LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 23, 2019 8:50 pm

As consequências que advêm dessa desarmonia, que acaba por acontecer nas nossas festas, é que vamos ensinando às novas gerações o nosso modelo, o nosso padrão de alegria, desde as nossas festas familiares.
Já estamos pensando como é que será o nosso aniversário.
Estamos pensando como é que será aquela festa em casa.
É muito comum que os moços, os jovens, os adolescentes queiram até que os pais saiam de casa para que eles possam fazer suas festas.
Por que razão os pais têm que sair de casa?
Por que é que os adultos não podem conviver na festa com os jovens?
O que haverá de tão especial, nestas festas, onde a família não possa estar reunida?
Alguma coisa inútil existe, alguma coisa negativa há.
Cabe então nos voltarmos às bases da saúde familiar, retornarmos aos fundamentos éticos da família, da vida social, porque essa barulheira que fazemos em casa, esses excessos de alcoólicos, que aprendemos a consumir em casa, o tabagismo, o desrespeito à vizinhança é o que têm gerado, nessa actualidade do mundo, as famosas festas raves.
E a sociedade então começa a gritar porque os nossos jovens estão se matando ao som de músicas fortes, de sons altos, de estupefacientes, de drogas, de tropismo neurológico, de tropismo cerebral, noites e noites, dias e dias.
Mas, onde foi que essa juventude aprendeu isso?
De onde essa moçada retirou esses modelos de festas?
Eles apenas apimentaram, tão somente incrementaram.
Fomos nós, pais, mães, sociedades, autoridades, nós é que deixamos essa herança perniciosa para que os moços, desarmonizados em si mesmos, sem objectivo na vida, sem coisa séria para trilhar os próprios pensamentos, resolvessem retomar e dar o seu toque particular.
Todas essas festas orgíacas, donde saem os nossos moços desencarnados, onde os pais vão buscar seus filhos mortos, têm origem, têm nascedouro nesse arremedo de alegria que, verdadeiramente, não passa de uma grande excitação.
E isso configura a nossa condição terrestre de Espíritos em expiação, de Espíritos em provação, criaturas que têm necessidade de aprender no capítulo das provas, mas que têm urgência em resgatar os erros antigos, no campo das expiações.
Vale a pena pensarmos que a saúde doméstica precisa ser retomada, a fim de que a saúde social ganhe terreno.
Se a família representa, como estabeleceu Émile Durkheim, na França do século XIX, a célula fundamental da sociedade, se uma célula está doente, toda a sociedade enferma estará.
É por causa disso então, que cabe à família começar a ensinar a seus filhos que comemoração por alegria é louvor a Deus, é orar, é cantar, é brincar, é partir o bolo sim, é chamar os amigos para compartilhar a mesa, mas sem fugir às bases do equilíbrio, sem descambar da ética, sem nos perdermos nesses labirintos dos excessos.
Caso contrário, a nossa festa não passará de excitação do sistema nervoso onde nos agitaremos, gritaremos, comeremos, beberemos e morreremos.
Hoje é o dia em que deveremos iniciar essa reflexão.
Este é o tempo em que as religiões do mundo deverão estar ocupadas com seus fiéis, com o seu rebanho e, ao invés de apenas explorar esse rebanho para o lucro que vai ficar na Terra, trabalhar essas consciências, essas mentalidades para que entendamos o que disse o nosso Mestre:
Onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, no meio deles Eu estarei.
Que as nossas comemorações, as nossas reuniões festivas sejam desenvolvidas em nome do Senhor e a nossa alegria então será santa.

Raul Teixeira,

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Por que o espírito reencarna?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 24, 2019 8:07 pm

Diante dos sofrimentos aos quais o espírito se expõe na terra, somos levados a perguntar por que ele se reencarna, submetendo-se, por vezes, a um duro viver.
Quando estamos desencarnados, habitando uma colónia espiritual, vemos as coisas de um modo diferente do que quando encarnados.
Lá compreendemos que sem passar pelos trâmites da reencarnação, jamais adquiriremos força, poder, esplendor; nem nos será possível quitar os compromissos contraídos em antigas reencarnações; e convencemo-nos de que tudo isso só será possível mediante novas experiências na terra.
E para conquistarmos graus espirituais mais elevados que constituirão nossa riqueza verdadeira, e para rectificar o passado cheio de culpas, arrostamos de bom grado as incertezas das reencarnações.
O corpo humano funciona como um filtro depurador.
A animalidade que trazemos de nosso passado inescrutável é retida pouco a pouco pelo filtro da carne; e de cada uma das reencarnações, o espírito sai um pouco mais depurado, um pouco menos animal, um pouco mais humanizado.
A consciência, torturada pelo remorso, encontra no corpo humano o remédio bendito de sua redenção.
Os compromissos morais que assumimos conscientemente como encarnados, somente como encarnados podemos solvê-los.
E enquanto os compromissos morais não forem solvidos, o remorso não deixará de perturbar o espírito culpado.
Assim é que a reencarnação reúne de novo, embora em ambiente diverso, ofendidos e ofensores, vítimas e verdugos, os quais recapitulam juntos um passado de erros, procurando corrigi-los.
E quando nós nos defrontamos com portadores de moléstias presentemente incuráveis, com os aleijões, com a idiotia, com a cegueira, com a surdez, com a mudez e tantas outras, vemos irmãos que no passado se entregaram ao crime, aos vícios, à perversidade e agora, por meio do filtro da carne, procuram curar seus espíritos doentes, mutilados, enlouquecidos.
Quando desencarnados, compreendemos a extensão dos compromissos morais que assumimos e ansiamos por liquidá-los; vemos as deformidades que o vício, o crime, a perversidade, causaram ao nosso corpo espiritual; certificamo-nos, então, de que o único caminho a seguir é a reencarnação dolorosa para a obtenção da cura.
E divisando novos e mais amplos horizontes, somos informados de que a reencarnação para o aprendizado e a elevação é que nos fornecerá os meios de alcança-los.
Tudo isso faz com que deixemos de lado os receios inúteis e mergulhemos nas sombras do mundo para conquistar as glórias do céu.

Autor: Eliseu Rigonatt
Do livro: O Espiritismo Aplicado

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty A CAUSA DA MORTE

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 25, 2019 7:38 pm

A causa da morte de um corpo é o esgotamento orgânico.
Quando se processa a velhice, os órgãos enfraquecem e a vitalidade diminui.
No entanto, a morte por desastre interrompe por vezes o movimento orgânico e a interligação de uns órgãos com os outros.
A força vital desapropria-se da área que comandava e tudo entra no caos, por faltar harmonia no conjunto.
A verdadeira causa da morte é de difícil comprovação, dado o engenhoso esquema espiritual, traçado à luz do carma de cada Espírito, bem como, e certamente, do seu livre arbítrio.
O poder da vontade soma como bênção de Deus e pode modificar o cronograma, assim como os homens podem e mudam de vez em quando as suas próprias leis.
A morte de cada corpo humano não é um determinismo.
A vida pode se estender o quanto for necessário, desde que os agentes da espiritualidade maior acharem conveniente tal decisão.
Assim, as provas, infortúnios e sofrimentos tanto podem aumentar como diminuir.
O mundo espiritual, que comanda a existência dos homens na Terra, escolhe o melhor para cada um.
Surgem questionamentos quanto ao facto de um homem de bem morrer jovem, sendo que o inconveniente à sociedade permanece até a velhice. Isto porque os espíritos que dirigem a humanidade têm olhos para ver as necessidades mais profundas de cada um.
Não há injustiça em campo algum de vida, cada qual recebe somente o que merece nas linhas que percorre. Devemos procurar estudar mais as leis de Deus, que encontraremos a Verdade, como se respira o ar e se sentem os raios do sol.
A morte é sinónimo de desagregação da forma física, sem que desapareça a vida do corpo, e muito menos a do espírito. Tudo criado por Deus tem vida imortal.
O que ocorre são infinitas transformações, que se processam no seio daquilo que existe.
E quando nos é facultada a oportunidade de falar sobre o Espírito, geralmente usamos termos conhecidos pela humanidade, porém, todos eles são pobres para explicar o valor da alma.
Alhures dizemos que o espírito é vida , no entanto, a vida é atributo do espírito, como o amor, a caridade etc..
Todos os valores que conhecemos são atributos dessa chama divina, que acordam em si e com a sua presença.
Qual a definição que poderemos dar para Espírito?
Onde encontraremos termos adequados?
A pobreza da linguagem nos enfraquece a razão; sentimos o que é o espírito sem ter condições de descrever o que realmente ele é.
Por aí, pode-se deduzir o que Deus representa para nós, e as dificuldades que temos para falar sobre o Soberano Senhor.
Pouco passamos do entendimento do índio e, se quisermos avançar, diremos, repetindo João Evangelista: Deus é amor.
E com mais propriedade repetiremos Jesus, quando nos ensina: Pai nosso que estás nos Céus...
A morte que muitos temem na Terra é uma renovação, é uma mudança de dimensão da alma, para que esta compreenda melhor as leis da vida. Muitos perguntam se a inteligência é o espírito, e nós repetiremos que ela é um atributo, um dom que acordou, como muitos outros, na forja divina da consciência.
E é nessa linha de entendimento que notamos que nada morre; tudo vive na vida de Deus.
E quando começamos a despertar para Cristo, os caminhos que se abrem são infinitos, rumo à felicidade imortal, nos ensejando alegria duradoura e a paz imperturbável do coração.
É, pois, o conhecimento da verdade que nos liberta das trevas para a luz, de sorte a somente conhecermos a vida e tirarmos da mente a preocupação com a morte.

Filosofia Espírita - Volume II (psicografia João Nunes Maia - espírito Miramez)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty ARREPENDIMENTO, EXPIAÇÃO E REPARAÇÃO

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 26, 2019 7:23 pm

São as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
O arrependimento é o primeiro passo para a regeneração; não é suficiente, porém; fazem-se necessárias a expiação e a reparação.

O Arrependimento
Suaviza as dores da expiação, e pela esperança prepara os caminhos da reabilitação; só a reparação, porém, poderá anular o efeito, destruindo a causa.
O perdão é uma graça e não uma anulação.
O arrependimento poderá dar-se em qualquer lugar e em qualquer tempo; se for tardio, mais longo será o sofrimento.

A Expiação
Consiste nos sofrimentos físicos e morais, consequências das faltas cometidas, nesta vida ou na espiritual ou em nova existência corpórea, até que se apaguem os vestígios da falta.

