LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Ética ou religião: qual você prefere?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 24, 2018 8:05 pm

por Ricardo Orestes Forni

“Através da religião, o homem aprofunda reflexões e mergulha no seu inconsciente, fazendo que ressumem angústias e incertezas, animosidades e tormentos que podem ser enfrentados à luz da proposta da fé, e que são lentamente diluídos, portanto, eliminados, a serviço do bem-estar pessoal, que se instala lentamente, tornando-o cada vez mais livre e, portanto, mais feliz.” – Joanna de Ângelis.

A edição de julho de 2015 da revista Seleções READER´S DIGEST, páginas 72 a 79, traz uma reportagem com dalai-lama Tenzin Gyatso, de 80 anos de idade, sendo o 14º dalai-lama.
Nascido no dia 6 de julho de 1935 no Tibete, foi reconhecido aos dois anos de idade como sendo a reencarnação do 13º dalai-lama.
Entre as suas declarações, vamos destacar a seguinte:
É claro que o conhecimento e a prática da religião são úteis, mas hoje já não bastam, como mostram, com clareza cada vez maior, exemplos no mundo inteiro.
Isso é verdade em todas as religiões, inclusive no cristianismo e no budismo.
Guerras foram travadas em nome da religião, “guerras santas”.
Muitas vezes as religiões foram e ainda são intolerantes.
Por isso digo que, no século 21, precisamos de uma nova ética que transcenda todas as religiões.
Muito mais importante do que a religião é nossa espiritualidade humana elementar.
Ela é uma predisposição para o amor, a bondade e o afecto que todos temos dentro de nós, seja qual for a nossa religião.
Pode-se viver sem religião, mas não se pode viver sem valores íntimos, sem ética.
Uma pergunta que o cristão raramente se faz é sobre qual a religião que Jesus professava quando encarnou entre nós para a execução da maior tarefa de amor de que se tem notícia sobre a face da Terra.
Ele se colocava dizendo que estava a serviço de Deus sem mencionar religião alguma.
“Eu e o Pai somos um”, o que levou a imaginação e interesses humanos a confundi-Lo com o próprio Deus, tendo sido decretado por homens falíveis a divindade Dele.
Em seguida, uma outra pergunta que deve se seguir a essa: qual a religião que Ele nos deixou?
Deu alguma denominação, ou “cristianismo” foi uma criação do homem?
Podemos afirmar com toda a certeza, porém, que nos legou um código de ética jamais visto com tal clareza até então, principalmente se tomarmos como referência o Sermão da Montanha.
Portanto, o dalai-lama está correto. Com ética no sentido de valores morais, o Espírito, dependendo da sua evolução, já reencarna.
A religião, via de regra, é uma opção que vem a posteriori.
Influência dos pais; livre escolha da própria pessoa; conveniências da situação em que o indivíduo está vivendo; influência de amigos; de paixões etc.
Através da religião a ética se manifesta.
Ou será que não, mas sim através da religiosidade que são coisas absolutamente diferentes?
Fico com essa última colocação devido ao ensinamento de Joanna de Ângelis quando ela nos diz:
A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adopção de uma religião; uma realização interior lúcida, que independe do formalismo, mas que apenas se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria felicidade.
E encontra essa felicidade porque a consciência pacificada pelo dever cumprido pode ser alcançada sem religião nenhuma, apenas pelos valores éticos que cada um traz dentro de si, incorporados que foram por conquistas milenares ao longo do caminho evolutivo.
Quantos não ostentam uma religião e são a razão do sofrimento dos seus semelhantes?
Que “batem no peito” e torturam animais e destroem a natureza através da poluição da atmosfera, de rios, de oceanos, de florestas que são dizimadas em busca da corrida tresloucada pelo dinheiro do mundo que permanecerá no mundo, sem que um único mísero centavo adentre o caixão onde o corpo sem vida repousa em direção ao aniquilamento total!
Quantos não se apresentam como participantes de alguma religião e se transformam em instrumentos da corrupção ou se sujeitam a ela desesperados pelo lucro imediato com que os homens lhes acenam, amordaçando a própria consciência como se pudessem sufocá-la para sempre?
Como se a morte nunca fosse convocá-los para o local da Justiça perfeita e incorrupta, onde mergulharão no inferno interior pela ausência dos valores éticos que resolveram ignorar ou nunca tenham tido interesse em adquiri-los, na tentativa vã de subornar a própria consciência?
Acertadamente afirma o dalai-lama que pode-se viver sem religião, mas não se pode viver sem valores íntimos, sem ética.
Antes de se tornar o Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec era possuidor da ética suficiente que o fez escolhido para a missão de trazer aos homens uma filosofia de implicação moral que nos permite adquirir os valores éticos necessários a todos aqueles que se pronunciam como espíritas cristãos.
Resta apenas a cada um indagar da própria consciência se temos aproveitado tal oportunidade, porque muito se pedirá a quem muito tiver sido dado...

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty O espírita e a política

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2018 9:32 am

por Rogério Miguez

É interessante observar o comportamento da humanidade como um todo, revisitando regularmente antigas questões de interesse para mais uma vez rediscuti-las. Tudo indica ser este o processo de evolução.
Neste particular texto, a nossa atenção se volta para a parcela da humanidade espírita, embora ainda pequena, também não foge à regra.
Como dito, de tempos em tempos, temas importantes, não há qualquer dúvida, ressurgem e mais uma vez iniciam debates e troca de argumentações no âmago dos seguidores de Allan Kardec.
Referimo-nos especificamente à posição do espírita em relação à sua possível actuação na sociedade como integrante nas estruturas político-partidárias.
O renascimento do assunto, não há sombra de dúvida, se deve ao quadro pretensamente caótico enfrentado actualmente pela nação.
Pela observação da experiência de cada um, parece ser um dos momentos mais agudos enfrentados não só pelos espíritas, bem como por todos nós brasileiros.
Aparentemente ninguém se entende e o suposto caos se apresenta insinuante:
um prende daqui, outro solta dali; os escândalos se sucedem em todas as áreas – saúde, educação, segurança...; noticiário espectacular aponta diariamente corrupção nos três níveis da administração - municipal, estadual e federal, e mais, nas três esferas de poder - Judiciário, Executivo e Legislativo; personalidades insuspeitas do meio público acabam por aparecer nas manchetes dos principais meios de divulgação arroladas em situações indecorosas e imorais; parentes destas “figuras notórias” também insistem em surgir, aqui e acolá, envolvidos em desvios de toda a ordem; casos dos mais escabrosos estouram a todo o momento envolvendo desvios inimagináveis de recursos públicos, desta forma, nesta aparente desordem, como acontecerá a tão desejada e esperada Ordem e Progresso, inscrição luminosa a tremular em nosso Pavilhão Nacional?
O momento é convidativo ao reinício dos debates sobre a ausência quase absoluta de políticos espíritas eleitos pelo povo, os quais, segundo alguns, deveriam ocupar variadas posições-chave nos diversos sectores da sociedade brasileira, como já fazem muitos seguidores de outras correntes religiosas.
Estes últimos já formando bancadas e grupos, verdadeiras sociedades, decidindo sobre questões de interesse nacional, colectivo, entretanto, sob ponto de vista particularíssimo de suas próprias crenças.
É surpreendente o retorno de tal discussão no seio espírita.
Alguns, mais afoitos, relembram com insistência três personagens ímpares da história espírita:
Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo e Cairbar Schutel, entre outros, como exemplos de que o espírita pode e, principalmente, tem o dever de se alinhar de mãos dadas e lançar candidaturas políticas, antes do esgotamento das datas para registo dos candidatos, todos em uníssono prometendo de “pés juntos” usar as tribunas e cargos obtidos para acertar os rumos do país.
Quanta ilusão!
Para relembrar, ou mesmo informar aos mais atirados, os três espíritas anteriormente citados, antes de reencarnarem, já haviam construído uma fortaleza moral e ética, em vidas passadas, diminuindo sobremaneira a chance de se corromperem nos cargos ocupados provisoriamente.
Acreditamos mesmo, poderem estes três baluartes ocupar qualquer posto sem se deixarem levar pelos apelos mundanos e indecorosos, teimando em surgir no meio político brasileiro.
Adicionalmente, os dois primeiros deixaram os cargos políticos ao se tornarem espíritas, e, no caso de Cairbar, já não era mais Intendente de Matão há bom tempo (cargo equivalente ao de Prefeito) quando abandonou o catolicismo para adoptar o Espiritismo, no ano de 1904.
Assim sendo, os três gigantes já mencionados não devem ser citados de modo algum, porquanto eles não servem como exemplos, considerando terem percebido conscientemente ou instintivamente não ser possível conciliar uma vida integralmente dedicada ao Espiritismo, consequentemente ao próximo, com atribuições político-partidárias.
Para aquele desejoso em se inspirar em algum político espírita para justificar a sua aspiração em servir nos quadros administrativos nacionais ou regionais, sugerimos destacar José de Freitas Nobre1, espírita detentor de alguns postos políticos durante bom tempo de sua existência, porém, sendo orientado sobre a sua actuação política por nada mais nada menos do que Emmanuel e Bezerra de Menezes.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2018 9:33 am

