Estudos Avançados Espíritas
Página 21 de 33
Página 21 de 33 • 1 ... 12 ... 20, 21, 22 ... 27 ... 33
Cuidados com o corpo e com a alma
Leda de Almeida Rezende Ebner
O corpo físico, formado a partir do encontro do espermatozóide com o óvulo e o Espírito, ser pré-existente, ligando-se a ele a partir do mesmo encontro, através do perispírito (corpo que o envolve), constituem o homem.
O primeiro recebe as impressões do mundo exterior que levadas à alma (Espírito encarnado) pelo perispírito, são por ela percebidas, interpretadas, emitindo, então, as reacções, as respostas ao corpo, pelo mesmo veículo.
O segundo, individualização do princípio inteligente do universo, imortal, encarna-se em mundos materiais para desenvolver-se e, ao mesmo tempo, cooperar no desenvolvimento da matéria, do mundo material.
Sendo o corpo e alma de naturezas diferentes e necessitando um do outro para desenvolver-se, o perispírito é o elemento indispensável para que ambos se relacionem e se influenciem.
O corpo, ser material orgânico que nasce, cresce, reproduz-se e morre, para exercer suas funções, dentre as quais manter seu funcionamento e sua sobrevivência, tem atributos, aptidões e necessidades próprias, que ele busca satisfazer, automaticamente, de forma instintiva.
A alma, ser espiritual, que sente, pensa, decide, age e se expressa no mundo material através do corpo, tem também atributos, aptidões e necessidades que lhe são próprias, que a impulsionam a uma evolução contínua, de forma consciente e inteligente.
Enquanto o corpo tende a satisfazer-se, a alma, como ser moral tem de desenvolver-se, educando-se usando os recursos compatíveis à finalidade desse desenvolvimento, que é alcançar a perfeição possível e a felicidade.
E o corpo é o instrumento que a alma tem para esse trabalho.
Enquanto a existência durar, ambos devem trabalhar juntos, buscando viver em equilíbrio.
Na Introdução, em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec escreve:
"O Espírito encarnado está sob a influência da matéria.
O homem que supera essa influência pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos Bons Espíritos, com os quais estará um dia.
Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, aproxima-se dos Espíritos impuros, dando predominância à natureza animal".
Percebemos neste trecho, que o homem tem a influenciá-lo duas naturezas:
a do corpo e a do Espírito e que este pode sobrepor-se à influência daquele, apesar de ambos estarem interligados, sendo afectados, reciprocamente, pelo que acontece com um ou com outro.
Como pois, podem ambos viver em harmonia, sendo de naturezas diferentes e tendo atributos, aptidões e necessidades também diferentes?
Continua...
O corpo físico, formado a partir do encontro do espermatozóide com o óvulo e o Espírito, ser pré-existente, ligando-se a ele a partir do mesmo encontro, através do perispírito (corpo que o envolve), constituem o homem.
O primeiro recebe as impressões do mundo exterior que levadas à alma (Espírito encarnado) pelo perispírito, são por ela percebidas, interpretadas, emitindo, então, as reacções, as respostas ao corpo, pelo mesmo veículo.
O segundo, individualização do princípio inteligente do universo, imortal, encarna-se em mundos materiais para desenvolver-se e, ao mesmo tempo, cooperar no desenvolvimento da matéria, do mundo material.
Sendo o corpo e alma de naturezas diferentes e necessitando um do outro para desenvolver-se, o perispírito é o elemento indispensável para que ambos se relacionem e se influenciem.
O corpo, ser material orgânico que nasce, cresce, reproduz-se e morre, para exercer suas funções, dentre as quais manter seu funcionamento e sua sobrevivência, tem atributos, aptidões e necessidades próprias, que ele busca satisfazer, automaticamente, de forma instintiva.
A alma, ser espiritual, que sente, pensa, decide, age e se expressa no mundo material através do corpo, tem também atributos, aptidões e necessidades que lhe são próprias, que a impulsionam a uma evolução contínua, de forma consciente e inteligente.
Enquanto o corpo tende a satisfazer-se, a alma, como ser moral tem de desenvolver-se, educando-se usando os recursos compatíveis à finalidade desse desenvolvimento, que é alcançar a perfeição possível e a felicidade.
E o corpo é o instrumento que a alma tem para esse trabalho.
Enquanto a existência durar, ambos devem trabalhar juntos, buscando viver em equilíbrio.
Na Introdução, em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec escreve:
"O Espírito encarnado está sob a influência da matéria.
O homem que supera essa influência pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos Bons Espíritos, com os quais estará um dia.
Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, aproxima-se dos Espíritos impuros, dando predominância à natureza animal".
Percebemos neste trecho, que o homem tem a influenciá-lo duas naturezas:
a do corpo e a do Espírito e que este pode sobrepor-se à influência daquele, apesar de ambos estarem interligados, sendo afectados, reciprocamente, pelo que acontece com um ou com outro.
Como pois, podem ambos viver em harmonia, sendo de naturezas diferentes e tendo atributos, aptidões e necessidades também diferentes?
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
O Espiritismo, demonstrando as relações existentes entre corpo e alma, esclarece que os dois são, reciprocamente necessários, sendo pois, indispensável cuidar bem de ambos.
Sendo o corpo instrumento de evolução para o Espírito, é preciso conhecer as suas necessidades, satisfazê-las sem prejudicar as necessidades da alma, que é quem sente, pensa e age.
O homem, sabendo-se Espírito imortal, mas não sendo ainda obra acabada, tendo de completar-se através do desenvolvimento dos seus atributos, tem de assumir sua evolução, com discernimento, no uso dos recursos que o viver na Terra lhe propicia, dentre os quais, o corpo se destaca como imprescindível.
Assim, a vida corporal, sendo apenas uma passagem na vida do Espírito imortal, deve ser vivida, primordialmente, em função desse Espírito e não em função do corpo, que deve ser amado, cuidado, satisfeito nas suas necessidades, respeitado como instrumento precioso que é, mas, não como preocupação primeira e maior da existência.
O ponto de partida pelo qual devemos encarar a vida terrena é, justamente, colocarmo-nos, pelo pensamento, na vida espiritual, que é infinita.
Quando assim se faz, dá-se à vida material e aos seus acontecimentos, o seu valor real, sem exageros, sem excessos.
O corpo, que irá desfazer-se pela morte, será, então, valorizado pela sua importância para a evolução do Espírito.
Não será menosprezado, depreciado, nem colocado acima do ser espiritual, que é o senhor, o ser pensante, aquele que estará, eternamente, "exercitando a vida".
O homem consciente da sua imortalidade saberá usar seu discernimento na satisfação das necessidades do corpo e da alma, conseguindo o equilíbrio entre ambos, para um viver prazeroso e productivo.
Valorizemos, pois nosso corpo físico:
feio/bonito, doente/sadio, inteiro/deficiente como um bem valiosíssimo para o Espírito imortal.
Cuidemos dele com carinho, com dedicação, com discernimento e gratidão pela oportunidade que ele nos dá de manifestarmo-nos, de expressar nossas emoções, nossos sentimentos, nossos propósitos e ideais, enfim, pela oportunidade de, nesta existência, podermos aprender, ensinar, relacionar com os outros, fazer amigos, perdoar e amar, compreendendo-o como instrumento de evolução do Espírito imortal.
Bibliografia:
* O Livro dos Espíritos - Allan Kardec: Introdução item VI e cap. VII do Livro 2.° - q. 367 a 379a.
* O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec: cap. XVII. item 11.
(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
O Espiritismo, demonstrando as relações existentes entre corpo e alma, esclarece que os dois são, reciprocamente necessários, sendo pois, indispensável cuidar bem de ambos.
Sendo o corpo instrumento de evolução para o Espírito, é preciso conhecer as suas necessidades, satisfazê-las sem prejudicar as necessidades da alma, que é quem sente, pensa e age.
O homem, sabendo-se Espírito imortal, mas não sendo ainda obra acabada, tendo de completar-se através do desenvolvimento dos seus atributos, tem de assumir sua evolução, com discernimento, no uso dos recursos que o viver na Terra lhe propicia, dentre os quais, o corpo se destaca como imprescindível.
Assim, a vida corporal, sendo apenas uma passagem na vida do Espírito imortal, deve ser vivida, primordialmente, em função desse Espírito e não em função do corpo, que deve ser amado, cuidado, satisfeito nas suas necessidades, respeitado como instrumento precioso que é, mas, não como preocupação primeira e maior da existência.
O ponto de partida pelo qual devemos encarar a vida terrena é, justamente, colocarmo-nos, pelo pensamento, na vida espiritual, que é infinita.
Quando assim se faz, dá-se à vida material e aos seus acontecimentos, o seu valor real, sem exageros, sem excessos.
O corpo, que irá desfazer-se pela morte, será, então, valorizado pela sua importância para a evolução do Espírito.
Não será menosprezado, depreciado, nem colocado acima do ser espiritual, que é o senhor, o ser pensante, aquele que estará, eternamente, "exercitando a vida".
O homem consciente da sua imortalidade saberá usar seu discernimento na satisfação das necessidades do corpo e da alma, conseguindo o equilíbrio entre ambos, para um viver prazeroso e productivo.
Valorizemos, pois nosso corpo físico:
feio/bonito, doente/sadio, inteiro/deficiente como um bem valiosíssimo para o Espírito imortal.
Cuidemos dele com carinho, com dedicação, com discernimento e gratidão pela oportunidade que ele nos dá de manifestarmo-nos, de expressar nossas emoções, nossos sentimentos, nossos propósitos e ideais, enfim, pela oportunidade de, nesta existência, podermos aprender, ensinar, relacionar com os outros, fazer amigos, perdoar e amar, compreendendo-o como instrumento de evolução do Espírito imortal.
Bibliografia:
* O Livro dos Espíritos - Allan Kardec: Introdução item VI e cap. VII do Livro 2.° - q. 367 a 379a.
* O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec: cap. XVII. item 11.
(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Civilização e reino de Deus
José Argemiro da Silveira
"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com aparências exteriores"
(Lucas, 17:20)
Não se pode negar o grande progresso da ciência e da tecnologia (esta como consequência daquela).
Esse progresso superou, e muito, os inventores e idealistas de algumas décadas atrás, que sonhavam conseguir meios de comunicação e de transportes mais eficientes, e mais rápidos para todos.
O automóvel, o avião, as viagens espaciais, em tempo relativamente pequeno, realizaram feitos muito além do que sonhavam os mais optimistas dos seus idealizadores.
Nas diversas outras áreas da actividade humana, como na medicina, os inventos de máquinas e utensílios para o trabalho doméstico, na indústria, e nas actividades rurais, também experimentaram o mesmo progresso.
Entretanto, apesar de todos esses avanços e descobertas, o ser humano da atualidade parece não viver mais feliz, nem melhor, do que o seu antepassado.
Como entender o fenómeno?
No Livro dos Espíritos, questão 793, Allan Kardec pergunta:
"Por que sinal se pode reconhecer uma civilização completa?"
Resposta:
"Vós a reconhecereis pelo desenvolvimento moral, Acreditais estar muito adiantados por terdes feito grandes descobertas e invenções maravilhosas;
porque estais melhor instalados e melhor vestidos que os vossos selvagens;
mas só tereis verdadeiramente o direito de vos dizer civilizados quando houverdes banido da vossa sociedade os vícios que a desonram e quando passardes a viver como irmãos, praticando a caridade cristã.
Até esse momento não sereis mais do que povos esclarecidos, só tendo percorrido a primeira fase da civilização".
Allan Kardec em comentário à resposta citada considera que "a civilização tem os seus graus, como todas as coisas, Uma civilização incompleta é um estado de transição que engendra males especiais, desconhecidos no estado primitivo, mas nem por isso deixa de constituir um progresso natural, necessário, que leva consigo mesmo o remédio para aqueles males.
A medida que a civilização se aperfeiçoa, vai fazendo cessar alguns dos males que engendrou, e esses males desaparecerão com o progresso moral".
A resposta esclarece bem a questão.
Progredimos em determinados aspectos, mas ainda não realizamos o mesmo progresso no que se refere ao conhecimento sobre nós mesmos, e como nos relacionar uns com os outros.
Continua...
"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com aparências exteriores"
(Lucas, 17:20)
Não se pode negar o grande progresso da ciência e da tecnologia (esta como consequência daquela).
Esse progresso superou, e muito, os inventores e idealistas de algumas décadas atrás, que sonhavam conseguir meios de comunicação e de transportes mais eficientes, e mais rápidos para todos.
O automóvel, o avião, as viagens espaciais, em tempo relativamente pequeno, realizaram feitos muito além do que sonhavam os mais optimistas dos seus idealizadores.
Nas diversas outras áreas da actividade humana, como na medicina, os inventos de máquinas e utensílios para o trabalho doméstico, na indústria, e nas actividades rurais, também experimentaram o mesmo progresso.
Entretanto, apesar de todos esses avanços e descobertas, o ser humano da atualidade parece não viver mais feliz, nem melhor, do que o seu antepassado.
Como entender o fenómeno?
No Livro dos Espíritos, questão 793, Allan Kardec pergunta:
"Por que sinal se pode reconhecer uma civilização completa?"
Resposta:
"Vós a reconhecereis pelo desenvolvimento moral, Acreditais estar muito adiantados por terdes feito grandes descobertas e invenções maravilhosas;
porque estais melhor instalados e melhor vestidos que os vossos selvagens;
mas só tereis verdadeiramente o direito de vos dizer civilizados quando houverdes banido da vossa sociedade os vícios que a desonram e quando passardes a viver como irmãos, praticando a caridade cristã.
Até esse momento não sereis mais do que povos esclarecidos, só tendo percorrido a primeira fase da civilização".
Allan Kardec em comentário à resposta citada considera que "a civilização tem os seus graus, como todas as coisas, Uma civilização incompleta é um estado de transição que engendra males especiais, desconhecidos no estado primitivo, mas nem por isso deixa de constituir um progresso natural, necessário, que leva consigo mesmo o remédio para aqueles males.
A medida que a civilização se aperfeiçoa, vai fazendo cessar alguns dos males que engendrou, e esses males desaparecerão com o progresso moral".
