LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 05, 2018 7:47 pm

Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele.
Mas, o encarnado é sempre quem actua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido.
Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.6
Qual seria o objectivo da preocupação de identificar-se em defeitos e qualidades?
É de esperar-se um obsessor, arquitectando dominar a sua vítima, procurar descobrir nestas suas qualidades?
Entende-se perfeitamente, a procura de defeitos, lógico, estes são “tomadas”, onde ele se conectará, fazendo fluir seus pensamentos e fluidos, como flui a electricidade em um circuito eléctrico.
Ainda um tanto mais estranho é saber da procura do obsessor por defeitos e qualidades idênticos aos seus!
Qual a razão de identificar defeitos e qualidades comuns entre vítima e algoz?
Seria para usar a experiência na própria vivência destes defeitos e qualidades para melhor explorar a condição da vítima?
Por outro lado, é comum obsessores possuírem muitas qualidades?
E mais inusitado ainda é reconhecer ser esta busca condição para obrar conjuntamente com a vítima!
Obrar ou agir (no original francês consta agir) sugere duas opções: podemos obrar ou agir construtivamente ou destrutivamente.
Não houve pelos Espíritos, propositalmente, a intenção de sugerir dois possíveis caminhos, um deles caracterizado pela possibilidade da possessão construtiva, neste caso, qualidades interessariam?
Não estariam nesta resposta indicadores da existência da benéfica possessão, mais tarde reconhecida pelo próprio Codificador?
Observa-se ainda, embora o subtítulo do parágrafo seja Possessos, não haver na pergunta, tampouco na resposta, indicação evidente da existência apenas da possessão maléfica, nociva à vítima.
Detenhamo-nos agora sobre a pergunta subsequente, igualmente sugestiva, constante da mesma obra:
Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?
Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos.
Mas, é preciso saibas que essa dominação não se efectua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la.
Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médico que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.7
Nota-se os Espíritos mencionando mais uma vez a condição possessiva, embora já tivessem observado estar Allan Kardec, até aquele momento, abraçando a ideia da inexistência da mesma.
Poderiam ter dito:
“Sem dúvida e são esses os verdadeiros subjugados”.
Nesta resposta, teríamos a sugestão da possível possessão maléfica, ou talvez apenas subjugação?
As observações referentes às perguntas 473 e 474, anteriormente citadas, enfatize-se, representam uma tentativa de demonstrar estarem os Espíritos atentos ao entendimento de Allan Kardec em relação à questão da diferença de conceitos entre subjugação e possessão, e propositalmente, deixaram indícios sobre a existência da última.
Mais tarde, sabe-se, a tese seria também observada pelo próprio Prof. Rivail, levando-o a fazer uma releitura sobre este tema, demostrando o verdadeiro amor à verdade característico do Mestre Gaulês.
É também notável a questão 515, registada sob o subtítulo - ANJOS-DE-GUARDA. ESPÍRITOS PROTECTORES, FAMILIARES OU SIMPÁTICOS, todos em princípio sugerindo apenas Espíritos desencarnados, mas a pergunta foi feita considerando Espíritos encarnados:
Que se há de pensar dessas pessoas que se ligam a certos indivíduos para levá-los à perdição, ou para guiá-los pelo bom caminho?
Efetivamente, certas pessoas exercem sobre outras uma espécie de fascinação que parece irresistível.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 05, 2018 7:48 pm

Quando isso se dá no sentido do mal, são maus Espíritos, de que outros Espíritos também maus se servem para subjugá-las.
Deus permite que tal coisa ocorra para vos experimentar.8
Nesta pergunta, Allan Kardec estende o conceito da subjugação espiritual a uma realidade possível entre encarnados.
Destaca-se também o uso da palavra subjugação, ao invés de possessão, mas percebe-se nas entrelinhas a possibilidade de uma benéfica e “útil subjugação”, conceito até então não contemplado, afinal estamos analisando O livro dos espíritos, o foco até aqui era apenas para a má subjugação.
Esta hipótese justifica-se, pois, se houve a menção a no sentido do mal na resposta, crê-se deva existir por oposição, a possibilidade no sentido do bem.
Este último só poderia representar bons Espíritos encarnados associados a outros desencarnados também bons servindo-se de um encarnado para “subjugá-lo” direcionando-o no caminho do bem, conforme se depreende também da própria pergunta.
Talvez, fosse preciso empregar-se ou criar-se outra palavra, neste último caso, pois na subjugação está implícita a força ou a ameaça, atitudes jamais empregadas pelos bons Espíritos, eventualmente neste caso o uso da expressão possessão seria indicado, mas uma possessão útil, conforme sugeriu Allan Kardec em A Génese, obra anteriormente citada.
É de se ressaltar igualmente, a menção de Allan Kardec, aos conceitos distintos de subjugação e possessão, agora na terceira obra básica:
Nesse facto [falta do perdão] reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.
O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder.9
Não há nada a estranhar, pois O Evangelho segundo o Espiritismo teve o ano de 1864, como o de sua publicação, ou seja, após o lançamento da Revista Espírita de 1863.
De modo a consolidar conceitos poderíamos concluir:
existe subjugação e possessão, as palavras não são sinónimas, confirmado pela primeira vez por Allan Kardec quando escreveu:
“Vendo apenas o efeito, e não remontando à causa, eis por que todos os obsidiados, subjugados e possessos passam por loucos.” 10

Nota-se nitidamente no texto Allan Kardec referindo-se a três ideias distintas, variando em função do nível de envolvimento ou dominação.
E mais, diante do exposto concluir-se-ia ter a espiritualidade deixado fortes indicadores na primeira obra básica sugerindo ser a possessão uma condição possível, bem antes de Allan Kardec ter-se apercebido deste facto ao estudar o caso contemplado na Revista Espírita de 1863, caso contrário, crê-se ser possível concluir-se desta forma, poder-se-ia também ajuizar, sendo temerária esta conclusão, ter a plêiade de Espíritos iluminados comandada pelo Espírito de Verdade, Jesus, segundo entendimento de muitos e nosso também, deixado deliberadamente registado conceito incompleto na obra mais fundamental de todas.
O livro dos espíritos é extraordinário, sempre nos desafiando a explorá-lo para descobrir ensinos a nos escapar em uma primeira leitura, todavia, lá estão nos instigando a descortiná-los.
Estas lições devem servir para nos mantermos fiéis à Doutrina com especial atenção às Obras Fundamentais, pois estão e estarão connosco por muito tempo ainda, por hora sem necessidade de revisões e actualizações, pelo menos enquanto não tivermos retirado deste reservatório aparentemente inexaurível de imortais lições, todos os ensinos necessários a satisfazer nossa insaciável fome em aprender a verdade libertadora.

Referências:
1Kardec, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. XXIII, it. 237.
2 _____. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 1. imp. (Edição Histórica) Brasília: FEB, 2013. q. 474.
3 _____, O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. XXIII, it. 241.
4 ___­­__­­. A Gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 53. ed. 1. imp. (Edição Histórica) Brasília: FEB, 2013. cap. XIV, it. 48.
5______. Revista espírita: Jornal de estudos psicológicos. ano 6, dez. 1863. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Um Caso de Possessão – Senhorita Júlia, p. 499.
6 _____. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 1. imp. (Edição Histórica) Brasília: FEB, 2013. q. 473.
7 _____.______. q. 474.
8 _____.______. q. 515.
9_____._______. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131ª ed. 1. imp. (Edição Histórica) Brasília: FEB, 1/2013. cap. X, it. 6.
10 _____. Revista espírita: Jornal de estudos psicológicos. ano 6, dez. 1863. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Um Caso de Possessão – Senhorita Júlia, p. 503.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 06, 2018 12:15 pm

por Astolfo O. de Oliveira Filho

No dia 4 de maio último, em uma mensagem publicada na secção de Cartas da edição 567, o leitor Érico Santana enviou-nos o questionamento abaixo:
Uma questão me surgiu há tempos e me veio à mente recentemente com mais força.
Ela me confunde e não consigo encontrar repostas.
Fazendo uma pesquisa na internet você irá encontrar vários casos de pessoas que após sofrerem acidentes que atingiram o cérebro mudaram totalmente sua personalidade.
Onde fica o livre-arbítrio?
Veja, tentarei dar alcance ao que sinto nessa questão; falo aqui de um salto evolutivo.
Uma pessoa egoísta, irritada, agressiva e, depois de uma pancada na cabeça, se torna gentil, amorosa e prestativa.
Entendo que alguém sofra um acidente e tenha sua cognição prejudicada, dificultando sua comunicação.
Mas alguém superar defeitos de uma vida inteira automaticamente me foge ao entendimento.
Sei que o cérebro é um instrumento formidável, mas estaríamos entregues a um conjunto de sinapses que ditam nosso comportamento?
Dessa forma uma operação que retire a parte responsável pela agressividade poderia mudar completamente o indivíduo.
Onde está o mérito do esforço?
Me ocorrem várias outras reflexões, mas fico por aqui para não me estender tanto.
Se existir algum livro que aborde esta questão ficaria feliz em conhecer.

Em resposta ao leitor, foi-lhe dito o seguinte:
A dúvida expressa pelo leitor é, certamente, compartilhada por muitas pessoas.
Uma única ressalva fazemos no texto da mensagem acima:
a questão do livre-arbítrio, que nos parece não ter nenhuma relação com as alterações de personalidade decorrentes de uma lesão ou enfermidade no cérebro.
É preciso, também, saber se a mudança de comportamento, a passividade ou a docilidade são reais ou aparentes.
Já vimos pessoas extremamente autoritárias e vingativas que, em face de um tumor cerebral, se tornaram brandas, supostamente humildes e generosas.
Qual a causa dessa mudança súbita, tendo em vista que, como todos sabemos, a natureza não dá saltos?
Eis um assunto para os estudiosos espíritas que dominam as ciências que lidam com o cérebro.
Ignoramos se existe alguma obra espírita que trate da questão.
Aos leitores que puderem ajudar pedimos que entrem em contacto com a direcção de nossa revista.

