LUZ ESPÍRITA
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Pare de sofrer - Silveira Sampaio/Zibia Gasparetto

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:54 am

A moral cósmica baseia-se nos valores eternos do espírito. Infelizmente, muitos desses valores estão invertidos na Terra, distorcidos e modificados pelo intelectualismo dos incompetentes. Aí a sociedade valoriza o intelectual; aqui se valoriza o espiritual. A grande diferença está nisso. Tomar-se espiritual é perceber em todas as coisas a essência. É passar por cima do que parece e perceber o que é. Quando eu escrevia minhas peças, não era isso o que eu fazia? Meus personagens não retratavam exactamente a verdade de cada um? Conduzindo-os de maneira bem-humorada eu não estava amenizando suas fraquezas? Não é que o humorista, mesmo salientando as deficiências humanas, está fazendo um bem?
É isso aí. O humor, a brincadeira, a alegria, servem para atenuar a tragédia.
E para os que estranham que um homem de teatro como eu esteja hoje desfrutando as benesses desse lindo lugar, eu respondo que não houve proteccionismo, não. Por aqui não existe o famoso “jeitinho”. Não dá para esconder nem pensamento.
Agora, para os que desejam saber como eu consegui, confesso que a alegria e o bom humor ajudaram muito. Se quando eu vivia na Terra soubesse tudo quanto aprendi aqui, não teria sido tão dramático nem teria dado tantas voltas sem sair do lugar. Teria ido directo ao ponto: deixaria de lado a burocracia social e faria só o que eu achasse ser verdadeiro. Claro que eu poderia me enganar, já que estou consciente de uma parcela mínima da verdade, mas ainda assim eu garanto que, fazendo isso, teria vivido melhor e alcançado mais do que consegui até aqui.
Afinal, este lugar é delicioso! Não estou morando aqui, mas apenas passando umas férias. Acham que fantasma não tem esse direito? Enganam-se.
O lazer é bastante conceituado aqui, principalmente para os que valorizam o trabalho. Isso eu sempre fiz. Não acham que faço bem?
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:55 am

O taxista
Eu tinha um amigo taxista, que fazia ponto à noite no largo da Carioca, do qual eu me servia para ir até o teatro quando no Recreio e o qual, para esperar-me à meia-noite na volta e levar-me para casa, muitas vezes deixava de pegar passageiros se eles não lhe dessem tempo de buscar-me.
Não que eu lhe pedisse esse obséquio ou que eu lhe pagasse mais por isso.
É que nossos encontros eram tão agradáveis e o papo logo se estabelecia fácil e gostoso que eu até acredito que ele o faria mesmo que eu não lhe pagasse.
Pois é. Coisas que acontecem entre as pessoas quando têm afinidade.
Norberto era o tipo da pessoa que com o ar mais sério e circunspecto do mundo contava as histórias mais engraçadas que já ouvi.
Não sei se era seu jeito discreto de falar que não fazendo prever o desfecho de humor surpreendia no final ou se ele era tão subtil nos gestos e nas palavras que uma história contada por ele adquiria uma graça especial.
Era com prazer que eu o encontrava e, fosse qual fosse meu estado de espírito, acabava sempre alegre e revigorado. Se existem pessoas nutritivas, Norberto era uma delas.
Está certo que sou pessoa alegre a tal ponto que mesmo diante de certas tragédias do dia-a-dia não deixava de perceber o lado pitoresco e engraçado. Mas, ainda assim, eu vivia as emoções à flor da pele, um pouco mimado pela família, que sempre me fazia acreditar que eu era melhor e mais forte. Era prazeroso e eu acreditava sem perceber que ia ficando cada vez mais dramático, me tomando mais vulnerável aos obstáculos que a vida colocava em meu caminho.
Como? Alguém se atreveu a me dizer não? Por que não consegui alguma coisa em que me empenhei tanto? Quem não passou por isso na vida? Quem não se sentiu frustrado por determinado dia não ter conseguido ser tão “maravilhoso” como gostaria?
Engraçado esse sentimento. Creio que isso acontece em todas as profissões e o sucesso é sempre esperado, mas para o artista ele pode vir a tornar-se insaciável. Alguma coisa dentro da gente deseja sempre mais. Está certo que você pode ter momentos de pico onde isso realmente acontece. Aquele minuto mágico em que você entra no clima certo, do jeito certo, na hora certa e pronto, revela algumas pinceladas de génio. Mas depois não se pode estar o tempo todo nesse ápice e a frustração pode ocorrer.
Quem depois de experimentar a glória se conforma em voltar para dentro de seu casulo nas condições de um simples mortal? É difícil. Porém necessário.
A vida trabalha dessa forma. E ela está certa em seus movimentos de inspiração e expiração, de absorver e dar, de manipular energias e criar.
Para dar é preciso ter e para ter é preciso absorver. Ninguém pode só dar sem se alimentar. Por causa disso, dias havia em que eu não estava em meus melhores momentos. Quando estava de mau humor, me recusava a admitir, e se alguém mencionasse o assunto, eu ainda ficava pior.
Norberto, com seu ar sério e discreto, começava a falar e, sem que eu percebesse como, logo estava rindo descontraído e de bem com a vida novamente. E, agora posso confessar, naqueles momentos em que me recusava a admitir que eu “também” perdia a esportiva, no fundo, no fundo eu sabia que não estava bem. Porque a queixa ainda que só em pensamento, a sensação de valer menos, de estar de mal com a vida, não estar desfrutando o melhor, nos faz sentir um peso, uma opressão no peito, ainda que nos recusemos a ver, permanece lá a nos incomodar. Nos faz ver a vida através de óculos distorcidos, acabando com o prazer de viver.
Já o bom humor, a descontracção, a alegria provocam prazer e podem transformar pequenas coisas em acontecimentos maravilhosos de felicidade e bem-estar.
É por isso que Norberto era nutritivo. Ele possuía esse dom de transformar as coisas. Aprendi muito com ele, suas tiradas inesperadas, seu senso de humor. Eu gostava tanto dele que certa vez cheguei a convidá-lo para trabalhar comigo. Mas ele não aceitou. Respondeu-me simplesmente:
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:55 am

