LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Adeus, homem velho, Feliz homem novo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 17, 2019 3:53 pm

Maria da Costa Lourdes Gonzaga foi professora por trinta anos na Comunidade Mont Serrat, região central de Florianópolis, em Santa Catarina.
Segundo suas contas, deve ter dado aula para mais de quinze mil alunos.
Dona Uda, como ficou conhecida, também batalhou por água encanada, esgoto, asfalto e ónibus para a Comunidade de Mont Serrat, na qual ela vive até os dias de hoje.
Aos 78 anos, dona Uda ainda não parou.
Coordena o Grupo de Mulheres Antonieta de Barros, é madrinha da Melhor idade e participa das actividades da igrejinha de Mont Serrat.
Ainda, trabalha intensamente para ver nascer a primeira Universidade do morro:
participa de audiências públicas e reuniões diversas com representantes do governo, a fim de viabilizar esse projecto.
Dona Uda nasceu no morro Mont Serrat no dia 30 de julho de 1938.
Apesar da vida difícil, seus pais muito se esforçaram para realizar o sonho da filha: se tornar professora.
Aos treze anos, a menina foi estudar no Instituto Estadual de Educação, a maior escola pública de Santa Catarina, na qual foi a primeira aluna negra.
Da mesma forma, foi a primeira aluna negra a passar no vestibular da Universidade de Santa Catarina.
Diplomada, foi convidada a leccionar na primeira escola criada em uma favela, situada na comunidade na qual vivia.
Quando as aulas começaram, a professora tinha apenas doze alunos.
No final do ano lectivo, contavam mais de quinhentos.
A Legião da Boa Vontade cedeu duas salas.
A igreja local, uma.
Ainda, um morador ofertou uma casa antiga com três cómodos e, dessa forma, todas as quinhentas crianças puderam ter aula.
Na hora do lanche, a mãe de dona Uda preparava lanche para todos.
Era muito bonito de ver.
Nós vencíamos qualquer obstáculo.
O importante era que nenhuma criança ficasse ociosa, relata a professora.
Ela afirma que seu principal ensinamento não foi o abecedário.
Foi alimentar sonhos.
Eu dizia a meus alunos que eles podiam ser o que quisessem.
Se uma menina do morro quiser ser médica, ela vai ser.
Não há o que segure sua força de vontade, afirma dona Uda.
O estímulo rendeu frutos.
Hoje a professora guarda uma caixa cheia de convites de formatura de seus ex-alunos: são médicos, advogados, enfermeiros.
Muitos fizeram mestrado e doutorado com a bênção inspiradora da madrinha da comunidade.
Em nome do bem, virei mãe de todos, conta, feliz, a professora.
Ano Novo.
Nesse momento especial, no qual nossas esperanças se renovam, separemos o joio do trigo, o que passa do que permanece.
Esforcemo-nos, a fim de levarmos para o ano que desponta somente aquilo que seguirá connosco nas sendas da eternidade: os sorrisos que despertamos, o amor que distribuímos, o perdão que ofertamos e, de forma especial, o bem que fazemos.
Os ressentimentos, o orgulho, a falta de caridade e fé, a vaidade... deixemos tudo para trás, junto do homem velho do qual, pouco a pouco, nos despedimos.
Façamos o bem.
Dessa forma, não importa se 31 de dezembro, 19 de maio ou 14 de setembro.
Ano Novo se fará no exacto instante em que os raios iluminados de nossa boa vontade nos alcançarem.
Renovemo-nos no bem! Feliz Ano Novo!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty A Medicina não é de nossa alçada

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 17, 2019 8:38 pm

Existem artigos – e também autores espíritas conceituados – que afirmam que Allan Kardec foi médico; e isso sem indicar a fonte em que se apoiam seus autores!
Circunstância a nosso ver gravíssima, por desinformar os interessados e apoiar-se em facto não comprovado.
Não sabemos a que atribuir tal conduta.
Talvez o façam para valorizar ainda mais quem é, por si mesmo, grandioso, como foi – e é – Allan Kardec!
Grandioso pela clareza de seus textos, sem rebuscamentos, sem complexidades de difícil entendimento; pelo trabalho incansável que realizou em apenas quinze anos; pela coragem de arrostar ásperas críticas; pela perseverança demonstrada e por seus incontáveis sacrifícios de variada natureza – sem os quais não teria chegado a bom termo.
Mas, sobretudo, pela inteligência de perceber em factos aparentemente insignificantes, a grandeza da Doutrina Espírita, a partir do seguinte raciocínio:
“Diz a razão que um efeito inteligente deve ter como causa uma força inteligente (...)”.2
A Revista Espírita acima indicada publica texto de Kardec, sob o título O Magnetismo Perante a Academia.
Nele afirma que, com um disfarce, o Magnetismo entrou pela janela para a Academia das Ciências, sob o novo rótulo de Hipnotismo!
E também transcreve parcialmente “artigo que o Sr. Victor Meunier”, publicou em revista científica, em 16.12.1859, onde informa que o magnetismo animal foi levado à Academia pelo Sr. Broca.
Indica também que ele e outros cirurgiões experimentaram o magnetismo em cirurgias, em substituição a anestésicos.
Nesse artigo é o próprio Codificador quem afirma não ser médico:
“Esperemos tenha o hipnotismo, como meio de provocar a insensibilidade, todas as vantagens dos agentes anestésicos, sem deles guardar os inconvenientes.
Mas a Medicina não é de nossa alçada e, para não sair de suas atribuições, nossa Revista não deve considerar o facto senão sob o ponto de vista fisiológico.” (*)
Na Internet, colhemos o registo de que o Codificador “Possuía vasta cultura humanística e conhecia o alemão, o inglês, o italiano, o grego, o latim, todavia não foi médico, como às vezes se ouve dizer.” 3 (*)
Localizado o artigo em que o próprio Kardec informa que não era médico, cremos ociosa a busca de outras comprovações desse facto.
Não nos move outro interesse senão o de buscar fidelidade à história da relevante encarnação desse nobre Espírito, de quem somos todos devedores!
Aqui registamos nossa reverência e gratidão a ele, por nos haver favorecido com a Codificação Espírita que, qual almenara de luz, ilumina nossos caminhos em direcção a Deus, nosso Pai!
Revela-nos a existência do mundo espiritual, de onde viemos e para o qual retornaremos, após inúmeros estágios reencarnatórios com o fim de evoluirmos.
Foram os próprios Espíritos que relataram a ele esses factos, comprovando as relações entre ‘vivos’ e ‘mortos’.
Conhecer a Codificação Espírita e estudá-la é o meio mais adequado para evoluirmos conscientemente, evitando erros que retardam, dolorosamente, essa marcha que nos levará à conquista dessa meta à qual estamos todos destinados pelos desígnios generosos de Deus, nosso Pai!
Não há como fugir à evolução!
Podemos retardá-la, com as quedas provocadas por nossa ignorância das Leis Divinas, mas jamais impedi-la.

Gebaldo José de Sousa

Referências:
1. KARDEC, Allan. Revista Espírita. Ano terceiro – 1860. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. O Magnetismo perante a academia, p. 27.
2. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1.impr. Rio de Janeiro: FEB, 2011, Prolegômenos, p. 69.
3.Grupo de Estudo "Allan Kardec": Allan Kardec (Biografia).

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty SÃO CHEGADOS OS TEMPOS

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 18, 2019 8:23 pm

EM QUE TODAS AS COISAS HÃO DE SER RESTABELECIDAS NO SEU VERDADEIRO SENTIDO, PARA DISSIPAR AS TREVAS, CONFUNDIR OS ORGULHOSOS E GLORIFICAR OS JUSTOS.”

Sinais dos tempos.
Nosso globo está, como todos os outros, sujeito à lei do progresso; progride "fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem" e, de modo paralelo, "moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam"; quando a Humanidade se torna "madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus".
As leis de Deus são imutáveis porque Seu pensamento "que em tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém a harmonia em tudo".
O Universo é "um mecanismo imensurável" onde actuam incontáveis inteligências subordinadas ao Criador, sob Suas vistas e de acordo com a grande lei de unidade.
Inicia-se para os homens o período em que deverão fazer "que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral".
Para tanto é necessário, mais que inteligência, a elevação do sentimento, com a destruição do egoísmo e do orgulho que ainda subsiste.
"Trata-se de um movimento universal a operar-se no sentido do progresso moral".
Tal movimento causará luta de ideias e não cataclismos materiais.
As transformações da Humanidade podem ocorrer de modo gradual, perceptíveis somente após épocas consecutivas, ou mediante crises penosas, dolorosas, que "arrebatam consigo as gerações e instituições, mas são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral".
Há mais de dois séculos ocorre esse trabalho de transformação do mundo dos encarnados, com a interacção dos desencarnados, "até que haja outra vez estabilizado em novas bases", quando estarão mudados os costumes, carácter, leis, crenças, "numa palavra: todo o seu estado social".
Os astros influenciam uns aos outros durante seu movimento de translação pelo espaço, podendo causar perturbações que coincidam "pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos" com os "períodos de renovação da Humanidade", causando fenómenos como tremores de terra e flagelos diversos, sendo interpretados pelos ignorantes como "sinais no céu".
Encontra-se portanto a Humanidade num período de crescimento moral, chegando ao estado adulto, onde a razão amadurece e lhe dá consciência de um destino mais amplo além das limitações da vida corpórea; perscruta o passado e projectar-se no futuro "a fim de descobrir num e noutro o mistério da sua existência e de adquirir uma consoladora certeza".
O Espiritismo "abre à Humanidade uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes do infinito".
Leva à certeza na imortalidade da alma, a alternância entre a vida espiritual e a corpórea para a realização do progresso até chegar à perfeição, muito mais digna da justiça do Criador, evidenciando a aberração do pensamento materialista que circunscreve a vida humana em apenas uma existência.
Prega a fraternidade assentada na fé racional, ou seja, nos princípios fundamentais:
Deus, alma, futuro, progresso individual indefinido, perpetuidade das relações entre os seres.
O progresso intelectual já alcançado representa "uma primeira fase no avanço geral da Humanidade", porém a felicidade na Terra somente ocorrerá com o progresso moral, pois, "enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência" "para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais".
Então cairão por terra "as barreiras que separam os povos", os antagonismos de seitas, e os homens aprenderão a viver como irmãos unidos numa mesma crença - "fundamento mais sólido da fraternidade universal".
Sinais desta transformação já são evidentes com a criação de inúmeras "instituições protectoras, civilizadoras e emancipadoras" propiciando reformas que se consolidarão à medida de uma "predisposição moral mais generalizada", com a predominância da "caridade, fraternidade, benevolência para com todos".
A aceitação às ideias espiritualistas em detrimento das materialistas é outro sinal que vem reflectir "a necessidade de respirar um ar mais vivificante".
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 18, 2019 8:23 pm