A resposta esclarece bem a questão.
Progredimos em determinados aspectos, mas ainda não realizamos o mesmo progresso no que se refere ao conhecimento sobre nós mesmos, e como nos relacionar uns com os outros.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Ainda não nos conscientizamos que somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, e que para sermos verdadeiramente civilizados e felizes precisamos nos respeitar mutuamente, cooperarmos pelo bem comum, destruindo o egoísmo e o orgulho que ainda nos dominam.
Somos, pois, uma civilização incompleta.
Evoluímos em parte, mas ainda não compreendemos que o mais importante é o próprio ser humano, Espírito imortal, temporariamente no plano físico em busca do seu próprio desenvolvimento.
Como, disse alguém, o homem conhece mais o átomo do que a si próprio.
O Espiritismo considera de fundamental importância, para o progresso moral da humanidade, resgatar os ensinos de Jesus, em sua pureza e simplicidade primitivas.
"Durante os dois mil anos que se seguiram à morte do Mestre e ao Cristianismo Primitivo, a Igreja procedeu, através de sínodos e concílios, a acréscimos de tal magnitude, que acabaram por desfigurar a doutrina original.
Ela incorporou ritos, símbolos e ideias provindos do paganismo romano, do Zoroastrismo e do Mitraísmo (culto de Mitra, divindade solar persa, um dos génios do Masdeísmo)". [1]
E o essencial para a nossa educação, para o desenvolvimento das potencialidades do Espírito, foi relegado a plano secundário, ou mesmo esquecido.
Um exemplo disso é a lei de causa e efeito.
Há várias passagens nos ensinos de Jesus, tratando desse tema:
"A cada um segundo suas obras";
"Guarda a tua espada, pois todos os que pegaram na espada, da espada morrerão";
"Com a medida que medirdes os outros, sereis medidos".
O apóstolo Paulo diz algo semelhante na Epístola aos Gálatas:
"Não vos enganeis;
Deus não se deixa escarnecer;
pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará".
Entretanto, para bem compreendermos a lei de causa e efeito, precisamos admitir e estudar outra lei importante - a reencarnação, pois só numa existência não conseguimos entender o mecanismo da lei.
Daí a importância do estudo dos ensinos de Jesus, à luz da Doutrina Espírita, que nos permite melhor compreender a finalidade da vida, e o que fazer para edificação do reino de Deus em nosso íntimo.
1 - A Missão Maior do Movimento Espírita - Reformador, fevereiro/2001, pág. 24
(Jornal Verdade e Luz Nº 185 de Junho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ainda não nos conscientizamos que somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, e que para sermos verdadeiramente civilizados e felizes precisamos nos respeitar mutuamente, cooperarmos pelo bem comum, destruindo o egoísmo e o orgulho que ainda nos dominam.
Somos, pois, uma civilização incompleta.
Evoluímos em parte, mas ainda não compreendemos que o mais importante é o próprio ser humano, Espírito imortal, temporariamente no plano físico em busca do seu próprio desenvolvimento.
Como, disse alguém, o homem conhece mais o átomo do que a si próprio.
O Espiritismo considera de fundamental importância, para o progresso moral da humanidade, resgatar os ensinos de Jesus, em sua pureza e simplicidade primitivas.
"Durante os dois mil anos que se seguiram à morte do Mestre e ao Cristianismo Primitivo, a Igreja procedeu, através de sínodos e concílios, a acréscimos de tal magnitude, que acabaram por desfigurar a doutrina original.
Ela incorporou ritos, símbolos e ideias provindos do paganismo romano, do Zoroastrismo e do Mitraísmo (culto de Mitra, divindade solar persa, um dos génios do Masdeísmo)". [1]
E o essencial para a nossa educação, para o desenvolvimento das potencialidades do Espírito, foi relegado a plano secundário, ou mesmo esquecido.
Um exemplo disso é a lei de causa e efeito.
Há várias passagens nos ensinos de Jesus, tratando desse tema:
"A cada um segundo suas obras";
"Guarda a tua espada, pois todos os que pegaram na espada, da espada morrerão";
"Com a medida que medirdes os outros, sereis medidos".
O apóstolo Paulo diz algo semelhante na Epístola aos Gálatas:
"Não vos enganeis;
Deus não se deixa escarnecer;
pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará".
Entretanto, para bem compreendermos a lei de causa e efeito, precisamos admitir e estudar outra lei importante - a reencarnação, pois só numa existência não conseguimos entender o mecanismo da lei.
Daí a importância do estudo dos ensinos de Jesus, à luz da Doutrina Espírita, que nos permite melhor compreender a finalidade da vida, e o que fazer para edificação do reino de Deus em nosso íntimo.
1 - A Missão Maior do Movimento Espírita - Reformador, fevereiro/2001, pág. 24
(Jornal Verdade e Luz Nº 185 de Junho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Chico Xavier - Uma lição de Vida
Joanira Necas Soares
Francisco Cândido Xavier nasceu a 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, que no final do século foi um antigo lugarejo chamado "Cachoeira das Três Moças".
Seus pais:
João Cândido Xavier e Maria João de Deus, ele, homem simples que ganhava o sustento da família com um pequeno salário de vendas de bilhetes de loteria. Sua mãe mulher sensível, trabalhadora do lar, com dedicação total e especial à família.
Chico Xavier passou toda sua infância em Pedro Leopoldo, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade e passou a viver com sua madrinha, D. Rita de Cássia que cuidou dele por dois anos, tempo que durou a viuvez de seu pai.
No transcorrer desses dois anos Chico experimenta o sabor amargo da saudade da mãe querida, da perversidade da madrinha, da incompreensão que gira em torno de suas visões e se desenvolve todo o preparo da humildade que se descortina no transcorrer de sua vida e obra mediúnica, marca de um século como o grande fenômeno parapsicológico, admirado e respeitado por todo o mundo.
A 1.ª vidência acontece aos cinco anos quando impelido pela dor dos maus tratos que sofria, refugia-se no fundo do quintal a chorar, sua mãe lhe aparece e diz-lhe:
"Quem não sofre não aprende a lutar".
A partir desse momento a mãe sempre vinha a seu socorro.
Até que um anjo bom anunciado por sua mãe entra em sua vida:
D. Cidália Baptista, segunda esposa de seu pai, alma generosa e amiga que o acolhe juntamente com seus irmãos, ama-os e aconchega-os como se fora seus próprios filhos, a felicidade volta a reinar naquela família simples e humilde vivendo ao toque do amor que se alastraria no porvir para toda humanidade através das mãos abençoadas de um génio de luz a serviço da mediunidade santa.
D. Cidália não entendia o fenómeno mediúnico que acontecia com o filho querido, porém tinha toda uma compreensão especial para com ele.
A madrasta desencarna em 06 de dezembro de 1960, aos 92 anos de idade.
Chico Xavier começou trabalhar muito cedo para ajudar no sustento da família numerosa.
Em suas acções sempre se destacou pela humildade, responsabilidade e dedicação.
Entrou em contacto com o Espiritismo em 1927, quando sua irmã Maria de Conceição caiu gravemente doente, um caso de obsessão.
Nesse ínterim sua mãe reapareceu através da mediunidade de D. Carmem Perácio, após sete anos de ausência.
D. Carmem Perácio teve uma visão de uma chuva de livros caindo sobre Chico Xavier, o que se configura hoje uma realidade presente.
O primeiro encontro com Emmanuel aconteceu em 1931.
Sua primeira obra psicografada é Parnaso de Além Túmulo, publicada em 1932 pela FEB.
Desde essa data prevalece o trabalho incansável desse homem comum, a serviço da Espiritualidade Maior.
Toda renda do seu trabalho mediúnico está a serviço de instituições de caridade, nada lhe pertence, excepto o mérito de sua obra que é fantástica, um património espiritual à disposição do mundo.
A ciência comprovou sua mediunidade, os tribunais de justiça a reverenciam, reconhecendo-a e o sentimento humano abraçou-a de todo coração como uma bênção que caí dos céus, alívio às dores para os desesperançados, desalentados, sofredores e como imensa luz a iluminar o caminho de todos que descobriram a verdade imortal.
Parabéns Chico Xavier pelos 20 milhões de livros que saíram das tuas mãos abençoadas para o mundo inteiro.
Recebe nosso preito de gratidão pelo teu amor à Doutrina Espírita, à mediunidade, à humanidade.
Queremos de todo nosso coração que a tua luz, tua sabedoria continue nos envolvendo juntamente com nossos bondosos amigos espirituais sempre presentes em tua vida.
Tu és hoje a glória de quem soube a serviço de Jesus renunciar a si próprio para que os espíritos falem ao mundo.
Deus te abençoe sempre!
Fonte Bibliográfica:
* Chico Xavier Uma Vida de Amor - Ubiratan Machado - IDE - 2.ª Ed. 1994
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Francisco Cândido Xavier nasceu a 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, que no final do século foi um antigo lugarejo chamado "Cachoeira das Três Moças".
Seus pais:
João Cândido Xavier e Maria João de Deus, ele, homem simples que ganhava o sustento da família com um pequeno salário de vendas de bilhetes de loteria. Sua mãe mulher sensível, trabalhadora do lar, com dedicação total e especial à família.
Chico Xavier passou toda sua infância em Pedro Leopoldo, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade e passou a viver com sua madrinha, D. Rita de Cássia que cuidou dele por dois anos, tempo que durou a viuvez de seu pai.
No transcorrer desses dois anos Chico experimenta o sabor amargo da saudade da mãe querida, da perversidade da madrinha, da incompreensão que gira em torno de suas visões e se desenvolve todo o preparo da humildade que se descortina no transcorrer de sua vida e obra mediúnica, marca de um século como o grande fenômeno parapsicológico, admirado e respeitado por todo o mundo.
A 1.ª vidência acontece aos cinco anos quando impelido pela dor dos maus tratos que sofria, refugia-se no fundo do quintal a chorar, sua mãe lhe aparece e diz-lhe:
"Quem não sofre não aprende a lutar".
A partir desse momento a mãe sempre vinha a seu socorro.
Até que um anjo bom anunciado por sua mãe entra em sua vida:
D. Cidália Baptista, segunda esposa de seu pai, alma generosa e amiga que o acolhe juntamente com seus irmãos, ama-os e aconchega-os como se fora seus próprios filhos, a felicidade volta a reinar naquela família simples e humilde vivendo ao toque do amor que se alastraria no porvir para toda humanidade através das mãos abençoadas de um génio de luz a serviço da mediunidade santa.
D. Cidália não entendia o fenómeno mediúnico que acontecia com o filho querido, porém tinha toda uma compreensão especial para com ele.
A madrasta desencarna em 06 de dezembro de 1960, aos 92 anos de idade.
Chico Xavier começou trabalhar muito cedo para ajudar no sustento da família numerosa.
Em suas acções sempre se destacou pela humildade, responsabilidade e dedicação.
Entrou em contacto com o Espiritismo em 1927, quando sua irmã Maria de Conceição caiu gravemente doente, um caso de obsessão.
Nesse ínterim sua mãe reapareceu através da mediunidade de D. Carmem Perácio, após sete anos de ausência.
D. Carmem Perácio teve uma visão de uma chuva de livros caindo sobre Chico Xavier, o que se configura hoje uma realidade presente.
O primeiro encontro com Emmanuel aconteceu em 1931.
Sua primeira obra psicografada é Parnaso de Além Túmulo, publicada em 1932 pela FEB.
Desde essa data prevalece o trabalho incansável desse homem comum, a serviço da Espiritualidade Maior.
Toda renda do seu trabalho mediúnico está a serviço de instituições de caridade, nada lhe pertence, excepto o mérito de sua obra que é fantástica, um património espiritual à disposição do mundo.
A ciência comprovou sua mediunidade, os tribunais de justiça a reverenciam, reconhecendo-a e o sentimento humano abraçou-a de todo coração como uma bênção que caí dos céus, alívio às dores para os desesperançados, desalentados, sofredores e como imensa luz a iluminar o caminho de todos que descobriram a verdade imortal.
Parabéns Chico Xavier pelos 20 milhões de livros que saíram das tuas mãos abençoadas para o mundo inteiro.
Recebe nosso preito de gratidão pelo teu amor à Doutrina Espírita, à mediunidade, à humanidade.
Queremos de todo nosso coração que a tua luz, tua sabedoria continue nos envolvendo juntamente com nossos bondosos amigos espirituais sempre presentes em tua vida.
Tu és hoje a glória de quem soube a serviço de Jesus renunciar a si próprio para que os espíritos falem ao mundo.
Deus te abençoe sempre!
Fonte Bibliográfica:
* Chico Xavier Uma Vida de Amor - Ubiratan Machado - IDE - 2.ª Ed. 1994
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Atendimento Fraterno
Helena Delfino Bragatto
"Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para vossas almas.
Porque meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
(Mateus, XI: 28-30)
A doutrina Espírita apresenta todas as características do "Consolador Prometido", pelo Atendimento Fraterno que se expressa de múltiplos modos, seja nos aspectos teóricos e práticos da educação, como do alívio físico e espiritual das dores do corpo e da alma.
Atendimento Fraterno nasce na intenção de auxiliar, estender-se na acção prática e vai além, consolação que impregna o ser para sempre.
Portanto, todas as formas que visam auxiliar o próximo em suas aflições, desde que aliadas as Leis de Deus, sem qualquer interesse de retribuição ou apego, são válidas.
Allan Kardec afirma que a Doutrina Espírita antes de tudo, é uma questão de bom senso.
O Atendimento Fraterno que ocorre em muitas Casas Espíritas, reveste-se também de um diálogo reservado, discreto, onde o irmão aflito possa expor as dores de sua alma sem constrangimentos, confiando naquele que o atende e o ouve com respeito.
Desde que este atendimento seja realmente fraterno, discreto, com a intenção de aliviar o irmão que sofre, com palavras sensatas, com base no Evangelho e encaminhá-lo para outros atendimentos da Casa, tais como:
Passes, Desobsessão, etc., é perfeitamente válido e consolador.