— Obrigado, doutor. Mas eu não sei fazer outra coisa. Gosto de ser livre.
Nem meus pais, nem minha mulher, nem os filhos conseguiram me segurar. Tenho alma de cigano, gosto de andar. O doutor não gostaria de me descalibrar.
— Descalibrar?
— Ficar parado. Não carregar a bateria. Depois, horários e outros troços são bons para relógio e máquinas, que, como não têm pernas, para andar precisam de outros movimentos.
— Quer dizer que recusa?
— O senhor não me conhece. Sou perigoso. Só faço aquilo que gosto.
— Às vezes é preciso aprender a fazer o que não gosta.
— Aí é que está. Eu não faço. E olhe que a família tentou, mas eu sou mesmo um “cuca fresca”.
— Nem tanto. Trabalha duro e sustenta a família, que eu sei.
— Sem essa de sustentar a família. Esse é um peso que eu não carrego. Ao contrário. A família é que me sustenta.
— Não acredito. Você não falta um dia ao trabalho.
— Aí é que se engana. Eu não trabalho. Passeio de carro o dia inteiro. As pessoas ainda me pagam por isso. Divirto-me conhecendo-as, muitas vezes participando de suas vidas nos momentos mais importantes. Nos casamentos, nas festas, nos grandes acontecimentos e até nos enterros. Divirto-me com os casos que presencio.
Sorrindo perguntei:
— E a família?
— Bem. Todo o dinheiro que ganho dou para minha mulher. Sabe como é, ela controla tudo. Esse negócio de contas é atraso de vida.
— Então você sustenta sua família — ajuntei vitorioso.
— Ao contrário. Eles é que me sustentam. Cuidam de mim, alegram minha vida, tomam-me feliz. Afinal, eu os amo tanto que dar esse amor sempre me alimenta.
A essa altura eu já me sentia feliz e de bem com a vida. Não é que ele era um filósofo nato? Sem grande cultura ou complicações, olhava a vida com tanta beleza e naturalidade que sua presença fazia um bem enorme.
Foi com grande alegria que uma tarde eu o encontrei por aqui em uma reunião de amigos. Abraçamo-nos com prazer. Logo iniciamos um diálogo agradável onde eu resumi alguns detalhes de minha vida como fantasma, ao fim dos quais ele considerou:
— Quando me lembrava de você, de nossos encontros, sempre me perguntava o que estaria fazendo. Um dia me deram um livro, o Bate-papo com o Além, dizendo que era de sua autoria.
— Aí você descobriu.
— Sabe como é. Fiquei na dúvida. Afinal na Terra a gente carrega muitas dúvidas.
— Não reconheceu o estilo?
— Para dizer a verdade, havia até algumas frases que você costumava dizer, mas...
— Mas?
— Eu acreditei. Mas sabe como é... foi você mesmo quem escreveu?
— Fui sim. E no próximo livro vou falar de você. — Vai mesmo? Então diga que eu estava certo. Fiz o que eu sabia e cheguei muito bem.
— Posso ver. Você está óptimo.
— É verdade. Diga a Nilzinha que não se preocupe. Ela tem um medo danado de bater as botas. Diga que eu a estarei esperando e que aqui a vida é muito boa.
Sorri satisfeito. Ele continuava o mesmo. A vida para ele sempre seria boa, sabem por quê? Porque ele só via o bem. Afinal não é só isso que fica?
Você já experimentou olhar você, sua vida, as coisas, as pessoas vendo só o bem?
Assim como Norberto, garanto que encontrará a receita da felicidade.
Vamos experimentar?
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:55 am