Aliás, estamos usando impropriamente o vocábulo política, pois o que fazem actualmente os mandatários da nação, quase todos os detentores temporários do poder, não representa de facto condutas políticas, mas atitudes características da politicalha ou politicagem, tão bem definida pelo inesquecível Águia de Haia, Rui Barbosa, que deve estar também à frente dos Espíritos atentos ao que sucede à nação.
Dificílimo é adentrar o lamaçal sem se sujar, mas somos livres.
Antes de concluirmos, cabem algumas importantes lembranças aos postulantes2:
a data-limite para filiação partidária e registo de partidos ocorreu em 7 de abril e, em 15 de agosto, se dará a data-limite para que partidos e coligações apresentem o requerimento de registo de candidatos junto à Justiça Eleitoral.
Desta forma, só os espíritas hoje filiados a algum partido poderão se lançar candidatos, caso evidentemente convençam seus respectivos partidos de sua importância para o futuro do país.
Sendo assim, todos aqueles, se sentindo à vontade, convictos de poder navegar com segurança nos mares tempestuosos da politicalha brasileira, bem característica do momento, estão certamente convidados a dar um passo à frente, pleiteando suas candidaturas, pois a Doutrina nada proíbe, apenas esclarece.
Além disto, aqueles que se auto-avaliaram e concluíram estar no mesmo ou similar patamar moral e ético dos três grandes gigantes mencionados estão também conclamados a dar um passo à frente.
Ocorrendo esta decisão, seria de bom alvitre não realizar campanha política dentro da Casa espírita; tampouco preparar panfletos destacando suas opções de vida pelo Espiritismo vinculando a obtenção de votos à crença comum; muito menos solicitar votos dos espíritas pelos meios midiáticos disponíveis; jamais desfilar pelos salões da instituição espírita usando bótons e adesivos colados às vestimentas indicando a sua predilecção partidária, isto tudo em respeito à própria Doutrina e por Allan Kardec.
É oportuno igualmente esclarecer sobre as expressões em itálico empregadas ao longo do texto, a saber:
pretensamente caótico, suposto caos, aparente desordem, este emprego não se deveu ao acaso, porquanto foram usadas para enfatizar que tudo está sob controle e foi previsto por Allan Kardec.
Para se convencer desta afirmação, basta ler ou reler detidamente o último capítulo de A Génese – São chegados os tempos, e parafraseando o nosso inolvidável Mestre dos mestres, cuja vida impoluta jamais abrigou qualquer nuance de partidarismo, propomos:
os que detiverem entendimento de entender, entenderão.
A cada qual pelas suas obras.

Referências:
1 Disponível em: fepparana Acesso em 06/07/2018.
2 Disponível em: eleições Acesso em 06/07/2018.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Apenas um motivo para ser feliz

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 25, 2018 8:35 pm

por Yé Gonçalves

É muito comum ouvirmos expressões do tipo a felicidade está ao nosso alcance, ou, até mesmo, a felicidade mora ao lado, e, também, as palavras de incentivo, tais como devemos buscar a felicidade.
Este último item pode nos dar a impressão de que a felicidade mora alhures.
O certo é que a felicidade é buscada, na maioria das vezes, através da conquista de um bom emprego, com uma boa remuneração, da compra de um carro novo, da aquisição da casa própria, da realização do tão sonhado casamento, de uma viagem para o exterior e tantos outros exemplos.

E o que acontece???
Muitas pessoas conseguem cumprir todos esses itens aquisitivos de felicidade e outros mais.
Entretanto, continuam reclamando serem infelizes e que precisam conquistar algo mais para que a tal felicidade venha em plenitude.

E por que isso acontece???
Justamente porque a felicidade, na verdade, não está no mundo exterior da pessoa; pois ela não mora ao lado, nem precisamos encontrá-la em caminhos distantes.
Para que a felicidade seja encontrada é necessário apenas um motivo.
Apenas um motivo para que a felicidade se aflore e viva nos corações dos humanos.
Esse motivo é você, sou eu, é toda pessoa individualmente.
Cada um de nós é um motivo para que a felicidade se desperte e se manifeste com todas as suas energias benéficas, porque a felicidade mora dentro de cada um de nós, isto é, na consciência de cada um.
Logo, podemos afirmar que, seguindo o raciocínio deste escrevinhador de desilusões, tornou-se, agora, mais difícil ainda a busca da felicidade.

E sabe por quê???
É porque, nesta linha de raciocínio, cada um de nós deve fazer uma longa viagem, em busca da felicidade, e talvez, a mais difícil de todas as excursões:
uma viagem para dentro do nosso próprio universo íntimo, onde estão localizadas as verdades que não gostamos de ouvir; onde estão morando as más inclinações, ou más tendências, que temos de domar à custa de muito esforço e bastante suor; onde o encontro com o próprio "eu" é bastante tenebroso.
Mas é lá dentro que mora a tão sonhada felicidade.
Diante disso, fica claramente definido que a busca da felicidade tem de ser feita de dentro da nossa intimidade para fora, através do conhecimento de si mesmo, do domínio dos próprios vícios e fraquezas, ou seja, na conquista de virtudes morais, traduzidas no amor a Deus e ao próximo, na honra dos filhos aos pais, em fazer ao outro aquilo que gostaria fosse feito para si mesmo etc. e tal..., porque cada um de nós é uma individualidade, dono do próprio destino, personagem principal da própria trama.

Para concluirmos este artigo, sabendo que cada um de nós é o motivo para a felicidade, segue um roteiro para conquistá-la, assim vejamos:
1) ame a si mesmo;
2) pratique todo o bem ao seu alcance;
3) perdoe sempre, releve a ignorância alheia;
4) não prejudique ninguém, nem a si mesmo;
5) seja positivo em tudo na vida, inclusive nos momentos de crises;
6) seja amigo da verdade e da verdade de si mesmo.
E assim, amigo leitor, encerramos este artigo com um abraço fraterno de muita paz.

Até à próxima oportunidade!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Para onde vão os espíritos após a morte?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2018 8:55 am

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos.
Só que aí surge uma questão da mais alta importância:
se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida?
Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final?
Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora?
Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa?
Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inactividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade?
São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida.
Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas.
Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade.
Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos electrónicos, passando informações semelhantes.
Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e actividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier):
Nosso Lar, Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Acção e Reacção, Sexo e Destino, E a Vida Continua.
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá.
Há muitas semelhanças.
Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem.
O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós.
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram.
São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez.
Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes.
Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer.
Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção.
Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável.
Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a ideia de que aqueles funerais sejam os seus.
Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das actividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados.
Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade.
O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor.
É como ele se alivia e consegue melhorar a própria frequência vibratória.
Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado.
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.
Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações.
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2018 8:56 am

Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta.
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece.
O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.

PERGUNTA OPORTUNA
Que é frequência vibratória?
O pensamento e a emoção produzem o que se conhece como vibração, e o seu teor reflecte o que há em nossa alma, definindo a frequência dessa vibração, desde a mais baixa até a mais elevada que a nossa condição possa gerar.
O escritor Francisco Carvalho, no livro Influências Energéticas Humanas, elabora uma escala imaginária que vai de zero a cem graus, com os seguintes valores:
no grau zero teríamos o ódio, emoção de mais baixo teor vibratório; nos 10 graus os desejos de vingança; nos 20, a inveja, o ciúme; nos 30, o rancor, o azedume, os ressentimentos e assim por diante, até os neutros, nos 50 graus.
Nos 70, já numa faixa positiva, teríamos a esperança; nos 80, a fé; nos 90, a oração e a alegria e, finalmente, nos 100, o amor, a mais forte vibração de teor positivo.
Ainda na escala de vibrações de baixo teor podemos acrescentar as inúmeras “curtições” de natureza inferior, como as mais diversas taras, a crueldade, a perversidade, os muitos tipos de perversão, as conversas voltadas às baixas paixões, os mais diversos vícios, etc.
Já, para elevar o teor vibratório, também podemos acrescentar os sentimentos nobres, as leituras e conversas voltadas para assuntos ligados à religiosidade, à fraternidade, ao amor puro; a alegria sã e a meditação em temas luminosos, enfim, tudo que possa abrir canais entre nós e as forças mais altas da vida.
Quanto a mais informações sobre espíritos e mundo espiritual, há extensa bibliografia a respeito, particularmente pela psicografia de Chico Xavier, inclusive casos em que foram feitas perícias da letra e assinatura do espírito, comparando-se com sua letra e assinatura, quando ainda encarnado, e o diagnóstico dos peritos afirmou tratar-se da mesma pessoa.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Renovadas esperanças

