LUZ ESPÍRITA
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 28, 2012 9:10 am

Carlos Alberto Iglesia Bernardo

Caros Amigos,

Na questão do "Espiritismo e a Internet", levantada pelo Jacques e tão bem respondida pelo David e pelo Sérgio (boletim 280), gostaria de colocar alguns comentários adicionais, algumas ideias que tem sido discutidas vez por outra nos boletins e que se relacionam com a questão.

O Espiritismo tem uma característica um pouco diferente de outras doutrinas e filosofias, ele é dinâmico, é uma doutrina aberta aos avanços científicos, as transformações sociais, as mudanças no panorama dos conhecimentos gerais do homem.

Kardec assentou as bases de uma doutrina capaz de estar frente a frente com a razão e com a ciência em todas as épocas da humanidade.

E ele estabeleceu tais bases firmando-as no estudo, na pesquisa, em uma nova visão do complexo relacionamento entre nós e o mundo que nos rodeia, tanto material quanto espiritual, visão profundamente enraizada na certeza de que o homem evolui e, na medida que o faz, adquire novas possibilidades de compreensão e conhecimento.

Eis porque o Espiritismo não pode estagnar, não pode fechar-se em um corpo ortodoxo, em uma "pureza doutrinaria" inatingível - porque suporia a capacidade de uma pessoa, ou instituição, englobar "todo" o conhecimento "possível" acerca da doutrina e ser capaz de discernir "sem falhas" quando algo novo é Espiritismo e quando não é.

O Espiritismo é vivo, e se os últimos 150 anos só tem confirmado as bases que Kardec lhe deu, tem também lhe dado novos detalhes, novas nuances, que caracterizam que a doutrina não está parada no tempo - Quem na época de Kardec imaginaria os vastos panoramas da vida espiritual descortinados por André Luiz, Camilo Castelo Branco e tantos outros?

Cremos que exista um núcleo comum entre todos os Espíritas:
a Codificação Espírita levada a cabo por Kardec;
os novos conhecimentos acrescentados neste século e meio de historia, reconhecidos de comum acordo por todos (por exemplo, a obra mediúnica de Francisco Cândido Xavier).

Mas alem desse núcleo, há as regiões de fronteira - onde o conhecimento se faz, se cria - que ainda não estão consolidadas, mas que com o tempo serão "incorporadas" ao conhecimento comum, que serão transformadas ou compreendidas mais claramente (a TCI por exemplo).

Nessas regiões também colocaria as transformações resultantes da interacção entre os Espíritas e as sociedades em que vivem, como por exemplo, a imensa obra assistencialista levada a cabo pelos Espíritas brasileiros e o seu aspecto "mais religioso" do que o apresentado pelo movimento espírita europeu.

Pois bem, eis mais um papel da Internet, um foro de discussão, de ligação entre todos que se dedicam ao estudo da doutrina, a pesquisa de suas novas fronteiras, a aplicação dos conhecimentos já firmados.

A Internet elimina as barreiras físicas e estabelece a ligação que permite que as noticias corram rapidamente o mundo, que novas ideias sejam apresentadas e debatidas, que exemplos sejam conhecidos e seguidos, que resultados sejam checados e validados.

Nela estamos todos próximos, todos em condição de conhecer o que se passa nos vários cantos deste nosso mundo.

A vida "na Internet" é sem duvida alguma um tanto mais "fria" que o contacto humano directo, mas quem na nossa época tão agitada teria condições de dedicar-se continuamente - no mundo "real" - a trocar ideias com os irmãos que estão em outras cidades, em outros países, e em outros continentes?

Como conseguir, com tanta eficiência, colocar em contacto espíritas que residem nas Américas, na Europa, na Ásia, na África e na Oceania?

Como formar uma cultura espírita mundial, que sem descartar as nuances psicológicas de cada povo, é consequência directa do carácter universal dos ensinamentos dos Espíritos?


Um outro aspecto importante é o seu papel de terreno neutro para os debates:
Em que outro ponto poderíamos reunir, de maneira que apenas as ideias importem, uma comunidade tão heterogénea - um das provas da riqueza espiritual da doutrina - como é hoje a Espírita?

Eis que na Internet conseguimos, de forma rotineira, ver trocas de ideias entre Espíritas com tendências religiosas, Espíritas com visão laica da doutrina, Espíritas voltados a uma actuação mais assistencialista, Espíritas mais dedicados aos aspectos científicos, Espíritas de temperamento místico, ...

