LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Porque acordamos com DORES, MAL-ESTAR e DESÂNIMO pela VIDA (Visão Espírita)

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 26, 2018 7:36 pm

Quando dormimos, nossa alma acorda.
Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso corpo.
Quando adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue temporariamente e viaje pelos mais diferentes locais nas dimensões extra-físicas.
Podemos viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações positivas.
Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos também ser obsediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafectos de outras vidas e até por outros seres encarnados também em projecção astral.
Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir.
E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo pela vida, entre outros.
Podemos ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projecção.
Isso também acontece quando estamos hiperactivos mentalmente.
Nestes casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta por completo.
Normalmente nessas situações, após o período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude física e mental.
Pense um pouco. Se o cansaço é físico, tome uma providência.
As leis Divinas recomendam o repouso.
Se for demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de atendimento profissional.
Procure um médico, realize exames, trate-se.
Se o seu cansaço o preocupa, tome o caminho mais conveniente.
Mas, se por qualquer motivo não puder fazer isso, então silencie.
Trabalhe e ore, buscando apoio e refazimento nas fontes espirituais.
Procure Jesus na intimidade de seu coração e entregue a Ele o seu cansaço e o seu descanso.
Ilumine os campos da alma com actividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem verdadeiramente.
Evite reclamações constantes, porque elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu esgotamento.
Procure actividades que o refaçam.
Escolha um local onde necessitem de braços amigos e se ofereça como voluntário.
Mudança de actividade é também repouso.
Para o seu lazer escolha o que o possa refazer.
Um passeio tranquilo, a observação atenta de um quadro da natureza.
Delicie-se com uma música.
Desfrute o aconchego familiar.
Ore e seja feliz.
O sono foi dado ao homem para a reparação das forças físicas e das forças morais.
Enquanto o corpo se recupera dos efeitos da actividade do dia, o espírito também se reabastece no mundo espiritual.
Por isso mesmo a prece, antes do sono físico, se faz tão importante.
Com ela, sintonizamos com as mentes superiores com as quais, logo mais, quando dormirmos, poderemos nos encontrar para os diálogos que alimentam a alma e fortificam a disposição para as lutas
Adquirir o hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente, procurando manifestar uma intenção positiva, de ter uma projecção astral proveitosa e harmoniosa.
É importante a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz naquilo que os seres de amor entendam que seja a tarefa adequada para nós.
Também podemos e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objectivo seguirmos evoluindo na experiência física.
Prepare-se para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma, e jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos e os seus representantes.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Os espíritas diante dos que sofrem

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 27, 2018 9:42 am

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
O Espiritismo, porém, eleva essa amplitude e ensina que saúde é o estado de completo bem-estar biopsico-socioespiritual, pois leva em consideração os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que influenciam o ser humano na sua caminhada pela vivência terrena; com isso torna o conceito mais humanizado. (...)
A saúde é, portanto, um valor colectivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.”
Bem-estar físico, mental e social!
A saúde física é garantida pela fisiologia; a saúde mental é alcançada pela manipulação do quimismo cerebral, seja pela terapia psicológica, seja pela terapêutica psiquiátrica; a saúde social advém de práticas saudáveis, relacionamentos sadios e inclusão social.
“Todo assistente espírita é um elo da saúde e deve demonstrar que não somos médicos, mas um reforço e apoio das suas terapias.
A assistência espiritual é um serviço público que nasce no coração da comunidade de fé.” (Victor Passos)
Muitos espíritas desprezam o tratamento médico, especialmente o tratamento psiquiátrico, porque acreditam que tudo pode ser tratado com recursos espirituais.
É um preconceito lastimável.
Esquecemos que Deus permite as terapias médicas exactamente para se obter a cura, quando esta for possível, ou, pelo menos, para lenir o sofrimento dos que sofrem.
Não se deve pedir aos Espíritos que tratem daquilo que pode ser fonte de dor, quando existem terapias capazes de cumprir esse mesmo papel na medicina dos homens.
Trata-se de uma espécie de ocioso petitório que explora a boa vontade de nossos protectores.
“A busca de sentido se torna ainda mais intensa em situação de fragilidade.
Sabendo que o Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) se faz pela comunhão de várias opções de fé, mesmo aplicando os seus princípios dispersos, ela se torna por demais importante, pois mais do que nunca com isto estamos a mostrar que, unidos, mais capacidades de ação temos, porque o desafio maior nesse campo é levar conforto ao doente e ao mesmo tempo respeitar a fé de cada pessoa ao ultrapassar as barreiras do proselitismo religioso e o desrespeito à visão religiosa do outro – o enfermo e sua família.” (Victor Passos)
Por que sofremos?
A resposta a esta questão está muito clara para os espíritas.
Mas não pode ser dada a qualquer pessoa, especialmente porque só pode ser compreendida pelas mentes amadurecidas ou esclarecidas por força do conhecimento adquirido.
Surge então a dificuldade.
Como amenizar a dor daquele que vem de outra religião?
Por isso temos de ter o maior cuidado para não ferir a crença religiosa daquele que sofre.
Quando o doente é adepto do Cristianismo, essa tarefa se torna menos espinhosa.
Mas é muito difícil quando lidamos com um indivíduo em estado de revolta ou que não aceita as amarguras e dificuldades que a vida em nosso mundo nos apresenta.
“Importante é, também, esclarecer que não estamos nos Hospitais para curar, nem para fazer desobsessões, mas sim para consolar, orientar, esclarecer e levantar o ânimo do doente.” (Victor Passos)
Consolar, orientar, esclarecer e soerguer o ânimo do enfermo – eis o plano de acção.
O espírita é um consolador no meio hospitalar.
É um parceiro da equipe de cuidados, que jamais deve interferir na terapêutica adoptada nem pretender a cura daquele que sofre, sendo, antes, um facilitador no meio da equipe de assistência.
“Então exige-se que os Assistentes Espíritas tenham reuniões constantes, permutando sugestões, mostrando suas preocupações, a fim de cada vez mais se prestarem um serviço de apoio ao doente, aos seus familiares e aos profissionais de saúde, mais sólido e consentâneo com os ensinos do Mestre.” (Victor Passos)
As reuniões de avaliação devem ser realizadas com o objectivo de compartilhar experiências, estabelecer metas da assistência, esclarecer dúvidas e planear a abordagem de acordo com os objectivos espíritas.
Importante ter em mente que os assistidos devem ser sempre objecto de respeito, carinho e esclarecimento, tanto quanto seus familiares.
A capelania hospitalar espírita constitui, como vemos, um grande desafio, porque lidamos com a necessidade de adaptar o conhecimento do Espiritismo ao objectivo de amparar e socorrer aquele que sofre, sem nenhum propósito proselitista.
Muitas vezes vamos encontrar nessa tarefa um ambiente hostil por parte da equipe médica ou da equipe de enfermagem, mas, mesmo assim, é necessário manter a segurança e não se dobrar diante de tais empecilhos, que são, como sabemos, muito bem explorados pelos inimigos do bem.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty A prática do bem pode assumir as fórmulas mais diversas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 27, 2018 8:24 pm

“Vamos falar de uma crença comum, talvez até mesmo universal, que, segundo o nosso entendimento, tem base doutrinária, mas, no início, poderá causar estranheza a alguns dos estudiosos do Espiritismo.
Pode parecer estranho, mas há, ainda, muitos preconceitos na prática espírita, o que é difícil de compreender, uma vez que a visão espírita deveria estar livre de tal vício e, bem ao contrário, ser acolhedora de todas as crenças que buscam a verdade e o bem, porque, como diz o apóstolo Paulo, “todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, seja qual for o culto a que pertençam”.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)

Em alguns grupos e centros tem-se especial aversão a “pretos-velhos” e a entidades como índios, lanceiros ou falanges católicas, quando o Espiritismo deveria ser um manancial de bênçãos para todos os que dele se acercam em busca de auxílio, amparo, refazimento.
Algumas vezes os dirigentes espirituais da reunião mediúnica solicitam o concurso de entidades, por assim dizer, exóticas, para que, com sua extrema humildade, possam sanear o ambiente e falar a nossos corações.
É bom lembrar, a propósito disso, que muitos “pretos-velhos” assim se apresentam porque foi nessa condição – certamente durante o escravagismo – que adquiriram determinadas virtudes do coração, especialmente a humildade.
“Será que o mau-olhado é simplesmente uma superstição ou uma realidade percebida pela sabedoria popular?
(...) Cada vez mais estamos convencidos de que, quando uma coisa é Universal, ela é fato, embora possa ser interpretada de forma equivocada, dada a falta de conhecimento dos mecanismos que a fazem funcionar.
Talvez um bom exemplo disso seja a crença em fantasmas, que é, certamente, Universal, o que, no Espiritismo, se demonstrou ser a alma dos mortos se manifestando aos ‘vivos’.”
(Paulo Neto, no artigo citado.)