A Reparação
Consiste em fazer o bem a quem se fez o mal.
Quem não repara nesta vida as faltas cometidas, por impossibilidade ou má vontade, achar-se-á, numa existência posterior, em contacto com as pessoas que prejudicou e em condições por ele mesmo escolhidas, que lhe facilitem provar às vítimas o desejo de lhes fazer tanto bem, quanto fora o mal que lhes fizera.

Nem todas as faltas ocasionam sempre um prejuízo directo e efectivo; neste caso, a reparação consiste em fazer-se o que não se havia feito, cumprindo-se os deveres descuidados e as missões não preenchidas; praticando-se o bem em compensação do mal praticado, isto é, tornando-se o indivíduo humilde se era orgulhoso, amável se austero, caritativo se egoísta, benévolo se malévolo, laborioso se preguiçoso, útil, sóbrio se dissoluto, trocando os maus por bons exemplos.
É assim que progride o espírito, aproveitando o passado. (*)
A necessidade da reparação é um princípio de rigorosa justiça, que pode considerar-se verdadeira lei de reabilitação moral dos espíritos.
É uma doutrina que ainda nenhuma religião proclamou.`
Anular o mal apenas com o arrependimento.
Algumas pessoas a repelem porque achariam mais cómodo apagar suas más acções com um simples arrependimento.
São livres de se julgarem satisfeitas; mais tarde verão se isto lhes basta.
Perguntamos se este princípio não está consagrado pela lei humana e se a justiça de Deus é inferior à dos homens.
E bastaria que o indivíduo que houvesse arruinado outros por abuso de confiança, se dissesse infinitamente sentido?
Como deixar de lado uma obrigação que todo homem honrado tem o dever de cumprir na medida de suas forças?
Quando a perspectiva de reparação for inculcada na crença das massas, será um freio muito mais poderoso que o do inferno e das penas eternas, visto que se refere à actualidade da vida, e o homem compreenderá a razão de ser das penosas circunstâncias em que se encontra colocado.

Fonte - Discípulos de Allan Kardec

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty __*O AMOR COBRE A MULTIDÃO DOS PECADOS .*___

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 27, 2019 7:32 pm

__*De vez em quando reaparece em nosso meio uma velha questão acerca da chamada pena de talião.
Ela continua existindo ou foi revogada por Jesus?
__*A pena de talião, que outros chamam de lei de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, apropriadamente chamada retaliação.
Essa lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente.
Trata-se de uma das mais antigas leis existentes em nosso mundo, cuja origem encontramos no Código de Hamurabi, em 1780 a.C., na Babilónia.
Moisés, algum tempo depois, a consagrou em Israel.
__*Conforme se lê na questão 764 de O Livro dos Espíritos, a pena de talião, tal como era aplicada na antiguidade, não mais vigora.
O que vigora no mundo é, em verdade, a justiça de Deus e é, obviamente, Deus quem a aplica.
__*Conhecida na doutrina espírita como lei de causa e efeito, ela aparece no Evangelho resumida numa frase que Jesus disse ao apóstolo Pedro:
“Pedro, guarda a espada, porque todo aquele que matar com a espada perecerá sob a espada”.
__*O rigor de tal pena pode, contudo, ser suavizado por uma outra lei que se tornou conhecida graças ao citado apóstolo:
“O amor cobre a multidão dos pecados”, frase que integra a 1ª Epístola de Pedro, cap. 4, versículo 8, o que significa que muitas pessoas podem alterar o mapa de sua vida amando, ajudando, fazendo o bem, uma ideia que Divaldo Franco resumiu numa frase bem conhecida:
“O bem que fazemos anula o mal que fizemos”.
__*O tema foi examinado por Allan Kardec no texto intitulado “Código Penal da Vida Futura”, que faz parte do cap. VII da 1ª Parte do livro O Céu e o Inferno.
__*Segundo o Codificador, quando o assunto é a regeneração de quem lesou o próximo, o arrependimento, embora seja o primeiro passo, não basta.
É preciso ajuntar ao arrependimento a expiação e a reparação.
__*Arrependimento, expiação e reparação constituem, pois, as condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
__*O arrependimento, afirma Kardec, suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; mas somente a reparação pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.
Não fosse assim, o perdão seria uma graça, não uma anulação.
__*Quando Pedro escreveu a epístola a que nos reportamos, ele certamente se referia à expiação, que pode ser perfeitamente amenizada e até excluída pela prática do bem e da caridade, que são a expressão maior do amor.
Na literatura espírita encontramos diversos exemplos disso.
Muitas vezes a pessoa deveria perder um braço inteiro, em face de um delito cometido no passado, e perde apenas um dedo.
No tocante à reparação, isso, porém, não se dá.
__*Lembremos o que Kardec escreveu a respeito:
__*“A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal.
Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má-vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.
Nem todas as faltas acarretam prejuízo directo e efectivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se foi orgulhoso, amável se foi austero, caridoso se foi egoísta, benigno se foi perverso, laborioso se foi ocioso, útil se foi inútil, frugal se foi intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados”.
(O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. VII.)
__*O importante, no entanto, é que tudo isso poderá ser feito não necessariamente debaixo de um grande sofrimento, em face do abrandamento lembrado em boa hora pelo apóstolo Pedro, sintetizado na frase:
“O amor cobre a multidão dos pecados.***

Gilmar .P. *_Chico Xavier Caridade Amor Luz Eterna do Espiritismo. ( Grupo espirita )

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty “ESFERAS ESPIRITUAIS. COMO É O MUNDO ESPIRITUAL?”

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 28, 2019 8:41 pm

As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos.
Estão para a vida extra-física assim como os continentes e os países estão para o mundo físico.
Os antigos já aceitavam a ideia da existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.
Essa ideia, que foi a de todas as teogonias, faziam do céu os diversos degraus da bem-aventurança; o último deles era abrigo da suprema felicidade.
Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão estar no sétimo céu - para exprimir perfeita felicidade.
Os muçulmanos admitem nove céus, em cada um dos quais se aumenta a felicidade dos crentes.
A teologia cristã reconhece três céus; é conforme esta crença que se diz que Paulo foi alçado ao terceiro céu.
A obra Kardequiana, pelo facto de ser muito mais de síntese do que de análise, ocupou-se pouco com o exame do Mundo dos Espíritos.
Estudando as diversas obras do Codificador, notamos que os Espíritos foram muito económicos em informações à respeito de seu mundo.
Foi a partir de 1943, com o livro [Nosso Lar], de autoria mediúnica do Espírito André Luiz, pelas mãos de Chico Xavier, que nós passamos a compreender, com maior profundidade, as regiões extra-físicas.
Sabemos hoje, que o mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como centro geométrico.
A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da crosta elas estiverem.
Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham livre trânsito entre elas e com frequência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e esclarecedoras.
Em cada esfera, o solo tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol.
Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta Terra, comprometido que estão com vida neste orbe.
Sobre o umbral, André Luiz [Nosso Lar] dá o seguinte depoimento:
"É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.
Funciona como região de esgotamento de resíduos mentais.
Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um.
Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário."
Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as superiores.

B - As Colónias Espirituais
Os livros de André Luiz dão-nos informações detalhadas a respeito da vida nas três primeiras esferas espirituais.
Segundo ele, estas faixas vibratórias são formadas de inúmeras cidadelas espirituais, umas maiores, outras menores, onde se reúnem Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas nos são totalmente desconhecidas, no entanto, a vida nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira semelhante:
Habitação:
há semelhança com a que existe na Terra.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 28, 2019 8:42 pm

No plano extra-físico vamos identificar casas, hospitais, escolas, templos, etc.
Ernesto Bozzano [A Crise da Morte] afirma que a paisagem astral se compõe de duas séries de objectivações do pensamento.
A primeira é permanente e imutável, por ser objectivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais muito elevadas, prepostas os governo das esferas espirituais.
A outra é, ao contrário, transitória e muito mutável; seria a objectivação do pensamento de cada entidade desencarnada, criadora do seu próprio meio imediato.
Examinando o pensamento deste autor, podemos aceitar que as construções das colónias espirituais enquadram-se na primeira série, enquanto a paisagem das regiões umbralinas pertencem a segunda;
Vestuário: a apresentação externa dos Espíritos depende de sua força mental e de seu desejo, pois eles são capazes de modificarem a sua aparência por um processo denominado ideoplastia.
Nem todos os Espíritos, no entanto, têm condição evolutiva suficiente para plasmarem suas vestes perispirituais, donde a necessidade de roupas confeccionadas por especialistas na área.
André Luiz [Nosso Lar] mostra departamentos reservados a esta tarefa;
Alimentação: nem todos os Espíritos são capazes de retirar do Fluido Cósmico Universal a energia reparadora para as suas células, daí a necessidade dos Espíritos materializados, alimentarem-se de recursos energéticos mais consistentes.
Por esse motivo, observam-se no mundo espiritual alimentos a base de sucos , sopas e frutas;
Sono e Repouso:
quanto mais evoluído o Espírito, menos necessita de repouso, para reparar as suas energias.
Espíritos inferiores dormem à semelhança do homem encarnado;
Transporte:
os Espíritos superiores se locomovem através de um processo denominado volitação, onde transforma a sua energia latente em energia cinética, deslocando-se no espaço em altas velocidades.
No entanto, Espíritos existem, que ainda não desenvolveram esta faculdade, daí a necessidade de veículos para transporte nas faixas espirituais mais próximas da Terra;
Linguagem:
a linguagem oficial entre os Espíritos é a do pensamento.
No entanto, muitas almas ainda involuídas, não conseguem se comunicar através do pensamento, donde a necessidade de palavra articulada.
Assim sendo, vamos observar colónias onde se fala o português, o inglês, etc.;
Vida Social:
a vida social nas colónias espirituais é intensa e tem como objectivo a preparação dos Espíritos para o seu retorno a Terra em nova roupagem física.
Estudam, trabalham, repousam e se divertem.
Há relatos de casamento, festas e jogos, segundo hábitos e costumes da colónia.
O Maria João de Deus [Cartas de Uma Morta] afirma:
"Os saxões, os latinos, os árabes, os orientais, os africanos, formam aqui grandes falanges à parte, e em locais diferentes uns dos outros.
Nos núcleos de suas actividades conservam os costumes que os caracterizavam e é profundamente interessante verificar como essas colónias diferem umas das outras."
Manoel Philomeno de Miranda [Loucura e Obsessão] lembra-nos:
"Católicos, protestantes e outros religiosos após a morte, não se tornam espíritas ou conhecedores da realidade ultra-tumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins."
Cabe-nos lembrar que nem todas as cidadelas espirituais têm uma orientação sadia, voltada para o bem e para o equilíbrio das criaturas.
André Luiz [Libertação] diz:
"Incapacitados de prosseguir, além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colónias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra."
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 28, 2019 8:42 pm

Mas lembra também o benfeitor que, a Misericórdia Divina não os desampara pois, são observados e assistidos por entidades luminosas;
Animais e Plantas: o solo do mundo espiritual, à semelhança do solo do planeta é coberto por uma infinidade de plantas, flores e hortaliças que são cultivadas, com muito esmero, por mãos bondosas.
Os animais, como regra geral, reencarnam quase imediatamente após a morte, no entanto, em certas ocasiões, eles podem vir a ser preparados por entidades especializadas para serem utilizados em tarefas específicas.
Muitas vezes, no entanto, as descrições da paisagem espiritual, quando falam de "formas animalescas", estão se referindo a Espíritos humanos em processo de deterioração de seus corpos espirituais (licantropia ou zoantropia), como também de "formas ideoplásticas", fruto do pensamento e da vontade de entidades viciosas do astral inferior.

