LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 18, 2015 9:42 pm

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Sir William Crookes (1823-1919), uma das glórias científicas dos séculos XIX e XX, assim se manifestou sobre a luz psíquica em artigo publicado no Quartertly Journal of Science sob o título Notes of an Enquiry into the Phenomena Called Spiritual:
“(...) sob as mais rigorosas condições de testes, vi um corpo sólido, luminoso, semelhante a um ovo de peru, flutuando silenciosamente pela sala, às vezes a uma altura superior à de uma pessoa na ponta dos pés.
Em seguida, descia suavemente ao solo.
Numa ocasião, ficou visível por mais de dez minutos antes de desaparecer.
Bateu na mesa, produzindo um som semelhante ao de um corpo duro e sólido.
Durante esse tempo, o médium, aparentemente inconsciente, estava deitado de costas numa poltrona.”
E mais adiante o descobridor do Tálio e inventor do Radiómetro, acrescenta:
“Vi pontos luminosos dardejando pela sala e pousando nas cabeças de diferentes pessoas.
As perguntas que fiz me foram respondidas com sinais luminosos, empregando um código previamente convencionado...
Identifiquei uma nuvem luminosa pairando por acima de um heliotrópio na mesa, quebrar um de seus galhos e entregá-lo a uma senhora.”
Seria temerário afirmar que o notável químico inglês fora vítima de embutes patrocinados pela jovem médium Florence Cook ou, mesmo, por Daniel Dunglas Home, sobre quem jamais pesou a pecha de fraudulento.
Ademais, que poderia lucrar, o grande sábio, com suas pesquisas sobre os fenómenos paranormais?
Ele já era, à época, finais do século XIX, um cientista consagrado em todo o mundo, gozando de uma reputação ilibada.
Pelo contrário; não foram poucos os que saíram a campo para tentar, sem sucesso, lhe atacar a honra e a integridade científica.
A autenticidade das pesquisas sobre fenómenos luminosos promovidas por Sir William Crookes seria evidenciada pelo trabalho do Dr. Gustave Geley, em sessões levadas a efeito com o médium polonês Frank Kluski. Relata o investigador francês, autor da obra clássica “De l’Inconscient au Conscient”:
“Um segundo depois, ocorreu um magnífico fenómeno: uma mão se movia vagarosamente, ante os espectadores.
Na palma encontrava-se um corpo semelhante a um pedaço de gelo luminoso.
A mão era luminosa e transparente, deixando ver a cor dos tecidos.”
Ainda com Kluski, Geley obteve uma série de fenómenos luminosos, como o que se registou no dia 12 de abril de 1922:
“Uma longa cauda se formou atrás e por cima do médium. Era constituída de pequenos grãos de luz, alguns mais brilhantes do que os outros.
O véu oscilava da direita para a esquerda e vice versa subindo e descendo.
Durou cerca de um minuto, desaparecendo para reaparecer outras vezes.
Ao findar a sessão, o médium estava nu, exausto, superaquecido e transpirando abundantemente nas costas e debaixo dos braços.”
O Dr. Julien Ochorowicz (1850-1918), da Universidade de Lemberg e Director do Institut Général Psychologique, de Paris, após realizar exaustivas pesquisas sobre os fenómenos luminosos, ocorridos em sessões experimentais, opina:
“(...) as mãos etéricas não se materializavam enquanto irradiavam luz; os dois fenómenos não tinham condições de ocorrer simultaneamente.
Essa descoberta nos leva a concluir que não haveria ectoplasma suficiente para produzir ambos os fenómenos ao mesmo tempo.”
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 18, 2015 9:43 pm

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Outros casos de fotogénese
O Barão Albert Freiherrn von Schrenck-Notzing, na obra “Physikalische Phänomene des Mediunnismus”(Munich, 1920), trata da faculdade mediúnica de Maria Silbert, que em transe ficava luminosa.
Maria irradiava uma claridade lunar, suave, esverdeada, lembrando a luz dos vaga-lumes.
Dos dedos, cotovelos, e dos joelhos, saíam, de vez em quando, clarões mais fortes, que se projectavam além das paredes da sala de sessões.
A fotogénese de Maria Silbert acontecia em plena luz; entretanto, os pesquisadores deixavam o ambiente às escuras, a fim de apreciarem o raro e surpreendente espectáculo proporcionado pela luz "selénica" que se desprendia, inexplicavelmente, do corpo da sensitiva.
Na década de 70, a médium inglesa Gladys Hayter foi inúmeras vezes fotografada no momento em que emitia estranhas serpentinas luminosas, que alguns pesquisadores imaginaram tratar-se de modernos registros do ectoplasma.
Na cidade de Nova York, a médium Verónica Leuken provocava, à sua volta, uma série de clarões coloridos.
Ela se tornou, mais tarde, uma líder religiosa, que começou a ter visões marianas.

A fotogénese no Brasil
Em "Os Prodígios da Bio psíquica", Eurico Goes relata os incríveis fenómenos luminosos provocados às expensas da faculdade mediúnica de Carmine Mirabelli, enquanto A. Ranieri, na sua obra "Materializações Luminosas", descreve os trâmites das sessões realizadas com Francisco Lins Peixoto (o Peixotinho), Fábio Machado, Ifigénia França, Levi, Altino, Heleninha e Énio Wendling. *
* Esses médiuns constam da citada obra "Materializações Luminosas", de autoria de R. A. Ranieri, editada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Todos eles participaram de memoráveis sessões de efeitos físicos e de materialização, onde despontavam notáveis fenómenos luminosos.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty A Fenomenologia e os Procedimentos Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 19, 2015 10:02 am

Luiz Cláudio de Pinho

De antemão gostaríamos de deixar claro aos corações e inteligências que vierem a nos conceder a gentil atenção, que não estaremos aqui a estimular o combate a estes ou aqueles médiuns ou grupamento espiritistas que se dedicam às actividades as quais estaremos descrevendo...
Estaremos sim fazendo uma analise critica de coisas que acreditamos já deveriam estar devidamente guardadas no arquivo do tempo... falamos da procura(chamariz) aos fenómenos mediúnicos e condutas em discordância com as orientações kardecianas.

Do local espírita
Lembramo-nos de Ivonne Pereira em um de seus artigos em O Reformador, quando traçava o perfil das Casas Espíritas que desejassem seguir os ditames da codificação... nesta linha de pensamentos, vemos que infelizmente boa parte dos dirigentes de casas espíritas, tanto quanto seus frequentadores, não entenderam a responsabilidade e os comprometimentos inerentes ao ambiente espírita.
Nos outros, na condição de quem possui mediunidade, unimos nossos relatos a de vários outros médiuns que visualizam na casa espírita a condição de escola e hospital , por receberem considerável quantidade de desencarnados em complicadíssima condição espiritual.
São espíritos de psiquismo feminino, masculino e homossexual (feminino ou masculino) que adentram os grupos de estudos, acompanhando, ou não, os encarnados e que ali comparecem de maneira consciente, ou inconsciente, necessitando de amparo de urgência em virtude de que continuarem sentindo os mesmos desejos (reflexos)e necessidades(automatismos) que possuíam quando vivos.
Não são necessariamente, espíritos maus, mas inferiorizados em suas aparentes necessidades, facto natural que acompanhará a maioria de nós.
Como pensar que apenas porque ‘morreu’ a criatura deixará de pensar em sexo, em dinheiro, em comida etc...?
Por isso demanda o ambiente espírita de atitudes respeitosas dos encarnados.
Falamos da sinceridade e da disciplina de acção e não de aparências.
Não compactuamos aqui, com o silencio de clausura que infelizmente parece estar corroendo as bases dos grupos espiritistas há alguns anos, falamos da moderação no falar e no agir.
Este perfil igreijista (silencio de clausura) a que muitos centros espíritas vem se dedicando, é tão deletério quanto os “clubes de passatempo" descritos por Ivonne Pereira, onde as pessoas comparecem para falar de churrascos, festinhas pueris e assuntos de esquina.
O silencio é prece como sabemos, mas o equilíbrio é sinal de sanidade moral e intelectual, por isso nem silencio de catacumba gótica nem algazarra de bacanal romana .
As vestimentas também não podem ser esquecidas pelos frequentadores das reuniões.
Acreditar-se que roupas de manga comprida, jalequinhos, paletós etc...
Simbolizem moralidade e pudor, é tão imaturo e doentio quanto se acreditar que ‘roupa não tem nada haver com religião ’’.
Vemos em múltiplas revelações que os espíritos mais esclarecidos, possuem uma maneira sóbria de agir e de se apresentar, mas não nos esqueçamos que nas abadias do terror, como nos relatos de Rochester, os que ali estavam viviam na aparência de honestidade e sobriedade de vestimentas, no entanto eram criaturas viciosas, despudoradas e imundas.

Das obras
Muito respeitáveis as obras anímicas ou mediúnicas, entretanto dentro de um ambiente onde se diga ambiente espírita, deveríamos primar pelos conceitos e estudos doutrinários evitando-se assim as palestras e reuniões puramente roustanguista, hamatisiana, ou psicológicas com temáticas do tipo regressão de memória etc., alem daquelas onde sutilmente sem a vontade consciente dos organizadores, encontramos a idolatria a este ou aquele trabalhador do evangelho...
Poderemos sim fazer menções a nomes variados espiritas ou não, mas sem exaltações, poderemos também relembrar factos e autores diversos como subsidio entretanto, pautando as palestras NA CASA ESPIRITA nos princípios e características esposados pelo ESPIRITISMO.
Manter a palestra em sua totalidade de assuntos diferentes desses princípios, é erro grosseiro e pouquíssima ou quase nenhuma intuição superior.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 19, 2015 10:02 am

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Dos expositores

As tradicionais piadinhas, versinhos cansativos feitos de maneira excessiva por alguns expositores cremos estar mais em conformidade com os ambientes teatrais, propícios aos rompantes de vaidade humana, onde prepondera o tropismo pelos holofotes e gracejos pessoais.
Casos particularizados, onde a figura do expositor torna-se alvo de exemplificação ou queda, não devem ser levadas as descrições publicas, evitando-se com isto um certo "q" de mea culpa ou "eu consegui".
Os "testemunhos" então , esses deveriam ficar a cargo do Sr. Macedo e sua igreja Universal do Reino.
A auto exemplificação pode transmitir ao neófito ou ao visitante, a sensação de que ele (o visitante) nunca conseguirá tal intento, ou que ali estará um guru a ser seguido.
Tais descrições, contribuem a tentação dos elogios excessivos que sempre afundaram médiuns e pupilos.