Quando uma crença é geral, seria normal procurar-lhe o sentido.
Mas parece que os “espíritos fortes” consideram coisa de gente ignorante dar valor ao que classificam como crendices ou àquilo que só pode, segundo pensam, existir no folclore.
Compadecem-se daquilo que é bom apenas para as histórias de ninar.
São coisas das quais não precisam, até que o fantástico apareça como único recurso, fato que se dá, por exemplo, nos casos de solução impossível para a medicina.
É que o orgulho geralmente só é abatido pela dor.
O caso dos pajés é emblemático.
Os antropólogos tratam as práticas da pajelança como um constructo simbólico.
E estão certos.
A simbologia do processo de cura faz parte do poder terapêutico.
Mas poucos se dispõem a retirar a casca dura e amarga para se saciar com a amêndoa, como diz Kardec, e os que o fazem são considerados místicos.
Ocorre, no entanto, que ninguém, dentre os cépticos, consegue explicar as curas.
“As benzedeiras, são, geralmente, senhoras maduras com desprendimento invejável que, via de regra, só praticam a benzedura em crianças.
(...) Emmanuel, em O Consolador, respondendo à pergunta “a chamada benzedura, nos meios populares, será uma modalidade de passe?”, afirma categórico:
“As chamadas 'benzeduras', tão comuns no ambiente popular, sempre que empregadas na caridade, são expressões humildes do passe regenerador, vulgarizado nas instituições espiritistas de socorro e assistência”.
(Paulo Neto, no artigo citado.)

Caridade! A prática do bem, como diz Emmanuel, pode assumir as fórmulas mais diversas e é ela o ingrediente fundamental da acção terapêutica das benzeduras.
É a caridade que reúne os elementos curativos e os distribui pelas mãos calosas com seus ramos e água benzida.
Toda criança fica impressionada e dócil diante de tamanha humildade e amor fraterno.
São poucas as benzedeiras que cobram.
Como geralmente são muito pobres, aceitam, coradas, algum presente ou donativo.
Mas não é isso que as convida ao trabalho, porque, em verdade, são movidas pelo amor.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty O joio e o trigo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 28, 2018 10:21 am

por Altamirando Carneiro

O monge dominicano, filósofo, astrónomo e matemático italiano Giordano Bruno (1548-1600) foi acusado pelo Tribunal da Inquisição de ter sustentado a afirmação da existência de inúmeros mundos e de que a Terra gira em torno do sol.
Acusaram-no ainda de acreditar na reencarnação e não no inferno; de ter afirmado que até os demónios seriam salvos, um dia, conforme a lei de evolução do Espírito; de que a magia (entenda-se mediunidade) é lícita e de que os profetas e apóstolos eram magos (entenda-se médiuns).
Giordano Bruno, uma das figuras mais representativas da Renascença, preferiu ser queimado na fogueira, em 8 de fevereiro de 1600, do que abjurar as suas ideias que, hoje, vemos, não eram fantasias, mas verdades insofismáveis.
Sobre a sua atitude, afirmou:
"Por enquanto ficariam felizes com a minha abjuração.
Mas viver também significa percorrer um longo caminho que nos afasta de Deus!"
Em Roma, no local de seu martírio, há uma estátua que eterniza o seu amor à verdade.
O amor à verdade é uma das características do homem de bem.
De tal maneira que, como se lê em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo XVII - Sede Perfeitos, item 3 - O Homem de Bem:
"Se interroga a sua consciência sobre os próprios actos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem de se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem a ele".
Espíritos assim já vêm preparados.
Não é fácil caminhar-se para o cadafalso tendo-se a certeza de que poderia escapar-se dele.
Mentir, abjurar, que importa, quando está em jogo a vida? - diria um Espírito fraco.
Os bons espíritas são amantes da verdade, acima de tudo.
Neste mesmo capítulo, diz o Evangelho que:
"O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam".
A verdade de cada um está de acordo com a sua evolução espiritual.
A verdade dos fracos é frágil; a verdade dos fortes é firme.
Assim deve ser a verdade do espírita, uma verdade calcada nos ensinamentos de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.
Muito embora não se diga dono da verdade, o Espiritismo, sem dúvida, tem a chave que abre as portas do conhecimento, pois os seus ensinamentos não se baseiam no pensamento ou interpretação pessoal deste ou daquele homem, deste ou daquele fundador, mas na interpretação clara dos Espíritos.
Allan Kardec codificou as Verdades do Evangelho e da Doutrina Espírita, trazidas pelos Espíritos Tutelares, em cinco importantes livros:
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Génese.
Estudemos Kardec, para que possamos distinguir a Verdade da mentira, diante da enxurrada de informações falsas que nos são impostas diariamente por uma verdadeira plêiade de falsos cristos e falsos profetas, ao nosso redor.
Para eles, a ocasião é propícia.
O rádio, a televisão, os jornais nunca estiveram de portas abertas para eles, como agora.
Mas se estudarmos Allan Kardec e nos esclarecermos devidamente, saberemos separar o joio do trigo.
Amemo-nos e instruamo-nos, como nos pede o Espiritismo.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Lideranças destrutivas

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 28, 2018 7:18 pm

por Anselmo Ferreira Vanconcelos

É significativo o número de líderes mundiais na actualidade que estão claramente sintonizados com as forças das trevas.
Por meio de insondáveis forças do destino conseguiram a simpatia popular e votos substanciais dos eleitores para exercer o poder.
Como são sagazes conseguem sustentar o ceptro através de conluios tenebrosos.
Há, evidentemente, aí, aqueles que se consolidaram por meio da força e acções ditatoriais cujos nomes são bem conhecidos, assim como “as suas obras”.
O fato primordial é que essas lideranças destrutivas estão ainda presentes em profusão na Terra, prejudicando o desenvolvimento das nações, criando constante clima de insegurança e medo nos cidadãos, punindo os seus opositores de forma despótica, desrespeitando os direitos humanos e as mais comezinhas noções de liberdade de expressão, só para citar alguns males por eles praticados.
Agarram-se ao mando transitório como se este fosse um fim em si mesmo. Como são, na essência, apenas pobres delinquentes, não atinam quanto ao que os aguarda além-túmulo.
Nesse sentido, cumpre destacar que o Brasil está passando por um momento extremamente doloroso em sua história ao ver condenado um ex-presidente – pelo menos por enquanto - por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A julgar pelo teor de outros processos em andamento, o infeliz político – que um dia ostentou os índices mais expressivos de popularidade observados até aqui – deverá enfrentar a vida no cárcere por um bom tempo – salvo mudanças inesperadas no terreno irregular da justiça brasileira.
Num gesto desesperado tentou de todas as formas possíveis salvaguardar a sua reputação – absolutamente destruída para a maior parte da população – de “bom político” e “amigo dos pobres”.
No auge do seu delírio afirmou não ser mais um homem, mas “uma ideia”...
Apelou insistentemente para o discurso da vitimização, bem como usou de todos os recursos disponíveis em sua defesa.
Não bastasse isso, ofendeu, atacou e lançou impropérios contra todos os que não comungam das suas ideias e opiniões.
Lamentavelmente, os factos apurados já não deixam qualquer margem de dúvida quanto ao real motivo das suas acções delituosas.
Por tudo isso, pode-se afirmar que o preço da conquista do progresso moral tem sido muito alto para os brasileiros.
Afinal, afastar homens públicos por prevaricação ou simples má-fé é sempre uma experiência traumatizante.
Ao que tudo indica, o processo de acrisolamento das instituições públicas nacionais não vai parar tão cedo, já que muitos Espíritos encarregados em promover o avanço ético e económico em nossa nação estão fracassando clamorosamente. De qualquer forma, a mão da justiça finalmente alcança os delinquentes contumazes, apesar das distorções e contradições das leis vigentes.
No aspecto espiritual, ângulo que nos interessa especialmente explorar, cabe acrescentar a oportuna mensagem do Espírito Isabel de França contida n’O Evangelho segundo o Espiritismo (capítulo XI), a saber:
“Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas.
Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis.
Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos para que vos sirvam de ensinamento.
Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras Leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos:
todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações”.
A questão do tempo mencionada na mensagem acima sempre enseja relativização devido ao facto de que o tempo na percepção espiritual difere em muito da dimensão material em que ora nos encontramos.
Todavia, é certo que Deus permite que se encontrem entre nós, nas palavras da mentora, “grandes criminosos” para que também sejamos testados em nossa fé, discernimento e conduta pautada por valores sagrados.
Com relação aos transgressores das leis de Deus, a benfeitora sugere o socorro das nossas preces em prol deles, considerando que esse recurso constitui a verdadeira caridade.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Sua alma acorda quando seu corpo dorme!

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 29, 2018 11:04 am

Quando dormimos, nossa alma acorda.
Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso corpo.
Quando adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa consciência - que está sediada na alma - se desligue temporariamente e viaje pelos mais diferentes locais nas dimensões extra-físicas.

Diferentes assédios
Podemos viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações positivas.
Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos também ser assediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafectos de outras vidas e até por outros seres encarnados que estejam também em projecção astral.
Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir.
E, no caso desses tipos de assédios -infelizmente muito comum- costumamos acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal-estar, desânimo pela vida, entre outros.
Podemos ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na alimentação e, dessa forma, nem sairmos em projecção.
Isso também acontece quando estamos hiper-activos mentalmente.
Nestes casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta por completo.
Normalmente, nessas situações, após o período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude física e mental.

