LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Reflexões sobre a “Ingratidão dos filhos e os laços de família”

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 02, 2018 9:44 am

Se formos observar, em toda a Obra Kardequiana as mensagens de Aurélio Agostinho se relacionam sempre com a família, porque Santo Agostinho passou por sérios problemas familiares durante sua vida.
Em primeiro lugar com relação ao seu pai, Patrício.
O pai de Santo Agostinho era um homem complicado, com uma vida um pouco desregrada e um tanto quanto livre.
Patrício era funcionário na prefeitura de Tagaste - na época província romana, hoje é a actual Argélia - mas ele se interessava pelo filho, notava que Aurélio Agostinho era muito inteligente, e queria que ele fosse estudar, fazer um curso, como a maioria dos pais desejam para seus filhos.
Graças à generosidade de um amigo de grandes posses de seu pai, chamado Romaniano, Aurélio Agostinho foi enviado para a cidade de Cartago, também na África, para estudar retórica.
Nesse meio tempo, Agostinho arranjou uma namorada com a qual teve um filho chamado Adeodato (que significa a presença de Deus), que ele assumiu prontamente.
E isso é da mais alta importância, porque nos sabemos que dentro da Doutrina Espírita, espíritos como Emmanuel, André Luiz e outros que comunicaram através de Chico Xavier, sempre chamaram a atenção para o sexo responsável.
Agostinho, portanto, assumiu e cuidou do menino.
Mas a mãe de Aurélio Agostinho - Mónica, posteriormente, Santa Mónica - tinha uma ligação muito grande com ele; não diríamos incestuosa, mas uma ligação que Freud explicou com certa clareza em seu Complexo de Édipo.
Ela se preocupava com exagero e ficou completamente arrasada com aquela situação do filho.
Mónica pertencia à raça berbere, que até hoje existe no norte da África, de nómadas, e ela, mulher muito complicada, carregava certos costumes, como, por exemplo, levar comida para os familiares que haviam morrido colocando em suas sepulturas.
Aurélio Agostinho procurou de todas as formas, fazer com que sua mãe mudasse seu comportamento apegado, suas atitudes, mas em vão.
A única coisa solução que ele encontrou foi se transferir para Roma – ele era professor de retórica nessa época.
Mas para viajar ele teve que usar um artifício, uma mentira, que depois, com certeza, trouxe para ele um sentimento de culpa.
Quando ia viajar para a capital do império, a mãe dele, um tanto quanto desconfiada, não desgrudava do filho e, o acompanhou até o porto.
Aí então, Agostinho pediu à sua mãe que entrasse num templo que havia ali perto e fizesse uma oferenda e, disse a ela que iria até o navio ancorado levar uma “encomenda” para um amigo - era mentira.
Na embarcação já estavam a sua mulher e o filho Adeodato, aguardando para partirem rumo a Roma.
E naturalmente Agostinho não voltou.
Ele deixou sua mãe “esperando” e seguiu viagem.
Tempos depois, sua mãe, Mónica, também seguiu para Roma.
Em Roma, um grande amigo de Aurélio Agostinho, Alípio, queria que ele se casasse com uma garota de 12 anos, ele que já era um homem de 33 anos, e Agostinho falou ao amigo:
“Eu não posso fazer isso, é um absurdo!”.
E continuou com a namorada, mãe de seu filho, até que, certo dia, a senhora sua mãe chegou a Roma e exigiu que Aurélio mandasse sua mulher de volta para África e que não continuasse com aquele relacionamento de concubinato.
Veja, caro leitor, que relacionamento familiar é um assunto muito sério na vida de Santo Agostinho.
Há um livro de Aurélio Agostinho – “De Magistro” - em que o seu filho Adeodato participa do diálogo e, aí notamos que o garoto era de uma inteligência brilhante.
Adeodato morreu com 16 anos de idade.
Nesta época, Agostinho entrou numa depressão muito grave e, então, ele foi para um retiro campestre pensar em sua vida, encontrar um propósito para sua vida.
Até que seu grande amigo Alípio sugeriu a ele que fosse para uma grande praça e lesse trechos das epístolas de Paulo e, assim ele fez.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 02, 2018 9:45 am

Abrindo a esmo a parte das epístolas, caiu no versículo Romanos 13:13, que diz:
“Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja”.
Enquanto ele lia, ouviu uma voz de criança, que ele não sabia se era uma menina ou um menino, que apenas disse: “Toma e lê”.
Ele abriu o Evangelho e sentiu que a partir daquele momento precisava seguir o Cristo.
Havia necessidade, realmente, de mudar o rumo de sua vida.
Assim, Aurélio Agostinho recebeu o amparo do bispo daquela localidade que propiciou meios e condições para ele estudar as Escrituras Sagradas e a vida dele prosseguiu, com sua mãe junto a ele, com seu amor doentio.
É bom saber disso para que pensemos na questão do apego (exagerado) que a maioria das mães tem pelos filhos.
Sempre digo que a mãe não tem que se apegar aos filhos.
A mãe tem que valorizar o marido e, deixar os filhos, para que eles sejam filhos do mundo.
Tanto que há um médico italiano autor de um livro já traduzido para o português, em que ele cita o caso de outro médico que recebeu na condição de filho uma criança com severo retardo mental e, mesmo assim, este médico agradeceu a Deus por ter tido aquele filho, porque ele sabia que o único filho que é realmente do papai e da mamãe é aquele que tem um retardamento mental ou outras doenças incapacitantes.
Filhos saudáveis são filhos do mundo!
Em minha opinião, isso é muito importante para tomarmos cuidado com a forma como falamos dos filhos, porque, nós pais, temos a mania de dizer:
“Meu filho, minha filha” e na verdade deveríamos falar:
“Meu irmão, minha irmã” - que estão na condição actual de filho e filha.
Somos todos filhos de Deus.
A nossa mania de dizer “o meu isso, o meu aquilo” ocorre porque temos a tendência do amor possessivo.
O psicanalista alemão Erich Fromm nos mostra em seu livro a “Arte de Amar” que o amor possessivo é um amor infantil, imaturo, e este amor apenas prejudica as pessoas.
O amor verdadeiro, maduro, deixa a pessoa amada livre para que possa seguir seu caminho. É libertador.
Mas voltando a Aurélio Agostinho, quando sua mãe faleceu em Roma, houve com ele um fenómeno mediúnico: ele viu o espírito da mãe e novamente entrou numa fase de depressão por causa desta situação.
Observe, caro leitor, que Aurélio Agostinho precisava realmente escrever sobre a família porque ele viveu situações familiares um tanto quanto complicadas.
Agostinho foi contemporâneo de São Jerónimo – tradutor da Bíblia do grego para o latim - e ele, seguindo as ideias deste santo, passou a combater o sexo.
Aurélio Agostinho tinha um bloqueio nesta área por causa de sua mãe, que, de forma inconsciente causou nele o que a psicanálise chama de “castração psicológica”.
Assim, muito preocupado, passou a partir desta época a combater o sexo e chegou até a dizer:
“O sexo está entre fezes e urina”, sendo que, como todos sabem, é através do sexo que o processo da reencarnação se processa.
Conhecendo melhor a vida de Santo Agostinho, é muito importante nos lembrarmos daquilo que ele diz sobre a ingratidão:
“Quando eu sinto que uma pessoa agiu com ingratidão a meu respeito é porque o que eu fiz para aquela pessoa foi por orgulho, por interesse.
Se faço alguma coisa a alguém com desprendimento eu jamais vou sentir ou achar que aquela pessoa é ingrata, ela naturalmente não me agradeceu, mas eu não estou preso à necessidade de agradecimento”.
Portanto, meus irmãos, o item do Capítulo 14 do Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado “A ingratidão dos filhos e os laços de família”, escrito por Santo Agostinho, em Paris, 1862, vem mostrar que os filhos são espíritos que vem ao nosso encontro para acerto de contas - a grande maioria -, e outros para nos auxiliarem, nos darem forças, para que possamos prosseguir em nossa jornada, vencer aqueles obstáculos, superar aquelas dificuldades que nós não vencemos em vidas passadas.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 02, 2018 9:45 am

