LUZ ESPÍRITA
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NA ERA DOS ESPÍRITOS - Diversos/Francisco C. Xavier e Herculano Pires

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 27, 2017 8:31 am

10 - OS POETAS CEARENSES
Chico Xavier

“Em uma de nossas reuniões públicas tivemos a satisfação da companhia de alguns amigos cearenses.
Compartilharam da nossa visita habitual de sábado à noite a vários lares e conversamos animadamente sobre as lutas que todos estamos atravessando na vida prática.
Dificuldades de adaptação ao trabalho, necessidade de compreensão das realidades do espírito, provas no campo afectivo e imperativos de renovação íntima.
Na fase terminal de nossa reunião, isto é, ao término das visitas empreendidas, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu para estudo os itens 3 e 4 do capítulo XXV “Buscai e achareis”.
E depois dos comentários feitos, não apenas um comunicante, mas vários nos trouxeram em trovas as opiniões do Mundo Espiritual.
Dois dos amigos cearenses declararam que todos os poetas comunicantes são conhecidos e residiram no Estado do Ceará.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 27, 2017 8:31 am

VIDA PRÁTICA
Espíritos Diversos

Na grande escola da vida,
Que Deus formou para o bem,
Não há nota por engano
Nem férias para ninguém.
Tibúrcio de Freitas

Aceita com paciência
A provação que te alcança,
Ninguém se aperfeiçoaria
Se não houvesse mudança.
António Bezerra

Sábia sentença da vida
Que serve em qualquer lugar:
Derrota não é fraqueza,
Fraqueza é desanimar.
Almeida Braga

Se caíste, ergue-te, anda,
Corrige-te e serve; em suma,
Unicamente não erra
Quem nunca faz coisa alguma.
Adolfo Caminha

Perfeição? Notei-a clara
Numa lição de fazenda:
A cana só faz açúcar
Apertada na moenda.
Valdemiro Cavalcanti

Conselho dos Altos Céus
Que todos entenderão:
Sem amor ninguém consegue
A própria libertação.
Carlos Vítor

Quem educa, em se educando
Não abraça fantasia.
Quem guia não se embriaga,
Quem se embriaga não guia.
João Paiva

Duas classes de pessoas
Que não encontram a paz:
Uma sabe e não ensina,
A outra ensina e não faz.
José Carvalho

Um lembrete de valor
Para os tropeços que levas:
Trabalho aplaina caminho,
Amor elimina as trevas.
Lopes Filho

Recordemos, caro amigo,
Nos problemas teus e meus:
Deus ajuda a quem trabalha,
Quem trabalha serve a Deus.
Luís Sá
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 27, 2017 8:32 am

A LEI DO TRABALHO
Irmão Saulo

Quando lemos em O Livro dos Espíritos o capítulo referente à lei do trabalho, compreendemos que ele não nos foi imposto como castigo, mas como necessidade.
O mesmo nos diz O Evangelho Segundo o Espiritismo nos trechos mencionados por Chico Xavier.
Necessitamos do trabalho para o desenvolvimento de nossas potencialidades vitais e espirituais.
É trabalhando que modificamos o mundo e é pelo trabalho que o mundo nos modifica.
Essa reciprocidade de acção e reacção constitui a dialéctica da evolução humana.
O trabalho, portanto, não é castigo, não é condenação – é necessidade vital do homem e constitui para todos nós um imperativo do progresso.
Os dez poetas cearenses, que transmitiram suas trovas através da mediunidade de Chico Xavier, não estão mais na vida física.
São espíritos, mas como espíritos continuam a trabalhar.
Porque, como Jesus ensinou e podemos vê-lo no Evangelho, nem mesmo Deus jamais parou de trabalhar.
Os poetas trabalharam suas trovas, trabalharam para transmiti-las e o médium trabalhou para recebê-las.
A seguir, houve o trabalho de dactilografia, a remessa pelo correio, a carta de Chico a respeito, este comentário, a composição linotípica, a revisão de provas, a impressão e outros esforços subsequentes.
Trabalho que começou no plano espiritual e veio expandir-se nas actividades terrenas, no plano material.
Trabalho que desceu do Céu para auxiliar o homem na Terra.
Temos assim a teoria e a prática, o ensino e a demonstração.
A morte não nos exime do esforço de evolução, das actividades necessárias ao nosso progresso.
Quem espera da morte o eterno descanso terá grande surpresa ao passar para a vida espiritual.
Porque ali não encontrará o repouso inútil, mas a actividade produtiva.
As trovas dos poetas cearenses nos mostram, numa sequência didáctica, vários aspectos do trabalho, a começar da escola sem férias que é a vida, passando pela necessidade das mudanças que hoje tanto nos aturdem, mostrando a importância da coragem na luta, do erro que nos corrige e assim por diante.
A provação é resumida na imagem da cana apertada na moenda.
E no final temos a explicação das relações do trabalho entre o homem e Deus.
Dez trovas, dez sínteses, porque a trova é a arte de dizer o máximo com o mínimo de palavras.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 27, 2017 8:32 am

11-MATRIMÓNIO E DIVÓRCIO
Chico Xavier

“Em nossa reunião pública, o ponto oferecido à assembleia de amigos foi o item 4 do capítulo XXII de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
As opiniões expostas pelos comentaristas foram as mais diversas, todas elas, porém, denotando o propósito de acertarmos no Bem, na esfera de nossas atitudes domésticas, especialmente sobre matrimonio e divórcio.
Como sempre sucede, na fase terminal de nossas tarefas o nosso caro Emmanuel escreveu a página que se intitula “Casar-se”.
Algumas senhoras presentes, alegando desejar a continuidade dos mesmos estudos sobre o tema nas cidades em que residem solicitaram seja a mensagem do nosso Amigo Espiritual enviada às suas mãos para os seus abençoados comentários.
Cumpro, assim, com muito prazer, o que prometi às nossas irmãs.”.