A projecção astral
É a faculdade que a alma tem de se projectar para fora do corpo físico durante o sono, mantendo-se ligada ao corpo denso por meio do cordão de prata.
Basicamente existem dois tipos de projecção:
a consciente, em que o projector tem discernimento sobre seus actos e pensamentos, e a não consciente, em que não há lembrança da saída do corpo.
Portanto, todos estamos habilitados a realizar esta prática.
Acontece comigo, acontece consigo, acontece com todo mundo, pois essa é uma natureza da alma humana.
Todavia, muitas pessoas costumam achar que isso é loucura; que não é possível.
E quanto aos sonhos?
Quando dormimos, nossa consciência experimenta basicamente três principais padrões.

São eles:
1 - Sonhos construídos com base nos elementos vivenciados durante o dia.
Nesse caso, a pessoa costuma sonhar com situações misturadas, que reúnem elementos confusos, como entrar por uma porta, depois se ver em uma cadeira, depois observar um cachorro, conversar com o chefe, brigar com o vizinho, depois entrar num circo em que o palhaço vai embora, e mais tarde tomar um copo de suco, dentro de um elevador, que tem asas e voa até uma cozinha, que tem o Tiririca como cozinheiro, e assim por diante.
Resumo, nada se liga a nada.
Este tipo de sonho manifesta o padrão mental desorganizado, agitado, tenso, cansado.
É a reunião de burburinhos mentais que só revelam que a pessoa está precisando desacelerar a mente.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 29, 2018 11:05 am

2 - Recordações de vidas passadas...
Quando os sonhos têm mensagens sempre muito parecidas e afectam o emocional da pessoa com grande intensidade, eles dão indícios de ter relação com situações de vidas passadas que afloram durante o sono como uma recordação perturbadora.
Aqueles sonhos que carregam sempre os mesmos elementos, como uma guerra, uma perseguição, um abandono ou uma situação específica, que a pessoa já sonhou repetidas vezes, manifestam provavelmente recordações de vidas passadas.

3 - Encontros espirituais nas projecções astrais.
Quando estamos libertos do corpo físico, apenas ligados pelo cordão de prata, podemos, como já citado, ter diversas vivências em várias situações e contactos com outras consciências extra-físicas, de amor (ou não), de luz (ou não).
Também podemos encontrar parentes e amigos desencarnados.
Nesses casos, muitas vezes a pessoa ao acordar não se lembra de nada, mas nas situações em que a memória "funciona bem", qualquer um pode perceber a nitidez e a riqueza de detalhes na qual a experiência aconteceu.

O maior aprendizado
Para ter uma projecção astral proveitosa e harmoniosa é necessário adquirir o hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente e procurando manifestar uma intenção positiva.
É importante a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir aos planos de Luz naquilo que os seres de amor entendam ser a tarefa adequada para nós.
Também podemos e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objectivo de seguirmos evoluindo na experiência física.
Prepare-se para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma e jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos com seus representantes...

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty A conspiração do silêncio

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 29, 2018 8:29 pm

Na Antiguidade ficava envolta em mistérios, somente acessíveis aos iniciados, constituindo a doutrina secreta ministrada nos templos por sacerdotes especializados.
Sempre quando se fazia revelar, de imediato era oculta à curiosidade popular e, muitas vezes, mantida em segredo, de que se utilizavam muitos para a exploração ignóbil, tornando-se seus intérpretes, porém, de acordo com os próprios interesses.
Condenada por inúmeros governantes e temida por incontáveis deles, era manipulada pela astúcia e habilidade de mistificadores que exploravam a credulidade geral, ameaçando ou liberando de penas que eles próprios elaboravam, a fim de inspirar temor e respeito.
Mesmo com o advento da mensagem de Jesus, os Seus adversários denunciavam-na como interferência demoníaca, teimando em ignorar a sua legitimidade, assim comprazendo-se na irresponsabilidade.
Depois de Jesus, passou a ser objecto de teólogos nem sempre honestos e convictos da sua realidade, para envolvê-la em fantasias do sobrenatural distante do elevado significado de que se reveste.
Durante longo período na noite medieval foi severamente perseguida, sem que a perversidade dos insanos inimigos conseguisse diminuir-lhe o brilho e a fascinante significação.
Ao Espiritismo coube o elevado mister de desvelá-la, tornando-a anelada e oferecendo as directrizes austeras e seguras para a conquista dos benefícios dela advindos durante a existência planetária.
Evocando-a na ressurreição triunfante de Jesus após a dolorosa crucificação, a imortalidade do Espírito é a mais grandiosa revelação do conhecimento humano, que proporciona esperança e alegria de viver.
Por mais que os amigos desejassem acreditar que Ele voltaria do silêncio do túmulo, após a morte infamante, ei-lO glorioso, irradiando mirífica luz, que demonstraria ser Ele o Senhor dos Espíritos e o Guia da Humanidade.
Embora a ignorância e a má fé de incontáveis personalidades que se iludem com a transitoriedade carnal, a imortalidade é a vida que se encontra ínsita em todos, seja na frágil organização física ou na deslumbrante libertação mediante o fenómeno inevitável da desencarnação.
A ruptura da conspiração do silêncio em torno da vida-além-da-vida orgânica, oferece a certeza do sentido psicológico superior da existência terrena, como escola de aprimoramento moral, objectivando a plenitude a que todos aspiram.
Impossível, portanto, silenciar a verdade e impedir que os imortais comuniquem-se com as criaturas humanas, a fim de adverti-las e orientá-las quanto ao significado existencial.
Embora alguns subterfúgios, que ainda permanecem em torno dos vigorosos fenómenos mediúnicos que atestam a sobrevivência do Espírito à desagregação molecular, uma nova consciência surge na sociedade, para contribuir significativamente para a conquista do bem-estar permanente, para a superação do medo da morte.
Desmistificada, ao invés de significar a fatalidade aniquiladora, torna-se o anjo libertador do fardo do sofrimento e faculta o voo pleno pelo infinito.
O limite a que se está acostumado, durante a jornada berço a túmulo, amplia-se, ante a visão majestosa do Universo, com os seus sextilhões de astros, que são outras tantas moradas da Casa do Pai.
Incontestavelmente, uma existência corporal é insignificante ante a magnificência do Cosmo, de modo que a aceitação desse pequeno périplo diminui a majestade do Criador.
Lentamente, pois, e com segurança, a conspiração do silêncio em torno da imortalidade cede lugar à convicção da vida após o túmulo, graças à fenomenologia mediúnica presente em todos os segmentos da sociedade.
Ao mesmo tempo, o sofrimento que alcança todos os indivíduos, após as jornadas pelos gabinetes da ciência encarregada de atenuar-lhes a dor e diminuir-lhes o desespero, encontra nas nobres elucidações espíritas o reconforto e o ânimo para os enfrentamentos que decorrem das condutas antes vivenciadas, conforme elucida a reencarnação.
As psicoterapias transcendentais ora aplicadas encontram na imortalidade do Espírito e nas suas várias reencarnações os recursos valiosos para os transtornos de comportamento e os de natureza mental, por elucidar a anterioridade da vida ao corpo actual, quando foram assumidos compromissos ultrajantes que agora têm necessidade de ser reparados.
Nada acontece quando não existe uma causa anterior.
A lei, portanto, de causa e efeito, que responde pelos acontecimentos felizes ou desditosos que têm lugar no mundo de hoje, como no de todas as épocas, convida o ser humano à responsabilidade lúcida e consciente por necessidade de despertar para a própria realidade.
Já não há tempo para o escamotear da verdade, quando a comunicação virtual e o conhecimento de algumas leis universais deslumbram todos aqueles que se permitem o esclarecimento e buscam a libertação das algemas da intolerância de qualquer natureza, assim como da castração espiritual ainda vigente em algumas doutrinas religiosas.
Este é o momento do auto-encontro, da autoconsciência, da comunhão com Deus.
A busca da verdade, por fim, conduz o indivíduo à plenitude, rompendo o véu da ignorância e do medo em torno da transcendência e grandeza da vida, que deve ser experienciada com inefável alegria.
As dores e as ocorrências afligentes são acidentes do programa evolutivo que, de maneira nenhuma interrompem o fluxo do desenvolvimento da inteligência e da moral.
Jesus havia anunciado a Era Nova de conhecimentos e de felicidade que a Terra experimentaria.
Assim, pois, são estes os dias anunciados graças ao Consolador, que Lhe veio repetir os ensinamentos e dizer coisas novas que no Seu tempo não podiam ser reveladas, por falta do entendimento científico em torno da existência, assim como o das leis universais.

