
B. Quais são os defeitos humanos mais arraigados?
Os defeitos mais arraigados são aqueles que tomamos à feição de qualidades.
Por isso, é necessário discernir:
apresentação ou vaidade? brio ou orgulho? serenidade ou indiferença? correcção ou frieza? humildade ou subserviência?
(Endereços de Paz – Discernimento.)
C. Diante das provações, das incompreensões, dos desgostos inesperados, qual deve ser nossa atitude?
Coragem e paciência, paciência e coragem...
Sejam quais forem os obstáculos que nos desafiem, accionemos essas duas alavancas da paz, porque a coragem nos manterá o coração ligado à fé no Divino Poder que nos rege os dias e a paciência é a luz da esperança que nasce de nós mesmos nas lutas edificantes do dia a dia.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
Texto para leitura
39. Dificuldades e problemas – Não admita possa alguém construir algo de bom sem dificuldade.
Pense nos problemas que uma simples semente deve encontrar a fim de germinar para servir.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
40. Indique uma pessoa capaz de se manter na onda do êxito sem sofrer obstáculos.
Muitas vezes, é na prestação de algum serviço incómodo que você vai achar os melhores ingredientes para solução de seus problemas.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
41. Não ore por vida fácil.
Roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo das obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
42. Cada coração pode ser um manancial de bênçãos.
(Endereços de Paz – Dificuldades e problemas.)
43. Discernimento – Os defeitos mais arraigados são aqueles que tomamos à feição de qualidades.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
44. É preciso discernir: apresentação e vaidade; brio e orgulho; serenidade e indiferença; correcção e frieza; humildade e subserviência; fortaleza e segurança de coração.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
45. Quando algum sentimento nos induzir a parecer melhor ou mais forte que os outros, é chegado o momento de procurar a nossa própria realidade, para desistir da ilusão.
(Endereços de Paz – Discernimento.)
46. De que serve a felicidade dos felizes quando não diminui a infelicidade dos que se sentem menos felizes?
(Endereços de Paz – Discernimento.)
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
47. Dupla da paz – Súplicas de socorro explodem nos lugares mais recônditos do mundo.
As respostas, no entanto, surgem da própria vida.
Endereços de Paz – Dupla da paz.)
48. Provações violentas enxameiam-te no caminho... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
49. Incompreensões te envolvem a estrada, dificultando-te os passos... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
50. Desgostos francamente inesperados aparecem-te, de súbito... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
51. Notícias fulminantes esfogueiam-te os ouvidos... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
52. Enfermidades sitiam-se a casa, conturbando-te a vida... Coragem e Paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
53. Surpresas amargas te procuram, às vezes, por dentro do próprio lar... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
54. Entes queridos se transformam em aflitivos problemas... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
55. Conflitos e tentações assomam-te ao pensamento, ameaçando-te a consciência tranquila... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
56. Sejam quais forem os obstáculos que te desafiem, acciona essas duas alavancas da paz, porque a coragem te manterá o coração ligado à fé no Divino Poder que nos rege os dias e a paciência é a luz da esperança que nasce de nós mesmos nas lutas edificantes do dia a dia.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
57. O dinheiro que alivia é bálsamo da vida superior.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
58. Endereço da paz – Nunca se diga inútil mecanismo da vida.
A usina é um centro gigantesco de força, mas é a lâmpada que dosa em casa a luz de que carecemos.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
59. Determinada moradia será provavelmente um palácio, mas é a chave que lhe resguarda a segurança.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
60. Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providência Divina não pode falir quando falhamos transitoriamente, mas, em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não nos criaria, se não tivesse necessidade de nós.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
61. Trabalhe, e o serviço conferir-lhe-á respostas exactas.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
62. Ofensas e injúrias? Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
63. Procure agir no bem incessante, e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
64. Não importa quando você disponha para agir e servir, a benefício de outrem. Vale o que fizer e como fizer daquilo que o Senhor já confiou a você.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
65. Por onde você passe e do tamanho que possa, deixe um rastro de alegria. Você voltará, mais tarde, para colher-lhe a bênção de luz.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
66. Indiferença ou desprezo de alguém? Trabalhe e olvide.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
(Continua no próximo número.)
