LUZ ESPÍRITA
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Casos de Poltergeist e Aparição

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 10, 2013 10:39 am

O Caso de Iyengar e Kirti

Um Caso de Aparição do Tipo Espectador

Erlendur Haraldsson

Journal of the Society for Psychical Research [Vol. 54, No. 806], Janeiro de 1987

Tradução: Bianca P. Vasques e André Luís N. Soares

Sumário

Um caso de aparição em crise [agente enfermo ou debilitado] é relatado onde uma médica seriamente doente tem uma alucinação visual e auditiva do avô de uma jovem colega, que está presente no leito dela.

Na alucinação o senhor pede à médica para dizer à sua colega para ir até sua casa imediatamente.

Quando a colega telefona para casa depois de insistentes pedidos da perceptiva, ela descobre que seu avô morreu inesperadamente alguns momentos antes.

As declarações feitas por diversas pessoas envolvidas neste caso são descritas e discutidas.

Introdução

Desde a publicação de Phantasms of the Living (Gurney, Myers e Podmore 1886) casos de aparições em crise têm sido de interesse considerável para pesquisadores psíquicos por causa de sua possível relevância para a questão da sobrevivência (Stevenson 1982).

Vários desses casos foram publicados na literatura da parapsicologia (Myers 1903, Rhine 1957, Tyrrell 1953) e o caso a ser apresentado aqui merece um relatório publicado em razão de algumas características incomuns e do número de testemunhas (quatro) que foram envolvidas.

O caso chamou minha atenção quando eu estava conduzindo uma pesquisa de visões de leito de morte na Índia em 1972 junto com Dr. Karlis Osis.

Quando estava entrevistando os médicos no Hospital Irwin em Delhi, uma médica interna, Senhorita (agora Dra.) Suman Kirti (mais tarde conferencista no MLB Medical College em Jhansi, Uttar Pradesh) relatou-me o caso de uma aparição em crise que aconteceu em sua presença para sua professora, Dra. Bhanu Iyengar, conferencista no Deparmento de Patologia do Maulana Azad Medical College, Delhi, no qual o Hospital Irwin está vinculado.

O caso aconteceu em março ou abril de 1968.

Eu entrevistei a Senhorita Kirti em 10 de novembro 1972 e a Dra. Iyengar umas duas semanas depois.

Elas foram entrevistadas separadamente e concordaram nos detalhes essenciais do caso, que aconteceu quatro anos antes, e que impressionou-as profundamente.

Durante uma segunda visita à Índia em 1973 eu entrevistei a mãe da Dra. Iyengar, Sra. T. Iyengar. Dr. Osis juntou-se a mim naquela entrevista.

A mãe de Iyengar também esteve presente quando o caso aconteceu.
A avó de Kirti, Sra. Sumitra Devi Mithal, que estava envolvida no caso, mudou-se então para Calcutá e não pode ser localizada.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 10, 2013 10:40 am

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Eu entrevistei a mãe de Kirti, Sra. S.Jain, em sua casa em Delhi em janeiro de 1976.
Um esboço deste artigo foi remetido para Iyengar e Kirti em 1980 que acrescentaram e mudaram poucas coisas que foram incorporadas ao artigo.

Declarações dos Informantes

Declarações Feitas por Kirti

Eu vou primeiro registar o que a Srta. Kirti me relatou.

No momento em que o caso aconteceu a Dra. Iyengar, professora e amiga pessoal de Kirti, estava hospitalizada em uma enfermaria (hospital particular) em Nova Delhi por causa de complicações surgidas depois do nascimento de seu filho (infecção severa no parto).

Até ao meio-dia daquele dia Kirti trabalhou no Hospital de Irwin mas teve a tarde livre.

Em vez de ir para casa como de costume, ela foi à enfermaria para passar a tarde à cabeceira de sua amiga Iyengar.
A mãe de Iyengar, Sra. T. Iyengar, também estava lá.

Dra. Iyengar estava muito doente, entretanto não estava em perigo de vida, mas com febre considerável;
então depois de cumprimentarem-se ambas sentaram-se em silêncio ao lado da cama dela.

Depois de algum tempo, Iyengar de súbito virou-se bruscamente para Kirti e pediu para ela ir para casa de seus avós.
Kirti morou por muito tempo com seus avós, desde que seus pais, que estavam no serviço diplomático, foram morar na África naquele tempo.

Kirti respondeu que veio passar a tarde inteira com ela e se recusou a ir.
Houve desentendimentos entre elas, e Iyengar continuou insistindo que Kirti deveria ir para casa ou pelo menos telefonar para lá.

Para acalmar Iyengar, umas 4:30 Kirti finalmente concordou em dar um telefonema para sua casa.
Seu tio, Anand Krishna, que estava de visita, veio ao telefone e disse a ela que seu avô falecera por volta das 4 horas.

Seu avô parecia ter boa saúde.
Sua morte era completamente inesperada e Kirti esperava que ele viesse pegá-la no final daquela tarde.

Iyengar então descreveu para as duas mulheres o seguinte incidente: enquanto ela estava deitada na cama em silêncio e sonolenta, ela de repente viu o avô de Kirti em pé na extremidade de sua cama. (Ela só viu o avô de Kirti duas ou três vezes antes, quando esbarrou com os dois a caminho do trabalho, e em uma ocasião quando ele e Kirti fizeram uma breve visita para Iyengar). Ele pareceu agitado e disse para ela: "Você não mandaria minha criança [Kirti] pra casa?". Por isso Iyengar entendeu Kirti, que morava com seus avós.

A primeira reacção de Iyengar era que ela estava alucinanda devido a sua febre alta.
Ela então rolou para o outro lado de sua cama e esperou a alucinação desaparecer.

Mas o senhor apareceu novamente na frente dela e indicou com seu semblante ávido que ela devia mandar Kirti para casa.

Deste modo o avô apareceu duas ou três vezes.
Impressionada por esta aparição Iyengar decidiu pedir a Kirti para ir para casa.

Em minhas notas na minha entrevista em 1972 com Kirti eu li que Iyengar imediatamente disse a ela sobre sua alucinação.

Em resposta a minha carta em setembro de 1980 quando eu enviei a ela um esboço deste artigo, Kirti declarou, entretanto, que até um tempo depois do acontecido não sabia das visões de Iyengar, que então foram relatadas a ela pela mãe de Iyengar.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 10, 2013 10:40 am

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Declarações Feitas Por Iyengar

Quando eu entrevistei Iyengar ela me disse que ela tinha sido hospitalizada por 21 dias no fim de março até início de abril de 1968.

Depois de dar a luz a um bebé ela desenvolveu uma infecção com febre alta e se ficou seriamente doente.
Após ocorrido o incidente, Kirti permanecia no quarto do hospital de Iyengar.

Ela estava de folga aquele sábado à tarde e ficou com Iyengar por causa de sua náusea.
Iyengar estava deitada sonolenta em sua cama quando ela de repente viu o avô de Kirti no pé de sua cama.

Ele estava dizendo:
‘Você não mandaria minha criança [Kirti] para casa?’ [suplicou].
A princípio Iyengar não disse a Kirti sobre isso, mas simplesmente a persuadiu a ir para casa de seu avô.

Elas se desentenderam um pouco sobre isso, então Iyengar disse:
‘pelo menos você deve telefonar’.

Isso Kirti fez mas quando ela voltou ela nos disse que seu avô tinha acabado de falecer, e então ela logo foi para casa.
Seu avô tinha morrido aproximadamente há 5 ou 10 minutos.
Ou na hora que Iyengar o viu.

Logo quando Kirti visitou Iyengar perguntou-a por que ela tinha ficado tão irritada e insistente para ela [Kirti] ir para casa. Então Iyengar disse a ela sobre sua experiência em ver seu avô.

O avô de Kirti realmente apareceu duas ou três vezes. Quando ele veio a primeira vez, Iyengar rolou para o outro lado da cama, mas ele também apareceu lá.
Iyengar perguntou-se se estava sonhando ou tendo uma alucinação, constatou então que não era pois o viu pela terceira vez, foi quando pediu a Kirti para ir.
O avô parecia muito real.
A princípio Iyengar pensou que ele estava realmente lá, mas quando ela notou que Kirti e sua mãe não o viram, ela pensou que estava imaginando sua presença.

Ele estava vestindo suas roupas e óculos habituais.
Iyengar o viu só alguns segundos por vez.
Por isso ela pensou que não era real.

Iyengar relatou que ela só viu o avô uma vez antes, quando ele veio pegar Kirti na casa de Iyengar.

Quando o caso aconteceu Kirti era uma estudante do segundo ano de medicina.
Iyengar e Kirti só conheceram-se no hospital e se tornaram amigas íntimas.

O avô de Kirti costumava ir ao hospital pegar Kirti depois do trabalho e levá-la para casa.
Iyengar esperava que o avô de Kirti viesse pegá-la mais tarde na enfermaria no dia do incidente.

Essa foi a primeira e única vez que Iyengar teve experiência alucinatória ou qualquer experiência psíquica.

Duas semanas depois deste incidente ela recuperou-se de sua enfermidade.

Em 1980 eu também remeti um esboço deste artigo para Dra. Iyengar, que respondeu que meu relatório sobre o incidente era correto até onde ela podia lembrar.
Em resposta a uma pergunta ela escreveu que ela tinha dito a sua mãe sobre sua experiência na noite do ocorrido.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 11, 2013 9:39 am

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Declarações Feitas Por Sra. T. Iyengar

Sra. T. Iyengar, mãe da Dra. Iyengar, que esteve sentada com Kirti ao lado da cama de Iyengar, lembrou bem do incidente, mas não teve nenhum detalhe adicional para acrescentar.