Joanna de Ângelis.
Psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 16 de novembro de 2013, em Leiria, Portugal, no Congresso Espírita Português.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Aos que desejam desistir

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 30, 2018 10:18 am

Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece fraca, sem que consiga brilharnos panoramas do teu caminho.
Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadores, gerando clima de sofrimento interior.
Nessas ocasiões, tudo corre mal.
Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em obstáculo cruel de difícil transposição.
Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.
Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.
A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
Refaz, porém, a observação.
Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.
Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu carácter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu íntimo.
Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.
Perdemos a percepção para as coisas subtis da vida espiritual, a mais importante e, desse modo, nos desviamos da rota redentora.
Não te aborreças, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.
A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e rectificas conceitos.
Continua fiel no posto, operário anónimo do bem de todos, e espera.
Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente retornarão.
Os amigos que te deixaram; os amores que te não corresponderam; aqueles que te não quiseram compreender; quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade; os que investiram contra os teus anseios voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido.
Tem calma! Silencia a revolta!
Por que desistir da vida, se ela nunca desiste de nós?
Por que desistir dessa grande oportunidade, se ela foi tão arduamente conquistada por nós, antes de voltarmos a nascer?
Sabíamos das provas que iríamos enfrentar aqui, aliás, viemos aqui justamente para isso, para suportar, e suportando com bravura, crescer interiormente.
Se não são as provas que nos assustam, mas sim expiações duríssimas que a lei nos impõe, encaremo-las como o momento da redenção, da libertação do sofrimento prolongado e indefinido.
O segredo da felicidade não está na vida de mansuetude, mas nas vitórias logradas sobre as batalhas diárias.
Cada vitória, uma felicidade a mais.
Aos que desejam desistir, força sempre!
Quem resiste bravamente cresce e é feliz, mesmo em meio aos desafios.

Blog Espiritismo Na rede ,com base no cap. 42, do livro Lampadário espírita, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Provisão de beijos

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 30, 2018 8:29 pm

por Cláudio Bueno da Silva

No capítulo Eu, do livro Memórias, publicado em 1933, o escritor brasileiro Humberto de Campos narra episódios da sua primeira infância, de que se lembrava ainda, considerada do nascimento à morte do pai, quando ele contava seis anos.

Diz ter sido um menino casmurro e antipático e que, talvez por isso, não recebia a atenção e o carinho que os adultos dedicavam às outras crianças.

Retraía-se, alimentando tristeza e rebeldia.

Num belo trecho de autêntica avaliação psicológica que faz desse período infantil, a certa altura, Humberto diz:
A ideia que tenho, assim, hoje, é de que, nessa idade em que se faz provisão de beijos para a vida toda, cercava-me uma atmosfera de prevenção ou de desprezo, que me doía e revoltava.

Humberto de Campos não poderia ter sido mais preciso e oportuno ao lembrar, com o próprio exemplo, a necessidade que têm todas as crianças das doses permanentes de afecto, principalmente dos familiares.

O efeito desse remédio afectivo, administrado com amor e, conforme a necessidade, com energia também, continuará agindo no adulto de amanhã.

A atenção e o carinho que se dá a uma criança é investimento moral para o futuro.

É o elemento que dará origem à sociedade mais fraterna e solidária que tanto sonhamos.

(Leia mais em “O menino livre de Miritiba”, idelivraria.com.br.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Aprendendo sempre

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 31, 2018 9:33 am

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Nascemos com a determinação divina de nos tornar perfeitos e felizes no futuro, mas o futuro começa agora, com nossa busca e esforço no presente.
Nada melhor do que um dia após o outro, e Deus à frente de tudo.
Que esse novo dia comece com fé.
Toda manhã é uma bênção (uma nova oportunidade é uma bênção, não?).
Que possamos também ser semeadores do amor que estamos recebendo do Alto.
Porque, num novo dia, tudo é possível, é um novo presente de Deus.
O ontem serve de lição, aprendemos com ele.
O hoje serve de dádiva, vivamos o presente.
O amanhã ainda não veio, continuemos entregando nossa esperança a Deus e confiando.
Para nos fazermos sábios, aprendamos com as lições e erros dos outros.
Para nos tornarmos prudentes, aprendamos com as experiências e falhas nossas.
Se não aprendemos nem com os outros, nem com nós mesmos, sofremos as consequências dos passos equivocados.
Jesus afirmou que a felicidade ainda não é deste mundo.
Porque existe um mundo melhor, que é o espiritual, do qual fazemos parte.
Entretanto, a espiritualidade revelou que podemos buscar a felicidade e a paz de espírito vivendo na Terra, buscando o necessário para a vida material, e espiritualmente agindo com a consciência tranquila.
Mas também nos alerta de que “fora da caridade não há salvação” – não podemos viver em felicidade sem fazer a felicidade do próximo.
O amor é a força que move o mundo; segundo João, Deus é amor.
Então, é importante a qualidade de nossas relações – elas podem ser o céu ou o inferno em nossas vidas.
Não esperemos receber recompensas e gratidão, mas continuemos fazendo o bem.
Agradeçamos por cada pessoa que passa em nosso caminho – elas de facto são os instrumentos do nosso desenvolvimento pessoal.
Acima de tudo, agradeçamos a abundância que verte do Alto em nosso favor todos os dias.
E por tudo que já recebemos, sejamos e vivamos cheios de gratidão e doçura.

Diz o filósofo e teólogo francês Pierre Charron:
“Quem recebe um favor, nunca deve esquecer; quem faz, nunca deve lembrar”.
Portanto, não fiquemos guardando nada para uma ocasião especial.
Ocasião especial é cada dia que se vive.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Divina Presença

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 31, 2018 8:16 pm

por Temi Mary Faccio Simionato

Com a evolução do homem, erguem-se educandários com o objectivo de especialização profissional.
Contudo, é no templo espírita que encontramos a escola da alma que nos ensina a viver para um trabalho de burilamento do Espírito, onde alcançaremos a libertação verdadeira, abandonando o cativeiro da ignorância no reino do Espírito.
Frente a todos os percalços que enfrentamos hoje e enfrentaremos ou não no futuro, não nos prendamos às ondas de perturbação e de sombra; vivamos o bem e procuremos realizá-lo com todos os recursos materiais e espirituais ao nosso alcance. Sempre que sofrermos com a incompreensão e a ingratidão alheia, procuremos entendê-los, servindo e amando, pois, na claridade do Cristo, a liberdade do “devo servir” gera progresso e aperfeiçoamento.
Desta forma, aprenderemos a sorrir para as dificuldades quaisquer que sejam elas, construindo, pouco a pouco, em nós mesmos, o santuário de luz para a comunhão constante com o Mestre Jesus.
É necessário nos conscientizarmos de que sempre haverá muitos amigos que nos incentivam a percorrer a estrada recta, mas em algum momento nos deixarão a sós; parentes que nos devem protecção e também acabarão seguindo outro caminho.
Os tropeços se multiplicam para que a nossa senda se obstrua, porém, jamais estamos sozinhos nesta jornada, pois, nas palavras benditas do Evangelho, encontraremos a inesquecível advertência do Mestre:
“Que te importa a ti? Segue-me tu”. (João, 21:22.)
Assim sendo, todas as vezes que corações queridos não nos comunguem sintonia e convivência, ou mesmo, se alguma sugestão menos feliz nos visite, entremos imediatamente em prece, usando o silêncio e abençoando sempre, procurando não conservar lembranças amargas e nem dar ouvidos às respostas azedas, seguindo adiante, percebendo que a paz do mundo é dom divino, começando em nós.
Poderemos, assim, aproveitar os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência, começando a luta de cada dia agradecendo e servindo sem nos prendermos a nada.
Quando simplificamos o caminho, convictos de que não necessitamos gastar as possibilidades da existência em expectativa e tensão, tudo quanto carecermos será feito em nosso favor, no momento oportuno e de acordo com a vontade do Pai.
O apóstolo Paulo de Tarso esclarece:
“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos, 12:21).
Paulo é claro na fórmula precisa ao verdadeiro triunfo, e o melhor processo é confiar e trabalhar constantemente.
O meio mais seguro de reajustar aqueles que nos desajudam é ajudar incessantemente, usando de benignidade uns para com os outros.
Eurípedes Barsanulfo, no livro O Espírito de Verdade, capítulo 12, aclara:
“Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
(...) O Espírito deve ser conhecido por suas obras, é necessário viver e servir”.
É necessário renovarmo-nos em Jesus, seguindo-O nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando a alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas de felicidade.
Cultivemos a fé, sem nos esquecermos de que, no fundo da consciência, ajudar com desinteresse e instruir sem afectação é a única forma de servirmos a Deus.
Poderemos, então, entender que é indispensável apequenar-nos para ajudar sem perder altura, assegurando a melhoria de todos, acentuando nosso aprimoramento, garantindo equilíbrio essencial no serviço de auto-burilamento, no qual devemos nos empenhar.
Portanto, guardemos compreensão, paciência, bondade e tolerância construtivas em todos os passos da senda e, assim, através da nossa restauração mental para o bem, superaremos o âmbito da enfermidade.
Entretanto, se cultivarmos melindres, desgostos, irritação e mágoas, apenas nos transtornarão, estragando nossa existência.
Desta maneira, conseguiremos compreender que é preciso fazer o quanto pudermos em favor dos semelhantes, não nos esquecendo de que o eterno Amigo nos segue os passos em silêncio, após ter dito a cada um de nós, durante os séculos:
“Em verdade, tudo aquilo que fizerdes ao menor dos pequeninos é a mim que o fizestes”. (Mateus, 25:40.)
O apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, que conhecera as dificuldades das lutas humanas e que subiu ao máximo do apostolado com o Cristo oferece o roteiro seguro ao aprimoramento:
“Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam”. (Filipenses, 3:13-14.)
Em verdade, reverenciamos a providência Divina e depositamos em Jesus a nossa esperança.
Admiramos a virtude e acreditamos na força do bem, contudo, se nada realizarmos na esfera das boas obras, a nossa fé poderá ser vigorosa e irradiante, mas de nada adiantará.
O reino de Deus será a vitória do bem no domínio dos homens, e quando atingirmos esse reino, ninguém mais nascerá sob qualquer sinal de reparação ou discórdia, porque a humanidade será regida pelos ideais e interesses de um só mundo.