CASAR-SE
Emmanuel

Não basta casar-se.
Imperioso saber para quê.
Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimónio por amor.
O amor, porém, reclama cultivo.
E a felicidade na comunhão afectiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
***
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.
***
Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.
***
Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o tecto e a existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.
Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.
***
Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor.
Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância.
E não te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para Mais Alto, em plenitude de amor eterno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 27, 2017 8:32 am

O CULTIVO DO AMOR
Irmão Saulo

A lei civil do casamento, segundo lemos no item 4 do capítulo XXII de O Evangelho segundo o Espiritismo, “tem por fim regular as relações sociais e os interesses familiares, segundo as exigências da civilização”.
E a seguir vem esta observação:
“Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus”.
E a lei de Deus, no caso, é a lei do amor.
Quer dizer que o casamento civil deve efectuar-se por amor e não por conveniência de qualquer espécie.
A falta de conjugação dessas duas leis, a humana e a divina, é a causa principal dos fracassos no casamento.
Entre os interesses que podem influir na determinação do casamento figuram também a vaidade e a atracção sexual, ambos elementos estranhos ao amor e por isso mesmo de natureza efémera.
Em casos dessa natureza, como em vários outros, a separação se torna inevitável e o divórcio aparece então como a lei civil que serve de remédio à separação dos casais, permitindo aos pares frustrados a reconstrução do lar em bases legítimas com outros cônjuges.
“Um dia se perguntará — diz ainda o trecho citado — se uma cadeia indissolúvel não aumentará o número de uniões irregulares”.
Mas quando o lar se formou com base no amor as decepções que podem surgir têm o remédio no próprio amor.
Quem ama sabe tolerar e perdoar.
As dificuldades serão superadas dia a dia pelo cultivo do amor.
Basta que cada cônjuge se lembre de que as frustrações são recíprocas.
O mesmo acontece com o artista na realização de sua obra.
O ideal está sempre acima do real.
Mas o verdadeiro artista sabe disso e procura superar a sua frustração pelo esforço constante de aperfeiçoamento.
O cultivo do amor é como o cultivo da arte.
E quem romper um casamento de amor, por simples intolerância, não encontrará mais remédio para a sua solidão.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:58 am

12-AO ENCONTRO DO FILHO
Chico Xavier

“Na certeza de que os Amigos Espirituais nos observam, creio que a palavra de nosso caro Emmanuel foi suscitada por um acontecimento que nem todos em nossa reunião pública perceberam.
Dentre os visitantes estava um casal de amigos que viera não só ao contacto de nossos trabalhos, mas igualmente ao encontro de um filho que chegou de cidade próxima a fim de revê-los.
Tratava-se de um rapaz detido na prisão de comunidade vizinha que, com permissão generosa das autoridades, vinha escoltado por dois guardas para ver os progenitores, especialmente a mãezinha, portadora de moléstia grave.
Num banco ao nosso redor, vi quando a senhor abraçou o jovem e exclamou:
“Ah, meu filho, meu filho!”
Notando que as lágrimas dos pais e do filho se confundiam, não consegui também conter as minhas.
Lembrei-me da bondade de meus pais para comigo e pensei que eu poderia estar na posição daquele filho sequioso de perdão e de afecto e confesso que chorei.
Penso, porém, que alguma coisa de muito grave estará nos registos do que haja acontecido, porque pequeno grupo de pessoas não gostou da nossa simpatia pelo moço.
Observando isso procurei conter-me para que os pais sofredores não tivessem conhecimento da reduzida movimentação de censura que se fizera.
E o facto passou sem maiores comentários.
No início de nossas tarefas O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu para estudo o item 14 do capítulo X.
E ao fim da reunião nosso caro Emmanuel escreveu, por nosso intermédio, a página que lhe envio.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:58 am

PROVA E JULGAMENTO
Emmanuel

Decerto que o Senhor nos terá advertido contra os riscos do julgamento, observando-nos a inclinação espontânea para projectar-nos em assuntos alheios.
***
Habitualmente, perante os nossos irmãos em experiências difíceis, estamos induzidos a imaginar neles o que sentimentos e pensamos acerca de nós próprios.
Encontramos determinada criatura acusada desse ou daquele delito; para logo, frequentemente, passamos a mentalizar como teria sido a falta praticada, fantasiando minudências infelizes a fim de agravá-la, quando muitas vezes a pessoa indicada tudo promoveu de modo a poupar a suposta vítima, resistindo-lhe às provocações até as últimas consequências.
Surpreendemos irmãos considerados em desvalia moral; e de imediato, ao registar-lhes o abatimento, ideamos quadros reprováveis de conduta sobre as telas de inquietude em que terão entrado, emprestando-lhes ao comportamento o comportamento talvez menos digno que teríamos adoptado na problemática de ordem espiritual em que se acharam envoltos, quando, na maioria das ocasiões, são almas violadas por circunstâncias cruéis, à feição de aves desprevenidas, sob o laço do caçador.
***
Abstenhamo-nos de julgar os irmãos supostamente caídos.
O Senhor suscitou a formação de juízes na organização social do mundo para que esses magistrados estudem os processos em que nos tornemos possíveis de corrigenda ou segregação, conforme o grau de periculosidade que venhamos a apresentar na convivência uns com os outros.
Por outro lado, os princípios de causa e efeito dispõem da sua própria penalogia ante a Divina Justiça
Cada qual de nós traz em si e consigo os resultados das próprias acções.
Ninguém foge às leis que asseguram a harmonia do Universo.
***
Diante dos companheiros que consideres transviados, auxilia-os quanto possas.
E onde não consigas estender braços de apoio, silencia e ora por eles.
Todos somos alunos na grande escola da vida.
Consideremos que toda escola afere o valor dos ensinos professados em tempo justo de exame.
Os irmãos apontados à apreciação dos júris públicos são companheiros em prova.
Hoje será o dia deles, entretanto, é possível que amanhã o nosso também venha a chegar.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:58 am