Outra Evidência Pertinente

Como mencionado acima, a avó de Kirti, Sr. Sumitra Devi Mithal, mudou-se de Delhi quando eu quis encontrá-la durante uma visita à Índia em 1976.

Todavia, consegui encontrar a mãe de Kirti, Sra. S.Jain, que me disse que Kirti escreveu para seus pais logo depois da morte de seu avô e descreveu sua experiência memorável ao lado da cama de Iyengar.

Esta carta, infelizmente, não existe mais.
Além disso, a avó de Kirti disse à Sra. Jain, que Kirti telefonou para ela logo depois que seu marido faleceu.

Discussão

Todos as três pessoas presentes testemunharam que a morte de avô coincidiu com a eloquência de Iyengar em persuadir Kirti a ir para casa.

O facto de Iyengar não revelar para ninguém sua experiência de aparição antes que Kirti soubesse da morte de seu avô, é o elo mais fraco no caso.

Esta debilidade é mitigada pelo comportamento de Iyengar, sua mudança súbita de sonolência silenciosa para excitação e “irritação”, como Iyengar chamou isso, quando ela persuadiu Kirti para que fosse para casa, e – quando Kirti recusou – sua insistência para ela dar um telefonema para os avós dela.

Este caso cai na categoria rara de casos então chamados casos de espectadores (por exemplo veja Gurney et al. 1886, Vol. 2. pp. 61, 162-164, 256 e Rhine 1957 pág. 39).

A característica excelente de tais casos é que a pessoa para quem o agente aparece, ou com quem o agente principalmente quer se comunicar, não vê a aparição mas um mero espectador o faz.

Em vez de entrar em uma discussão longa deste interessante caso – e assumindo que o caso é basicamente autêntico – eu somente assinalá-lo três características bastante incomuns.

Primeiro, a experiência de aparição aconteceu para alguém que apenas conhecia o aparecido.

Segundo, a sensitiva, Iyengar, pareceu agir como uma intermediária, até de bastante má vontade, entre o aparecido e Kirti.
Ele queria que ela fosse para casa, nós podemos deduzir, para ajudar e consolar sua esposa.

Terceiro, o facto em que o avô apareceu repetidamente (duas ou três vezes) até Iyengar acatar seus desejos, parece bastante difícil de explicar sem assumir uma acção propositada pelo aparecido.

Se nós pudessemos tentar assumir o papel activo do aparecido, poderia deduzir-se que ele usou Iyengar, que estava em um sonolento estado de febre alta, a fim de trazer sua mensagem para Kirti, talvez porque Iyengar estivesse em um estado mental que poderia facilitar a ocorrência de uma alucinação.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 11, 2013 9:39 am

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Sendo isto é um caso verdadeiro, seria mais fácil produzir uma experiência de aparição em Iyengar que em Kirti.

Sendo isto possível, este caso nos força a considerar a importância da actividade do agente em pelo menos um pouco de casos de aparições em crise.

Departamento da Universidade de Psicologia da Islândia Reykjavik, Islândia

Referências

Guerney, E., Myers, F. W. H., and Podmore, F. Phantasms of the Living. London: Trubner, 1886.
Myers, F. W. H. Human personality and its survival of bodily death. (2 vols.) London: Longmans, Green, 1903.

Rhine, L. E. Hallucinatory psi experiences. II. The initative of the percipient in hallucinations of the living, the dying, and the dead. JP, 1957, 21, 13-46.

Stevenson, I. The contribution of apparitions to the evidence for survival. JASPR, 1982, 76, 341-358.
Tyrrell, G. N. M. Apparitions. London: The Society for Psychical Research 1953. (Primeiramente publicado em 1943).

Estou em débito para com os Drs. Ian Stevenson e Karlis Osis que leram uma versão anterior deste artigo e fizeram alguns comentários úteis.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 12, 2013 9:39 am

O Caso Poltergeist dos Bell
José María Feola

RESUMO

Entre os anos 1817 e 1821, John Bell e sua família foram vítimas de uma poderosa entidade que desde então foi chamada "A Bruxa (ou Espírito) dos Bell."
Os fenómenos tiveram lugar principalmente na casa dos Bells, em Tenessee (USA), mas também tiveram lugar fenómenos psi a longa distância, de extraordinário interesse.

O caso é talvez único na história dos fenómenos psíquicos.

Voz directa, capaz de imitar a oratória de várias pessoas, aportes (incluído o veneno que eventualmente matou a John Bell), surras com e sem paus ou outros objectos, uma força que paralisou a quatro cavalos poderosos, clarividência e telepatia a curta e longa distância, são só uns poucos dos fenómenos produzidos por uma entidade desencarnada sem que tivesse um médium conhecido presente.

O autor considera um grande erro gastar enormes somas de dinheiro em projectos científicos em física, química e biologia, com os quais tratam de resolver problemas materiais de nosso mundo, e quase nada em estudos parapsicológicos que podem ajudar a compreender a natureza do homem e sua possível sobrevivência depois da morte.

O caso da bruxa, ou Espírito dos Bell de Tennessee é de extraordinário interesse para quem se interessa em efeitos físicos inexplicáveis, sejam eles causados por intermédio da mediunidade, ou poltergeist, ou em experimentos de tipo "sessão."

Não é minha intenção escrever um estudo exaustivo deste caso, senão simplesmente analisar o que sucedeu em Robertson County, Tennessee, entre John Bell, sua família e uma entidade poderosa conhecida como a Bruxa ou Espírito dos Bell.

Os fenómenos tiveram lugar nos anos 1817 e 1821, num espaço regular anunciado pelo Espírito, sete anos depois, em março de 1828.

A Bruxa-Espírito possuía qualidades humanas em seus sentimentos.
Tinha um ódio profundo por John Bell, que acabou por morrer, provavelmente como resultado das acções da Bruxa.

Interferiu no casamento de Betsy (a filha de John) com Joshua Gardner.
Ao mesmo tempo, a Bruxa expressou grande carinho, amor e respeito pela senhora de John Bell, Lucy, a quem o Espírito sempre chamou Luz.

As razões pelas quais o Espírito odiava a John Bell e sua oposição pelo casamento de Betsy com Joshua nunca se souberam.
Seu amor e afecto a Luz eram talvez, mais fáceis de entender, porquanto Lucy nunca antagonizou ao Espírito e sempre falou com ela amavelmente e de bom coração.

No entanto, parecia ter um reconhecimento por parte do Espírito de uma alma mais desenvolvida no corpo de Lucy.

O Espírito disse a verdade em todos os casos.
Sempre disse que ia castigar e matar a John Bell, e que ninguém seria capaz de evitá-lo.

Disse que Betsy teria que abandonar a ideia de casar-se com Joshua Gardner ou sofrer as consequências.
Betsy se convenceu finalmente que este era o melhor caminho.

O Espírito foi sempre consistente em seu amor e atendimentos para com Luz, em seu respeito por certos membros da familiar e em sua falta de respeito por aqueles que pretenderam saber como livrar-se dela e a quem castigou e aterrorizou até que escaparam da casa dos Bell.

Os acontecimentos começaram entre doze e quinze anos depois que os Bell chegaram a Tennessee.
A família estava bem estabelecida e gozando da feliz vida do campo na época.

Dois dos filhos, Drewry e Betsy, viram "estranhas criaturas das quais não puderam dar explicação."
Seguindo estas aparições, Betsy viu o que pensou ser uma mulher caminhando ao redor da via.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 12, 2013 9:39 am

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A aparição desapareceu depois que Betsy lhe falou.
Cedo a família começou a escutar estranhos ruídos na casa como se alguém golpeasse nas portas e janelas, também como asas batendo contra os telhados.

A causa dos ruídos não pôde ser encontrada.

Os ruídos se fizeram mais fortes na casa.
"Os sons nos dormitórios pareciam como se as camas fossem separadas de repente e violentamente, ao qual se agregavam os rosnados de cachorros brigando enquanto estavam acorrentados juntos, fazendo um ruído ensurdecedor e excitante."

Os ruídos cessavam quando se acendiam as luzes.
Tudo estava em ordem, os móveis intactos.

Charles Bailey Bell, M.D. escreveu:
"Estas leves demonstrações continuaram por um ano ou mais, crescendo até que a casa tremia como numa tormenta e os ruídos se escutavam a uma distância considerável."

Por então, John Bell desenvolveu uma doença que afectou sua língua e os músculos de suas mandíbulas, tinha dificuldade em mastigar e engolir.

Ainda que estes problemas fossem atribuídos ao Espírito, eles podam ser causados pelo próprio sistema nervoso de Mr. Bell.

Ele então pensou que era hora de procurar ajuda entre seus melhores amigos, quem quiçá pudessem ajudá-lo a resolver seus problemas.

Um deles, James Johnston, foi chamado para passar a noite na casa.
Johnston e sua esposa responderam ao chamado, Mr. Johnston, "bem conhecido por sua coragem e cristandade, leu um capítulo da Bíblia e rezou por seus amigos, depois do qual ele e sua esposa se retiraram a seu quarto, contíguo à de Betsy.

Imediatamente depois, "ruídos jamais ouvidos, antes começaram piores que nunca, invadindo o quarto dos Johnston;
os cobertores foram tiradas violentamente da cama, ao mesmo tempo em que risos em tom de mofa se escutavam fortemente, causando pânico no casal Johnston.

Todas as perguntas e demandas de explicação ficaram sem resposta, excepto pelas ruidosas risadas."

Seguindo o conselho de Mr. Johston, um selecto número de bons amigos de Mr. Bell vieram ajudá-lo, tratando de induzir ao Espírito a que dissesse qual era o significado de sua presença e a deixar à família em paz desse momento em adiante, amigos e visitantes estiveram presentes na casa quase todo momento até que o Espírito se foi.

