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Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis

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Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis - Página 2 Empty Re: Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 9:57 am

Esaú casa-se com uma filha de Ismael
16. Vendo que seu pai abençoara a Jacó e lhe pusera por preceito não tomar mulher das filhas de Canaã, Esaú foi buscar a casa de Ismael, e, afora as mulheres que já possuía, tomou por mulher a Maheleth, filha de Ismael e, portanto, neta de Abraão. (Gên., 28:6-9.)

A escada de Jacó e o dízimo
17. Jacó ia para Haan quando, a certa altura, decidiu descansar depois do sol posto. Tomou então uma das pedras que ali estavam e, pondo-a debaixo da cabeça, dormiu. Viu então em sonho uma escada posta sobre a terra cuja extremidade tocava no céu e por onde os anjos de Deus subiam e desciam. Eis que o Senhor firmado na escada lhe dizia: “Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai e de Isaac: eu te darei a ti e à tua descendência a terra em que dormes, e a tua posteridade será como o pó da terra”.

18. O Senhor disse ainda muito mais coisas, e Jacó, despertando do sono, pensou: “Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia”. E, cheio de pavor, disse: “Quão terrível é este lugar! não há aqui outra cousa senão a casa de Deus e a porta do céu”. Levantando-se, então, ao amanhecer, ele tirou a pedra que tinha debaixo da sua cabeça, e a erigiu em padrão, derramando óleo sobre ela, e pôs o nome de Bethel à cidade, que antes se chamava Lusa.

19. Em seguida fez um voto, dizendo: “Se Deus for comigo e me guardar no caminho por onde ando, e me der pão para comer e vestido para me cobrir, e eu voltar felizmente para casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus, e esta pedra que erigi em padrão chamar-se-á Casa de Deus, e de todas as cousas que tu me deres te oferecerei o dízimo”. (Gên., 28:10-22.)

Questões para fixação da leitura
1. Por que o rei Abimelech propôs novo pacto a Isaac?
A explicação dada pelo rei Abimelech é que ele tinha percebido que o Senhor estava com Isaac e por isso decidiu firmar com ele um pacto de respeito mútuo. Isaac preparou-lhes um banquete e, no dia seguinte, juraram de parte a parte o pacto e eles retornaram pacificamente para a sua terra.

2. Qual a razão de ter Esaú sido preterido pelo pai, visto que lhe cabia o direito de primogenitura?
O facto foi causado pela conduta fraudulenta que Jacó, apoiado pela mãe, cometera, fazendo-se passar pelo irmão e recebendo, de Isaac, a bênção que seria destinada ao primogénito. Ao ouvir do próprio pai o que havia ocorrido, Esaú deu um espantoso bramido e, consternado, disse: “Abençoa-me também, meu pai”. Isaac respondeu dizendo que a bênção havia sido dada ao irmão, mas Esaú replicou: “Porventura, meu pai, tens uma única bênção? Rogo-te que me abençoes também a mim”. E como rompesse num grande pranto, comovido de compaixão Isaac lhe disse: “Na abundância da terra, e no orvalho do céu que cai do alto, será a tua bênção. Tu viverás da espada e servirás a teu irmão: e virá o tempo em que sacudas e desates o seu jugo da tua cerviz”.

3. Quem sugeriu a Jacó que fugisse das vistas do seu irmão?
Foi Rebeca, sua mãe, assim que ela soube do plano de Esaú de matar o irmão. Ela então avisou Jacó e pediu-lhe que se retirasse para a casa de seu irmão Labão, que vivia em Haran, e ali ficasse até que se aplacasse a ira de Esaú.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 9:58 am

4. Em que consistiu o sonho no qual Jacó viu uma escada que unia o céu à terra?
Indo para Haran, assim que o sol se pôs, Jacó decidiu descansar e adormeceu. Ele viu então em sonho uma escada posta sobre a terra cuja extremidade tocava no céu e por onde os anjos de Deus subiam e desciam. Eis que o Senhor firmado na escada lhe disse, entre muitas outras coisas: “Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai e de Isaac: eu te darei a ti e à tua descendência a terra em que dormes, e a tua posteridade será como o pó da terra”.