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 26, 2018 8:34 pm

por Altamirando Carneiro

Assegurar o presente e fazer planos para o futuro sempre fez parte das acções do homem.
O presente bem assegurado é aquele em que o homem busca sempre o melhor para si e para os seus, preparando-lhes uma vida de conforto e de perspectivas melhores.
Muitos, por desconhecerem os valores espirituais, buscam apenas o conforto material, esquecidos de que o homem é corpo e espírito imortal.
Outros mais sábios e previdentes buscam o conforto material sem descuidar-se da parte espiritual, onde o homem, buscando a Deus através da oração e da prece, compreende melhor o sentido da vida, que é uma passagem rápida, através da reencarnação, a real escola do Espírito.
Sholem Asch, no livro Maria, fala da sua admiração à luta constante do homem, na Terra:
"Repete-se a génese do mundo a cada amanhecer.
E contemplar, na Terra, a luta dos seus filhos no cumprimento dos desígnios de Deus, é presenciarmos o mais extraordinário espectáculo da criação", diz.
Nesta rápida passagem que, no entanto, para o homem parece longa, as horas são marcadas pelos relógios e o tempo pelos calendários, que a cada ano se renovam.
Entra ano, sai ano e o homem, na sua luta diária, cumpre promessas, renova esperanças.
Cada ano surge com renovadas esperanças.
A afirmação parece repetição de velhos chavões, empregados todos os anos.
É natural, após cada ano de lutas, desejarmos que o ano seguinte nos traga dias cada vez melhores.
É natural desejarmos, não só para nós mas para todos os que nos cercam, que somente o que for de bom nos atinja.
Este pensamento positivo deveria nortear as acções humanas durante o ano inteiro.
No entanto, na primeira dificuldade que surge o homem se amedronta e se acovarda, lamenta a própria sorte e às vezes xinga a Divindade, quando ele (o homem) é o construtor do seu próprio destino.
Pensamento positivo atrai boas realizações.
No entanto, é preciso conscientizar-se de que os obstáculos, as dificuldades, as dores surgirão em meio à caminhada.
Se todo o nosso caminho estivesse atapetado de flores, sem nenhum percalço à vista, a vida não teria sentido.
Trazemos, ao reencarnar, uma programação de vida.
Podemos cumpri-la ou não.
Muitas são as portas.
Muitos são os caminhos.
Temos o livre-arbítrio de escolhê-los.
Neste sentido, Jesus nos advertiu:
"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que a encontram”. (Mateus, 7: 13 e 14.)

Neste sentido, quanto mais recebermos mais nos será pedido.
Nossas atribuições serão sempre de acordo com o que possamos executar.
Todos somos chamados.
Importante é que estejamos entre os poucos escolhidos, dentre os muitos que foram chamados.
E seremos o bom semeador, que recebeu a semente em boa terra e frutificou-a a cem, sessenta e a trinta por um.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Enfrentando os males da mentira

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 27, 2018 10:41 am

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

Em tempos de grande inquietação e aflição colectiva como o que vivemos na actualidade, a verdade é geralmente menosprezada pelos defensores contumazes da mentira.
De facto, indivíduos de alta envergadura nas estruturas do poder contemporâneo no planeta têm abusado sistematicamente deste aviltante recurso visando confundir e desorientar as demais criaturas.
Tomemos como exemplo o que vem acontecendo especificamente nos Estados Unidos.
Não é nenhum segredo que aquele país desempenha um papel crucial na preservação da paz na Terra.
A sua cultura, conquistas e modo de vida exercem verdadeiro fascínio em outros povos.
Desse modo, espera-se que os seus líderes sejam sempre íntegros e precisos na transmissão das suas mensagens para as outras nações, bem como nas premissas que sustentam as suas decisões.
Contudo, é embaraçoso, para dizer o mínimo, o que o seu actual presidente vem fazendo nesse particular.
O insuspeito jornal americano The Washington Post informava, em sua edição de 1º de maio, que, no período de 466 dias no cargo de presidente do país, o Sr. Donald Trump, de acordo com um minucioso levantamento, havia dado 3001 declarações falsas ou distorcidas, ou seja, a espantosa média de 6,5 por dia.
Aliás, esse comportamento irregular tem sido uma das marcas da sua gestão.
Quem acompanha um pouco o dia a dia daquela nação deve se perguntar, como vem fazendo, por sinal, boa parte da imprensa americana: como pode acontecer tal coisa?
O facto é que tal aberração vem ocorrendo, e ele não é o único a usar deste expediente obscuro.
Outros líderes mundiais adoptam, lamentavelmente, o mesmo padrão.
Como os EUA exercem grande influência no planeta, ecoam por toda parte a fala e as atitudes do seu polémico líder, assim como revela cada vez mais as nuances da sua (doentia) personalidade.
No geral, é deveras preocupante observar pessoas – às vezes, dotadas de grande poder – exibindo o comportamento de mentir habitualmente.
Há aí um claro problema psíquico requerendo vigoroso reparo.
Em termos bem simples, pessoas que mentem sistematicamente carecem de saúde espiritual.
Falta-lhes equilíbrio, bom senso e consciência dos seus actos.
Por isso, elas caminham inexoravelmente para a queda sem se dar conta disso.
Ingenuamente elas subestimam os seus interlocutores, pois crêem que sempre passarão impunes.
De modo geral, são almas ainda infantilizadas, já que não divisam as consequências das suas infelizes posturas perante os outros.
O Espiritismo, como farol da humanidade, traz importantes esclarecimentos sobre o assunto.
Nesse sentido, o Espírito Emmanuel, na obra O Consolador (psicografia de Francisco Cândido Xavier), alerta:
“A mentira é a acção capciosa que visa o proveito imediato de si mesmo, em detrimento dos interesses alheios em sua feição legítima e sagrada; e essa atitude mental da criatura é das que mais humilham a personalidade humana, retardando, por todos os modos, a evolução divina do Espírito”.
O seu alerta é altamente providencial.
Afinal, muitos indivíduos incumbidos de amparar os seus irmãos, através do exercício de funções estratégicas nas instituições do mundo, utilizam corriqueiramente o subterfúgio da mentira para justificar os seus delitos.
Ou ainda, como explica o Espírito Joanna de Ângelis, no livro Luz da Esperança (psicografia de Divaldo Pereira Franco),
“Acostumando-se a uma observação negativa ou exagerada, o mentiroso avança no rumo da alienação, pois que sempre lhe impõem novas ginásticas mentais, a fim de acobertar os deslizes anteriores que se permitiu”.
Por essa razão, a sábia mentora recomenda-nos o dever de sermos receptivos à verdade e à acção inspirada na “inteireza moral”.
Ela também incisivamente propõe:
“Acostuma-te a ser fiel à verdade e ela estará à tua frente, abrindo-te os caminhos por onde palmilharás, sem que receies ser por ela ser seguido, corrigindo as tuas informações e dando a dimensão do teu comportamento, como sucede ao mentiroso”.
Portanto, abracemos sempre a verdade – não importando a circunstância e o contexto – e ela nos sustentará o avanço.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Segredo dos invejáveis

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 27, 2018 8:19 pm

Imagine o que é ser invejável.
Por outro lado, como é a estrutura de uma pessoa considerada invejável?
E se ampliarmos a questão para famílias invejáveis?
Qual o segredo delas?
E como se relacionam os invejáveis?
Inveja é algo ridículo.
Invejar posição ou bens alheios demonstra incapacidade de descobrir os próprios talentos, perdendo a chance de crescimento no tempo que se dedica ao desgosto com o bem ou a felicidade alheia.
Ridículo, dispensável, verdadeira tolice.
Cada qual tem sua própria habilidade, sua própria capacidade, para não dizer várias, que deve ser movimentada no sentido do próprio crescimento.
Porque ficar se ocupando e se martirizando com as conquistas alheias?
É dessa tortura inútil que surgem as calúnias e tantos prejuízos nos relacionamentos que poderiam muito bem ser mais saudáveis.
Mas, o foco aqui é outro.
Desejamos focar que todos podem transformar os desafios diários em verdadeiros e autênticos tesouros de crescimento.
Pois afinal, a palavra invejável, por mais paradoxal que possa parecer, muda o sentido da inveja e torna-se apreciável até como estímulo e motivação.
A definição da palavra é:
que merece ser invejado; apetecível; precioso.
Sim, porque demonstra e traz alguém que se esforçou, que se dedicou, que conquistou e, portanto, merece ser exemplo para muitos outros.
Podemos começar dizendo que o invejável é alguém bem acordado para as oportunidades diárias que a vida oferece.
É alguém com tenacidade, pois enquanto isso é sonho para muitos, é realidade para o invejável.
Por outro lado, não se prende à culpa, não fica se comparando; liberta-se da necessidade de aprovação, ama e sabe ser amado, cresce com as inimizades; dribla a ansiedade, tem consciência da brevidade da vida e não perde tempo com tolices, não se rende à preguiça, está sempre se recriando, utiliza as adversidades a seu favor e tira os projectos do papel, tornando-os realidade.