Infelizmente, algumas pessoas confundem o Atendimento Fraterno, com Secção de Psicoterapia, entrando assim num campo, que o simples bom senso indica um profissional dessa área, para não faltar-se ao dever da caridade e da ética universal.
É de imensa responsabilidade estar num trabalho como este e nem toda pessoa é apta, experiente e matura para assumi-lo.
Como não se tem "bola de cristal" para adivinhar, faz-se necessário lembrar que há questões que podem passar pelos atendimentos espirituais, porém, a maioria dos casos, não dispensa de forma alguma, a assistência conjunta de médicos, analistas, psiquiatras, psicólogos, etc., pois estes também são missionários da ciência, prontos para auxiliar.
Esclarece André Luiz, que os profissionais dessas áreas, religiosos ou ateus, possuem retaguarda espiritual, pela delicadeza e importância de suas tarefas.
Atendimento Fraterno, sim, mas é preciso compreender mais e melhor tudo o que se lhe diga respeito.
(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
"Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para vossas almas.
Porque meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
(Mateus, XI: 28-30)
A doutrina Espírita apresenta todas as características do "Consolador Prometido", pelo Atendimento Fraterno que se expressa de múltiplos modos, seja nos aspectos teóricos e práticos da educação, como do alívio físico e espiritual das dores do corpo e da alma.
Atendimento Fraterno nasce na intenção de auxiliar, estender-se na acção prática e vai além, consolação que impregna o ser para sempre.
Portanto, todas as formas que visam auxiliar o próximo em suas aflições, desde que aliadas as Leis de Deus, sem qualquer interesse de retribuição ou apego, são válidas.
Allan Kardec afirma que a Doutrina Espírita antes de tudo, é uma questão de bom senso.
O Atendimento Fraterno que ocorre em muitas Casas Espíritas, reveste-se também de um diálogo reservado, discreto, onde o irmão aflito possa expor as dores de sua alma sem constrangimentos, confiando naquele que o atende e o ouve com respeito.
Desde que este atendimento seja realmente fraterno, discreto, com a intenção de aliviar o irmão que sofre, com palavras sensatas, com base no Evangelho e encaminhá-lo para outros atendimentos da Casa, tais como:
Passes, Desobsessão, etc., é perfeitamente válido e consolador.
Infelizmente, algumas pessoas confundem o Atendimento Fraterno, com Secção de Psicoterapia, entrando assim num campo, que o simples bom senso indica um profissional dessa área, para não faltar-se ao dever da caridade e da ética universal.
É de imensa responsabilidade estar num trabalho como este e nem toda pessoa é apta, experiente e matura para assumi-lo.
Como não se tem "bola de cristal" para adivinhar, faz-se necessário lembrar que há questões que podem passar pelos atendimentos espirituais, porém, a maioria dos casos, não dispensa de forma alguma, a assistência conjunta de médicos, analistas, psiquiatras, psicólogos, etc., pois estes também são missionários da ciência, prontos para auxiliar.
Esclarece André Luiz, que os profissionais dessas áreas, religiosos ou ateus, possuem retaguarda espiritual, pela delicadeza e importância de suas tarefas.
Atendimento Fraterno, sim, mas é preciso compreender mais e melhor tudo o que se lhe diga respeito.
(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
A senhora e o mouse
Nilza Tereza Rotter Pelá
Já fizera 55 anos quando considerou que não podia mais amedrontar-se diante do computador.
Depois de várias tentativas de executar tarefas mais complexas com a máquina, quase todas frustradas, pensou em deixar para a outra vida, entretanto a ideia não lhe parecia boa, até mesmo lhe dava uma certa tristeza.
Toda a vida ouvira dizer que querer é poder, estaria ficando preguiçosa ou com a vontade enfraquecida?
Deu-se um tempo conversou com pessoas de seu círculo de amizades, muitas a incentivaram a persistir, outros a buscar actividade menos desgastante.
Estava diante de um difícil processo decisório.
Optou por continuar.
Novas falhas, novos desencantos, novas tristezas.
Por que não conseguia?
As crianças faziam com tanta facilidade e conseguiam coisas maravilhosas.
Tinha que haver uma explicação além da idade e das falhas de memória.
Passou a se observar e analisar o que se apresentava como impeditivo de seu desenvolvimento, onde estaria errando?
O primeiro erro identificado foi "medo de errar", passou a observar que as crianças não gastavam energia lamentando o erro, reservavam a energia para buscar o acerto.
Incluiu este comportamento no seu repertório.
Depois percebeu que as crianças não se sentiam na obrigação de saber e muito menos se intimidavam em perguntar.
Passou a perguntar, queria saber qual comando, qual atalho, qual programa.
Novas desilusões, as pessoas sempre solícitas a ajudar, entretanto quando sozinha com a máquina, nada!
Afastou-se embora inconformada, deixaria para depois quando tivesse um cérebro mais novo em nova reencarnação e quando as máquinas estivessem mais evoluídas.
Ledo engano, isto lhe dava a sensação de derrota, sobretudo porque todos tentavam ajudá-la a superar as dificuldades e repetiam e repetiam os processos para ela que olhava atentamente, anotando tudo.
Eis ai a questão, sempre que alguém se propunha a ajudá-la o primeiro acto era se apossar do mouse e realizar as operações de maneira muito eficiente, mas extremamente veloz, não lhe ensinavam, faziam por ela.
Continua...
Já fizera 55 anos quando considerou que não podia mais amedrontar-se diante do computador.
Depois de várias tentativas de executar tarefas mais complexas com a máquina, quase todas frustradas, pensou em deixar para a outra vida, entretanto a ideia não lhe parecia boa, até mesmo lhe dava uma certa tristeza.
Toda a vida ouvira dizer que querer é poder, estaria ficando preguiçosa ou com a vontade enfraquecida?
Deu-se um tempo conversou com pessoas de seu círculo de amizades, muitas a incentivaram a persistir, outros a buscar actividade menos desgastante.
Estava diante de um difícil processo decisório.
Optou por continuar.
Novas falhas, novos desencantos, novas tristezas.
Por que não conseguia?
As crianças faziam com tanta facilidade e conseguiam coisas maravilhosas.
Tinha que haver uma explicação além da idade e das falhas de memória.
Passou a se observar e analisar o que se apresentava como impeditivo de seu desenvolvimento, onde estaria errando?
O primeiro erro identificado foi "medo de errar", passou a observar que as crianças não gastavam energia lamentando o erro, reservavam a energia para buscar o acerto.
Incluiu este comportamento no seu repertório.
Depois percebeu que as crianças não se sentiam na obrigação de saber e muito menos se intimidavam em perguntar.
Passou a perguntar, queria saber qual comando, qual atalho, qual programa.
Novas desilusões, as pessoas sempre solícitas a ajudar, entretanto quando sozinha com a máquina, nada!
Afastou-se embora inconformada, deixaria para depois quando tivesse um cérebro mais novo em nova reencarnação e quando as máquinas estivessem mais evoluídas.
Ledo engano, isto lhe dava a sensação de derrota, sobretudo porque todos tentavam ajudá-la a superar as dificuldades e repetiam e repetiam os processos para ela que olhava atentamente, anotando tudo.
Eis ai a questão, sempre que alguém se propunha a ajudá-la o primeiro acto era se apossar do mouse e realizar as operações de maneira muito eficiente, mas extremamente veloz, não lhe ensinavam, faziam por ela.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Era preciso não aceitar este tipo de ajuda, era preciso que lhe permitissem, mesmo que devagar, que realizasse ela mesmo as operações.
Era preciso tomar uma atitude, começou muito subtilmente a propor às pessoas que deixassem ela mesma realizar os comandos, nenhum resultado, continuavam a tomar o mouse de sua mão, precisava falar, mas não tinha coragem, afinal estavam ajudando.
Esta situação persistiu até que a leitura do evangelho lhe mostrou o caminho "Que seja o seu falar sim, sim, não, não".
Entendeu finalmente que se quisesse manter o mouse na mão deveria deixar isto bem claro para todos.
Nova dificuldade, novo pedido de ajuda, esta chegou de forma atenciosa como sempre.
Primeiro gesto do "orientador":
pegar o mouse.
Seria agora, muniu-se de coragem e disse que gostaria de explicar uma coisa:
no seu tempo de infância era proibido às crianças mexer nas coisas importantes da casa, sobretudo no rádio e na vitrola pois eram objectos delicados e poderiam se danificar, assim, ainda de alguma forma, para ela o computar era esta "coisa delicada" e portanto tinha necessidade de manter o mouse em sua mão para sentir que podia interagir com a máquina.
Quase riu com o olhar de espanto do "orientador" quando ele disse que ela quem havia pedido ajuda.
— "Sim pedi ajuda, mas não pedi que fizesse por mim", e qual não foi sua surpresa quando recebeu como resposta que ele nunca havia pensado nisso, que de agora em diante quando solicitado à ajudar estaria atento para não tomar o mouse de ninguém.
Este facto nos traz muitas reflexões frente ao eterno objectivo de novos aprendizados,
a) não desistir diante da dificuldade,
b) não nos sentirmos diminuídos quando necessitamos de ajuda, mesmo que esta venha de pessoas muito mais jovens que nós,
c) colocar claramente o que estamos necessitando,
d) não permitir que façam por nós quando podemos nos esforçar para alcançar o aprendizado,
e) primeiro procurar as dificuldades em nós mesmos antes de atribuir a fatores externos,
f) sempre é hora, sempre é lugar e sempre é tempo de aprender, não importa a fase da vida em que estivermos.
Lembremos Irmão Jacob em seu livro "Voltei" quando nos lembra que educação é fruto de "trabalho incessante".
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Era preciso não aceitar este tipo de ajuda, era preciso que lhe permitissem, mesmo que devagar, que realizasse ela mesmo as operações.
Era preciso tomar uma atitude, começou muito subtilmente a propor às pessoas que deixassem ela mesma realizar os comandos, nenhum resultado, continuavam a tomar o mouse de sua mão, precisava falar, mas não tinha coragem, afinal estavam ajudando.
Esta situação persistiu até que a leitura do evangelho lhe mostrou o caminho "Que seja o seu falar sim, sim, não, não".
Entendeu finalmente que se quisesse manter o mouse na mão deveria deixar isto bem claro para todos.
Nova dificuldade, novo pedido de ajuda, esta chegou de forma atenciosa como sempre.
Primeiro gesto do "orientador":
pegar o mouse.
Seria agora, muniu-se de coragem e disse que gostaria de explicar uma coisa:
no seu tempo de infância era proibido às crianças mexer nas coisas importantes da casa, sobretudo no rádio e na vitrola pois eram objectos delicados e poderiam se danificar, assim, ainda de alguma forma, para ela o computar era esta "coisa delicada" e portanto tinha necessidade de manter o mouse em sua mão para sentir que podia interagir com a máquina.
Quase riu com o olhar de espanto do "orientador" quando ele disse que ela quem havia pedido ajuda.
— "Sim pedi ajuda, mas não pedi que fizesse por mim", e qual não foi sua surpresa quando recebeu como resposta que ele nunca havia pensado nisso, que de agora em diante quando solicitado à ajudar estaria atento para não tomar o mouse de ninguém.
Este facto nos traz muitas reflexões frente ao eterno objectivo de novos aprendizados,
a) não desistir diante da dificuldade,
b) não nos sentirmos diminuídos quando necessitamos de ajuda, mesmo que esta venha de pessoas muito mais jovens que nós,
c) colocar claramente o que estamos necessitando,
d) não permitir que façam por nós quando podemos nos esforçar para alcançar o aprendizado,
e) primeiro procurar as dificuldades em nós mesmos antes de atribuir a fatores externos,
f) sempre é hora, sempre é lugar e sempre é tempo de aprender, não importa a fase da vida em que estivermos.
Lembremos Irmão Jacob em seu livro "Voltei" quando nos lembra que educação é fruto de "trabalho incessante".
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Arrependimento
Maria Aparecida Ferreira Lovo
A palavra arrependimento, de acordo com o dicionário significa:
pesar do que fez ou do que se perdeu.
O arrependimento sempre acontece na consciência daquele que está em débito para com as leis divinas.
Começa como simples lembrança da falta cometida, que se supunha já não existir mais nem um sinal;
depois, a recordação do momento infeliz que se estabelece, e que pode levar à obsessão.
O arrependimento que oferece oportunidade para a reabilitação da falta cometida, é convite da consciência para refazer a atitude, a acção mal sucedida.
Quando a criatura descobre que errou e se arrepende, mas, imediatamente começa a acção reparadora, estará se abrindo para o Bem.
Aquele que não se arrepende das faltas cometidas, permanece no estado primitivo, com a consciência adormecida.
O arrependimento sincero constitui elevada conquista do sentimento humano, e indica amadurecimento da razão e da emoção.
Ele surge após a pessoa analisar o erro, descobrindo a falha pessoal no julgamento, na atitude e na conduta em relação às outras pessoas.
Somente quando a consciência desperta e faz uma avaliação dos danos causados, é que o arrependimento honesto toma corpo e domina, buscando meios para a reparação dos males que foram praticados.
Embora seja o primeiro passo na elevação do carácter, o arrependimento por si só não basta, é preciso reparar os males praticados.
Simão Pedro negou conhecer Jesus, porém, arrependendo-se entregou-lhe toda a existência a partir daquele momento.
Somente através da meditação diária dos actos praticados é que a criatura se previne das acções infelizes, e quando alguma acontecer, percebendo de imediato e arrependendo-se, logo começa a reparação, impedindo dessa forma a desarmonia interior.
O arrependimento ilumina a consciência, e a reparação é a consciência do dever em acção.
Bibliografia:
* Desperte e Seja Feliz - Joanna de Ângelis - D. P. Franco - Lição 9
* Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis - D. P. Franco - Lição 11
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
A palavra arrependimento, de acordo com o dicionário significa:
pesar do que fez ou do que se perdeu.
O arrependimento sempre acontece na consciência daquele que está em débito para com as leis divinas.
Começa como simples lembrança da falta cometida, que se supunha já não existir mais nem um sinal;
depois, a recordação do momento infeliz que se estabelece, e que pode levar à obsessão.
O arrependimento que oferece oportunidade para a reabilitação da falta cometida, é convite da consciência para refazer a atitude, a acção mal sucedida.