O Espiritismo nasceu no exacto momento em que a Humanidade se encontrava cansada da dúvida e da incerteza sendo acolhido pelos homens progressistas "como âncora de salvação e consolação suprema".
A velha geração materialista cede lugar à geração nova, cuja madureza promoverá a renovação social, cabendo ao Espiritismo, com sua tendência progressista e poder moralizador, secundar tal movimento de regeneração.

A geração nova.
"A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá que transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração".
Cada um dos Espíritos "ainda não tocados pelo bem", ao desencarnarem, serão encaminhados a mundos inferiores ou reencarnarão em "raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem", cabendo-lhes transmitir seus conhecimentos a fim de fazê-los avançar.
A ordem natural das coisas não será afectada, pois, cada Espírito expurgado será substituído por "um mais adiantado e propenso ao bem".
Estando numa época de transição, assistimos ao choque das ideias entre a nova geração, à qual cabe "fundar a era do progresso moral", (cujas características são: inteligência e razão precoces, "sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas"; tendo já progredido, assimilam todas as ideias progressistas) e a velha geração, composta de Espíritos atrasados, revoltados contra Deus, negando-se a "reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos", com propensão instintiva às paixões degradantes, ao orgulho, inveja, ciúme, sensualidade, cupidez, avareza.
Sendo tais vícios "incompatíveis com o reinado da fraternidade", terá a Terra que ficar livre deles, para que os homens caminhem para "o futuro melhor que lhes está reservado".
Alguns dos Espíritos retardatários, entretanto, ao retornar ao mundo espiritual individualmente ou de forma colectiva, e sob a influência de "Espíritos benévolos que por eles se interessam", se modificam, passando a estar em condições de reencarnar na Terra "com ideias inatas de fé", encontrando já um meio mais propício ao desenvolvimento de suas faculdades.
Com a modificação das disposições morais, opera-se portanto a regeneração da Humanidade, mesmo não havendo a renovação integral dos Espíritos.
Portanto, nem sempre os que voltam são novos Espíritos; podem tratar-se dos mesmos, porém com pensamentos e sentimentos modificados.
Após grandes choques que dizimam as populações, observam-se modificações que tendem a alterar "profundamente as ideias de um povo ou de uma raça", pela activação do "movimento progressivo dos Espíritos" encarnados e desencarnados "".

Presentemente (Obs: A Génese de Kardec foi publicada em 1.868) opera-se "um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade".

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Emmanuel ajoelha-se na Frente de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 19, 2019 10:59 am

(resumo das vidas desse Espírito)

(Ouça a Música que Milton Nascimento fez para Emmanuel)
Link da Música: https://vimeo.com/31082624

Por volta de 79 a.C. viveu Públio Lentulus Sura, um cônsul, um homem de muito poder e impiedoso.
Sura foi contemporâneo de Caio Júlio César, Marco Túlio Cícero, além de aliado político do temível Sérgio Lúcius Catilina.
A personalidade do cônsul aparece claramente como a de um homem que se acreditava destinado a governar Roma e que o teria feito se tivesse sido vitorioso na famosa rebelião que participou como figura exponencial.
Enganado por uma profecia sobre três Cornelius governando Roma, imaginou-se como sucessor de seus parentes distantes.
Um pouco mais tarde, Tertuliano o condenou à morte, estrangulado, em 5 de dezembro do ano de 63 a.C.
Depois de se passarem aproximadamente 94 anos reencarna como senador do Império Romano, agora como Públio Lentulus Cornelius, bisneto de Públio Lentulus Sura, sua reencarnação anterior.
Públio Lentulus era um homem orgulhoso, mas nobre.
Casou-se com uma excepcional mulher, Lívia, que ele tanto amou, mas que também, trouxe-lhe grande revolta e sofrimento por haver abraçado o Cristianismo.
Tinham dois filhos, Flávia Lentúlia e Marcus.
Sua filha fora atacada pelo mal da lepra, Hoje conhecido como hanseníase.
Como Flávia estava muito doente, Públio Lentulus recebeu do Imperador Tibério a designação para alto cargo público na Palestina, onde havia um clima muito mais ameno para que a menina pudesse de alguma forma se restabelecer.
Foi desta forma que ele teve a grande oportunidade de encontrar Jesus.
Sua esposa Lívia, que já houvera ouvido falar do Nazareno, implorou-lhe que pudesse procurar o profeta na esperança de uma cura definitiva para a pequenina, visto o grande número de comentários do povo naquela época sobre as curas operadas por Jesus.
O senador aquiesceu ao pedido da esposa amada, dizendo-lhe, porém, que iria à procura do Messias, mas que não chegaria ao cúmulo de abordá-lo pessoalmente.
Na cidade de Cafarnaum, na Galileia, quando as horas mais movimentadas do dia se escoram e o crepúsculo começou a se fazer visível, o senador então se colocou a caminho indo em direcção a um lago da cidade.
Depois de mais de uma hora de expectativa, deu-se então o encontro de Públio Lentulus com Jesus.
Diante de seus olhos ansiosos, estava uma personalidade inconfundível e única.
Lágrimas ardentes rolaram-lhe dos olhos, que raras vezes haviam chorado, e força misteriosa e invencível fê-lo ajoelhar-se na relva lavada em luar.
Desejou falar, mas tinha o peito sufocado e opresso.
Foi quando, então, num gesto doce e de soberana bondade, o meigo Nazareno caminhou para ele, era como se aquela visão fosse a visão concretizada de um dos deuses de suas antigas crenças, e, pousando carinhosamente a destra em sua fronte, exclamou em linguagem encantadora, que Públio entendeu perfeitamente, dando-lhe inesquecível impressão de que a palavra era de espírito para espírito, de coração para coração.
O senador quis falar, mas a voz estava embargada pela emoção e por profundos sentimentos.
Desejou retirar-se, porém, nesse momento, notou que o Profeta de Nazaré se transfigurava de olhos fixos no céu.
Aquele lago, o Lago de Genesaré, deveria ser um santuário de Suas meditações e de Suas preces, no coração perfumado da natureza.
Lágrimas copiosas Lhe lavaram o rosto, banhado, então por uma claridade branda, evidenciando a Sua beleza serena e indefinível melancolia…
Quais consequências desse encontro com o Divino Mestre?
A cura de sua filha, Flávia.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 19, 2019 11:00 am