5. Em que termos Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor?
Assim que despertou do sono, Jacó pensou:
“Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu o não sabia”. E, cheio de pavor, disse: “Quão terrível é este lugar! não há aqui outra cousa senão a casa de Deus e a porta do céu”. Levantando-se, então, ele tirou a pedra que tinha debaixo da sua cabeça, e a erigiu em padrão, derramando óleo sobre ela, e pôs o nome de Bethel à cidade, que antes se chamava Lusa. E, acto contínuo, fez um voto dizendo ao Senhor: “Se Deus for comigo e me guardar no caminho por onde ando, e me der pão para comer e vestido para me cobrir, e eu voltar felizmente para casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus, e esta pedra que erigi em padrão chamar-se-á Casa de Deus, e de todas as cousas que tu me deres te oferecerei o dízimo”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 9:58 am

11 - Jacó, Lia e Raquel, a esposa preferida
Sumário: Jacó se apaixona por Raquel e a pede em casamento. Labão concorda, mas o engana forçando-a a unir-se a Lia. Raquel demora a procriar. Jacó retorna a Canaã.

Jacó se apaixona por Raquel
1. Chegando a Haran, no Oriente, Jacó ficou conhecendo Raquel, a quem beijou e disse ser filho de Rebeca, irmã de Labão, pai da jovem.
Jacó foi muito bem recebido por Labão, que ficou sabendo dos motivos que o levaram até sua casa. Passado um mês, Labão perguntou que recompensa Jacó quereria em troca de seus serviços. Jacó lhe respondeu: “Eu te servirei sete anos para ter a Raquel, tua filha mais moça”.

2. Labão concordou, e assim se passaram os sete anos, quando o rapaz pediu que o trato fosse cumprido. Contudo, quando anoiteceu, em vez de Raquel, o pai introduziu Lia, sua filha mais velha, na câmara de Jacó. Somente pela manhã é que Jacó percebeu a troca das mulheres e reclamou com Labão, que explicou que naquele lugar não era costume casarem-se as mais moças antes que as mais velhas. Prometeu-lhe, porém, que dentro de uma semana ele lhe daria Raquel, em troca de mais sete anos de trabalho que ainda faria. Desse modo, uma semana depois, casou-se com Raquel e continuou a servir a Labão outros sete anos. (Gên., 29:1-30.)

Lia engravida e é mãe de vários filhos
3. Muito formosa de rosto e de gentil presença, Raquel foi desde o primeiro momento a preferida de Jacó. O Senhor, contudo, vendo que ele desprezava Lia, fez fecunda a esta, enquanto Raquel permanecia estéril. Lia concebeu e pariu então quatro filhos: Ruben, Simeão, Levi e Judá. E a cada gravidez julgava que iria conquistar o amor do marido; mas foi tudo em vão e, assim, cessou de parir. (Gên., 29:31-35.)

4. Sabendo que era estéril, Raquel teve profunda inveja de Lia, sua irmã, e disse a seu marido: “Dê-me filhos, senão morrerei”. Jacó lhe respondeu com enfado não ser Deus para resolver tal assunto. Ela lhe ofereceu então sua criada Bala, que concebeu e pariu um filho de nome Dan, a que se seguiu outro filho, Nefthali. Lia, vendo que não mais podia procriar, deu também a seu marido Zelfa, sua escrava, a qual concebeu e pariu um filho, de nome Gad, e depois outro filho, chamado Aser.

Raquel enfim consegue engravidar
5. Certo dia, Ruben, primogénito de Lia, tendo saído ao campo em torno da ceifa do trigo, achou umas mandrágoras, que ele trouxe à sua mãe. Raquel, certa de que a mandrágora favorecia a fecundidade, pediu que Lia lhe desse parte delas. Lia negou-se a isso, dizendo: “Porventura parece-te pouco teres-me roubado meu marido, senão que também me queres levar as mandrágoras de meu filho?” Raquel propôs então: “Eu consinto que ele durma esta noite contigo, contanto que me dês das mandrágoras de teu filho”. (Gên., 30:1-15.)