Notem os leitores.
São posturas de decisão, criatividade, iniciativa, trabalho, esforço.
Todas essas reflexões estão no belo livro de Lígia Guerra, editado pela Editora Gente, e que traz o título O Segredo dos Invejáveis.
Lígia é psicóloga, reside em Curitiba, e sua sensibilidade pode ajudar muitas pessoas no foco psicológico que muitas vezes nos deixamos conduzir com pessimismo, medo ou tantas inseguranças.
Lígia destaca, com exemplos marcantes, essa postura de superar obstáculos e prosseguir progredindo. Visite o site http://www.ligiaguerra.com.br/ e, quando puder pesquise pelo Google o vídeo “Lígia Guerra fala do desejo feminino de ser sempre certinha” .
No youtube o leitor também encontra muitas reportagens e entrevistas com a citada autora.
Trazendo o assunto para a óptica espírita, a abrangência é notável, face a essa imperfeição moral gritante que é a inveja.
Que faz sofrer, que gera angústias, que divide ou separa e destrói grupos e iniciativas.
Allan Kardec e os espíritos trouxeram o assunto com muita lucidez na Codificação e na Revista Espírita.
Dada a quantidade de pesquisa que a palavra permite, sugiro ao leitor acessar o portal www.kardecpedia.com e digitar a palavra inveja.
E terá vasto material de pesquisa e consulta. Aliás, o site é uma maravilha.
Não deixe de visitar. É, digamos, “invejável”....

Autor: ORSON PETER CARRARARA

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty “FENÓMENOS QUE OCORREM DEPOIS DA MORTE DO CORPO FÍSICO “

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2018 10:14 am

Histólise corporal e histogénese espiritual:
Logo depois da morte do corpo físico, ocorre um fenómeno ainda desconhecido do homem comum, denominado histólise corporal, que é a putrefacção e a decomposição dos restos mortais do desencarnado, assunto que precisa ser estudado com carinho, principalmente por aqueles que sabem que a morte virá de surpresa, numa acção devastadora de transformar os seres, porque esse é o seu papel diante da vida plena e estuante, devolvendo à natureza os recursos físicos que foram apanhados por empréstimo, para formar a nossa massa corporal.
Essa histólise corporal conta com a ajuda de biliões e biliões de vermes que se encontram no corpo físico em estado de letargia e que afloram tão logo ocorra o fenómeno morte, extinguindo a energia vital que mantinha o agrupamento celular e as prerrogativas de vida, numa acção fermentada nos músculos e no estômago, e uma acção reduzida no sistema nervo e circulatório.
O estudo sobre a histólise corporal é importante porque existem casos em que desencarnados presenciam a decomposição do próprio corpo físico, padecendo de sofrimentos horríveis em alguns tipos de morte, como por exemplo, os suicidas, criminosos de alta periculosidade, espíritos sensuais e perversos, vivendo momentos dolorosos depois da morte; ao contrário daqueles que pautam suas vidas na transparência e na bondade, ganhando com isso a libertação imediata do corpo somático.
Muitos desencarnados acompanham seus restos mortais até a sepultura, mas estão isentos de presenciar o que ocorre com o corpo físico como uma espécie de prémio pelo cumprimento dos deveres e pelo relacionamento amistoso junto aos semelhantes.
Nenhum espírito, por mais iluminado que seja, desaparece depois da morte como por encanto, mas permanece algum tempo junto aos membros da parentela familiar e amigos, numa espécie de gratidão e respeito pelo tempo em que conviveram juntos, plasmando as excelentes lembranças da vida diária.
O trauma provocado pela morte atinge a todos, mas a assimilação desse impacto dependerá sempre do grau evolutivo de cada um, e os espíritos imperfeitos, comprometidos e desinformados, sofrem mais do que aqueles que, de algum modo, conseguiram valores no campo da intelectualidade e da moralidade.
O segundo fenómeno que ocorre depois da morte é a histogénese espiritual, ou seja, a formação do corpo fluídico que será o novo instrumento de apresentação do espírito imortal, que o apóstolo Paulo tão bem caracterizou como sendo o corpo espiritual, que nada mais é do que perispírito desprendido dos restos mortais e que apresenta a forma humana.
O apóstolo Paulo afirma, em uma de suas cartas aos gentios, o seguinte:
“Semeia-se corpo material e colhe-se corpo espiritual”.
Mais a frente em seus escritos diz:
“O corpo espiritual é o corpo da ressurreição”, deixando claro que toda vez que um corpo material desce à sepultura, surge outro, formado de fótons, mais subtil, mais etéreo, que é o perispírito ostentando a forma humana, com muito mais poder de actuação tanto no mundo espiritual como no mundo físico, desde que possa contar com o concurso de um sensitivo intermediário que chamamos de médium.
A formação do corpo espiritual depois da morte não é uma coisa fácil, e a maioria dos desencarnados ganha esse novo corpo por automatismo e não pela própria vontade mental ou mérito, o que certamente ocasiona dor, sofrimento, tristeza e mal-estar na nova moradia, e faz também com que muitos espíritos depois de mortos permaneçam nas redondezas da Terra, julgando-se vivos, com as mesmas necessidades físicas que tinham antes da morte, e vagam pelas regiões sombrias de locais denominados Umbral, Trevas ou Abismo, por tempo indeterminado até que, movidos pelo remorso e pelo arrependimento, possam ser resgatados por entidades bondosas que os acolhem em instituições de caridade no mundo astral.
No processo da histogênese espiritual, o perispírito se desmaterializa do corpo físico para se materializar logo em seguida no corpo espiritual, dando ao espírito imortal condições de continuar vivendo em novas faixas vibratórias do espaço, sem que ele perca sua individualidade ou o acervo de conhecimentos que adquiriu em sua jornada terrestre.
Quando a histogénese espiritual é realizada com o esforço do próprio espírito, ele fica em condições de se adaptar à vida espiritual com mais facilidade, condicionando-a às energias fluídicas que o envolvem, enchendo seu coração de alegria, paz e felicidade, sentindo-se forte e a par de sua nova situação; ao contrário daqueles que não conseguem, por motivos de comprometimento, falta de religiosidade ou desconhecimento das verdades eternas, passando longos períodos perdidos no espaço e no tempo, sem rumo e sem perspectivas de avanço no caminho da luz.

Do outro lado da vida, a moeda de troca são os nossos créditos juntos ao outros, ou seja, laços fraternos e de amizade que construímos através do relacionamento junto ao próximo e, principalmente, junto à nossa parentela.

Fonte: Correio Espírita. Por Djalma Santos

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty “A GRANDE TRANSIÇÃO DO PLANETA”, PARA A REGENERAÇÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2018 8:14 pm

"PSICOFONIA" DO DR. BEZERRA DE MENEZES.

"Meus filhos: Que Jesus nos abençoe.
A sociedade terrena vive, na actualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida.
Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ónus da aflição que lhes tenham proporcionado.
Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as Potências Espirituais na edificação de um mundo melhor.
As obsessões campeiam de forma pandémica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.
Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.
Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções.
As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...
Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.
Fala-se sobre a tragédia do quotidiano com razão.
As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta.
O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com excepções compreensíveis, ao abastardamento do carácter, às licenças morais e à agressividade.
Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na “Grande Transição”, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado.
E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em Orbes Inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus Irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.
Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais.
Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.
Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações.

“AOS DIALOGADORES CABE A HONROSA TAREFA DE SER, CADA UM DELES, PSICO-TERAPEUTAS DE DESENCARNADOS, CONTRIBUINDO PARA A SAÚDE GERAL.
Enquanto os Médiuns se entregam ao benefício caridoso com os Irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.
As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.
Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.
O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 28, 2018 8:15 pm

Dai-vos as mãos!
Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados.
Que, quaisquer pontos de objecção tornem se secundários diante das metas a alcançar.
Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a acção correta.
Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...
Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganando-vos.
Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser Espírita é encontrar o tesouro da Sabedoria.
Reconhecemos que na luta quotidiana, na disputa social e económica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direccionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.
Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.
Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções:
as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.
Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nós abençoe e nos dê a Sua paz.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra.