Quando a criatura descobre que errou e se arrepende, mas, imediatamente começa a acção reparadora, estará se abrindo para o Bem.
Aquele que não se arrepende das faltas cometidas, permanece no estado primitivo, com a consciência adormecida.
O arrependimento sincero constitui elevada conquista do sentimento humano, e indica amadurecimento da razão e da emoção.
Ele surge após a pessoa analisar o erro, descobrindo a falha pessoal no julgamento, na atitude e na conduta em relação às outras pessoas.
Somente quando a consciência desperta e faz uma avaliação dos danos causados, é que o arrependimento honesto toma corpo e domina, buscando meios para a reparação dos males que foram praticados.
Embora seja o primeiro passo na elevação do carácter, o arrependimento por si só não basta, é preciso reparar os males praticados.
Simão Pedro negou conhecer Jesus, porém, arrependendo-se entregou-lhe toda a existência a partir daquele momento.
Somente através da meditação diária dos actos praticados é que a criatura se previne das acções infelizes, e quando alguma acontecer, percebendo de imediato e arrependendo-se, logo começa a reparação, impedindo dessa forma a desarmonia interior.
O arrependimento ilumina a consciência, e a reparação é a consciência do dever em acção.
Bibliografia:
* Desperte e Seja Feliz - Joanna de Ângelis - D. P. Franco - Lição 9
* Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis - D. P. Franco - Lição 11
(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Trabalho em equipe
Naiara Taici Ferreira de Oliveira
O esforço de um grupo é indiscutivelmente a senha de acesso para realizações produtivas.
Ao longo do tempo, após certa convivência, os integrantes de uma mesma Casa Espírita, por exemplo, são levados a uma única visão, ou seja, a uma visão comum na acção e nas actividades a serem desenvolvidas.
Muitos trabalhadores apresentam bom desempenho no trabalho independente, mas poderão realizar melhor tarefa se contarem com o auxílio de outras pessoas operando em equipe.
É característica do ser humano o gosto de se relacionar e de trabalhar socialmente em meio a outras criaturas.
Quando em parceria, o trabalho que até então era realizado apenas por uma pessoa, torna-se melhor, enriquece-se.
A integração entre companheiros num mesmo propósito transforma-se em força maravilhosa que vence agitações externas, por maiores que sejam.
Para obtermos eficiência e bom desempenho é preciso comunicação objectiva que envolva todos e conduza-nos a tomar contato com as informações necessárias do andamento normal do serviço.
Trabalhar em equipe implica interação de relacionamentos que permitem aos cooperadores saberem o que os outros estão fazendo ou realizando e quais as metas a serem atingidas.
Não atingiremos bom desempenho em equipe se os integrantes não tiverem reuniões periódicas em local previamente destinado, onde possam ser estimulados em trocas de ideias, colaborações, renovação, amizade e compartilhamento de princípios.
Não se esquecer do trabalho dos planos superiores presentes a essas reuniões fraternas e amorosas.
Sabendo disso, o líder precisa estar atento para que as opiniões expressas não sejam levadas a interpretações negativas, que poderão gerar “conversinhas” e pareceres distanciados do equilíbrio e do real objectivo.
Para qualquer tipo de ação é necessária a sustentação da harmonia e da serenidade.
Nota-se grande diferença quando se vê equipes nesses moldes, trabalhando.
Não basta porém, que estimulemos pessoas a trabalharem juntas, necessário que esclareçamos os objetivos do trabalho, sendo ele na Casa Espírita ou fora dela.
Nas mesmas proporções, levar à conscientização de quanto mais trocas se efetuarem, mais fortes serão os vínculos entre os componentes do grupo e com as instituições.
(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
O esforço de um grupo é indiscutivelmente a senha de acesso para realizações produtivas.
Ao longo do tempo, após certa convivência, os integrantes de uma mesma Casa Espírita, por exemplo, são levados a uma única visão, ou seja, a uma visão comum na acção e nas actividades a serem desenvolvidas.
Muitos trabalhadores apresentam bom desempenho no trabalho independente, mas poderão realizar melhor tarefa se contarem com o auxílio de outras pessoas operando em equipe.
É característica do ser humano o gosto de se relacionar e de trabalhar socialmente em meio a outras criaturas.
Quando em parceria, o trabalho que até então era realizado apenas por uma pessoa, torna-se melhor, enriquece-se.
A integração entre companheiros num mesmo propósito transforma-se em força maravilhosa que vence agitações externas, por maiores que sejam.
Para obtermos eficiência e bom desempenho é preciso comunicação objectiva que envolva todos e conduza-nos a tomar contato com as informações necessárias do andamento normal do serviço.
Trabalhar em equipe implica interação de relacionamentos que permitem aos cooperadores saberem o que os outros estão fazendo ou realizando e quais as metas a serem atingidas.
Não atingiremos bom desempenho em equipe se os integrantes não tiverem reuniões periódicas em local previamente destinado, onde possam ser estimulados em trocas de ideias, colaborações, renovação, amizade e compartilhamento de princípios.
Não se esquecer do trabalho dos planos superiores presentes a essas reuniões fraternas e amorosas.
Sabendo disso, o líder precisa estar atento para que as opiniões expressas não sejam levadas a interpretações negativas, que poderão gerar “conversinhas” e pareceres distanciados do equilíbrio e do real objectivo.
Para qualquer tipo de ação é necessária a sustentação da harmonia e da serenidade.
Nota-se grande diferença quando se vê equipes nesses moldes, trabalhando.
Não basta porém, que estimulemos pessoas a trabalharem juntas, necessário que esclareçamos os objetivos do trabalho, sendo ele na Casa Espírita ou fora dela.
Nas mesmas proporções, levar à conscientização de quanto mais trocas se efetuarem, mais fortes serão os vínculos entre os componentes do grupo e com as instituições.
(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Soluções para o entusiasmo
Orson Peter Carrara
Já se disse que falta entusiasmo nos Centros Espíritas ou no Movimento Espírita.
Isto não é regra, pois existem exemplos de grande dedicação à Doutrina, mas há um sim uma grave questão a ser resolvida para aproximar e unir mais os espíritas.
Temos uma Doutrina extraordinária nas mãos que nos felicita com seus ensinamentos, nos estimula ao progresso, está sempre connosco.
Nossas Casas Espíritas significam verdadeiro oásis de paz ao coração, extensão de nossa casa e autêntico aconchego de nossas aspirações à felicidade.
Elaboramos uma lista com alguns itens como soluções para brotar o entusiasmo no coração do espírita, na Casa Espírita e no próprio Movimento, vencendo os obstáculos sempre apresentados:
Estude a Doutrina: Eleja o estudo como actividade prioritária;
Valorize os amigos: Torne os companheiros do Centro seus verdadeiros amigos. Valorize-os;
Realize eventos: Saia da rotina. Promova eventos doutrinários com qualidade;
Valorize a Imprensa Espírita: Assine e distribua jornais e revistas, estimule assinaturas; Comente o conteúdo das publicações;
Frutos do Movimento: Divulgue, mostre o que o Movimento produz;
Confraternize: Aproxime-se dos espíritas. Promova almoços e passeios;
Proximidade: Aproxime as pessoas dos expositores, proporcione-lhes estes encontros;
Participe: Participe de eventos, palestras, encontros. Não perca esta chance;
Crianças e jovens: Integre-os ativamente ao Movimento;
Livros: Faça sorteios, doe livros, comente com o público, mostre os livros.
E mais:
a) Solte a informação (não a bloqueie ou engavete);
b) Facilite um clima de confiança;
c) Convide pessoalmente, por fone ou carta, os companheiros a participarem
E finalmente, esqueça ciúmes ou rivalidades.
Todos tem valor e não são obrigados a pensar pela cabeça de um só.
Todos temos algo a oferecer.
Imposição e rigor excessivo colocam tudo a perder.
Engaje-se nas actividades e sentiremos o entusiasmo também presente no coração.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Já se disse que falta entusiasmo nos Centros Espíritas ou no Movimento Espírita.
Isto não é regra, pois existem exemplos de grande dedicação à Doutrina, mas há um sim uma grave questão a ser resolvida para aproximar e unir mais os espíritas.
Temos uma Doutrina extraordinária nas mãos que nos felicita com seus ensinamentos, nos estimula ao progresso, está sempre connosco.
Nossas Casas Espíritas significam verdadeiro oásis de paz ao coração, extensão de nossa casa e autêntico aconchego de nossas aspirações à felicidade.
Elaboramos uma lista com alguns itens como soluções para brotar o entusiasmo no coração do espírita, na Casa Espírita e no próprio Movimento, vencendo os obstáculos sempre apresentados:
Estude a Doutrina: Eleja o estudo como actividade prioritária;
Valorize os amigos: Torne os companheiros do Centro seus verdadeiros amigos. Valorize-os;
Realize eventos: Saia da rotina. Promova eventos doutrinários com qualidade;
Valorize a Imprensa Espírita: Assine e distribua jornais e revistas, estimule assinaturas; Comente o conteúdo das publicações;
Frutos do Movimento: Divulgue, mostre o que o Movimento produz;
Confraternize: Aproxime-se dos espíritas. Promova almoços e passeios;
Proximidade: Aproxime as pessoas dos expositores, proporcione-lhes estes encontros;
Participe: Participe de eventos, palestras, encontros. Não perca esta chance;
Crianças e jovens: Integre-os ativamente ao Movimento;
Livros: Faça sorteios, doe livros, comente com o público, mostre os livros.
E mais:
a) Solte a informação (não a bloqueie ou engavete);
b) Facilite um clima de confiança;
c) Convide pessoalmente, por fone ou carta, os companheiros a participarem
E finalmente, esqueça ciúmes ou rivalidades.
Todos tem valor e não são obrigados a pensar pela cabeça de um só.
Todos temos algo a oferecer.
Imposição e rigor excessivo colocam tudo a perder.
Engaje-se nas actividades e sentiremos o entusiasmo também presente no coração.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Prece do Orador Espírita
Octávio Caúmo Serrano
* Obrigado, Senhor, pela possibilidade que me dá de divulgar o seu Evangelho.
Mas eu agradeço, acima de tudo, porque ao falar para o meu semelhante tenho o privilégio de analisar e aplicar em mim o que recomendo para os outros.
* Agradeço, Senhor, pela oportunidade que me é dada de estudar suas lições.
Mas sou grato, principalmente, pela mente sã e lúcida que me permite reter e compreender as preciosas notícias.
* Graças lhe dou, Senhor, pelos chamados e convites que recebo para falar do seu amor pela humanidade.
Mas peço a sua ajuda para que minhas palavras sejam sempre acompanhadas do exemplo de boa conduta, mesmo nas mais difíceis situações.
* Ajude-me, Senhor, para que eu encontre uma linguagem simples e clara quando falar aos meus irmãos do caminho, para que nunca sejam interpretadas de forma distorcida e levem mais dúvidas que certezas, mais indecisões que coragem.
* Obrigado, Senhor, por ter-me aberto olhos e coração, mostrando-me a porta estreita da lógica, do bom senso e do amor, vedada ainda a tantos irmãos equivocados que persistem no mal e na ignorância.
Mas lhe peço, Senhor, ensina-me a respeitar o entendimento de cada um para não infringir sua liberdade de pensar e agir, porque eu mesmo, ainda imperfeito, dependo muito da sua misericórdia.
* Que, apesar de pequeno, Senhor, eu possa ser seu fiel emissário e saiba noticiar o seu amor por todos nós e a sua tristeza diante da nossa indiferença e vacilações de fé.
Que eu O ajude a formar um homem novo a cada dia, mostrando-lhe as verdades eternas.
Inspira-me, porém, Senhor, para que eu tenha paciência e jamais fique irado ou deserte do trabalho ao surgir obstáculos que pareçam de impossível remoção.
* Dê-me, enfim, Senhor, serenidade, força e discernimento quando eu falar em seu nome.
Que assim seja.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
* Obrigado, Senhor, pela possibilidade que me dá de divulgar o seu Evangelho.
Mas eu agradeço, acima de tudo, porque ao falar para o meu semelhante tenho o privilégio de analisar e aplicar em mim o que recomendo para os outros.
* Agradeço, Senhor, pela oportunidade que me é dada de estudar suas lições.
Mas sou grato, principalmente, pela mente sã e lúcida que me permite reter e compreender as preciosas notícias.
* Graças lhe dou, Senhor, pelos chamados e convites que recebo para falar do seu amor pela humanidade.
Mas peço a sua ajuda para que minhas palavras sejam sempre acompanhadas do exemplo de boa conduta, mesmo nas mais difíceis situações.
* Ajude-me, Senhor, para que eu encontre uma linguagem simples e clara quando falar aos meus irmãos do caminho, para que nunca sejam interpretadas de forma distorcida e levem mais dúvidas que certezas, mais indecisões que coragem.
* Obrigado, Senhor, por ter-me aberto olhos e coração, mostrando-me a porta estreita da lógica, do bom senso e do amor, vedada ainda a tantos irmãos equivocados que persistem no mal e na ignorância.
Mas lhe peço, Senhor, ensina-me a respeitar o entendimento de cada um para não infringir sua liberdade de pensar e agir, porque eu mesmo, ainda imperfeito, dependo muito da sua misericórdia.
* Que, apesar de pequeno, Senhor, eu possa ser seu fiel emissário e saiba noticiar o seu amor por todos nós e a sua tristeza diante da nossa indiferença e vacilações de fé.
Que eu O ajude a formar um homem novo a cada dia, mostrando-lhe as verdades eternas.
Inspira-me, porém, Senhor, para que eu tenha paciência e jamais fique irado ou deserte do trabalho ao surgir obstáculos que pareçam de impossível remoção.
* Dê-me, enfim, Senhor, serenidade, força e discernimento quando eu falar em seu nome.
Que assim seja.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Pode o homem ser feliz?
Iracema Linhares Giorgini
“O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?”
- questão 920 de “O Livro dos Espíritos”
“— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto pode ser na Terra” e completa na questão seguinte:
“— O homem é na maioria das vezes o artífice de sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus lei ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro”.
A Terra ainda não é um lugar onde se possa pretender gozar a felicidade completa já que é um mundo onde a vida ainda tem conotações de expiação, prova ou reparação.
Cada um porém, poderá usufruir de uma felicidade relativa ao seu grau de adiantamento; vivendo conforme a lei de Deus.
No respeito a essas leis - pode-se poupar muitos males porque é na maioria das vezes o próprio ser humano causador do seu sofrimento em virtude de suas imperfeições:
a cobiça, a inveja, o ciúme, o desespero, a revolta, angústia por carência de satisfação de necessidades e paixões.
A felicidade porém não depende de coisas exteriores, nem na posse ou falta dela.
Está nas alegrias da alma, fruto das lutas redentoras, dos labores de cada um.
Assim, é na trama da própria vida que nos cumpre criar essa felicidade.
Colocando-a sempre onde estamos, no momento presente - entendendo que na vida o modo de entender, de agir, de reagir às situações trar-nos-á ou não momentos felizes.
Embora vivendo num mundo de expiação e provas - cabe ao trabalho de cada um sentir-se feliz ou infeliz.
Nesse entender felicidade vai se constituir em paz e tranquilidade espirituais auferida pelo dever cumprido, na certeza de ter feito o melhor.
Vai estar na atitude correta perante a vida, a si mesmo e ao próximo.
A felicidade existe, é um facto e será pura, um estado permanente nos mundos adiantados e naquelas pessoas que já alcançaram o progresso espiritual, quando não importa o mundo e se estão encarnados ou desencarnados, mas constitui um estado íntimo da consciência que traz claro em si que, em todas as situações apresentadas, deu o melhor de si, doou-se completamente, para que o outro ficasse bem.
Daí a importância de estar atento, e a cada momento, nas várias situações que a vida apresenta, fazer o melhor tendo Jesus como o indicador, modelo e guia para nossas decisões.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
“O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?”
- questão 920 de “O Livro dos Espíritos”
“— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto pode ser na Terra” e completa na questão seguinte:
“— O homem é na maioria das vezes o artífice de sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus lei ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro”.
A Terra ainda não é um lugar onde se possa pretender gozar a felicidade completa já que é um mundo onde a vida ainda tem conotações de expiação, prova ou reparação.
Cada um porém, poderá usufruir de uma felicidade relativa ao seu grau de adiantamento; vivendo conforme a lei de Deus.
No respeito a essas leis - pode-se poupar muitos males porque é na maioria das vezes o próprio ser humano causador do seu sofrimento em virtude de suas imperfeições:
a cobiça, a inveja, o ciúme, o desespero, a revolta, angústia por carência de satisfação de necessidades e paixões.
A felicidade porém não depende de coisas exteriores, nem na posse ou falta dela.
Está nas alegrias da alma, fruto das lutas redentoras, dos labores de cada um.
Assim, é na trama da própria vida que nos cumpre criar essa felicidade.
Colocando-a sempre onde estamos, no momento presente - entendendo que na vida o modo de entender, de agir, de reagir às situações trar-nos-á ou não momentos felizes.
Embora vivendo num mundo de expiação e provas - cabe ao trabalho de cada um sentir-se feliz ou infeliz.
Nesse entender felicidade vai se constituir em paz e tranquilidade espirituais auferida pelo dever cumprido, na certeza de ter feito o melhor.
Vai estar na atitude correta perante a vida, a si mesmo e ao próximo.
A felicidade existe, é um facto e será pura, um estado permanente nos mundos adiantados e naquelas pessoas que já alcançaram o progresso espiritual, quando não importa o mundo e se estão encarnados ou desencarnados, mas constitui um estado íntimo da consciência que traz claro em si que, em todas as situações apresentadas, deu o melhor de si, doou-se completamente, para que o outro ficasse bem.
Daí a importância de estar atento, e a cada momento, nas várias situações que a vida apresenta, fazer o melhor tendo Jesus como o indicador, modelo e guia para nossas decisões.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Os trabalhadores da última hora
José Argemiro da Silveira
“O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de aliciar trabalhadores para sua vinha”
(Mateus, cap. XX, v. 1 e seguintes).
A parábola dos trabalhadores na vinha não é de fácil interpretação.
Diversos grupos de trabalhadores recebem o mesmo pagamento por períodos de trabalho totalmente diversos.
Uns trabalham o dia todo, doze horas, das 6 às 18 horas;
outros apenas uma hora, das 17 às 18 horas - e todos recebem a mesma quantia.
Como entender o facto de Jesus comparar o reino dos céus, onde tudo é justiça, com uma situação aparentemente injusta:
a remuneração igual a jornadas de trabalho desiguais.
Procuremos entender o ensinamento que o Mestre nos deixou.
O pai de família - Deus;
A vinha - O Universo;
Os trabalhadores - Os seres humanos;
O trabalho na vinha - O trabalho no bem;
As horas - Qualquer período de tempo;
O salário - A felicidade que se consegue com o trabalho no bem.
Há um aparente conflito da ideia de um Deus justo com o modo pelo qual o senhor da vinha remunerou os trabalhadores.
Certamente Jesus não pretendeu caracterizar Deus como injusto.
Rui Barbosa disse certa vez que tratar iguais com desigualdade é cometer injustiça, mas tratar desiguais com igualdade também é cometer injustiça.
Vamos à parábola.
O pai de família pagou aos trabalhadores da primeira hora exactamente o valor combinado.
Portanto, não os prejudicou, como ele mesmo lembrou quando eles reclamaram.
Quanto aos demais, a parábola nada diz sobre o acerto de salário, levando-nos a entender que os trabalhadores aceitaram a oferta de trabalho sem combinar, previamente, o salário.
O senhor da vinha, ao ser questionado pelos trabalhadores da primeira hora, esclarece que o facto de pagar o mesmo salário a todos foi um acto de bondade de sua parte.
Nestas condições, a quantia paga aos que chegaram mais tarde seria, parte remuneração pelo serviço prestado, e parte auxílio espontâneo.
Vemos, portanto, que o senhor da vinha nada fez de injusto.
Quando prestamos auxílio a pessoas diferentes, e as ajudamos com quantias desiguais, a critério nosso, não cometemos injustiça, pois temos liberdade de distribuir tais recursos da maneira como entendermos mais acertada.
Também quando auxiliamos a instituições beneficentes diversas, não cogitamos de atribuir a mesma quota a cada uma delas, Consideramos o volume de serviços que prestam à comunidade, suas dificuldades, e com base nesses dados é que outorgamos o nosso apoio.
Parece não haver injustiça aí.
A parábola mostra que os que foram contractados mais tarde tinham disponibilidade para o trabalho.
Faltou-lhes a oportunidade.
Trabalharam menos hora não por preguiça ou negligência, e sim por motivos alheios à sua vontade.
Quando o senhor da vinha os convocou, aceitaram prontamente e, pelo que consta no texto, sem exigir qualquer pagamento.
Continua...
“O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de aliciar trabalhadores para sua vinha”
(Mateus, cap. XX, v. 1 e seguintes).
A parábola dos trabalhadores na vinha não é de fácil interpretação.
Diversos grupos de trabalhadores recebem o mesmo pagamento por períodos de trabalho totalmente diversos.
Uns trabalham o dia todo, doze horas, das 6 às 18 horas;
outros apenas uma hora, das 17 às 18 horas - e todos recebem a mesma quantia.
Como entender o facto de Jesus comparar o reino dos céus, onde tudo é justiça, com uma situação aparentemente injusta:
a remuneração igual a jornadas de trabalho desiguais.
Procuremos entender o ensinamento que o Mestre nos deixou.
O pai de família - Deus;
A vinha - O Universo;
Os trabalhadores - Os seres humanos;
O trabalho na vinha - O trabalho no bem;
As horas - Qualquer período de tempo;
O salário - A felicidade que se consegue com o trabalho no bem.
Há um aparente conflito da ideia de um Deus justo com o modo pelo qual o senhor da vinha remunerou os trabalhadores.
Certamente Jesus não pretendeu caracterizar Deus como injusto.
Rui Barbosa disse certa vez que tratar iguais com desigualdade é cometer injustiça, mas tratar desiguais com igualdade também é cometer injustiça.
Vamos à parábola.
O pai de família pagou aos trabalhadores da primeira hora exactamente o valor combinado.
Portanto, não os prejudicou, como ele mesmo lembrou quando eles reclamaram.
Quanto aos demais, a parábola nada diz sobre o acerto de salário, levando-nos a entender que os trabalhadores aceitaram a oferta de trabalho sem combinar, previamente, o salário.
O senhor da vinha, ao ser questionado pelos trabalhadores da primeira hora, esclarece que o facto de pagar o mesmo salário a todos foi um acto de bondade de sua parte.
Nestas condições, a quantia paga aos que chegaram mais tarde seria, parte remuneração pelo serviço prestado, e parte auxílio espontâneo.
Vemos, portanto, que o senhor da vinha nada fez de injusto.
Quando prestamos auxílio a pessoas diferentes, e as ajudamos com quantias desiguais, a critério nosso, não cometemos injustiça, pois temos liberdade de distribuir tais recursos da maneira como entendermos mais acertada.
Também quando auxiliamos a instituições beneficentes diversas, não cogitamos de atribuir a mesma quota a cada uma delas, Consideramos o volume de serviços que prestam à comunidade, suas dificuldades, e com base nesses dados é que outorgamos o nosso apoio.
Parece não haver injustiça aí.
A parábola mostra que os que foram contractados mais tarde tinham disponibilidade para o trabalho.
Faltou-lhes a oportunidade.
Trabalharam menos hora não por preguiça ou negligência, e sim por motivos alheios à sua vontade.
Quando o senhor da vinha os convocou, aceitaram prontamente e, pelo que consta no texto, sem exigir qualquer pagamento.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Jesus, por certo, valorizou a boa-vontade, a disponibilidade daqueles trabalhadores que, ao serem convocados ao trabalho, atenderam prontamente, sem cogitar da retribuição, da recompensa a ser obtida.
Poderiam ter raciocinado que já era tarde, trabalhariam por pouco tempo, e, consequentemente, a remuneração não seria compensadora.
Mas não agiram assim, com esse cálculo, visando só a recompensa para se entregarem ao trabalho.
Trazendo para o campo prático, e entendendo esse trabalho, como actividade no bem, serviço em favor do bem comum, sabemos que muitas vezes pessoas deixam de dar a sua colaboração numa determinada instituição, ou num projecto em favor do próximo, porque não obteriam as “vantagens” (aparecer como bom perante a opinião de terceiros, ficar mais conhecido, ser aplaudido, etc.) que desejariam.
No Livro dos Espíritos, questão 893, Kardec indaga qual a mais meritória de todas as virtudes?
Os instrutores respondem:
“Todas as virtudes tem o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências;
mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção”.
A parábola nos ensina a importância de nosso engajamento na actividade da “vinha”.
Ele traz para nós o “salário” da felicidade, a auto-realização, a tranquilidade moral, ajudando-nos em nossa evolução espiritual, finalidade da existência na Terra.
O facto de os trabalhadores serem arrebanhados em horas diferentes, a nosso ver, significa que o momento em que atendemos o chamado não ocorre no mesmo tempo, nem nas mesmas condições.
Cada um está num patamar evolutivo.
Assim, embora haja trabalho para todos, “só quando estamos pronto é que o Mestre aparece”.
Importante evitar a preguiça e a indiferença, como os personagens da parábola, mas também não nos aventuramos tentando fazer coisas superiores às nossas possibilidades, por orgulho e vaidade, Se cultivarmos o estudo, a reflexão, e buscarmos cooperar com o bem, vamos entendendo o sentido da vida, e encontramos o lugar para atuarmos, naturalmente.
“Estar na praça”, aguardando o chamamento, como os personagens da história, é nos preparar intelectual e moralmente, para atender o chamado.
Se nosso limite não nos permite produzir mais, mas se fazemos o que podemos, com sinceridade, na direcção correcta, a bondade Divina sabe valorizar nosso esforço.
Daí a igualdade de pagamento aos trabalhadores da história.
Outro ensino importante é o alerta quanto a inveja
- “Tens mau olho, porque sou bom?”.
Diante da generosidade do pai de família, os trabalhadores da primeira hora reclamaram, embora houvessem recebido o que fora combinado.
Mas julgaram merecer mais, já que os outros receberam a mesma quantia.
É frequente acontecer com muitos de nós.
Estamos bem, tudo corre normalmente, mas só porque, ao que nos parece, outros (vizinhos, amigos, colegas de trabalho) estão obtendo mais sucesso, neste ou naquele sentido, ficamos frustrados, descontentes.
Atitude errada que Jesus combate.
Devemos nos alegrar com o bem, o sucesso do outro, e não “ter mau olho, porque o Pai é bom”.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Jesus, por certo, valorizou a boa-vontade, a disponibilidade daqueles trabalhadores que, ao serem convocados ao trabalho, atenderam prontamente, sem cogitar da retribuição, da recompensa a ser obtida.
Poderiam ter raciocinado que já era tarde, trabalhariam por pouco tempo, e, consequentemente, a remuneração não seria compensadora.
Mas não agiram assim, com esse cálculo, visando só a recompensa para se entregarem ao trabalho.
Trazendo para o campo prático, e entendendo esse trabalho, como actividade no bem, serviço em favor do bem comum, sabemos que muitas vezes pessoas deixam de dar a sua colaboração numa determinada instituição, ou num projecto em favor do próximo, porque não obteriam as “vantagens” (aparecer como bom perante a opinião de terceiros, ficar mais conhecido, ser aplaudido, etc.) que desejariam.
No Livro dos Espíritos, questão 893, Kardec indaga qual a mais meritória de todas as virtudes?
Os instrutores respondem:
“Todas as virtudes tem o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências;
mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção”.
A parábola nos ensina a importância de nosso engajamento na actividade da “vinha”.
Ele traz para nós o “salário” da felicidade, a auto-realização, a tranquilidade moral, ajudando-nos em nossa evolução espiritual, finalidade da existência na Terra.
O facto de os trabalhadores serem arrebanhados em horas diferentes, a nosso ver, significa que o momento em que atendemos o chamado não ocorre no mesmo tempo, nem nas mesmas condições.
Cada um está num patamar evolutivo.
Assim, embora haja trabalho para todos, “só quando estamos pronto é que o Mestre aparece”.
Importante evitar a preguiça e a indiferença, como os personagens da parábola, mas também não nos aventuramos tentando fazer coisas superiores às nossas possibilidades, por orgulho e vaidade, Se cultivarmos o estudo, a reflexão, e buscarmos cooperar com o bem, vamos entendendo o sentido da vida, e encontramos o lugar para atuarmos, naturalmente.
“Estar na praça”, aguardando o chamamento, como os personagens da história, é nos preparar intelectual e moralmente, para atender o chamado.
Se nosso limite não nos permite produzir mais, mas se fazemos o que podemos, com sinceridade, na direcção correcta, a bondade Divina sabe valorizar nosso esforço.
Daí a igualdade de pagamento aos trabalhadores da história.
Outro ensino importante é o alerta quanto a inveja
- “Tens mau olho, porque sou bom?”.
Diante da generosidade do pai de família, os trabalhadores da primeira hora reclamaram, embora houvessem recebido o que fora combinado.
Mas julgaram merecer mais, já que os outros receberam a mesma quantia.
É frequente acontecer com muitos de nós.
Estamos bem, tudo corre normalmente, mas só porque, ao que nos parece, outros (vizinhos, amigos, colegas de trabalho) estão obtendo mais sucesso, neste ou naquele sentido, ficamos frustrados, descontentes.
Atitude errada que Jesus combate.
Devemos nos alegrar com o bem, o sucesso do outro, e não “ter mau olho, porque o Pai é bom”.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O Jovem Espírita se sente mais responsável diante das transformações do mundo?
Daniel Carlos Pires
Eis uma questão a ser pensada e respondida por cada um de nós à nós mesmos;
a juventude de hoje, é filha de uma juventude marcada por estilos, filosofias de vida, e ideais políticos fortes;
ideologias que atravessaram décadas inteiras e que dificilmente serão esquecidas.
E hoje?
– Hoje observamos uma diversidade conturbada de ideias e estilos de vida, o jovem não possui memória política, o próprio andamento diante da evolução do nosso planeta tem nos impulsionado a isso.
As informações chegam cada vez em velocidade maior, a escolha por uma profissão e um planeamento familiar se tornam cada vez mais difíceis, e até raros.
No “Jogo da Vida”, o jovem aprende que o companheiro ao lado na escola, ao invés de seu companheiro e “amigo”, é um concorrente que pode tomar sua vaga em um Vestibular;
o jovem aprende que se ele não for o melhor em sua profissão, outro irá ocupar seu lugar por um salário menor;
os meios de comunicação avançados fazem com que os contactos pessoais se tornem cada vez mais “mecânicos”;
a formação e definição de uma personalidade no indivíduo se torna cada vez mais difícil, estamos vivendo uma época de opções muito variadas;
as músicas que hoje tocam nas rádios, daqui à algumas semanas nunca mais irão tocar, e você nem se quer irá lembrar delas, com a moda acontece a mesma coisa, e isso pode ser estendido ao que vem acontecendo em vários outros âmbitos, como por exemplo a escolha de uma profissão onde o jovem tem que adequar suas vocações às necessidades do Mercado de Trabalho.
Só que a cada dia que passa essa necessidade muda;
o mundo gira constantemente;
os valores se desfazem, a ciência avança parecendo não ter limites.
E nós “Jovens Espíritas” como estamos?
Claro que esta pergunta não se estende apenas aos jovens, mas sim a toda a família que carece de bases sólidas para caminhar em harmonia.
Será que estamos buscando realmente viver em harmonia com o próximo?
É certo que nós como todos os outros humanos temos obrigação de acompanhar o desenvolvimento do nosso planeta nessa fase de transição!
Mas isso não significa que tenhamos de ser iguais aos outros;
se tivermos que competir para sobreviver, que possamos competir com dignidade e justiça, se tivermos de fazer uma escolha importante, que possamos escolher o que é melhor para nós, mas que pode ser melhor para as pessoas à nossa volta também;
se tivermos que nos embalar em ritmos novos, que possamos escolher o que há de melhor e não o mais promiscuo.
Enfim, devemos buscar no aprendizado espírita, em suas bases, em Kardec, toda a sabedoria dos Espíritos Superiores e aplicarmos seus ensinamentos em nossa vida quotidiana, sempre procurando levar Jesus como exemplo de Vida e Moral.
E nunca esquecer que o mais coerente na vida é filtrar tudo o que nos chega, e explorar o que há de melhor em nós mesmos, e nunca deixar tudo isso guardado em uma gaveta, mas sim aplicar isso no nosso dia a dia, e em nossas vidas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Eis uma questão a ser pensada e respondida por cada um de nós à nós mesmos;
a juventude de hoje, é filha de uma juventude marcada por estilos, filosofias de vida, e ideais políticos fortes;
ideologias que atravessaram décadas inteiras e que dificilmente serão esquecidas.
E hoje?
– Hoje observamos uma diversidade conturbada de ideias e estilos de vida, o jovem não possui memória política, o próprio andamento diante da evolução do nosso planeta tem nos impulsionado a isso.
As informações chegam cada vez em velocidade maior, a escolha por uma profissão e um planeamento familiar se tornam cada vez mais difíceis, e até raros.
No “Jogo da Vida”, o jovem aprende que o companheiro ao lado na escola, ao invés de seu companheiro e “amigo”, é um concorrente que pode tomar sua vaga em um Vestibular;
o jovem aprende que se ele não for o melhor em sua profissão, outro irá ocupar seu lugar por um salário menor;
os meios de comunicação avançados fazem com que os contactos pessoais se tornem cada vez mais “mecânicos”;
a formação e definição de uma personalidade no indivíduo se torna cada vez mais difícil, estamos vivendo uma época de opções muito variadas;
as músicas que hoje tocam nas rádios, daqui à algumas semanas nunca mais irão tocar, e você nem se quer irá lembrar delas, com a moda acontece a mesma coisa, e isso pode ser estendido ao que vem acontecendo em vários outros âmbitos, como por exemplo a escolha de uma profissão onde o jovem tem que adequar suas vocações às necessidades do Mercado de Trabalho.
Só que a cada dia que passa essa necessidade muda;
o mundo gira constantemente;
os valores se desfazem, a ciência avança parecendo não ter limites.
E nós “Jovens Espíritas” como estamos?
Claro que esta pergunta não se estende apenas aos jovens, mas sim a toda a família que carece de bases sólidas para caminhar em harmonia.
Será que estamos buscando realmente viver em harmonia com o próximo?
É certo que nós como todos os outros humanos temos obrigação de acompanhar o desenvolvimento do nosso planeta nessa fase de transição!
Mas isso não significa que tenhamos de ser iguais aos outros;
se tivermos que competir para sobreviver, que possamos competir com dignidade e justiça, se tivermos de fazer uma escolha importante, que possamos escolher o que é melhor para nós, mas que pode ser melhor para as pessoas à nossa volta também;
se tivermos que nos embalar em ritmos novos, que possamos escolher o que há de melhor e não o mais promiscuo.
Enfim, devemos buscar no aprendizado espírita, em suas bases, em Kardec, toda a sabedoria dos Espíritos Superiores e aplicarmos seus ensinamentos em nossa vida quotidiana, sempre procurando levar Jesus como exemplo de Vida e Moral.
E nunca esquecer que o mais coerente na vida é filtrar tudo o que nos chega, e explorar o que há de melhor em nós mesmos, e nunca deixar tudo isso guardado em uma gaveta, mas sim aplicar isso no nosso dia a dia, e em nossas vidas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O dever - Lei Moral
Maria Aparecida Ferreira Lovo
A lei moral sinaliza ao ser humano o que deve ou não fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta, ela é a directriz verdadeira para a felicidade do homem.
O dever é responsabilidade no conjunto das determinações da lei moral, a regra pela qual o homem deve conduzir-se primeiro consigo e depois em consequência com seus semelhantes.
O dever inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos.
Ele não é idêntico para todos, variando de acordo com o grau evolutivo de cada um.
Quanto mais a criatura se eleva, mais percebe sua grandeza, majestade, extensão e o seu exercício torna-se agradável, pois, produz alegrias íntimas, sem igual.
Os Espíritos Superiores têm profundamente arraigados em si o sentimento do dever.
Sem esforços seguem o seu próprio caminho.
Para eles o dever é situação de todos os momentos, a condição indispensável da existência.
Por mais obscura que seja uma criatura, por mais humilde que pareça a sua sorte, o dever cumprido enobrece sua vida, esclarecendo a razão e fortalecendo a alma.
Ele dá a calma interior, serenidade de espírito, mais preciosa que todos os bens da Terra, e que podemos experimentar mesmo estando em meio a grandes provações e infortúnios.
Na ordem dos sentimentos o dever é, às vezes, difícil de ser cumprindo, porque se encontra em oposição às seduções do interesse, O dever íntimo do homem está confiado ao seu livre-arbítrio, por isso, a consciência o adverte e sustenta, mas ele muitas vezes fraqueja diante dos enganos da paixão, entretanto esse dever quando com responsabilidade, eleva o homem.
Mas como determinar com exactidão?
Saber onde começa, e onde acaba o dever?
Começará precisamente no ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do nosso próximo, e termina no limite que não desejaríamos ver transposto em relação a nós.
O homem deve amar o dever, não apenas porque ele o livra de males maiores na vida, e dos quais a Humanidade não está isenta, mas porque transmite ao Espírito o fortalecimento necessário para que possa progredir.
Dever não tem limites e o homem que cumpre o seu dever ama a Deus acima de todas as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo, e ao fim de cada dia pode dizer:
hoje consegui vencer-me, assisti, consolei, esclareci meus irmãos, cumpri o meu dever!
Bibliografia:
* Depois da Morte - Léon Denis - cap. XLIII
* O Evangelho Segundo o Espiritismo - A. Kardec - cap. XVII, item 7
(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
A lei moral sinaliza ao ser humano o que deve ou não fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta, ela é a directriz verdadeira para a felicidade do homem.
O dever é responsabilidade no conjunto das determinações da lei moral, a regra pela qual o homem deve conduzir-se primeiro consigo e depois em consequência com seus semelhantes.
O dever inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos.
Ele não é idêntico para todos, variando de acordo com o grau evolutivo de cada um.
Quanto mais a criatura se eleva, mais percebe sua grandeza, majestade, extensão e o seu exercício torna-se agradável, pois, produz alegrias íntimas, sem igual.
Os Espíritos Superiores têm profundamente arraigados em si o sentimento do dever.
Sem esforços seguem o seu próprio caminho.
Para eles o dever é situação de todos os momentos, a condição indispensável da existência.
Por mais obscura que seja uma criatura, por mais humilde que pareça a sua sorte, o dever cumprido enobrece sua vida, esclarecendo a razão e fortalecendo a alma.
Ele dá a calma interior, serenidade de espírito, mais preciosa que todos os bens da Terra, e que podemos experimentar mesmo estando em meio a grandes provações e infortúnios.
Na ordem dos sentimentos o dever é, às vezes, difícil de ser cumprindo, porque se encontra em oposição às seduções do interesse, O dever íntimo do homem está confiado ao seu livre-arbítrio, por isso, a consciência o adverte e sustenta, mas ele muitas vezes fraqueja diante dos enganos da paixão, entretanto esse dever quando com responsabilidade, eleva o homem.
Mas como determinar com exactidão?
Saber onde começa, e onde acaba o dever?
Começará precisamente no ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do nosso próximo, e termina no limite que não desejaríamos ver transposto em relação a nós.
O homem deve amar o dever, não apenas porque ele o livra de males maiores na vida, e dos quais a Humanidade não está isenta, mas porque transmite ao Espírito o fortalecimento necessário para que possa progredir.
Dever não tem limites e o homem que cumpre o seu dever ama a Deus acima de todas as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo, e ao fim de cada dia pode dizer:
hoje consegui vencer-me, assisti, consolei, esclareci meus irmãos, cumpri o meu dever!
Bibliografia:
* Depois da Morte - Léon Denis - cap. XLIII
* O Evangelho Segundo o Espiritismo - A. Kardec - cap. XVII, item 7
(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
O dever
Leda de Almeida Rezende Ebner
No processo evolutivo do Espírito, quando este toma consciência da sua imortalidade, das suas potencialidades e possibilidades, sente em si a vontade de modificar-se, de transformar-se.
Encarnado na Terra, encontra as melhores oportunidades de trabalhar para realizar-se nesse ideal.
O dever (o substantivo, não o verbo) constitui-se então, um aliado importantíssimo.
Segundo o dicionário, dever é “o conjunto das obrigações de alguém em absoluto ou em determinada situação.
Dever de:
obrigação ou preceito de.
Deveres para com alguém:
os serviços ou as provas de respeito e afeição que há obrigação de lhe prestar ou dar.”
Na vida moderna, esta palavra, parece-nos pouco usada, talvez por significar obrigação de ou para com, que fere nosso orgulho, nossa vaidade, nossa ânsia de liberdade Todavia, em todo lugar onde haja pessoas relacionando-se, partilhando de algo em comum ou, simplesmente próximas, existem deveres de uns para com os outros.
É a conscientização desse dever de e para com que consideramos fundamental para quem está iniciando – e a maioria de nós está – sua transformação íntima.
Enquanto não conquistarmos o ideal de amar ao próximo como a nós mesmos, o que nos levará a querer e fazer a ele tudo e somente o que queremos para nós, o cumprimento dos deveres é um importante passo para nosso crescimento espiritual.
Na actualidade, em consequência do reconhecimento e aceitação da lei divina de que somos todos iguais nos direitos e que ninguém pode dominar ou subjugar o outro (homem, grupo ou nação), talvez seja necessário dar ênfase mais acentuada aos direitos de cada um.
Devemos sim, insistir no trabalho de respeito a eles em qualquer lugar, em qualquer situação, seja esse um quem for.
Todavia, parece-nos que, em virtude da dificuldade e da má vontade dos homens na vivência desse respeito e, consequentemente, da necessidade da defesa desses direitos, talvez estejamos nos esquecendo que os direitos estão relacionados com os deveres.
