LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty ELEVE SUA AUTO-ESTIMA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 10, 2015 10:19 am

Harmonize seu lar:
Abra portas e janelas e comece uma limpeza.
Inicie pelo guarda-roupa e armários, tire tudo e só guarde o que está realmente precisando.
O resto, elimine da melhor forma que encontrar.
Lembre-se, só fica o necessário!
Roupas e objectos que estão sem uso perdem a função vital, bloqueando o fluxo de energia do meio ambiente.
Faça isso periodicamente e com a consciência de que também estará fazendo uma faxina emocional.

Preste atenção em você:
Perceba os seus pensamentos.
Ao longo do dia você tem milhares de pensamentos negativos e positivos.
Você não é os seus pensamentos, mas eles têm uma enorme força sobre a sua vida.
Se você tem mais pensamentos negativos, isto demonstra que você é uma pessoa negativa, sua vida vai mal e as pessoas e situações que você atrai também estão na mesma freqüência de negatividade.
Você pode mudar a sua vida, mudando a qualidade de seus pensamentos.
Quanto aos negativos, você não poderá eliminá-los, mas poderá tirar as suas forças, cultivando os positivos e os elevados.
Enquanto você presta atenção no que está pensando, já tem maior auto-controle sobre a energia mental e conseqüentemente sobre sua vida.
Procure ler frases de afirmações positivas e biografias de pessoas bem sucedidas.
Mas quando o pensamento negativo lhe assaltar a mente, repita por "sete" vezes:
"este pensamento não tem força sobre mim".
Com o tempo você perceberá que no jardim existem rosas e espinhos e que a felicidade é um presente para quem observa as rosas e a tristeza os espinhos.

Aceite a vida:
Pare já de reclamar.
Volte sua mente para o que a vida oferece de bom.
Aceite viver nesse planeta azul, e curta a viagem da melhor maneira possível.
Lembre-se que ela tem fim, então faça bom proveito.
Ajude ao próximo, seja uma pessoa sincera, alegre e procure trabalhar com amor.
Aceite as pessoas como elas são e, principalmente, se aceite como você é.
Mas aceitar não significa se acomodar com os problemas.
Devemos buscar a força para mudar o que podemos mudar, e a aceitação para o que não se pode ser diferente.

Visite a natureza:
Coloque essa meta em sua vida.
Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza.
Ela tem o poder de purificar as células.
O mar neutraliza as energias negativas e recarrega o campo electromagnético.
As cachoeiras activam a vida celular e também energizam a aura, além de hidratar a pele e os cabelos.
O verde ativa o processo interior de auto-cura, tanto física como emocional.
Pisar descalço na terra descarrega as energias negativas.
E não se esqueça, você é parte da natureza e deve estar em harmonia com ela se quiser manter ou recuperar a qualidade de sua vida.
E Converse com Deus.

Marcelo de Almeida.
http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty CARNAVAL UMA FESTA ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 10, 2015 9:50 pm

(...) O culto à carne evoca tudo o que desperta materialidade, sensualidade, paixão e gozo.
O forte apelo do período que antecede, acompanha e sucede o evento ao deus Mamon guarda íntima relação com o conúbio de energias entre os dois planos da vida, o físico e o extra-físico, alimentado pelos participantes, “vivos de cá e de lá”, que se deleitam em intercâmbio de fluidos materialmente imperceptíveis à maioria dos carnavalescos encarnados.

Vivemos em constante relação de intercâmbio, conectando-nos com os que nos são afins pelos pensamentos, gostos, interesses e acções.
Sem que nos apercebamos, somos acompanhados por uma “nuvem de testemunhas”, que retrata nossa situação íntima.

Não cabe a análise sob a ótica de proibições ou cerceamento de vontades.
Todos somos livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes.
Porém, não podemos nos esquecer de que igualmente somos responsáveis, individual ou colectivamente, pelas opções definidas em nossa vida.

O Espiritismo não condena o carnaval, mas, também, não estimula suas festividades.
Nesse período são cometidos excessos de todos os graus, com abusos e desregramentos no âmbito do sexo, das drogas, da violência; exageros que extravasam desequilíbrio e possibilitam a actuação de espíritos inferiores que se locupletam com a alimentação de fluidos densos formadores de uma ambiência espiritual de baixo teor vibratório.

Carnaval é, de facto, uma festa espiritual.
Porém, eu não quero participar dessa festa. E você?

O espírita verdadeiro pode e deve aproveitar o feriado prolongado para estudar, trabalhar, ajudar aos outros e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando real alegria e plenitude ao Espírito imortal

**********

Fonte:Site da Federação Espírita Brasileira FEB

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty FILHOS ADOPTIVOS NA VISÃO ESPÍRITA

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 11, 2015 10:11 am

Pela visão espírita, todos somos adotados.
Porque o único Pai legítimo é Deus.
Os pais da Terra não SÃO nossos pais, eles ESTÃO nossos pais.
Porque a cada encarnação, mudamos de pais consangüíneos, mas em todas elas Deus é sempre o mesmo Pai.
Mas, para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de muitos pais, é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da reencarnação.
A formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual.
Sabemos que nada ocorre por acaso.
Assim como filhos biológicos, nossos filhos adoptivos também são companheiros de vidas passadas.
E nossa vida de hoje é resultado do que angariamos para nós mesmos, no passado.
Surge, então, a indagação:
“se são velhos conhecidos e deverão se encontrar no mesmo lar, por que já não nasceram como filhos naturais?”
Na literatura espírita encontramos vários casos de filhos que, em função do orgulho, do egoísmo e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais, escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paternos.
De retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar para recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem lesaram afetivamente.
Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o carinho, o amor e a ternura de ontem.
Porque a lei é a de Causa e Efeito.
Não aproveitada a convivência com pais amorosos e desvelados, é da Lei Divina que retomem o contacto com eles como filhos de outros pais chegando-lhes aos braços pelas vias de adopção.
Aos pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho do bem, independente de serem filhos consangüíneos ou não.
A responsabilidade de pais permanece a mesma.
Recebendo eles no lar a abençoada experiência da adopção, Deus sinaliza aos cônjuges estar confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem não souberam fazer.
Trazem no coração desequilíbrios de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração.
Allan Kardec elucida:
“Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias”.

Fonte: http://www.samaritanos.com.br/…/filhos-adotivos-na-visao-e…/

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty PERDOAR PARA SER PERDOADO

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 11, 2015 8:52 pm

Se você desencarnasse agora, deixaria para trás alguma ofensa recebida e não perdoada?
Você já perdoou as ofensas recebidas?

Bom mesmo seria se não houvesse ofensa alguma, se você nunca se sentisse ofendido.
Mas somos, ainda, muito susceptíveis.
Nos melindramos por pouca coisa.
Poucas coisas produzem tanto mal e causam tantas doenças como a falta de perdão.
“Nunca vou te perdoar”; veja só que frase mais feia.
É uma afirmação terrível, e só a coloco aqui para que você avalie o quanto essa sentença tem de destrutiva e irresponsável.
Sim, é uma irresponsabilidade não perdoar.
Falta de responsabilidade para com você mesmo, para com o próximo e para com o Universo.
O Universo é harmonia, e qualquer pensamento, palavra ou acção desarmônica produz um desajuste que terá que ser reparado, mais cedo ou mais tarde.
Tudo no Universo é harmonia.
Analise a precisão dos dias e das noites, as órbitas dos planetas, a perfeição do sistema solar, que é um grão de areia na imensidão do cosmos.
Tudo é harmônico, perfeito, íntegro. Por isso o Bem sempre prospera.
O Mal é desarmonia, e terá que se reajustar, inevitavelmente.
O perdão está de acordo as Leis de Deus, está de acordo com a harmonia cósmica.
Enquanto você não perdoa, fica ligado ao erro, à ofensa recebida.
Você acha que deve perdoar a quem o ofendeu?
Se você observar com frieza, talvez perceba que não há nada a ser perdoado na pessoa que produziu a ofensa.
Ela é humana como você, é espírito imortal como você, é sujeita a erros e acertos como você.
Se há algo a ser perdoado é a situação que foi gerada, não a pessoa que gerou a situação.
Todos somos parceiros de jornada, irmãos de caminhada evolutiva.
A situação criada é que foi ruim, e você deve desligar-se dela.
Desligue-se. Perdoe.
A palavra perdão não é usada nos textos mais antigos do evangelho.
No texto grego do primeiro século há a palavra aphiemi, significando, justamente, desligar.
A palavra perdoar vem do Latim perdonare; dar plenamente, doar totalmente.
Perdoar é desligar-se, libertar-se, livrar-se.
É isso que se deve fazer em relação às situações que nos ofenderam.
As pessoas que foram causadoras das ofensas que recebemos são falíveis como nós.
Também estão neste planeta de aprendizado.
Entre biliões de mundos habitados, dividem conosco este cisco espacial chamado planeta Terra.
Não é à toa que cruzaram nosso caminho.
Somos instrumentos de aprendizado uns dos outros.
E só não aprendemos se não quisermos, só não aproveitamos as oportunidades de aprendizado se ficarmos presos a picuinhas infames.
Você não pode esquecer que você também já ofendeu, você também já provocou situações ofensivas.
Perdoe para ser perdoado.
Do mesmo modo como você perdoar, assim também você será perdoado.
Sua consciência é seu juiz.
Perdoe. Perdoe a si mesmo, desligue-se dos erros cometidos.
Os erros são tentativas de acerto que não obtiveram o sucesso desejado.
Se você não perdoar a si mesmo, como irá perdoar ao próximo?

http://www.espiritoimortal.com.br/tag/o-perdao-na-visao-espirita/

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty PERDOAR A SI MESMO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 12, 2015 10:39 am

Perdoar a si mesmo é mais urgente que perdoar ao próximo.
Se você não perdoar a si mesmo, como vai ter condições de perdoar a quem quer que seja?
Se não perdoar seus próprios erros, suas próprias faltas, como conseguirá perdoar os erros e faltas alheias?