Publicada a resposta na edição 567, nosso companheiro Ricardo Baesso de Oliveira, de Juiz de Fora (MG), médico e também membro do Conselho Editorial desta revista, enviou-nos o texto abaixo, que esperamos possa atender à expectativa do leitor que suscitou a importante questão:

A influência da matéria e o livre-arbítrio

Kardec refere-se ao corpo físico como sendo elemento fundamental na estruturação da personalidade, dizendo que o Espírito encarnado está sob a influência da matéria (LE, Int. item 6), pois a mesma é o liame que escraviza o Espírito (LE, item 22a).
De tal ordem é a influência do corpo físico na personalidade do Espírito encarnado, lembra Kardec, que podem não manifestar-se certas faculdades, durante determinada existência física (LE, item 220), pois o exercício das faculdades depende dos órgãos que lhes servem de instrumentos; elas podem estar “enfraquecidas” pela grosseria da matéria (LE, item 368).
Pode-se ainda comparar a acção da matéria grosseira do corpo sobre o Espírito a de uma água lodosa, que tira a liberdade de movimento do corpo nela mergulhado (LE, item 368a).
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 06, 2018 12:16 pm

Escreveu Kardec:
O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu carácter se modifica segundo as circunstâncias e se dobra às necessidades e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo organismo.
(Revista Espírita, 1860, janeiro)
Os conceitos espíritas em torno da poderosa influência do veículo físico nas manifestações da Individualidade podem dar um melhor entendimento aos factos arrolados por pensadores materialistas, que procuram desqualificar o postulado espírita da existência da alma, referindo-se a diversas situações, onde o comprometimento cerebral ou a intervenção química sobre o cérebro alteram o comportamento do indivíduo envolvido.
Argumenta tal grupo de cientistas que se fosse correta a hipótese do “fantasma na máquina”, intervenções no veículo físico não poderiam perturbar o hipotético “fantasma”, já que o mesmo pertenceria a uma realidade não física.
O mais celebrado desses exemplos encontra-se nas lesões do lobo frontal, que podem se relacionar a mudanças de comportamento e carácter do indivíduo acometido.
O primeiro indício veio de Phineas Gage, o empregado de ferrovia do século XIX muito conhecido por gerações de estudantes de psicologia.
Gage estava usando uma barra de ferro de um metro de comprimento para socar pólvora num buraco de rocha quando uma fagulha provocou a explosão e fez a barra entrar-lhe pelo osso malar, atravessar seu cérebro e sair pelo topo do crânio.
Phineas sobreviveu com a percepção, a memória, a linguagem e as funções motoras intactas.
Mas, na célebre declaração comedida de um colega, “Gage não foi mais Gage”.
Um pedaço de ferro transformara-o em uma pessoa diferente – um sujeito antes cortês, responsável e ambicioso tornou-se um homem rude, irresponsável e indolente.
Isso se deu em decorrência de lesão no seu córtex pré-frontal, a região do cérebro acima dos olhos que tem participação no raciocínio, autocontrole, emoções e decisões perante as outras pessoas.
Centenas de casos semelhantes vêm sendo registados em todo o mundo.
Como entender isso?
A integração do Espírito (mente) com o cérebro é tão íntima que talvez se possa afirmar que o Espírito “sente” e “age” através do cérebro.
De tal forma é profunda essa conexão que as perturbações anatómicas ou electroquímicas infligidas ao cérebro geram interferência nas manifestações do Espírito encarnado.
Podemos fazer uma analogia com a situação de um brilhante violinista que é obrigado a apresentar-se com um violino onde falta uma corda.
Se a sua apresentação deixa a desejar, isso se deve, quase que exclusivamente, a ineficiência de seu instrumento.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado quando analisamos o resultado de medicamentos que actuam no cérebro.
Essas substâncias não provocam modificações no Espírito, mas agindo em áreas específicas do cérebro, alteram a manifestação final do Espírito.

Escreveu Kardec:
É necessário distinguir o estado normal do estado patológico.
No estado normal, o moral supera o obstáculo material.
Mas há casos em que a matéria oferece tal resistência que as manifestações são entravadas ou desnaturadas, como na idiotia e na loucura.
Esses são casos patológicos, e em tal estado a alma não goza de toda a sua liberdade.
A própria lei humana a isenta da responsabilidade dos seus actos.(LE, item 372-a).
Vê-se, pelo exposto, que o livre-arbítrio do Espírito encarnado, em certas situações, se encontra profundamente prejudicado, não podendo responder, muitas vezes por seus actos.
Lembramos, para concluir, do item 944a de O Livro dos Espíritos, quando, ao examinar as implicações do suicídio, os Benfeitores disseram que o louco que se mata não sabe o que faz.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty As trilhas e o caminho

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 06, 2018 7:42 pm

por Luiz Guimarães Gomes de Sá

A Doutrina Espírita evidencia para o homem sua individualidade espiritual atrelada à responsabilidade que lhe cabe perante os seus actos.
Dessa forma somos diferentes na própria essência, e nossos Espíritos estão envoltos no corpo físico, aprisionados enquanto perdurem nossas actuais existências.
O livre-arbítrio, que é uma dádiva Divina, faculta-nos deliberar sobre qual estrada devemos caminhar.
Esse ato constante, enquanto encarnados, propicia-nos adquirir experiências edificantes ou não, dependendo do nosso discernimento para a prática do bem.
Sabemos que não existe mal, e sim, a falta do bem, como não há trevas, e sim ausência de luz...
Nós é que delineamos a trajectória que devemos trilhar e, por conta da nossa individualidade, temos pretensões próprias já cristalizadas em vidas pretéritas.
A diversidade de pendores e índoles que possuímos contempla o estado evolutivo em que nos encontramos no Orbe terrestre.
Com esse raciocínio inferimos que, para atingirmos o verdadeiro Caminho preconizado por Jesus, necessitaremos passar por caminhos os mais diversos para o aprimoramento do Espírito, até atingirmos num dia glorioso aquela estrada de Luz deixada por Jesus, segundo João, 14:5-6, “(...) Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim”.
A nossa chegada sublime demandará tempo e sacrifício.
Haverá aqueles que procuram atalhos ou trilhas, como que sejam a opção mais fácil, contudo, a perseverança é que irá consolidar a chegada ao destino colimado.
Tenhamos em mente que as oportunidades são iguais para todos, já que o Pai, com sua Misericórdia e infinita Justiça, jamais faria diferente.
Todavia, as decisões de cada um, valendo-se do livre-arbítrio, é que resultarão no processo evolutivo breve ou longo.
Assim sendo, estamos todos navegando no mesmo oceano de provas e expiações, cabendo-nos buscar as virtudes para as nossas práticas diárias.
O Criador não nos pune!
Somos os únicos semeadores nos campos das nossas existências para a posterior colheita que é obrigatória...
Nossa herança genética nos reporta aos caracteres paternos da vida corpórea.
Poderíamos dizer também que herdamos do Criador a Centelha de Luz consoante a “genética” Celestial.
Quando Jesus disse, segundo Mateus, 5: 16, ”Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”, deixou evidente a existência desse vínculo sublime que mantemos com Ele.
Procuremos, pois, enquanto de passagem, ajustar nossos passos e enveredar naquele Caminho auspicioso que nos aguarda.
Outras alternativas aparecerão, devendo ser rechaçadas mediante o uso da razão, para que não adentremos nas estradas pedregosas, evitando as agruras nesse caminhar...
(As lágrimas vertidas na dor e aceitas com resignação servirão de lenitivo para as caminhadas futuras.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Reformar ou transformar?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 9:47 am

Reforma íntima ou transformação espiritual?
por Marcelo Henrique Pereira

Alguns conceitos são entronizados e se enraízam de tal modo em Filosofias que é difícil, depois, retirá-los ou entendê-los na sua real essência.
No caso do Espiritismo, eles surgem a partir de alguma declaração – seja de um encarnado, médium ou dirigente, seja de um desencarnado – e vão ficando, ficando...
Passam a ser retórica tradicional e, não raro, viram “figurinha fácil” no álbum das condutas humanas.
Falemos, pois, de uma delas:
a decantada reforma íntima.
Onde surgiu?
Quem foi o primeiro a mencionar?
Em que contexto foi dito?
Qual era o alcance?
Que objectivos se tinha?
Qual a relação deste conceito com o Espiritismo?

Perguntas... Faltam respostas. Lógicas.
Mas há cogitações e ponderações para entender o porquê desta cristalização de um conceito, aparentemente díspar e dissociado da real proposta espiritista.
O que é reformar? Valemo-nos do léxico, do vocabulário contido nos dicionários de língua portuguesa:
“dar melhor forma a; corrigir; emendar” ou “reconstituir a antiga forma de; reconstruir”.
Reforma, por sua vez, o substantivo que deriva do verbo (acção) originário, é “acção ou efeito de reformar”; “mudança introduzida em algo para fins de aprimoramento e obtenção de melhores resultados”.
E o que é reforma íntima? Não vamos encontrar essa locução, essa expressão conjugada, nos dicionários do vernáculo.
Ela é uma construção filosófico-religiosa e está comummente presente em textos tidos como espíritas.
Seu significado? Em um dos muitos sites espíritas, encontramos:
“processo contínuo de auto-conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência.
É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, actuante” (nossos os destaques, tendo como fonte o site KardecRioPreto.com.br).
Vale dizer, ainda, que essa locução (reforma íntima) não se acha grafada em nenhuma das obras assinadas por Kardec.
O único trecho, em todo o conjunto espírita em que há referência ao termo “reforma”, no sentido que se tenta atribuir ao mesmo, com a composição “reforma íntima”, acha-se contido na dissertação inserta na Revue Spirite, de julho de 1866, sob o título “Do projecto de caixa geral de socorro e outras instituições para os espíritas”, em que Rivail analisa uma dissertação assinada pelo Espírito Marie G.
Vamos ao texto:
“O Espiritismo é uma crença filosófica, e basta simpatizar com os princípios fundamentais da doutrina para ser espírita. [...]
Entre os espíritas reais, aqueles que constituem o verdadeiro corpo dos adeptos, há certas distinções a fazer.
Na primeira linha há que colocar os adeptos de coração, animados de fé sincera, que compreendem o objectivo e o alcance da doutrina e aceitam todas as consequências para si mesmos; seu devotamento é a toda prova e sem segundas intenções; os interesses da causa, que são os da Humanidade, são sagrados para eles, e eles jamais os sacrificarão a uma questão de amor-próprio ou de interesse pessoal.
Para eles, o lado moral não é uma simples teoria; eles esforçam-se por pregar pelo exemplo; não só têm a coragem de sua opinião, mas consideram-na uma glória, e, conforme a necessidade, sabem pagar com sua pessoa.
Vêm a seguir os que aceitam a ideia como filosofia, porque ela lhes satisfaz a visão, mas cuja fibra moral não é suficientemente tocada para compreenderem as obrigações que a doutrina impõe aos que a adoptam.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 9:49 am