Por conseguinte, nós, espíritas, precisamos estudar a Doutrina Espírita para entendermos essa mecânica da ligação do filho com a mãe e da ligação da filha com o pai, e compreendermos que o Complexo de Édipo, estudado por Sigmund Freud, pode ser explicado à luz da Doutrina Espírita, que dá explicação para tudo.
No livro "Obreiros da Vida Eterna”, de André Luiz, através de Chico Xavier, nas páginas 32 a 34, há uma palestra no Nosso Lar do Dr. Barcellos, psiquiatra desencarnado, para várias pessoas, dentre elas André Luiz.
E o Dr. Barcellos afirma que:
“O que falta a Freud e seus seguidores é a noção dos princípios reencarnacionistas...”
Assim, lembremos que é preciso estudar a Doutrina Espírita todos os dias, imitar o nosso Chico Xavier que lia Allan Kardec diariamente.
Devemos também ler e percorrer os livros recebidos por Chico Xavier e reler os livros não só de Emmanuel e André Luiz, mas também os livros dos poetas – “Antologia dos Imortais”, “O Parnaso de Além-Túmulo” etc.
Mas por que os poetas?
Porque na poesia a comunicação é directa do inconsciente do poeta para o inconsciente do leitor.
Isso explica a dificuldade das pessoas em ler poesias, pois elas podem ter medo de que o poeta leve até elas alguma coisa que seu inconsciente teme aceitar.
Por exemplo, quando lemos as poesias de Cornélio Pires, aqueles personagens dele, na verdade, somos nós, ele usa aqueles nomes caipiras e roceiros, situações engraçadas e pitorescas para mostrar nossa realidade que, muitas vezes, não queremos ver.
Portanto agradeçamos a Deus poder estudar a Doutrina Espírita e peçamos a Ele para que continuemos firmes na prática do bem tanto quanto possível, sempre nos identificando com o Cristo em Espírito e Verdade! (2) (3)

(1) Dr. Elias Barbosa é médico psiquiatra, professor e escritor espírita, nascido em 1934 e desencarnado em 2011.
(2) Esse trecho foi transcrito de uma palestra realizada por Dr. Elias Barbosa, quando ele comentava o Capítulo XIV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, item 9 – Instruções dos Espíritos – “A ingratidão dos filhos e dos laços de família”, ditado por Santo Agostinho, Paris, 1862.
(3) Transcrição feita por Fernando Ferreira Filho, genro do Dr. Elias Barbosa.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty O homem triste

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 02, 2018 8:35 pm

Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados, indagou em silêncio por que vagueio pelas ruas.
Talvez por isso apressou o passo e, ainda que eu quisesse chamar, a palavra desfaleceu na boca.
É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati de porta em porta, em vão...
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade.
Outros, desconhecendo que vendi minha melhor roupa, para aliviar a esposa enferma, me despediram apressados, crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão.
Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrine, a gritar palavras duras, como se eu fosse um malfeitor vulgar.
Contudo, acredite, nem me passou pela mente a ideia de furto.
Apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçar com fome, quando retorno à casa.
Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando que eu fosse um bêbado, porque eu tremia, apoiado ao poste.
Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias.
A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me ofereça, em nome do Cristo, que dizemos amar, e peço para que me restitua a esperança, a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco, para que eu saiba, apesar de todo meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.
Esta é a mensagem de um homem triste, quiçá como tantos que vemos perambulando pelas ruas.
É bem verdade que alguns são de facto pessoas que se comprazem na ociosidade.
Todavia, há os desafortunados que, apesar de trabalhar a vida toda, não puderam ajuntar moedas para o sustento próprio e da família e que, chegada a madureza, são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora sejam pessoas dignas.
É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papeis e outros objetos recicláveis, para prover o próprio sustento.
São nossos irmãos de caminhada evolutiva que não têm coragem de viver da mendicância.
Por isso trabalham com dignidade.
Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis.
O que não nos damos conta é que, além do peso do carrinho, têm ainda que carregar sobre os ombros o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente.
É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos, e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente.
Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai­ Criador e merecedores sem dúvida, no mínimo, do nosso respeito.
Se não os podemos ajudar, que não os atrapalhemos jogando-lhes palavras amargas nem menosprezando-os, dificultando ainda mais a sua caminhada.
Muitas pessoas que hoje vivem na miséria já foram pessoas muito ricas em outras existências e vice-versa.
As Leis Divinas a todos nos reservam as lições que necessitamos para progredir.
E a lógica diz que aquele que é rico e esbanja sua fortuna em futilidades e em proveito próprio, precisa passar por necessidades materiais para aprender a valorizar os tesouros que Deus lhe empresta, a fim de que possa progredir.

Momento Espírita com base no cap. Mensagem do homem triste, pelo Espírito Meimei, do livro Ideal espírita, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 03, 2018 9:30 am

por Astolfo O. de Oliveira Filho

Maita Romariz, de Maceió (AL), em mensagem enviada à revista, publicada na secção de Cartas desta edição, pergunta-nos sobre as encarnações completivas, assunto sobre o qual deseja mais informações.
Baseado no que André Luiz mencionou em duas obras psicografadas pelo médium Chico Xavier, completista [do latim completu + -ista] designa aqueles que aproveitaram todas as oportunidades construtivas oferecidas pela reencarnação.
É um termo que se aplica aos que retornam ao mundo espiritual, finda a existência corpórea, na época certa.
Trata-se de algo que não é comum, razão por que os completistas são festejados em seu retorno.
Cremos que a dúvida suscitada pela mensagem diz respeito ao assunto que ora explanamos, pois o termo “completiva” é estranho à literatura espírita.
O conceito de completista apareceu pela primeira vez na obra de André Luiz no cap. 12 do livro Missionários da Luz, e desde então passou a fazer parte dos textos espíritas.
Numa obra publicada posteriormente, Obreiros da Vida Eterna, cap. 16, André Luiz relata o caso de um espírito que, em sua volta ao mundo espiritual, foi recebido como um completista.
Trata-se de Fábio, espírita dedicado que tivera existência modesta e limitara o voo das ambições mais nobres, no culto da espiritualidade redentora.
Fábio esforçara-se pela tranquilidade familiar, apesar de ter sido acicatado por dificuldades sem conta, no transcurso da experiência recém-finda.
Ao desencarnar, deixava esposa e dois filhos amparados na fé viva, e, embora não lhes legasse facilidades económicas, afastava-se do corpo físico, jubiloso e confortado, com a glória de haver aproveitado todos os recursos que a esfera superior lhe havia concedido, visto que, além de haver-se afeiçoado profundamente ao Evangelho do Cristo, vivendo-lhe os princípios renovadores, com todas as possibilidades ao seu alcance, conseguira iluminar a mente da companheira e construir bases sólidas no espírito dos filhinhos, orientando-os para o futuro.
Casos como o de Fábio são, infelizmente, muito raros.
Por que raros?
Raros porque, entre outros motivos, os excessos na mesa, os alcoólicos, o tabagismo, a inexistência de exercícios físicos, a não observância de uma dieta saudável vão minando o corpo material, que poderia, eventualmente, chegar aos 90 anos e, todavia, não passa às vezes dos 60.
Se quisermos, portanto, obter em nossa volta ao mundo espiritual o título de completista, é importante que saibamos que esse prémio não nos será concedido gratuitamente, visto que é necessário colaboremos para conquistá-lo, cuidando do corpo, tanto quanto cuidamos da alma.
Esperamos que as informações acima satisfaçam à expectativa da pessoa que nos escreveu e de todos que se interessem pelo tema.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Uma exibição!