Perdoe primeiro a si mesmo, logo, urgentemente, se possível ainda hoje, pois ninguém merece viver carregando culpas velhas de erros cometidos no passado.
Não faça essa injustiça consigo mesmo, perdoe-se!
O sentimento de culpa age como autopunição, mas a autopunição só é válida quando lhe faz querer reparar o mal cometido.
Para chegar a esse ponto, você deve passar pelo estágio do remorso, que é o reconhecimento do mal realizado e consequente sofrimento; e do arrependimento, que é a ânsia de reparar ou compensar o mal que foi causado por você.
Se você já passou desse ponto, a autopunição não tem mais serventia para você.
É um peso morto. Se você não chegou a arrepender-se, não acha que seja necessário reparar ou compensar o mal que causou, talvez esteja entrando ou já entrou num processo de vitimização e autopiedade.
Reconheça seus erros, levando em conta que muitas vezes erramos tentando fazer o que nos parece melhor em determinadas circunstâncias.
Reconheça seus erros, reveja os sentimentos e valores que o levaram a cometer deslizes e adoptar comportamentos errados, abra-se consigo mesmo.
Você certamente já se deu conta disso, mas não custa perguntar:
Você já se deu conta de que você mesmo é sua única companhia obrigatória?
Que você vai acompanhar você para o resto dessa vida e para além dela, para sempre?
Você já percebeu que você está com você em todos os momentos da sua vida, bons e maus, aproveitando os benefícios e sofrendo os malefícios?

Se importe mais consigo mesmo.
Respeite mais a si mesmo.
E, acima de tudo, seja seu melhor amigo!
Abra-se consigo mesmo, conte de seus velhos medos, de suas vergonhas, fraquezas que só você conhece. Cure essas feridas, seja amoroso consigo.
Você precisa de você.
Perdoe-se! Faça as pazes com você, e comece já a mudar seu padrão de pensamentos e sentimentos.
Controle seus pensamentos, eles são determinantes para o que você faz de você.
Ame mais, comece por amar a você mesmo.
Se não amar a você, como vai amar a seu próximo?
Devemos amar o próximo como a nós mesmos, e devemos amar muito ao nosso próximo.
Isso quer dizer que você deve amar-se muito, muito mesmo.
Devemos perdoar ao próximo:
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.”
A quem você acha que está pedindo para perdoar as suas ofensas do mesmo modo que você perdoa a quem o ofendeu?
Quem você acha que julga seus erros e ofensas?
Deus? Não, Deus não julga, essa parte compete a nós mesmos, manifestações de Deus que somos.
Somos nós que nos julgamos, somos nós que nos condenamos e somos nós que na maioria das vezes nos esquecemos de nós mesmos no fundo do cárcere da auto-punição.
Depois de já ter cumprido a pena a que inconscientemente nos impomos, ficamos esquecidos na masmorra suja do remorso inútil esperando por nossa própria clemência.
Então tenha consideração por você mesmo, reveja seus conceitos, tome mais cuidado com suas atitudes para com você mesmo e para com o próximo.
Acima de tudo, seja um vigilante atento dos seus pensamentos.
Conduza seus pensamentos para o lado positivo das coisas, pois tudo na vida tem seu lado bom, quando queremos vê-lo.
É muito importante que você perdoe ao próximo.
Na verdade, é imprescindível.
Mas antes disso, perdoe a si mesmo.
Já está mais do que na hora.

http://www.espiritoimortal.com.br/perdoar-a-si-mesmo/

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty CONFLITOS FAMILIARES

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Fev 12, 2015 11:04 pm

Os conflitos familiares são factos comuns na Terra.
Eles derivam de acontecimentos ocorridos em outras encarnações, quando inimigos ferrenhos em vidas anteriores se encontram posteriormente como parentes próximos, vivendo sob o mesmo tecto.
Essa é uma das formas para que esses irmãos se vejam realmente como tais, transmutando os conflitos do passado em prol de uma convivência pacífica e harmoniosa.
Mas sabemos que na prática isso é difícil, apesar da reencarnação apagar da memória consciente esses conflitos.
A pretensa harmonia, no entanto, pode ser bastante prejudicada pela memória secular, inconsciente, do espírito encarnado.
De modo que essa memória se manifeste na forma de agressões mútuas, verbais e até físicas.
Muitas vezes alavancada por entidades espirituais de umbrais inferiores, que se aproveitam do estado de animosidade existente.
Sendo mais preciso, do estado pré-existente que elas sabem existir.
Nessas horas cabe o freio dos impulsos, face à sabedoria da razão.
Pois um homem elucidado sabe que discussões grosseiras, agressões verbais e físicas somente agravam problemas, principalmente quando se trata de familiares envolvidos.
É a hora em que a razão deve trazer a paz.
De ouvir sem responder, de ser inerte perante à agressão, de ser sábio frente à irracionalidade.
Essas serão as melhores atitudes, sempre, nos conflitos familiares.
Com esse comportamento, sentirão aos poucos que a paz interior os conquista.
Com o tempo será difícil abalá-la.
É o jeito de fazer sua parte no entendimento familiar.
Transmutando conflitos de eras passadas, que podem ter sido causados por você mesmo.

Por um espírito amigo

Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha, publicada no livro "O Amparo do Alto", Editora do Conhecimento.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty A CRISE ACONTECE

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 13, 2015 10:30 am

É um momento infalível na existência de cada um.

A pessoa, bastas vezes, se acredita realizada, por haver concretizado aspirações que lhe pareciam demasiado altas, entretanto, o teste espiritual de confiança aparece de improviso.

É o parente que fraquejou em obrigações assumidas, comprometendo a tranquilidade de todo o grupo familiar, a moléstia com gravidade imprevista; o afastamento de afeições das mais queridas ou a desencarnação de um ente amado...

Nessas ocorrências, surge o momento de exame em que as nossas aquisições da vida íntima se fazem avaliadas.

Diante desses testemunhos, alguns companheiros se desmandam na revolta ou se acomodam com a rebeldia, fugindo habitualmente para aventuras infelizes, adquirindo débitos de resgate difícil.

Outros, porém, usam a coragem e a serenidade e aceitam as tribulações que os procuram, nelas reconhecendo valiosos fatores que os impelem à própria renovação.

Quando te encontrares assim, numa hora grave e áspera, em que todas as vantagens que adquiriste no tempo te parecem arrastar para o sofrimento, não desesperes, nem desanimes.

Confia em Deus e segue para diante.

Se reconheces a força do amparo mútuo, auxilia aos companheiros em provação, tanto quanto puderes, a fim de que o apoio alheio não te esqueça no dia de tuas próprias dificuldades.

Ainda que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação, Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades.

Na actualidade terrestre, o homem se previne contra a carência de valores alimentícios, estocando géneros de primeira utilidade; defende as estradas, afastando o risco de acidentes ou promove a vacinação, frustrando o surto de epidemias.

Pensando nisso, entendamos o imperativo de exercitarmos fortaleza e compreensão, paciência e solidariedade, porque, de modo geral, em todas as existências do mundo, surge o dia em que a crise acontece.

(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier – PACIÊNCIA)

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Modificações da matéria

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Fev 13, 2015 10:32 pm

As diversas propriedades da matéria se originam de um só elemento primitivo, oriundo do seio do Criador.
Compete ao homem estudar, analisar, que encontrará a verdade vibrando no centro da própria vida. Jesus já dizia:
Batei e abrir-se-vos-á, buscai e achareis.
A quem bate nas portas da verdade, elas se abrirão, e quem a busca pelos estudos sérios, certamente a encontrará para o seu próprio conforto e enriquecimento espiritual.
A matéria primitiva começa a entrar em mutações quando sai do sopro divino.
Em cada ambiente, em cada toque das necessidades, essa matéria una entra em variações, atendendo à vista e embelezando o universo.
A lei das mutações opera em tudo e em todos.
A própria ciência já conhece essa verdade, pelo átomo com os seus eléctrons.
A matéria se modifica com as mudanças do cortejo electrônico que se chama vibração.
Assim como Deus é único em toda a criação, a matéria não poderia ser de outra forma, é una, em todos os seus aspectos, correspondendo à segurança da própria vida.
A lei estabelecida por Deus é também una, no entanto ela se diversifica pelas necessidades dos homens e das coisas.
A multiplicação é infinita, semelhante ao amor que cresce, de sorte a atingir toda a criação pelos processos do mesmo amor na dinâmica da caridade.
É observando matéria e anti-matéria, espírito e corpos espirituais, que se notará a grandeza de Deus e a Sua presença em toda parte.
Ainda há muitos segredos para serem revelados e os maiores se encontram dentro da própria criatura, esperando que estudemos e usemos do manancial divino que se acha em nós e a nosso favor.
A razão não pode explicar o infinito, mas pode ter alguma ideia do que possa ser, como, igualmente, o raciocínio não tem capacidade de entender a personalidade de Deus.
Sempre encontramos mistérios. Mesmo que desvendemos alguns, existem mais, por ser a evolução uma força natural e permanente em todas as direções da vida.
Estamos de posse, encarnados e desencarnados, de mínima parcela daquilo que deveremos saber.
As distâncias são imensuráveis, de nós a Deus.
Se analisamos a matéria na condição de prece, é nela mesma que poderemos observar o próprio céu, pela beleza da sua magnitude e ordem, na sinfonia universal.
A matéria é a presença de Deus, nos levando e nos fazendo entender o Seu magnânimo amor.
O tempo dar-nos-á noções elevadas sobre a Divindade, irradiando Sua presença benfeitora na mínima partícula da matéria, até nos mundos que circulam no infinito, dizendo-nos:
Eu sou o Pai, Vinde a mim todos vós que sofreis.