6. Quando Jacó voltava do campo, Lia foi encontrar-se com ele, explicando o trato feito com Raquel. Jacó dormiu com ela e Lia concebeu e pariu um quinto filho, pondo-lhe o nome de Issacar. Em seguida teve Zabulon e, por fim, uma filha, chamada Dina.

7. Raquel conseguiu, no entanto, conceber e pariu um filho a quem chamou de José, concluindo: “Tirou Deus o meu opróbrio”. Jacó teve nessa ocasião vontade de retornar à sua pátria e à sua terra, e pediu consentimento disso a Labão, que lhe perguntou qual paga ele queria lhe fosse dada. Jacó replicou: “Tu sabes de que modo te servi, e quanto os teus bens se aumentaram nas minhas mãos”. (Gên., 30:1-15.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 9:58 am

A volta a Canaã
8. Como Labão não soubesse o que oferecer a Jacó, este lhe fez uma proposta. Ele continuaria a apascentar todo o gado, desde que tudo que nascesse de cor negra misturada de branco, portanto malhado, lhe fosse dado em pagamento. Labão achou boa a proposta e assim foi feito.
Jacó tornou-se, desse modo, muito rico e teve muitos rebanhos e um grande número de escravos e escravas, de camelos e jumentos. (Gên., 30:16-43.)

9. A inveja dos outros filhos de Labão, que diziam que Jacó iria levar tudo o que era de seu pai, fez com que o próprio Labão tratasse de modo diferente o genro. A Raquel e Lia, Jacó se queixou de Labão, que teria usado com ele de enganos e mudado dez vezes a sua paga. Nem com isso, porém, Deus permitiu que ele lhe fizesse algum dano.

10. Explicou-lhes Jacó: “Se ele dizia: Os manchados serão tua paga, todas as ovelhas pariam filhotes manchados; e quando, pelo contrário, ele dizia: Tu receberás por paga todos os brancos, todas as ovelhas os pariam brancos.
Foi assim que Deus tirou a fazenda de vosso pai para dá-la a mim”.

11. O anjo de Deus, que lhe havia aparecido em Bethel, tornou então a aparecer a Jacó determinando-lhe voltar para seu país de origem.
Foi por causa disso que Jacó, levando consigo toda a sua fortuna e rebanhos, e tudo o que tinha adquirido na Mesopotâmia, retornou para Isaac, para a terra de Canaã. (Gên., 31:1-18.)

Jacó viaja sem avisar o sogro
12. Certo dia, tinha ido Labão fazer a tosquia das ovelhas e Raquel, aproveitando sua ausência, furtou os ídolos do pai. Logo depois Jacó partiu sem avisar o sogro, que só ficou sabendo da viagem ao terceiro dia. Labão e seus irmãos foram, então, ao alcance de Jacó e, sete dias depois, o apanharam no monte Galaad. O Senhor apareceu, porém, em sonho a Labão, e lhe disse: “Guarda-te, não digas a Jacó cousa que o ofenda”.

13. Labão perguntou ao genro por que fizera aquilo, saindo sem avisar, e acrescentou: “Não me deixaste nem sequer beijar meus filhos e minhas filhas”. E perguntou ainda por que lhe furtara seus ídolos. Jacó explicou que tinha medo de que, se o avisasse da partida, ele o fosse impedir, e quanto ao furto nada sabia a respeito, autorizando Labão a procurar pelos ídolos em todos os recantos de suas tendas. (Gên., 31:19-32.)

Questões para fixação da leitura
1. Como Jacó conheceu Raquel, sua futura esposa?
Ao sair de casa por causa do que fizera a seu irmão Esaú, Jacó foi para Haran, no Oriente, onde vivia Labão, pai de Raquel, por quem se apaixonou. Ao dizer que era filho de Rebeca, irmã de Labão, ele foi muito bem recebido por seu tio, que ficou sabendo dos motivos que o levaram até sua casa. Passado um mês, Jacó pediu permissão para casar-se com Raquel, o que fez nos seguintes termos: “Eu te servirei sete anos para ter a Raquel, tua filha mais moça”. Labão concordou.