§.§.§- Ave sem Ninho
As respostas, no entanto, surgem da própria vida.
Endereços de Paz – Dupla da paz.)
48. Provações violentas enxameiam-te no caminho... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
49. Incompreensões te envolvem a estrada, dificultando-te os passos... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
50. Desgostos francamente inesperados aparecem-te, de súbito... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
51. Notícias fulminantes esfogueiam-te os ouvidos... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
52. Enfermidades sitiam-se a casa, conturbando-te a vida... Coragem e Paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
53. Surpresas amargas te procuram, às vezes, por dentro do próprio lar... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
54. Entes queridos se transformam em aflitivos problemas... Paciência e coragem.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
55. Conflitos e tentações assomam-te ao pensamento, ameaçando-te a consciência tranquila... Coragem e paciência.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
56. Sejam quais forem os obstáculos que te desafiem, acciona essas duas alavancas da paz, porque a coragem te manterá o coração ligado à fé no Divino Poder que nos rege os dias e a paciência é a luz da esperança que nasce de nós mesmos nas lutas edificantes do dia a dia.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
57. O dinheiro que alivia é bálsamo da vida superior.
(Endereços de Paz – Dupla da paz.)
58. Endereço da paz – Nunca se diga inútil mecanismo da vida.
A usina é um centro gigantesco de força, mas é a lâmpada que dosa em casa a luz de que carecemos.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
59. Determinada moradia será provavelmente um palácio, mas é a chave que lhe resguarda a segurança.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
60. Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providência Divina não pode falir quando falhamos transitoriamente, mas, em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não nos criaria, se não tivesse necessidade de nós.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
61. Trabalhe, e o serviço conferir-lhe-á respostas exactas.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
62. Ofensas e injúrias? Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
63. Procure agir no bem incessante, e a alegria ser-lhe-á precioso salário.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
64. Não importa quando você disponha para agir e servir, a benefício de outrem. Vale o que fizer e como fizer daquilo que o Senhor já confiou a você.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
65. Por onde você passe e do tamanho que possa, deixe um rastro de alegria. Você voltará, mais tarde, para colher-lhe a bênção de luz.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
66. Indiferença ou desprezo de alguém? Trabalhe e olvide.
(Endereços de Paz – Endereço da paz.)
(Continua no próximo número.)
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“SOCORRO ESPIRITUAL”
TRABALHO PRINCIPAL NA CASA ESPÍRITA, A ENCARNADOS E PRINCIPALMENTE A DESENCARNADOS.
A função de toda a Casa Espírita que se dedica ao bem, em fazer o bem, é ter como missão principal a ajuda através do Evangelho; sua missão é em prestar o Socorro Espiritual.
Assim, sua principal providência está em formar um conjunto de trabalhadores dedicados e espiritualizados minimamente nas palavras do Mestre Jesus.
Esses também devem conhecer os fundamentos do Espiritismo:
mas não necessariamente em sua ciência, mas primordialmente em sua religião para que possam estabelecer a formosa ligação com nosso Pai Amado.
A finalidade da Casa é concretizar o caminho de luz para todos aqueles que se socorrem em tal universo Espiritual.
A Casa Espírita transforma a fundamentação filosófica do Irmão que pede socorro, encaminhando-o a Deus e a Jesus Cristo.
O Socorro Espiritual se faz ao decantar no coração sofrido um facho de luz que o conduz para um esclarecimento sobre sua condição e sobre suas necessidades evolutivas.
O Socorro Espiritual é um emaranhado de esforços a envolver encarnados e desencarnados; a envolver trabalhadores encarnados que como frutos de uma figueira, farão a partitura necessária para o timbre das Equipas Espirituais que prontamente se deslocarão em amparo e atenção socorrista.
A medicina evangélica poderá ser o primeiro e principal lenitivo divino a transformar o coração que busca consolo, que busca luz, que busca esclarecimento de seus sofrimentos e de suas angústias; que lhe parecem ainda pesados problemas terrenos amarrados em sua Alma.
O Socorro Espiritual da Casa Espírita será como a chave a abrir os cadeados que juntam as correntes aos problemas da Alma.
Convém a preparação consciente dos trabalhadores terrenos quando se encaminham para as actividades santificantes da Casa Espírita:
estar de Alma leve, com o coração radioso e repleto de palavras do Evangelho.
Assim o trabalhador estará comprometido e completo para servir como partitura das actividades no Socorro Espiritual aos necessitados e desamparados que adentrarem no ambiente Espiritual.
A evangelização inicia, assim, com os trabalhos encarnados, na Casa Espírita.
Mas sua continuidade e seu prolongamento se darão com os trabalhos das Equipas Espirituais socorristas, que conduzirão o Espírito necessitado para as branduras de Amor, Paz e Fraternidade em alguma Colónia ou Cidade da Espiritualidade que acolherá a entidade encaminhada num ambiente de prosperidade na evangelização.
Que Deus ilumine a todos, hoje e sempre!
Irmão Aníbal.
http://espiritualidade2010.blogspot.com.br/…/socorro-espiri…
§.§.§- Ave sem Ninho
A função de toda a Casa Espírita que se dedica ao bem, em fazer o bem, é ter como missão principal a ajuda através do Evangelho; sua missão é em prestar o Socorro Espiritual.
Assim, sua principal providência está em formar um conjunto de trabalhadores dedicados e espiritualizados minimamente nas palavras do Mestre Jesus.
Esses também devem conhecer os fundamentos do Espiritismo:
mas não necessariamente em sua ciência, mas primordialmente em sua religião para que possam estabelecer a formosa ligação com nosso Pai Amado.
A finalidade da Casa é concretizar o caminho de luz para todos aqueles que se socorrem em tal universo Espiritual.
A Casa Espírita transforma a fundamentação filosófica do Irmão que pede socorro, encaminhando-o a Deus e a Jesus Cristo.
O Socorro Espiritual se faz ao decantar no coração sofrido um facho de luz que o conduz para um esclarecimento sobre sua condição e sobre suas necessidades evolutivas.
O Socorro Espiritual é um emaranhado de esforços a envolver encarnados e desencarnados; a envolver trabalhadores encarnados que como frutos de uma figueira, farão a partitura necessária para o timbre das Equipas Espirituais que prontamente se deslocarão em amparo e atenção socorrista.
A medicina evangélica poderá ser o primeiro e principal lenitivo divino a transformar o coração que busca consolo, que busca luz, que busca esclarecimento de seus sofrimentos e de suas angústias; que lhe parecem ainda pesados problemas terrenos amarrados em sua Alma.
O Socorro Espiritual da Casa Espírita será como a chave a abrir os cadeados que juntam as correntes aos problemas da Alma.
Convém a preparação consciente dos trabalhadores terrenos quando se encaminham para as actividades santificantes da Casa Espírita:
estar de Alma leve, com o coração radioso e repleto de palavras do Evangelho.
Assim o trabalhador estará comprometido e completo para servir como partitura das actividades no Socorro Espiritual aos necessitados e desamparados que adentrarem no ambiente Espiritual.
A evangelização inicia, assim, com os trabalhos encarnados, na Casa Espírita.
Mas sua continuidade e seu prolongamento se darão com os trabalhos das Equipas Espirituais socorristas, que conduzirão o Espírito necessitado para as branduras de Amor, Paz e Fraternidade em alguma Colónia ou Cidade da Espiritualidade que acolherá a entidade encaminhada num ambiente de prosperidade na evangelização.
Que Deus ilumine a todos, hoje e sempre!
Irmão Aníbal.
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§.§.§- Ave sem Ninho
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O Sofrimento e a Lei do Retorno
As tragédias que estão acontecendo no mundo, nos leva o pensamento ao sofrimento humano e as consequências que ele acarreta para as pessoas.
Além de estarmos passando por uma transição em nosso planeta, onde, muitas pessoas estão desencarnando, devemos nos ater também ao significado disso para nós do ponto de vista espiritual.
Geralmente, as tragédias mobilizam o sentimento das pessoas em direcção à caridade para com o próximo e à mudança de visão em relação aos problemas que irmãos nossos passam.