E muitas vezes, os que mais gritam pelos seus direitos, não cumprem seus deveres ou se esquecem de que estes também existem.
A nosso ver, o dever de e o dever para com são também conquistas do homem civilizado.
É o reconhecimento de que somos todos iguais perante a lei, assim como o somos perante Deus.
Estamos todos envolvidos em um mesmo processo de evolução individual e colectiva.
Há várias formas de dever, tão bem descritos por Léon Denis no livro “Depois da Morte”:
o dever para com Deus, na busca do conhecimento de suas leis e no esforço de sua prática;
Continua...
No processo evolutivo do Espírito, quando este toma consciência da sua imortalidade, das suas potencialidades e possibilidades, sente em si a vontade de modificar-se, de transformar-se.
Encarnado na Terra, encontra as melhores oportunidades de trabalhar para realizar-se nesse ideal.
O dever (o substantivo, não o verbo) constitui-se então, um aliado importantíssimo.
Segundo o dicionário, dever é “o conjunto das obrigações de alguém em absoluto ou em determinada situação.
Dever de:
obrigação ou preceito de.
Deveres para com alguém:
os serviços ou as provas de respeito e afeição que há obrigação de lhe prestar ou dar.”
Na vida moderna, esta palavra, parece-nos pouco usada, talvez por significar obrigação de ou para com, que fere nosso orgulho, nossa vaidade, nossa ânsia de liberdade Todavia, em todo lugar onde haja pessoas relacionando-se, partilhando de algo em comum ou, simplesmente próximas, existem deveres de uns para com os outros.
É a conscientização desse dever de e para com que consideramos fundamental para quem está iniciando – e a maioria de nós está – sua transformação íntima.
Enquanto não conquistarmos o ideal de amar ao próximo como a nós mesmos, o que nos levará a querer e fazer a ele tudo e somente o que queremos para nós, o cumprimento dos deveres é um importante passo para nosso crescimento espiritual.
Na actualidade, em consequência do reconhecimento e aceitação da lei divina de que somos todos iguais nos direitos e que ninguém pode dominar ou subjugar o outro (homem, grupo ou nação), talvez seja necessário dar ênfase mais acentuada aos direitos de cada um.
Devemos sim, insistir no trabalho de respeito a eles em qualquer lugar, em qualquer situação, seja esse um quem for.
Todavia, parece-nos que, em virtude da dificuldade e da má vontade dos homens na vivência desse respeito e, consequentemente, da necessidade da defesa desses direitos, talvez estejamos nos esquecendo que os direitos estão relacionados com os deveres.
E muitas vezes, os que mais gritam pelos seus direitos, não cumprem seus deveres ou se esquecem de que estes também existem.
A nosso ver, o dever de e o dever para com são também conquistas do homem civilizado.
É o reconhecimento de que somos todos iguais perante a lei, assim como o somos perante Deus.
Estamos todos envolvidos em um mesmo processo de evolução individual e colectiva.
Há várias formas de dever, tão bem descritos por Léon Denis no livro “Depois da Morte”:
o dever para com Deus, na busca do conhecimento de suas leis e no esforço de sua prática;
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
dever para consigo mesmo, que consiste no respeito a si próprio em governar-se com sabedoria e em querer sempre o que for útil, bom e belo;
o dever profissional, que exige o cumprimento consciencioso das obrigações, das funções exercidas;
os deveres familiares, que quanto melhor compreendidos e cumpridos, concorrem para que a família seja de facto, um núcleo facilitador do desenvolvimento do amor entre seus membros, irradiando-se para a comunidade.
Há tantos deveres...
Nem sempre percebidos, analisados, compreendidos e cumpridos.
Porém, quanto mais evolui o homem em inteligência e moralidade, mais vai valorizando os deveres e mais ele os realiza com prazer e desprendimento.
Enquanto existir em nós orgulho e egoísmo que nos impedem de amar verdadeiramente, os deveres aceitos e cumpridos auxiliam-nos (e quanto!) no desenvolvimento do amor em nós.
Não me recordo se foi Emmanuel ou André Luís que escreveu em uma de suas mensagens, que o dever nos faz parecer melhores do que somos.
Cumprindo nossos deveres, mesmo os que consideramos menos agradáveis ou mais difíceis, aproximamo-nos mais das pessoas, o que nos leva a conhecê-las melhor e, conhecendo-as com suas qualidades e defeitos, percebemo-las iguais a nós, almejando também paz e felicidade.
Quantas vezes questionamo-nos através de acções positivas ou negativas de outras pessoas, constactando em nós defeitos ou qualidades até então não percebidas!
E nesse exercício, vamos nos conhecendo melhor e com mais facilidade desenvolvendo as qualificações intelectuais e morais que nos tornarão um dia, Espíritos sábios e bons.
No esforço do cumprimento dos deveres diversos, vamos desenvolvendo a disciplina, sem a qual nenhuma conquista se faz, visto que ela se relaciona, intimamente, com a vontade.
Ter disciplina, ser disciplinado implica no uso da vontade de querer conseguir algo.
Esforcemo-nos pois, em cumprir bem todos os nossos deveres, com discernimento e disciplina afim de que, num dado momento, nos percebamos realizando-os com alegria e prazer.
Mais tarde - a auto-educação é lenta-, em novo estágio, eles deixarão de ser deveres para serem acções espontâneas do amor em nós.
Parodiando André Luís em Sinal Verde, terminamos estas considerações:
Quando o homem cumpre seus deveres com alegria, eles se transformam na alegria do homem.
(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
dever para consigo mesmo, que consiste no respeito a si próprio em governar-se com sabedoria e em querer sempre o que for útil, bom e belo;
o dever profissional, que exige o cumprimento consciencioso das obrigações, das funções exercidas;
os deveres familiares, que quanto melhor compreendidos e cumpridos, concorrem para que a família seja de facto, um núcleo facilitador do desenvolvimento do amor entre seus membros, irradiando-se para a comunidade.
Há tantos deveres...
Nem sempre percebidos, analisados, compreendidos e cumpridos.
Porém, quanto mais evolui o homem em inteligência e moralidade, mais vai valorizando os deveres e mais ele os realiza com prazer e desprendimento.
Enquanto existir em nós orgulho e egoísmo que nos impedem de amar verdadeiramente, os deveres aceitos e cumpridos auxiliam-nos (e quanto!) no desenvolvimento do amor em nós.
Não me recordo se foi Emmanuel ou André Luís que escreveu em uma de suas mensagens, que o dever nos faz parecer melhores do que somos.
Cumprindo nossos deveres, mesmo os que consideramos menos agradáveis ou mais difíceis, aproximamo-nos mais das pessoas, o que nos leva a conhecê-las melhor e, conhecendo-as com suas qualidades e defeitos, percebemo-las iguais a nós, almejando também paz e felicidade.
Quantas vezes questionamo-nos através de acções positivas ou negativas de outras pessoas, constactando em nós defeitos ou qualidades até então não percebidas!
E nesse exercício, vamos nos conhecendo melhor e com mais facilidade desenvolvendo as qualificações intelectuais e morais que nos tornarão um dia, Espíritos sábios e bons.
No esforço do cumprimento dos deveres diversos, vamos desenvolvendo a disciplina, sem a qual nenhuma conquista se faz, visto que ela se relaciona, intimamente, com a vontade.
Ter disciplina, ser disciplinado implica no uso da vontade de querer conseguir algo.
Esforcemo-nos pois, em cumprir bem todos os nossos deveres, com discernimento e disciplina afim de que, num dado momento, nos percebamos realizando-os com alegria e prazer.
Mais tarde - a auto-educação é lenta-, em novo estágio, eles deixarão de ser deveres para serem acções espontâneas do amor em nós.
Parodiando André Luís em Sinal Verde, terminamos estas considerações:
Quando o homem cumpre seus deveres com alegria, eles se transformam na alegria do homem.
(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Animais: Dor e Reencarnação
Dor no homem
Passemos a palavra para Léon Denis, em sua obra “Depois da Morte”, Ed., FEB, 1944, Rio de Janeiro/RJ:
“A dor é uma advertência necessária, um estimulante à vontade do homem, pois nos obriga a nos concentrarmos para reflectir, e força-nos a domar as paixões.
A dor é o caminho do aperfeiçoamento.
Física ou moral, é um meio poderoso de desenvolvimento e de progresso.
É purificação suprema, é a escola em que se aprendem a paciência, a resignação e todos os deveres austeros.
É a fornalha onde se funde o egoísmo em que se dissolve o orgulho.”
Animais
Após a edição do livro “ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS”, de nossa autoria, vimos recebendo surpreendente número de cartas de leitores, contendo instigantes perguntas:
- Se animais não têm consciência por que sofrem?
- Animais podem reencarnar nos mesmos lares nos quais eram amados ao morrer?
- Deve-se castrar animais para evitar prole?
Nossas respostas foram:
Dor nas plantas e nos animais
(Com notas do Cap 12 do livro “Animais – Amor e Respeito”, também de nossa autoria):
Em “A Génese”, de Allan Kardec, Cap XVIII, n° 8, encontramos que plantas e animais são atingidos por enfermidades.
Considerando que as plantas têm sensibilidade, podemos inferir que tal lhes causa sofrimento.
Não temos condições de afirmar que sentem dor, apenas podemos constatar que:
- uma árvore cortada perde seiva e morre;
- galhos queimados, definham rapidamente;
antes, à simples aproximação do fogo, retraem-se;
- muitas são as pragas que atacam culturas, além de parasitas que causam-lhes danos.
No caso dos animais, não há a menor dúvida que sofrem dor, tanto quanto nós.
Mas aí, não poucas pessoas ponderam:
— Se o homem resgata débitos contraídos por acções equivocadas, afastadas das Leis Morais, como justificar que animais e plantas também sofram?
Que culpa lhes pode ser atribuída, se não têm, como nós, inteligência, livre-arbítrio e consciência?
Realmente, eis aqui um aparente contra-senso da natureza.
Mas, em verdade, nada há errado nisso.
Quanto aos homens, não padece dúvida de que a Justiça Divina, para que cada ser galgue os degraus do progresso através de responsabilidade e esforço próprios, proporciona-lhes o mecanismo das reencarnações e engendrou o corpo físico susceptível a doenças e dor.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
Posicionou-os inicialmente em mundos primitivos e dali transfere-os para mundos consentâneos com o progresso individual de cada um.
Doenças são próprias do patamar evolutivo dos planetas atrasados, como a Terra.
Ajudam o homem a desenvolver a inteligência, para debelá-las.
A dor funciona como poderoso alerta de que algo não vai bem, espiritual ou fisicamente se falando.
Além do mais, a Lei de Causa e Efeito, baliza o equilíbrio da Justiça, fazendo retornar à origem, o Bem ou o mal.
No caso do mal, ainda pela Bondade Suprema de Deus, o devedor pode ressarcir seu débito através de acções de auxílio ao próximo.
Nesse caso, mesmo visitado por sofrimentos, estes já não lhe pesam tanto, eis que a Esperança e a Fé na Justiça do Pai, são poderosos anestésicos, além de potentes energéticos para suplantar dificuldades.
Muito bem.
— E dor nos animais?
Não tendo inteligência, livre-arbítrio ou consciência, suas acções, necessariamente instintivas, apenas visam a sobrevivência.
E em assim sendo, como lhes imputar culpa e o respectivo resgate?
Partindo da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista injustiça ou equívoco da natureza.
Outro tem que ser o enfoque.
Aqui, entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral:
a. Em “A Génese”, Cap III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência e, particularmente, sobre a “destruição dos seres vivos uns pelos outros”.
No item 21, esclarece que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário.
Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo”.
Aqui, já temos conteúdo suficiente para reflectir que danos físicos que destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destruem o espírito (naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora de matéria mais rudimentar que a humana).
Prossegue Kardec, agora no item 24:
“nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a alimentação;
lutam unicamente para viver;
é nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.
Continua...
Posicionou-os inicialmente em mundos primitivos e dali transfere-os para mundos consentâneos com o progresso individual de cada um.
Doenças são próprias do patamar evolutivo dos planetas atrasados, como a Terra.
Ajudam o homem a desenvolver a inteligência, para debelá-las.
A dor funciona como poderoso alerta de que algo não vai bem, espiritual ou fisicamente se falando.
Além do mais, a Lei de Causa e Efeito, baliza o equilíbrio da Justiça, fazendo retornar à origem, o Bem ou o mal.
No caso do mal, ainda pela Bondade Suprema de Deus, o devedor pode ressarcir seu débito através de acções de auxílio ao próximo.
Nesse caso, mesmo visitado por sofrimentos, estes já não lhe pesam tanto, eis que a Esperança e a Fé na Justiça do Pai, são poderosos anestésicos, além de potentes energéticos para suplantar dificuldades.
Muito bem.
— E dor nos animais?
Não tendo inteligência, livre-arbítrio ou consciência, suas acções, necessariamente instintivas, apenas visam a sobrevivência.
E em assim sendo, como lhes imputar culpa e o respectivo resgate?
Partindo da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista injustiça ou equívoco da natureza.
Outro tem que ser o enfoque.
Aqui, entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral:
a. Em “A Génese”, Cap III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência e, particularmente, sobre a “destruição dos seres vivos uns pelos outros”.
No item 21, esclarece que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário.
Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo”.
Aqui, já temos conteúdo suficiente para reflectir que danos físicos que destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destruem o espírito (naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora de matéria mais rudimentar que a humana).
Prossegue Kardec, agora no item 24:
“nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a alimentação;
lutam unicamente para viver;
é nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
b. O Espírito Emmanuel nos esclarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser vivo, rumo à evolução;
essa informação é textual, cristalina e não deixa margem a derivações filosóficas.
Ei-la:
“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa.
Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos no domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).
Assim, mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será reflectir muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus;
alenta-nos considerar, com veemência, que o Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos.
Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no infinitamente perfeito Plano da Criação.
c. Juvanir Borges de Souza, em “Tempo de Renovação”, Cap 20, pág. 164, Ed.FEB, 1989, arremata:
“para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual” (grifamos).