DIA DE JUÍZO
Irmão Saulo

Todos erramos.
Até mesmo os santos erraram.
Por isso disse Jesus:
“Não julgueis para não serdes julgados”.
No comentário nº. 14 do capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo Simeão nos aconselha a esquecer o mal e pensar apenas no bem que pode ser feito.
Por mais inúteis que nos julguemos e por piores que nos consideremos, há sempre diante de nós uma oportunidade de fazer o bem.
Pensando no mal, perdemo-la; pensando no bem, podemos aproveitá-la.
No doloroso episódio que Chico Xavier nos relata, e que provocou a mensagem de Emmanuel, temos um exemplo vivo dessa realidade.
Chico não perguntou de que crime o rapaz era acusado.
Sofreu com ele e com os pais na prática da caridade.
Alguns companheiros de reunião, entretanto, não pensaram assim, não sentiram esse impulso de solidariedade humana.
E o simples facto de censurarem o médium produziu um constrangimento do bem.
O dia do juízo chega para todos nós.
Para aquele rapaz já havia chegado e ele cumpria o veredicto da lei.
Sabendo disso e compreendendo que Deus quer a salvação de todos, mesmo dos piores criminosos, nosso dever é o do bom samaritano que socorreu o próximo sem indagar de seus antecedentes.
Lemos no Eclesiastes que Deus fez tempo para tudo e Emmanuel lembra-nos que existe o “tempo justo de exame”.
Por outro lado, o que mais erra é o que mais necessita de perdão, o que menos amor revela em sua conduta é o que de mais amor necessita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:58 am

13-BRANDO CONSOLO
Chico Xavier

“Diversas pessoas que nos visitavam pela primeira vez haviam perdido entes queridos.
Duas senhoras choravam intensamente solicitando algo que as consolasse após a desencarnação de filhos amados.
Aberta a reunião, os estudos recaíram no item 21 do capítulo V de O Evangelho Segundo a Espiritismo, cuja leitura e interpretação foram brando consolo em auxílio de nós todos.
Ao término das tarefas indicadas para a noite, o nosso Amigo Espiritual de sempre, por nosso intermédio escreveu a mensagem que lhe passo às mãos.”

MORTOS AMADOS
Emmanuel

Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração, para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes, tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão, pelas fontes dos olhos.
***
Compreendemos, sim, neste outro lado da vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê....
***
Se varas instantes semelhantes de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no plano físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível, mas não de toda ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-Los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as aflições sobretaxadas com as tuas.
***
Compadece-te dos Entes Amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em Bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:59 am

ELES TODOS TE OUVEM
Irmão Saulo

O item 21 do capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma mensagem mediúnica do Sr. Sanson, dada em Paris em 1863, e tem por título “Perda de pessoas amadas e mortes prematuras”.
Como vemos nas reuniões com Chico Xavier as lições desse livro, que é sempre aberto ao acaso por um dos presentes, caem num tema referente à maior preocupação dos participantes.
Sanson, ex-materialista que se converteu ao Espiritismo lendo O Livro dos Espíritos, foi companheiro constante de Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Na sua mensagem, como nesta de Emmanuel, Sanson adverte que os nossos mortos amados necessitam de nossos bons pensamentos, de nossas preces, mas não do nosso desespero que só serve para fazê-los sofrer, e acentua:
“Mães, sabei que vossos filhos bem amados estão perto de vós”.
Emmanuel exclama:
“Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior”.
Ao longo de mais de um século os princípios espíritas se confirmaram e continuam a se confirmar através das mensagens dos Espíritos que sempre nos assistem.
Hoje a Parapsicologia, no capítulo das investigações sobre telepatia e ultimamente sobre as comunicações mediúnicas (fenómenos theta), comprovou cientificamente a relação mental entre vivos e mortos, referendando a comprovação já feita anteriormente pela Metapsíquica e pela Ciência Psíquica Inglesa.
Estamos todos na Terra para uma breve experiência de vida material, mas a nossa vida verdadeira é a espiritual.
Os que partem antes de nós concluíram a sua tarefa e estão livres dos tormentos da vida terrena.
Mas como nos amam, continuam ligados a nós pelo pensamento, pelo sentimento, pelo amor que nos dedicam.
Já não se trata mais de urna questão de crença, mas de uma certeza milhões de vezes comprovada.
Precisamos compreender isso para não os perturbarmos na vida espiritual com o desespero do nosso amor egoísta.
Eles vivem e nos esperam para o reencontro.
Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:59 am

14-OS TEMAS DA PRECE
Chico Xavier

“Em nossa reunião pública dedicada às comemorações do nascimento do nosso benemérito amigo Dr. Bezerra de Menezes, a lição de O Evangelho Segundo o Espiritismo trazida a estudo foi o item 22 do capítulo XXVII.
A nossa instituição recebia, nessa noite, a visita de mais de uma centena de irmãos de várias cidades e os temas da prece animaram vivamente todos os comentários.
Quase todas as explanações versaram sobre a maneira de pedir ou de agradecer, sobre o que devemos rogar aos céus e como dialogar com a Espiritualidade Maior.
Encerrando as tarefas da noite, a nossa benfeitora espiritual Maria Dolores, por nosso intermédio, escreveu a página “Petição a Jesus” que nos comoveu muito.
Prometi à maioria dos companheiros que faria ao caro Professor a remessa dessa oração de nossa irmã, na ideia de tê-la enriquecida com os seus apontamentos.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 10:59 am

PETIÇÃO A JESUS
Maria Dolores

Senhor!
Perante os que se vão
Sob nuvens de pó e rajadas de vento,
Dá-me o dom de sentir
No próprio coração
A chaga e o sofrimento
Que carregam consigo
Por fardos de aflição...

Faz, Divino Amigo,
Ante a dor que as invade,
Que eu lhes seja migalha de conforto
Na travessia da necessidade.

Agradeço-te os olhos que me deste,
Espelhos claros com que me permites
Fitar fontes e flores
Ante o céu sem limites...

Mas rogo-te, Senhor,
Ajuda-me a estender a luz em que me elevas
Cooperando contigo, embora humildemente,
No socorro constante aos que jazem nas trevas.

Rendo-te graças pela minha voz
Que te pode louvar
E engrandecer-te sem qualquer barreira
De inibição, de forma, de lugar...

Entretanto, Jesus, aspiro a estar contigo,
Em singela tarefa que me dês
No apostolado com que recuperas
Nossos irmãos atados à mudez.

Agradeço os ouvidos
Em que o discernimento se me apura
Ao escutar o verbo e a música da vida
Na ascensão à cultura.

Consente-me, porém, o privilégio
De repartir o arear com que me assistes
Revigorando a quantos se fizeram
Retardados ou tristes.

Agradeço-te as mãos que me cedeste
Para dar-me ao trabalho que te peço
Na actividade do cotidiano
Em demanda ao progresso.