O homem velho está sempre ali, e a reforma de si mesmo lhes parece tarefa muito pesada.
Mas como não estão menos firmemente convencidos, entre eles encontram-se propagadores e zelosos defensores.
[...] O Espiritismo não tem o privilégio de transformar subitamente a Humanidade, e se a gente pode admirar-se de uma coisa, é do número de reformas que ele já operou em tão pouco tempo.
Ao passo que nuns, onde encontra o terreno preparado, ele entra, por assim dizer, de uma vez, noutros só penetra gota a gota, conforme a resistência que encontra no carácter e nos hábitos.
[...] As ideias espíritas devem, infalivelmente, apressar a reforma de todos os abusos, porque, melhor que outras, elas penetram os homens com o sentimento do dever; por toda parte onde elas penetrarem, os abusos cairão e o progresso se efectivará.
[...] A julgar o futuro pelo presente, podemos afirmar que o Espiritismo terá levado à reforma de muitas coisas muito antes que os espíritas tenham podido acabar o primeiro estabelecimento do género desse de que falamos, se algum dia o empreendessem, mesmo que todos tivessem que dar um cêntimo por semana”.
Deste modo, como se viu, antes, Kardec fala da “reforma de si mesmo” dirigida aos adeptos espiritistas que se maravilham ante os conceitos, mas ainda não conseguem efectivar a transformação pessoal, permanecendo no quadrante de “homem velho”, impedindo o novo, o que vem depois, o que se transforma, de actuar e influir, preponderando.
E é ele, o Espiritismo, segundo estatui o Codificador, o responsável pelas reformas (sociais) a partir de suas ideias, influindo decisivamente no progresso da Humanidade.
Contudo, por ser majorativamente religioso, em nosso país, o Espiritismo apresenta uma carga emocional bastante definida e notória que o faz assumir roteiros, rotinas e (até) rituais correlacionados a movimentos que se vinculam a igrejas ou seitas.
Tem-se, assim, uma legião de crentes (ou fiéis) que se reúnem em torno da filosofia e que frequentam instituições que se parecem com ambientes religiosos.
Vale dizer que religião é bem diferente de religiosidade, pois esta é um sentimento inerente a cada ser, e está associado às suas convicções íntimas – o que, para a Doutrina Espírita, alcança tempos imemoriais que vão sedimentando a chamada “bagagem” encarnatória de cada individualidade.
Em suma, o conjunto de experiências e a forma (o mais racional possível) de entendimento acerca das questões transcendentais ou espirituais.
E a religiosidade é um componente extremamente salutar na caminhada espiritual de todos nós!
Vê-se, assim, que no texto acima transcrito, a questão religiosa é ponto fundamental (“vivência evangélica”) tomando-se por “evangelho” o conjunto de feitos e ditos atribuídos a Jesus de Nazaré, a partir do registo daqueles que se dispuseram a contar um pouco do que ouviam a respeito daquele homem, já que nenhum deles conviveu directamente e na mesma época do Rabi.
E, neste particular, ainda, convém lembrar que, de uma infinidade de evangelhos escritos, foram reconhecidos (pela Igreja) como “aceites e válidos”, apenas os canónicos, em número de quatro, como se sabe, permanecendo todos os demais no ostracismo ou na marginalidade, ainda que, nos dias actuais, se busque resgatar informações neles contidas, para permitir a ampliação do entendimento e do espectro do sublime personagem.
Vivência evangélica, então, pode ser interpretada como a repetição dos actos do Homem de Nazaré ou, também, e mais marcantemente, um conjunto de atitudes que são referendadas pelas igrejas, como sendo recomendáveis, dentro de mandamentos, sacramentos ou orientações ético-morais daquelas filosofias.
Normas de conduta, em síntese.
E não seria isso, certamente, a proposta contida na Doutrina Espírita.
Voltando ao texto seleccionado, que nos trouxe o conceito corrente de “reforma íntima”, em sua segunda parte, tem-se um termo que agrada muito mais e que, em essência, parece coincidir com a proposta genuinamente espírita, tendo como referência os trabalhos de Allan Kardec (1857-1869) e os escritos de sua lavra em conjunto com as informações obtidas dos Espíritos Superiores. Este termo é TRANSFORMAÇÃO.
Transformar, segundo os dicionaristas, é “fazer tomar ou tomar nova feição ou carácter; alterar(-se), modificar(-se)” ou “fazer passar ou passar de um estado ou condição a outro; converter(-se), transfigurar(-se).
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 9:49 am

Já transformação é “qualquer alteração no estado de um sistema”.
Tal transformação é excatamente o que visa a Educação Espírita, ou a instrução espiritual-espiritista a partir da análise racional da vida (espiritual) sob o prisma da Doutrina dos Espíritas.
Kardec mesmo acentua esse carácter em vários pontos de sua obra, ao afirmar que a obra do Espiritismo é (uma) obra de EDUCAÇÃO.
Com a educação, que perpassa teoria e prática, entendimento e atitude, o ser passa a transformar-se, a modificar seus caracteres e condutas e materializa o contido em uma das Leis Espirituais (transcritas na terceira parte de “O Livro dos Espíritos”), que é a LEI DE PROGRESSO.
A transformação (do Espírito) é o progresso.
Para os mais próximos, em cenários materiais (instituições espíritas) e virtuais (grupos de conversação e debate na internet) costumo dizer que não aprecio a expressão “reforma íntima” porque, para mim, reformar pressupõe destruir o que havia antes.
Tomemos um pequeno exemplo.
Um determinado proprietário de um imóvel deseja reformá-lo.
Pode ser uma casa, uma loja, um edifício.
A edificação tem um formato, uma estrutura, uma aparência exterior, uma subdivisão interna.
E há a vontade manifesta de alterar esses elementos.
Passa-se, então, a substituir janelas e portas, derrubar paredes, extrair o piso, trocar o telhado etc.
Muita destruição por toda a parte, para receber uma “nova forma”.
Destrói-se, aniquila-se, extingue-se o “velho” para dar lugar ao “novo”.
Em termos espirituais não há “destruição” do ser.
Ele permanece íntegro. Ele é.
Ele tem e mantém sua própria essência fundamental – a condição de SER ESPÍRITO, imortal.
Nas idas e vindas, no conjunto das experiências, ele não “se destrói”, nem “é destruído”.
Mas, modificado, transformado, ampliado (em sua consciência).
Ele progride.
E o faz a partir da TRANSFORMAÇÃO (espiritual).
Poderia ser uma “mera” questão de semântica.
Mas não é.
O conjunto de elementos que impregnam o conceito de “reforma íntima” repetem muitos chavões de culturas e abordagens não espíritas, pertencentes a ideologias religiosas em que há a “obrigação” de seguir certas prescrições, sob pena de...
É a cultura do temor, do medo e da culpa.
É como se se dissesse:
“reforme-se, senão...”.
“Sua situação ficará muito pior se você não se reformar”.
E por aí vai...
Consigno a proposta espírita como um acto de transformação, genuíno, racional, espiritual, transcendente.
O ser se transforma PORQUE QUER, porque MERECE e PODE BUSCAR uma condição melhor, porque TRABALHA por superar-se (“reconhece-se o verdadeiro espírita pelos esforços que faz em domar suas más inclinações”, na transcrição do conceito lato sensu de espíritas, também egresso da obra kardeciana).
Não é bem melhor ter em mente que a transformação é um processo natural do que forjar uma reforma que, em muitas situações, soa apenas no âmbito da aparência? Reflictamos...

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Eles vêem espíritos.

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 8:28 pm

"Para a ciência, ver e ouvir fantasmas não tem nada de sobrenatural:
tudo é criado pelo cérebro.
Agora os cientistas tentam explicar por que tanta gente, em diferentes épocas e civilizações, afirma ver espíritos".
Dona Rosa, a tia de Maurício que apareceu no carro de repente, reclamava de que estava perdida e ninguém tinha ido buscá-la.
"Só vi o Zé [o irmão dela], mas parecia que ele estava de fogo", disse.
Sem saber o que fazer, o sobrinho sugeriu que ela aguardasse para seguir seu caminho.
Antes de sumir do veículo, a mulher agradeceu a coroa de flores e só não deixou mais perplexo o administrador e engenheiro electricista Maurício Casagrande porque essa não era a primeira vez que algo parecido acontecia.
As primeiras manifestações estranhas apareceram na infância, mas foi depois dos 27 anos que ele passou a protagonizar cenas de horror:
acordava durante a noite e via figuras cadavéricas no quarto, ouvia vozes e começou a adivinhar data e hora da morte de pessoas próximas.
Entre o susto e o incómodo, buscou ajuda médica com psicólogos, psiquiatras, neurologistas.
Nunca encontrou nada errado.
Para a ciência, espíritos não existem.
Nossa personalidade, nossa inteligência, nosso carácter, tudo é determinado pelas conexões cerebrais.
Quando morremos, as células têm o mesmo fim, sem deixar possibilidade para alma ou fantasmas aflorarem.
Mas os próprios cientistas reconhecem que relatos de experiências sobrenaturais e de contacto com os mortos, como o do engenheiro Maurício, estão presentes em diversas civilizações e são quase tão antigos quanto a escrita.
A possessão por deuses e demónios aparece desde 2000 a .C.
O Tratado do Diagnóstico Médico e do Prognóstico, um conjunto de 40 pedras babilónicas dedicadas à medicina, descreve as alucinações auditivas e as ausências súbitas com um carácter sobrenatural.
Hieróglifos também revelam que os egípcios acreditavam que mortos ou demónios entravam no corpo dos vivos e provocavam tais sintomas.
O carácter sagrado também esteve presente na Grécia antiga, onde alucinações eram chamadas de "doença sagrada" ou "doença da Lua".
Com o advento do cristianismo, os inúmeros deuses deixaram de ser a causa para esses fenómenos.
Surgiram as explicações naturais, como a de que a Lua provocava o aquecimento da Terra e isso faria o cérebro derreter, gerando as crises.
Na Idade Média, quem tinha alucinações era considerado herege.
Joana D'Arc, queimada em 1431 quanto tinha 29 anos, começou a ouvir vozes e perceber luzes estranhas ainda adolescente.
Hoje, os espíritos inspiram todo um género de cinema - os filmes de terror -, sem falar em contos da literatura universal, novelas e conversas em família.
Com tantas histórias distantes, porém parecidas, é muito fácil acreditar que há algo além ao nosso redor.
Apesar de tantos relatos semelhantes, só nos últimos 20 anos é que o assunto saiu dos filmes de terror e voltou a ocupar as páginas de estudos científicos sérios.
As pesquisas focam desde o perfil dos chamados médiuns a análises neurológicas que relacionam alucinações a epilepsia e ao fenómeno do déjà vu.
Ainda não existe uma explicação definitiva do fenómeno da mediunidade, mas há conclusões suficientes para destruir vários mitos sobre o tema.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 8:29 pm

Primeiro mito: o de que pessoas que afirmam ver espíritos são malucas.
Em boa parte dos casos, quem vive esse fenómeno são profissionais com ensino superior, pais e mães de famílias de classe média e alta, que mantêm a experiência em segredo e recorrem a dezenas de médicos para saber o que está acontecendo.
Em 2005, o psiquiatra Alexander Moreira de Almeida, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e membro do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos (Neper) da USP, aplicou testes psicológicos em 115 médiuns da capital paulista.
A maioria deles era formada por pessoas que afirmavam incorporar espíritos, falar coisas que estão sendo ditas por mortos, ter visões e ouvir vozes.
Almeida descobriu que pessoas bem instruídas e ocupadas formavam sua amostra:
46,5% tinham escolaridade superior e apenas 2,7% estavam desempregados.
"Esses dados mostram que não são pessoas desajustadas socialmente", diz.
A maior revelação veio dos resultados do SQR (Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire), um questionário aplicado para detectar transtornos mentais.
Quanto mais respostas positivas, mais alta é a probabilidade de a pessoa ter um transtorno.
"Em menos de 8% delas o resultado deu positivo, o que é muito pouco.
Na população brasileira, esse índice fica entre 15% e 25%."
Outra surpresa veio com o teste de Escala de Adequação Social.
O psiquiatra verificou que os médiuns que relatavam incorporar espíritos com uma frequência maior eram os mais ajustados socialmente e também aqueles que menos tinham sintomas de transtornos psiquiátricos.
A notícia é um alívio para quem sofre a pressão de viver experiências mediúnicas e se pergunta o tempo todo onde está o limite entre a loucura e a sanidade.
"Sou um cara céptico.
Até hoje me pergunto se o que vejo não é criação da minha cabeça", diz Maurício Casagrande.
"Quando as imagens ficaram mais frequentes, achei que estava ficando esquizofrénico e fui procurar ajuda na medicina."
Maurício chegou a dormir duas noites no Hospital São Paulo, vigiado por equipamentos de mapeamento cerebral, e a tomar ansiolíticos, que não o impediram de continuar acordando com presenças fantasmagóricas.
Apesar das inúmeras tentativas, não se descobriu nenhum transtorno mental.
"Até que um dia um médico falou para eu procurar um lado mais espiritual.
Veja só:
um médico falando isso!", diz ele.
As consultas médicas também fizeram parte da adolescência de Regina Braga, hoje com 52 anos.
Aos 15, ela começou a acordar rodeada de estranhos.
"Eram figuras grotescas.
Eu via pessoas com os olhos esbugalhados em cima de mim.
Comecei a entrar em parafuso", diz.
Os pais passaram a levá-la a médicos, que receitavam calmantes.
"O tranquilizante era uma porta de acesso maior.
Eu relaxava, ficava indefesa e os ataques à noite eram mais ferozes."
Aos 17 anos, Regina entrou em uma espécie de coma.
"Os médicos fizeram de tudo para que eu despertasse, mas eu não tinha nenhuma reacção."
Ao sair do que chama de "transe", foi transferida para a clínica de um médico espírita, que soube tratá-la (leia sobre a doutrina nos links relacionados).
"Se fosse outro médico, acho que me mandaria para um hospício."
O medo de ter problemas mentais impede muitas pessoas de falarem abertamente sobre o assunto.
"A literatura médica diz que de 15% a 30% da população tem algum tipo de vivência sobrenatural. Essas pessoas não contam para ninguém por medo de acharem que estão loucas", afirma o psiquiatra Almeida.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 07, 2018 8:30 pm