Problemas estes, que afligem pessoas que vivenciam outras realidades.
Todo mundo "acorda "um pouco quando acontece uma tragédia.
E acorda porque no íntimo já começa a despontar o desejo de ajuda ao próximo, o desejo de “amar ao próximo como a si mesmo”.
De uma catástrofe que nos causa sofrimento surge uma renovação do mesmo, no sentido de se mobilizarem forças para ajuda aos irmãos sofredores.
Muita gente tenta negar o sofrimento dizendo que é só nos conscientizarmos de que ele não existe para tudo ficar às claras e os problemas resolvidos.
Isso nos reporta ao fato de que nem todos nós passamos por sofrimentos cruéis e catástrofes em nossas vidas, mas, para aqueles irmãos que atravessam momentos difíceis, ele se mostra em toda a sua força, muitas vezes, impedindo-os de terem sequer o entendimento do que estão passando.
O problema do sofrimento, não temos como negar, está relacionado às nossas imperfeições e ao mundo onde estamos aprendendo, muitas vezes, pela dor, pelas desilusões e tragédias, inexplicáveis para muitos, mas que representam um acordar de consciência para o mundo onde vivemos.
Sem a aceitação de que viemos novamente para nos ajustarmos às leis divinas, fica difícil entender o sofrimento que muitos irmãos vivenciam.
Mesmo que tenha chegado a era da renovação para todos, o sofrimento do irmão é nosso também.
Estou falando aqui do sofrimento realmente devastador, como a tragédia ocorrida na Ásia, em que muitos irmãos pereceram de forma trágica, e muitas crianças ficaram órfãs e traumatizadas pelo resto de suas vidas.
O sofrimento que devemos considerar como normal na vida, capaz de superarmos por nós mesmos, é aquele que nos traz as desilusões, as preocupações, os problemas materiais e toda gama disso decorrente. Esses, temos como reverter, como pessoas conscientes em nosso poder interior, e de que merecemos viver com alegria e enfrentarmos os nossos próprios fantasmas, a fim de nos livrarmos deles e sairmos mais fortes.
São nossas acções equivocadas que vão nos acarretar toda uma gama de problemas, com suas consequências a perdurar através, muitas vezes, se nos acomodarmos, de uma vida inteira.
As acções que praticarmos certamente estarão sujeitas a lei natural de justiça, chamada de "causa e efeito" ou de "acção e reacção".
É através da lei do retorno, que nos tornamos responsáveis pelo que fizermos a nós mesmos, tanto quanto ao próximo.
Nós podemos semear livremente nossas acções, de acordo com o nosso livre arbítrio, mas, devemos estar preparados para a colheita resultante delas.
O livre arbítrio nos foi concedido por Deus para agirmos de acordo com o nosso pensamento, mas, se ainda estamos na sintonia do desamor, do egoísmo, do orgulho e presunção de sermos mais que nosso irmão, as acções semeadas não serão boas, e portanto, a colheita também não será das melhores.
Uma acção que se mostre prejudicial ao próximo ou a nós mesmos, dará ensejo a uma reacção contrária, de igual intensidade.
Eis o modo pelo qual a Lei do retorno nos ensina a não reincidirmos no erro.
Ela não nos castiga, e sim, corrige-nos dos erros cometidos.
Além de estarmos passando por uma transição em nosso planeta, onde, muitas pessoas estão desencarnando, devemos nos ater também ao significado disso para nós do ponto de vista espiritual.
Geralmente, as tragédias mobilizam o sentimento das pessoas em direcção à caridade para com o próximo e à mudança de visão em relação aos problemas que irmãos nossos passam.
Problemas estes, que afligem pessoas que vivenciam outras realidades.
Todo mundo "acorda "um pouco quando acontece uma tragédia.
E acorda porque no íntimo já começa a despontar o desejo de ajuda ao próximo, o desejo de “amar ao próximo como a si mesmo”.
De uma catástrofe que nos causa sofrimento surge uma renovação do mesmo, no sentido de se mobilizarem forças para ajuda aos irmãos sofredores.