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 03, 2018 8:42 pm

por Claudio Viana Silveira

“Exibindo [Jesus] diante do povo, Pilatos não afirma:
‘Eis o condenado, eis a vítima’.
Diz, simplesmente:
‘Eis o homem!’[Ecce Homo!]” (Emmanuel)
Pilatos não condenaria Jesus, haja vista o povo Judeu, escravo de Roma, possuir uma corte que poderia fazê-lo.
Tal corte, o Sinédrio, já resolvera condená-Lo, atendendo a anseios conspiratórios do sumo e demais sacerdotes.
Pilatos não vê crime no Homem (para ele anônimo) integrante de um povo escravo:
a vida (ou a morte) desse “escravo” pouco lhe dizia respeito; pouco sabia quem era!...
Dessa forma, o trata com indiferença e ato de superioridade terrestre, pois era o representante de Roma: o símbolo da opressão.
Percebe-se que, mesmo não se referindo a Jesus como condenadoou vítima, Pilatos promove um espetáculo, comum em seu império:uma exibição!
Tal exibição possuía o intuito de “divertir” e dividir as opiniões do povo Judeu sobre o sentenciado em questão.
A multidão (calcula-se 5.000), à qual Jesus saciara por ocasião do Sermão do Monte, era a mesma que agora, perante o “espetáculo”, bradava: “crucifica-o; crucifica-o!”
Se, para o Sinédrio, era uma questão de honra sacrificar aquele “Homem Impostor”, e rápido, antes das celebrações da Páscoa, para Pilatos aquilo era apenas uma questiúncula...
... E tal tarefazinha não lhe estava afeta:
lava, então, as mãos, num gesto material, mas principalmente moral, desejando informar que, apesar de não ver culpa naquele homem, o entregaria à fúria dos fariseus.
E se houvesse culpa naquele Homem, também não lhe importaria!...
* * *
Verifiquemos que o povo Judeu, o “escolhido” (de uma forma simbólica, representando a humanidade toda) para receber a primeira e segunda Revelação, em geral não entendia a Reencarnação Redentora desse “Ecce Homo”.
Como muitos de nós ainda hoje não desejamos entendê-la.
Subjugados há quase dois mil anos por diferentes impérios, aquele Jesus manso, paciente, pacífico e defensor do perdão não os representava, como a muitos de nós, efetivamente, ainda não representa!
Frustrava-lhes as expectativas terrenas; pois Sua proposta era de ordem Divina.
O Mestre, em seus três anos de Ministério, apresentava-lhes umaLinha Moral...
... E essa Linha Moral é o que valida a reencarnação de cada um de nós, tornando nossa Humanidade Real...
... Coisa que seus coirmãos não entenderam por ignorância e ainda hoje muitos de nós não entendemos, mesmo inteligentes e esclarecidos.

(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 127 Humanidade real; 1ª edição da FEB.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Entendendo o Desdobramento

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 04, 2018 10:49 am

De forma muito simplificada, desdobramento é a capacidade inerente a todo ser humano de projectar sua consciência para fora do corpo físico, fazendo uso dos corpos subtis para manifestação.
Esse assunto é tratado no Livro dos Espíritos, Capítulo VIII, “Emancipação da Alma”, de onde retiraremos algumas questões para esclarecer o leitor acerca do tema.

Questão 401 LE – Durante o sono, a alma repousa com o corpo?
Resposta – Não, o Espírito jamais está inactivo.
Durante o sono, os laços que o unem ao corpo se relaxam, e o corpo não necessita do Espírito.
Então, ele percorre o espaço e entre em relação mais directa com os outros Espíritos.

Questão 402 LE – Como podemos apreciar a liberdade do Espírito durante o sono?
Resposta – Pelos sonhos.
Crede, enquanto o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdade do que na vigília.
Tem o conhecimento do passado e, algumas vezes, previsão do futuro.
Adquire maior energia e pode entrar em comunicação com os outros Espíritos, seja neste mundo, seja em outro.
Muitas vezes, dizes:
Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nada de verossímil; enganaste, é frequentemente uma lembrança dos lugares e das coisas que vistes e verás em uma outra existência ou em um outro momento.
Estando o corpo entorpecido, o Espírito esforça-se por quebrar seus grilhões, procurando no passado e no futuro [...].
O sono liberta, em parte, a alma do corpo.
Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que o homem se encontra, de maneira fixa, depois da morte [...].
O sonho é a lembrança do que vosso Espírito viu durante o sono.
Notai, porém, que não sonhais sempre porque não recordais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes.
Vossa alma não está em pleno desdobramento.

Não é, muitas vezes, senão a lembrança da perturbação que acompanha vossa partida ou vossa volta, à qual se junta a do que fizeste ou do que vos preocupou no estado de vigília.
Sem isso, como explicareis esses sonhos absurdos que têm os sábios, assim como os mais simples?
Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.

Questão 403 – Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?
Resposta – No que tu chamas de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento.
Aí ele recobra um pouco de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são caros, seja neste mundo, seja em outros.
Todavia, como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque este não a recebeu pelos órgãos do corpo.

Questão 407 – O sono completo é necessário para a emancipação do Espírito?
Resposta – Não, o Espírito recobra sua liberdade quando os sentidos se entorpecem; ele aproveita, para se emancipar, de todos os instantes de repouso que o corpo lhe dá.
Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, e quanto mais o corpo está enfraquecido, mais o Espírito está livre.

Questão 412 – A actividade do Espírito durante o repouso ou o sono do corpo, pode fazê-lo experimentar fadiga, quando retorna?
Resposta – Sim, porque o Espírito tem um corpo, como o balão cativo tem um poste.
Ora, da mesma forma que a agitação do balão abala o poste, a actividade do Espírito reage sobre o corpo e pode fazê-lo experimentar fadiga.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 04, 2018 10:49 am

Questão 413 – Do princípio da emancipação da alma durante o sono, parece resultar que temos uma dupla e simultânea existência:
a do corpo que nos dá a vida de relação exterior e a da alma que nos dá a vida de relação oculta; isto é exacto?

Resposta – No estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à vida da alma; mas não são, propriamente falando, duas existências: são mais duas fases da mesma existência, porque o homem não vive duplamente.
Diante de tais questões e respostas, entende-se, em primeiro lugar, que o Espírito busca a liberdade sempre que o corpo físico se encontra em estado de sonolência ou durante o sono propriamente.
Importante perceber que o sono absoluto não é necessário para que esse desdobramento ocorra.
Quando desdobrado, o Espírito pode visitar passado ou futuro, pessoas que hoje nos são conhecidas e aquelas das quais não mais nos recordamos, bem como estar com vivos ou desencarnados.
Desdobrar-se é estar fisicamente em repouso, com seu Espírito plenamente activo, visto que ele não precisa de descanso e nunca se mantém inactivo.
Geralmente são os sonhos que nos dão a ideia dos lugares percorridos durante o sono, mas nem sempre são lembrados.
Claro que há ocasiões em que, durante o estado de desdobramento, efectuam-se diversas actividades muito proveitosas e edificantes para o Espírito.
Pode-se citar que em desdobramento, o Espírito pode observar, participar e aprender fora de seu corpo físico, bem como, consequentemente, verificar a realidade do mundo espiritual.
Também pode auxiliar doentes, sejam eles encarnados ou desencarnados, podem encontra-se com pessoas querida e até mesmo realizar desobsessões extra-físicas.
Essas assistências prestadas durante o desdobramento constituem-se nas grandes utilidades do “fenómeno”.
É o que explica André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, dizendo, em relação a essa assistência, que os desdobrados “efectuam incursões nos planos do espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Bem Feitores da Espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra-física”.
Importante que se frise que o desdobramento exige prudência, não recomendando-se que ele seja forçado, já que o “fenómeno” nos coloca diante da realidade espiritual, e nesse contexto, não há forma de fugir da nossa afinidade espiritual.
Sendo assim, àqueles que buscam desenvolver tal faculdade, devem primeiramente reformar-se intimamente, a fim de tornar a experiência sempre edificante, e não um conglomerado de desacertos.
Não menos importante que isso, é sempre nos lembramos que levamos connosco, em desdobramento, os pensamentos que tivemos nos últimos momentos antes do repouso, nossas atitudes diárias, por isso, é de suma importância que antes de adormecer mantenhamos pensamentos bons, elevados, pedindo protecção para nós e para os outros, colocando-se a disposição da Espiritualidade para a actividade de nosso merecimento, desde “simplesmente” participar de estudos no mundo espiritual, até prestarmos auxílio àqueles que dele necessitem.
Desdobrar-se, como dito no início do artigo, é faculdade de todo ser humano, mas seu desenvolvimento demanda responsabilidade e dedicação do médium, e deve ser tratada de forma séria e coerente, e não ser vista como uma viagem fora do corpo, sem objectivos e sem cuidados.

Sejamos vigilantes, acordados ou adormecidos.
Sejamos pessoas melhores.

Os mundos todos agradecem!