Bibliografia:
XAVIER, C. Francisco – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel - 35ª edição – Uberaba/MG/Editora Comunhão Espírita Cristã – 2010 - páginas 54, 70, 146, 195 e 229.
Xavier, C. Francisco e Vieira Waldo – Estude e Viva – ditado pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz – 14ª edição – Brasília/DF/Editora FEB – 2013 – páginas 9, 54 e 134.
Xavier, C. Francisco – Pronto-Socorro – ditado pelo Espírito Emmanuel - 1ª edição – Brasília/DF/Editora FEB – 2015 – lição 40.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Acção e adoração

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 01, 2018 9:50 am

por Vladimir Polízio

O aprendiz indagou ao Mestre:
"- Senhor, sofro muito...
A solidão me aniquila...
Que fazer de mim, se minha vida é um terrível deserto?
O Divino Instrutor, porém, respondeu:
- Filho, a flor aparece onde for plantada".
Na verdade, essa é a Grande Lei que determina a nossa condição na Terra.
Fugir das obrigações afectas a cada um é conflitar consigo próprio e com as forças do Alto.
Quando Jesus fez suas pregações sobre as bem-aventuranças discorreu amplamente sobre o exercício pleno do amor e sua importância perante a vida física e com resultados rigorosos no mundo dos Espíritos.
O amor - de acordo com Pedro - cobre a multidão de erros, de pecados, de transgressões contra o próximo.
Em nenhuma página do Evangelho de luz deixou o Mestre de citar a Lei maior, que é a Lei do amor.
Emmanuel, benfeitor da espiritualidade, acompanhou Chico Xavier por 75 anos, dando-lhe apoio, orientações das mais variadas, esclarecimentos sobre assuntos diversos e muito ânimo nos momentos em que o médium se via mergulhado em sentimentos profundos.
Esta mensagem é de Emmanuel:
'Acção e adoração':
"Cada criatura nasce na Terra no sítio em que deva produzir mais e melhor para o bem, com os recursos necessários ao aprimoramento que lhe diz respeito e sob as circunstâncias mais favoráveis à obra que lhe cabe realizar.
Não esqueças os instrumentos de progresso e perfeição que o Senhor te confiou ao caminho.
Para muitos, é o lar com os deveres que lhe enriquecem as horas, pelos quais o devotamento é o clima em que se lhe amadurecerão os frutos do resgate.
Para outros, é o campo em que as lides da terra lhe pedem devoção e suor.
Para outros, ainda, é a casa de trabalho onde as pequenas desarmonias de cada instante lhe reclamam paciência e serenidade, boa vontade e amor, na própria edificação, à frente dos companheiros difíceis.
Todos no mundo, enquanto envergamos a veste física, possuímos connosco os elementos da regeneração e da cura de que necessitamos para o triunfo na escola da vida.
Renunciar aos obstáculos que nos marcam a senda e encerrarmo-nos no altar contemplativo da falsa adoração ao Pai Celeste é fugir aos nossos compromissos, adiando indefinidamente as realizações que o passado exige de nós no presente, para que o porvir se nos descerre pleno de luz.
Certamente, o Senhor prescinde em qualquer situação do incenso bajulatório das nossas reiteradas manifestações de louvor, mas, sem dúvida, aguarda de nosso esforço o socorro a alguém que ontem relegamos ao abandono e à consagração honesta a esse ou aquele trabalho que sofreu de nossa parte, no pretérito, atitude escarnecedora, porque semelhantes edificações constituem recuperação de nós próprios, diante da Eterna Lei.
Não menoscabemos o valor da prece em tempo algum, de vez que encontramos nela a escada sublime da ascensão aos Céus.
Entretanto, não nos esqueçamos de que a obrigação correctamente cumprida, ainda que nos custe o máximo sacrifício, é a oração mais nobre que nos granjeia a dignidade entre os homens e o respeito a nós mesmos por traçar-nos seguro caminho à fiel comunhão com Deus".

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Pense Antes de Acreditar

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 01, 2018 8:15 pm

Casas espíritas são construídas e mantidas por pessoas e para pessoas, sendo fundamentalmente embasadas no Espiritismo, doutrina que deve ser para todos os espíritas a filosofia que embasa a conduta de suas vidas.
Espiritismo difere muito do movimento espírita, pois enquanto o primeiro é o ensinamento superior codificado por Allan Kardec a partir do método CUEE – Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos, o segundo resulta da interpretação, compreensão e intenção daqueles que de algum modo lideram os estudos e divulgações espíritas.
Lembremos o que disse Kardec em Obras Póstumas:
“Um dos primeiros resultados que colhi das minhas observações foi que os Espíritos, nada mais sendo do que as almas dos homens, não possuíam nem a plena sabedoria, nem a ciência integral; que o conhecimento de que dispunham se limitava ao grau de adiantamento que eles haviam alcançado, e que a opinião deles só tinha o valor de uma opinião pessoal.
Reconhecida desde o princípio, esta verdade me preservou do grave risco de crer na infalibilidade dos Espíritos e me impediu de formular teorias prematuras, tendo por base o que fora dito por um ou alguns deles.”
O método CUEE trouxe segurança à obra espírita, pois Kardec implantou esse rigoroso processo selectivo das informações que lhe chegavam possibilitando perceber se as mensagens eram fatos e leis espirituais ou apenas opiniões dos espíritos.
Pois bem. Essa necessidade de reflectir, comparar, buscar outras fontes de informação que corroborem ou desconstruam os conceitos recebidos é útil para avaliar tudo o que provém dos espíritos, assim como dos homens, ou seja, originadas nos desencarnados e nos encarnados.
Nada, absolutamente nenhuma “verdade” deve ser aceita como tal apenas porque alguém disse que assim o é, tudo pode ser questionado!
As comunicações dos espíritos devem ser avaliadas muito além do nome que dizem ter ou o papel que presumimos possuírem em nossas vidas, tais como mentores pessoais ou de grupos de estudos.
É o conteúdo, a lógica, o que é subjectivamente aconselhado, ensinado, que deve ser considerado.
Quantas frases e textos contendo a palavra “amor” falam apenas de ciúme, orgulho e posse, por exemplo?
Da parte dos encarnados não é diferente.
Mesmo a pessoa melhor intencionada pode não perceber que interpreta de forma errada um conceito, um ideal, agindo contra aquilo que pensa defender.
Imagine-se, então, o que pode ocorrer se houver má fé envolvida!
Talvez alguns pensem “como confiar?”.
Eis a pergunta que não deve calar jamais!
Somos residentes no planeta Terra que ainda é prisão para os criminosos, hospital para os doentes, escola para os ignorantes.
Nossa defesa passa sempre pelas palavras do Cristo, “vigiai e orai”, mas também pela afirmação doutrinária do Codificador, que diz:
“A fé raciocinada, por se apoiar nos factos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa.
A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu.
Eis por que não se dobra.”
Portanto, amigos, não temam recusar uma verdade, temam aceitar mentiras e enganos, conforme o conselho do Espirito Erasto, em O Livro dos Médiuns.
“Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provérbios.
Não admitais, portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidência.
Desde que uma opinião nova venha a ser expendida, por pouco que vos pareça duvidosa, fazei-a passar pelo crisol da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom senso reprovarem.
Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errónea.
De melindres e sensibilidades exageradas o mundo está cheio e muitos não saberão lidar com posturas e pensamentos diversos dos seus, não sendo raro que alguém entenda que suas ideias são mais lúcidas, claras e ideais do que as alheias, isso quando não as quiserem impor apenas para angariar objectivos de fundo exclusivamente egoístico.
Todavia, ainda que correndo o risco de sermos incompreendidos, sigamos o caminho que a doutrina ensina:
pensar antes de acreditar!
Estudar, questionar, reflectir, debater construtivamente!
Que não sejamos parte daqueles que inadvertidamente buscam transformar o Espiritismo e o movimento espírita em fértil campo de “fakes news” (notícias falsas).
Devemos ter responsabilidade, ser espíritas sim, dentro das casas espíritas, mas também fora delas, no mundo.
Nosso planeta está repleto de “joio” e de “trigo” que apenas quando frutificarem serão separados para que não se coloque a perder bons grãos de homens e almas.

