LUZ ESPÍRITA
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Série Psicológica Vol. 3 - Plenitude/Joanna de Angelis

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:49 pm

De certo modo, a ocorrência é resultado de uma educação, uma formação cultural materialista, mesmo que sob o disfarce espiritualista. As pessoas ligam-se a correntes religiosas sem vinculação emocional nem aprofundamento racional do seu conteúdo, e, em face desse comportamento, a morte se lhes apresenta como sendo a grande destruidora de planos, de anseios e realizações.
Por negarem-se a uma análise profunda em torno da vida, passam a existência corporal transferindo reflexões no tempo e programando, fruindo ao máximo, sob a conivente ilusão da eternidade carnal.
Quando jovens, transferem para a velhice o exame da morte; quando sadios, adiam para o período das enfermidades a mesma reflexão, acreditando-se invulneráveis ao desgaste e aos fenómenos degenerativos da matéria.
A medida que o tempo transcorre, negam-se a envelhecer, utilizando-se de expedientes cirúrgicos, ginásticos, alimentares, na vã tentativa de manter a juventude que os anos arrebatam inexoravelmente. A luta para escamotear a realidade é tenaz, e, quando essa se apresenta vexatória, derrapam nas crises neuróticas, nas fugas pelos alcoólicos e outras drogas, tombando no suicídio.
Assim, a morte tem sido responsabilizada por ocorrências que lhe não dizem respeito e devem ser creditadas à intemperança das próprias criaturas.
A morte de um ser amado, em razão disso, não deveria acarretar desespero, antes alegria, especialmente se a sua foi uma existência digna.
Deplora-se, então, não poucas vezes, a morte de uma pessoa boa e a permanência de outra má, numa espécie de desequilíbrio das leis soberanas, quando o correto é essa determinação.
O homem e a mulher de bem, porque exemplares na conduta e no pensamento, encerraram os seus compromissos no mundo físico, podendo retornar a sua origem, enquanto os endividados, os de conduta insana devem desfrutar de tempo para a sua reparação, o reequilíbrio.
O corpo, mesmo quando bafejado pela saúde, é um cárcere, e a libertação de um ser amado que volve à plenitude deverá causar alegria e não desgosto.
Se forem pessoas más que desencarnem, também a satisfação deveria permanecer, pelo fato de a mesma interromper-lhes o curso dos delitos, facultando-lhes tempo para pensar, não se comprometendo mais, nem se arruinando em demasia.
Não é assim que reagem as criaturas, na teimosia em que permanecem, negando-se a uma mudança saudável de conduta.
"Não me conformo". - asseveram uns. "É uma desgraça". - afirmam outros.
"Nunca aceitarei". - informa a maioria, diante da morte dos seres queridos, entregando-se voluntariamente ao sofrimento.
O orgulho desmedido e a presunção pessoal são-lhes os adversários mais rigorosos, que não lhes permitem raciocinar diante do que acontece com todos os seres.
Acompanham a ocorrência da morte em toda parte com as demais pessoas, porém, acreditam que não ocorrerá com eles, pelo menos, por enquanto... Um enquanto que se alonga no tempo, indefinidamente, na dimensão do seu capricho.
Como a morte não interroga antes os interessados na vida, ao arrebatá-los, deixa surpresos os seus afectos, que se entregam às desordens emocionais e aos desnecessários sofrimentos que os arrasam.
A morte sempre produz sentimentos contraditórios naqueles que partem, como naqueloutros que ficam.
Para todos é, normalmente, uma grande surpresa, na maioria das vezes, desagradável.
Quem considerou e se preparou para o acontecimento, logo se adapta após o choque inicial, como é compreensível.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:49 pm

No entanto, para aquele que ao corpo delegou todos os interesses, a surpresa é substituída pelo desgosto ante o sucedido, acompanhado por injustificável revolta, que causa males insuspeitados.
O sofrimento que decorre da morte é, portanto, resultado da óptica pela qual se observam e se acompanham os mecanismos da vida.
Constituem fenómenos naturais a dor da saudade, a melancolia, a preocupação com o estado do ser que partiu, como decorrência de necessárias provações para o amor, que precisa sublimar-se pela ausência física e por todas as implicações dela decorrentes.
Como a real, a verdadeira felicidade não se pode fruir no mundo físico, dia chegará, logo mais, para vivê-la, onde não haja morte, nem separação, nem dor.
Assim, deve-se viver, preparando-se para morrer, meditando na morte, a fim de lhe não sofrer a injunção aflitiva, evitando o desespero e todo o seu séquito de agentes perturbadores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:49 pm