Rafaela Paes

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty AMOR E CARMA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 04, 2018 9:04 pm

Muitas criaturas se ligam a outras por impositivos da Lei de Causa e Efeito, que geralmente faz com que o credor se una ao devedor de si mesmo.
Nas dificuldades de relacionamento, costuma-se evocar esse princípio como justificativa para as desavenças domésticas, porém, deve-se estar atento para as imperfeições próprias de cada um e que não estão relacionadas com o modo de ser do outro.
O casamento é portal de crescimento, qualquer que seja o passado dos cônjuges.
Ligar-se a alguém é sempre opção de cada um, sem que signifique necessariamente anterior ligação cármica.
Quando o amor está presente numa relação, ele é capaz de suplantar qualquer carma passado, desde que o indivíduo não projecte no outro suas próprias imperfeições.
O amor transcende a matéria da carne renascendo a cada nova etapa da Vida do espírito.
Os vínculos afectivos entre as criaturas se fortalecem a cada encarnação, objectivando o amor puro e sincero.
Os vínculos que firmamos numa encarnação não quebram aqueles que fizemos nas vidas anteriores.
O verdadeiro amor não se acaba nem diminui com a convivência do ser amado com outrem.
Casar com alguém não significa prender-se àquela pessoa nas encarnações futuras.
Os vínculos se fortalecem pelo amor, porém, podemos estar ligados a alguém se o agredimos numa existência e ele não se equilibrou, necessitando novamente de nossa presença em sua vida para o aprendizado mútuo.
Entregar-se ao comando do amor é libertar-se dos atavismos que nos prendem ao sofrimento.
Quem se deixa viver pelo amor alcança a plenitude libertando-se de carmas passados, entendendo o sofrimento como processo educativo salutar.
Transformar seu carma negativo em positivo é colocar a energia do amor a serviço do Bem Maior.
Só o amor pode mobilizar e alterar o destino no sentido do crescimento espiritual.
O amor nunca se acaba.
Por mais inconseqüentes sejam as atitudes do outro, o amor verdadeiro permanece, desculpando e amparando o ser amado que momentaneamente desequilibrou-se.
Quando o amor já vem ferido de outras vidas, costuma reaparecer nas uniões provacionais.
Se você se encontra nessa situação, verifique o que ainda não aprendeu com a nova união.
É importante fazê-lo antes que seja tarde, para sua felicidade.
As uniões ditas cármicas podem se tornar uniões felizes desde que um dos cônjuges se disponha ao amor e a tornar o outro feliz.
Repense sua união a fim de não ter que retornar nas mesmas circunstâncias.
Se você não mais deseja reencarnar na companhia de determinada pessoa, não a agrida.
Termine a relação sem gerar carma negativo.
Aprenda a conviver, como amigos.
Perceba que o amor de Deus coloca a serviço do ser humano Sua misericórdia, para diminuir os efeitos das atitudes negativas do passado, permitindo-lhe sua recuperação.
Não espere tempo algum para ajudar alguém com seu amor, sob pretexto da necessidade de que haja sofrimento para o progresso espiritual dele.
Se possível, diminua aquele sofrimento.
Aprende você e aprende o outro.
Ninguém é dono da vida de ninguém.
A desencarnação promove a alforria necessária para muitos indivíduos que se sentem presos na vida a alguém.
Liberte-se libertando o outro da posse excessiva.
Não se obrigue a vincular-se a alguém por pena ou piedade.
Verifique suas necessidades evolutivas e o bem que você poderá fazer ao outro lhe permitindo sentir-se em igualdade de condições com seus semelhantes.
Se a vida o colocou ao lado de alguém que necessita de cuidados, faça-o com consciência de seu papel e de sua responsabilidade.
O carma do filho deficiente coloca frente a frente antigos amores e, às vezes, antigos desafectos.
A mãe que se dedica ao filho deficiente é duas vezes mãe, pois coloca acima de tudo o amor pelo seu filho que é diferente dos outros.
Não guarde mágoa em seu coração.
Não o manche com a tinta negra do ódio.
O verdadeiro amor não se magoa, pois compreende a atitude do outro, própria de seu nível de evolução.
Jesus reencarnou sem carma para nos ensinar, através de sua mensagem, como aprender com nossos equívocos do passado.

Adenáuer Novaes

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Sobre a culpa

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 05, 2018 10:03 am

O livro Pensamento e Vida, ditado pelo espírito Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, é obra imprescindível nos estudos dos estados conscienciais da criatura humana.
Permitimo-nos aqui passar em revista o capítulo vinte e dois, onde o Benfeitor discorre sobre a Culpa, uma vez que todos nós, vinculados neste planeta de expiação e provas, estamos sujeitos a ela – os grifos são nossos.
“Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos subtis da alma.
E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abcesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio.
À feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma.
É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade.
Operando a onda mental em regime de circuito, por ela incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem connosco no âmbito de nossa actividade e influência.
Projectando as energias dilacerantes de nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.
É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo, angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos, metamorfoseando-nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas mórbidas sensações de nossas próprias culpas.
É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a mais complicada diagnose da patologia clássica.
A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.
Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e restauração.
Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações.
É por essa razão que Jesus, não apenas como Mestre Divino, mas também como Sábio Médico, nos aconselhou a reconciliação com os nossos adversários, enquanto nos achamos a caminho com eles, ensinando-nos a encontrar a verdadeira felicidade sobre o alicerce do amor puro e do perdão sem limites.”.
A lição fala por si, sem necessidade de maiores comentários.

Pensemos nisso.

António Carlos Navarro

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty MORTES VIOLENTAS E PLANEAMENTO REENCARNATÓRIO

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 05, 2018 8:56 pm

VERDADEIRA OBRA DA ENGENHARIA ESPIRITUAL...

Inegavelmente, vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que integralmente, da mídia televisiva e escrita.
São notícias diárias de sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de carro.
A violência é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos (adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus), após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no planeta Terra.
Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a Terra.
Anote-se que a tónica deste artigo é abordar a incidência do planeamento reencarnatório nos casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa maneira?
E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de reencarnar?
Alguns autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna para o mal, portanto o agressor não havia planeado matar alguém, de tal sorte que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele (agressor).
Em que pese o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas, basicamente, em três tipos de situações:
1) PROVA – a vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação).
Lembremos que prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas.
Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou determinada virtude.

2) EXPIAÇÃO – são as situações mais frequentes.
A vítima foi a autora de violência em vidas anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do amor, sofre as consequências na actual existência.
Expiar é reparar, quitar, harmonizar-se com as leis divinas.

3) MISSÃO – algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas.
Menciono como exemplos os casos de Jesus e Gandhi.

Notem que estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso quotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos Espíritos).
Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma, à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma reencarnatório.
Aliás, O Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos quando chegar a nossa hora, com excepção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico.
Não há desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre arbítrio alheio.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Set 05, 2018 8:56 pm

Caso não tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o capítulo X – lei de liberdade – da 3º parte d´O Livro dos Espírito, no subcapítulo “fatalidade”).
A questão crucial diz respeito aos autores dessas violências graves.
Concordo que ninguém reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro dos Espíritos).
Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua liberdade de escolha e acção, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se, ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma violenta.
Assim sendo, quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima).
Esses autores da violência funcionarão como instrumentos das leis divinas.
Todavia, tal situação não os isentará das consequências morais e espirituais de suas acções, pois, repita-se, os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro.
O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois ele não havia planeado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não tivesse adentrado na escola e efectuado os disparos com a arma de fogo, os menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante (dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia perguntar:
Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar?
Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual específica, que denuncia e reflecte esse débito, de forma que o agressor, inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação.
É essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de violência (estupro, roubos, sequestros,…), fazendo com que o autor do delito aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação violenta.

Não nos esqueçamos de que Deus é amor.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty A EUTANÁSIA NA VISÃO ESPÍRITA