C - O Homem após a Morte
Lembra-nos Kardec que "após a morte, cada um vai para o lugar que lhe interessa", pois cada individualidade vai deslocar-se, após o desencarne, para a região espiritual que está em concordância com o seu modo de ser e viver.
E complementa [ESE]:
"Enquanto uns, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço.
Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente."
De forma didáctica, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três situações:
Continuar Vivendo na Crosta:
são Espíritos excessivamente apegados a vida física e que não conseguem assumir a sua condição de desencarnados, continuando a viver nos locais onde se habituaram, às vezes sem ao menos darem-se conta de que já não mais pertencem ao mundo material.
Alguns factores que podem condicionar a este apego a vida material:
- ignorância, confusão e medo;
- apegos excessivos a pessoas e lugares;
- inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo;
- vinculação a negócios não concluídos;
- desejo de vingança;

Deslocarem-se para certas regiões do Umbral: muitos Espíritos culpados ou viciosos, após o desencarne, são levados por uma força magnética automática ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá permanecerão até que o arrependimento e a vontade de reparar o passado modifiquem a sua psicosfera pessoal;
Recolhimento a uma Colónia Espiritual onde deverão integrar-se à Vida Extra-Física.

D -Bibliografia
Colecção Nosso Lar (16 obras) - André Luiz/Chico Xavier
Cartas de Uma Morta - Maria João de Deus/Chico Xavier
Voltei - Irmão Jacob/Chico Xavier
A Vida Além da Morte - Otília Gonçalves/Divaldo Franco
Cidade no Além - Heigorina Cunha
Loucura e Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco
Fonte: A Casa do Espiritismo

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Faça o bem

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 29, 2019 7:37 pm

Somos uma população encarnada de mais de 7 biliões de habitantes e falidos moralmente em razão de um passado delituoso e comprometido com as leis naturais ou Divinas.
Em razão de nossa pequenez moral, a humanidade pratica diariamente biliões de actos de maldade, contaminando a psicosfera do planeta que fica envolto por uma camada de miasma deletério, poluindo o psiquismo humano e também o meio ambiente.
O miasma deletério no sentido espiritual, é a emanação de uma vibração negativa, que causa uma sensação de ansiedade opressora e mal-estar geral.
Em consequência desses pensamentos e actos deletérios, estamos todos sujeitos a essa influência que nos tira, muitas vezes, o discernimento da realidade e dos acontecimentos em nossa volta, distorcendo a nossa compreensão da vida e suas vicissitudes.
Isso nos coloca em uma condição de mútuo comprometimento com a realidade existencial e com a finalidade de estarmos encarnados, qual seja, a de nos empenharmos em nosso desenvolvimento, especialmente o moral, provocando assim uma espécie de imantação ao mal ou ao bem, dependendo do que vai no interior de cada alma.
Diante de catástrofes e grandes mudanças colectivas, somos imantados por esse nosso psiquismo, como uma espécie de atracção para passar por tais episódios.
Somos todos interligados por essa realidade em razão de, ainda como espíritos moralmente falidos, somos submetidos, muitas vezes, ao sofrimento, a tortura e até mesmo prematuramente à morte do corpo, o que nos leva a conclusão de que muitas vezes há e haverá injustiças nesse mundo, mas que nenhum de nós somos injustiçados em razão das próprias maldades por nós criadas diariamente, comprometendo o ajustamento da marcha evolutiva em direcção à perfeição a qual estamos todos destinados.
Uma das formas de atenuar e até mesmo modificar essa condição é a proposta do bem, praticando-o na sua mais extensa profundidade, qual seja, fazer o bem sem olhar a quem, naquela alusão de o evangelho que nos conclama a:
“não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita”.
Mas como fazer o bem pode mudar nossa realidade?
Quando, de facto, se faz o bem como preconiza o evangelho, estamos criando uma nova realidade interior e exterior pois, passamos a construir novas opções nas nossas acções diante da vida.
Porém quando alguém faz um bem, mesmo a contra gosto, surgem realidades e circunstâncias nem sempre por nós compreendidas ou percebidas de imediato, como ocorreu com Simão de Cirinaica, naquela fatídica tarde da via crucis em que retornava de exaustivo dia de trabalho, se depara com Jesus carregando injustamente em seus ombros o madeiro infame da acusação de pervertedor da ordem estabelecida, e se vê obrigado por um soldado romano a carregar a cruz até o Monte da Caveira e, ao abaixar-se para devolver a cruz que não lhe pertencia, cruza seus olhos com os do Mestre que lhe diz:
“Meu filho, Deus te abençoe a dádiva bem vinda, mesmo que a contra gosto, por que todo bem feito é uma luz que se ascende pelo caminho.”
Naquele momento Simão sente um frémito e fica magnetizado por aquele olhar que lhe invade a alma.
Sem compreender essa sensação, agitado e ansioso, retira-se rapidamente desejando chegar ao seu lar.
Ora, se um bem feito, mesmo a contra gosto, uma luz se ascende pelo caminho, imaginemos o bem intencionalmente feito com o propósito de amparar o carente, o desamparado, o abandonado, o vilipendiado, o excluído, a criança de rua, os animais, os acometidos pelas grandes catástrofes, que pomposamente chamam de “tragédia ambiental”, enquanto que na verdade esse tipo de tragédia ambiental provém do mais alto grau de egoísmo e cupidez humanas, sendo um crime contra a vida.
São esses actos que podemos denominar de o amor em acção, que progressivamente praticados, mesmo que a contra gosto, vai eliminando de nossas almas as mazelas da indiferença, da omissão, da ganância, do egoísmo, da vaidade de nossos nomes e títulos, do orgulho de nos crermos melhores do que nosso irmão de caminhada, por ainda não compreendermos que somos todos iguais perante Deus e que devemos amar ao nosso próximo com toda a intensidade para que nos sintamos irmãos diante uns dos outros.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 29, 2019 7:37 pm

Que grande sabedoria e que maravilhosa estratégia que a lei divina nos concede em podermos nos melhorar através de nós mesmos.
É o Criador em nosso íntimo, permitindo chegar até Ele com nossos actos e atitudes, sem que dependamos de quem quer que seja para o nosso crescimento.
Portanto, a chave do nosso avanço moral reside em nosso íntimo e dispomos dos meios para eliminarmos de nossas almas os rígidos sentimentos anti-fraternos e egoísticos, que a séculos e milénios nos tem mantidos morosos connosco mesmo, impedindo-nos de alcançar o brilho das estrelas dos diversos mundos do cosmo infinito.
Não fomos criados para permanecer nesta inércia e apatia diante da grandiosidade da vida que nos é reservada na Obra Divina.
No entanto, cabe-nos a iniciativa de buscar os meios para que a evolução aconteça.
Portanto, façamos o bem, sem olhar a quem e muitos menos que seja alardeado com o fim de recebermos a auréola social dos nossos actos pois, ela será divina, no íntimo de nossas almas e com a presença do Criador em nós.
Foi exactamente assim que aconteceu com Simão, que não tinha a mínima noção do que viria a acontecer-lhe, por um acto a contra gosto:
Na pedra fria do calvário Jesus ao receber novamente a cruz, cruza o seu olhar com o de Simão e sente que ele também carregava uma cruz em seus ombros, que era a cegueira de sua amada filhinha que o aguardava no lar, e por esse seu gesto sendo obrigado a carregar momentaneamente sua cruz, cura a cegueira da criança como gratidão pelo bem que recebera em um momento em que não conseguia mais carregar o infame madeiro sobre seus ombros.

Valci Silva – Psicólogo

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty O que dizem os espíritos, sobre desencarnes colectivos?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 30, 2019 7:55 pm