Mediunidade show
Infantilidade tanto dos médiuns que a ela se vinculem como de quem as promove.
O chamariz das psicografias particularizadas do tipo ”minha querida mãezinha...” quase nunca promovem a maturidade espiritual de quem recebe estas cartinhas.
São tentativas respeitáveis de divulgação, porem sem propósitos diante da realidade DOUTRINÁRIA.
Quando temos durante ou depois de uma palestra verdadeiramente espírita tais comunicações medianímicas, o contexto encontra-se mais evangelizado, entretanto esta (a psicografia familiar) não deve ser a principal fonte de atenção e divulgação dos equivocados organizadores deste tipo de evento que em sua maior parte, deixa no ar a decepção e o clima de "o médium fez peixada".
Temos ainda, as divulgações do tipo “dia tal presença do médium psicógrafo...”, “directamente de... o médium de curas beltrano” ou ainda “fulano, orador espírita, psicógrafo etc..” parece-nos mais em conformidade com os shows circenses ou as antigas fenomenologias existentes antes, durante e logo após o período de Allan Kardec.
Lembremos que o momento das mesas que giravam, da corbélia túpia, da corbélia de bico, do mesmerismo etc.. foi importante mas ficou no tempo, revive-lo alem de pueril demonstra que não se entendeu NADA da mensagem doutrinaria e por isso o fenómeno pelo fenómeno ainda atrai muito e modifica pouco.
Quando o publico leigo(simpatizante do espiritismo) se arvora em procurar relatos e mensagens do mundo espiritual, é compreensível , entretanto quando criaturas que se dizem “espíritas de carteirinha” ou “muito espíritas” correm ou divulgam tais fenómenos com extremada empolgação ficamos a pensar o quanto ainda o Movimento Espírita deverá caminhar para entender o dueto Jesus-Kardec e o quanto os missionários deverão morrer em holocausto frente ao mar revolto da cegueira de muitos.
Infelizmente já tivemos muitas pessoas de nossas relações que após receberem certo numero de psicografias, choraram sob as cartas de seus mortos queridos, entretanto não se modificaram em nada.
Outras após realizarem as chamadas cirurgias espirituais disseram-se modificadas para o mundo e até por alguns dias distribuíram comida aos miseráveis das ruas e as crianças das favelas aqui do Rio de Janeiro, mas bastou o tempo esfriar, a chuva cair e os favelados voltaram a sentir fome e os mendigos rejeição.

Quantos leprosos morais e físicos Jesus curou?
Quantos se reformaram?
Quantas vezes Jesus deixou claro que não estava ali, para ‘transformar água em vinho” ou ressuscitar mortos do corpo?
Quantos estiveram ao lado de Kardec e Leon Dennis no iluminado e saudoso Espiritismo francês e depois optaram pelas defecções?

Charles Richet o maior fisiologista de então, estudou durante décadas o fenómeno mediúnico e não se convenceu do que presenciava.
Somente as portas da morte, relatou a William Croocks sua aceitação ante os fenómenos ditos supranormais.
Poucos foram como o queridíssimo Cesar Lombroso, que de critico contumaz passou a divulgador sincero após sua progenitora dar-lhe comprovação da vida espiritual
Meus amigos desculpem-nos se não somos mais amenos em nossa observações, entretanto o tempo já nos mostrou que o Espiritismo merece de todos nós, muito mais que simples arroubos de criança.
A Codificação merece estudo serio e sistematizado, onde as elucubrações e polemicas devam ser levadas a efeito, de maneira ordeira e digna, como preconizava Rivail (Allan Kardec).
Evitemos então, os tais “fulano disse”, as aceitações igrejeiras, os excessos de disciplina com o horário, que nada mais é que inferioridade espiritual como deixa claro o livro dos médiuns no item 333.
Sabemos e entendemos que como afirmava Kardec, existem vários ‘tipos’ de espíritas, mas como o Espiritismo e’ um só, pautemos nossa conduta neste prisma de razão e fé , evitando as esquisitices que já foram companheiras de quedas e desequilíbrios do passado de muitos de nós.

Rio de Janeiro – Data – 20 janeiro de 2001 - Associação Medica Espírita

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Literatos e mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 19, 2015 9:55 pm

José Afrânio Moreira Duarte

Trata-se de assunto, frequentemente abordado a interferência da mediunidade em trabalhos literários.
Existem em nosso meio espírita tantas conversações sobre isso que é muito natural aparecerem opiniões divergentes e contraditórias acerca da matéria.
Parece-nos, entretanto, que juízos a respeito não devem ser generalizados, havendo mesmo a conveniência de analisar cada caso isoladamente.
É, por certo, grande a influência dos Espíritos na vida corpórea, mas ficando sempre respeitados o livre arbítrio e o valor pessoal de cada um, até porque, se assim não fosse, reduzidos à simples condição de marionetes da Espiritualidade, os encarnados não teriam culpa de seus erros e nenhum mérito seria atribuído às suas boas acções.
No caso específico das produções literárias, como em tantos outros, pode mesmo haver influências mediúnicas, mas, na maioria das vezes, ela existe apenas como indução, sugestão.
Por exemplo, um Espírito que simpatize com o escritor, até seu Guia, sabendo de um concurso que tem por tema, determinado poeta, pode estimular o amigo encarnado a participar do certame, fazer que ele compre o jornal onde se achem as bases, ou impulsionar alguém de seu circulo a levar-lhe o recorte.
Daí em diante, é tarefa do escritor terreno estudar profundamente a obra e o autor, visitar bibliotecas, fazer uma série de consultas e anotações, formular conceitos pessoais no que concerne ao assunto, planear seu trabalho, rascunhá-lo, retocá-lo, etc., até dá-lo por pronto, actividades inteiramente desnecessárias quando se trata de obra psicografada.
Nessa última hipótese, o Espírito escritor utiliza o aparelho apenas como uma espécie de taquígrafo, por assim dizer, ditando-lhe trabalhos já prontos, quase sempre com tamanha rapidez que seria impossível ao médium pensar aquelas coisas e escrevê-las, no mesmo es­paço de tempo.
E tanto é assim que pode o psicógrafo nem sequer conhecer a obra deixada pelo escritor quando de sua passagem por este planeta.
Quando um Espírito sugere ao literato, não faz mais do que seus parentes e amigos que agem tantas vezes de modo idêntico.
Estilo, palavra derivada do latim, era o nome dado ao ponteiro com que os romanos escreviam sobre a cera.
Como cada pessoa tem sua maneira bem definida de traçar na cera e expressar-se, o sentido do vocábulo foi ampliado, servindo agora para designar as características dos escritores e, por analogia, também a dos compositores, pintores e outros elementos que têm a capacidade, o dom de criar.
Pode-se dizer que o estilo mostra quem é o autor da obra, da mesma forma que a impressão digital identifica o corpo.
Basta lembrar que mediante sérios estudos estatísticos, nos quais foram levados em conta os tamanhos dos períodos, pontuação, frequência de repetições, tornou-se possível determinar o real autor do livro católico “Imitação de Cristo”, esclarecendo o assunto de uma vez, pois até então havia duas correntes, uma que o atribuía a Gerson, outra a Kempis, verdadeiro autor.
Praticamente, todo espírita brasileiro conhece a antologia de belos trabalhos mediúnicos “Parnaso do Além-Túmulo”.
Numerosos poetas nossos ali estão incluídos, cada qual com seu estilo tão perfeitamente bem caracterizado que a leitura causa espanto e impacto nas pessoas versadas em letras, mas ainda não iniciadas no Espiritismo.
Vê-se, pelo exposto, que quando encarnados eles próprios criaram suas obras, não as recebendo de ninguém, tanto que agora voltam para ditá-las, fiéis às mesmas técnicas e conservando, naturalmente, os estilos respectivos.
Dentre os nomes que se destacam na literatura dos Estados Unidos da América do Norte está o de Harriet Beecher Stowe, nascida em 1819 e desencarnada em 1896.
Publicou o célebre romance “A Cabana do Pai Tomás” que na época repercutiu em todo o mundo e teve a sagrada missão de contribuir para que se libertassem os escravos norte-americanos.
Fiel seguidora da religião metodista e esposa de um pastor, Harriet sempre frisou que considerava aquele livro como escrito por ordem e indicação extraterrena, pois o escreveu como a ouvir uma voz que lhe ditava, ficando muitas vezes sem saber o seguimento da história, fenómenos não observados quando da confecção de outros trabalhos de menor fôlego.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 19, 2015 9:55 pm

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Este é um caso evidente de obra literária com as mais autênticas características de actuação mediúnica.
Apesar de já não ser pequeno o número de pessoas cultas espíritas, levando-se em conta ser nossa Doutrina revelação relativamente nova e tendo em vista a cultura terrena, ainda é maior o número das que não o são, pois ninguém pode negar, de boa fé, a existência de verdadeiras potências intelectuais fiéis seguidoras da religião católica ou de seitas protestantes, no próprio clero, ou até sem religião nenhuma, como acontece na Rússia Soviética.
Por isso mesmo, não existe propriamente o preconceito de que nenhum escritor pode ser médium, e sim o reverso da medalha: alguns espíritas, mas não todos, pensam que ninguém pode ser escritor sem ser médium, o que já é tão diferente.
Na maioria das vezes, tal concepção se origina de um sentimento religioso exagerado.
Embora isso seja um erro, é um erro perdoável, pelo menos tolerável, pois tem a circunstância atenuante de ser puro nas suas raízes.
Em tais casos, o espírita conheceu uma verdade boa e quer propagá-la de qual­quer jeito, a fim de que outros também se beneficiem dela e, com o objectivo de dar mais força ao que diz, vê mediunidade e influências espirituais em tudo que o rodeia.
Tal atitude é desaconselhável e perigosa, quer seja por dar visão falsa da verdade, quer seja porque só muito raramente os fins justifiquem os meios.
Ora, muitos espíritas de hoje foram contemporâneos de escritores que actualmente nos brindam com suas obras, valendo-se da psicografia, como Humberto de Campos e vários dos que estão no já citado “Parnaso de Além-Túmulo”.
Então, como é isso?
Ainda outro dia mesmo eles estavam aqui e eram apenas médiuns?
Porque agora ditam, usando o mesmo estilo que os caracterizou na Terra?
E como? Há casos em que a mesma pessoa pode ser escritor e médium, simultaneamente. Um exemplo concreto disso é o Raul de Carvalho, residente em António Dias, Minas Gerais, que escreve seus contos, quando muito bem quer e entende, e já recebeu dois livros, sem contar mensagens de menor porte.
É preciso, aprendendo a dar valor a quem tem, compreender que existem escritores encarnados, em grande quantidade, dotados de talento, autênticos criadores das obras que eles próprios escrevem e não recebem do outro mundo, até mesmo porque, uma vez desencarnados, poderão vir ditá-las.

