LUZ ESPÍRITA
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Casos de Reencarnação

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Casos de Reencarnação - Página 27 Empty Re: Casos de Reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 26, 2013 9:49 am

Continua...

À parte de suas memórias de uma vida prévia, Myriam também reivindica ter memórias de um período de intermissão depois de sua vida num ambiente desértico.

Viu-se numa vida futura muito bela.

Na vida presente, ela experimentou uma Experiência de Quase-Morte durante uma cesariana que lembrou-a fortemente destas memórias de um estado intermediário.

É importante observar que seus pais católicos certamente não acreditavam em reencarnação quando Myriam contou-os sobre uma vida passada e que também nós não temos nenhuma razão para acreditar que Myriam embelezou sua história para atrair nossa atenção.

Discussão

Os três casos clínicos eu em resumo apresentei neste artigo parecem 'clássicos' já que mostram a mesma estrutura básica como a maioria dos outros casos neste campo.

Indiquei por que eu acredito que os casos não são baseados em tentativas de chamar a atenção ou de converter crenças sobre a reencarnação.

Portanto, penso que é uma questão de parcimónia interpretar estes CORTs não resolvidos de um modo semelhante com outros casos clássicos.

Também, as características aparentemente paranormais em ao menos um destes casos, o de Cerunne, parecem sugerir que a hipótese de reencarnação pode ser a interpretação bem apropriada deles.

O caso de Cerunne pode parecer mais forte a este respeito que os outros dois casos, embora pareça mostrar a mesma estrutura básica também.

A ocorrência de casos holandeses de crianças que reivindicam lembrar vidas prévias pode ser visto como evidência corroboradora do conceito de Casos do Tipo Reencarnação como algo transcultural, ou um fenômeno natural.

Talvez a adição de CORTs holandeses à literatura sobre a pesquisa de reencarnação possa ser vista como a contribuição principal deste artigo.

Além do mais, em dois dos CORTs há menção de experiências entre as vidas que bem pode ocorrer mais frequentemente em casos holandeses.

Também, todos os três indivíduos parecem reter suas memórias por mais tempo do que o a média de indivíduos de Casos do Tipo Reencarnação.

Mais pesquisa é necessária para estabelecer se estas características podem ser típicas de casos holandeses (ou mais geralmente, de europeus) e se então, o que causa estas características específicas.

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer a Ian Stevenson, Joanne Klink, Anny Dirven, Gerard M., Pieter van Wezel, Hein van Dongen, Mary Rose Barrington, K.S. Rawat, Dieter Hassler, Jamuna Prasad, B. Shamsukha, Tom M. Jones, Hicham Karroue, Anja Janssen, e aos indivíduos e outros informantes nestes casos pelo seu apoio e cooperação.

Referências

Klink, J. (1994). Vroeger Toen Ik Groot Was. Vergaande Herinneringen van Kinderen. Baarn: Tem Have.

Rivas, T. (1998). Kees: een Nederlands geval van herinneringen aan een vorige incarnatie met herinneringen aan een toestand tussen dood en geboorte. Spiegel der Parapsychologie, 36 (new edition), 1, 43-55.

Rivas, T. (2000). Parapsychologisch Onderzoek naar Reincamatie en Leven na de Dood. Deventer: Ankh-Hermes.
Stevenson, I. (1987). Children Who Remember Previous Lives: A Question of Reincarnation. Charlottesville: University Press of Virginia.

Stevenson, I. (1997). Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects. London/Westport: Praeger.

[1] ‘Cervo’ ou ‘Veado’ em inglês (Nota do tradutor Vitor Moura Visoni).

[2] Uma bandeira longa, normalmente triangular, usada em navios para sinalizar ou para identificação. (Nota do tradutor Vitor Moura Visoni)

[3] Isso pode significar também qualquer período de tempo, normalmente quatro horas, em que o dia a bordo do navio é dividido e durante o qual uma parte da tripulação é designada a realizar tarefas.
(Nota do tradutor Vitor Moura Visoni)

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 27, 2013 9:50 am

Um Caso Sugestivo de Reencarnação de Gatos?
David Ellis

O INTERESSE DO AUTOR em reencarnação data de seus anos de escola, mas o desenvolveu de uma maneira inteiramente diferente das investigações do Prof Ian Stevenson, do Dr Erlendur Haraldsson e seus sucessores, embora atente para algumas de suas ideias.

Se reencarnação é verdadeira, e se o ‘ser’ reencarnante tem alguma escolha como em que lar nasce, o que pode acontecer ou ter ocorrido?
O relato que segue é extraído de Ellis (1993)

Em 1976 eu andava de bicicleta para casa atrasado numa noite pela área da fábrica de Harlow, quando um carro que me tinha ultrapassado correu sobre o que pareceu ser um fardo de trapo ou papel.

Quando eu o alcancei, descobri para meu desânimo que era um gato preto.
Levei-o para fora da estrada e embalei-o em meus braços e ele olhou para cima para meu rosto, então vi que ainda estava vivo.

Coloquei-o na margem da grama, pus meu cagoule sobre ele para ajuda-lo a se manter aquecido e fui à fábrica mais próxima, onde chamamos a Sociedade Protectora dos Animais.

Quando o homem veio, o gato estava claramente morto, mas ele me agradeceu muito por chamar-lhe.

Em 1980 minha mãe adquiriu duas gatinhas do mesmo lixo;
muito sem originalidade, nós chamamo-las Fofa e Esfumaçada.

Fofa era minha favorita, Esfumaçada de minha mãe.

Fofa vinha em meu colo e colocava suas patas no meu peito e ia até meu rosto com o seu nariz, como alguns gatos fazem (ela também gostava de pular nas minhas costas e escalar os meus ombros quando estava no jardim).

Mas quando vinha no meu colo ao invés de descansar ela não permanecia muito tempo, logo pulava sobre uma cadeira adjacente, onde ela se enrolava e ia dormir.

Repentinamente percebi um dia que esta cadeira foi estofada com material verde áspero, e eu ponderei, há algum paralelo com a grama verde em que eu tinha colocado o gato moribundo em Harlow?

Era, as pessoas pensaram, um gato de fábrica, logo não teria um apego emotivo forte a uma família humana.
Fofa também gostava de rolar suas costas na estrada.

Felizmente vivemos num beco sem saída quieto, e a estrada que se junta ao beco, onde ela também gostava de rolar, costumava ser de tranquilidade também.

Mas um dia em 1988, o trânsito estava sendo desviado para baixo da última alameda, e meu irmão encontrou-a à noite jazendo morta ao lado da estrada, presumivelmente tendo sido golpeada por um carro de passagem.

Estou eu sendo fantasioso em descrever este como um caso sugestivo de reencarnação em gatos?

Com ênfase no 'sugestivo' naturalmente.

O Professor Ian Stevenson (1994) gentilmente comentou o caso como se segue:
Eu fiquei muito interessado no relato de suas experiências com gatos, ou talvez com um gato renascido!

Fui informado de algumas outras experiências semelhantes, e eu tento manter uma mente aberta com relação à reencarnação de animais não humanos.

Se seres humanos renascem por que outros seres vivos também não?

Referências

Ellis, D. J. (1993) Letter to Ian Stevenson (12th December). Copy lodged with the Editor of PR.
Stevenson, I. (1994) Letter to David Ellis (18th February). Copy lodged with the Editor of PR.

Artigo publicado na Paranormal Review de 2003

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 27, 2013 9:50 am

Outro Olhar no Caso Imad Elawar – Uma Revisão da Crítica de Leonard Angel sobre este “Estudo de Caso de Memória de Vida Passada”

Autor Julio César de Siqueira Barros – Biólogo
Data: 10 de Janeiro, 2004

Email: juliocbsiqueira@terra.com.br
Copyright © Julio César de Siqueira Barros.

Agradecimentos:
Eu gostaria de agradecer ao Sr. Leonard Angel por sua amável atenção em me prover sua crítica completa do Caso Imad Elawar como apresentado em seu livro Enlightenment East & West (1994).

Eu gostaria de agradecer igualmente ao Sr. Ian Stevenson, Srta. Martha Mercier, e todas as pessoas do Departamento de Estudos de Personalidades, Universidade de Virgínia, por me providenciar a Réplica Completa de Stevenson para Leonard Angel (1994) que infelizmente foi somente parcialmente publicada na Skeptical Inquirer (Maio/Junho de 1995)

Sumário:
O objectivo deste artigo é avaliar as forças e as fraquezas de um estudo de caso de reencarnação relatado pelo investigador Ian Stevenson (dos assim chamados “Casos do Tipo Reencarnação” - CORT -, algumas vezes também conhecidos como “Estudos de Casos de Memória de Vidas Passadas”).

O caso é do menino Libanês-Druso de 5 anos de idade Imad Elawar, pesquisado por Stevenson em 1964 e incluído em seu livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (1966 e 1974).

Este caso foi severamente criticado por Leonard Angel em um artigo da Skeptical Inquirer Magazine em 1994.

Em uma cuidadosa re-análise do caso e da crítica, eu concluí que ambas as partes cometeram erros importantes.

Mais, eu concluí que parece haver uma evidência para considerar o exemplo de Imad Elawar como indicativo de paranormalidade e sugestivo de “reencarnação”, ainda que neste estágio do conhecimento humano nós simplesmente não tenhamos nenhuma maneira de saber como esta “reencarnação” acontece e além disso nós não tenhamos nenhuma maneira de saber o que “reencarna”.

O caso de Imad Elawar pertence ao grupo dos mais fortes dos casos, isto é, os casos em que foram feitos registos pelo pesquisador do que as crianças relataram sobre a vida precedente alegada dele/dela antes de todas as tentativas de identificar a personalidade precedente.

O número total de tais casos, incluindo os 3000 casos de Stevenson e centenas de outros casos de outros investigadores, é pouco mais de 10 (isto é 0.3% do total).

Um objectivo secundário deste artigo é dar insumos satisfatórios para uma revisão da pesquisa de Stevenson sobre Casos do tipo de Reencarnação e para uma avaliação justa deles.

Este artigo começa com uma introdução de 3 páginas, seguida por uma revisão de 8 páginas da crítica de Leonard Angel do caso, e finalmente com uma apresentação de minha própria re-análise de 8 páginas do caso de Imad Elawar.

No final, eu incluo as tabulações originais de Stevenson do caso (19 páginas), para permitir ao leitor desempenhar toda a avaliação metodológica deste trabalho que possa ser do interesse.

Índice:

1
- Introdução
2- Revisão da Crítica de Leonado Angel

3- Re-análise do Caso Imad Elawar
4- Tabulações Originais de Stevenson do caso

5- Bibliografia

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 27, 2013 9:51 am

Continua...

Introdução:

No Outono de 1994 a principal revista cética do mundo, a revista Skeptical Inquirer (Skeptical Inquirer - vol 18, Outono de 1994, pp. 481-487), o filósofo Leonard Angel (Arts & Humanities Department, Douglas College, New Westminster, B.C., Canada.) apresentou uma revisão crítica do Caso Imad Elawar, como reportado em Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (Stevenson, Ian. Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação. 2ª edição, 1974 Charlottesville: University of Virginia Press. – a 1ª edição é de 1966).