Aprova-me, no entanto, o propósito ardente
De partilhar contigo o serviço fecundo
Com que amparas a todos os enfermos
Que vivem sob a inércia entre as provas do mundo!

Agradeço-te o lar que me descansa
No calor da ternura em que me aqueço,
Meu veludoso ninho de esperança,
Meu tesouro sem prego...

Mas deixa-me seguir-te, lado a lado,
No concurso espontâneo, dia a dia,
A fim de que haja abrigo a todos os que passam
Suportando sem teta a chuva e a noite fria!

Rendo-te graças, incessantemente,
Por tudo o que, em teu nome, o caminho me traz,
– A compreensão, a luz, o estímulo, o consolo,
O apoio, a directriz, a experiência, a paz...

Não me largues, porém, no exclusivismo vão
De tudo o que me dês, ajuda-me, Senhor,
A dividir também com os outros que te esperam
A mensagem de fé e a presença de amor!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 11:00 am

CONDIÇÕES DA PRECE
Irmão Saulo

“As condições da prece foram claramente definidas por Jesus”, escreveu Kardec no capítulo XX.VII de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
E para prová-la transcreveu os trechos dos Evangelhos de Mateus (6:5-8), de Marcos (11:25 e 26) e de Lucas (18:9-14) que a seguir comentou.
No item 22 desse capítulo inseriu uma comunicação mediúnica do pastor protestante Monod intitulado “Modo de orar”.
Nessa comunicação Monod adverte:
“O primeiro dever de toda criatura humana, o primeiro acto que deve assinalar o seu retorno à actividade diária é a prece.
Vós orais, quase todos, mas quão poucos sabem realmente orar!”
E passa a discorrer sobre a oração e a melhor maneira de fazê-la, acentuando:
“Pedi, antes de tudo, para vos tornardes melhores e vereis que torrentes de graças e consolações se derramarão sobre vós”.
Nas reuniões com Chico Xavier várias pessoas são convidadas a falar sobre o tema de estudos da noite.
Esses temas são escolhidos pelos espíritos que dirigem os trabalhos, pois o livro é aberto ao acaso e cai sempre um tópico referente às preocupações dominantes no recinto.
Lido o texto, passa-se aos comentários e no final o médium recebe uma comunicação psicográfica.
Todas as explicações já haviam sido dadas, todos os comentários já haviam sido feitos quando Maria Dolores trouxe, através do médium, o seu aparte do Além.
E preferiu fazê-lo em forma de exemplo.
Ao invés de dar uma nova explicação, fez a sua prece a Jesus.
Essa prece corresponde exactamente às condições definidas por Monod.
É um agradecimento espontâneo pelas graças recebidas e um pedido para maior actividade no campo da fraternidade e do amor.
As condições da prece e a maneira de fazê-la estão bem claras nesse poema em que a inspiração da poetisa confirma, em versos, as lições do Evangelho.
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NA ERA DOS ESPÍRITOS - Diversos/Francisco C. Xavier e Herculano Pires - Página 2 Empty Re: NA ERA DOS ESPÍRITOS - Diversos/Francisco C. Xavier e Herculano Pires

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 11:00 am

15 – EM TORNO DA LIBERDADE
Chico Xavier

"Envio-lhe a página que o nosso caro Emmanuel escreveu, em torno da liberdade, em resposta às indagações e aos comentários havidos numa de nossas reuniões públicas.
Jovens e adultos se referiam aos assuntos de independência, com as opiniões mais diversas, antes da realização de nossas tarefas.
No início das actividades programadas O Livro dos Espíritos nos ofereceu a questão número 825.
E o nosso amigo espiritual, na fase terminal da reunião, nos deu as suas impressões na mensagem "Honrarás a liberdade".
Crendo possa o tema estudado servir igualmente às nossas reflexões, faço a remessa da página referida ao generoso apoio de suas mãos."

HONRARÁS A LIBERDADE
Emmanuel

Honrarás a liberdade, não para voltar às brumas do passado em cujos desvarios já nos submergimos muitas vezes, e que te impeliram a tomar novo corpo no plano físico, mas, frequentemente para resgatar as consequências infelizes dos actos impensados.
***
Estimarás a liberdade para cultivar a consciência tranquila pelo exacto desempenho dos compromissos que esposaste.
***
Muitos companheiros da Humanidade se farão ouvir, diante de ti, alinhando teorias brilhantes em se referindo a independência e progresso, quase sempre para justificar o desgovernado predomínio do instinto sobre a razão, como se progresso e independência constituíssem retorno ao primitivismo e à animalidade.
Ouvirás a todos eles com tolerância e bondade, observando, porém, as ciladas que se lhes ocultam sob o luxo verbalístico, à maneira de armadilhas recobertas de flores, e seguirás adiante de coração atento à execução dos encargos que a vida te reservou.
Sabes que a inteligência, quando se propõe desregrar-se no esquecimento dos princípios que lhe ditam comportamento digno, inventa facilmente vocábulos cintilantes, de modo a disfarçar a própria deserção.
***
Aceitarás o trabalho no grupo doméstico ou na equipe de acção edificante aos quais te vinculas, na produção do bem geral, doando o melhor de ti mesmo em abnegação aos companheiros que te compartilham a experiência, na certeza de que unicamente nas lutas e sacrifícios em que somos obrigados a viver e a conviver, uns à frente dos outros, é que conseguiremos a carta de alforria no cativeiro que nos aprisiona aos resultados menos felizes das existências passadas.
***
Orarás e vigiarás, segundo os ensinamentos de Jesus, e honrarás a liberdade qual ele mesmo a dignificou, amando aos semelhantes sem exigir o amor alheio e prestando auxílio sem pensar em recebê-lo.
***
Serás, enfim, livre para obedecer às Leis Divinas e sempre mais livre para ser cada vez mais útil e servir cada vez mais.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 28, 2017 11:00 am