"Por ocasião da morte, tudo, a principio, é confuso. De algum tempo precisa a alma para entrar no conhecimento de si mesma. Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de abandonar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos. Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue a morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos. Aqueles que, desde quando ainda viviam na Terra, se identificaram com o estado futuro que os aguardava, são os em quem menos longa ele é, porque esses compreendem imediatamente a posição em que se encontram."
(Comentários de Allan Kardec à questão 165 de O Livro dos Espíritos. 29ª edição, FEB)


XIII - Sofrimento no Além
A problemática do sofrimento se apresenta, à luz do Espiritismo, com uma dimensão desconhecida pela maioria das doutrinas filosóficas e religiosas, ampliando a sua área de estudo e discussão.
As religiões ortodoxas resolveram a questão da Justiça Divina mediante a aplicação das penas e recompensas eternas. Estabeleceram o conceito de punição eterna, engendrando uma forma de vingança celeste, na qual o amor, a compaixão, a benevolência e a própria justiça ficam à margem, desconsiderados.
O infractor, segundo esse critério, perde o direito à reabilitação. Mesmo quando ignorante, psicopata ou simplesmente revel, ao tombar no erro é condenado sem remissão, caso morra em pecado.
Com a mesma atitude, num momento severa, noutro, torna-se ingénua, diante do medroso que se arrepende ou do astuto que diz submeter-se ao dogma ou aceitar o Cristo como seu salvador, liberando-o, a passe de mágica, de todo o sofrimento e brindando-o com a perpétua felicidade, que é reservada ao justo, como se procedimentos dispares merecessem a mesma qualificação e recompensa.
A culpa assinala a consciência que se abre em chaga viva até a reparação do erro, a recomposição do campo energético agredido. O arrependimento sincero ou os propósitos honestos de reabilitação não bastam para conceder o reequilíbrio no psiquismo e na emoção do delinquente. Por isso, quanto mais esclarecido e lúcido o infractor, tanto maior o grau da sua responsabilidade.
O erro retém o seu autor nas próprias malhas, que este deve desfazer mediante a correcção do que foi praticado. Esse labor faculta dignificação, promovendo o indivíduo.
Liberado do mal praticado, adquire experiência e avança, estrada fora, no rumo de novos patamares para a felicidade, sem retentivas na retaguarda.
Nem mesmo o perdão que a vitima concede ao seu malfeitor libera-o da consciência de culpa. Ajuda-o, naturalmente, a sentir-se melhor consigo próprio e com aquele a quem prejudicou, estimulando-se, ele mesmo, para reparar o dano causado. Mediante a concessão do amor e não o ódio em forma de revide, torna-se-lhe mais factível a vitória, a recuperação moral, assim liberando-se do sofrimento.
A ilusão da posse, a presença das paixões primitivas, o egoísmo, agasalhados enquanto no corpo, transferem as chagas que geram para além da sepultura.
Desde que o homem é Espírito e este, energia, as suas mazelas permanecem impregnadas, produzindo as ulcerações alucinantes onde quer que este se encontre: no corpo ou fora dele.
Não provocando real alteração em ninguém, a morte apenas transfere os seres de posição e situação vibratória, mantendo-os conforme são.
É natural que a troca de indumentária imposta pelo cessar do fenómeno biológico não lhe arranque as estratificações na Área da energia, portanto, na sede da consciência.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:50 pm