Esta revisão também foi apresentada no livro de Angel, Enlightenment East and West (1994), basicamente com alguns pequenos pontos adicionais, e uma melhor explicação dos itens apresentados na Skeptical Inquirer.

Leonard Angel atentou em mostrar que o caso poderia facilmente ser explicado em terrenos “naturais” (isto é, não recorrendo a hipóteses paranormais, como PES ou sobrevivência após a morte e reencarnação).

Deve-se reforçar que, assim como o próprio Leonard Angel indicou no seu artigo da Skeptical Inquirer em 1994, sua análise do conteúdo empírico do caso foi provavelmente a única empreendida por qualquer céptico que tivesse ido tão longe.

E de lá para cá (setembro de 2003) a situação provavelmente não mudou muito, à excepção da crítica do próprio Angel do livro de Ian Stevenson sobre marcas de nascença em crianças que afirmam de se lembrar de vidas passadas, (Reencarnação e Biologia, uma Contribuição à Etiologia das Marcas e Defeitos de Nascença –1997).

Esta mais recente revisão por Leonard Angel foi publicada na Skeptical Magazine (vol. 9, Nº3, 2002 – Reincarnation all over again: evidence for reincarnation rests on backward reasoning).

Nas próprias palavras de Angel (em seu artigo de 1994):
“De modo assaz ímpar, apesar do tempo decorrido desde a publicação de Vinte Casos, é difícil surgirem análises detalhadas dele.

Aqueles que endossam o trabalho de Stevenson dizem que ficaram convencidos, mas não dizem mais que isso.
E os cépticos tendem a desqualificar o trabalho sem explicação detalhada”.

(Skeptical Inquirer Outono 1994, p.482).

Também, o antropólogo James G. Matlock diz quase o mesmo, em sua detalhada revisão Past Life Memory Case Studies:
“De facto, os leitores podem ficar surpresos ao saber quão fracos os criticismos metodológicos do trabalho de Stevenson têm sido.”
(Past life memory case studies. In S. Kripper {editores}, Advances in Parapsychological Research. S. Krippner Jefferson, N.C. Mcfarland, 1990. Página 253).

Breve descrição do caso Imad Elawar:
Stevenson foi até o Líbano, em Março de 1964, esperando encontrar casos de crianças que afirmassem se lembrar de vidas passadas.

Logo no seu primeiro dia lá, ocorreu de ele encontrar uma família que tinha um garoto que afirmava se lembrar de uma vida prévia.
Esta era a família Elawar, e o garoto foi chamado Imad (Imad Elawar), nascido em Dezembro de 1958.

Stevenson anotou cerca de 57 afirmações (que os pais de Imad reinvidicaram que ele tinha dito, concernentes a uma vida prévia) e então ele se comprometeu a encontrar a personalidade prévia (isto é, uma pessoa falecida) que pudesse corresponder a essas indicações na vila e na família indicada “por Imad” (o vilarejo de Khirby; a família Bouhamzy).

Ele terminou encontrando alguém que poderia casar consideravelmente com as indicações, um Ibrahim Bouhamzy que morreu de tuberculose com 25 anos de idade, em Setembro de 1949.

Dois parágrafos no relato de Stevenson do caso (página 277 de Vinte Casos) são especialmente informativos:

Caixa de texto:
Visto Imad haver citado um número considerável de nomes, sua família procurou encaixá-los em algum tipo de laços de família.

As primeiras palavras que ele havia falado foram “Jamile” e “Mahmoud”, e tinha falado em Jamile repetidas vezes, e comparado sua beleza com a aparência menos atraente de sua mãe.

Falou também num desastre em que um caminhão atropelara um homem, quebrando-lhe as duas pernas e causando-lhe outros ferimentos que o levaram à morte, pouco tempo após o desastre.

Imad havia falado de uma briga entre o motorista do caminhão e o homem atropelado, e ele se inclinara a achar que o motorista tencionava matar o homem acidentado, atropelando-o propositadamente com seu caminhão.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 28, 2013 9:31 am

Continua...

Imad tinha também se referido a um desastre de ônibus. Disse pertencer à família Bouhamzy, de Khriby.

E, mais tarde, demonstrara uma estranha alegria em poder andar, repetindo sempre quão feliz se sentia por isto. Sua família reunira todas essas declarações, como segue.

Achavam que ele alegava ser um tal Mahmoud Bouhamzy, de Khriby, que tinha uma esposa chamada Jamile, e que fora fatalmente acidentado por um caminhão depois de uma briga com o motorista do mesmo.

Aconteceu que Imad nunca realmente disse que o acidente fatal com o caminhão ocorrera com ele;
apenas o descrevera vivamente.

Nem dissera especificamente que Jamile fora sua mulher;
apenas referia-se a ela constantemente.

A família de Imad determinou outras colocações em sua “família anterior” para algumas das pessoas cujos nomes ele mencionara.
Assim, acharam que duas das pessoas mencionadas foram seus filhos.

Posteriormente tiraram outras conclusões que se revelaram erróneas e cujos detalhes anotarei na tabulação sumarizada e na discussão adiante.

Embora eu procurasse saber exactamente o que o próprio Imad havia dito, seus pais me comunicaram, como tendo sido ditas por ele, algumas das conclusões que eles próprios haviam tirado em sua tentativa de encontrar uma feição coerente para toda a história.

Aconteceu, porém, que erros nas conclusões tiradas pela família de Imad contribuem consideravelmente para a evidência de sua sinceridade, e também para a improbabilidade de que eles próprios tivessem servido de fonte ou canal das informações transmitidas por Imad.

O caso não estava, entretanto, livre de algumas “complexidades desconcertantes”, e o próprio Stevenson observou isto.

Em suas próprias palavras:
“Aqui eu posso dizer, entretanto, que a investigação do caso de Imad encontrou primeiramente complexidades desconcertantes e em duas ocasiões pareceu se dissolver em fragmentos irrelevantes sem ligação:

uma vez quando tomei conhecimento que Mahmoud Bouhamzy não tinha sido morto por um caminhão, e novamente quando eu soube que Said Bouhamzy é quem tinha sido morto por um caminhão, o que não batia com outros detalhes das indicações feitas por Imad.


Mais ainda, alguém já tinha surgido se dizendo Said Bouhamzy renascido” (Vinte Casos, página 280).

Assim, a fim de relacionar as afirmações de Imad à personalidade precedente, uma certa dose de “reinterpretação” era necessária.

Isso criou um cenário bastante ímpar, onde uma declaração “prévia à averiguação” que tinha sido provavelmente “Imad disse que se chamava Mahmoud Bouhamzy em sua vida prévia” (a qual foi confirmado estar errada no curso da investigação, já que Mahmoud Bouhamzy ainda estava vivo) foi no final reinterpretada como “correcta” e inserida na tabela como “Mahmoud, nome mencionado por Imad: Mahmoud Bouhamzy era tio de Ibrahim Bouhamzy”.

E, a declaração “prévia à averiguação” que tinha sido provavelmente “Imad disse que ele tinha um filho chamado Adil” (a qual foi uma indicação que não poderia se relacionar com Ibrahim Bouhamzy) no final foi reinterpretada como correcta e inserida na tabela como “Tinha um ‘filho’ chamado Adil: Ibrahim teve um primo chamado Adil.

Outro erro de inferência por parte dos pais de Imad.
Disseram eles mais tarde, que Imad tinha mencionado os nomes de “Adil” e “Talal” ou “Talil” e eles presumiram que fossem os filhos da vida pregressa”.

Não é, consequentemente, difícil de imaginar que estas “reinterpretações” conduziram a algumas suspeitas de conduta na parte de Stevenson.

Como Leonard Angel colocou:
“Fantasiando bastante, as memórias são no fim consideradas boa evidência para a reencarnação apesar do facto que o melhor candidato de Stevenson de vida passada encontrado não ter se chamado Mahmoud Bouhamzy, não ter uma esposa nomeada Jamilah, e não ter morrido em consequência de um acidente no fim das contas, restando somente a afirmação de que se seguiu uma discussão com o motorista.”
(Skeptical Inquirer, Outono de 1994, p.483).

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 28, 2013 9:31 am

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Angel observou em 1994 que Stevenson falhou em investigar o caso em seis pontos fundamentais:
1 - A original “memórias antecedentes para averiguação” deveria ter sido registada e reportada exactamente como observada anteriormente.

2 - Quaisquer tentativas da parte do investigador para distinguir entre o que o garoto afirmou e o que os pais informaram sobre as afirmações do garoto deveriam ter sido feitas antes dos esforços para verificação.

3 - Dados não devem ser apresentados de forma a obscurecer hipóteses alternativas.
Angel considera serem exemplos disto as indicações de que na vida precedente “tinha vivido em Khriby” e era da “família Bouhamzy”.

A hipótese alternativa seria aquela que, em vez de Imad ter realmente “relembrado” esta informação, poder ter começado realmente a se referir a ela após eventos casuais em seus primeiros anos de vida, talvez ouvindo o nome Bouhamzy, ou após ter-se encontrado com o homem de Khriby nas ruas quando tinha quase três anos de idade.

4 - A tabela de dados não deveria esconder problemas nos comentários.

Um exemplo disto foram os “poços” que Imad mencionou, que no final foram considerados como “correctos” apesar de terem sido encontradas “cisternas”.

5 - Os métodos de verificação deveriam específicos ter sido documentados adequadamente.

Isto é, que tipo de perguntas fez Stevenson para checar as afirmações de Imad sobre as memórias dos amigos e pais da personalidade prévia?
Eram perguntas “dirigidas”, “abertas” (“revelações”), “simples-cego”, “duplo-cego”?


6 - O principal registo de dados concorrentes para a hipótese de reencarnação não foi sequer levantado, foi deixado de lado.

O registo concorrente apropriado tem que fazer elos estatísticos com as informações cercando qualquer material psiquicamente transmitido.

Isto é, poderiam as informações de Imad estarem dentro do estatisticamente aceitável, e os investigadores ficarem impressionados meramente por um aumento não garantido de significância das afirmações?

Eu tentei, consequentemente, ter um olhar mais atento ao caso Imad Elawar usando como regulador de medida o criticismo de Leonard Angel, buscando saber se o caso ainda parecia ser interessante (isto é, indicativo de paranormalidade) após uma “correção” dele, isto é, depois de tentar remover as reinterpretações de Stevenson.

Tudo isto para ver se o que resta do caso pode ser realmente descrito em terrenos “naturalísticos” (isto é, não paranormal), como Leonard Angel reivindicou quase dez anos atrás.

O que segue no trabalho seguinte é, primeiro, uma revisão crítica da crítica de Angel para o caso Imad Elawar, quase com o mesmo conteúdo de uma mensagem que eu havia enviado para ele por email;
e, segundo, uma “reorganização” ou “retabulação” do caso para ver se os aparentes “aspectos paranormais” suportam as tentativas de explicações naturais de Angel.