Lívia, esposa do senador, que era uma dama patrícia, torna-se cristã.
E ele, que fora convidado pelo mestre a segui-lo, entre as opções que lhe foram apresentadas, de servir Deus ou a Mamon, escolheu servir a Mamon, ao mundo.
Retornou às lides políticas e recusou-se a admitir ser Jesus o autor do restabelecimento da menina.
No dia em que Jesus foi julgado e condenado à morte o patrício romano esteve ao lado de Pôncio Pilatos, mas nada disse ou fez em benefício do nazareno.
Somente mais tarde, Públio Lentulus viera a compreender e aceitar o Evangelho de Jesus nos derradeiros tempos de sua romagem terrestre, quando regressou de Jerusalém para sua residência em Pompéia.
Após anos de cegueira, ele desencarnou na polvorosa erupção do Vesúvio, em agosto do ano 79 da nossa era, entre chuvas de cinza e pedra, explosões ensurdecedoras, relâmpagos, ondas de lama, num espectáculo de horror.
No prefácio do livro “Há dois mil anos” ele escreve:
”Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas.
Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírito, há dois mil anos”.
Em 20 de dezembro de 1971, no canal 4, da extinta TV Tupi, no programa Pinga Fogo, Francisco Cândido Xavier confirmou que Emmanuel fora o Padre Manoel da Nóbrega, o admirável padre que antes de reencarnar, visitou em espírito o Brasil recém-descoberto; contemplou as florestas, apiedou-se dos indígenas e amou a Terra de Santa Cruz.
Prepara-se para a grande missão que Deus lhe reservara.
Emmanuel, este é o nome de uma das mais luminosas entidades espirituais nos arraiais espiritistas.
Quando citamos o nome do Mentor, nos lembramos sempre do espírito humilde, generoso, de personalidade, cujas características demonstram uma evolução intelecto-moral equilibrada.
Todavia, a participação do nobre espírito junto ao Espiritismo antecede o transplante do Consolador para as plagas brasileiras, pois existe uma página de sua autoria espiritual em “o Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo XI, ”Amar o próximo como a si mesmo”, no item 11, intitulada “O egoísmo”.
Ele escreveu essa mensagem em Paris, em 1861.
Dentre as várias obras que Emmanuel psicografou por Chico, seria impossível deixar de citar os cinco romances produzidos nas décadas de 40 e 50:
“Há dois mil anos, Cinquenta anos depois, Ave, Cristo!,Paulo e Estêvão e Renúncia, relatando alguns deles, algumas de suas experiências reencarnatórias.
É considerado no meio espírita como quinto evangelista pela superior interpretação do pensamento de Jesus, analisando os sublimes textos do Evangelho nos seus livros, principalmente em:
Caminho, Verdade e Vida; Pão Nosso; Vinha de Luz; Fonte Viva e Palavras de vida Eterna.
Durante toda a elaboração da extensa obra mediúnica de Chico Xavier, Emmanuel deu incontestáveis e intermináveis atendimentos; nas memoráveis reuniões psicográficas de consolo, atendendo a familiares deste e do outro mundo; durante os trabalhos assistenciais de todos os matizes;nas sessões de desobsessão e assistência aos espíritos sofredores; nas apresentações públicas do médium e, sobretudo,nos episódios em que foram desferidos os mais sarcásticos ataques ao tutelado e à causa espírita.
Jamais o amoroso Mentor de Chico deixou de representar a presença marcante da protecção e da Assistência Divina,atestando sua obra imbatível que frutifica e ainda muito frutificará,pois tem por alicerce a mensagem rediviva do próprio Cristo de Deus

Texto do livro
Emmanuel Responde
Psicografia de Chico Xavier e Wagner Gomes da Paixão

Ed.União Espírita Mineira

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty UM CASO DE ARREPENDIMENTO.

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 19, 2019 8:05 pm

Em uma das sessões mediúnicas do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier, de São José do Rio Preto, um Espírito se manifestou pela mediunidade de psicofonia relatando sua condição.
Disse sentir-se cansado e muito pesado, com muita dificuldade de movimentar-se.
Percebia-se também uma falta acentuada de ânimo.
Questionado se tinha noção da causa de sua actual condição, disse que sim, e que a sua situação era decorrente do tipo de vida que experimentara em sua última encarnação.
Voltado para a materialidade, tinha como premissa básica tirar proveito de tudo o que a vida física possa permitir ao sensório corporal, com pouca atenção aos valores do espírito imortal.
A conversa com o dialogador se estendeu um pouco mais, dando-nos uma oportunidade de reflexão.
A presença dele atestava que o socorro espiritual chegara, provavelmente em decorrência do “cair em si” após o desencarne, com a presença do arrependimento sincero.
Há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos, que não tem necessidade de arrependimento, disse Nosso Senhor Jesus Cristo (1), mostrando-nos que o céu espera a decisão pessoal e trabalha pelo arrependimento da criatura humana, se alegrando quando este ocorre, porque essa é a condição necessária ao resgate do “pecador”.
A respeito do arrependimento os Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação Espírita nos esclarecem, entre outras coisas, que (2):
– Se dá “Na vida espiritual; mas também pode ocorrer na física, quando chegais a compreender a diferença entre o bem e o mal.
– Tem como consequência “O desejo de uma nova encarnação para se purificar.
O Espírito compreende as imperfeições que o impedem de ser feliz e por isso anseia por uma nova existência em que poderá reparar suas faltas”.
– Se não reconheceu suas faltas na vida corporal, na vida espiritual “sempre as reconhece, e então sofre mais, porque sente todo o mal que fez ou de que foi causa voluntária.
Entretanto, o arrependimento nem sempre é imediato.
Há Espíritos que teimam nas inclinações negativas, apesar dos seus sofrimentos; mas, cedo ou tarde, reconhecerão o caminho falso, e o arrependimento virá.
É para esclarecê-los que trabalham os bons Espíritos, e vós também podeis trabalhar nesse sentido”.
– “A reparação ocorre durante a vida física pelas provas a que o Espírito é submetido, e na vida espiritual pelos sofrimentos morais ligados à inferioridade do Espírito”.
“Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito”, ensina o Benfeitor André Luiz (4), e como a queda moral é assinalada pela consciência, pois que é onde está escrita a Lei de Deus (3), o estado mental correspondente sempre será reflectido no corpo perispiritual, daí a sensação de peso e cansaço experimentados pelo nosso irmão da sessão mediúnica.
Tanto ele quanto nós tivemos, com a oportunidade do intercâmbio mediúnico, condições de dilatar um pouco mais o entendimento das Leis que regem nossas vidas, através do conhecimento da verdade.
Aquela, que o Senhor Jesus anunciou como sendo a portadora de nossa liberdade (5).

Pesquisa / António Carlos Navarro.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Mitologia, Kardec e Maria uma reflexão sobre natureza biológica de Jesus

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 20, 2019 11:36 am

Jorge Hessen

Os evangelhos de Lucas e Mateus descrevem que Maria manteve-se “virgem” e que Jesus hipoteticamente fora concebido pelo "Espírito Santo", ou seja, a concepção de Maria acontecera de forma "sobrenatural", sem a participação do esposo, conquanto já fosse recém-casada com José, à época.
A crença na virgindade de Maria e a suposta “fecundação divina” nada mais é senão uma “fotocópia” rudimentar, diríamos - uma imitação burlesca - dos mitos pagãos organizados pelas castas sacerdotais ancestrais.
A explicação desses pormenores históricos é indispensável ao espírita, para preservar-lhe contra as deturpações místicas imposta por longos anos por tradicional instituição “unificadora” do Brasil.
Até porque, pesquisas e estudos sobre a fábula mitológica, bem como da História das Religiões, comprovam de maneira categórica a origem da alegoria do nascimento virginal.
Indubitavelmente o Evangelho sofreu a influência da mitologia grega.
Por isso, devemos separar o mito helénico do que é ensinamento moral, a rigor, foi exactamente por isso que Allan Kardec ao publicar “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, transcreveu tão somente o ensino moral de Jesus.
Historicamente a “virgindade” de Maria embrenhou-se de tal forma no imaginário colectivo dos cristãos que se incorporou ao seu nome.
É verdade!
A “virgem Maria” transformou o filho Jesus em vulto mitológico, e nada melhor para exaltar o “homem-deus” do que situá-lo como filho de uma “virgem”.
Por falar nisso, Allan Kardec fez oportuno ensaio comparativo a respeito das teorias do pecado original e da virgindade de Maria, situando a mãe de Jesus como virgem, não do ponto de vista biológico, mas sob o enfoque espiritual. [1]
Em conformidade com determinadas narrativas do Evangelho, Maria teria recebido a visita lendária de um “anjo” de nome Gabriel, o qual anunciou à jovem sua “fecundação” através da intervenção do "Espírito Santo".
Ora, a Doutrina Espírita nos convida a desenvolver uma fé raciocinada, analisando sensatamente as narrativas do Evangelho.
Ante os dilemas interpretativos dos conceitos literais escritos pelos apóstolos, o Codificador advertiu que a religião deve caminhar em consonância com a ciência, de modo que a primeira não ignore a última e vice-versa.
Cá para nós, qual seria a desonra de Maria sobre a maternidade segundo as leis biológicas?
Teria ela traído José e se “corrompido moralmente” conforme já ouvimos de alguns?
O que pensar da oblata suprema de Jesus no Calvário, se seu corpo fosse um sortilégio “quintessenciado”?
Seria uma representação ridícula!
Será que dá para conceber o Cristo (MODELO) imune de dor, em face do seu corpo ser energicamente “subtilizado”, enquanto os primeiros cristãos mergulhados na carne, seriam devorados pelas feras nas arenas romanas?
Não paira nenhuma dúvida que Maria foi um Espírito muito elevado moralmente, razão pela qual recebeu a missão sublime de gestar o “MODELO e Guia” da humanidade.
Porém, Jesus foi ridiculamente transformado numa figura mitológica e, sendo um “ídolo deificado”, não poderia ter nascido do “pecado original” das tradições adâmicas.
O facto de Jesus ter sido concebido de forma “milagrosa” contradiz as vias naturais de reprodução humana, e para a Doutrina dos Espíritos esta é uma questão de elevadíssima importância, uma vez que a fecundação biológica é uma decorrência das Leis Naturais.
Em resumo, reafirmamos que a fecundação de Maria se deu por vias decididamente normais, através da respeitosa comunhão sexual com seu esposo, tal como ocorre entre todos os casais equilibrados da Terra.
Em face disso, Kardec apresenta Jesus como o MODELO mais perfeito para a evolução humana, logo, o seu corpo deveria ter a mesma constituição biológica daqueles aos quais ele deveria servir de MODELO, e seu testemunho basear-se na subordinação das leis naturais.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 20, 2019 11:37 am

Ah! dizem que a ciência pode gerar um humano através da fertilização in vitro ou outros métodos não uterinos.
Ora, ainda que o perispirito de Jesus seja o mais puro da Terra Ele não derrogaria as leis de reprodução.
Portanto, Jesus não poderia aparentar estar biologicamente encarnado, senão, o período da manjedoura até a cruz teria sido um simulacro de um ilusionista amador ou uma caricata encenação teatral.
Sob o ponto de vista da lógica kardeciana, a humanização de Jesus torna os cristãos mais esperançosos na auto-transformação moral, pois leva seus seguidores a serem mais disciplinados e conscienciosos.
Do contrário, a “deificação de Jesus”, faz do “MODELO e Guia” uma entidade inalcançável e, assim, torna suas lições inexecutáveis, pois são actos próprios à vida de um “extraterrestre” ou do próprio “Deus” (para os místicos).
A concordância com o “Jesus mitológico” abre precedentes para outros entendimentos igualmente lendários a respeito da vida e do legado do Mestre de Nazaré, mas, infelizmente apesar de serem ideias extravagantes, acabam sendo admitidas como verdadeiras, a partir da aceitação de premissas ingénuas.
Como analisamos, o Espiritismo alerta para uma visão da natureza biológica de Jesus, desmistifica a virgindade de Maria, mostrando sua grandeza maternal.
A legítima literatura espírita juntamente com os ensinamentos recebidos dos espíritos superiores (durante a Codificação) garante que Deus jamais quebraria a harmonia das leis da natureza.
Por que haveria Jesus de desrespeitar a lei de reprodução biológica?