Os fenómenos que se descrevem a seguir foram presenciados por muitas testemunhas de coragem e bem conhecidos por sua honestidade.

A seguinte passagem na narrativa do Dr.C.B.Bell persiste em minha memória e continua assombrando-me.
"Depois de várias noites (depois da visita dos Johston) o Espírito começou a falar voluntariamente pela primeira vez, como em sussurros.

A primeira palestra real foi uma repetição da prece e canção de Mr. Johnston durante a primeira noite em casa dos Bell.

A imitação foi tão exacta, tanto na repetição como no som da voz, que se disse que não se podia distinguir da voz de Mr.Johnston.

Isto adiciona pelo menos dois mistérios às habilidades deste espírito, como podia recordar perfeitamente e como podia dizê-lo de maneira que não se podia distinguir da manifestação real de Mr.Johnston?

O Espírito se apoderou do lar dos Bell e jogou de hóspede dos vizinhos e gente dos arredores que vinham atraídos pela crescente fama e reputação do espírito.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 12, 2013 9:40 am

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Assumindo um carácter piedoso, encantava-lhe falar de religião e citar as Escrituras com absoluta precisão, nenhum pastor visitante podia argumentar com sucesso com o Espírito, quem com frequência corrigia as interpretações do significado das Escrituras, e às vezes as diferenças entre várias traduções, indicando as que pensava eram correctas.

Quanto a cantar, o Espírito cantava canções que nunca tinham sido escutadas e que os presentes não esqueceram nunca.

O Espírito começou a observar todos os acontecimentos que ocorriam na comunidade.
"Nada podia dizer-se nem fazer-se que o Espírito não soubesse e contasse de maneira que todo mundo se inteirasse por todos os arredores.

Com semelhante espionagem a comunidade se converteu rapidamente num modelo em tudo o que concerne a bons cidadãos.

O Espírito podia também ler os pensamentos diabólicos de alguns visitantes dos Bell.

Para esse então vinham gentes que viajavam centenas de milhas a cavalo ou em carretas cobertas para presenciar as façanhas do Espírito.

Os Bells nunca cobraram nada pela comida ou por dormir na casa, sempre que tivesse lugar.

Alguns traziam carpas e se ficavam tanto quanto o fosse necessário para satisfazer sua curiosidade.

Os Bells nunca cessavam de perguntar ao Espírito o que significava sua presença e que era o que realmente queria.

Ao fim deu uma resposta: "Sou um Espírito, faz muito era feliz, mas fui molestado."

A voz era clara e foi entendida por todos os presentes."
Agregou que permaneceria ali e continuaria inquietando a John Bell, até matá-lo.

John foi castigado severamente com golpes e "outros métodos físicos."
Alguns dos garotos também foram castigados torcendo-lhes o cabelo, ou esbofeteados, "deixando-lhes marcas vermelhas de dedos em suas caras."

Um domingo à noite, o Espírito repetiu o sermão do Reverendo James Gunn, pregado na Igreja Metodista de Bethel, com perfeita precisão e imitando a voz do Rev. Gunn tão bem que os presentes creram que era o Reverendo quem falava.

Mister Gunn estava presente, bem como outro pastor, o Rev. Sugg Fort.
Um dos presentes disse, "Irmão Fort, você tem a vantagem, seu sermão não foi escutado."

O Espírito imediatamente repetiu o sermão e as preces em sua própria voz e exactas palavras, incluindo os hinos e outros detalhes ante a admiração de todos os presentes.

Um visitante inglês, cujo nome não se menciona, vinha com o propósito, expressado somente a John (filho), de resolver o mistério.

Durante seu estada, que se estendeu vários meses, o Espírito executou extraordinárias proezas que "deveriam satisfazer ao mais céptico, dos poderes absolutamente sobrenaturais despregados."

Durante o tempo de seu estada na casa dos Bells, o Espírito manteve ao inglês informado das actividades em sua casa na Inglaterra.
A informação transmitida pelo Espírito foi sempre corroborada nas cartas recebidas posteriormente.
Às muitas demonstrações dadas pelo Espírito, agregou-se uma última.
O Espírito perguntou ao cavalheiro que mensagem queria enviar a seu lar, algo que não tinha sucedido nunca.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 13, 2013 9:46 am

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O inglês disse:
"Conte-lhes que em minha opinião, nunca desde que o mundo foi criado, os homens viram nem ouvido as coisas maravilhosas de que eu fui testemunha nos últimos três meses."

Três horas mais tarde, o Espírito regressou e, imitando as vozes do irmão e da mãe do cavaleiro, repetiu o que disseram depois de escutar ao Espírito falar.

Então, imitando a voz da mãe, disse:
"Diga-lhe que não se fique ali um dia mais; já viu e ouviu suficiente, e nós não queremos mais visitas como esta aqui."

Depois de chegar de volta a seu lar, o cavaleiro escreveu a John dizendo que tudo o que tinha sido dito era correcto.

Em várias oportunidades o Espírito despregou uma força tremenda.
Um dos melhores amigos de John (filho), Frank Milles, era um dos homens mais fortes do lugar.

Media 1,84 mts. de altura e pesava 113 kgs., e a força de suas mãos era tão grande que podia "quebrar os ossos de qualquer homem comum."

A intenção de Frank era apanhar a Bruxa com suas mãos e destroçá-la.
Para conseguir seu objectivo, Frank se ficava com frequência a passar a noite na casa.

Mr. Milles contou que em noites de muito frio, "todas as cobertas eram prontamente atiradas da cama;
as cobertas que agarrava em suas mãos eram destroçadas, deixando-lhe nas mãos só pequenos bocados."

Em duas oportunidades o colchão foi removido para debaixo de seu corpo, e sua cama empurrada ao outro lado do quarto.
Frank não pôde agarrar ao Espírito, mas disse que sentiu "os mais fortes golpes na cabeça e na cara que tinha experimentado em sua vida."

O Espírito ria em todo momento, ao mesmo tempo em que dizia:
"... seguramente ele é um homem forte, mas nada perigoso numa briga com um espírito."

Os escravos de John Bell tiveram vários encontros bem mais desagradáveis com o Espírito.
Harry, um homem jovem, estava a cargo de acender os fogos pela manhã.

Depois de várias manhãs de chegando tarde, se lhe disse que devia estar pronto mais cedo.
No dia seguinte, chegou tarde de novo.

Enquanto estava de joelhos tratando de fazer prender os carvões, "de repente bocados da madeira que usava começaram a golpeá-lo por todo o corpo;
finalmente foi arrojado sobre uma cadeira e recebeu uma surra tão violenta que os golpes se ouviram por toda a casa."

Enquanto era golpeado sem piedade, gritava e pedia que lhe perdoassem a vida.
O Espírito finalmente parou e disse a Harry que se chegava tarde outra vez, ia-o a golpear até matá-lo e então o atiraria ao fogo.

Harry não chegou tarde nunca mais.

O Espírito foi sempre amável com Mrs.Bell.
Lucy e suas vizinhas participavam em estudos bíblicos, e em discussões de assuntos da Igreja.

O Espírito "sempre tomava parte e quando se serviam refrigerantes, sempre trouxe frutas que não se sabiam de onde proviam, mas que caíam sobre a mesa ou nas saias com o convite a que as comessem.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 13, 2013 9:47 am

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O General Jackson, quem estava destinado a ser o sétimo presidente dos Estados Unidos (1829-1837), é nomeado nas memórias de Betsy sobre as façanhas do Espírito.

O General conhecia a John (filho), e seguramente tinha ouvido a respeito dos acontecimentos na casa dos Bells.
A data de seu encontro com o Espírito não é precisa.
De minhas investigações sobre os movimentos do General Jackson em Tennessee, deduzo que a visita à casa de John Bell teve lugar em outubro-novembro de 1818.

Miller diz, "anos depois de seu famoso duelo com Dickerson (sic) cerca de Adairville, Kentucky, o general Andrew Jackson percorreu um trecho da mesma rota em seu trajecto a Robertson County para satisfazer sua curiosidade a respeito do que havia ouvido da Bruxa dos Bell."

A ele acompanharam vários ginetes e um carro pequeno com quatro cavalos, cheio de provisões e carpas, preparados para passar uma semana.

Quando estavam a uns quinhentos metros da casa, e sobre um caminho plano, um membro do grupo, expressou-se depreciativamente da Bruxa.
Instantaneamente as rodas do carro se negaram a mover-se.

O motorista gritava, acossava e dava chicotadas aos cavalos, mas os poderosos animais pareciam sem forças para mover as rodas.

Depois de preocupar-se por vários minutos, uma voz metálica, cortante, se ouviu:
"Muito bem, General, que o carro se mova.
O verei de novo esta noite."
E cumpriu a promessa.

A Bruxa actuou com todas suas forças, cantando, amaldiçoando, tirando as cobertas das camas, esbofeteando e beliscando à formosa Betsy Bell, até que chorava de dor.

A figura de Jackson não fechou os olhos essa noite, e quando chegou a manhã, todos estavam prontos para ir-se a suas casas, sem sequer pensar em armar as carpas.

Os amigos de Nashville, conhecendo as intenções do General por sua viagem, e sabendo de seu cepticismo a respeito da existência da assim chamada Bruxa se surpreenderam de vê-lo chegar tão cedo de regresso, e começaram a perguntar-lhe, que tinha visto ou ouvido na casa de John Bell.

Ao qual o General contestou:
"Pelo eterno, não vi nada, mas escutei suficiente para convencer-me de que prefiro brigar contra os ingleses antes que lidar com esse tormento que chamam a Bruxa dos Bell."