Revisão Crítica da Crítica de Leonard Angel para o Estudo de Caso Imad Elawar

Desde que eu disse para Leonard Angel “mesmo levando em consideração seu criticismo metodológico para o caso Imad Elawar, ainda acho este caso interessante”, tenho mandado para ele (como apresentado abaixo) minha análise e explicação de porque eu cheguei a este ponto de vista.

No final do texto, eu incluí uma retabulação que eu fiz da tabulação original de Stevenson, levando em consideração os comentários de Angel relativos sobre o caso.

Actualmente, é esta retabulação que é a base de minha opinião actual.

O texto que a precede é uma avaliação do que parecem ser pontos fracos na análise de Angel sobre o caso Imad Elawar.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 28, 2013 9:32 am

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Minha análise procedeu do seguinte modo:
- Primeiro, eu li a análise de Leonard Angel do caso (Skeptical Inquirer Outono 1994)

- Segundo, eu li a “Continuação” com a réplica de Stevenson e a tréplica de Angel (Skeptical Inquirer Maio/Junho de 1995)

- Terceiro, eu li o caso como relatado em Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (segunda edição, 1974 - sixth paperback printing, 2002).

- Quarto, todos estes materiais foram cuidadosamente lidos quatro vezes, e eu fiz uma retabulação da tabulação original de Stevenson.

- Quinto, eu adquiri dois artigos adicionais sobre o assunto.

Os artigos foram estes que Stevenson indicou:
Caixa de texto:
*Stevenson, Ian, e Godwin Samararatne. 1988. Three new cases of the reincarnation type in Sri Lanka with written records made before verification. Journal of Scientific Exploration, 1988, 2:217-238. * Mills, Antonia; Haraldsson, Erlendur, and Keil; H. H. Jürgen. 1994. Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three independent investigators. Journal of the American Society for Psychical Research, 88:207-219.
(este é de julho de 1994, e portanto não poderia ter sido usado por Angel então).

Finalmente, eu obtive a análise completa de Angel do caso, e eu obtive a réplica completa de Stevenson.

A primeira coisa que me chocou foi que Angel estava analisando um caso que tinha sido investigado em 1964, isto é, trinta anos antes de sua análise (em 1994).

Este é certamente o caso mais importante do material de Vinte Casos, mas um monte de pesquisa tem sido feita desde então.

Eu apenas imagino qual a qualidade da pesquisa que seguiu Vinte Casos.
Apesar do trabalho de Angel ser precioso em linhas metodológicas, não nos dá ideia da qualidade da pesquisa na área.

Eu adquiri e cuidadosamente li os dois artigos mencionados logo acima, e eles me pareceram ser de qualidade científica razoavelmente boa.

A segunda coisa que me chocou foi que no artigo de Angel muito criticismo foi dirigido para a reinterpretação de Stevenson das afirmações de Imad, questionando mesmo a legitimidade, motivos, e intenções dessas reinterpretações.

Angel disse, por exemplo:

Caixa de texto:
“Em virtude de que afirmações originais, então, permitiu-se Stevenson e a família a pensar em Ibrahim Bouhamzy?”
(seguido, em seu artigo da S.I, pela lista da “soma total das correspondências restantes da “memórias prévias à investigação” original).

E também: “Fantasiando bastante, as memórias são no fim consideradas boa evidência para a reencarnação apesar do facto que o melhor candidato encontrado de Stevenson de uma vida pregressa não ter se chamado Mahmoud Bouhamzy, não ter uma esposa chamada Jamile, e não ter morrido como resultado de um acidente de caminhão, restando somente a afirmação de que se seguiu uma discussão com o motorista.

Contudo Stevenson não dá informação suficiente para que o leitor saiba o que exactamente os pais ou o próprio menino disseram que habilitasse Stevenson a descontar as reivindicações originais como interpretadas pelos pais e se mostrar preferível às muito diferentes reivindicações dadas na tabela."

Havia certamente uma reinterpretação pesada da parte de Stevenson.
Eu posso mesmo dizer que às vezes ele foi a extremos inaceitáveis ao fazer isso.

Mas realmente, as “razões” para Stevenson proceder assim estão todas indicadas claramente em seu relatório do caso (isto é, à excepção dos extremos inaceitáveis de reinterpretação).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 29, 2013 1:28 pm

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E também, todas as fraquezas do caso parecem (parecem, ao menos!) terem sido apresentadas abertamente, à excepção dos detalhes de seus procedimentos de entrevista com os “informantes” (isto é o item 5 das seis bases fundamentais em que, de acordo com a visão de Angel, Stevenson falhou).

Isto é, que tipo de perguntas usou?
Conduziam na maior parte e abertamente?
Ou, em vez disso, poderiam alguma delas, ou talvez mesmo a maioria delas, serem qualificadas sob definições modernas como o “simples cego?”


Em todo o caso, nós todos sabemos que não eram certamente duplo-cego, o que, por si só, é uma fraqueza séria.

Uma terceira coisa que me surpreendeu foi o limitado espaço que a Skeptical Inquirer (S.I) deu ao assunto.

A réplica completa de Stevenson é muito interessante e informativa (assim como a análise completa de Angel do caso tem mais robustez à qual os leitores poderiam tirar proveito da leitura), e foi uma grande pena que a S.I não pôde (ou não quis) publicá-la completamente.

Teria tomado apenas 5 páginas para publicar a réplica completa de Stevenson (eu tenho Microsoft Word que conta as palavras nos artigos para fazer essa estimação), enquanto o artigo de Angel tem 7, e o Pé Grande (também em S.I. 1994, Outono), tem 11!

Mais, eu encontrei alguns erros factuais na análise de Leonard Angel.
Angel fez uma lista da “Soma total das correspondências restantes das memórias prévias à verificação” original.

Isso inclui os seguintes itens:

01- Havia uma pessoa importante (sua esposa ou alguma coisa parecida) chamada Jamile
02- Jamile era bonita
03- Jamile usava roupas vermelhas

04- Jamile se vestia bem
05- Ibrahim era um “amigo” do famoso político druso Kemal Joumblatt
06- Ibrahim tinha uma fazenda

07- Há uma entrada com um tipo de abertura circular
08- Ibrahim era afeiçoado da caça
09- Ibrahim tinha escondido sua arma

10- Ibrahim uma vez bateu num cachorro
11- Havia uma ladeira próxima à casa de Ibrahim
12- Ibrahim estava reconstruindo seu jardim

13- Ibrahim tinha um pequeno automóvel amarelo
14- Ibrahim tinha um ónibus
15- Ibrahim tinha um caminhão

Primeiramente, eu encontrei seis erros na lista.
De facto sete, mas a soletração de Jamile (a qual, a propósito, é apenas um pseudónimo) é metodologicamente sem importância.

Os erros são estes:

Itens Jamile usava roupas vermelhas, Ibrahim tinha escondido sua arma, e Ibrahim tinha um ónibus não deveriam estar na lista.
Eles não foram registados antes da verificação.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 29, 2013 1:29 pm

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Itens Ibrahim tinha uma espingarda de duplo cano, Ibrahim mantinha as ferramentas para os carros estavam nesse lugar de abertura arredondada, e Ibrahim teve um fogão do óleo em sua casa devem ser incluídos, porque foram registados antes da verificação.

E novamente, na completa análise de Angel do caso, ele lista 5 itens que restaram após ele fazer uma tentativa de explicar de forma natural as afirmações:

1- Afeiçoado por caça
2- Tinha escondido sua arma
3- Melhorava o jardim

4- Tinha acesso a alguns veículos
5- Entrada com sótão de abertura redonda

Nisto, eu ainda encontrei dois erros:
primeiro a “arma escondida”, a qual não foi registrada antes da averiguação.

Segundo, a entrada com um tipo de abertura circular, a qual de facto, se levarmos em consideração o que o próprio Stevenson relatou, poderia ser facilmente explicada de forma natural.

Realmente, o próprio Stevenson enfatizou sua potencial importância, pelo indicado nas tabulações (item 47, comentários):
“Conquanto exacto, aberturas deste tipo dando para o sótão, existem em outras casas da região...”

Lembrando que, concernente à “ladeira perto da casa”, Angel explicou isto de forma natural dizendo:
Quanto à ladeira próxima à casa, poderia ser porque a maioria das casas nas vilas Drusas possuam uma ladeira em algum lugar próximo a elas?”.

Então, a abertura redonda também deveria ser excluída.

De facto, parece haver pouca ou nenhuma razão para excluir estes treze (13) itens adicionais:
o jardim novo tem cerejeiras;
o jardim novo tem macieiras;

havia duas garagens na casa; Jamile usava salto-alto;
havia alguém chamado Amin; Amin viveu em Tripoli; Amin trabalhou no edifício do tribunal em Tripoli;
as ferramentas para o carro estavam no lugar com a abertura redonda;

teve uma cabra quando era novo; teve um carneiro quando era novo;
quando perguntado “quem são seus irmãos?”, respondeu corretamente “Fuad e Ali”
(deixando fora Sami, o mais novo);

teve um cão marrom;
quando perguntado como o cão tinha sido prendido, respondeu correctamente “por corda”;
em vez das correntes como tantos cães na área são.


Parece que para mim, após ler a crítica de Angel e o relato de Stevenson muitas vezes, que o caso Imad Elawar foi provavelmente o primeiro caso onde Stevenson teve a oportunidade de fazer registos das afirmações antes de qualquer um tentar verificá-las e de então manifestar a tentativa e de encontrar (talvez com sucesso) uma pessoa coincidindo com as afirmações de uma criança.

Stevenson era talvez despreparado para as “complexidades desconcertantes” que ele encontrou, possivelmente porque esperou que as coisas aparecessem de uma maneira bem mais definida.

Fez uma proposta muito arriscada (e totalmente ingénua) quando sugeriu em sua primeira entrevista com família de Imad que poderia ir a Khriby no dia seguinte tentar ver se poderia descobrir algo interessante, o que naturalmente deve ter levantado expectativas elevadas em Imad e em seu pai.

E estas expectativas elevadas, se fossem frustradas mais tarde por causa de Stevenson, poderiam ter tido consequências desastrosas para a investigação do caso.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 29, 2013 1:29 pm

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Por então, tudo o que Stevenson tinha era um relatório que vinha através de um intérprete muito inseguro, e Stevenson não tinha nenhuma garantia que encontraria alguém muito melhor no seguinte dia para fazer este trabalho.

Parece-me que não tinha percebido então o quanto as indicações de uma criança podem começar a se emaranhar com as interpretações dos pais dela, e quanto muitas distorções adicionais podem operar em “memórias” como estas

(e nós devemos adicionar: naturalmente, enfraquecendo o caso!
Se as reinterpretações devem ser concedidas, há um preço a pagar.
E o preço é: O enfraquecimento das afirmações evidencialmente fortes
).