CONDIÇÕES DA LIBERDADE
Irmão Saulo

O princípio da liberdade é um anseio natural do homem e constitui o fundamento de todas as realizações duradouras.
Sabemos que o homem é, na Terra, entre os seres visíveis que a povoam, o único realmente dotado de livre arbítrio.
Mas a liberdade é condicionada pela responsabilidade, sendo que a responsabilidade, por sua vez, não pode existir sem liberdade.
Estamos diante do que poderíamos chamar a dialéctica da autonomia.
Da interacção de liberdade e responsabilidade surge a síntese da independência, tanto em plano individual como no colectivo.
A questão 825 de O Livro dos Espíritos é a seguinte:
"Pergunta: Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar de liberdade absoluta?
Resposta: Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes".
Esse problema foi amplamente analisado por Kardec no estudo "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", publicado em Obras Póstumas.
Ali encontramos esta proposição: "Do ponto de vista do bem social a fraternidade figura em primeira linha, é a base.
Sem ela não poderá haver igualdade nem liberdade verdadeiras.
A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade é uma consequência das duas".
Temos assim duas condições sociais para a liberdade, que são os princípios de igualdade e fraternidade, e uma condição moral que é a responsabilidade.
A essas condições Emmanuel propõe os corolários da obediência e do serviço.
Sem obediência as leia divinas, que nos mandam servir ao próximo por amor, não há liberdade.
Por outro lado, a liberdade absoluta não existe, é apenas um sofisma.
Vivemos no relativo e não no absoluto.
Mas o que são as leis divinas? Um código de moral escrito?
Para o Espiritismo as leis divinas são as próprias leis naturais, criadas por Deus.
Existem desde os planos inferiores da Natureza.
Os sofistas modernos pedem a liberdade dos instintos animais do homem, mas o Espiritismo nos adverte da existência dos instintos espirituais que constituem as exigências da consciência.
E entre esses acentua a presença da ler de adoração que nos impulsiona a todos em direcção a Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:33 am

16-CRIANÇAS EM DIFICULDADES
Chico Xavier

“Nossa reunião pública do dia 4 de setembro de 1972 foi integrada por grande número de senhoras, sendo precedida por longo diálogo em que algumas delas formulavam perguntas em torno de crianças em dificuldades, conquanto filhas de pais ainda vivos na Terra.
Como agir diante dos pequeninos em tenra infância, sob o impacto das questões que aparecem na área dos casais desquitados?
Como socorrer as criancinhas abandonadas pelos pais nas mãos abnegadas, entretanto em penúria, de mães largadas pelos companheiros?
Que fazer dos pequeninos nascidos de dedicadas mães solteiras em luta pela própria manutenção?
Como agir a mulher diante dos filhinhos necessitados de protecção e assistência, quando os maridos ou companheiros se fazem alcoólatras inveterados?
Indagações quais essas foram feitas em grande número.
E os argumentos alusivos ao assunto foram os mais diversos.
Iniciadas as tarefas doutrinárias da noite, O Livro dos Espíritos nos ofereceu a questão número 890 para estudos e comentários.
Ao término da reunião nosso caro Emmanuel escreveu a mensagem “Palavras às mães” que passo às suas mãos a pedido de várias das senhoras que estavam presentes.”

PALAVRAS ÀS MÃES
Emmanuel

Se o Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania das adversidades.
***
É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais um dia se desvencilhará.
Não lhe condenes, porém a atitude.
Abençoa-o e, quando possível, ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou?
Quem conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?
***
Se foste sentenciada à indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo à estremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem protecção e carinho, permanece com eles e, o trabalho por escudo de segurança e tranquilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os recursos indispensáveis à precisa sustentação.
***
Natural preserves a própria independência e que não transformes a maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar os entes amados, através de apego doentio.
Mas enquanto os filhos ainda crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as tarefas a que se destinam.
***
Teus filhos pequeninos!...
Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti; entretanto, se és mãe, não olvides que a Providência Divina, com relação ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:33 am

INSTINTO E VIRTUDE
Irmão Saulo

Seria o amor materno uma virtude ou apenas um instinto que tanto se manifesta na Humanidade quanto nos animais?
Kardec propôs essa questão aos Espíritos Superiores e podemos encontrá-la, com a resposta dada, na pergunta 890 de O Livro dos Espíritos.
Na reunião a que se refere Chico Xavier, aberto o livro ao acaso, foi essa a questão que caiu para os estudos.
Os Espíritos respondem que o amor materno é instinto nos animais e também na criatura humana, mas nos animais é limitado às necessidades de conservação e desenvolvimento da prole, desaparecendo em seguida.
E acrescentam:
"Na criatura humana persiste por toda a vida e comporta um devotamento e uma abnegação que constituem virtudes, pois sobrevivem à própria morte, acompanhando o filho além da tumba.
Vede que há nele alguma coisa mais do que no animal".
Nas sessões mediúnicas, quando nos defrontamos com espíritos endurecidos, vemos quase sempre que eles são socorridos pelas mães que se desvelam no mundo espiritual a ampará-los e desviá-los do erro.
É o amor materno acompanhando-os além da tumba.
São factos assim que nos dão a segurança da verdade espírita, pois de Kardec até hoje os princípios doutrinários são confirmados em todas as experiências sérias e bem dirigidas.
Na mensagem de Emmanuel temos também o problema do amor fraterno, que é essencial para a evolução humana.
Esse amor, que abrange a todas as criaturas, depende da nossa capacidade de superação do egoísmo, de nos elevarmos acima de nós mesmos para podermos perdoar e aceitar os outros.
É o caso da esposa abandonada pelo marido que a deixa em dificuldades para criar e educar os filhos.
Emmanuel lembra a carga de forças negativas procedentes de existências anteriores e a fragilidade da criatura humana para vencê-las em certas circunstâncias.
Daí aconselhar à mulher que não condene o trânsfuga, para não aumentar essa carga, auxiliando-o a vencê-la com os seus bons pensamentos e sentimentos de amor.
A mãe está biológica e espiritualmente mais ligada aos filhos do que o pai.
Nela, portanto, o instinto natural e a virtude moral se conjugam de maneira mais profunda.
Grande é a responsabilidade paterna pelos filhos, mas a responsabilidade materna é ainda maior.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:34 am

17-MISSÃO DOS ESPÍRITAS
Chico Xavier

“Em nossa reunião pública, no início das tarefas em pauta, O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XX, item 4, nos ofereceu a prelecção sobre a “Missão dos Espíritas”.
Vários comentaristas expuseram o assunto com muita elevação, salientando os valores e as facilidades da civilização moderna que traçara mais amplos caminhos de evolução para a vida planetár1a em que nos achamos.
No término dos estudos o nosso caro Emmanuel escreveu os apontamentos que lhe passo às mãos.
É uma página que nos leva a reflectir profundamente quanto à necessidade das lições de Jesus em nossas experiências.”
NOTA – Como vemos nessa rápida explicação de Chico Xavier, o tema de estudo fornecido pelo Evangelho, sempre aberto ao acaso, não aparece ligado a conversações anteriores como habitualmente temos observado.
É possível que Chico não tenha sido informado a respeito, pois há sempre
muitos problemas que lhe tornam a atenção antes do inicio dos trabalhos.
Mas a verdade é que o assunto corresponde a uma das necessidades mais prementes do momento espírita que estamos vivendo, numa fase de transição da vida terrena em que as perturbações psíquicas se alastram de maneira alarmante.