Contracenando
Apesar do tempo decorrido, todas as vezes que eu venho à Terra sinto saudade! Uma saudade gostosa dos momentos agradáveis que vivi.
Tenho visto aqui muitos amigos que fazem de tudo para não sentir saudade a pretexto de não sofrer. Comigo não acontece isso. Pensando bem, reconheço que tive bons momentos, o que talvez não tenha acontecido à maioria deles. Sabem por quê? Porque sempre estive muito presente em cada acontecimento de minha vida e mergulhei profundamente em cada emoção. Se é verdade que fazendo isso posso ter exagerado um pouco certos acontecimentos desagradáveis, por outro lado bebi até a última gota o vinho do prazer de tudo que me aconteceu de bom. Depois, como procuro sempre esquecer o mal e ficar com o que é bom, consegui guardar apenas os bons momentos. Por isso, sentir saudade é muito agradável para mim.
Também, como esquecer os aplausos em cena aberta, o contacto mágico com as plateias, o misterioso carisma do microfone e o charme da telinha de TV?
Aí vocês vão dizer que estou sendo vaidoso. E que isso não fica bem em um fantasma como eu.
Aos olhos das regras sociais do mundo isso pode parecer verdadeiro. Eu porém há muito sei que não é.
Há na sociedade terrena muita confusão entre vaidade, amor próprio, dignidade. Muitos não sabem diferenciar onde começa um e acaba outro. Aqui, nós temos uma maneira simples de descobrir isso. Amor próprio, dignidade, maturidade é quando você assume tudo que já sabe. Vaidade é quando você quer parecer mais do que é. Esclareci?
Tenho consciência de que meu trabalho quando estava no mundo foi bom. Eu amava fazer o que fazia e colocava tal prazer quando entrava em cena que sempre conseguia me comunicar com o público. Essa satisfação, só pode avaliar quem já a sentiu.
Depois, em cena você veste os personagens e através deles pode de vez em quando jogar para fora suas próprias emoções, dando vazão aos questionamentos do dia-a-dia
Claro. Quando você faz um personagem problemático, questionador, em suas falas pode liberar o que o está incomodando. A responsabilidade é só dele. Você consegue manter sua integridade. Pode chorar, expressando sua mágoa sem que ninguém seja indiscreto e queira saber o que vai em seu coração.
Sempre dei preferência aos personagens irreverentes, e acho que vocês já descobriram por quê. O bom humor é sempre mais agradável, mesmo quando o tema é árduo e trágico.
Aliás, rir é sempre a melhor opção. Olhando as coisas que ocorrem no mundo, percebendo a imensa inversão de valores e a enorme resistência que as pessoas têm ao novo ainda que seja para melhorar, sinto que não resta outro recurso.
Olhar a violência, a crueldade, a inércia, a corrupção e até a dependência do passado da maioria que se agarra ao que lhe parece conhecido na ilusão de estar seguro, percebo o quanto é difícil contribuir para a melhoria da sociedade.
Tenho visto aqui a frustração de muitos amigos que, imbuídos dos mais entusiásticos desejos de cooperação, têm tentado despertar a consciência dos homens encarnados, inspirando ideias novas aos homens envolvidos com todos os meios de comunicação, sem conseguir grandes resultados.
Quando vivia no mundo, muitas vezes me senti incapaz de sanar os problemas dolorosos que afligem a humanidade. Os amigos costumavam dizer:
— Você é que é feliz! Está sempre de bom humor. Parece que não vê os sofrimentos que há no mundo!
Indirectamente me chamavam de egoísta, mas eu não entrei nessa porque sabia que essa foi a forma inteligente que encontrei para mostrar os factos.
Sabem por quê? Porque nunca dei “conselhos” nem ditei normas que as pessoas nunca vão seguir. Em compensação, um dito jocoso, uma piada bem armada, um fato observado por seu lado engraçado, era repetido de boca em boca. Ainda que de uma forma indirecta, eu conseguia fazer pensar.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:55 am