(Reformador de agosto de 1964)

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Vinte e seis maneiras de identificar se uma comunicação provém de um bom espírito

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 20, 2015 11:10 am

Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo - Ceepa, Mirassol - SP

Seja você espírita ou não, provavelmente, já se viu em determinada situação em que alguém lhe transmitiu alguma "mensagem", recebida por algum médium, adivinho ou "sensitivo", tendo você como especial destinatário.
É muito provável, também, você conhecer pessoas que andam consultando e recebendo instruções de espíritos por aí, na intenção de obter soluções rápidas para seus problemas ou aflições.
Há também o caso daquele seu vizinho que "recebe" tal e qual entidade e "trabalha" em casa mesmo.
Pois bem, você deve ter ficado em dúvida, sem saber discernir o conteúdo dessas mensagens.
Teria sido proveniente de um espírito mesmo? Ou então, no mínimo, teria esse espírito uma índole moral superior capaz de merecer a sua confiança?
Levando ainda essa questão para o campo estritamente psíquico, da influenciação espiritual, a que todos estamos sujeitos e que ocorre inconscientemente, na rotina de nossas vidas, podemos observar a natureza de nossas próprias cogitações mentais.
O que estamos cogitando?
Seja o que for, será algo digno de alguém preocupado com a auto-educação espiritual?
Respostas para dúvidas mediúnicas estão na obra de Allan Kardec
O codificador do espiritismo, Allan Kardec, em sua obra O Livro dos Médiuns, deixou tudo isso muito bem claro e, para os estudiosos da doutrina, o que falamos aqui não é nenhuma novidade.
Mas, para quem está chegando agora e para os que se interessam em recapitular o aprendido, aqui vão 26 maneiras de identificar se uma comunicação é proveniente de um espírito superior ou não:
Não há outro critério para discernir o valor dos espíritos senão o bom senso.
Conhecemos os espíritos pela sua linguagem e pelos seus conselhos, ou seja, pelos sentimentos que inspiram e os conselhos que dão.
Uma vez admitido que os bons espíritos não podem dizer e fazer senão o bem, tudo o que for mau não pode provir de um bom espírito.
A linguagem dos espíritos superiores é sempre digna, nobre e elevada, sem mistura de trivialidades.
Dizem tudo com simplicidade e modéstia, não se gabam jamais, não exibem seu saber nem a sua posição entre os outros.
A linguagem dos espíritos inferiores ou vulgares tem sempre algum reflexo das paixões humanas.
Toda expressão que indique baixeza, presunção, arrogância, fanfarrice, acrimónia, é indício característico de inferioridade, ou de fraude se o espírito se apresenta sob um nome respeitável e venerado.
Não é pela forma material e nem pela correcção do estilo que se julga um espírito mas, sim, sondando-lhe o íntimo, esquadrinhando suas palavras, pesando-as friamente, maduramente e sem prevenção.
Todo desvio de lógica, razão e de sabedoria, não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome com o qual se vista a entidade espiritual comunicante.
A linguagem dos espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo.
Não são contraditórios.
Os bons espíritos não dizem senão o que sabem, calam-se ou confessam sua ignorância sobre o que não sabem.
Os maus falam de tudo com segurança, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom senso, mostra a fraude se o espírito se diz esclarecido.
É fácil reconhecer os espíritos levianos pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado conhecer.
Os bons espíritos podem fazer pressentir as coisas futuras quando esse conhecimento for útil, mas não precisam jamais as datas:
todo anúncio de acontecimento com época fixada é indício de uma mistificação.
Os espíritos elevados se exprimem de maneira simples, sem prolixidade.
Seu estilo é conciso, sem excluir a poesia de ideias, de expressões sempre inteligíveis e ao alcance de todos, sem exigir esforço para ser compreendido.
Têm a arte de dizerem muitas coisas com poucas palavras, porque cada palavra tem sua importância.
Os espíritos inferiores, ou falsos sábios, escondem sob a presunção e ênfase o vazio dos pensamentos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 20, 2015 11:10 am

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Sua linguagem, frequentemente, é pretensiosa, ridícula, ou obscura à força de querer parecer profunda.
Mas não é.
Os bons espíritos jamais ordenam:
não se impõem, aconselham e, se não são escutados, se retiram. Os maus são imperiosos, dão ordens, querem ser obedecidos e permanecem mesmo assim.
Todo espírito que se impõe, trai sua origem.
São exclusivos e absolutos em suas opiniões, e pretender ter, só eles, o privilégio da verdade.
Exigem uma crença cega e não apelam à razão, porque sabem que a razão os desmascaram.
Os bons espíritos não lisonjeiam.
Aprovam quando se faz o bem, mas sempre com reservas.
Os maus dão elogios exagerados, estimulam o orgulho e a vaidade, pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.
Os espíritos superiores estão acima das puerilidades da forma e em todas as coisas. Só os espíritos vulgares podem dar importância a detalhes mesquinhos, incompatíveis com as ideias verdadeiramente elevadas.
Toda prescrição meticulosa é um sinal certo de inferioridade e de fraude da parte de um espírito que toma um nome importante.
Desconfie dos nomes bizarros e ridículos que tomam certos espíritos que querem se impor à credulidade.
Seria soberanamente absurdo tomar esses nomes a sério.
Desconfie também dos espíritos que se apresentam muito facilmente com nomes extremamente venerados e não aceite suas palavras senão com a maior reserva. Neste caso é necessário um controle severo e indispensável, porque, frequentemente, é uma máscara que tomam para fazer crer em pretendidas relações íntimas com os espíritos excepcionais.
Por esse meio afagam a vaidade do médium e dela se aproveitam para induzi-lo, constantemente, a diligências lamentáveis ou ridículas.
Os bons espíritos são muito escrupulosos sobre as atitudes que podem aconselhar.
Em todos os casos, não aconselham jamais se não houver um objectivo sério eminentemente útil.
Deve-se considerar como suspeitas todas as que não tiverem esse carácter, ou não estiverem de acordo com a razão.
É ainda necessário reflectir maduramente todo conselho recebido para não correr o risco de expor-se a mistificações desagradáveis.
Os bons espíritos podem também serem reconhecidos pela sua prudente reserva sobre todas as coisas que podem comprometer.
Repugna-lhes revelar o mal.
Os espíritos levianos ou malévolos se comprazem em faze-lo realçar.
Enquanto que os bons procuram suavizar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia por meio de insinuações pérfidas.
Os bons espíritos prescrevem unicamente o bem.
Toda máxima, todo conselho que não esteja estritamente conforme a pura caridade evangélica, não pode ser obra dos bons espíritos.
Os bons espíritos não aconselham jamais senão coisas perfeitamente racionais.
Toda recomendação que se afaste da recta linha do bom senso ou das leis imutáveis da natureza, acusa um espírito limitado e, por consequência, pouco digno de confiança.
Os espíritos maus ou simplesmente imperfeitos se traem ainda por sinais materiais ante os quais a ninguém poderiam enganar.
Sua acção sobre o médium é algumas vezes violenta, nele provocando movimentos bruscos e sacudidos, uma agitação febril e convulsiva, que se choca com a calma e a doçura dos bons espíritos.
Os espíritos imperfeitos, frequentemente, aproveitam os meios de comunicação de que dispõem para dar pérfidos conselhos.
Excitam a desconfiança e animosidade contra aqueles que lhe são antipáticos, os que podem desmascarar suas imposturas são, sobretudo, o objecto de sua repreensão.
Os homens fracos são seu alvo para os induzir ao mal.
Empregando, sucessivamente, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até sinais materiais de seu poder oculto para melhor convencer, procuram desviá-los da senda da verdade.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 20, 2015 11:10 am

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O espírito de homens que tiveram, na Terra, uma preocupação única, material ou moral, se não estão libertos da influência da matéria, estão ainda sob o império das ideias terrestres, e carregam consigo uma parte de preconceitos, de predilecções e mesmo de manias que tinham neste mundo. O que é fácil de se reconhecer pela sua linguagem.
Os conhecimentos com os quais certos espíritos se adornam, com uma espécie de ostentação, não são um sinal de sua superioridade.
A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira prova de sua superioridade moral.
Não basta interrogar um espírito para conhecer a verdade.
É preciso, antes de tudo, saber a quem se dirige, porque os espíritos inferiores, ignorantes eles mesmos, tratam com frivolidade as questões mais sérias.
Também não basta que um espírito tenha tido um grande nome na Terra, para ter, no mundo espírita, a soberana ciência.
Só a virtude pode, em purificando-o, aproximá-lo de Deus e desenvolver seus conhecimentos.
Da parte dos espíritos superiores, o gracejo, frequentemente, é fino e picante, mas jamais é trivial.
Entre os espíritos gracejadores que não são grosseiros, a sátira mordaz é sempre muito oportuna.
Estudando-se com cuidado o carácter dos espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral, se reconhece sua natureza e o grau de confiança que se lhe pode conceder.
O bom senso não poderia enganar.
Para julgar os espíritos, como para julgar os homens, é preciso saber primeiro julgar a si mesmo.
Infelizmente, há muitas pessoas que tomam sua opinião pessoal por medida exclusiva do bom e do mau, do verdadeiro e do falso.
Tudo o que contradiga sua maneira de ver, suas ideias, o sistema que conceberam ou adoptaram, é mau aos seus olhos.
A tais pessoas, evidentemente, falta a primeira qualidade para uma justa apreciação:
a rectidão do julgamento.
Mas disso não suspeitam.
É o defeito sobre o qual mais nos iludimos.

Acreditamos que tendo essas considerações em mente, fica bem mais fácil discernirmos a qualidade de nossos próprios pensamentos e também nos precavermos de tanta charlatanice que anda deturpando a essência esclarecedora do espiritismo por aí.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Videntes, profetas e médiuns

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 20, 2015 9:49 pm

Lino Teles

Há na Bíblia muitos episódios de alto interesse para o estudo do Espiritismo e que nos passam despercebidos.
Vamos lembrar, aqui, um tópico que nos revela muitas coisas sobre a Mediunidade e o mau uso que faziam dela, como ainda fazem, (ou pelo menos tentam fazer) as pessoas ignorantes de hoje.
Trata-se do 9º.capítulo do Primeiro Livro de Samuel, livro que, entre os católicos, se denomina (erradamente) Primeiro Livro de Reis.
Havia um fazendeiro chamado Kish, que tinha um filho jovem, belo, de alta estatura, de nome Saul. Das pastagens do fazendeiro sumiram desapareceram umas jumentas e o pai determinou ao filho que tomasse consigo um servo para acompanhá-lo e fossem procurar, pelas vizinhanças, as jumentas sumidas.
Em vão procuraram por toda a parte, sem obterem noticias.
Já desanimados de tanto vagar inutilmente pelas serras, pensaram em regressar à fazenda, para não causarem preocupações ao fazendeiro pela sua longa ausência; mas, o servo de Saul sabia que, perto dali, na cidade de Suph, havia um famoso vidente chamado Samuel, que talvez lhes pudesse dar informações sobre o paradeiro dos animais.
Era a tentativa de empregar para finalidades materiais egoísticas, como certas pessoas ainda tentam fazer hoje.
Combinaram ir ter com Samuel, mas não tinham nada para levar ao vidente.
Era costume gratificar com alguma coisa, os médiuns como ainda tentam fazer hoje, embora isto seja severamente proibido.
Mas, o criado tinha uma moeda de prata e se prontificou a doá-la a Samuel.
No versículo 9o. vem esta definição muito interessante:
...aquele que hoje se chama profeta se chamava antes vidente.
Foram visitar Samuel, que os recebeu muito bem, deu-lhes hospedagem em sua casa, tranquilizou-os quanto ao reaparecimento das jumentas, que àquelas horas já tinham sido reencontradas na fazenda e lhes revelou que Saul seria o primeiro rei de Israel.
No dia anterior Samuel havia recebido do Alto a comunicação sobre a vinda de Saul e a missão que lhe estava destinada, de ser o primeiro rei de Israel, que, por esse tempo ainda não era reino.
O reinado de Saul está todo repleto de factos espíritas:
ele se desviou de sua missão, caiu em poder de um espírito obsessor, fez a celebre visita a médium de Endor, que se acha relatada no mesmo livro, capítulo 28, vers.8 a 19.
Mas tudo isso já é outra história.