2. Se amava Raquel, por que Jacó se casou com Lia?
Sete anos depois de Labão haver consentido com o casamento, Jacó pediu-lhe que o trato fosse cumprido. Mas, enganando-o, Labão fez com que ele se casasse primeiro com Lia, sua filha mais velha, alegando que naquele lugar não era costume casarem-se as mais moças antes que as mais velhas. Prometeu-lhe, porém, que dentro de uma semana ele lhe daria Raquel, o que de fato aconteceu, desde que Jacó continuasse a servir a Labão por mais sete anos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 9:59 am

3. Durante algum tempo Raquel não conseguia engravidar, mas no mesmo período Lia teve vários filhos. Por quê?
Raquel foi desde o primeiro momento a preferida de Jacó. O Senhor, contudo, vendo que ele desprezava Lia, fez fecunda a esta, enquanto Raquel permanecia estéril. Lia concebeu então quatro filhos: Ruben, Simeão, Levi e Judá, julgando que a cada gravidez fosse conquistar o amor do marido; mas foi tudo em vão e, assim, cessou de parir.

4. O desejo de Raquel de ser mãe foi afinal atendido?
Sim. Depois de Jacó ser pai de uma prole numerosa, Raquel finalmente concebeu um filho, a quem deu o nome de José.

5. Rico e bem sucedido na cidade onde morava, por que Jacó decidiu voltar para a terra de Canaã?
Ao nascer José, filho de Raquel, o casal manifestou a Labão vontade de voltar para Canaã.
Esse desejo foi fortalecido pelo Senhor quando o anjo que lhe havia, anos antes, aparecido em Bethel, tornou a aparecer a Jacó determinando-lhe voltar para seu país de origem. Foi por isso que Jacó, levando consigo tudo o que tinha adquirido na Mesopotâmia, retornou para a terra de Canaã.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 8:16 pm

12 - Jacó passa a chamar-se Israel
Sumário: Labão e Jacó se reconciliam. Jacó passa a chamar-se Israel. Ao se reencontrarem, Esaú e Jacó fazem as pazes. O caso Dina provoca uma tragédia. Jacó parte para Bethel.

Labão e Jacó se reconciliam
1. Labão procurou em todas as tendas, mas não encontrou os deuses furtados por Raquel. É que, quando ele entrou na tenda da filha, ela depressa os escondeu debaixo da cama de um camelo, e se assentou em cima, dizendo ao pai:
“Não se agaste, meu senhor, por eu não poder levantar-me na tua presença; porque presentemente me acho com a indisposição que costuma vir às mulheres”. A busca tornou-se, então, infrutífera.

2. Aborrecido com os fatos, Jacó, a certa altura, bastante alterado, perguntou a Labão que culpa ele cometera para ser assim seguido e revistado, sem que soubesse o motivo. Recordou os vinte anos que servira em sua propriedade, sendo quatorze em paga pelas duas filhas, acrescentando que, se Deus não o tivesse assistido, ele talvez fosse recambiado nu.

3. Labão, reflectindo no que ouviu, compreendeu seu erro e propôs então um juramento, através do qual ambos prometeram mútuo respeito, invocando para tanto a assistência do Deus de Abraão e de Nacor. No dia seguinte, antes do amanhecer, Labão beijou seus filhos e suas filhas e abençoou-os, tornando em seguida para o lugar de sua morada. (Gên., 31:33-55.)

Jacó ainda teme seu irmão Esaú
4. No caminho de casa, Jacó encontrou uns anjos de Deus e, no lugar onde os viu, disse:
“Este é o arraial de Deus”, chamando ao lugar Mahanaim, isto é, Arraial. Depois, ele enviou mensageiros a Esaú com objectivo de levar sua saudação ao irmão. Em pouco tempo, os mensageiros voltaram e disseram que Esaú vinha até ele com 400 homens. Jacó teve muito medo, o que o fez dividir o povo que viajava com ele e seus rebanhos em duas partidas: se Esaú atacasse uma delas, a outra se salvaria.

5. Feito isso, orou a Deus pedindo-lhe que o livrasse da mão de seu irmão Esaú, porque o temia muito. Na prece, ele lembrou ao Senhor que ele prometera ajudá-lo. Resolveu também, após uma noite de sono, separar presentes para Esaú: cabras, bodes, ovelhas, carneiros, camelos, vacas, touros e jumentas, com diversas crias. Os rebanhos foram enviados em vários lotes separadamente.

6. Os criados seguiram adiante de Jacó, a espaços regulares. Se Esaú os topasse e perguntasse de quem eram aquelas cousas, eles diriam: “São de teu servo Jacó, ele as mandou de presente a meu senhor Esaú, e ele mesmo vem atrás de nós”. Era evidente o intuito de Jacó de aplacar com os presentes a possível ira que Esaú tivesse para com ele. (Gên., 32:1-21.)

Esaú e Jacó fazem as pazes
7. Quando Esaú chegou com seus 400 homens, Jacó adiantou-se e, prostrando-se sobre a terra, o adorou sete vezes. Esaú foi ao seu encontro, abraçou-o, beijou-o e chorou. Todas as mulheres e filhos de Jacó também adoraram a Esaú, que recusou os presentes que lhe foram oferecidos, dizendo: “Tenho muitos bens, meu irmão, guarda para ti o que é teu”. Como Jacó insistisse na oferta, Esaú acabou aceitando-os.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 8:16 pm

8. Feitas as pazes, Esaú retornou pelo caminho por onde tinha vindo e Jacó continuou a viagem, indo até um lugar onde edificou uma casa, pondo àquele sítio o nome de Socoth, que quer dizer Tendas. Depois passou para Salém, cidade dos sichemitas, que fica na terra de Canaã, e habitou junto da cidade. Ali comprou parte do campo dos filhos de Hemor, heveu, por cem cordeiros. Tendo depois erigido um altar, invocou sobre ele o Deus de Israel. (Gên., 33:1-20.)

Jacó passa a chamar-se Israel
9. Quando as caravanas partiram, Jacó ficou só. Então um varão lutou com ele até pela manhã e, vendo que não podia vencê-lo, tocou-lhe o nervo de uma coxa, que logo se secou. Como já vinha a aurora, o varão disse a Jacó que o largasse. Jacó respondeu: “Não te largarei se não me abençoares”. O varão lhe perguntou: “Como te chamas?” Ele respondeu: “Jacó”. O varão então lhe disse: “De nenhuma sorte te chamarás Jacó, mas Israel; porquanto se contra Deus foste forte, quanto mais o serás contra os homens”.

10. Dito isso, ele abençoou Jacó e retirou-se.
Jacó chamou àquele lugar Fanuel, dizendo: “Eu vi a Deus face a face, e a minha alma foi salva”.
Jacó passou desde então a coxear do pé, e essa é a razão pela qual o povo de Israel não come nervo, porque um nervo se secara na coxa de Jacó. (Gên., 32:22-32.)

O caso Dina provoca uma tragédia
11. Dina, filha de Jacó e Lia, saiu para ver as mulheres da cidade. Ocorre que Sichém, filho de Hemor, príncipe daquela terra, enamorou-se dela, furtou-a e, dormindo com ela, estuprou-a.
O rapaz gostava da moça e pediu a Hemor, seu pai, que ela lhe fosse dada por mulher.

12. Hemor procurou Jacó para tratar do casamento, oferecendo-lhe suas terras e propondo uma aliança, pela qual suas filhas e filhos se uniriam em matrimónio. Sichém ofereceu-lhe também um dote maior por Dina. Mas os filhos de Jacó, enfurecidos por causa do estupro feito à sua irmã, responderam que não poderiam dar a irmã a um homem incircuncidado, o que era ilícito e abominável entre eles. Se, porém, eles concordassem em circuncidar-se, seria diferente e poderiam viver em harmonia.

13. Hemor e seus filhos concordaram com a ideia e propuseram aos seus que fizessem a circuncisão, porque isso constituiria o sinal de um novo tempo. E assim foi feito. Mas, ao terceiro dia, quando a dor da ferida é mais violenta, Simeão e Levi, irmãos de Dina, empunhando suas espadas, entraram na cidade e mataram todos os varões, inclusive a Hemor e Sichém, trazendo de volta consigo a irmã Dina.

14. Além disso, os outros filhos de Jacó assolaram a cidade em vingança pelo estupro, devastando suas ovelhas, jumentos e rebanhos, e tudo o que havia nas casas e nos campos, além de trazer cativos os filhinhos e mulheres.

15. Jacó censurou os actos dos filhos e lembrou que, sendo eles em número reduzido, logo viriam os cananeus e os fariseus, que habitavam aquele país, e os destruiriam. Os filhos simplesmente responderam: “Acaso deveriam eles abusar de nossa irmã como de uma prostituta?” (Gên., 34:1-31.)

Jacó parte para Bethel
16. O Senhor determinou então a Jacó: “Levanta-te e vai para Bethel, e fica aí e erige um altar a Deus que te apareceu quando fugias de Esaú teu irmão”. Reunindo toda a casa, Jacó determinou que lançassem fora os deuses estranhos que estavam no seu meio, se purificassem e mudassem seus vestidos, o que foi feito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 8:16 pm

E foram para Bethel.
17. O terror do Senhor espalhou-se então por todas as cidades vizinhas e, por isso, eles não se atreveram a perseguir os que se retiravam.

18. Ao chegar a Lusa, cujo apelido era Bethel, situada na terra de Canaã, Jacó edificou ali um altar, pondo ao lugar o nome Casa de Deus, porquanto foi ali que lhe apareceu o Senhor quando ele fugia de seu irmão Esaú. O Senhor apareceu-lhe então segunda vez depois que voltou da Mesopotâmia da Síria, e o abençoou dizendo: “Não te chamarás mais Jacó, mas teu nome será Israel”. E chamando-o de Israel, acrescentou: “Eu sou o Deus omnipotente: cresce e multiplica-te: gentes e povos de nações virão de ti; reis procederão de teus lombos. E dar-te-ei a ti, e à tua posteridade depois de ti, a terra que dei a Abraão e a Isaac”. (Gên., 35:1-15.)

Questões para fixação da leitura
1. Labão e Jacó chegaram a reconciliar-se?
Sim. Mas, antes disso, bastante alterado, Jacó perguntou a Labão que culpa ele cometera para ser assim seguido e revistado, sem que soubesse o motivo, e recordou os vinte anos que servira em sua propriedade, sendo quatorze em paga pelas duas filhas, acrescentando que, se Deus não o tivesse assistido, ele talvez fosse recambiado nu. Labão, reflectindo no que ouviu, compreendeu seu erro e propôs então um juramento, através do qual ambos prometerem mútuo respeito, invocando para tanto a assistência do Deus de Abraão e de Nacor.

2. Como se deu o reencontro de Jacó com seu irmão Esaú?
O reencontro teve um final inesperado e feliz, porque, assim que Esaú chegou com seus 400 homens, Jacó adiantou-se e, prostrando-se sobre a terra, o adorou sete vezes. Esaú foi então até ele, abraçou-o, beijou-o e chorou. As mulheres e os filhos de Jacó também adoraram a Esaú, que recusou os presentes a ele oferecidos por Jacó, a quem ele disse: “Tenho muitos bens, meu irmão, guarda para ti o que é teu”.
Contudo, como Jacó insistisse na oferta, Esaú acabou aceitando-os. Feitas as pazes, Esaú retornou pelo caminho por onde tinha vindo e Jacó continuou a viagem que estava fazendo.

3. Que aconteceu a Dina e quais as consequências do caso?
Dina, filha de Jacó e Lia, saíra para ver as mulheres da cidade, e Sichém, filho de Hemor, príncipe daquela terra, enamorou-se dela, furtou-a e, dormindo com ela, estuprou-a. O rapaz gostava da moça e pediu a Hemor, seu pai, que ela lhe fosse dada por mulher. Hemor procurou Jacó para tratar do casamento, oferecendo-lhe suas terras e propondo uma aliança, pela qual suas filhas e filhos se uniriam no matrimónio.
Sichém ofereceu-lhe também um dote maior por Dina. Mas os filhos de Jacó, enfurecidos por causa do estupro feito à sua irmã, responderam que não poderiam dar a irmã a um homem incircuncidado, o que era ilícito e abominável entre eles. Se, porém, eles concordassem em circuncidar-se, seria diferente e poderiam viver em harmonia. Hemor e seus filhos concordaram com a ideia e propuseram aos seus que fizessem a circuncisão, porque isso constituiria o sinal de um novo tempo. E assim foi feito. Mas, mesmo assim, descumprindo o que fora combinado, Simeão e Levi, irmãos de Dina, empunhando suas espadas, entraram na cidade e mataram todos os varões, inclusive a Hemor e Sichém, trazendo de volta consigo a irmã Dina.
Enquanto isso, os outros filhos de Jacó assolaram a cidade em vingança pelo estupro, devastando suas ovelhas, jumentos e rebanhos, e tudo o que havia nas casas e nos campos, além de trazer cativos os filhinhos e as mulheres.
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4. Por que Jacó partiu para Bethel?
O facto se deu depois da tragédia ocasionada pelo abuso sofrido por Dina. O Senhor disse então a Jacó: “Levanta-te, e vai para Bethel, e fica aí e erige um altar a Deus que te apareceu quando fugias de Esaú teu irmão”. Reunindo toda a casa, Jacó determinou que lançassem fora os deuses estranhos que estavam no seu meio, se purificassem e mudassem seus vestidos, o que foi feito. E foram para Bethel.

5. Que facto levou Jacó a chamar-se Israel?
Quando chegou a Bethel, na terra de Canaã, Jacó edificou um altar, pondo ao lugar o nome Casa de Deus, visto que tinha sido ali que lhe aparecera o Senhor quando ele fugia de Esaú. O Senhor apareceu-lhe então segunda vez e o abençoou dizendo: “Não te chamarás mais Jacó, mas teu nome será Israel”. E chamando-o de Israel, acrescentou: “Eu sou o Deus omnipotente: cresce e multiplica-te: gentes e povos de nações virão de ti; reis procederão de teus lombos. E dar-te-ei a ti, e à tua posteridade depois de ti, a terra que dei a Abraão e a Isaac”.
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13 - Os sonhos que José decifrou na prisão
Sumário: Os filhos de Israel. Esaú muda de nome. Os irmãos de José decidem matá-lo. Razões da prisão de José no Egipto. José torna-se famoso.

Os filhos de Israel
1. Foi em Efrata que Raquel pariu seu segundo filho, a quem chamou Benoni, que quer dizer: “filho da minha dor”. Israel, porém, deu-lhe o nome de Benjamim, isto é, filho da mão direita. Não suportando as dores do parto, Raquel morreu e foi sepultada na estrada de Belém. Ali, sobre sua sepultura, Israel levantou um padrão.

2. Com o nascimento de Benjamim, a prole de Israel ficou completa, perfazendo treze filhos: Dina, filha de Lia, e doze homens, sendo seis de Lia: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zabulon; dois de Raquel: José e Benjamim; dois de Bala, escrava de Raquel: Dan e Neftali; e dois de Zelfa, escrava de Lia: Gad e Aser.(Gên., 35:16-26.)

3. Anos depois, em Mambre, cidade de Arbée, em Hebron, morreu Isaac, em idade bastante avançada, sendo sepultado por seus filhos Esaú e Israel. (Gên., 35:27-29.)87

Esaú muda de nome e parte para longe
4. Sepultado o pai, Esaú tomou suas mulheres e filhos e filhas, e toda a família de sua casa, bem como seus rebanhos e tudo o que possuía na terra de Canaã, e foi para outro país, apartando-se de seu irmão Israel, porquanto, sendo muito ricos, não podiam habitar juntamente, visto que a terra era pequena para tantos rebanhos.

5. Ele foi habitar então no monte Seir e passou, a partir daí, a chamar-se Edom, registando-se entre seus descendentes muitos reis e capitães. (Gên., 36:1-43.)

Os sonhos de José
6. Israel continuou habitando na terra de Canaã, onde seu pai vivera como peregrino.
Nessa ocasião, José, o filho a quem ele mais amava, tinha dezasseis anos e apascentava rebanhos com seus irmãos, que dele tinham inveja devido à notória preferência que o pai nutria por ele.

7. A inveja foi-se intensificando com o tempo e acabou transformando-se em ódio quando José lhes relatou dois sonhos que tivera. O primeiro sonho José relatou assim: “Parecia-me que nós atávamos os feixes de trigo e que o meu feixe como que se erguia, e estava direito, e que os vossos feixes que estavam em roda adoravam o meu feixe”.

8. O segundo sonho foi por ele assim relatado: “Eu vi em sonhos que o sol e a lua e onze estrelas como que me adoravam”. Quando José contou esse sonho a seu pai e a seus irmãos, o próprio pai o repreendeu e o despeito dos irmãos aumentou ainda mais. Então, aproveitando um momento em que estavam apascentando os rebanhos em Dothain, eles decidiram matá-lo.

9. Ruben, no entanto, intercedeu em favor de José, que foi despido e lançado em uma cisterna abandonada. Estavam assim comendo pão quando viram uns passageiros ismaelitas que vinham de Galaad, com os camelos carregados de aromas, resina e mirra, com destino ao Egipto. Então Judá disse aos irmãos: “De que nos aproveita matar a nosso irmão? É melhor vendê-lo a estes ismaelitas, e que não se manchem as nossas mãos, porquanto é nosso irmão e nossa carne”.
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10. Os irmãos concordaram com a ideia e assim se fez. José foi tirado da cisterna e vendido aos ismaelitas por vinte dinheiros de prata.
Em seguida, tomaram sua túnica, tingiram-na com sangue de um cabrito e a enviaram, através de servos, a Israel, a quem informaram:
“Nós achamos esta túnica: vê se porventura é a túnica de teu filho, ou não”. O pai ficou inconsolável, porque reconheceu a túnica do filho, que ele mesmo havia feito, e por muito tempo cobriu-se de cilício. (Gên., 37:1-36.)

José é preso no Egipto
11. Conduzido ao Egipto, José foi vendido a Putifar, eunuco de Faraó e general do exército.
Mas o Senhor era com ele, de modo que tudo quanto obrava lhe sucedia prosperamente. Seu chefe o encarregou de todas as cousas, inclusive do governo da casa que lhe fora confiada, e o Senhor, em consideração a José, abençoou a
casa do egípcio.

12. Como José era formoso de semblante e de gentil aspecto, a mulher de Putifar lançou seus olhos sobre ele e pediu-lhe que dormisse com ela. José recusou veementemente. Ela insistiu, e todos os dias o molestava, mas José permaneceu fiel a seu chefe. Sucedeu, então, que um dia, segurando-o pela orla de sua veste, ela lhe disse: “Dorme comigo”. José resistiu ao assédio e, sem perceber que deixava na mão dela sua capa, fugiu e saiu de casa.

13. Sentindo-se desprezada, a mulher chamou a si os homens da casa e lhes disse que o jovem hebreu tentara corrompê-la e como ela gritasse ele fugiu. Como prova, estava a capa em suas mãos, exibida por ela a seu marido, que, extremamente irado, lançou José no cárcere onde ficavam os prisioneiros do Faraó. O Senhor, porém, compadecendo-se dele, o fez benquisto na presença do carcereiro-mor, que confiou a José todos os presos que estavam encarcerados, de modo que tudo o que se fazia ali era por ele mandado, pois o Senhor estava com ele e dirigia todas as suas obras. (Gên., 39:1-23.)

José decifra dois sonhos na prisão
14. Algum tempo depois também foram levados ao cárcere o copeiro-mor e o padeiro-mor do Faraó. Certa noite, na prisão, ambos tiveram um sonho e, como no dia seguinte estivessem muito tristes, José perguntou-lhes a razão daquela tristeza. A causa eram os sonhos que eles não conseguiam decifrar. José se dispôs então a ajudá-los.

15. O copeiro relatou-lhe assim o sonho que tivera: “Eu via diante de mim uma cepa, na qual havia três varas, crescer pouco a pouco em gomos, e, depois das flores, amadureceram as uvas. Via também a taça do Faraó na minha mão. