LUZ ESPÍRITA
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Casos de Reencarnação

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Casos de Reencarnação - Página 35 Empty Re: Casos de Reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 02, 2013 9:58 pm

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Com muita frequência, os pais ouvem uma criança falando sozinha e, às vezes, conversando com adultos, e se referindo a uma vida anterior.

Em muitos desses casos, o menino ou a menina afirmam ter tido uma vida anterior, às vezes como adultos, em outra cidade, e falam a respeito de suas famílias, suas casas e bens.

Como é natural, muitas vezes os pais procuram visitar tais lugares, para verificarem se a pessoa viveu realmente ali.

O resultado é que, antes que posa entrar em cena um pesquisador objectivo, chega à imprensa a notícia de tais factos.

Inevitavelmente, as afirmações e a verificação ficam tumultuadas com o sensacionalismo e, portanto, desvirtuadas e obscurecidas.

Isso pode não ter acontecido no caso do suposto renascimento de um menino libanês, Imad Elawar.

Com efeito, o menino não foi – ou voltou – à aldeia onde vivera anteriormente, até que o Dr. Stevenson entrasse em cena.

O pesquisador também teve a sorte de poder separar a interpretação dos pais das primeiras declarações do menino, o que lhe deu a oportunidade de reduzir tais declarações à sua pureza original.

Isso se tornou possível porque o Dr. Stevenson, em meados de março de 1964, fora à aldeia de Kornayel, a 15 milhas a leste de Beirute, com a intenção de investigar um outro acontecimento.

Foi por puro acaso que ficou sabendo do caso de Imad, então com cinco anos de idade, e que, quando ainda não tinha dois anos, afirmara ter vivido anteriormente em outro lugar, Khriby.

As duas aldeias ficavam a quinze milhas de distância uma da outra, havendo pouco contacto entre elas, pois a comunicação só se podia fazer por estradas muito sinuosas, que atravessaram a montanha, elevando o percurso para 25 milhas.

A investigação de Stevenson começou no dia 16 de março, quando os pais do menino lhe deram a sua versão das supostas lembranças de uma vida anterior por parte de Imad.

As notas de Stevenson incluem não somente as afirmações de Imad, mas também a tentativa dos pais de dar uma certa ordem àquelas lembranças, de estabelecer um sentido lógico nas palavras desconexas do menino.

O mal, como logo conclui o Dr. Stevenson, era que os pais não conseguiam distinguir entre as verdadeiras afirmações da criança e suas próprias conclusões e interpretações.

Diz ele que, embora se esforçasse ao máximo para saber exactamente o que Imad dissera, “seus pais me transmitiam algumas das deduções a que eles próprios tinham chegado, em seu esforço de encontrar alguma coerência para o caso”.

E acrescenta: “Como se patenteou, contudo, os erros de interpretações cometidos pela família de Imad contribuíram valiosamente para provar a sua sinceridade e também a improbabilidade de que eles próprios tivessem sido a fonte ou um canal das informações dadas por Imad”.

O menino afirmava ter feito parte de uma família chamada Bouhamzy, e Stevenson procurou descobrir se ele podia ter tido informações a respeito de tal família por intermédio de viajantes, factos que em seguida dramatizaria em falsas “lembranças” de uma vida passada.

Imad afirmava lembrar-se, não somente de sua família, como do lugar onde vivera.
Dizia que se chamara “Mahmoud”.

Eram muito frequentes as referências a uma mulher chamada “Jamile”, que o menino descrevia como bela e bem vestida, usando um vestido vermelho que ele lhe dera e sapatos de salto alto.

Imad também se referia a uma “irmã” chamada Huda, assim como a homens cujas relações com ele eram obscuras, embora se referisse vagamente como “irmão”, com um ar de camaradagem pela cultura comum.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 02, 2013 9:59 pm

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Entre eles estavam Amim, Mehibe, Adil, Talil ou Talal, Said, Toufic, Salim e Kamel.
Referia-se especificadamente a um amigo cujo nome seria Yousef el Halib.

Observa o Dr. Stevenson que a família do menino presumia que ele pretendia ter sido um tal Mahmoud Bouhamzy, de Khirby, “cuja mulher se chamava Jamile, e que fora mortalmente ferido por um caminhão, depois de brigar com o seu motorista”.

Imad, contudo, não dizia realmente que fora vítima de um acidente com um caminhão, mas que apenas se lembrava do acidente nitidamente.

Falava com entusiasmo de Jamile, comparando-a mesmo com a sua mãe actual, mas não dizia que fora casado com ela.

Nem, na verdade, se referia aos vários homens e várias mulheres como seus irmãos e irmãs no sentido rigoroso, como ligados por laços de sangue.

Os pais tinham chegado à conclusão que Imad, como Mahmoud Bouhamzy, fora atropelado por um caminhão, e, com ambas as pernas esmagadas, morrera em consequência dos ferimentos.

O Dr. Stevenson, porém, queria verificar in loco todas a sinformações, e resolveu ir a Khirby.

Assim, no segundo dia de sua estada, partiu de carro para a aldeia onde Imad teria passado a sua vida anterior, em companhia do menino e de seu pai.

Durante a viagem, Imad deu novas informações sobre a sua encarnação anterior.

Stevenson anotou que o menino dissera, antes, quarenta e sete afirmações, e mais dez durante a viagem em questão.

Feita a verificação, o pesquisador constatou que cinquenta e uma delas foram confirmadas posteriormente.

O Dr. Stevenson descobriu, contudo, que aqueles detalhes não se aplicavam a ninguém chamado Mahmoud Bouhamzy.

Embora residisse em Khriby um homem com aquele nome, nada lhe havia acontecido: estava bem vivo.

No entanto, um certo Said Bouhamzy havia sofrido um acidente fatal, mais ou menos da maneira que o menino parecia se lembrar.

Foi nesse ponto de investigação que o Dr. Stevenson resolveu separar o trigo das verdadeiras afirmações de Imad do joio das deduções de seus pais.

Durante uma segunda viagem a Khirby, conversou com o filho do homem que morrera no acidente.