Não há coisa mais importante do que aprender a pensar. Porque se no teatro contracenamos uns com os outros, criamos personagens imaginários, todos nós fazemos isso o tempo todo dentro da cabeça.
Nunca pensou nisso? Pois é. Nós contracenamos o tempo todo misturando os aspectos de nossa personalidade. Claro que temos vários lados. Quantas vezes desejamos uma coisa e na última hora brota dentro de nós um personagem que traz um pensamento diferente e fazemos outra?
Ultimamente tenho me dedicado a assistir esse teatro interior. Posso garantir que é fascinante. Se prestar atenção vai perceber que dependendo do momento, do local e das circunstâncias, você “incorpora” um personagem diferente. Isso é tão forte que na hora você jura que é isso. Até o instante em que surge a dúvida levantada por outro lado seu. Então, os dois “brigam” dentro de sua cabeça, podem tirar seu sono e aumentar sua indecisão.
Observando nossa psique; a interior, fiquei pensando. Que bom se pudéssemos conhecer todos os personagens que há dentro de nós com os quais contracenamos diariamente! Tenho certeza de que se isso acontecesse poderíamos escrever melhor a peça de nossa vida.
Aliás, no curso de evolução sem dor que estou frequentando essa é uma aula fundamental. Dizem os instrutores que quando nós conseguirmos conhecer todos os lados de nossa personalidade poderemos escolher os mais adequados.
A princípio parecia que eu não tinha muitos “lados”. Até então eu tinha a ilusão de ser pessoa equilibrada, com bom senso. Mas o tempo foi me mostrando que estava enganado. O que fazer? A ilusão ainda é uma agradável maneira de encobrir o que não desejamos ver.
Fiz o primeiro exercício meio a contragosto, com ares de superioridade, como quem cumpre um ato mecânico e sem utilidade. Mas logo fui surpreendido por um personagem inesperado e fraudulento que de forma alguma queria que eu “largasse” meus controles habituais. Apareceu no palco de minha mente com toda a força, dizendo sutilmente que era melhor eu ir embora, que eu não precisava de nada daquilo, que minha vida era uma beleza.
Por que eu iria me dar ao trabalho de querer mudar?
Ele foi tão bem articulado que quase me venceu. Eu quase desisti. Mas, aí, meu curioso retrucou:
— Vai desistir sem ver o que vai acontecer? Vai perder essa?
Minha vaidade completou:
— Não vai mostrar a eles que não “precisa” disso?
Então resolvi ficar e ir em frente. Cada um foi convidado a dizer quais as frases que havia “escutado”. Fiquei calado, ouvindo o que os outros diziam.
Logo percebi que alguns tinham ouvido as mesmas coisas que eu. Fiquei inquieto. E interessei-me quando nosso professor começou a explicar o mecanismo de nossas reacções.
Puxa! Descobri que tudo que observara não passara de resistência a mudar e medo do novo. Defesa. Só defesa. Me empolguei. Se em poucos instantes tivera conhecimento de três personagens que habitavam meu teatro interior interferindo em minha vida, o que mais haveria atrás daquele cenário que eu colocara na frente, com medo de perceber o que havia atrás? Começou então para mim uma experiência nova. Agora, sou um observador atento, faço parte da plateia de mim mesmo.
Vocês vão achar que esse assunto deu voltas à minha cabeça, mas eu afirmo que não. A partir dessa primeira aula, percebi vários personagens que habitam o palco de minha vida, cada um escrevendo uma peça particular, que ao final acabam por atrair para mim fatos e pessoas, alguns muito bons, outros que eu preferia não tivessem acontecido.
Dentro desse processo, revi pessoas, fatos da infância, problemas de família, assuntos não resolvidos. Restos de um passado que, embora eu houvesse feito tudo para ignorar mascarando-os com humor e alegria, ainda permaneciam lá actuando sempre como se o tempo não houvesse passado e as coisas não houvessem se modificado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:56 am