Por agora só nos interessa lembrar que:
A mediunidade era muito conhecida entre os antigos judeus.
Chamavam os médiuns de videntes.
Consultavam os médiuns sobre os mais diferentes assuntos.
Davam presentes aos médiuns.
Recebiam dos médiuns instruções religiosas e informações materiais.
Tentavam rebaixar a mediunidade à categoria de agências de informações sobre seus interesses imediatos.
Os médiuns superiores tratavam de assuntos elevados e da alta administração do estado.
O mundo espiritual deferia missões especiais e, nem sempre, o missionário cumpria, fielmente, sua tarefa.
Os desvios da missão ocasionavam a perda do missionário, que era substituído por outro
(Saul foi substituído por David).
O povo acreditava nas mensagens dos videntes, para o bem e para o mal.

Pouco progredimos em 3.500 anos porque, ainda hoje, muita gente procede como os antigos judeus do tempo de Samuel, ou seja, deturpando o verdadeiro objectivo da mediunidade.

Publicado em O Reformador.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Todo médium é anímico?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 21, 2015 11:15 am

Luiz Gonzaga Pinheiro

"Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium ou se é outro Espírito?
- Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. "
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec (Cap. XIX, questão 223. § 3)

Em se definindo animismo como a narrativa de fatos atuais ou passados que repontam do inconsciente do médium para o consciente, podemos dizer que, a princípio, quando não educados, os candidatos ao exercício da mediunidade são anímicos, em sua grande maioria.
Como somos Espíritos imortais em longa excursão pelos cenários terrestres, alternando a vestimenta carnal entre o feminino e o masculino, assimilando diversos hábitos regionais e linguísticos, vivendo tempos de paz c de discórdia, é natural que muitos eventos nos marquem emocionalmente, registando-se de maneira férrea nos arquivos do inconsciente.
Sob a influência de um indutor, um estímulo que se assemelha ao que foi gravado, gera-se uma ponte inconsciente/consciente, podendo, através dessa evocação, ser externado com aparência de realidade actual, aquilo que foi vivido mas não esquecido ou superado.
Conheci um médium que, havendo praticado o suicídio por duas encarnações seguidas, passou anos na mesa mediúnica a transmitir psicofonicamente as comunicações de dezenas de suicidas.
– Apenas animismo - diziam-nos em segredo os mentores espirituais.
O companheiro praticava a catarse dos longos sofrimentos que lhe cristalizaram na mente os esgares, a sufocação, o fogo na pele, a dor superlativa dos dois géneros de suicídios pelos quais passara.
A doutrinação era exercida como se realmente ali estivéssemos em cantata com um comunicante desencarnado trazido para o atendimento fraterno.
No entanto, sabíamos estar falando directamente ao Espírito do médium, que, portando cristalizações de difícil neutralização, sofria, através das reminiscências afloradas, o drama a que estava vinculado.
Esse período de animismo varia de aprendiz para aprendiz, conforme sejam as marcas emocionais que transporta.
O género não influi muito. Um estigma é sempre um estigma. Doloroso ou terno, depende do indutor que o faça aflorar, sendo justo que os sofrimentos, pela ulceração que imprimem na alma, sejam evocados com frequência, pelo carácter peculiar do mundo de provas e expiações em que vivemos, onde a dor é o inquilino pontual e assíduo na convivência com os terrícolas.
Acontecimentos ditosos, mas que deixaram saudade, nostalgia, ansiedade, misto de ternura e tristeza, também são arrancados do inconsciente pela ideia indutora que estabeleça uma sintonia com o que foi vivenciado.
Até mesmo uma emoção mais fome cultivada na actual encarnação, tal como a admiração profunda por santos e heróis a traduzir-se em fanatismo, pode gerar ideias obsidentes ou cristalizações duradouras, que, nesta ou em outras encarnações, retornam à cena via catarse, para que o médium possa produzir favoravelmente, desobstruindo o canal mediúnico para mensagens dos Espíritos e não de suas mensagens próprias ou espirituais ainda mescladas de personalismo.
Saliente-se que, se o médium, ao receber a mensagem do comunicante, a traduz em linguajar mais culto ou menos intelectual, sem prejuízo da sua essência, não é anímico.
Há de se analisar o nível cultural, o estudo, a fluência, o grau de evolução enfim, de cada indivíduo, encarnado ou desencarnado.
Concluímos afirmando que nem todos os médiuns são anímicos.
Alguns o são por ideias e emoções cristalizadas no passado, enquanto outros o serão por ideias e emoções cristalizadas no presente.
Será assim, enquanto o amor não constar como regra de convivência e remédio salutar para os dramas do mundo.

Retirado de "Mediunidade. Tire suas dúvidas" – Editora EME

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Prática Mediúnica

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 21, 2015 10:00 pm

Rodrigues Ferreira

Com a excelência das técnicas modernas de comunicação, os noticiários espíritas conseguem penetrar nos mais recônditos ambientes, impressionando tanto pela lógica do arrazoado como pela comprovação através dos factos espontâneos.
Sendo muito espalhada a mediunidade entre as criaturas, evidencia-se logo a necessidade de um tratamento adequado para com os médiuns.
Muitas pessoas gostam de lidar com os problemas fenoménicos, mas não se abalançam para ombrear com os confrades nos mourejamentos diuturnos dos Centros Espíritas.
Talvez porque existam muitos distúrbios directivos; talvez porque muitos líderes se julguem e ajam como se fossem os donos da Instituição; talvez porque lá existam problemas de ciúmes e despeitos a se extravasarem claros e dominantes; talvez porque a opinião pública faça mau juízo dos frequentadores dos núcleos oficiais; talvez porque a própria família possa não entender muito bem uma prática declarada; talvez, ainda, porque fosse muito elegante lidar com os fatos, apenas, sem um compromisso mais profundo...
O certo, é, que há um grande contingente de simpatizantes do Espiritismo, que não frequenta os Centros, ainda que sintam tal necessidade..
E como não podem deixar de actuar, aliviando a própria situação, elaboram seus próprios trabalhos práticos em casa.
É sobre estes que versa a nossa análise de hoje.
Em primeiro lugar está a própria irrelevância motivante da não frequência aos Centros o que justifica dizer-se que não se deve fazer sessão mediúnica em casa.
Os Centros são obras assistenciais do mais subido valor.
A Doutrina Espírita aplicada constitui um dos maiores benefícios que se possa fazer a alguém e é nos Centros que ela se concentra para arremessar-se às multidões.
O simples apoio ao Centro já é, portanto, uma utilidade que se presta, e, consequentemente, o não apoio passa a ser um mal, por ausência de bem.

As sessões mediúnicas em casa trazem uma série de inconvenientes que importa considerar:
O desconforto material ofertado aos presentes, constantemente mal acomodados, em locais improvisados e de trânsito difícil.
A falta de adequação geográfica determina uma conveniência de encerramento rápido dos trabalhos, impedindo estudos competentes.
Além disso, as pessoas mais conhecedoras da D.E. nunca estão presentes, ocupadas que se acham em trabalhos doutrinários nos Centros que as reclamam e jamais dispensam.
Assim, as sessões caseiras não estão, em regra, orientadas por pessoas informadas.
A execução do trabalho traz para o lar um conjunto de Espíritos infelizes, enfermos e perturbados à procura de uma solução para os seus males.
Estas soluções, mesmo que existam, nunca são tão rápidas, levando-os, portanto, a permanecerem no local, à espera.
Já se vê a inconveniência de transformar-se o lar, constantemente com crianças, em ponto de estacionamento para Espíritos sofredores e, não raro, perversos.
Por mais que compareçam Espíritos bons, que se proponham a ajudar, as leis de tratamento nunca são feitas em base de violência e choque de opiniões.
Impera o merecimento e o desmerecimento.
Se a sessão já começara com um motivo inglório, não conseguirá benefícios de excepção para desfazer as consequências negativas filhas da invigilância.
As emanações mentais enfermiças dos Espíritos infelizes podem impregnar os locais de residência, incidindo sobre pessoas, muitas vezes despreparadas, com prejuízos não previstos.
A oferta da residência para visitas constantes de Espíritos desordeiros e malfeitores pode tornar-se um hábito perigoso e esses Espíritos sempre comparecem em trabalhos mediúnicos não pautados pelos moldes ilibados de moral e produtividade.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 21, 2015 10:00 pm

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E quem de nós pode jactar-se de conviver numa atmosfera de alta moralidade?
A exemplificação negativa que as sessões caseiras trazem, já não encaminhando os iniciantes aos Centros para os testemunhos mais sérios, já competindo com as próprias células legais, enquanto deixam de ministrar ensino correto da Doutrina Espírita.
O prejuízo ao Movimento Espírita local é incalculável, quando existem muitas residências que fazem as sessões próprias.
Faltando força ao Movimento não haverá promoções doutrinárias de valor, tais como semanas espíritas, concentrações de juventude, campanhas de livros espíritas e muitas outras, que divulgam os benefícios da crença ao mesmo tempo que motivam e encorajam a procura e interesse pela Doutrina.
A afirmação do menor esforço é um outro ponto negativo.
É claro que vai surgir o vicio de procurar-se um atalho para quaisquer soluções desejáveis.
A rudimentaridade dos conceitos e práticas actuando como factor de estacionamento na fase inicial do conhecimento, já seria um bom motivo para preferir-se não frequentar e não se apoiar em tais sessões.
A situação de residência familiar já não seria um empecilho para as Entidades benfeitoras promoverem a presença de aparelhagens e técnicas muito conhecidas dos frequentadores das sessões práticas nos Centros Espíritas?
Um último aspecto a citar-se, diz respeito ao ambiente psíquico da sala.
Segundo alguns autores, entre eles Torres Pastorino, em seu livro "Técnica da Mediunidade", a Espiritualidade Maior prepara o local previsto para trabalhos práticos com grande antecedência, aplicando técnicas espirituais convenientes, para evitar-se um carregamento eléctrico prejudicial ao melhor aproveitamento da reunião.
Coadjuvando estes cuidados os encarnados não deveriam entrar nas salas de trabalhos, pelo menos umas três horas antes do seu inicio, para não provocar ionizações indesejáveis através do próprio movimento de corpos no ar.

Agora perguntamos:
seria possível isolar completamente um local, em uma casa residencial?
Com tantos aspectos falhos as sessões caseiras não poderão ofertar soluções aceitáveis para os problemas psíquicos mais comuns.

Revista "Presença Espírita".