Ao longo da história do homem já ocorreram incontáveis situações de desencarne colectivos.
Acções da natureza como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas levaram incontáveis pessoas ao desencarne.
E na história recente temos presenciado situações de desencarne por outras razões, como naufrágios, acidentes aéreos, acidentes automobilísticos, incêndios, desabamentos, ocupação inadequada de áreas de risco como áreas costeiras sujeitas a tsunamis, encostas de morros, e outras.
O desencarne é um assunto importante em nossas vidas, pois significa o final desta oportunidade reencarnatória, e a interrupção das relações familiares e de amizade, dentro dos padrões que conhecemos e estamos acostumados aqui na Terra. Logo é natural que o desencarne de muitas pessoas simultaneamente nos chame ainda mais a atenção.
É consequência da característica do ser pensante, reflectir sobre sua vida e sobre sua interrupção.
E por isso temos nos perguntado:
por que ocorrem estas situações onde muitas pessoas desencarnam ao mesmo tempo?
Em mensagens recentes através do Médium Maury Rodrigues da Cruz, os espíritos Leocádio José Correia e Marina Fidélis nos alertam para o facto de que os desencarnes colectivos não representam resgate de erros em vidas passadas, ou qualquer tipo de castigo ou punição.
Também não são resultado da influência de espíritos desencarnados.
A reflexão que os espíritos orientadores nos trazem está em torno do uso mais construtivo do nosso livre arbítrio, o que nos leva a pensar mais criticamente sobre os factos que causam os desencarnes colectivos, ao invés de nos apegarmos a explicações que retiram de nós a responsabilidade sobre os factos que ocorrem em nossa sociedade.
Com a evolução do conhecimento científico o Homem passou conhecer mais a fundo os detalhes do ambiente onde vive, o planeta Terra.
Passou a conhecer e a entender os vulcões, os terremotos, os tsunamis, as acções dos ventos, das chuvas, do fogo, do frio e do calor.
Assim,hoje já sabemos que o planeta nos traz situações de risco à vida do corpo, e passamos a evitá-las quando possível.
Evitamos ocupar encostas de morros, evitamos ocupar áreas sujeitas a terremotos, não ocupamos áreas de risco próximas a vulcões com possibilidade de erupção.
Ao mesmo tempo a evolução da tecnologia nos trouxe sistemas de alerta para tempestades, tsunamis e erupções vulcânicas, reduzindo o risco de exposição das pessoas a tais eventos naturais.
Desta forma, com base no conhecimento, na mudança de comportamento e na prevenção, certamente temos evitado mais situações de desencarnes colectivos em função de eventos naturais.
Por outro lado, a evolução do conhecimento humano gerou mudanças importantes na sociedade global. Intensificamos as relações entre países e continentes.
Desenvolvemos aeronaves com capacidade de transportar centenas de passageiros, grandes navios com capacidade para mais de 6 mil pessoas, automóveis, ónibus, edifícios.
Mas, nem sempre o conhecimento aplicado consegue prever todas as situações, e o desenvolvimento da cultura, da mesma forma, nem sempre acompanha o avanço da tecnologia.
Assim temos situações diversas que podem levar a acidentes:
por um lado podem ocorrer falhas nos aviões, navios, automóveis, trens; por outro lado muitas vezes fazemos uso inadequado desses meios de transporte, nos colocando em situações não previstas e causando acidentes.
Antes de termos inventado aviões, automóveis e edifícios não ocorriam desencarnes envolvendo estes recursos.
Nós os inventamos, nós os usamos, nós os mantemos, nós cuidamos ou não do seu aprimoramento e das condições para seu uso.
Estradas com manutenção precária; aeroportos situados dentro das cidades e com restrições para ampliações; pressão por resultados financeiros crescentes que acabam reduzindo a atenção e os investimentos em segurança; todas essas situações são escolhas humanas, escolhas feitas por nós espíritos encarnados, e que muitas vezes levam a situações que provocam o desencarne de várias pessoas.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 30, 2019 7:56 pm

E como temos a população em constante crescimento, temos cada vez mais locais onde ocorre a aglomeração de pessoas, como por exemplo em aeroportos, rodoviárias, supermercados, shopping centers, grandes eventos, casas nocturnas, escolas, hospitais.
Quais são os riscos que estes ambientes podem oferecer à vida daqueles que lá estão?
Temos pensado a respeito?
Temos actuado em sua prevenção?
Como espíritos encarnados todos fazemos parte do grupo responsável pelo padrão de vida estabelecido na Terra no momento.
Na visão espírita não há destino.
Há justiça, o que significa efeitos coerentes com as causas que lhes deram origem.
Se actuarmos no sentido da prevenção, do ajuste de comportamento, da manutenção da vida, teremos menos situações de desencarne, independentemente de quantas pessoas estejam envolvidas.
Entretanto, se adoptarmos as explicações religiosas que eximem a sociedade de sua responsabilidade sobre tais fatos, justificando os desencarnes em supostos processos ditos cármicos, estaremos aceitando postergar aprendizados importantes e repetir sofrimentos evitáveis.
Tendo essas reflexões como base, como podemos avaliar os desencarnes ocorridos recentemente na Boate Kiss, em Santa Maria, RS?
Os espíritos desencarnados tem alguma influência nos desencarnes colectivos?
As equipes espirituais podem ser chamadas a intervir construtivamente no sentido da prevenção de algum evento humano de grande significado para a civilização, desde que isso não limite o livre-arbítrio das pessoas.
No caso de desencarnes colectivos a influência das equipes espirituais é semelhante ao das equipes encarnadas, ou seja, é de apoio e ocorre após o evento.
Os jovens que desencarnaram na boate Kiss em Santa Maria eram espíritos responsáveis pelas mortes de pessoas nas câmaras de gás na Alemanha?
Não passaria de coincidência se entre aqueles jovens houvesse ao menos um dos participantes daquelas atrocidades.
Apesar das semelhanças entre o método usado nos campos de concentração e o acidente de Santa Maria, os espíritos orientadores afirmam que não se trata de resgate, pois a intenção da Lei Maior é o aprendizado e não a punição.
O conceito humano de justiça, por meio do método conhecido como “olho por olho”, é uma criação humana atribuída ao rei Babilónio Hamurabi, aproximadamente 1800 anos antes de Cristo.
Percebendo a injusta desproporção em crime e castigo vigente em seu reino, ele promulgou leis que previam que as penas não deveriam ser maiores que os crimes.
Jesus trouxe a evolução do conceito de retaliação ao propor o perdão aos inimigos como forma de não perpetuar a dor.
Mahatma Gandhi em 1948 argumentou sobre o acerto do perdão explicando que se formos buscar a justiça por meio do olho por olho, acabaremos todos cegos.
Mas, e onde ficaria a justiça se os algozes das atrocidades humanas não receberem sua justa punição?
O desejo de vingança é uma imperfeição do carácter humano.
Assim como aprendemos a imaginar Deus como um homem forte, acabamos imaginando características humanas também para sua justiça.
Jesus foi bastante claro ao questionar o mérito de perdoar quem amamos e ao insistir que devemos perdoar setenta vezes sete vezes aqueles que nos fizeram mal.
Devido a essas mesmas imperfeições, há inúmeras maneiras pelas quais nós, os espíritos encarnados, aprenderemos sobre a importância da protecção da vida durante nossos estágios encarnatórios.
Dentro do princípio de amor e perdão, não faz sentido pressupor equipes espirituais encarregadas de aplicar “penas de morte” a encarnados que erraram no passado.
Como avaliar as mensagens de espíritos que confirmam os resgates colectivos?
Consta que uma vez Emmanuel disse o seguinte ao médium Chico Xavier:
"Se algum dia, eu disser algo diferente do que disse Jesus e Kardec, fique com Eles e abandone-me."
Evidentemente, não há como abandonar o inestimável tesouro de princípios, ideias, exemplos e interpretações de Chico Xavier, como pessoa e como médium; bem como os conteúdos trazidos pelos espíritos que o orientaram.
Ocorre que deixar de reflectir sobre o conhecimento a fim de actualizá-lo é tornar a evolução mais lenta.
Devemos lembrar que o Espiritismo é o estudo, o entendimento e a prática dos princípios fundamentais da Doutrina.
Portanto deve estar em constante movimento evolutivo através da sua própria revisão.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Deus jamais compactua com o erro

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 31, 2019 7:04 pm

É fundamental que homem entenda de facto a sua função existencial quanto criatura de Deus e principalmente, as suas responsabilidades frente a sua comunidade.
De certo que a evolução e a prosperidade pessoal são uma faculdade ao qual todos têm o livre arbítrio de caminhar pelas veredas da justiça de Deus, ou, pelos caminhos tortuosos do engano.
Entretanto, as escolhas se reflectem tanto na vida pessoal tão quanto na vida em sociedade, mesmo sendo indivíduos com script exclusivo, mas tudo aquilo que produzimos vai impactar no ambiente ao qual nos inserimos.
Todavia, alguns poderão escolher o isolamento de si para fugir da sociedade muitas vezes massacrada pela força do pecado, refugiando-se em ilhas desertas e ou mesmo se tornando uma ilha em meio a multidão.
Porém, até mesmo no mundo criado por si, o homem interferirá no meio ambiente que escolhe para habitar, alterando assim a rotina e a vida virgem de um determinado local.
E conforme o tratamento dado a estes espaços, consequentemente influenciará na vida útil deste tão quanto do espaço ocupado, podendo se estender por diferentes localidades, ou seja, se acumular sujidades, as doenças serão inerentes; se desmatar, a sombra, o alimento e o oxigénio poderão enfraquecer e causar serias consequências por uma longa extensão; se contaminar as águas, impossível poderá ser a sua utilidade e enfim, o resultado de todas as acções humanas na natureza serão directamente sentida por aquele que comete o mal, reflectindo-se no ambiente que poderá ser infectado por gerações e comprometer a vida sadia de sua colectividade.
E seguindo este propósito está a vida espiritual ao qual dedicamos o momento presente, seja na condição encarnada assim como desencarnada, isto é, adequado com as condutas praticadas e partindo de nossas acções, o impacto será sentido por aqueles que estão ao redor, ou seja, se ficarmos de mau humor, outros poderão ficar mal humorados; consequentemente se ficarmos alegres, quem estar ao redor poderá ficar alegre; se plantarmos o terror, quem estiver ao redor ficarão aterrorizados; consequentemente se plantarmos a paz, quem estiver ao redor, poderá ficar em paz.
Contudo, a história da humanidade retrata a desobediência humana como fonte principal das consequências desastrosas praticadas pelo homem no afronte a Deus, como no caso do faraó, que no enfrentamento ao Senhor, trouxe pragas ao Egipto atingindo inclusive a vida dos inocentes, pois o líder, crendo que poderia medir forças contra o Pai, o desafiou colocando outras forças a frente crendo que seus deuses fariam frente ao Senhor.
No entanto, no embate, o Senhor provou todo o seu poder, afinal é o Criador de tudo o que existe.
Todavia, todos aqueles inocentes que foram sucumbidos por conta da desobediência do faraó, foram elevados na graça eterna, pois foram vitimizados pela conduta errónea do seu líder, onde teve todas as chances para fazer diferente e se redimir, mas preferira se armar do orgulho, da vaidade, da prepotência e do egoísmo para se valer de um dito poder, já o dito soberano do Egipto viu a sua conduta se ruir ao seus olhos, isolando-se naquele império.
Contudo, o homem continua praticado os mesmos vícios e os considerados inocentes são os maiores afectados por conta dos desmandos e do poder a todo o custo, homem continua elegendo outros deuses a fazer frente contra o Pai, crendo que estes poderão fazer frente ao Senhor, mas diferentemente das divindades a época, a história manteve também outros deuses talvez mais letais, como é o caso do dinheiro, das jóias, das posses, das terras que elevam ao fadado egoísmo, poder, vaidade, orgulho, prepotência fazendo do homem predador do próprio homem.
Razão pela qual a sociedade consequentemente se vê envolto de fenómenos que levam as mortes colectivas e outros a perderem tudo o que tem, levando o homem ao reinicio de um processo contínuo e evolutivo, porém, tendo a misericórdia divina amparando-o neste recomeço.
E engana-se aquele que crê que o Senhor determina ao homem para que prejudique o outro homem incutindo nele a irresponsabilidade, a corrupção, o assassinato de todas as formas, a mentira, o roubo, a traição, a ingratidão, a ganancia a poder executar a sua obra, ninguém volta ao planeta e ninguém retorna ao mundo espiritual com a missão de fazer o mal, tudo isto é consequência do direito as escolhas, onde dependendo da opção muitos serão afectados, porém, àqueles inocentes, vítimas do mal, serão acolhidos pela misericórdia divina, e aqueles que escolheram o caminho do engano, tendo em visto as posses terrenas como o seu poder, terão o seu quinhão, e um dia a oportunidade de recomeçar e fazer o caminho novamente.

