LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS V

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 15, 2023 10:18 am

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS - CAPÍTULO 19
EXPLICAÇÃO: "A Fé, assim considerada, pode ser Humana ou Divina, conforme o uso que o homem faz das suas faculdades.
Um homem, mesmo sem ser religioso, que acredita no seu potencial intelectual para a realização de um empreendimento, aciona a sua vontade no uso de todas as suas faculdades, numa entrega de suas energias na realização desse empreendimento, possui a Fé Humana, que lhe dá a certeza da vitória, na sua vontade de querer, e pode triunfar.
O homem que acredita em uma vida futura, além da morte, que tem certeza de que pode realizar ações boas e nobres, encontra nessa fé, a força necessária para a vivência da caridade, da renúncia, da abnegação, da dedicação, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
“Não há más inclinações que, com Fé, não possam ser vencidas.”
A Fé, assim entendida, compreende a Força Espiritual que possui, confia nas Leis Divinas, no Auxílio Espiritual dos Espíritos Protetores, que podem trazer-lhes as energias adequadas aos seus propósitos, coloca a sua vontade de querer a serviço dessa força, e pode assim, realizar “o milagre” da sua Transformação Moral, deixando de ser um homem rebelde e infeliz, para tornar-se uma pessoa mais útil a si e aos outros.
Os chamados “milagres” realizados por Jesus e seus Apóstolos, nada mais são do que o exercício da Fé no uso das suas faculdades espirituais, acionadas pela vontade de querer o bem do próximo, mas, assentada na Fé do enfermo, fé essa, não virtude mística, mas “uma verdadeira força de atração”.
Por isso, Jesus disse: “Em verdade, em verdade, vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” ( João, 14: 12 e 13 )
No tempo de Allan Kardec, Mesmer e o tratamento de doenças, através do magnetismo, estavam em evidência. Kardec interessou-se pelo magnetismo, estudou-o, tornando-se um magnetizador.
Quando descobriu a mediunidade e seus efeitos, compreendeu melhor o processo da irradiação fluídica, pela vontade, pela fé. O Espiritismo lhe mostrou a diferença entre o magnetizador e o médium curador espírita.
Enquanto aquele confia nas suas forças, irradiando “seu próprio fluido sobre o doente, sem se ocupar se há ou não uma Providência interessada no caso”, o outro “começa por elevar sua alma a Deus”, e a reconhecer que o processo de tratamento cabe aos Espíritos, que manipulam os fluidos adequados, sendo ele apenas um intermediário de fé e de boas intenções.
O Espiritismo, demonstrando a existência do Perispírito, que expande suas energias, pela vontade do Espírito, para fora do corpo, sendo captadas, pelo pensamento, por pessoas que estejam na mesma faixa vibratória, vem esclarecer a influenciação recíproca entre os homens, e o processo de tratamento e curas através dessas irradiações de energias perispirituais, manipuladas por bons Espíritos.
Destacando que a Fé é Humana e Divina, pretende demonstrar que com ela, no reconhecimento das capacidades do Espírito e no emprego da Vontade no uso dessas forças, o homem pode, a cada existência, realizar muito em favor de si mesmo e dos outros, ao mesmo tempo em que desenvolve suas Faculdades Espirituais".

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty A MORTE DÓI?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 16, 2023 10:01 am

Quando morre alguém, sentimo-nos todos tomados por um sentimento de perda e dor.
É natural, gostamos da pessoa e desejamos que continue vivendo connosco.
Mas, a morte é a única certeza da vida e está enquadrada nos acontecimentos normais da existência de todo mundo.
A todo instante, partem jovens e velhos, sadios e enfermos...
E muitos perguntam, talvez temerosos do momento em que também enfrentarão a circunstância e acerto de contas com D. Morte: ela dói?
O que ensinam os espíritos a respeito?
Em O Livro dos Espíritos, há um capítulo inteiro sobre o assunto: é o III, do livro segundo, com o título Retorno da vida corpórea à vida espiritual.
As questões 149 a 165 esclarecem o assunto.
Para não ficarmos em simples transcrição das respostas dadas pelos espíritos, fizemos breve resumo de forma didática para melhor entendimento do assunto.
Mas remetemos o leitor à pesquisa direta às questões citadas.
No instante da morte, todo homem retorna ao mundo dos espíritos, pátria de origem;
Uma vez no chamado outro mundo, conserva plenamente sua individualidade;
A separação da alma e do corpo não é dolorosa.
O corpo sofre mais durante a vida que no momento da morte;
A alma se liberta com o rompimento dos laços que a mantinham presa ao corpo;
A sensação que se experimenta no momento em que se reconhece no mundo dos espíritos depende do que fizeram em vida.
Se foram bons, sentirão enorme alegria. Se foram maus, sentirão vergonha;
Normalmente reencontra aqueles que partiram antes, se já não reencarnaram;
A consciência de si mesmo vem aos poucos. Passa-se algum tempo de perturbação, convalescente, cujo tempo de duração depende da elevação de cada um;
Compreender antes o assunto exerce grande influência sobre o tempo de perturbação, mas o que realmente alivia a perturbação são a prática do bem e a pureza de consciência.
Indicamos ainda ao leitor, estudar o livro O Céu e o Inferno, também de Allan Kardec, onde há diversas descrições do momento da morte e do pós-morte, de espíritos nas mais variadas condições evolutivas.
O livro Depois da Morte, de Léon Denis e Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz/Chico Xavier também trazem muitas explicações sobre o interessante tema.
Há, também, uma série enumerável de livros de mensagens enviadas por desencarnados aos entes queridos que ficaram.
Entre eles, o famoso Jovens no além, de 1975, recebido por Chico Xavier.
O filme Joelma 23º andar, baseado no incêndio ocorrido em São Paulo, mostra bem a questão da continuidade da vida.
Não tema a morte. Ela faz parte do processo evolutivo.
Viva de maneira prudente, faça o bem que puder e quando soar seu momento, vá sem medo.
Mas nunca a busque ou a precipite.
Tudo tem seu momento na vida e todos temos algo a fazer num tempo programado.
Para aqueles que foram antes, guarde a convicção de breve reencontro e ore pela felicidade deles.
Eles receberão a mensagem de seu coração.

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty COMO EU ME MALTRATO E FICO SOFRENDO

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 17, 2023 9:03 am

PERDENDO MUITO TEMPO DA MINHA VIDA.

DUVIDANDO dos Meus Dons Mediúnicos, da Minha Capacidade e do Meu Enorme Potencial...
ALIMENTANDO-ME em excesso com alimentos inadequados.
MANTENDO-ME em relacionamentos tóxicos.
CRITICANDO meus esforços e conquistas.
SABOTANDO meu sucesso com o medo.
ESCONDENDO quem eu sou para agradar os outros."

As pessoas resistem em mudar o hábito de ser o que são.
Acabam adoecendo e buscam o médico para remediar a dor de um sintoma.
Ficam quimicamente contaminadas, continuam com os mesmos hábitos e ainda esperam se curar. Isso é loucura!
Nenhum medicamento químico pode curar as dores da alma.
Invista seu tempo em acessar a sua farmácia interior e a grande farmácia que a natureza disponibiliza todos os dias para você.
Só o seu médico interior pode te curar.
Libertar-se do passado é perdoar!
Viver no presente é confiar!
Só construímos um novo futuro vivendo no aqui e no agora.
O nosso corpo é um laboratório vivo e inteligente para o exercício consciente da nossa mente.
Estamos aqui para aprendermos a programar, conscientemente, o nosso futuro!!!
O Universo responde a quem você verdadeiramente é. Não a quem você pensa que é.

DEZ PASSOS PARA APRENDER A USAR O PODER DO SUBCONCIENTE (PERISPÍRITO) A SEU FAVOR.
1 – Pense no bem, e o bem se seguirá! Pense no mal, e o mal se seguirá!
Você é aquilo que pensa, no decorrer de todos os seus dias!

2 – O seu subconsciente, nunca discute com você se está correto ou não!
Ele apenas aceita o que, a sua mente consciente determinar!

3 – Você sempre tem o poder de escolher o bom ou o mau!
Você pode escolher a cordialidade ou, se preferir, ser antipático!
Escolha saúde, felicidade, ser prestativo, alegre, cordial e simpático, e todo o mundo lhe corresponderá!

4 – A sua mente consciente é a sentinela no portão!
E tem como principal função proteger o subconsciente das impressões falsas!
Procure acreditar que algo de bom vai acontecer, e está acontecendo agora mesmo, neste exato momento!
O seu maior poder é a sua capacidade de escolha; por isso, escolha tudo que lhe faça sentir-se bem!

5 – As sugestões e afirmações dos outros não têm qualquer poder para prejudicá-lo!
O único poder é a ação do seu próprio pensamento em relação a isso e como reagirá!

6 – Tome cuidado com o que você diz!
Você terá que prestar contas por cada palavra irresponsável!
Nunca diga “vou fracassar”; o seu subconsciente não sabe identificar se isso é uma piada ou realidade!
Ele simplesmente faz com que todas essas coisas se tornem verdades!
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 17, 2023 9:04 am

7 – A sua mente não é voltada para o mal!
E nenhuma Força da Natureza o é!
udo depende de como você usa os poderes da natureza!

8 – Nunca diga que não pode fazer determinada coisa! Supere o seu medo, substituindo-o pela seguinte afirmação: “Posso fazer todas as coisas através do poder da minha mente subconsciente!”

9 – Você é o capitão da sua alma (subconsciente), é o senhor do seu destino!
Lembre-se: “você tem a capacidade de escolher! Escolha a felicidade!”

10 – O que quer que a sua mente consciente acredite ser verdade, o seu subconsciente aceitará e fará com que se transforme em verdade mesmo! Acredite nas bênçãos da vida!

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty TRIO ESSENCIAL

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 18, 2023 11:28 am

Na reunião da noite de 28 de abril de 1955, foi Emmanuel quem senhoreou as faculdades psicofónicas do médium, transmitindo-nos instruções acerca da constituição de elementos para o êxito nas tarefas de intercâmbio com o mundo espiritual.

Meus amigos.
O êxito da reunião mediúnica, como corpo de serviço no plano terrestre, exige três elementos essenciais:
O orientador.
O médium.
O assistente.


Nesse conjunto de recursos tríplices, dispomos de comando, obediência e cooperação.
O primeiro é o cérebro que dirige.
O segundo é o coração que sente.
O terceiro é o braço que ajuda.


Sem a segurança e a ponderação do cérebro, seremos arremessados, irremediavelmente, ao desequilíbrio.
Sem o carinho e a receptividade do coração, sofreremos o império do desespero.
Sem o devotamento e a decisão do braço, padeceremos a inércia.

Contudo, para que o trio funcione com eficiência, são necessários três requisitos na máquina de acção em que se expressam:
Confiança.
Boa-vontade.
Harmonia.