VANIA MUGNATO DE VASCONCELOS

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty As fobias e a reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 02, 2018 10:07 am

Uma psicóloga norte-americana foi procurada para atender um adolescente, portador de problema singular.
Desde a infância, o garoto trazia uma fobia com relação ao bater das asas dos pássaros mas, foi na adolescência que o problema se intensificou e os pais buscaram a ajuda de um profissional.
Quando percebia um pássaro pousando, o movimento das asas lhe causava crises terríveis culminando em desmaio.
A psicóloga buscou, com todos os recursos de que dispunha, uma forma de ajudá-lo.
Provocou, por inúmeras vezes, a regressão de memória até ao útero materno e não conseguia descobrir as origens do desequilíbrio.
Materialista convicta, a profissional só admitia uma única existência e buscava a resposta a partir da vida no ventre materno.
Mas, como os anos rolaram sem que pudesse resolver a questão, e porque o desafio se tornasse cada vez maior, numa das sessões de regressão resolveu deixar que o jovem fosse mais além.
Embora não acreditasse na teoria da preexistência do Espírito, foi nesse universo desconhecido que encontrou a origem do trauma.
O jovem, então com 21 anos, mergulhou no seu passado e se viu como soldado, lutando na Segunda Guerra Mundial.
Descrevia seu drama com detalhes.
Estava em meio a uma batalha, juntamente com os demais soldados, quando houve uma grande explosão e todos foram atingidos.
Ele também fora atingido pelos estilhaços da bomba mas não morrera de imediato, ficando apenas semi-consciente.
Após baixar a poeira, vieram os tractores e juntaram os inúmeros corpos em monturos, deixando-os para serem enterrados em covas colectivas mais tarde.
Nessa ocasião, ele, que estava agonizante mas não morto, fora arrastado para o monturo com os demais cadáveres, ficando sobre os demais.
E porque demorassem para soterrar os corpos, os abutres buscaram neles o seu alimento.
Quando os abutres sentavam sobre seu corpo, ele percebia o bater das asas e sentia suas carnes sendo dilaceradas com violência.
Essa cena se repetiu por muitas horas, até que a morte física se consumasse.
Embora rompidos os laços do corpo físico, aquele Espírito ficou impregnado das sensações horríveis dos últimos momentos, a ponto de trazer o desequilíbrio para a nova existência, em forma de fobia.
Não é preciso dizer que a doutora materialista rendeu-se aos factos e mudou seu pensamento a respeito da vida.
* * *
Muitos medos e traumas cujas causas não estão na presente existência têm suas raízes em um passado mais ou menos distante, em existências anteriores.
O Espírito recebe um novo corpo em cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros tempos.
Por esse motivo é importante que olhemos para as pessoas como Espíritos milenares, mesmo que estejam albergados temporariamente num corpo infantil.
Percebendo a vida sob esse ponto de vista, teremos mais e melhores possibilidades de ajudar as criaturas que trazem dificuldades, começando por nós mesmos.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Afinal, o que é a inveja?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 02, 2018 7:49 pm

A inveja é um sentimento intrigante.
Apesar de todos nós o experimentarmos, ninguém gosta de reconhecer quando o está sentindo.
Afinal, é um sentimento controverso: indica que algo positivo desperta algo negativo.
Vamos imaginar uma conversa entre pessoas que estão “jogando papo fora”.
Do nada, alguém começar a falar das coisas boas que estão lhe acontecendo.
Quantos rostos e mentes diferentes surgem naquele momento! Poucos expressam interesse real e se regozijam com sinceridade.
A maioria irá sentir inveja, mesmo que não se dê conta...
Alguns expressam sua inveja com brincadeiras de “mau gosto”.
Outros, calados, costumam pensar: “Como ele é exibido e gosta de contar vantagem!”.
Já aqueles que não conseguem conter o ardor da inveja a queimar o seu interior, passam a criticá-lo, com a intenção de depreciar abertamente a sua boa sorte.
Há ainda aqueles que passam a dar conselhos para ajudar aquela pessoa de sucesso a garantir o seu triunfo.
O clima pesa, pois não há mais empatia entre as pessoas.
Provavelmente, muda-se de assunto.
Pois a essa altura da conversa todos estão sofrendo: quem contou sente-se só e arrependido.
Quem escutou, agora sente-se incomodado, inquieto e talvez nem saiba porquê.
A inveja é destrutiva, tanto para quem a sente quanto para quem a recebe.
Quem já não vivenciou um mal-entendido quando alguém resolveu dar boas notícias!
O senso comum concorda que é melhor se precaver: “Inveja traz mau-olhado.
Quando estamos vivendo uma situação muito boa é melhor calar”.
Olho-gordo é um nome popular para a inveja.
Pois quando o invejado toma para si as projecções negativas do invejoso, acaba por concretizá-las.
O tema que evoca a inveja é sempre alguma coisa que poderia revelar o que está faltando na personalidade daquele que a sente.
É como se o invejoso falasse em voz alta algo que o invejado não gostaria que jamais viesse à tona.
Neste sentido, para não se deixar contaminar pelo veneno do invejoso, o invejado deve observar com honestidade sua reacção frente ao ataque do invejoso.
Se ele estiver livre das questões expostas pelo invejoso, sua clareza de intenção irá protegê-lo do possível ataque do “olho-gordo”.
Quando somos criticados por avaliações contaminadas pela inveja, podemos nos sentir injustiçados e vulneráveis frente ao ataque externo.
Neste momento, é bom lembrar que é praticamente impossível ser compreendido por todos, assim como é inviável agradar a gregos e troianos.
O importante é mantermos o foco em nossas metas para não nos contaminarmos pela inveja alheia, pois ela sempre estará presente, de uma forma ou de outra.
A inveja surge do sentimento de que somos incapazes de viver nossos próprios sonhos, de alcançar nossas metas e realizarmo-nos.
Por isso, o exemplo daqueles que realizaram algo nos faz lembrar aquilo que não fomos capazes de fazer.
No entanto, muitas vezes a sensação de incapacidade, a matriz da inveja, deve-se à escolha inadequada de metas, como desejar algo que não está ao nosso alcance.
Em geral, costumamos não valorizar as coisas que já realizamos e assim cultivamos a sensação de desvalia sem nos darmos conta de nosso próprio valor.
Neste sentido, a inveja consome o invejoso, porque o faz dar valor apenas ao que está além de seu alcance.
A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de serem aceites pelo ser humano, pois na maioria das vezes é inconsciente. Isto ocorre porque ela se forma muito cedo em nossa vida.
A inveja surge nos primeiros meses de vida na relação com quem nos alimenta!
Quando queremos mais alimento e não temos, não toleramos a frustração, ficamos com raiva de quem tem o alimento.
Com inveja dele, queremos destruí-lo.
Como podemos constatar, a inveja é um sentimento primitivo, pouco elaborado.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 02, 2018 7:49 pm

Ela está baseada no sentimento de inferioridade, adquirido pela comparação que se faz com outra pessoa em algum aspecto específico.
Assim como escreve Elisa Cintra em Melanie Klein Estilo e Pensamento (Ed. Escuta):
“`Quem desdenha quer comprar´, diz o ditado:
a inveja é quase sempre detectável na vida quotidiana por esse trabalho de desvalorização do outro, o que também foi narrado pela fábula da raposa e das uvas.
Impossibilitada de ter acesso às uvas, a raposa começou a tecer considerações sobre a falta de valor dos frutos, o facto de estarem verdes...
A inveja dirigiu-se aos frutos, isto é, à criatividade da árvore, aquilo que ela pode oferecer e criar.
A ideia de `frutos´permite que se lembre a inveja da obra do outro, de suas ideias, de seu trabalho e de sua capacidade de criar obras de arte ou científicas.
Entretanto, a inveja vai mais longe: além de depreciar os frutos, ela tenta diminuir o prazer da própria situação de gratificação, como na expressão popular `não dar o braço a torcer´, admitir o poder do outro”.
As impressões registadas no psiquismo durante os primeiros meses de vida são de grande relevância para o desenvolvimento posterior.
Quando a criança não consegue sentir que é capaz de modificar seu ambiente (quem a alimenta), fica com um sentimento "eterno" de impotência:
um sentimento profundo de inadequação e insuficiência.
Esta é a base da inveja:
super-valorizar os outros (que podem, segundo a fantasia do invejoso, fazer tudo) e esvaziar a si mesmo (que é inferior porque não pode fazer nada).
Assim, nasce o desejo de esvaziar o outro para que tudo fique igual e ele não fique só.
Segundo o psicanalista Mário Quilici, a inveja dá-se em quatro fases especificas:
1- Primeiramente, o indivíduo olha um objecto, situação ou um traço de alguém que imediatamente admira.
Compreende a importância daquele traço para ele.
Ou seja, vê, admira e deseja.
2- No momento seguinte, faz uma comparação entre o que o outro tem e o que o indivíduo não tem.
Ele toma consciência de uma falta sua porque já discrimina.
Aqui o processo cognitivo é importante.
3- Aí se dá o terceiro momento da inveja, que é a percepção - e ao mesmo tempo a vergonha - de uma falta nele do que foi admirado (e valorizado) no outro.
Surge aí, também, a constatação de que aquilo que desejou, é impossível de ser obtido por ele.
4- Logo estamos na quarta e última fase:
A inveja é disparada pela percepção de uma falta no indivíduo.
Essa insuficiência faz com que ataque e consequentemente espolie o objecto invejado para fazer desaparecer a diferença que foi percebida.
Numa luta secreta e constante, aquele que se sente insuficiente tenta esconder sua vergonha de ser incapaz.
Assim, procurando evitar qualquer situação que o faça sentir mais humilhado, ele ataca antes de ser atacado.
Isto é, ele compete sozinho.
A competição é um hábito do invejoso, pois ele tem dificuldade de receber ajuda, fazer junto e cooperar.
O invejoso sente tem até mesmo dificuldade de receber presentes, pois ele teme qualquer situação que revele sua auto-imagem de carência e necessidade.
Por isso, quando os recebe, procura sempre retribuí-los logo.
Muitas vezes, a dificuldade de delegar tarefas também pode estar relacionada à inveja.
A inveja impossibilita o sentimento de gratidão.
Isso ocorre porque o invejoso é incapaz de sentir que o outro lhe dá algo de bom grado e sim, o faz por necessidade de humilhar o invejoso.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 02, 2018 7:50 pm

O Novo Dicionário Aurélio explica:
“Inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem.
Um desejo violento de possuir o bem alheio”.
Já o Dicionário de Psicologia Dorsch esclarece:
“A inveja pertence aos sentimentos intencionais.
É uma insatisfação, o aborrecimento com a alegria do outro”.
Portanto, aquilo que é invejável é encarado como algo de muito valor.
Se prestarmos atenção às qualidades do objecto, pessoa ou situação pela qual sentimos inveja, poderemos compreender melhor o que nos sentimos incapazes de conquistar.
Neste sentido, a inveja é um espelho que revela uma parte de quem somos, onde estamos e para onde queremos ir.
Saber para onde queremos ir é a condição básica para sair da imobilidade.
Por isso, se aprendermos a reconhecer os padrões emocionais que sustentam nossa inveja poderemos torná-la um método eficiente para diagnosticar nossas faltas.
Desta forma, poderemos transformar a inveja numa força inspiradora de conscientização, no lugar de um sentimento apenas desagradável.
Reconhecer para onde queremos ir é em um estímulo para tomarmos uma atitude proativa diante de nossas dificuldades.
Talvez não possamos modificar nada ao nosso redor.
Mas se pararmos para aprender com nossos sentimentos negativos, poderemos mudar a nossa atitude mental e atrair o novo para nossa vida.
Thomas Moore faz um comentário interessante em seu livro Cuide de sua alma (Ed. Siciliano):
“Por um lado, a inveja é o desejo por alguma coisa, e por outro, é uma resistência ante o que o coração realmente quer.
Mas inveja, desejo e abnegação trabalham juntos para criar um senso característico de frustração e de obsessão.
Apesar de a inveja ter um ar masoquista - a pessoa invejosa acha que é uma vítima de má sorte -, ela também envolve forte vontade na forma de resistência ao destino e ao carácter.
Quando invejosa, a pessoa torna cega a sua própria natureza.
[...] O verdadeiro problema da inveja não é a capacidade do indivíduo viver bem, é a sua capacidade de não viver bem”

Bel Cesar

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Sintomas de Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 03, 2018 10:01 am

- Manoel Philomeno de Miranda -

A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objectivo, amplia-se a embrionária percepção extra-física, ensejando o surgimento natural da mediunidade.
Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.
Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenómenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.
Subtis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objecto.
Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas.
Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insónia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada.
No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.
Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.
Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores.
Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.
Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.
Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.
Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o auto-descobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 03, 2018 10:02 am

O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores optimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.
Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos factores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.
A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.
A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo.
O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.
Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o ritual'>espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.
Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afectando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.
A correcta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.
É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenómenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranquila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.
Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.
Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 10 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia).
(Jornal Mundo Espírita de Março de 2001)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty MÉDIUNS EM SUA MAIORIA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 03, 2018 8:11 pm

SÃO ESPÍRITOS ENDIVIDADOS PERANTE ÀS LEIS ETERNAS...

"Em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso."
Assim, todo Médium deve resguardar-se na Humildade, na Modéstia, convicto de que é uma Alma em Processo de Redenção e Aperfeiçoamento, pelo Trabalho e o Estudo.
A seriedade de uma reunião, entretanto, não é sempre suficiente para haver comunicações elevadas.
É indispensável a harmonização dos sentimentos e o amor para atrair os bons Espíritos.
Por isso os componentes da reunião devem esforçar-se por manter os requisitos mínimos, instruindo-se e elevando-se moralmente.
Os Médiuns deverão manter disciplina interior, equilibrando suas emoções, seus pensamentos, palavras e actos para se tornarem maleáveis às instruções dos Espíritos superiores.
A Faculdade Mediúnica não os isenta das responsabilidades morais imprescindíveis à própria renovação e esclarecimento, o que irá facilitar a sintonia com os mentores da reunião e melhores condições de exercerem a enfermagem libertadora aos Espíritos trazidos para tratamento.

O Dirigente deverá possuir os requisitos mínimos para liderar o grupo mediúnico que são:
amor, boa vontade, estudo e atitudes correctas.
Segundo André Luiz [Nos Domínios da Mediunidade], o dirigente deverá ter:
"Devoção à fraternidade, correcção no cumprimento dos deveres, fé ardorosa, compreensão, boa vontade, equilíbrio, prudência e muito amor no coração."
Os Doutrinadores devem, igualmente, evangelizar-se estudando a Doutrina e capacitando-se para entender e elaborar nos diversos misteres do serviço de esclarecimento e tratamento Espiritual.
Na mesma linha de deveres dos médiuns, não poderão descurar do problema psíquico da sintonia, a fim de estabelecerem contacto com o dirigente do plano espiritual que supervisiona os empreendimentos de tal natureza.
O doutrinador exerce a posição de elemento-terra, o mediador consciente da Espiritualidade, que deverá analisar os problemas e as ideias de modo equilibrado e inteiramente lúcido, revestindo-as com as luzes do Evangelho de Jesus e em coerência com os ensinamentos codificados por Allan Kardec.
Não poderemos deixar de analisar a influência dos Espíritos que são trazidos em tratamento às reuniões mediúnicas.
Invariavelmente, aqueles que sabem perseverar, sem adiarem o trabalho de edificação interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados nas sementeira da esperança e da felicidade na Terra - programa sublime presidido por Jesus, das altas esferas.
Nas reuniões sérias, os seus membros não podem compactuar com a negligência aos deveres estabelecidos em prol da ordem geral e da harmonia, para que a infiltração dos Espíritos infelizes não as transformem em celeiros de balbúrdia, de desordem e perturbação.
"Para que uma sessão espírita possa interessar aos instrutores espirituais, não poderá abstrair do elevado padrão moral de que se devem revestir todos os participantes, (... principalmente o Médium onde a exteriorização dos seus fluidos, isto é, a vibração do seu próprio Espírito, que é resultante dos atos morais praticados, o distingue das diversas criaturas, oferecendo material específico aos instrutores espirituais para as múltiplas operações que se realizam nos abençoados núcleos espiritistas sérios, que têm em vista o santificante programa de Desobsessão Espiritual."

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty O QUE PEDIMOS ANTES DE REENCARNAR!

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 04, 2018 10:11 am

SE DESCOBRIRMOS DE ONDE VIEMOS, QUE VIEMOS FAZER AQUI, PARA ONDE VAMOS, DAREMOS GRANDE PASSO EM NOSSA EVOLUÇÃO”!

– As pessoas que militam na “Mediunidade”, sabem perfeitamente, que não devemos fugir a essas Tarefas pois elas estão inseridas em nossa Programação de Vida, Planeada antes da Reencarnação.
Podemos até deixar de cumpri-la pois dispomos do livre-arbítrio, contudo, para o discípulo responsável, isso constituiria uma falta grave, oportunidade perdida, sem possibilidade de retorno “nessa caminhada”, e ainda um elo quebrado duma corrente sideral sábia e previamente construída.
No Plano Espiritual não só pedimos como, não raro, imploramos a casais em disponibilidade que nos dessem a oportunidade de um retorno às experiências humanas, reconhecendo-as indispensáveis à nossa edificação e à solução de problemas cármicos.”
– Chico Xavier disse que quando psicografava o livro “NOSSO LAR”, viu milhares de Espíritos que aguardavam, por longo tempo, a oportunidade de reencarnar, e completou dizendo que deveríamos respeitar o corpo que o Senhor nos concede, porque não será fácil uma nova oportunidade.
– No livro “Missionários da Luz”, o Espírito André Luiz, conta através da psicografia de Chico Xavier, a história de um Espírito que se preparava para reencarnar, com a intenção de reparar o erro que cometeu como mãe na Terra.
Quando encarnada, foi devotadíssima mãe e esposa, mas contrariava a influência do marido no lar e estragava os filhos com excessos de meiguice sem razão.
Eram três rapazes e uma jovem, que caíram muito cedo em desregramentos, e cedo desencarnaram.
Após desencarnar entraram em regiões baixas.
Quando esta mãe desencarnou, percebeu que falhou na educação dos filhos, então, implorou para reencarnar junto deles novamente.
Seu pedido levou mais de 30 anos para ser concedido.
Não perca essa oportunidade Bendita, especialmente porque pode não ter outra, na nova condição do Planeta Terra, que é a de “REGENERAÇÃO”, pois os “Tempos são Chegados”, como os Mentores falam todos os dias e cada dia perdido é um atraso em nossa longa Caminhada Evolutiva!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty A LEI DO CAMIÃO DE LIXO

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 04, 2018 9:38 pm

Deixe o lixeiro passar...