- Enfim todas as possibilidades de Espíritas decorrentes da infinita variedade de personalidades humanas com que Deus brindou a humanidade.

Essa cooperação de pontos de vistas diferentes, essa aproximação de ideias, essa fraternidade nos estudos, não parece muito frequente em outros terrenos!

O pensamento liberal, criação dos filósofos europeus no período das guerras religiosas entre católicos e protestantes, baseou-se na compreensão de que a razão humana é limitada, que as diferenças entre a visão de mundo que cada um tem, tornam impossível a uniformidade absoluta.

A nós nos cabe fazer dessas diferenças uma oportunidade de crescimento e não de rixas intermináveis.

Algo talvez difícil no nosso dia-a-dia, pois que normalmente convivemos com quem nos compartilha as ideias, mas perfeitamente possível na rede electrónica.

Kardec nos recomendou "Espíritas, Instruí-vos" e a Internet é mais uma ferramenta para isso.
Ferramenta excepcional que merece o nome de "espaço de comunicação" apresentado pelo Luiz no boletim 278.

Atenciosamente, Carlos Iglesia
(Publicado no Boletim GEAE Número 282 de 3 de março de 1998)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 28, 2012 9:11 am

Apostila do Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS

As evidências históricas a favor da reencarnação nos colocam diante de uma realidade insofismável:
não foi a Doutrina Espírita que inventou a Teoria da Reencarnação.

A ideia da reencarnação, com outras designações (Palingênese, Transmigração da alma, etc.), é muito remota.
Vamos encontrá-la nas civilizações mais antigas do globo.
Na Índia, no Egipto, na Pérsia, as ideias reencarnacionistas têm prevalecido desde os primórdios da civilização.

O papiro Anana (1320 a.C.) demonstra a idéia entre os egípcios:
"O homem retorna a vida várias vezes, mas não se recorda de suas prévias existências, excepto algumas vezes em um sonho.
No fim todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas."

Pitágoras, Sócrates, Timeu de Locres, Buda, Empedócles, Apolônio de Tiana, Heródoto, Plotino, Porfírio, Jâmblico, todos defendiam esse princípio.

Conta-se que quando Pitágoras foi apresentado a couraça que pertencera ao soldado Euphorbus, herói da guerra de Tróia, ele entrou em transe e disse:
"Eu fui esse homem".
E passou a recordar-se de várias existências.

Muitas religiões se hão se baseado na crença das vidas sucessivas:
o Bramanismo, o Budismo, o Druidismo, etc.
O Cristianismo primitivo não fugiu à regra.
Traços marcantes desta doutrina se nos deparam nos Evangelhos.

REENCARNAÇÃO NOS EVANGELHOS

Em várias passagens dos Evangelhos aparece claramente a ideia da reencarnação, mas Allan Kardec examina três, que ele considerava como as mais importantes:

1ª) "Após a transfiguração, seus discípulos então o interrogaram desta forma:
Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?
- Jesus lhes respondeu:
É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve.

Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Baptista que ele falara."
[Mateus-XVII-13] [Marcos-IX- 13]

A consideração de que João Baptista era Elias está presente várias vezes no Evangelho, reforçando a ideia de que muitos judeus tinham simpatia pela Teoria de Palingenética.
Se fosse erróneo este pensamento, certamente Jesus o teria combatido, como fez em relação a vários outros.

2º) "Ao passar, viu Jesus um homem que era cego desde que nascera; - e seus discípulos e fizeram esta pergunta:
Mestre, foi pecado deste homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego? - Jesus lhes respondeu:
não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo;
mas para que nele se patenteiam as obras do poder de Deus."
[João-IX-34]

A pergunta dos discípulos:
"foi algum pecado deste homem que deu causa aquele nascesse cego?" revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença se cometido antes do nascimento, portanto numa existência anterior.

3º) "Ora, entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, senador dos Judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:
Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.

Jesus lhe respondeu:
em verdade, em verdade, digo-te: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
[João-III-12]

Não há dúvidas de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo e forma.
Donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 28, 2012 9:13 am

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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

Além das evidências históricas e religiosas da reencarnação, discute-se, hoje, várias evidências de cunho científico, o que levou o parapsicólogo Hernani Guimarães Andrade a afirmar:
"Dentro de mais alguns anos, a Palingênese deixará de ser encarada como crença religiosa e passará a ser estudada exclusivamente como mais uma lei da natureza."