Harmonia que traduza disciplina, ordem e respeito.
Confiança que signifique fé, optimismo e sinceridade.
Boa-vontade que exprima estudo, compreensão e serviço espontâneo ao próximo.

Não podemos esquecer, ainda, que essa máquina deve assentar-se em três alicerces distintos:
Aperfeiçoamento interior.
Oração com vigilância.
Dever bem cumprido.


Obtida a sintonia nesse triângulo de forças, poderá, então, a Espiritualidade Superior, através de factores humanos, empreender entre os homens encarnados a realização dos seus três grandes objectivos:
A elevação moral da ciência.
O esclarecimento da filosofia.
A liberdade da religião.


Com a ciência dignificada, não trairemos no mundo o ritmo do progresso.
Com a filosofia enobrecida, clarearemos os horizontes da alma.
Com a religião liberta dos grilhões que lhe encadeiam o espírito glorioso às trevas da discórdia e do fanatismo, poderemos distender o socorro e a beneficência, a fraternidade e a educação.

Reunamo-nos nas bases a que nos referimos, sob a inspiração do Cristo, Nosso Mestre e Senhor, e as nossas reuniões mediúnicas serão sempre um santuário de caridade e um celeiro de luz.

Emmanuel

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty DEZ MANEIRAS DE AMAR A NÓS MESMOS E PROGREDIRMOS.

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 19, 2023 11:55 am

Vez por outra ouvimos dizer, quando estamos com a nossa Autoestima em baixa, que precisamos nos Amar mais, Cultivar o Amor Próprio etc.
Mas, aos olhos da Doutrina Espírita, do Evangelho Redivivo, que todos buscamos ser honestamente aprendizes, será mesmo esse cultivo umbilical que se prega aos quatro cantos por aí?
Amar ao Próximo como a nós mesmos seria dessa forma?
Com certeza não é com esse Amor doentio que Jesus, o Mestre por excelência, nos concita a Amar.
Sobre o assunto, mais uma vez, vamos encontrar na obra psicografada por Chico Xavier, uma vasta fonte de recursos para refletir.
No Livro Paz e Renovação, o espírito de André Luiz nos traça um prisma em forma de decálogo para sairmos do lugar-comum em que mergulhamos quando falamos em amor próprio.

Vamos conferir, então, 10 Maneiras de Amar a nós Mesmos, passo a passo:
1) – DISCIPLINAR OS PRÓPRIOS IMPULSOS.
Sabiamente, começa sugerindo que a Disciplina de nossos impulsos mais básicos seja alcançada.
Quantos de nós ainda nos deixamos arrastar automaticamente pelos instintos mais básicos, impulsionados pela falta de controle?
E quantos excessos cometemos no comer, no falar, no pensar, no dirigir, no julgar e etc simplesmente porque não temos a disciplina necessária de nossos próprios impulsos.
Isso é a prova mais real de que não temos o verdadeiro amor-próprio, justamente porque somos dominados pela nossa própria indisciplina.

2) – TRABALHAR, CADA DIA, PRODUZINDO O MELHOR QUE PUDERMOS.
Respeito - Preocupação e Caridade
- Ainda vivemos numa sociedade onde o trabalho é visto como peso ou carga pesada que precisamos levar a duras penas, uma espécie de punição da qual não conseguimos nos afastar, quando, na verdade, se o víssemos sob a óptica do bem comum torna-se uma bênção sem precedentes para todos aqueles que o executam com responsabilidade e dedicação.
Longe de ser uma ruína quotidiana, o trabalho é uma terapia abençoada para a alma e fazer o melhor que pudermos é dar ao ditado popular uma razão incontestável:
O trabalho dignifica o homem.
Será que onde as leis sábias da vida nos situa estamos dando o melhor de nós? será que estamos florescendo onde Deus nos quer evoluindo?

3) – ATENDER AOS BONS CONSELHOS QUE TRAÇAMOS PARA OS OUTROS.
“Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”, eis aí um dito popular que cabe muito nessas ocasiões, quando traçamos para os outros conselhos que não vivenciamos em nós mesmos.
Sim, outra forma de promover em nós o amor próprio é a execução do bem que já enxergamos, e não apenas enxergá-las para os outros.

4) – ACEITAR SEM REVOLTA A CRÍTICA E A REPROVAÇÃO.
Pois é, quem de nós, verdadeiramente, consegue enxergar nas críticas que às vezes nos são lançadas, como verdades que ainda não enxergamos em nós?
Tão logo somos reprovados por essa ou aquela conduta e o nosso egoísmo arraigado já sai em nossa defesa, como um advogado que defendesse nossa posição.
Quando não julgamos o crítico como inimigo que não quer enxergar como a gente.
Quando aprendemos a nos amar de verdade a humildade torna-se nossa conselheira amiga e passamos a valorizar as críticas como recursos de transformação moral sincera.
Obviamente, que quando a crítica não for procedente ela não nos tirará a serenidade jamais.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 19, 2023 11:58 am

5 – ESQUECER AS FALTAS ALHEIAS SEM DESCULPAR AS NOSSAS.
De que forma conseguiremos alcançar o amor próprio se ainda nos atordoa o mal que nos fizeram e se ainda nos remoemos com as faltas alheias roubando a nossa paz?
O esquecimento das faltas alheias é inevitável para que nada nos perturbe interiormente.
A inquietude é fruto, geralmente, da ausência de perdão.
Agora, quando não nos conformamos com os nossos erros deixamos de nos acomodar na ilusão.

6 – EVITAR AS CONVERSAÇÕES INÚTEIS.
Recorrendo ainda à sabedoria dos ditados populares, aquele que diz que “a boca fala do que está cheio o coração” está mais uma vez coberto de razão.
Há pessoas que ainda se nutrem da fofoca, da falta alheia, do infortúnio etc.
Evitar as conversações que nada acrescentam é também amar-se, porque quando nos misturamos ao lodaçal, não perdemos energias e, por conseguinte, não adoecemos.
É triste ver pessoas esclarecidas, principalmente na internet, se permitindo a contendas inúteis, defendendo bandeiras ideológicas e político-partidárias sem nenhuma vigilância, execrando aqueles que não pensam como elas.

7) – RECEBER NO SOFRIMENTO O PROCESSO DE NOSSA EDUCAÇÃO.
Há quem ache que o sofrimento é apenas uma desgraça que todos devemos evitar, sem reconhecer que a dor, na maioria das vezes, é o remédio que a farmácia divina nos concede para a cura da alma.
Não estamos com isso fazendo a apologia do sofrimento, mas reconhecendo nele um processo de autoeducação.
É graças ao bisturi, ao cinzel e ao machado que encontramos o equilíbrio que tanto admiramos.
Sem a dor e sua pedagogia não ouvimos, na maioria das vezes, os apelos da evolução.
A construção do amor próprio passa, necessariamente, pelos mecanismos evolutivos da dor.

8.) – CALAR DIANTE DA OFENSA, RETRIBUINDO O MAL COM O BEM.
Fugir ao “não levo desaforo para casa” é também uma atitude de amor próprio verdadeiro, porque o que muitas vezes levamos é a doença e o desequilíbrio em nome do orgulho, que aqui fica evidente ser o maior óbice ao amor próprio.
Quando pagamos o mal com o bem anulamos em nós os malefícios da ofensa e não deixamos nos contaminar com os agentes tóxicos do revide e da vingança, frutos da nossa intemperança e intolerância.
Há uma passagem da vida de Chico Xavier, que é uma vida exemplar, e diga-se de passagem riquíssima em amor próprio em que Emmanuel, seu mentor espiritual, o aconselha:
“Chico, quando você não tiver uma palavra que construa, feche a sua boca”
Ou seja, o silêncio é também uma forma de caridade.

9 – AJUDAR A TODOS, SEM EXIGIR QUALQUER PAGAMENTO DE GRATIDÃO.
“Fazer o bem sem olhar a quem” e não aguardar taxas de gratidão, porque toda vez que agimos interessadamente o apego nos dirige e quem se apega não se ama de verdade, porque o amor não tem amarras e nem faz exigências.
É comum a gente cobrar daqueles a quem prestamos auxílio, aguardando retribuição.
Quando fazemos o bem pelo bem o fazemos pelo prazer de auxiliar.

10) – REPETIR AS LIÇÕES EDIFICANTES, TANTAS VEZES QUANTAS SE FIZEREM NECESSÁRIAS, PERSEVERANDO NO APERFEIÇOAMENTO DE NÓS MESMOS SEM DESANIMAR E COLOCANDO-NOS A SERVIÇO DO DIVINO MESTRE.
Reconhecendo a nossa volubilidade, nossas idas e vindas, acertos e desacertos, André Luiz encerra essa decálogo do Amor Próprio com chaves de ouro, concitando-nos ao exercício infatigável da busca permanente, da persistência, afim de que, verdadeiramente, consigamos nos amar.
Eis aí uma forma diferente de compreendermos o amor em sua real beleza, sem egoísmo.
Com esse decálogo a espiritualidade nos mostra que só é possível encontrarmos o amor próprio anulando em nós o seu maior obstáculo: o egoísmo.
É justamente esta leitura, equivocada, que devemos derrubar e que para nos amar precisamos nos esquecer mais.

Antonio Carlos Piesigilli

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty SINTOMAS QUE INDICAM PRESENÇA DE ESPÍRITOS

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 20, 2023 12:15 pm

QUE PODEM ATRAPALHAR-NOS, SE NADA FIZERMOS PARA NOS LIVRAR.
Em outras oportunidades, já conversamos um pouco a respeito de Acompanhamento de Irmãos Desencarnados.
Não me canso de falar sobre o tema, pois a presença deles em nossa vida poderá ser devastadora, por isso, sempre que posso, insisto escrever sobre o tema.
Nada mais são do que Espíritos Menos Esclarecidos, Espíritos Perturbadores, os quais não aceitam a Evolução Espiritual e nos acompanham através de nossas afinidades com o intuito de sugarem nossa energia.

Mas como saber se estamos ou não com Acompanhamento Espiritual?

Sensações estranhas em nosso corpo.
Elas estarão sempre presentes, tais como: calafrios, bocejos com frequência, sonolência, maus pressentimentos, a sensação de ser perseguido por alguém, mas não sabemos quem é, arrepios constantes, tudo isso sem motivos visíveis.

Insónia.
Quando estamos com Encosto, certamente, teremos problemas para dormir, ou seja, a incessante insónia estará presente em nossa vida. E quando dormimos, pesadelos poderão surgir durante o sono; resumindo: teremos noites mal dormidas.

Sistema nervoso desequilibrado.
Ficaremos nervosos, irritados sem motivos aparentes, logo, qualquer questão do dia a dia nos irritará profundamente e com isso, desequilíbrios emocionais não faltarão. Com o passar do tempo, brigas, desentendimentos, conflitos, discussões irão surgir fazendo com que nossa vida pessoal, amorosa, financeira, profissional, social torne-se desequilibrada, os espíritos menos evoluídos adoram desavenças e confusões.