O desencarnado desperta além das vibrações moleculares do corpo com as mesmas aptidões, ansiedades, engodos, necessidades cultivadas, boas ou más, voltando a assumir a postura equivalente ao grau de evolução em que estagie.
As sensações que lhe são predominantes na individualidade permanecem-lhe, quando atrasado, sensual, amante dos prazeres, vinculado aos pensamentos sinistros, licenciosos, egoísticos, fazendo-o experimentar a mesma densidade vibratória que lhe era habitual durante a conjuntura orgânica.
Rematerializa-se e passa a viver como se estivesse encarcerado no corpo somático, sofrendo-lhe todos os limites, conjunturas, condicionamentos, doenças, desgastes... A mente, escrava das sensações, elabora formas ideoplásticas que o aturdem e infelicitam, tornando-lhe o sofrimento de difícil descrição.
Tenta o contacto com os familiares e amigos que ficaram, e eles não se apercebem, o que lhe inflige dores morais superlativas, levando-o à loucura, à agressividade, ao desalento.
Em alguns momentos, esbraveja e exaure-se, entregando-se aos paroxismos do desespero e desmaia, para logo recomeçar, sem termo, até quando brilha na consciência entenebrecida o amor, que o desperta para outro tipo de sofrimento, o do remorso, do arrependimento que o conduz ao renascimento, para recuperação sob os estigmas da cruz que traz insculpida na existência.
Enquanto não lhe chega esse socorro, une-se em magotes de desesperados, que constroem regiões dantescas, onde se homiziam e prosseguem sob o açodar das penas que o automatismo das leis de Deus, neles próprios, como em todos nós inscritas, impõem.
O sofrimento, nessas regiões, decorre dos atentados perpetrados com a anuência da razão.
Ninguém se evade das consequências dos seus actos, como planta alguma produz diferente fruto da sua própria estrutura fatalista.
O amor é a grande lei da vida. É o amor que estabelece o critério de justiça com igualdade para todos, respondendo em reacção conforme praticada a acção.
A conduta mental e moral cultivada durante a existência corporal propicia resultados correspondentes, impregnando o ser com os hábitos que se transformam em experiências de libertação ou retenção, consoante a qualidade de que se revestem.
O prolongamento da vida após a morte física faz-se com as mesmas características, resultando as fixações como futuros critérios de comportamento. Porque a mente viciada gera necessidades que não encontram correspondente satisfação, o sofrimento é a presença constante naqueles que se enganaram ou lograram prejudicar os outros.
Consciências encarceradas na ignorância das leis da vida, quando são chamadas ao sofrimento purificador, entregam-se à rebeldia e buscam fugir da colheita que lhes chega mediante o suicídio horrendo.
Para a própria desdita, mais dolorosa, encontram a vida que ultrajaram com o gesto desvairado, somando às novas dores a frustração por constatarem-se como indestrutíveis, e as aflições decorrentes do ato praticado, que produzem dilacerações no perispírito que passa, então, a sofrer males que não conduzia. Além desses, que estão na sua realidade espiritual, as consequências infelizes, tais: a dor dos familiares ou a revolta que neles se instala; o exemplo negativo, que estimula outras futuras defecções; os problemas que recaem sobre os que ficaram, produzindo-lhes sofrimentos inenarráveis, que se arrastam por decénios largos até o momento de retorno à Terra, com as marcas da deserção.
Noutros casos, buscando fugir as enfermidades degenerativas, outras pessoas recorrem a eutanásia, na ingénua perspectiva de sono eterno sem despertar, quando tudo fala de vida, de actividade, de progresso.
O letargo que buscam é povoado de pesadelos sombrios e presenças espirituais impiedosas, que lhes invectivam o acto e as atormentam sem descanso.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:50 pm

A morte, em hipótese alguma, faz cessar o sofrimento, porque, não anulando a consciência, faculta-lhe logicar e vivenciar o prosseguimento das experiências, e porque as percepções pertencem ao Espirito, continuam sendo transformadas nas delicadas engrenagens da energia em sensações e emoções. Daí a manifestação do sofrimento corrigindo os erros e conduzindo o infractor reparação.
Ninguém pense em morrer para libertar-se, caso não se libere antes do fenómeno de alterações biológicas pelo processo da morte.
A ilusão que se permitem os indivíduos, conceituando a vida como um acidente biológico, é a grande responsável pelos disparates que lhes engendram dor e sofrimento.
Somente a conscientização, a verdadeira individuação permitem uma vida saudável, na Terra e além dela, quando ocorrer o fenómeno da morte, em natural processo final de ciclo biológico.
Prosseguindo o ser, além da disjunção cadavérica, com a consciência de si mesmo, é natural que permaneçam nele impressas as sensações e emoções amplamente vividas. Como efeito, aquelas que lhe constituíram bênção ou desarmonia predominam com mais vigor, dando curso à vida, embora noutra dimensão.
Nessa panorâmica, ressaltam as impressões grosseiras, de que não quis ou não se pôde libertar, gerando sofrimentos correspondentes, qual se permanecesse na esfera física.
Como é compreensível, as fantasias cultivadas e os desequilíbrios da insensatez geram, na Área dos sentimentos, amarguras, que são complementadas pelos complexos resultados da consciência de culpa, em razão dos erros perpetrados e de tudo quanto de positivo ele houvera podido realizar e não logrou fazer.
A consciência que se apresenta culpada engendra mecanismos de reparação que se transformam em pesadelos de arrependimento desnecessário, assim permanecendo como látego inclemente a infligir-lhe punição.
O arrependimento deve constituir um despertar da responsabilidade que convida à reconstrução, à renovação, à acção reparadora sem aflição nem desdita.
O sofrimento no além-túmulo também assume condições chocantes, quando o desencarnado, por meio da perturbação do pós-morte, entrega-se às ideoplastias do quotidiano, construindo psiquicamente um clima e uma realidade, nos quais se envolve, que lhe proporcionam o prosseguimento do estado orgânico com as suas difíceis conjunturas, agora em situação diferente, prolongando a ilusão carnal com todos os seus ingredientes perturbadores, que são resultado do apego à matéria, de que se não libertou realmente, apesar do fenómeno biológico da morte.
É indispensável a libertação dos condicionamentos materiais, disciplinando a mente e a vontade, de modo a adaptar-se de imediato à vida-além-da vida. Somente assim o sofrimento pode ser evitado, especialmente se a existência corporal fez-se caracterizar pelas acções enobrecidas, atingindo a finalidade precípua da reencarnação, que é a busca da felicidade.
A educação moral e espiritual do ser é o instrumento seguro para libertá-lo do sofrimento na Terra, como no além-túmulo, facultando-lhe vida em abundância de paz.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:50 pm