Referência bibliográfica:
[1] KARDEC, Allan. Revista Espírita, janeiro de 1862, Brasília: Ed. Edicel, 2002

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Já sabemos amar?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 20, 2019 9:08 pm

por Cláudio Bueno da Silva

“Amar o próximo como a si mesmo” é, talvez, o mais completo dos ensinos de Jesus.
Até porque esse pensamento é a síntese do dever moral do homem aplicado à Vida, e traduz amor e obediência a Deus, antes de tudo.
Diz-se que ninguém ama o outro se não amar a si próprio.

Mas já aprendemos a amar a nós mesmos?
Que amor é esse se agredimos e desgastamos o corpo com vícios e excessos?
Se não nos reconhecemos como Espíritos imortais, e por isso somos indiferentes a valores importantes?
Se elegemos a matéria como guia do nosso destino, ignorando a nossa essência?

Amar a si mesmo será egoísmo?
Não, se esse auto-amor revelar a gratidão a Deus por ter-nos dado a Vida; não, se esse amor fizer compreender, com inteligência, o valor da saúde física e da saúde moral; não, se esse amor representar o investimento de cada dia da nossa existência no progresso espiritual.
Atendidos esses requisitos, nosso coração terá amor para partilhar.
E colocar-se no lugar do outro será um exercício espontâneo que nos fará desenvolver o amor ao próximo, ou seja, vê-lo do mesmo lado nosso: o humano.

E apesar de tudo o que nos possa distinguir como pessoas, sabê-lo e aceitá-lo como um irmão querido.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Perdão exemplar

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 21, 2019 1:55 pm

Jane Martins Vilela

“... Se teu irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele somente; se te ouvir, ganhado terás a teu irmão.
Então, chegando-se Pedro a ele, perguntou:
Senhor, quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe?
Será até sete vezes?
Respondeu-lhe Jesus:
Não te digo até sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.”

(Mateus, XVIII: 15, 21, 22.)

A dificuldade de perdoar as ofensas ainda é uma das grandes dores da humanidade sofredora.
O orgulho mostra suas pegadas nesses episódios de dor, que são uma sombra que ainda se estende na Terra.
Há que deixar os clarões de luz do amor dissiparem as sombras e iluminarem as trevas.
Trevas interiores, dolorosas, que precisam ser sanadas.
Perdoar é divino.
Nessas horas em que tantos revelam suas angústias, provocadas pelo egoísmo humano, gerador dos males no mundo, há que se lembrar de edificantes casos anónimos, que nos ajudam a meditar em nosso próprio crescimento.
Algum tempo atrás, não muito tempo, por sinal, ouvíamos uma palestra de uma senhora, professora universitária aposentada, no Centro Espírita que frequentamos em Cambé.
Enaltecia ela as qualidades de seu pai, espírita, homem de bem, que lhe passou valores sólidos das virtudes e uma vivência como a do verdadeiro espírita retratado n’O Evangelho segundo o Espiritismo.
Disse ela que ele tinha sido motorista de táxi numa cidade pequena e que tinha sido assassinado por ladrões.
Enquanto ela falava das qualidades de seu pai, como homem de bem, nós pensávamos:
Será que essa senhora é a citada no livro “Abnegado Servidor” que conta os casos e experiências de Hugo Gonçalves, saudoso amigo e espírita modelo?
Prestando atenção no que ela falava, também fomos lembrando o caso narrado no livro e que Hugo Gonçalves tinha mantido no anonimato, para preservá-la.
Foi um dos maiores exemplos de perdão que pudemos presenciar nessa encarnação.
Ao terminar a palestra e irmos cumprimentá-la pelo brilhantismo da explanação, em particular, a sós com ela, lhe perguntamos se a situação contada no livro se referia a ela.
Humildemente ela disse que sim e nós pudemos pessoalmente agradecer-lhe pelo ensinamento deixado.
Ficou entre nós sua identidade no fato que Hugo tão bem descreveu como marcante e belo para ele.
Disse Hugo que certa ocasião uma jovem foi procurá-lo e contou-lhe sua história, que lhe revelou a grandeza moral dela.
Seu pai era motorista de táxi e houve um roubo e morte do taxista, com posterior perseguição da polícia.
Um dos ladrões foi seriamente ferido enquanto o outro não resistiu aos ferimentos.
O jovem sobrevivente confessou que foi ele o autor do crime.
Foi internado na época no Hospital Universitário de Londrina, em estado grave.
Quando melhorou foi transferido para uma enfermaria isolada.
A polícia montava guarda na porta do quarto.
Um dia, no horário das visitas, essa jovem foi visitá-lo.
Ninguém ia visitá-lo, nenhum parente, pois ele era de outra cidade.
Ao chegar à porta, a jovem perguntou ao guarda se era permitida visita e esse disse que sim, mas que precisava verificar sua bolsa, para ver se ela não portava alguma arma para ele.
A jovem, sorrindo, disse que portava a mais poderosa de todas as armas.
E mostrou-lhe “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Visitou o rapaz todos os dias.
Lia para ele “O Evangelho”.
Pegou seu endereço, escreveu para a família dele, deu notícias, disse que ele estava bem.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 21, 2019 1:56 pm

Foi todos os dias vê-lo.
O rapaz então, um dia, chorando lhe disse que ele estava mudado, que se soubesse antes aquilo que sabia com o contacto com ela, jamais teria cometido o crime.
Estava arrependido.
Quando teve alta do hospital e prestes a ser transferido para a prisão, agradeceu muito a ela.
Foi a única visita que recebeu.
E mudou seu modo de pensar.
Ela despediu-se, deu a ele de presente “O Evangelho segundo o Espiritismo” e se retirou sem que ele soubesse, nem a sua família, que ela era a filha do motorista de táxi que havia sido assassinado.
Durante muitos anos meditamos nessa história.
Pensávamos se fôssemos nós, no lugar dessa jovem.
Será que teríamos essa capacidade que ela teve?
Não sabemos. Somente a experiência revela o saber.
O que sabemos é que foi de profunda grandeza essa atitude dela.
Um Espírito que entendeu e viveu o perdão.
Tivemos a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, agradecidos a ela pelo ensinamento, mais de 25 anos após conhecer esse fato.
São os anónimos do mundo, conhecidos pelo Cristo de Deus, por cumprirem seus ensinamentos.
Nessa hora em que o perdão se faz necessário em tantos corações, bom lembrar esse fato e esse exemplo verdadeiro de caridade para com o próximo.
Lembramos aqui nestas linhas, de um texto constante d´O Evangelho segundo o Espiritismo, de Elizabeth de França - Caridade com os Criminosos -, em que ela diz:
... Aproximam-se os tempos, ainda uma vez vos digo, que a grande fraternidade reinará sobre o globo.
Será a lei do Cristo que regerá os homens.
Somente ela será o freio e a esperança, e conduzirá as almas às moradas dos bem-aventurados.
Amai-vos, pois, como os filhos de um mesmo pai:
não façais diferenças entre vós e os infelizes, porque Deus deseja que todos sejam iguais:
não desprezeis a ninguém.
Deus permite que grandes criminosos estejam entre vós, para vos servirem de ensinamento.
Brevemente, quando os homens forem levados à prática das verdadeiras leis de Deus, esses ensinamentos não serão mais necessários, e todos os Espíritos impuros serão dispersados em mundos inferiores, de acordo com suas tendências.
O amor um dia há de triunfar na Terra.
Até lá, casos como o dessa senhora são lições de amor para nós.
Que possamos aprender com elas e amar um pouco mais.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty MARAVILHOSA CURA DA OBSESSÃO ESPIRITUAL.

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 21, 2019 7:39 pm

Digas com quem andas e te direi quem és.
Se esse Ditado no Mundo Físico é grande Verdade, Espiritualmente é insofismável, atraímos ao nosso lado, Entidades Espirituais, sempre de acordo com o que Pensamos e fazemos.
Somos Seres humanos adultos e conscientes, responsáveis pelo nosso comportamento.
Controle as ideias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repila as más.