O engenheiro Maurício é um exemplo de quem evita propagandear.
"Se tem uma coisa que não suporto são os 'esochatos', aquele bando de esotéricos que ficam tentando convencer a pessoa a seguir alguma ideia.
Tenho medo de rótulos, por isso prefiro não comentar", diz.
O que diz o espiritismo?
É por causa de perguntas sem respostas satisfatórias que doutrinas como o espiritismo fazem adeptos.
Por dia, passam pela sede da Federação Espírita de São Paulo cerca de 9 mil pessoas.
O entra-e-sai não é só de quem vê assombração - aliás, essa é uma minoria.
Muitos chegam lá à procura da cura para uma doença ou desejam se comunicar com mortos.
Para o espiritismo, não há dúvida:
espíritos existem e vivem em simbiose com pessoas de carne e osso, algumas vezes dando uma forcinha e em outras tocando o terror.
Segundo a religião, existem vários mundos em diferentes estágios de evolução.
Espíritos de luz, mais evoluídos, dificilmente são vistos vagando por aí - em geral, só os médiuns conseguem senti-los.
Nós, pobres mortais, estamos mais sujeitos a topar com um brincalhão - daqueles que gostam de assustar, fazer caretas e atrapalhar o bom andamento da vida.
"Podemos ver esses espíritos zombeteiros principalmente em situações de desequilíbrio.
Se aceitarmos vibratoriamente a sua condição, e isso acontece quando não estamos desprendidos do egoísmo, do orgulho, das vaidades e do apego material, eles poderão nos acessar", diz Silvia Cristina Puglia, presidente da Federação Espírita de São Paulo.
O que vemos, explica ela, não é o espírito em si, mas seu perispírito - um meio-termo entre o corpo e a alma.
"Temos mais condição de ver espíritos atrasados, que parecem carnais."
Para a doutrina, a comunicação só acontece por causa de uma troca do que Allan Kardec, o pai do espiritismo, chamou de "fluido".
O protestante francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), que mais tarde viria a adoptar o nome "Allan Kardec", teve o primeiro "contacto espiritual" aos 50 anos.
Na época, as festas francesas eram animadas pelos fenómenos das mesas girantes - as mesas giravam, pulavam e responderiam a perguntas dando pancadas no chão.
Dessas e de outras observações, Rivail chegou à conclusão da existência de um plano espiritual e reuniu suas ideias em O Livro dos Espíritos (1857).
"Os espíritos revelaram a Kardec que a natureza material é uma coisa fluída, que tem o mesmo princípio da matéria densa, mas é mais subtil", afirma o físico espírita Alexandre Fontes da Fonseca, da USP.
"Há hipóteses tratando os fluidos como ondas electromagnéticas."
Os fluidos seriam a base da explicação para a materialização das assombrações e fenómenos como as portas que abrem sozinhas, os copos que mexem e os ruídos inexplicáveis.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Religião

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 08, 2018 10:02 am

por Francisco Cândido Xavier

A ciência multiplica as possibilidades dos sentidos e a filosofia aumenta os recursos do raciocínio, mas a religião é a força que alarga os potenciais do sentimento.
Por isso mesmo, no coração mora o centro da vida.
Dele partem as correntes imperceptíveis do desejo que se substanciam em pensamento no dínamo cerebral, para depois se materializarem nas palavras, nas resoluções, nos actos e nas obras de cada dia.
Na luta vulgar, há quem menospreze a actividade religiosa, supondo-a mero artifício do sacerdócio ou da política, entretanto, é na predicação da fé santificante que encontraremos as regras de conduta e perfeição de que necessitamos para o crescimento de nossa vida mental na direcção das conquistas divinas.
A Humanidade, sintetizando o fruto das civilizações, é construção religiosa.
Dos nossos antepassados invertebrados e vertebrados caminhamos nos milénios, de reencarnação em reencarnação, adquirindo inteligência, por intermédio da experimentação incessante, mas não é somente a razão o fruto de nosso aprendizado, no decurso dos séculos, mas também o discernimento ou luz espiritual, com que pouco a pouco aperfeiçoamos a mente.
A religião é a força que está edificando a Humanidade.
É a fábrica invisível do carácter e do sentimento.
Milhões de criaturas encarnadas guardam, ainda, avançados patrimónios de animalidade.
Valem-se da forma humana, como quem se aproveita de uma casa nobre para a incorporação de valores educativos.
Possuem coração para registar o bem, contudo, abrigam impulsos de crueldade.
O instinto da pantera, a peçonha da serpente, a voracidade do lobo, ainda imperam no psiquismo de inumeráveis inteligências.
Só a religião consegue apagar as mais recônditas arestas do ser.
Determinando nos centros profundos de elaboração do pensamento, altera, gradativamente, as características da alma, elevando-lhe o padrão vibratório, através da melhoria crescente de suas relações com o mundo e com os semelhantes.
Nascida no berço rústico do temor, a fé iniciou o seu apostolado, ensinando às tribos primárias que o Divino Poder guarda as rédeas da suprema justiça, infundindo respeito à vida e aprimorando o intercâmbio das almas.
Dela procedem os mananciais da fraternidade realmente sentida, e, embora as formas inferiores da religião, na antiguidade, muita vez incentivando a perseguição e a morte, em sacrifícios e flagelações deploráveis, e apesar das lutas de separação e incompreensão que dividem os templos nos dias da actualidade, arregimentando-os para o dissídio em variadas fronteiras dogmáticas, ainda é a religião a escola soberana de formação moral do povo, dotando o espírito de poderes e luzes para a viagem da sublimação.
A ciência construirá para o homem o clima do conforto e enriquecê-lo-á com os brasões da cultura superior; a filosofia auxiliá-lo-á com valiosas interpretações dos fenómenos em que a Eterna Sabedoria se manifesta, mas somente a fé, com os seus estatutos de perfeição íntima, consegue preparar nosso espírito imperecível para a ascensão à glória universal.

Do livro Roteiro, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty O profeta do terror que a laranja mecânica anuncia

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 08, 2018 8:12 pm

por Marcus Vinicius de Azevedo Braga

Certa feita na aula de evangelização para crianças de 10 a 12 anos, cujo tema era “os problemas sociais”, comprei na banca alguns jornais do dia e pedi que elas separassem os principais problemas que elas viam ali.
Como já era esperado, o grupo de matérias sobre violência foi predominante na escolha daqueles alunos, corroborando o que se ouve nas ruas, todos os dias.
A despeito dos avanços que fizemos em várias áreas do conhecimento humano, que se reflectiram na redução de problemas de saúde, de comunicação, de educação, a violência, como problema percebido, persiste e emerge de forma cada vez mais pujante, em especial nos grandes centros, potencializada pela revolução das comunicações, que nos permite ver em imagens e sons o que ocorre pelo mundo, e o que viraliza geralmente é o que se tem de mais cruel.
O filme distópico britânico-americano de 1971, Laranja Mecânica (A Clockwork Orange), dirigido por Stanley Kubrick, baseado no romance de 1962 de Anthony Burgess, traz o conceito de ultra-violência, ou seja, o uso da força em atos aleatórios e injustificados, motivada por questões comezinhas, ou pelo simples prazer.
Um conceito actual, passados mais de cinquenta anos do livro.
Essa violência, torpe e quotidiana, em que pese seja rejeitada no discurso, é buscada avidamente pelas pessoas em produções cinematográficas, literatura, desportos ou mesmo em jogos electrónicos, alimentando essa forma de interacção e de resolução de problemas.
Sim, a violência é uma forma de relação com o mundo, com suas questões, centrada em si, de forma imediatista e que não se importa com as consequências em relação aos outros.
Aí vê-se na imprensa brigas de trânsito, em elevadores, por lugares na praça de alimentação no Shopping, questões comuns que terminam com feridos e mortos, e que de forma contra-intuitiva, são actos realizados por pessoas letradas. Situações que indicam que a violência surge como forma de resolução preferencial de conflitos, por vezes temperada com uma arma de fogo, como amuleto a defender o atemorizado cidadão das agruras da vida em sociedade.
A violência não é a antítese da paz.
Ela é o oposto do diálogo.
Resoluções possíveis, amistosas, mediadas, com empatia, se convertem em acções destrutivas, em soluções extremas, desproporcionais.
A paciência dá espaço à explosão, a conversa cede ao xingamento, e a negociação se converte em luta corporal.
A violência é o fracasso do ideal de convívio humano pacífico e harmónico, na superação dos desafios da vida encarnada.
Até a religião tem servido de plataforma para violência.
Física ou simbólica, queremos impor nossas crenças, nossos hábitos, expulsar demónios, exilar pessoas de nosso convívio, destruir os que pensam diferente, em fogueiras agora virtuais.
Fogem do espírito da prática religiosa, de conciliação e de amor, como reforça o capítulo XXIII de O Evangelho segundo o Espiritismo:
“(...) decerto que ela formalmente condena toda violência.
Disse Ele alguma vez a seus discípulos:
Ide, matai, massacrai, queimai os que não crerem como vós?
Não; o que, ao contrário, lhes disse, foi:
Todos os homens são irmãos e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos perseguem”.
A violência não é oriunda da falta de Deus, da falta de Educação, dos próprios problemas humanos em si.
Ela nasce de uma cultura de legitimização desta como meio preponderante de se comunicar com o mundo e seus desafios.
Falamos “- Se você não fizer isso, vou te matar”, como expressão quotidiana.
Vou explodir, vou bater, vou quebrar.
Surge a destruição focada no outro, em palavras e gestos, como forma eficaz e eficiente de convívio.
E isso não pode acabar bem.
Faz-se necessário estimular, diante dos problemas, uma cultura de diálogo, de compreensão, de empatia em relação ao outro e as suas dificuldades.
Palavras mágicas como o “Desculpe”, pensamentos essenciais como “ele deve estar passando um problema”, posturas libertadoras como “Se eu fosse ele, como eu agiria”, rompem esse círculo que se alimenta de violência.
Se é violenta, não é uma boa solução.
O medo, como distanciador das relações, também surge como um alimentador da violência e necessita de uma fé raciocinada que não se espante com as coisas que o mundo nos mostra pelas diversas telas, mas que nos permita entender como o mundo funciona e o nosso papel, em especial no que tange ao trabalho na casa espírita, que nos melhora, e também ao próximo.
Estamos em um momento da história no qual vemos falir nossos modelos, nossa crença no ser humano, de decepção e desesperança.
E isso nos empurra para a violência, como solução definitiva, que apaga relações, não as reconstrói.
No mundo da reencarnação para o nosso aperfeiçoamento, tudo conduz à reconstrução, à reparação, e o caminho do amor é sempre preferencial ao da dor.
Como se vê, temos no Espiritismo os elementos necessários para começar a reverter a crescente violência, a partir de nós mesmos.
É preciso resgatar a chave do diálogo, como forma de enxergarmos a todos filhos do mesmo pai amantíssimo, para que a violência anunciada pela Laranja Mecânica dê lugar a distopias melhores, de um Espírito encarnado que avança no intelecto, mas não perde de vista a asa da moral, buscando ser pacífico, para um dia ser chamado de filho de Deus.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty A saúde que vem de fora

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 09, 2018 8:30 am

por Ricardo Orestes Forni

“Toda e qualquer enfermidade orgânica tem procedência nos recessos íntimos da alma.” – Joanna de Ângelis.