PROGRESSO E VIDA
Emmanuel

Quem lance na Terra ligeiro olhar para a retaguarda de oito lustros se espantará certamente em verificando o progresso dentro do qual a vida planetária vai marchando aceleradamente, para o futuro melhor.
Ainda assim reconhecerá que as exigências de ordem espiritual não se alteraram muito no curso do tempo.
O homem de hoje dispõe fartamente da televisão pela qual consegue, se o deseja, contemplar de perto as ocorrências do mundo, no entanto, não possui autoconhecimento bastante para analisar-se de modo construtivo.
Inventa computadores que o auxiliam efectuando prodígios de informação e de cálculo, mas ainda não conhece, nas engrenagens perfeitas em que se expressam, as leis de causa e efeito que lhe presidem a experiência e o destino.
Utiliza a energia nuclear, todavia, ignora ainda toda a extensão dos poderes do espírito.
Realiza voos espaciais aplicando os princípios da Astronáutica, entretanto, é compelido a receber aulas de relacionamento humano a fim de harmonizar-se com os vizinhos que não lhe adoptem o modo de pensar ou de crer.
Vacina-se contra a poliomielite, mas não consegue, por enquanto, imunizar-se contra os perigos do ódio e do ressentimento, da discórdia e do desespero.
Desfruta os recursos do subsolo, até mesmo do próprio mar, e descobre minas de nitrogénio nos céus que o rodeiam, no entanto, não sabe manejar, senão muito imperfeitamente, os valores da alma.
Compreendamos que a Humanidade actual efectua proezas admiráveis em todos os domínios da natureza física, mas é necessário que os nossos corações se adaptem às leis do bem que Jesus nos legou, de modo a irmanar-nos e a respeitar-nos uns aos outros, sem o que o lazer na Terra ser-nos-á factor desencadeante de tédio e delinquência e a grandeza exterior se nos erguerá em soberbo palácio – onde prosseguiremos sofrendo à míngua de amor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:34 am

RESPEITO PELOS OUTROS
Irmão Saulo

Todos somos naturalmente egocêntricos, pois o egocentrismo é a base da individualidade e consequentemente da personalidade.
A pessoa humana é um ego conscientemente definido.
E é necessário que seja assim, pois do contrário não seríamos um ser, uma consciência estruturada e capaz de agir.
Mas o egoísmo é uma deformação do egocentrismo, uma doença do ego.
Essa doença se manifesta por vários sintomas bem conhecidos:
a arrogância, a avareza, o comodismo, a ganância e sobretudo a falta de respeito pelos outros.
A facilidade com que interferimos na vida alheia, com que xingamos, insultamos, caluniamos, julgamos os outros — é o maior flagelo que assola o mundo.
Essa falta de respeito pelos outros é o fruto espinhento do egoísmo que gera os conflitos no lar, na sociedade, nas nações e na vida internacional.
Os espíritas, incumbidos da missão de restabelecer o Cristianismo na Terra, são os que mais necessitam de compreender esse problema.
O primeiro dever dos espíritas, no tocante ao respeito pelo próximo, refere-se à própria doutrina que nos foi dada pelos Espíritos Superiores através do trabalho missionário de Allan Kardec.
No entanto, a todo momento vemos espíritas que pretendem, sem o mínimo de conhecimento doutrinário exigível, reformar a doutrina e superar Kardec.
No item 4 do capítulo XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo temos a bela mensagem de Erasto, discípulo do apóstolo Paulo, intitulada "Missão dos Espíritas" que devia ser lida e comentada constantemente nas reuniões doutrinárias. Erasto nos adverte:
"Cuidado, que entre os chamados para o Espiritismo muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho — e buscai a verdade!"
Emmanuel, em sua mensagem, nos conclama ao amor e ao respeito mútuos, segundo "as leis do bem que Jesus nos legou".
Amor a respeito não querem dizer anulação do discernimento e da personalidade, querem dizer compreensão.
Precisamos amar, compreender e respeitar os outros, mas sempre nos lembrando do respeito que devemos ao Espírito da Verdade e à doutrina que ele nos legou.
O primeiro sinal de obsessão num espírita, num adepto da doutrina, é a sua leviandade na aceitação das fábulas que desfiguram o ensino dos Espíritos do Senhor, a falta de respeito para com o Espírito da Verdade.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:34 am

18-AS PROVAÇÕES
Chico Xavier

“A página de nossa irmã e benfeitora espiritual Maria Dolores foi recebida em nossa reunião pública.
Achava-se connosco distinto jornalista da Guanabara, interessado em observar como se processava a psicografia.
Ele mesmo guardou o original a lápis, deixando a cópia em nossas mãos.
Esclareço ainda que na reunião mencionada o tema trazido a estudo foi a questão 738 de O Livro dos Espíritos, relativa às provações que assediam a humanidade.”

ELEVAÇÃO
Maria Dolores

Escuta, alma querida,
Aceita as aflições e as lágrimas da vida,
Por agentes de acesso à Esfera Superior...
Mágoa, queixa, revolta e rebeldia
Lembram muralhas sob a noite fria
Furtando o coração à luz do amor.

Se a prova te retalha a alma sincera,
Perdoa, faze o bem, trabalha e espera
Aprendendo da estrada em redor...
Tudo o que vive e sonha, sofre e ama,
Dos astros do Infinito aos vermes sob a lama,
Dando-se à elevação do futuro melhor...

O Sol potente que nos ilumina
É um gigante em perpétua disciplina,
Varando lutas que desconhecemos,
Por mais se lhe arremesse lixo h face,
Brilha em silêncio como se explicasse
Que só o amor domina os Céus Supremos...