Nas memórias de Betsy, outros detalhes da visita do General Jackson foram descritos.

Entre os acompanhantes de Jackson, tinha um homem que se dizia um real domador de bruxas, e pensava que nenhuma bruxa apareceria enquanto ele estivesse presente.

Tinha carregado sua pistola com uma bala de prata com a qual esperava matar a Bruxa e começou a desafiá-la a que se fizesse presente.

Como a Bruxa não aparecia, o General se sentia impaciente quando, de repente, o fanfarrão saltou de sua cadeira, a tempo de tomar a parte traseira de suas calças e gritar:
"Meninos estão fincando-me com mil agulhas."

Uma voz lhe disse, "estou na tua frente, atira."

O homem sacou sua pistola e tratou de dispará-la, mas a pistola não respondeu.
Então o Espírito começou a bater em seu nariz tão fortemente, que ele pensou que o arrancaria.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 13, 2013 9:47 am

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Saiu correndo a toda velocidade para a charrete, gritando constantemente, enquanto o General Jackson ria e dizia a John Bell que nunca tinha visto algo tão cómico e misterioso e que desejava ficar-se uma semana, ao qual o convidou, por suposto.

John (filho) viu o General Jackson várias vezes durante os anos que seguiram a sua visita, mas como era seu costume, nunca menciona a visita do General.

O ataque final a John Bell começou na manhã do dia 20 de outubro de 1820.
Algo sucedeu enquanto John e seu filho Richard Williams estavam no pátio dos porcos, várias quadras da casa.

Nos termos de John (filho), "quando regressaram à casa, ajudei a meu pai a pôr-se em cama;
os cordões de seus sapatos estavam cortados, seus pés tinham cortes que sangravam, sua cara estava azul como se o tivessem golpeado, seus olhos estavam vermelhos e chorosos, como se tivesse recebido topadas em ambos olhos e ao redor da cabeça."

John Bell nunca se recuperou depois de semelhante castigo.
Seus doutores receitaram remédios a respeito das quais o Espírito repetia que eram sem valor, e que John ia morrer e que ele era a causa de sua morte.

Na manhã do 19 de dezembro, se o descobriu sem consciência.
O doutor George Hopson, quem atendia a Mr. Bell, foi chamado e chegou em menos de duas horas.

Quando John (filho) procurou os três remédios que tinha sido dado a seu pai, não os encontrou e em seu lugar achou uma garrafa escura que continha um líquido marrom que nenhum de nós tinha visto antes.

Frank Miles, John Johnston e Alex Gunn olharam a garrafa atenciosamente.
Frank tinha visto todos os remédios que se tinham dado a Mr.Bell, e imediatamente disse:
"A maldita Bruxa fez isto."

Então se ouviu a voz do Espírito, dizendo com grande satisfação:
"Que nunca se duvide. Eu o fiz."

Agregou que tinha dado a John uma dose suficiente para matá-lo.
Quando o Dr. Hopson chegou, disse que não sabia desta garrafa, e sugeriu tratá-la com um gato.

Alex Gunn tomou um dos gatos, e mantendo sua boca aberta, fez que John (filho), fizesse-lhe engolir um pouco do remédio.
O gato cedo começou a ter convulsões e morreu.

John Bell nunca recuperou sua consciência.
O fim chegou na manhã do 20 de dezembro de 1820.

"O Espírito falou como se se alegrasse da cena da morte de meu pai - declara John Bell (filho).
Ria-se e cantava e nos disse que estaria no funeral, e então se calou."

Antes de ir-se, o Espírito conversou várias vezes com John (filho) e deu outra demonstração de controle de forças materiais.
Produziu impressões na neve que se ajustavam exactamente às velhas botas de John Bell.

Uma noite, enquanto a família estava sentada ao redor do fogo depois do jantar, uma bola como as de canhão caiu pela chaminé e rodou pelo quarto explodindo como uma bomba de fumaça.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 14, 2013 9:58 am

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O Espírito disse então:
"Me vou, e estarei longe sete anos. Adeus a todos."

De acordo às memórias de John Bell (filho), o Espírito regressou em março de 1828, e sem nenhuns preliminares começou a falar com uma voz que ele reconheceu imediatamente.

O Espírito deu longas palestras sobre problemas religiosos, filosóficos, e ainda políticos em relação com o futuro dos Estados Unidos.
Estas palestras nunca se fizeram públicas.

CONCLUSÕES

Que temos que aprender de um exame do caso do Espírito dos Bell?

Para contestar esta pergunta teríamos que examinar os achados experimentais e teóricos da investigação psicocinética (PK).

O leitor interessado deve conferir a bibliografia ao final deste artigo.
O caso da Bruxa-Espírito dos Bell não enquadra em nenhuma teoria.

O Espírito demonstrou um controle absoluto da clarividência, telepatia e PK.
Cada vez que vemos a exposição de grande força na produção de fenómenos físicos, perguntamo-nos de onde provem a energia necessária para produzi-los.

O Espírito dos Bell deteve os cavalos do General Jackson, bateu a um homem poderoso e a vários escravos, produziu vozes directas, fez aportes de comida e produziu o veneno para matar a John Bell.

Como fez tudo isto?

Em sua avaliação das teorias da PK, D.Scott Rogo concluiu:
"Penso que nunca entenderemos a PK se continuamos crendo que há só um tipo de PK comum a toda a vida biológica.

Estou de acordo.
Isto precisa estender-se à PK humana e a PK espiritual ou de guias.

Segundo meus experimentos na Argentina e Estados Unidos, a energia ao alcance humano é limitada, enquanto espíritos têm acesso a energias sem limite.

Quiçá uma das razões pelas quais a parapsicologia avança tão lentamente é que abandonou o estudo dos grandes fenómenos como a levitação, os aportes, os poltergeists, por experimentos de laboratório de tipo estatístico os quais somente repetem o que já sabemos de longo tempo.
Devemos persistir.
Devemos golpear as paredes de cientistas que não prestam atenção até que compreendam que um verdadeiro novo mundo está esperando ser descoberto e aberto para nossos filhos e netos, se pomos o mesmo esforço que usamos em física, biologia, ou química.

A ciência só se preocupa das necessidades desta vida, deixando as preocupações de uma vida depois da morte à religião ou a metafísica.

A única ciência que pode servir de ponte entre uma ciência materialista e a vida espiritual é a parapsicologia.

Quando ensinamos um curso introdutório de parapsicologia na Universidade de Minnesota, Minneápolis, provamos que é possível combinar o conhecimento e os métodos das ciências físicas com os factos coleccionados pelos parapsicólogos, historiadores de várias religiões, psicólogos, psiquiatras, e ainda físicos e matemáticos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 14, 2013 9:59 am

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Depois de ensinar a respeito destes notáveis fenómenos psíquicos ao mais alto nível científico e crítico por três anos, a Universidade nos negou apoio material, e nos vimos forçados a seguir outros caminhos.

Se uma máquina destinada a romper átomos em partes cada vez menores custa dez mil milhões de dólares, e se o desenvolvimento de um novo bombardeiro custa mais de setenta mil milhões de dólares, quanto deveríamos investir em projectos dirigidos a estabelecer a realidade do alma, da vida espiritual, ou dos fenómenos psíquicos?

Eu diria que isto vale tudo o mais acima e ainda mais.

Com os cem milhões de dólares que recentemente se pagaram por duas pinturas impressionistas, nós poderíamos fazer investigações que teriam real significado para a humanidade.

Enquanto, laboratórios importantes na investigação parapsicológica, dirigidos pelos mais distintos pesquisadores que produzimos nos últimos trinta anos, estão fechando as portas por falta de fundos.

Espero que todos aqueles leitores que estejam de acordo comigo alcem suas vozes, escrevam aos membros do Congresso, ao Presidente da República, às fundações, aos milionários, de maneira que podamos trabalhar nestas investigações que são realmente importantes e pertinentes para todos os seres humanos.

Carrington e Fodor (1953), Owen (1964), e Rogo (1979, 1980) assinalaram que Betsy Bell poderia ser a causa do poltergeist dos Bell.

A razão para castigar e matar John Bell seria abuso sexual.
Uma vingança continuada por tanto tempo é única.

Se a intenção era matar a seu pai, Betsy poderia tê-lo feito muito mais rápido e sem a complicação de muitas testemunhas.

A fraude é sempre uma possibilidade, mas isto teria requerido a colaboração de muitos cúmplices.

Duvido que Betsy Bell tivesse pedido aos escravos que castigassem a si mesmos, e que o homem forte pretendesse que o Espírito o castigasse, e arrumar a pistola para que não disparasse, que o cocheiro do General Jackson fizesse deter aos cavalos apesar dos gritos e chicotadas, etc.

3082 Montavesta Road,
Lexington, KY 40502-2956
USA

REFERENCIAS

Bell, Ch.B. (1930). The Bell Witch: Mysterious Spirit. Nashville, TN: Charles Elder Publisher.
Miller, H.P. (1930). The Bell Witch of Middle Tennessee. Clarksville, TN: Leaf Chronicle Publishing.

James, M. (1938). The Life of Andrew Jackson. Indianapolis: The Bobbs-Merrill Co.
Krippner, S. (Ed. )(1977-1982). Advances in Parapsychological Research (Vol.1). New York, NY: Plenun Press.

Krippner, S. (Ed.) (1984-1987). Advances in Parapsychological Research. (Vol.3-5). Jefferson, NC: McFarland.
Rogo, D.S. (1980). Theories about PK: A critical evaluation. Journal of the Society for Psychical Research, 50, pp-359-378.