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Posições Mediúnicas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 22, 2015 11:38 am

Jorge Ândrea dos Santos

Quando a energética espiritual alcança a faixa hominal, portanto, participando do processo de conscientização, muitos factores de importância despontam, salientando-se, entre os mesmos, como o de maior interesse da vida social humana, a responsabilidade.
Este factor estará sempre condicionado ao grau de evolução do homem. Quanto mais evoluído, maior a sua responsabilidade em face do processamento da vida; quanto menos evoluído, menor a responsabilidade pela ausência de conhecimentos e reduzido campo de experienciações.
Quando a energética espiritual abandona a faixa fragmentária do psiquismo, característica do sector animal, tende a um processo de totalidade a reflectir-se em percepção psíquica do conjunto, onde os mecanismos do raciocínio, mais bem arregimentados, são acompanhados pela intelecção e campos emocionais mais ajustados.
Nesta fase, os fenómenos paranormais, já existentes desde o psiquismo fragmentário, mais bem se expressam pelo campo enriquecido da consciência.
Se observarmos o processo evolutivo do psiquismo em face aos fenómenos mediúnicos e naturalmente relacionando-os com uma maior sensibilidade do ser, teríamos, como degrau inicial, o chamado mediunismo; pelo exercício e adequado desenvolvimento caminharíamos para mais uma expressiva posição e que poderemos denominar, com Kardec, de mediunato.
No mediunismo teríamos uma faixa fenoménica bastante ampla, alcançando os parâmetros da escala animal.
O animal não tem mediunidade, mas pode perceber inúmeros fenómenos paranormais inclusos na categoria do mediunismo; pode participar da vidência, audiência, etc., mas será incapaz de ser medianeiro de uma ideia, pelo seu psiquismo ainda fragmentário que não oferece condições intelecto-emocionais.
Assim, a faixa fenoménica mais evoluída dos factos paranormais, caminhando em estrutura psíquica mais adequada e quando exercitada nas trilhas de uma ética bem desenvolvida, estarão enquadradas nas vivências harmónicas da mediunidade, ou seja do mediunato.
Diga-se, também que, na espécie humana, onde o psiquismo já apresenta condições de entendimento pela intelecção, muitos fenómenos mediúnicos, desordenados e sem alcance ético, devem ser enquadrados em simples mediunismo; isto é, o fenómeno se dá, porém com características ainda rústicas e sem comportamento ajustado, por não existir uma real compreensão dos seu alcance e finalidade.
Em tudo isso entra em jogo um factor de muita importância que é a compreensão, pelo médium, das finalidades e razões do fenómeno mediúnico.
Foi aí que a Doutrina Espírita teve capital influência quando muito bem situou toda a fenomenologia do psiquismo que se tem revelado em variadas angulações, às nossas percepções.
Assim, podemos falar em comportamento do médium onde múltiplos elementos poderão ser anotados:
a educação, o carácter, o tipo psicológico, o meio ambiente de trabalho, o orientador e o de maior importância que vem a ser da Doutrina Espírita.
Diante desses factos, com inúmeros parâmetros, podemos aquilatar a influência sobre a desenvoltura do fenómeno mediúnico que, quando ajustado, apresentará positividade em qualquer das trilhas seguidas.
Quem já traz consigo a sensibilidade mediúnica, com variações e nuanças de acordo com o biótipo psicológico e ampliadas nos exercícios calcados em bases morais condizentes com a ordem e a harmonia, é claro que irá apresentando, no dia-a-dia, uma autêntica conquista construtiva.
De um simples vagido de mediunismo na espécie humana, pode-se alcançar, pelo ajustado trabalho, o mediunato; mediunato que traduz felicidade pelo dever cumprido.
Em toda estrutura do processo mediúnico a ética de uma moral sadia assegura os alicerces de aquisições para o Espírito, representando, também, proposições liberatórias em todas as latitudes e, principalmente, nos casos de mediunidade de prova.
Sem sombra de dúvida conclui-se que a fenomenologia mediúnica, com sua característica de espontaneidade, reflecte-se sempre pelo seu próprio impulso; isto é, a mediunidade existe desde o inicio, em graus bem específicos a cada ser.
Cabe ao médium melhorar com exercícios adequados, educação, elastecimento de fraternidade e tantos outros factores positivos da vida, a estruturação do mecanismo.
É como se a mediunidade para desenvolver-se em condignas posições, necessitasse do bem como combustível ideal.
Toda a estruturação do fenómeno mediúnico, em tese, se faz na zona perispiritual, zona em que a mensagem do Espírito comunicante encontra conotações vibratórias com o receptor - o médium.
Este, após processo elaborativo nas desconhecidas paragens do inconsciente ( ou zona espiritual) transfere, sem conhecimento do mecanismo em apreço, para a zona consciente, o teor da comunicação ou mensagem, que será revelada de acordo com suas próprias condições psicológicas.
Podemos dizer que, por mais segura e ajustada seja uma mensagem, existirá sempre o "colorido" do médium.
A máquina mediúnica, mesmo sem modificar o teor da mensagem, mostra a "impressão" metabolizada em seu arcabouço psicológico.
Daí, a predilecção por este ou aquele médium que melhor possa traduzir o componente intelectivo-emocional dos variados comunicantes.
Qualquer que seja a variedade de mediunidade que o sensível revele terá de ser sempre estruturada no trabalho fraterno e no ajustamento de propósitos, evolutivos, a fim de que uma rota possa ser percorrida com objectivação e finalidade.
Ninguém poderá alcançar os degraus maiores e ideais da vida sem passar e vivenciar os degraus inferiores que lhe serviram de lastro e alicerce.
É no trabalho condigno do dia-a-dia reservado a cada ser, que conseguiremos iluminar os nossos caminhos e melhor perceber os horizontes excelsos que nos aguardam.

Revista "Presença Espírita".

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Perispírito, Centros Vitais e Aura

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 22, 2015 7:43 pm

Alfredo José Rodrigues

1 - O Perispírito
O perispírito é:
"principio intermediário, substância sem imaterial que serve de primeiro envoltório ao espírito e liga a alma ao corpo.
Tais, num fruto, o germe, o perisperma e a casca."

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

"O perispírito é o laço que à matéria prende o espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal.
Participa ao mesmo tempo da electricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte.
Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria.
É o principio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no espírito.
É, além disso, o agente das sensações exteriores.
No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações."

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

Primeiramente devemos esclarecer que na época em que foi escrito o "Livro dos Espíritos", a 1° edição é de 1857, considerava-se a electricidade como um fluido, na verdade, ainda não se tinha exacta concepção do que vinha ser a electricidade.

Embora de natureza etérica, ainda assim é constituído de matéria.
Por falta de palavras mais adequadas em nosso actual estágio evolutivo, costuma-se defini-lo como a quintessência da matéria, cuja maior ou menor densidade é inversamente proporcional ao grau evolutivo do Espírito, e cuja composição não é exactamente a mesma conforme esteja o Espírito encarnado ou não.
Seus elementos são retirados do meio em que vivemos, portanto sua composição é variável nos diferentes mundos.
Sua estrutura e composição exactas ainda não nos é possível conhecer, embora existam aqueles que procuram entendê-lo, como Hernâni Guimarães Andrade que em sua obra, "Espírito, Perispírito e Alma", propõe que o mesmo é composto por "Psi-átomos".
Estes corresponderiam aos "elementos atómicos mais complicados e subtis", segundo André Luiz ao referir-se a matéria do plano espiritual (na obra Evolução em Dois Mundos).

Kardec nos ensina também que uma das funções do perispírito é transmitir ao Espíritos as sensações provenientes da matéria (dor, frio, calor, visão, etc.) e fazer com que chegue até a matéria os seus comandos. Por exemplo:
Provém do Espírito a vontade de abrir um livro para ler, todavia, é o perispírito o responsável por transmitir esta vontade ao cérebro carnal e fazer com que o mesmo inicie uma série de processos fisiológicos que culminarão no ato físico.

Outra função de extrema importância do perispírito nos é ensinada por Joanna de Ângelis em "O Homem Integra", psicografia de Divaldo P. Franco:
"De importância máxima no complexo humano, é o moderno Modelo Organizador Biológico, que se encarrega de plasmar no corpo físico as necessidades morais evolutivas, através dos genes e cromossomos, pois que, indestrutível, eteriza-se e se purifica durante os processos reencarnatórios elevados."

"Pode-se dizer, que ele é o esboço, o modelo, a forma em que se desenvolve o corpo físico.
É na sua intimidade energética que se agregam as células, que se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o funcionamento.
Nele se expressam as manifestações da vida, durante o corpo físico e depois, por facultar intercâmbio de natureza espiritual.
É o condutor da energia que estabelece a duração da vida física, bem como é responsável pela memória das existências passadas, que arquiva nas telas subtis do inconsciente actual, facultando lampejos ou recordações esporádicas das existências já vividas."
Este trecho, muito elucidativo, deixa claro que ele é o modelo para o formação do corpo onde se encarnará o Espírito, imprimindo a este os detalhes anatómicos e fisiológicos consoante as aquisições morais e intelectuais em vidas passadas.
Assim, será o responsável por formar o cérebro perfeito daquele que fez bom uso de seu intelecto em vidas pretéritas ou, caso contrário, o órgão inadequado do oligofrénico (compromisso cármico).
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 22, 2015 7:44 pm

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Todavia, é o espírito, princípio inteligente, o responsável por modelar o perispírito, como nos ensina Manoel P. Miranda no livro "Temas da Vida e da Morte", psicografia de Divaldo P. Franco:
"Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as acções do Espírito através dos mecanismos subtis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras.
"Conceito este já introduzido anteriormente por André Luiz em Evolução em Dois Mundos, psicografia de Francisco C. Xavier e Waldo Vieira:
"... o corpo espiritual, retracta em si o corpo mental que lhe preside a formação".

André Luiz, na mesma obra, também nos ensina que é mediante o perispírito que o Espírito encarnado - Alma no conceito de Allan Kardec - rege a actividade funcional dos órgãos de seu corpo carnal, como vimos acima.
É nele que ficam impressas as diversas experiências vividas no plano terrestre e extraterrestre e que proporcionam o automatismo fisiológico, sob o governo do Espírito.
Tal controle de nossas funções fisiológicas se faz mediante a actividade dos Centros Vitais do perispírito, também denominados Plexos ou Chacras pelos espiritualistas e por certas culturas orientais.

2. Os Centros Vitais do Perispírito
1. Centro Coronário:
Situado na região central do cérebro é a sede da mente é ele quem " assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada.
É o "ponto de interacção entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas".
Ele, além de retransmitir a "vontade", os sentimentos, as ideias e acções do Espírito ao soma (corpo físico), coordena a função dos demais centros vitais.
2. Centro Cerebral:
Contíguo ao coronário, ele governa o córtex cerebral, controla a actividade das glândulas endócrinas e administra os Sistemas Nervosos Central e Periférico.
3. Centro Laríngeo:
Situado na região da laringe, controla a respiração e a fonação.
4. Centro Cardíaco:
Dirige a emotividade e a circulação.
5. Centro Esplénico:
Situado ao nível do baço, dirige todas as actividades relacionadas ao sistema hemático.
6. Centro Gástrico:
Responsável pela digestão e absorção dos alimentos.
7. Centro Genésico:
Dirige os processos relacionados aos factores genéticos, bem como as forças criadoras, tanto para o trabalho como para a associação entre almas.