Mensagem Psicofónica de Bezerra de Menezes (espírito) transmitida por Divaldo Franco, (13.11.2010 – Los Angeles)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty AFINIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2018 11:00 am

O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efectivamente nada conseguirá.
Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direcções.
A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projectando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Somos afectados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam.
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tónus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.
Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.
Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.
Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.
Demoramo-nos com que se afina connosco.
Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
Trabalhar incessantemente é dever.
Servir é elevar-se.
Aprender é conquistar novos horizontes.
Amar é engrandecer-se.
Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes génios da imortalidade gloriosa.

livro: Roteiro. cap. 26
Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Dia dos Pais - Conheça a visão espírita da paternidade

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2018 8:31 pm

O Dia dos Pais teve origem na antiga Babilónia, há mais de 4 mil anos.
Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão para o Dia dos Pais com mensagens em que desejava sorte, saúde e longa vida ao seu pai.
Em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos por Sonora Luise1 motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart.
O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional, oficializada em 1972 pelo então presidente Richard Nixon, sendo comemorada sempre no terceiro domingo do mês de junho.
No Brasil, o Dia dos Pais surgiu em meados da década de 50, pelo publicitário Sylvio Bhering2 celebrada inicialmente no dia 28 de fevereiro, dia em que comemora-se o dia de São Joaquim, patriarca da família e, segundo a tradição da igreja católica, também o Dia do Padrinho.
Actualmente, o Dia dos Pais é comemorado sempre no segundo domingo do mês de agosto.

A Paternidade
Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Parte Segunda – Capítulo 10 - "Ocupações e missões dos espíritos", encontramos a seguinte explicação sobre a paternidade:
582 - Pode se considerar como missão a paternidade?
"É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro.
Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências.
Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho.
Se esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento no caminho do bem".
Segundo o livro “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz3 , através da psicografia do médium Chico Xavier a paternidade vai além da missão de educador; é abordada com enfoque maior ao progresso moral, como evidencia o trecho a seguir [...] "A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois através dela a regeneração e o progresso se efectuam com segurança e clareza" [...]
A paternidade, segundo o espiritismo, significa receber preciosos talentos, que conforme o ensino da Parábola dos Talentos encontrada em O Evangelho de Mateus (25:14-29), devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos, ou seja, o adiantamento daqueles por cuja educação nós tenhamos sido responsáveis, é o momento de transição em que o homem deixa de ser filho para ser pai, com responsabilidades com um outro ser.
José Herculano Pires4 aborda a questão da paternidade num enfoque maior à responsabilidade de educar em bases cristãs:
“A Educação Cristã reformou o mundo, mas os homens a complicaram e deturparam.
A consciência do pecado pesou mais nas almas do que a consciência da libertação em Cristo.
Tomás de Aquino ensinou:
´...Mães, os vossos filhos são cavalos!´
Educar transformou-se em domar, domesticar, subjugar.
A repressão gerou a revolta e reconduziu o mundo ao ateísmo e ao materialismo, à loucura do sensualismo.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 29, 2018 8:31 pm

A Educação Espírita é a Renascença da Pedagogia Cristã.
É nela que o exemplo e o ensino do Cristo renascem na Terra em sua pureza primitiva.
Precisamos reformar os nossos conceitos de educação à luz dos princípios espíritas e dos grandes exemplos históricos.
Dizia uma grande figura espiritualista inglesa, Annie Besant6 , que cada criança e cada adolescente representam planos de Deus encarnados na Terra e endereçados ao futuro.
Aprendemos a respeitar essas mensagens divinas.
Lembremo-nos de nossa própria infância e se por acaso verificamos que nossa mensagem se perdeu ao longo da existência, que nosso plano divino foi prejudicado pelos homens, pelos maus exemplos e pelos ensinos falsos, juremos perante o nosso coração que havemos de evitar esse prejuízo para as novas gerações.
Pais, sejamos mestres! Mestres, sejamos pais!
Que cada rostinho de criança aberto à nossa frente, como uma flor que desabrocha, nos desperte no coração o melhor de nós mesmos, o impulso do amor.
Que cada adolescente, na sua inquietude e na sua irreverência - jovem ego que se afirma pela oposição ao mundo - não provoque a nossa compreensão e a nossa ternura.
Para domar o potro precisamos de sela e das esporas, mas para educar o jovem só necessitamos de amor.
A educação espírita como no lar como uma fonte oculta e deve ganhar a planície como um rio tranquilo em busca do mar” (PIRES, J. Herculano - Pedagogia Espírita, Edicel, 1985

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty O Pai

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 30, 2018 11:35 am

O livro dos Espíritos, publicado em 1857, em sua primeira pergunta, traz à baila a questão acerca de "O que é Deus?"
Verdade que, até então, as doutrinas sempre haviam indagado acerca de quem era Deus, entendendo-O como uma personalidade, um personagem.
A resposta é sucinta e inquestionável:
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Através dos tempos, muitas têm sido as definições sobre Deus.
O Apóstolo João, Evangelista, teve oportunidade de afirmar que Deus é amor.
Contudo, ninguém melhor do que Jesus O traduziu para nós.
Ele no-lO apresenta como nosso Pai.
Assim, Deus não é o injusto e parcial que escolheu somente um povo para proteger contra todos os demais.
É o Deus do Universo.
Acima dos preconceitos da Sua época, Jesus demonstra a universal paternidade de Deus.
Reserva para Ele um nome doce: Pai.
E O chama Meu Pai e vosso Pai.
Ao pregar Sua moral, frisa:
Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai, que está nos céus.
Descreve-O como o Deus misericordioso que faz crescer a erva do campo, vestindo-a com maior pompa do que as vestimentas do grande rei Salomão.
O Pai que ama a Seus filhos e que por eles vela.
Que providencia alimento para as aves do céu, que não semeiam, nem aram.
Ao leccionar-nos a forma de orar, afirmou:
Quando orardes, entrai em vosso quarto, e, fechada a porta, em segredo, orai a vosso Pai, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos dará a recompensa.
E Ele mesmo iniciou a oração com os vocábulos: Pai nosso...
Referindo-Se à revelação mediúnica do Apóstolo Pedro acerca da Sua identidade como o Cristo, Filho do Deus vivo, diz:
Bem-aventurado és, Simão, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Para nos dar a ideia da grandeza do Pai, preconizou:
Ninguém conhece o Pai, senão o filho, Ele mesmo, Jesus.
Quando falou das bênçãos do trabalho, mostrou-nos Deus como o trabalhador incansável que labora sempre a favor dos Seus filhos: Meu Pai trabalha até hoje, e eu trabalho também.
Dando testemunho de que era Enviado da Divindade, diz:
Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
As obras que eu faço dão testemunho de mim, de que o Pai me enviou.
Ao despedir-Se na ceia pascal, afirma aos discípulos:
Eis que vou para meu Pai.
E dirigindo-Se aos céus, ora:
Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
Enfim, Jesus, com Sua revelação de Deus aos homens, funda a consolação suprema, demonstra o apoio que cada um tem no Pai nos céus.
Finalmente, que ninguém está só, pois o Pai está sempre com cada um dos Seus filhos.
Em muitos momentos de Sua vida, Jesus falou que viera para fazer a vontade de Seu Pai, não a Sua.
Encontramos nos apontamentos de João:
A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra.
No Jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, antevendo Seus padecimentos, dá-nos a lição de como nos devemos portar perante as nossas dores.
Ele assim se expressa:
Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

Blog Espiritismo Na Rede , com citações do cap. IV, versículo 34 e cap. XV do Evangelho de João e do capítulo XXII, versículo 42 do Evangelho de Lucas.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Pessoas impiedosas