(Miramez / João Nunes Maia – Filosofia Espírita, 1 e 2)

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty MEDO DA PERDA

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:35 am

É interessante como a maioria das pessoas ainda vive na ilusão de que os bens materiais têm mais valor do que os valores espirituais.
Podemos observar esse comportamento até mesmo naqueles aparentemente espiritualizados, que têm sempre palavras bonitas e um belo discurso para os menos afortunados, aconselhando-os a terem paciência, confiança, etc.
Falam muito, porém, no momento em que devem dar o testemunho daquilo que pregam, não aceitam de forma alguma as adversidades da vida, revoltando-se.
Para eles é inadmissível imaginarem que um dia poderão perder tudo aquilo de que se julgam donos e senhores.
Infelizmente, para essas pessoas, ainda os bens materiais são muito mais importantes do que os bens e valores que possam cultivar dentro de si.
Esquecem-se de que ao partirem da Terra, rumo à verdadeira morada, nada levarão de material, nem mesmo o corpo físico.
Levarão apenas os defeitos e as virtudes que lograram desenvolver e adquirir durante sua passagem pela Terra.
Não queremos dizer com isso que as pessoas não devam trabalhar e lutar por uma vivência digna e até mesmo buscar certo conforto, para tornar a vida melhor, mas não podem se tornar escravas dos bens materiais, acumulando-os e vivendo em função dos mesmos.
Não podemos nos esquecer de que a Terra é uma escola, onde o homem está em busca do seu crescimento através do aprendizado junto aos seus semelhantes, para por em prática as virtudes, a s quais um dia sobrepujarão os defeitos.
Na Terra tudo é passageiro e o que temos aqui é empréstimo de nosso Pai celestial.
Valorizemos todo o bem que nos foi confiado para o nosso crescimento, mas lembrando que o mais importante é o bem que carregamos dentro de nós, ou seja, aquele que permanecerá conosco por toda a eternidade.

Gotas de Paz

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Aspectos científicos sobre a mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:17 pm

Paulo Milhomens
Actor e estudante de História da UFT.

Aspectos científicos da mediunidade e a necessária instrução política para os trabalhos mediúnicos entre os espíritas

1) Relação histórica da mediunidade como efeito físico comprovado
A relação metafísica na vida humana remonta milhares de anos no passado.
Quando os primeiros primatas predecessores do homo sapiens sapiens surgiram sobre a terra, sua ligação com o "eu" dimensional, extrafísico, já era uma característica pertinente numa mente bastante rudimentar.
A imaginação só pode ser exercida com o emprego da fantasia experimentada, isto é, cultos e características míticas dotadas de intenções capazes de evocar o recôndito do invisível.
A evolução do espírito humano está relacionado às suas diferentes etapas evolutivas pregadas por Charles Darwin na teoria evolucionista.
Diferentes espécies, como os Ramaphitecos, Australophitecos, Neanderthal e Cro-Magnon, para citar alguns exemplos, existiram e deram sua contribuição biológica até o aparecimento do humano como único membro dessa ancestralidade.
Com o advento da agricultura e a sedentarização, a estruturação tribal e cultural (religião, hierarquia e clãs), o ser humano passou a concentrar melhor sua ligação com o invisível desconhecido.
As ervas naturais utilizadas como remédios, a melhoria do corpo do guerreiro para a guerra, a cópula da procriação e as previsões do Xamã foram as técnicas iniciais para trazer os mortos ao mundo dos vivos.
Muitos ao partir, continuaram a cuidar dos animais e plantas, outros dos minerais e das águas, como guardiães da ordem e do equilíbrio na natureza.
Frequentemente eram trazidas pelos pajés – os rituais e o xamanismo politeísta das etnias africanas e americanas – , encontram seu paralelo na busca da resposta:
era preciso encontrar no princípio imaterial a junção certa na conduta individual e colectiva.
A divindade estava materializada através do sol e da lua, expoentes máximos de beleza e mistério.
É a partir desta fase, que a vida humana passa a ter contornos diferenciados na sua relação existencial, modificando a forma de pensar com experiências curiosas, resultando na linguagem desconhecida nas gravuras estranhas e incontestáveis dos curas tribais.
Portanto, como podemos ver, o desenvolvimento da mediunidade – uma capacidade psicofísica – transcende períodos imemoriais e é puramente orgânica.
Não é fruto do intelecto mental, mas pode ser melhorada por este.
E só através dele, adquire uma dimensão reguladora e auxiliar dos problemas universais.
Mas não basta apenas o controle e a investigação necessária se não houver o desenvolvimento moral necessário.
O espírito só alcança o estágio ideal quando exerce duas funções: moral e intelectual.
Em diferentes sociedades, sempre foi difícil estabelecer essas duas virtudes, embora ainda sejam imaturas no planeta.
Uma prova disso é o desenvolvimento tecnológico utilizado para a guerra. O homem sempre guerreou para sobreviver, sempre desempenhou conduta opressiva sobre seu semelhante.
Sua vida é resultado da luta.
A luta pela sobrevivência ganhou contornos que envolvem o domínio.
Os Estados geográficos definidos surgem através da posse – e posteriormente das armas.
Dominar outro ser humano requer a Arte da Guerra, como previra Maquiavel, mas não é a característica adequada aos homens de bem, pois suas medidas deflagram resultados inesperados: a destruição.
Em meio a este milhar de acontecimentos, vimos o progresso científico na Europa dos séculos XV e XVI dividir o antes e o depois – a centralização humana – para desvendar os enigmas existentes sobre as transformações sociais frequentes que permeiam as diferentes culturas.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:18 pm

«-»
Existir requer interrogação, se a crença nos espíritos é remota, qual o motivo da negação destes?
Efeitos isolados sobre aparições, sonhos e "assombrações" convivem antagonicamente com as limitações religiosas ou alegóricas acerca de sua autenticidade.
No íntimo consciente, os espíritos sempre existiram.
A capacidade de entendimento varia de acordo às necessidades conjunturais, isto é, acreditamos naquilo que somos e sua consequência directa são os códigos e linguagem que estabelecemos entre nós.
Para uns a bruxaria, outros a veneração. Muitas especulações atreladas a psicologismos pessoais, intuição exercitada, nada concreto.
O homem continuava absorto em pensamentos, como ainda está.
Sua disposição cerebral ainda não é plenamente capaz de desvendar o alcance mental pleno.
Inúmeras faculdades cerebrais são comprovadamente condizentes com a evolução humana em seus complexos mecanismos de execução.
Pensar requer além da imaginação, harmonia e predisposição física.
Em rota contrária verificamos em séculos anteriores, o instrumental mediúnico dos egípcios.
Essa civilização é tão antiga quanto os povos do Oriente Meridional (chineses e japoneses), desenvolvendo em sua época pesquisas intrinsecamente ligadas à prática dos médiuns.
Notáveis avanços na medicina, astrologia e cultismo aos "mortos" em meio a diversos rituais de ordem espiritual estão expostos nos hieróglifos das pirâmides milenares.
Como vimos, estar ligado fisicamente a seres humanos "imateriais" não é coisa nada incomum.

2) A mediunidade do ponto de vista materialista – coerção e significados, sua aceitação no mundo.
Até o surgimento da sistematização da doutrina espírita no século XIX, o referencial empírico – por meio de algumas experiências isoladas – servia de base as mais diversas explicações possíveis acerca dos espíritos. O efeito, como dissertamos, e não o fenómeno, como se atribui o milagre, está organicamente predisposto no organismo humano.
Evidentemente que Allan Kardec não foi o único cientista que notabilizou avanços e descobertas surpreendentes com as obras iniciais de estudos na Europa.
A França atravessou em período de descobertas literárias, sociológicas e culturais que nenhum outro país teria naquele momento.
A própria organização na espiritualidade tratou de discutir e determinar a região no continente como única capaz de abrigar envolvidos no trabalho espírita – a ‘ciência dos espíritos’ estava pronta para germinar. O período que vai do século XVII e início do XVIII, demonstra um rompimento teocêntrico com a mentalidade metafísica.
As estruturas medievais da Igreja estão em crise com as descobertas da navegação marítima e da física matemática de Isaac Newton.
O discurso do homem como centro do universo e a descentralização da Terra como massa composta universal.
Não é à toa que escritores brilhantes escreviam obras tão cépticas em seus contextos de fé:
"Se penso, logo existo".
O existencialismo cartesiano e o materialismo dialéctico – embora este em condições filosóficas ligadas a explicação natural dos meios de produção com Karl Marx – se propagam como correntes opostas numa Europa divida etnicamente e historicamente.
O pensamento humano se diversificou, e não é estranho que muitos ainda não pensem que o surgimento do sistema da doutrina dos espíritos está ligadas aos movimentos burgueses de verificação puramente sociológica.
Dúvida que a meu ver, foi sanada no século XX.
Com a encarnação de médiuns altamente progredidos como Divaldo Franco e Francisco Xavier, as possibilidades de registo e manuseio experimental de encarnados/desencarnados chegou a diagnósticos importantíssimos.
O espiritismo passou a ser estudado em todo mundo ao invés de ser tratado como alegoria ou folclore popular.
Como a América Latina, em particular o Brasil, está envolto numa miscigenação étnica de proporções gigantescas, a variedade de cultura e suas reciprocidades religiosas, tornou-se uma evidência constante.
Até porque os efeitos em suas formas de expressão, tais como a Umbanda, o Candomblé, a Quimbanda, as seitas oferendistas de carácter menos complexo e a própria religião católica passaram a conviver "harmonicamente" no mesmo território.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:19 pm