Muita gente tenta negar o sofrimento dizendo que é só nos conscientizarmos de que ele não existe para tudo ficar às claras e os problemas resolvidos.
Isso nos reporta ao fato de que nem todos nós passamos por sofrimentos cruéis e catástrofes em nossas vidas, mas, para aqueles irmãos que atravessam momentos difíceis, ele se mostra em toda a sua força, muitas vezes, impedindo-os de terem sequer o entendimento do que estão passando.
O problema do sofrimento, não temos como negar, está relacionado às nossas imperfeições e ao mundo onde estamos aprendendo, muitas vezes, pela dor, pelas desilusões e tragédias, inexplicáveis para muitos, mas que representam um acordar de consciência para o mundo onde vivemos.
Sem a aceitação de que viemos novamente para nos ajustarmos às leis divinas, fica difícil entender o sofrimento que muitos irmãos vivenciam.
Mesmo que tenha chegado a era da renovação para todos, o sofrimento do irmão é nosso também.
Estou falando aqui do sofrimento realmente devastador, como a tragédia ocorrida na Ásia, em que muitos irmãos pereceram de forma trágica, e muitas crianças ficaram órfãs e traumatizadas pelo resto de suas vidas.
O sofrimento que devemos considerar como normal na vida, capaz de superarmos por nós mesmos, é aquele que nos traz as desilusões, as preocupações, os problemas materiais e toda gama disso decorrente. Esses, temos como reverter, como pessoas conscientes em nosso poder interior, e de que merecemos viver com alegria e enfrentarmos os nossos próprios fantasmas, a fim de nos livrarmos deles e sairmos mais fortes.
São nossas acções equivocadas que vão nos acarretar toda uma gama de problemas, com suas consequências a perdurar através, muitas vezes, se nos acomodarmos, de uma vida inteira.
As acções que praticarmos certamente estarão sujeitas a lei natural de justiça, chamada de "causa e efeito" ou de "acção e reacção".
É através da lei do retorno, que nos tornamos responsáveis pelo que fizermos a nós mesmos, tanto quanto ao próximo.
Nós podemos semear livremente nossas acções, de acordo com o nosso livre arbítrio, mas, devemos estar preparados para a colheita resultante delas.
O livre arbítrio nos foi concedido por Deus para agirmos de acordo com o nosso pensamento, mas, se ainda estamos na sintonia do desamor, do egoísmo, do orgulho e presunção de sermos mais que nosso irmão, as acções semeadas não serão boas, e portanto, a colheita também não será das melhores.
Uma acção que se mostre prejudicial ao próximo ou a nós mesmos, dará ensejo a uma reacção contrária, de igual intensidade.
Eis o modo pelo qual a Lei do retorno nos ensina a não reincidirmos no erro.
Ela não nos castiga, e sim, corrige-nos dos erros cometidos.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
Acções contrárias ao bem, de encarnações passadas, acarretam colheitas desagradáveis na presente existência.
Assim, se pautarmos nossas acções sem ferir nosso próximo, visando o bem, não só nosso como o dele, semearemos um futuro de felicidade e paz.
Precisamos entender o problema do sofrimento.
Ele não pode nos reter eternamente em suas malhas, porém, existem irmãos que estão expiando erros; tem gente que acha que tudo isso é bobagem, mas não é.
É a oportunidade bendita que Deus está proporcionando para que ajustemos a vibração visando nossa evolução espiritual.
Nós precisamos evoluir, e, se não entendermos que aquela atitude não está de acordo com as leis divinas, vamos praticá-la ainda por muito tempo, retardando o nosso crescimento espiritual.
A dor que nos chega precisa ser encarada sem revoltas, pois, muitas vezes, são provas ou expiações de que ainda carece o nosso Espírito.
A partir da aceitação dela, vamos encontrar as forças necessárias para sua superação.
Com o esclarecimento do sentido dela em nossas vidas, é que podemos resolver o problema em definitivo, e não nos revoltarmos com os sofrimentos.
Se tivermos uma fé raciocinada, nos sentiremos mais aptos para enfrentar as aflições.