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 30, 2018 8:42 pm

Você se considera uma pessoa impiedosa?
Impiedade quer dizer falta de piedade, crueldade, desumanidade.
Talvez você nunca tenha pensado nisso ou até se ache uma pessoa piedosa, mas vale a pena reflectir antes de responder.
Se você nunca fez nenhum comentário maldoso sobre alguém, se nunca matou a esperança de alguém, se jamais disse palavras ásperas a ninguém, talvez você possa responder negativamente.
Algumas pessoas, ditas piedosas, estavam no velório de um amigo da congregação religiosa de que faziam parte.
Aproximaram-se do caixão e viram que o cadáver estava vestido com um smoking aparentemente novo.
Como se achavam muito caridosas, passaram a fazer comentários maldosos, alegando que não entendiam como ele poderia fazer uma coisa dessas.
Afinal, quantos pobres precisando de um agasalho e ele sendo enterrado com um traje de alto preço.
A conversa se espalhou e logo chegou aos ouvidos da viúva, como se já não bastasse o seu sofrimento.
Em princípio ela ignorou os falatórios mas, depois não achou justo que seu marido fosse julgado e condenado por um crime que não cometera.
Então, antes de cerrarem o caixão, ela pediu a palavra e deu a seguinte explicação:
Meu marido foi um homem muito generoso.
Sempre se preocupou com aqueles que passavam por necessidades e procurava ajudá-los.
Antes de morrer ele me pediu, discretamente, para que o enterrasse com um traje que ele usou apenas uma vez na vida e que não serviria para ninguém.
Pediu-me também para distribuir todas as suas demais roupas para quem delas precisasse.
Por essa razão, meus amigos, é que ele está vestindo este smoking, que não teria utilidade nenhuma para os pobres que ele sempre ajudou.
Todas aquelas pessoas, impiedosas, que fizeram comentários cruéis, não foram capazes de se retratar, apenas se calaram.
Numa oportunidade, Benedita Fernandes, uma trabalhadora dedicada à causa dos pobres, na cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo, foi convidada a participar de uma reunião das senhoras da alta sociedade que desejavam fazer um planeamento de assistência aos necessitados.
Como Benedita já realizava, há algum tempo, um eficiente serviço junto à comunidade pobre, recebeu o convite para opinar e levar suas experiências.
Era uma tarde quente e a velha Benedita chegou ao chá das senhoras, ditas caridosas, vestindo um casaco de pele.
As madames torceram o nariz ao notar que aquela mulher não sabia sequer se vestir de acordo com a ocasião e o clima.
Ouvia-se comentários como:
Será que ela quer se exibir, pensando que não temos também casacos de pele?
Veja como transpira!
Esta velha snobe quer dar uma de chique.
Vamos obrigá-la a tirar o casaco, pois estou suando só de vê-la, comentou uma delas.
Façamos isto, concordou a maioria.
Dona Benedita, sem saída, tirou o casaco e o espanto foi geral.
Seu vestido, muito simples e surrado, causou mais espanto ainda.
Muito sem jeito, ela se explicou às damas da caridade:
Este casaco de pele foi doado para nossa obra e como ainda não conseguimos vendê-lo, resolvi usá-lo hoje, para não envergonhar as senhoras, com minha pobreza.
Eu não tenho roupas boas para uma ocasião como esta, por isso coloquei este casaco para encobrir meus andrajos e não chocar as senhoras.
Desculpem-me se lhes causei tanto desconforto.
Se você deseja ser uma pessoa realmente piedosa, pense muito bem antes de tecer comentários sobre o que desconhece.
Muitas vezes nossa língua tem sido motivo de muita dor e sofrimento para as pessoas que caminham ao nosso lado.
Pense nisso, e depois responda a si mesmo se é ou não uma pessoa impiedosa.

Blog Espiritismo Na Rede, com base em histórias narradas por Raul Teixeira, em palestra proferida na Comunhão Espírita Cristã de Curitiba-PR, no dia 11.04.2002.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty A voz e o silêncio

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 31, 2018 10:41 am

Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo.
Não há respeito pelo silêncio.
As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais.
Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior.
As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmónicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores.
Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões.
Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas actividades do dia a dia.
Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.
* * *
A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana.
Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fónico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à consciência cósmica que lhe concedeu admirável tesouro.
Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas.
Sofreu-as, compadeceu-se delas, mas não se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade.
Logo depois de as atender, recolhia-se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão.
Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das acções.
* * *
Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres.
Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante.
Os grandes sábios do cosmo sempre souberam silenciar.
Silenciar em oração perante as necessidades do outro.
Silenciar em respeito ao sofrimento alheio.
Silenciar em consideração às ideias divergentes.
Silenciar a vingança diante dos males recebidos.
É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca.
É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos.
É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar.
Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem.
Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera.
A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio.

Blog Espiritismo Na Rede com base no cap. Silêncio, do livro [b]Jesus e vida[/b, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Dia dos pais: A missão da paternidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 31, 2018 8:52 pm

Tradicionalmente no Brasil o dia dos pais é comemorado no segundo domingo de agosto.
Uma data que homenageia a figura paterna, lembrando da sua importância na constituição de uma família.

Conta a história que o primeiro registo dessa comemoração teve origem na antiga Babilônia, há cerca de 4 mil anos, por meio da homenagem de um jovem a seu pai, simbolizada por um cartão moldado em argila expressando votos de sorte, saúde e vida longa.

O acontecimento serviu de inspiração para que diversas nações adoptassem a data em seu calendário, embora em datas diferentes, divide em comum a mesma lembrança.

Muitas palavras podem descrever o forte elo que une pais e filhos, entre elas; amor; gratidão; amizade; protecção; cuidado, ternura; carinho; entre tantas outras capazes de demonstrar sentimentos profundos.

De acordo com O Livro dos Espíritos, como esclarece a questão 582, ser pai representa uma missão.

“É, sem contestação possível, uma verdadeira missão.
É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro”.

Seja legítimo ou adoptivo, pai significa alguém importante na vida de um filho, não apenas pelo facto de ter gerado outro ser, mas pela missão de educar, ensinar e transmitir valores.

O que somos no presente, com certeza reflecte muito os princípios passados pelos pais.

Quanto aos filhos, lembrando os ensinamentos de Jesus, não cabe apenas respeitá-los, mas ampará-los em suas necessidades, cercando-os de solicitude, assim como fizeram por nós.

O espiritismo esclarece que não nascemos, nem vivemos em uma família por acaso, para tudo há um propósito maior, essas ligações se formam antes mesmo do nascimento, ou seja, da reencarnação.

No caso dos pais, esses laços são ainda mais próximos, muitas vezes representam ligações de amizade em outras vidas, em outros casos, oportunidade para reparação de desafectos do passado.

Tal propósito nos faz reflectir que pais e filhos são companheiros de jornada rumo à evolução.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Fraude espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 01, 2018 10:20 am

por Marcus Vinicius de Azevedo Braga

Allan Kardec, no capítulo 28 de O Livro dos Médiuns, trata do charlatanismo e do embuste, o que pode parecer a princípio um tema antigo, perdido no auge das manifestações físicas na época da codificação, mas um breve passeio pela internet nos mostra que os assuntos afectos ao intercâmbio mediúnico são sempre envoltos em grande popularidade, mesclando medo e curiosidade, o que motiva situações nitidamente fraudulentas, e que ganham curtidas, compartilhamentos e destaques, inclusive entre os espíritas.
Diversas fotos e vídeos trazem aparições de Espíritos, além de povoarem as redes sociais previsões e comunicações bombásticas sobre temas afectos a política e celebridades, e dado que a mediunidade não é um património dos espíritas, diversos desses fenómenos podem sim ser fenómenos efectivos, mas também estão passíveis de serem fraudulentos, em um contexto que envolve a natureza destes, mas também as intenções ocultas e, ainda, a consistência do seu teor.

A fraude é uma actuação intencional no sentido de se omitir a realidade com uma versão que atenda aos interesses do fraudador.
Qualquer transacção humana é passível de fraude, e a relação com os desencarnados não se faz imune desse mal. Inclusive, desde os tempos de Kardec até hoje, ainda somos acusados de fraudadores pelos nossos detractores, como se pode verificar em uma rápida pesquisa na mesma internet.
Aliás, contrapor argumentos e provas é muito mais difícil do que desmerecer pela acusação da fraude, mas isso não quer dizer que não exista muita fraude por aí.

Vamos dividir, para fins da presente análise, a fraude em dois aspectos..., um relacionado à veracidade do fenómeno, e outro, complementar, ligado ao teor da comunicação.
Todos podem ser objecto de uma acção fraudulenta, e, nesse sentido, pontuamos, nas linhas do codificador, que quanto mais maravilhoso, quanto mais espectacular, maior o risco de fraude, pois existe aí o interesse político, financeiro ou de evidência embutido.
Mas o facto é que esse interesse se apresenta por vezes de forma subtil, exigindo sempre cautela.
No que tange à fraude da veracidade, mais ligada a fenómenos físicos, temos que um indivíduo busca por truques, por mecanismos naturais ou outros dispositivos, simular fenómenos e atribuí-los à acção de Espíritos, podendo se tratar aí de materializações, aparições, mas também de comunicações inteligentes, como as vidências, previsões futurísticas e cartas do Além, e que, ao vivo ou por meio de filmagens/fotos, iludem as pessoas da presença de Espíritos, motivando o atendimento de interesses, que não demoram a transparecer.
O interesse do indivíduo é mostrar que ele tem poderes sobrenaturais e com isso angariar credibilidade.
O que nos importa na fraude de veracidade é identificar se ali existe um fenómeno mediúnico verdadeiro, e, nesse sentido, a idoneidade do médium é um factor determinante, como assevera Allan Kardec.
Necessário, mas insuficiente, posto que é preciso também analisar o que ocorre ali, com um certo olhar científico e investigativo, verificando se não se trata de uma acção deliberada oriunda de uma fraqueza da pessoa, dado que aspectos morais estão sujeitos a chamamentos e tentações.
O mundo sempre nos surpreende...
No que tange ao teor, é uma decorrência da fraude de veracidade, presa a aspectos das manifestações inteligentes, e diferente de uma mistificação, na qual o Espírito se utiliza do médium para trazer informações equivocadas, nesse caso, o próprio suposto médium se utiliza de sua simulação para introduzir “verdades” que atendem ao seu interesse.
Alimenta seus objectivos por revelações e afirmações, que cedo ou tarde lhe trarão algum ganho, e que proliferam, em especial, próximo a eventos de grande relevância, ou de pleitos eleitorais.
No que tange ao teor, além da análise da idoneidade do médium, a boa fórmula kardequiana do crivo da razão, do uso da lógica e da comparação entre diversas fontes, bem como com os conhecimentos sedimentados pela Doutrina espírita, apresentam-se como boas medidas, associando possíveis interesses aos absurdos divulgados nessas mensagens.
Discutir, analisar, ponderar é uma boa prática e que, longe de ser ofensiva, é nosso legado espírita para navegar de forma segura em mares de tantas informações incertas.
Antes de clicar o botão “compartilhar”, antes de propagar aquela foto do sobrenatural, aquela mensagem psicografada, respiremos fundo, lembremos do nosso estudo, e nos atenhamos a olhar com mais carinho o que se apresenta ali. Lembremos que Espírito superior não se detém a questões comezinhas e que a responsabilidade da encarnação é nossa.
A teoria da comunicação assevera que o foco é o receptor, e este tem grande responsabilidade na assimilação e na reprodução do que chega a ele, em tempos de vida em rede.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty A gaivota e a lição