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Feito que em nenhum outro país foi notabilizado.
Actualmente temos no mundo 16 tipos de guerras diferentes, fora os conflitos menores de características étnicas, que são substancialmente provocados pela diferença de simbologia religiosa.
Algumas mais históricas, outras mais recentes, como as ocupações militares promovidas por nações belicamente mais equipadas.
O quadro é variado, mas onde teremos a mediunidade nesse turbilhão de diferenças humanas?
A resposta não é tão simples quanto parece. Voltaremos ao aspecto didáctico desse estudo para facilitar nosso entendimento.
Estudos ampliados, como os de Aksakov puderam dar grande contribuição aos fenómenos de efeitos físicos, principalmente no que concerne a médiuns brasileiros em actividade.
Recentemente, participei de um seminário sobre consciência mediúnica na cidade de Porto Nacional, Tocantins, onde tive o privilégio de assistir os trabalhos psico-pictográficos através do médium Florêncio Anton, de Salvador, Bahia. Confesso que estava ansioso pelos efeitos que seriam demonstrados naquela tarde, por ocasião da vista de Florêncio e seu auxiliar, Sidney, como exemplos práticos:
a mesa girante.
Meu desinteresse pela mesa diminui quando Anton passou longos minutos explanando a história humana e a evolução biológica, temas que citei rapidamente no início desse estudo.
Suas considerações teóricas foram de grande valor para mim, ouvindo atentamente as palavras daquele jovem demonstrando uma clareza e sensibilidade como nunca vi.
A valiosa lição que tive no "Centro Caminheiros de Jesus", em Porto Nacional, deu-me motivações para escrever este tratado – sem nenhuma intenção de autopromoção ou vaidade particular – como forma de auxílio aos médiuns renitentes no estudo detalhado, como tão bem expôs Florêncio aos circunstantes.
Chamou-me a atenção a abordagem política de Anton, ou seja, a verificação do meio como agente de interferências entre encarnados e desencarnados, algo que afecta a concentração de ambos nos exercícios da evolução.
Meu esclarecimento sobre mediunidade é ínfimo, sendo que a mola propulsora do que aprendi, estava substancialmente nas lições valiosas de Florêncio.
No plano moral, sua conduta era referencial, estava apenas "repassando conhecimento", com ele mesmo fez questão de frisar.
Percebi um certo desapontamento de Anton ao questionar dados que os médiuns da casa não conheciam.
Isso serviu para situá-lo e a nós, das responsabilidades do altíssimo, quando a actividade requeria devoção de santidade.
Devemos tomar muito cuidado (considerações minhas) com o falso moralismo revestido de boas intenções.
O Movimento Espírita Brasileiro precisa utilizar mais seu circunstancial histórico e sociológico para seus estudos subsequentes na sociedade.
A indagação dos sectores reversos da doutrina seria sua natural "conformidade" frente aos factos do mundo.
Nós sabemos que não se trata disso. O espiritismo no mundo não é fruto de modismos intelectuais de "gente rica", mas uma forma expressiva de inovação, uma modalidade cristã abordando os aspectos da vida humana nas mais variadas formas sociais.
Os espíritos ainda estão ligadas à Terra, a maioria em situações de perturbação mútua.
Talvez por isso, a "divindade" e a "profanação" tenham traços fundamentalistas, criando aspectos dogmáticos.
Não se trata disso, mas é importante observar o humano, que não é santo.
Portanto, a formação ideológica (intelectual) é tão importante quanto o estado de santidade (moral) que deve ser praticado a mediunidade.
Ter uma faculdade psico-orgânica notável requer abdicação – requisito número um – necessária para fazer do médium um conhecedor de sua época, seus costumes e como seus preconceitos (nossos) podem influenciar seu desempenho e consequentemente, a conscientização de outros espíritos.
A única diferença das sociedades na Terra é a seguinte:
uma é material.
As outras, numerosamente invisíveis.
As ligações são diárias, constantes.
A vibração das duas dimensões é que criam os universos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:19 pm

«-»
Assim como desconhecemos profundamente a natureza humana, percebemos o quanto ela pode nos influenciar depois da "morte".
A devoção deve ceder lugar ao estudo, criando possibilidades novas, onde possamos deixar de lado os psicologismos terrenos responsáveis por tantas intolerâncias e violências de toda espécie.
Somos imperfeitos.
Uns mais, outros menos, mas todos iguais perante a lei universal.
Só existe uma raça: a humana.
As etnias são numerosas, diferentes, de acordo com as concepções racionalistas do outro.
Precisam vencer o isolamento regional (hoje mais mental que físico) e começar a entender um mundo tão rico culturalmente.

3) A importância do estudo anatómico e a filosofia como exercício individualizado.
Os estudos envolvendo a anatomia são vitais para o médium.
É imprescindível conhecer as regiões do corpo, estrutura celular, biótipo e principalmente, organização cerebral.
Este último órgão trabalha como uma antena e ao mesmo tempo, um painel de controlo.
Entender as etapas do metabolismo e sua contribuição à prática ectoplásmica é o exercício inicial.
O manuseio deste fluído requer muita pesquisa.
Embora seja literalmente orgânico, as condições morais – que também são agentes no fluído cósmico dos humanos – condicionados ao ectoplasma reflectem a energia mental.
Fenómenos, ou melhor, efeitos disposições de ectoplasma em sua maioria. Sua contenção atinge três estágios – sólido, líquido e gasoso.
A utilização atómica das estruturas e a fortificação molecular é variante em cada indivíduo, geralmente trazendo informações mentais sobre o usuário e o usurpador energético.
Somente os espíritos altamente instruídos são capazes de manuseá-lo com eficiência digna para os espíritas e espíritos.
A liberação do ectoplasma pode depreender do organismo humano nas mais inusitadas situações, mas é valioso quando utilizado para trabalhos sérios.
Descreverei aqui, uma experiência que abarcou outro ponto interessante da psicologia durante o seminário sobre mediunidade:
a filosofia. Ciência que remonta a Antiguidade na Grécia e personaliza nas mais interessantes formas de questionar o mundo e a existência do homem como busca de respostas (ou dúvidas!), a filosofia é um exercício rotineiro que todos nós fazemos, directa ou indirectamente.
A filosofia gerou grande status nas sociedades por intercalar e especular a metafísica (o entreposto do homem no céu) dando-lhe uma característica trivial ao trabalho dos médiuns: a convicção.
Não é nada fácil convencer-se individualmente de algo, pior ainda, outrem.
A capacidade de crédito nas manifestações psicofísicas (tiptologia, telecinesia, psico-pictografia, mesas girantes etc.) são tidas como genuínas por vários cientistas de todo o mundo, mas não ‘oficializada’ pela ciência oficial.
As grandes universidades da Europa e Estados Unidos mantêm núcleos mais específicos de estudos sobre o espiritismo e a mediunidade. Portanto, a razão é um método que precisa constantemente filosofar.
Questionamento empírico e teórico/experimental são reflexos de uma psicologia bastante filosófica, isto é, capaz de encontrar ‘verdades’ necessárias a evolução intelectual dos espíritos.
Dessa forma, todo o trabalho mediúnico torna-se altamente produtivo para o mundo.
O médium não conseguirá trair seus objectivos, suas ponderações enquanto observador de outros espíritos.
Está intrinsecamente envolvido e é um arguto conhecedor de seu trabalho, filosoficamente falando, suas bases estarão firmes para as armadilhas da razão, dentre elas, a dúvida.
Todos nós duvidamos, mas é preciso saber a ‘essência’ da dúvida.
Para isso – quando formulado – ,o princípio dialéctico deve ser exposto, clareando o carácter do médium.
O laboratório experimental é causa obrigatória.
Sem ele a teoria não funciona, portanto, os exercícios individualizados ou colectivos não são fáceis, e na maioria das vezes, cansativos e pouco atraentes.
É necessário que o indivíduo se entregue literalmente ao trabalho.
A doação é uma necessidade, mas nunca obrigatória.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Fev 14, 2015 10:20 pm

«-»
É preciso apaixonar-se pelo que se faz.
Com Anton, realizamos um laboratório bem interessante, que descreverei a seguir:
Haviam aproximadamente 40 pessoas na sala em que estávamos.
Formamos duplas, que ficaram paralelamente em posição frontal, isto é, com os olhos fixos um no outro.
Anton pediu que visualizássemos uma cor cada um.
Em seguida pediu que tentássemos descobrir a cor que o outro imaginaria, por intermédio da concentração.
Não foi nada fácil!
Duas ou três pessoas no máximo tiveram êxito.
"É preciso sentir e não racionalizar" – dizia Florêncio – o esforço inicial sempre pareceria difícil.
Até mesmo os médiuns da casa sentiram enormes dificuldades.
O auxílio da imaginação é convincente com a generosidade – ou seja , doar sem vontade de receber.
O facto de estar interino na ideia do outro por pura fama ou exibicionismo pessoal ainda é visível.
De certa forma, percebi um pouco isso durante o seminário em Porto Nacional.
Depois, fizemos um círculo onde todos se dirigiam a uma cadeira ao meio, a intenção era "acertar" a cor que o médium proporá.
Os resultados também não foram muito satisfatórios.
As possibilidades foram poucas, mas o dia proveitoso e edificante.
Não sou ainda um árduo estudioso da doutrina dos espíritos, mas algumas coisas em minha vida me sugerem questionar isso mais a fundo.
A experiência está apenas começando.

Algumas curiosidades para o estudo inicial:
As concepções humanas:
Inatistas-maturacionistas (concepção baseada na junção biológica dos sistemas em seu todo).
Comportamentalista (Reacção antropológica do meio natural).
Sócio histórica (Baseada nos estudos sociais, em que o ser humano admite as duas correntes acima citadas).
Espírita (Admite todas as 03 citadas).

Dimensões humanas:
Biológica
Psicológica
Social
Histórica
Espiritual

Sacros humanos (pontos energéticos):
Coronário
Frontal
Laríngeo
Mesentério
Genésio (há uma linha referencial no umbigo)

Plexos energéticos:
Pineal ou epífise
Tireóide paratireóides
Hipotálamo
Pituitária ou Biófise

" A mediunidade é uma manifestação sobretudo orgânica."
Florêncio Anton

Referências bibliográficas (*):
JR., Palliano, Mirabelli – Um médium extraordinário.
Euzábia, a feiticeira. (Estudada por Cesari Lombroso)
Kardec, Allan – ‘O Livro dos Espíritos’.

