LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS I

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 08, 2017 9:07 pm

O egoísmo procurou vendar-me os olhos, sugerindo os enjeitasse; contudo, a maternidade sofredora me ajudava a vencer no combate do coração.
O ciúme alvitrava o desespero e o crime, mormente quando surgiam as mães tranquilas e afortunadas, ao meu olhar; todavia, o beijo de minhas pobres crianças atormentadas convidava-me à gratidão pela caridade pública, a humildade e ao entendimento.
Nunca tive pouso certo, como nunca dispus de parentes que me solucionassem as necessidades.
Vagueei mendigando nos caminhos, errando sem direcção, invariavelmente acompanhada pelos quatro meninos desditosos, que se transformaram em sentenciados adultos, cheios de necessidades.
Ambos os aleijados partiram mais cedo para o sepulcro, o leproso desencarnou algum tempo depois e o cego andou comigo, por mais de quarenta anos.
Suportei sede, fome, privações e conheci de perto a enfermidade e a aflição, com os filhos amargurados, agonizantes ou insepultos...
Ao completar, porém, os setenta anos, achava-me liberta do trio maldito.
A morte surpreendeu-me totalmente renovada e, com as bênçãos divinas, pude entoar o meu cântico de vitória.
Silenciou a nobre Diana, sob a nossa viva emoção.
A sublime narrativa revelava nova interpretação da luta terrestre.
Ante a quietude que nos assaltara, concluiu a mensageira do bem, com vibrante expressão:
— Segundo verificam, sou devedora insolvável para com os nossos irmãos do purgatório'>purgatório escuro.
Em companhia deles, na reencarnação terrestre, aprendi lições que muitos séculos de aprendizado pacífico não me puderam ensinar, à vista de minha rebeldia e viciação;
E tão grande é a minha alegria e tão bela a minha noção de vitória individual que, se rastejasse nas trevas, por alguns milénios, a fim de servi-los, não lhes pagaria, em tese-hipótese alguma, quanto lhes fiquei a dever para a eternidade.

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty DEPOIMENTO DE UMA SUICIDA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 09, 2017 8:04 pm

CONTANDO COMO FICOU DEPOIS QUE DEIXOU O CORPO, EM ENTREVISTA AO IRMÃO X (HUMBERTO DE CAMPOS).
Aqui vai, meu amigo, a entrevista rápida que você solicitou ao velho jornalista desencarnado com uma suicida comum.
Sabe você, quanto eu, que não existem casos absolutamente iguais.
Cada um de nós é um mundo por si. Para nosso esclarecimento, porém, devo dizer-lhe que se trata de jovem senhora que, há precisamente catorze anos, largou o corpo físico, por deliberação própria, ingerindo formicida.
Mais alguns apontamentos, já que não podemos transformar o doloroso assunto em novela de grande porte:
ela se envenenou no Rio, aos trinta e dois de idade, deixando o esposo e um filhinho em casa; não era pessoa de cultura excepcional, do ponto de vista de cérebro, mas caracterizava-se, na Terra, por nobres qualidades morais, moça tímida, honesta, operosa, de instrução regular e extremamente devotada aos deveres de Esposa e Mãe.
Passemos, no entanto, às suas onze questões e vejamos as respostas que ela nos deu e que transcrevo, na íntegra:
A irmã possuía alguma fé religiosa, que lhe desse convicção na vida depois da morte?
Seguia a fé religiosa, como acontece a muita gente que acompanha os outros no jeito de crer, na mesma situação com que se atende aos caprichos da moda.
Para ser sincera, não admitia fosse encontrar a vida aqui, como a vejo, tão cheia de problemas ou, talvez, mais cheia de problemas que a minha existência no mundo.
Quando sobreveio a morte do corpo, ficou inconsciente ou consciente?
Não conseguia sequer mover um dedo, mas, por motivos que ainda não sei explicar, permaneci completamente lúcida e por muito tempo.
Quais as suas primeiras impressões ao verificar-se desencarnada?
Ao lado de terríveis sofrimentos, um remorso indefinível tomou conta de mim.
Ouvia os lamentos de meu marido e de meu filho pequenino, debalde gritando também, a suplicar socorro.
Quando o rabecão me arrebatou o corpo imóvel, tentei ficar em casa mas não pude.
Tinha a impressão de que eu jazia amarrada ao meu próprio cadáver pelos nós de uma corda grossa.
Sentia em mim, num fenómeno de repercussão que não sei definir, todos os baques do corpo ao veículo em correria; atirada com ele a um compartimento do necrotério, chorava de enlouquecer.
Depois de poucas horas, notei que alguém me carregava para a mesa de exame.
Vi-me desnuda de chofre e tremi de vergonha.
Mas a vergonha fundiu-se no terror que passei a experimentar ao ver que dois homens moços me abriam o ventre sem nenhuma cerimónia, embora o respeitoso silêncio com que se davam à pavorosa tarefa.
Não sei o que me doía mais, se a dor indescritível que me percorria a forma, em meu novo estado de ser, quando os golpes do instrumento cortante me rasgavam a carne.
Mas, o martírio não ficou nesse ponto, porque eu, que horas antes me achava no conforto de meu leito doméstico, tive de aguentar duches de água fria na vísceras expostas, como se eu fosse um animal dos que eu vira morrer, quando menina, no sítio de meu pai...
Então, clamei ainda mais por socorro, mas ninguém me escutava, nem via...
Recorreu à prece no sofrimento?
Sim, mas orava, à maneira dos loucos desesperados, sem qualquer noção de Deus...
Achava-me em franco delírio de angústia, atormentada por dores físicas e mentais...
Além disso, para salvar o corpo que eu mesma destruíra, a oração era um recurso de que lançava mão, muito tarde.
Encontrou amigos ou parentes desencarnados, em suas primeiras horas no plano espiritual?
Hoje sei que muitos deles procuravam auxiliar-me, mas inutilmente, porque a minha condição de suicida me punha em plenitude de forças físicas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 09, 2017 8:05 pm

As energias do corpo abandonado como que me eram devolvidas por ele e me achava tão materializada em minha forma espiritual quanto na forma terrestre.
Sentia-me completamente sozinha, desamparada...
Assistiu ao seu próprio enterro?
Com o terror que o meu amigo é capaz de imaginar.
Não havia Espíritos benfeitores no cemitério?
Sim, mas não poderia vê-los.
Estava mentalmente cega de dor.
Senti-me sob a terra, sempre ligada ao corpo, como alguém a se debater num quarto abafado, lodoso e escuro...
Que aconteceu em seguida?
Até agora, não consigo saber quanto tempo estive na cela do sepulcro, seguindo, hora a hora, a decomposição de meus restos...
Houve, porém, um instante em que a corda magnética cedeu e me vi libertada.
Pus-me de pé sobre a cova.
Reconhecia-me fraca, faminta, sedenta, dilacerada...
Não havia tomado posse de meus próprios raciocínios, quando me vi cercada por uma turma de homens que, mais tarde, vim a saber serem obsessores cruéis.
Deram-me voz de prisão.
Um deles me notificou que o suicídio era falta grave, que eu seria julgada em corte de justiça e que não me restava outra saída, senão acompanhá-los ao Tribunal.
Obedeci e, para logo, fui por eles encarcerada em tenebrosa furna, onde pude ouvir o choro de muitas outras vítimas.
Esses malfeitores me guardaram em cativeiro e abusavam da minha condição de mulher, sem qualquer noção de respeito ou misericórdia...
Somente após muito tempo de oração e remorso, obtive o socorro de Espíritos missionários, que me retiraram do cárcere, depois de enormes dificuldades, a fim de me internarem num campo de tratamento.
Por que razão decidiu matar-se?
Ciúmes de meu esposo, que passara a simpatizar com outra mulher.
Julga que a sua atitude lhe trouxe algum benefício?
Apenas complicações.
Após seis anos de ausência, ferida por terríveis saudades, obtive permissão para visitar a residência que eu julgava como sendo minha casa no Rio.
Tremenda surpresa!...
Em nada adiantara o suplício.
Meu esposo, moço ainda, necessitava de companhia e escolhera para segunda esposa a rival que eu abominava...
Ele e meu filho estavam sob os cuidados da mulher que suscitava ódio e revolta...
Sofri muito em meu orgulho abatido.
Desesperei-me.
Auxiliada pacientemente, contudo, por Instrutores caridosos, adquiri novos princípios de compreensão e conduta...
Estou aprendendo agora a converter aversão em amor.
Comecei procedendo assim por devotamento ao meu filho, a quem ansiava estender as mãos, e só possuía, no lar, as mãos dela, habilitadas a me prestarem semelhante favor...
A pouco e pouco, notei-lhe as qualidades nobres de carácter e coração e hoje a amo, deveras, por irmã de minh’alma...
Como pode observar, o suicídio me intensificou a luta íntima e me impôs, de imediato, duras obrigações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 09, 2017 8:06 pm