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Nov 01, 2018 9:18 pm

por Elsa Rossi

Há muitos anos, nos reuníamos num espaço lindo, envidraçado, com vista para o mar e para a colina onde se situava um verde campo de golf.
O Grupo Espírita de Brighton tinha uma situação privilegiada.
O terreno muito largo e comprido, cheio de macieiras, inclinado para o mar, era o paraíso das gaivotas.
Muito antes do horário das reuniões, ao entardecer, ao cair do sol, eu me divertia levando miolo e pedaços de pão para as gaivotas, que constantemente faziam pouso no lindo gramado verde.
Era um local muito agradável no topo da colina calcárea, em Brighton, uma das cidades costeiras muito próxima de Londres, com lindas praias de pedrinhas coloridas, chamadas “pebbles” e um pier que avança mar adentro dando a sensação de que o oceano nos abraça.
Como já era hábito, naquele exacto horário semanal, desciam as gaivotas, ávidas por comer seus “treats”, pedacinhos de pão...
Eu presenciava todas as vezes a mesma cena.
Uma gaivota que tinha um pedaço da asa danificada de cor escura era intransigente.
Ao invés de buscar os seus pedacinhos de pão, investia contra as demais gaivotas, bicando-as, afugentando-as e, ao final de poucos minutos, nem um pedacinho de pão mais sobrara, e a gaivota da asa escura , uma vez mais, ficara sem comer.
E assim se repetiam as coisas, semanas após semanas.
Fiquei meditando nessa gaivota e a comparo com pessoas cujo comportamento é exactamente o mesmo.
Implicam com tudo e todos e nada produzem.
É como alguns irmãos e irmãs de jornada, fazem estardalhaços, espantam pessoas, reclamam de outras, evidenciam falhas desnecessárias, dão mais importância ao ponto preto no lençol, do que à brancura do todo.
Ai daquele que promove o escândalo, nos diz o Evangelho... claro e simples.
Enfim...prestam um desserviço à divulgação à paz dos corações.
Ouvimos as palestras sobre a chegada do Mundo de Regeneração, lemos obras fantásticas sobre a Transição Planetária, temos a rica leitura do final do livro A Génese, capítulo 18, a Geração Nova compilada por Allan Kardec (meu exemplar é tradução ao português pela FEAL, da 1ª publicação por Allan Kardec).
Com tudo isso, seremos realmente poucos os escolhidos, dentre os muitos chamados.
Como é difícil ser bom, fazer a tão sonhada reforma íntima! Tenho por lema uma frase...
Muitos amigos do grupo de estudo já sabem de cor e salteado, quando começo a pronunciar as primeiras letras ao falar...
“JAMAIS DEVEMOS JULGAR”../[i]
Julgar alguém é algo tão, mas tão dolorido, para mim, que não o faço jamais...
Li certa feita uma mensagem de Chico Xavier que diz:
“Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento:
Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja”.
Assim, prosseguindo na tarefa, usando as duas frases que me guiam: uma de Chico, - “faça tudo com simplicidade, o importante é o conteúdo” - e a outra de Divaldo – “focar no trabalho, trabalhar sempre com determinação e objectivo”.
Assim, nestes dias calorosos de Londres, temperaturas diárias entre 29 e 32 graus, vamos fazendo a parte que nos cabe, nestas terras de além-mar!

Elsa Rossi, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional (CEI) e coordenadora do CEI para a Ásia e Oceania.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Síndrome do calvário

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 02, 2018 11:52 am

por Eurípedes Kühl

O Natal é data de comemorações, religiosas principalmente, festejando o nascimento de Jesus Cristo.
É data considerada sagrada por uns, simplesmente de alegrias para outros.
Modo geral, o Natal movimenta fortemente as forças vivas dos países cristãos, incrementando o comércio (e o consumismo...), o turismo, mas principalmente as reuniões familiares.
Tudo isso, no “mundo cristão”, formado por 2,18 biliões* de pessoas que se declaram cristãs, ou pelo menos, adeptos da fé cristã, sendo que a Humanidade tem cerca de 7,6 biliões de pessoas**.
No Natal, também, a alegria é contagiante, espontaneamente induzindo as pessoas à união, à afectividade, ao companheirismo — ao amor, enfim.
É época para balanço de vida para alguns, despertando-lhes promessas de humanitarismo e de correcção de rota vivencial, que depois nem sempre se concretizam. Infelizmente.
Porém, de forma estranha, inexplicável, à aproximação do Natal, pessoas há sem os sentimentos acima; ao contrário, cultuam solidão, percebem-se carentes de amizades, excluídas de demonstrações carinhosas e fraternais; ausentes de humor, tristezas visitando-as, passam a demonstrar apatia, melancolia, insensibilidade quanto ao mundo que as rodeia. Passadas as comemorações, voltam ao normal.
É que, na época do Natal, e apenas nessa época, ano após ano, afloram comportamentos diferentes em algum parente, amigo ou apenas em conhecidos.
Atónitas, pessoas que os observam vêem que eles não sentem, como a maioria, o intenso significado do Natal.
Angústia mal disfarçada é grave e traz à tona sentimentos confusos, altamente comprometedores quanto à vontade de viver...
E então, eclode a depressão, por vezes prolongada, mas passageira na maioria das pessoas melancólicas, tão logo terminadas as festividades natalinas.
É que a pujança da vida induz a todos retornarem às suas responsabilidades, com a rotina das jornadas diárias de cada um.
Subsiste a candente pergunta:
— Por que só no Natal algumas pessoas mudam o comportamento, declaradamente ficando depressivas?...
Psicólogos, muitos, se manifestam, respondendo a essa interrogação, sugerindo que tal se dá naqueles que têm mágoas, dificuldades financeiras, desamores, lembranças negativas, às vezes rancor por alguém, desemprego, doenças reincidentes, perda de entes queridos, e tantas outras realidades que causam tristezas.
É nesse ponto que o Espiritismo, com claridade solar, oferta à razão reflexões que esclarecem e confortam os que passam por tais tristezas, justamente quando tudo em volta é alegria — Natal, Natal!
Como espírita, formulo respeitosa hipótese, remontando ao que aconteceu lá em Jerusalém, quando a mesma multidão que acolheu Jesus no “Domingo de Ramos”, diante do mais infame plebiscito da História, açulou Pilatos, gritando sobre o Mestre: “que seja crucificado”!
É precisamente aqui que, com todo o respeito, e apenas a título de hipótese, reflicto que alguns dos hoje tristes na época do Natal, talvez — só talvez —, sejam os mesmos que induziram o poder romano a crucificar Jesus, o que ocorreu no monte denominado Calvário (ou Gólgota).
Efectivada a maior ingratidão de todos os tempos — até a eternidade —, o tempo encarregou-se de mostrar, senão a todos, ao menos para a maioria daqueles açuladores, o terrível equívoco que cometeram.
E hoje, ralados de remorso, ata­vicamente angustiados no subconsciente, relembram aquele erro e por isso manifestam a dor do arrependimento.
Acontecendo isso, essa seria a “Síndrome do Calvário”.