Eu devo dizer que, sendo eu mesmo um pai (eu tenho uma filha, 14 anos de idade, e um filho, 8 anos de idade), eu não acredito na possibilidade de que um investigador pode com segurança identificar o que são (ou eram) as afirmações da criança e o que é (ou era) o “fruto da confusão” com os seus imediatamente mais próximos (principalmente, mas não somente, com interpretações dos pais, feedbacks positivos ou negativos, etc).

(comentário:
de facto, eu devo dizer que os investigadores Erlandur Haraldsson e Majd Abu-Izzeddin parecem ter feito um trabalho excelente em tentar fazer exactamente isso em um caso recente do relatório:
Development of Certainty About the Correct Deceased Person in a Case of the Reincarnation Type in Lebanon: The Case of Nazih Al-Danaf. Erlendur Haraldsson e Majd Abu-Izzeddin. Journal of Scientific Exploration, Vol.16, No.3, pp.363-380. 2002.
Este caso, entretanto, não tinha registos feitos antes da verificação).

Uma questão interessante é a questão “cuba-abrigo”.
“Um menino de cinco anos de idade de um vilarejo druso não sabe a diferença entre uma cuba e um poço?”

(comentário:
Angel fez esta pergunta em seu artigo da Skeptical Inquirer de 1994, porque Imad tinha dito que em sua vida precedente havia dois poços em sua casa, um cheio e um vazio.

Stevenson encontrou duas cubas de concretos lá, e contou essa indicação como “correcta” na tabulação).

Nós poderíamos igualmente perguntar, “Os cépticos crescidos da Skeptical Inquirer (ou as pessoas responsáveis pelas ilustrações nela) não sabem a diferença entre uma cuba feita de madeira e outra feita de concreto?”
(na edição de Outono da S.I. 1994 eles desenharam uma prototípica fonte de tijolos do lado de uma cuba de madeira típica - este desenho aparece na capa e em uma página do artigo também).

O problema da escala de significados da palavra em línguas diferentes é duro de tratar, mesmo sem ter em mente a hipótese de reencarnação.

No português brasileiro, eu nunca descreveria um “poço” usando a mesma palavra que eu uso para “cuba de concreto” (nem eu descreveria uma cuba de concreto usando a mesma palavra que eu uso para uma “cuba de madeira”...).

Mas uma oficina como aquela na casa de Ibrahim Bouhamzy eu certamente descreveria como garagem (em português brasileiro), a mesma palavra que eu uso para qualquer outra garagem ordinária.

Se alguém está usando a “hipótese de trabalho reencarnatória”, não importa o quão estranho isto seja, precisa ser levada em consideração a possibilidade de distorção das memórias através das hipotéticas (e esquisitas) transmissões de alma, junto com tudo o mais que poderia influenciar estas memórias

(apesar do facto do garoto ter citado o item “dois poços” durante a viagem de carro, isto é, talvez possivelmente de forma rápida, visto que “Mahmoud” foi provavelmente citado pelo garoto muitas e muitas vezes, e assim pode ser mais merecedor de criticismo pesado).

Parece ser verdadeiro que Stevenson não tentou saber quando exactamente Imad começou a mencionar Khriby e Bouhamzy
(como Angel observou em sua crítica a este relatório do caso).

Mas não são estas afirmações realmente de uma natureza limitante?
Elas não limitam a possibilidade de reinterpretação?


Angel fez a pergunta, “O que aconteceria se o garoto fosse levado para outro vilarejo?”.

Poderia haver uma reinterpretação que permitisse uma identificação enganosa (assim como Ibrahim pode ter sido uma identificação enganosa também)?

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 30, 2013 9:59 am

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Uma maneira de olhar esta questão pode ser se nós olharmos os “casos insolúveis”, especialmente casos registrados antes da averiguação os quais tenham permanecido insolúveis.

Em Mills et al (Mills, Antonia; Haraldsson, Erlendur e Keil; H.H. Jürgen 1994.

Replicação de estudos de casos sugestivos de reencarnação por três investigadores independentes. Journal of the American Society for Psychical Research, 88:207-219), eles relataram que dos 19 casos com registos feitos antes da verificação (no Sri Lanka, estudados por Haraldsson), quatro casos foram solucionados, e 15 não foram.

Isso significa 78% de casos não-resolvidos.

Também, o antropólogo Matlock (Matlock, J. G. 1990.
Estudos de caso de memórias de vidas passadas).

Em S. Krippner - Ed – Avanços na Pesquisa Parapsicológica. McFarland: Jéferson, NC, Vol.6, p.231) diz:

Caixa de texto:
3.5.2 Casos Resolvidos Versus Não Resolvidos Cook et al.

(Cook, E. [F.] W., Pasricha, S., Samararatne, G., U Win Maung, & Stevenson, I. 1983b. A review and analysis of "unsolved" cases of the reincarnation type: II. Comparison of features of solved and unsolved cases. Journal of the American Society for Psychical Research, 77, 115-135) descreve uma série de casos não resolvidos e (1983b) uma comparação de 576 casos resolvidos e 280 não-resolvidos em seis culturas em diversas variáveis.

Eles (Cook et al., 1983b) não dizem como sua amostragem foi feita, mas o número de casos envolvidos faz isto parecer que usaram todos os casos na colecção de Stevenson para os quais os dados suficientes estavam disponíveis.

Isso significa 33% de casos não resolvidos. De fato, quase todos os casos acima devem ser casos sem registros escritos feitos anteriores à verificação. Então a identificação da “personalidade prévia” fosse feita pelos próprios familiares.

Em geral, parece que os casos não são resolvidos tão facilmente quanto se esperaria.
Mas eu devo dizer que é somente um olhar muito introdutório nesta publicação de qualquer modo.

Uma outra maneira de estimar a probabilidade de encontrar uma pessoa que combinasse estas indicações das crianças seria a aproximação experimental que Leonard Angel usou na Sociedade Céptica de Vancôver BC

(comentário:
O Sr. Leonard Angel disse-me isto em uma comunicação pessoal em 20 de Maio, 2003:
“Outro factor que é bom mencionar é que isto não está escrito em nenhum lugar.

Quando eu apresentei este material para a Sociedade Cética de Vancouver BC, eu planejei uma lista substituta dos factores similares à tabela na Colecção de 20 Casos para Imad Elawar.

Eu não me recordo dos detalhes, mas o que teria sido comum para o contexto de Elawar mas não comum em Vancouver aparentemente demonstrou ser igualmente comum em Vancouver.

E o que era incomum no contexto de Elawar seria substituído por algo igualmente incomum em Vancouver.
Eu apresentei a lista ao grupo de aproximadamente quarenta ou cinquenta pessoas, e mandei-os preencher com os elementos aplicados a eles pessoalmente.

Nós encontramos então alguns resultados soando verdadeiramente notáveis - havia diversas pessoas nas audiências que mostraram tantos indicadores como a suposta vida passada de Imad Elawar fez para essa lista.

O experimento não foi desenhado rigorosamente, era mais para demonstrar a natureza da teia informacional, como poderosa é, e como fácil é gerar conexões que não são causalmente significativas.”
).

Até agora, eu não topei com qualquer artigo onde um pesquisador em casos de memória de vidas passadas tentou empreender isto.

Um insumo adicional intrigante é a própria Jamile.
Quando Imad foi a Khriby, não mencionou Jamile quando estava com os membros femininos da família de Bouhamzy.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 30, 2013 9:59 am

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Eu acredito que sua mãe, ou seu pai, tinham instruído-lhe para não fazer assim, porque o relacionamento de Ibrahim e de Jamile teria sido um escândalo para a família.

Em todo o caso, eu quero saber se Jamile realmente de fato existiu!
Eu penso que provavelmente ela existiu, mas não me surpreenderia se ela não tivesse realmente existido.

Os dois artigos que eu li adicionalmente, sugeridos por Stevenson em sua réplica, possui muitos pontos bons.

Em Stevenson-Samararatne (1988), muitos dos problemas identificados por Angel no caso Imad Elawar pareceram terem sido muito melhor tratados.

Estes casos parecem ser mais aprofundados e melhor estudados (existiram mais dias de entrevistas, os pesquisadores falavam a língua local e conheciam a cultura local).

Houve muito menos reinterpretações e as tabulações pareciam muito mais claras, isto é, elas estavam menos confusas e as declarações pareciam menos confusas (isto é, elas estavam melhor explicadas; realmente, não havia tabulação.

Eu tive que extrair, uma por uma, as “afirmações anteriores à averiguação” do artigo, e comparar o resultado com a tabela 1 “Soma Total”;
a qual indicou somente o número total das indicações, o número os correctos, dos errados, e inverificados).

Lá também parece ter tido menos possibilidade de “vazamento sensorial” (isto é menos possibilidades de contato entre as famílias envolvidas).

Em Mills et al (Mills, Antonia; Haraldsson, Erlendur, e Keil; H. H. Jürgen. 1994.
Replicações de estudos de casos sugestivos de reencarnação por três investigadores independentes.

Journal of the American Society for Psychical Research, 88:207-219), os autores não realmente tem muito material que suportem explicações paranormais.

O único caso com registro feito antes da verificação tinha (segundo meu ponto de vista) uma fraqueza séria:
todos os itens foram “itens out-doors”, os quais aumentam a chance que eles tivessem conhecimento adquirido através de estranhos e outros membros não pertencentes à família.

Mas os autores fazem comentários metodologicamente interessantes sobre a possibilidade de armadilhas em relação à pesquisa nessa área:

1 - Eles dizem que “nos casos em que não tem um registo feito antes do caso ser ‘resolvido’, é difícil avaliar quanto de alteração nos registos do ‘testemunho original’ foram feitos.

2 - Eles observam a “dificuldade de avaliar a independência das afirmações”
(isto é, como pode alguém dizer quantas afirmações estão na frase com exacta precisão?)

3 - Eles reparam a “dificuldade de avaliar a relativa significância ou o peso dos dados de informação contidas em cada declaração”.

4 - Finalmente, eles comentam o problema de “avaliar a probabilidade de uma equivalência entre as afirmações, comportamento, etc de uma criança e as características de uma pessoa falecida”, ainda indicando que “qualquer cálculo da tal probabilidade estimada tem um elemento subjectivo substancial;.”

Tanto quanto eu pude entender, o item 4 acima é precisamente uma referência para o que Angel mencionou como as estatísticas do nexo informativo que cerca todo material ‘psiquicamente’ transmitido (como Angel colocou em seu artigo de 1994 na Skeptical Iinquirer:
“O principal registo de dados concorrentes para a hipótese de reencarnação não foi sequer levantado, foi deixado de lado.

O registo concorrente apropriado tem que fazer elos estatísticos com as informações cercando qualquer material ‘psiquicamente’ transmitido”).

Este artigo de 1994 (Mills et al) naturalmente não poderia ter sido usado por Angel em seus livro e artigo, porque apareceu muito simultaneamente a estes escritos de Angel .