Smith, P. (1990). Killing the Spirit. Higher Education in America. New York: Viking.
Quotes from a review by Stephen Goode, Insight, may 7, 1990. Pp-62-63 (artículo sobre el libro de Page Smith).

Carrington, H.C.& Fodor, N. (1953). The Story of the Poltergeist. London: Rider.
Rogo, S.D. (1979). The Poltergeist Experience. New York: Penguin Books.

* Publicado en la Revista Argentina de Psicología Paranormal. Vol. 3, No.3, Julio 1992, pp.114-127.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2013 9:25 am

Poltergeist no Japão[1]
Alejandro Parra

rapp@fibertel.com.ar

Na cidade de Tomika, no estado de Gifu, Japão, um grupo de famílias que viviam num complexo de apartamentos denunciaram uma série de enigmáticos fenómenos que ocorriam em forma contínua;
por exemplo, sons estranhos, aparições de fantasmas, movimento de objectos e ferramentas eléctricas que funcionavam sozinhas, sem corrente eléctrica.

Este incidente rapidamente conseguiu uma grande repercussão na mídia, o qual apareceu em jornais, revistas, programas de TV, como um típico caso poltergeist.

Um grupo de experimentados pesquisadores do paranormal do International Research Institute e o Yamamoto Bio-Emission Laboratory dependente do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas de Japão deram entrevistas aos jornalistas da televisão local, indicando que os fenómenos eletromagnéticos anómalos ocorriam em determinados lugares do complexo.

Deste modo, três experimentadores, Hideyuki Kokubo, Mikio Yamamoto e Tatsuo Hirukawa, iniciaram uma sofisticada investigação que incluiu a medição dos campos magnéticos.

A equipe contou com a cooperação de um psicólogo.

Os principais fenómenos denunciados foram sons estranhos, similares a passos, que se ouviam claramente nos apartamentos da ala Leste (101 e 402) e nos andares superiores (terceiro e quarto).

Durante as entrevistas, os jornalistas da estação de TV conseguiram gravar um som similar ao soar de uma película de submarinos.

As flores das janelas dos apartamentos 304, 403 e 405 murcharam de forma inexplicável, enquanto as outras gozavam de toda sua plenitude.

Vizinhos do apartamento 403 foram testemunhas da aparição de um homem e uma mulher, e um vizinho do 404 observou a um homem parado próximo da porta do 403.

Também foi denunciado o movimento de uma cortina de uma janela hermeticamente fechada do 101, um pote de vidro que voou até um quarto de um lugar desconhecido no 304, uma maçaneta girou por si só no 305, a gaveta de um móvel se abriu sozinha no 403, uma série de anomalias ocorreram no 404:
o aparelho de TV mudou de canais por si só, a porta de um armário se abriu e um prato saiu disparado, um forno a gás da cozinha se prendeu por si só, e alguns aparelhos eléctricos (por ex. o secador de cabelo) e um compasso magnético girava sozinho sem causa aparente, as câmaras dos jornalistas de TV não funcionavam quando focavam sobre certos lugares, e ocorreram um número de disfunções com as luzes e as câmaras.

O complexo de apartamentos está localizado no Leste da cidade de Tomika, onde convivem 24 famílias.
A princípio, os residentes sentiram que algo estranho estava presente quando se mudaram a estes apartamentos.

Alguns estavam perplexos por causa dos ruídos de seus vizinhos, sendo que “os residentes tomaram algum tempo para determinar as causas, antes de atribuí-las a um efeito paranormal assegurando-se que suas experiências não eram provocadas por ruídos normais ou actos de vizinhos que viviam nas cercanias da comunidade” – sustenta Kokubo, quem liderou a investigação desde o início.

O consórcio de proprietários do complexo de apartamentos, fez um pedido formal à prefeitura de Tomika para que esta tomasse medidas urgentes por causa dos estranhos fenómenos, mas a resposta que receberam não foi a que esperavam.

“Acharam graça disto, e pensaram que eram vítimas de alguma forma de alucinação colectiva” – confessa Kokubo.

Algumas famílias tomaram a decisão de abandonar a comunidade por um tempo.
Os vizinhos estavam convencidos que suas experiências estavam provocadas pela ação de fantasmas e lhe pediram a um médium que praticasse um ritual religioso.

Depois do ritual, os fenómenos estranhos começaram a declinar no lado Leste do complexo.
No entanto, os fenómenos não se detiveram por completo e seu foco se deslocou para os apartamentos do centro e andares de cima.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2013 9:27 am

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Um jornal publicou durante várias semanas aqueles estranhos incidentes, o qual atraiu a atenção de muitos outros jornalistas.

Kokubo nos diz que “uma estação de TV convocou a alguns médiuns quem visitaram um por um os apartamentos para permitir-lhes exorcizar os fantasmas” enquanto outros jornalistas pediram à equipe de pesquisadores do Yamamoto Bio-Emission Laboratory levar a cabo uma melhor investigação científica do assunto.

E assim o fizeram.
Os apartamentos chegaram a converter-se num tipo de atrahção turística e muitos curiosos se acercavam assombrados.

Apareceram médiuns de todas partes da península nipona e todo tipo de cultos religiosos.

Inclusive chegaram a realizar rituais sem a permissão dos vizinhos, pelo qual o complexo se viu invadido por um circo romano de cultos, incenso, cânticos e orações.

“Quando estávamos pesquisando, muito tarde pela noite - diz Kokubo - vimos caminhar por ali a um grupo religioso que apareceu de repente em três autos e começaram a fazer seus próprios rituais indo daqui para lá”.

“A última noite que permanecemos ali – continua Kokubo – a pedido do consórcio de proprietários, um grupo de monges budistas de alta hierarquia praticaram um ritual religioso de purificação espiritual conhecido como Johrei na entrada ao complexo, para brindar paz espiritual aos fantasmas (desorientados?) e permitir-lhes ir para o outro mundo.

Quase todos os vizinhos participaram deste ritual, excepto um menino que essa noite padecia de uma repentina febre e vários vizinhos que estavam ausentes então porque tinham deixado seus apartamentos.

Todos os vizinhos pareciam estar satisfeitos com o ritual.

Em poucos dias, um residente que vivia na área manifestou que, depois do ritual, os estranhos fenómenos começaram a desaparecer gradualmente e que se sentia muito melhor e sem moléstias.

O presidente do consórcio de proprietários do complexo estava de acordo que as denúncias dos residente se haviam reduzido em grande proporção”.

Kokubo e sua equipe do Yamamoto Bio-Emission Laboratory levaram a cabo uma investigação durante três dias, entre o 15 e 17 de Novembro, de comum acordo com o consórcio de proprietários.

Fizeram um estudo preliminar com um espectrómetro de radiação portátil, mas os resultados não mostraram nenhuma anomalia radioactiva, pelo qual decidiram pesquisar as frequências e os tipos de experiência.

Os magnetómetros usados foram um sensor de tipo Hall (10nT, DC-10 kHz, Modelo 9200 de fabricação Bell).

As saídas dos magnetómetros foram gravados com um DAT (PC216Ax de Sony) em 200 Hz mediante uma unidade de interfase universal (UIM100A, Bio-Pack Systems) e um conversor AD (MP100WSW, Bio-Pack Systems).

Este é um método de duplo registo no qual se conecta em série um detector e dois gravadores.
Mediram-se a temperatura e humidade mediante uma equipe Ondotori RH TR-72S, T & D.

Durante os três dias de investigação, as equipes não mostraram sinais magnéticos anómalos, no entanto, em 15 de Novembro, Kokubo e sua equipe detectaram dois sinais eléctricos estranhos no circuito quando se encontravam no Apto. 305.

Esse mesmo dia um residente desse apartamento disse que algo invisível tratava de girar a maçaneta da porta primeiramente, passou pelo corredor e cruzou pelo quarto de seu filho.

Também não puderam detectar campos magnéticos anómalos nem radiações anómalas que pudessem díagnosticar a “presença” fantasmal.
No entanto, os magnetómetros detectaram sinais de baixa frequência.

Se os incidentes em Tomika fossem causados por campos magnéticos, a frequência esperada dos ditos campos deveria ser maior aos 20 hz.

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Casos de Poltergeist e Aparição Empty Re: Casos de Poltergeist e Aparição

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2013 9:27 am

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Mas estes pesquisadores obtiveram estranhos sinais eléctricos num circuito em direcção àquele lugar que os residentes indicavam que “algo” passava por ali.

Por outra parte, um vizinho do apto 405 declarou que os estranhos sons com frequência se escutavam num minuto específico de cada hora, conquanto os pesquisadores observaram que tinha diferenças entre os sons e os sinais eléctricos, e entre os apartamentos 405 e 305.

O primeiro sinal estranho foi observado pontualmente às 22.30, mas não às 22.29 nem às 22.31, o qual indica a possibilidade de que os estranhos sinais foram geradas por fontes artificiais.

Em conclusão, Kokubo expressa que o incidente de Tomika possivelmente tenha consistido de uma constelação de factores psicológicos, perturbações ambientais, ao que possivelmente se possa adicionar factores parapsicológicos.

As experiências aparicionais foram relatadas desde a antiguidade em diversas culturas e foi uns dos primeiros fenómenos que acordaram o interesse dos pesquisadores em parapsicologia no final do século XIX.

A aparição é uma experiência de carácter visual, no entanto, também existem experiências do tipo auditiva, táctil ou uma combinação destas.

No geral, percebe-se a figura de uma pessoa, animal (falecido ou vivo) ou algum objecto inanimado que se encontra fora da casta sensorial do percipiente, associado com a percepção extra-sensorial espontânea.

A representação percebida é conhecida comummente como aparição e à experiência em si mesma como uma “experiência aparicional”.