Que aguarda para o futuro?
Tenho fome de esquecimento e de paz.
Trabalho de boa vontade em meu próprio burilamento e qualquer que seja a provação que me espere, nas corrigendas que mereço, rogo à Compaixão Divina me permita nascer na Terra, outra vez, quando então conto retornar o ponto de evolução em que estacionei, para consertar as terríveis consequências do erro que cometi.
Aqui, meu caro, termina o curioso depoimento em que figurei na posição de seu secretário.
Sinceramente, não sei porque você deseja semelhante entrevista com tanto empenho.
Se é para curar doentia ansiedade em pessoa querida, inclinada a matar-se, é possível que você alcance o objectivo almejado.
Quem sabe?
O amor tem força para converter e instruir.
Mas se você supõe que esta mensagem pode servir de instrumento para alguma transformação na sociedade terrena, sobre os alicerces da verdade espiritual, não estou muito certo quanto ao êxito do tenta-me.
Digo isso, porque, se estivesse aí, no meu corpo de carne, entre o frango assado e o café quente, e se alguém me trouxesse a ler a presente documentação, sem dúvida que eu julgaria tratar-se de uma história da carochinha.

Livro Estante da Vida.

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Crianças médiuns e o desafio da educação

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 10, 2017 7:46 pm

Seu filho tem um amigo "imaginário" ou costuma falar sozinho?
Geralmente quando pensamos em mediunidade e em obsessão pensamos sempre no acometimento do indivíduo adulto.
Mas e a criança pode ser médium?
Pode também ser obsediada?

A criança que nos chega aos braços como pais ou educadores é um espírito imortal.
A inocência e a fragilidade que lhe caracterizam são peculiares ao seu estado infantil nesta encarnação.
São importantes sim a inocência e a fragilidade, para despertar nos pais o cuidado, o afecto e a ternura para com a criança, que em verdade é um espírito com experiências milenares.
Todo espírito somente reencarna com o objectivo de se melhorar e progredir.
Os pais e os educadores portanto, são instrumentos que Deus se utiliza para o auxiliarem nessa nova experiência na aquisição de valores novos e superiores da vida.
No Livro dos Médiuns Allan Kardec trás de forma detalhada o que vem a ser a mediunidade, como ela se manifesta, as suas características, os cuidados necessários, as responsabilidades e consequências de seu uso.
E nos fala também da mediunidade da criança.
Sim, a criança pode ser médium.
Temos vários exemplos, como o das irmãs Fox, que em Hydesville, nos Estados Unidos em 1848, eram médiuns de efeitos físicos.
Kate e Margareth, de 11 e 14 anos respectivamente.
Se comunicaram através da tiptografia ou uso de pancadas onde o espírito Charles Rosna disse detalhes de sua vida e de sua morte que ocorrera naquela casa onde se achavam.
Francisco Cândido Xavier desde seus 5 anos de idade via e se comunicava com sua mãe já desencarnada.
A mãezinha lhe aparecia principalmente quando sofria maus tratos por parte da madrasta.
Yvone do Amaral Pereira, que publicou diversos livros espíritas, portadora de uma mediunidade muito aflorada, desde os 4 anos conversava com os espíritos.
Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, também desde os 4 anos via os espíritos.
Aos 5 tinha um amigo índiozinho chamado Jaguarassu.
Brincavam juntos, conversavam...
A medida que Divaldo crescia, Jaguarassu crescia também.
Quando Divaldo fez 12 anos, Jaguarassu disse a Divaldo que teria de se afastar, pois estava se preparando para reencarnar.
Divaldo teve um susto, pois pensou que Jaguarassu era uma pessoa encarnada.
Após um tempo Divaldo teve oportunidade de conhecer Jaguarassu em sua nova reencarnação, que durou 38 anos.
Após seu desencarne tornou a aparecer a Divaldo, porém agora com a aparência da última existência.
A mediunidade é uma faculdade espiritual e também orgânica.
Espiritual pois é uma faculdade do espírito, mas orgânica pois que quando exercida por encarnados necessita de órgãos especiais no corpo físico para captar as informações que são decodificadas.
André Luiz no livro Missionários da Luz tem um capítulo entitulado A epífise, onde ele aborda a importância da glândula pineal como o órgão sede da mediunidade no corpo biológico.
A glândula pineal é uma estrutura do cérebro e tem a sua função despertada na puberdade.
Sérgio Felipe de Oliveira, psiquiatra, realizou uma pesquisa utilizando-se de equipamentos de microscopia electrónica e de ressonância magnética, onde concluiu que nos médiuns ostensivos, ou seja, aqueles com mediunidade mais aflorada, na glândula pineal destes há um número maior de cristais de apatita.
Estes cristais de apatita não são calcificações.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 10, 2017 7:47 pm

São estruturas funcionais que agiriam como antenas capazes de captar estímulos electromagnéticos e decodificá-los em estímulos neuroquímicos, que são os que o cérebro seria capaz de compreender.
Kardec no Livro dos Médiuns estudou no cap. XVIII sobre a mediunidade em crianças, se haveria algum inconveniente em se desenvolver a mediunidade em tenra idade.
Os benfeitores disseram que sim.
Que não se deve estimular a mediunidade numa fase em que os órgãos ainda estão em formação.
Seria precipitado e poderia causar estímulos que a criança poderia não assimilar de forma saudável.

A obsessão
A criança sendo médium, porque todos o somos, também está sujeita a influência espiritual.
Quando a influência é negativa, perniciosa, persistente é chamada de obsessão.
A obsessão pode ser definida como uma patologia de ordem espiritual.
Kardec estudou também no Livro dos Médiuns a escala da obsessão conforme o grau de domínio do espírito obsessor sobre o hospedeiro.
Designou com os seguintes termos: Obsessão simples, fascinação e subjugação.
O nome subjugação foi uma escolha de Kardec em substituição a terminologia encontrada no Antigo Testamento e no Novo Testamento com o nome de possessão.
O Codificador adoptou este termo pois nenhum espírito entra no corpo do hospedeiro, o que ocorre é uma ligação de mente a mente face a sintonia existente entre ambos.
Um ponto interessante é que no CID 10 – Código Internacional de Doenças 10ª edição existe o F 44.3 Estado de transe e possessão.
Ou seja, este estado de subjugação é avaliado e reconhecido pela medicina, porém geralmente é visto como um transtorno de causa orgânica ou psicogénica ou quem sabe espiritual.
O facto é que aquele que agora é o obsessor foi alguém que geralmente conviveu de forma muito próxima com a actual vítima e que foi ludibriado e que não tendo perdoado busca fazer justiça com as próprias mãos.
É claro que o desforço não é necessário.
A divindade dispõe sempre de meios onde possa equilibrar os desvios da Lei Divina sem que ocorra a necessidade de que alguém se comprometer com o mal.
Assim, a criança que agora utiliza-se de um corpo novo, pode ser na verdade um espírito cujo passado foi muito comprometido no mal.
A família que de alguma forma lhe padece as dificuldades decorrentes da obsessão pode muitas vezes ter sido partícipe do seu comprometimento ou mesmo estimuladora das imperfeições que agora abrem campo ao processo obsessivo.
Manoel Philomeno de Miranda, espírito, através da mediunidade de Divaldo Franco em seu livro Trilhas da libertação diz que:
Não desconhecemos que a obsessão na infância tem um carácter expiatório, como efeito de acções danosas de curso mais grave.
(...) A visão do Espiritismo em relação à criança obsediada é holística, pois que não a dissocia, na sua forma actual, do adulto de ontem quando contraiu o débito.
O processo obsessivo logicamente trás algumas alterações comportamentais perceptíveis na criança.
Podemos desta forma encontrar sintomas associados a obsessão na infância como: Irritabilidade, agitação, depressão, pesadelos, falta de concentração, dificuldades nas relações sociais, agressividade, comportamentos excêntricos, acidentes, personalidade instável, dificuldades de aprendizagem e medo injustificado.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 10, 2017 7:48 pm

