LUZ ESPÍRITA
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O Lado Oculto da Transição Planetária - Maria Modesto Cravo/Wanderley Oliveira

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:29 am

— Olha, se vocês estão dispostos a assumir essa responsabilidade, eu lavo minhas mãos! - desabafou Maurício, que já se encontrava irritado e não conseguia mais argumentos para manter sua decisão.
Depois do desabafo de Maurício, a reunião tomou, definitivamente, a condição de um ambiente democrático e decisório.
Todos falaram o que pensavam com calma e respeito, criando um clima mais saudável.
Ninguém apoiou a decisão da directoria, embora todos tivessem sido muito atenciosos com Maurício e Elvira.
Ninguém se ocupou em criticar ou repreender suas atitudes.
As manifestações se voltaram em forma de acolhimento e respeito a Paolo.
Maurício desapareceu dentro da reunião, como se tivesse evaporado.
Ficou calado e olhando as coisas acontecerem.
E, por incrível que pareça, em meio a tantas conjecturas, Paolo mantinha-se calmo, equilibrado, com um olhar sereno e sempre procurando mentalmente se conectar connosco.
Aproveitando o clima mais ameno que se estabelecera na reunião, nossa equipe espiritual foi se aproximando do grupo.
Busquei dona Ermelinda, uma médium de incorporação muito discreta, e fui criando uma sintonia.
Repentinamente, ela disse:
— Dona Modesta está aqui e quer falar!
Apaguem as luzes.
Maurício olhou imediatamente para Paolo, para observar a chegada de dona Modesta.
Concordou em apagar as luzes, alegando que realmente queria ouvir o pensamento dos espíritos sobre o assunto, embora em seu íntimo esperasse encontrar mais uma prova a favor de sua tese.
— Louvado seja Jesus!
Que haja paz e esperança entre nós! - falei através da própria Ermelinda, deixando Maurício muito surpreso.
— Venha em paz, dona Modesta! - respondeu o dirigente.
Achei que fosse falar por Paolo ou Suzana.
— Hoje não, Maurício. Hoje é um dia especial.
Nada melhor que uma mudança, concorda?
— Sim, dona Modesta. Seja bem-vinda e nos desculpe por estarmos tomando o seu tempo com assuntos que deveríamos resolver por aqui.
— Engano seu, meu filho.
Esses momentos dedicados ao entendimento sempre são muito importantes.
Nós, os desencarnados, é que pedimos desculpas por entrarmos na conversa.
— A senhora acompanhou tudo que está em discussão aqui?
— Mais do que você imagina.
— E o que a senhora tem a nos dizer?
— Muitas coisas, meus filhos. Quero começar dizendo que está aqui ao meu lado uma senhora muito baixinha, de pele clara, com um gorro vermelho de lã.
Ela diz que lhe ama muito e seu nome é Mariana.
— Minha avó Mariana? Mas, como?
Ela detestava Espiritismo.
— Ela disse que continua detestando e que fez um grande esforço para estar aqui, por você.
— Que bênção!- falou Maurício, sem convicção.
— Ela está lhe perguntando se você se lembra do gorro vermelho.
— Sim, claro que me lembro!
Foi um presente meu, quando ela fez oitenta anos.
— Pergunta também se você imagina por qual motivo ela está aqui hoje, exactamente em um momento como este.
— Não faço a menor ideia.
Eu sempre desejei uma mensagem dela, mas, por que logo hoje ela estaria aqui?
— Ela fala de um segredo, Maurício!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:29 am

— Segredo? - indagou Maurício, como se removesse sua mente nas lembranças.
— Sua avó fala de um segredo seu que só ela sabe, meu filho, e é por essa razão que está aqui hoje.
Ela me mostra um pé de pêssego, onde vocês conversaram.
— Pé de pêssego! Ah, meu Pai!
Lembrei-me do segredo! - falou engasgado, pois somente ela sabia das tendências sexuais de Maurício.
Foi a única pessoa a quem ele teve coragem de contar, exactamente embaixo de um pessegueiro.
— Ela quer saber se você se lembra como foi tratado por ela quando compartilhou seu segredo.
— Sim, vó Mariana.
Eu me lembro do seu carinho - respondeu como se já conversasse com ela.
— Ela me diz, Maurício, que é isso que você precisa fazer com os outros.
O dirigente não conteve as lágrimas e, aproveitando seu coração sensibilizado, comecei a direccionar o clima da reunião.
— Eu peço a todos vocês que se levantem de suas cadeiras, meus filhos, e dêem as mãos uns aos outros, formando uma roda.
Sinceramente, meus irmãos, tenho olhares muito optimistas para os factos desta noite, considerando as propostas que lhes trouxemos há uma semana.
É necessário colocar as enfermidades morais para fora e avançar com mais legitimidade e amor no coração, deixando de lado as nossas diferenças, para podermos servir com mais eficiência e amor.
Quando partimos para censurar as lutas alheias, estamos, na verdade, em conflito com nossa própria sombra interior.
Conheço com detalhes as dores mais solitárias de cada um de vocês. Inclusive as suas, Maurício.
O dirigente continuava admirado e em lágrimas com a presença marcante de sua avó.
Erguendo uma enfermaria do Cristo nesta casa, teremos condições contínuas de amparar, orientar e acolher a cada um de vocês na cura definitiva.
Ao realizar um trabalho dessas proporções, para atender ao pedido de Eurípedes em relação ao submundo astral, estamos, em verdade, assumindo o compromisso de resgatar nossa luz pessoal ainda submersa nas sombras interiores.
Assim como aconteceu a Saulo, eu transfiro para você, Maurício, a pergunta de Jesus:
“Porque me persegues?”.
Todo assunto que envolve uma convivência mais fraterna entre os discípulos do Cristo deve ter prioridade no centro espírita.
Temos aqui uma oportunidade para o exercício do amor nas diferenças e com os diferentes.
Amor por Paolo, por ser quem ele é e como é.
Amor por você, Maurício, por pensar da forma que pensa.
O preconceito é uma forma de pensar que afasta o homem do que ele sente e acaba por desunir.
Entretanto, qual de nós já se encontra imune a essa doença?
Maurício, meu filho, a homo-afectividade é também um caminho para Deus.
Paolo, seu exemplo de convicção e seu sentimento cristão são expressões de grandeza que comprovam o que estou dizendo.
Você é um homo-afectivo, e daí?
Você ama Suzana, Silvério, Elvira e demais membros do grupo, a sinceridade de vocês é uma luz que pode ter salvado essa embarcação de um naufrágio.
Olhemos um para a luz do outro e tenhamos lucidez frente à riqueza das oportunidades de servir e aprender que batem na nossa porta.
Até seus familiares, como a avó Mariana, se uniram em esforços para evitar que os momentos de testemunho dessa hora colocassem a perder a bênção dos caminhos novos que os aguardam nas tarefas do GEF.
Reunimos uma enorme família espiritual para acolhê-los neste instante de fragilidades e descuidos.
Elvira, venha até aqui, minha filha, e me abrace.
— Dona Modesta, querida, abranda a minha dor! - pediu em choro descontrolado a trabalhadora, que já estava quase correndo para me abraçar mesmo antes de eu lhe pedir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:29 am

— Eu também sou mãe e sei o que você sente.
Sei como queria esse colo!
Ame seu filhinho como nunca, mulher.
Ele precisa muito do seu amor e da sua aceitação.
— Aceitar, dona Modesta?
— E o que mais você pode fazer?
Por acaso você tem algum dom capaz de mudar a orientação sexual de seu filho?
— Sinto-me um fracasso.
Não sei o que fiz de errado.
— Você não fez nada de errado.
Seu filho já tem essa tendência há seis reencarnações.
Jamais teria como mudar por agora.
Ensine-lhe a amar a si mesmo, mostre a ele que você não o repudia, que o amor está acima do sexo e que a dignidade é mais importante que os preconceitos do mundo.
— É tudo que eu gostaria de fazer, mas não tenho conseguido.
— A partir de hoje, Elvira, tudo será diferente.
— Por que, dona Modesta?
O que mudou?
— O que mudou foi que seu coração falou mais alto e iluminou as sombras que apavoravam sua maneira de entender.
Sua manifestação desesperada, ao desistir de julgar Paolo, foi o rompimento com sua velha atitude de rotular o outro pelo que você pensa.
— É verdade deixei meu coração falar mais alto mesmo!
— O que nós precisamos fazer para vencer esse velho impulso de julgar é aprender a nos aproximar mais daquilo que sentimos e desenvolver, por meio de uma educação emociona bem orientada, os sentimentos universais que se conectam na órbita do amor.
— A vontade que tenho neste instante é de abraçar meu filho e pedir perdão!.
— Faça isso, Elvira.
Todos nós estamos precisando de perdão diante das nossas alucinações orgulhosas, que nos fazem acreditar que podemos julgar e sentenciar nosso próximo.
— Não é a orientação sexual que determina a sintonia, mas como a pessoa vive sua sexualidade.
A dignidade ou a ausência dela em assuntos de sexo é que determina a sintonia.
E dignidade significa responsabilidade, afecto e alegria no uso de nossas forças sexuais.
Conheço médiuns homossexuais assumidos, com trabalhos mediúnicos sérios e de óptimos resultados, tanto homens como mulheres.
Até mesmo em nossa equipe espiritual temos homo-afectivos.
O que leva um médium ao encontro da luz é sua conduta e não sua orientação sexual .
De nossa parte, caso isso faça alguma diferença para vocês, acolhemos com amor fraterna:
e com profundo respeito a conduta digna e a escolha de Paolo, pedindo a Deus e aos espíritos da luz que o fortaleçam cada vez mais, para que esse exemplo de humildade e equilíbrio o norteie nos dias vindouros, abençoando seu lar, seu parceiro afectivo e todos nós, seus irmãos de ideal.
Percebendo que o ambiente da reunião estava completamente resgatado, propus que todos se ajoelhassem, ainda de mãos dadas, e procurei concluir aquele momento precioso.
Entrei na roda que estava formada e fiquei ao lado de Maurício, dando a ele a minha mão através de Ermelinda, a médium pela qual me manifestara.
— Oremos juntos em favor desse nosso encontro com Jesus, para que a luz do afecto cristão nos mantenha unidos nos serviços do bem.
“Senhor Jesus, Mestre bendito!
Perdoe nossas tribulações de amor ainda imaturo e ilusões enfermiças.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:29 am

Estamos aqui, irmanados, com nossas dificuldades e desafios de crescimento, em busca de orientação e cura, suplicando Seu amor para que as nossas directrizes no bem se fortaleçam e que, a partir de hoje, a sombra de nossos preconceitos possa diluir-se ante o facho luminoso de Sua bondade, de Sua alegria excelsa e de nossos melhores sentimentos cristãos.”
Após a pequena prece, nos levantamos ainda de mãos dadas.
O grupo estava profundamente sensibilizado e não havia quem não chorasse.
Foram muitas emoções de uma só vez.
Então propus:
— Já que estamos alimentados pela luz do Mais Alto, voltemos ao serviço em favor dos nossos semelhantes, que vieram a esta casa de amor em busca de amparo, paz e resignação.
Busquemos o trabalho, se assim estiverem de acordo, e peçam à Cibele que entre para o tratamento.
Inácio vai atendê-la através de Paolo.
Que o Senhor Jesus os proteja nos novos caminhos!
Despeço-me desejando paz e esperança a todos e peço que se abracem.
Todo o grupo se abraçou.
Maurício, ainda muito sensibilizado, não pensou duas vezes e pediu para que alguém chamasse Cibele, e foi logo arrumando a sala para a nova etapa de trabalhos.
Nada mais precisava ser dito.
Estávamos nutridos e o trabalho em favor do próximo nos chamava para distribuir a fartura que havíamos recebido.
O trabalho transcorreu em clima de produtividade e segurança e, ao final da tarefa, Maurício fez a prece e pediu um minuto a todos:
— Irmãos, juro que me sinto envergonhado depois de tudo o que aconteceu nesta noite.
Confesso que não sei o que fazer com o que penso sobre o assunto, mas uma
coisa é certa, esqueçam minha decisão.
Paolo, receba minhas sinceras desculpas.
Vou rever minha forma de pensar.
Não sei por onde começar, mas vou pensar no assunto.
— Você não me deve nada, Maurício.
Acima de minhas necessidades, o que sempre me preocupou foi o trabalho que nos une em nome do Cristo.
Por ele, sim, eu temi.
Eu peço que essa linda equipe espiritual que nos une nesta tarefa lhe ajude em seus esforços para rever seu ponto de vista.
Reconheço que não será fácil, mas acredito em sua intenção.
Sou seu irmão e, pelas experiências que já passei, reconheço o quanto é difícil mudar esse tipo de pensamento.
Se eu puder fazer algo para ajudá-lo, conte comigo!
— É o que eu consigo fazer hoje, Paolo: rever minha decisão.
Voltemos todos para casa e me perdoem.
Não sei mais o que dizer.
Vários companheiros, entre eles Paolo, foram abraçar Maurício e retornaram aos seus lares.
Naquela noite, mesmo por entre os percalços e tropeços, o ensino glorioso do Cristo ecoou na alma de todos os que tiveram a felicidade de viver, naquela ocasião inesquecível, sua sublime orientação para nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:30 am

7 - Dirigentes também precisam de ajuda
- Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e. então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7:5.

Encerradas as actividades daquela noite, solicitei a dois guardiões que auxiliassem Maurício no desdobramento pelo sono, pois gostaria de vê-lo no Hospital Esperança.
Passadas duas horas depois do término da reunião, recebi a notícia de que o dirigente não conseguia efectuar seu deslocamento astral.
Ele se mantinha com a mente fixa nas recordações do que acabara de acontecer, muito atordoado, e supondo-se vítima de uma obsessão.
Não tive outra alternativa a não ser ir até sua residência.
Era um instante muito crucial.
A mente de Maurício fervilhava de dúvidas e intenções.
Ao chegar, vi com careza a posição mental de confusão e tormenta.
Apesar de estar dormindo no corpo, ele se encontrava dentro do quarto, espiritualmente desdobrado, andando de um ado para outro.
Solicitei aos amigos que me acompanhavam que dirigissem uma concentração de energias sobre o sistema nervoso vegetativo do seu corpo físico e, imediatamente, foi como se um vínculo energético tivesse sido cortado.
Ele saiu do circuito mental fechado e me viu.
— Dona Modesta!
A senhora na minha casa? Ou é um sonho?
— Sou eu mesma, meu filho.
Vamos conversar um pouco?
— Queria ver minha avó Mariana!
Ela está aqui?
— Nesse momento não, Maurício, mas quase todas as noites é e a quem embala seus sonhos e durante o dia tenta ampará-lo nas lutas que você vem enfrentando.
Acalme-se, vamos conversar.
— Dona Modesta, estou obsediado?
Por que sentia energias tão ruins em Paolo?
Ele está mesmo debaixo de forças negativas para afundar o centro?
Depois de tudo que aconteceu hoje no GEF, já não sei mais o que pensar e nem o que fazer!
A senhora disse que sabia de minhas lutas pessoais, então conhece o meu segredo com vó Mariana?
Como admitir uma conduta tão negativa no sexo como a de Paolo?
Tudo que aprendi sobre o assunto me levou a outra direcção.
Nem sei se devo mais voltar ao GEF, depois de tudo que aconteceu.
A senhora percebe como estou desorientado?
— Dê-me suas mãos, Maurício - e peguei as mãos de e em minha mão esquerda.
Coloquei a direita espalmada sobre o seu chacra frontal.
Repita comigo, meu filho:
“Pai, tem piedade de mim, que carrego a alma soterrada pelos escombros da dor.
Fortalece-me para que eu consiga me conectar com minha luz e possa sair desse tormento e dessa fixação.
Acalma meu coração e que os Seus raios de compaixão e amor possam me trazer harmonia.”
Acalme-se, Maurício, e respire fundo.
Acalme-se! Respire fundo!
Após alguns momentos, ele começou a se tranquilizar e eu pedi que se sentasse à beira de sua cama.
— Meu filho, a primeira orientação a lhe passar é a de que me ouça com toda atenção possível e sem me interromper.
Estamos tomando providências para que você se lembre de tudo quando regressar ao seu corpo material.
Depois, você poderá fazer suas perguntas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:30 am

Não é a homossexualidade que determina o tipo de energia que você sente em Paolo.
É muito comum, nos relacionamentos humanos, detectarmos em alguém alguma coisa que nos incomoda, e isso ocorre mais frequentemente quando aquela pessoa tem algo que corresponde às nossas próprias mazelas.
Não é a única causa que explica esse desconforto, mas, no seu caso, é exactamente isso o que acontece.
Eu sei as lutas e os desafios enfrentados por você com a homossexualidade reprimida e quais foram as reais consequências psicológicas disso para você.
Para cada pessoa, a sexualidade é vivida, sentida e aplicada de modo muito particular.
Por essa razão, traçar normas ou directrizes colectivas é uma postura de pouca utilidade.
Para você, a contenção atendeu até agora; entretanto, trouxe efeitos na sua forma de entender e viver a sua sexualidade.
A própria rigidez de conduta durante seus últimos 30 anos de vida reflecte que algo está em desarmonia na sua vida psíquica.
A repressão pode, sim, trazer óptimos resultados para o espírito que decidiu, por várias razões, não viver mais a experiência homossexual, dependendo de pessoa para pessoa, e também de como ela aplica sua energia sexual perante a vida.
Entretanto, é necessário apurar quantas foram as reencarnações em que o espírito viveu a homo-afectividade, qua o grau de intensidade afectiva nas relações, o que essas experiências trouxeram a seus arquivos mentais ao longo dessas vidas e, ainda, saber por qual motivo o espírito decidiu por essa mudança.
Cada história é uma história.
Haverá quem opte pela sublimação das forças sexuais e, no entanto, vai desenvolver uma conduta patológica.
Sexo e vida mental andam juntos nos horizontes da saúde e da doença.
E a abstinência não pode ser recomendação para todos diante dos apelos sexuais.
Se para alguém, como para Paolo, a experiência homo-afectiva é a única alternativa de prazer, vida amorosa e alegria no compartilhamento do afecto, que ela seja vivida com os melhores ingredientes do respeito, da fidelidade, do amor e da dignidade.
A postura de Paolo mexeu com seu sombrio porque ele é um modelo do que possivelmente você desejaria ser.
Ter de reconhecer isso é uma agressão ao seu atua estilo de vida.
Você tentou eliminar por fora o que não consegue por dentro, meu filho.
Paolo não está obsediado e, para sua orientação, um estado mental como o seu é muito mais propício a uma obsessão que o dele.
Você está indefinido em seus desejos.
Sua mente se mantém na faixa das fantasias com homens e sua vitalidade masculina está quase nula, causando sofrimento à sua companheira.
Você está em um momento muito delicado de decisão, Maurício.
É isso que queria lhe dizer.
— Dona Modesta de Deus!
Minha situação está ruim demais!
O que devo fazer?
— Procure ajuda.
— Que tipo de ajuda? Desobsessão?
— Nada disso, Maurício.
Que mania é essa dos espíritas com desobsessão!
Exorcize primeiro os seus próprios demónios.
Busque ajuda psicológica, meu filho.
Sua situação não se resolve com passes, água fluidificada e desobsessão.
Isso você já tem recebido a contento na tarefa de tratamento do GEF.
Você precisa de honestidade emocional, clareza de propósitos perante a vida.
Procure o auto- conhecimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:30 am

— Dona Modesta, acaso a senhora estaria me recomendando... assumir?
— Sim, de alguma forma.
Recomendo-lhe assumir que tem algo dentro de você a resolver.
Assumir sua luz e não sua tormenta.
Assumir que merece ser feliz e que necessita realizar algo para ser quem você é, ajustando-se com seu projecto reencarnatório.
— A homo-afectividade está em meu projecto?
— Você é que vai descobrir.
Isso não pode ser respondido.
Essa consciência tem que ser conquistada.
— Isso me angustia muito, mentora querida!
— A angústia pode ser motivadora quando a alma cansa de sofrer.
— Então terei que assumir a homo-afectividade?
— Não sei. Se for necessário...
— Eu tenho filhos e uma esposa.
Tenho parentes.
— Sim, eu entendo sua opressão.
Mas nenhum deles vive as dores que você experimenta, nenhum deles é também responsável por você ser quem é.
Não se atormente com quem está à sua volita no momento, porque o que tem mais valor agora é você olhar para sua realidade.
Compreender suas reais necessidades, escutar o grito da sua alma.
Depois, é outra etapa.
Assumir, não a conduta homo-afectiva, mas assumir que você é homo-afectivo.
Olhar para isso sem os preconceitos e sem as hipocrisias que tanto lhe fazem sofrer já mudará muito o seu estado mental.
Será um avanço parar de conflituar com sua sexualidade.
— Mas, e se acaso eu resolver que desejo ser assim?
— Seja.
— As coisas não são tão simples, dona Modesta.
— Eu reconheço e, por essa razão, recomendo como primeiro passo ajuda terapêutica.
Não queira tomar decisões sem antes investigar com detalhes sua realidade pessoal.
Muito antes de mudanças comportamentais, você necessita se encontrar e ter um olhar generoso com suas tendências e desejos sexuais.
Isso vai lhe fazer enorme bem!
Nem todos que assumem essa coragem de se olhar necessariamente decidem mudara conduta sexual.
Existem muitos casos.
— E a quem procurar, dona Modesta?
— Lembra-se do doutor Júlio?
— Sim, eu me lembro.
— É o melhor e mais preparado profissional a ser procurado reste momento.
O facto de ser perseguido pelo movimento de unificação por tratar abertamente dos assuntos da vida psicológica e sexual nos centros espíritas, sob a óptica espiritual, ajudou-o a entender profundamente as necessidades humanas nessa área.
— Parece que tudo está ruindo na minha vida, que impressionante!
Paolo, João Cristóvão, agora o Júlio, que nunca valorizei, enfim, estou sendo obrigado a rever meus conceitos e meus julgamentos infelizes!
— Que bom que você está consciente disso, meu filho!
Sem querer generalizar, em uma comunidade espírita, em que se prega tanto a rigidez de padrões, ter a coragem de rever o entendimento é uma atitude a ser aprovada.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:30 am

Há uma hipnose colectiva sombria na comunidade espírita que é muito difícil de ser rompida, e são poucos os que a ela não se associam.
— Existe, por acaso, uma obsessão colectiva na comunidade espírita?
— Não se trata de obsessão. Somos espíritos doentes em busca de cura e a doutrina é o sagrado remédio de que necessitamos tomar para nossa recuperação.
Somos hipnotizados pelas nossas próprias sombras milenares.
— Bom; também não quero ficar falando de movimento espírita.
Faço parte dele e nesta noite, por muito pouco, a minha atitude explodiria um barril de pólvora no GEF.
Sinto-me muito incomodado ainda com tudo o que aconteceu, minha irmã.
Como olhar de novo para Paolo?
E para o grupo?
Apresentei minhas desculpas, mas não sei se isso é o suficiente para desfazer todo o mal-estar que causei.
—Maurício, o que aconteceu no GEF esta noite é a marca mais fiel da realidade dos grupos espíritas, em sua maioria.
Pessoas falíveis, com pontos de vista rigorosos, pessoas com atitudes impulsivas, outras mais ponderadas.
Com a soma de valores e imperfeições, todos nós, encarnados e desencarnados, tivemos nesta noite uma grande vitória.
Grupo espírita é isso.
—O grupo pode ter saído vitorioso, dona Modesta, porém, eu...
—O que você sente?
—Sinto que tenho um grande desafio a vencer.
—Que óptimo!
—Óptimo, por quê?
—Antes de tudo acontecer, você sequer admitia pensar no assunto dessa forma.
—E agora tenho muito medo do que me espera.
Já passei por momentos semelhantes alguns anos atrás.
Instantes de tormenta sexual, lutas e conflito interior.
Receio que tudo isso volte.
—Vai voltar sim, meu filho!
Todavia, agora você está mais maduro, mais experiente, com conquistas apreciáveis para superar e saber que destino dar ao seu combate interior.
— Tenho medo.
Muito medo do que me espera.
— Melhor! Esse medo será factor de segurança, vai se transformar em limite.
A caminhada que lhe espera não pode ser feita aos saltos.
—Eu vou precisar muito da sua ajuda, dona Modesta.
Não tenho mais em quem confiar.
—Tem sim, Maurício.
Há uma família espiritual ao seu redor.
Sua avó e outras entidades do bem lhe amparam os caminhos.
—E a senhora pode me explicar por que Paolo não sai da minha cabeça?
Não consigo parar de pensar nele.
—O comportamento de Paolo, como já lhe disse, revirou todas as suas estruturas emocionais.
Você sempre o apreciou pelo equilíbrio e comprometimento, além da gratidão de ter curado sua Juliana - e olhamos para a cama onde se encontravam, lado a lado, os corpos dele e de sua bela esposa, em sono profundo.
Sua apreciação de um comportamento exemplar foi completamente invadida a partir do conhecimento do casamento do médium.
Sua mente não encontrou material para conectar a orientação sexual e a conduta recta que nele apreciava.
Não se trata de Paolo, embora sua mente esteja fixa na imagem dele.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:30 am

Trata-se das novas conexões e pontes mentais que seu entendimento deverá conquistar com o auxílio da bondade e do respeito, com relação a algo que para você era inconcebível.
—Sou um dirigente, dona Modesta!
É imperdoável, a meu ver, que eu tenha feito tanta recriminação.
De que me ser/iram tantos anos de Espiritismo, se na hora dos testes não só me descubro falível, mas como o pior doente, aquele que acusa o outro por causa do que não consegue resolver em seu próprio coração?
— Isso é verdade, Maurício! No entanto, a chave desse assunto está na forma
como você se trata.
—Como assim, dona Modesta?
—Você construiu uma conduta avessa às suas tendências homo-afectivas e passou a se tratar com muita cobrança e crueldade.
Isso gerou uma energia que atraiu para perto de você as experiências que você recrimina em si mesmo.
Já notou com que frequência, ao longo dos anos, pessoas homo-afectivas sempre demonstraram interesse por você?
—É verdade. Nunca tinha me dado conta disso!
—O que você não sabe é que aqueles que se interessaram por você, sensíveis às suas energias psíquicas, tinham em sua estrutura a mesma forma de tratamento desumano e cruel consigo mesmos.
Observe que com Paolo isso não aconteceu.
Exactamente porque ele se encontra em outra faixa de vivência.
Seu incómodo, porém, era enorme com a pessoa dele, mesmo sem conhecimento da vivência do médium.
—Eu sou um homofóbico, dona Modesta?
—Dentro dos estreitos conceitos humanos, sim.
Para nós, em uma visão cristã, você está sendo chamado a rever sua vida, seu modo de pensar e sua conexão com a realidade.
—Sou um preconceituoso.
Envergonho-me de ser o que sou, sendo espírita.
—O espírita, meu filho, como qualquer religioso, é um aprendiz.
A religião é como um remédio prontinho para ser tomado, e o religioso é o doente que precisa dele.
Quando o religioso acredita que sua religião pode ajudar outras pessoas, ele apresenta sinais de que está começando a dar valor ao que está ingerindo.
Quando o religioso acredita que sua religião é o único remédio que pode curar a todos, ele apresenta sinais de como está doente e do quanto precisa do remédio que está tomando.
Quando o religioso acredita que está curado e que ele é mais importante que a religião, ele demonstra o nível da sua cura.
Religião é uma bênção, quando não fazemos dela um trampolim para o nosso ego.
Que adianta ser religioso e continuar a mesma pessoa?
Religião só é remédio quando encontramos nela algo que nos torne melhores.
Examine a si mesmo e verifique se você está se tornando alguém mais querido, mais leve, mais amável e mais útil depois que começou a ingerir o remédio da sua religião.
— Eu reconheço minha melhora.
— Pois entào! Não tome a ocorrência dessa noite como se ela definisse tudo a seu respeito.
Você apenas tem um desafio, diga-se de passagem, antigo, que foi ignorado por um tempo, e a vida lhe chama agora a resolver.
Se não tivesse esses anos todos de estudo e serviço na doutrina, imagine que rumos as coisas poderiam tomar!
— A senhora tem razão!
— Nunca o nosso investimento em espiritualidade deixa de ter valor para o nosso progresso.
— Nossa, dona Modesta, perdoe-me!
Estão passando certas coisas peia minha cabeça que me deixam profundamente miserável e infeliz.
— Diga!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

— E se um dia Paolo ou alguém do grupo souber de minhas lutas pessoais?
— Qual o problema?
—Como ficam as coisas?
Que absurdo!
Há algumas horas eu estava convicto, como dirigente, de que tinha autoridade e estava amparado para expulsar alguém da obra que não me pertence e, de repente, a luz que veio em meu favor foi tão exuberante que me sinto um miserável.
Queria curar a enfermidade do GEF, sendo que eu sou a parte mais doente do processo.
—Que bom, meu filho, que em tão poucas horas você recuperou a lucidez!
Nem queira saber o que temos enfrentado em outros ambientes espíritas por muito menos.
É gente sendo afastada da tarefa por ser fumante, outras pessoas sendo recriminadas porque zelam pela vaidade e cuidado pessoal.
Recentemente, uma professora de musculação foi afastada da evangelização.
A alegação dos dirigentes?
Ela estava dando um péssimo exemplo às suas crianças com a vaidade do corpo, que é algo transitório.
A rejeição de alguns companheiros de doutrina à beleza, ao dinheiro e ao prazer é algo que demonstra um alto grau de desajuste interior.
s incoerências não param por aí e nem valem a pena mencionar.
O que aconteceu no GEF esta noite ficou na medida cristã e não poderia ser diferente.
O grupo tem muitos valores e conquistas.
Um grupo espírita cristão não é formado por pessoas perfeitas, mas por pessoas dispostas a se entenderem.
A concórdia parece ser a mais difícil conquista dos agrupamentos doutrinários.
Vocês foram surpreendidos pelos seus próprios valores.
A coragem de Suzana, a honestidade de Elvira, a serenidade de Paolo, a ponderação de Silvério e cada elemento do grupo, com sua parcela de luz, colaborou para os fins alcançados.
—Somente eu fiquei fora desse contexto, não é, dona Modesta?
—De forma alguma.
Sem humildade, você não passaria no teste.
Você reconheceu pelo coração aquilo que a razão não teve como manter em seu pensamento.
Isso é humildade!
—Se não fossem vocês, as coisas poderiam ter ido de mal a pior!
—Superamos, Maurício!
Foi uma vitória do bem, uma vitória do amor!
Isso é o que importa.
Saímos todos mais fortes e mais experientes de tudo isso.
—Com certeza!
Olhando para minhas necessidades, dona Modesta, fico pensando no que me faltou.
Acreditei piamente que o serviço devotado ao próximo e o conhecimento espírita fossem os caminhos da libertação dê alma.
Tantos anos passados nessa linha de ideia e ainda procedo de forma tão infantil!
O que será que faltou, dona Modesta?
—As duas bandeiras mais iluminadas do Espiritismo:
o conhecimento espiritual e o amor ao próximo, meu filho.
Por incrível que pareça, estas são também as duas principais razoes de vários companheiros de ideal, chegarem aqui no mundo espiritual com uma terrível sensação de fracasso e queda interior.
—Como pode acontecer isso?
Aprendemos algo de forma errada?
—Aprendemos sim, Maurício.
Aprendemos a usar o conhecimento para alimentar nossa soberba cultural e o serviço ao próximo para nutrir nosso orgulho de grandeza.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

O que faltou está nos bastidores dessa soberba e desse orgulho.
Faltou amor a si mesmo, o cuidado a si mesmo, porque a informação doutrinária e o amor ao próximo sem esforço de mudança interior são caminhos perigosos para almas em nosso estágio de evolução.
O amor a si próprio, por causa da dilatada ausência de habilidades emocionais, passou a ser considerado um ato de vaidade na comunidade espírita e foi difundido como uma atitude de egoísmo.
Isso incentivou o pensamento de que, quanto mais renúncia pessoa e esclarecimento, mais espiritualizada seria a criatura.
Com essa cultura da negação de si próprio, surgiram adeptos fervorosos da ideia evangélica de que “a felicidade não é deste mundo”, defendendo ideias de que a grandeza da alma depende do padecimento do corpo e da negação dos interesses pessoais.
Essa foi a base para que os fanáticos e alienados incorporassem culturalmente a definição errada de desprendimento e iluminação.
Por isso, como lhe disse, afastam professoras de museu acção dos serviços doutrinários ou pessoas de hábitos que eles acham nocivos, julgando exteriormente os seres humanos por meio de padrões infelizes, como o que é e o que não é ser espírita.
Essa é uma lamentável atitude, proveniente das nossas milenares hipocrisias.
Se alguém se afasta das actividades por um motivo pessoal, está sendo invigilante.
Se alguém participa de tarefas ou responsabilidades no centro e resolve dedicar momentos para um desporto ou diversão, está utilizando ma o tempo, que é escasso.
Essas posturas são defesas insensatas, provenientes da nossa pobreza espiritual, algo próprio de a mas como nós, que ainda não conquistamos nossas qualidades espirituais legítimas.
Faltou isso a você, Maurício.
Faltou também tempo para cuidar de você.
Há uma cilada, construída pela crença de que, realizando trabalhos pelo próximo e armazenando cultura espírita, estamos a caminho da iluminação.
Isso necessita de revisão e complemento na forma como estão sendo aplicadas e entendidas as propostas mais divulgadas pelo movimento espírita.
Esse complemento é a inclusão de si mesmo no processo.
Isso muda toda a concepção do que é recomendável para que a alma conquiste, de facto, paz interior e possa amealhar seus valores eternos.
—Pobre de mim, dona Modesta, se adoptasse essa forma de pensar perante os órgãos oficiais do Espiritismo!
—Você mesmo, Maurício, colocou-se dentro dessa prisão; fechou a cela e jogou a chave para longe.
Foi uma decisão pessoal.
—Como assim?
—Na seara espírita, ninguém é obrigado a seguir alguma entidade institucional ou balizar-se exclusivamente nesse ou naquele líder.
O respeito e o amor que nutrimos uns pelos outros, inspirados nos ensinos de Jesus e nas bases morais do Espiritismo, são a nossa única e verdadeira baliza.
A beleza da liberdade de pensar foi proposta por Allan Kardec:
“O livre-pensamento, na sua acepção mais ampla, significa: livre exame, liberdade de consciência, fé raciocinada; ele simboliza a emancipação intelectual, a independência moral, complemento da independência física; ele não quer mais escravos do pensamento do que escravos do corpo, porque o que caracteriza o livre-pensador é que ele pensa por si mesmo e não pelos outros, em outras palavras, que sua opinião lhe pertence particularmente.
Pode, pois, haver livres- pensadores em todas as opiniões e em todas as crenças.
Neste sentido, o livre-pensamento eleva a dignidade do homem; dele faz um ser activo, inteligente, em lugar de uma máquina de crer.”
Você super valorizou esse processo de formalização do Espiritismo, que, embora tenha sua utilidade inegável, é um dos incentivadores da mentalidade rígida que o espírita adoptou nessa visão elitista, que distancia o homem da sua verdadeira necessidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

O estudo e o serviço doutrinário são bandeiras fundamentais desses núcleos.
Nada contra isso.
Porém, foram inspiradas em padrões muito rígidos e que, de alguma forma, sustentam essas miragens de auto-negação e desprendimento de si mesmo, recriminando o cuidado pessoal como sendo uma conduta nociva e desequilibrada.
—Entendo o que a senhora explicou, mas digo novamente: pobre de mim, pois seria definitivamente excluído da doutrina se manifestasse o que penso e o que sinto.
—Ter uma forma diferente de interpretar o Espiritismo nunca foi a causa real dos conflitos entre irmãos do ideal.
Ter pontos de vista diferentes é muito saudável para qualquer doutrina que deseja provar sua consistência em relação ao progresso.
O que causa todo esse processo de inaceitação e exclusão na comunidade espírita é o facto de se pretender ter a palavra final sobre os conceitos espíritas ou modelos de trabalho, e não respeitar quem pensa e age diferente.
Em verdade, você não teme pensar diferente, teme o enfrentamento, porque realmente quem pensa diferente na comunidade passa por “poucas e boas”.
—Eu jamais me veria no papel de um renovador, tendo que enfrentar as correntes de pensamentos contrárias.
—Conservadores e renovadores, cada qual com seu papel, cumprem funções importantíssimas em nossa comunidade, mas quando um ou outro adopta uma atitude de desrespeito aos esforços alheios, ambos perdem a razão e escolhem a contramão da postura que deveria orientar a todos nós que amamos o Espiritismo: a fraternidade.
Cada um, a seu modo, tem uma utilidade para a causa espírita quando se guia pelo amor e pela bondade com o próximo.
O que pode desestruturar a comunidade espírita não é a diferença na forma de pensar, fora dos padrões, mas a nociva incapacidade de nos amarmos nas nossas diferenças.
Contudo, pensemos com clareza.
Embora você não fizesse esse auto-enfrentamento por uma questão de opinião própria, terá de fazê-lo agora por uma questão de necessidade pessoal.
—Puxai Agora a senhora tocou em um ponto crítico!
—Acaso você acredita que os renovadores estão apenas realizando transformações por querer ofender ou confrontar a situação actual do Espiritismo?
De forma alguma.
Eles são idealistas que, acima de tudo, buscam caminhos diferentes em razão de suas próprias necessidades de aprendizado.
Resolveram parar de censurar as sombras alheias e buscam perceber a trave que se encontra em seus próprios olhos.
É o que agora acontecerá a você, como buscador de suas respostas pessoais.
—Buscador de respostas! Gostei da expressão!
—Todos somos eternos buscadores da verdade, meu irmão querido!
—Tenho muito receio das respostas que vou encontrar.
Começarei pedindo ajuda, como frisou a senhora.
Afinal, nós, dirigentes, somos humanos e falíveis.
—Exactamente, Maurício!
Essa é a questão.
Dirigente não é anjo ou tem necessidades espirituais diferentes dos seus irmãos de caminhada.
—Fico pensando... e se eu não tivesse a oportunidade que estou tendo, como nesse chamado que recebi agora junto ao GEF, num episódio completamente imprevisto e despertador que me trouxe um novo olhar para minhas dores?
Se nada disso tivesse acontecido e desencarnasse com as angústias e os conflitos em torno da homossexualidade, eu desencarnaria com problemas nessa área?
—Desencarnaria com seu único problema.
—Qual?
—Ter de olhar para essa questão da homossexualidade com a mesma atenção e interesse para os quais agora você está sendo chamado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

—Quer dizer que a homossexualidade permanece com a gente no mundo espiritual?
—O mundo físico, meu filho, é que retrata o que existe do lado de cá.
—Por acaso ficaria livre das regiões inferiores, mesmo sendo homo-afectivo?
—Você tem enormes chances de varar os umbrais e ser bem recebido no mundo espiritual.
Embora tenha que se resolver, sua conduta tem primado pelo dever e pelo cuidado em não ferir outras pessoas, e isso já é um avanço.
Ainda assim, conflito é conflito.
Seja no mundo físico ou espiritual, resta a você o desafio de superá-lo do lado de cá, caso não o faça enquanto encarnado.
Com sua conduta repressora, você evita as provas do compromisso afectivo com outras pessoas; no entanto, a prova de seu soerguimento consciencial permanece por ser concluída do lado de cá.
Do jeito que está hoje, muito provavelmente não terá problemas com os outros, apenas com você mesmo.
Em um processo terapêutico diante de conflitos íntimos como os seus, o primeiro passo será migrar com essa culpa que você sente para o consciente.
Tomar contacto com essa dor interior.
—Sinto-me mesmo uma farsa carregando esse assunto em minha alma!
—Você não ê uma farsa!
É alguém que procura a si mesmo em meio a muitos “eus”.
Essa é a melhor definição para um buscador da verdade.
Procurava desenvolver os assuntos com Maurício sempre o trazendo para si mesmo.
Cada assunto abordado oferecia a sua mente uma nova conexão de ideias e sentimentos.
Isso o distraía e, paulatinamente, sem que ele percebesse, saía daquele circuito mental que se encontrava antes do nosso diálogo.
A conversa foi longa e ele se sentiu muito mais ajustado intimamente após as reflexões, quando encaminhei o assunto para o encerramento.
—Sente-se melhor, Maurício?
—Muito aliviado!
—Tenho outras obrigações e vou retornar ao Hospital Esperança.
— Sou muito grato por tanta bondade de sua parte, dona Modesta, gastando seu
tempo com uma pessoa como eu.
— Estou investindo no bem, meu filho. Só isso!
Cuidando de você, faço a mim mesma o que recomendou Jesus:
tiro primeiro a trave do meu olho, e assim posso ajudar a tirar o argueiro do olho dos meus irmãos.

1 O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 5, item 19, de Allan Kardec, Editora FEB.
2 Revista Espírita, fevereiro de 1867, Allan Kardec.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

8 - Parceria nos serviços mediúnicos
"[...] e a que caiu em boa terra, esses são os que ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom dão fruto com perseverança." Lucas 8:15

No dia seguinte foi marcada uma reunião de urgência no Hospital Esperança, para algumas avaliações necessárias sobre nossas frentes de trabalhos mediúnicos e assuntos afins.
— Bom-dia, Inácio!
— Bom-dia, Modesta! Chegou cedo!
— Nossa reunião está marcada para as oito horas, não é?
— Sim. Ainda faltam trinta minutos.
— Tive uma noite de muitas ideias e pulei mais cedo da cama.
— E eu que achei que, ao desencarnar, nos livraríamos de acordar de madrugada por ter uma mente fértil! Parece que piorou!
— Bem lembrado! Muitas vezes fico recordando aquela época, no Sanatório de Uberaba.
— É verdade Seu marido tinha razão de se queixar.
Qual mulher em 1940 chamava o marido, de madrugada, para visitar um sanatório?
— As tarefas do sanatório foram o início de nossa redenção, Inácio.
Não podia mesmo haver limites ou algemas que nos impedissem.
Colocamos nossos trabalhos espirituais acima de quase todos os nossos compromissos.
E não me arrependo.
— Eu que o diga. Modesta!
Ter uma médium como você, a tiracolo, é uma dádiva, mas suportar os médiuns indisciplinados daquela época foi outra coisa.
— Daquela época?
As coisas continuam muito parecidas ainda hoje.
— Em minha opinião, estão piores, porque os médiuns de hoje têm transporte, comunicação e cultura.
O que têm de menos é o tempo e, por isso, justificam todos os obstáculos para o serviço mediúnico com Jesus.
Tudo vem primeiro, e a mediunidade, por ultimo.
Acho que, se fizermos uma enquete na comunidade espírita, vamos encontrar mais médiuns que desistiram ou desacreditaram do trabalho do que médiuns activos.
— Não duvido disso.
Mais uma razão para que a nossa tarefa, junto aos amigos no piano físico, se desdobre em esforços produtivos.
— Do contrário...
— Do contrário, Inácio, o manancial mais rico da esperança para um exercício seguro da mediunidade pode ser simplesmente soterrado, como foi em Sodoma e Gomorra.
— É o que anseiam os opositores da causa espírita.
Fechar as janelas que a mediunidade abriu para o mundo espiritual e fortalecer o materialismo no homem.
— Não foi outra a proposta dos Sábios Cuias da Verdade em O livro dos espíritos, quando Allan Kardec indagou, na questão 799, sobre como o Espiritismo poderia contribuir para o progresso, e deles recebeu a seguinte orientação:
“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses.
Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro.
Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há-de unir como irmãos.”.
— Terá Jesus de aparecer novamente no monte com Elias e Moisés para que os homens acreditem?
— Trabalhamos para que algo similar não ocorra com a comunidade espírita, Inácio.
São tantas normas, tantas censuras!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 18, 2022 10:31 am

Os médiuns não têm como suportar tantos desafios e, além de suas lutas íntimas, ainda têm de enfrentar uma estrutura que nem sempre contribui com sua produção e melhoria espiritual.
— É por isso que me alegro com os destemidos, aqueles que prosseguem, independentemente de padrões rígidos e limitativos.
Em plena época de maioridade espiritual, não fossem eles, que "comeram pelas beiradas" como dizemos os bons mineiros, não teríamos o progresso alcançado.
Eu me lembro de que, alguns anos antes de meu desencarne, começaram a surgir em maior escala livros mediúnicos considerados anti-doutrinários.
Ai, que birra dessa palavra!
Eram assim considerados porque não estavam nos padrões dos livros de Chico Xavier e das obras de Allan Kardec, que são considerados seguros.
Muitos desses médiuns hoje nem se dizem espíritas, outros continuaram na doutrina, mas deixaram para trás tudo o que produziram.
E quando cheguei aqui no Hospital Esperança, um dos primeiros pedidos de Eurípedes foi para que eu auxiliasse nos serviços junto aos médiuns no mundo físico que ainda tinham algum fôlego para romper essa barreira.
Entre eles estão muitos dos medianeiros que hoje produzem os livros mais contestados na seara espírita.
Orgulho-me de ter feito parte de algo tão significativo para que um número maior de médiuns esperançosos não desistisse de superar os obstáculos.
— Digo o mesmo, Inácio. Podemos assistir hoje o nascer de um tempo mais promissor.
As mentes mais fechadas não estão suportando o peso cas mudanças e, mesmo a contragosto, são compulsoriamente obrigadas a repensar seus
métodos, ideias e interpretações sobre Espiritismo.
— Mas ainda há muito serviço a ser feito, o que me deixa com alegria no coração!
Só lamento que, com essa realidade, vou acabar sentindo falta de algumas labutas.
— Chega de lutas, Inácio!
Chegará o dia em que não teremos de escrever mais aos homens sobre os perigos de estabelecer dogmas no Espiritismo.
Chegará o dia em que não teremos de ver se repetir a velha armadilha do orgulho humano do Judaísmo, que sufocou a mensagem cristã nas primeiras células puras de Jerusalém; que não teremos de nos ocupar em colocar escoras de sustentação nos caules de árvores que deveriam ser frondosas e belas se elas se nutrissem com o alimento revigorante dos conhecimentos espíritas.
Se tivermos que enfrentar labutas, que sejam na luta do bem contra o mal, não para cuidar de doentes que já deveriam estar cuidando de si mesmos.
— Nisso eu concordo com tudo, sem tirar nem pôr.
Enquanto a prosa entre Inácio e eu corria solta, começaram a chegar os integrantes do sector de assistência aos serviços mediúnicos.
Quando faltavam cinco minutos para o início da reunião, chegou José Mário, o nosso coordenador, que se apressou em começar os comentários.
— Um bom dia a todos e que Jesus nos proteja!
Chamamos a senhora, dona Modesta, para actualizar as notícias e também para receber uma proposta da nossa equipe.
O alerta do nosso benfeitor Eurípedes Barsanulfo para a colonização e o saneamento das regiões degradadas no submundo está em ritmo acelerado.
Continuamos nosso projecto de parceria com os grupos mediúnicos no mundo físico.
Hoje já temos um pouco mais de três centenas de equipes cadastradas no Brasil e mais algumas em países do exterior, distribuídas em grupos espíritas e espiritualistas.
E isso sem contar as milhares de casas que herdaram na sua história a orientação dos serviços mediúnicos livres e realizados para um conjunto maior de espíritos, como ocorria nas casas doutrinárias nos tempos em que a senhora e o doutor Inácio fundaram o Sanatório Espírita Uberabense.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:27 pm

Nossos propósitos vêm avançando conforme a proposta de objectivos traçada por Eurípedes.
A mediunidade livre e responsável nos grupos que atenderam ao apelo de saneamento astral da sub-crosta terrena tem atingido resultados muito estimulantes.
Muito além do habitual contacto com o mundo espiritual no seu formato mais conhecido e tradicional, tais grupos se organizaram para levar o mundo espiritual aos homens em forma de bondade, alívio e orientação.
Não são grupos mediúnicos que apenas assistem espíritos já desencarnados; mais que isso, estabelecem uma ponte entre o céu e a Terra, para o tráfego dos benefícios do Mais Alto a quem ainda se encontra no corpo carnal.
Alcançamos uma marca importante desde que os primeiros núcleos foram organizados.
E já se passaram dez anos das primeiras iniciativas!
Pelo menos sessenta por cento desses trezentos grupos são equipes novas que se contagiaram pelas ideias de um movimento mediúnico mais livre do dogmatismo limitante.
Ainda assim, como aconteceu com o próprio movimento espírita, os grupos se multiplicam com base em cisões.
Raros são os que conseguiram manter a união e a identidade nesses dez anos.
O trabalho se multiplica, mas a concórdia não avança na mesma proporção.
Os aprendizes dessa nova frente de trabalho estão contagiados pelo ideal de servir, embora ainda tropecem nas lições essenciais da arte de amar e construir o clima da concórdia nos grupos.
Analisemos a experiência pela qua acabamos de passar no GEF, que pode servir de espelho para esse nosso levantamento.
Eles já atuam juntos há uma década, com excepção de Paolo e outros poucos.
Entretanto, muitos focos da discórdia á existentes são evitados ou apagados em função do amparo que recebem.
Os melindres e a invigilância continuam sendo as principais doenças de nossos irmãos.
A relação de confiança, que seria o escudo de protecção do grupo, ainda não existe a ponto de protegê-los de episódios como os recém-enfrentados.
Existe polidez no trato, mas verniz nas atitudes.
Mesmo produzindo tanto, o grupo sempre está por um fio.
Faltam relações afectivas seguras e autênticas.
Deus queira que os desafios superados recentemente os fortaleçam nesse ideal.
Assim como o GEF, a maioria das organizações que atendeu ao apelo de Eurípedes ainda guarda muitos desafios a serem vencidos na convivência.
E esse é um deles!
A espontaneidade mediúnica de tais grupos permite uma abundância de fé e um extenso desejo de ser útil.
As equipes estão abertas a uma nova ordem de conceitos nos assuntos da mediunidade.
Evidentemente, esses são os alvos preferidos das falanges organizadas na maldade, que criam todo tipo de embaraço em função de tantas vitórias e benefícios espalhados.
Exploram os conflitos improdutivos com rara facilidade e incentivam a cisão.
O diferencial de coragem e ousadia desses trabalhadores em romper os cadeados colocados no exercício da mediunidade nas fileiras do Espiritismo os habilitou para receber amparo especial dos servidores da luz.
Eurípedes Barsanulfo endossou recursos especiais de misericórdia para essas organizações.
A parceria continua, mas o que fazer para melhorar as condições de uma convivência mais amigável e fraterna?
Esses grupos, quando entram em perturbação, geram muita demanda dos serviços de protecção, e absorvem o tempo que poderia ser destinado aos propósitos de nosso programa de acção junto à sub-crosta em trabalhos que nos exigem muito preparo, doação e renúncia.
No mundo físico, as alternativas de preparo para que os aprendizes da mediunidade possam alcançar melhores resultados se encontram na periferia do problema.
Alguns chegam a ser radicais em suas iniciativas.
A maioria delas converge para estudos, sobretudo estudos unicamente focados nas obras básicas de Allan Kardec.
Cursos, cursos e mais cursos.
Não temos nada contra tais iniciativas, mas, sim, quanto à sua clara insuficiência na mudança profunda e consciente do trabalhador.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

O estudo parece causar uma sensação de solução-, porém, poucos avaliam as reais conquistas de tanto investimento.
São valorosos, mas não detêm exclusividade na eficiência.
Depois dos esforços legítimos para que os médiuns se preparassem melhor em conhecimento, chega agora o momento de incentivar uma campanha para que se preparem melhor no campo dos sentimentos.
Cabeça informada, coração iluminado.
Acumular orientações sobre o exercício mediúnico sem organizar recursos para o equilíbrio emociona é como oferecer um colírio para quem necessita fazer uma cirurgia nos olhos.
O colírio alivia, mas uma intervenção profunda será inadiável.
As instituições humanas no planeta avançam para o aprimoramento emocional como condição única de conexão entre culturas e diversidades.
É hora de preparar o coração para que ele suporte o peso das informações arquivadas na cabeça. Informação espírita sem que o coração se preencha do amor é cultura sem aplicação para aquisição de conquistas morais nobres.
Que adianta saber que o corpo é passageiro se o médium não consegue uma relação espontânea e afectuosa com os irmãos de pele negra?
Vemos então o conhecimento do mundo espiritual na cabeça e o racismo “correndo no sangue".
Que adianta saber que há vida além da matéria se ele vive para comer e beber, ter prazer e fazer cálculos da sua vida financeira?
Conhecimento sobre o mundo espiritual na cabeça e indisciplina nos seus hábitos emocionais diários.
Que adianta dizer que acredita na mediunidade se desacredita das produções mediúnicas de seu irmão de tarefa?
Conhecimento de Espiritismo na cabeça e ausência de humildade para reconhecer as conquistas alheias e construir relações fraternas legítimas.
Saber tudo sobre a obra de Kardec não é suficiente para sublimar o melindre, impedir a indisciplina e tolher a inveja.
Mais que conhecimento, os servidores de Jesus estão necessitando de amadurecimento emocional, incentivo e orientação para saber o que fazer com aquilo que lhes povoa o coração.
Somente depois que passei pelos cursos de educação emociona aqui no Hospital Esperança é que pude sentir na pele a importância dessa proposta.
Diante do exposto, dona Modesta, a nossa equipe de trabalhadores pensou em sugerir à senhora que enviasse ao mundo físico um livro que falasse sobre a urgência dessa proposta.
A senhora aceita nossa recomendação?
— Claro, José Mário!
Já pensava mesmo em me utilizar dos canais mediúnicos para enviar ao mundo físico tais advertências oportunas.
— Que bom poder contar com sua colaboração!
A senhora teria alguma ideia para conduzirmos uma proposta dessa natureza?
— Que tal se contarmos o que vem acontecendo no GEF?
Da mesma forma como você fez em sua trilogia de livros, contando a história do Grupo X£?
— Excelente ideia, dona Modesta!
E qual seria o enfoque?
— Seria sobre o fato de que os médiuns do século 21 experimentam um novo género de necessidades.
Nos séculos 19 e 20, os fenómenos tinham propósitos de convencer, gerar pesquisa, incentivar a cultura do sobrenatural com explicações racionais e lógicas e radiografar o mundo espiritual .
Agora que o período da regeneração começa a despontar, os médiuns percebem mais profundamente a si mesmos e não somente as entidades espirituais.
Na regeneração, teremos mais médiuns da Luz do que do sombrio.
Mais buscadores da verdade que liberta do que intérpretes das causas que se aprisionam na dor.
Serão mais terapeutas que sensitivos.
Mais educadores que adivinhos.
Na regeneração, a mediunidade será mais focada no entendimento da vida emociona e menta do médium do que no entendimento dos mecanismos do fenómeno em si.
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O Lado Oculto da Transição Planetária - Maria Modesto Cravo/Wanderley Oliveira - Página 3 Empty Re: O Lado Oculto da Transição Planetária - Maria Modesto Cravo/Wanderley Oliveira

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

Quando procura entender detalhes do fenómeno, o homem sente necessidade de padrões. Quando procurar entender o médium e sua complexidade, o homem vai concluir que as expressões da mediunidade são tão diversas quantos são os seus canais mediúnicos de manifestação.
Essa compulsiva necessidade pelo saber na comunidade espírita traduz uma ânsia do ego de se sobressair.
Enquanto a competência pelo sentir pode nos levar à realidade, essa soberba intelectual continua nutrindo a ilusão.
Tenho, sim, algumas ideias para compartilhar, meu caro José Mário.
Os médiuns da regeneração guardam alguns traços em comum.
São cultores de um idealismo superior com impacto na sociedade carnal.
Pensam de forma sistémica, coligam mundo espiritual e mundo físico.
Infelizmente ainda vemos hoje um resíduo cultural da história da comunidade espírita nessa separação cartesiana entre o que ocorre na reunião mediúnica e na realidade da vida como um todo.
São contrários a toda forma de autoritarismo, uniformização e dogmatismo.
Louvam as comunidades e os grupos onde eles possam florescer como parte integrante e não como ícones.
Não vivem sem a sensação de pertencimento.
Possuem noções justas de trabalho e de qua idade de vida.
Desaprovam o sacrifício incoerente diante de suas necessidades e nem por isso são menos comprometidos.
Elegem a afectividade como forma prioritária de comunicação humana por meio do diálogo interactivo.
Seu foco é o desenvolvimento humano.
Algo extremamente valoroso, se considerarmos que nas comunidades espiritualistas o incentivo ao desenvolvimento mediúnico já causou muitos efeitos indesejáveis e produziu médiuns sem comprometimento, que apenas assumiram a tarefa para se livrar dos tormentos da dor pessoal, acreditando que desenvolver
mediunidade resolveria suas lutas individuais.
Amam o renascimento de conceitos, a espiritualidade, e repudiam os formatos religiosos, a intolerância, a violência e o preconceito.
Os médiuns da regeneração, por fim, amam a originalidade, a autenticidade e não encontram motivação em seguir padrões perante os quais não possam examinar, mudar ou questionar.
A regeneração não vai surgir pela forma de pensar o mundo.
Vai surgir quando os homens renovarem a forma de sentir o mundo.
O Espiritismo é uma luz para o pensamento, descerrando as clareiras da vida imperecível!.
Mas somente o amor sentido e aplicado vai trazer ao mundo os caminhos da paz e da sabedoria, com as quais a humanidade encontrará chances de avançar rumo a dias melhores.
Você acredita que esses são enfoques oportunos, José Mário?
— Mais do que oportunos, dona Modesta!
— Daremos, então, início a algumas anotações.
— E o senhor, doutor Inácio, teria alguma consideração sobre nossa conversa?
— E eu porventura sei ficar ca ado, José Mário?
— Então fale, doutor! Sua opinião sempre nos acrescenta.
— É um risco levar ao mundo físico considerações sobre os novos tempos da mediunidade sem falar da estrutura de direcção dos trabalhos na comunidade.
É necessário tocar nesse assunto com muita assertividade.
A influência rígida dos dirigentes, embora em declínio, é algo ainda muito intenso.
Como nos médiuns, a inteligência emociona começa a se desenvolver agora nos dirigentes.
A experiência de Maurício, do GEF, retrata isso em bom
tamanho e sem exageros.
Eles possuem características maravilhosas, como dedicação, disciplina, renúncia, boa comunicação, capacidade de influência, cultura doutrinária, extrema habilidade de conduzir instituições e muitas outras.
Essas características são muito úteis na condução das organizações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

Porém, quando o assunto é relacionamento humano, essas características nem sempre são suficientes para promover uma convivência saudável e leve.
Sem generalizações, os devotados dirigentes quase sempre são também muito cobradores e criam um clima de intolerância entre os disciplinados.
Quem domina a comunicação, costuma incitar o preconceito; quem guarda força de influência, em alguns casos estimula a separação; quem tem muita cultura, facilmente tropeça na soberba intelectual; e quem tem habilidade de administrar, com muita frequência se apresenta muito arrogante.
O que digo não é um julgamento, são factos.
Julgamento é quando você diz algo de alguém sem que aquilo corresponda à verdade do que aquela pessoa faz ou é.
Factos são acontecimentos que reflectem aquilo que as pessoas fazem e são.
Conduzir trabalhos, subir na tribuna e colocar os outros para chorar, publicar livros e ser comprometido com a causa não é sinónimo de fraternidade na convivência.
Vou falar agora de nós, pois não quero me excluir dessa parte.
Como líderes e dirigentes espíritas, quase sempre, somos óptimos perante o colectivo e péssimos na relação individual.
Eu mesmo consigo gerar um bom impacto com meus apontamentos que levo ao mundo físico, mas só mesmo uma santa como Modesta para me aguentar e continuar ao meu lado! - e, para variar, Inácio nos fez rir a todos.
— Inácio tem razão, José Mário!
— Não disse que para me aguentar tem que ser santa?
— Não estou falando disso, Inácio! - e rimos novamente.
— É só para descontrair - como sempre, Inácio acrescenta uma pitada de humor.
— Abordar ago sobre direcção, mas com foco na regeneração, pode ser útil.
A maturidade nas posturas dos dirigentes solicita alguns exames oportunos - disse Modesta.
— E que pontos o senhor julga serem úteis em um contexto que envolva a mediunidade e os dirigentes? - perguntou José Mário ao doutor Inácio.
— A pior consequência de supervalorizar lideranças e dirigentes na comunidade espírita é a implantação subliminar da ideia de que quem os segue não pode opinar, escolher ou contestar e, o que é pior, não poderá chegar aonde eles chegaram.
Líderes afinados com Jesus deveriam fazer como Ele fez, quando disse:
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, Líderes e dirigentes antenados e desapegados de seus egos são canais de motivação e estimuladores da luz alheia, não estão em busca de louros e aplausos.
Será oportuno promover e incentivar o exame individual da conduta na coordenação, analisando se estamos incentivando ao invés de recriminar, se valorizamos ao invés de discriminar, se estamos edificando bom ânimo ou se estamos implantando o constrangimento e a culpa com nossas palavras e atitudes.
Todas as expressões do pensamento humano se alteram de tempos em tempos, atendendo às necessidades das sociedades.
Posturas e ideias que eram muito úteis e apropriadas aos costumes do século 20 já não são tão oportunas, sendo até mesmo rejeitadas pelas gerações mais jovens.
Nesse contexto de mudanças rápidas, o papel da liderança cede lugar, cada dia mais, a uma nova forma de conduta na esfera da hierarquia e coordenação de grupos.
Foi-se o tempo em que idade, tempo de experiência e cargos eram sinónimos de capacidade de liderar.
Novos critérios nas relações humanas gestaram um novo perfil de liderança, definido pelo líder que conquista a adesão espontânea do seu grupo em função de uma postura marcadamente digna da construção de novos hábitos e formas de pensar.
Chamamos isso de reacções de parceria.
Os líderes parceiros, atentos aos comportamentos da era de regeneração, são qualificados por alguns traços morais que se afinam com as propostas de Jesus na edificação de ambientes mais saudáveis e educativos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

Vou enumerar alguns desses traços de conduta que considero fundamentais para compor os textos de Modesta:
• Sabem destacar os aspectos luminosos de todos.
• Incentivam sempre os esforços alheios, por menores que sejam.
• Empenham-se em desenvolver a capacidade de perdão.
• Assumem seus erros ou equívocos sem melindres.
• Falam de ideias e não de pessoas.
• Adoram compartilhar informações.
• Cultivam a conduta da alegria.
• Amam aprender.
• Acolhem com naturalidade as mudanças.
• São apaixonados pela atitude de servir.
• Sentem-se como colaboradores em seus grupos e não a pessoa mais importante.
Muitos líderes julgam-se actualizados por usarem a tecnologia moderna.
Tecnologia não supre a força da relação entre pessoas.
Tecnologia é um ingrediente muito útil a quem sabe se relacionar; do contrário, poderá ser mais uma ferramenta de controle.
A sociedade está precisando de despertamento espiritual, lucidez emociona e uma visão de imortalidade contextualizada, que auxilie o ser humano a se renovar nos ambientes de suas vivências diárias.
Líderes que não desenvolvam essas qualidades poderão ter um enorme poder de influência, mas certamente deixaram de cumprir seu papel de educadores de comunidades.
O líder atento às propostas do século 21 está focado em legitimar seus sentimentos e não em manter uma imagem de alguém repleto de autoridade e grandes virtudes.
Ele sabe como se apequenar sem perder suas reais qualidades.
É mais humano, mais afectivo, mais participativo e mais espontâneo.
Tais traços lhe permitem expressar-se com o magnetismo da autenticidade e essa energia convence e arrasta multidões.
Essa autenticidade forma um campo energético poderoso e influenciador.
É uma energia que tem tudo a ver com os espíritos que estão renascendo no planeta e atende com mais propriedade a natureza das aspirações humanas nos dias atuais.
O que acha destes pontos, José Mário?
— Doutor Inácio, como dizem os nossos irmãos no mundo físico: o senhor brilhou!
Já que a senhora, dona Modesta, aceitou nossas propostas, agora quero
actualizar as notícias.
Aliás, a notícia, uma só.
— Só uma? Que milagre é esse?
— Tivemos aprovação em nossa equipe de coordenação do hospital para que o GEF possa iniciar as actividades com o submundo astral.
Eis aqui o pergaminho endossado pelo doutor Bezerra de Menezes.
— Que alegria imensa!
Mais uma vitória da luz!
— A senhora foi nossa escolhida, pelos vínculos de afinidade com os irmãos do GEF, para entregar-lhes a outorga e convidá-los a começar a tarefa.
— Que honra!
É mais uma semente plantada!
E guardo comigo a certeza de que essa semente caiu em boa terra, na terra dos corações honestos e bons que frutificarão com perseverança e dedicação!

1 Mateus 17:3.
2 A trilogia do autor espiritual José Mário é composta pelos livros Quem sabe pode muito.
Quem ama pode mais, Quem perdoa liberta e Servidores da luz na transição planetária (N.E.).
3 João 14:12.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

9 - Irmão Ferreira e a semi-civilização
"Há porém. ainda muitas outras coisas quo Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!" João 21:25

Passaram-se dois meses dos episódios que amadureceram os componentes do GEF com novos aprendizados e testemunhos.
Maurício começou com seriedade e coragem seu tratamento terapêutico, abrindo- se para a vida, enfrentando-se com intenso desejo de equilíbrio.
Tomar contacto com o seu sombrio trouxe-lhe tanto alívio que sentiu imediata necessidade de seguir a orientação que lhe passei: cuidar de si mesmo e investir mais em sua pessoa. além de zelar pelos outros e pelas tarefas da doutrina.
Trinta dias após nossa conversa fora do corpo, naquela noite após os incidentes no GEF, ele deliberou entregar o cargo de director a Paolo.
Sua honestidade, sua compreensão e sua visão ampliaram-se sobremaneira, e sua primeira descoberta foi se desonerar dos excessos de obrigações para olhar com mais dedicação para si mesmo.
Sua orientação sexual, como era previsto, não se tornou a prioridade, ao cessar a briga mental com o que não podia esconder e evitar.
Por trás do que tanto o atormentava. havia muito mais.
A homo-afectividade reprimida, no caso de Maurício, era muito mais uma expressão de seu psiquismo feminino sufocado e mal orientado, embora com o tempo, inevitavelmente, ele teria que olhar de perto para suas necessidades nesse sector.
Sua avó Mariana continuou trazendo mensagens claras, de rara sensibilidade, não deixando qualquer dúvida sobre o caminho a seguir.
João Cristóvão telefonou várias vezes procurando por ele, mas Maurício simplesmente o ignorou.
Paolo, surpreso, mas sempre muito centrado, entendeu claramente a postura de Maurício ao lhe passar o cargo.
Sentiu que responsabilidades maiores aguardavam sua colaboração.
Os dois se tornaram bons amigos e a direcção sob os cuidados do médium fortaleceu muito os laços dos integrantes do GEF que, pouco a pouco, começaram a construir relações mais legítimas e afectuosas.
Elvira levou seu filho para uma conversa com Paolo, que tocou profundamente o jovem contando suas experiências.
Depois, passou a orientar Elvira no relacionamento com o filho.
Tornou-se tão bonita a amizade entre os três, que outros homo-afectivos da casa encontraram motivos fortes para passeios e actividades sociais com Paolo e Carlos, seu esposo.
Estudos sobre o assunto foram implantados dentro do centro pelo doutor Júlio, a convite de Maurício e Paolo.
Silvério, homem ponderado e vivido, assumiu a direcção da reunião mediúnica no lugar de Maurício, com Silvana como seu braço direito.
Os resultados do conflito, nesse caso do GEF, serviram de adubo para fortalecer a semeadura.
Todos saíram mais fortes, mais lúcidos e mais maduros.
Os desdobramentos daqueles episódios foram os mais esperançosos.
Se todas as casas espíritas que recebem o aval da espiritualidade para os trabalhos com o submundo adoptassem o clima e a postura espiritual do GEF, seria uma bênção!
O momento não podia ser melhor.
Chegava o dia de brindar nossos irmãos com mais responsabilidades.
Durante a sessão rotineira das quartas-feiras, através de Elvira, busquei o grupo para algumas palavras:
— Que haja paz e esperança no coração de todos! Eu, Maria Modesto Cravo, nesta noite, quero abençoar vocês, em nome do Cristo!
Com alegria no coração, trago-lhes o endosso de nossa equipe espiritual para os serviços regeneradores com o submundo astral.
Deposito aqui, na mesa espiritual do GEF, o pergaminho endossado por Bezerra de Menezes para que os trabalhos se iniciem em nome de Jesus Cristo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:28 pm

— Que bênção, dona Modesta! Estamos comovidos!
Foi doutor Bezerra que endossou?
Que maravilha para nossa casal - manifestou-se Paolo.
— Uma oportunidade, meu filho!
— E a senhora pode nos orientar sobre quando começar e de que forma?
— Que tal agora?
— Agora? Como?
— Temos aqui, hoje, a presença do irmão Ferreira, nosso guardião e coordenador dos serviços de defesa do Hospital Esperança.
Você se lembram de que ficamos de fazer uma entrevista com ele sobre o assunto da protecção do grupo?
— Eu me lembro, sim.
Fui eu, aliás, que solicitei o esclarecimento - disse Maurício, com ternura.
— Ele está à disposição de vocês e vai responder o que quiserem saber.
Com isso, damos nosso primeiro passo na direcção de uma nova experiência de parceria inter-mundos.
O grupo manteve silêncio por alguns instantes após minha fala e, através de Paolo, completamente incorporado, irmão Ferreira disse em tom nordestino:
— E que as bênçãos de nosso Pai recaiam sobre todos!
E cantou em voz alta:
Tem macaco e coronér
muita luta por aí.
Então chama o cangaceiro
Lampião vai te acudi.
Na caatinga eu me criei, nas grotas eu cresci.
Hoje estou aqui,
meu Jesus, vim te servi.
Um repente ia bem
nessa noite de bênção.
O médium trava a língua
e não escuta Lampião.

Todos sorriram e irmão Ferreira ainda fez alguns gracejos com seu humor sem fim.
— Podem me fazê perguntas.
Estão com medo das trevas?
Pois tenham mesmo!
Melhor com medo do que com a doideira do orguio (orgulho)!
Sou cangaceiro e adoro xaxado, mas nas trevas a dança é outra.
Desceu o primeiro degrau do inferno se acolha no paletó de couro, na capanga e no mosquetão.
No inferno bancar o anjo é perder o rumo.
Por á só entra bem quem entra como jagunço.
Vamos faiar das coisas que ocês quiserem.
E se precisar eu sei falar bonito também.
— Sinta-se à vontade, irmão Ferreira - acolheu Maurício, por pura intuição do momento, já que a tarefa de direcção não estava mais a seu cargo.
— Pode me chama de Ferreira, já tá bom.
O que vocês querem saber sobre protecção?
— Queríamos saber mais sobre tudo.
Sobre o hospital, o seu trabalho e como nos proteger para essa nova fase.
— Podem perguntar, sou todo ouvidos!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:29 pm

E, a partir da primeira pergunta, irmão Ferreira adoptou outro palavreado e outra entonação de voz, assumindo sua personalidade mais aprimorada depois de tantas décadas servindo ao bem e às frentes de luz e paz na Terra.
— Há quanto tempo o senhor trabalha no Hospital Esperança? - começou o próprio Maurício com as perguntas.
— Desde 1958, quando fui resgatado por Eurípedes Barsanulfo e dona Modesta}.
— Qual a actividade que desenvolve por lá?
— Trabalho no subsolo, nas linhas de defesa.
Tenho também actividades diárias no submundo.
— Per que é tão importante esse trabalho com o submundo?
— Porque o bem não será implantado na Terra sem limpar as raízes da maldade que se alongam para os infernos profundos no seu interior.
O semeador do Cristo deve saber quais são os inimigos de sua semeadura, para garantir êxito na tarefa.
Se adoptar prevenção e defesa, o bem não sofre atrasos.
O objectivo fundamental é revelar informações que auxiliem a dimensionar a acção do mal no mundo e quais as medidas mais adequadas para erradicá-lo.
A diluição do ma requer acção correta, mas também vigilância activa. “[...] portanto, sê-de prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.”}.
— Qual a sua experiência com as regiões inferiores?
— Servi nas fileiras dos dragões e fui um dirigente das trevas.
E bem graduado, se querem saber!
O cangaço no qual militei, na última existência no corpo físico, foi apenas um pálido reflexo do que fiz e aprendi nos Vales do Poder.}.
— Há quanto tempo tem laços com essa falange?
— Há muito tempo... séculos!
— O senhor começou a trabalhar logo depois que foi resgatado?
— Não. Tive muitos tratamentos demorados no Hospital Esperança.
— Como foi essa mudança de ex-dirigente das trevas para trabalhador do hospital?
— Eu mesmo custei a aceitar essa mudança.
A intenção determina tudo e o senhor Eurípedes Barsanulfo foi meu tutor, minha luz e minha salvação.
— Por que esse enfoque do mundo espiritual com o submundo foi tomando um vulto maior nos ambientes da Doutrina Espírita?
— Na vitrine do planeta Terra não pode ser exposta somente as belas gemas dos países desenvolvidos.
A miséria e a dor necessitam de divulgação, de vir à tona, para que as soluções sejam pensadas.
Não haverá mundo regenerado sem socorro e orientação aos países pobres.
O universo é um sistema e jamais seremos felizes sem solidariedade e consciência social.
Dizem os guias da Verdade:
“Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome.”*.
Essa mesma linha de pensamento deve ser aplicada para o astral.
Como há livros mediúnicos tratando de colónias santificadas, torna-se inadiável revelar que os orientadores de tais colónias têm seus olhos e corações voltados ao submundo astral.
Quanto mais elevação espiritual, mais a alma compreende seus aços com a escória humana.
Nos porões da erraticidade habitam expressiva parcela de nossa família terrena, mendigando afecto e orientação. Todos temos mais ligação com eles do que supomos.
— Para nós, espíritas, há algum motivo especial em nos conscientizarmos dessa realidade do submundo?
— O contacto com o mundo espiritual, em todos os tempos, sofreu açoites e pedradas com os objectivos escusos de encobrir a verdade e esconder a luz da imortalidade.
De algumas décadas para cá, a luz da mediunidade livre e responsável vem sendo apagada paulatinamente, o que tem impedido o homem de descobrir as origens da escuridão e do mal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:29 pm

Essa dinâmica inclui os ambientes do Espiritismo, nos quais os cadeados da censura e da descrença têm escravizado muitos médiuns e trabalhadores de boa intenção.
A espinha dorsal do mal na humanidade tem raízes históricas com o Cristo.
Portanto, os discípulos do Evangelho devem estar conscientes de quando e como os adversários do Senhor procuram exterminar suas iniciativas no bem.
— Pode nos falar um pouco sobre seu trabalho na defesa do Hospital Esperança?
— Trabalho mais no subsolo do hospital.
Os corredores de acesso e saída no subsolo assemelham-se aos serviços públicos de saúde das organizações de socorro do plano físico, só que muito mais agravados pela violência, pelo desrespeito e pela loucura, que acentuam a necessidade de cuidados especiais de defesa e amparo na nossa esfera.
Evidentemente, nosso modelo de atendimento é mais organizado e fraterno, comparado ao de vocês, no qual pessoas morrem nas filas por desamparo.
Trabalho em meio a muita agitação e pedidos de socorro.
É uma correria sem fim.
Da mesma forma que na Terra, as notícias de amparo correm rápidas por aqui, e temos sempre uma fila interminável de pedintes e esfomeados.
É serviço dia e noite sem parar.
É também por lá que chegam as equipes socorristas vindas da Terra.
— Que tipos de situações são atendidas nesse local?
— Esfaqueamentos, acidentes, tiros, pedido de informação sobre parentes, solicitação de ajuda para moribundos, procura por amigos e familiares que já desencarnaram há mais tempo, gente com fome querendo comer, almas pedindo asilo para não serem perseguidas por tiranos do além, pedidos de amparo para familiares e amigos que ainda estão reencarnados, criaturas que aparecem querendo saber se morreram, pessoas querendo falar com Eurípedes, outras procurando Kardec, ou querendo saber se têm familiares seus internados no hospital, brutamontes criando tumulto, ameaça e balbúrdia.
Enfim, ocorre de tudo um pouco.
E agora, desde que o hospital começou a ser noticiado nos livros mediúnicos, especialmente depois de Lírios de Esperança, da menina Ermance, é comum durante a noite aparecerem muitos espíritas desdobrados pelo sono, interessados em saber se virão para cá depois da morte.
— E todos são atendidos?
— Sem excepção. Não importa o motivo, mais de noventa por cento desses casos não chega nem mesmo a ser acolhido para observação nas enfermarias do subsolo, e segue seu caminho.
— O senhor fica muitas horas nesse local?
— Praticamente dia e noite, pois ainda durmo um pouco, arrumo tempo para uma boa prosa e também para diversão.
Ou acha que não fazemos isso por aqui?
— E qual a sua tarefa fora do ambiente do hospital?
— Visito diariamente a subcrosta em locais predefinidos e nos quais não somos atacados, para fazermos asseio, levar conforto, carinho e ternura.
São locais já colonizados espiritualmente.
Nem sempre as visitas constituem resgate de almas, mas alívio e medicação.
Não estranhe de eu usar o termo, mas há gente apodrecendo na erraticidade.
Precisam de higiene, e só.
Por ora não conseguem se livrar do charco que criaram para si mesmas.
— Onde fica localizado o que vocês chamam de submundo e subcrosta?
— Abaixo do umbral, na psicosfera do interior da Terra.
— São os abismos?
— Os abismos estão também nessa região e são um relevo típico de alguns lugares da subcrosta.
São locais profundos, escarpados, escorregadios e sem luz, de difícil acesso e com reduzidíssima chance de volitação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 19, 2022 12:29 pm

— Quer dizer que ainda se pode volitar em regiões inferiores?
— Em situações muito especiais, sim.
Na maioria das vezes vamos andando e, em algumas regiões, literalmente nos arrastando, escalando e nadando.
— Em suas tarefas, o senhor costuma vir ao plano físico?
— Diariamente.
O submundo e a vida social da Terra estão intimamente interligados, são como um novelo de lã, extremamente embaraçados.
— Que tipo de trabalho o senhor executa em nosso plano?
— Vamos às favelas na tentativa de educar os traficantes, oferecendo-lhes novas opções de vida; entramos nos tribunais, congressos e órgãos públicos para desarmar as corruptelas em andamento e tentar retirar os usurpadores do caminho da desonestidade; adentramos os pátios infernais das penitenciárias para serviços complexos de interferência do bem; avançamos nas visitações a hospitais psiquiátricos para reerguermos mentes tombadas no desequilíbrio; visitamos as zonas de meretrício para amparo às vítimas da miséria moral; entramos em motéis para diluir encontros de luxúria que terminariam em morte; passamos pelos saldes de jogatina para sossegar almas atormentadas pela fantasia; penetramos em lares à beira do colapso inter-pessoal para acalmar os ânimos; socorremos as pessoas na solidão; amparamos os perturbados com a ideia do auto-extermínio; atenuamos as dores de quem está prestes a enlouquecer; esforçamo-nos para livrar os corações atolados no fanatismo e na vida ambiciosa; acampamos em locais onde existem guerras e ainda socorremos vocês na hora em que também precisam.
Servimos indistintamente a todas as nações e credos.
Convivemos com espíritas, católicos, muçulmanos, fundamentalistas, judeus, protestantes e tantas outras seitas religiosas.
O intercâmbio de almas nesse sentido, entre o Brasil e os demais países do mundo, é muito mais intenso, tanto no aspecto cultura como espiritual.
O mundo do lado de cá já acordou para o tesouro de fé do povo brasileiro e para o valor dos conceitos do Espiritismo aplicado.
Os espíritos não encontram em nenhum outro lugar do planeta tanto acesso ao mundo físico quanto aqui.
Seja por médiuns conscientes ou pelas expressões da fé natural do povo, com a qual ampliam seus recursos de amparo para os seus entes queridos, reencarnados nas diversas plagas da humanidade ou ainda estacionados nos despenhadeiros da erraticidade.
— Então esses povos têm procurado o hospital?
— Assiduamente. Hoje mesmo temos internados inúmeros espíritos que perderam a vida física em confronto no Oriente Médio.
Maurício não se cansava de perguntar, até que Suzana, em tom de brincadeira, disse que também queria ter a chance de fazer perguntas.
— Diante dessas suas colocações, nosso GEF poderia ajudar de que forma? - perguntou Suzana.
— De muitas formas.
Citarei algumas tarefas que tenho aqui anotadas pela nossa equipe responsável pelos assuntos da mediunidade.
São temas desenvolvidos pelo nosso orientador José Mário.
Vamos lá! - e começou a ler alguns tópicos que já haviam sido passados por mim algum tempo atrás:
• Remoção de tecnologia parasitária, como implantes, chips e aparelhos de dominação mental alojados nos corpos subtis.
• Alinhamento de chacras e exame de quando estão invertidos, paralisados ou acelerados.
• Limpeza da aura por meio de retirada de ideoplastias, clichés mentais e morbos psíquicos.
• Desobstrução de chacras com eliminação de inflamações ou infecção larvária.
• Reconhecimento de ovóides naturais e artificiais?.
• Intervenções em diversos formatos de goécia.
• Reconhecimento e eliminação de energias do mau-olhado.
• Asseio de cordões energéticos.
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