Segundo Kokubo a maioria dos cientistas interpretam as aparições como um tipo de alucinação, uma imagem mental errônea da percepção de um objecto externo.

No entanto, as experiências aparicionais – como a ocorrida em Tomika – têm certas características que são pouco frequentes nas alucinações e são estas as de maior interesse para os parapsicólogos, por exemplo, os deslocamento de objectos, as disfunções das equipes eléctricas, os incidentes dos jornalistas com suas câmaras, e os estranhos sinais eléctricos em direcção ao local pelo qual os residentes denunciavam que “algo” passava.

É importante saber se a experiência coincide com a morte de uma pessoa ou uma crise, se são percebidas de forma colectiva, se proporcionam informação desconhecida pelo percipiente ou se estas experiências são ou não verídicas, mas nem os monges budistas que praticaram o ritual de exorcismo nem os vizinhos atribuíram estes incidentes a vizinhos falecidos no complexo de apartamentos.

Realizaram-se alguns estudos mediante enquetes que exploraram a incidência de experiências aparicionais, encontrando resultados numa casta de 17% a 83%.

Alguns pesquisadores exploraram a relação entre as experiências aparicionais e diversas variáveis como o psicoticismo, neuroticismo e extroversão, a propensidade à fantasia, e a vividez de imagens mentais.

Uma das variáveis psicológicas que surgem como um forte discriminador das experiências parapsicológicas espontâneas é a absorção psicológica, que os psicólogos americanos Tellegen e Atkinson definiram, em 1974, como “uma atenção total, que envolve uma dedicação plena dos recursos perceptivos, motores, imaginativos e ideacionais disponíveis, a uma representação unificada do objecto de atenção” e a explicam como uma característica que implica experimentar alterações emocionais e cognoscitivas através de uma variedade de situações e é central para o entendimento da natureza da experiência subjectiva.

Um estudo pioneiro que sondou de maneira sistemática este tipo de experiências, realizou-se entre 1889 e 1890 na Grã-Bretanha por membros da Society for Psychical Research (SPR).

Conhecido como o “Censo de Alucinações”, entrevistou-se a 17.000 pessoas utilizando a seguinte pergunta:
“Alguma vez você teve, quando acreditava estar completamente desperto, a impressão intensa de ver a um ser vivente ou um objecto inanimado, de sentir seu contacto ou escutar alguma voz, sem que, até onde pôde descobrir, esta impressão se devesse a alguma causa física exterior?”.

As análises deste estudo encontraram que 1.684 (9.9%) dos interrogados reportaram experiências de aparições, tanto de vivos como de mortos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 16, 2013 9:20 am

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Uma investigação similar foi realizada por Donald J. West em 1948 sobre 1.519 participantes.
Nela se encontrou que 14.3% dos participantes tinham experimentado alguma vez em sua vida uma experiência de tipo aparicional.

“O tema central estudado pelas teorias principais da experiência aparicional é se a figura é um fenómeno subjectivo ou objectivo” – adverte Kokubo.

No entanto, parece que há evidência para ambas as posições.
“As aparições se podem considerar como objectivas porque algumas vezes são percebidas por mais de uma pessoa.

Por outro lado, as aparições parecem que são subjectivas (alucinatórias) no sentido de que algumas pessoas presentes não as percebem”.
A explicação que parece ser a mais tradicional é a hipótese espiritual, isto é, uma aparição é uma parte da existência de um indivíduo que sobrevive à morte física.

“Este modelo apresenta muitas dificuldades” – expressa preocupado Kokubo.
“Para poder explicar tanto as características subjectivas como objectivas das aparições se recorre a conceitos vagos tais como os estados semifísicos e ultrafísicos de existência.

Realizaram-se algumas provas relativamente directas da hipótese dos espíritos, no entanto, as tentativas de usar diversos tipos de sensores ou outros dispositivos para detectar a presença de uma aparição produziram resultados bastante ambíguos e inconcludentes”.

No início da parapsicologia como a ciência, o filósofo britânico Edmund Gurney, um dos membros fundadores da Society for Psychical Research de Londres, sustentava que as aparições eram alucinatórias mas mediadas por telepatia.

De tal maneira que o indivíduo que experimentava uma visão “aparicional” adquiria certa informação do indivíduo por meios extra-sensoriais e depois admitia esta informação na consciência como uma alucinação em forma de uma aparição do indivíduo.

Para acomodar os casos coletivos, isto é, grupos de indivíduos que vêem um fantasma, Gurney se viu obrigado a propor a ideia da “telepatia contagiosa”, na qual uma pessoa adquiriria a informação extra-sensorial e telepaticamente comunicaria a natureza da figura alucinatória às outras pessoas presentes, induzindo-as a que experimentem o mesmo objecto.

Uma extensão da teoria de Gurney às aparições pos-morten poderia requerer a hipótese da sobrevivência e a possibilidade da comunicação com personalidades falecidas, ainda que se poderia propor um modelo de super-psi como alternativa.

O psicólogo britânico George Tyrrell, igual a Gurney, propôs que as aparições eram produzidas telepaticamente.

De acordo com Tyrrell a pessoa referente e o percipiente da aparição efectuam uma alucinação por uma mistura de suas mentes subconscientes, uma produção cooperativa de um drama aparicional, algo bem como um “teatro psíquico”.

Já que os participantes contribuem com os ingredientes da cena mental da alucinação a aparição tem que ser consistente para os diferentes percipientes.

As pessoas que não são capazes de perceber a aparição se consideram que não tomaram parte na produção subconsciente.

A explicação céptica da experiência aparicional é, por suposto, que a aparição é pura alucinação.

Isto é que a imagem não tem um status objectivo e que sua ocorrência não está produzida por PES nem por nenhum outro processo parapsicológico, que é totalmente produto da imaginação e que reflecte o grau de sugestionabilidade do percipiente, ou inclusive seu sistema de crença bem como seu juízo de realidade.

Suas expectativas, necessidades, condicionamento social e recordações inconscientes da meninice, o realismo da experiência comummente também se juntam às propriedades das imagens hipnagógicas.

Como expressa Kokubo, “o sentido de uma presença parece ser um factor comum na experiência aparicional de muitos dos vizinhos do complexo de apartamentos”.

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Casos de Poltergeist e Aparição Empty Re: Casos de Poltergeist e Aparição

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 16, 2013 9:20 am

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Kokubo baseia grande parte de suas análises nos achados do neurofisiólogo canadense Michael Persinger, que propôs um modelo neuropsicológico para a experiência do sentido de uma presença.

Apoiado em estudos que sugerem que a sensação de um ser é uma propriedade agregada aos processos da linguagem que toma lugar primariamente no hemisfério esquerdo do cérebro, Persinger propõe que existe um homólogo deste processo do hemisfério esquerdo no direito e que é a base neurológica da sensação de presença.

Esta explicação poderia estender-se para acomodar a experiência de uma aparição ou fantasma.

Para isso já se está realizando investigação empírica desta hipótese.
Os estudos do pesquisador nipónico e sua equipe, no entanto, continuam na linha de determinar a presença de anomalias físicas no ambiente, e esperam reunir um maior número de casos para construir um modelo coerente com estas experiências.

Sensores de fluxo de uma unidade rectangular tridimensional colocado num trípode alto.
Vista nordeste do complexo.

Capa das principais revistas que reportaram os incidentes de Tomika.

Os números dos apartamentos (da esq. Para a dir.) 101 a 106.
A casa à direita é um salão de reuniões onde os monges budistas praticaram o ritual de "Johrei".

Vista do complexo que inclui o parque.
Vista Leste do complexo.
Retrato elaborado por uma artista que mostra o rosto da aparição fantasmal baseado nas descrições das testemunhas.

Espectro do potencial do primeiro sinal (22:30) sugere que o ganho de amplificação aumenta de repente.
Dois bicos de movimentos neste espectro foram um artifício do ruído de um motor.

Hideyuki Kokubo.
Hidyuki Kokubo junto a Alejandro Parra.

Artigo originalmente disponível em http://www.pesquisapsi.com/eboletin/eboletin-02.html#tit03

Disponível no E-Boletin Psi, Vol 01 Nº 02.

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Casos de Poltergeist e Aparição Empty Re: Casos de Poltergeist e Aparição

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 17, 2013 9:44 am

Considerações sobre as causas dos poltergeist
Carlos Alberto Tinoco

RESUMO

Neste artigo o autor examina o poltergeist de vários pontos de vista.

Ele encontrou modelos que permitem traçar uma investigação, e procurou as causas dos poltergeist.

Os casos que têm bases em comum consistem em efeitos físicos espontâneos e repetidos, normalmente movimentos de objectos ou sons percussivos.

Além destas similitudes, há uma variabilidade que parece dever-se a outras circunstâncias, parapsicológicas e sociais do sujeito epicentro.

Diagnosticou-se a uma pequena proporção de agentes RSPK como enfermos nervosos (p.e. epilépticos), e algumas teorias e comentários foram expostos ao respeito (autores tais como Roll, Hyslop, Carrington, Rogo, Stevenson, Percia de Carvalho, Gauld & Cornell, Alvarado, Machado e Zollner).

No entanto, o poltergeist deveria ser mais do que uma simples extensão da neurologia.
Os fenómenos de RSPK são psicofísicos.

INTRODUÇÃO

Os fenómenos de Poltergeist, denominados mais correctamente como Psicocinésia Espontânea Recorrente 1, desafiam a inteligência humana faz séculos.

Apesar de que os vestígios históricos são cada vez mais imprecisos quanto mais recuamos no tempo, há antecedentes da existência de RSPK desde o século IX d.C., e mais precisamente no ano 856 2.