E, à medida que surgiam novas afirmações, Stevenson notou que elas convergiam para uma terceira pessoa: Ibrahim Bouhamzy.

Esse homem não se casara, mas tinha uma amante chamada Jamile.
Embora provavelmente tivesse assistido ao acidente e à morte de Said, Ibrahim Bouzamzy morrera tuberculoso, aos 25 anos de idade.

Said fora seu amigo, até a data do acidente, 8 de junho de 1943, e Ibrahim ficou, como salientou Stevenson, “muito afectado” pela trágica morte do amigo.

Além das provas das informações confirmadas, os pesquisadores da reencarnação procuram o reconhecimento de pessoas e lugares de uma vida anterior.

Quando Imad tinha 4 anos, saiu a passeio com a avó.
De repente, correu para junto de um estranho e abraçou-o.

“Você me conhece?” – perguntou o homem, espantado.
E Imad respondeu: “Conheço, o senhor era meu vizinho”.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 03, 2013 9:55 pm

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Na verdade, o tal homem tinha morado em Khirby, e fora vizinho de Ibrahim Bouhamzy.

Até então, o pai de Imad não levava a sério suas conversas sobre uma vida anterior;
a partir de então, a família passou a dar muita atenção às suas lembranças de Khirby.

Em um artigo sobre o caso, na revista Theta (primavera-verão de 1967), publicada pela Fundação de Pesquisas Psíquicas, um dos colegas do Dr. Stevenson na escola de Medicina da Universidade de Virgínia, o psicólogo Dr. J. G. Pratt, observou que, durante várias viagens a Khirby, Imad “não identificou particularmente bem as casas e ruas da vila”, mas acrescentou:
“Ele apontou, através do vale, para a casa onde disse que morava, mas, ao mesmo tempo, chamou a atenção para uma casa que não era a correcta.

(Ele também apontou correctamente para a direcção da aldeia onde Jamile tinha morado).

Não reconheceu casas situadas perto de onde Ibrahim morara, mas os habitantes de Khirby disseram que o aspecto do local havia mudado muito.

O dado mais importante da prova de reconhecimento foi a de saber se Imad reconheceria pessoas que Ibrahim conhecera e pormenores no interior de ‘sua’ casa”.

Durante a viagem a Khirby, Imad foi levado à casa de Ibrahim Bouhamzy – presumivelmente “sua” própria casa na existência anterior – e o Dr. Stevenson contou 16 identificações ou declarações correctas.

Entre essas, estava a afirmação de que em “sua” casa havia um fogão de querosene, o que era correto:
havia um fogão de querosene em casa de Ibrahim, e nunca tinha havido fogão semelhante em casa de Imad.

Também estavam correctas referências a cabras, ferramentas, 2 telheiros usados como garagens, um “carrinho” amarelo, etc.

Observou o Dr. Pratt, que a exactidão de tais afirmações e “o facto de que, em grande parte, tais informações não podiam provir de coisas vistas na casa (que estava fechada há vários anos) tornam muito mais aceitáveis a veracidade de seu conjunto”.

Concluiu o Dr. Pratt que havia “uma relação real entre as ‘lembranças’ de Imad e as experiências de Ibrahim Bouhamzy”.

O Dr. Pratt analisou da seguinte maneira o valor do material colhido no caso:
“A primeira questão, naturalmente, consiste em saber se as declarações e os reconhecimentos correctos feitos por Imad se ajustam, realmente, às circunstâncias da vida de Ibrahim até um grau que ultrapasse uma possibilidade razoável de correspondência.

De certo modo, a resposta a essa pergunta é uma questão de critério pessoal.
Só posso dizer que, levando em conta os factos relativos ao caso, tal como me foram apresentados, a minha resposta à pergunta é claramente positiva.”


Examinando a possibilidade de um embuste ou de uma fraude, Pratt acha que o Dr. Stevenson “levou plenamente em consideração os factos pertinentes a essa questão, e seus argumentos mostram que os mesmos pesam contra a hipótese de fraude suficientemente para que possamos rejeitar tal eventualidade”.

Ambos os pesquisadores concordam que não há motivo plausível para “considerar o caso como fraude”, particularmente porque a visita e o interesse demonstrado por Stevenson constituíram uma completa surpresa para a família Elawar.

Não teria, porém, Imad obtido informações relevantes de maneira normal, depois as esquecido e, finalmente se lembrado delas, como se fossem lembranças de uma vida anterior?

Pratt e Stevenson concluem que o intercâmbio entre Kornayel e Khriby era muito limitado, para permitir que se filtrassem informações tão específicas como as que Imad parecia possuir.

Teria sido Imad Elawar, de facto, Ibrahim Bouhamzy em uma vida anterior?

Tendo rejeitado tanto a probabilidade de fraude como a de lembranças recalcadas durante um certo tempo, o próprio Dr. Stevenson conclui:
“Resta saber se se trata de alguma espécie de percepção extra-sensorial acrescida de personificação (quando a informação obtida pelo espírito é apresentada sob uma forma pessoal dramatizada), de possessão (por uma entidade espiritual, presumivelmente a de Ibrahim) ou de reencarnação”.

Com os conhecimentos científicos da actualidade é muitas vezes impossível distinguir essas manifestações;
a reencarnação, como a explicação mais provável, é fortalecida por esse tipo de investigação científica in loco.

Notas: [1] Creio ter havido um erro do tradutor, pois o nome do livro é “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”.
(Nota de Vitor Moura Visoni)

§.§.§- O-canto-da-ave[/i][/i]


Última edição por O_Canto_da_Ave em Sáb Ago 03, 2013 9:57 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 03, 2013 9:56 pm

O Caso Antónia

Este caso inclui uma quantidade simplesmente assombrosa de elementos históricos que foram verificados, de dificílimo conhecimento mesmo para especialistas da área.

Este caso, que é o caso “Antonia”, foi apresentado de forma resumida por Stephen Braude em seu recente livro “Immortal Remains. The Evidence for Life After Death”
(Stephen Braude. Rowman & Littlefield Publishers, inc. Lanham, Boulder, New York, Oxford. 2003 - páginas 190-198, e 222-224).