3. A Aura
E o que vem a ser a Aura?
A Aura nada mais é do que radiações energéticas provenientes da conjunção de forças físico-químicas do corpo (bioenergéticas), do perispírito e, mais importante, radiações mentais do Espírito.
Portanto, tem características individuais e expressam o estado evolutivo moral e intelectual do Espírito.
Tais radiações interpenetram todo o ser e se expande além dele, formando o halo de características e cores próprias a cada ser, passíveis de serem observadas por indivíduos com faculdade para tal, a vidência.

Referências
1 -Allan Kardec. - O Livro dos Espíritos. Ed. FEB.. 74° ed., 1994.
2 - Divaldo Pereira Franco, Joana De Ângelis. O Homem Integral. Ed Livraria Espirita Alvorada, 7°, 1995.
3 - Divaldo Pereira Franco, Manoel P. Miranda .- Temas da Vida e da Morte. Ed FEB, 4°, 1996.
4 - Francisco Cândido Xavier, André Luiz. - Evolução em Dois Mundos. Ed FEB, 7° ed., 1983.
5 - Hernâni Guimarães Andrade.- Espírito, Perispírito e Alma. Ed. Pensamento. 1° Ed, 1984.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Paranormalidade ou Mediunidade?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 23, 2015 10:52 am

Leonardo Mendes Cardoso

James Randy, o maior “caçador” de paranormais do mundo, tem oferecido, através dos meios de comunicação, um prémio milionário para qualquer indivíduo que consiga provar, sem truques ou ardis, ser portador de um dom de paranormalidade.
Afinal, quais são os limites entre paranormalidade e mediunidade?
Uma coisa é certa, não entra nesta disputa o charlatanismo, uma vez, que todo embuste até agora tentado, tem sido desmascarado por Randy.
Por outro lado, faz-se necessária também uma diferenciação entre mediunidade de incorporação e esquizofrenia, sendo que ambas as situações cursam com um desdobramento da personalidade (cisão da personalidade), fazendo com que o indivíduo apresente uma alteração comportamental, tornando-se “outra pessoa” (entre aspas, é bom frisar!).
Vejamos:
- Os paranormais apresentam um dom qualquer que não pode ser explicado pela ciência, como mover objectos sem tocá-los, ler pensamentos, entortar metais, criar matéria do nada etc.;
- Os médiuns são capazes de entrar em contacto com seres do mundo espiritual, recebendo daqueles mensagens ou mesmo orientações, até mesmo premonitórias;
e
- Os esquizofrénicos são indivíduos com perturbações mentais, em geral alterações relativas aos neurotransmissores cerebrais, impondo-lhes uma dupla personalidade.

Os paranormais nada apresentarão, em termos comportamentais, que os façam parecer loucos, porém os médiuns e os esquizofrénicos podem ser confundidos entre si, caso não se estabeleçam regras claras entre ambas as condições.
Por saber, na mediunidade há uma conduta pessoal e social normais, com zelo na aparência física, estabilidade emocional, concatenação de ideias e pensamentos claros, enquanto que na esquizofrenia percebem-se surtos de desconexão com o mundo, fazendo com que o indivíduo afectado se comporte de maneira desleixada, apresentando pensamentos negativistas geralmente fixos, instabilidade emocional, tendência ao suicídio, além de outras alterações comportamentais importantes.
Então, entre os médiuns incorporantes e os esquizofrénicos fica em comum a presença de uma cisão da personalidade, diferente no entanto pela percepção clara que se tem dos gestores do processo.
Na esquizofrenia teremos duas personagens distintas, porém com um gestor único comandando o “teatro” mental montado.
Na mediunidade de incorporação haverá também duas personagens, mas com dois gestores bem distintos no comando do processo de comunicação.
Trocando em miúdos, o esquizofrénico não consegue acrescentar à sua personalidade os conhecimentos de um “Napoleão” que ele diz ser.
No médium de incorporação, a personalidade toma toda a bagagem do espírito incorporado e os seus conhecimentos são manifestados através do médium, mesmo que este desconheça totalmente aquele cabedal de sabedoria.
Surge então a pergunta:
subtraindo-se os charlatães e os esquizofrénicos, não poderiam os paranormais e os médiuns serem enquadrados numa mesma categoria?
Vale então ressaltar que manifestações de leitura da mente ou aptidões para mover objectos ou mesmo entortá-los, seja lá o que for na esfera física, não é da alçada do campo da mediunidade.
Apenas as comunicações com espíritos desencarnados é que fazem parte da área de acção mediúnica.
Mecanismos de natureza física podem muito bem ser demonstradas através de investigações científicas sérias, mas e quanto às manifestações entre os mundos do espírito e dos encarnados?
Segundo o Prof. Dr. Nubor Facure (lfacure@uol.com.br), investigador das bases neurofisiológicas da mediunidade em Campinas – SP, há sim um substrato cerebral capaz de explicar tais comunicações decorrentes do processo mediúnico.
Isto parece estar tomando corpo com o interesse cada vez mais crescente de entidades académicas, como é o caso da USP de São Paulo, onde se tem buscado demonstrar a veracidade dos factos em relação a esta matéria. Prova disto foi a exibição de todo um programa Globo Repórter (Rede Globo de Televisão) no dia 13 de setembro deste ano, onde se tratou do assunto, com a exposição de hipóteses plausíveis de que cristais existentes na glândula pineal seriam espécie de antena para as comunicações vistas na mediunidade.
Será que Francisco Cândido Xavier, de parcas condições socioculturais, teria capacidade de enganar a tantas pessoas durante toda uma vida, escrevendo sobre os mais diversos assuntos e das mais diversas áreas da acção humana?
Será que seria humanamente possível que alguém escrevesse mais de 400 obras durante uma existência literária de pouco mais que 50 anos, versando sobre filosofia, história, física e tantas outras disciplinas, sem biblioteca pessoal que assim o permitisse?
Até mesmo, daria tempo para pesquisar e lançar tantas obras assim?
Poderia um médium da estirpe de um Chico Xavier ser considerado apenas como um paranormal?
Um charlatão? Um esquizofrénico?
Ou estaríamos realmente diante de uma prova irrefutável da veracidade do processo de comunicação mediúnica?
Se bem sei da índole que tinha nosso estimado Chico, ele jamais se submeteria à curiosidade de um James Randy, nem pelo dinheiro e nem por vaidade.
Eis a grande marca dos grandes mestres!
Leonardo Mendes Cardoso é médico pediatra com aperfeiçoamento em alergia pediátrica, professor universitário e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Católica de Goiás.
Tem 43 anos de idade e reside em Goiânia – Go, onde pesquisa acerca dos fenómenos mediúnicos.

§.§.§- Ave sem Ninho
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Técnicas de Curas Espirituais

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 23, 2015 10:29 pm

Geziel Andrade

Para colaborar no processo de obtenção da cura para muitas enfermidades, decorrentes principalmente de desequilíbrios interiores, o Espiritismo em prega técnicas variadas:
aconselhamento espiritual, evangelização, oração, passe magnético, água fluidificada, desobsessão e operação espiritual.
Estas técnicas devem ser aplicadas somente após uma avaliação prévia e precisa da situação e problemas do paciente.
Elas não dispensam, evidentemente, o uso simultâneo dos amplos recursos desenvolvidos e empregados pelas ciências médicas e pelas escolas e correntes alternativas de apoio fraterno às pessoas doentes.
O domínio e o emprego daquelas técnicas de cura espiritual são bastante comuns nos Centros Espíritas, com excepção das operações espirituais, que exigem médiuns e ambientes especiais.
Os pontos que caracterizam os processos de curas no Espiritismo são o total desinteresse financeiro; o amor cristão, do qual a caridade é filha; a estreita integração entre os espíritos encarnados e desencarnados, actuando em conjunto e de forma harmónica, visando o bem, a saúde e a felicidade dos enfermos; e a participação activa dos pacientes no processo de cura.
Para obter sucesso no emprego dessas técnicas de cura, cabe-nos sempre atentar para os seguintes aspectos:

ACONSELHAMENTO ESPIRITUAL.
Esta técnica pode ser empregada de forma individualizada, dialogando-se com o paciente sobre seus problemas específicos, ou em grupo de pessoas, tratando abertamente das dificuldades e dos desequilíbrios maiores que afectam os indivíduos.
Em ambos os casos, não existe uma regra padrão para se relacionar com os pacientes.
Mas, a exigência é que as soluções propostas e os conselhos espirituais, em quaisquer casos, sejam dados, rigorosamente e exclusivamente, baseados nos ensinamentos dos espíritos superiores.

Neste processo de cura, destacam-se duas atribuições:
a) ao orientador espírita cabe os trabalhos de conscientização para as realidades da vida do espírito eterno, de levantamento das causas reais das doenças, e de apresentação dos conselhos que implicam em mudar para melhor as causas para conter os efeitos doentios;
b) ao paciente cabe ter disposição e vontade firme para se reequilibrar e pôr em prática os conselhos que concretizarão a desejada cura.

EVANGELIZAÇÃO.
Muitas pessoas ficam doentes por ignorarem completamente os ensinamentos de Jesus, contidos no Evangelho.
Elas deixam de amar a Deus e aos semelhantes; não confiam no Pai e na sua justiça; esquecem a humildade; relutam em não servir ao próximo; anseiam em tomar sempre o primeiro lugar; não valorizam a simplicidade e a pureza no coração; vivem inquietos com o presente e com o amanhã; fazem o bem com ostentação; cometem adultérios; entram pela porta larga da perdição; deixam sair pela boca coisas más contidas no coração; provocam escândalos; vivem em cólera contra os irmãos; recusam-se a perdoar e a reconciliar com os adversários; julgam e condenam os outros sem misericórdia; atiram a primeira pedra mesmo tendo pecados; não amam os inimigos, não fazem o bem aos que os odeiam e nem oram pelos que os perseguem e os caluniam; afadigam-se pela posse do ouro, da prata e das moedas; não se preservam da avareza; acumulam tesouros só na Terra e não no Céu; não convidam para o festim os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos; não dão aos mais pequeninos nem de comer, nem de beber, nem hospedagem, nem vestimenta e nem os visitam quando doentes ou presos; resistem ao mal, não apresentam a outra face ante a agressão, não entregam a túnica e o manto, nem caminham além do exigido sob coacção, não dão aos que pedem e repelem os que querem emprestado; não tratam os semelhantes como gostariam de ser tratados.
A evangelização é eficiente meio de cura para as consequências doentias desses comportamentos.
E o Evangelho Segundo o Espiritismo, norteando o trabalho de evangelização nos Centros Espíritas e o culto do Evangelho no lar, deve ser o instrumento de transformação íntima dos doentes da alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 23, 2015 10:30 pm

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ORAÇÃO.
Quando estamos aflitos, desequilibrados emocionalmente ou enfermos, devemos orar a Deus, a Jesus e aos bons espíritos rogando a paz interior, o reequilíbrio e a cura.
Sempre haverá uma resposta à nossa súplica, pois todas as preces são ouvidas, seleccionadas, analisadas e atendidas, fraternalmente, da melhor maneira, pelos espíritos de diversas esferas espirituais de acordo com os nossos merecimentos e necessidades.
O poder de nossa prece está na vontade, nos pensamentos e sentimentos sinceros e elevados e não nos gestos e formalidades exteriores e o nosso sofrimento decorre de excessos, vícios, crimes e faltas cometidas, a prece propiciará coragem, força moral, paciência e resignação, mas não dispensará o arrependimento sincero, a reparação necessária e o retorno às sendas do amor, do bem e das virtudes, que garantem o restabelecimento físico, moral e emocional duradouro.
A oração, por imunizar-nos contra o mal pelo halo de protecção que forma; por atrair ajuda espiritual; por evitar a irritação, a angústia, o ressentimento, a depressão e outras desvirtudes da alma que levam a muitos males e enfermidades; por ser valioso recurso no reequilíbrio interior, na mudança de um estado doentio da consciência e na cura do corpo, deve estar, de modo permanente, incorporada em nossos hábitos diários.