Como nos diz Allan Kardec, (A Génese, Capítulo III):
"(...)Porém os males mais numerosos são aqueles que o homem criou para si, por seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de sua cobiça, de seus excessos em todas as coisas; aí está a causa das guerras e das calamidades que elas geram, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo mais forte, enfim, da maior parte das moléstias."
A lei de Causa e Efeito nos ajuda a entender os grandes infortúnios que muitos irmãos nossos sofrem, difíceis de aquilatar se não estivermos em sintonia com o amor e a misericórdia de nosso Pai maior.
São esses sofrimentos que não conseguem ser explicados por nenhuma teoria materialista, e não podemos simplesmente dizer:
você tem que conscientizar-se que não está sofrendo, você é dono de sua própria vida, pare de sofrer.
Deveríamos então falar:
Meu irmão, tenha forças.
Você não está sozinho, acredite em nosso criador.
Só ele pode curar-lhe o coração.
Fortaleça-se na fé.
Ela te ajudará a atravessar essa fase difícil.
Para aqueles que estão em sofrimentos penosos e afligentes, através das catástrofes e de violências atrozes, devemos oferecer o conforto não só da ajuda material, como da ajuda fraterna, moral e amiga, para fortalecer seus espíritos desalentados, ofertando-lhes uma vibração de amor, com o fim de acalmar seus corações.
Guilhermina Baptista Cruz
§.§.§- Ave sem Ninho
Assim, se pautarmos nossas acções sem ferir nosso próximo, visando o bem, não só nosso como o dele, semearemos um futuro de felicidade e paz.
Precisamos entender o problema do sofrimento.
Ele não pode nos reter eternamente em suas malhas, porém, existem irmãos que estão expiando erros; tem gente que acha que tudo isso é bobagem, mas não é.
É a oportunidade bendita que Deus está proporcionando para que ajustemos a vibração visando nossa evolução espiritual.
Nós precisamos evoluir, e, se não entendermos que aquela atitude não está de acordo com as leis divinas, vamos praticá-la ainda por muito tempo, retardando o nosso crescimento espiritual.
A dor que nos chega precisa ser encarada sem revoltas, pois, muitas vezes, são provas ou expiações de que ainda carece o nosso Espírito.
A partir da aceitação dela, vamos encontrar as forças necessárias para sua superação.
Com o esclarecimento do sentido dela em nossas vidas, é que podemos resolver o problema em definitivo, e não nos revoltarmos com os sofrimentos.
Se tivermos uma fé raciocinada, nos sentiremos mais aptos para enfrentar as aflições.
Como nos diz Allan Kardec, (A Génese, Capítulo III):
"(...)Porém os males mais numerosos são aqueles que o homem criou para si, por seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de sua cobiça, de seus excessos em todas as coisas; aí está a causa das guerras e das calamidades que elas geram, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo mais forte, enfim, da maior parte das moléstias."
A lei de Causa e Efeito nos ajuda a entender os grandes infortúnios que muitos irmãos nossos sofrem, difíceis de aquilatar se não estivermos em sintonia com o amor e a misericórdia de nosso Pai maior.
São esses sofrimentos que não conseguem ser explicados por nenhuma teoria materialista, e não podemos simplesmente dizer:
você tem que conscientizar-se que não está sofrendo, você é dono de sua própria vida, pare de sofrer.
Deveríamos então falar:
Meu irmão, tenha forças.
Você não está sozinho, acredite em nosso criador.
Só ele pode curar-lhe o coração.
Fortaleça-se na fé.
Ela te ajudará a atravessar essa fase difícil.
Para aqueles que estão em sofrimentos penosos e afligentes, através das catástrofes e de violências atrozes, devemos oferecer o conforto não só da ajuda material, como da ajuda fraterna, moral e amiga, para fortalecer seus espíritos desalentados, ofertando-lhes uma vibração de amor, com o fim de acalmar seus corações.
Guilhermina Baptista Cruz
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SEMANA SANTA - VISÃO ESPÍRITA
Todo ano, a cena se repete.
Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
1. Como o Espiritismo encara a Páscoa; Sexta-feira Santa"?;
2. Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
3. Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas.
Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
É importante destacar isso:
o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus.
Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita.
É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto".
Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos.
E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data...
Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data.
É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje.
E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações.
Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas.
Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade.
Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
1. Como o Espiritismo encara a Páscoa; Sexta-feira Santa"?;
2. Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
3. Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas.
Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
É importante destacar isso:
o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus.
Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita.
É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto".
Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos.
E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data...
Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data.
É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje.
E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações.
Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas.
Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade.
Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
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Re: ARTIGOS DIVERSOS I
A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não.
Ora, ou somos espíritas ou não somos!
Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!...
A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso.
São práticas de outras religiões, que repetimos respeitamos muito, mas não adoptamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direccionada aos espíritas.
Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objectivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas.
Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direccionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais actividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objectivo da abordagem é direccionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo.
O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos.
Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados.
E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE):
"O objectivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objectivo;
(...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja.
Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.
Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não!
Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objectivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.
§.§.§- Ave sem Ninho
Ora, ou somos espíritas ou não somos!
Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!...
A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso.
São práticas de outras religiões, que repetimos respeitamos muito, mas não adoptamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direccionada aos espíritas.
Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objectivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas.
Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direccionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais actividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objectivo da abordagem é direccionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo.
O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos.
Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados.
E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE):
"O objectivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objectivo;
(...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja.
Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.
Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não!
Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objectivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.
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O pensamento, a vontade e a verdade
“Conhecereis a Verdade e ela vos libertará” – este foi um dos enormes ensinamentos deixados há 2.000 anos pelo Mestre da Vida, Jesus Cristo.
Que verdade é essa de que o Mestre nos fala?
O mundo vive em insistente caos causado por nós; é muito fácil fugirmos a esta responsabilidade com afirmações de que não somos nós a causa da guerra, ou da fome, ou do caos, e por aí afora, mas todos esses horrores nascem da raiz do ser humano, daquilo que nos forma individualmente e, generalizado, constitui a sociedade.
A raiva ou o ódio individualizado que desponta esporadicamente contra um conhecido, em efeito colectivo, é o impulso ao início de uma guerra por parte de uma nação; a inércia que nos faz ficar em casa no tempo que poderíamos tirar a fome a alguém é a “alimentação” de uma fome planetária; todos os actos ou a falta deles de forma individual são a representação dos mesmos actos cometidos em grupos com efeitos de maior dimensão.
O início e a sustentação das coisas negativas no planeta são de fonte humana, porque, como Santo Agostinho afirma, o mal é nascido em nós, não existe de forma natural, e se nós, almas encarnadas, mentes ou consciências, como quiserem chamar, somos a fonte, o rio é o pensamento que desponta no mar das acções.
Jesus indica-nos que serão as nossas acções que serão “medidas”.
Por que as acções e não os pensamentos?
O que é o pensamento?
O pensamento é um fluxo impressionante de formas-energias geradas por nós, por outros encarnados, desencarnados, no presente ou no passado, que se movimentam em nosso planeta.
Estará esta afirmação correcta?
Incorrecta não está, poderá é estar incompleta.
Vejamos se assim é.
Podemos nós criar pensamentos?
Sem dúvida, somos seres pensantes que colocamos ideias e raciocínios fora de nós e em movimento na órbita terrestre, que chegarão aos que se afinizam com eles.
Poderão os pensamentos de outros encarnados chegar a nós?
É necessária uma afinização entre os seres, por vezes gerada por anos de companheirismo ou afinidade de desejos e formas de vida, mas não há dúvida que a transmissão de pensamentos entre encarnados é algo de muito comum, aliás não só de pensamentos, mas de sentimentos e emoções.
Entre desencarnados e encarnados?
O “sucesso” das obsessões é a maior prova de que a partilha ou imposições de pensamentos entre encarnados e desencarnados são uma realidade, não deixando dúvidas sobre este tema.
O Mestre Jesus aconselha-nos a vigiar constantemente nossos pensamentos, e continua o conselho para que oremos quando a tentação aparecer em forma-pensamento, aliás essa é a única forma em que esta pode aparecer.
Existe um movimento impressionante na mente, comum a todos nós e repetitivo – pensamento, nascimento da vontade ou desejo, acção.