Autor: espírito de Ezequiel
Escrito: médium Marcelo Passos

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Direitos autorais nas hostes espíritas, uma vergonha!

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 01, 2019 6:31 pm

Jorge Hessen

Há instituições filantrópicas exigindo e cobrando actualmente por “direitos autorais” dos conteúdos e imagens de alguns ilustres figurões palestrantes “espíritas” que estavam sendo exibidos nalgumas tv’s (GRATUITAS) da Internet, razão pelo qual tais canais (GRATUITOS) correm o risco de encerramento das atividades.
Isto é uma vergonha! Como diria Boris Casoy.
Alegam que o pretexto da acção (cobrança dos direitos autorais), tem sido o uso INADEQUADO de conteúdos dos venerados oradores para arrecadação de dinheiro e monetização no YouTube.
Isto motivou a denúncia e a acção extrajudicial contra os canais (GRATUITOS). Pois que algumas das práticas de tais canais estariam ferindo o direito autoral.
Ora, cremos que a divulgação das ideias espíritas através das tv’s (GRATUITAS) não pode ficar condicionada à questão dos “direitos autorais”.
Infelizmente esses portais têm esbarrado com a avareza dos vendilhões, que sob o jargão da suposta destinação dos lucros financeiros para obras filantrópicas, elevam a bandeira do famoso “direito autoral”, promovendo ameaças ridículas e anti-doutrinárias através de intimidações extrajudiciais.
O movimento espírita transformou-se num balcão de negócios lucrativos, onde se comercializa (vídeos de palestras na internet por assinaturas), livros doutrinários, CDs, DVDs, reflectindo a cobiça de compulsivos de alguns líderes vendilhões “espíritas”.
Será que tal mesquinhez alcançará os Centros Espíritas?
Será que algum dia, em nome dos “direitos autorais”, os vendilhões “espíritas” impetrarão mandados extra-judiciais proibindo exibição de videos das palestras dos "ban-ban-bans" e / ou os empréstimos de livros contidos nas bibliotecas das humildes Casas Espíritas?
É urgente reconhecer que o mundo virtual tem sido admirável veículo de disseminação dos conteúdos revelados pelo mundo espiritual.
Além disso, tem facilitado a democratização da apropriação do conhecimento espírita e a inserção social dos espíritas mais pobres.
É inaceitável a proibição das reproduções (GRATUITAS) da mensagem espírita pela Internet para fins específicos de informações e estudos.
A Terceira Revelação não pode demorar-se à mercê dos vendilhões e nem dos ridículos interesses do mundo material.
Sem ferir os princípios da ética e do respeito aos “direitos autorais”, cremos que os vendilhões “espíritas” deveriam estimular e apoiar os divulgadores dos portais (Tv’s (GRATUITAS) e bibliotecas espíritas virtuais) para o exercício do pleno direito da divulgação gratuita dos princípios doutrinários.
Até porque, inevitavelmente diversas mensagens (áudio, livros e vídeos) já foram e continuarão sendo publicados pelas redes sociais, e actualmente se encontram dispersos e disponíveis através da rede mundial de computadores, sendo inexecutável o controle jurídico desse cenário.
Em que pese existirem muitos espíritas excluídos do ambiente virtual, sobretudo aqueles mais pobres, que não possuem computador / internet, e os menos afeitos às tecnologias novas, a Doutrina dos Espíritos tem um colossal papel social e em tempo de Internet é um absurdo a exclusão dos acessos virtuais gratuitos para um enorme número de espíritas que não podem pagar inclusive para participarem dos festivos e luxuosos congressos espíritas e ou comprarem livros psicografados caríssimos.
Onde está o limite dessa exploração comercial da mensagem espírita?
Cremos que o Espiritismo não assenta com interesses comerciais e a publicação das mensagens do mundo espiritual não pode ser objecto de lucro financeiro, apenas moral.
Isso não faz o menor sentido, já que na espiritualidade não precisamos desse artifício do mundo material, que tanto corrompe o homem encarnado.
Entendemos que é uma improbidade falar em direitos autorais quando se trata de uma mensagem espírita.
O autor de uma mensagem espírita deveria dispensar o negócio doutrinário, pois não precisa dele.
Seu objectivo (mensagens espíritas) são a elevação e a educação, essenciais à nossa evolução, e não há como colocar preço nisso.
Uma instituição espírita, por mais briosa que seja, por mais filantrópica consistam em as suas actividades, seu interesse não pode sobrepor aos objectivos doutrinários da divulgação correta e honesta do Espiritismo, sobretudo através da Internet, que pode proporcionar consolação aos corações e mentes atormentados.
Sabemos que urge encontrar-se um caminho apropriado de financiamento das acções espíritas nas instituições, considerando que muitos confrades resistem em cooperar na formação de um caixa para o trabalho de difusão, mas insistimos que o equilíbrio está no meio...nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Até porque são nossos esforços de exemplificação de auto moralização, não nossa fama ou esplêndidas palavras na tribuna que auxiliarão na renovação do cenário terreno.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty O que aconteceu com a diversidade das mediunidades nas reuniões mediúnicas espíritas?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 02, 2019 6:06 pm

Ligia Inhan

Escritores, pensadores e pesquisadores de diferentes regiões do mundo e em distintas épocas têm testemunhado a respeito do fenómeno mediúnico.
Aparições de Espíritos, objectos que se incendeiam espontaneamente, transporte de pessoas, são só alguns dos muitos casos registados.
Esse texto busca levantar uma reflexão a respeito da falta de diversidade da prática mediúnica nos centros espíritas.
Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, descreve um quadro sinóptico das diferentes espécies de médiuns.
O Codificador afirma categoricamente:
“[...] a mediunidade apresenta uma variedade infinita de matizes, que constituem os médiuns chamados especiais, dotados de aptidões particulares, ainda não definidas, abstracção feita das qualidades e conhecimentos do Espírito que se manifesta.”
(a partir do item 185 e seguintes, grifo nosso).
Ele faz uma distinção bem clara na análise apresentada: a separação do Espírito que se apresenta e o instrumento pelo qual ele se comunica, e utiliza uma comparação entre a qualidade de um instrumento musical e a escolha de um artista competente.
Desse modo, o Espírito pode escolher trabalhar com um ou outro médium em função do género de comunicação que queira transmitir e isso independe de qualquer habilidade ou conhecimento consciente do médium.
Aliás, esta característica é um dos meios de se checar a autenticidade das comunicações mediúnicas.
Salienta o codificador, que o médium não pode esperar que possua uma ampla gama de tipos de mediunidade, mas se deve entender a natureza do médium, da mesma forma como que se estuda o Espírito, “pois são esses os dois elementos essenciais para a obtenção de um resultado satisfatório”.
Por fim, outro ponto interessante é ressaltado: a intenção do médium, “o sentimento mais ou menos louvável de quem interroga”.
Kardec então relaciona uma variedade impressionante de mediunidades, segundo o modo de execução, o nível de desenvolvimento da faculdade, o género de comunicações, dentre outras categorias classificatórias.
No entanto, a FEB vem orientando há décadas o desenvolvimento da mediunidade do tipo de psicofonia nos materiais didácticos para cursos de mediunidade:
“É importante destacar que a psicografia não é a forma mediúnica mais indicada para o atendimento de Espíritos necessitados ou portadores de declarada perturbação espiritual.
A psicofonia é, sim, a mediunidade de escolha, favorecendo o diálogo e o auxílio mais efectivo ao comunicante sofredor.
Contudo, vale assinalar que os benfeitores espirituais se manifestam, usualmente, tanto pela psicografia quanto pela psicofonia”
(Apostila Mediunidade Estudo e Prática. Módulo II, p. 125). (http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Estudo-e-pratic...)
Mas porque a preferência pela psicofonia se Kardec dá preferência à psicografia?
Segundo o Codificador, “a escrita tem sobretudo a vantagem de demonstrar de maneira mais material a intervenção de uma potência oculta, deixando traços que podemos conservar, como fazemos com a nossa própria correspondência (O Livro dos Médiuns, item 152).
Podemos perceber esse viés pelas obras do Espírito André Luiz, psicografadas por Chico Xavier.
A obra Nos domínios da mediunidade apresenta secções mediúnicas clássicas, com 10 a 12 médiuns, nas quais as comunicações são feitas através da psicofonia.
Mas há tipos de mediunidades diferentes.
No capítulo 3, apresenta os quatro médiuns: Eugénia, com a psicofonia consciente intuitiva; Anélio, clarividência, clariaudiência e psicografia; António Castro, psicofonia sonambúlica e de desdobramento; e Celina com clarividência, clariaudiência, psicofonia sonambúlica e de desdobramento.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 02, 2019 6:07 pm

Há dois pontos interessantes a serem acrescentados aqui:
1) ao que parece, as descrições das reuniões mediúnicas contadas a partir das obras deste Espírito evidenciaria que essa prática já havia se tornado o meio mais comum de intercâmbio com os espíritos, as chamadas “reunião para fazer caridade”, no atendimento prioritário aos Espíritos infelizes.
Saber porque houve essa troca de preferências da mediunidade poderia ser um interessante campo de estudos para pesquisadores espíritas no futuro.
Por outro lado, não se sabe se a prática já havia sido disseminada desta forma, ou se foi a partir das obras de André Luiz que se estabeleceu um padrão para as que foram criadas após.
2) Alguns leitores poderiam lembrar que a mediunidade de psicografia ficaria mais restrita aos médiuns missionários, cujo papel seria na divulgação, produção de conteúdo espírita e dar continuidade ao precioso intercâmbio espiritual benfeitor.
No entanto, Kardec analisou comunicações de médiuns dos mais diversos matizes, grau de instrução e nível social.
Trabalhou directamente com adolescentes, que não tinham nenhum papel importante a ser desenvolvido para a humanidade individualmente, mas tinham sim, colectivamente.
O valor da Codificação Espírita está justamente na diversidade de médiuns, mediunidades, Espíritos e origens.
Kardec ressaltou inúmeras vezes que o desinteresse e o nível moral eram os únicos critérios que conferiam veracidade das comunicações e fez questão de dispensar os nomes de médiuns nas mensagens publicadas, que tinham sido analisadas pelo conteúdo e pelo nome do Espírito, quando este o depunha.
Ao contrário, a dependência de médiuns exclusivos leva ao sério risco de messianismo, pois parece que somente indivíduos sozinhos, com suas missões exclusivas, possuem credenciais para continuar a progressão do conhecimento espírita. Longe de serem especiais, necessitam da assistência de um grupo coeso e, o bom senso aconselha, quanto mais médiuns dedicados e com níveis semelhantes de capacidade e moralidade de um grupo, melhor para esse ou aquele que possa vir a se sobressair.
Essa questão parece ter consequência sobre o desenvolvimento/aprimoramento da mediunidade da psicofonia como forma exclusiva de comunicação dos espíritos.
Mas mesmo esta modalidade possui uma ampla gama de matizes que interferem na comunicação.
A título de um testemunho, durante mais de duas décadas frequentando reuniões mediúnicas, fui percebendo a uniformização das comunicações e das mediunidades sem que os médiuns e dirigentes dessem conta dessa deterioração.
Sem risco de errar, 100% dos Espíritos comunicantes eram do mesmo nível dos médiuns, falando basicamente das mesmas tragédias, desilusões e desesperanças.
Essa percepção pode estar relacionada com a metodologia de atendimento.
A conversa entre esclarecedor e comunicante se assemelhava a uma espécie de Twitter mediúnico:
o Espírito se apresenta com algumas poucas frases, que o médium deveria controlar, o esclarecedor respondia sobriamente e em cinco, no máximo 10 minutos, nesta mesma linha de actuação, e na sequência o Espírito era dispensado para os cuidados dos Espíritos benfeitores.
Alguns médiuns se sentiam desconfortáveis com esses esclarecimentos, mas as justificativas eram sempre as mesmas:
“isso é só um primeiro socorro”; “a reunião mediúnica é só um pronto-socorro”.
Mas mesmo em um pronto-socorro humano há evolução das práticas, aperfeiçoamento das ferramentas e avaliação constante.
Aparecem casos extremos e outros menos, há variações no atendimento, mesmo porque o pessoal qualificado melhora suas habilidades com estudo e com a prática.
Algumas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas durante a avaliação, que seria o momento ideal para expor-se livremente no grupo, no intuito de entender o que ocorreu durante os transes, imediatamente após as manifestações.
O grupo poderia entender as características próprias da mediunidade e das comunicações e quais poderiam ser as técnicas de diálogo que melhor se adequassem aos atendimentos.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 02, 2019 6:08 pm

No entanto, muitas vezes, no lugar da avaliação, o que ocorria era uma espécie de pacto de silêncio, incluindo os médiuns e esclarecedores.
Práticas como essas podem levar a um círculo vicioso, gerando um campo prolífico para o animismo, ou mesmo a mistificação, inconsciente ou não.
Hoje, com os recursos de vídeo e gravação, não há como alegar a falta de instrumentos para avaliação das reuniões mediúnicas.
A prática da avaliação séria e detalhada auxiliaria na distinção entre progresso e estagnação e evitaria um posterior insucesso nos atendimentos aos Espíritos, particularmente no caso desobsessões perigosas dos Médiuns e esclarecedores.
Kardec é enfático neste ponto e aconselha peremptoriamente a participação dos médiuns nas reuniões de estudos específicas para fazer a avaliação das comunicações, conforme está no capítulo Reuniões e Sociedades Espíritas, item 329 de O Livro dos Médiuns.
Todos os destaques são nossos.
“As reuniões de estudo são ainda de grande utilidade para os médiuns de manifestações inteligentes, sobretudo para os que desejam seriamente aperfeiçoar-se e por isso mesmo não comparecem a elas com a tola presunção da infalibilidade. [...] Graças ao isolamento e à fascinação, podem facilmente levá-lo a aceitar tudo o que quiserem.”
“Nunca repetiríamos demasiado: aí está não somente uma dificuldade, mas um perigo.
Sim, podemos dizê-lo um verdadeiro perigo.
O único meio de escapar a ele é submeter-se o médium ao controle de pessoas desinteressadas e bondosas, que, julgando as comunicações com frieza e imparcialidade, possam abrir-lhe os olhos elevá-los a perceber o que não pode ver por si mesmo.
Ora, todo médium que teme esse julgamento já se encontra no caminho da obsessão.
Aquele que pensa que a luz só foi feita para ele já está completamente subjugado.
Leva-se a mal as observações e as repele, irritando-se com elas, não há dúvida quanto à natureza má do Espírito que o assiste.”
Neste sentido, quando pegamos o exemplo de vida espírita de Yvonne do Amaral Pereira, percebemos que parece haver um verdadeiro abismo entre o que se pratica hoje, como que ela praticava em centros onde frequentou.
No livro À Luz do Consolador, capítulo 5, ela revela:
“Nunca desenvolvi a mediunidade, ela apresentou-se por si mesma, naturalmente, sem que eu me preocupasse em atraí-la, pois, em verdade, não há necessidade em se desenvolver a faculdade mediúnica, ela se apresentará sozinha, se realmente existir, e se formos dedicados às operosidades espíritas” (grifo nosso).
Mais à frente, ela ainda desabafa:
“Em certa época de minha vida, no Rio de Janeiro, morei sozinha em um pequeno apartamento [...].
Havia oferecido minha colaboração espírita e mediúnica a alguns centros espíritas.
Não fui aceita por nenhum.
A burocracia repelia-me" (grifo nosso).
Nas reuniões mediúnicas, ela foi psicógrafa, especialista em receituário e produção de livros; psicofónica, com a especialidade no atendimento aos casos de obsessão e suicidas; de efeitos físicos, com as especialidades de materializações, receituário e passes para curas; e também foi médium oradora, entre outros tipos ainda a serem estudados através das suas próprias obras.
Finalizando, percebe-se hoje que as rotinas estabelecidas por cursos,a título de assegurar uma disciplina de comportamento, acabam por focar excessivamente a mediunidade psicofónica, não abrindo espaço para os médiuns perceberem outras formas de comunicação.
Uma variedade de mediunidade como as de Yvonne Pereira jamais seriam sequer percebidas pelos médiuns, seja pela falta de auto-conhecimento, seja pela falta de avaliação, seja porque os cursos são voltados para a massificação da mediunidade.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 02, 2019 6:08 pm

A disciplina moral do Evangelho é mais do que a disciplina material, cujas práticas têm se assemelhado às das empresas e dos escritórios do mundo.
Mais uma vez, Yvonne fornece uma resposta adequada:
“Conservei-me sempre espírita e médium muito independente, jamais consenti que a direcção dos núcleos onde trabalhei bitolasse e burocratizasse as minhas faculdades mediúnicas.[...]
Para isso, aprofundei-me no estudo severo da Doutrina, a fim de conhecer o terreno em que caminhava e conservar com razão a minha independência.
No entanto, observei a rigor o critério e os horários fixados pelos poucos centros onde servi, mas jamais me submeti à burocracia mantida por alguns”
(À Luz do Consolador, capítulo 6).
Estamos na era da comunicação digital que atravessa o mundo em segundos e a comunicação mediúnica está restrita ainda à psicofonia, na sua mais simples manifestação.
Fomentar a diversidade da mediunidade é auxiliar na evolução das comunicações mediúnicas, que consequentemente fará progredir os atendimentos e as reuniões.

Autora:
Ligia Inhan, trabalhadora da Sociedade Espírita Primavera, em Juiz de Fora - MG

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty A tarefa da Doutrina

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 03, 2019 6:50 pm

1 Na inquietação dos tempos que correm, os próprios Espíritos, cuja elevada missão devia ser levada a efeito dentro da maior simplicidade, sofrem a influência dos fortes antagonismos da actualidade do mundo.
2 A falsa acusação de que os seus núcleos se constituam em redutos de conspiração contra a ordem social veio encarecer aos olhos de todos a necessidade de sentimentos cristãos no sector da serenidade e da temperança, dentro dos quais possam manter os compromissos em que se acham empenhados.
3 O Espiritismo vem justamente coordenar os elementos dispersos pela desorganização das ciências sociais, conduzindo as criaturas em suas actividades para o equilíbrio e para a ordem.
4 Nenhuma doutrina oferece dados mais exactos para a construção da harmonia social que aquela formada dos seus ensinamentos consoladores.
5 Dentro das suas actividades, conhece cada um o absurdo das teorias igualitárias absolutas, considerada, no seu justo sentido, a necessidade do esforço individual para a catalogação dos valores de cada personalidade, no instituto das provas purificadoras.
6 A própria reencarnação, com as suas confortadoras verdades, demonstra o impositivo da igualdade irrestrita no plano das aquisições de cada um na edificação de si mesmo.
7 Solidariedade e tolerância, a caminho da paz e da fraternidade universais, não constituem elementos de subversão ou de desordem, mesmo porque somente no Cristianismo Redivivo, tal qual no-lo apresenta o Espiritismo, em sua feição pura e simples, pode orientar as novas filosofias sociais dentro das organizações colectivas que hoje sofrem as mais amplas renovações, filhas das intenções generosas e puras, conhecendo, desse modo, a necessidade de caminharmos, assim mesmo, vagarosamente, para a uniformidade das interpretações, na observância d’Aquele que é a luz da humanidade.
8 Requisitar o apoio da justiça do mundo para a garantia da verdade?
Bem reconhecemos quão precária é essa mesma justiça da Terra.
9 Mirem-se, os espiritistas, em Jesus.
A grandeza do Mestre na condenação do pretório e nas humilhações do Calvário não reside tão somente na fortaleza da divina Vítima.
10 Reside muito mais na sua humildade que, confiando no Pai celestial, prescindiu de todo o socorro das organizações meramente humanas dos aparelhos estatais.
11 Entretanto, examinado o problema, é justo que os espiritistas, gratuitamente acusados, venham a campo, na estrada das reivindicações?
Sob o ponto de vista humano, nas expressões sociais e políticas do mundo, semelhante iniciativa estaria certa, mas sob o ponto de vista espiritual consideramos que os cristãos sinceros não podem esperar a compreensão das horas que passam.
12 Entreguem-se ao Senhor de todos os tempos, purificando-lhes os ambientes, sem permitir que os corações se contaminem ao toque das organizações e concepções viciosas da actualidade.
13 Não é lícito que a verdade peça socorro às convenções transitórias.
De posse dela, a criatura sabe sofrer, aprender, consolar e esperar.
Com ela guardamos uma concepção mais justa, com respeito aos dois infinitos que constituem o espaço e o tempo.
14 A principal função do Espiritismo está adstrita à grande obra de educação e de consolação no plano da reforma de cada qual com o divino Modelo.
15 Atravessa o orbe os períodos mais dolorosos e mais críticos.
Organizam-se os estados mais fortes.
16 A sua missão e o seu primeiro objectivo é a transformação de todas as coisas e de todos os indivíduos para o bem e temos, todavia, de reconhecer que dentro da feição liberal da sua doutrina pode parecer que os seus prosélitos experimentam uma certa hipertrofia da liberdade, mas como não ser assim se essa mesma doutrina é a liberdade ampla na busca do conhecimento superior?
17 Daí o reconhecimento, igualmente, que dentro dela há lugar para todas as vozes e para todas as opiniões, desde que, muito embora respeitando a justiça dos homens, sigam a Jesus que, na epopeia gloriosa dos seus sofrimentos, poderia ter solicitado a garantia dos direitos humanos, provocando a organização de um processo, onde fosse especificada a procedência da calúnia que o conduziu aos julgamentos cegos da justiça do mundo.
18 Entretanto, os seus lábios estiveram mudos.
E foi nessa certeza de que a Justiça em si mesma não se encontrava na Terra, no desprendimento das glórias humanas no reino da iniquidade, na renúncia de tudo, que residiu a luz misteriosa e infinita que iluminou o Calvário, atravessando os séculos até os nossos dias.

Emmanuel
Deus connoscoEmmanuel

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty PARENTES DESENCARNADOS EM VISITA A ENCARNADOS.

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 04, 2019 7:12 pm

Quando um Espírito, já Harmonizado na vida Espiritual, recebe uma autorização Superior para nos visitar na Terra, naturalmente, não trará qualquer malefício aos encarnados.
Sua presença carinhosa poderá apenas despertar “lembranças” nos familiares mais sensíveis que poderão sentir-lhe a presença.
Mas a questão é que muitos dos nossos entes queridos, após desencarnarem, não se desvinculam do ambiente doméstico, podendo afectar negativamente aqueles que permanecem na experiência física.
Há no Movimento Espírita um facto muito interessante, que comprova essa afirmação.
Um dos nossos mais queridos oradores, o conhecido médium e tribuno baiano Divaldo Franco, na adolescência, após a morte de um irmão biológico, foi tomado por uma repentina paralisia nas pernas.
Durante seis meses, recebeu toda a assistência médica sem qualquer resultado positivo.
Os médicos não conseguiam sequer diagnosticar o que exactamente ocorria com o jovem, já que não encontravam quaisquer problemas no campo orgânico.
Até que um prima de Divaldo decidiu recorrer a uma senhora Espírita que, prontamente, atendeu ao pedido.
A experiente Trabalhadora do Cristo estendeu as mãos sobre o rapaz acamado, aplicando-lhe o “Passe Magnético”, enquanto Orava ao Senhor da Vida.
Através da mediunidade, percebeu também a presença do irmão desencarnado de Divaldo que, inconscientemente, se lhe vinculara magneticamente, tirando-lhe o movimento das pernas.
Imediatamente após O Passe e o afastamento do Espírito enfermo, a senhora gentilmente informou o que estava acontecendo, pedindo ao jovem que se levantasse e andasse, o que, para surpresa de todos, ocorreu com desenvoltura.
Divaldo Franco, na época, ainda não era Espírita, mas já possuía uma acentuada sensibilidade mediúnica.
Após o ocorrido, foi conduzido pela família a uma Casa Espírita, onde iniciou seus Estudos Doutrinários e seu Ministério de Amor.
E até hoje, aos 85 anos, prossegue viajando pelo mundo, já tendo visitado mais de 60 países, divulgando as directrizes seguras e Abençoadas do Espiritismo.
Como se vê, muitos desencarnados não são conduzidos imediatamente às colónias Espirituais; ficam apegados aos plano físico, podendo gerar “obsessões inconscientes”, desconfortos e até desequilíbrios orgânicos, pela lei de sintonia.
A Terapêutica da Oração, do Passe e, principalmente, a Renovação do Campo Mental e Emocional do encarnado, através de Leituras e Palestras edificantes, são Recursos Preciosos para que os Vínculos Energéticos sejam retirados e o Equilíbrio Psicofísico retorne à pessoa Espiritualmente afectada.
Aproveitando o ensejo da pergunta, é importante informar, de forma mais generalizada, que somente pode haver um real Processo de Desobsessão ou Libertação Espiritual, quando o obsediado (quem sofre a influência) suplantar o obsessor (quem influencia) com Sua Vibração Pessoal, que deve ser alcançada principalmente através da Transformação Moral e Comportamental, proposta pelo Evangelho do Cristo.
Esperando der oferecido algumas singelas “Sementes” para Reflexão sobre esse tema tão significativo, envio meu fraterno abraço aos queridos leitores, com Votos de muita Paz em Jesus.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Resgates colectivos ante a Lei de Causa e Efeito

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 05, 2019 7:17 pm

(Jorge Hessen)

A jovem Baya Bakari, de 14 anos, foi a única sobrevivente do Airbus A310, da empresa Yemenia Air, que caiu no Oceano Índico, pouco antes do pouso nas Ilhas Comores, com 153 pessoas a bordo.
Temos notícia de outros acidentes aéreos que tiveram, também, um único sobrevivente, a exemplo de Vesna Vulovic, aeromoça sérvia, que, no momento em que a aeronave sobrevoava a ex-Checoslováquia, resistiu à explosão, supostamente, causada por atentado terrorista, em janeiro de 1972. (1)
Dias antes, na véspera do Natal de 1971, um avião de passageiros, também, explodiu, depois de ser atingido por um raio, ao sobrevoar a Amazónia peruana.
Todos morreram, à excepção da jovem Juliane Koepcke, de 17 anos, que caiu de uma altitude de 3 mil metros, aproximadamente, ainda presa ao seu cinto de segurança. (2)
História semelhante é a de George Lamson Jr, que tinha 17 anos, quando sobreviveu à queda do Lockheed L-188, Electra da Galaxy Airlines, matando outras 70 pessoas a bordo, em janeiro de 1985.
Os episódios de sobreviventes nessas circunstâncias incluem o de uma criança, de quatro anos, que escapou da queda do voo 255, da Northwest Airlines, em agosto de 1987, em que mais de 150 pessoas morreram no acidente, segundo os organizadores de um memorial pelas vítimas da catástrofe.
Em 1995, uma menina, de nove anos, foi a única sobrevivente da explosão, em pleno ar, de um avião, na Colômbia.
Em 1997, um menino tailandês escapou de um acidente, que matou 65 pessoas, durante um voo da Vietname Airlines.
Em 2003, uma criança, de três anos, foi a única sobrevivente de um acidente aéreo, no Sudão, que matou 116 pessoas.
Lamentemos, sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma, pois nada acontece sem que Deus consinta.
Esses fatos nos remetem a reflectir sobre as ideias dos cientistas materialistas que crêem que a sobrevivência “não é uma questão de destino”, pois mais de 90% dos acidentes aéreos têm sobreviventes, hoje em dia, graças aos “avanços tecnológicos” (!!!...).
Mas, a justificativa de “avanços tecnológicos” não explica as causas de uns morrerem e outros sobreviverem na mesma cena trágica.
Como se processa a convocação de encarnados para uma desencarnação colectiva?
Qual a explicação espiritual para o facto de pessoas saírem ilesas das catástrofes, algumas, até mesmo, desistindo da viagem ou, então, perdendo o embarque, em transportes a serem acidentados?
As respostas são baseadas nas premissas de que o acaso não pode reger fenómenos inteligentes e na certeza da infalibilidade da Lei Divina, agindo por conta de espíritos prepostos, sob a subordinação das entidades superiores.
“A cada um será dado segundo as suas obras”.
Ensinam os espíritos, mediante comparação simples, mas de forma altamente significativa, que justiça sem amor é como terra sem água.
O pensamento da espiritualidade superior sobre o tema significa que a justiça é perfeita, porque Deus a fez assistida pelo amor, para que os endividados não sejam aniquilados.
A Doutrina dos Espíritos, embasada em O Livro dos Espíritos, não respalda a ideia de fatalidade, tratando especificamente do assunto, merecendo, por isso, leitura e reflexão. (3)
Então, qual a finalidade desses acidentes que causam a morte conjunta de várias pessoas?
Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações?
Por que algumas pessoas escapam, como vimos acima?
Lembrando que fatalidade, destino e azar são palavras sempre citadas em situações como essas, vejamos como os Espíritos nos esclarecem:
“Fatalidade”, “Destino” e “Azar” são palavras que não combinam com a Doutrina Espírita, da mesma forma a palavra “sorte”, usada para aqueles que escapam desse tipo de situação.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 05, 2019 7:18 pm

Que conceitos estão por trás dessas palavras?
O Livro dos Espíritos explica, dentre outras informações a respeito, que “a fatalidade só existe no tocante à escolha feita pelo Espírito, ao encarnar, de sofrer esta ou aquela prova; feita a escolha, ele traça, para si mesmo, uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra.
Em verdade, “fatal”, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte.
Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podemos fugir”.(4)
Em chegando a hora de retornar ao Plano Espiritual, nada nos livrará e, inconscientemente, guardamos em nós o género de morte que nos aguarda, pois isso nos foi revelado quando fizemos a escolha desta ou daquela existência.
Não nos esqueçamos de que somente os acontecimentos importantes, e capazes de influir nossa evolução moral, são previstos por Deus, porque são úteis à nossa purificação e à nossa instrução.
Nas mortes colectivas, como os casos tão dramáticos ocorridos nos recentes desastres aéreos, somente encontraremos uma justificativa lógica para os respectivos acontecimentos, se analisarmos, atentamente, as explicações que só a Doutrina Espírita nos fornece, para confirmar que, até mesmo nesses DESASTRES, a Lei de Justiça se faz presente, pois, como nos afirma o Codificador, não há efeito sem que haja uma causa que o justifique.
Todos os nossos irmãos que pereceram, em desastres aéreos, carregavam, na alma, motivos para se ajustarem com a Lei Maior, a fim de quitar seus débitos com a Justiça Divina, que não falha jamais, encontrando, aí, a oportunidade sublime do resgate libertador.
“Salvo excepção, pode-se admitir, como regra geral, que todos aqueles que têm um compromisso em comum, reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objectivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita”. (5)
Vamos encontrar em o livro Chico Xavier Pede Licença, no capítulo 19, intitulado “Desencarnações Colectivas”, as sábias explicações para o fenómeno das mortes colectivas, quando o benfeitor Emmanuel responde pergunta endereçada a ele, por algumas dezenas de pessoas, em reunião pública, realizada na noite de 22/08/1972, em Uberaba, MG, e que aqui transcrevemos:
“Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios (e de quedas de aeronaves)?
Responde Emmanuel -” Realmente, reconhecemos em Deus o Perfeito Amor, aliado à Justiça Perfeita.
“E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio”.(6)
Como se processa a provação colectiva [resgate]?
O mentor do Chico esclarece:
“Na provação colectiva, verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro.
O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona, então, espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas da dívida do pretérito para os resgates em comum, razão porque, muitas vezes, intitulais “doloroso caso” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais”. (7)
Diante de tantos lúcidos esclarecimentos, não mais podemos ter quaisquer dúvidas de que a Justiça Divina exerce sua acção, exactamente, com todos aqueles que, em algum momento, contrariaram a harmonia da Lei de Amor e Caridade e, por isso mesmo, cedo ou tarde, defrontar-se-ão, inexoravelmente, com a Lei de Causa e Efeito, ou, se preferirem, com a máxima proferida pela sabedoria popular:
“A semeadura é livre, mas, a colheita é obrigatória”.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 05, 2019 7:19 pm

É importante destacar que, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o mestre lionês assinala:
"Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento, porque se passa neste mundo, seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta: trata-se, frequentemente, de simples provas escolhidas pelo Espírito para sua purificação, para acelerar o seu adiantamento”. (8).
Diante do exposto, afirmamos que a função da dor é ampliar horizontes, para, realmente, vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do equilíbrio.
Por isso, diante dos compromissos “cármicos”, em expiações colectivas ou individuais, lembremo-nos sempre de que a finalidade da Lei de Deus é a perfeição do Espírito, e que estamos, a cada dia, caminhando nessa direcção, onde o nosso esforço pessoal e a busca da paz estarão agindo a nosso favor, minimizando, ao máximo, o peso dos débitos do ontem.

Referências bibliográficas:
(1) Vesna, que recebeu um prémio da organização Guinness World Records pela "mais alta queda do espaço sem para-quedas", despencou de mais de 10 mil metros de altitude junto com uma parte da fuselagem do avião, para cair nos montes nevados da hoje República Checa.
(2) Acredita-se que os fortes ventos que sopravam de baixo para cima suavizaram a queda, fazendo o assento descer em espiral e não em queda livre.
A adolescente alemã passou 11 dias vagando na selva, sem comida, em busca de civilização.
(3) Kardec, Allan. O Livros dos Espíritos, RJ: ed Feb, 1999, questões 851 a 867, do Livro III, capítulo X
(4) idem
(5) Kardec, Allan. Obras Póstumas, RJ: Ed Feb, 1993, Segunda Parte, pág. 215, no Capítulo: Questões e problemas
(6) Xavier F Cândido / Pires j. Herculano. Chico Xavier pede Licença, no capítulo 19, “Desencarnações Colectivas”, SP: Ed GEEM, 1972
(7) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed Feb 1972, perg. 250
(8) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, item 9, cap. V

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Vaidade ou inveja?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 17, 2019 6:25 pm

Vladimir Alexei

O movimento espírita brasileiro também tem sido sacudido pelas mudanças e transformações vigentes no mundo. Isso causa dor e alegria.
Dor porque o processo de mudança exige adaptação.
Alegria porque vislumbram-se novos horizontes.
Ulrich Beck (2016), ousou dizer – e defendeu a sua ousadia –, que não se trata de mudança ou transformação e sim “metamorfose”.
Na busca por explicar o processo que se vive na actualidade, o autor alegou “falência” de definições.
Se ele tivesse conhecido a doutrina espírita, talvez compreendesse que se trata de um período de “regeneração” com profundos ajustes acontecendo em diversos campos da vida.
A mudança no movimento espírita vem ocorrendo a partir do enfraquecimento de instituições seculares, que antes ditavam o ritmo da divulgação doutrinária e consequentemente dos seus profitentes.
A rede mundial de computadores (www.), encurtou distâncias e permitiu a proliferação de pensamentos e sentimentos que demonstram necessidades diferentes daquela estrutura patriarcal estabelecida no campo físico.
O exemplo da Igreja Católica é inequívoco:
o Papa “saiu” do Vaticano pelas redes sociais e conseguiu arrebanhar mais simpatizantes do que se estivesse apenas em seu trono dourado.
Ele apresentou ao mundo um pensamento contemporâneo, sensibilidade e fraternidade, pautados nas directrizes do Cristo.
Aliás, ele foi ousado e demonstrou riqueza de carácter quando trocou o trono de ouro, por uma cadeira de espaldar alto.
Nas décadas de 1980 e 1990, palestrante espírita conhecido em todo Brasil era o Divaldo Franco.
Um ou outro, de forma voluntária e anônima, se deslocava pelo país, sem projecção como ocorreu com Divaldo.
Divaldo não chegou a ser o que é, em termos de divulgação, de um dia para o outro.
Fez o seu trabalho com uma vida de dedicação.
Há quem goste e aqueles que não gostam do trabalho de divulgação realizado por ele.
É um direito de cada um pensar diferente.
É oportuno dizer, em tempos obtusos, que pensar diferente não significa desrespeitar.
Criticar o trabalho não significa diminuir o trabalhador, apenas apresentar outros entendimentos sobre o assunto.
Nessa linha de divulgação doutrinária, via rede mundial, muitos nomes surgiram com contribuições relevantes para que o pensamento espírita pudesse alcançar corações sofridos e auxiliá-los no processo reeducativo por meio de palestras, seminários e congressos.
Os congressos, ditos, “espíritas”, se perderam em pompas e circunstâncias totalmente materialistas, em lugares amplos, para arrebanhar grupos dispostos a pagar e fazer circular moedas entre palestras, actividades e dinâmicas.
Existe, na rede mundial de computadores, trabalhadores espíritas contabilizando quantas palestras e quantas pessoas participaram de suas actividades ao longo de uma vida, como se esse “quantitativo” significasse “progresso espiritual”.
Pasmem: existem ainda, canais de vídeo na rede, de espíritas, que aceitam ofertas financeiras, como uma espécie de “leilão”, para que as perguntas dos ouvintes que ofertaram, sejam atendidas pelo expositor.
Será que, às custas de um internauta, vale a pena manter uma estrutura “profissional” para se divulgar opiniões pessoais?
Porque não são estudos doutrinários e sim, “bate-papos” com “famosos”.
São momentos de tietagem, estimulados pela simpatia e educação dos expositores que se prestam a esse papel, de receber dinheiro por causa da estrutura que se montou.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 36 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 17, 2019 6:25 pm

Isso nos remete ao pensamento de Allan Kardec quando proferiu uma “alocução” (discurso curto, pronunciado em solenidades), para os espíritas de Bruxelas e Antuérpia, narrado na Revista Espírita de novembro de 1864.
Kardec ao cumprimentar os espíritas daquelas localidades, demonstrou alegria sóbria ao informar que ele teria direito de envaidecer-se pela acolhida daqueles Irmãos, mas ele sabia que aqueles testemunhos “se dirigiam menos ao homem do que à Doutrina, da qual sou humilde representante”.
Onde há humildade nesses Congressos ou Seminários ou Palestras virtuais em que os expositores se colocam como “seres missionários”?
Que falam que os outros são vaidosos, mas incapazes de reconhecerem a própria vaidade?
No passado, os Congressos Espíritas produziam anais.
Os primeiros registos sobre “anais” datam da Roma Antiga e hoje seriam registos de trabalhos científicos publicados no contexto do evento.
Se o congresso espírita não tem o cunho de apresentar trabalhos científicos, fruto de estudos mais elaborados, ele serve para o que?
Angariar fundos para instituições privadas ou interesses pessoais?
O objectivo de Allan Kardec realizar visitas aos centros espíritas, ainda no relato de sua viagem de 1864, era para, “além de contribuírem para estreitar os laços de fraternidade entre os adeptos”, colher elementos de observação e de estudo.
Os elementos que se colhem na actualidade, demonstram total divergência com os princípios postulados pela Doutrina Espírita.
São acções motivadas por interesses pessoais, ainda que traduzidos ou motivados por causas "nobres".
Nobre é o que o Cristo disse:
"não saiba vossa mão esquerda o que faz a direita".
O texto de Allan Kardec é perfeito para a actualidade.
Para concluir essa ilustração, Kardec diz o seguinte:
“Está provado que o Espiritismo é mais entravado pelos que o compreendem mal do que pelos que não o compreendem absolutamente (...).”
Uma divulgação malfeita, com valorização do “amor próprio”, aquele que se traduz por pessoas que “se acham” detentoras do conhecimento espírita, causa essa perda de referência doutrinária que se encontra no movimento espírita brasileiro.
O que fazer então?
Essa pergunta paira no ar, a cada reflexão, porque remete a outro pensamento: seria inveja?
É possível, por que não?
Cabe análise pela relevância do tema.
Se estivéssemos na mesma condição, teríamos feito diferente?
Com esse entendimento, ousaria dizer que faríamos diferente, até por ver tudo isso. Entretanto, não é um caminho fácil de se modificar.
O despreparo do espírita é tão grande que as repercussões ocorrem no campo pessoal:
relacionamentos desfeitos, empregos que se modificam, filhos que se rebelam, olhares de desconfiança, depressão, ansiedade e uma série de outras sequelas que podem ser observadas.
Será que estamos realmente preparados para uma profissão de fé Espírita?
"Abrir mão" do que é politicamente ou convenientemente adequado, no plano terreno, para as conquistas do espírito?
É necessário e premente que se modifique, para o bem das lideranças que ainda conseguem lembrar, em meio aos holofotes, que a Doutrina Espírita educa, consolando, transforma, orientando, estimula, fazendo-nos trabalhar nas fragilidades egoístas que ainda se manifestam gritantes em seus adeptos.
Que essas fragilidades pessoais não sejam superiores ao brilho perene e regenerador da Doutrina Espírita.

§.§.§- Ave sem Ninho
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