PASSE MAGNÉTICO.
Com base na ampla literatura espírita, eis alguns pontos que devem ser conhecidos e rigorosamente observados durante a aplicação e a recepção do passe, tanto pelos passistas como pelos pacientes, para sua maior eficácia no reestimulo dos centros vitais dos corpos espiritual e físico e no processo de cura espiritual:
a) Deveres do passista:
Preparar-se previamente para o trabalho mantendo domínio sobre si mesmo, equilíbrio nas emoções e sentimentos, amor pelos semelhantes e confiança no poder divino e na faculdade de curar. Cuidar-se para manter sempre um bom estado de saúde.
Não cometer excessos na alimentação e dispensar o álcool, tóxicos e cigarros.
Preparar o ambiente com preces, leituras e comentários evangélicos e doutrinários de paz, alegria e optimismo.
Manter sempre um padrão moral, mental e sentimental elevado para facilitar a sintonia com os espíritos magnetizadores e técnicos em auxílio magnético.
Respeitar o dia e o horário do serviço de socorro magnético.
Colocar as mãos sobre os enfermos para doar os recursos magnéticos.
Não tocar no paciente, pois a energia fluídica penetra o corpo e é assimilada pelo sangue, provocando mudanças salutares nos órgãos.
Dispensar roupas especiais, gesticulações, respiração ofegante, bocejos, estalidos dos dedos, tremores, etc.
Pode-se diminuir a iluminação para facilitar a concentração no trabalho de assistência magnética.
Manter uma postura descontraída, para melhor fluir as irradiações magnéticas.
Esta, convencido de que está na força mental o poder de harmonizar-se com os bons espíritos, controlar o fluido magnético e transformá-lo em recursos estimulantes e benéficos.
Estar ciente de que constitui-se apenas em instrumento de socorro do plano espiritual ao transmitir, em conjunto com os espíritos, fluidos bons, salutares e curadores.
Estai consciente de que a vontade de ajudar e o desejo e o pensamento de reequilibrar e beneficiar o paciente atuam sobre os fluidos espirituais à volta.
Estar convicto que sua energia magnética será harmonizada, modificada e intensificada pelos bons espíritos de acordo com as necessidades e méritos dos pacientes.

b) Deveres do paciente:
Assimilar as instruções contidas nos ensinamentos espíritas buscando a própria tranquilidade, o reequilíbrio interior, a superação das aflições, dores e angústias, o entendimento das leis que regem a vida, o conhecimento de si mesmo, das causas dos desequilíbrios e das mudanças necessárias para curar-se.
Pedir, humildemente, em prece, a ajuda de Deus e dos bons espíritos.
Confiar na intervenção e socorro do plano espiritual superior e na conquista da cura.
Tornar-se receptivo aos benefícios do passe magnético pela aceitação, recolhimento, respeito, vontade de sarar, fé e confiança na obtenção da cura.
Estar consciente de que a ajuda divina e o merecimento da cura decorrem da vontade sincera de reparar excessos, vícios, crimes e desvirtudes e de conquistar aprimoramento pessoal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 23, 2015 10:30 pm

«-»
ÁGUA FLUIDIFICADA.

A água potável, por absorver facilmente as partículas magnéticas subtis que lhe são projectadas pelo pensamento em prece, pelos sentimentos de amor, bondade e confiança e pelo desejo de se harmonizar com os bons espíritos e servir o próximo, pode ser fluidificada, isto é, receber energias magnéticas e fluídicas e medicação do Céu, adquirindo grande valor terapêutico.
Por isso nos recomenda Emmanuel, através de Chico Xavier:
"Se desejas o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia.
O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus."

DESOBSESSAO.
A influência perniciosa de espíritos ainda inferiores, sobas formas de obsessão, fascinação e subjugação, leva certas pessoas a terem sintomas doentios e a adoptarem atitudes extravagantes.
A desobsessão é o processo de cura indicado para esses casos, quando comprovados.
Como não existe lesão orgânica, o afastamento do espírito mau elimina a influência estranha, promovendo naturalmente a cura.
O espírito ainda imperfeito exerce sua influência em função da similitude de inclinações, intenções e disposições; do idêntico grau de moralidade; da fraqueza na vontade própria do obsidiado; da pouca resistência às sugestões inoportunas; do prazer que o espírito obsessor sente em atormentar a pessoa; do propósito de desforra e vingança por débitos, ódios e cumplicidades em delinquências gravados em vida passada; da fácil combinação de fluidos entre os perispíritos do encarnado e do desencarnado, permitindo o envolvimento e a acção do espírito obsessor.

Para se obter sucesso pleno no trabalho de desobsessão, torna-se imprescindível:
a) fornecer ao paciente, através de passe magnético, recursos fluídicos de natureza elevada e contrária à do espírito obsessor, visando cortar as ligações mentais telepáticas ou hipnóticas;
b) utilizar a prece para atrair a ajuda de Deus e dos bons espíritos, para elevar o padrão vibratório da vítima e para sensibilizar o espírito mau para a mudança de propósitos e de sentimentos;
c) contar com o auxílio e o trabalho dos bons espíritos no plano espiritual;
d) evocar o espírito obsessor para, numa conversa fraterna e franca, procurar aconselhá-lo para o bem e convencê-lo das consequências da prática do mal e da importância do perdão e da renúncia aos maus propósitos;
e) que a pessoa atormentada tenha força de vontade para opor resistências às más sugestões e se renove moralmente para afastar o obsessor e eliminar os fluidos malsãos que a envolvem;
f) que o orientador dos trabalhos tenha amor, paciência, fé, perseverança, modéstia e completo desinteresse moral e material;
g) que o espírito obsessor se afaste espontaneamente pela renúncia do mau propósito, pela transformação em amigo e pelo desejo de moralizar-se e de mudar para melhor os sentimentos e as imperfeições.

OPERAÇÕES ESPIRITUAIS.
As cirurgias feitas por espíritos abrangem quatro tipos:
a) Operações e aplicações de recursos do magnetismo curador no perispírito, com reflexos patentes, imediatos ou não, nos órgãos doentios do corpo físico, sem a presença de um médium no local.
Essas intervenções se dão na própria residência ou local de internação do paciente, enquanto geralmente este dorme.
Elas decorrem do merecimento, da fé e das preces do próprio doente ou dos dirigentes de Centros Espíritas ou de outros cultos religiosos.
A presença dos bons espíritos, às vezes, é sentida pelo doente.
Estas são as conhecidas curas à distância.

b) Operações no corpo espiritual e aplicações de recursos energéticos curadores subtis, com o espírito de um médico incorporado em um médium.
A cura dos órgãos doentes é imediata ou a médio prazo.
O médico espiritual faz o diagnóstico, a intervenção no perispírito, a aplicação de passes magnéticos, e dá as orientações necessárias à concretização da cura.
Este tipo de operação está se tornando comum nos Centros Espíritas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 23, 2015 10:31 pm

«-»
c) Operações com o uso de instrumentos cirúrgicos para realizar raspagens, cortes e extracções de órgãos doentes do corpo material.
O espírito do médico utiliza-se de um médium inconsciente para evitar interferências.
O controlo pleno está com os seres espirituais que tomam decisões quanto a anestesia, o tipo e o modo de operação e os cuidados pós-operatórios.
O exemplo mais expressivo foi o do médium Arigó (José Pedro de Freitas), cujo trabalho foi estudado pelo professor José Herculano Pires e publicado pela Edicel em 1966.
Actualmente, alguns médiuns servem de instrumento para a realização de trabalhos idênticos.

d) Operações, na presença de um médium em transe que fornece uma substância chamada ectoplasma, feitas pelo espírito de um médico materializado.
A intervenção cirúrgica é feita com materiais e instrumentos materializados sob o controle do plano espiritual.
Um caso típico, de grande repercussão, encontra-se documentado no livro "Operações Espirituais" de autoria de Urbano Pereira, reeditado pelo (IDE de Araras-SP).

CONCLUSÃO:
Cada paciente apresenta-se com particularidades próprias.
Portanto, só a avaliação caso a caso pode indicar a melhor técnica de terapia.
Mas, o restabelecimento da saúde física não depende só da precisão do diagnóstico e do emprego da técnica de cura mais apropriada; depende também do poder das energias curadoras actuarem nos corpos espiritual e material sob o comando dos dirigentes, médiuns e espíritos socorristas; das mudanças para melhor que o doente consegue realizar nos sentimentos, pensamentos e atitudes; da reabilitação íntima, do reequilíbrio, da renovação interior por parte da pessoa enferma pela eliminação das tendências infelizes, pela prática do amor e pela construção do bem de todos; das provas, expiações, experiências e resgates de débitos passados que o paciente tem que passar nesta vida; e das concessões da misericórdia divina decorrentes dos méritos e das conquistas espirituais do enfermo.

Retirado de "Doenças - Cura e Saúde à Luz do Espiritismo" – Ed. EME

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty O Bem: A Subida Que Não Cansa

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 24, 2015 11:25 am

A. Corrêa de Paiva

Aprendi, há muito tempo, que o bem é uma subida que não cansa.
Para o espírita, está máxima apresenta infinitos valores filosóficos, porque, na verdade, ele sabe que – Fora da caridade não há salvação, como bem asseverou Allan Kardec.
Sabe mais o espírita: sabe que não existe sofrimento sem a sua razão de ser, visto Deus ser Pai de amor e bondade, justiça e misericórdia.
Significa isto que ninguém sofre sem merecer a dor que purifica.

No caminho do bem, ou seja, da caridade, é preciso não desprezar o uso da razão, que esclarece, ao lado do amor, que consola.
O amor deve andar de mão dadas com o esclarecimento, que instrui.
Daí a asserção da Doutrina Espírita, conforme instrução do Espírito de Verdade:
Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”.