A revista VEJA em sua edição de n.º 2357 de 22 de janeiro de 2014, nas páginas 72 a 79, traz uma grande reportagem sobre saúde, taxa de metabolismo, sucos verdes, exercícios, dietas etc.
Reproduziremos um pequeno trecho de toda essa proposta para a saúde que vem de fora:
O homem não pode viver de maneira saudável somente com alimentos, sem uma certa quantidade de exercícios.
A afirmação pareceu familiar, actual?
É provável que sim – mas vale lembrar que ela tem alguns milénios.
Foi escrita pelo grego Hipócrates (460 a.C.-375 a.C.), “o pai da medicina”, no século V a.C..
Por sua vez, o historiador Plutarco (46 d.C.-119 d.C.), conterrâneo de Hipócrates, acreditava que “pessoas magras são geralmente mais saudáveis” e chegou a comparar o corpo humano a um navio “que não pode ser sobrecarregado”; segundo ele, um bom médico seria aquele que, em lugar de remédios ou de bisturi, se valeria de dietas para manter a saúde de seus pacientes.
A propósito, em grego, a palavra díaita – da qual se origina o termo “dieta” – significa um “modo de vida”, e não um programa alimentar com o objectivo exclusivo de perder peso.
Pena que, a exemplo de outras lições da Grécia antiga – e é melhor nem começar a enumerá-las, para não cair na tentação de citar Aristóteles e se aprofundar em uma certa “arte de promover o bem comum”, a política –, e ideias e metáforas tão magníficas como as de Hipócrates e Plutarco possam ser frequentemente distorcidas em nome de supostas soluções miraculosas para emagrecer ou mesmo manter o corpo em forma física e espiritual.

Você tem alguma ideia de onde se encontra a posição mais correta sobre a saúde?
Na Grécia antiga ou na medicina actual?
Eu tenho a minha opinião que passo a dividir com você: “Eis que já estás são.
Não peques mais, para que não suceda o pior” (João, 5:14).

Evidentemente que todos os cuidados com o corpo físico devem ser tomados. Exercícios, alimentação adequada, exames preventivos, consultas rotineiras ao médico da sua confiança etc., entretanto, como fugir a essa colocação de Jesus?
Como desvincular o Espírito em desequilíbrio que habita um corpo físico, da saúde desse mesmo corpo?
Como desvincular os inquilinos de uma casa dos cuidados para a manutenção dessa mesma casa?
Emmanuel nos ensina através da mediunidade de Chico Xavier que a grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual.
Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele sector da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõe à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.
Quem já não viu uma pessoa que come de tudo:
é gorda e não tem o colesterol alto?
Ou uma pessoa magra, que come regradamente, pratica exercícios e tem taxa alterada dessa mesma gordura?
Possuem metabolismos diferentes.
Possuem corpos materiais que respondem de maneiras diferentes aos estímulos externos.
E qual o motivo dessas diferenças?
Onde estará a origem desses distúrbios?
No corpo físico ou em um local que transcende ao órgão material?
Obviamente que não estamos fazendo apologia dos desequilíbrios de qualquer tipo.
Não há como negar a acção nociva do cigarro ou das bebidas alcoólicas sobre o corpo material.
Mas, quem toma a iniciativa de viver desequilibradamente:
o corpo, mero instrumento, ou o espírito, autor de suas decisões?
Retornamos, portanto, ao ponto de origem sobre a saúde que vem de dentro.
Joanna de Ângelis ensina que na raiz, portanto, de qualquer enfermidade, encontra-se a distonia do Espírito, que deixa de irradiar vibrações harmónicas, rítmicas, para descarregá-las com baixo teor e interrupções que decorrem da incapacidade geradora da Fonte de onde procedem.
André Luiz ensina que a medicina humana será muito diferente no futuro quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos factores mentais no campo das moléstias do corpo físico.
Seja como e quando for que isso venha a ocorrer, ainda ecoará, como base de toda a explicação, as palavras de Jesus:
“Eis que já estás são.
Não peques mais, para que não suceda o pior”.
Nesse tempo, o ser humano entenderá que a saúde que tanto busca fora de si através de dietas, exercícios, sucos exóticos, exames preventivos ou de tudo mais que lança a mão na preservação da mesma, está dentro dele mesmo, não no corpo, evidentemente, mas no Espírito imortal, origem de todos os males ou bem-aventuranças que o acompanham em sua caminhada pela Terra.
Mente sã em corpo são, como a única alternativa para a saúde que vem de dentro.
Ou seria melhor dizer: da saúde que já está ou não em seu interior e não pode ser conquistada fora de si mesmo?

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty O comportamento espírita-cristão

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 09, 2018 8:18 pm

por Rogério Coelho

O Espiritismo oferece recursos para superar aflições e desequilíbrios
“Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros.
Por que não sofreis, antes, a injustiça?
Por que não sofreis, antes, o dano?”
- (Paulo, I Cor., 6:7.)

A questão das demandas aqui analisadas transcende o âmbito das alçadas dos tribunais, vez que elas (as demandas) expressam-se em uma escala muito mais ampla no cerne dos lares e das instituições.
Esclarece Emmanuel[1]:
“aí se movimentam através do desregramento mental e da conversação em surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias ao óleo da animosidade recalcada.
De modo geral, inúmeras criaturas preferem a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo.
Prontos a protestar, a acusar e criticar com grande estardalhaço, costumam esclarecer que servem à Verdade.
Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes da opção por qualquer revide?
Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em permanentes mananciais de luz, se os crentes do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito!”
Se já estamos na Doutrina Espírita há algum tempo e o nosso comportamento frente às injustiças, calúnias, vicissitudes, morte ainda é o mesmo de antes, significa isso que apenas estamos superficialmente no Espiritismo, mas o Espiritismo não está em nós.
Sendo Jesus nosso “Modelo e Guia”, conforme assertiva dos Espíritos Superiores[2], e sendo Espírita somente aquele que “se esforça – perseverantemente – para reformar-se moralmente e combater suas más inclinações”[3], não é digno de ser chamado discípulo do Cristo ou Espírita senão aquele que satisfaça essas condições.
O discurso de Jesus, para o discípulo sincero, deverá ser o parâmetro comportamental para o curso de sua vida.
Há que se compreender tudo isso, ter convicção mesmo, porque“o primeiro e mais imediato efeito da adopção das directrizes da Doutrina Espírita é a transformação moral do homem, que serve de base para a sua constante renovação interior, comandando-lhe o “modus-vivendi”.
Pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco, aprendemos com Vianna de Carvalho[4] que “(...) com muita justeza, Allan Kardec situa, na transformação do homem, o efeito positivo do Espiritismo, porque elucida a génese dos problemas que afectam o indivíduo e simultaneamente oferece os recursos para equacionar as dificuldades de qualquer natureza, que produzam aflição e desequilíbrio.
Doutrina de Responsabilidade pessoal conscientiza a criatura dos deveres para com a vida e dos resultados que defluem dos seus próprios actos, sendo, ele próprio, o semeador e o colhedor da gleba que lhe diz respeito.
A adopção do Espiritismo faz-se revelada, quando o indivíduo é de carácter rebelde e torna-se dócil; agressivo e faz-se gentil; tirano e modifica-se para compassivo; avaro e passa a ser generoso; maledicente e adopta a compreensão; intolerante e transforma-se em piedoso; atrabiliário e converte-se em equilibrado; perturbador e apresenta-se pacificado...
Quando consegue sair da faixa das depressões para o optimismo; do medo para a confiança; do ódio para o amor; da vingança para a solidariedade; da violência sistemática para a fraternidade; do orgulho para a humildade...
Quando a confiança substitui a suspeita pertinaz; a esperança toma conta da paisagem da dúvida; a alegria sem exagero sobrepõe-se à tristeza causticante; a prece revela-se um hábito em lugar da blasfêmia ou da revolta surda...
Quando a doença de qualquer espécie deixa de ser desgraça para converter-se em processo de purificação e os problemas em geral recebem lentas, mas, seguras soluções reais, aquelas que lhes vão às nascentes, impondo terapia de paz e alegria...
Quando a morte de um ser amado não representa infortúnio traumatizante, antes sendo uma libertação que traz conforto e serenidade.
Já não ressuma vibrações deletérias, antes habituais, porém, atrai com magnetismo benéfico, irradiando bem-estar que aos outros contagia.
Confia em Deus, sem misticismo pernicioso, e age com perseverança, na mesma postura, seja no júbilo ou sob dificuldades, mantendo a mesma positiva insistência no bem.
Silencia o mal e não o vitaliza; acolhe a perseguição e não revida; entende cada qual no estágio em que se encontra, conforme as suas conquistas morais; sem impor-se, libera aqueles que lhe compartem a vida sem a mesquinhez do domínio enganoso; sofre, porém não desanima, mesmo quando outros desertam...
É, em suma, feliz, sem embargo das conjunturas naturais que defronte”.

[1] - XAVIER, F. Cândido. Pão Nosso. 17. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1996. cap. 143.
[2] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 625.
[3] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. XVII, item 4, § 5º.
[4] - FRANCO, Divaldo. Reflexões Espíritas.Salvador: LEAL, 1992. cap. 25.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Ter coragem de fazer o bem

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 10, 2018 9:10 am

por Waldenir A. Cuin

- Por que, neste mundo, os maus exercem geralmente maior influência sobre os bons?
“Pela fraqueza dos bons.
Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos.
Estes, quando quiserem, assumirão a predominância.”