Tome conta de si mesmo.
Deus concedeu a jurisdição de si mesmo, é você quem manda em você nos caminhos da vida.
Não se faça de criança mimada.
Aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as circunstâncias.
Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa.
A cura da obsessão é uma auto-cura.
Ninguém pode livrá-lo da obsessão se você não quiser livrar-se dela.
Comece a livrar-se agora, dizendo a você mesmo:
sou uma criatura normal, dotada do poder e do dever de dirigir a mim mesmo.
Conheço os meus deveres e posso cumpri-los. Deus me ampara.
Repita isso sempre que se sentir perturbado.
Repita e faça o que disse.
Tome a decisão de se portar como uma criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando.

Dirija o seu barco.
Reformule o seu conceito de si mesmo.
Você não é um pobrezinho abandonado no mundo.
Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais.
Por que motivo só você não teria protecção?
Tire da mente a ideia de pecado e castigo.
O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser corrigido.

Corrija-se.
Estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo, com paciência e confiança em si mesmo.
Você não depende dos outros, depende da sua mente.
Mantenha a mente arejada, abra suas janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza.
Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos.
Desenvolva a sua fé.

Fé é confiança.
Existe a fé divina, que é a confiança em Deus e no Seu poder que controla o universo.
Você, racionalmente, pode duvidar disso?
Existe a fé humana, que é a confiança da criatura em si mesma.
Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua capacidade de acção?
Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias deixando-se levar por ideias degradantes a seu respeito?
Mude esse modo de pensar, que é falso.
(…) Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida.
Não se acovarde, seja corajoso.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty As mesas girantes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 22, 2019 11:18 am

A interpretação de Kardec
Foi em 1854 que Allan Kardec ouviu, pela primeira vez, falar das mesas girantes.
Um magnetizador, o sr. Fortier, velho conhecido de Kardec, foi quem o informou a esse respeito.
«Já sabe da singular propriedade que se acaba de descobrir no magnetismo?
Parece que já não são somente as pessoas que podem magnetizar-se, mas também as mesas, conseguindo-se que elas girem e caminhem à vontade».
(Kardec, A., Obras Póstumas, Rio: FEB, 1964. p. 237).
Allan Kardec ponderou que tal facto lhe parecia inteiramente possível, visto o fluido magnético poder actuar também sobre os corpos inertes e fazê-los mover-se.
Mas Kardec, passado algum tempo, encontrou-se novamente com o sr. Fortier, e este disse:
«Temos uma coisa muito mais extraordinária:
não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale.
Interrogada ela responde.» (Opus cit. p. 237)
Neste ponto Kardec mostrou-se céptico, dizendo-lhe que só acreditaria se visse o fenómeno.
Para ele era um absurdo atribuir-se inteligência a uma coisa puramente material.
No começo de 1855, encontrou-se com o seu amigo sr. Carlotti que lhe falou longamente acerca das mesas girantes, acrescentando uma interpretação para o fenómeno: «a intervenção dos espíritos».
Mesmo assim Kardec manteve-se incrédulo.
Em Maio de 1855, Kardec teve a oportunidade de, pela primeira vez, presenciar o fenómeno das mesas girantes.
Assistiu, então, a alguns ensaios de escrita directa numa ardósia, com o auxílio de uma cesta.
Imediatamente percebeu que por detrás daquele fenómeno situava-se algo muito importante, e resolveu estudá-lo a fundo.
Posteriormente, Kardec relacionou-se com a família Baudin, que residia então à rua Rochechouart, tendo sido convidado para assistir às sessões semanais que se realizavam em sua casa.
Eis como ele se referiu a essas sessões:
«(... ) Os médiuns eram as duas senhoritas Baudin, que escreviam numa ardósia com o auxílio de uma cesta, chamada carrapeta e que se encontrava descrita em «O Livro dos Médiuns».
Esse processo, que exige o concurso de duas pessoas, exclui toda a possibilidade de intromissão das ideias do médium.
Aí tive o ensejo de ver comunicações contínuas e respostas a perguntas formuladas, algumas vezes até a perguntas mentais, que acusavam, de modo evidente, a intervenção de uma inteligência estranha». (Opus cit. p. 240).
Segundo Kardec, os assuntos tratados eram frívolos:
«Os assistentes ocupavam-se, principalmente, de coisas respeitantes à vida material, ao futuro, numa palavra, de coisas que nada tinham de realmente sério; a curiosidade e o divertimento eram os motivos capitais de todos.
Dava o nome de Zéfiro o espírito que costumava manifestar-se, nome perfeitamente acorde com o seu carácter e com a reunião» (Opus cit. p.240).
Foi nessas reuniões que Kardec começou os seus estudos sérios de espiritismo, «menos, ainda, por meio de revelações, do que de observações.
Ele aplicou rigorosamente o método científico positivo em suas investigações e declarou taxativamente:
«Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenómenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida.
Era, em suma, toda uma revolução nas ideias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspecção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir». (Opus cit. p. 241).
Logo Allan Kardec percebeu que os espíritos nada mais eram do que as almas do homens, não possuindo nem a plena sabedoria, nem a ciência integral:
«Conduzi-me pois com os espíritos, como houvera feito com homens.
Para mim, eles foram, do menor ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados» — diz Kardec. (Opus cit. p. 241).
Finalmente, em 1857, após minuciosa pesquisa, ele deu a lume a sua primeira obra sobre o que houvera investigado:
«Foi assim que mais de 10 médiuns prestaram concurso a esse trabalho.
Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes remodeladas no silêncio da meditação, foi que elaborei a primeira edição de «O Livro dos Espíritos» entregue à publicidade em 18 de Abril de 1857». (Kardec, A. - Opus cit. p. 243).

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty TRABALHANDO E SERVINDO, APRENDENDO E AMANDO, A NOSSA VIDA ÍNTIMA SE ILUMINA E SE APERFEIÇOA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 22, 2019 8:20 pm

AFINIDADE - O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.

Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efectivamente nada conseguirá.
Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direcções.
A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projectando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Somos afectados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam.
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tónus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.
Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.
Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.
Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.
Demoramo-nos com que se afina connosco.
Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
Trabalhar incessantemente é dever.
Servir é elevar-se.
Aprender é conquistar novos horizontes.
Amar é engrandecer-se.

Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes génios da imortalidade gloriosa.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty NOSSOS PIORES INIMIGOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 23, 2019 1:21 pm

Toda a nossa realidade se baseia nas coisas que somos capazes de ver e que nos permitem avaliar a verdade.
No entanto, nem sempre a verdade.
Pode ser vista com os olhos físicos e, por isso, muitas vezes somos iludidos pelas aparências da verdade ou por falsas interpretações que nos levam a atitudes descabidas e incompatíveis com nosso nível de civilidade.
Quando observamos o comportamentos das pessoas em geral, podemos perceber que elas são,muitas vezes, sujeitas a oscilações no comportamento e nas reacções.
Há pessoas que, sendo normalmente alegres por natureza, em determinado momento se vêem tomadas de uma melancolia sem explicação.
Outras se deixam levar por ondas de ira, de ódio incontido, para mais adiante arrependerem-se de tudo o que fizeram.
Muitas são tomadas por condutas incompatíveis com o conceito que se tem delas a ponto de se permitirem enveredar-se por vícios que os levam ao desajuste emocional mais profundo.
Se é realidade que há motivos exteriores que possam levar alguém a tal estado de desequilíbrios por ausências de auto controle ou de freios que o impeçam, não é menos verdadeiro que todos tem a sua disposição canais de ligação com forças superiores que lhes permitem acessar esses recursos na própria defesa.
Grande parte dessas pessoas estão sofrendo de problemas visíveis mas que tem uma causa invisível que, por isso, não é levada em conta no momento de sua solução.
Acreditam que as depressões por que estão passando tem como causa alguma frustração íntima originada no comportamento de algum ente querido, ou decorrente de alguma perda material ou pessoal.
Imaginam que as condutas incompatíveis e inexplicáveis foram causadas por algum agente mórbido, alguma doença invasora de sua alma e que qualquer remédio possa combater.
Desprezam todo e qualquer conselho que se lhes ofereça no sentido de melhorar seus comportamentos internos e seus pensamentos.
Acreditam na antiga tolice que Deus gosta apenas dos bons e pune os maus.
Não percebem que carregam ainda dentro de si, uma quantidade de maldade suficientemente grande para autorizar que todas as piores punições, em forma de desgraças, lhes visite o horizonte pessoal.
Pensam-se com direito a protecção absoluta porque comparecem aos templos e fazem suas orações.
Porque se prostram diariamente diante de imagens, porque vão ao culto assiduamente, em atitudes exteriores que estão longe de significar sua adesão íntima e sincera.
Pensam que são boas pessoas porque fazem coisas, que a vista dos outros, podem ser consideradas como actos generosos.
E quando as coisas começam a dar errado em suas vidas, julgam se injustiçados por essa força suprema que eles procuram e dizem então consigo mesmo; Sempre fui uma pessoa boa.
Como pode acontecer isso comigo ?
Na realidade, sofrem porque vêem apenas a realidade pelo lado da matéria, desconhecendo, em absoluto, a verdade integral a qual se precisa chegar pela interiorização e pelo pensamento elevado e sincero.
Enquanto o homem viver olhando Deus pelos olhos dos interesses pessoais, não o compreenderá nem compreenderá o que ele quer de cada um de nós.
E este comportamento não muda quando o corpo morre. Longe de destruir a alma, a morte limita-se a devolver o ser inteligente a sua realidade imortal, onde poderá encontrar todas as explicações que não quis procurar por preguiça ou desinteresse enquanto estava na terra.
Desse modo; transformado em ser invisível, a alma dos mortos antes de ser levada ao julgamento conforme nossas crenças ancestrais, procura valer-se de sua invisibilidade para aproximar-se daqueles que estando do nosso lado da vida, estão vulneráveis por só acreditarem nas coisas que enxergam, desprezando o auto conhecimento, a análise de suas sensações, de suas crenças, o teor de suas ideias espontâneas, de suas tendências naturais e seus efeitos mais fortes.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 23, 2019 1:21 pm