Sabem lá o que é isso? Podem imaginar tudo que carregamos escondido em nosso subconsciente, sem coragem de olhar frente a frente e tentar encontrar outra forma de viver?
Por que será que resistimos tanto às mudanças? Por que temos tanto medo do novo? Não seria mais sensato testar as coisas antes de recusar?
Agora estou mais modesto. Não julgo nada. Quando entro em aula espero tranquilamente os acontecimentos e só depois de realizar a experiência é que me posiciono. Não acham que é melhor?
Quando perdemos o medo, acabamos descobrindo que nosso teatro interior é muito interessante. Temos personagens de todos os tipos. Implicante, impaciente, vaidoso, dramático, comodista, dependente, vítima, herói, justiceiro, perfeccionista, certinho, mentiroso, interesseiro e outros mais. Por outro lado, temos o amoroso, o sincero, o confiante, o próspero, o inteligente, o dedicado, o lúcido, o equilibrado, o sábio, o espiritual.
Tenho observado que todos estão dentro de nós e entram em cena conforme o momento, provocando diferentes resultados em nossas vidas. Assim como eu, vocês por certo já sabem que são os primeiros, isto é, os personagens negativos, que provocam todas as confusões nas quais nos temos metido. Vai daí que o melhor seria poder tirar de cena todos eles, deixando apenas os outros, os positivos.
Acham que não é possível? É, sim. O mais difícil é conseguir identificá-los.
Uma vez feito isso, há que aprender a transformá-los compreendendo que seus valores estão sendo invertidos e que por trás há forças positivas.
Será que você vai poder fazer isso? Nós ainda estamos aprendendo. Mas desde já posso afirmar que isso é possível e fascinante. Dentro desse contexto tenho escrito algumas peças nas quais estudo esses personagens, e para minha alegria elas estão sendo montadas aqui e assistidas por grande número de pessoas. Quem sabe algum dia ainda eu possa escrevê-las para serem levadas em algum teatro no mundo.
Já pensaram que maravilha? Cada pessoa que assistir vai poder identificar seus próprios personagens e começar a praticar seu teatro interior! Que beleza! Descobrir como transformar insatisfação em alegria, tristeza em felicidade, frustração em prazer!
Quando nos decidimos a fazer nossa evolução sem dor, tomamos contacto com a essência espiritual, entramos na luz e, diante dessa postura, tudo pode acontecer! Não acham que vale a pena tentar?
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:56 am

Circunstância fatal
Quando deixei a Terra há mais de trinta anos, sentia muita saudade. É que eu sempre gostei de viver aí e, apesar dos problemas que apareciam, a vontade de experimentar, o prazer de fazer eram tão grandes que as coisas desagradáveis acabavam perdendo a importância.
Nos primeiros tempos que vivi aqui, era difícil ficar distante sem participar dos acontecimentos importantes, da política, dos eventos promissores na Terra. Por isso, pedi a oportunidade de continuar escrevendo para vocês porque, além do prazer de estar ligado ao que se passava no mundo, poderia ao mesmo tempo falar da realidade astral sabendo que essa troca seria proveitosa para ambas as partes.
Porém, à medida que o tempo foi passando, embora ainda sinta saudade de vez em quando, aprendi a apreciar a sociedade onde estou vivendo agora, que, embora seja ainda um pouco tumultuada uma vez que nós estamos fazendo parte dela e não temos ainda boa organização mental, oferece preciosas oportunidades de desenvolvimento espiritual e maior conhecimento das leis cósmicas.
Talvez seja por isso que tenho espaçado meus contactos com os leitores da Terra. É que neste universo maravilhoso são tantas as opções, tantas e sempre surpreendentes descobertas, que tenho me empolgado, esquecendo o tempo, usufruindo mais os momentos que estou vivendo aqui.
Meu interesse em comunicar-me com vocês continua, talvez até um pouco mais forte, uma vez que quanto mais eu aprendo aqui, mais percebo que a verdade é muito diferente dos conceitos que correm aí no mundo.
Olhando o que vai na sociedade terrestre, notando como os valores estão sendo invertidos, sabendo que os sofrimentos em que as pessoas se angustiam poderiam ser evitados com certa facilidade, se elas conhecessem melhor as leis cósmicas, sinto renascer em meu coração o desejo ardente de cooperar para que vocês descubram a verdade e possam libertar-se de tanta dor.
Confesso que, apesar de minha vontade, tem sido difícil passar as novas ideias. A resistência tem sido grande. As pessoas se seguram tanto nos padrões estabelecidos e aceitos pela maioria que se recusam a enxergar o que seja diferente. Esse comportamento tem envolvido vocês em um círculo vicioso terrível, que emperra o progresso, atrai mais sofrimento. Vocês acreditam que determinados comportamentos sejam bons, porém colhem resultados dolorosos, o que significa que eles não servem para vocês.
Contudo insistem neles, iludindo-se com os conceitos da maioria, com medo de experimentar o inverso e vir a sofrer. É engraçado, mas o medo de sofrer faz com que vocês continuem sofrendo sem parar! Já pensaram que contra-senso?
No universo a lei é igual para todos. Não há protecção para ninguém. Agiu de determinada forma, obtém aquele resultado. Isso é fatal. Por isso é inútil permanecer fazendo tudo igual, mesmo sentindo que sua vida está indo muito mal, que você está sofrendo, que nada dá certo, que há carência de dinheiro, de afecto, de prazer, de alegria, de dignidade.
Não seja resistente! Aí você vai dizer que você está fazendo seu melhor e que não sabe como agir de outra forma. Vai desfilar para mim suas lamentações sem perceber que uma das causas de sua infelicidade é exactamente fazer isso. Queixar-se, lamentar-se como se você fosse incapaz de fazer coisa melhor.
Há muito descobri o quanto a queixa é destrutiva. Aqui em minha cidade, se alguém entrar nisso, as pessoas imediatamente vão embora sem nenhuma consideração. Será que vocês aí teriam coragem para fazer isso? É falta de educação, você vai dizer. E eu respondo que falta de educação aqui é “jogar” energias negativas em cima dos outros que não têm nada com isso.
Mas, aí, as conveniências, a vaidade, o querer “parecer” educado faz com que você que odeia ouvir lamentações se obrigue a engolir tudo para não ser criticado. Com isso, atrai formas-pensamentos negativas em sua aura que uma vez instaladas vão “atacar” você, atrapalhando sua vida.
Se não quer ser indelicado, basta mudar de assunto, não alimentar.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:56 am