Só como curiosidade, é importante citar outro caso ocorrido no ano 856 d.C., na pequena cidade alemã de Binger, banhada pelo rio Rhin, onde se observou a queda de pedras, bem como outros ruídos perturbadores.

Os depoimentos atribuíam aos espíritos a causa de tais fenómenos.

Fizeram-se tentativas para acabar com os fenómenos através do exorcismo, que se mostrou inútil (Roll, 1974, p.2).

Outros casos foram registados nos anos 1184 no país de Gales (Roll, 1974, p.3), em 1682 em Great Island, New Hampshire (Roll, 1974, p.3);
em 1750, em Saxonia, caracterizado por pedras que caíram durante algumas semanas, onde um clérigo e suas irmãs foram vítimas;
em 1753, no mosteiro russo de Tzarekonstantinoff ruídos e golpes ocorriam sem interferência de mãos humanas;
em 1792 ocorreu um caso de RSPK em Londres, conhecido com o nome de "Cock Lane Case".

No século XIX, os relatórios passaram a ser mais numerosos e detalhados, até os casos mais modernos.

Por regra geral, os poltergeist estavam associados à presença, principalmente, de um jovem durante a etapa adolescente, com problemas afectivos reprimidos.

Essa pessoa é denominada pela parapsicologia "epicentro", ou simplesmente "agente psi" (Lessa, 1975, p.68).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 17, 2013 9:45 am

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CAUSAS DOS FENÓMENOS DE RSPK

Muito se discutiu e ainda se discute sobre as causas dos poltergeist.
Para alguns pesquisadores dos séculos XIX e XX, tais casos nunca passarão de fraudes ou farsas bem elaboradas.

Resumidamente, veremos as propostas elaboradas para explicar tais fenómenos:

1) Em 1913, Hyslop (1975, p.68) propôs que os casos de RSPK eram produto da fraude inconsciente ocorrido pela dissociação psíquica do agente psi.

2) Em 1922, Herenwald Carrington sugeriu que os Poltergeist seriam produzidos por uma espécie de energia irradiada pelo corpo do agente psi na puberdade, quando as energias da sexualidade estão em desenvolvimento em seus organismos.

Segundo Fátima Regina Machado (1994), esta hipótese "se adequa à maioria dos casos, já que a maioria dos agentes são adolescentes.

Mas não podemos esquecer que a história regista casos em que o agente não está na puberdade e, nesse ponto, podemos dizer que a teoria de Carrington é limitada."

3) Nas décadas dos 50 e 60, William Roll e outros atribuíam como causa dos Poltergeist, as tensões ou emoções reprimidas pelos agentes psi e exteriorizadas por eles, causando RSPK.

São consideradas típicas, as seguintes características do agente psi, examinadas em laboratório:
"A base intelectual era normal, mas seu desenvolvimento intelectual era bastante atrasado.

Sua tolerância à frustração era muito baixa.

Ele reagiu rapidamente aos estímulos, e com uma tendência a reacções histéricas;
era facilmente irritável.

Tinha indicadores de uma perda de controle e de integração (debilidade do ego).

A projecção era o mecanismo de defesa dominante.
Tinha uma tendência para dissimular e inventar quando ocorriam conflitos devidos à tensão.

Os conflitos entre suas altas ambições e seus limitados recursos, entre sua necessidade emocional de contactos e sentimentos de estar deslocado na sociedade, devem ser considerados para explicar a ‘descarga psicocinética’ de tensão agressiva para tirar os objectos do lugar como uma maneira inconsciente de resolver esses conflitos" (Jacobson, 1976, p.85-86).

4) Em 1969, William G.Roll apresentou uma importante hipótese sobre a causa dos poltergeist.
Estudando o Poltergeist que teve lugar em Newark, New Malha, Roll propôs a existência do "Campo Psi" (Psi Field).

Seria um campo de natureza electromagnética, centrado no agente psi e capaz de deslocar objectos ou causar outros distúrbios físicos psicocineticamente.

O Dr.John L.Artley efectuou um estudo que, junto a Roll, propuseram uma fórmula correlacionando o número de ocorrências em função da distância entre o ponto inicial de cada uma delas e o ponto onde está situado o agente psi.

De entre as variadas funções estudadas, a que melhor se adequava era a da declinação exponencial.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 17, 2013 9:46 am

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A fórmula proposta para o RSPK de Newark (Roll, 1969), foi: N= N1 e -K2 R, onde N= ao número de ocorrências; K1 e K2 são parâmetros constantes, associados aos pontos iniciais de distúrbios de R; e= é a base dos logaritmos neperianos; e R= a distância entre o epicentro e o início dos movimentos.

No caso da RSPK de Newark (Roll, 1969, p.148), os valores encontrados foram:
-0,1007 R, N= 20,4.e. No caso de RSPK de Miami, a função proposta foi: -0,115 R, N= 31,7.

No estudo realizado por Roll do Poltergeist de Miami (Roll, 1971), 36 movimentos psicocinéticos (Roll, 1973) foram seleccionados para a análise, de entre um total de 224.

Para Roll, o "feixe de energia" que move os objectos (energia RSPK) seria produzido dentro ou próximo ao agente psi.

Daí, estendendo-se aos objectos, esse os faz se movimentarem psicocineticamente, como uma espécie de "avalanche".
Esses punhados de energia 1a RSPK, seriam a base física dos Poltergeist.

Fizeram-se muitas críticas aos estudos de Roll.
Seu trabalho não é concludente nem se aplica a todos os casos de RSPK.

Mas apesar das críticas, trata-se de uma iniciativa importante em direcção ao entendimento das causas dos fenómenos de RSPK.

5) Na década de 70, Scott Rogo (1974), destacou a possibilidade de realizar uma abordagem terapêutica, para fazer cessar as manifestações PK.
Propôs também que a causa do Poltergeist estaria no grupo familiar implicado, e não só no agente psi. Daí a terapia grupal.

Essa proposição mostra um modo de fazer cessar o Poltergeist.
Mas não explicaria directamente suas causas.

6) Em 1972, o Dr.Ian Stevenson propôs que as causas dos Poltergeist seriam: (a) o agente psi, ou (2) espíritos desencarnados.
Stevenson (1972) confeccionou uma tabela relacionando as diferenças entre os dois casos sugeridos.

Como se pode ver, o Dr.Ian Stevenson não aclara as causas dos Poltergeist.

Só indica onde têm lugar:

7) Roll e outros (1978), propuseram correlacionar os Poltergeist com a epilepsia.
Eles descobriram que de 92 casos estudados, só quatro apresentavam sujeitos epicentros portadores de epilepsia.
Essa percentagem de apenas 4% era demasiado baixa para reforçar essa hipótese.

Essa ideia precisava ainda de maiores fundamentos.
Sobre o assunto, Gauld & Cornell (1979) escreveram que "... não se pode afirmar que tenha relação alguma entre o fenómeno e a doença."

8) André Percia de Carvalho (1991) sugere uma correlação entre factores sociais e culturais com os Poltergeist.

Dependendo do contexto religioso onde surja, o Poltergeist poderia apresentar características indicativas da acção de espíritos, de orixás, de demónios, etc.

A crença do grupo onde ocorre o Poltergeist, trabalharia como motivadora do agente psi ou do próprio grupo que definiria as responsabilidades de se estar produzindo aquele fenómeno.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 18, 2013 9:17 am

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Carvalho denomina a esse processo "Psicodinâmica dos Fenómenos Paranormais".
Esta seria uma forma através da qual psi se apresenta sobre um determinado contexto cultural num determinado indivíduo.

Carvalho chega a propor uma "Parapsicologia Comunitária".
Essa neurose cultural proposta por Carvalho, não explica a causa dos Poltergeist.

No que se refere às explicações psicológicas, há críticas contrárias.

Sobre isso, Carlos Alvarado (1993) diz:
"O facto de que alguns argumentos psicológicos sejam mais aceitáveis dentro de nosso paradigma científico actual não quer dizer que tenhamos que aceitar metodologias questionáveis.

É de esperar que futuros estudos mudem o campo da psicologia dos Poltergeist de maneira que os resultados da investigação sejam mais válidos e confiáveis."

9) Hernani Guimaraes Andrade, apoiando-se nas ideias do astrónomo e físico alemão Johann Karl Fredrich Zollner, da Universidade de Leipzig (Zollner, 19081975), propõe uma hipótese para explicar os casos de RSPK.

Viveríamos num espaço tridimensional que ao mesmo tempo estaria imerso num universo de quatro dimensões, habitado por "seres" inteligentes de quatro dimensões.

Seriam os agentes desencarnados (Guimaraes Andrade, 1972).
Esses seres manipulariam nosso mundo tridimensional, de fora para adentro, produzindo Poltergeist.

Para tanto, "utilizariam" agentes psi como intermediários.
A proposta de Andrade é muito complexa, e é adequada como uma explicação espiritista dos Poltergeist.

10) Durante o período inicial das investigações parapsicológicas, merece destacar-se uma etapa certamente importante, também conhecida como "período metapsíquico".

Foi nessa época (a fins de século XIX e princípios do século XX), que apareceram os famosos "médiuns de efeitos físicos".

Era o período das "materializações" e das ectoplasmias.
Muitas coisas importantes foram abandonadas por uma acusação de fraude. O "ectoplasma" era uma substância móvel e estranha, saída do corpo do "médium".

Há, ainda hoje, moldes em cera de mãos humanas, pés, rostos, etc. elaborados pelos "agentes desencarnados".

Nessa época, a ideia em voga era que os poltergeist eram produzidos para gerar RSPK.
Charles Richet (1922), William Crookes (Conan Doyle, 1952), e muitos outros homens ilustres, foram testemunhas de ectoplasmias.