Trata-se de um caso que se desenvolveu nos anos 70 e 80 do século XX, e que foi relatado pela primeira vez em 1990 pela pesquisadora, uma psicanalista que estava “tratando” de uma mulher que alegava ter começado a relembrar uma vida no século XVI.

As lembranças começaram após algumas sessões hipnóticas de “regressão”, e passaram posteriormente a se tornar um problema, o que levou a paciente a buscar “tratamento”.

A psicanalista acreditava que as lembranças eram inverídicas, e ao investigar começou a perceber mais e mais que o que estava se passando era justamente o contrário:
a paciente estava fornecendo relatos históricos de alta qualidade e precisão.

O link ao lado apresenta um resumo do artigo publicado pela psicanalista em questão: http://www.katinkahesselink.net/other/rein_r.html

E eu coloco abaixo, em português, os trechos pertinentes do livro de Braude (2003) sobre o caso, para que os interessados possam tomar contacto inicial com tal material.

4. O Caso Antónia

Este caso é difícil de classificar.

Provavelmente, nós deveríamos vê-lo como um exemplo aparente de reencarnação, com o fenómeno emergindo através da regressão hipnótica a vidas passadas ao contrário da conduta espontânea da criança submetida.

Naturalmente, casos de regressão são problemáticos.

Alguns terapeutas pensam que se eles conseguem ligar os problemas actuais a uma vida passada, e especialmente se eles conseguem livrar os pacientes de seus problemas, então isto demonstra a validade das histórias dos pacientes.

Infelizmente, muitos leigos não vêem que este é simplesmente um non-sequitur, e não percebem que a hipnose não fornece nenhum acesso garantido ou de confiança à verdade.

De facto, como um largo corpo de pesquisa documentou em detalhes, está claro que a hipnose frequentemente libera uma criactividade e uma imaginação latente da pessoa
(veja, por exemplo, O'Connell, Shor, & Orne, 1970; Orne, 1951, 1972; Spiegel & Spiegel, 1978; e a discussão da regressão no capítulo 4).

Além disso, essa criatividade pode exagerar o conteúdo de que o sujeito se esqueceu e que a hipnose ajuda a resgatar, e isso levar uma pesquisa considerável para demonstrar que nada paranormal estava ocorrendo (veja Venn, 1986, para um bom exemplo).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 03, 2013 9:57 pm

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Não obstante, nós não devemos ser cépticos cegos a respeito de regressões hipnóticas.

Como o presente caso mostra, a hipnose pode conduzir a um comportamento que aparentemente não pode ser explicado em termos de capacidades latentes e para o qual algum tipo de hipótese psi parece imperativo.

Este caso é também difícil de sumariar momentaneamente, porque é excepcionalmente rico em detalhes intrigantes, e porque não pode ser avaliado sem considerar aqueles detalhes com cuidado.

O nome da paciente é Laurel Dilmen, e seu relato de uma vida passada foi investigado pela psicoterapeuta Linda Tarazi (Tarazi, 1990).

Laurel nasceu e cresceu na região de Chicago durante a Depressão, e ela viveu nessa vizinhança toda sua vida.

Após ter frequentado escolas públicas, ela graduou-se na Universidade Noroeste com diploma em educação.

Sua ascendência é alemã e seu fundo religioso é luterano, embora na idade de 20 ela tenha se tornado uma Metodista.

Laurel ingressou na sua carreira de professora depois de alguns anos no show business, e na época do relato de Tarazi ela estava casada com duas crianças.

Na década de 70 Laurel investigou a hipnose para controlar o peso e dores de cabeça.

Ela participou de alguns grupos amadores de hipnose, na qual Tarazi também entrou, e eventualmente eles e também alguns outros membros passaram a explorar as regressões a vidas passadas.

Durante o primeiro round de sessões hipnóticas de Laurel, ela relatou vidas anteriores pertencentes a uma variedade de períodos históricos e de posições geográficas.

Mas a que lhe interessou mais, e a que a fez retornar, era aquela de uma mulher espanhola do décimo-sexto século chamada Antónia.

Durante oito sessões conduzidas entre junho 1977 e janeiro 1978, Laurel deu muitas informações sobre a vida de Antónia.

Três anos depois, entre junho de 1981 e março de 1983, Tarazi conduziu mais trinta e seis sessões, a qual ela gravou e transcreveu.

Devido à história de Antónia ser uma aventura romântica carregada de erotismo, Tarazi inicialmente acreditou que a regressão de Laurel era pura fantasia, enraizada em criptomnésia e nas demandas características do experimento hipnótico.

E de facto, Tarazi primeiramente encontrou a maioria dos factos que Laurel forneceu pela consulta a livros de história e enciclopédias, “ainda que com dificuldade” (Tarazi,1990, p. 311).

Mas Laurel também mencionou nomes e eventos que Tarazi foi incapaz de descobrir no momento, e como sua investigação progrediu, ela descobriu que Laurel estava fornecendo uma quantidade enorme de detalhadas e excepcionais informações obscuras sobre o período e o local da alegada vida de Antónia.

Ocasionalmente, aquelas informações entravam em conflito com fontes de autoridades, mas Tarazi posteriormente confirmou as alegações de Antónia quando caçou ainda mais obscuras e confiáveis fontes de informação.

Interessantemente, ela nunca foi capaz de encontrar a evidência de uma pessoa que combina a descrição de Antónia e a história alegada.

Entretanto, se a história de Antónia for verdadeira, esse facto não seria especialmente notável.

E a história certamente parece extraída de um romance.
De facto, em 1997 Tarazi publicou a história de Antónia como 650 páginas narradas em primeira pessoa (Tarazi, 1997).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:13 pm

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De acordo com Antónia, seu nome completo era Antónia Michaela Maria Ruiz de Prado, e ela nasceu em 15 de novembro, 1555, na ilha de Hispaniola de um oficial espanhol e sua esposa alemã.