Percepções estranhas.
Com o passar do tempo, poderemos sim sentir a presença dos Encostos em nossa casa ou quando estamos dormindo, por exemplo. Ouviremos vozes do nada, barulhos estranhos e até veremos vultos a nossa volta, porém não haverá ninguém para contar história, tudo invisível.

Sintomas desagradáveis pelo corpo.
Sentiremos dores de cabeça, mal-estar no estômago, dores pelo corpo sem motivos aparentes ou quando vamos ao médico, nada aparece nos exames, ou seja, os Encostos estão sugando nossas energias a ponto de ficarmos fracos fisicamente e espiritualmente.

Desequilíbrio Familiar.
Além de todos os sintomas citados anteriormente, as pessoas mais próximas de nós, em casa, na família também poderão senti-los, afinal, estaremos com padrão vibratório baixo e os Encostos sabem disso, logo, eles se aproveitarão da situação fazendo com que toda a família fique desequilibrada em todos os aspectos.

Mau cheiro presente.
Esses espíritos menos evoluídos circundam muitos ambientes e sugam as mais variadas energias por onde passam (tanto de ambientes quanto pessoas). Com isso, de tanto eles encostarem em nós, infelizmente, com o passar do tempo, poderemos ficar também com um mau cheiro presente, ou seja, o mau cheiro da dimensão espiritual se transferirá para o universo físico.

Hábitos Nocivos.
Quando estamos com Acompanhamento Espiritual, os hábitos nocivos tornam-se exagerados.
Eles se aproveitam de nossas fraquezas, sugam as energias, além de potencializarem algum vício que temos, ou seja, se temos o vício da bebida ou cigarro, por exemplo, isso se intensificará com a presença deles em nossa vida.

Estes são os principais sintomas que poderemos ter com a presença dos Irmãos Desencarnados em nossa vida.
Não deixe isso avançar em sua vida, tome atitudes, seja corajoso, busque Orientação Espiritual, procure uma Casa Espírita, para Tratamento, Passes, Palestras, Estudo e Desenvolvimento.

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty PRECIOSO DIÁLOGO ENTRE DOIS MÉDIUNS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 21, 2023 9:30 am

UM MÉDICO, OUTRO FARMACÊUTICO, SEM CONHECIMENTO. OS QUE TEM MEDIUNIDADE E ESTÃO SOFRENDO, NÃO DEVE DEIXAR DE APRECIAR.
Médico: - Como lhe disse, tenho Desenvolvido a “Clarividência” Retrocognitiva estes últimos tempos.
Sempre consegui “Ver” o Passado, desde criança sou “Clarividente”, vejo os “Amigos Amparadores”, (Mentores Espirituais), cujo “Amparo” (Protecção) e Amizade sempre fazem notar, pelas suas Instruções e Orientações.
Via acontecimentos do Passado das Pessoas que se aproximavam, ou então das Pessoas que apenas passavam junto a mim.
Mas actualmente, desde alguns meses, vejo cenas de acontecimentos que sucederam antes que Eu nascesse, em qualquer momento ou circunstância, (Mediunidade de Psicometria) diariamente vejo cenas que se completam a outras e muitas são desconexa a essas cenas, que, passando alguns dias, inter-relecionam-se com outras tantas que já vi.
“Está formando uma História, cujo personagens são reais e Eu e Você, e muitos dos nossos conhecidos, fazemos parte.
No início me senti com vontade de solucionar estes enigmas de imediato, mas vi que era impossível, algumas vezes me concentrava e via algumas cenas, que logo se esfumaçavam e Eu não via nada.
Até que um dos “Amparadores” (Mentor Espiritual) que se denomina “Carlos Augusto”, faz-se visível a mim e pediu-me Paciência, pois a Vida queria me mostrar e prevenir de algo.
Assim, então, estou esperando os acontecimentos, sem deixar de Trabalhar e Estudar.
Farmacêutico: - Pois a mim, tem acontecido que “Ouço Conversas” (Mediunidade Audiente) que às vezes parecem estar acontecendo neste Plano.
Muitas vezes respondo as conversações que estão sendo realizadas ao meu lado e percebo “Vultos”, não sou “Clarividente” como você, mas sinto que está se Desenvolvendo, e o facto de ser “Audiovidente” Desenvolverá a “Clarividência” rápido e vice-versa.
Médico: - E esses “Vultos” Você consegue distinguí-los de alguma maneira?
Farmacêutico: - Ah sim! Alguns parecem de constituição feminina, outros masculina, mas o que mais é percebido por Mim é o “Brilho de cada um”, a “Intensidade de Energia” (Estado Evolutivo).
Alguns tem uma “Luminosidade” (Aura) incrível e outros nem tanto, às vezes, às suas voltas, aparecem Cores de várias nuances, deve ser a “Aura”, mas disto Eu ainda não compreendo muito, creio que a relação está entre as Cores Suaves e Escuras, porque percebi outro dia na Farmácia, quando um Cliente entrou, que Ele tinha uma “Entidade” (Espírito) que o acompanhava e a sua “Energia” era escura e sem “Luminosidade”, e aquela “Entidade” (Mentor Espiritual) que constantemente está na Farmácia comigo, se aproximou desta que tinha “Coloração Energética Escura e Opaca”(Obsessor Espiritual), e esta pareceu ressentir-se do “Brilho da Outra” (Mentor), e retirou-se rapidamente sem que perdesse nenhum tempo.
O que percebi, é que após este acontecimento a Pessoa que estava acompanhada (Médium), daquela “Entidade sem Brilho” (Obsessor), sentiu-se Melhor (Foi Socorrido) e seu rosto tornou-se mais irradiante, embora Ela ainda continuasse com alguns “Pontos Negros” (Débitos) no “Campo Energético” que lhe envolvia o “Aparelho Genital”.
- É interessante poder observar que o Homem atrai para si as “Companhias” (Espíritos) que quiser e que isto vai depender unicamente de seus “Bons ou Maus Pensamentos e Comportamentos”.
Médico: - Caro Amigo, dito assim parece muito simples, mas visto pelo prisma atual, o Homem enfrenta várias angustias no seu dia a dia, porque ainda não percebeu este fato e tampouco nem percebe que o “Pensamento” cria “Formas Vivas” que participam com seu “Criador” uma convivência diária, “Sugando” (Sofrimento) ou “Auxiliando” (Ajuda) em “Processos Energéticos” de sua Vida, isto vai depender da “Escolha” (Caminho) de cada um.
Farmacêutico: - Tem razão, na Prática não é tão fácil como na Teoria, temos muito que Aprender e muito que desvendar, tanto quanto que nem podemos imaginar.

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Como o Cepticismo Impede o Progresso - Cuvier e Spallanzani

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 22, 2023 10:44 am

Guy Lyon Playfair

Tradutor: Vitor Moura Visoni

Em 1794 o eminente fisiólogo italiano Lazzaro Spallanzani (1729-99), um dos fundadores de biologia experimental, publicou uma proposta modesta, mas herética.
Muito intrigado pela capacidade dos morcegos de voar na escuridão total sem bater nas coisas, se empenhou em descobrir como o fazem.
Afirmou que eles deviam estar usando um de seus cinco sentidos, e numa série de experiências extremamente cruéis, mutilou-os, destruindo seus sentidos um por um, cegando-os, tapando as orelhas ou mesmo cortando-as, eliminando o olfacto e removendo a língua.
Logo se tornou claro para ele que era o sentido de audição que os morcegos usavam para evitar obstáculos.
Mas ouvir o quê?
Os morcegos não faziam nenhum som audível quando voavam, e pouco – se qualquer coisa – era conhecido no século 18 sobre ultra-sons, o segredo do êxito dos morcegos como navegadores nocturnos.
Quando eles voam, emitem amplitudes de até 50.000 ciclos por segundo – mais que duas vezes o limite máximo da audição humana – e ‘lêem’ o que retorna dos ecos.
Era um exemplo notável, do qual há muitos, de uma invenção humana – neste caso, a localização do eco ou sonar – que existia na natureza bem antes de temo-lo inventado.
Spallanzani estava em efeito fazendo uma alegação para o paranormal, como muitos dos pioneiros da pesquisa psíquica faziam no século seguinte no caso de telepatia.
Não havia nenhum sinal em 1794 de uma explicação normal para as habilidades do morcego de navegação, então o estabelecimento científico fez o que tende a fazer nestas ocasiões – compôs uma. Seu porta-voz principal foi o naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832), um pioneiro tanto em anatomia como em paleontogia.
Decretou, num artigo publicado em 1795, que “a nós, os órgãos de toque parecem suficientes para explicar todos os fenómenos que o morcego exibe”.
Tinha trabalhado em tudo.
As asas dos morcegos eram “ricamente fornecidas com nervos de todo o tipo”, que duma maneira ou doutra pode receber impressões de calor, frio e resistência.
Mas ao passo que Spallanzani, e vários colegas que ele convenceu para repetir suas experiências, alcançaram sua conclusão unânime só depois de numerosas experiências, Cuvier resolveu o problema sem executar uma sequer.
Era, como Robert Galambos, o perito em morcegos do século 20, observou:
“Um triunfo da lógica sobre a experimentação”.
Era também um triunfo da ignorância sobre o conhecimento.
Um dos colegas de Spallanzani realmente tinha pensado na teoria da asa sensível e a testou, pondo os morcegos num lugar inteiramente branco e cobrindo suas asas com algum tipo de material preto que se agarraria nas paredes e em vários objectos brancos se as asas os tocassem. Mas não tocaram.
A explicação de Cuvier logo achou seu lugar nos livros-textos, e permaneceu lá até o começo do século 20, quando pesquisadores independentes na França e nos EUA publicaram ainda mais evidência experimental a favor da teoria de Spallanzani.
Então, em 1920, um pesquisador britânico chamado Hartridge que tinha ajudado a desenvolver os primeiros sistemas navais de sonar durante a I Guerra Mundial, publicou a primeira teoria claramente declarada de navegação do morcego por ecografia.
Isto foi devidamente confirmado, usando dispositivos de gravação recentemente desenvolvidos, por Galambos e seu colega Donald Griffin, que publicaram seus resultados em 1941 – quase um século e meio depois de Spallanzani.
Retrospectivamente, é difícil de ver como esses resultados originais levaram tanto tempo para ganhar aceitação.
Spallanzani não era nenhum amador dissidente, mas um pesquisador experimentado versátil considerado como um dos fisiólogos principais de sua época que fez um trabalho pioneiro em áreas tais como fertilização, inseminação artificial e regeneração de membros.
Na sua pesquisa de morcegos, ele seguiu o que é agora a prática normal de convidar colegas a duplicar um resultado ou alegações.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 22, 2023 10:44 am

Seu trabalho foi largamente disseminado – uma tradução inglesa do relatório final e claramente conclusivo do seu colaborador suíço Louis Jurine apareceu no primeiro volume (1798) da Philosophical Magazine [Revista Filosófica].
Acima de tudo, a teoria acústica foi solidamente baseada na evidência experimental de vários pesquisadores independentes.
Mas permaneceu negligenciada por mais de um século em grande parte graças ao imenso prestígio de Cuvier, a quem Napoleão pôs encarregado da reforma educacional francesa.
Vozes solitárias de discórdia, tais como a do médico britânico Sir Anthony Carlisle, que concluíram depois de executar as próprias experiências, que morcegos evitavam obstáculos “graças à extrema agudeza da audição” foram em grande parte inauditas.
Uma atitude bem típica foi expressa em 1809 por um George Montagu, que perguntou sarcasticamente: “já que morcegos vêem com as suas orelhas, eles ouvem com os seus olhos?”
“Tivesse ele [Spallanzani] sido considerado seriamente, o quanto antes poderíamos ter descoberto o radar?”
Perguntou o falecido Eric Laithwaite, um engenheiro com grande interesse em tecnologia natural.
Se o radar tivesse sido inventado cinco ou dez anos antes talvez tivesse poupado as mais de 1.500 vidas perdidas quando o Titanic bateu num iceberg em 1912.
Os morcegos não batem em icebergs ou coisa parecida, e deveria ter sido possível elaborar algo muito tempo antes que isto finalmente ocorresse.
Laithwaite adicionou:
“Tentar descobrir como o mecanismo biológico ocorre tem uma vantagem sobre resolver problemas em áreas não-biológicas, pois já se sabe que o problema pode ser resolvido”.
Como a Natureza já resolveu seus problemas, o pesquisador tem certeza absoluta que uma solução existe.
No entanto, enquanto vivam os espíritos dos Cuviers deste mundo, como ainda vivem em organizações tais como o CSICOP , muitos deles podem permanecer não resolvidos durante outro século ou mais.

Galambos, R. (1942) The avoidance of obstacles by flying bats. Isis 34, 132-40.
Hartridge, N. (1920) The avoidance of objects by bats in their flight. Journal of Physiology 54, 54-7.
Laithwaite, E. R. (1977) Biological analogues in engineering practice. Interdisciplinary Science Reviews 2(2), 100-8.
Artigo disponível em http://www.skepticalinvestigations.org/observer/bats.htm (colocado online em janeiro de 2007).

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty A criatividade versus o cepticismo dentro da ciência:

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:29 am

mais dano tem sido feito na ciência por aqueles que fizeram um fetiche fora do cepticismo, abortando ideias antes delas nascerem, que por aqueles que credulamente aceitam teorias não verificadas.
Skeptical Inquirer, Nov-Dez, 2006 por V.S. Ramachandran

Traduzido por Vitor Moura Visoni

Quando uma ideia fantástica – tal como telepatia – atrai uma seita fiel, é relativamente fácil para quase qualquer um fora da seita testá-la e desmenti-la adequadamente para satisfazer ao menos a maioria dos cientistas.
(Darei alguns exemplos mais tarde).
Por outro lado, precisa-se de um real visionário para reconhecer – e não matar – a nova ideia promissora que parece inicialmente transgredir a visão do paradigma vigente (ao que Thomas Kuhn famosamente se referiu como a “ciência normal”, o tipo de actividade monótona praticada pela maioria dos cientistas, os pedreiros antes que os arquitectos da ciência).
Karl Popper frequentemente é creditado com a observação que uma ideia merece o cobiçado título de “científica” apenas se faz predições testáveis que são declaradas numa forma que as permite resistir à refutação.
(Isto descarta muitas “ciências” sociais, incluindo historicismo, de construtivismo, estruturalismo, “ismos” em geral, e muita da pretensiosa bobagem pós moderna que tenta se passar como ciência).
Este aspecto da ideia de Popper é bem conhecido, mas há o outro aspecto do seu argumento que poucos apreciam: o facto que a ciência revolucionária frequentemente começa com uma conjectura – uma visão que a leva bem além da evidência existente ao invés de ser restringida por ela.
Ciência de destaque é conduzida por aqueles que fazem excursões imaginativas dentro daquilo que pode ser verdadeiro, i.e., conjecturas que são ontologicamente promíscuas e não meramente coerente com os dados existentes.
Elas não são feitas por aqueles que são, para usar a frase de Peter Medawar, “vacas pastoreando no pasto de conhecimento”.
Se estou correcto sobre isto, então o perigo de credulidade (mesmo entre cientistas, não só leigos) por aceitar revoluções falsas vastamente é excedido pelo perigo de ideias singulares sendo ignoradas por cépticos.
Mais estrago foi feito por aqueles que eram “cépticos” da teoria de germes de doenças de Semmelweiss ou Pasteur que por aqueles que acreditaram em entortadores de colheres.
Como Francis Crick salientou a mim uma vez, “é melhor ter nove de suas ideias sendo completamente desmentidas, e a décima colocar em movimento uma revolução que ter todas as dez correctas mas descobertas sem importância que satisfazem os cépticos.”
Isto parece óbvio, mas por que tão raramente é praticado?
Em minha visão, há duas razões, todas psicológicas (Isto se aplica principalmente a cientistas profissionais activos).

Cepticismo fim de linha
A primeira razão é o que eu chamo o fenómeno “fim-de-linha”. As pessoas – incluindo cientistas – inconscientemente gravitam num beco sem saída cómodo onde eles se sentem seguros praticando “ciência normal”.
Há grandes recompensas sociais.
As pessoas que estão no mesmo clube ganham admiração mútua e recompensam-se financiando umas às outras.
Seus artigos são “revisados por pares” pelas pessoas de seus próprios clubes, e como resultado, ninguém seriamente questiona o significado da empresa inteira ou onde é encabeçada.
Qualquer um que ousa fazê-lo então está em perigo de excomunhão pelo clero, por assim dizer.
Nesta consideração, os cépticos não são meramente inúteis; podem ser um impedimento real à ciência.
Por céptico, eu quero dizer alguém que adopta uma atitude céptica total, não é receptivo a algo novo – não aquele que pratica cepticismo legítimo em direcção a alegações que são empiricamente não demonstradas.
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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS V

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:29 am

Isto deve tornar-se mais claro ao longo do caminho.
Há muitos sinais precoces deste fenómeno, mas o mais claro é a incapacidade dos cientistas de questionar as fundações axiomáticas de sua disciplina.
Um segundo sinal é quando um campo é dominado por certos clichés ou por metodologia (fMR, ondas sinodais, medidas de tempo de reacção, movimentos de olho, EMG, EEG, “memória funcionante,” etc.) ao invés que por perguntas.
A metodologia, frases, e mantras guiam os conceitos ao invés de outros caminhos possíveis.
Este tipo Kuhniano de “ciência normal” seria inócuo não fosse o fato que desvia 98 por cento de financiamento daqueles que embarcam em novas arrojadas aventuras ou perseguem anomalias.
Geralmente, cépticos prosperam na asfixia de ideias novas em ciência com sua abordagem “adapte-se ou pereça”.
Isto é especialmente devastador para jovens cientistas que entram no campo.
Mesmo os genuinamente talentosos são intimidados a se adaptarem – ou ao menos fingirem a se adaptarem – para obter trabalhos, financiamento, ou posse.
Com o tempo, a “máscara se torna o homem,” e qualquer vestígio de originalidade é jogado fora.
Participei de um comité em minha cidade universitária quando um jovem cientista publicou um trabalho inovador, internacionalmente reconhecido, e um céptico tentou impedir o contrato ou adesão, argumentando, “Mas por que ele não tem financiamento federal?” Minha resposta normal a isto é que há algo de desequilibrado nesse argumento: seguramente, o financiamento deve estar no denominador, não no numerador (“mais relação custo/benefício”), nestas decisões.
(Para não mencionar o facto óbvio que sendo jovem, o cientista não tem compadres no seu clube ainda; comités financeiros normalmente são compostos de cientistas fracassados que gozam de serem “cépticos”.
Felizmente, há excepções; soube de muitos eminentes cientistas que participam nestes comités).
Se você acha que estou exagerando, vá a qualquer reunião anual da Sociedade para Neurociência nos Estados Unidos, assistida por 30.000 cientistas, e caminhe ao longo das fileiras e fileiras de apresentações de cartazes.
Se você for a duas destas reuniões em anos consecutivos, você será atingido por um sentido sinistro de deja vu.
É como se alguém tivesse pego todas as palavras-chave da reunião o ano prévio e misturando-as aleatoriamente num computador para criar os títulos dos cartazes do ano actual.
Qual é o dano em nisto tudo?
Certamente, há tanto disto acontecendo que algo será importante simplesmente por acidente.
O problema mais sério é que faz ciência perder sua alma; faz a prática de ciência não ser mais agradável.
Para perspectiva, eu compararei a ciência do século XVIII e XIX com a ciência do fim do século XX.
A ciência vitoriana era uma aventura romântica grandiosa para aqueles que a praticavam; eles eram motivados por uma paixão ávida pelo conhecimento.
Se você fosse um novato ou um eminente cientista (como Faraday, Huxley, Darwin, Wallace, Cavendish, e incontáveis outros), isso era certo.
O motivo é que muitos deles estavam financeiramente bem por fora – seu sustento não dependia de ciência, então podiam praticar ciência por prazer.
Enquanto isto é verdade ainda para uma minoria de cientistas, não é verdadeiro para a maioria.
O sistema de financiamento é suposto cuidar disso, mas não funciona bem nos Estados Unidos – não é tão mau quanto no Canadá e o Reino Unido – porque tende a ser “desequilibrado”; aqueles que já têm concessões enormes recebem mais financiamento, porque são considerados absolutamente seguros.
Então o rico fica mais rico.
Normalmente não há “vazão para baixo”.
(Não é uma coincidência que o mesmo tipo de coisa acontece no reino político; a assim chamada revolução económica na Índia beneficiou-se só os 30 por cento superiores – e ainda não há nenhum sinal de passar para as camadas inferiores).
A ciência, em outras palavras, se tornou “profissionalizada”, virou somente outro “trabalho” de nove às cinco.
O único meio de inverter esta tendência é ficar ao redor dos cientistas intrépidos genuinamente curiosos de modo que algumas de suas paixões românticas os atinjam (pois não há nada mais contagioso que o entusiasmo).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:30 am

Por outro lado, evite cépticos como a praga até as etapas finais do “fato verificador”.
Como Sherlock Holmes disse, “A mediocridade não conhece nada mais elevado que si, meu caro Watson; é preciso talento para reconhecer um génio”.
Alguém tem que fazer isto, ainda que signifique uma perda temporária de “tapinhas nas costas” de outros presos em seu próprio beco sem saída.
“A busca pela respeitabilidade”, Francis Crick uma vez contou-me, “é a morte de ciência”.
Há uma segunda razão psicológica por que alguém se torna céptico: fá-lo ou parece inteligente sem esforço demais.
O cientista não apenas reconhece que isto é muito mais fácil do que uma inovação genuína mas também espera que isto seja incorrectamente interpretado como um sinal de inteligência alta – o fenómeno “Aha!
Eu vi além, então devo ser esperto”.
O que tais pessoas não compreendem é que a maioria das pessoas espertas na audiência já “viu além” da assim chamada falha mas estão ao menos dispostas a dar ao cientista que apresenta a ideia o crédito pela sua coragem – soltando balões experimentais enquanto ao mesmo tempo reconhece sua natureza experimental.
Estes cépticos facilmente são notados na audiência em conferências científicas – são aqueles que normalmente perdem os pontos principais das conferências e tentam mascarar isto fingindo fazer perguntas que parecem penetrantes mas são com muita frequência nada mais que cépticas:
“É inconcebível que o efeito você fala seja realmente devido a X, Y, ou Z,” e assim por diante.

Perseguindo a Ciência Revolucionária
Uma estratégia para perseguir a ciência revolucionária é ignorar os cépticos e ficar no posto de observação para anomalias e as perseguir com tenacidade.
Tenha em mente que uma certa quantia de cepticismo é realmente saudável - mesmo desejável.
Nesse aspecto, eu estou completamente sintonizado com a agenda principal da revista.
(Semir Zeki disse uma vez , “árbitros são porcos mas às vezes porcos podem levá-lo a trufas.)
É fácil retratar os cientistas como sendo pessoas rasas patinando na superfície, mente tacanha e não receptiva a novas ideias.
Mas seu cepticismo não resulta de estupidez.
Pelo contrário, há, razões de fato muito boas para ser inicialmente receoso a novas ideias, por causa do facto simples que a maioria de “anomalias” revelam-se alarmes falsos.
Há muitas ideias loucas posando de promissoras anomalias, p. ex., polywater, fusão a frio, telepatia, clarividência, UFOs, anjos, visões de Elvis; alguém pode gastar a vida inteira perseguindo estas coisas.
(Um terço de todos os americanos não só acredita em anjos mas realmente alegam ter visto um).
Então a pergunta para o jovem cientista é esta: como sei que anomalias perseguir e a qual permanecer céptico?
Foi dito que alguns cientistas desenvolvem um nariz para anomalias autênticas.
Se você não tem a sorte destes poucos, você também pode usar o método de tentativa-e-erro para eliminar anomalias falsas, mas isto exige tempo.
Uma melhor opção é adoptar a seguinte regra geral: se uma anomalia existe por décadas, sobreviveu a muitas tentativas em falseamento experimental, e é considerada como uma anomalia pela única razão que você não pode pensar em um mecanismo que não se encaixa no “grande quadro” da ciência, então vá atrás dela, pois pode levar a uma mina de ouro (p. ex,. deriva continental e transformação bacteriana, ambos os quais discutirei abaixo).
Mas se está sendo ignorado porque o próprio fenómeno foi testado repetidamente e descobriu-se ser problemático, então não desperdice tempo com ele, pois contrariamente, pode passar a vida inteira numa caça ao ganso selvagem.
A telepatia é um exemplo bom.
Quanto mais cuidadosas as medidas, menor o efeito, e isso é sempre uma bandeira vermelha.
(Contraste isto com o facto que qualquer um de dez anos de idade em qualquer lugar no mundo pode duplicar a experiência famosa do Galileu jogando uma bola de canhão e uma ervilha simultaneamente de um edifício alto; diferentemente do caso da telepatia, você não tem que criar desculpas de por que a experiência que demonstra a gravidade não funciona).

Aviso
Um ponto final: se escolher perseguir anomalias, pode ser limitado por algumas pessoas cujo trabalho de suas vidas inteiras é ameaçado por essas anomalias e portanto ficarão ofendidas por seus esforços.
Mas como Lord Reith observou, “há algumas pessoas que precisam ser ofendidas”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:30 am

Legitimando Anomalias
Em geral, para uma anomalia adentrar na ciência da corrente principal, tem que cumprir três critérios, que devem estar no lugar.
Primeiro, deve ser verdadeiro, i.é., de confiança repetível.
Segundo, tem que ser explicada em termos de princípios conhecidos.
Terceiro, deve ter implicações amplas para áreas de pesquisa além da do pesquisador.
Deixe-nos tomar dois exemplos:
No final da década de 1940, Oswald Avery et al. determinou que o ADN era o factor que permitia a transformação bacteriana, um fenómeno em qual a linhagem de uma espécie de bactéria (tal como pneumococo A) transforma-se numa espécie diferente (tal como pneumococo B) quando A é incubado com fluido que foi extraído de B.
Isto foi observado por outros investigadores em estudos prévios, mas nenhum mecanismo para a transformação foi isolado.
Essa observação, que foi publicada no prestigioso Journal of Experimental Science, devia ter enviado um tsunami pela biologia, mas mal fez uma ondulação.
Em princípio, era muito como ver um porco entrar em um quarto e reemergir como um burro.
Ainda, foi ignorado pelos cépticos, parcialmente porque desafiava um dos princípios básicos de biologia: a imutabilidade das espécies.
Avery mesmo sugeriu que este “princípio transformador”, a molécula de ADN, talvez carregue informação hereditária, mas seus resultados foram ignorados (provavelmente como anomalias) antes do mecanismo de replicação do ADN ter sido entendido (graças a Watson e a Crick).
Se alguém tivesse visto a importância desses resultados mais cedo, a biologia molecular poderia ter nascido muito antes.
Por que a “anomalia” de Avery foi ignorada inicialmente?
Porque enquanto cumpria o primeiro critério de ser de confiança repetível e o terceiro critério de ter implicações vastas (desafiando a ideia da imutabilidade da espécie), muitos cépticos não estavam ainda dispostos a aceitar isso como cumprindo o segundo: fornecendo um mecanismo concebível para transformação bacteriana.
Mas isso, como vimos, não é uma boa razão para ignorar as descobertas.
Um segundo exemplo é o movimento continental.
Como muitos alunos, Alfred Wegener notou que os contornos dos litorais de revestimento dos continentes se encaixam quase perfeitamente, e baseado nisso, propôs que os continentes como sabemos agora devem ter se separado e se movido a partir de um único, super continente antigo.
Ele também notou que os estratos de pedra no litoral oeste da África perfeitamente combinavam com os do litoral leste da América do Sul.
Finalmente, salientou que fósseis de uma ordem de lagartos de água fresca de Permian, mesossauros, são achados em só dois lugares na terra – adivinhou, África Ocidental e o litoral oriental do Brasil.
E os restos fossilizados de espécie idêntica de dinossauros foram achados nos litorais atlânticos dos dois continentes.
Mas os peritos – os cépticos – ignoraram a evidência que os fitava no rosto.
Fizeram-no então porque não cumpria seu critério: não se encaixava no grande quadro contemporâneo da geologia (“terra firma” e tudo o mais), e eles não podem pensar em um mecanismo para a deriva continental – as placas tectónicas não tinham sido descobertas.
Então os cépticos argumentaram, acreditem ou não, que havia uma longa, estreita (agora submersa) ponte de terra ligando os litorais atlânticos da América do Sul e África, através da qual todos os dinossauros tinham migrado e morrido!
Imagina-se o que levaria a convencer estas pessoas: duas metades do mesmo esqueleto de dinossauro, cada uma num lado diferente do Atlântico?
Contraste estas duas com outra “anomalia”: telepatia.
Cumpre o critério 3 (implicações vastas) mas não o critério 1 (receptibilidade) nem o 2 (um mecanismo concebível).
Então legitimamente é ignorado, excito por loucos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:31 am

Diferentemente da experiência de Galileu da Torre Inclinada de Pisa, a telepatia torna-se menor e menor quanto mais rigorosamente é testada, e isso é razão suficientemente boa para ser céptico.
Concluirei com dois incidentes da vida do grande médico alemão, oftalmólogo, e físico Hermann von Helmholtz.
Quando inventou o oftalmoscópio para ver o fundo do olho, uma comissão real, composta principalmente de médicos de olho cépticos, foi montada na Inglaterra para “avaliar esta nova invenção alemã”.
Depois de deliberação considerável, eles informaram de volta ao rei:
“Sua Majestade; este instrumento alemão capacita-o olhar dentro do olho mas não é necessário para diagnosticar quaisquer das doenças conhecidas do olho”.
Ao ouvir isto, Helmholtz é dito ter observado, “Mas este é todo o ponto”.
Agora para o segundo incidente: Helmholtz tinha acabado de produzir a primeira formulação matemática da lei da conservação de energia, que diz que a energia não pode ser criada nem pode ser destruída, e aplicou-a a seu estudo do uso de energia pelo tecido muscular.
Outros cientistas argumentaram que era aplicável só a objectos inorgânicos e não coisas vivas, porque coisas vivas têm um “espírito vital”.
Para convencer os cépticos, Helmholtz para montou uma demonstração aberta numa reunião científica na Europa, em que ele mostrou que a produção de calor de um músculo vivo é exactamente o que você esperaria de uma máquina inanimada (com nenhum espírito vital).
Ele então respondeu a um amigo na Alemanha:
“Nem um único cientista na reunião acreditou numa palavra do que eu disse.
Agora sei que estou correcto”.
Em resumo, a confiança de Helmholtzr nas próprias experiências aumentava na proporção directa ao número das pessoas que eram cépticas delas!
Há seguramente uma moral nisto em algum lugar para cada aspirante jovem cientista: escute os cépticos, certamente, mas tenha confiança suficiente – mesmo um toque de arrogância – em sua pesquisa para reconhecer que os cépticos estão frequentemente tão errados quanto certos.
V. Ramachandran, M.D., é professor e o director do Centro do Cérebro e Cognição na Universidade de Califórnia, São Diego, e um professor adjunto de biologia no Instituto de Salk.
Depois de treinar como um médico, Ramachandran obteve um PhD em neurociência de Faculdade de Trindade, Cambridge.
Publicou mais de 160 artigos em jornais profissionais, incluindo seu primeiro artigo, que apareceu na Nature quando tinha apenas vinte.
Ele também foi eleito um membro na All Souls College, Oxford, e foi o recebedor de dois honorários Doutorados em Ciências e o Prémio Henry Dale, concedido pela Instituição Real (U.K.), que também o elegeu um membro permanente.
A revista Newsweek nomeou-o um membro do “Clube do Século” – uma das cem pessoas mais proeminentes a adentrar no século vinte e um.

1 - O autor está errado neste ponto. Os testes ganzfeld têm fornecido sólida evidência para a telepatia. Referência: Bem DJ, Palmer J, Broughton RS. “Updating the Ganzfeld Database: A Victim of Its Own Success?”
Journal of Parapsychology 65 (3), 207-218, September 2001 (Nota do Tradutor).
2 - Popper apresenta um tipo de método que é perfeitamente válido nas ciências naturais.
Ele queria que as outras ciências, como as sociais, utilizassem.
É óbvio que, se fosse assim, teríamos grande liberdade de manipulação das variáveis em nossas pesquisas. Mas Popper se esquece:
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 23, 2023 10:31 am

1) Não podemos prender milhões de pessoas em um ambiente controlado e esperar séculos para analisar as mudanças. (Sociologia)
2) Não podemos manipular as massas.
3) Não podemos manipular os factos sociais para analisarmos as mudanças.
Há critérios nas sociedades de ética, moral e costumes.
O método de Popper continua válido, mas subordinar os objectos de estudo com o intuito de se esquecer de nossa cultura, é insanidade.
Não se pode manipular indivíduos para fazer experimentos: existe ética, leis que impedem.
Weber criou seu próprio método, admirado por vários sociólogos.
O conhecimento científico (não só os de cunho das naturais) é precioso demais e não se encaixa em um só método, como Ramachandran parece pretender fazer. (N.T.)
3 - Outro erro do autor. Telepatia cumpre todos os requisitos.
Os testes ganzfeld – já citados – demonstram sua repetibilidade, e o artigo A Primary Quantum Model of Telepathy de Gao Shan (2003) fornece um mecanismo (N.T.).
4 - Um grande desrespeito aos parapsicólogos sérios como Dean Radin e a físicos como O. Costa de Beauregard, Russel Targ e até o prémio Nobel de Física, Brian Josephson, todos consideram que há evidência fortemente convincente da existência de telepatia. (Nota do Tradutor).
5 - Outro erro. No artigo de Bem DJ, Palmer J, Broughton RS. “Updating the Ganzfeld Database: A Victim of Its Own Success?” Journal of Parapsychology 65 (3), 207-218, (2001), os autores informam: “[...] a média do tamanho do efeito das replicações padrão caem dentro do intervalo de confiança de 95% de ambos os 39 estudos pré-autoganzfeld e dos 10 estudos autoganzfeld por Bem e Honorton (1994).
Em outras palavras, os estudos ganzfeld que seguem o protocolo ganzfeld padrão continuam sendo replicados, com tamanhos de efeito comparáveis com aqueles obtidos em estudos passados.” (N.T.)

COPYRIGHT 2006 Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal
Skeptical Inquirer. Nov-Dec 2006. FindArticles.com. 25 Jan. 2007.
http://www.findarticles.com/p/articles/mi_m2843/is_6_30/ai_n16834264

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty CEM ANOS DE ABNEGAÇÃO E RENÚNCIA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 24, 2023 9:36 am

“VIDA E OBRA DE ADOLPHO BEZERRA DE MENEZES CAVALCANTI”. - Divaldo Pereira

Contam-se as tradições do mundo espiritual que, na madrugada do dia 1º de janeiro do ano 1800, ao se apagarem as luzes do século XVIII, foi reunida na psicosfera próxima da Terra uma imensa assembleia, para traçar os destinos da humanidade.
Aquela reunião havia sido programada desde há mais de trezentos anos e deveria definir os roteiros dos séculos XIX e XX, inaugurando uma era nova para a humanidade. Os narradores desse evento asseveram que, naquele momento especial, faziam-se presentes delegações de espíritos que habitavam as mais diferentes nações da Terra. Desde as entidades venerandas que precederam a história dos tempos contemporâneos, como Krisna, Confúcio, Hermes até aqueles que vieram da área Ocidental, preparando o campo do pensamento filosófico:
Sócrates, Platão, Aristóteles, e outras personalidades que se encarregaram de examinar a realidade da matéria, como Lucrécio e Demócrito; e a seguir, entidades que precederam o momento grandioso da chegada de Jesus: Salústio, Mecenas, Otávio, Ovídio; e a posteriori, aqueles que participaram da revolução do pensamento cristão, entre os séculos segundo e quarto: Agostinho, Tertuliano, Orígenes, Proclo, que constituíram a ideologia do Cristianismo à luz do platonismo; e a seguir, entidades venerandas que espocaram as luzes da fé em plena noite medieval; até o momento em que se alargam os horizontes do planeta com as conquistas náuticas, com as conquistas da cultura, com as conquistas da arte:
Michelangelo, Cabral, Colombo, Henrique de Sagres; e aqueles que estabeleceram as bases de uma revolução ideológica através da renascença, da poesia, da música, como Dante e outros; até os grandes pensadores do século XVIII: Voltaire, Diderot, Montesquieu, todos eles ali estavam representando a cultura, a beleza, a arte, a sabedoria.
Quando a noite esplendorosa, coruscante de estrelas parecem sentir, entidades respeitosas descem na direção da assembléia acompanhada por um coral de vozes que exaltam a Era Nova.
Está à frente a personalidade de Júlio César, o conquistador da África, aquele que reduziu o mundo a um departamento do império romano.
O semblante de César, no entanto, está alterado. Ele agora traz a mente velada por um certo torpor. Ostenta a coroa de mirtos sobre a cabeça e o manto de púrpura, que foi usado por Carlos Magno, quando recebeu das mãos do papa a coroa de governador da Europa.Logo depois dele, a figura luminosa de Yoshani Huss, com o semblante iluminado pelas perspectivas de uma grande conquista.
Descem ao cenáculo abençoado e, diante de um silêncio espectral, ouve-se uma voz que vem de uma região ignota e que diz, suave e grandiosamente:
- César, deleguei-te a tarefa de preparar a Terra para a tarefa do cristianismo.
Convidei-te a abrir os horizontes de Roma para minha chegada. Estabeleci diretrizes dos grandes conquistadores, para que um só idioma se espalhasse pelo mundo. Desde a hora de Alexandre Magno, quando preparou o Mediterrâneo, através da língua grega, e tu preparaste os horizontes da Terra através do latim, mas malograste dolorosamente, mergulhaste no prazer sanguissedento da destruição, e o punhal de Brutus arrebatou-te o corpo em um momento em que te dirigias ao Senado para rogares mais prepotência e mais poder. Hoje eu te coloquei na indumentária de Napoleão Bonaparte para que reúnas os estados Europeus sob o estandarte da paz, a fim de que o meu mensageiro leve à Terra a mensagem que eu tenho embutida nos corações dos homens e que os sentimentos vis entorpeceram, erigindo as manifestações da teocracia, do absolutismo, do abuso. Sei que o mergulho na carne envolve a mente em sombras, mas a ti compete a tarefa de preparar a Terra para ele; o enviado do paracleto, o missionário da terceira revelação.
Nesse momento, João Huss, que fora queimado no século XV, acerca-se de César, na personalidade de Napoleão Bonaparte, e curva-se reverente, e a voz transcendental continua a dizer:
- Ele levará o símbolo da fraternidade. Abrirá os caminhos por onde percorrerão as naves da ciência, e nos seus passos estarão as artes e as literaturas. Mas ele será o embaixador da religião do amor que tem por base a caridade. E se fará igualizar por outros mensageiros de minha confiança para preparar na Terra o advento do reino dos céus.
João Huss levanta-se e, dominado pelas lágrimas, contempla o infinito, de onde vem a voz que ressoa naquele cenáculo abençoado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 24, 2023 9:37 am

As observações penetram nas acústicas das almas e, a pouco e pouco, acercam-se de Napoleão e do Grande João Huss, seres angelicais que terão a tarefa de preparar o advento da Era Nova no planeta terrestre.
À medida que eles sobem ao imenso palanque das exortações, a multidão se levanta, e pétalas chovem de uma região ignota sobre a assembléia transcendental.No dia 3 de outubro de l804, dois meses depois que Napoleão Bonaparte se consagrou imperador dos franceses, em Notredame, nasce na Terra Hippolyte León Denizard Rivail, que a humanidade passará a conhecer a partir de 1857, sob o pseudônimo de Allan Kardec, que era João Huss reencarnado, para trazer a Doutrina Espírita às almas, inaugurando verdadeiramente um momento grandioso do cristianismo nos corações.
Mas antes que este evento se tornasse realidade, no dia 29 de agosto de 1831, em um lugarejo perdido nas terras áridas do Ceará, chamado Riacho de Sangue, reencarna-se um venerando cristão do século II, que, por amor a Jesus, erguera nas Gálias um lar para crianças órfãs a fim de atrair a figura cruel do seu filho Taciano, que necessitava de ter dulcificado o coração. E ali, então, numa personagem amorosa, ele prepara o advento de salvação para o filho e de doação absoluta à causa de Jesus. Reencarna-se, 1600 anos depois, na pessoa de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante, que deve ser uma das estrelas a perpetuar a mensagem de Allan Kardec na Terra e a fazer que o amor seja realmente a base de todas as afirmações dessa revelação grandiosa que vem confirmar a lei antiga e vem tornar caridosa a mensagem amorosa de Jesus.
Dali de Riacho de Sangue, de uma família modesta, ele demanda Fortaleza, a capital da sua província para fazer os cursos: elementar e ginasial. Mas trazia na alma a fatalidade da conquista dos continentes desconhecidos da alma, e vem agora à capital do Império, à cidade do Rio de Janeiro, onde pretende desenvolver as aptidões do sacerdócio de curar. Jovem, pobre, sonhador e pulcro, chega à corte sem os recursos adequados para poder enfrentar as dificuldades de uma região hostil. Aqueles alienígenas que aportam diariamente na grande metrópole. E através de sacrifícios ingentes, de renúncias incomuns, de lágrima acerbas, o jovem Adolfo Bezerra de Menezes vai colocando marcos de conquistas, passo a passo, da sua escalada gloriosa no rumo da plenitude.
Momentos chegam em que as dificuldades se lhe fazem tão acerbas e dolorosas, que o lume é escasso e o pão alimentar é quase impossível de conquistá-lo. Narra ele, e um de seus melhores biógrafos retrata, que certa feita as dificuldades eram tão graves e a importância a aplicar no seu curso de medicina era tão elevada, que ele estava a ponto de desistir, quando lhe apareceu, mandado pela providência, um jovem que se candidatava a receber aulas particulares de matemática em que ele era um exímio concepcionista, nesta doutrina de abstrações. Ele tinha a certeza que fora a divindade que encaminhara o jovem e negociou naturalmente as aulas que ia ministrar, tendo a agradável surpresa de dar-se conta que o jovem estava preparado para pagá-las por antecipação, e, ao fazê-lo, a importância que lhe colocava em mãos viria a preencher exatamente a lacuna da necessidade, que oteria impedido de levar adiante a sua carreira, que o celebrizaria como médico dos pobres.
Posteriormente o jovem nunca mais voltou, e durante toda sua vida isso lhe constituiu um ponto de interrogação, fazendo crer que aquele dinheiro lhe não pertencia, o que o levou a distribuí-lo muitas vezes com os necessitados, como sendo a maneira de devolvê-lo às mãos anônimas e quiçás espirituais que lhe vieram bater à porta no momento da ajuda. Adolfo Bezerra de Menezes celebrizou-se na faculdade de medicina pela inteligência lúcida, pelo raciocínio hábil, mas pela bondade dos sentimentos e do coração.
Consorciou-se com uma dona gentil com quem viria a tornar-se pai repetidas vezes.
E para levar adiante os ideais que incutiu na sua alma, adotou a postura política, representando vários bairros do Rio de janeiro na constituição então vigente; mas sentia que sua alma não estava preparada para as circunstâncias amargas do relacionamento político, para as paixões partidárias, para o jogo arbitrário dos interesses humanos.
Exatamente nessa hora, a partir de 1870, quando se dá a combustão intelectual da Europa, chegam ao Brasil as idéias eloqüentes dos grandes materialistas: o pensamento de Augusto Conte, as idéias de Hegel, as propostas do lirismo, e ele, intelectual, não se podia curvar diante das exigências da doutrina dominante, torna-se livre pensador amando a Deus, mas não se vinculando a nenhuma das doutrinas então em vigência. Espírito aberto, ele tem a oportunidade de ser levado à casa de um jovem médium, que, através da homeopatia, que havia sido lançada recentemente por uma personalidade extraordinária que estivera presente na noite memorável, naquele 1º de janeiro de 1800. Ele percebe que em estado de transe o sensitivo pode realizar o diagnóstico da problemática orgânica e fazer a anamnese do paciente e receitar com absoluta precisão. Ele mesmo submete-se à experiência e os resultados são fascinantes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 24, 2023 9:37 am

Alguém lhe houvera dado oportunamente O Livro dos Espíritos, e certo dia, enquanto viajava no bonde atrelado à burros, dirigindo-se do Centro da cidade ao Bairro da Tijuca, ele abriu eventualmente a obra e começou a lê-la; qual não foi sua surpresa, aquela obra lhe não trazia nenhuma novidade. Ele conhecia aquele conteúdo, era como se diria na linguagem popular espírita sem o saber.
Aderiu à certeza da imortalidade da alma, da comunicabilidade do espírito, da reencarnação, da pluralidade dos mundos habitados, e Jesus fascina-lhe a alma, arrebatando-lhe os sentimentos mais nobres, que ele soube entesourar na arca generosa do coração amigo. A partir daquele momento, o Doutor Adolfo Bezerra de Menezes apaixona-se pela revelação Kardequiana.
O movimento espírita das terras brasileiras estava gravemente tumultuado.
Ele era um homem de ciência, mas era também um homem de amor.
Jesus estóico fascina-lhe a alma, qual ocorreria mais tarde a Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, a Pasteur e a outros. Jesus dulcifica-lhe a alma e ele adere ao grupo das místicas.
As criaturas se comprazem em lutar em impor o seu ego de forma apaixonada, esquecendo que aquele que pretende convencer aos outros, psicologicamente diz a psicanálise, é um inseguro. Quem tem segurança não pretende mudar a ninguém. Dá a liberdade de cada um ser o que deseja, mas a si exige-se, ser a cada hora melhor do que o era minutos atrás. Bezerra tem essa certeza e procura ser o conciliador.
É convidado a dirigir a Federação Espírita Brasileira, recentemente criada na casa de Elias da Silva, por um grupo de estóicos. As dificuldades reinantes são várias e ele dá o melhor da sua alma de esteta.
A comunicação com Ismael comove-o, através de Frederico Junior, que foi a época o melhor médium do Brasil. (psicofônico, psicográfico, sonambúlico, de efeitos físicos, portador de uma clarividência excepcional). Esse homem amigo é o instrumento das vozes que iluminam a alma de Bezerra de Menezes.
Ele resolve tirar o Espiritismo das paredes sombrias das Casas Espíritas, e vai escrever no jornal "O País", da cidade do Rio de Janeiro sob o pseudônimo de "Max"
A verdade é que ele libera-se do encargo da Federação Espírita Brasileira, mas as lutas humanas fazem-se intestinas: as divisões, as agressões, e Bezerra tornou-se o alvo do campo de batalha de ambas as partes litigantes.
Porém, em um momento de grande dificuldade, Ismael diz: - Batam às portas de Bezerra de Menezes e tragam ele de volta às atividades da F.E.B. Uma comissão é destacada, e vai a Bezerra de Menezes e pede-lhe para que volte ao trabalho de Ismael, e ele teria respondido:
- Sou um homem pacífico. Os meus sentimentos são de amor. Mas para dirigir a Casa de Ismael eu somente aceitarei se me concederem poderes discricionários, se minha palavra não for contestada. No momento da primeira contestação, eu oferecerei o meu cargo e os encargos ao meu contestador. Porque não estou aqui para exercer posição de relevo, mas para servir, e para servir não necessito de cargo pois já tenho os encargos. E o farei, este serviço, em qualquer lugar. Assim volta Bezerra de Menezes à F.E.B em 1895, como o pacificador.
Já era um homem venerando, apesar de uma idade relativamente madura, mas ainda não envelhecido. A sua postura, o seu amor, a sua abnegação e a sua caridade ímpar àqueles favelados da época, dos morros da cidade do Rio de Janeiro, a sua misericórdia, já o haviam elegido "O médico dos Pobres".
Quantas vezes a dor lhe bate à porta de maneira rude; a esposa desencarna e ele fica à sós com uma prole a atender a sustentar, a amar. Uma cunhada devotada que percebe-lhe a dificuldade de administrar a casa e de ganhar o pão, na sua profissão de médico que dava tudo e recebia quase nada, foi residir com ele para ajudá-lo.
Meses depois na sua figura notável de homem de bem ele disse:- Não me parece justo que você, sendo uma jovem solteira e bela, venha a ficar na residência de um viúvo. Já que você pode ser a mãe espiritual de meus filhos, (seus sobrinhos) eu a convido para ser minha esposa, e no dia que você me amar poderemos passar a ter uma vida nupcial como recomendam as leis de Deus, e o amor na Terra prescreve.
Ela aceita a mão do cunhado, ele consorcia-se pela segunda vez, torna-se pai, as dificuldades cada vez mais dolorosas. Certo dia, para culminá-las, atendia ele na modesta sala, onde receitava a terapia homeopática, quando contemplou uma mãe angustiada que trazia nos braços um filho macérrimo; trêmula, esfaimada, coloca o filho sobre a mesa de exames e diz:
- Está morrendo, Dr. Bezerra! Salve meu filho.
Dr. Bezerra examina a criança e percebe que a doença é uma seqüela da fome.
Receita imediatamente e diz:- Desça à farmácia, adquira o produto de imediato e se você seguir a prescrição, seu filho se salvará.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 24, 2023 9:37 am

- Então, Doutor, ele vai morrer, porque o nosso problema é comida. Eu irei mendigar com a receita na mão.
Bezerra examina os bolsos, a última moeda ele havia dado ao cliente anterior. Põe as mãos na cabeça e as lágrimas correm-lhe pelos olhos azuis transparentes. A mão esquerda está espalmada sobre a mesa, e naquele momento de grande angústia e expectativa, ele vê a mão, e nota o anel de formatura. Ele era agora tomado de alegria, arranca o anel e diz-lhe:- Não seja por isso, minha filha, vá à farmácia, entregue o anel ao farmacêutico, compre os remédios e peça-lhe que lhe devolva aquilo que exceder ao preço do medicamento e compre alimentos para seu filhinho e para você.
Ela sai cantando hosanas.
Ele toma do chapéu, desce as escadarias do consultório do primeiro andar e, quando vai pegar o bonde, ele dá-se conta que não tem a moeda mais miserável e mínima para pegar a condução, e para não criar problema no transporte urbano, ele sai da rua sete e vai a pé até a Tijuca, chegando lá avançadas horas da noite exausto, esfaimado, com os filhos e a esposa também padecendo necessidades.
Isso bastaria para definir a grandeza de um homem que deveria estar nos anais do prêmio Nobel da Paz, como aquele que doou tanto que, já não tendo o que doar, doou-se a si mesmo.
Mas no fim do ano de 1899, uma enfermidade pertinaz prostra o grande médico.
Ele afasta-se da direção da F.E.B.
No dia 11 de abril de 1900, ele desencarna, deixando na Terra um vazio, que ainda não pode ser preenchido de maneira física, tal a grandeza deste ser espiritual que a Terra recebe periodicamente no mundo para preparar nos corações estabelecimento da figura ímpar de Jesus.
Desencarna Bezerra, o Brasil chora, mas ele não se aparta da alma brasileira; continua a atender este povo a quem ele amou com tanto desvelo.
No ano de 1950, naquele mesmo recinto a que nos reportamos, há uma reunião especial. Aproximadamente cinco mil espíritos, entre encarnados, e desencarnados estão convidados a participar de uma homenagem especial a um apóstolo de Jesus que trabalha nas sombras da Terra.
A reunião é grandiosa. Aquele público imenso que repleta o anfiteatro, que tem a forma greco-romana do passado, está ansioso, quando um coral de duzentas vozes infantis começa a entoar o "Aleluia" de Hendel.
E adentra-se, acompanhado de um séquito de entidades venerandas, Dr.Bezerra de Menezes, em espírito.
A figura ímpar de Dr. Bezerra, acolitado por aqueles seres espirituais iluminados, destaca-se em uma indumentária modesta, que faz recordar o linho Belga usado naTerra. A indumentária de tonalidade pérola, a mão direita apoiada à gola do paletó, a cabeça que se move negativamente como a dizer: - Mas eu não mereço.
O grupo adentra-se e vem à mesa central.
Dr. Bezerra senta-se ao lado do diretor dos trabalhos.
Começa a reunião que homenageia Bezerra pelos 50 anos de atividades nas terras brasileiras como colaborador de Ismael, representante da bondade de Jesus.
Léon Denis, o apóstolo do espiritismo Francês, o grande colaborador e propagador da obra de Allan Kardec, é convidado a saudá-lo em nome dos Espíritos Espíritas Internacionais. E o verbo eloqüente do extraordinário autodidata poeta ressoa na multidão como bátegas de luz caindo suavemente numa sinfonia. As palavras de Léon Denis traz a gratidão dos Espíritas do mundo ao apóstolo do Cruzeiro do Sul.
Bezerra chora, dominado de uma grande emoção.
Terminada a exortação de Denis, é convidado Manoel Vianna de Carvalho para falar em nome da comunidade espírita brasileira. Vianna de Carvalho agiganta-se na tribuna e fala em nome da gratidão da pátria brasileira a este ser que tanto estava fazendo pelo pensamento no país.
Logo depois que Vianna de Carvalho encerra, abre-se aquele horizonte infinito do espaço e um jato de luz tomba sobre a multidão.
Aparece o ser espiritual superior jovem, Celina, a mensageira de Maria, a mãe de Jesus, que abre um livro imenso de luzes e lê para todos, emocionados:
- Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, a mãe de Jesus manda convidar-te para que saias das sombras do planeta terrestre. Ela te oferece no Sistema Solar qualquer um dos astros onde queiras reencarnar. Ela concedeu do Filho a permissão para franquear-te noutra esfera, se necessário fora do Sistema Solar, a oportunidade de crescer de maneira com a misericórdia de Deus, nos rumos do insondável na busca da perfeição.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 24, 2023 9:38 am

- Tenho eu a tarefa de apresentar-te a proposta da Senhora, e levar-Lhe o resultado, depois de ouvir-te.
Bezerra de Menezes levanta-se, a multidão está impactada, ele abaixa a cabeça e, com a voz embargada ao erguer a fronte diz:- Celina, minha filha, eu não mereço nada disso! Se eu merecesse alguma coisa, se alguma coisa me fosse lícito pedir; se houvesse em mim qualquer atributo que justificasse uma solicitação, eu te pediria levares à Senhora o meu requerimento pedindo misericórdia para as minhas imperfeições; e se me fosse lícito pedir algo mais, eu pediria à Maria, a Santíssima, que me facultasse a honra de continuar nas sombras do país verde e amarelo do Cruzeiro do Sul, atendendo aos infelizes, e que, ela não me permitir a graça nunca de sorrir enquanto na terra brasileira alguém estiver chorando; que eu não tenha o direito de ser feliz enquanto os meus irmãos do Brasil estejam angustiados. Então intercede tu, minha filha, junto à nossa Mãe para que ela me permita a caridade de permanecer nas terras do cruzeiro até o momento em que o país saia das sombras.
Celina retorna, as vozes infantis erguem-se, as músicas sucedem-se e, de repente, no céu coruscante de estrelas, uma mão empunhando uma pluma antiga escreve:
- Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, o teu requerimento dirigido à Senhora foi deferido. Ficarás nas terras verde-amarelas do Brasil, nas sombras do planeta, atendendo a dor até o ano 2000, quando terás brindado cem anos de abnegação, de renúncia, de doação total.
A reunião foi encerrada, e Bezerra de Menezes voltou às sombras do país tropical para erguer as almas combalidas, para encaminhá-las a Jesus.
Para ensinar que somente o amor dirime quaisquer problemas e dificuldades....
Este é o espírito amoroso que reencarnou em Riacho de Sangue no Ceará, que agora é amado e conhecido mundialmente, e quando ele se comunica, através daqueles que sintonizam na sua faixa de evolução, as lágrimas caem como pérolas dos que o ouvem porque a psicosfera ambiental se transforma.
...Adolfo Bezerra de Menezes, 168 anos depois que mergulhou nas terras sofredoras do Brasil, em nome daquela reunião programada por Jesus a 1º de janeiro de 1800, continua sendo o apóstolo da brasilidade, o anjo bom das nossas vidas, ensinando-nos a fazer com o nosso próximo conforme lhe pedimos que faça connosco. Sugerindo-nos amar àqueles que nos não amam, quanto ele tem amado àqueles que o fizeram chorar.
Ele tem sido a luz que brilha na grande noite, apontando o rumo na direção de Jesus através de Allan Kardec.
E hoje quando a Terra está abatida pelo vendaval e os furacões da discórdia, da inimizade.Quando a violência estruge a chibata do desequilíbrio, destruindo corpos e arrebatando as vidas físicas, urge que peçamos a Bezerra de Menezes para que interceda junto à Maria, a fim de que ela peça a Jesus piedade para a Terra; piedade para os homens e as mulheres do mundo; para que Ele, o Mestre de Nazaré, diga ao Pai:
- Perdoa-lhes meu Pai, pois eles não sabem o que fazem.
Nesta hora de tantos problemas, sejamos nós aqueles que juntamos, não aqueles que espalham. Sejamos pessoas pontes que ligam abismos e não pessoas paredes que dificultam o passo. Sejamos aqueles que se doam e não aqueles que tomam.
Amemos as pessoas e usemos as coisas, para não amarmos as coisas e usarmos as pessoas.
Consideremos as criaturas, sem as ter na condição de descartáveis para não produzirmos danos nas almas, lesões nas almas.
Divulguemos o Espiritismo ao mundo. Ensinemo-lo corretamente. Quem o aplique indevidamente é problema de sua consciência.
Que tenhamos a consciência de fazer melhor, de realizar o mais corretamente o conteúdo, mas que haja por base a recomendação do Espírito de Verdade:
- Espíritas, amai, este é o primeiro mandamento; e instruí-vos para que a Terra de amanhã seja em verdade a Jerusalém libertada.
Para que possamos tomando as mãos dizer: - Senhor, nós queremos bendizer-Te o nome, agradecer-Te a alegria e a honra de amar-Te!
- Senhor, esperamos que chegue o dia em que o sol da nova era esteja esplendoroso, e as rosas estejam fitando os lares, voltadas para dentro de casa. E a natureza, enriquecida de festa, seja um poema de ternura. E a dor, a tristeza, a amargura, saiam dos anais da humanidade em nome da Tua lição de liberdade.
- Senhor, neste momento, pois, vem ter connosco e permita que o teu apóstolo Bezerra, tomando das nossas mãos, possa dizer: - Venha comigo, Jesus está chamando, e nos Teus braços, amigo, possamos repousar. Muita paz!

(Palestra proferida por Divaldo Pereira)

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty Se quiseres servir

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 25, 2023 10:37 am

Elucidações de Emmanuel

A lei de causa e efeito terá ajustado aos teus momentos de agora problemas difíceis de resolver, incluindo provações que te acabrunham a alma, no entanto, se quiseres servir a benefício dos outros, a Misericórdia Divina interferirá no campo da Divina Justiça, em teu favor, e conseguirás sem dificuldade renovar o próprio caminho.
Por injunções da tarefa que desempenhas, adversários gratuitos te impõem duros reveses, promovendo discórdia e incompreensão em torno das responsabilidades que te marcam as horas, mas, se quiseres servir, a breve tempo, transformarás aversão em simpatia, angariando novos amigos para a esfera de tua causa.
Estorvos à realização de teus ideais te afligirão a senda, contudo, se quiseres servir, atrairás braços inúmeros que estarão contigo, sintonizados no esforço das boas obras.
Sofres a influência obsessiva da parte de inimigos desencarnados a te inibirem os movimentos, como se grilhões invisíveis te barrassem os passos, todavia, se quiseres servir, nisso empenhando vontade e decisão, para logo terás convertido desafeto em cooperação, criando atmosfera de paz e amor, ao redor de teus dias.
O quadro de tuas obrigações te parece duvidoso, com vistas à possível execução dos deveres que a vida te designa no erguimento do bem, fornecendo a impressão de iminente insucesso, entretanto, se quiseres servir, colherás novos contingentes de auxílio e verás frutescer em triunfo as flores que te pendem dos projetos edificantes.
Jamais desanimes.
Obstáculo é agente renovador, acumulando a riqueza da experiência.
Trabalho digno é cimento espiritual na construção da felicidade.
O que hoje é sombra de perturbação, amanhã pode ser luz e esclarecimento, segurança e harmonia.
Mas para que isso aconteça, por demonstração da Força Divina em nossa fraqueza humana, é necessário olvidar a nós mesmos, procurando servir.

Do livro Hoje, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty INOCÊNCIA INFANTIL - MARAVILHOSOS TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS.

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 26, 2023 11:19 am

No período intercorrente, da concepção ao Nascimento, a acção da Força Vital faz com que diminua o Movimento Vibratório do Perispírito, até o momento em que, não atingindo o mínimo perceptível, o Espírito fica quase totalmente Inconsciente.
Segundo André Luiz, nesse período, o estado do Encarnante assemelha-se ao do Espírito Encarnado durante o sono.
Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado.
Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolve gradualmente, intensificando-se até o término da vida intrauterina.
Suas faculdades vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e o Espírito como que é sepultado em opressiva crisálida.
Esse fenômeno se deve à constrição do Perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente, perdendo o Espírito, nos últimos momentos, toda a consciência de si próprio, de modo que jamais presencia o seu nascimento.
Quando a criança respira, ele começa a recobrar as faculdades, que se desenvolvem à proporção que se formam e consolidam os órgãos que hão de servir-lhe às manifestações.
Por que as crianças apresentam aspectos de Inocência?
Como criança, o Espírito enverga temporariamente a túnica da Inocência, um facto que atesta a Bondade e a Sabedoria de Deus, porque sua aparente inocência e fragilidade desperta o carinho e a simpatia dos adultos que o cercam, facilitando assim o processo de sua reeducação.
Esse estado de pureza e simplicidade é tão importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou:
“Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”.
Por que não há possibilidade de livre manifestação do Espírito na infância?
Quanto aos Encarnados, diz Emmanuel que até os sete anos o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência e não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica.
Provavelmente seja por isso que os Espíritos disseram a Kardec ser muito perigoso Desenvolver a Mediunidade nas crianças, porque sua organização franzina e delicada ficaria abalada e sua imaginação superexcitada com a prática mediúnica.
O assunto é tratado em O Livro dos Médiuns, item 221, parágrafos 6 a 8.
No tocante à manifestação de crianças que conservam essa forma na erraticidade, o fato não é incomum, como prova o livro Crianças no Além, obra psicografada por Chico Xavier, de autoria do menino Marcos.

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ARTIGOS DIVERSOS V - Página 20 Empty “TREINO PARA A MORTE”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 27, 2023 10:46 am

PRECIOSO RELATO DE UM ESPÍRITO DESENCARNADO HÁ MAIS DE 20 ANOS. VEJA AS RECOMENDAÇÕES...

Preocupado com a sobrevivência além do túmulo, você pergunta, espantado, como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte.
A indagação é curiosa e realmente dá que pensar.

Creia, contudo, que, por enquanto, não é muito fácil preparar tecnicamente um companheiro à frente da peregrinação infalível.
Os turistas que procedem da Ásia ou da Europa habilitam futuros viajantes com eficiência, por lhes não faltarem os termos analógicos necessários.
Mas nós, os desencarnados, esbarramos com obstáculos quase intransponíveis.

A rigor, a Religião deve orientar as realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material.
Entretanto, a Religião, até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundez da alma.
Importa considerar também que a sua consulta, ao invés de ser encaminhada a grandes teólogos da Terra, hoje domiciliados na Espiritualidade, foi endereçada justamente a mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição.
Pode acreditar que não obstante achar-me aqui de novo, há quase vinte anos de contado, sinto-me ainda no assombro de um xavante, repentinamente trazido da selva mato-grossense para alguma de nossa Universidades, com a obrigação de filiar-se, de inopino, aos mais elevados estudos e às mais complicadas disciplinas.
Em razão disso, não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa de Civilização.
Preliminarmente, admito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos.
A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante.
Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia.
Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais.
O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição.
O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros.
Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão.
Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira.

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
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