Como tratamento proposto pela Doutrina Espírita, encontramos o tratamento fluidoterápico como o passe magnético e a água fluidificada em abundância, o culto do evangelho no lar, a participação da criança nas aulas de evangelização infantil, a prece intercessória em favor do pequeno paciente e a reunião de desobsessão sem a participação da criança na mesma.
Sabemos que a incidência da obsessão na infância mostra-se como uma prova ou expiação de difícil curso.
Mas demonstra principalmente a necessidade de maiores cuidados por parte dos pais quanto à moral e índole do pequenino e também da própria família.
A mensagem da Doutrina Espírita é a do Cristo, é a da renovação, da esperança, tendo-se em mente que realizado o tratamento, a criança poderá levar uma vida completamente normal e feliz com um futuro promissor rumo a Deus.
Aos pais que passam por situação semelhante em relação aos filhinhos, recordamo-nos de Jesus quando curou a filhinha subjugada da mulher Cananéia.
–Oh! Mulher! Grande é a tua fé.
Seja isso feito para contigo, como tu desejas.
E desde aquela hora, sua filha foi curada. (Mateus 15: 28)

Rodrigo Ferretti

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty A VIDA NO MUNDO ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 11, 2017 8:26 pm

”COMO É A ALIMENTAÇÃO DOS DESENCARNADOS.”?
Como é a alimentação das pessoas desencarnadas (ou seja, que habitam a dimensão vibratória conhecida como “mundo espiritual”)?
E qual o sistema fisiológico do nosso corpo espiritual (veículo físico utilizado na outra dimensão)?*
André Luiz explica a forma de alimentação dos desencarnados e a suas consequências fisiológicas no livro “Evolução em Dois Mundos”, p. 211/212, 25ª edição):
“Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no autor reajustamento, provoca os fenómenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espectacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do plano espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da esfera superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos subtilizados ou sínteses quimo-eletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projecções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade.
Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum”.
Dessa explicação de André Luiz, podemos concluir alguns pontos a respeito da alimentação daqueles que habitam a dimensão vibratória “Mundo Espiritual”:
I – Conforme a mente esteja viciada na alimentação grosseira desta dimensão (a nossa), ao desencarnar, naturalmente a pessoa possuirá a necessidade de uma alimentação parecida.
Nesse caso, se a pessoa não foi beneficiada com uma desencarnação assistida, ficará, em regra, próximo aos seus afins encarnados, absorvendo as vibrações emanadas da alimentação deles, até que um dia receba alguma espécie de socorro espiritual, do contrário passará anos e poderá até desenvolver quadro de obsessão.
Porém, se a desencarnação foi assistida por amigos espirituais (e isso ocorre quando há méritos, méritos adquiridos na prática do bem/caridade), a pessoa será levada a um Hospital (ou instituto similar) na outra dimensão, onde receberá ajuda necessária.
Caso, a pessoa ainda esteja “viciada” na alimentação grosseira, ela receberá preparados que imitam a sensação da alimentação terrena.
No livro “Senhores da Escuridão”, de Robson Pinheiro, espírito Ângelo Inácio, há a explicação de que há preparados que imitam até mesmo o sabor da carne animal.
Porém, esta alimentação mais pesada vibracionalmente somente ocorre nas faixas vibratórias mais densas do “Mundo Espiritual”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 11, 2017 8:26 pm

Ou seja, para ascender para faixas vibratórias mais subtis, torna-se necessário depurar também a alimentação.
II – Há locais apropriados para ajudar na adaptação alimentar, auxiliando na transição da alimentação mais grosseira para a mais subtil.
III – Todo pensamento emite vibrações e estas vibrações também são formas de alimentação.
Disso resulta que nosso corpo espiritual absorve as vibrações afins, facto que ocorre inclusive quando estamos encarnados repercutindo nos corpo físico.
IV – Da mesma forma que aqui, lá também há a necessidade de expelir os excessos de alimentos não absorvidos pelo corpo espiritual (veículo físico da dimensão vibratória “mundo espiritual”).
Ocorre que, quanto mais subtil for a alimentação, mais subtil e diferente será a forma de expelir esses excesso (dispensando, conforme o nível atingido, os procedimentos adoptados por nós).
O que, via contrária, leva-nos ao facto de que aqueles desencarnados que se alimentam das comidas densas (preparados que imitam a alimentação dos encarnados), possuirão as necessidades fisiológicas iguais às nossas, os encarnados.

Breno Costa

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Espiritismo de Chico e Divaldo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 12, 2017 7:59 pm

Chico e Divaldo
Existem blogs na internet criados exclusivamente para falar mal de Chico e Divaldo.
Um deles, se não me engano do falecido Jorge Murta, chega a ter os dizeres:
“aqui não tem chiquismo e divaldismo”.
É uma pena que nós cheguemos a esses extremos.
Chico e Divaldo são excelentes trabalhadores, merecem todo o nosso respeito.
As suas obras são de valor inestimável.
Mas eu quero chamar a atenção aqui para uma questão que é uma tendência – talvez uma tendência natural do ser humano, que é a formação de ídolos.
O Espiritismo surge como a Doutrina dos Espíritos.
Não é a doutrina de um homem, de um espírito.
É a Doutrina dos espíritos, que fala sobre os espíritos – e a Doutrina é dirigida aos espíritos – que somos nós.
Idolatria no Espiritismo é um contra-senso terrível.
O Espiritismo como Doutrina libertadora, como fé raciocinada vem justamente nos libertar das amarras de dependência que nós criamos.
Passamos séculos dependendo de líderes supostamente religiosos para todos os actos importantes da vida civil.
Em praticamente todo o Ocidente, pelo menos até a Renascença, nós éramos dependentes da Igreja desde o nascimento (precisávamos ser baptizados, senão estaríamos condenados por sermos pagãos) até a morte (precisávamos da extrema-unção para nos livrar dos pecados).
Hoje nós sabemos – ou pelo menos deveríamos saber – que a nossa salvação depende exclusivamente de nós mesmos.
E aqui temos que falar de Chico e Divaldo.
Chico nunca se colocou como um líder.
Pelo contrário.
Era um exemplo de humildade, e se ele se sobressaiu, para muito além dos limites do Movimento Espírita, foi por conta do seu trabalho.
Infelizmente Chico já não é lembrado, por grande parte do Movimento Espírita, como o grande trabalhador que foi.
Chico é visto como uma figura lendária, acima do Bem e do Mal.
O Divaldo ainda está entre nós, mas já é encarado por muitos como um espécie de santo.
Qualquer coisa que ele diga, qualquer declaração (às vezes coisas banais, corriqueiras) é motivo de celebração e idolatria.
Chico e Divaldo não são responsáveis por isso.
Os responsáveis por isso são os seus admiradores mais fervorosos que extrapolam a condição de admiração e beiram a idolatria.
Não precisamos de ídolos.
Não precisamos nem de modelos.
Se você é espírita, deve ter sempre em mente a questão 625 de O Livro dos Espíritos:
“Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo?”
– “Vede Jesus”.
Jesus é o nosso modelo e guia.
Não precisamos de outro.
Mas Chico e Divaldo são óptimos espíritos, são nossos contemporâneos, qual é o problema em ter eles como modelo?
O problema é que quando nós idolatramos alguém (e é isso que acontece) nós acatamos as opiniões pessoais dos nossos ídolos como se fossem verdades absolutas.
Eles podem ser grandes espíritos, podem produzir excelentes obras, mas continuam sendo espíritos cheios de falhas de carácter assim como nós.
Um pouco melhores, mas ainda em plena escalada evolutiva.
Além disso, a missão deles é a missão deles; algo bem particular, específico.
Nós temos as nossas pequenas tarefas e o nosso foco deve ser o cumprimento das nossas tarefas a partir dos nossos próprios recursos.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 12, 2017 7:59 pm

Porque essa tendência de idolatrar pessoas?
Porque, no fundo, esperamos que elas façam por nós aquilo que nós mesmos devemos fazer.
Os grandes líderes políticos de massa, por que eles são tão idolatrados?
Porque o povo espera que eles resolvam os seus problemas; os líderes religiosos, por que são idolatrados?
Porque os fiéis esperam que eles resolvam os seus problemas.
O espírita não é um ser melhor do que os outros só porque é espírita.
Existe, sim, essa tendência à terceirização.
Eu rezo pro Chico e o Chico vai resolver os meus problemas.
Eu ouço uma palestra do Divaldo, ele diz um monte de coisas que eu quero ouvir, fecho os meus ouvidos para duas ou três coisas que ele disser que eu não quero ouvir e assim eu faço “a minha reforma íntima”.
Faz nada!
Não faz coisa nenhuma!
Se você não percebeu ainda que nós somos seres com exactamente as mesmas possibilidade de Chico, Divaldo e qualquer outro, você não entendeu nada!
Qual é a real diferença deles para nós?
Eles se esforçam mais.
São mais disciplinados, põe o dever acima da comodidade.
O resto é apenas consequência da caminhada de cada um – o que realmente nos diferencia é isso.
Então não adianta se iludir formando santos e criando uma atmosfera de misticismo em torno dessas pessoas.
Se queremos homenageá-los devemos trabalhar em benefício do próximo.
Se queremos mostrar a eles o nosso reconhecimento temos que estudar para nos esclarecer cada vez mais e trabalhar em benefício do próximo.
O resto é conversa para boi dormir.
Nosso modelo e guia é Jesus, não é Chico nem Divaldo.
As opiniões de Chico e Divaldo são apenas isso: opiniões.
Merecem e devem ser analisadas.
Assim como isso que eu estou dizendo aqui.
Você tem todo o direito de não concordar.
Mas de preferência use a razão; não venha com argumentos emocionais.
Você é o responsável pela sua evolução.
Só você pode fazer de você mesmo um ser melhor.
Não copiando alguém ou tomando as opiniões de alguém ao pé da letra.
Mas desenvolvendo as suas melhores características, respeitando a sua maneira de ser, pensando com a sua própria cabeça.