As principais evidências científicas da reencarnação são:

- Génios Precoces
São crianças prodígios, que desde a mais tenra idade mostram possuir conhecimentos de tal ordem à respeito de temas os mais diversos que seria impossível explicá-los sem a certeza de que viveram antes.

Amadeus Mozart tocava piano aos 3 anos e violino aos 4 anos sem nunca ter visto um.

Pierino Gamba foi maestro aos 11 anos.
Pascal, matemático francês discutia matemática e geometria aos 12 anos.

Miguel Angelo, com a idade de 8 anos, foi dispensado pelo seu professor de escultura porque este já nada mais tinha a ensiná-lo.

Kardec examinando a questão pergunta aos benfeitores como entender este fenómeno [LE-qst 219] e eles dizem:
- "Lembrança do passado, recordação anterior da alma."

Recordação Espontânea de Vidas Passadas

Caracteriza-se pelo facto de pessoas, especialmente crianças passarem a se recordar espontaneamente de vidas anteriores.

Vários pesquisadores têm-se dedicado ao estudo deste fenómeno, tentando confrontar as declarações das pessoas com factos reais que poderiam confirmar as informações.

Dois desses pesquisadores se destacaram nos últimos anos:
Prof. Benerjee, director do Instituto Indiano de Parapsicologia da Índia, que chegou a catalogar mais de 1000 casos comprovados de recordação de existências passadas e o Dr. Ian Stevenson, notável neurologista americano que escreveu [Vinte Casos que Sugerem Reencarnação].

Regressão de Memória a Vidas Anteriores

Inúmeros casos têm surgido de pessoas que passam a relatar vivências anteriores durante o fenómeno, hoje relativamente comum, de regressão de memória.

No final do século passado, o pesquisador francês Alberto Rochas, realizando experiências com regressão de memória conseguiu levar uma das suas pacientes a uma existência precedente.

A partir daí vários outros cientistas, em diversas partes do mundo, começaram a desenvolver essas técnicas, conseguindo anotar milhares de referências concordantes com o princípio da Palingênese.

Recentemente, este processo foi desenvolvido com fins terapêuticos, onde psiquiatras espiritualistas se utilizam de técnicas apropriadas para, através da regressão de memória, dissolverem condições neuróticas de pacientes psiquiátricos.

Esses processo, ainda no campo experimental, portanto não aceite pela Ciência Oficial, recebeu o nome de T.V.P. (Terapia de Vidas Passadas).

Pluralidade X Unicidade das Encarnações

A reencarnação se baseia nos princípios da misericórdia e da justiça de Deus.

Na misericórdia divina, porque, assim como o bom pai deixa sempre a porta aberta a seus filhos faltosos, facultando-lhes a reabilitação, também Deus - através das vidas sucessivas - dá oportunidade para que os homens passam corrigir-se, evoluir e merecer o pleno gozo de uma felicidade duradoura.

Emmanuel chega a dizer que "a reencarnação é quase o perdão de Deus."

Na lei de justiça, pois os erros cometidos e os males infligidos ao próximo devem ser reparados durante novas existências, a fim de que, experimentando os mesmos sofrimentos, os homens possam resgatar seus débitos, passando a conquistar o direito de serem felizes.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jun 28, 2012 9:13 am

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A unicidade das existências é injusta e ilógica, pois não atende às sábias leis do progresso espiritual.

É injusta, porque grande parte dos erros humanos é resultante da ignorância e, numa só vida, não nos é possível o resgate de nossos erros, principalmente quando o arrependimento nos sobrevem quase ao findar da existência.

É preciso que se dê oportunidades ao arrependido para que ele comprove sua sinceridade através das necessárias reparações.

É ilógica, porque não pode explicar as gritantes diferenças de aptidões das criaturas desde sua infância;
as ideias inatas, independentemente da educação recebida, que existem nuns e não aparecem em outros;
os instintos precoces, bons ou maus, não obstante a natureza do meio onde nasceram.

As reencarnações representam para as criaturas imperfeitas valiosas oportunidades de resgate e de progresso espiritual.

Só a pluralidade das existências pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade das aptidões, a desproporção das qualidades morais, enfim, todas as desigualdades que ferem a nossa vista.

Fora dessa lei, indagar-se-ia inutilmente porque certos homens possuem talento, sentimentos nobres, aspirações elevadas, enquanto muitos outros só tiveram em partilha tolices, paixões e instintos grosseiros.

A influência dos meios, a hereditariedade, as diferenças de educação não bastam para explicar essas anomalias.

Vemos os membros de uma mesma família, semelhantes pela carne e pelo sangue, educados nos mesmos princípios, diferençarem-se em bastantes pontos;
personagens célebres têm descendido de pais obscuros e destituídos de valor mora.

Para uns a fortuna, a felicidade constante e para outros a miséria, a desgraça inevitável?
Para estes a força, a saúde, a beleza;
para aqueles a fraqueza, a doença, a fealdade?

Porque a inteligência aqui e a imbecilidade acolá?
Porque há raças tão diversas?

Umas inferiores a tal ponto que parecem confirmar com a animalidade e outras favorecidas com todos os dons que lhes asseguram a supremacia?

E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as deformidades, todos os infortúnios que enchem os hospitais, os albergues nocturnos?

A hereditariedade não explica tudo e muitas aflições não podem ser consideradas como resultados de descuidos, excessos e invigilância.

Por que também as crianças mortas antes de nascer e as que são condenadas a sofrer desde o berço?

Certas existências acabem em poucos anos, em poucos dias, outras duram quase um século.

Os que defendem a unicidade das existências afirmam que isto se deve ao acaso ou constitui-se um mistério divino.

Mas quando passamos a admitir a ideia de que já vivemos muitas vezes e voltaremos a viver outras tantas, tudo se esclarece, tudo se torna compreensível e Deus, Justo, Bom e Caridoso cresce diante do homem.

Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos -
Allan Kardec
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
3) O Problema do Ser, do Destino e da Dor - Leon Denis
4) A Reencarnação e Suas Provas - Carlos Imbassay
5) Reencarnação - [Gabriel Dellane
6) Depois da Morte - Leon Denis
7) A Memória e o Tempo - Hermínio Miranda

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Reencarnação - Estudos e Evidências - Página 2 Empty Insensibilidade humana: até onde ela vai?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 29, 2012 9:50 am

O caso de Terri Schiavo

A história da americana Terri Schiavo, 41, que morreu no final do mês após ter sido retirado o tubo de alimentação que a mantinha viva, comoveu o mundo, desencadeando um debate global sobre a vida humana.

Ela se encontrava em estado vegetativo persistente há 15 anos, quando seu cérebro sofreu sérios danos após uma parada cardíaca, e seu marido, Michel Schiavo, havia conseguido na Justiça americana o direito de pôr fim à sua vida.

Os pais de Terri, Bob e Mary Schindler, recorreram a todas as esferas da Justiça americana para conseguir que a filha voltasse a receber alimentação, sem sucesso.

Diante da história de Terri, fica a pergunta:
uma vez perdida a consciência, perde-se também o que torna a vida humana um bem sagrado?

Veja o que nos diz Gilson Luís Roberto, presidente da Associação Médico-Espírita do Rio Grande do Sul:
- “Vivemos hoje dentro de uma linguagem social, a sociedade pós-moderna, ou, em linguagem económica, a chamada sociedade pós-industrial.

Momentos esses caracterizados pela superficialidade da vida, com perda dos referenciais éticos e morais, onde predomina o individualismo e o niilismo, além de um constante vazio existencial.

A sociedade encontra-se perdida, não existe mais o certo e o errado.
Hoje em dia, dentro de uma sociedade competitiva, as atitudes inconvenientes são consideradas “normais”, e as atitudes certas e sérias são desconsideradas ou taxadas de “ingenuidade”.

Sem discernimento, o homem torna-se inseguro, excessivamente preocupado com seu ego e em amontoar os valores materiais em detrimento do espiritual.

É uma época de conflitos e paradoxos.
“Junto ao aumento do conforto material e do avanço da Medicina no alívio das doenças físicas, o ser humano torna-se mais infeliz e as doenças emocionais aumentam assustadoramente.

Chegamos nesse momento em decorrência do materialismo-utilitarista, e o que nos assusta, nesses dias decisivos, é o grande egoísmo e a insensibilidade humana, provocando um desrespeito profundo pela vida e pelo ser humano.

Tudo se justifica nesta sociedade superficial, perdida no meio de tantas informações, onde muitos trocam a vida real, que exige uma consciência lúcida e corajosa, pela vida virtual e irreal, onde tudo é possível.

“O caso de Terri Schiavo vem ilustrar de forma dolorosa até onde estamos indo com a nossa insensibilidade e superficialidade.
A vida humana cumpre uma finalidade, bem além daquela de simplesmente respirarmos.

Não estamos aqui em passeio, mas cumprindo uma programação evolutiva.
A Terra é um instituto de tratamento e cada reencarnação é um processo terapêutico para o espírito que, através das experiências dolorosas, busca se libertar do seu passado de culpas e erros e, assim, conseguir organizar o seu futuro de paz e evolução.

Precisamos ter uma posição mais firme em defesa da vida e da possibilidade do espírito ter o direito de realizar os seus anseios de liberdade espiritual, por mais difícil que nos pareça a vida.

“No mundo, embora atados a suplícios anónimos e a sacrifícios redentores, é onde encontramos a escola bendita do reajuste.

Cada experiência vivida é oportunidade divina que muitas vezes desconsideramos, para mais tarde, entre lamentos e choros, arrependidos pelos momentos perdidos, solicitarmos nova oportunidade, buscando aflitivamente a felicidade de voltarmos à Terra através de novo processo reencarnatório para novas lutas e sacrifícios.

“Um grande absurdo foi a afirmativa dos médicos que cuidam de Terri de que ela poderia viver até duas semanas sem o tubo de alimentação sem sentir desconforto da sensação de fome ou de sede devido seu estado vegetativo.

Que estado “vegetativo” é este onde a pessoa continua vivendo e é capaz de expressar seus sentimentos numa linguagem não verbal?
Mesmo que aceitássemos a ideia de uma situação vegetativa absoluta, o que não se confirmou no caso de Terri, como ficaria o sofrimento do espírito que sente, ouve e acompanha todo o processo em que se encontra, recebendo e sentindo os pensamentos daqueles com quem convive?

“As pesquisas científicas demonstram que até as plantas possuem sensibilidade e que respondem a estímulos dolorosos, o que dizer de um ser humano.

É estranhável que em pleno desenvolvimento científico a demonstrar as reacções da vida intra-uterina, do pensamento holográfico, de mente não localizada, da comunicação em rede etc., onde a ciência vem rompendo com a visão cérebro-concêntrica, alguns ainda defendam o pensamento mecanicista e reducionista que a vida está apenas nos neurónios.

Deixar uma pessoa morrer de fome e sede é no mínimo desumano, principalmente se essa pessoa é deficitária.

Não se faz isso nem com os animais!!


“Até onde iremos, com a desculpa do tecnologismo e modernismo, em nosso egoísmo e insensibilidade?”


O Dr. Gilson Luis Roberto, da AME-RS, dá sua opinião sobre o caso de Terri Schiavo - matéria publicada na Folha Espírita em abril de 2005

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Reencarnação - Estudos e Evidências - Página 2 Empty O Espiritismo Exige Responsabilidade

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 29, 2012 9:51 am

Antonio Sérgio C. Picollo e Elio Mollo

Dentre as principais finalidades de um Centro Espírita, destacam-se, o amparo, o esclarecimento e o consolo, à luz da Doutrina Espírita, que se fornecem a todos os irmãos necessitados que o procuram.

Em primeiro lugar é óbvio que se algum espírita pretende ajudar alguém, à luz do Espiritismo, é necessário que ele conheça seus fundamentos básicos.

E neste ponto que verificamos que surgem muitos problemas, de forma muito comum, em diversos Centros Espíritas de todo o [Brasil].

Infelizmente, muitos dirigentes e trabalhadores da Seara Espírita não conhecem a fundo (às vezes, nem superficialmente) as obras básicas do Espiritismo codificadas por Allan Kardec e por isso mesmo tornam-se inaptos a orientar algum necessitado, ou mesmo a proferir uma palestra sobre Espiritismo.

Parece-nos que muitos ainda não conhecem aquelas velhas frases:
“Temos de começar pelo começo” ou “Não se inicia a construção de uma casa pelo telhado, e sim pelo alicerce”.

É comum constatarmos que diversos Centros Espíritas e Federações de alguns Estados, em seus cursos básicos de Espiritismo, ou até mesmo em palestras abertas ao público em geral, releguem as obras de Kardec a um segundo plano, dando franca preferência a outros livros psicografados.

E ainda orientam pessoas iniciantes na Doutrina a começarem a ler esse tipo de literatura que, queremos deixar bem claro, são importantes, louváveis e de inestimável valor, porém, para aqueles que já possuem conhecimento dos elementos básicos da Doutrina Espírita.

Não é raro assistirmos palestras públicas, onde muitas pessoas lá se encontram pela primeira vez, e vemos que o expositor espírita, após esclarecer que aquele local é uma “Casa Kardecista”, se põe a falar sobre os bónus-hora, de ministérios existentes nas “colónias espirituais”, dos veículos de locomoção lá existentes etc..

Ora, se alguém de bom-senso, leigo em conhecimentos espíritas, assistir a esse tipo de palestra, logo duvidará da seriedade do Espiritismo e dos espíritas, pois, com razão, achará que tudo aquilo é ilógico ou se trata de algum conto de ficção.

Não devemos nos esquecer de que todos os dias chegam aos Centros Espíritas pessoas oriundas de outras religiões, que nada conhecem sobre Espiritismo e por isso é que tanto em matéria de palestras, como em relação a orientar sobre leituras, é de suma importância que se dê ênfase às obras basilares da Doutrina, a saber:
“O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Espiritismo na sua mais simples expressão” e “O que é o Espiritismo”, para que essas pessoas não se confundam e, sim, sejam esclarecidas.

Depois desses conhecimentos bem assentados em nossas mentes, é que poderemos pensar em dar continuidade, em cursos separados do curso básico, ao estudo regular e metódico de “O Livro dos Médiuns” e demais obras de Kardec.

Somente aí é que estaremos realmente em condições de estudarmos as importantes e verdadeiras obras subsidiárias da Doutrina Espírita.

Como dissemos em relação a essas últimas nada temos contra, muito pelo contrário, porém, reafirmamos que somente aqueles que já adquiriram conhecimentos das obras de Kardec serão capazes de absorver essas instruções.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jun 29, 2012 9:52 am

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Caso contrário, estaremos orientando essas criaturas de forma distorcida e isso é uma irresponsabilidade.

Como podemos nos considerar espíritas sem o conhecimento das obras de Kardec?

Como ingressarmos numa faculdade de medicina, por exemplo, no quarto ano de graduação, sem termos conhecimento dos três primeiros anos básicos?


Certamente, não entenderíamos muita coisa do restante do curso, sentiríamos falta de conhecimentos básicos para compreendermos novas lições, e, se prosseguíssemos, sem dúvida, nos tornaríamos um mau profissional, pondo em risco a saúde dos pacientes, desprestigiando a medicina e os colegas de profissão.
Esse simples exemplo serve como termo de comparação com o Centro Espírita.

Se alguma pessoa tiver acesso a uma Casa Espírita e não lhe for apresentada correctamente a Doutrina Espírita, esta pessoa, caso continue a frequentar esse local, continuará com falta de conhecimento e coragem para solucionar esses problemas e, no futuro, será um médium ou trabalhador inseguro, cheio de dúvidas, e ignorante dos conhecimentos que necessita para si e também para poder ajudar aos outros.

Não achamos válida a justificativa que muitos irmãos utilizam de que “Kardec é difícil de entender” ou que “As obras de Kardec são maçantes”.

Recordamos textualmente as palavras do codificador na introdução de “O Livro dos Espíritos”:
“Mas jamais dissemos que esta ciência seja fácil nem que se possa aprendê-la brincando, como também não se dá como qualquer outra ciência.
Nunca será demais repetir que ela exige estudo constante e quase sempre prolongado”.


Se observarmos com profundidade as obras de Kardec chegaremos a conclusão de que ele sempre usou o bom senso e para não criar dúvidas procurou ser objectivo e simples durante a codificação.

Devemos alertar que muitas obras de outros autores que são consideradas "fáceis de entender", além de muitas vezes conterem erros doutrinários, não nos tornam aptos a compreendermos correcta e aprofundadamente a Doutrina Espírita, gerando, cedo ou tarde, dúvidas e confusão dentro de nós mesmos que preferimos o caminho "mais fácil".

Daí a importância de termos dirigentes espíritas conscientes e responsáveis para essa difícil tarefa de conduzirem a Doutrina Espírita com o máximo de pureza doutrinária, de saberem criar cursos regulares de Espiritismo de maneira adequada e lógica, sempre à luz das obras de Kardec em primeiro lugar.

Que nossos dirigentes respeitem o Espiritismo divulgando-o como ele é na realidade e não inserindo opiniões pessoais como sendo verdade.

Daí também surge a necessidade gritante de se capacitarem melhor, se aprofundando nas obras de Kardec, de se actualizarem através de trocas de experiências com outros dirigentes de outras Casas Espíritas, da leitura e divulgação dos jornais espíritas, enfim, de estudar Kardec para viver Jesus.

Pensemos nesta responsabilidade.

Transcrito do jornal CORREIO FRATERNO DO ABC no 243 - abril 1991

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