"Irmãos, tomai Como exemplo, no sofrimento e na paciência, os profetas que falaram em nome do Senhor Eis que chamamos felizes aos que sofreram.
Tendes ouvido da paciência de Job e tendes visto o fim do Senhor, que o Senhor é cheio de ternura e de compaixão."

(Tiago, 5:10 e 11.)


XIV - Libertação do Sofrimento
Diante da infinita gama dos sofrimentos que dilaceram as criaturas, a finalidade da terapia profunda é arrancar-lhes as causas geradoras.
Ao lado de todo o contributo ético-moral que suaviza o sofrimento e altera-lhe a causalidade, produzindo géneses saudáveis para o futuro, a assistência médica, quando se trate de questões na área da saúde física, assim como a assistência das ciências psíquicas no comportamento alienado ou nos conflitos da personalidade são de relevante valor.
Seja qual for o tipo de sofrimento, as suas garras produzem chagas de demorado processo degenerativo que leva, As vezes, à alucinação, ao despautério, As arbitrariedades, especialmente as pessoas destituídas de resistências morais.
Normalmente, a sua intensidade é captada conforme a sensibilidade de quem o experimenta.
Sofredores há, na esfera física, portadores de alta capacidade para suportar-lhe a injunção, que, no entanto, tombam, desalentados, quando o sofrimento se apresenta no campo moral.
A reciproca é verdadeira, consagrando os heróis das resistências quase inacreditáveis, sob o jugo dos terríveis acúleos cravados nos tecidos da alma.
O sofrimento está muito relacionado com o processo espiritual.
A ampla sensibilidade faculta-lhe maior profundidade emocional, que responde pelas angústias e desagregações interiores, sem queixumes nem acusações. padecente silencia a dor e deixa-se estraçalhar interiormente, em especial quando tomba nas aflições morais, derivadas da traição, da injustiça, da crueldade, do abandono, do isolamento...
Se possuem fé religiosa e transferem o testemunho para o futuro espiritual, suportam melhor as laminas cortantes, com equilíbrio, logrando vencer a conjuntura, superando-se e saindo da crise com amadurecimento e paz. As enfermidades de larga duração
aformoseiam-lhes o carácter e dão-lhes maior quota de amor aos sentimentos, que transbordam de ternura.
Quando atingem aqueles que estagiam em faixas menos evolutivas, as enfermidades brutalizam-nos e asselvajam-lhes as bases dos sentimentos, que se desenvolviam noutra direcção benéfica.
O Espiritismo, em razão da sua complexa estrutura cultural, cientifica, moral e religiosa, é a doutrina capaz de equacionar o sofrimento, liberando as suas vitimas.
Carl Gustav Jung foi possivelmente quem melhor penetrou a realidade do sofrimento, propondo a sua elucidação e cura. Enquanto a preocupação geral se baseava nos resultados físicos, no bem-estar emocional, sob a angulação médica, ele recorreu a dois métodos para encontrar-lhe a génese e a solução: os sonhos e a imaginação.
Embora reconhecesse que toda generalidade peca por insuficiência de recursos para o atendimento, desde que cada caso é especifico e exige uma linguagem terapêutica especial, adoptava os dois comportamentos como método eficaz para os resultados saudáveis.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 06, 2023 8:50 pm

Ao mesmo tempo recomendava o apoio religioso, portador de excelentes contribuições para a cura da alma, na qual se sediam todas as causas dos sofrimentos.
A individuação e a marcha na direcção do numinoso constituíram-lhe valiosos mecanismos terapêuticos para os problemas dos pacientes que o buscavam.
A promoção moral proposta pelo Espiritismo e a contribuição extraordinária que dá, pelo fato de ser a alma imortal - herdeira dos próprios actos que, equivocados, são geradores de sofrimentos - e da reencarnação - em cujos renascimentos o ser espiritual se depura, mediante, não raro, o sofrimento - constituem terapias irrecusáveis, no programa de eliminação da dor no homem e na Terra.
O sofrimento tem vigência transitória, por ser efeito do desequilíbrio da energia que, direccionada para o bem e para o amor, deixa de desarticular-se, facultando aos seres a iluminação, a plenitude, portanto, a saúde integral, que a todos no mundo está reservada pelo Pai Criador.

FIM DO LIVRO

§.§.§- Ave sem Ninho
Ave sem Ninho
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