Após a morte da mãe em 1569, Antónia foi levada para a Alemanha pelo seu tio Karl, um ex-padre que havia deixado o clero para se casar.

Pelo tempo em que Antónia chegou ele era um professor universitário e viúvo, e com sucesso deu para sua sobrinha seu amor para aprender e sua liberdade de pensamento.

Em 1580 Karl e Antónia mudaram-se para Oxford, e embora Karl tivesse então abandonado o catolicismo, nunca impôs seus pontos de vista em Antónia, que permaneceu uma católica devota.

Após a morte de Karl, Antónia foi à Espanha se unir a seu pai (António) na estalagem que ele agora possuía e controlava em Cuenca.

Mas quando chegou lá em maio 1584, aprendeu que seu pai tinha morrido dez dias antes e que a estalagem estava seriamente em débito.

Apesar de seu luto, Antónia trabalhou duramente para integrar-se na comunidade e para fazer da estalagem um sucesso.

Antónia era inconsciente que a Inquisição a tinha observado cuidadosamente durante este período.

De facto, porque seu pai tinha sido um amigo próximo do inquisitor Arganda, a Inquisição soube bastante sobre Antónia no momento em que ela chegou na Espanha.

O moribundo António tinha temido que sua filha não se sairia muito bem sozinha, e Arganda prometeu cuidar dela como se fosse sua própria filha, pelo menos enquanto isso não entrasse em conflito com seus deveres como Inquisidor.

Como um gesto final de confiança (ou talvez de ingenuidade), António entregou as cartas de sua filha a Arganda.

Aquelas heresias detalhadas do tio Karl e sua tradição de livre pensamento para com Antónia foram expostas.

Mas António também sabia que as cartas documentaram a lealdade de sua filha ao Catolicismo.

Ele esperava que Arganda ficaria impressionado com isto e imaginou que embora Antónia tivesse sido exposta a ideias inaceitáveis, ela permaneceu firme em sua devoção à Igreja e à Espanha.

Arganda e seu companheiro Inquisidor ficaram, de facto, impressionados pela pieguice de Antónia e sua lealdade a Espanha.

Eles também ficaram impressionados com sua beleza sensual.

Mas permaneceram com suspeitas de seu fundo religioso, ela falhou em confessar voluntariamente para a Inquisição (Antónia não tinha atentado que aquilo era a lei), e suas associações com indivíduos suspeitos.

Então eles invocaram Antónia três vezes para um intenso questionamento típico, e uma vez a prenderam.

Após diversos meses na prisão e uma confissão completa, Antónia pagou uma multa pesada, cumpriu outras penalizações, e retornou eventualmente ao seu negócio.

Normalmente, uma apreensão pela Inquisição teria desgraçado Antónia e todos os seus descendentes.

Mas devido à sua relação especial com um dos Inquisidores (mais sobre isso posteriormente) e um importante favor pessoal que ela executou para o outro, um frasco cheio de tinta foi “acidentalmente” derramado, seu livro.

Como resultado, nos registos da Inquisição, apesar de escrupulosamente detalhados, não possuem nenhuma menção a Antónia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:14 pm

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Antónia perdeu sua virgindade em torno da idade de vinte e nove anos, quando um homem a tomou pela força na câmara de tortura.

O erotismo deste episódio despertou todas as suas paixões e revelou suas tendências masoquistas.

Ela secretamente havia amado este homem antes, e agora caía loucamente de amor por ele e eventualmente lhe nasceu um filho.

Seu relacionamento evoluiu desde a auto-indulgência cheia de desejo para um profundo todo-consumir de união física e espiritual.
(Este aspecto romântico e erótico da vida de Antónia era desigual de qualquer coisa relatada durante outras regressões a vidas passadas de Laurel.)

Juntos, viajaram extensamente e apreciaram muitas aventuras, incluindo o encontro com Satanistas e piratas, e culminando em uma visita ao Peru, onde Antónia se encontrou com seu tio anteriormente desconhecido, o inquisitor Juan Ruiz de Prado.

Em sua viagem do retorno, Antónia afogou-se perto de uma pequena ilha do Caribe.

Seu amante tentou desesperadamente salvá-la, quase afogando-se no processo.
Naturalmente, Tarazi quis saber se a história de Antónia era verdadeira.

Reivindicou que a narrativa de Antónia está correcta para muitas centenas de factos históricos mencionados através das quarenta e quatro sessões hipnóticas.

Muitos dos factos e das figuras históricas são prováveis de serem conhecidas por qualquer bom leitor por exemplo, a existência de um Inquisição espanhola e de um Armada espanhola, e os monarcas a rainha Elizabeth e a rainha de Mary de Scots.

Além disso, Tarazi estimou que cinquenta ou sessenta detalhes do historia espanhola, inglesa, ou holandesa eram relativamente fáceis de encontrar nos livros e enciclopédias por exemplo, a respeito de Don Bernadino de Mendoza (embaixador espanhol da Inglaterra) ou Duque de Parma.

Entretanto, é difícil de ver como alguém poderia espontaneamente relacionar estes factos, ou fornecê-los como resposta às perguntas directas, sem uma instrução substancial em história europeia do décimo-sexto século e uma memória muito boa.

Além disso, outros 25 a 30 factos altamente especializados foram localizados com enorme dificuldade.

Mesmo aqueles publicados em inglês, foi necessário checar na Biblioteca Pública de Chicago, Biblioteca Newberry, e diversas Biblioteca universitárias (Northwestern, Northeastern, Loyola, DePaul, Universidade de Illinois, e Universidade de Chicago) para verifica-los todos.

Exemplos incluem:
Data da primeira publicação da Edição da Fé na ilha de Hispaniola;
leis espanholas que governam o transporte às Índias, tipos de navios usados no Atlântico e no Mediterrâneo, e detalhes sobre eles;

datas e índices dos índex espanhóis de livros proibidos e como eles diferiam do índex romano;
nomes de padres executados na Inglaterra em 1581 e 1582, e os métodos de execução;
e informações sobre um colégio em Cuenca.