* Catalogação e edição não mencionada pelo autor do artigo por razões de pesquisa incompleta.
Seria interessante, caso o leitor queira, procurar as devidas informações sobre o assunto e obras específicas em sites especializados, ou os números e obras disponíveis pela FEB – Federação Espírita Brasileira.
Um bom livro de Biologia também será necessário.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty (In)Segurança Mediúnica

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 15, 2015 10:09 am

Paulo Roberto dos Santos

Folheando periódicos espíritas nota-se a escassez de mensagens recentes, de bom conteúdo e com a colaboração de médiuns ainda pouco conhecidos.
A maioria são reproduções de comunicações antigas através de Ivone Pereira, Suely C. Schubert, Chico Xavier ou, as mais atuais, através da mediunidade de Divaldo Franco ou J. Raul Teixeira.
Será que o movimento espírita está se tornando incapaz de produzir bons médiuns, competentes, confiáveis e seguros?
Talvez sim se considerarmos que o movimento espírita de certo modo andou meio perdido em teorias e na casuística nessas últimas duas décadas e, possivelmente, descuidou da formação de novos médiuns dentro de padrões seguros.
Por falta de formação mediúnica adequada, apesar de boa formação doutrinária, vemos por aí, dentro das casas espíritas, o crescimento do mediunismo e não da mediunidade, para usarmos aqui as expressões propostas por Emmanuel para a prática mediúnica sem conhecimento e com conhecimento.
Particularmente detectamos um empecilho que julgamos o mais grave de todos para a formação de bons médiuns.
Pode ser que a explicação não sirva para todos os recantos do país, mas vale pensar na questão do animismo, posta como um verdadeiro espantalho diante dos médiuns iniciantes e incutindo em suas mentes um verdadeiro terror diante da possibilidade da mistificação.
A quem caberia a responsabilidade por essa situação?
A nosso ver aos orientadores dos médiuns que não explicam adequadamente o que é o animismo e qual a sua importância para a actividade mediúnica.
Com isso, o médium noviço infere que o animismo é, por si só e sempre, um mal, algo que desqualifica o médium, e a insegurança na actividade de intérprete da Espiritualidade seguida de entraves outros postos pelo médium são consequência inevitável.
O resultado são comunicações medíocres, truncadas, convencionais e repetitivas onde nada de novo aparece.
Levando as coisas ao extremo, desse jeito os médiuns se tornam dispensáveis, pois não precisamos de repetições daquilo que já está disponível na literatura espírita.
Naturalmente, não estamos entrando aqui nas actividades de ordem desobsessiva, cujas características são diferentes, embora sofram os efeitos do problema exposto acima.
É importante lembrar que não existe comunicação mediúnica pura, totalmente sem a participação do médium.
O que existe é uma participação maior ou menor do médium conforme as circunstâncias e a condição do intérprete e do Espírito comunicante.
Portanto, as comunicações serão sempre anímico-mediúnicas em maior ou menor grau.
Quanto menos o médium interfere melhor, pois maior será a pureza do conteúdo da mensagem.
Pode ocorrer que a colaboração do médium seja essencial no caso de haver dificuldades do Espírito comunicante para com o idioma.
Em muitos casos o médium traduz adequadamente o pensamento do Espírito com suas próprias palavras, sem interferir no conteúdo.
O problema da insegurança mediúnica se agrava quando o médium se deixa levar por seus próprios atavismos e condicionamentos.
Sem perceber, passa a reproduzir falas de expositores que ouviu, mensagens que leu, livros que conhece, tudo dentro de suas preferências pessoais, sem poder dar a certeza de que há, de facto, naquele momento, um Espírito comunicante.
Num caso desses o animismo torna-se um grave entrave para as actividades do grupo, pois o que se tem é a comunicação do Espírito-médium atribuída a um Espírito-comunicante.
É comum essa ser a porta para processos obsessivos que envolvem toda uma equipe prejudicando o trabalho.
Será possível uma reversão desse quadro, de modo a termos um número maior de médiuns de boa formação doutrinária e mediúnica?
Sem dúvida.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 15, 2015 10:09 am

«-»
Basta que os cursos de formação de médiuns se preocupem em reciclar seus medianeiros, avaliando bem os erros de formação, especialmente no que se refere ao animismo, reforçando a segurança pessoal do médium através do conhecimento e da prática mediúnica.
Cabe ao médium checar a procedência da mensagem ou comunicação e à equipe o conteúdo.
Nada de credulidade excessiva e nem de prevenção exagerada, ao ponto de inibir a acção dos médiuns em actividade.
A actividade mediúnica acaba sendo necessariamente um trabalho de equipa, onde deve haver mais atenção do que prevenção.
Muitas obras recém publicadas de médiuns ainda pouco conhecidos são repetições de material já clássico na literatura mediúnica espírita.
Isso não é um mal em si.
São formas de reapresentar assuntos de interesse geral sob uma nova vestimenta e numa linguagem muitas vezes mais agradável e acessível ao grande público leitor.
Problemas de redacção, estilo e linguagem podem ser corrigidos pelas editoras sérias, que querem oferecer ao leitor um bom material para reflexão.
Esses novos médiuns poderão tornar-se excelentes colaboradores da Espiritualidade se receberem a formação adequada, o que não poderá ser feito por orientadores despreparados, desconhecedores da Doutrina ou simples aventureiros.

(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 88: Novembro-Dezembro de 1997)

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Influência Moral do Médium

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Fev 15, 2015 10:50 pm

Nas comunicações mediúnicas, o médium é apenas o intermediário.
Ao contrário do que muita gente pensa, o espírito comunicante não entra no corpo do médium.
Ele exerce sua influência agindo sobre a mente do médium, aproveitando os recursos existentes no cérebro deste, inclusive os conhecimentos de linguagem que o mesmo tem.
Em qualquer comunicação, no entanto, torna-se difícil separar o que é do médium e o que é do espírito.
A afinidade de ambos é muito importante, e fica muito difícil um médium receber comunicações de espíritos com quem não tem grande afinidade.
Por outro lado, é importante o preparo do médium e sua condição moral.
Os médiuns que têm uma vida dissoluta, de moral duvidosa, têm pouca possibilidade de receber comunicações de espíritos de elevado nível.
Um dos factores que influem bastante na comunicação é a vaidade.
É por essa razão que nunca devemos elogiar muito os médiuns, pois eles são simples intermediários e quando se envaidecem do que estão recebendo, acabam por perder a mediunidade.
Poucos médiuns são humildes o bastante como o foi Francisco Cândido Xavier, que embora tenha nos trazido páginas belíssimas de elevado cunho doutrinário e de uma correcção gramatical perfeita, jamais se orgulhou de seu trabalho, se colocando mesmo muito abaixo de todos.
Conheci um médium em minha mocidade que era extraordinário.
Ele curou muita gente, e transportava, quando em transe, remédios, flores, livros e objectos que não estavam no local e que apareciam por encanto em suas mãos durante os trabalhos.
Esse nosso irmão ficou famoso por seu trabalho na região.
No entanto, faltou-lhe o preparo necessário.
A vaidade fez com que ele se julgasse bom demais, e se esquecesse de que ele funcionava apenas como intermediário do plano espiritual.
Em razão disso, perdeu a mediunidade.
A sua vaidade era tanto que ele continuou dando comunicações.
Em vez de receber comunicações dos espíritos, ele produzia suas próprias mensagens, como se fosse ainda dos espíritos.
O resultado foi o pior possível.
Foi desmascarado e teve que fugir da cidade.
Não sei o que lhe aconteceu posteriormente, mas acredito que muitos de nós tivemos culpa pelo ocorrido, em virtude dos elogios que todos lhe faziam.
Nosso irmão não estava preparado para exercer a importante missão que lhe foi confiada pela espiritualidade.
Para entender bem o funcionamento da comunicação mediúnica, podemos fazer a comparação com o telefone.
O telefone é apenas o instrumento de que nos servimos para transmitir nosso pensamento a outros à distância.
Quando o telefone está com defeito, ou a linha tem humildade por exemplo, a comunicação se torna defeituosa, a voz é distorcida, e muitas vezes não conseguimos entender o que está dizendo nosso interlocutor.
No caso da mediunidade, acontece a mesma coisa. O médium não estando preparado, com boa vontade, sem estar ligado moralmente ao trabalho que vai fazer, pode ser vítima de influência de espíritos inferiores, mal intencionados, e trazer comunicações apócrifas ou incoerentes.
É necessário que o médium encare o seu trabalho mediúnico como uma missão, estudando, se preparando, sintonizando seu coração e sua mente com espíritos elevados e amigos, e ai poderá cumprir satisfatoriamente a missão que lhe foi confiada.
Um médium evangelizado, cheio de boa vontade, isento de vaidade ou de presunção, pode ser um maravilhoso instrumento para nos ajudar a todos em nossa caminhada terrena.