Parece para mim que em termos de criticismo metodológicos o artigo de Angel reforçou a importância de dois itens cruciais:
primeiramente, quantos casos como estes poderiam ser explicados pelos funcionamentos o acaso puro.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui maio 30, 2013 10:00 am

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E em segundo, o quanto o investigador poderia passar aos “informantes” a informação que ele ou ela ou estão tentando verificar.


Na soma: o acaso, algo que tem flagelado a parapsicologia por tanto tempo;
e o vazamento sensorial (vazamento do investigador aos informantes, ou do ambiente em volta - jornais, pessoas, etc. - ao sujeito ou aos informantes), que, também, tem tido um impacto devastador na aceitabilidade das reivindicações do paranormal.

Presentemente, eu penso que somente casos registados pelo investigador anteriores à verificação deveriam ser considerados como possível fonte de evidência empírica para a hipótese de reencarnação

(comentário: existe um artigo interessante de 1998 por Shouten e Stevenson que dirigem-se precisamente a esta publicação, comparando este tipo de casos “mais fortes” com os outros tipos “mais fracos”, isto é, casos sem registos feitos antes da verificação.

Eles concluíram que a Hipótese Sócio-Psicológica não pode adequadamente explicar estes casos “mais fracos” do tipo reencarnação, o que parece trazer estes casos “mais fracos” para mais perto dos “mais fortes” na sua possibilidade de dar evidências que suportem a hipótese de reencarnação - Does the Socio-Psychological Hypothesis Explain Cases of the Reincarnation Type? Schouten, SA & Stevenson, I. Journal of Nervous and Mental Disease. Vol.186. No.8, pp.504-506.

Entretanto, parece que neste artigo os casos “mais fortes” incluem tanto os registos feitos pelo investigador e aqueles em que os registos foram feitos por mais alguém, algumas vezes algum parente da criança, como no caso Swarnlata.

Igualmente, pelo menos no caso Imad Elawar, a avaliação quantitativa dos itens correctos, incorrectos e duvidosos não parece ser muito confiável.

Por exemplo, ele considerou, mesmo após a crítica de Leonard Angel em 1994, que as afirmações correctas somaram 80%, enquanto eu próprio vi seus dados como tendo realmente 69% de afirmações correctas no máximo, e talvez somente 63% se formos mais rigorosos –
veja detalhes abaixo – Então, as probabilidades neste artigo de 1998 podem ser falhas.

Parece haver uma curiosa falha estatística no artigo introdutório de Stevenson de 1993 sobre marcas e defeitos de nascimento:
Birthmarks and Birth Defects Corresponding to Wounds on Deceased Persons.
Ian Stevenson Journal of Scientific Exploration, Vol 7, No.4, pp403-410, 1993.

Tem a ver com a probabilidade que o ferimento de uma pessoa morta na encarnação precedente combinaria com a posição de uma marca de nascença na encarnação seguinte.

Se houvesse uma marca de nascença, os números de Stevenson indicaram uma probabilidade de 1/160, mas a cifra estatística correcta deve ser 1/25.
E se houvesse duas marcas de nascença, Stevenson encontrou uma probabilidade de 1/25600, mas o número correcto é 1/625.

Este erro foi repetido em ambos seus livros no mesmo assunto em 1997, e criticado por Leonard Angel em um artigo 2001:
Reencarnação Mais uma vez: Evidência para Reencarnação repousa no raciocínio inverso.

Uma revisão de “Rerncarnação e Biologia” de Ian Stevenson; Praeger Publishers, 1997. Vol 1 e 2, 2.228 pp. Autor da revisão do livro: Angel, Leonard. Skeptic Magazine vol. 9, No.3, 2002).

Além disso, mesmo que você para isto use métodos de verificação verdadeiramente duplo-cegos, estes casos não irão nunca satisfazer as críticas que são requeridas para afirmações paranormais, especialmente as de sobrevivência, para as quais não tem meios de ocorrer sob condições controladas, o que é uma fraqueza complicada.

Para uma hipótese como a de reencarnação, estas exigências por críticas severas vêm não somente da necessidade de reconciliar isto com o resto do corpo científico de conhecimento:
vêm mais de seu impacto social potencialmente profundo.

Esta é uma coisa onde, eu penso, nós não podemos permitir a “verdade científica temporária”.
Nós necessitamos de algo mais forte.

Este é o motivo pelo qual em meu ponto de vista tais casos nunca deveriam ser examinados como “prova” de reencarnação.
Mas eu também acho que eles fornecem alguma evidência empírica para ela.
Fraca evidência. Mas verdadeira.

No mais recente artigo de Angel, na Sketic Magazine (Tudo sobre Reencarnação novamente: evidência para a reencarnação reside no raciocínio inverso.
Uma revisão de “Reencarnação e Biologia” de Ian Stevenson, Praegers Publishers, 1997. Vol 1 e 2, 2228 pp.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 31, 2013 10:17 am

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Revisado por Leonard Angel. Skeptic Magazine vol. 9, No 3, 2002), ele diz:
“Como o trabalho de Stevenson tem impressionado tantas pessoas, algumas delas com sólidas credenciais académicas?

Parte do problema é o que eu vejo como uma forma de persuasão através de tabulações defeituosas de dados muito volumosos para examinar a fundo.”

Parece-me que estas 2000 páginas do livro de Stevenson podem de facto ter muitas falhas.

Eu li algumas partes do menor, Onde Reencarnação e Biologia Cruzam (1997), e apesar de Stevenson dizer em sua introdução que isto serviria quase como “séries de resumos” para dar algum plano de fundo e para preparar o leitor para o volume maior (isto é, para levantar nossa curiosidade e interesse no assunto), neste livro menor faltam os detalhes que são necessários mesmo para uma análise preliminar (ao menos tanto quanto me concerne).

Mas Angel diz: “Parte do problema é...”.

Eu não necessariamente vejo um “problema” no facto que mesmo cientistas com sólidas credenciais académicas ficarem impressionados com o trabalho de Stevenson.

O que realmente me preocupa é porque eles ficam impressionados.

Se você ler, mesmo se você ler com cuidado, um relatório do caso como Imad Elawar ou aqueles seis que aparecem nos dois artigos que eu mencionei acima (Stevenson et al, 1988; and Mills et al, 1994), você pode muito bem sair da leitura sentindo que há uma evidência forte, ou sentindo que há uma evidência fraca ou uma nenhuma evidência no final das contas.

Eu não acredito que qualquer um pode ter uma ideia boa do que estes relatórios de caso são realmente (isto é, suas forças e fraquezas) sem os ler cuidadosamente muitas vezes, e, o que é pior, sem fazer retabulações e extrações das declarações para tentar pesar o valor dos casos.

Eu acredito muito fortemente que estes relatos de caso estão sendo lidos muito mal, mesmo por bons cientistas (e por aqueles que declaram que “acreditam em reencarnação como bem justificada por investigações científicas ´como... digamos, a crença no passado da existência dos dinossauros.

Ou o filósofo Robert Almeder não leu os relatórios com cuidado e profundamente suficiente, ou não sabe muito sobre dinossauros.

Em todo o caso, sua resposta a Paul Edwards no
“Crítica aos argumentos oferecidos contra a Reencarnação”, é razoavelmente boa – Journal of Scientific Exploration, Vol. 11, no. 4, pp. 499-526, 1997. - esta é uma resposta ao livro de Edwards Reencarnação: um Exame Crítico - 1996).

E eu sei certamente que esses relatos de casos (alguns pelo menos) estão sendo muito mal escritos, de muitas maneiras, especialmente (mas não somente) em suas tabulações.

É meu ponto de vista que uma cuidadosa e profunda análise destes relatos de casos não conduzirão nem ao descarte rápido nem à aceitação de imediato.

Mais ainda, tanto quanto eu possa dizer, as objecções a “coisas estranhas” como a hipótese de reencarnação vem da supostamente “perfeita relação” mente-cérebro, e das hipotéticas violações das leis físicas”, estão muito menos fundamentadas do que a maioria das pessoas parecem estar cientes (incluindo Michael Shermer e Barry L. Beverstein. Shermer diz, em Porque Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas:

Pseudociência, Superstição e Outras Confusões do Nosso Tempo, “Não deveríamos nós sabermos por agora que as leis da ciência provam que fantasmas não podem existir?” (p.27), citado em uma revisão deste livro por Henry H. Bauer no Journal of Scientific Exploration.

E Bervenstein diz, em Uma Consideração Congénita do Argumento para Karma e Reencarnação, uma revisão do livro de Paul Edwards Reencarnação:
Um Exame Crítico publicada na Skeptical Inquirer Magazine: Janeiro/Fevereiro de 1999:

“Enquanto a moderna neurociência não pode conclusivamente jogar fora a possibilidade que uma consciência separada do corpo possa existir, a quantidade desconcertante de evidências sugerindo que pensar, lembrar, e sentir requerem um intacto, funcionante cérebro serve para fazer a ligação mente-cérebro uma dos postulados mais bem suportados encontrados em qualquer lugar da ciência”.

Para mim, ambos Shermer e Beverstein estão desinformados em suas declarações.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 31, 2013 10:17 am

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Nessa maneira, eu devo dizer que eu senti que isso em vez de nos apresentar com uma “insegura inflação da significância dos dados”, Leonard Angel forneceu-nos com uma “desmerecida deflação dele”.

De qualquer modo, devo reforçar que sua análise (em ambos os artigos) é preciosa em vários pontos, e eu estou bastante ciente que Angel pode estar realmente cem por cento certo em sua intuição que todo este programa de pesquisa tem pouco ou nada de paranormal nele.

Leonard Angel perguntou, comentando no caso Imad Elawar, “Quão difícil é, então, para explicar o conteúdo específico do melhor material de Vinte Casos em hipóteses puramente naturalísticas?

Tendo estudado isto profundamente, a resposta, tanto quanto me diz respeito, é “Certamente não impossível. Mas muito difícil de facto...”

Retabulação do caso de Imad Elawar, originalmente descrito e tabulado em Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação de Ian Stevenson (1966-1974)

Explicação:
Esta “retabulação” é uma tentativa de ver se o caso Imad Elawar ainda permanece “interessante” (isto é, indicativo de paranormalidade) após uma “correcção” da tabulação original de Stevenson dele, tentando tomar guia de medida o criticismo metodológico de Leonard Angel do caso (e a tabulação de Stevenson dele) ambos apresentados por Leonard Angel em seu livro (Enlightenment East and West, 1994) e em seu artigo publicado na revista Skeptical Inquirer (Empirical Evidence for Reincarnation? Examining Stevenson's “Most Impressive” Case. Skeptical Inquirer, vol.18, Fall 1994).

Na tabulação que se segue, apenas as afirmações registradas antes da verificação foram inclusas.
Algumas afirmações adicionais foram feitas por Imad Elawar durante sua visita à casa da “personalidade prévia.”