Sobre uma dúzia de factos que pareciam não terem sido publicados em inglês mas tão somente em espanhol.

Alguns só poderiam ser encontrados no Municipal e outros nos Arquivos da Diocese em Cuenca, Espanha (Tarazi 1990, pp.316-317).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:14 pm

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Concernido que a aparente obscuridade destes factos meramente reflectiam sua falta de perícia em história, Tarazi enviou um questionário para nove professores para as seis maiores universidades na área de Chicago.

Para cada um dos sessenta factos alegados, perguntou a probabilidade de um não-historiador ser capaz de encontrar as informações reveladas por Antónia.

Sete dos nove professores responderam, e as respostas confirmaram as suspeitas de Tarazi que Antónia de facto estava fornecendo informações extremamente recôndidas.

Algum do material concernente a Cuenca é especialmente interessante.

Em dois dos itens do questionário Laurel contradisse autoridades espanholas, e em ambos os casos a pesquisa mostrou que ela estava correcta.

A descrição de Antónia da construção do edifício da Inquisição não batia com a fornecida pelo Governo.

Mas Tarazi encontrou um obscuro livro espanhol em Cuenca, que mencionou que em dezembro de 1583 o Tribunal se moveu do endereço dado pelo Escritório de Turismo para um velho castelo negligenciando a cidade.

Aquele evento ocorreu cinco meses antes de Antónia reivindicar ter chegado em Cuenca (em maio 1584), e a descrição do castelo por Antónia é muito precisa.
Além disso, em uma visita seguinte a Espanha em 1989, Tarazi encontrou a informação adicional nos arquivos episcopais que corresponderam também à referência dos clientes de Antónia.

A faculdade de Antónia em Cuenca foi também controversa.
Tarazi e os professores de historia pensaram que esta parte seria fácil de verificar. Mas não foi.

Tarazi não encontrou nenhuma faculdade em Cuenca, nem referência alguma em nenhuma das enciclopédias, história, ou nos livros de viagem.

Até mesmo o arquivista nos Arquivos Municipais afirmou nunca ter ouvido falar de uma faculdade lá..
Mas Antónia insistiu que os estudantes da faculdade se encontraram regularmente em sua estalagem.

Então na sugestão de um consultante na Universidade Northwestern, Tarazi chamou a Universidade de Loyola e foi dito que se houvesse uma faculdade em Cuenca, isso deveria ser mencionado em um trabalho antigo de sete volumes em espanhol (Astrain, 1912-1925).

No volume 2 (pp. 131, 595) desse trabalho Tarazi encontrou referências à fundação de uma faculdade em Cuenca no meio do décimo sexto século.

Ela considera, plausivelmente, que “mesmo uma pessoa que leia espanhol não seria provável vadear atrás deste tomo a menos que envolvida em pesquisa histórica”; (Tarazi, 1990, p. 321).

Uma discordância similar ocorreu com a afirmação de Antónia que em Cuenca havia somente dois inquisidores.
Isto opôs à opinião de peritos de Tarazi que devem ter havido três inquisidores e que a Inquisição usou sempre três.

Mais uma vez, Antónia estava certa.
Durante o período que Antónia reivindicou ter vivido em Cuenca, 1584 a 1588, havia somente os dois inquisidores que ela mencionou
(Ximines de Reynoso e de Arganda).

Antes daqueles haviam os três habituais.

Talvez a parte mais interessante da história de Antónia diga respeito à sua reivindicação de que, por um momento, ela se transformou na amante de um dos inquisidores.

Inicialmente, Antónia resistiu e tentou apelar ao senso do Inquisidor de honra como um agente consciencioso da igreja.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 9:22 pm

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Como ela disse, “Você pode acreditar honestamente que um pecado tão intencional e deliberado não alterará suas decisões como Inquisidor?”

Eu pedi friamente.
Ele assinalou:
“Eu suponho que de algum modo isso já tenha ocorrido.

Ao rever meus casos recentemente, eu observei que eles indicam uma visão bem mais leniente da fornicação desde que eu decidi me dar a esse luxo.
Para mim a libertinagem estava tão óbvia que eu temi que pudesse despertar suspeitas na Suprema.

Eu suponho que eu terei que rever meus severos julgamentos
(Tarazi, 1990, p. 339)

Os registos da Inquisição em Cuenca parecem sustentar isto.

Durante o período em que Antónia reivindicou ser o objecto de desejo do inquisidor, houve um declínio afiado na percentagem das pessoas condenadas pela fornicação.

Presumivelmente, aqueles presos por fornicarem foram sendo liberados por evidência insuficiente ou a sentença foi suspensa.

Os dados são interessantes.
Em 1582, 73% daqueles presos por fornicarem foram condenados.
Em 1583 era 75%.
Em 1584 (mas antes da chegada de Antónia): 60%;
para os cinco meses seguintes: 10%;
para o fim do ano (quando ela estava sob suspeita): 100%.

Então em 1585, quando Antónia trabalhou para os inquisidores e teve seu caso com um deles, os dados são de 11%.

Em 1586 era 35%, e em 1587 era 50%.
Apesar de Tarazi não ter encontrado nenhuma evidência que Antónia sequer tenha existido, eu devo observar de que ela sequer olhou alguns registos.

Tarazi discutiu que se a história de Antónia fosse verdadeira, é altamente improvável que aqueles documentos cruciais tenham sido feitos, ou que tenham sobrevivido.

Antónia afirmou ter nascido em uma plantação isolada em Hispaniola e baptizada numa pequena igreja local pequena cujo nome ela não conseguia lembrar.

É também improvável que haveria registos de sua união por um padre não oficial na casa de seu marido, ou de sua morte por afogamento numa ilha não denominada no Caribe.

Tarazi não era apropriadamente cautelosa sobre não existir nenhuma menção de Antónia nos registos de outro modo meticulosos e exactos da Inquisição.

Ela observou que a explicação de Antónia para isto, enquanto plausível, parece suspeitamente conveniente.

Ela escreveu, quando eu verifiquei os registos da Inquisição, não encontrei nenhum número faltante onde seu fólio devia estar, e lhe perguntei sobre isto.