Um dia peguei um táxi para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente, mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo sinal de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei:
Porque você fez isto?
Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital"!
Foi quando o motorista de táxi me ensinou o que eu agora chamo de "A lei do camião de lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo.
Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento.
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente.
Não tome isso como pessoal.
Isto não é problema seu!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente.
Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.
Fique tranquilo...
Respire e deixe o lixeiro passar.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os camiões de lixo estragarem o seu dia.
A vida é muito curta, não leve lixo.
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Não vale a pena levantar de manhã com remorso.
Assim... Ame as pessoas que te tratam bem.
E trate bem as que não o fazem.
Ore por elas.
A vida é dez por cento o que você faz dela e , noventa por cento a maneira como você a recebe!
"O que fazemos em vida ecoa por toda a eternidade"
Fala o que não devemos fazer quando estamos cheios de raiva, e sobre o que temos que fazer para impedirmos que esse sentimento tome conta de nós.

Fonte: www idealdicas com/lei-do-caminhão-de-lixo/

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty A infelicidade sob um novo prisma

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 05, 2018 11:48 am

Uma das cunhadas de Chico Xavier deu à luz um filho que apresentava o que nós consideramos anormalidades:
braços e pernas atrofiados, olhos cobertos por uma espessa névoa que o mantinham na mais completa escuridão e um rosto tão deformado, que inspirava medo a quem o via.
Tal era a aparência do menino que sua mãe ao vê-lo teve um choque e acabou internada em um hospital de doentes mentais.
Chico assumiu o encargo de criar o sobrinho.
Ocorre que cuidar da criança não era fácil.
Ele tinha de medicá-la, banhá-la e aplicar-lhe um clister diariamente.
O sobrinho não conseguia deglutir e, por isso, Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.
A árdua tarefa prosseguiu por doze anos aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, Chico orava muito para que ele não desencarnasse, pois o amava como um filho.
Certa vez Emmanuel explicou:
“Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço.
Aí, então, qualquer resfriado pode-se transformar numa pneumonia e ele partirá”.
Próximo dos doze anos, o garoto foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Momentos antes do desenlace, seus olhos se abriram e ele pôde enxergar.
O menino então olhou para o Chico e procurou traduzir naquele olhar toda a sua gratidão pelo bem que ele lhe fizera.
Emmanuel, que observava a cena, declarou:
“Graças a Deus!
É a primeira vez, depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos se voltam para a luz.
As suas dívidas do passado foram liquidadas.
Louvado seja Jesus”.
O relato acima consta de um dos livros que Adelino da Silveira escreveu sobre a vida e a obra do saudoso médium.
Intitula-se "Chico, de Francisco”.
Sofrimentos, desgraças, provações como a descrita são muito comuns em nosso planeta.
O noticiário da grande imprensa é farto em relatos de igual natureza.
Surge-nos então a pergunta:
- Por que ocorrem fatos assim no mundo em que vivemos?
Se excluirmos da narrativa a reencarnação e seus desdobramentos, é muito difícil emitir alguma explicação.
E – verdade seja dita – mesmo admitindo a lei das vidas sucessivas, não é fácil compreender determinadas situações que impõem ao homem sofrimentos inenarráveis.
Tratando directamente do assunto, Delfina de Girardin (Espírito) chama-nos a atenção para um aspecto pouco lembrado nos comentários que fazemos quando ocorrem tragédias e desgraças.
Diz ela:
“Para julgarmos qualquer coisa, precisamos ver-lhe as consequências.
Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as consequências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura. (...)
A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo V, item 24.)
Com efeito, se examinarmos o caso do sobrinho de Chico Xavier, concluiremos que os sofrimentos e as limitações que padeceu por 12 anos concorreram para que quitasse suas dívidas para com a Lei, que ele próprio contraiu no passado e o levaram a uma cegueira que perdurou por 150 anos – 138 na erraticidade e 12 anos em sua curta existência corpórea.
Fazendo, então, um balanço objectivo à luz do Espiritismo, jamais poderíamos chamar de infelicidade o que ele padeceu, primeiro porque a situação por ele enfrentada nada mais era do que a consequência dos seus próprios actos; segundo, porque seus problemas de ordem física cessaram com a morte do seu corpo; terceiro, porque ficou quite com a Lei que rege nossas vidas e, assim harmonizado, podia retomar livremente sua caminhada rumo à perfeição para a qual todos nós fomos criados.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 7 Empty Possessão: uma lei divina

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 05, 2018 7:47 pm

por Rogério Miguez

Quando se fala em obsessão, de imediato ocorre aos espíritas a lembrança da consolidada classificação de Allan Kardec do termo genérico obsessão em O livro dos médiuns1:
simples, fascinação e subjugação, sendo estas as principais variedades.
Contudo, quando se menciona possessão, muitos aprenderam e ainda mantém o entendimento sobre a inexistência desta possibilidade, mesmo assim, vem à mente, de modo geral, algo ruim, causando apreensão, pois ainda se associa esta condição ao estágio final de um longo e danoso processo obsessivo.
Este entendimento foi sugerido na primeira obra fundamental2, quando o Mestre leonês esclareceu ser melhor o uso da expressão subjugação no lugar de possessão.
Possessão, segundo o Codificador, poderia sugerir a coabitação de um Espírito obsessor desencarnado no corpo de um Espírito ainda encarnado.
Como sabemos, durante a reencarnação ocorre uma ligação molécula a molécula entre o perispírito do Espírito reencarnante e o corpo em formação, desta forma, não seria possível outro Espírito se ligar por idêntico processo a este mesmo corpo sem a ausência definitiva do “dono” deste corpo.
Acontecendo esta última hipótese, a morte, o corpo se desagregaria com o tempo, impedindo a posse do obsessor sobre o mesmo.
Outra justificativa seria evitar a sugestão da ideia da existência de um Espírito eternamente voltado à prática do mal, possuindo a sua vítima, possibilidade sem respaldo nas leis eternas.
Actualmente, o termo possessão ainda é largamente usado em várias religiões e significa o controle total sobre o corpo e mente de uma pessoa, normalmente por uma entidade dita demoníaca.
Entretanto, é interessante observar, apesar de explicar a conveniência no uso do vocábulo subjugação no lugar de possessão, Allan Kardec continuou a usar as palavras possessão ou possesso em:
Instruções Práticas das Manifestações; O livro dos médiuns (onde fez nova menção à impropriedade do uso do vocábulo possessão3); O evangelho segundo o espiritismo; em textos recolhidos do Sábio de Lyon após a sua desencarnação compondo Obras Póstumas, além de várias citações nas Revistas Espíritas.
Não é facto a estranhar, pois possesso é a palavra usada desde tempos bíblicos para designar um indivíduo tomado ou possuído pelo “demónio”.
Nada obstante, em A Génese, último livro do Pentateuco, publicado em 1868, quase 11 anos após o lançamento de O livro dos espíritos, Allan Kardec reconsiderou e registou, em uma obra básica, a possibilidade da existência da possessão propriamente dita, mas sem o carácter malévolo, prejudicial, conforme se depreende na citação a seguir:
Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor.
Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu facto [indumentária] a outro encarnado.
Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incómodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo.4
O reconhecimento e constatação desta possibilidade deram-se pela primeira vez através da análise de um caso de possessão contemplado na Revista Espírita de 18635.
Destaca-se ainda a diferença estabelecida entre: obsessão e possessão.
Todavia, assim é possível presumir que os Espíritos, ao responderem a Allan Kardec suas muitas perguntas e após revisarem detidamente O livro dos espíritos publicado inicialmente em 1857, estariam cientes da possibilidade do Mestre de Lyon reformular, em futuro próximo, o seu parecer sobre o uso da palavra possessão propriamente dita.
Sendo assim, pergunta-se:
Seria possível os Espíritos já terem deixado em algumas de suas respostas indicações sobre a possibilidade da ocorrência da possessão, em seu sentido absoluto?
De modo a reflectirmos sobre esta questão, observemos uma vez mais o texto em O livro dos espíritos, incluído sob o subtítulo Possessos:
Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?
O Espírito não entra em um corpo como entras numa casa.
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