(Imad Elawar é o garoto que dizia se lembrar de uma encarnação prévia, e ele tinha cinco anos de idade em 1964;
Ibrahim Bouhamzy é supostamente a “personalidade prévia”, que morreu de tuberculose em setembro de 1949, tendo morrido quando ele tinha cerca de vinte e cinco anos de idade.
)

Dessas afirmações adicionais, apenas aquelas que foram testemunhadas directamente pelo intérprete foram incluídas.

Os itens que eu deixei de fora (isto é, que não foram escritos previamente à verificação) iriam de facto reforçar o caso.

Então, deixei-os de fora para não enviesar esta re-análise através de uma explicação paranormal (muito pelo contrário).

Cada item tem seu número antigo (isto é, o número na tabulação original feita por Stevenson) indicado nos parênteses.

Por exemplo: 4- (St: 03) significa que o número original deste item é 3, o qual eu estou me referindo na forma “retabulada” como item 4. St significa Stevenson.

Comentários sobre as possíveis fraquezas do caso:
Ao verificar se as afirmações de Imad Elawar estavam correctas ou não, as perguntas poderiam ter sido apresentadas aos “comprovantes” de um modo “duplo-cego”, “simples-cego”, ou “aberto” (esta última categoria inclui “as principais perguntas frequentemente criticadas”).

Nós podemos supor que as perguntas de Stevenson eram uma mistura de “abertas” e “simples-cegas”, possivelmente tendendo a ser “abertas”, às vezes (talvez) mesmo “conducentes”.

Vazamento sensorial possível “do ambiente” e da informação útil a respeito do caso:

* Imad Elawar nasceu em dezembro de 1958.

* Um evento que ocorreu possivelmente em dezembro de 1960: Salim EL Aschkar, um nativo de Khriby, tinha casado com uma menina de Kornayel e visitava às vezes a vila.
Quando Imad tinha aproximadamente dois anos de idade estava na rua com sua avó paternal quando Salim EL Aschkar vinha adiante.

Imad correu até ele e jogou seus braços em torno dele.
“Você conhece-me?” Salim perguntou, a que Imad respondeu: “sim, você era meu vizinho.”

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 31, 2013 10:17 am

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Este homem tinha sido um vizinho da família de Ibrahim Bouhamzy, mas não estava vivendo então perto de sua casa.
Era familiarizado ligeiramente com a família de Elawar, e tinha ido à casa de Elawar uma vez antes do nascimento de Imad.

* No outono de 1962, uma mulher da vila Maaser el Shouf veio a Kornayel para uma visita, e encontrou-se com pais de Imad.
Confirmou que algumas pessoas com os nomes indicados por Imad de fato viviam (ou tinham vivido) na área em torno de Khriby, incluindo Jamile.

* O Sr. Faris Amin Elawar, um terceiro primo do avô paternal de Imad, teve um conhecimento, mas não íntimo, com a família de Bouhamzy.

Seu filho, Saleem, foi ao funeral de Said Bouhamzy (esse que foi atropelado pelo caminhão em junho de 1943, seis anos antes da morte de Ibrahim Bouhamzy em setembro de 1949) com alguns parentes.
O Sr. Faris visitou a família de Elawar frequentemente.

(Stevenson disse nas páginas 315-316: “estas últimas duas entrevistas deixaram-me com a impressão que existia mais visitas entre Kornayel e Khriby do que eu tinha pensado previamente.

Ao mesmo tempo reforçaram minha conclusão que as pessoas conhecidas à família de Imad não tiveram o conhecimento dos detalhes da vida íntima da família de Bouhamzy.”
).

* Dezembro de 1963, pai de Imad foi a Khriby ao funeral do outro Bouhamzy dito.

* Stevenson começou a pesquisa do caso em março de 1964.

* As cidades de Kornayel e de Khriby estão a 40 quilómetros (25 milhas) distantes entre si.
Nenhum tráfego regular directo liga-as, mas têm estradas moderadamente boas, de superfície dura.

Nesta área, as pessoas das cidades diferentes geralmente se reúnem principalmente nos funerais e nos casamentos.

* É importante ter na mente que os informantes neste caso eram, na maior parte, os pais de Imad.

Stevenson diz na página 277 (em vinte casos):
“embora eu tentei aprender exatamente o que o próprio Imad tinha dito, seus pais passaram-me sobre como sendo dito por Imad algumas destas inferências que eles mesmos tinham feito em seu esforço de encontrar algum padrão coerente em suas indicações.

Porque emergiram, entretanto, os erros de inferência feitos pela família de Imad isto adiciona consideravelmente a evidência de sua honestidade e também à improbabilidade que eles mesmos poderiam ter fornecido uma fonte ou canal para a informação dada por Imad.”.

Assim uma pergunta que nós devamos ter, ao tentar esclarecer este caso em terras “naturalísticas”, é em que extensão os pais de Imad poderiam ter ganho acesso naturalisticamente às informações que eles apresentaram como sendo as memórias do menino.

As opções “naturalísticas” são:
confabulação (fraude colectiva, envolvendo duas ou mais pessoas);
criptomnésia (amnésia da fonte);
e acaso somada à da inflação dos dados significantes.


Indicadores especiais usados na “retabulação”:

Itens objectivos: O. Este tipo de item é de valor especial.
Refere a itens que objetivamente podia ser verificado por Stevenson, como, por exemplo, “logo antes de sua casa, há um declive”.


Itens de alta probabilidade: H. Isto refere a um item que não é específico.
Incluí todos os nomes sob esta categoria, por falta de informação quanto a suas frequências relativas nessa população.

Deve ser realçado que meu critério para classificar itens como “probabilidade alta” ou não é certamente somente uma tentativa.


Itens que talvez tenham sido afectados por dicas sensoriais: C. Isto afecta principalmente os “reconhecimentos”.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 01, 2013 9:57 am

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Na “retabulação abaixo”, os itens estiveram organizados de modo que os que tenham talvez mais valor evidencial aparecem primeiro.

Todos os comentários são meus, mesmo que eu às vezes tenha “pego emprestado” frases de Stevenson.

Indicações correctas, tanto directamente ou através de reinterpretação:
Observe que “Ele” no começo das “afirmações” sempre se refere a Imad-Ibrahim.

01- (St: 01) Ele era da vila de Khriby. O
02- (St: 34) Imediatamente antes de sua casa, havia uma inclinação. O

03- (St: 35) Haviam dois poços em sua casa. O.
Stevenson encontrou duas cisternas de concreto, as quais em sua resposta completa a Leonard Angel (1994) disse não ter visto em nenhuma outra casa no Líbano.
Correcto com reinterpretação.

04- (St: 37) O novo jardim tinha cerejeiras. O
05- (St: 37) O novo jardim tinha macieiras. O

06- (St: 45) Haviam duas garagens na casa. O.
Stevenson encontrou dois abrigos sob a casa.

Tinha um tecto (da própria casa [the very house itself], tanto quanto eu pude entender), uma porta, e esta porta tinha um cadeado.

A mim, era bem como uma garagem. Stevenson considerou este item incorrecto.
Eu estou tratando este item como correcto.

O comentário de Stevenson foi:
“Incorrecto, mas talvez parcialmente correcto.
Ibrahim mantinha seus veículos ao ar livre.

Sob a casa havia dois abrigos e Imad estava tentando provavelmente se referir a elas.

Isto parece bastante provável já que Imad tinha se referido anteriormente a 'lugares com telhados redondos aparentemente no mesmo contexto e estas barracas sob da casa tinham tectos redondos, como encontrei quando examinei uma eu mesmo.” Correcto com reinterpretação.

07- (St: 01) Ele era da família Bouhamzy. O H

08- (St: 47) Havia uma entrada com um tipo de abertura redonda (ao sótão? este é o item 47 na tabulação original de Stevenson, seguinte ao item 46: “a chave para a garagem estava no sótão”). O H

09- (St: 58) Imad apontou correctamente no sentido geral da casa de Ibrahim Bouhamzy a 300 metros de distância. Não a reconheceu especificamente. O C
10- (St: 72) Ele apontou correctamente no sentido da vila de EL Shouf de Maaser, onde Jamile costumava viver. O C

11- (St: 04) Jamile era bonita.
12- (St: 05) Jamile vestia-se bem.
13- (St: 05) Jamile usava salto alto. Isto é incomum entre as mulheres drusas.

14- (St: 09) Amin trabalhou no edifício do tribunal em Tripoli.

Stevenson disse: o “Sr. Mohammed Elawar disse mais tarde que Amin trabalhou no edifício do tribunal e daí tinham inferido que Amin era um juiz.”.

Parece-me um pouco estranho que um menino novo da vila diria que conhecia alguém que trabalhou em um edifício do tribunal.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 01, 2013 9:58 am

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15- (St: 18) Ele tinha um amigo chamado Yousef el Halibi.
Este era o homem velho com a memória danificada que Stevenson encontrou em Khriby.

Yousef alegou recordar ser amigo de Said Bouhamzy (o primo de Ibrahim que foi atropelado).
Fuad Bouhamzy (irmão de Ibrahim) disse que conheceu Yousef.

É provável que Ibrahim o conheceu também.
Stevenson tratou este item como não verificado.
Eu estou tratando-o como correcto. Correcto com reinterpretação.

16- (St: 20,21,22) * Entrou em uma discussão com um motorista (de caminhão?). *
Um caminhão passou por cima de um homem, quebrou seus pés e esmagou seu tronco.

* Ele era este homem. * Foi operado.
* O motorista queria matá-lo por causa da discussão.
contra: + não houve nenhuma discussão (da parte de Said), mas Ibrahim tinha uma natureza de briguento.

+ Foi Said (seu primo) que foi atropelado.
+ O motorista não queria matar Said
+ Ibrahim causou um acidente de ônibus;

ele ficou ansioso após isto;
logo após isto, caiu doente e esta doença terminou por matá-lo (tuberculose):
Este é um grupo muito complicado de afirmações confusas de Imad contra “factos verificados”.

Feito exame como um todo, parece haver algo nele.

Mas isto denota uma determinada quantidade de reinterpretação, consequentemente enfraquecendo seu valor evidencial.

Quantitativamente, este grupo de afirmações pode ser visto aproximadamente como três afirmações “correctas” e quatro afirmações “incorrectas”.

17- (St: 28) Ele tinha uma espingarda de cano duplo.
18- (St: 35) Um dos poços estava cheio, e o outro estava vazio.
Correcto com reinterpretação.

19- (St: 36) Eles construíam um novo jardim na época de sua morte.
20- (St: 39) Ele tinha dinheiro e terrenos.
21- (St: 40) Ele tinha um automóvel amarelo pequeno.
22- (St: 42) Ele tinha um caminhão.

23- (St: 48) As ferramentas para os carros estavam nesse lugar de abertura arredondada.
24- (St: 50) Ele teve uma cabra, quando era novo.
25- (St: 51) Ele teve um carneiro, quando era novo.

26- (St: 71) Quando perguntado “quem são seus irmãos?”, respondeu correctamente “Fuad e Ali”, deixando de fora de Sami o mais novo.