Disse que os inquisidores tinham previsto provavelmente o desejo de eliminar seu arquivo e deram-lhe provavelmente uns números idênticos a outro, mas com um “A” após ele de modo que não houvesse nenhuma abertura no registo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 9:22 pm

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Uma verificação mostrou que esta prática certamente esteve seguida às vezes, embora provavelmente não geralmente para esta razão. (Tarazi, 1990, p. 323)

Alan Gauld mantém justificadamente suspeitas sobre o valor da evidência deste caso.

Um interesse é a possibilidade que Laurel leu uma vez (e então se esqueceu mais tarde) uma obscura novela rica em detalhes históricos do período.

Certamente, existe um precedente para isto;
existe ao menos um pequeno corpo de evidência para este tipo de criptomnésia, o caso “Blanche Poynings”
(Dickinson, 1911; veja também Kampman, 1976; Kampman & Hirvenoja, 1976).

Entretanto, a busca de Gauld para tal novela foi bem mal sucedida.
Tarazi, do mesmo modo, não encontrou nenhum livro com a informação relevante.

Para razões do espaço, eu não posso revisar todas as considerações que conduzem Tarazi a desconsiderar as usuais (e incomuns) explicações para este caso.

Recomendavelmente, ela parece sensível aos subterfúgios psicológicos relevantes, e parece ter investigado com cuidado as profundezas de Laurel para determinar a probabilidade de fraude ou de criptomnésia.

Para ver porque ela desconsidera tais opções, eu incito os leitores a olharem de perto o relatório de Tarazi e examinar seu sumário detalhado da história de Laurel.

Mais uma vez, nosso interesse tem que ser acompanhado da viabilidade de uma motivação a uma explicação por super-psi, supondo as dúvidas usuais e incomuns tenham sido eliminadas.

E nessa conexão, o que falta particularmente é a falta da evidência, não somente para a existência de Antónia, mas também para seu tio Karl.

Eu sou extremamente grato a Gauld por isso.
Com sua tenacidade e fertilidade de recursos habitual, ele embarcou em uma busca cuidadosa pelos indícios de Antónia e Karl na Inglaterra.

Supõe, razoavelmente, que tais traços existiriam dadas as afiliações académicas de Karl e o alegado activismo político de Antónia.

Mas essa busca, também, não retornou nada.3
Talvez na luz do caso Patience Worth, nós deve ser especialmente cuidadosos ao tratar o caso de Antónia como a evidência da sobrevivência.

Ambos Pearl e Laurel exibiram quantidades surpreendentes de conhecimento oculto.
No caso de Pearl, de história bíblica.

Agora não é difícil imaginar porque Laurel (ou qualquer um) possa ser motivado a ser obcecado por uma história de vida altamente romântica, aventuresca e erótica.

Mas como Tarazi reconheceu, psicodinamismos não esclarecem o material factual da história.

Considerando a exactidão, a abundância, e obscuridade dos detalhes, e suas disparidades e variadas fontes, eu acho que é muito favorável dizer que positivamente super psi neste caso cria o problema de mutilada complexidade de uma forma especialmente aguda.

Mais alguns detalhes valem a pena mencionar.

Para enfatizar a dificuldade de adquirir as informações relevantes por meios normais, Tarazi escreve, Mesmo algum material das bibliotecas americanas seria difícil para ela obter.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 9:23 pm

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Não somente eram os livros velhos, raros, altamente especializados, e em uma língua que L.D. não leria, mas eles continham muitas citações do 16' século espanhol que apresentam um problema para os falantes médios do espanhol nativo e mesmo para os professores espanhóis que eu contactei.

Não havia somente pouquíssimos livros;
quiçá, aproximadamente 30 contribuíram com factos novos, (o p. 329)

Além disso, Tarazi anotou que este caso era impressionante desde o começo, tanto na especifidade das informações como no modo em que foram reveladas.

Visto que outras regressões de Laurel tiveram uma qualidade nebulosa, “Antónia veio como uma mulher orgulhosa, independente que sabia exactamente quem, que, e onde ela estava” (Tarazi, 1990, p. 320).

O hipnotista de Laurel para a primeira parte das sessões era uma pessoa nascida, criada, e educada na Holanda, com um bom domínio da história holandesa.

Seus apontamentos questionando Antónia conduziram a algumas revelações interessantes desde cedo. Tarazi escreve, a maioria de pessoas que sabem a história holandesa do período diriam, assim como tantos livros fazem, que o governador naquele tempo era o duque de Parma.

Inquirido sobre isto, Antónia disse que era o filho de Margaret de Parma, mas não o duque. Estava correta para essa data.

Alexander Farnese não sucedeu a esse título até 1586. (o p. 320)
Isso ocorreu na primeira sessão de Laurel.

Também nessa sessão ela demonstrou conhecimento de algumas batalhas em que seu pai tinha afirmado ter participado em 1567-1569, sob Don Fernando de Toledo que, ela reivindicou, era então o regulador espanhol.

O hipnotista disse-lhe que estava errada: o duque de Alva era regulador então.
Respondeu: “Naturalmente. Isto é um título. Eu dei seu nome.”

O título é muito mais conhecido.
Mesmo alguns livros de história negligenciam em dar seu nome.

Era a exactidão extrema dos numerosos detalhes que afectaram a “vida” de Antónia;
junto com a ignorância relativa dos eventos contemporânea não conhecidos que apresentou um contraste tão intrigante logo na primeira sessão, (p. 320)

Essa troca antecedente é interessante por uma outra razão.
Ilustra porque Tarazi desconsiderou explicações conformes nos termos de características hipnóticas familiares e demandadas da regressão.

Laurel nitidamente resistiu sobre pressão de seus interlocutores, nesta e em outras ocasiões, para dar respostas em que eles incentivaram ou acreditavam estar correctos.

De facto, Tarazi concordou em aceitar Laurel como uma cliente porque ela quis ajuda-la a libertar-se de sua preocupação com Antónia, que lhe havia conduzido a negligenciar outras pessoas e actividades em sua vida actual.

Tarazi esperava convencer Laurel que esta vida passada era fantasia pura e que o amor experienciado reportado por Antónia era meramente um material de ficção e sonhos.

Seu plano, ao menos inicialmente, era confrontar Laurel com os erros em sua descrição dos factos.
Algumas das emoções de Laurel (ou Antónia) durante suas regressões são notáveis também.

Tendem a reforçar a convicção que suas respostas não eram fruto da sugestão e da conformidade hipnótica.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 9:23 pm

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Por exemplo, quando viu o edifício identificado incorrectamente por autoridades espanholas como esse que abriga o tribunal da Inquisição, ela ficou atordoada.

Todos os presentes observaram sua dramática mudança no estado de ansiosa para uma depressão profunda.

Nunca lhe ocorreu questionar as autoridades.
Na renúncia quieta disse que sua história inteira deve ter sido imaginação, (p. 329)

Mais tarde, Tarazi encontrou o obscuro livro espanhol, contendo a informação correcta, na biblioteca de Newberry.

Laurel reivindicou nunca ter visitado Newberry, e adicionalmente, a biblioteca de lá não circula livros, e mantém um registo de todos os visitantes.

Eventualmente, Tarazi usou a hipnose para ajudar seu cliente esquecer da história de Antónia.

Pediu que Laurel, sob a hipnose, vivesse para fora da parte inacabada da vida de Antónia, dizendo lhe que o filho de Antónia não tinha morrido e que Antónia tinha sido salva de seu afogamento próximo.

Tarazi sugeriu, adicionalmente, que Antónia e seu amante retornaram para a Espanha e viveram umas vidas saudáveis lá.

Laura foi conivente com as sugestões, e a estratégia terapêutica de Tarazi parecia ter dado certo.

Laurel perdeu finalmente seu desejo ter umas regressões mais adicionais, e fez exame de um interesse renovado em sua própria vida.

Mas o que é notável é que sua história recentemente fantasiada era de uma qualidade tão inteiramente diferente quanto original.

Nenhum facto novo podia ser produzido.
Nenhuma mais aventura ocorreu...

As maiorias das descrições eram bem menos vividas e faltava a emoção da narrativa original, (p. 328)
Curiosamente, talvez, existe pouca evidencia de xenoglossia neste caso.

Tarazi disse que Antónia não falou espanhol espontaneamente, e apenas um pouco de latim e espanhol em resposta.

Sensivelmente, Tarazzi não forneceu detalhes das poucas aparentes instâncias de xenoglassia nas respostas.

Mas ela notou que pessoas falantes de espanhol na sessão disseram que Antónia pronunciou palavras espanholas e nomes muito bem.

Mais ainda, Antónia “recitou as rezas requeridas pela inquisição em latim, referiu aos métodos especiais de fazer o sinal da cruz, o signo e o santiguado, desconhecidos da maioria dos padres espanhóis de hoje, e compôs palavras e cantou uma canção em Latin” (p. 323).

No mínimo, isso não é o que se esperaria de uma pessoa com ascendência alemã e com um fundo religioso luterano ou metodista.

NOTAS

1.
Compare this to the medium Hafsteinn Bjornsson going through the motions of using snuff, mentioned in chapter 2.

1. Compare isto com o médium Hafsteinn Bjornsson fingindo usar o rapé, mencionado no capítulo 2.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 9:23 pm

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2. Almeder reports this inaccurately, and he's apparently too generous in his de scription of Bishen Chanel's tabla-playing ability. He claims that both Bishen Chanel and Laxmi Narain played the tablas “skillfully” (Almeder, 1992, p. 7). But 1 find no comparable claims in the source material.

2. Almeder relata isto de modo impreciso, e ele é aparentemente muito generoso em sua descrição da habilidade de jogar (dominó? damas?) de Bishen Chanel.

Ele afirma que ambos Bishen Chanel e Laxmi Narain jogaram
(dominó? damas?) “muito habilidosamente” (Almeder,1992.p.7).
Entretanto eu não encontrei afirmações comparáveis na fonte do material.

3.  I can only gape in admiration at Gauld's industry and command of the rele vant material. He filed two reports with me on the matter. Although they overlap somewhat, both deserve to be quoted at length. In his first report, Gauld writes,There are no hints of [Antonia or Karl] either in Conyers Read's Mr. Secretary Walsingham (3 Vols., Oxford UP, 1925) - Walsingham was Elizabeth's spy-master, and Read treats the plots in detail. I searched the Calendar of State Papers (Domestic), 1581-90, which lists quite a lot of Catholics who were arrested for suspect activities, but no-one around Jan. 1854 seemed to be a possible Antonia-candidate. Likewise with the corresponding Cal. S.P. (Foreign)...There is quite a lot of Mendoza's correspondence in Vol 86 of Coleccidn de documentos ineditos para la historia de Espana (112 vols), but it is mostly with Philip II and a bit above the routine work ot spies....

I also looked at Anthony a Wood's Fasti Oxonienses 3”' edn (enlarged), London F.C. and J. Rivington, etc., etc., 1815. Had Uncle Karl been an accredited scholar visiting Oxford, he would have been admitted to the University under one heading or another. The only remotely possible German candidate I could discover over the relevant period (indeed there were only two Germans altogether) was one Hieronimus Schlick, Count of Passan or Passaun and Lord in Weiskerchen (Weiskirchen, Weisskirchen), neither of which places I have been able to locate with certainty, who was admitted to the degree of B.D. on 4lh May 1579no College listed and one doesn't know how long he stayed in Oxford. The Alumni Oxonienses adds a bit morehe had studied (elivinity) for two years in the University of Prague and five in Lips, and had been Rector of the University of Marpurg. Heironimus translates as Jerome so he is not a Karl; I can't identify Passaun (Passau?) Or Weiskirchen, though standard German biographical works mention various distinguished Schlicks who were counts of those regions; however, Lips (Liptzi, Lipsi) is Leipzig, so he scores two out of three universities, which is curious. No elate of death is given, which I think there would have been had he dice! in Oxford or even Englanda death elate around 1584 would have set one thinking (maybe he appears in the burial registers of sonic Oxford church).  Had he changed from Catholicism to (say)  Lutheranism it would have been between Prague and Leipzig (Leipzig and Marburg were both in Lutheran territory), not between Heidelberg (Catholic) and Oxford. He wrote a Latin pamphlet in 1578 which, from its title, appears to be a justification of his resigning from the Rectorship of Marburg, but I haven't looked for the original yet. (personal communication, October 21, 2000) In his second report, Gauld summarizes his results as follows.Firstly Antonia: Had Antonia been detained (and then escaped!) around the time of the Throckmorton plot as a suspect Catholic agent, I should think there would have been a fair chance that she would have been mentioned in the standard records, especially if she had been disguised as a man [These were claims made by AntoniaSB]. Walsingham's network was pervasive and he was particularly keen on tracking down anyone who might have had dealings with Mary Queen of Scots. The Calendar of State Papers (Domestic), 1581-90 mentions many suspects who had been arrested or were under observation, especially around the times of the various plots, but there is no hint of Antonia. Nor is there any in Conyers Read's three volumes on Walsingham, or in Alan Haynes's Invisible Power: The Elizabethan Secret Services 1570-1603 (1992). Walsingham's published diaries end in April 1583. The Calendar of State Papers, Spanish, Elizabeth has got quite a lot of Mendoza's correspondence with Philip II, which is mostly above the level of common agents, though one letter (26' Nov 1583) refers to a list of sympathizers who have been apprehended sent by Mendoza in his previous letter (Nov. 18vh). But this letter isn't there (along with lots of other Mendoza letters)....

As for Uncle Karl: Had Uncle Karl been a distinguished scholar, attending lectures etc. at Oxford he would have had to have been incorporated into the University (i.e., accepted into Oxford University in whatever rank or status he had achieved in his own University). This was done either by direct incorporation (mostly for very distinguished persons) or by the award of an appropriate degree. Persons thus incorporated are listed, with a few details about them, in Anthony a Wood's Fasti Oxonienses (3r edn. enlarged 1815). For the relevant period (widely interpreted) I can only find two candidates, that is to say persons from German-speaking lands.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 9:25 pm

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They also appear in the Alumni Oxonienses (standard Oxford biographical dictionary up to 1886). They are Johann Barnardus, a Moravian of University College (B.D. 1583, aged 28), who is said to have afterwards gone into Scotland to study at Universities there, and Heironymus Schlick, Count of Passan or Passaun (which, it appears from other sources, may be Bassano in N. Italy), Lord in Weiskerchen (Weisskirchen, etc.) who received his B.D. in 1579 but does not seem to have been attached to a college.Only the latter appears to be even a remotely possible candidate for Uncle Karl. From the above-mentioned works one gathers that he studied for two years at the University of Prague (Catholic), five at Leipzig (Protestant), and at least one at Marburg (Protestant), where he became rector (he published a religious pamphlet in 1 578). There is a little bit more about him in A. Clark (ed.) Register of the University of Oxford, Vol. II, 1571-1622, Part 1 (Oxford Historical Society, 1887), p. 377. His family had suffered a lot in the wars of the Schmalkaldic League, he came to the University recommended by great princes, and he studies at Oxford for several months in theology, “audiendo legendo disputando et concionando [speaking before audiences].”

There is a lot about the Schlick (or Schlik) family, which seems to have been rather distinguished, in Biographische Lexicon der Kaiserthums Oesterreich (Vienna), vol. 30, 1875.
There are no Karls, but our Heironymus appears briefly on p. 111. No birth or death dates are given for him, but it is apparent that, as a zealous Protestant convert and proselytiser he was a bit of a black sheep in his Catholic family. He married Anna Salomao, Grafin v. Oettingcn but had no progeny.
This Heironymus has some curious points of similarity with Uncle Karl.
He bad been to three of Uncle Karl's four universities, he travelled a lot, be was a convert from Catholicism to Protestantism, and he was married but left no progeny. None the less I think there are nearly decisive objections. He does not seem to have stayed long at Oxford.
He has the wrong Christian name.
And since his father only married in 1547 he could have been at most only a few years older than Antónia.
Even worse, he could not have had a sister, at any rate a legitimate one, who could have had a child old enough to be Antonia (unfortunately the extensive genealogical trees in the article leave out the females of the line).
I did enquire about Oxford burial registers which might have shown Heirony-mus's death had that been in Jan 1584 and in Oxford. Unfortunately there are about thirty Parish Churches whose records would require searching, and in addition the various Colleges kept their own! I haven't got that much time, and I rather think that if he had died in Oxford so soon after coming there, that fact would have found its way into the printed records, (personal communication, December 5, 2000)

Nota do tradutor: vou terminar esta parte por volta de junho de 2008. Aguardem!

4. Eu sou muito agradecido a Mary Rose Barrington por me lembrar disto.

5. Eu encorajo os leitores a examinarem o relato de Hyslop (ou as reproduções mais acessíveis em Gauld, 1982, e Rogo, 1987), para apreciarem quão próximas as correlações são.

6. Tucker (Tucker, 2000) aplicou uma razoável escala de força-do-caso para 799 ostensivos casos de reencarnação.

Apesar de isto não nos ajudar muito a escolher entre as explicações de sobrevivência e super-psi, oferece evidência adicional que os casos mais fortes requerem algum tipo de explicação paranormal.

Por exemplo, Tucker encontrou intrigantes correlações entre os casos fortes e diversos factores (por exemplo, distância em quilómetros entre a criança tratada e a personalidade prévia, grau de associação entre o sujeito e a família da personalidade prévia antes do desenvolvimento do caso e as habilidades ou aptidões incomuns relacionadas a uma vida precedente).

Algumas dessas correlações são ao menos consistentes com uma explicação paranormal (ou mais especificamente, uma reencarnação), e algumas vão contra o que uma explicação não-paranormal prediria.


§.§.§- O-canto-da-ave
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