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 06, 2018 9:06 am

Eutanásia. Do grego ‘eu’ (bom) e ‘tanathos’ (morte).
Seria, analisando etimologicamente, a suposta “boa morte”.
Cientificamente, uma morte com menores sofrimentos.
A eutanásia é tratada por alguns enfermos como “um meio de se obter uma morte digna”.
Não podemos julgar essas pessoas devido aos seus problemas e suas condições de saúde.
Mas podemos analisar a palavra digno.
Digno é, entre outros significados, alguém ou algo merecedor.
Analisemos este termo.
Então, no caso, por se encontrarem em um estado grave de enfermidade, algumas pessoas se julgam no direito de determinar o término de sua vida, julgando esta ser uma opção mais correta por não se considerarem merecedoras deste tipo de desencarne.
No Livro dos espíritos, os espíritos afirmam que “é sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência”.
No livro Após a Tempestade, Joanna de Ângelis define a eutanásia como algo puramente material.
“É uma prática nefanda que testemunha a predominância do conceito materialista sobre a vida, que vê apenas a matéria e suas implicações imediatas em detrimento das realidades espirituais, reflectindo também a soberania do primitivismo animal na constituição emocional do homem”, afirma.
Depois dessa explicação, vemos que esse acto pode parecer bastante pensado aos olhos da pessoa, do ponto de vista material, mas é uma atitude extremamente impensada do ponto de vista espiritual.
Queremos que as pessoas pensem realmente se é isso que desejam.
Esse acto abrevia o sofrimento de hoje, mas acarreta sofrimentos até maiores a esses espíritos ao longo de sua caminhada evolutiva e contradizem, se for o caso, o respeito dessas pessoas às leis de Deus.
Nós, espíritas, temos a consciência de que a eutanásia não é um alívio.
Pelo contrário, é o início de grande sofrimento para esse espírito.
Tal acto seria uma inconsequência mediante o que aprendemos em nossa doutrina.
Não estamos aqui simplesmente para passar nossa opinião.
Estamos, além disso, mostrando o que a Doutrina Espírita tem a nos dizer sobre esse tema tão complexo.
E no caso de uma outra pessoa, seja ela um familiar ou o próprio médico,tomar a decisão de interromper a vida desse enfermo ou colaborar com esse acto?
Seria essa uma acção solidária ou inconsequente, errónea?
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no Capítulo V (Bem-aventurados os aflitos), item 28 “Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos.
Sabe-se que seu estado é desesperador.
Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústia, apressando-se-lhe o fim?”, nós podemos obter a resposta:
“Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?
Não pode ele conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias adversas das que tinha?
Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira.
A ciência não se terá enganado nunca em suas previsões? (…)”
O Evangelho nos responde e ainda toca em uma questão muito importante:
a ciência e seus erros, improváveis mas possíveis.
Com certeza, acontecem muitos casos de médicos que prevêem um prazo de vida a um enfermo e este se expande muito mais que o esperado.
Sabemos que a ciência evolui a cada dia e nos prova coisas consideradas improváveis há tempos atrás.
Ela pode até determinar os factores que podem influenciar uma vida longa ou curta, mas nunca dizer exactamente quando será o termo de uma vida. Isso só cabe a Deus.
Por todos esses factores, devemos ser contra a Eutanásia (não esquecendo, claro, do livre arbítrio) mas, acima de tudo, devemos nos mostrar solidários aos enfermos, argumentando sobre a decisão destes de abreviar sua vida, mostrando-lhe que é importante à sua família, sem entrar na questão do desencarne (pós-morte) em se tratando de uma pessoa que não tenha religião ou que não seja espiritualista, mostrar a esta uma maneira de ser útil à sociedade, de ter auto-estima, de se sentir alguém.
**************
Ramon Campos Mitchell da Silva
Fonte: Associação espírita de caridade André Luiz

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Vivenciar o que aprendemos, eis o grande desafio

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Set 06, 2018 8:43 pm

O saudoso escritor e palestrante Sérgio Lourenço entendia que devíamos sempre, antes de convidar algum palestrante para falar nos eventos espíritas que promovemos, saber primeiro o que ele tem feito, quais as suas obras, que contribuição tem dado para o progresso de sua comunidade, e não apenas seu talento no campo da oratória.
Em síntese, se o palestrante realmente vivencia o que diz, o que ensina, o que propõe em sua fala.
Esse é também, expresso em outras palavras, o pensamento do confrade André Luis Chiarini Villar, de Itapira (SP), na entrevista que publicamos na presente edição.
Vivenciar o que aprendemos nas lições do Evangelho e na doutrina espírita é, em verdade, para todos nós, um grande desafio.
A vida é repleta de situações em que, conforme sabemos, enfrentamos dificuldades que já nos criaram problemas no passado, em face de nossas próprias imperfeições.
No capítulo das tentações é conhecida a explicação dada por Emmanuel no cap. 88 do seu livro Religião dos Espíritos:
"Somos tentados nas nossas imperfeições", frase que confirma o que Tiago escreveu em sua conhecida epístola:
"... cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência"
(Epístola de Tiago, 1:14).
A assertiva de Tiago recebeu de Emmanuel o seguinte comentário:
"Examinemos particularmente ambos os substantivos tentação e concupiscência.
O primeiro exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza humana primitivista.
Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração".
(Caminho, Verdade e Vida, cap. CXXIX.)
Não foi outro o motivo que levou Allan Kardec a dizer que a verdadeira pureza não está apenas nos actos.
Ela está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração nem sequer pensa no mal.
Foi o que Jesus quis dizer ao condenar o pecado mesmo em pensamento, ou seja, ainda que não concretizado.
Não vivenciar o que lemos, estudamos ou ensinamos constitui, assim, prova inequívoca de imperfeição de nossa alma, a reclamar esforço especial para que a superemos e consigamos avançar no rumo da perfeição que nos aguarda a todos.
As tendências que trazemos do passado influenciam nossa conduta nos mais diferentes aspectos de nossa atuação no mundo, e não apenas nas questões ligadas à lascívia ou à sensualidade.
A cupidez, a soberba, a preguiça, a ira – termos que identificam na visão da Igreja alguns dos chamados sete pecados capitais – são inimigos da alma, que é preciso enfrentar e vencer, o que se torna factível à medida que avançamos na vida espiritual, esclarecendo-nos e despojando-nos pouco a pouco de nossas imperfeições, conforme a maior ou menor boa vontade que demonstremos no exercício do nosso livre-arbítrio.
Lemos em uma das principais obras espíritas:
“Todo pensamento mau resulta da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia.
É indício de esforço por apagar uma mancha.
Não cederá, se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo.
Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau acto e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo.
É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse.
Em resumo, naquele que nem sequer concebe a ideia do mal, já há progresso realizado; naquele a quem essa ideia acode, mas que a repele, há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força.
Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se.
Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos actos e dos pensamentos do homem.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, item 7.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Como enfrentar as “culpas” e desculpas?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 07, 2018 9:33 am

A percepção da ““culpa”” tem sido objecto de investigações e influências no amplo debate temático da Doutrina dos Espíritos e das ciências psíquicas.
Sabe-se que são intermináveis e graves as consequências da conservação da “culpa” em nossa vida, podendo alcançar indescritíveis destroços emocionais, psicológicas, comportamentais e morais.
A famosa “culpa” se consubstancia numa sensação de angústia adquirida após reavaliação de um ato tido como reprovável por nós mesmos, ou seja, quando transgredimos as normas da nossa consciência moral.
Sob o ponto de vista religioso, a “culpa” advém na transgressão de algo “proibido” ou de uma norma de fé.
A sanção religiosa tange para a reprimenda e condenações punitivas.
A sinistra “culpa” religiosa significa um estado psicológico, existencial e subjectivo, que indica a busca de expiação de faltas ante o “sagrado” como parte da própria auto-iluminação como experiência sectária.
Frequentemente a religião trata a “culpa” como um sentimento imprescindível à contrição e a melhoria pessoal do infractor pois o mesmo alcança a mudança apenas se reconhecer como “pecaminoso”o ato cometido.
Essa interpretação religiosa não se compatibiliza com as propostas espíritas, até porque, a “culpa” é uma das percepções psíquicas que não se deve nutrir, por ser uma espécie de mal-estar estéril, uma inútil insatisfação íntima.
Em verdade, quando nos culpamos tolhemos todo o potencial de nos manifestar com segurança perante a vida.
A “culpa” tem perigosas matrizes nas exigências de auto perfeição que nos constrange a curvar-nos diante de alguns actos equivocados.
Tal estado psico-emocional provoca em nossa consciência alguns sentimentos prejudiciais tais como o auto-julgamento, a auto-condenação e a auto-punição.
Importa libertar-nos das lamentações, dos processos psicológicos de transferência da “culpa”, da auto-comiseração, das condutas auto-punitivas e assumirmos com calma a responsabilidade pelos nossos próprios actos.
É verdade! O comportamento auto-punitivo causa gravíssimas doenças emocionais, notadamente a depressão.
Actualmente a depressão é um colossal drama humano.
“Eu não mereço ser feliz”, “eu não nasci para ser amado”, “ninguém gosta de mim” etc.
Aqui se manifesta um comportamento auto-punitivo de complicado tratamento psicológico e espiritual.
Neste caso a “culpa” está punindo e aprisionando.
O culpado está acomodado na queixa e na lamentação (pela “culpa”).
Mais amadurecido psicologicamente poderia avançar pelo caminho do auto perdão e capacitaria abrir mais o coração para a vida.
Nas patologias depressivas, muitas vezes há muito ódio guardado no coração.
Muitas vezes oscilamos entre actos que geram a artimanha do “desculpismo” e acções que determinam a culpa”.
Dependendo de como lidamos com tais desafios a “culpa” permanece mais forte, produzindo situações que embaraçam o estado psíquico e emocional, razão pelo qual não nos podemos exigir perfeição, inobstante, devemos fazer esforços contínuos de auto aperfeiçoamento, afastando do “desculpismo” que nada mais é do que uma porta de escape para a fuga das próprias obrigações.
Sim! É preciso que nos perdoemos.
O auto perdão ilumina a consciência, predispondo-nos à reparação necessária a fim de realizarmos o bem àqueles a quem fizemos o mal; praticarmos a bondade em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-nos humilde se temos sido orgulhosos, amáveis se temos sido austeros, caridosos se temos sido egoístas, benignos se se temos sido perversos, laboriosos se temos sido ociosos, úteis se temos sido inúteis.
Pensemos o seguinte: nós erramos porque somos humanos ou somos humanos porque erramos?
Na verdade, todos acertamos e erramos, não há pessoas perfeitas na Terra.
Se fizermos as coisas certas nos regozijemos por isso, porém se erramos sigamos em frente e aprendamos com o erro, pois quando aprendemos com os erros eles se tornam o grande caminho da lição e do crescimento interior.
Desta forma fica ilustrado, que se errar é humano, diluir os erros e ter resignação são as alavancas para impulsionar a vida, a fim de prosseguir a marcha nas trilhas do bem, trabalhando e servindo, para reparar os fracassos da caminhada.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty As sete esferas da Terra