(Questão 932 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)

Carregando no íntimo a condição de mau, o homem que vive à margem dos ensinamentos cristãos não tem medo ou receio de causar danos à sociedade que o acolhe.
Pouco se importa com os transtornos que provoca ou com prejuízos que causa àqueles que cruzam o seu caminho.
Segue sua jornada com audácia, sendo inconsequente, nada temendo. Em resumo, é ousado.
Já a criatura de bem, aquela que se preocupa em pautar suas acções sempre de acordo com as valiosas e imprescindíveis lições de Jesus Cristo, muitas vezes é tímida e retraída.
Procura viver dentro dos padrões da moralidade, da decência e da dignidade, mas nem sempre aguerrida o suficiente para enfrentar o avanço das acções malévolas que a rodeiam.
Na pauta das suas realizações terrenas procura ajudar, socorrer e amparar os irmãos do caminho, com atitudes pouco compromissadas, mas, diante de situações em que deve se expor um pouco mais, se retrai assustada, temendo enfrentar o mal que às vezes se levanta barulhento e desafiador.
Tem valor incalculável a doação de uma cesta básica de alimentos a uma família carente, de prole numerosa, mas isso é pouco diante da gravidade da situação reinante.
Será preciso ir além disso, tomando a deliberação de programar acções firmes que possam apontar caminhos, visando a que cada membro do agrupamento familiar tenha oportunidade de ganhar, com o próprio suor, o seu sustento.
Oferecer material escolar para que crianças, adolescentes e jovens pobres permaneçam nos bancos escolares é tarefa das mais nobres, no entanto, só isso não basta para que se tornem homens de bem.
Imprescindível que actuemos decididamente, informando-os sobre os valores da honradez e da dignidade, virtudes básicas para a formação equilibrada do carácter.
Erguer clínicas, hospitais e instituições de socorro àqueles que se embrenharam pelos nefastos e destruidores caminhos da viciação tóxica é de capital importância, mas jamais podemos olvidar a necessidade urgente de trabalharmos, com determinação e arrojo pelo esclarecimento e conscientização, principalmente de adolescentes e jovens, para que saibam enfrentar os arrastamentos sem o terrível mergulho no mundo pestilento da dependência química.
É valioso identificar os males que decorrem da corrupção, dos favorecimentos ilícitos, das coisas arranjadas, mas somente isso não impede que tais desatinos continuem a ocorrer.
Indispensável que saiamos a combater, com coragem e determinação, essa cultura imoral, danosa e trágica que tantos prejuízos causam no seio das colectividades.
Em verdade, não basta evitar o mal, é imprescindível fazer o bem, no limite de nossas forças, pois seremos responsáveis pelo mal que nascer do bem que não fizermos, conforme ensina o Espírito da Verdade, na questão 642, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.
Não é prudente enfrentarmos o mal de forma atabalhoada e irresponsável, mas da mesma forma não é digno que cruzemos os braços, timidamente, e fiquemos a observar o avanço dos maus, que são intrigantes, ousados e audaciosos.
Por certo, a Providência Divina não espera de nós nenhum espectáculo de grandeza e excelsitude no enfrentamento ao mal que campeia à solta, ao nosso redor, mas aguarda que cada um tenha a coragem e a audácia de se empenhar, ao máximo, na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e humana, mesmo que para tanto tenha que desprender cotas de sacrifício.
O verdadeiro homem de bem é aquele que não foge ao bom combate, conforme ensinou Paulo de Tarso.

Reflictamos.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty QUANDO NAS HORAS DE INTIMO DESGOSTO

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 10, 2018 8:30 pm

O DESALENTO LHE INVADIR A ALMA E AS LÁGRIMAS LHE AFLORAREM NOS OLHOS, BUSCA-ME...
Eu sou Aquele que sabe sufocar-lhe o pranto e estancar-lhe as lágrimas!
Quando se julgar incompreendido dos que lhe circundam e vir que em torno há indiferença, Acerque-se de Mim...
Eu sou a Luz, sob cujos raios se aclamaram a pureza de tuas intenções e a nobreza dos seus sentimentos!
Quando se extinguir o ânimo para arrastar as vicissitudes da vida e se encontrar na iminência de desfalecer, Chama-me...
Eu sou a força capaz de remover as pedras do caminho e sobrepor-lhe às adversidades do mundo!
Quando inclementes lhe açoitarem os vendavais da sorte e já não souber onde reclinar a cabeça, Corre para junto de Mim...
Eu sou o Refúgio em cujo seio encontrarás guarida para o seu corpo e tranquilidade para o seu espírito!
Quando lhe faltar calma, nos momentos de maior aflição e se considerar incapaz de conservar a serenidade de espírito, Invoca-me...
Eu sou a Paciência que lhe faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!
Quando estiver se debatendo nos paroxismos da dor e tiver a alma ulcerada pelos abrolhos, Grita por Mim...
Eu sou o Bálsamo que cicatriza as chagas e lhe minora os padecimentos!
Quando o mundo lhe iludir com suas promessas falazes e perceber que ninguém pode inspirar-lhe confiança, Vem a Mim...
Eu sou a Sinceridade, que sabe corresponder à franqueza das suas atitudes e excelsitudes dos seus ideais!
Quando a tristeza e a melancolia lhe povoarem o coração e tudo lhe causar aborrecimento, Chama por Mim...
Eu sou a Alegria que insufla um alento novo e lhe faz conhecer os encantos de seu mundo interior!
Quando um a um lhe fenecerem os ideais mais belos e sentir-se no auge do desespero, Apela por Mim...
Eu sou a Esperança que lhe robustece a fé que lhe acalenta os sonhos!
Quando a impiedade recuar-lhe as faltas e estiver experimentando a dureza do coração humano, Procura-Me...
Eu sou o Perdão que lhe levanta o ânimo e promove a reabilitação do seu espírito!
Quando duvidar de tudo, até das suas próprias convicções e o cepticismo lhe avassalar a alma, Recorre a Mim...
Eu sou a Crença que lhe inunda de luz o entendimento e lhe habilita para a conquista da felicidade!
Quando já não estiver provando a sublimidade de uma afeição terna e sincera e o sentimento relativo aos seus semelhantes for só desilusão, Aproxime-se de Mim...
Eu sou a Renúncia, que lhe ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!
E quando, enfim..., quiser saber quem sou Eu, pergunta ao riacho que murmura, ao pássaro que canta, à flor que desabrocha, à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.
Chamo-me AMOR... o remédio para todos os males que te atormentam o Espírito!

EU SOU JESUS.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Enjoos e desejos na gestação

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 11, 2018 10:51 am

Com o desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se estruturando, conforme o molde energético dado pelas matrizes perispirituais da entidade reencarnante, vão se intensificando as trocas fluidicas ou energéticas, entre o perispírito da mãe e o espírito reencarnante.
Já se observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos.
Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes (espiritualmente falando ) ou sadias.
As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registadas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante.
As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna.
As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se reencontram agora com anestesia apenas parcial.
Não resta dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos passados.
Também é importante se reafirme, toda a assistência espiritual presente no transcurso da gravidez, amparando a dupla.
As trocas fluidico-energéticas entre ambos, frequentemente produzem enjoos à mãe.
A intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante.
Em determinadas situações no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as limitações dos menos evoluídos.
Frequentemente, são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas.
São as sensações decorrentes do espelhar mútuo, da situação espiritual vivenciada no passado e ainda não resolvida.
Cuidemos, no entanto, para não cometer injustiça ou erros de julgamento.
Os enjoos tem também causas meramente orgânicas ligadas a factores anatómicos e fisiológicos do processo gestacional.
Atribuir aos enjoos apenas significado de ordem espiritual, seria empobrecer a ciência espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso.

Os estranhos desejos da gestante
As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem ter,também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante.
Não estamos aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida co-factores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra face da moeda.
Estando a estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes electromagnéticas que lhe impõem a redução volumétrica necessária.
O corpo astral (perispírito ) que possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor.
Ocorre então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual.
Tal facto ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do corpo espiritual.
A energia cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços intermoleculares.
Além desta redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao plano "espiritual " e reintegrada ao fluido cósmico universal.
No organismo materno, mais especificamente no chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha.
Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente, eliminando-a do ambiente.
Conforme encontramos no livro" Entre a Terra e o Céu ", cap. XXX, André Luiz que se expressa da seguinte forma."
O organismo materno materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela sensibilidade feminina".
Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc), portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico materno.
O facto citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante.
Estas sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos.
Como são sensações, o cérebro decodifica em algo material e expressa como:
Desejo de comer, cheirar ou fazer alguma coisa diferente.
Portanto, embora seja inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebé, mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer sabonete com cebola, não custa nada (às vezes) satisfazer a pobre da gestante....
Mas não exageremos....

Ricardo Di Bernardi

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Absolvição confirmada

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 11, 2018 8:30 pm

Jorge Hessen

Sem tangermos para a intransigência, discordamos com tranquila convicção das teses apresentadas pelo assistente de acusação do Tribunal de Justiça do estado de Mato Grosso do Sul, sobre o caso veiculado na revista VISÃO de 25 de dezembro de 1985.
Inferimos não ser em defesa da máquina judiciária que se impetrou recurso de anulação quanto à decisão que absolveu o senhor João Francisco Marcondes Fernandes, acatando o Tribunal do Júri, como prova, o depoimento da própria vítima (Gleide Maria Dutra), psicografado pelo médium mineiro Francisco Cândido Xavier, que na oportunidade inocentava o réu; porém, sim, o indirecto, portanto, intencional ataque ao Espiritismo.
Quem somos nós, criaturas pretensamente investidas de sabedoria, para invalidarmos uma mensagem provinda do além através da mediunidade ímpar de Chico Xavier?...
Óbvio que os juristas não têm a obrigatoriedade de aceitar os princípios kardecianos, contudo, o que não se justifica sob qualquer hipótese é a flagrante tendência de pessoas leigas arremessarem ao Espiritismo condenações “subtis”, visando descaracterizar a força de uma doutrina desenfaixada de sectarismos, ritualismos e abomináveis hierarquias injustificáveis ou quaisquer outros “ismos” da crendice popular.
Pelas nossas informações, o facto acontecido no dia 27 de junho de 1985, no Tribunal do Júri de Campo Grande, com absolvição de João Francisco (aceita unanimente pelo corpo de jurados com o depoimento da vítima), não acontece tão amiudemente.
Salvo prováveis equívocos, aquela teria sido a terceira vez que um Tribunal de Júri acolhe e aceita um depoimento de vítimas desencarnadas.
Anteriormente a esse fato, temos notícia da carta recebida (ia mediunidade de Chico Xavier) cuja autoria é do jovem Maurício Garcez Henrique (espírito), inocentando o amigo que involuntariamente o baleou mortalmente, na cidade de Goiânia, e também, da carta mediúnica do deputado Heitor Cavalcante de Alencar Furtado, isentando de culpa o policial que o baleou “Branquinho” (Aparecido Andrade Branco).
Não cremos que as psicografias inocentando os réus em questão vieram ao mundo casual e fortuitamente.
Temos a certeza de que Chico Xavier não intencionava ser veículo de intercessão medianímica a favor de quem quer que fosse em um processo criminal.
Situamo-nos na condição de conceber, nos casos, a excelsa misericórdia de Deus, doando ao homem a oportunidade de visualizar a vida além dos sentidos físicos ou na imortalidade.
Em perfeito domínio de consciência, como encararmos a questão ora expressa?
Deixarmos que passe simplesmente despercebido, ou, contrariamente, tirarmos preciosa ilações para um amadurecido posicionamento?
Consoante as prerrogativas de liberdade de expressão que a todos interessa, cremos ser de uma fantástica dimensão a abordagem do tema nos veículos de divulgação doutrinária.
Não partilhamos de opinião formada no caso comentado, isso por desconhecer maiores detalhamentos do acontecido em 1 de maio de 1980, muito embora acate em sua integralidade a mensagem de Gleide inocentando João Francisco, isso já é o bastante!
Por outro lado, intentamos mostrar aos leitores que o mundo ainda rejeita bastante o Espiritismo.
Os inquisidores modernos que se escondem nas roupagens de superfície da sociedade actual, procuram detratar e escarnecer aos profitentes espíritas, mas, atentemos a um factor:
- ainda que neste episódio a Doutrina Espírita seja alvo de indébitas acusações e não representar nada para certos juristas, lembremos que Jesus, tanto para os seguidores e perseguidores, na visão imediatista teria sido o grande derrotado no ignominioso madeiro, no Calvário; entretanto, a Verdade que Ele nos legou é eterna, tão eterna quanto os factos espíritas.
Queiram ou não os homens; sirva ou não de prova uma mensagem mediúnica para qualquer egrégio tribunal de Justiça, o que efectivamente nos arrebata a Deus serena e convictamente são as comunicações cada vez mais ostensivas dos Espíritos com os encarnados, para resgatá-los dos cativeiros das concepções dogmáticas das religiões literalistas nesta transformação social dos dias que passam.
Anule-se como prova um depoimento do além-túmulo!
Que sejam impetrados milhões de recursos rejeitando uma mensagem mediúnica inocentando um réu; entretanto, não será lícito esquecermos que na intimidade da consciência de João Francisco paira a serenidade de sua inocência defendida por Gleide (a “vítima”), muito embora não sendo percebida por essa justiça “academicista” demasiadamente míope para as coisas essenciais da vida, que é regida pelas magnânimas leis de Deus.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Talismãs, amuletos: que Kardec diz sobre a força desses objectos?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 12, 2018 11:26 am