Ary Brasil Marques

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Preciosa Ferramenta

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 16, 2015 11:30 am

Davilson Silva

A mediunidade é ferramenta valiosíssima sim, senhor!, e acima de tudo, muito importante como instrumento de educação e progresso.
Alguns dirigentes deveriam considerar os portadores de certas aptidões mediúnicas ostensivas, pessoas que, geralmente, apresentam fortes sintomas obsessivos, aqueles desequilíbrios naturais do início.
Não podemos ver a mediunidade como algo desnecessário e prováveis médiuns como meros obsedados.
Não se pode subestimar quem mostre algum desequilíbrio em vista da mediunidade aflorada e, nem sempre, estes necessitam apenas fazer imediato tratamento anti obsessão e curso de Espiritismo.
Assisti ao depoimento de um rapaz que se dizia feliz por não mais experimentar a “pavorosa” levitação do colchão de sua cama com ele deitado sobre este.
Há algum tempo, em um programa de TV espírita, um moço mostrou-se eternamente grato ao apresentador e entrevistador desse programa, também dirigente de conhecida federação, por tê-lo encaminhado ao tratamento espiritual.
Segundo ele, depois dos passes, o fenómeno, “graças a Deus, cessou!”, e isto me fez recordar aqueles testemunhos televisivos em que se atribui responsabilidade de tudo ao Diabo...
Por que esse tal dirigente não acompanhou o desenrolar dos fatos, além de somente conduzir o moço à terapia de passes?
Quantas outras ocorrências interessantes, passíveis de observação não devem ter sido levadas em conta, sem lhes darem a menor importância!
Gente! Deus jamais criou algo supérfluo!
Qualquer tipo de fenómeno acontece consoante Seu consentimento e há-de possuir algum proveito.
Onde estarão os pesquisadores espíritas de agora?
Será que Almas da qualidade de um William Crookes, Alfred Erny, Epes Sargent, Gabriel Delanne, A. Aksakof, Charles Richet e outros se extinguiram para sempre?
Por que em tempo algum se soube de nenhuma comunicação destes Espíritos?
Ah! Mas alguém há de me contestar: “Há assuntos mais importantes”...
Houve um tempo em que aqueles homens encaravam médiuns e fenómenos como algo digno de se levar em consideração, com seriedade, daí, esses sábios consagrados em seus respectivos misteres produzir obras do valor de Factos Espíritas (Crookes), O Psiquismo Experimental (Erny), O Fenómeno Espírita (Delanne), Animismo ou Espiritismo? (Bozzano), Animismo e Espiritismo (Aksakof), Física Transcendental (Zölner), etc.
Desdenhar da manutenção do intercâmbio espiritual é desdenhar da sabedoria e misericórdia de Deus.
Há quem pregue a abstracção de médiuns com respeito a aparelhos electrónicos:
tais aparelhos "substituiriam" tranquilamente os médiuns.
Ouvi de alguém este asserto:
“só existirá no futuro um tipo de mediunidade: a intuitiva”.
Desde já, menosprezam, por exemplo, a psicofonia.
Aparelhos electrónicos não podem substituir as propriedades psíquicas de um médium.
Nenhum circuito contendo válvulas, semicondutores, transdutores, etc. ou circuitos constituídos de componentes miniaturizados, montados em uma pequena pastilha de silício, ou de outro material semicondutor poderá fazer as vezes do sistema nervoso e estímulos, da corrente eléctrica originária do cérebro e do campo magnético que possibilita a geração do fluxo da carga energética de essência eminentemente divina.
Vai demorar muito certas faculdades tornarem-se coisas imprescindíveis (há já milénio, creio eu!).
Se certos dirigentes não dão a mínima atenção a certos fenómenos, que dirá a certos médiuns!
Alguns até acham que médium não é nada, e se perde grande oportunidade de, quem sabe, obterem-se resultados morais e intelectuais de proveito geral.
Ora, antes de tudo, qualquer médium é um filho de Deus como qualquer outra pessoa, merecedora de todo o apoio e respeito.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 16, 2015 11:30 am

«-»
Alguns pensadores espíritas julgam perda de tempo desenvolver-se, por exemplo, médiuns de efeitos físicos; para eles, já disseram, já provaram tudo, principalmente no que consta de obras conforme psicografias de Chico e de Divaldo.
Quanto à psicografia, em particular, a que tanto Allan Kardec deu maior importância, por razões óbvias, por que os dirigentes não pesquisam seus médiuns psicógrafos?
Será que todo mundo sentado à mesa recebe mesmo mensagens escritas do Além, é realmente médium psicográfico?
Por que já ouvi isto em certas casas espíritas de certos médiuns:
“Será que foi mesmo um Espírito ou eu que escrevi?”
Por que não inquirir de alguns Espíritos cujas assinaturas constam dos “romances mediúnicos”?
Donos de editora que se intitula espírita não deveriam só dar maior importância à parte comercial que certos trechos enigmáticos, confusos e, às vezes, antidoutrinários; deveriam, sim, adoptar, quando necessário, chamar o médium e o autor desencarnado, indagá-lo a respeito de certas ideias que não ficaram claras (tal como faria Kardec), obter, inclusive, a biografia desse autor em nome da credibilidade.
Outras perguntas: por que o Espírito André Luiz nunca foi questionado através de médiuns de diferentes núcleos espíritas?
Por que aqueles que contestam o Espírito Emmanuel, por causa da obra A Caminho da Luz, não o convocou até hoje para que se justificasse?
Será que além de Chico Xavier, Yvonne Pereira e Divaldo Pereira Franco não existe nem ao menos um médium competente em nossa terra?
Não. Ninguém pode garantir que não há nenhum médium idóneo.
Sei de um caso de um médium, por sinal sonambúlico, que materializa Espíritos (mediunidades raríssimas!), o qual, antes, detestava religiões e em tempo nenhum admitia a existência de Deus.
Certo dia, depois de muito sofrer por opor-se a aceitar a sua condição de médium, procurou desesperadamente ajuda.
Ele deixou o orgulho de lado e foi em busca de algum esclarecimento para o seu caso em conceituada casa espírita que se localiza no centro da capital paulista; disse ele em tom de frustração:
“Quando cheguei lá, não tive quem me atendesse como deveria”...

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Reuniões mediúnicas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Fev 16, 2015 11:02 pm

Muitas instituições espíritas têm o costume de fazerem o “carro-chefe” de suas actividades as reuniões mediúnicas, desprezando a importância dos estudos, do atendimento fraterno, da educação espírita ou evangelização, das palestras públicas, dentre outras.

Não podemos negar a importância do intercâmbio com o plano espiritual, mas querer transformá-lo numa “vedete” das actividades é desprezar o facto de que a melhor coisa que podemos fazer pelo Espiritismo e pela instituição a qual frequentamos é nossa educação, pois essa é a principal proposta da Doutrina.

Reuniões mediúnicas sérias não podem ser tomadas à guisa de agrupar curiosos em falar com os Espíritos.
Muito menos desvendar o passado ou o presente dos participantes ou ainda descobrir a vida pretérita dos mesmos.

Quem quiser saber seu passado que comece a se autodescobrir e veja quais as tendências que é portador.
Só podem ser admitidos às reuniões mediúnicas quem realmente conheça o Espiritismo e que frequente grupo de estudos doutrinários.

Médiuns não esclarecidos conspiram contra si e contra a Doutrina.
Embora muitos “médiuns” digam-se poderosos e que não precisam mais estudar.
Lógico que se estudassem não diriam isso.

Também digno de menção é aquele facto conhecido e pitoresco de ir convidando as pessoas as quais é seu primeiro dia de casa espírita ou que chegaram ao centro na “semana passada”, para frequentarem as reuniões mediúnicas, como se o grupo mediúnico fosse uma sala de espectáculos.

Grupos mediúnicos sérios fazem reuniões periódicas de avaliação das actividades, oportunizando o “feedback” e que todos os integrantes da equipe possam se afinizar e conversarem, eliminando as “distâncias” entre si.

Lembrando que é equipe e não “euquipe” ou “equipiada” e que ninguém é melhor que ninguém, devendo todos estarem abertos à contínua e incessante aprendizagem e aperfeiçoamento.

E antes de querer aplicar a mensagem recebida aos semelhantes, é aplicá-la em si mesmo, sabendo sempre que é “pelos frutos que se reconhece a árvore”, tomando sempre o Evangelho como referência.
E se você quiser frequentar a reunião mediúnica para ouvir “mensagens do além”, trate de estudar o Evangelho.

Joaquim Ladislau Pires Júnior

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Mediunidade bênção de Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 17, 2015 10:58 am