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 07, 2018 7:43 pm

Nosso livro As sete esferas da Terra foi publicado, em 2001, pela FEB Editora, e está sendo relançado agora em nova edição, revista e ampliada pelo autor.
Nesse longo período de 16 anos prossegui em meus estudos doutrinários a respeito da tese explanada na obra e acrescentei novos e importantes subsídios que vieram reforçar seus fundamentos, bem como analisei e assimilei as inúmeras contribuições que me foram encaminhadas nesse lapso de tempo por um expressivo número de leitores comprometidos com o tema.
Interpretei também a palavra de Allan Kardec, em O céu e o inferno,1 quando fez uma breve abordagem sobre o assunto.
O Prefácio, muito honroso para mim, é do nobre confrade Juvanir Borges de Souza, presidente da FEB à época.

Com fulcro na Bíblia Sagrada e em várias obras da bibliografia espírita e espiritualista, é estabelecido de forma explícita nesse livro que o planeta Terra está convencionalmente dividido em sete dimensões, e essa convenção teve origem no Plano Espiritual.
A cada uma delas é atribuído um nome característico, sendo os da primeira e da segunda esferas colhidos, respectivamente, em Apocalipse e na Colecção A vida no Mundo Espiritual – Série André Luiz2 (como veremos no decorrer deste artigo), e os das cinco restantes, no livro Cidade no além.3
O assunto, evidentemente, não constitui maior novidade, mas da forma exótica e até certo ponto confusa pela qual vinha sendo apresentado, principalmente pelas escolas filosóficas orientais, para esta nova formulação simplificadora e lógica, o avanço é muito significativo.
Faremos, a seguir, uma breve incursão em cada uma dessas esferas, lembrando que – para usarmos a terminologia bíblica – algumas são habitadas só por joio, outras por joio e trigo, e outras somente por trigo:

Abismo.
Esta é a primeira e a mais inferior das esferas, só habitada por joio em sua pior condição.
A nomenclatura é empregada por João Evangelista, em Apocalipse, 20:1 a 3, quando diz:
Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o, e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos.

Segundo a Doutrina Espírita, esse ser diabólico chamado Satanás não representa uma entidade tomada individualmente, mas uma falange de Espíritos que se feriram profundamente perante a Lei.
Na definição de André Luiz, são:
Espíritos caídos no mal, desde eras primevas da Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida, personificando líderes de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são, todavia, demónios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens.
(Libertação, cap. 8 – Inesperada intercessão, nota 3 do autor espiritual.)

Até as entidades obsessoras, actuantes na Crosta terrestre, denotam conhecer e temer essa formidável região abissal.
Quando Jesus ordenou aos Espíritos imundos que saíssem do endemoniado geraseno, eles lhe rogaram “[…] que não os mandasse sair para o abismo” (Lucas, 8:31).
Preferiram a manada de porcos.

Trevas.
Esta é a segunda esfera, também só habitada por joio, mas em condição mais branda que a dos habitantes do Abismo.
André Luiz estranha, em Nosso lar (cap. 44 – As trevas), a menção feita pelo Governador, em seu discurso, “aos círculos da Terra, do Umbral e das Trevas”, pois ainda não tivera notícia deste último plano.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 07, 2018 7:44 pm

E busca a orientação de Lísias, que informa:
– Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. […]
[…] – Naturalmente, como aconteceu a nós outros, você situou como região de existência, além da morte do corpo, apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima, esquecido do nível para baixo.
A vida, contudo, palpita na profundeza dos mares e no âmago da terra. […]

[…] Quem estime viver exclusivamente nas sombras, embotará o sentido divino da direcção.
Não será demais, portanto, que se precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos.
Em outras obras da Série André Luiz, o instrutor Gúbio chama essas regiões habitadas de “precipícios subcrostais” (Libertação, cap. 7 – Quadro doloroso), e o instrutor Jerónimo, de “esferas subcrostais” (Obreiros da vida eterna, cap. 15 – Aprendendo sempre).

Crosta terrestre.
Esta é a terceira esfera, habitada por nós, os Espíritos encarnados, em que já aparece o trigo mesclado ao joio em todos os povos e nações.
Essa esfera é de todos nós sobejamente conhecida, por ser nossa morada provisória, dispensando, por isso, maiores considerações.

Sobre o Umbral, a esfera que vem logo acima da Crosta, dispomos de ampla e minuciosa descrição na obra luiziana, tão rica de detalhes quanto o poderia desejar o mais exigente pesquisador desses “mistérios” celestiais.
Aqui é de justiça reconhecer que o genial escritor desencarnado fez autêntica revolução neste sector de conhecimento.
Lançou jorros de luz sobre essa intrigante região espiritual, como se varresse com potentíssimos holofotes esses sítios tenebrosos.
E desmitificou um campo tão próximo à Crosta, de onde os homens só recebiam pálidas e distorcidas imagens (haja vista A divina comédia, de Dante Alighieri), por meio das dissertações teológicas, teosóficas, esotéricas e ocultistas divulgadas no mundo em todos os tempos.
Superando todas essas distorções, temos em André Luiz uma espécie de conspícuo embaixador terrestre enviado por nossa Humanidade a um país limítrofe.
Nesse país, ele visita pessoalmente cada região e nos envia circunstanciado relatório, não só expondo com argúcia e suma inteligência seu ponto de vista, mas também colhendo profundos e sérios subsídios dos elevados mentores que o conduzem e esclarecem a cada passo.

Umbral.
Esta é a quarta esfera, que envolve a Crosta terrestre, habitada também por trigo e joio, mas, ao contrário daqui, lá as gramíneas já se encontram separadas:
o trigo habitando as cidades amuralhadas e o joio espalhado pela “terra da liberdade”
(E a vida continua…, cap. 14 – Novos rumos).
A cidade Nosso Lar está situada sobre o Rio de Janeiro, nas regiões superiores do Umbral.
O Umbral, como vemos na citada Série (e, neste parágrafo, apresentado em sinopse), começa em nosso plano e é habitado por milhões de Espíritos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do mundo.
Os que habitam suas regiões inferiores apoiam-se na mente encarnada e é pelo pensamento que os homens encontram nessa região os companheiros que afinam com as suas tendências.
Funciona como “uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena”
[Nosso lar, cap. 12 – O Umbral].
O interesse de seus habitantes inferiores é a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens, indefinidamente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 07, 2018 7:44 pm

Arte, Cultura e Ciência.
Esta é a quinta esfera, só habitada por trigo em toda a sua envoltura.
Acerca desse quinto orbe, cremos haver encontrado uma ilustrativa página mediúnica de Victor Hugo, psicografada pela médium Zilda Gama.
Nesse texto cintilante, o fecundo escritor francês narra o voo cósmico que o instrutor espiritual Alfen levou seu pupilo Paulo (recém-liberto da carne) a fazer pelas esferas superiores da Terra, a fim de prepará-lo, através da visão inebriante dessas regiões divinas, para uma última reencarnação na Crosta.
O objectivo dessa viagem espiritual era fortalecer o Espírito Paulo para que, em sua futura e próxima existência na carne, se redimisse, finalmente, de seus derradeiros ónus para com a Lei de Deus.
A narrativa prossegue, minuciosa, descrevendo a amarguíssima existência vivida por Paulo, na França, da qual, finalmente, sai vencedor.
Após a desencarnação, levado de volta ao orbe superior pela mão de seu guia espiritual, ele é finalmente apresentado por Alfen à corte celeste como um habitante definitivo daquele plano, um futuro mensageiro celestial.4

Amor fraterno universal.
Esta é a sexta esfera, também só habitada por trigo, mas num estágio superior ao dos habitantes da quinta.
É desse plano verdadeiramente hiperceleste que, sem dúvida, desceu o mensageiro Asclépios, materializando-se no Santuário da Bênção, em Nosso Lar, para uma formosa preleção a seus habitantes.