Corre a fonte da penha ao chão da serra,
Depois, ganhando o vale, faz da terra
Verdejante celeiro em garbos de jardim...
Pelo bem que constrói, de segundo a segundo,
Muitas vezes recolhe os detritos do mundo,
Mas beija lodo e pedra e canta mesmo assim!.

O carvão na lareira acende a chama,
O tronco mutilado não reclama,
A estrada se aprimora aguentando tratares...
No trigo triturado o pão puro se asila,
Cria-se a porcelana em fogo sobre a argila,
O roseiral podado dá mais flores!...

Assim também, alma querida e boa,
Não recuses a dor que aperfeiçoa,
Se nos espanca os sonhos, teus e meus...
Golpes, tribulações, angústias, tempestade
São recursos da vida erguendo a Humanidade
Para a Bênção de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:34 am

A DOR E O TEMPO
Irmão Saulo

As coisas naturais são constantes lições de paciência ao nosso redor.
Tudo no mundo nos ensina duas lições fundamentais:
a da evolução e a da imortalidade.
Porque tudo se desenvolve em direcção ao futuro e tudo morre para renascer.
A Ciência reconhece que nada se perde, tudo se transforma.
A Filosofia, mesmo em suas correntes mais atuais e mais negativas, reconhece a evolução geral e admite que o homem é um projecto, ou seja, uma flecha que atravessa a existência em direcção a um alvo superior.
Se nos recusamos a entender as lições que nos rodeiam e as que brotam do fundo de nós mesmos é por que, segundo explica a questão 738 de O Livro dos Espíritos:
"Durante a vida o homem relaciona tudo ao seu corpo".
Mas diz, a mesma questão:
"Após a morte [o homem] pensa de outra maneira".
Apegados ao corpo, limitados pelas percepções físicas, avaliamos a dor pela medida de tempo. Entretanto, os Espíritos nos lembram, ainda na mesma questão:
"Um século do vosso mundo é um relâmpago na eternidade".
Jesus nos ensinou, por isso, o desapego, advertindo:
"Quem se apega à sua vida perdê-la-á" [João 12:25].
Maria Dolores (ver quadro abaixo) se comunica em poesia para nos tocar, ao mesmo tempo, no sentimento e na razão.
É a mesma técnica usada por Jesus nas parábolas e na poesia do Sermão do Monte.
A didáctica moderna confirma a eficiência desse método que nos relaciona com as coisas naturais, que se serve do estímulo do ambiente, da lição das coisas concretas para nos levar à compreensão do sentido da vida.
A dor, ensinou Leon Denis, discípulo e sucessor de Kardec, é uma lei de equilíbrio e educação.
A Psicologia moderna comprova que aprendemos pelas tentativas frustradas, pelos ensaios sucessivos.
É por meio dos erros que chegamos ao acerto.
A sabedoria popular nos diz:
"O que arde cura, o que aperta segura".
As pessoas inquietas perguntam por que tem de ser assim, por que Deus não nos criou perfeitos e bons.
Mas o educador e filósofo Jean Jacques Rousseau (1712-1778) já ensinava que tudo sai perfeito das mãos do Criador.
A perfeição, porém, inclui o livre-arbítrio, pois só através dele chegamos à consciência plena.
A dor de um minuto nos desperta para a felicidade sem limites como a ventania de um instante limpa a atmosfera por muitos dias.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:35 am

19-OS MÉDIUNS E O MUNDO
Chico Xavier

“A nossa reunião pública foi antecedida de acalorados debates em torno da situação dos médicos.
Alguns companheiros que nos visitavam traziam interpelações diversas e outras perguntas surgiram, numerosas.
Devem os médiuns ser encerrados em retiros ou colégios de consagração absoluta ao Mundo Divino, como as ventais e os sacerdotes da Antiguidade?
Se os médiuns guardarem a obrigação da vida em êxtases espirituais permanentes, no intercâmbio exclusivo com os planos divinos, como viverem a existência que lhes foi concedida na reencarnação, na qual precisam trabalhar para se alimentarem, vestirem, para se instruírem e viver à própria custa?
Se os médiuns necessitam de estar na Terra, como acontece com as outras pessoas que se casam ou não se casam; se não podem trabalhar sem apoio de alguém; se precisam de motivação para aprender a servir; se não conseguem, de modo algum, essa ou aquela realização vivendo ou caminhando sozinhos – como conciliar tarefa mediúnica e reclusão sistemática?
Se os médiuns devem dar com desinteresse os resultados do trabalho que prestam, seja aos Bons Espíritos ou seja aos irmãos em humanidade, despendendo o tempo e a força que Deus lhes deu, como igualmente deu às outras pessoas, como impedir-lhes o relacionamento com os outros, de modo a encontrarem trabalho e recursos para se sustentarem e sustentarem os seres a que se vinculam, a fim de não serem cargas pesadas no grupo social a que pertencem?
Devem os médiuns ser criaturas angélicas na Terra ou seres humanos naturais, procurando o aperfeiçoamento próprio através de erros e acertos, como sucede a qualquer um?
Nesse clima de indagações foi iniciada a nossa reunião pública.
E O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu para estudo o item 10 do capítulo XIX, sendo que, no término das nossas tarefas, o nosso caro Emmanuel escreveu a “Página aos Médiuns” que muitos de nossos amigos presentes e nós mesmos desejaríamos ver acrescida com suas anotações e estudos, sempre valiosos para nós todos.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:35 am