Experimente, a cada queixa, colocar o lado positivo da situação. Logo vai perceber que seu interlocutor, não sendo apoiado, perde o interesse de desfilar seu rosário e se despede logo. Se ele for inteligente, pode até notar como está sendo maldoso e despertar para algo melhor.
Mais importante do que a conversa que você tem com os outros é aquela que você tem com você. Essa, então, é a mais perigosa. Sim, porque a maneira como você se vê, como você se trata, vai dizer aos outros como você é. Suas energias “falam” do que você crê.
Não importa o bem que você pensa que faz, nem como você imagina que os outros o estão vendo, nem como você desempenha os papéis que acredita serem importantes para ser aceito. É aquela conversa íntima que você tem com você todos os dias que cria seu padrão energético.
E, no jogo da vida, é seu padrão energético que conta. As energias que você exala chegam até as pessoas, não do jeito que você julga estar sendo, mas do jeito que você é. Quando você sente que não é amado, que não tem “sorte” no emprego, que nada dá certo, que sua vida está ruim, é hora de prestar atenção e notar o quanto se julga incapaz e se maltrata por isso.
Não acredita? Pensa que estou exagerando? Qual nada. Volto a afirmar que essa é uma circunstância fatal. Plantou, colheu. Não tem meio termo. Se sua vida está mim, é claro que você está agindo errado.
Não adianta protestar, querer brigar comigo, porque estou dizendo a verdade. Basta verificar como você conversa com você, de que forma se obriga a fazer as coisas, como se controla para entrar nas regras, sem nenhuma consideração por seus verdadeiros sentimentos. Diante de tanta desvalorização, como quer que a vida, as pessoas o valorizem?
Sei que o que estou dizendo pode parecer estranho por ser diferente do que vocês têm ouvido até hoje, mas se pelo menos estudarem o assunto, prestarem atenção, acabarão por descobrir que é verdade.
Comigo funcionou tanto que agora, sempre que algo não acontece da forma como eu gostaria, paro, medito, analiso minhas atitudes e experimento fazer exactamente o oposto. Acham que estou me precipitando? Qual nada. Tenho feito isso e não é que tem dado certo? Essa é a forma inteligente de modificar uma situação que não nos agrada. Se eu continuar fazendo tudo igual, estarei colhendo sempre os mesmos resultados. Deu para entender?
Parece simples demais? Quem foi que lhes disse que a vida é complicada?
As complicações são criadas por vocês. Diante disso, •não será mais inteligente descomplicar?
Acho que hoje dei voltas à sua cabeça. Ainda bem. Quem sabe assim você decida abrir uma janela no círculo vicioso de sua vida e começar a enxergar diferente. Se soubesse como é fácil! Não vai experimentar?
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:56 am