Desse modo, o homem de carne e osso, que pensa ser apenas carne e osso, não se protege das investidas do invisível aqui representada pela presença de espíritos que lhe acompanha o pensamento e o comportamento como se fosse os agentes secretos, com acesso as mais intimas cogitações pessoais.
Esses seres invisíveis, valendo-se das aberturas no pensamento, no sentido abatido, nas intenções negativas que a maioria guarda no seu intimo , actuam no sentido de piorar as condições originais.
Estimulam as pessoas a fazer aquilo cuja tendência já lhe é uma inclinação, para retirar dela todas as possibilidades e causar nas suas vítimas toda a sorte de dissabores.
Fazem isso muitas vezes por ódio daquele que ficou na terra, por desejo de atrapalhar-lhe o caminho , por inveja de sua felicidade, ou pelo simples desejo de fazer o mal.
O único meio de nos livrarmos destas tentações é o pensamento elevado, a boa conduta, o sentimento nobre voltado para a prática do bem a modéstia, a oração sincera de dentro do próprio coração.
Também não podemos esquecer que existem seres invisíveis que gostam de nós, que procuram nos ajudar também.
Valendo-se de nossos bons pensamentos, nossas boas acções e nossa sincera devoção ,que não dependem dos bens que oferecemos no altar, nem de quantos cultos assistimos, esses seres invisíveis que nos amam se acercam de nós para nos dar bons conselhos e nos sugerir pensamentos de esperança, de amizade, de afecto, de amor ao próximo.
Muitas vezes em nossas perturbações eles se aproximam e procuram nos acalmar, encaminhando-nos para um roteiro menos desafortunado e que nos possibilite uma solução adequada para os nossos conflitos íntimos.
Assim a bondade de Deus mantém a disposição das pessoas que estão na carne esta possibilidade de que tipo de companhia querem se servir para seguirem na jornada da vida para que recebam conforme suas próprias escolhas.
Não é Deus, mas nós mesmos que fazemos nossas escolhas boas para o futuro ou que seguimos fazendo as bobagens por causa dos nossos caprichos.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito LUCIUS.
Da obra: “OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty A doença não pode ser instrumento de punição

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 23, 2019 8:38 pm

Jorge Hessen

Os órgãos do corpo físico respondem a todos os estímulos (internos ou externos), determinando um encadeamento de reacções, além dos estímulos físicos que impactam, através dos sentidos, as emoções ou sentimentos que também provocam reacções.
Estas excitam ou bloqueiam os mecanismos de funcionamento.
Em verdade, o processo de preservação e deterioração de qualquer órgão tem uma relação directa com as emoções e os sentimentos.
A cólera, a raiva, o temor, a ansiedade, a depressão, o desgosto, a aflição, assim como todas as emoções derivadas delas, sobrecarregam a economia saudável do corpo.
Há outros factores emocionais que podem influenciar patologias físicas, como relacionamentos afectivos infelizes, penúria económica, desigualdade de renda e stress relacionado ao trabalho profissional.
Quando estamos tristes e depressivos por uma desilusão amorosa, ou quando estamos ansiosos e irritados por causa de dívidas, também desenvolvemos enfermidades.
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma célebre frase latina, proveniente da Sátira X do poeta romano Juvenal.
Nós somos o que sentimos.
René Descartes já dizia que somos aquilo que pensamos.
Quando as nossas emoções são reprimidas, elas acabam se constituindo na fonte de um conflito emocional crónico, segundo Sigmund Freud, que gerará distúrbios físicos ou psicológicos, se não forem aliviadas, mediante os canais fisiológicos competentes.
O stress é como um conjunto de reacções fisiológicas produzidas pelo nosso organismo para reagir e se adaptar às situações apresentadas no dia a dia.
O problema é que tais reacções, psíquicas e orgânicas, podem provocar um desequilíbrio no nosso organismo caso ocorram de forma exagerada ou intensa, dependendo também do tempo de duração.
Quanto mais durar o stress, obviamente a ruína será maior.
Adquirimos doenças porque não conseguimos conviver em harmonia com o meio e com as pessoas ao nosso redor.
Enfermamos porque mantemos antipatias, inimizades, desgostos, culpas, arrependimentos, ressentimentos, temores e frustrações que não queremos superar.
Por desconhecermos as nossas próprias emoções, muitas vezes desejamos ocultá-las dos outros, e de nós mesmos, mormente os pensamentos e os sentimentos egoísticos.
Cada doença, cada dor, cada sofrimento, cada frustração, cada sintoma traz uma mensagem única e exclusiva para nós e apenas para nós.
Quando estivermos prontos para abrigá-los e compreendermos o que elas querem nos dizer, estaremos aptos a andar firmes pelo caminho do nosso aperfeiçoamento espiritual que decisivamente passa pelas vias da nossa saúde moral.
Naturalmente, as nossas doenças são advertências da vida para que venhamos a ter mais consciência de nós mesmos e dos nossos compromissos na família, na natureza e na sociedade, governando-nos pela vida caridosa, solidária e amorosa.
Precisamos ter consciência de que doença e saúde são consequências das nossas livres escolhas através das emoções ou sentimentos, e tal responsabilidade não pode ser terceirizada.
Além do quê, a doença não pode ser instrumento de punição.
Na verdade, deve ser um expediente de aprendizado, na sábia pedagogia divina, convidando-nos ao exercício do amor

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty SAIBA COMO É A VIDA APÓS A MORTE FISICA

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 24, 2019 4:00 pm

Como é a vida no mundo espiritual?
Como é o mundo dos espíritos?
Os espíritos trabalham?
Comem? Dormem?
Se encontram com os entes queridos também já desencarnados?
Visitam os parentes na Terra?


Ao desencarnar, o espírito é atraído para determinadas regiões no plano espiritual.
A vida no mundo espiritual não é muito diferente do que acontece no plano físico.
O espírito desencarnado é arremessado ao plano espiritual, despertando em um novo estado de consciência.
Mas a definição do lar do recém-desencarnado dependerá de suas atitudes enquanto encarnado.
Pessoas de bem normalmente são atraídos para as colónias de resgate e amparo, outros, cuja conduta não foi pautada no bem e no equilíbrio, são atraídos para regiões do umbral ou perambulam próximos a crosta terrestre, aguardando o momento de buscar a protecção e o amparo divino em seu próprio benefício.

COLÓNIAS:
As cidades espirituais se localizam fisicamente acima das cidades terrenas em um universo paralelo.
Normalmente são encaminhados para estas cidades espirituais os que são das proximidades e desencarnam, e é claro, de acordo com o merecimento de cada um.
As cidades são construídas através do trabalho de espíritos mais evoluídos e abnegados ao bem comum, que usando a força do pensamento e a manipulação do fluído cósmico universal, levantam edificações como as bases da cidade.
Estas cidades ou colónias espirituais tem uma estrutura muito próxima à estrutura de nossas cidades físicas, e servem, como um tipo de cidade cenográfica para os exercícios de aprendizagem de actividades de espíritos de evolução mediana.
Para você ter noção de como são essas cidades, pense em uma cidade muito bem administrada, bonita e bem cuidada aqui na Terra, então saibam que são muitas vezes melhor lá.
Estas cidades possuem edificações próprias que servem como hospitais, escolas, moradias, fabricas, espaço para lazer, órgãos administrativos, etc.
Uma bem conhecida é Nosso Lar, localizada próxima ao Rio de Janeiro.
Outra é Alvorada Nova que é uma pequena colónia de aproximadamente 250 mil habitantes localizada acima da cidade de Santos, em São Paulo.
Lá existem hospitais como também postos de socorro, e estão equipados com a mais alta tecnologia para actuar no perispírito (corpo espiritual), e atender os espíritos recém-chegados, e aqueles que precisam de tratamentos.
Normalmente trabalham médicos, enfermeiros e profissionais como nos hospitais da Terra.
Lá espíritos que foram profissionais de saúde, tem a oportunidade de aprimorarem seus conhecimentos na área de forma a ajudar nos trabalhos de amparo aos necessitados.
Todos os espíritos que habitam as colónias espirituais, após refazerem o bem-estar e o equilíbrio psíquico, são convidados ao trabalho edificante.
Ninguém nas colónias cultiva o ócio, e a maioria que lá habita se sente envergonhada de nada fazer, dado que a sua permanência nesta região visa o aprimoramento e aperfeiçoamento moral e intelectual.
Normalmente a jornada de trabalho acompanha a nossa aqui na Terra, isto é, oito horas diárias de serviço.
As residências nas colónias possuem repartições iguais às casas da Terra como sala e quartos, e são mobiliadas com moveis e utensílios como camas, mesas, cadeiras, televisores e comunicadores que servem de contacto entre as colónias e seus departamentos, além de manter contacto também com a Terra.
Porém, todas as moradias são decoradas com muita simplicidade e sem apego ao luxo.
No plano espiritual o lazer é tão importante para os espíritos como o estudo e o trabalho.
Praticamente todas as colónias estão equipadas com espaços próprios para descanso e lazer.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 24, 2019 4:00 pm