Informa o instrutor Cornélio:
– Pertence Asclépios a comunidades redimidas do Plano dos Imortais, nas regiões mais elevadas da zona espiritual da Terra.
Vive muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa actual conceituação da vida.
Já perdeu todo contacto directo com a Crosta terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder.
Apreciável é o sacrifício dele, vindo até nós, embora a melhoria de nossa posição, em relação aos homens encarnados.
Vem aqui raramente.
Não obstante, algumas vezes, outros mentores da mesma categoria visitam-nos por piedade fraternal.
(Obreiros da vida eterna, cap. 3 – O sublime visitante.)

Directrizes do planeta.
Esta é a sétima e última esfera, onde certamente o Cristo está entronizado no seio de uma Humanidade cuja altitude evolutiva é por ora inconcebível para nós.
E desse refulgente Paraíso celestial, governa esse maravilhoso Organismo de Esferas chamado planeta Terra, que Ele mesmo formou por determinação de Deus.
Quem nos poderia proporcionar alguma informação dessa esfera paradisíaca?
Narcisa, falando da ministra Veneranda, fornece alguns parâmetros do merecimento que o Espírito precisa amealhar para, um dia, ser levado a visitar esse Plano Divino:
[…] É a entidade com maior número de horas de serviço na colónia e a figura mais antiga do Governo e do Ministério, em geral.
Permanece em tarefa activa, nesta cidade, há mais de duzentos anos.
[…] Com excepção do Governador, a ministra Veneranda é a única entidade, em Nosso Lar, que já viu Jesus nas Esferas Resplandecentes, mas nunca comentou esse facto de sua vida espiritual e esquiva-se à menor informação a tal respeito.
[…] As Fraternidades da Luz, que regem os destinos cristãos da América, homenagearam Veneranda conferindo-lhe a medalha do Mérito de Serviço, a primeira entidade da colónia que conseguiu, até hoje, semelhante triunfo, apresentando um milhão de horas de trabalho útil, sem interromper, sem reclamar e sem esmorecer. […]
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Set 07, 2018 7:45 pm

[…] Soube que essa benfeitora sublime vem trabalhando, há mais de mil anos, pelo grupo de corações bem-amados que demoram na Terra, e espera com paciência.
(Nosso lar, cap. 32 – Notícias de Veneranda.)

Notem a sublimidade da informação dada por Narcisa:
“Com excepção do Governador, a ministra Veneranda é a única entidade, em Nosso Lar, que já viu Jesus nas Esferas Resplandecentes”, confirmando assim para nós, que Jesus tem de facto um lugar em que normalmente permanece neste planeta, cercado por seus ministros e assessores – recebendo visitas dos que conseguem adquirir esse merecimento altíssimo –, enquanto governa o planeta a partir dessa esfera, que é a mais elevada dentre as que compõem o globo.
E agora, a pergunta crucial:
Qual a importância destas reflexões sobre a vida nas esferas?
Um turista precavido, quando se propõe a visitar determinado país procura, com alguma antecedência, estudar sua história, sua geografia, seu povo, sua língua, seus costumes e seus pontos turísticos de maior interesse, a fim de tirar o melhor proveito de sua viagem.
Que somos nós, habitantes da Terra, senão turistas forçados em trânsito por esta “hospedaria” chamada Crosta?
E nossa passagem por esta pensão é tão rápida que, como diria Kardec, citando o Sr. Jobard, “não vale a pena desfazer as malas”.5
As sete esferas da Terra, nesta nova edição ilustrada, expandida e enriquecida, constitui-se numa preventiva e eficiente carta de navegação cósmica que ofereço fraternalmente a meus irmãos de jornada para auxiliá-los em seus próximos passos pela esteira do Infinito.

REFERÊNCIAS:
1KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 3 – O céu.
2No bojo do artigo, os livrs citados com capítulos são da Coleção A vida no Mundo Espiritual (Série André Luiz), recebidos por Francisco Cândido Xavier e publicados pela FEB Editora, os grifos são do autor.
3XAVIER, Francisco C.; CUNHA, Heigo-rina. Cidade do além. Pelos Espíritos André Luiz e Lucius. 9. ed. Araras (SP): IDE, 1987.
4GAMA, Zilda. Na sombra e na luz. Pelo Espírito Victor Hugo. 1. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2014. livro 2– Na escola do Infinito e livro 5 – O homem astral.
5KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 1, n. 7, jun. 1858, p. 356. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 5. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2014.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty O DESENCARNE NA INFÂNCIA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 08, 2018 11:12 am

Apesar de ser extremamente dolorosa a perda de um filho pequeno, pense nele sempre com carinho e envie vibrações de amor eterno.
Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso.
Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem:
Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor?
Por que eu não fui em seu lugar?
As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.
A família tem que estar muito unida em um momento como esse.
A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita.
Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso.
A revolta e o descrédito em Deus não são justos.
Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos actualmente.
O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos.
Richard Simonetti descreve em seu livro Quem tem medo da morte?:
"O problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela directamente.
Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos, que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação".
Reviver a tragédia que ocorreu no plano terrestre pode ser um martírio, pois, no plano espiritual, há toda uma equipa de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do espírito do aparelho físico.
Além do mais, conforme explica Simonetti, "o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranquilo, porquanto nessa fase o espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre.
Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades".
Com o tempo, você vai encontrando respostas para suas indagações.
A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa sentir todo o amor que você emana.

ALGUMAS FINALIDADES DO DESENCARNE NA INFÂNCIA
-Uma complementação de encarnação anterior não aproveitada integralmente;
-Uma tentativa de encarnação que encontrou obstáculos no organismo materno, nas condições ambientes ou no desajuste perispiritual do próprio reencarnante; serviu, assim, para alertar quanto às dificuldades e ensejar melhor preparo em nova tentativa de encarnação;
-Uma prova para os pais (a fim de darem maior valor à função geradora, testemunharem humildade e resignação), ou para o reencarnante (a fim de valorizar a reencarnação como bênção).
-fonte: Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas-

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty A faculdade mediúnica depende do organismo das pessoas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 08, 2018 8:25 pm

1. Médiuns, ensina o Espiritismo, são as pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes.
A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.

2. O fluido perispiritual é o agente de todos os fenómenos espíritas, que só se podem produzir pela acção recíproca dos fluidos emitidos pelo médium e pelo Espírito.
O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende, pois, da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade de sua assimilação pelo perispírito do Espírito que se vai comunicar por seu intermédio.

3. A faculdade mediúnica depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio.
A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.

4. As relações entre os Espíritos e os médiuns estabelecem-se por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre eles.
Não podemos, entretanto, jamais ignorar que a mente permanece na base de todos os fenómenos mediúnicos.
Afinidade fluídica e afinidade moral são coisas distintas

5. Aprendemos com André Luiz que cada alma se envolve no círculo de forças vivas que lhe transpiram do hálito mental, na esfera das criaturas a que se imana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou de crescimento para a imortalidade.
Agimos e reagimos uns sobre os outros – informa André Luiz – por meio da energia mental em que nos renovamos constantemente, criando, alimentando e destruindo formas e situações, paisagens e coisas, na estruturação do nosso destino.

6. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica.
Esta, a afinidade fluídica, depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito.
A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.

7. Existem na prática mediúnica algumas dificuldades que devemos, na medida do possível, procurar sanar, ou ao menos minimizar.
Destacamos, dentre elas, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade, a impaciência etc.
Essas deficiências podem gerar dificuldade na harmonização das vibrações e dos pensamentos.

8. É justamente na combinação das forças psíquicas e dos pensamentos entre os médiuns e os experimentadores, de um lado, e entre estes e os Espíritos, de outro, que reside inteiramente a lei das manifestações.
A harmonia é indispensável a uma boa reunião mediúnica

9. As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmónico.
Outros factores que favorecem também o bom êxito das reuniões mediúnicas são o silêncio e o recolhimento.
Se, contudo, houver desarmonia ou desentendimento na equipe, haverá inequívocas dificuldades na realização de um bom intercâmbio mediúnico.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 08, 2018 8:26 pm

10. Muitas vezes, a ausência de método, a falta de continuidade e a inexistência de uma direcção segura nas experiências mediúnicas podem tornar estéreis a boa-vontade dos médiuns e as aspirações, ainda que legítimas, dos experimentadores.

11. Ciente de que as comunicações mediúnicas não podem deixar de ser rigorosamente analisadas, o médium deve aceitar agradecido, e até mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações de que for o intermediário.

12. Um trabalho mediúnico produtivo deve, pois, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipa, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Respostas às questões propostas

1. Que é, segundo o Espiritismo, um médium?
R.: Médium é a pessoa apta a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes.
A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.

2. Podemos dizer que a faculdade mediúnica se radica no organismo das pessoas?
R.: Sim. A faculdade mediúnica depende do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio.
A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.

3. Há diferença entre afinidade fluídica e afinidade moral?
R.: Sim. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica.
A afinidade fluídica depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito.
A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.

4. Que dificuldades existentes na prática mediúnica devemos procurar sanar ou ao menos minimizar?
R.: As dificuldades que devemos sanar ou minimizar são, principalmente, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade e a impaciência.

5. Que factores são importantes para a realização de um trabalho mediúnico produtivo?
R.: As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmónico.
Um trabalho mediúnico produtivo deve, também, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipa, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, FEB, 41a ed., cap. 29, item 329, e cap. 31, item XXIII.
Obras Póstumas, de Allan Kardec, FEB, 13a ed., Manifestações dos Espíritos, itens 33 a 35.
No Invisível, de Léon Denis, FEB, 7a edição, pp. 84 e 89.
A Mediunidade sem lágrimas, de Eliseu Rigonatti, LAKE, 5a ed., pp. 34, 46 e 47.
Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, FEB, 9a ed., pp. 11 a 17.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 09, 2018 10:20 am

Estudo com base no Livro II, Capítulo III, Itens 154 à 162 de O Livro dos Espíritos
Se considerarmos o significado da palavra dor, que é de acordo com o dicionário uma “sensação desagradável produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis aos estímulos dolorosos e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e carácter” a separação da alma e do corpo não é dolorosa; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente.
Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica, em consequência da idade, o homem deixa a vida sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.
A separação da alma e do corpo se opera desligando-se os liames que a retinham, assim ela se desprende.
Essa separação não se verifica instantaneamente ou numa transição brusca; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que fosse libertado.
Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.
Durante a vida o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório, que se separa do corpo quando cessa a vida orgânica.
A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente; ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos.
Para uns é bastante rápido e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação, que se verifica logo após.
Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e dura às vezes alguns dias, semanas e até mesmo meses, o que não implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria.
É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela.
Por outro lado, a actividade intelectual e moral e a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega é quase instantânea.
Este é o resultado dos estudos efectuados sobre todos os indivíduos observados no momento da morte.
Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo, é às vezes muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição.
Este caso é excepcional e peculiar a certos géneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.
Na agonia, às vezes, a separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica, ou seja, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica.
O homem não tem mais consciência de si mesmo, e não obstante ainda lhe resta um sopro de vida.
O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento.
Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e para isso não necessita da alma.
No momento da morte a alma sente, muitas vezes, que se desatam os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para se desligar de uma vez.
Já parcialmente separado da matéria, vê o futuro desenrolar-se diante dela e goza por antecipação do estado de Espírito.
Kardec explica que este desprendimento antecipado da alma ocorre com certa frequência, antes de morrer muitas pessoas entrevêem o mundo espiritual, desta forma, esperançosos, podem suavizar o pesar de deixar a vida.
Porém no momento exacto da separação o espírito perde a consciência de si mesmo e como ocorre no nascimento, ele jamais testemunha o último suspiro de seu corpo, a separação ocorre sem que ele se dê conta disto.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 09, 2018 10:21 am

A agonia final é muitas vezes acompanhada por convulsões que nada mais são do que um efeito físico, e cuja sensação o espírito quase nunca experimenta, pode algumas vezes, sentir estas últimas dores como um castigo. (1)
O exemplo da larva que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar-nos uma pálida ideia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência, porém, é necessário não tomá-la ao pé da letra.
A sensação que experimenta a alma no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos, depende do que se fez durante a vida terrena, se fez o mal, no primeiro momento, sente-se envergonhado de o haver feito, depois a consciência lhe cobra a reparação dos maus actos praticados.
Para o justo, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso, porque não receia encontrar nenhum olhar perquiridor.
Em uma comunicação transcrita na Revista Espírita (2) encontramos o seguinte diálogo:
“Perg. – Que efeito vos produziu a morte?
Resp. – A morte! Não estou morto, meu filho; tu te enganas.
Levantava e, de repente, fui tomado por uma escuridão que me desceu sobre os olhos; depois me ergui:
julga o meu espanto ao me ver e me sentir vivo, percebendo, ao lado, sobre a laje, meu outro ego deitado.
Minhas ideias eram confusas; errei para me refazer, mas não pude; vi chegar minha esposa, velar-me, lamentar-se, e me perguntei:
Por quê? Consolei-a, falei-lhe, mas não respondia nem me compreendia; foi isso que me torturou, deixando-me o Espírito ainda mais perturbado.”
O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente.
Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos, e o ajudam a libertar-se das faixas da matéria.
Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.
Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida geralmente se verificam simultaneamente, mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.

Na Revista Espírita de 1859 (3) Kardec traz uma entrevista com um oficial do exército da Itália que descreve o momento da separação da alma e do corpo durante um combate:
“Perg. – 7. Assistindo a um combate e vendo homens morrer, testemunhais a separação entre a alma e o corpo?
Resp. –Sim.
Perg. – 8. Nesse momento vedes dois indivíduos: o Espírito e o corpo?
Resp. – Não; que é então o corpo?
Perg. - Mas nem por isso o corpo deixa de estar lá; não deve ser distinto do Espírito?
Resp. – Um cadáver, sim; mas não é mais um ser.
Perg. – 9. Qual a aparência que então assume o Espírito?
Resp. – Leve.
Perg. – 10. O Espírito afasta-se imediatamente do corpo?
Dignai-vos descrever tão explicitamente quanto possível como as coisas se passam e como as veríamos, caso fôssemos testemunhas.
Resp. – Há poucas mortes realmente instantâneas.
O Espírito, cujo corpo foi atingido por uma bala, a maior parte do tempo argumenta consigo mesmo:
“Vou morrer, pensemos em primeiro sentimento a dor o arranca do corpo e só então podemos distinguir o Espírito, que se move ao lado do cadáver.
Isso parece tão natural que a visão do corpo morto não produz nenhum efeito desagradável.
Tendo sido toda a vida transportada para o Espírito, apenas este chama a atenção; é com o Espírito que conversamos ou é a ele que damos ordens.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 11 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 09, 2018 10:21 am

Observação – Poderíamos comparar esse efeito ao produzido por um grupo de banhistas; o espectador não presta nenhuma atenção às roupas deixadas à margem.”
Após a decapitação, por exemplo, frequentemente o homem conserva por alguns instantes a consciência de si mesmo por alguns minutos, até que a vida orgânica se extinga de uma vez.
Porém, muitas vezes a preocupação da morte lhe faz perder a consciência antes do instante do suplício.
Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado pode ter do si mesmo como homem, por meio do corpo, e não como Espírito.
Se não perdeu essa consciência antes do suplício, ele pode conservá-lo por alguns instantes, mas de duração muito curta, e a perde necessariamente com a vida orgânica do cérebro.
Isso não quer dizer que o perispírito esteja inteiramente desligado do corpo, mas pelo contrário, pois em todos os casos de morte violenta, quando esta não resulta da extinção gradual das forças vitais, os liames que unem o corpo ao perispírito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.

NOTAS:
(1) Allan Kardec - Revista Espírita, junho de 1861, Marques de Saint-Paul, morto em 1860 e evocado a 16 de maio de 1861 a pedido de sua irmã membro da Sociedade Espírita Parisiense.
(2) __________ - Revista Espírita, dezembro de 1858, Um Espírito nos funerais de seu corpo.
(3) __________ - Revista Espírita, setembro de 1859, Um oficial do exército da Itália.

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