Saltando o meio teremos a acção após o pensamento e isto nos parece tão natural que nem nos traz dúvidas, mas a minha dúvida está no princípio.
Se nem todos os pensamentos são meus, como vimos atrás, por que ajo após estes de forma inquestionável parecendo o trem e as carruagens?
Não seria lógico colocarmos em questão cada pensamento que aparece em nós?
Há milhares de anos que viemos reencarnando, estando habituados a esse movimento, e ele funciona de tal forma sincronizado que muitas das vezes, segundo a espiritualidade, não nos conseguimos libertar nem quando desencarnamos.
A forma como agimos instintivamente depois de pensarmos tornou-se uma natureza humana, e é demonstrada pela minha forma de estar que o “pensamento é meu”, uma posse do ser.
Que verdade é essa de que o Mestre nos fala?
O mundo vive em insistente caos causado por nós; é muito fácil fugirmos a esta responsabilidade com afirmações de que não somos nós a causa da guerra, ou da fome, ou do caos, e por aí afora, mas todos esses horrores nascem da raiz do ser humano, daquilo que nos forma individualmente e, generalizado, constitui a sociedade.
A raiva ou o ódio individualizado que desponta esporadicamente contra um conhecido, em efeito colectivo, é o impulso ao início de uma guerra por parte de uma nação; a inércia que nos faz ficar em casa no tempo que poderíamos tirar a fome a alguém é a “alimentação” de uma fome planetária; todos os actos ou a falta deles de forma individual são a representação dos mesmos actos cometidos em grupos com efeitos de maior dimensão.
O início e a sustentação das coisas negativas no planeta são de fonte humana, porque, como Santo Agostinho afirma, o mal é nascido em nós, não existe de forma natural, e se nós, almas encarnadas, mentes ou consciências, como quiserem chamar, somos a fonte, o rio é o pensamento que desponta no mar das acções.
Jesus indica-nos que serão as nossas acções que serão “medidas”.
Por que as acções e não os pensamentos?
O que é o pensamento?
O pensamento é um fluxo impressionante de formas-energias geradas por nós, por outros encarnados, desencarnados, no presente ou no passado, que se movimentam em nosso planeta.
Estará esta afirmação correcta?
Incorrecta não está, poderá é estar incompleta.
Vejamos se assim é.
Podemos nós criar pensamentos?
Sem dúvida, somos seres pensantes que colocamos ideias e raciocínios fora de nós e em movimento na órbita terrestre, que chegarão aos que se afinizam com eles.
Poderão os pensamentos de outros encarnados chegar a nós?
É necessária uma afinização entre os seres, por vezes gerada por anos de companheirismo ou afinidade de desejos e formas de vida, mas não há dúvida que a transmissão de pensamentos entre encarnados é algo de muito comum, aliás não só de pensamentos, mas de sentimentos e emoções.
Entre desencarnados e encarnados?
O “sucesso” das obsessões é a maior prova de que a partilha ou imposições de pensamentos entre encarnados e desencarnados são uma realidade, não deixando dúvidas sobre este tema.
O Mestre Jesus aconselha-nos a vigiar constantemente nossos pensamentos, e continua o conselho para que oremos quando a tentação aparecer em forma-pensamento, aliás essa é a única forma em que esta pode aparecer.
Existe um movimento impressionante na mente, comum a todos nós e repetitivo – pensamento, nascimento da vontade ou desejo, acção.
Saltando o meio teremos a acção após o pensamento e isto nos parece tão natural que nem nos traz dúvidas, mas a minha dúvida está no princípio.
Se nem todos os pensamentos são meus, como vimos atrás, por que ajo após estes de forma inquestionável parecendo o trem e as carruagens?
Não seria lógico colocarmos em questão cada pensamento que aparece em nós?
Há milhares de anos que viemos reencarnando, estando habituados a esse movimento, e ele funciona de tal forma sincronizado que muitas das vezes, segundo a espiritualidade, não nos conseguimos libertar nem quando desencarnamos.
A forma como agimos instintivamente depois de pensarmos tornou-se uma natureza humana, e é demonstrada pela minha forma de estar que o “pensamento é meu”, uma posse do ser.
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