Na prática da caridade, junto do pão, que alimenta, do remédio, que cura, da roupa, que protege e do aluguel que alivia, é preciso não menosprezar a palavra e o gesto de benevolência e indulgência, que consola e encoraja o socorrido, nosso irmão, animando-o na sua prova e na sua expiação, de modo que ele possa levar de vencida suas dificuldades e suas dores, sabendo que Deus é Pai de amor e bondade.
Foi por conhecer tão bem a Deus, que Jesus disse aos sofredores:
“Bem aventurados sois, vós os que sofreis, por que sereis consolados”.

Pela lei de causa e efeito, a criatura sempre colhe o que semeia.
“É dando que se recebe”.
O receber é efeito como o dar é causa.
Todo efeito justifica uma causa; toda causa gera um efeito.
Em razão disto, fácil nos é entender o ensino de Jesus quando ele afirma que “cada qual receberá conforme suas próprias obras”.

A pessoa esclarecida sobre a razão de ser dos seus infortúnios – é óbvio – sentir-se-á mais fortalecida e mais encorajada a suportar, com humildade, os reveses da vida, compreendendo que nada acontece por acaso.
Assim, sejam quais forem as vicissitudes que a estejam flagelando, ela se esforçará para superar tudo, escudada na certeza de que Deus, na sua sabedoria, permitindo que tudo aconteça – é porque está lhe guardando o melhor.

Busquemos, pois, com seriedade, o estudo da Doutrina Espírita, certos de que ela é a verdade da sentença de Jesus:
Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Ela será a força propulsora a impelir-nos na árdua escalada do nosso aperfeiçoamento.

A Flama Espírita - Uberaba, Minas Gerais, junho de 2001

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Nunca Desanimar

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 24, 2015 10:00 pm

"E Ele disse:
Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou, vai em paz." - Lucas, 8:48.

Nunca é tarde pira mudarmos o rumo de nossa vida e recomeçarmos.
Qualquer que seja a extensão do sofrimento ou das dificuldades, a solução chegará.
Nos dias sombrios que marcam nossa existência, experimentamos emoções de revolta. medo e insegurança, dando-nos a impressão de que o nosso problema não terá fim. É este o momento de movimentarmos a fé.

Mas, o que é fé?
A resposta pode ser encontrada no livro O CONSOLADOR, do sábio benfeitor Emmanuel, na questão 354:
"Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar nunca energia constante de realização divina da personalidade.
Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer:
"eu creio", mas afirmar:
"eu sei" com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento.

Entendemos, então, que fé é a movimentação das forças internas, daquelas possibilidades que todos trazemos direccionando-as para o alvo pretendido.
Quando o Cristo nos falou “vós sois deuses" afirmou o nosso potencial para alcançar um estado de felicidade.
A Doutrina Espírita, através da fé raciocinada, oferece-nos condições de compreender a razão dos sofrimentos.
Embasados nos porquês e finalidades da vida, fortalecemo-nos.
Através do entendimento, retiramos de nós mesmos (pela reflexão, vontade, esforço e confiança em Deus) os meios de transpor as dificuldades.
Razão e sentimento - diz Emmanuel - e isto significa analisar o problema, enfrentar a situação, buscar soluções que a razão aponta, usando o sentimento para amenizar os acontecimentos.
A maior quota de resoluções está connosco, no entanto, a presença de um amigo, um confidente sincero e leal sempre nos ajuda a raciocinar melhor, e esta afectividade é fundamental.
A fé, corno podemos observar, é uma conquista alcançada através do exercício, do esforço empreendido ao depararmos corri situações difíceis.
"A tua fé te salvou", lecciona Jesus.
Pensemos nisso, ouçamos o Mestre.
A fé é operosa, dinâmica, basta-nos impulsiona-la.

Emmanuel, ao encerrar a questão 354, diz:
"Traduzindo a certeza na assistência de Deus, a fé exprime a confiança que sabe enfrentar as lutas e problemas..."
Fé é saber que o nosso amanhã será a vitória, que os problemas são desafios e que o nosso crescimento espiritual está em vence-los.
Desanimar, nunca!

O Médium – Ano 66 – nº 596 – 07 e 08/97

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty QUANDO FORMOS BONS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 25, 2015 11:35 am

Abstal Loureiro

Por considerar actualizadas as palavras constantes da mensagem transmitida através do médium Carlos Roberto Fernandes, pelo Espírito João Augusto Chaves, publicada no Jornal “A Flama Espírita”, de Uberaba, MG, de 24 de outubro de 1981, transcrevemo-las com a devida vénia, sem aduzir comentário algum por desnecessário, em nosso entender.

“Quando a luz do Amor abrilhantar os nossos corações e o Reino da Fraternidade iluminar os nossos passos, então:
Não mais existirão impulsos à critica e à censura;
Não mais se ouvirá dos lábios a expressão da calunia;
Não mais precisaremos de prisões, de vez que as Leis de Deus se alojarão no imo da nossa alma;
Não mais órfãos abandonados, orfanatos em dificuldades, de vez que o Lar será essencialmente, um lar de amor, onde a família se fará espelho do ensino cristão, acolhendo corações desabrigados, sem perguntas, sem problemas;
A Perseverança no Bem se fará constante em todos;
Um só Mestre: Jesus...
Uma só Religião: o Amor..
Um só Caminho: o Bem ...
O abraço da Fé será o sustentáculo das nações;
As Leis de Deus abrilhantar-se-ão dentro de nós...
As lições evangélicas serão a música a alegrar-nos em paz;
A presença da união será eterna em todos os núcleos sociais, em todos os povos...
A humildade elevará todos os homens ao Lar Sublime da Espiritualidade Superior...
O ódio não existirá nos dicionários, afastando espíritos invigilantes do cultivo da paz interior...
A dor não se fará tangente em nós...
A canção da Alegria será o Poema da Caridade...
O caminho de todos iluminar-se-á pelo consolo da esperança e da vivência em um mundo engrandecido pelos seres que nele vivem, espelho da perfeita harmonia...
A nossa vida será o sustentáculo de outras vidas...
A renuncia não será sacrifício;
A prática do Bem será exclusiva e perene;
As criaturas abraçar-se-ão como irmãs;
Em todos, o retracto da confiança...
A enfermidade não existirá no campo das tarefas, pois a provação e a expiação não mais serão o instituto de lições a que no, filiaremos, aspirando o porvir...
A bênção compreensão será hino de louvor no plano da convivência;
Ninguém terá disposição para observar o mal e comentá-lo, mas, a palavra santificante será o cântico de todos os seres...
Não existirão manicómios, substituídos pela Estrela do Evangelho de Jesus...

Todos viverão por todos...
Todos seremos, ante o Amor de Jesus, filhos de Deus que, caminhando para Ele, em Sol de excelso fulgor, entoaremos, no coração, em luz de vivência, o cântico da Alegria Perfeita:
“Glória a Deus nas Alturas”...

Macaé Espírita – Jan/Fev – 2001

Transcrição Joel e Aida

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 20 Empty Passes - Desobsessão - Disciplina

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 25, 2015 9:10 pm

Adelino da Silveira

Em 1972, escrevi ao Chico fazendo-lhe uma série de perguntas.
Até hoje não consegui me perdoar por haver-lhe roubado tanto tempo, pois cada minuto daqueles pesa-me como se os houvesse subtraído à Humanidade.

Suas respostas, que traziam a chancela do iluminado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, trouxeram-me grande alívio e para que estes ensinamentos e orientação não fiquem só comigo, creio que seja útil publicá-los, excluídos os de carácter pessoal.

1 - O passe precisa ser transmitido em pé ou sentado?
Constituindo-se o passe no Grupo Espírita Evangélico, em recursos administrativos pelos Benfeitores da Vida Maior, através dos instrumentos humanos, a posição dos medianeiros, qualquer que seja, é sempre digna, desde que seja digna a atitude íntima desses mesmos medianeiros.
Ainda assim, a postura de pé será sempre a mais recomendável pelo respeito geral que inspira.

2 - Nos embaraços mensais, a mulher pode frequentar os trabalhos mediúnicos?
No caso de nossas irmãs as mulheres, tão somente nas ocasiões de gravidez, após o terceiro mês de gestação do nascituro, devem abster-se da acção mediúnica, podendo permanecer, porém, na equipe de serviço espiritual para receberem auxílio.

3 - Como saber quando o médium está preparado para sentar-se à mesa e cooperar nas tarefas em andamento?
Sempre que o trabalhador estiver sinceramente decidido a cooperar no bem dos outros, estará preparado para servir.

4 - As sessões de desobsessão, mesmo com a nossa falta de preparo, muitas vezes com alguns médiuns dormindo, duvidando, devem ser realizadas?
Qual a necessidade de realizarmos os trabalhos nestas condições?
Os espíritos se beneficiam mesmo assim?

Mesmo com a taxa de sobrecarga, fadiga, indiferença, fastio, indisposição, dúvida e sono que muitos de nossos companheiros possam demonstrar, o rendimento do bem e a expansão da luz, em nossas reuniões constituem bênção de intraduzível valor. Prossigamos, meus filhos, em nossas tarefas de sempre, a caminho de nossa maior integração com os ensinamentos de Jesus.

5 - Há necessidade de se comentar o trecho lido antes das tarefas de desobsessão?
A leitura simples, sem comentários, de um trecho de "O Livro dos Espíritos" e de outro de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" pelo menos dez a quinze minutos antes do horário marcado para o início da reunião, é mais recomendável.
Isso ajudará os integrantes da equipe a meditar com as reflexões dos desencarnados presentes, sem prejudicar o rendimento e proveito da reunião, no campo de tempo.

6 - Nas sessões públicas, é necessário, enquanto se realizam os passes, alguém continuar falando, mesmo com o barulho?
Sim, ainda mesmo que os ruídos desnecessários existam e devam ser podados pouco a pouco, as explanações doutrinárias devem continuar, de vez que são elas as necessárias luzes para a renovação geral dos ouvintes.

7 - Adianta alguém tomar passes no lugar do outro?
Alguém não pode substituir alguém, de maneira total, na recepção do passe, mas a mentalização do necessitado de socorro espiritual por parte de quem recebe semelhante auxílio magnético é apoio e assistência de grande valor para quem pede a intervenção da Vida Maior.

8 - Como agir com as pessoas que nos procuram nas horas mais impróprias?
Devemos atender a todos em qualquer hora?

Meu filho, Jesus nos abençoe.
Compreendemos a extensão do seu carinho em favor de nossos irmãos necessitados, mas todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança reclama disciplina.
Aprendamos a controlar os horários de acção espiritual, a fim de que a perturbação não venha aparecer, em nossas tarefas, sob o nome de caridade.
Peçamos a Jesus nos inspire e nos abençoe para isso.
A ordem preside o progresso e, por isso mesmo não podemos perder a ordem de vista, sob pena de desequilibrar, embora sem querer, o nosso próprio trabalho.
Que Deus nos abençoe e ampare sempre.

Evangelho e Acção - Fevereiro de 2001

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