Obs: Desaconselhável atirar a primeira, segunda ou terceira pedras: eu próprio, ou qualquer outro, com ou sem nostalgia no Natal, podemos ter estado lá, em Jerusalém, como partícipe da infâmia...
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 02, 2018 11:52 am

No livro "Vida de Jesus", de António Lima (1864-1946), Ed. FEB/RJ-RJ, cuja 1ª Ed. data de 1939, na abertura encontra-se comovente exposição do autor, parte da qual transcrevo:
"DE JOELHOS - Amado Mestre Jesus - Outrora fui decerto um dos sicários que gritaram contra ti, impondo a Pilatos:
"Crucifica-o!".
Quero resgatar uma centésima milionésima parte da minha antiga dívida.
Aqui deponho às tuas sagradas plantas esta mísera migalha da minha pobreza mental - oásis onde me refugiei para balbuciar timidamente um poema indigno da tua excelsitude, para soluçar vexado um abafado cântico ao teu amor inefável.
Temo agravar o meu delito pela audácia em er­guer os olhos para o teu augusto sólio.
Com tinta, outros disseram da tua obra.
Eu, foi com soluços de arrependimento que escrevi e orvalhei estas laudas - foi em lágrimas de sangue que molhei a pena”.
A sublimidade do Natal é abençoada oportunidade de resgate para os que por algum motivo sintam tristezas, melancolia e depressão: vivam com Jesus em seus corações e actos, o que os libertará da nostalgia.
Vinte séculos se passaram e, confiantes na Justiça Divina, relembrem as últimas palavras do Mestre Excelso, antes de expirar:
“Perdoai-os Pai, eles não sabem o que fazem”.
Indispensável, também, o auto-perdão...

* Segundo relatório do Instituto de Pesquisa americano Pew Research Center, na internet;
** Segundo dados da ONU, referentes a 2017.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty A fogueira das vaidades

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 02, 2018 8:59 pm

por Silas Lourenço

A expressão popular refere-se ao relacionamento entre pessoas vaidosas.
as o que é a vaidade?
É muito comum usarmos as palavras vaidade e orgulho como sinónimas, porém não é somente isso.
Assim sendo, no desejo de melhor estudar e reflectir sobre um dos vícios mais nefandos da humanidade, convém tentar traçarmos a diferença entre os dois e discorrermos sobre a vaidade.
Auguramos como corolário dessa reflexão que isso contribua no momento do Bom Combate.
Alguns dicionários da língua portuguesa dentre outras definições estabelecem:
“Vaidade, substantivo feminino: valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais”,
“Orgulho, substantivo masculino: arrogância, soberba, atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros”.
Da análise das duas definições destaca-se que a vaidade está intimamente ligada ao valor que se atribui às próprias qualidades, conquanto o orgulho se caracterize pela suposição de que nossas qualidades são superiores às dos semelhantes.
Ou seja, vaidade é supor que possuímos mais valia do que realmente temos, ou somos.
E o orgulho é supormos que somos superiores aos outros.
Da visão imprecisa de nossas qualidades, ou do valor que elas possam ter, surgem pessoas insuportáveis para a vida de relação, os vaidosos.
A situação dos orgulhosos é bem pior, porém, devido aos limites deste artigo, peço licença aos leitores para discorrer somente sobre a vaidade.
Por óbvio, atribuindo-lhe o sentido acima exposto.
Então, por que nascemos?
São duas as finalidades da encarnação, conforme se pode depreender da questão 132 de O Livro dos Espíritos, resumindo:
encarnamos para progredir e concorrer para a obra de Deus.
Ora, o progresso moral se faz eliminando as paixões inferiores que adquirimos.
Portanto, o vício da vaidade deve ser erradicado do nosso íntimo para que possamos atingir o objectivo de estarmos vivos.
Uma pergunta se impõe.
Como devemos combater a vaidade?
Não será armados de espada e escudo, também não será mortificando o corpo como supõem alguns fascinados.
Combate-se um vício, cultivando a virtude que lhe é oposta, pois o que é bem se impõe sobre o que é mal, que deixa de existir em sua presença.
A virtude oposta à vaidade é a modéstia que é assim definida:
“Modéstia, substantivo feminino: ausência de vaidade em relação ao próprio valor, às próprias realizações, êxitos etc.; despretensão”.
Portanto, ao detectarmos o menor sinal de vaidade devemos afastar a ideia, e prestarmos atenção ao real valor do que imaginamos ser alguma qualidade ou vantagem.
Com a correta avaliação certamente veremos que pouco ou quase nada realmente vale aquilo que tínhamos como “um grande feito”, ou “uma grande virtude”.
Podemos mencionar um sinal que pode revelar a mais pura vaidade.
Quando pensamos que somos vítimas da inveja alheia.
Quase sempre, vaidade.
A modéstia nos defenderá do “olho gordo” com muito mais eficiência que as fitinhas vermelhas.
Mas a grande dificuldade reside exactamente em enxergar nos nossos próprios méritos o seu real valor.
Um olhar crítico, minucioso, imparcial sempre considerando a perfeição de Jesus Cristo, certamente nos colocará em nosso devido lugar, nos lembremos disso.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 17 Empty Os valorosos benefícios da doação

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 03, 2018 11:14 am

por Waldenir A. Cuin

A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhe fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.”
(Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco C. Xavier, item 28.)

Fazer uma doação é quando dispomos de alguma coisa, de um bem material e o entregamos, de forma definitiva, a alguém que tem necessidade dele.
Já o doar-se é o gesto de nos doar, isto é, de oferecer o nosso tempo, trabalho, ideal, alegria, esperança em favor de uma causa nobre ou de pessoas carentes que caminham connosco, pois que, afirma o Espírito Emmanuel que devemos praticar a caridade do suor.
Em ambas as situações os maiores beneficiados somos nós mesmos, pois que dentro da lei de acção e reacção e de causa e efeito, colheremos sempre os reflexos decorrentes das acções praticadas.
Dentro do sábio contexto dessas duas leis da natureza, a criatura que encontra disposição para servir será sempre servida.
Quem ama é amado, quem socorre é socorrido, quem protege é protegido, quem aplaude é aplaudido, quem é educado recebe educação, quem respeita é respeitado, quem abençoa é abençoado.
Da mesma forma, e, pelas mesmas leis, quem agride é agredido, quem calunia é caluniado, quem maltrata é maltratado, quem ofende é ofendido, enfim, quem pratica o mal recebe a maldade.
Paulo de Tarso, o fiel e dedicado divulgador das imprescindíveis lições de Jesus Cristo, afirmou:
cada um colherá aquilo que tiver semeado”. (Paulo, Gálatas, 6: 8.)

Sabendo disso, age com prudência e bom senso aquele que vive e pratica o bem e, por certo, actua com pouca inteligência a criatura que ainda descuida e vivencia o mal.
Como as justas e sábias leis de Deus nos concedem o livre-arbítrio, obviamente, cada um tem o direito e a liberdade de seguir os seus dias pela vida da forma que melhor lhe aprouver.
Somos livres para escolher, mas fatalmente colheremos as consequências naturais das escolhas feitas.
Sendo assim, melhor e mais acertado será reflectir demoradamente na qualidade das acções que estamos deliberando no quotidiano, pois que somos os construtores de nossa paz e felicidade, ou os artífices do nosso sofrimento e decepções.
Fazendo doações ou nos doando estaremos construindo a pilastra forte que sustentará a base da nossa prosperidade espiritual, que nos permitirá deixar o mundo íntimo das imperfeições e defeitos, que ainda nos mantêm em estado de inferioridade moral, para permitir o nosso acesso às regiões evolutivas de maior graduação, onde lograremos usufruir de mais serenidade e conforto.
Evidentemente, os tempos são chegados para que despertemos a consciência e percebamos que, até o momento, diante de tantas dores e sofrimentos, decepções e amarguras, caminhamos na contra-mão da lógica e da razão.
Importa, então, mudar o rumo da nossa vida, direccionando as nossas metas e objectivos para uma existência mais espiritualizada e menos material.
Ao nosso redor, bem próximo de nós, existe uma infinidade de oportunidades e mecanismos que, se bem observados, poderão, de imediato, nos assegurar amplas possibilidades para a mudança da direcção que temos seguido até agora.
E, como a proposta das leis divinas é promover a felicidade e o bem-estar das criaturas, procuremos actuar, decididamente, de forma a contribuir para que tal empreitada seja atingida.
Existem crianças pobres precisando de recursos de sobrevivência, mães desesperadas pela escassez de alimento no lar, chefes de família desempregados, jovens trilhando por vielas sombrias e perigosas, casais vivendo em conflitos, lares desestruturados, criaturas chafurdadas nos vícios, doentes implorando socorro, depressivos de mãos estendidas, criminosos arrependidos esperando novas oportunidades, desesperados e desiludidos, vivendo na indiferença e muito mais.
Ante o quadro visível de angústias e aflições que se descortina à nossa frente é preciso ter “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir” para que saibamos como fazer as nossas doações e nos doarmos também.
Meditemos..

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