Você tem que pensar com a sua cabeça.
Você tem que ter a sua opinião, o seu entendimento.
Não na base do “ouvi falar”, mas fazendo as suas próprias experiências.

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty O QUE SENTEM OS BEBÉS

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 13, 2017 8:39 pm

Algumas pessoas se mostram surpresas ao saber que as crianças, antes de nascer, conseguem apreender os pensamentos e sentimentos da mãe.
O que se passou durante o período da sua gestação, em âmbito familiar, conjugal, de alguma forma elas percebem e traduzem ao nascer.
O regente Boris Brott, da Orquestra Filarmónica de Ontário, Canadá, conta que, por vezes, ficava perplexo com a facilidade com que dirigia certos trechos musicais, antes de os ter estudado.
Dirigia uma partitura pela primeira vez e, de repente, as notas para violoncelo surgiam na sua mente, como se ele já conhecesse a sequência da peça, mesmo antes de ter virado a página.
Ele falou no assunto para sua mãe, que é violoncelista profissional.
A questão era intrigante pois era sempre a partitura para violoncelo que ele parecia conhecer antecipadamente.
Quando disse à mãe quais eram as obras, o mistério rapidamente se desvendou.
Ela tinha ensaiado todas aquelas partituras, para um recital, enquanto estava grávida.
O Dr. Gerhard Rottmann, da Universidade de Salzburgo, na Áustria, realizou um estudo, que envolveu quase 150 mulheres, da gravidez até o parto.
Concluiu que a atitude da mãe tinha uma influência decisiva sobre a evolução da criança.
Por isso, dividiu as mulheres em quatro categorias emocionais.
1ª - mães ideais - as que desejavam a criança, tanto consciente como inconscientemente.
Tinham uma gravidez fácil, um parto sem complicações e uma criança saudável, física e emocionalmente.
2ª categoria - mães ansiosas - as que tinham atitudes negativas para com o bebé.
Apresentavam os mais complicados problemas médicos durante a gravidez.
Davam à luz elevado número de crianças prematuras, de baixo peso e emocionalmente perturbadas.
3ª categoria - mães ambivalentes - as que aparentavam felicidade, mas só aparentavam.
Depois do parto, um número invulgar de crianças apresentava problemas de comportamento e perturbações gastrintestinais.
4ª categoria - mães indiferentes - tinham várias razões para não desejarem ter filhos: uma carreira, problemas financeiros e não estavam preparadas para o papel de mães.
Mesmo assim, em seu subconsciente, elas desejavam a gravidez.
Os filhos receberam ambas as mensagens, o que parecia lhes causar confusão.
Depois do parto, muitas dessas crianças revelaram-se apáticas e letárgicas.
Os pais, por sua vez, não deixam de influenciar, igualmente, os bebés.
Algumas pesquisas demonstraram que a criança pode identificar a voz do pai, mesmo dentro do ventre materno.
Depois de nascer, ela reage a essa voz quando a ouve.
Pode parar de chorar, ao ouvi-la.
É como se transmitisse ao bebé um sentimento de segurança o som familiar e tranquilizador da voz paterna.
Todas essas descobertas, com certeza, podem revolucionar a atitude dos pais com relação aos filhos.
Mães e pais descobrem que têm uma oportunidade ímpar de influenciar os filhos, antes deles nascerem.
Também de criar laços afectivos que condicionarão a sua felicidade e o seu bem-estar, não só no seio materno, mas durante toda a vida.
Os bebés reagem bem às batidas cardíacas da mãe.
Um hospital fez ouvir gravação das batidas cardíacas de uma mãe num berçário cheio de bebés recém-nascidos.
Nos dias em que se ouvia a gravação, os bebés se comportavam de modo diferente.
Respiravam melhor, comiam mais, dormiam mais e adoeciam menos vezes.
O feto pode ouvir distintamente, a partir do sexto mês de vida intra-uterina.
Também é sensível à música, podendo se descontrair com um clássico, e ter uma reacção oposta com música rock.

Pense nisso!

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty DESENCARNADOS QUE VOLTAM PARA CASA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 14, 2017 8:45 pm

SOFRIMENTO PARA ELES E PARA OS QUE FICAM!”
Caso interessante e bastante ilustrativo das consequências da imprevidência de uns e da ganância de outros, foi o de um Pai recém-desencarnado em hospital e que retornou para o ambiente doméstico, atendendo aos automatismos mentais comuns nesses casos.
Sem perceber que já havia “morrido”, foi conduzido à reunião mediúnica e atendido dentro do quadro que apresentou.
Depois de apresentar-se sem grandes dificuldades pela psicofonia de médium da equipa, passou a comentar o que sentia.
Deu a entender que achava que o ocorrido fora algo de rotina.
Uma ida ao hospital para atendimento aos males do corpo, próprios da velhice e o retorno à residência.
Mostrava-se irritado e reclamava dos parentes que não o cumprimentavam, passando por ele como se não o percebessem.
Facto que ele tomava como total e absoluto desrespeito pela sua pessoa e condição de “chefe de família”.
Comentou que estivera sentado em sua cadeira preferida na sala de sua casa, quando um familiar quase sentou-se sobre ele.
Reclamou, mas sem resultados, ficando ainda mais nervoso e irritado com a “falta de respeito” dos parentes.
Aos Benfeitores Espirituais não é difícil conduzir recém-desencarnados nesse estado de confusão mental para o ambiente das sessões, já que não se tratam de pessoas voltadas para o mal ou cientes de sua condição e que escolhem viver entre os seus.
Era apenas isso:
um homem confundido pela morte inesperada e sem grandes incómodos, ao ponto de retornar para sua casa, pensando viver a vida de antes.
Depois de recebido com a atenção e o carinho que lhe foi dispensado, manifestou seu desagrado quanto ao que acontecia em seu lar.
Devagar e com habilidade lhe foi sendo mostrado o novo cenário espiritual.
Continuou falando por algum tempo e demonstrou viva inquietação pela preocupação de seus parentes mais próximos quanto aos bens que tinha.
Não entendia o porquê daquelas discussões sobre partilha já que estava vivo.
E de facto estava, mas não mais no mundo material onde deixara seus bens.
Quando entendeu o ocorrido, chorou pelo que via acontecer na família.
Não imaginava que houvessem disputas e atritos por causa de coisas materiais.
Lamentou não ter deixado esse assunto resolvido através de testamento ou algo assim.
Mas, disse não imaginar que isso pudesse acontecer, daí sua despreocupação com o caso.
Foi orientado no sentido de deixar que os encarnados resolvessem o caso dentro das leis terrenas que regulavam tais assuntos, e que ele se ocupasse com sua nova vida, que poderia ser mais tranquila e mais feliz de agora em diante.
Perguntou pelos parentes, sobre como ficariam sem ele.
Foi informado que nada mais poderia fazer, a não ser visitá-los e auxiliá-los espiritualmente, quando estivesse restabelecido e pronto para isso.
Até lá, era conveniente deixar que Deus, o Pai de todos, se encarregasse de tudo através de seus mensageiros.
Nesse momento ficou mais calmo, pois sendo homem religioso, a referência a Deus lhe devolveu a fé e a tranquilidade.
Parentes já desencarnados se aproximaram e ele, surpreso e feliz, foi encaminhado para novos ambientes da vida espiritual, já praticamente desligado de suas preocupações com a vida que tivera na Terra.
Aceitara com facilidade as orientações e seu estado moral-espiritual lhe permitiria uma recuperação relativamente rápida.
Esse acontecimento chamou a atenção dos membros da equipe para um fato comum:
a pouca preocupação dos encarnados com seus bens e possíveis herdeiros, e a relação disso com as leis terrenas que regulam a transferência de riquezas e bens de uns para outros.
Sobretudo, com seus possíveis reflexos na vida espiritual dos que deixam bens.
Mais ainda, a pouca preocupação com a própria desencarnação e seu impacto e consequências sobre si mesmos e sobre aqueles que ficam, entes queridos ou não.
Todos vivem como se a morte não pudesse acontecer com eles, apesar da realidade demonstrar que todos, independentemente da idade ou sexo, estado de saúde, de riqueza ou miséria, posição social ou poderes terrenos, estão sujeitos a esse fenómeno que é a única fatalidade na vida humana.

(Paulo R. Santos, in “CASOS E EXPERIÊNCIAS COM A MEDIUNIDADE”)

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Os nossos erros numa visão espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 15, 2017 8:09 pm

Uma visão espírita das consequências dos nossos erros; porque cada vez que cometemos um erro nos sujeitamos à fraqueza.
Você se esforça para fazer a coisa certa?
Você procura sempre agir correctamente?
Se dependesse da sua vontade de agora, você deixaria de errar para sempre?

O facto é que nós cometemos erros todos os dias.
Fazemos tanta coisa errada que nem vale a pena comentar sobre elas.
Até porque devemos valorizar os nossos acertos, devemos nos alegrar com as coisas boas que conseguimos fazer.
Há uma frase atribuída ao Chico Xavier que diz que não devemos cobrar dos outros virtudes que não temos.
Não tenho a pretensão de cobrar virtude alguma de você.
As minhas virtudes são poucas e acanhadas.
Mas isso não me tira a vontade de querer melhorar a mim mesmo e de fazer reflectir quem esteja disposto a isso.
Todo erro traz fraqueza
Dei essa explicação toda para dizer que todo erro traz fraqueza.
Cada vez que cometemos um erro nos sujeitamos à fraqueza.
Esse erro pode ser de propósito ou não.
Desde que você perceba que o erro existe, desde que você note que o que você fez foi um erro, você dá abertura para que a fraqueza se instale em você.
As pessoas mal humoradas sofrem muito com seu mau humor, inclusive fisicamente.
Elas são mal humoradas porque pensam mal dos outros, ou falam pelas costas, ou são ingratas, não valorizam a vida.
Esses erros fazem delas pessoas ranzinzas, e isso é fraqueza.
As pessoas que trabalham de má vontade sentem-se sempre visadas, como se houvesse uma perseguição sobre elas.
Elas trabalham de má vontade por não gostarem do que fazem, ou por não gostarem de trabalhar, ou por não valorizarem sua função, ou por simples desleixo.
Por causa do seu descuido e relaxamento, esperam por alguma crítica, ou cobrança, ou reclamação, e com o tempo acham que o ambiente de trabalho é um complô para as derrubar.
Isso é fraqueza.
Cada vez que desejamos mal a alguém, ou que mentalizamos brigas com alguém, ou que travamos discussões em pensamento, estamos nos predispondo a agir com fraqueza com essas pessoas ou outras pessoas em situações semelhantes.
Ao nos depararmos com essas pessoas, agimos como se a discussão ou briga imaginária tivesse acontecido de verdade.
É que nossa mente subconsciente não distingue realidade e imaginação…
Sempre que cometemos um erro enfraquecemos nossa confiança em nós mesmos.
A cada pequeno deslize, a cada mentira para nós mesmos, a cada história mal contada, a cada desonestidade ou deslealdade desperdiçamos um pouco da nossa força de carácter.
É por isso que pessoas boas, evoluídas, são tão seguras de si, tão tranquilas e destemidas.
Nada as assusta, pois nada devem a si mesmas.
Em nosso íntimo nós percebemos que não temos moral para exigir, para cobrar, para esperar consideração, respeito.
Quem erra muito sabe, mesmo que seja lá no fundo, que não é merecedora de dádivas da Vida, que não deve esperar muito das pessoas, pois não oferece nada de bom a elas.
É assim também com os vícios.
A cada tentativa frustrada de parar de fumar, ou de beber, ou de comer doces, ou de fazer regime, a cada recaída que se comete, mais difícil fica, porque o erro traz consigo a fraqueza.
Você tem uma verdadeira fortaleza de carácter no seu íntimo.
Tudo o que há de mais admirável e respeitável está dentro de você, esperando que você desenvolva a sua Vontade.
Vontade é o rumo que você determina para os seus pensamentos, palavras e acções.
Você está no comando.
Você pode mudar quando quiser.
Sei que não é coisa simples deixar de errar.
Todos os dias cometo erros, assim como você e todo mundo.
Mas não podemos nos conformar com os erros como se fosse normal errar.
Quanto menos erros, mais força interior; quanto menos erros, mais lucidez, mais coragem de olhar para dentro de si mesmo.

Morel Felipe Wilkon

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Renovação: A Estrada de Damasco

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 16, 2017 8:45 pm

Hoje eu quero contar a vocês a história de um homem.
Talvez alguns de vocês já conheçam essa história, mas eu resolvi conta-la, mesmo assim, pois é um exemplo a ser seguido por cada um de nós.
É, com certeza, uma das mais belas histórias que eu já li, e que procuro relembrar a cada dia.
A história que vou lhes contar é a história de um judeu, que possuía cidadania romana (conste que naquela época, toda a região de Jerusalém e cidades vizinhas eram governadas pelos romanos.
Os Romanos, porém, não interferiam nos cultos e credos dos povos escravizados).
O nome deste homem era Saulo.
Saulo havia sido educado para ser um Doutor da Lei.
Provavelmente, pela sua inteligência e todo o conhecimento das antigas leis do seu povo (Velho Testamento) que ele recebera, ele estava sendo preparado para ser o chefe do Sinédrio, o maior de todos entre os doutores daquele Conselho.
Saulo teria um futuro brilhante.
Sabia falar outros idiomas, inclusive o grego.
Como Doutor da Lei, àquela época, ele se tornara mais um na perseguição cerrada aos primeiros cristão.
Aos poucos, essa perseguição tornava-se mais e mais importante para ele.
Saulo chegava ao ponto de tomar por inimigos, os discípulos trabalhadores fiéis, que seguiam a obra do Cristo crucificado, principalmente Pedro, João e Tiago que criaram a Casa do Caminho, onde ajudavam os infelizes e os enfermos, cuidando dos miseráveis sofredores com suas próprias forças, repartindo seu próprio pão.
No entanto, Saulo tinha uma grande esperança.
Abigail, uma moça considerada por ele como um anjo e que após a perda do pai, separara-se do irmão, ficando sozinha no mundo, sendo criada na casa de Zacarias e Ruth, através de quem conheceu Saulo e tornou-se sua noiva.
Abigail, que nunca perdera a esperança de reencontrar o irmão Jeziel, sempre pedia a Saulo que o procurasse.
Temia por sua situação.
Não imaginava ela, que o inocente e dócil rapaz, havia encontrado a paz e não só trabalhava na Casa do Caminho, como pregava a palavra do 'Crucificado', segundo as palavras de "O Novo Testamento", cheio de fé e do Espírito Santo, segundo as palavras em Actos dos Apóstolos.
O pai de Jeziel e Abigail, fora morto por perseguição injusta dos romanos, para tomar-lhes a fortuna e Jeziel, por ter chegado à Casa do Caminho como fugitivo, passou a ser ali chamado Estêvão.
Estêvão, pela palavra fácil e o conhecimento que recebera de seu pai do Velho Testamento, mas também pelo aprendizado da Doutrina do Cristo, levava aos homens a Boa Nova (Tradução de Evangelho) e assim convertia muitos judeus incrédulos e até romanos à nova doutrina.
Tão grande e belo era o seu trabalho, que chamou a atenção aos inimigos da nova fé.
O Novo Testamento nos conta que não conseguiam seus inimigos rebaterem as afirmações de sabedoria com que falava, assim, subornaram alguns homens para que dissessem que ele blasfemava e Estêvão foi entregue ao Sinédrio para ser julgado.
Saulo, o infeliz Saulo, o mesmo que neste momento era glorificado entre os seus por poder mandar apedrejar aquele que representava o maior perigo para eles, por pregar a Doutrina simples e santa do Cristo... era o mesmo Saulo que mandava assassinar, sem saber, o irmão de sua amada... o inocente Jeziel.
E quão infeliz ele seria, pois daquele dia em diante, Abigail definhou em sua saúde até o momento em que partiu desse mundo, desencarnando.
Antes disso porém, Abigail conheceu a Doutrina do Cristo através das sábias pregações de Ananias.
Saulo, acreditava que em sua debilidade de saúde, não devia contesta-la.
Porém, odiava a cada dia mais, aquele Nazareno que o fazia perder a noiva.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 16, 2017 8:46 pm