PÁGINA AOS MÉDIUNS
Emmanuel

Médiuns espíritas!
Quando vos conscientizais relativamente à distância entre a vossa condição humana e a espiritualidade sublime da Doutrina de Luz e Amor que abraçastes, muitos de vós outros recuais ante as lutas por sustentar.
Compreendamos, no entanto, que quase todos nós, os companheiros encarnados e desencarnados, trazidos às tarefas do Espiritismo, somos seres endividados de outras épocas, empenhados ao trabalho de aperfeiçoamento gradativo com o amparo de Jesus.
***
Tiranos de ontem, somos agora convocados a exercícios de obediência e tolerância para as aquisições de humildade.
Autoridades absorventes que dilapidávamos os bens que se nos confiavam, em benefício de todos, vemo-nos induzidos, na actualidade, a servir em regime de carência a fim de aprendermos moderação à frente da vida.
Inteligências despóticas que abusávamos da frase escrita ou falada, prejudicando multidões, estamos hoje entre inibições e dificuldades, nos domínios da expressão verbal, de modo a reconhecermos quanto respeito se deve à palavra.
Criaturas que infelicitávamos outras muitas, deteriorando-lhes a existência em nome do coração, achamo-nos presentemente em longos calvários do sexo a fim de aprimorarmos os impulsos do próprio amor.
***
Incluímo-nos em vossos problemas, conquanto desenfaixados provisoriamente dos laços físicos, porquanto as vossas lutas de hoje foram as nossas de ontem, tanto quanto os vossos conflitos de hoje serão talvez nossos amanhã, quando, pela reencarnação, estivermos na posição que actualmente ocupais.
***
A despeito, no entanto, de todos os obstáculos, espose-mos na construção do bem o caminho da sombra para a luz.
Natural tropeceis, através de quedas e desilusões, moí vezes necessárias à formação de nossas melhores experiências.
Entretanto, não vos marginalizeis na estufa da ociosidade ou na furna da auto-compaixão.
***
Trabalhemos compreendendo e sigamos servindo.
***
Fraquezas e imperfeições temo-las ainda connosco e talvez por longo tempo, de vez que burilamento espiritual não é assunto de mágica..
Convençamo-nos, porém, de que unicamente com a doação do melhor de nós mesmos, na edificação do bem de todos, é que descobriremos a senda traçada à nossa melhoria e elevação.
***
Recordemos.
O ouro não se desentranha da ganga simplesmente porque leiamos algum compêndio de mineração diante do cascalho que o segrega, conquanto o compêndio de mineração favoreça as actividades relacionadas com a extracção e acrisolamento do ouro.
Purificar-se-á o metal, em verdade, tão-somente no clima do cadinho esfogueante.
Um médico reterá consigo a ciência de curar, mas isso não quer dizer esteja ele inacessível à doença, embora o dever que lhe cabe na preservação do equilíbrio orgânico.
***
Um dia Jesus nos afirmou que os obreiros do Evangelho serão conhecidos pelos frutos.
E Allan Kardec, no item 10 do capítulo XIX de O Evangelho Segundo o Espiritismo vos comparou às árvores proveitosas.
Não nos será lícito esquecer que todas as árvores da Terra, por mais preciosas, se lançam frondes, flores e frutos na direcção dos Céus, nenhuma delas produzirá se não tiver as raízes vinculadas aos ingredientes no chão.
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MEDIUNIDADE E SERVIÇO
Irmão Saulo

Agora, que as clausuras religiosas começam a se abrir e o isolamento sacerdotal se converte em vivência social, seria curioso se os espíritas instituíssem um sistema de segregação para os médiuns.
Tanto mais que o Espiritismo é uma doutrina aberta, só comparável ao Cristianismo primitivo dos tempos em que Jesus e os seus discípulos viviam no meio do povo, servindo a Deus no serviço aos homens.
A mediunidade não é privilégio, não é concessão especial, mas faculdade humana natural.
Todos a possuímos, em maior ou menor grau, conforme as nossas necessidades.
Assim como devemos empregar a nossa inteligência e as nossas habilidades ao serviço do próximo, assim também devemos utilizar a nossa mediunidade na boa orientação das relações sociais.
O médium isolado seria um contra-senso, como a lâmpada sob o alqueire de que nos fala o Evangelho.
Sua função não é esconder a luz que possui, mas irradiá-la em benefício de todos.
A missão mediúnica é semelhante a todas as demais missões que o espírito, ao encarnar, traz para a Terra.
A natureza social da mediunidade condiciona o médium a todas as exigências das relações humanas.
Na verdade, a sociabilidade atinge na mediunidade o seu mais alto grau, pois o médium é o indivíduo colocado a serviço de duas colectividades, a visível e a invisível.
Sua função social transcende o plano horizontal das relações existenciais, estabelecendo as relações do plano vertical entre os homens e os espíritos.
E essas relações, até ontem consideradas sobrenaturais, são hoje reconhecidas como naturais, comuns a todas as criaturas.
Como acentua Emmanuel, os médiuns, por mais elevados que sejam, não passam de criaturas em resgate dos erros do passado.
Isolá-los, negar-lhes o direito à vida normal dos homens, furtá-los a experiência da vida, seria regredirmos no tempo, esquecendo os princípios fundamentais do Espiritismo para cairmos de novo no conceito erróneo dos privilégios espirituais.
Mediunidade é serviço, mas sobretudo serviço fraterno – que só pode ser realizado com proveito no ombro a ombro da vida comum.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 29, 2017 10:35 am

20-APOIO AFECTIVO
Chico Xavier

“Os temas em foco eram os assuntos atuais da família, destacando-se o divórcio.
Depois de muitas opiniões contraditórias, no início das tarefas, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu para estudo o item 2 do capítulo XXII sobre as questões que preocupavam a assembleia de frequentadores de nossos trabalhos.
No término da reunião nosso caro Emmanuel escreveu os apontamentos a que intitulou “Divórcio e Lar” que passo às suas mãos.”
NOTA – O capítulo XXII de O Evangelho Segundo o Espiritismo tem por título:
“Não separeis o que Deus juntou”.
Examinando o problema do divórcio, ante o dogma da indissolubilidade do casamento, Kardec estuda os versejá-los de 3 a 9 do capítulo XIX do Evangelho de Mateus, esclarecendo de início:
“A não ser o que procede de Deus, nada é imutável no mundo.
Tudo o que procede do homem está sujeito a mudanças”.
Logo mais afirma:
“No casamento o que é de ordem divina é a união conjugal, para que se opere a renovação dos seres que morrem.
Mas as condições que regulamentam essa união são de tal maneira humanas que não há, em todo o mundo, e mesmo na Cristandade, dois países em que elas sejam absolutamente iguais.
E não há mesmo um só país em que não tenham sofrido modificações através do tempo”.
Conclui Kardec que na união conjugal a lei divina é o amor, acentuando:
“Deus quis que os seres se unissem não somente pelos laços carnais, mas também pelos laços da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se estenda aos filhos”.
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