27- (St: 60) No pátio da casa de Ibrahim, Imad disse correctamente onde o cão era mantido. C
28- (St: 64) Perguntado “como você falava com seus amigos?”, Imad apontou a uma janela e disse “Através dali.” C

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jun 01, 2013 9:58 am

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29- (St: 65) Ele indicou correctamente onde Ibrahim mantinha sua arma. C

30- (St: 03) Ele mencionou uma mulher chamada “Jamile”, e que era sua mulher.
H Jamile é um pseudónimo usado neste estudo de caso de Ian Stevenson que significa ”menina bonita” em árabe.

Ela não era sua esposa, mas sua amante.
Tiveram um caso do amor mas nunca se casaram.
Após a morte de Ibrahim, casou-se e moveu-se para uma outra vila.

Embora eu pense que provavelmente existiu, gostaria de saber se existiu realmente.

31- (St: St 07.: 08) Havia alguém chamado Amin , que vivia em Tripoli. H
32- (St: 26) Ele era um amigo de Kemal Joumblatt, um filósofo druso bem conhecido e político. H

33- (St: 27) Ele era muito afeiçoado da caça. H
34- (St: 31) Ele teve um cão marrom. H
35- (St: 32) Ele bateu em um cão. H

36- (St: 49) Havia um fogão a óleo em sua casa.
H Imad foi questionado se teve um fogão de madeira em sua casa, e ele respondeu que tinha tido um fogão a óleo.
A casa actual de Imad tem um fogão a óleo também.

37- (St: 61) Perguntado como o cão tinha sido prendido, Imad respondeu “por corda” (correcto), em vez de pelas correntes (como tantos cães na área são). H

38- (St: 62) No quarto de Ibrahim, Imad reconheceu qual das duas camas tinha sido de Ibrahim. H C

39- (St: 63) Perguntado “como a cama era arrumada quando você dormia nela?”, Imad indicou a posição precedente, transversalmente da actual, arrumada de modo que pudesse falar com seus amigos através da janela. H C

Indicações incorrectas:

01- (St: 52) Ele tinha cinco crianças.
Quando Imad estava falando sobre filhos levantou cinco dedos para indicar o número das crianças na resposta a uma pergunta.
Possivelmente, estava se referindo aos cinco filhos de seu amigo e primo Said Bouhamzy.
Ou, possivelmente também, ele apenas estava evidentemente errado.

02- (St: 44) Ele não dirigiu o caminhão. Dirigiu-o.

03- (St: 39) Ele não teve nenhum outro negócio regular (além de ter dinheiro e terrenos).
De facto ele trabalhou com o ónibus e o caminhão.

04- (St: 38) O caminhão estava cheio de pedras, que usavam no trabalho de construção no jardim.

05- (St: 09) Amin era um juiz no tribunal de Tripoli.
Ele trabalhou neste edifício, como um oficial do departamento topográfico do governo libanês.

06- (St: 25) O motorista era um cristão. (do caminhão ou do ónibus?).
Isto parece se referir a um motorista relacionado aos eventos descritos por Imad.
Ibrahim teve um amigo que era um cristão e um motorista de ónibus.
Ibrahim teve (possivelmente) muitos amigos...

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 02, 2013 10:13 am

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07- (St: 31) Seu cão era um cão da caça.

08- (St: 02) Seu próprio primeiro nome era Mahmoud.
H Havia um Mahmoud que era tio maternal de Ibrahim. Está ainda vivo.
Eu acho interessante que o nome “Mahmoud” possa ser foneticamente similar a “Mohammed” (eu não sei como são pronunciados em árabe, mas parecem similares).
Mohammed é o nome do pai de Imad...

09- (St: 03) Jamile era sua esposa.
H. De facto, era somente sua amante.

10- (St: 10) Ele teve uma filha chamada Mehibeh.
H Havia uma Mehibeh que era uma primo de Ibrahim.

11- (St: 11) Ele teve um filho chamado Adil.
H Ele teve um primo chamado assim.

12- (St: 12) Ele teve um filho chamado Talil ou Talal.
H Ele teve um primo chamado Khalil.
Disse Tliby, em vez de Khriby quando muito novo, e assim pôde ter dito Talil em vez de Khalil.

13- (St: 15) Ele teve um filho chamado Salim.
H Seu tio, com quem viveu, era Salim.

14- (St: 16) Ele teve um filho chamado Kemal.
H Ele teve um primo chamado assim (também um amigo, o político).

15- (St: 13) Ele teve um irmão chamado Said.
H Ele conheceu duas pessoas chamadas Said.
Os parentes próximos e os bons amigos podem referir-se como irmãos (comentário em St. 07).

16- (St: 14) Ele teve um irmão chamado Toufic.
H Ele teve um primo chamado assim.

17- (St: 07) Ele teve um irmão chamado Amin (esse que viveu em Tripoli).
H Ele teve um parente próximo chamado assim.

Total original de Stevenson
Afirmações: 61

Correctas: 49
Não verificadas: 05
Incorrectas: 06
Duvidosas: 01

* Dois “incorrectos” eram, de facto, em parte correctos ou duvidosos.
A “soma total” de Stevenson difere drasticamente do que é apresentado na “retabulação” acima.

Para verem as tabulações correctas, acedam à Pág. http://br.geocities.com/existem_espiritos/imad_revisitado.html

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 02, 2013 10:14 am

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Discussão:

Um péssimo ponto em estudos de caso como estes é que nós devemos confiar pesadamente no investigador.
É uma coisa boa que outros investigadores empreendam “replicações” da pesquisa de Stevenson
(entre outros trabalhos: Mills, Antonia; Haraldsson, Erlendur, e Keil; H. H. Jürgen. 1994.

Replicação de estudos dos casos sugestivos de reencarnação por três investigadores independentes. Jornal da Sociedade Americana para a Pesquisa Psíquica, 88:207-219).

Um outro ponto ruim é o facto que nós temos que confiar também nos comprovantes.
Isto poderia ser evitado se o questionário “duplo-cego” fosse feito.

Ao invés disso, os questionários de procedimento de Stevenson parecem no seu melhor estado serem “simples-cego”, e muito possivelmente “não-cego” (isto é, se usando perguntas”abertas”) muitas vezes, talvez mesmo na maior parte dos tempos.

Também, por sua natureza muito particular, estes casos não podem desenvolver-se sob “protecções sensoriais condicionadas”, e esta é certamente uma outra armadilha para as hipóteses paranormais, especialmente a reencarnação.

Algumas “falhas” e as “fraquezas” neste estudo de caso específico devem ser indicadas.

Parece que Stevenson estava despreparado para o que encontrou neste caso, as assim chamadas “complexidades desconcertantes” como ele coloca, e eu penso que foi assim porque este era muito possivelmente o primeiro caso onde encontrou a oportunidade de registo antes de verificar o que o sujeito declarava.

Assim, pode ser que tenha faltado a experiência para tratar do que enfrentava, consequentemente adicionando fraqueza à investigação e à análise dele.

Um outro ponto fraco é a necessidade de usar intérpretes desconhecidos a ele e que não eram eles mesmos investigadores.

Uma falha adicional e séria foram as reinterpretações drásticas que usou, às vezes (ao menos) claramente inaceitáveis.

Também, em sua “resposta Leonard Angel” em 1994, reafirmou a sua tabulação original do caso (que apresenta o total de soma indicado apenas acima, que é:
Indicações: 61 correctas: 49 Inverificadas: 05 incorrectas: 06 duvidosas: 01), não reconhecendo os erros nela, o que parece para mim ser muito ruim.

Adicionalmente, o caso é enfraquecido por cinco fontes potenciais “naturalísticas” principais de informação:
a reunião de Imad com vizinho de Ibrahim;

a reunião de pais de Imad com a mulher de Maaser EL Shouf;
as visitas freqüentes à casa de Imad do Sr. Faris Elawar, que era familiarizado com a família de Bouhamzy de Khriby;

o funeral de Said Bouhamzy em 1963, que o pai de Imad assistiu;
e o facto que as duas cidades envolvidas não são demasiado distantes entre si (apesar de que não são também demasiado próximas).

Um ponto importante a ter em mente é (desde que os pais de Imad eram os informantes principais) que ao avaliar a possibilidade de aquisição de informação “paranormal”, nós estamos analisando realmente a possibilidade dos pais de Imad poderem ganhar o acesso a essa informação, e não o próprio Imad.

Uma última fraqueza possível é que os “reconhecimentos” e promove “indicações” que ocorreram durante a visita de Imad à casa de Ibrahim são responsável às sugestões sensoriais.

Ao fazer a “retabulação” acima, eu não usei as afirmações que não foram registadas antes da verificação, e eu não usei os reconhecimentos mais as afirmações notáveis durante “a fase de reconhecimento do caso” que não foram testemunhadas directamente pelo intérprete.

Estes eram aproximadamente doze itens juntos.
Destes, somente três no máximo estavam incorrectos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jun 02, 2013 10:15 am

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Assim, este procedimento que eu usei de deixar estes itens fora da análise enfraquece realmente o caso.
Eu devo reforçar a dificuldade extrema em separar as afirmações dos casos como estes, como enfatizado previamente por Mills et al (1994).

Às vezes, o que Stevenson considerou como uma afirmação eu retabulei como duas ou mais afirmações.
Ao menos em um caso, eu fundi duas afirmações em apenas uma.

Eu devo dizer que, apesar das muitas armadilhas e as falhas possíveis, a mim este caso não está certamente perdido.
A descrição de Stevenson do caso deu-nos bastante material para pensar sobre ele e para analisá-lo (isto é, “reanalisá-lo”).

Stevenson disse que os erros que os pais do Imad cometeram (na interpretação das afirmações de Imad) terminaram por adicionar a força ao caso.

Eu concordo com isto em alguma extensão, e penso ainda que os erros de Stevenson adicionaram também força ao caso de uma determinada maneira.

Às vezes, ao menos, as reinterpretações pareceram apropriadas.

E nestas ocasiões, estas reinterpretações (ou melhor, as interpretações ou as expectativas erradas precedentes) terminaram por adicionar um efeito “duplo-cego” verdadeiro à investigação do caso.

Isto é, Stevenson procurava uma coisa, e terminou por encontrar algo muito diferente, mas ainda bastante consistente com as afirmações.

Na minha tentativa de retabulação, eu observei que, dos 55 itens totais, 69% estavam correctos, e 31% incorrectos.

Mais ainda, somente na coluna de firmações “correctas” nós temos “itens objectivos”, de facto dez deles.

Na coluna das afirmações “incorrectas”, a maioria das afirmações foram classificadas como itens “não específicos” (isto é, como altamente prováveis).

Deve-se reforçar, entretanto, que meus critérios para classificar itens como de probabilidade elevada ou não (H) são certamente falhos e somente tentativas.

A tabulação abaixo mostra as diferenças nas “afirmações”, porque aparecem na “retabulação” O item 16 da coluna correcta foi deixado para fora.

É um “item” muito complexo, e sua complexidade é tratada na própria retabulação.