Contrariedade
Há dias em que parece que tudo acontece para contrariá-lo. Problemas inesperados aparecem, pessoas complicadas cruzam seu caminho, você é envolvido por fatos desagradáveis, assuntos que você foi postergando por não desejar resolver se complicam exigindo providências imediatas. Aí você imagina que o mundo inteiro esteja contra, e se deixa envolver pela revolta, como se fosse uma vítima da maldade humana. A insatisfação, a queixa se instalam, chegando à amargura e à depressão.
Quanto mais você se deixa arrastar por esses sentimentos, mais seus caminhos se fecham acabando por chegar um momento em que parece impossível encontrar uma saída. Daí ao suicídio é um pequeno passo. Quanta ilusão! Eu diria mesmo quanta falta de informação! Hoje em dia, com tantas possibilidades de pesquisa, com tantas provas da continuidade da vida após a morte, com tantas oportunidades maravilhosas de progresso que a vida na Terra oferece, ainda há quem se deixa iludir, preferindo machucar-se com a negação e o pessimismo, deixando de lado sua oportunidade de ser feliz.
Aí você vai dizer que não pode ser feliz quando tudo em sua vida dá errado.
Eu concordo. Quando tudo vai mal, é claro que a felicidade está distante. Mas o que você tem feito para modificar essa constante em sua vida?
Eu digo isso não porque deseje criticar você mas porque também já tive meus dias de desconforto quando estava no mundo, e mesmo aqui. Está admirado? Acha que quando vivemos no mundo astral tudo seja maravilhoso?
Seria se nossa cabeça não fosse tão indisciplinada. Se já tivéssemos conseguido controlar nossa mente, nossa vida aqui seria excelente, mas como ainda não conseguimos, temos nossos altos e baixos também.
Mas, tendo descoberto que sou eu quem atrai todos os fatos de minha vida e que a causa de tudo reside em meu descontrole mental, tenho procurado aprender a fazer isso. No começo, achei muito difícil. Pudera, habituado a não exercer nenhum controle sobre os pensamentos, me permitindo as mais loucas digressões mentais, minha vida aqui, logo que cheguei, passou a ser uma roda viva, repleta de acontecimentos desagradáveis que infernizavam minha cabeça.
Porém, como eu sou rápido e gosto de aprender, principalmente se a pressão for dolorosa, tenho me esforçado para conseguir esse controle e posso
garantir que já melhorei bastante. Descobri que a chave de nosso equilíbrio é ficar atento às impressões e como nossa mente as selecciona. Um fato pode ser avaliado de várias formas, dependendo dos valores mentais de cada um. O importante é discernir a verdade das ilusões. O falso do verdadeiro. Uma pessoa muito dramática vai exagerar, uma pessimista vai imaginar o pior, uma ingénua vai se escandalizar, uma controladora vai se revoltar, etc.
Entretanto, a verdade não tinha nada disso. Um facto é só o que aconteceu, o resto fica por conta da imaginação de quem o vê.
Se fosse só isso, não seria nada. O pior é que como temos o poder de criar, de materializar as coisas à nossa volta, acabamos por criar todos os nossos medos. Tudo que tememos começa a materializar-se em nossa vida. Tragédias para os dramáticos, sofrimentos para os pessimistas, doenças para os hipocondríacos, maldades para os ingénuos, descontrole para os controladores.
E quando você resiste e não muda sua forma de agir, esses fatos vão sendo cada vez mais frequentes e exagerados para que você perceba. Então, chega aquele dia em que tudo parece conspirar contra você e nada dá certo.
Entendeu? Aí você vai dizer que não acredita, que estou fantasiando porque você não tem esse poder de criar esses fatos, uma vez que só deseja o bem.
O que adianta desejar se você não faz? De que vale pensar, criar ideias na cabeça mas agir de maneira contrária a elas? A vida vai materializar o que você sente, não o que você acha que é.
Portanto, o jeito de melhorar é modificar a forma de pensar. É controlar a mente não se permitindo fantasiar, esforçando-se para manter um bom senso de realidade. No começo pode parecer difícil, porém depois de algum tempo você vai notar que as coisas vão se tomando mais claras, menos complicadas, sua cabeça mais lúcida, sua vida mais feliz.
Não acham que vale a pena tentar?
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Pare de sofrer - Silveira Sampaio/Zibia Gasparetto - Página 5 Empty Re: Pare de sofrer - Silveira Sampaio/Zibia Gasparetto

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:57 am

Imaginação
Tenho tentado mostrar a vocês que a vida é perfeita e faz tudo certo. E que, para compreender como ela funciona, precisamos deixar as ilusões, as fantasias. De uma coisa tenho certeza: ela é muito mais rica e bonita do que nossa maior fantasia e trabalha sem cessar para que aprendamos a ciência de ser feliz.
Quando digo que ela nos criou para a felicidade, você pode duvidar, uma vez que não é isso que tem observado no mundo, mas eu garanto que o sofrimento humano é fruto das ilusões e do excesso de imaginação que as pessoas criaram para si.
Aí vocês vão dizer que não estou sendo coerente. Se enalteço a necessidade de ser verdadeiro, de olhar tudo do jeito que é, acertando baterias contra as ilusões, o que sobram são os sofrimentos, a “dura realidade” social, etc., etc.
Essa atitude acabaria com a criatividade, com os sonhos dos artistas, com os desejos de progresso da sociedade, com a beleza da vida.
Será que vocês entenderam tudo quanto escrevi neste livro? Se pensam dessa forma, com certeza não. A vida é perfeita, tem em si mesma todas as belezas, todas as artes, todo o progresso, toda a força do divino e do eterno.
Nós somos a vida. Ela palpita em nós de forma ininterrupta, mesmo quando, iludidos pelas aparências, nos deixamos levar pelas ilusões, pelos exageros, pela falta de fé.
E aí é que entram as mudanças essenciais que ela provoca em nossas vidas, corrigindo nossos objectivos, fazendo-nos perceber a verdade, colocando-nos no lugar que nos compete por aquilo que acreditamos ser, para que possamos experimentar nossas ideias, nossa própria força.
A sabedoria da vida nos deixa livres para experimentar e age de tal forma que somos nós que fazemos as leis com as quais seremos julgados. Essa liberdade me comove e impressiona. Não há juiz nem ninguém que determine as experiências que iremos vi ver, mas apenas nossas crenças, nossas atitudes atraindo os acontecimentos que necessitamos para abrir nossa consciência, aprender a viver melhor.
Seremos medidos com as medidas que medirmos. Pode haver justiça mais liberal e ao mesmo tempo mais perfeita e justa?
É aí que os exageros nos conduzem a muitos sofrimentos que poderíamos ter evitado. Dramatizar qualquer acontecimento faz com que ele cresça e assuma dimensões que ele não tinha.
É por isso que a vida frustra, desilude, mostra a verdade. Cultivar a ilusão fatalmente levará à desilusão. Exagerar, imaginar o que não é, sempre será uma maneira de se machucar quando a verdade mostrar sua face.
Isso não significa cortar a imaginação, que é uma ferramenta que quando usada de forma positiva cria motivação, impulsiona o progresso, alimenta o espírito.
Será que você sabe usar sua imaginação sem entrar na ilusão? Será que você sabe valorizar sua capacidade, sem medo do futuro, confiante na vida e em sua própria força? Essa ciência estou tentando aprender e confesso que, apesar dos muitos cursos a que venho assistindo ultimamente para me livrar dos velhos hábitos que mantinha no mundo, ainda me pego dramatizando, exagerando minha fraqueza, alimentando a cómoda postura de vítima das circunstâncias, quando já aprendi que cada um é totalmente responsável por si e que pode tudo quando usa a própria força.
Mas, apesar disso, não me culpo. Sabem por quê? Porque sei que me dar força é o melhor remédio, principalmente quando fiz alguma coisa que não saiu bem como eu gostaria. A culpa só faz mal, e cultivá-la é como ingerir um veneno que vai aos poucos acabando com nossas possibilidades de sermos felizes.
Não é isso que eu quero para mim. Você quer? Eu descobri que a vida trabalha para o melhor. Que o bem é a única verdade que há. Que crer no mal é dar muitas voltas para no fim, depois de muitos sofrimentos, acabar valorizando o bem para chegar à felicidade.
Aprendi que o mal é a maior ilusão e que um dia, seja pela dor ou seja pela inteligência, todos nós vamos aprender isso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 07, 2024 10:57 am

É por isso que voltei para escrever a vocês. Se eu estivesse vivendo aí no mundo, gostaria que alguém do astral me mostrasse essas verdades.
Por isso, a imaginação serve para criarmos beleza, amor, alegria, bondade, progresso. Se você a está usando para criar dor, medo, sofrimentos, mal-estar, angústia, depressão, saiba que mergulhou na ilusão, e quanto antes sair dela, melhor.
Experimente o oposto. Seja o que for, não dramatize. Ao invés da tristeza cultive a alegria; da culpa exercite a boa vontade; do desespero alimente confiança na vida; do desânimo acredite no próprio poder; do abandono se dê todo apoio; do medo do futuro observe a perfeição da vida, que nunca erra. Eu gostaria muito que você pensasse no que tenho escrito. Um dia, tenho certeza, ainda que demore muitos anos, chegará aos mesmos resultados que cheguei e quem sabe nosso encontro tenha o sabor agradável das muitas conquistas que fizemos, na descoberta infinita das riquezas de nosso mundo interior.

Um abraço do amigo
Silveira Sampaio.

§.§.§- Ave sem Ninho
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