Como aqui, lá existem parques e áreas verdes, teatros, bibliotecas, cinemas e locais reservados aos casais apaixonados como o Bosque das Águas, reservatórios do Rio Azul, na cidade de Nosso Lar.
Os cônjuges, ao desencarnarem, nem sempre são encaminhados para o mesmo local.
É muito comum um dos dois habitar esferas elevadas enquanto o outro ainda esteja perdido no umbral ou em áreas próximas a terra.
Mas quando são espíritos elevados, normalmente o primeiro parceiro a desencarnar prepara o terreno para a chegada dos demais familiares, e até mesmo o auxiliando automaticamente após o desenlace físico.
A locomoção no espaço espiritual é feita através da volitação ( voando, flutuando).
Os espíritos que já detém este conhecimento, certamente se deslocam desta forma, porém algumas colónias usam veículos específicos para transporte colectivos, principalmente para espíritos resgatados no umbral e para transito nas colónias.
Muitos dos espíritos hospedados nas colónias, espíritos andarilhos, perdidos e habitantes do umbral, sentem fome e são alimentados, porém, de formas e ingredientes diferentes.
Os habitantes das colónias aprendem que o amor é o alimento universal das almas, e que o correto é diminuir gradativamente o uso da alimentação fluídica mais densa.
Nem todos os espíritos já se encontram com equilíbrio emocional para contactar pela via mediúnica seus entes queridos encarnados.
Para os que ficam desde lado de existência, é natural sentir saudade.
Quando isto acontecer, a recomendação é fazer preces, com pensamentos pacificados e sem inconformismos, solicitando a Deus o amparo a este irmão ou irmã que se encontra no plano espiritual.
O efeito da oração de quem ficou surte imediatamente alívio ao desencarnado, que recebe a oração como um remédio a acalmar suas feridas espirituais.
Para quem fica é importante buscar a normalidade da rotina.
É recomendável ocupar o tempo com actividades produtivas como o trabalho voluntário, estudo ou artes.
Evite pedir ajuda ao desencarnado quando em dificuldades, pois ele provavelmente deve estar se adaptando à vida no mundo espiritual, e nem sempre está em condições de ajudar.
Assim como temos receio de desencarnar, os espíritos também ficam apreensivos na hora de reencarnar.
A volta à carne para os espíritos mais evoluídos, é como uma prisão para eles que gozam de liberdade maior quando estão no plano espiritual.

Mac Brenda .

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Sonata ao Luar

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 24, 2019 8:36 pm

(Neste texto consta a emocionante História da música Moonlight Sonata de Beethoven)

Quem de nós não teve um momento de extremada dor?
Quem nunca sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir?
Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da esperança!


Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de solidão e profunda amargura...
Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770 em Bonn, Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria.
Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz.
Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.
O jovem compositor sofria de grande carência afectiva.
O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente.
Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.
Sua mãe morreu muito jovem.
Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguer da casa onde morava.
A tudo isto soma-se o facto de sua doença agravar-se.
Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.
Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria para nós, hoje, um tipo de aparelho auditivo.
Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas ideias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler seus lábios.
Notando que ninguém o entendia nem o queriam ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou.
Por isso conquistou a fama de misantropo.
Foi por todas essas razões que o compositor caiu em profunda depressão.
Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.
Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual através de uma moça cega, que lhe fala quase gritando.
Ela morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado, e daria tudo para enxergar uma noite de luar...
Ao ouvi-la Beethoven se emociona até as lágrimas...
Afinal, ele podia ver!
Ele podia escrever sua arte nas pautas...
A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: Sonata ao luar.
No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas.
Possivelmente os dele e os dos outros que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protector.
Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando da moça cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele se deixa mergulhar num momento de profunda meditação transcendental...
Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem insistentemente no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra por quê? ou outra palavra sinónima, em alemão.
Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à alegria, da 9ª sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.
Hino à alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus por não haver se suicidado.
Tudo graças àquela moça cega que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...
Usando sua sensibilidade Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos...
***
A música desperta na alma impressões de arte e de beleza que são o júbilo e a recompensa dos espíritos puros, uma participação na vida divina em seus deleites e seus êxtases.
A música, melhor do que a palavra representa o movimento, que é uma das leis da vida; por isso ela é a própria voz do mundo superior.
Porém, unida a palavras malsãs, a música não é mais do que um instrumento de perversão, um veículo de torpeza que precipita a alma nas baixas sensualidades, corrompendo os costumes.
Pense nisso, e busque alimentar sua alma com melodias que expressem arte e beleza, que falem do bom e do belo.

Momento Espírita, com base em história narrada pelo músico Enrique Baldovino e em algumas frases do livro “O Espiritismo na Arte”, de Léon Denis.

Vídeo: Música Moonlight Sonata.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Como reconhecer quando alguém está obsediado

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 25, 2019 11:33 am

Quando alguém está sofrendo obsessão, há alterações de comportamento físico, mental e emocional.
Qualquer pessoa com conhecimento doutrinário espírita e um pouco de treinamento no campo do atendimento fraterno, reconhece os sinais dessa alteração.
(Percepção de fluidos ou a vidência são bons auxiliares na verificação do estado obsessivo, mas não são meios exclusivos nem infalíveis).
Na obsessão simples, os sinais revelados são ténues, insuficientes para detectar a influência maléfica, a não ser para quem conheça a pessoa no seu estado normal.
Quando a obsessão se acentua, os sinais de alteração começam a ficar evidentes, tais como:
• Olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar ninguém;
• tiques e cacoetes nervosos;
• desalinho ou desleixo na aparência pessoal - excentricidade;
• agitação, inquietude, intranquilidade;
• medo e desconfiança injustificados;
• apatia, sonolência, mente dispersa;
• ideias fixas;
• excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza;
• agressividade gratuita, difícil de conter;
• ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência, contorções, etc.;
• pranto incontrolável sem motivo;
• orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados.
Na Subjugação, quando a pessoa volta ao normal, após uma crise, geralmente se queixa do domínio sofrido e lamenta actos infelizes que praticou.
Na Fascinação, os demais notam a fantasia, o fanatismo, a fixidez, o absurdo das ideias, só a pessoa que não.
No Médium, destacaremos os seguintes sinais obsessivos: (item 243 de "O Livro dos Médiuns"):
1. Persistência de um Espírito em se comunicar, bem ou mau grado, pela escrita, audição, tiptologia, etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2. Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe.
3. Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e, sob nomes respeitáveis, dizem coisas falsas e absurdas.
4. Confiança do Médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam.
5. Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis; tomar a mal a crítica das comunicações que recebe.
6. Necessidade incessante e inoportuna de escrever e dar comunicações.
7. Constrangimento qualquer dominando-lhe a vontade.
Rumores e desordens ao seu redor, sendo ele de tudo a causa ou objectivo.

Obsessão
Existem obsessões que não têm senão a mesma origem:
o obsessor, que poderá ser encarnado ou desencarnado, SUGESTIONA aquele a quem deseja mal, durante o sono natural ou provocado por ele próprio.
Impôe-lhe sua vontade e, ao despertar, o paciente obedece-lhe em tudo, sem forças para se furtar à tenebrosa teia.
Tais obsessões são facilmente curáveis pelo Espiritismo, ou por um hábil magnetizador, que agirá com os mesmos processos, anulando a pressão do primeiro sobre o paciente.
Muitos crimes de várias naturezas, suicídio, embriaguez, etc., têm origem nesse fenómeno psíquico.
E será bom que o homem, todos esses aspectos da sua própria vida, a fim de se furtar a tais possibilidades, pois, uma vida serena, voltada às coisas de Deus, a educação da mente e do carácter são barreiras que interceptam tais acções da parte de entidades inferiores.
Os Espíritos superiores, todavia, só se servem desse poder, natural nos homens como nos Espíritos, para finalidades elevadas ou caritativas.

Blog Espiritismo Na Rede baseado no livro Ressurreição e Vida - Ivone Pereira, pg 208

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty A Águia de asas partidas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 25, 2019 7:59 pm

Ele possuía muitas riquezas.
Tinha as arcas abarrotadas de ouro e gemas preciosas.
A juventude lhe sorria e os amigos sempre se faziam presentes nos banquetes.
Habituara-se a dormir em seu leito de ébano e marfim. Dormir e sonhar.
Em seus sonhos, misturava-se a realidade das tantas vitórias que lhe enriqueciam os dias.
E um desejo de paz que ainda não fruía.
Ele amava as corridas de bigas e quadrigas.
Recentemente comprara cavalos árabes, fogosos.
E escravos o haviam adestrado durante dias.
Tudo apontava para a vitória nas próximas corridas no porto de Cesareia.
Mas os momentos de tristeza se faziam constantes.
A felicidade não era total. Faltava algo.
Ao mesmo tempo, ele temia perder a felicidade que desfrutava.
Por isso, ouvindo falar daquele Homem singular que andava pelas estradas da Galileia, o procurou.
Bom mestre, que bem devo praticar para alcançar a vida eterna?
Desejava saber.
Como desejava.
A resposta veio sonora e clara:
Por que me chamas bom?
Bom somente o Pai o é.
À tua pergunta, respondo:
"Cumpre os mandamentos, isto é, não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honrarás teu pai e tua mãe."
Tudo isso tenho observado em minha mocidade.
No entanto, sinto que não me basta.
Surdas inquietações me atormentam.
Labaredas de ansiedade me consomem.
Falta-me algo!
Então - propõe-lhe a Luz - vende tudo quanto tens, reparte-o entre os pobres.
Vem, e segue-Me!
A ordem, a meiguice daquele Homem ecoava em seu Espírito.
Ele era uma águia que desejava alcançar as alturas.
E o Rabi lhe dizia como utilizar as asas para voar mais alto.
Pela mente em turbilhão do jovem, passam as cenas das glórias que conquistaria.
Os amigos confiavam nele.
Tantos esperavam a sua vitória.
Israel seria honrada com seu triunfo.
Sim, ele podia renunciar aos bens de família, mas ao tesouro da juventude, às riquezas da vaidade atendida, os caprichos sustentados...?
Seria necessário renunciar a tudo?
A águia desejava voar mas as asas estavam partidas...
Recorda-se o jovem que os amigos o esperam na cidade para um banquete previamente agendado.
Num estremecimento, se ergue:
Não posso! - Murmura.
Não posso agora. Perdoa-me.
E afastou-se a passos largos.
Subindo a encosta, na curva do caminho, ele se deteve.
Olhou para trás. Vacilou ainda uma vez.
A figura do Mestre se desenha na paisagem, aos raios do luar.
A Luz parece chamá-lo uma vez mais.
Indecisa, a alma do moço parece um pêndulo oscilante.
A águia ainda tenta alçar o voo.
O peso do mundo a retém no solo.
Ele se decide. Com passos rápidos, quase a correr, desaparece na noite.
Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram o episódio e dizem de como o jovem se retirou triste e pesaroso.
Nem poderia ser diferente: fora-lhe dada a oportunidade de se precipitar no oceano do amor e ele preferira as areias vãs do mundo.
O Divino Amigo nos chama, diariamente, para a conquista do reino de paz.
Alguns ainda somos como o moço rico.
Deixamos para mais tarde, presos que ainda estamos a muitas questões e vaidades pessoais.
É bom analisar o que vale mais: a alegria efémera do mundo ou a felicidade perene que tanto anelamos.
Depois, é só optar.

blog Espiritismo Na Rede baseado no cap. O mancebo rico, do livro Primícias do Reino, do Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Alimentação dos Espíritos

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 26, 2019 1:45 pm

Há um consenso nas informações dos amigos espirituais no que tange a este assunto.
Embora a essência espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente, os espíritos de mediana evolução ou seja aqueles relacionados ao nosso planeta, possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com fisiologia própria.
Nos “planos” espirituais temos notícia por inúmeros médiuns confiáveis, como Chico Xavier, Divaldo Franco etc, da organização de comunidades sociais que os espíritos constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.
Ainda nos atendo ao critério kardecista de valorizarmos um conceito apenas quando houver multiplicidade de fontes sérias, confirmando-o, nos referiremos ao corpo espiritual e sua alimentação.
A energia cósmica que permeia o universo, (“fluido cósmico”) é a matéria prima que sob o comando mental dos espíritos é utilizada para a constituição dos objectos por eles manuseados.
Vide em “O livro dos médiuns” capítulo “do Laboratório do Mundo Invisível”.
O corpo dos espíritos , já mencionado até pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões ou doutrinas, como perispírito, corpo astral psicossoma e mais de 100 (Cem) sinónimos, é constituído de um tipo de matéria derivada da energia cósmica universal (“Fluido cósmico universal”).
O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emanações mentais do espírito.
Cada espírito apresenta seu perispírito ou corpo espiritual com aspecto correspondente a elevação intelecto-moral.
Seu estado psíquico vai determinar a subtilização do seu corpo.
Conforme se tem notícia através de inúmeros autores espirituais, o corpo espiritual apresenta-se estruturado por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; estes órgãos são formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células.
Há inclusive patologias celulares tratadas em hospitais da espiritualidade.
O chamado mundo espiritual é (no nosso nível) um mundo material de outra dimensão.
As células do corpo espiritual, em nível mais detalhado,são formadas por moléculas que se constituem de átomos.
Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado.
Nas obras de Gustave Geley com de Jorge Andréa há referências mais específicas.
Para não alongarmos estas considerações preliminares, diríamos que o corpo dos espíritos é composto de unidades estruturais que apresentam vibração constante.
Sabemos pelos mais elementares princípios da física, que todo corpo em movimento (vibração) no universo gasta energia, logo precisa repô-la o que equivale a se alimentar.
As leis a física não são leis humanas mas leis divinas (ou naturais) às quais estão sujeitos todos os elementos do cosmo.
Há portanto um desgaste energético natural do corpo espiritual pelas suas actividades o que o leva a necessidade de ser alimentado por fontes de energia.
Dependendo do nível evolutivo do espírito, e consequente densidade do perispírito, varia a qualidade do alimento ou energia que o mesmo necessita para manter suas actividades.
Espíritos superiores simplesmente absorvem do cosmo os elementos energéticos (“fluídicos”) que necessitam.
Ao se colocarem em oração (no sentido mais profundo),sintonizam com níveis energéticos ainda mais elevados (frequências mais altas) aurindo para si o influxo magnético revitalizador, alimentando suas “baterias” espirituais.
Com relação aos espíritos mais relacionados com a nossa realidade, ou seja que ainda apresentam dificuldades em superar as tendências egoísticas, portanto traduzindo na configuração de seu corpo espiritual uma maior densidade, as necessidades são proporcionalmente mais densas.
Em colónias espirituais, os espíritos precisam da ingestão de alimentos energeticamente mais densos, fazendo-o de forma muito semelhante a nós encarnados.
Recomendamos a propósito o estudo mais detalhado da obra “Nosso Lar” de André Luiz, que foi precursora de dezenas de outras onde se faz referência a alimentação, até as mais recentes “Violetas na Janela” etc.
As unidades energéticas do espírito, ou núcleos em potenciação, com o passar do tempo vão tendo cada vez maior dificuldade de se recarregar quanto mais primitiva for a evolução da entidade espiritual. ocorre um desgaste progressivo destas unidades energéticas, que passam a vibrar mais lentamente.
À medida que as vibrações se tornam mais lentas pelo desgaste, e há dificuldade de reposição das energias, vai se processando uma neutralização energética com redução progressiva das actividades do espírito.
Quando este processo se instala vai determinar um torpor ou sonolência da entidade impelindo-a a reencarnação automática e compulsória.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 32 Empty Este Ano Promete

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 26, 2019 7:30 pm

É chegado o momento que parece criar-se um vácuo no tempo e passarmos a reflectir a respeito do ano que se encerra e das perspectivas para o ano que rompe.
Momento de rever as promessas feitas, se efectivamente foram cumpridas, pelo menos algumas, e de renovar as que não tivemos êxito, complementando com outras.
No calor da emoção, em meio ao clima de harmonia que se instala no ar nesta época, ficamos sensíveis a promessas e acabamos dizendo: “este ano prometo”.
São inúmeras que vão desde viagens e realização profissional até situações bem complexas como deixar de algum costume inadequado e até mesmo cuidar mais da saúde.
Sempre dizemos que devemos levar em consideração o prometer coisas que efectivamente poderemos alcançar, e quanto menos quantidade melhor, pois às vezes planeamos executar muitas coisas e acabamos não cumprindo nada, nos frustrando.
Uma das mais comuns promessas é a de cuidar mais do corpo para obter maior saúde e conseguir o emagrecimento ou preparo físico sonhado, pois quando chegam às festas de fim de ano exageramos nas guloseimas e acabamos vendo que só o próximo ano é que nos dará a capacidade de cortes no que for preciso.
Hoje um dos grandes problemas que atravessamos é a falta de emprego, então as promessas giram em torno muitas vezes desse vilão, e vemos a necessidade de nos preparar mais para enfrentar a concorrência das vagas que vão surgindo timidamente, e os que votaram no Presidente vencedor torcem que ele acerte, e os outros ficam na expectativa.
Mas muitos esquecem de que é importante para canalizar boas energias e ter êxito nas metas a alcançar, a modificação do comportamento, pois existem situações que não dependem apenas de nosso livre arbítrio para obter sucesso nos nossos anseios, e sim da Espiritualidade Maior que opera nos auxiliando, mas para isso é necessário que estejamos com capacidade de absorver as intuições que nos chegarem.
Conta Chico Xavier, através de psicografia, que determinado Espírito deveria reencarnar como filho de um casal na Terra, mas a gravidez só poderia acontecer após a união conjugal dos noivos, e estes só iam ter um relacionamento sexual após o casamento concretizado, cujo enlace só aconteceria quando tivessem a casa pronta que estava em construção.
Acontece que o rapaz estava desempregado e, portanto sem condições de tocar a obra.
Então a Espiritualidade, através da Providência Divina propiciou emprego ao futuro papai, que pode concluir a obra, casar e procriar o corpo daquele que iam receber como filho.
Assim acontece no nosso quotidiano.
Vivemos cercados de benfeitores que nos auxiliam a todo o momento, bastando que para isso estejamos receptivos e tenhamos boa vontade de vencer.
Temos de fazer nossa parte.
Certamente o rapaz que Chico se referiu, estava ansioso em preparar-se para conseguir um emprego que lhe desse a estabilidade necessária para formar a família e seguir a vida adiante.

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