por Wellington Balbo

Kardec, em sua época, era reconhecido pelos seus contemporâneos como autoridade no tocante aos temas das novas descobertas entre as relações dos mundos visível e invisível.
Tanto assim que frequentemente o buscavam a fim de receber sua opinião relacionada aos inúmeros fenómenos além da matéria.
Foi assim quanto ao poder de objectos, talismãs e adereços.
Teriam, eles, poder de descortinar o passado de alguém ou prever o futuro, ou, ainda, atrair os Espíritos?
Há, nesses objectos, algo que possa denominá-los, assim na forma vulgar, como objectos mágicos?
Dentre as muitas vezes que Kardec abordou o tema medalhas, símbolos e demais, trago para reflexão um texto que consta na Revista Espírita, novembro de 1858, com o título: Os talismãs – medalha cabalística.
Uma senhora, médium sonâmbula, havia informado que determinada medalha tinha poderes especiais de atrair os Espíritos.
Pediram a opinião de Kardec a respeito.
Kardec, logo de início, já explica que os Espíritos são atraídos pelo pensamento e não pelo objecto em si.
Espíritos que se apegam a esses objectos são, ainda, inferiores, mesmo que estejam agindo de forma honesta.
É que conservam, mais ou menos, as manias e ideias que tinham enquanto encarnados.
Portanto, nada fora do esquadro que repitam este modelo mental no mundo dos Espíritos.
Por outro lado, há, também, os Espíritos zombeteiros, ou no linguarar actual, gaiatos, que gostam de se divertirem à custa da ingenuidade alheia.
O foco, portanto, é o pensamento, e é este que acaba por atrair os Espíritos.
Imagine que você deposita uma fé inabalável de que um copo qualquer pode atrair um bom Espírito.
E todos os dias você reserva um tempo para olhar no interior deste copo a fim de atrair os bons Espíritos para um contacto.
Você ora com fervor e sinceridade e os Espíritos comparecem, serenam teu coração, sugerem-te bons conselhos, ajudam-te a responder as mais intrincadas questões íntimas e por aí vai.
Você pode achar que o poder está no copo. Contudo, a realidade é que a força está relacionada ao teu pensamento e sentimentos para que tragam os bons Espíritos em teu benefício.
O copo é apenas um amuleto e, caso seja descartado, nenhuma alteração haverá se você prosseguir na busca dos bons Espíritos com sinceridade e fervor.
A ideia de Kardec é tornar o contacto com os Espíritos uma coisa mais espiritual do que material.
Se antes havia uma suposta “necessidade” do material para interagir com o espiritual, Kardec a retira e mostra que isto é desnecessário.
O contacto com os Espíritos é feito de coração para coração, de mente a mente.
Não é a matéria, ou seja, o objecto, que atrai os Espíritos, mas o pensamento, o coração conectado e a vontade do indivíduo.
Há, todavia, uma observação a ser feita.
Os objectos podem ser magnetizados e, com isso, “adquirirem” algumas propriedades especiais, mas de forma passageira.
Imagine alguém dotado de grande poder magnético, daqueles em que o olhar é penetrante e traz uma força indescritível.
Este indivíduo direcciona seu olhar a uma medalha, seu pensamento naquele objecto é firme e forte no intuito de magnetizá-lo.
Pois bem, é possível, sim, que alguém, ao tocar este objecto, agora já impregnado com o fluido a ele direccionado, sinta sensação diferente, ou mesmo entre em transe por conta da “força” que contém, momentaneamente, o material.
Perceba, todavia, que o poder não está no objecto em si, mas na força do pensamento que a ele foi direccionada.
Kardec, como trabalhava com evocação, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, evocou São Luís e pediu que este manifestasse sua opinião relacionada ao assunto.
Parece-me que o benfeitor considerou o tema já amplamente debatido e questão encerrada, pois, após algumas directrizes, bem semelhantes ao pensamento de Kardec, sugeriu que ele – Kardec - se ocupasse de coisas mais sérias.
Em todo caso, o tema em questão pode desdobrar-se e dar origem aos mais diversos questionamentos como, por exemplo, se há objectos com mais ou menos condições de absorver os fluidos magnéticos e ficarem mais ou menos tempo impregnados com estes.´

Há muita coisa interessante a pesquisar.
Que tal?


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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Sem que a mão esquerda perceba

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 12, 2018 8:44 pm

por Yé Gonçalves

Dar com a mão direita sem que a esquerda perceba, ou saiba, ou veja, é um grande desafio para todos nós, Espíritos em evolução, nesta oficina Terra que também se constitui em hospital e escola, onde buscamos a cura espiritual, o aprendizado da vida e a reforma da nossa intimidade, da nossa forma de ver, sentir e vivenciar a realidade.
O mestre Jesus não nos deixa à deriva nesse desafio evolutivo.
É o ser empático por natureza e sabe das nossas necessidades.
Então, Ele surge em nosso caminho e nos indica a direcção:
"Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita, a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará"

(Mateus, 6: 3 e 4) - Grifo nosso.

Aqui, estamos diante de dois desafios a vencer: o da mão direita e o da mão esquerda; sendo este considerado o mais difícil, por representar as emoções, o envaidecimento, a fama, os interesses etc.

Devemos ter todo o cuidado possível em dar esmola sem jamais colocar o irmão necessitado em constrangimento perante a sociedade e até de si mesmo.

Ao dar algo material e/ou espiritual, temos de ter em mente a preservação, bem como o respeito, da imagem daqueles a quem devemos prestar as devidas assistências, caso contrário, estaremos entrando nas zonas das descaridades.

Embora o texto evangélico em comento retrate a questão da esmola, podemos racionalmente estender a sua interpretação às mais diversas situações do dia a dia, que exigem de cada um de nós o desafio da transformação moral e de nos esforçarmos em domar as más inclinações ou más tendências, que ainda nos restam, através das acções de dar e de doar a nossa boa vontade em favor de cada um de nós em particular e da colectividade.

Retomando a questão da mão esquerda e da mão direita, embora haja uma grande preocupação com as fragilidades emocionais e sentimentais da mão esquerda, devemos ter, também, os devidos cuidados e a devida vigilância em relação à mão direita, ainda que ela seja considerada a mão da razão, por ser a mão da consciência, a mão que planeia e que orienta, a mão que aponta caminhos e a que tem o poder de controlar as emoções.

Pensemos nisso!

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Estigma moral

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 13, 2018 10:17 am

Por Jane Maiolo

“Pois eu bem sei os planos que estou projectando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança”. [1]

No limiar de uma nova era estamos esperançosos.
Novos planos. Auspiciosos rumos.
Venturosas possibilidades. Renovadoras perspectivas.
Imperioso rever alguns paradigmas conceituais sobre a relação da criatura com o Criador e as expectativas frente a uma vida futura feliz.
Frequentemente, ao passarmos por dificuldades tais como as enfermidades, perdas afectivas, ruínas financeiras, entre outras, ingenuamente nos é sugerido que:
“Deus deve ter algum propósito” para que estejamos passando por tais ou quais dissabores.
Pois bem, fazendo uso da razão cientificamos que somos os artífices dos mapas da nossa própria evolução.
Estamos integrados na Lei de Causa e Efeito, que é uma lei natural, sob a qual somos responsáveis pelas escolhas, ou seja, colhemos aquilo que semeamos.
O conhecimento da Lei de Causa e Efeito, revelado pela Doutrina Espírita no século XIX, é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus.
Em verdade, o entendimento claro e racional desta lei tem o potencial de transformar nossas acções em concordância com o Amor.
Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias em nossas existências e, consequentemente, evoluirmos de forma mais libertadora.
A mudança sobre o paradigma conceitual deveria ser:
Quais propósitos alento para que as tribulações me alcancem?
Deus não é o responsável pelas doenças, pelas guerras, ou pelas anomalias congénitas.
Deus é amor. E o Amor… Ama!
Quem sabe, nunca antes tenhamos sonhado com a possibilidade de um mundo mais fraterno e solidário.
Não obstante, tantas toxidades midiáticas a respeito da corrupção, da degradação sexual, da violência generalizada e do desamor, o homem moderno, sensibilizado com a própria dor e o sofrimento alheio demonstra reacções de incomodação com a realidade moral vigente.
Creio que iniciamos, embrionariamente, o período para a compreensão da advertência de João Baptista a propósito do “arrependei-vos, pois o reino de Deus está próximo”.[2]
Arrependimento salutar que nos impele a repensar outros caminhos para o banimento do mal em nós mesmos.
A indiferença nunca nos incomodou tanto.
As injustiças em todos os âmbitos jamais nos atingiram tão impeidosamente.
Estamos mais compassivos?
O poeta e trovador solitário Renato Russo, numa de suas composições, entoava:
“Venha! Meu coração está com pressa, quando a esperança está dispersa, só a verdade me liberta, chega de maldade e ilusão.
Venha! o amor tem sempre a porta aberta e vem chegando a primavera nosso futuro recomeça.
Venha! Que o que vem é Perfeição!” [3]
A busca pela esperança e perfeição impulsiona-nos a novas escolhas.
A mente humana é invadida e povoada por ideias enobrecedoras capazes de nos remeter a experiências melhores.
Basta aproveitarmos esse apetecedor momento e continuar investindo em nossa felicidade futura.
Quantos foram os homens que nos motivaram as mudanças?
Em 1926, reencarnava na França, o pediatra e geneticista Jerome Lejeune.
Impulsionado pelo profundo respeito que tinha pela excepcionalidade e pela santidade de cada indivíduo, ainda jovem e debilitado fisicamente, encontraria na ciência e no altruísmo das estruturas íntimas a vocação médica para servir à causa do Bem.
Sua proeza mais admirável foi revelar na base genética da Síndrome de Down a presença de um cromossomo extra no DNA.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 13, 2018 10:18 am