Até Gamaliel, o Doutor da Lei que tudo lhe ensinara, tornara-se simpático a essa nova doutrina e isso tudo, fazia o ódio de Saulo pelo crucificado, aumentar a cada dia.
Saulo de Tarso, assim era conhecido pois esse era o nome de sua cidade natal, tinha agora um objectivo único em sua vida: destruir a Doutrina nascente.
Mesmo que para isso fosse necessário matar a todos os discípulos e seguidores daquele a quem com tanto desprezo chamava: "O Crucificado".
Com a morte da noiva, Saulo resolveu-se a perseguir Ananias e sabendo que este rumara para Damasco, chama alguns amigos escravos e soldados e parte atrás dele.
O caminho, porém, era o marco principal da vida de Saulo.
Na estrada para Damasco, Saulo encontra a palavra que sua vida necessitava: Renovação.
O brilho da aparição do Espírito radiante de Jesus faz com que Saulo caía de joelhos e então ele ouve as palavras que ressoam até hoje pra toda a humanidade:
"Saulo! Saulo!
Por que me persegues?"
"Quem sois vós, Senhor?"
"Eu sou Jesus!"
Cego, Saulo ouve seus amigos que haviam ouvido seu diálogo, porém nada viram.
Acreditavam que estava delirando, ou que enlouquecera.
Entendia que dali em diante, devia rumar sozinho.
Somente Jacob, que dispensara os demais, o acompanhou.
Jesus indicara a Saulo que fosse a um lugar em Damasco.
Nesse lugar, Saulo hospedou-se e aguardou pacientemente o dia seguinte, conforme havia sido orientado.
Agora aquele que perseguia um homem para mata-lo, somente podia aguardar pacientemente...
A cura de sua cegueira se fez pelas mãos do mesmo Ananias que fora procura-lo, pois recebera a intuição, vinda do Cristo, de que deveria fazer isto.
Daquele dia em diante, Saulo, agora baptizado como Paulo pois teria nova vida e portanto, novo nome; passara a ser ele próprio também um daqueles a quem tanto perseguira: um seguidor de Cristo.
Seu caminho daí em diante nada fácil se tornou.
Precisava agora sobreviver a custa do seu próprio suor.
Foi abandonado por todos os amigos e até mesmo pela família.
Tornara-se motivo de risos e chacotas, alguns diziam que enlouquecera.
O Sinédrio, antes admirador da sua cultura, agora era seu inimigo e perseguidor.
Não foi o milagre da cura de sua cegueira nem a aparição de Jesus, no entanto, quem fizeram grande a história da Paulo de Tarso.
Também não foi o seu amor por Abigail, nem o apedrejamento de Estêvão, que colocaram seu nome para sempre na história do Cristianismo.
Tampouco não serviria para imortaliza-lo, o conhecimento do Velho Testamento, nem o Título de cidadão romano.
Paulo, com sua fé, coragem e dedicação à causa a que servia, foi o maior divulgador da Doutrina Cristã.
Levou a Boa Nova aos mais diversos povos, principalmente àqueles que eram chamados gentios, onde a fé estava há muito abalada e o amor perdera-se entre caprichos terrenos.
Sofreu, sim, é bem verdade, em nome dessa dedicação.
Buscou com humildade os discípulos de Jesus, que desconfiaram de suas boas intenções, devido aos seu passado culposo.
Foi ferido e humilhado nos lugares por onde passou.
Foi julgado por diversas falsas acusações.
Porém evangelizou.
Fundou inúmeras Casas da Fé.
Consolou a cada um que lhe buscava o conselho.
Enfim aprendeu a amar e deu sua própria vida por amor à Jesus.
É graças ao seu esforço desmedido, que hoje em todo o mundo ocidental, temos notícias da nova fé espalhada tão modestamente antes dele.
Graças as suas cartas aos Coríntios, Romanos, Gálatas, Efésios, Tessalonissenses dentre outros, que podemos hoje estar aqui reunidos, em nome de Jesus.
Paulo de Tarso renovou-se na estrada de Damasco há quase 2000 anos.
E nós? Quando será a nossa vez?

Neiva Nessi

Fontes bibliográficas:
Novo Testamento - Actos dos Apóstolos
XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão. Pelo Espírito Emmanuel.

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Ajudar faz bem

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 17, 2017 9:14 pm

Tadeu, de sete anos, saiu de casa para ir à escola e, como levantara mais cedo, tinha bastante tempo e resolveu fazer um caminho diferente, mais longo.
Foi andando e entrou em quarteirões que ele não conhecia.
Ficou até um pouco assustado porque, de repente, notou que não sabia como chegar até à escola.
Estava numa região feia, de casas muito pobres e viu crianças brincando na rua, quando então perguntou:
— Eu me perdi. Vocês sabem como faço para chegar à escola?
Uma menina, que deveria ter mais ou menos a sua idade, disse:
— Você sobe na primeira rua, depois vira à esquerda, e já estará perto da escola.
Tadeu agradeceu e tomou o rumo que a menina lhe dera e logo chegou à escola.
No entanto, ele ficou pensando naquela menina.
Ela não lhe saía da cabeça o dia todo.
Assim, no dia seguinte, ele foi pelo mesmo caminho.
As crianças continuavam na rua brincando.
A menina fazia parte do grupo e, como era maior que as demais, comandava a brincadeira.
Tadeu parou e cumprimentou-a:
— Olá! Foi fácil chegar à escola ontem.
Eu havia errado o caminho e me perdi.
Novamente lhe agradeço.
Eu sou Tadeu. E você?
— Virgínia.
— Ah! Virgínia, eu nunca a vi na escola.
Onde você estuda?
A garota disse que não estudava; seus pais não tinham dinheiro para gastar em escola.
— Mas na escola onde eu estudo não preciso pagar nada! — respondeu Tadeu.
— Porém é preciso ter roupas boas, cadernos, livros e tudo o mais.
E não tenho — completou a menina, triste.
Como Tadeu ainda tivesse tempo continuou conversando.
Ficou sabendo que os pais dela trabalhavam o dia todo, ganhavam pouco e ela cuidava dos irmãos menores.
— Mas você é tão pequena ainda!
Quantos anos tem, Virgínia?
— Sete anos.
Tadeu olhou a menina, admirado.
Ela tinha sua idade, mas já cuidava dos irmãos, por isso não podia estudar.
Tadeu despediu-se dela triste; comparava sua vida com a da menina da sua idade, tão responsável.
Naquele dia quase não prestou atenção na aula.
Ao retornar para casa, Tadeu procurou sua mãe na cozinha, onde ela estava terminando o almoço, e disse:
— Mamãe, sabe que existem crianças que não vão à escola porque não podem?
— Por que essa pergunta, Tadeu? — indagou a mãe espantada.
Ele contou à mãe o que tinha acontecido e que conversara com a garota.
— Mamãe, você precisa conhecê-la.
Ela tem minha idade e notei nela tristeza por não poder ir à escola!
Fiquei triste também.
Ela mora perto e quero que a conheça.
— Meu filho, entendo sua preocupação, mas há famílias que são realmente muito pobres, sem a mínima condição de vida.
Após o almoço nós iremos lá.
Nunca soube desse bairro tão pobre aqui perto.
Veremos o que é possível fazer, está bem? — disse a mãe, abraçando o filho com carinho.
O pai havia chegado e, mais animado, o menino sentou-se para almoçar com a família.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 17, 2017 9:14 pm