Para verem as tabulações correctas, acedam à Pág. http://br.geocities.com/existem_espiritos/imad_revisitado.html

Em minha retabulação, quatro itens foram considerados correcto através de reinterpretação.

Um destes, foi considerado inverificado por Stevenson (“Ibrahim teve um amigo chamado Yousef el Halibi“);
e outro realmente foi considerado incorrecto por ele (“ há duas garagens na casa”).

Se nós tirarmos esta “ declaração não verificada”, recolocarmos 3 itens restantes que eu considerei “correctos através de reinterpretação” na “Coluna Incorrecta”, então teríamos o seguinte total de soma:

Mesmo nesta última re-análise bem cautelosa da tabulação, os itens correctos claramente ultrapassam em número os incorrectos.
Mais ainda, parecem ser de uma natureza mais forte.


Conclusão:
Parece que o caso sofreu da falta da experiência da parte do investigador (Stevenson).
Reinterpretações pesadas foram usadas, e isto levantou alguns criticismos e também suspeitas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 03, 2013 10:28 am

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Falhas metodológicas ocorreram.
Ao menos uma determinada quantidade de “inflação significativa de dados” afectou a análise do caso

(Stevenson afirma na página 2 de Vinte Casos isso: “em minha discussão no final eu discuto que alguns dos casos fazem muito mais do que sugerir a reencarnação; parecem-me fornecer evidência considerável para ela.”).

Este caso, exactamente como todos aqueles nesta categoria, está o mais certamente aberto vazamentos sensoriais de muitos tipos.

Entretanto, o caso parece digno de se olhar seriamente.
Todas as fraquezas do caso parecem ter sido aberta e inteiramente apresentadas pelo próprio Stevenson.
Pode ser que algumas das “fraquezas” terminem no fim das contas por adicionar força ao caso, fornecendo mesmo alguns procedimentos “duplo-cegos” fortuitos.

A hipótese naturalística de fraude da parte da família de Imad Elawar parece indefensável.
Criptomnésia (isto é amnésia da fonte), parece improvável (mas talvez não impossível).

Puro acaso, na luz da retabulação, parece-me muito improvável.

Os itens 11, 12, e 13 (“Jamile era bonita”, “vestia-se bem”, e “usava salto alto”) poderiam ser devidos a uma combinação “de perguntas principais” mais memórias confusas da parte do comprovante (Sr. Haffez Bouhamzy).

Para os outros itens estarem errados e serem considerados como “correctos” pelos comprovantes, parece que teríamos que nos remeter a algo mais sério como mentir deliberadamente.

As únicas três hipóteses que parecem remanescer, a seguir, são:
mentiras deliberadas da parte dos comprovantes;
fraude da parte do investigador;
e, algum processo paranormal.


Tendo pensando longamente neste caso, e lendo e analisado profundamente ambos os argumentos para e de encontro a interpretações paranormais dele, eu não posso ajudar a não ser dizer a que eu não penso de que seja impossível esclarecer este caso em terrenos naturalísticos.

Entretanto, parece muito difícil de fato fazer isso.

Para mim, este caso parece fornecer alguma evidência para a reencarnação, especialmente à luz de alguns estudos adicionais empreendidos por Stevenson e por outros investigadores nesta área.

Se eu devesse responder à pergunta “Existe evidência empírica para a reencarnação?”, actualmente minha resposta seria:
“A evidência é fraca. Mas certamente existe.”

comentário:

É importante enfatizar que mesmo que Stevenson diga em seu livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação que considera que alguns dos casos fornecem evidência considerável para a hipótese de reencarnação (na introdução da edição de 1966), ele tem também algumas afirmações mais cautelosas, por exemplo que “eu somente reitero aqui que eu considero estes casos sugestivos de reencarnação e nada mais.

Todos os casos têm deficiências como tem todos os seus relatórios.
Nenhum caso individualmente e nem todos colectivamente oferecem qualquer coisa como uma prova da reencarnação.”

(prefácio da segunda edição, 1974).

Também, em seu artigo de 2000 (The Phenomenon of Claimed Memories of Previous Lives: Possible Interpretations and Importance. Medical Hypotheses. Vol 54. O no. 4. pp.652-659, 2000), Stevenson disse:
“Mesmo após quase 40 anos de investigações, a pesquisa sobre as crianças que reivindicam recordar vidas precedentes mal começou” (página 658).

O antropólogo James G. Matlock, em sua revisão detalhada deste programa de pesquisa (Past Life Memory Case Studies. In S. Krippner, editors: Advances in Parapsychological Research. pp. 184-267.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 03, 2013 10:29 am

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Mcfarland. Jefferson, N.C. 1990.), tem também uma observação muito cautelosa ao mencionar a força empírica combinada que tem sido reunida até aqui:
“Seria imprudente declarar que foi demonstrado que a reencarnação ocorre.

Até que os dados e os conceitos discutidos neste capítulo possam ser assimilados ao restante do conhecimento científico, os dados, no máximo, remanescerão nada amais do que sugestivos de reencarnação.”
(página 255).

Consequentemente, mesmo que às vezes os investigadores nos “casos do tipo reencarnação” fizessem algumas reivindicações extremas, também fizeram umas observações mais cautelosas, muito compatíveis com as forças e as fraquezas dos dados empíricos que foram recolhidos até aqui.

De facto, parece que muito do criticismo dos cépticos parece menos como uma perspectiva original, e mais como plágio...

Tabulações Originais do Caso Imad Elawar

Estas são as tabulações originais (1 e 2) que Stevenson fez para o caso Imad Elawar, como impressas em seu livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (1974).

Stevenson disse em sua réplica para Leonard Angel (Skeptical Inquirer, Outono de 1994) que este caso tinha 61 afirmações, das quais 49 eram correctas, 5 não-verificadas, 6 incorrectas, e 1 duvidosa.

Nas tabulações originais, Stevenson não aplicou de forma consistente essas classificações, então eu tive que fazer o meu melhor ao supor que classificações deveriam ser aplicadas em cada item.

Eu, consequentemente, incluí no tipo azul bold (realce) estas avaliações (como supostas por mim) directamente nas tabulações, para uma visão mais clara.

TABULAÇÃO 1

SUMÁRIO DAS INFORMAÇÕES DE IMAD, ANTES DA CHEGADA A KHRIBY


Nota:
A menos que declarado em contrário, o Sr. e a Sra. Mohammed Elawar foram, isoladamente ou juntos, os informantes de todas as declarações feitas por Imad.

Contudo, em muitas das declarações estavam presentes um ou vários outros membros da família Elawar, principalmente os avós paternos de Imad, como testemunhas verbais ou tácitas do relato dos pais de Imad.

Em tabulação 2, quatro itens foram considerados como “afirmações” no total de soma feito por Stevenson em sua resposta a Angel (que indicou um total de 61 afirmações).

Os itens eram os números 63, 64, 70, e 72 da tabulação abaixo.
Para estes, eu também incluí as avaliações, em tipo azul escuro.

Para verem as tabulações correctas, acedam à Pág. http://br.geocities.com/existem_espiritos/imad_revisitado.html

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 04, 2013 10:37 am

Inferências sobre o caso de Ajendra Singh Chauhan:
o efeito do questionamento parental, do conhecimento sobre sua família na “vida passada”, uma pesquisa abordando as probabilidades, e o impacto na sua vida quando um jovem.

ANTONIA MILLS

University of Northern British Columbia
3333 University Way, Prince George, British Columbia, Canada V2N 4Z9


email: millsa@unbc.ca

Ian Stevenson e associados (Stevenson et al., 1974, 1975, 1997) computaram um grande número de “Casos do Tipo Reencarnação” em locais de diferentes culturas por todo o mundo, perguntando “Será que esses casos indicam que a reencarnação é a melhor explicação ou pelo menos uma explicação adequada para explicar o fenómeno?”.

Propostas de explicações alternativas incluíram wishful thinking, a interpretação das elocuções infantis na base de crença prévia em reencarnação, isto é, uma construção cultural, ou mesmo fraude e auto-engano
(Chari, 1986; Mills, 1988, 1989; Stevenson et al., 1988).

Há muito foi reconhecido que os casos que melhor respondiam essas questões eram aqueles em que a pessoa identificada como sendo a pessoa falecida que a criança alega ser (chamada Personalidade Prévia, ou PP, por Stevenson) é alguém inicialmente inteiramente desconhecido para a criança e sua família.

Em alguns de tais casos uma PP é posteriormente identificada por uma pesquisa subsequente feita com base nas afirmações da criança.

Estes casos representam um subconjunto dos casos “resolvidos” que Stevenson acumulou, ao contrário dos casos “não resolvidos”, nos quais a criança faz um número de afirmações mas ninguém é encontrado que se encaixe nas declarações da criança[1].

Quando existe um registo escrito de alguma declaração que a criança fez antes do caso ser resolvido, a possibilidade de que um conhecimento íntimo a respeito da pessoa morta ter influenciado as declarações da criança e a apresentação das elocuções da criança é eliminado.

Casos com um registo escrito antes de as duas famílias se conhecerem são muito raros, mas já foram reportados por Stevenson (1975), Stevenson e Samararatne (1988), Haraldsson (1991), e Mills et al. (1994).

Schouten e Stevenson (1998) compararam o pequeno acervo de casos com registos escritos antes de serem resolvidos, os quais eles chamam de Tipo B, com aqueles com os registos escritos terem sido feitos depois de as famílias se conhecerem, chamados de Tipo A.

Porque Tipo B são raros e requerem considerações minuciosas, aqui eu apresento uma descrição expandida do Tipo B de Ajendra Singh Chauhan e considero algumas inferências vindas do caso.

O caso de Ajendra Singh Chauhan, do norte da Índia, foi previamente publicado em uma forma abreviada no capítulo “Past-Life Experience” [Experiência de vida passada] (Mills e Lynn, 2000) no livro Varieties of Anomalous Experience [Variedades de Experiências Anómalas]
(Cardena et al., 2000).

No caso de Ajendra, o autor levou Ajendra e alguns de seus familiares para visitar a família de sua vida passada, ou PP, pela primeira vez quando ele tinha 13 anos de idade.

Depois de apresentar o caso eu o avalio usando a Escala de Medição das Afirmações da Criança sobre Vidas Passadas (SOCS), desenvolvida por Tucker (2000), que classifica que este é um caso forte;
então eu calculo qual seria o resultado nessa escala se o pai de Ajendra não tivesse feitos as perguntas, um processo que produziu informações deixando o caso resolvível.

Em seguida eu discuto minhas tentativas de abordagem para calcular a probabilidade de Ajendra fazer essa sequência de afirmações serem mais do que coincidência.

Daí eu uso as anotações feitas no primeiro encontro das duas famílias, e as entrevistas subsequentes com ambas as famílias, para avaliar em qual estágio cultural o processo chegou.

Eu concluo que os rigorosos métodos de Stevenson de documentação de casos acusam o caso posteriormente como correcto.

E finalmente eu apresento dados do impacto do caso de Ajendra baseado em um estudo longitudinal conduzido em 2003.

Continua...
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