Os espíritos superiores nos ensinam que a mediunidade está na terra desde os primeiros processos da manifestação do homem no planeta, e que nem mesmo nos momentos mais difíceis dos acontecimentos históricos, políticos, sociais etc..., por que passou a humanidade, em que muitos serviram de mártires, a mediunidade não recuou diante da tirania e da ignorância dos poderosos da época, que perseguiram homens e mulheres que foram barbaramente supliciados até a morte por serem provas vivas da verdade espiritual.
Muitos dos primeiros cristãos, médiuns de valiosos recursos mediúnicos, foram mortos da maneira mais bárbara possível, alguns traspassados por flechas incandescentes, outros foram cozidos vivos em azeite fervendo, outros jogados às feras nos espectáculos circenses para serem devorados vivos sob o aplauso da turba romana, patrocinados pelos imperadores sanguinolentos.
Mas, apesar de tudo, o Cristianismo seguiu conduzidos pelos benevolentes trabalhadores do Cristo, e grandes vultos da história do cristianismo surgiam, os profetas se multiplicavam, os fenómenos mediúnicos invadiram até mesmo a história da Igreja, pois muitos dos seus Santos foram médiuns na terra, podemos citar Santo Agostinho, São Luiz, etc.., e outras tantas personalidades da humanidade conhecidas em toda a terra entre elas Joanna D’Arc.
No livro dos médiuns, Capítulo XXXI - item XI, o espírito Pedro Jouty nos esclarece a esse respeito dizendo:
““O dom da mediunidade é tão antigo quanto o mundo. Os profetas eram médiuns.
Os mistérios de Elêusis se fundavam na mediunidade.
Os Caldeus, os Assírios tinham médiuns.
Sócrates era dirigido por um Espírito que lhe inspirava os admiráveis princípios da sua filosofia; ele lhe ouvia a voz.
Todos os povos tiveram seus médiuns e as inspirações de Joana d'Arc não eram mais do que vozes de Espíritos benfazejos que a dirigiam.
Esse dom, que agora se espalha, raro se tornara nos séculos medievos; porém, nunca desapareceu. Swedenborg e seus adeptos constituíram numerosa escola”.
Foi então que na primeira metade do século XIX os fenómenos mediúnicos abalaram a comunidade científica na América e na Europa, pois as mesas dançavam, e a presença dos fenómenos que se alastravam falavam à razão humana da existência de mais um enigma a ser decifrado pelos sábios e estudiosos.
Deus, então, por sua infinita misericórdia e bondade, fez surgir o sol fulgurante da verdade e, era necessário uma alma de escol, para recebê-lo e interpretá-lo sob uma nova óptica, diferente daquela até então utilizada pelos cientistas da época, inteiramente voltada para o materialismo.
Surge nesse grave momento, o extraordinário espírito incumbido de tão grande e sublime missão, o codificador Allan Kardec que empregou toda sua genialidade e cultura científica milenares, na organização dos ensinos ministrados pelos Imortais do mundo maior, lançando os livros contendo a filosofia, a ciência e a religião espírita.
Daquele momento em diante, a mediunidade deixava de ser mística e sobrenatural, para ser entendida como mais uma ferramenta de que o ser humano pode se utilizar, de maneira positiva, em benefício próprio e do seu semelhante.
Hoje, esclarecidos pela terceira revelação, podemos entender que a mediunidade é coisa sagrada, que deve ser praticada de maneira digna e responsável, exercida com devotamento, discrição e humildade, no anonimato em benefício da humanidade.
Os médiuns, não são seres privilegiados em missão na mediunidade, são sim na maioria das vezes, seres endividados e em necessárias provas e rígidas expiações a caminho da sua própria regeneração diante das Leis eternas e imutáveis que regem o destino dos seres humanos.
Para finalizar, recorreremos mais uma vez ao Livro dos Médiuns, ainda no Capítulo XXXI, onde encontramos a comunicação que abaixo transcrevo, como seguro ensinamento para todos que laboramos nos trabalhos que a mediunidade nos premia e que precisamos saber dar o devido valor.
“Todos os homens são médiuns, todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-lo.
Agora, que uns se Comuniquem directamente com ele, valendo-se de uma mediunidade especial, que outros não o escutem senão com o coração e com a inteligência, pouco importa:
não deixa de ser um Espírito familiar quem os aconselha.
Chamai-lhe espírito, razão, inteligência, é sempre uma voz que responde à vossa alma, pronunciando boas palavras.
Apenas, nem sempre as compreendeis.
Nem todos sabem agir de acordo com os conselhos da razão, não dessa razão que antes se arrasta e rasteja do que caminha, dessa razão que se perde no emaranhado dos interesses materiais e grosseiros, mas dessa razão que eleva o homem acima de si mesmo, que o transporta a regiões desconhecidas, chama sagrada que inspira o artista e o poeta, pensamento divino que exalça o filósofo, arroubo que arrebata os indivíduos e povos, razão que o vulgo não pode compreender, porém que ergue o homem e o aproxima de Deus, mais que nenhuma outra criatura, entendimento que o conduz do conhecido ao desconhecido e lhe faz executar as coisas mais sublimes.
Escutai essa voz interior, esse bom génio, que incessantemente vos fala, e chegareis progressivamente a ouvir o vosso anjo guardião, que do alto dos céus vos estende as mãos.
Repito: a voz íntima que fala ao coração é a dos bons Espíritos e é deste ponto de vista que todos os homens são médiuns”.

José Francisco Costa Rebouças

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Mandato Mediúnico

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Fev 17, 2015 9:33 pm

Quando o Espírito reencarna traz do mundo espiritual compromissos estabelecidos para o seu progresso, entre eles, quando o caso, o de exercer a mediunidade, aprendendo nesse exercício a humildade e a disciplina, e sendo instrumento dos Espíritos que por ele trarão suas comunicações. O mandato mediúnico não acontece por acaso.
Obedece planeamento prévio e, além do próprio médium, envolve os instrutores espirituais, todos eles coordenados pelo anjo da guarda do mesmo, seu Espírito protector, que é sempre de elevada categoria moral.
Assim, a função de escrever livros, de proporcionar materializações, de fazer ditados espontâneos, de pintar quadros e assim por diante, está limitada, circunscrita à missão, ao mandato mediúnico de que foi investido o médium.
Citemos um exemplo dos mais conhecidos mas ainda não compreendido: o médium Chico Xavier e seu benfeitor espiritual, Emmanuel.
Quando Emmanuel, Espírito guia do médium apresentou-se, informou existir um compromisso de realização psicográfica de 150 livros, escritos por ele e por outros Espíritos, o que posteriormente foi aumentado.
A missão do médium e de seu guia espiritual encerra-se com a conclusão do planeado no mundo espiritual.
Assim, não há necessidade de algum outro médium substituir Chico Xavier, que pela idade avançada já quase não mais exerce a psicografia.
Ele e Emmanuel já concluíram sua missão e que missão!
De 1938, data da publicação de seu primeiro livro (Emmanuel, Editora FEB) até 1995, ano em que foi publicado seu último livro (Antologia da Amizade, Editora CEU), o Espírito Emmanuel escreveu através do médium Chico Xavier a fantástica soma de 105 livros espíritas, sem considerarmos os livros escritos em parceria com outros espíritos.
O conteúdo dessas obras ainda não foi devidamente analisado e absorvido pelos que estudam e vivenciam o Espiritismo.
Então, perguntamos, depois do cumprimento de tão vasta missão, por que Emmanuel haveria de necessitar socorrer-se de outro médium para continuar a escrever?
Informemos, também, que Chico Xavier, até dezembro de 1996, psicografou o total de 402 livros, e, se fosse considerado o autor dos mesmos, teria de receber as honras de todas as academias literárias, pois estaríamos à frente do maior génio literário de todos os tempos.
Estamos tratando deste assunto por vermos surgir, vez por outra, médiuns anunciando serem continuadores de Chico Xavier, recebendo mensagens psicografadas de pretensos Emmanuel, André Luiz, Bezerra de Menezes e outros, como se esses Espíritos nada mais tivessem de fazer a não ser procurar médiuns e escrever, escrever, escrever…
E como escrevem aberrações!
E como cometem erros doutrinários!
E como descaracterizam seu estilo literário!
Uma análise isenta logo os desmascara e o médium desaparece para ser substituído, algum tempo depois, por outro, que também tropeçará na ilusão da fascinação e será esquecido.
Mas os argutos observadores do potencial que representa o mercado editorial espírita e espiritualista não perdem tempo, e publicam esses livros com o intuito do lucro, sem nenhum interesse doutrinário, fazendo mal à causa do Espiritismo, desviando consciências e envaidecendo o médium e os que se acercam dele.
E muito triste é ver esses livros circulando nas livrarias dos Centros Espíritas!
Para cada médium um mandato mediúnico, sempre para auxiliar o próximo, fazer progredir a humanidade, onde mais importante é tornar-se o médium fiel cumpridor de sua missão, depositário digno da confiança divina, seja na obscuridade do anonimato, seja na luz do reconhecimento público.
O médium que vara os anos trabalhando anonimamente numa reunião mediúnica do Centro Espírita é tão útil e importante quanto Chico Xavier e outros médiuns famosos, pois está diligentemente, sem nenhuma vaidade, servindo de instrumento aos Espíritos que necessitam receber orientação e àqueles Espíritos que mantém a chama acesa da fé e do amor dos companheiros voltados ao bem do próximo.
Mandato mediúnico cumprido é missão que não se transfere.
Terminada a tarefa, ao médium reservam-se os méritos e outras actividades e aos Espíritos que o auxiliaram, novas tarefas.
A nós, os homens encarnados, cumpre estudar e aplicar - para nós próprios, primeiro - o rico conteúdo de escritos fornecidos pelos Espíritos e também os bons exemplos do médium.
Quanto a alguém substituir o médium para continuar uma missão que era só dele e dela ele se incumbiu exemplarmente, isso já é por conta da obsessão.

Marcus Alberto de Mário

(Jornal Correio Fraterno no ABC - Setembro 1997)

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Conceitos e Características da Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 18, 2015 10:09 am

João Neves

O estudo de uma faculdade de natureza biológica ou psíquica tanto mais eficiente se revela quanto maiores oportunidades tem o investigador de processá-lo ao natural, na vivência e movimentação dos indivíduos que detêm a faculdade de estudar.
E tais oportunidades, com relação à mediunidade, Allan Kardec as teve ou as criou, aproveitando-as magistralmente para compor O Livro dos Médiuns, de onde se extrai a admirável síntese conceptual com que ele, o Codificador abre o capítulo XIV da obra:
"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse facto, médium..."
Nesta colocação, o verbo sentir expressa a ideia básica sobre a mediunidade:
um sentido psíquico, de ordem paranormal, capaz de ampliar o alcance preceptivo do ser, conferindo-lhe uma aptidão para servir de instrumento para a comunicação dos Espíritos com os homens, estabelecendo uma ponte entre realidades vibratórias diferentes.
Avançando em seus apontamentos o mestre lionês elucida:
"...Essa faculdade é inerente ao homem; não se constitui, portanto, privilégio exclusivo.
Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos.
Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.
Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva..."
Esta declaração não tira a clareza do conceito de Kardec pois, o que ele pretendeu, foi estabelecer, didacticamente, uma linha demarcatória entre os indivíduos que agem mediunicamente no campo objectivo, expressando nitidamente a intenção e o pensamento dos Espíritos, e aqueloutros que agem mediunicamente num campo preponderantemente subjectivo expressando a contribuição espiritual de forma imprecisa, subjacente.
Há, portanto, dois níveis bem definidos de mediunidades:
um, ostensivo, explícito e bem caracterizado em que o pensamento dos Espíritos comunicantes -apesar das influências do médium -pode sobrepor-se ao deste, e outro, discreto, velado, a manifestar-se no campo da inspiração em que o pensamento incidente se mescla ao do médium sem sobrelevar-se ao mesmo.
A mediunidade ostensiva -podemos chamá-la, também, de dinâmica pelos poderosos circuitos de força que dá origem -é uma outorga, uma prova que o médium pode elevar à categoria de missão pela forma dedicada e responsável como exerce o seu mediunato.
Trata-se de um compromisso assumido com a própria consciência para resgate de faltas ou abertura de novos roteiros evolutivos.
O Perispírito do reencarnante candidato à mediunidade é trabalhado pelos Benfeitores Espirituais, na fase preparatória que antecede à reencarnação no sentido de se lhes ajustar as estruturas para que, no momento próprio, se abram ou se ampliem as percepções extrafísicas.
O ser como que é adestrado para a tarefa que o espera; ele se apropria de uma ferramenta de que necessita para se reajustar com a Vida.
Algumas vezes, o tipo de vida que levou antes da encarnação como médium abalos emocionais intensos, pressões espirituais decorrentes de processos obsessivos, além de outros factores -promove as aberturas psíquicas responsáveis pelos registros mediúnicos de então: é como se a Lei Divina colocasse na dor decorrentes de aflições e quedas o princípio qualitativo, automático, regularizador da evolução do ser que se movimenta nas marchas e contramarchas da evolução.
Se tomarmos, à guisa de exemplo, a psicografia e a psicofonia, que são as formas mais comuns de mediunidade de efeitos intelectuais, veremos que, médiuns ostensivos, dadas as características de maior expansibilidade e magnetização especial de seus perispíritos, operarão por contacto perispiritual directo com os Espíritos comunicantes, expressando objectivamente as ideias desses comunicantes.
Veremos ainda que, conforme a maior ou menor intensidade da imantação ou independência em relação aos implementos físicos, farão transes automáticos mecânicos em psicografia e inconscientes em psicofonia – semi-mecanicos em psicografia e conscientes em psicofonia.
Já com o nível de mediunidade discreto ou velado -podemos ainda chamá-lo de estático -o que ocorre é uma inspiração.
O médium age captando, tão somente, as correntes do pensamento do espírito comunicante, absorvendo-as e entrelaçando-as com as suas próprias ideias.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 18, 2015 10:10 am

«-»
Que a inspiração corresponde a esse nível de mediunidade, pode depreender-se do pensamento de Kardec no seu estudo sobre os médiuns inspirados, quando assim se expressou:
"...A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam...
Ela se aplica em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar.
Sob esse aspecto, pode-se dizer que todos são médiuns..."
Podemos afirmar ainda que essa mediunidade estática se expressa de forma particular e especial na sintonia com o anjo guardião e, por intermédio dele, com os espíritos familiares e protectores.
Pelo menos, parece ser este o plano divino para que as forças mediúnicas do homem sejam accionadas naturalmente, clareando as suas rotas evolutivas; e isto dizemos com os Espíritos que ditaram a Codificação, haja vista as lúcidas palavras de Santo Agostinho e São Luiz, na questão 495 de O Livro dos Espíritos:
“Não receeis afadigar-nos com as vossas perguntas: ao contrário, procurai sempre estar em relação connosco.
Sereis mais fortes e mais felizes.
São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens”.
A tais palavras mais tarde, o Espírito Channing, nas Dissertações do cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, aditaria:
"Escutai essa voz interior, esse bom génio que incessantemente vos fala e chegareis a ouvir o vosso anjo guardião...
Repito:
a voz interior que vos fala ao coração é a dos Bons Espíritos e é desse ponto de vista que todos são médiuns”.
Kardec conclui a sua belíssima definição sobre os médiuns, afirmando:
“...É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela da mesma maneira em todos.
Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenómenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações”.
Se a mediunidade se mostra variada no tocante à intensidade, ainda mais diversificada se revela sob o aspecto das formas, modalidades e tipos de fenómenos que propicia.
Paulo dizia:
"Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito.
Ora, investido o médium de determinadas características e apto para certas mediunidades jamais conseguirá reduzir outras se a sua natureza não o permitir.
Assim sendo, a especificidade de cada médium faz com que não existam médiuns nem mediunidades iguais.
Um outro dado que se pode inferir da definição de Kardec é a natureza orgânica da mediunidade.
Quando isto se afirma não se pretende alijar o espírito ou colocá-lo à margem do processo mediúnico.
Porventura não dependem as estruturas psicobiofísicas do homem da sua realidade espiritual?
Com a mediunidade se dá o mesmo; ela é uma faculdade do espírito que se define e se delineia nas estruturas do Perispírito para emergir na organização física onde está plantada.
Imprescindível, portanto, organizações perispiritual e celular compatíveis a fim de que a mesma se manifeste como fenómeno.
Semelhantes organizações, o próprio trabalho mediúnico as desenvolve e aprimora, podendo-se afirmar que a mediunidade é, além do mais, evolutiva.
Imaginemos, didacticamente, que a uma pessoa, num dado momento de sua evolução, seja outorgada uma organização adequada ao exercício mediúnico ostensivo:
O aproveitamento desta oportunidade, através do uso responsável e equilibrado da concessão, acabará por aperfeiçoar os seus equipamentos de registo, adequando-os, ainda mais, para o trabalho em novas expressões com vistas ao futuro.

Revista "Presença Espírita ", set./out. de 1992.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 19 Empty Fotogénese: o mistério das luzes paranormais

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 18, 2015 9:42 pm

Carlos Bernardo Loureiro

Em “La Fluide Devant la Physique Révelatrice et la Métapsychique Objective”, Paris, 1927, Gaston Jean Mondeail regista os principais trâmites dos fenómenos de fotogénese ocorridos em sessões científicas com o jovem médium italiano Pasquale Erto, cognominado “o luminoso”.
As primeiras experiências aconteceram a partir de fevereiro de 1922, em ambiente meticulosamente preparado.
Conforme relata Jean Mondeail, raios luminosos emanavam da parte anterior do corpo de Pasquale, assim como da cabeça, dos pés e das mãos.
As emanações luminosas ocorriam na escuridão e sob fraca luz vermelha.
O professor Luigi Romolo Sanguinetti, em artigo publicado na Revue Métapsychique, número de julho de 1922, descreve a versatilidade do fenómeno:
“Os raios emitidos por Pasquale Erto variam de cor, de longitude, de forma.
No que se refere à cor, geralmente são de um belo azul-lunar, ou de um azul-eléctrico ou de vermelho-vivo, ou de um vermelho-alaranjado ou amarelado.
Os matizes são bem pouco numerosos.
O comprimento varia desde os raios curtos, em forma de agulhas, até o de raios de quatro, cinco, seis metros.
O médium podia imprimir a esses raios a direcção que se lhe indicasse.
Frequentemente, eu os fiz dirigir de maneira a iluminar as pessoas que entravam na sala no decorrer da sessão.
No que se refere à forma, trata-se ou de raios no estrito sentido da palavra, ou de raios difusos em forma de leque, de triângulo, de cone, cujo ápice está geralmente unido ao médium.
Temos observado também verdadeiros globos de luz.
A luz aparecia então como concentrada e de cor vermelho-vivo ou alaranjada.
Estes globos são de duração tão curta quanto a dos raios.”
Pasquale Erto não se negava a um rigoroso exame antes das sessões.
Perscrutavam-lhe, então, o seu corpo nu, “com exploração do recto, uretra, boca, nariz, orelhas, cabelos, etc.”
Asseguravam-se, os pesquisadores, de que nenhum recurso especial fosse utilizado pelo médium na obtenção do raro fenómeno de fotogénese.
Por volta de 1923, Pasquale Erto submeteu-se a rigorosa pesquisa no Instituto Metapsíquico Internacional, à época dirigido por Gustave Geley.
Erto se submetia a radiografias e depois vestia uma roupa especial, feita sob medida, que cobria todo o seu corpo, menos as mãos e a cabeça.
Esta era envolvida em um véu, costurado ao colarinho da vestimenta.
Luvas de boxe eram usadas para isolar as mãos.
O médium só entrava na sala das sessões depois que os investigadores o examinavam meticulosamente.
Nada disso impedia que Erto produzisse luzes, mesmo diante de mágicos profissionais.
Os pesquisadores encontraram, em algumas sessões, fragmentos de ferro césio (liga de ferro e césio) no vestuário de Erto, juntamente com pequeninas fontes de aço.
Acreditou-se que, desse modo, seriam explicados os fenómenos luminescentes provocados pelo sensitivo italiano.
Baseada nessas provas, uma Comissão de Inquérito constituída pela Sorbonne, célebre estabelecimento público de ensino superior em Paris, concluiu:
“Ele se munia, antes da sessão, de um pequeno fragmento ferro césio e de um pedacinho de aço.
Na escuridão, raspava o ferro césio com o aço, produzindo, assim, faíscas, dissimulando o barulho com um “ah” violento.”
Os doutíssimos membros da Comissão de Inquérito da Sorbonne esqueceram que Pasquale Erto estava de luvas de boxe.
De que forma o médium poderia manipular fragmentos de minério para a consecução do extraordinário fenómeno de fotogénese?
Além do mais, a roupa que o médium vestia era fornecida pelos investigadores, que antes o examinavam, detalhadamente, com exploração do recto, uretra, boca, nariz, orelhas, cabelos, etc.
Os fragmentos de ferro césio e de aço surgiram, certamente, do próprio trabalho desenvolvido pelos Espíritos para a obtenção do fenómeno.
O certo é que ninguém conseguiu realmente explicar como Pasquale Erto pôde fazer surgir raios de quatro, cinco e seis metros de cores diferentes, com minúsculos pedaços de metal.
Alguns mágicos, tão cépticos quanto os cientistas, e estes tão descrentes como o homem do povo, afirmaram que poderiam, folgadamente, produzir os fenómenos de fotogénese. Jamais o conseguiram!
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