A lista seria enorme para serem citados aqui.
Esta hipótese não é aceita actualmente.

Uma "esponja" foi passada sobre aquela época, onde tudo foi reduzido à fraude.
A história registra que, de facto, muitas fraudes ocorreram.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 18, 2013 9:17 am

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Mas, todos os fenómenos de PK daquela época seriam fraudulentos?

11) Os soviéticos V.M.Inyushim (1970), V.Grishenko (Inyuskin & Grishenko, 1960), N.Vorobed (Ostander & Schroeder, 1974, p.236), F.Gibaudlin e G.Sergeyev (1967), sustentavam e criam ter descoberto um plasma frito interpenetrando todos os meios biológicos.
Seria o "bioplasma".

Segundo seus descobridores, trata-se de um "corpo" constituído de plasma polarizado (íons e partículas juntas, caoticamente), diferente em cada ser vivo, em cada órgão, em cada tecido, e, possivelmente, em cada molécula orgânica, de maneira que o carácter específico determinaria a forma do organismo.

Sergeyev formulou uma hipótese bioplasmática da psicocinese.
Segundo ele, a mente e as emoções geram um poderoso efeito sobre o bioplasma, que poderia ser exteriorizado, polarizando os átomos dos corpos circundantes e assim, movendo-os (Ostrander & Schoreder, 1974, p.442).

Esta hipótese é semelhante à referida anteriormente.
Muitos desses estudos soviéticos foram publicados no Ocidente por Benson Helbert, no jornal titulado "Journal of Paraphysics".

Com a queda da União Soviética, essas investigações devem ter sido interrompidas.

Em 1978, Carlos Alvarado fez uma importante análise comparativo entre as investigações parapsicológicas soviéticas e as ocidentais (Alvarado, 1978).

Há uma grande semelhança entre as descobertas soviéticas e aqueles realizados durante o "período metapsíquico" da parapsicologia.

Segundo a parapsicologia soviética, seria o bioplasma. Pelo artigo de Alvarado, é possível estabelecer uma nítida identidade entre o "ectoplasma" de Charles Richet (em 1923), a "força psíquica" de J.W.Crawford (em 1918), a "força nervosa" de Emile Boirac (em 1918), etc., e o famoso "bioplasma" russo.

Alvarado sugere uma revisão daquelas investigações, no ponto em que foram abandonadas pelos metapsiquistas, como um caminho promissório para que não sejam repetidos os erros do passado.

12) O físico E.H.Walker (1972a, 1972b, 1975), formulou uma hipótese ampla de psi, incluindo a ESP e a PK.

Essa hipótese, uma extensão da "Teoria da Consciência" de Walker, está baseada no conceito de variáveis ocultas da mecânica quântica.

Sabe-se que a mecânica clássica coincide em que o estado futuro de um sistema físico pode ser determinado se tivéssemos uma descrição completa do estado precedente do sistema.

Em mecânica quântica, entretanto, um dado sistema se ramifica em dois diversos estados subsequentes possíveis e de acordo com uma interpretação da escola de Copenhagen, a descrição final ou o estado vector do sistema, incorpora todos os estados potenciais.

Por exemplo, quando se faz a mensuração ou a "observação" do sistema, o estado vector (também chamado vector estado] perde esta qualidade probabilística indefinida e fica "reduzido" a um estado real.

Desafortunadamente, o formalismo matemático da mecânica quântica não especifica o que é exactamente uma "observação", e estas dificuldades conduzem ao famoso problema da mensuração em mecânica quântica.

A tentativa de contornar esse problema é a introdução de "variáveis ocultas" que conduzirão a reconciliar as concepções, determinista e probabilística, no desenvolvimento do estado vector.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 18, 2013 9:18 am

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Essas variáveis ocultas não são concebidas para tornarem-se inacessíveis à mensuração física e funcionar independentes do espaço e o tempo.

A possibilidade de que a observação poderá causar um estado particular de um sistema físico, fora de outros muitos possíveis, sugere que os observadores do fenómeno não são independentes e estão associados uns a outros na medida em que eles devam coincidir com o estado final do sistema.

Esta "união" é mantida pelas variáveis ocultas, através da "vontade".

Desde que as variáveis ocultas não são "localizadas", não estão limitadas pelo espaço-tempo e são capazes de unir aos observadores que estão separados temporal e espacialmente.

A psicocinese é explicada como um processo onde a vontade do sujeito experimentador (variáveis ocultas), determina o colapso do vector estado de um sistema físico ao nível das partículas subatômicas, com estados potenciais microscopicamente diversos.

Como propõe Walker, "a psicocinese envolve o mesmo processo básico que a clarividência com uma mudança.

O sistema afectado não é um processo quântico do cérebro, senão o efeito produzido num processo físico que tem um carácter divergente.
A certeza no estado inicial do sistema imposto pela mecânica quântica, conduz a estados potenciais macroscopicamente diferentes" (Rao, 1977).

A hipótese de Walker é uma tentativa elegante e formal de explicar psi por meio de conceitos compatíveis com a física moderna, conciliando seus conhecimentos de Parapsicologia e de mecânica quântica, que é uma combinação invulgar.

Para Walker, os fenómenos psi devem envolver alguns processos físicos.
O trabalho de Walker (1972a, 1972b) é demasiado complexo como para ser descrito no espaço deste artigo.

CONCLUSÕES

No item anterior foram propostas de maneira muito resumida as principais hipóteses explicativas sobre as causas dos Poltergeist.

Nenhuma delas é capaz de explicar a RSPK.
Nenhuma foi o suficientemente provada de modo a converter-se numa "teoria geral do Poltergeist".

Algumas delas são meramente especulativas.

As hipóteses mais promissórias, por agora incompletas, são:
(a) a formulada por William G.Roll sobre o campo psi;
(b) aquelas formuladas pelos metapsiquistas, no início da Parapsicología;
e (c) a hipótese do bioplasma dos soviéticos, pouco conhecida no Ocidente.

Pelo jeito, elas têm algo em comum: uma "substância" (ou um campo) de natureza até agora ignorada e que poderia ser exteriorizada do corpo de alguns sensitivos.

Essa substância (ou esse campo) seria capaz de servir de "avalanche" (energia RSPK), produziria os Poltergeist e estaria associada à vontade inconsciente do agente psi, ou dentro do grupo implicado.

A questão central dos Poltergeist seria obter uma resposta à pergunta:
De que modo, factores psicológicos presentes na psique dos agentes ou dos grupos implicados, poderiam ser exteriorizados, actuando nos objectos materiais, deslocando-os?

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 19, 2013 9:59 am

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Qual é a fronteira entre a realidade material e a psíquica?

Carl G.Jung (Von Franz, 1994) propõe a existência de uma realidade única, comum ao psíquico e ao físico, por ele denominada unus mundus, ou o mundo uno, conceito que já existia na mente de alguns filósofos medievais.

Esse "mundo" postulado por Jung não pode ser visualizado por nós e transcende nossa apreensão consciente.

Entretanto, a respeito da questão central do estudo dos poltergeist, o autor escreveu:
"... cremos que a análise sistemática dos fenómenos de Psicocinese Espontânea nos levará a uma nova visão do universo.

Importa-nos, portanto, que meticulosos registos se façam, uns depois de outros, com paciência e exactidão, até que uma enorme quantidade de dados sejam acumulados.

Somente então, no meio dessa massa de registos, fortaleceremos os meios capazes de construir uma teoria."
(Tinoco, 1989).

REFERENCIAS

ALVARADO, C.S. (1978). ¿Descubrimientos psíquicos tras la cortina de hierro?: La parapsicología soviética a la luz de la historia de la investigación psíquica. Psi Comunicación 4, No.7-8, pp.19-28.-

ALVARADO, C.S. (1993). Avaliacoes psicológicas de sujeitos poltergeist. Revista Brasileira de Parapsicologia 2, pp.32-34.-
CONAN DOYLE, A. (1952). El Espiritismo: Su Historia, Sus Doctrinas, Sus Hechos. Schapire: Buenos Aires.

GUIMARAES ANDRADE, H. (1972). Materia Psi. O Clarim: Matao, SP.
GAULD, A. & CORNEL, A.D. (1979). Poltergeist. Routledge & Kegan Paul: Londres.

GRISHENKO, V. & INYUSKIM, V.M. (1968). Sobre la esencia biológica del efecto kirlian (Concepto de plasma biologico). Universidad de Kirov, Kasaque (Ed.): Alma Ata [em russo].

HYSLOP, J.H. (1913). Poltergeist phenomena and dissociation. Journal of the American Society for Psychical Research 7, pp.1-56.-

INYUSKIM, V.M. (1967). Posibilidades de estudiar tejidos en descarga de alta frecuencia; influencia biológica de la luz roja monocromática. Universidad de Kirov (Ed.): Alma Ata [en ruso].

INYUSKIM, V.M. (1970). Plasma biológico del organismo humano con animales. Sloboda: Praga [en ruso].

JACOBSON, N.O. (1976). Vida sem morte. Editora Nórdica: Río de Janeiro.

LESSA, A.P. (1975). Precognicao. Livraria Duas Cidades: Sao Paulo.

MACHADO, R.F. (1994). Um fantasma en minha casa? Revista Brasileira de Parapsicología 4, pp.8-15.-

OSTRANDER, S. & SCHROEDER, L. (1974). Experiencias Psiquicas Alem da Cortina de Ferro. Cultrix: Sao Paulo.

PERCIA DE CARVALHO, A. (1991). As Casas Mal-Assombradas. IBRASA: Sao Paulo.

RICHET, Ch.(1922). Traite du Metapsychique. Alcan: Paris.

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