Logo depois eles foram até o bairro a que Tadeu se referira.
A mãe dele também ficou penalizada ao ver a condição em que as famílias moravam.
Ele mostrou a casa de Virgínia para a mãe, e foram até lá.
Tadeu chamou a menina, que veio atender um pouco assustada.
O que desejariam com ela?
Ele apresentou a menina a sua mãe e ambas começaram a conversar.
Laura disse:
— Virgínia, Tadeu disse que você não estuda e que precisa cuidar de seus irmãos. É verdade?
— Sim, senhora.
Meus pais trabalham em uma empresa de reciclagem e ganham pouco.
E eu cuido de dois irmãos menores.
Sabendo que os pais dela chegariam do trabalho ao anoitecer, ela prometeu voltar para conversar com eles, deixando alguns géneros alimentícios que trouxera.
Os olhos da menina brilharam, dizendo que tinham chegado em boa hora, pois ela não tinha nada para dar de comer aos irmãos.
Assim despediram-se, deixando um pouco de alegria naquele lar.
No final da tarde, eles voltaram.
Os pais de Virgínia os receberam com prazer.
Laura explicou-lhes a razão de sua visita, e perguntou:
— Vocês sabem que há uma creche aqui perto, onde as crianças podem ficar bem cuidadas, durante todo o dia?
Não? Pois é verdade!
— Dona Laura, chegamos há pouco tempo e nada conhecemos desta cidade.
Se as crianças tiverem onde ficar, é uma bênção!
Pois Virgínia pode ir à escola, como tanto deseja – disse o pai.
— Isso mesmo, António.
Quanto ao material escolar e livros, são fornecidos na própria escola.
O que faltar, eu darei a sua filha.
Além disso, meu marido tem relacionamentos e poderá arranjar-lhes outros empregos.
Podem contar connosco para o que precisarem!
Alguns dias depois, Virgínia já estava matriculada na escola e feliz da vida.
Tadeu deu-lhe uma mochila que ganhara e não iria precisar, pois já tinha outra, além de roupas e calçados, que não serviam mais para sua irmã, um ano maior que ele.
Assim, a alegria voltou àquela família, onde tudo faltava e onde agora a vida ficaria mais fácil.
E na casa de Tadeu, também a alegria aumentou, por estarem ajudando outras pessoas tão necessitadas.
Eles descobriram que naquele bairro todos eram pobres e viviam com dificuldades.
Assim, Laura e sua família, passaram a socorrer outros lares, o que lhes proporcionou grande dose de satisfação e paz interior.
Agora, suas orações em família se revestiam de significado especial, pois sentiam que Jesus estava contente com todos eles.

MEIMEI
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 22/7/2013.)

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Bases da ventura real

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 18, 2017 8:01 pm

A felicidade é uma atraente sensação que experimentamos de euforia, uma percepção vivaz, todavia ela não ocorre em condições contínuas e permanentes, porquanto felicidade não é o mesmo que euforia.
Alguns procuram estados eufóricos sob efeito dos fármacos psico-activos.
Em verdade, se a felicidade não for simples, se ela for ornada em excesso, inchada de coisas inúteis, nesse caso a felicidade não é felicidade, é apenas ilusão.
Nossa felicidade não se constrói com o aumento do salário, com o ganhar na loteria, com algum bem caro que possamos adquirir.
Porém, muitos nos iludimos achando que a felicidade mora no ter, no possuir, no aparentar, no exibir.
Todavia, a felicidade verdadeira e perene é simples e modesta.
Há pessoas que crêem que a felicidade é a posse de bens materiais.
Dinheiro, realmente produz uma certa euforia, porém, muito rápida, muito momentânea, muito episódica, muito veloz.
O endinheirado entra em processo obsessivo de imaginar que a consumolatria e a posse contínua de bens é que vão deixá-lo feliz.
Porém, o que ocorre normalmente é que ela vai ficar em estado de vazio existencial e de pungentes ansiedades.
A felicidade é simples e advém daquilo que é essencial e o essencial na vida é a amizade, a fraternidade, a lealdade, a sexualidade (sadia), a religiosidade.
Muita gente confunde o essencial com o fundamental.
Em realidade o fundamental é o que nos ajuda a chegar ao essencial.
Observemos que dinheiro não é essencial mas é fundamental, pois sem ele teremos problemas materiais.
Mas dinheiro em si não nos traz felicidade, até porque não se compra amor com dinheiro, se compra sexo (dissoluto).
Não se compra amizade com dinheiro, se compra interesse.
Não se compra fidelidade com dinheiro, mas se compra reciprocidade (toma lá, dá cá).
É bem verdade que dinheiro em si não é desprezível, mas ele em si não é suficiente para realização pessoal.
O equívoco está quando se procura a felicidade naquilo que é secundário, em vez de procurá-la na sua fonte primária, que é o que de facto nos dá autenticidade para usufruir a felicidade.
Os Benfeitores espirituais afirmam que ainda não podemos desfrutar de completa felicidade na Terra.
Por isso é que a vida nos foi dada como prova ou expiação.
De cada um de nós, porém, depende a suavização dos próprios males e o ser tão felizes quanto possível na Terra.
Ponderemos que a felicidade é uma obra de construção progressiva no tempo.
Somos quase sempre obreiros da própria infelicidade.
Mas, praticando a lei de Deus, a muitos males evitaremos e assentaremos em nós mesmos uma felicidade tão grande quanto o comporte a nossa rude existência.
Nos paradoxos da vida muitos fogem de casa para serem felizes, porém outros retornam para casa em busca da mesma felicidade.
Uns se casam, outros se divorciam, com o mesmo intuito de felicidade.
Uns desejam viver sozinhos, outros desejam possuir uma grande família a fim de serem felizes.
Uns desejam ser profissionais liberais para comandar a sua própria vida e poder gozar de felicidade.
Outros desejam apenas ter um emprego para ganhar o salário no final do mês e, assim, serem felizes.
A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um constitui a desventura de outro.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 18, 2017 8:01 pm

Nenhuma sociedade é perfeitamente feliz e o que julgamos ser a felicidade quase sempre camufla penosos desgostos.
O sofrimento está em todos os lugares.
As amarguras são numerosas, porque a Terra é lugar de expiação.
Quando a houver transformado em morada do bem e de Espíritos bons, deixaremos de ser infelizes, assim, enquanto houver um gemido na paisagem em que nos movimentamos, não será lícito cogitar de felicidade isolada para nós mesmos.
Tal como concebemos a felicidade não pode existir, até agora, na face do orbe, porque quase sempre nos encontramos endividados e não sabemos contemplar a grandeza das paisagens exteriores que nos cercam no planeta.
Apesar disso, importa lembrar que é na Terra que edificaremos as bases da ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de nossa consciência.
Portanto, quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, meditemos na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
Sim, a felicidade consiste na satisfação com o que temos e com o que não temos.
Poucas coisas são necessárias para fazer o homem sábio feliz, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaz a um inconformado.
Tenhamos certeza: a única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida.

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty 10 factos sobre a vida no umbral

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 19, 2017 8:46 pm

O umbral localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos, que vai do solo terrestre até algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera.
Confira abaixo 10 características da vida no umbral relatadas em livros psicografados, incluindo os de Chico Xavier.

1 - Dimensão extremamente sombria
O umbral é descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante.
A vegetação varia de acordo com a região do Umbral.
Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas.
As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem.
É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza.
No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra.

2 - Existem diversas cidades no umbral
Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes.
Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras.
Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes:
Chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis etc.
São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal.
São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança.

3 - As cidades possuem construções semelhantes às que encontramos nas cidades da Terra.
As maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos.
Sempre existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos dos que lá habitam.
Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos seus lideres.
Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir.
Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo pornográfico.

4 - Ninguém vai para o Umbral por castigo
A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta à sua vibração espiritual.
Quando deseja melhorar existe quem ajude.
Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu.
Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores.
Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos.

5 - Além das cidades encontramos o que é chamado de Núcleos
Não constitui uma cidade organizada como conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes.
Os agrupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas.
Estes núcleos são encontrados nas regiões montanhosas, nos abismos e vales.
Por serem espíritos perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não são aceitos e nem levados para as cidades em volta.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 19, 2017 8:47 pm

6 - Existem vales dos suicidas
Os bons tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com sinceridade do que fizeram.
Os espíritos ruins fazem suas visitas para se divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em desespero.
Não é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo, já que não estão mortas como desejariam estar.

7 - Existem os núcleos de drogados
Existem algumas poucas cidades de drogados de porte grande no Umbral.
Realizam-se grandes festas e são cidades movimentadas.
Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada de Vale das Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei.
Para todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de viciados.
Por exemplo, existem cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais.
Todos os viciados costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas dos vivos que possuem os mesmos vícios.

8 - As cidades, tribos e vilarejos do Umbral normalmente possuem chefes ou lideres
São pessoas inteligentes com capacidade de liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que nestas cidades residem.
Como se pode ver não é muito diferente da vida aqui na Terra, onde temos exploradores e explorados.
Exercem seu controle a partir do medo, das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência.
Algumas sabem que estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas.
Seu reinado não dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros.
É comum que estes “chefes” desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons Samaritanos em suas missões.
Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo o posto de chefe nestas cidades.

9 - As regiões umbralinas são as que mais se parecem com a Terra
Os espíritos, por estarem ainda muito atrelados à vida material, por lhe faltarem informação e conhecimento, acabam vivendo suas vidas como se realmente estivessem vivos.
As necessidades básicas do corpo acabam se manifestando nestes espíritos.
Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos diversos.
No Umbral encontramos grupos de pessoas que se consideram justiceiras.
Coletam espíritos desorientados em hospitais, cemitérios, e no próprio umbral.
Pessoas que fizeram muito mal a outras durante a vida ou em outras vidas, e pessoas que fizeram poucos amigos e por isto não tem quem as possa ajudar.
Estes espíritos sedentos de vingança e de justiça feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar e escravizar as pessoas que capturam.

10 - Postos de Socorro
Os postos de socorro se encontram espalhados pelas regiões sombrias do Umbral.
Este local de ajuda, semelhante a um complexo hospitalar, normalmente é vinculado a uma colónia de nível superior.
Nele encontramos espíritos missionários vindos de regiões mais elevadas que trabalham na ajuda aos espíritos que vivem nas cidades e regiões do Umbral e que estão à procura de tratamento ou orientação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 19, 2017 8:47 pm

Quando o espírito ajudado desperta para a necessidade de melhorar, crescer e evoluir é levado para uma colónia onde será tratado e passará seu tempo estudando e realizando tarefas úteis para seu próximo.
Quando se sentem incomodados e mergulhados em sentimentos como o ódio, vingança, revolta acabam retornando espontaneamente para os lugares de onde saíram.
Continuamos sempre com nosso livre arbítrio.

Fonte:
- Semeando e Colhendo” – Hercílio Maes (Ed. Freitas Bastos)
- Nosso Lar” – André Luiz (Espírito) / Psicografado por Francisco Cândido Xavier (Ed. FEB);
- Três Arco-Íris / Uma Colónia de Luz” – Josué (Espírito) / Psicografado por Eurípedes Kühl (Ed. Petit);
- Violetas na Janela” – Patrícia (Espírito) / Psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (Ed. Petit);
- Obreiros da Vida Eterna” – André Luiz (Espírito) / Psicografado por Francisco Cândido Xavier (Ed. FEB)
- Vivendo no Mundo dos Espíritos” – Patrícia (Espírito) / Psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (Ed. Petit);
- Após a morte do corpo físico, a alma se encontra tal qual vive intrinsecamente.” (Do livro “Nosso Lar” / Cap. 16 - André Luiz / Chico Xavier;
- Os sofrimentos que torturam mais dolorosamente os Espíritos, do que todos os outros sofrimentos físicos, são os das angústias morais.” (O livro dos Espíritos – Questão 255;
- Umbral, situado entre a Terra e o Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.” (Do livro “Acção e Reacção” - André Luiz / Chico Xavier;
- O estado de tribulação é pertinente ao espírito e não ao lugar. Esses lugares não são infelizes, de vez que infortunados são os irmãos que os povoam...” (Do livro “E a Vida Continua” - André Luiz / Chico Xavier;
- Se milhões de raios luminosos formam um astro brilhante, é natural que milhões de pequeninos desesperos integrem um inferno perfeito. Herdeiros do Poder Criador, geraremos forças afins connosco, onde estivermos.” (Do livro “Libertação” - André Luiz / Chico Xavier)

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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Tratamento espiritual das doenças físicas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 20, 2017 8:23 pm

Palestra feita na primeira jornada médico-espírita de Goiás
A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe.
Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia.
No templo da deusa Ísis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas.
Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egipto, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes.
O Pai da medicina moderna, Hipócrates também cita a imposição das mãos.
Quando observamos a tradição judaico-cristã, é interessante notar o contraste.
No novo testamento algo em torno de 30 referências à curas feitas por Jesus, seja impondo as mãos, seja soprando, usando barro, deixando sair energia (virtude), etc, mas no antigo testamento, estranhamento somente uma referência de cura por imposição das mãos feita por Naamã, que nem judeu era, conforme nos narra o excelente Pastor Caio Fábio.
Claro está que Kardec, o grande codificador do espiritismo, não inventou nada ao falar de mediunidade, de cura, de energia, de influência espiritual, mas somente organizou, catalogou, usou a razão e extirpou as idiossincrasias existentes nas crenças superficiais.
Mas o que é mais importante, a cura pela transferência de energia entre pessoas sempre existiu no mundo.
A questão não é mais acreditar.
Esse tempo já passou!
A questão é como utilizar esse conhecimento na nossa própria saúde e no auxílio ao próximo.
Manter a descrença nesses fatos é uma escolha dolorosa, que limita a forma como buscamos o equilíbrio energético e espiritual.
Estudamos nesse artigo o tratamento espiritual das doenças físicas, mas não restringimos o tratamento ao processo de envolvimento energético comummente feito por médiuns no centro espírita, aqui nos referimos ao conceito amplo, onde qualquer atitude positiva, volitiva de doação de energia positiva, com ou sem a interferência de trabalhadores espirituais ocorra.
É possível curar o corpo físico actuando energeticamente?
Os inúmeros exemplos de todas as crenças religiosas, seja no passado ou actualmente, nos mostram que é possível.
Sobre isso, Kardec discorre com clareza no capítulo XIV da génese:
“18. - O pensamento do encarnado actua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
19. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.
Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma acção tanto mais directa, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.”
Com estudo, disciplina e perseverança, é possível treinar nossa capacidade de irradiar energia em prol do outro, momentaneamente mais necessitado.
É aconselhável curar o corpo físico actuando energeticamente?
Em O Livro dos Médiuns, os espíritos esclarecem a Kardec que eles se ocupam de boa vontade com a saúde daqueles que lhe interessam.
Ou seja, sempre que houver merecimento, positividade, e um propósito bom na cura, ela ocorrerá.
Chico Xavier, no livro Plantão de Respostas, que descreve as respostas dada pelo excelente médium às perguntas ao vivo, feitas no programa pinga-fogo, nos fala que:
“...muitas vezes uma doença física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupa de acidentes afectivos ou acidentes materiais, ou de fenómenos extremamente desagradáveis em nossa vida...”
O resultado dessa equação só não é mais positiva porque insistimos na cura automática, sem rever valores, conceitos e principalmente atitudes, e exigimos a cura rápida para que voltemos a cometer as mesmas atrocidades de antes.
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ARTIGOS DIVERSOS I - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS I

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 20, 2017 8:24 pm

A origem espiritual das doenças.
De forma geral, podemos dizer que o padrão da nossa energia espiritual determina tendências para saúde ou doença, numa tentativa contínua do espírito verter para a carne as anomalias energéticas que se traduzem em doenças físicas, numa forma directa e rápida de harmonizar aquilo que estragamos em outras vidas.
As excepções dizem respeito às doenças que procuramos nessa vida, por exemplo, câncer após anos de cigarro, infarto após crise de stress, diabetes relacionada ao excesso de peso e hábitos de vida inconsequentes.
A forma como essa energia adulterada do corpo espiritual atinge nosso corpo físico, obedece à hierarquia espiritual que se inicia no espírito, caminha pelo corpo mental, actua no perispírito, influenciando o duplo etérico e o corpo físico.
Entre todos esses corpos, o ponto de ligação se faz por centros de forças electromagnéticas, também chamados de chacras, que no corpo físico se ligam, cada chacra principal a uma glândula endócrina e ao cérebro, alterando assim a homeostase corpórea.

O papel do terapeuta
Entender a nossa pequenez nesse processo de cura aonde ainda não compreendemos nada, e somos somente agentes da misericórdia divina actuando através do amor que cura.
Não julgar nunca. Lembrar que somos contra atitudes negativas e equivocadas, mas nunca contra as pessoas que as praticam.
Assumir o conceito espírita de saúde-doença, deixando de lado os atavismos que nos fazem enxergar um Deus sádico que brinca com as pessoas e passando a entender que tudo está certo, na hora certa e passamos por aquilo que melhor nos convém frente a imensidão de coisas que ainda precisamos melhorar.
Treinar-nos na capacidade de identificar padrões de comportamento que levam a doenças físicas e espirituais.
Somente mudando a essência, a raiz do problema é que conseguiremos nos transformar.

Referências
1 – Pastor Caio Fábio - A imposição de mãos: uma rápida história e reflexão.
2 – Allan Kardec – A génese.
3 – Allan Kardec – O livro dos médiuns.
4 – Francisco Xavier – Plantão de respostas. Pinga-fogo II.
5 – Allan Kardec – O livro dos espíritos.
6 – André Luiz (Chico Xavier) – Evolução em dois mundos.
7 – Ernesto Bozzano – Pensamento e vontade.
8 – Emmanuel (Chico Xavier) – Roteiro.
9 – Marlene Nobre – A alma da matéria.
10 - André Luiz (Chico Xavier) – Nos domínios da mediunidade.
11 - André Luiz (Chico Xavier) – Missionários da luz.

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