Essa descoberta ajudou a transformar a vida de pacientes e de famílias que, durante décadas, tinham vivido sob um estigma moral injustificado:
acreditava-se que a Síndrome de Down fosse um efeito colateral de sífilis da mãe, doença esta, por sua vez, que o imaginário popular associava com a prostituição.
Ao oferecer provas sólidas da raiz biológica da Síndrome de Down, o nobre geneticista ajudou os pais dessas crianças a saírem das sombras.
Lejeune descobriu também a base genética de outro defeito congénito devastador, a Síndrome Cri-du-Chat, e avançou na compreensão das causas da Síndrome do X Frágil.
Ele também se antecipou, em décadas, ao restante da Ciência Médica ao insistir na importância do ácido fólico para reduzir o risco de muitos defeitos de nascença.
Ao longo dos 30 anos seguintes, a pesquisa de Lejeune se concentrou nas causas de doenças genéticas e na busca de meios para tratá-las no útero e atenuar os seus efeitos em crianças e adultos, garantindo para cada paciente a melhor e mais completa vida possível.
Ele viveu, com seriedade religiosa, a vocação médica e a ética em que ela se ampara desde Hipócrates:
“não fazer o mal, servir à causa da vida e colocar os interesses individuais do paciente em primeiro lugar”. [4]
As primeiras leis que permitiram o aborto na França tinham como alvo, precisamente, os fetos “defeituosos”.
Lejeune “queimou” a maioria das suas relações profissionais e académicas ao se tornar um dos poucos cientistas proeminentes na França a fazer lobby contra essas leis.
Em 1981, ele depôs perante um sub-comité jurídico do Senado dos EUA sobre a “questão” de quando a vida humana começa.
Depois de apresentar evidências biológicas esmagadoras de que a resposta é a concepção.
Facto que a Doutrina Espírita já antecipou desde 1857 com o lançamento de O Livro dos Espíritos na sua questão de número 344.
Kardec indagou aos Benfeitores:
“Em que momento a alma se une ao corpo?”
Os Espíritos elucidaram:
“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento…” [5]
Diria a filha de Lejeune:
“Este é um homem que, por causa das suas convicções de médico que o impediam de seguir as tendências da sua época, foi banido pela sociedade, abandonado pelos amigos, humilhado, crucificado pela imprensa, proibido de trabalhar por falta de financiamento.
Este homem tornou-se, para certas pessoas, alguém a ser derrubado; para outros, alguém por quem não valia a pena pôr em risco a própria reputação; para outros ainda, um extremista incompetente”.
Assim, é que Jesus, o Guia e modelo da Humanidade, governa o nosso mundo, utilizando-se de servos fiéis e dedicados, que honram suas tarefas, independente de credo, cor, ou raça; aguardando o despertar de cada espírito para sua realidade transcendente e imortal.
Sem violentar e sem constranger, apenas sabendo dos nossos planeamentos e, projectando para nós, planos de paz, e não de mal, para nos dar um futuro e uma esperança, uma oportunidade e uma alegria.
As marcas do Cristo em nós deverão, quiçá, um dia fazer mais sentido em nossas vidas!

Jane Maiolo

Referências Bibliográficas:
[1] Jeremias 29:11;
[2] Mateus 3:2;
[3] Disponível em a href="https://letras.mus.br/legiao-urbana/46967/&gt">https://letras.mus.br/legiao-urbana/46967/>. Acessado em 10/01/2016;
[4] Disponível em a href="http://pt.aleteia.org/2014/01/25/um-santo-para-a-causa-da-vida-jerome-lejeune/&gt">http://pt.aleteia.org/2014/01/25/um-santo-para-a-causa-da-vida-jero...;. Acessado em 07/01/2016;
[5] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, questão nº344, Rio de Janeiro: Ed. FEB-2007.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Obsessão e Divórcio

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 13, 2018 8:02 pm

E não temos livre-arbítrio? – Perguntarão os opositores à tese obsessiva.

Não o estamos negando. Aliás, essa liberdade de escolha pode representar, em si, o acolhimento de sugestões do mundo invisível ou, após a decisão tomada, a sintonia com os que nos são afins.
A autonomia absoluta é praticamente nula.
Positivo será então se optarmos pela boa influência…
Entretanto, todo esse preâmbulo visa alertar para o facto de que a interferência extra-física existe nos mínimos detalhes da vida.
E nesse ponto, desejamos nos deter quanto ao divórcio.
Se os consortes devem, antes de decidir pela separação, avaliar todos os factores de ordem psicológica; fazer o balanço daquilo que foi construtivo ou não no relacionamento, também deverão analisar se suas escolhas não estão sendo movidas por influências de Espíritos que desejam vê-los infelizes.
Qual o interesse dessas entidades nisso?
Ora, há seres no mundo invisível ainda ligados pelos laços reencarnatórios do erro e do ódio às criaturas humanas que pelejarão por separar o casal, a fim de atingir outros objectivos.
É imensa a lista de casos relatados pelos mais diversos médiuns que notaram entidades vingativas acompanhando os cônjuges que atendiam.
Divaldo Franco, por exemplo, cita o caso de uma senhora traída pelo marido que se viu envolvida no desejo de suicídio.
Indo em busca do médium após ler-lhe uma mensagem (daquelas que se distribuem nos centros), descobriu a influência de um Espírito que promovia a situação.
Actualmente o casal está recuperado e o obsessor renasceu como filho.
E se esse casal tivesse se fechado na ideia de que a decisão pelo divórcio era exclusivamente sua…
Mas quais seriam os sinais precisos para entender se os consortes estão ou não sendo obsidiados?
Antes de relacionarmos alguns apontamentos nesse sentido é necessário uma disposição imprescindível: humildade de ambas as partes.
A influência é perceptível quando:
Um dos cônjuges ou o casal se isola daqueles que podem ajudá-los, movidos por uma ilusão de auto-suficiência;
Se magoam, advertidos quanto à possibilidade de influência, inclusive, se afastando daqueles que consideram mais amigos (aliás os amigos verdadeiros são aqueles que advertem…)
Não se submetem a qualquer tratamento espiritual que possa equilibrá-los;
Evitam o diálogo reparador;
Dizem um ao outro palavras agressivas, distantes do comportamento comum,
movidos pelo ciúme doentio ou pela desconfiança;
Afirmam não mais sentir nada um pelo outro sem que haja situações concretas para o desgaste do sentimento;
Só buscam aqueles que apoiam a decisão do divórcio, por medo de encarar outras tentativas;
Se dizem no direito de ser felizes, movidos pela luxúria, pela aventura, pelo descompromisso com a vida, desrespeitando cônjuge e filhos;
Se verificam sexualmente desmotivados em relação ao consorte e envolvidos por uma curiosidade exagerada por viverem novas experiências.
Um dia uma amiga nos disse:
“os Espíritos não forjam sentimentos”.
Imaginemos que seja verdade.
Mas, o que dizer dos filhos que passam a odiar seus pais sem qualquer motivo material, descobrindo-se depois a influência de Espíritos?
Por que o médium, quando um suicida se aproxima dele, sente e expressa um desespero incomensurável?
Não se trata de forjar sentimentos; é o próprio ambiente mental do Espírito que, por invigilância do encarnado, neste se instala fazendo-o decidir e agir de conformidade com os pensamentos invasores.
Nessa mesma linha de raciocínio, quando a esposa ou o esposo, de uma hora para outra, diz ter deixado de amar o cônjuge, esse estado d’alma pode ter origem na influência obsessiva.
Feito o tratamento espiritual, o sentimento antes nutrido volta ao seu natural.
É imperioso, portanto, esgotar todas as possibilidades, a fim de tomar a decisão acertada.
Um divórcio nunca é fácil.
E pode ser um erro muito grave que comprometerá aspectos importantes da própria encarnação.

Nilton Sousa

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 8 Empty Nem todo espiritualista é espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 14, 2018 9:08 am

A sobrevivência da alma sempre foi atestada em nossa história, porquanto, médiuns sempre os houve, em consequência, “aquilo” que sobrevivia à chamada morte, não se sabendo, exactamente, o que era, a todo o momento pôde ser observado por muitos.
Deste facto, ainda nos primórdios de nossa civilização, surgiram as primeiras ideias espiritualistas, diversificaram-se ao longo do tempo, coexistindo com certa harmonia nos dias actuais.
No século XIX, surge a formalização de uma doutrina espiritualista reunindo de forma metódica informes sobre esta realidade espiritual através de observações práticas continuadas feitas por muitos médiuns e pesquisadores, tudo muito bem estruturado e acabado por Allan Kardec: o Espiritismo.
Embora se apresentando como mais uma ideologia espiritualista, difere de outros sistemas semelhantes, facto este não percebido por muitos espiritualistas, tampouco por muitos espíritas.
No contexto do espiritualismo, doutrina diametralmente oposta ao materialismo, por defender a existência e primazia do espírito sobre a matéria, base de todas as religiões, embora nem todo espiritualista acredite em um Deus único, este geralmente crê:
1. Na existência de um princípio espiritual e imaterial, dissociado da matéria corpórea;
2. Na imortalidade deste princípio, ou seja, na sua sobrevivência;
3. Na conservação de sua continuada individualidade após a morte.
Nota-se nesta tríade de princípios, que a crença na existência de uma alma, termo, frequentemente, empregado no contexto religioso, não implica na aceitação da possibilidade do retorno desta alma do mundo dos mortos se manifestando no mundo dos vivos, como demonstrou e ensina o Espiritismo, um dos seus postulados.
E mais, nem todos adeptos da conservação da individualidade do princípio espiritual são espíritas, pois há aqueles espiritualistas entendendo que este princípio retornando ao mundo dos mortos, do qual saiu antes de aqui chegar, esta última também uma proposta espírita, embora individualizado, acaba por se fundir a um todo, como uma gota retirada de um oceano ao retornar ao mesmo, perdendo desta forma esta sua identidade.
Esta ideia não é comungada pelo Espiritismo, pois este sabe:
após a individualização do princípio espiritual, ato realizado apenas por Deus, o Espírito jamais se perderá ou se desintegrará.
Desta forma, embora a Doutrina espiritista aceite os três postulados citados anteriormente, fazem parte da crença espírita, entre outros não listados, nem todo espiritualista comunga algumas especificidades espíritas.
Além disto, há espiritualistas não aceitando Deus como a inteligência única, causa primária de todas as coisas, como o Espiritismo O compreende, pois alguns crêem em muitos deuses, outros ainda acreditam fazer parte da divindade.
Mais um ponto não compartilhado por todos os espiritualistas é a crença na reencarnação, também um postulado espírita, aceito e bem conhecido no passado por várias culturas.
Muitos, cremos mesmo a maioria dos cristãos, não aceita a volta do princípio espiritual em uma nova vida, com um novo corpo, em um outro momento de sua existência, tantas vezes quantas forem necessárias para se atingir a perfeição.
Alguns defendem a tese da ressurreição, porém, não representa a mesma ideia, pois esta aceita a volta do espírito em nova vida, mas com o mesmo corpo, contudo, a ciência já demonstrou ser este mecanismo não factível; outros ainda admitem a possibilidade do retorno do espírito, após a sua morte, integrando o reino animal, ou seja, ocupando um corpo de um irracional, a teoria da metempsicose, mais uma hipótese não contemplada pelos postulados espíritas.
Pode-se afirmar assim:
todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todo espiritualista é obrigatoriamente espírita.
Fazendo nossas as palavras de Deolindo Amorim:
Tentar esclarecer não é demolir, é procurar servir à Verdade, respeitando as ideias alheias.(1)

Rogério Miguez

Referências Bibliográficas:
(1) AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas espiritualistas. 4 ed. Rio de Janeiro: CELD. 1989.

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