Diante das assertivas acima, reflectimos:
- animais sofrem para que registrem em sua memória espiritual, eterna, que a dor dói, é ruim;
assim, ao evoluírem, alcançando a inteligência, já trarão na bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por auto-preservação e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução espiritual;
- nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o aprendizado, não mais se repetirá, sendo muito provável que ao desencarnarem, seja em que condições sejam, o sofrimento é interrompido no acto da desencarnação e sob patrocínio caridoso dos Missionários do Amor Eterno;
- aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mundos, em corpos adequados, acumulando experiências;
- como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que promovem as modificações tendentes à escala evolutiva da espécie (vide “A Caminho da Luz”, Cap “A Grande Transição”);
Continua...
b. O Espírito Emmanuel nos esclarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser vivo, rumo à evolução;
essa informação é textual, cristalina e não deixa margem a derivações filosóficas.
Ei-la:
“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa.
Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos no domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).
Assim, mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será reflectir muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus;
alenta-nos considerar, com veemência, que o Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos.
Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no infinitamente perfeito Plano da Criação.
c. Juvanir Borges de Souza, em “Tempo de Renovação”, Cap 20, pág. 164, Ed.FEB, 1989, arremata:
“para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual” (grifamos).
Diante das assertivas acima, reflectimos:
- animais sofrem para que registrem em sua memória espiritual, eterna, que a dor dói, é ruim;
assim, ao evoluírem, alcançando a inteligência, já trarão na bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por auto-preservação e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução espiritual;
- nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o aprendizado, não mais se repetirá, sendo muito provável que ao desencarnarem, seja em que condições sejam, o sofrimento é interrompido no acto da desencarnação e sob patrocínio caridoso dos Missionários do Amor Eterno;
- aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mundos, em corpos adequados, acumulando experiências;
- como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que promovem as modificações tendentes à escala evolutiva da espécie (vide “A Caminho da Luz”, Cap “A Grande Transição”);
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
- se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protectores, na hora do abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo;
contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso ocorra, porém em outras circunstâncias;
por exemplo: quando a crueldade humana esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório não o previa;
- aos Espíritos que amam os animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material;
neste, fazem-no com abnegação e amor, criando "habitats" e mantendo os ecossistemas;
assistindo-os nos momentos difíceis pelos quais passam;
consideremos, por exemplo, que quando um predador de grande potencial ofensivo (nunca se esquecer que foram os Promotores da Vida que disso o equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal;
pela Lei do Progresso, certamente, no avançar do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já terão em sua memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual);
atingindo a razão/inteligência, só cometerão violência por auto-decisão, a bordo do livre-arbítrio;
e, a partir do livre-arbítrio, a evolução passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Acção e Reacção.
Por oportuno, vejamos alguns trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando o assunto, através mensagem contida em “O Diário dos Invisíveis”, psicografada por Zilda Gama (p. 73 a 75 da 1ª Ed., 1927, Editora O Pensamento):
(...) “Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma enodoada do ser consciente e responsável por seus actos;
é a lâmpada que a inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa.
(...) Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço, romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os animais.
(...) Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus, que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como meio de serem domesticados, tornando-os úteis às colectividades.
Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas.
Por que recuam, temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro enfurecido?
Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos
Continua...
- se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protectores, na hora do abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo;
contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso ocorra, porém em outras circunstâncias;
por exemplo: quando a crueldade humana esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório não o previa;
- aos Espíritos que amam os animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material;
neste, fazem-no com abnegação e amor, criando "habitats" e mantendo os ecossistemas;
assistindo-os nos momentos difíceis pelos quais passam;
consideremos, por exemplo, que quando um predador de grande potencial ofensivo (nunca se esquecer que foram os Promotores da Vida que disso o equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal;
pela Lei do Progresso, certamente, no avançar do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já terão em sua memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual);
atingindo a razão/inteligência, só cometerão violência por auto-decisão, a bordo do livre-arbítrio;
e, a partir do livre-arbítrio, a evolução passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Acção e Reacção.
Por oportuno, vejamos alguns trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando o assunto, através mensagem contida em “O Diário dos Invisíveis”, psicografada por Zilda Gama (p. 73 a 75 da 1ª Ed., 1927, Editora O Pensamento):
(...) “Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma enodoada do ser consciente e responsável por seus actos;
é a lâmpada que a inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa.
(...) Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço, romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os animais.
(...) Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus, que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como meio de serem domesticados, tornando-os úteis às colectividades.
Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas.
Por que recuam, temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro enfurecido?
Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
(...) Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos de sensibilidade.
O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles.
(...) A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas furnas ou nas mais altas frondes”.
Reencarnação de animais
Reflictamos:
- a reencarnação, como sabemos nós, os espíritas, é uma das sublimes bênçãos de Deus aos Seus filhos - os seres vivos, todos;
tal é o ciclo da Evolução, Lei Divina, amplamente exposta por Kardec, no Livro dos Espíritos e praticamente em todos os livros da Doutrina Espírita;
- um dos postulados da reencarnação, para seres humanos, é justamente o esquecimento do passado.
Esquecimento, mas jamais perda da individualidade, da personalidade, do carácter.
- os animais, após a desencarnação, segundo Kardec (Q. 600 de “O Livro dos Espíritos”), embora mantendo também sua individualidade, são agrupados e mantidos sob cuidados de Espíritos especializados; neles, a reencarnação não se demora;
- no livro “Evolução em Dois Mundos”, do autor espiritual André Luiz, psicografia de F.C.Xavier/W.Vieira, encontramos:
A girencefalia (característica dos cérebros com circunvoluções, o que possibilita uma maior área cortical – de córtex. Ex: cérebro dos primatas) e a lissencefalia (condição de cérebro sem circunvoluções, o que resulta em pequena área cortical) obedecem a tipificações traçadas pelos Orientadores Maiores, no extenso domínio dos vertebrados, preparando o cérebro humano com a estratificação de lentas e múltiplas experiências sobre a vasta classe dos seres vivos.
À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos.
(Cap IX - Evolução e Cérebro, p. 67-68).
(...) Nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo.
(Cap XVIII – Evolução e destino, p. 212).
- quanto aos seres mais evoluídos no reino animal, dentre os quais os cães, símios, bovinos, equinos, felinos (gatos, em particular), golfinhos - e outros -, embora não possamos afirmar, com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que os criados em ambiente doméstico e que foram amados por seus donos, ao convívio deles talvez retornem, a breve tempo após a desencarnação;
Continua...
(...) Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos de sensibilidade.
O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles.
(...) A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas furnas ou nas mais altas frondes”.
Reencarnação de animais
Reflictamos:
- a reencarnação, como sabemos nós, os espíritas, é uma das sublimes bênçãos de Deus aos Seus filhos - os seres vivos, todos;
tal é o ciclo da Evolução, Lei Divina, amplamente exposta por Kardec, no Livro dos Espíritos e praticamente em todos os livros da Doutrina Espírita;
- um dos postulados da reencarnação, para seres humanos, é justamente o esquecimento do passado.
Esquecimento, mas jamais perda da individualidade, da personalidade, do carácter.
- os animais, após a desencarnação, segundo Kardec (Q. 600 de “O Livro dos Espíritos”), embora mantendo também sua individualidade, são agrupados e mantidos sob cuidados de Espíritos especializados; neles, a reencarnação não se demora;
- no livro “Evolução em Dois Mundos”, do autor espiritual André Luiz, psicografia de F.C.Xavier/W.Vieira, encontramos:
A girencefalia (característica dos cérebros com circunvoluções, o que possibilita uma maior área cortical – de córtex. Ex: cérebro dos primatas) e a lissencefalia (condição de cérebro sem circunvoluções, o que resulta em pequena área cortical) obedecem a tipificações traçadas pelos Orientadores Maiores, no extenso domínio dos vertebrados, preparando o cérebro humano com a estratificação de lentas e múltiplas experiências sobre a vasta classe dos seres vivos.
À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos.
(Cap IX - Evolução e Cérebro, p. 67-68).
(...) Nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo.
(Cap XVIII – Evolução e destino, p. 212).
- quanto aos seres mais evoluídos no reino animal, dentre os quais os cães, símios, bovinos, equinos, felinos (gatos, em particular), golfinhos - e outros -, embora não possamos afirmar, com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que os criados em ambiente doméstico e que foram amados por seus donos, ao convívio deles talvez retornem, a breve tempo após a desencarnação;
Continua...
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Re: Estudos Avançados Espíritas
Continua...
- o Amor é a mais sublime vertente do Universo, por isso foi que o Apóstolo João recitou:
"DEUS É AMOR!"
(I João, 4:8).
Amor é linguagem universal, entre todos os seres vivos.
Fazemos essa citação para analisar que é muito provável que animais recém-desencarnados, embora não tenham condições de se manifestar, certamente recebem as boas vibrações de amor daqueles que os amaram, quando encarnados;
- registamos, como simples suposição:
em casa, temos 99% de suspeitas de que alguns dos nossos gatos (somos "gateiros de carteirinha", embora minha esposa e meus dois filhos amemos a todos os animais) são a reencarnação de alguns que, conquanto tenham feito a Grande Viagem, deixando profundas marcas de saudade em nossos corações, são sim os mesmos.
Pois só quem convive com gatos há 26 anos, por exemplo, como nós, pode perfeitamente avaliar os costumes dos felinos, cada qual tendo seu canto próprio, suas manias, sua linguagem, sua forma de demonstrar gratidão, medo, carinho, fome, etc.
Em casa, tivemos gatos que concosco conviveram por 14, 15 e até 16 anos.
Actualmente (2005), só gatos “jovens” — a “Baixinha”, com 14 anos, a “Ventania” com 8 e o “Dominó”, com 6.
Ora, quando um gato, dentre tantos, repete os mesmos gestos e apresenta os mesmos costumes, permitimo-nos conjeturar que pode ser a reencarnação de um daqueles que já havia morado connosco e que procedia exatamente assim.
- assim dentro do quadro de animais domésticos desencarnados, que foram amados por seus donos, sabendo que por pouco tempo permanecem no plano espiritual, embora não possamos afirmar com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que àquele convívio terreno retornem, a breve tempo após a desencarnação.
Não sendo improvável, da mesma forma, que se nossa desencarnação for próxima à deles, talvez possamos encontrá-los no plano espiritual, considerado nosso patamar evolutivo e principalmente nosso merecimento.
— É uma esperança!
Castração de animais
A resposta está em “O Livro dos Espíritos”, questão 693, com trechos que reproduzimos:
Q.693 – São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?
R: Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral.
a) – Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas, cuja reprodução indefinida seria nociva a outras espécies e das quais o próprio homem acabaria por ser vítima.
Pratica ele acto repreensível, impedindo essa reprodução?
R: Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar.
Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com suas necessidades.
De nossa parte, consideramos a castração “mil” vezes preferível ao acto cruel do abandono, ou, mais grave ainda (se possível for), o abate das crias, dos filhotes...
Eurípedes Kuhl
§.§.§- O-canto-da-ave
- o Amor é a mais sublime vertente do Universo, por isso foi que o Apóstolo João recitou:
"DEUS É AMOR!"
(I João, 4:8).
Amor é linguagem universal, entre todos os seres vivos.
Fazemos essa citação para analisar que é muito provável que animais recém-desencarnados, embora não tenham condições de se manifestar, certamente recebem as boas vibrações de amor daqueles que os amaram, quando encarnados;
- registamos, como simples suposição:
em casa, temos 99% de suspeitas de que alguns dos nossos gatos (somos "gateiros de carteirinha", embora minha esposa e meus dois filhos amemos a todos os animais) são a reencarnação de alguns que, conquanto tenham feito a Grande Viagem, deixando profundas marcas de saudade em nossos corações, são sim os mesmos.
Pois só quem convive com gatos há 26 anos, por exemplo, como nós, pode perfeitamente avaliar os costumes dos felinos, cada qual tendo seu canto próprio, suas manias, sua linguagem, sua forma de demonstrar gratidão, medo, carinho, fome, etc.
Em casa, tivemos gatos que concosco conviveram por 14, 15 e até 16 anos.
Actualmente (2005), só gatos “jovens” — a “Baixinha”, com 14 anos, a “Ventania” com 8 e o “Dominó”, com 6.
Ora, quando um gato, dentre tantos, repete os mesmos gestos e apresenta os mesmos costumes, permitimo-nos conjeturar que pode ser a reencarnação de um daqueles que já havia morado connosco e que procedia exatamente assim.
- assim dentro do quadro de animais domésticos desencarnados, que foram amados por seus donos, sabendo que por pouco tempo permanecem no plano espiritual, embora não possamos afirmar com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que àquele convívio terreno retornem, a breve tempo após a desencarnação.
Não sendo improvável, da mesma forma, que se nossa desencarnação for próxima à deles, talvez possamos encontrá-los no plano espiritual, considerado nosso patamar evolutivo e principalmente nosso merecimento.
— É uma esperança!
Castração de animais
A resposta está em “O Livro dos Espíritos”, questão 693, com trechos que reproduzimos:
Q.693 – São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?
R: Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral.
a) – Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas, cuja reprodução indefinida seria nociva a outras espécies e das quais o próprio homem acabaria por ser vítima.
Pratica ele acto repreensível, impedindo essa reprodução?
R: Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar.
Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com suas necessidades.
De nossa parte, consideramos a castração “mil” vezes preferível ao acto cruel do abandono, ou, mais grave ainda (se possível for), o abate das crias, dos filhotes...
Eurípedes Kuhl
§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho- Mensagens : 126687
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal
Página 21 de 33 • 1 ... 12 ... 20, 21, 22 ... 27 ... 33
Tópicos semelhantes
» Allan Kardec e sua missão
» ESTUDOS DOUTRINÁRIOS
» O que é a Doutrina
» ESTUDOS DA FAMÍLIA À LUZ DO ESPIRITISMO
» Reencarnação - Estudos e Evidências
» ESTUDOS DOUTRINÁRIOS
» O que é a Doutrina
» ESTUDOS DA FAMÍLIA À LUZ DO ESPIRITISMO
» Reencarnação - Estudos e Evidências
Página 21 de 33
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos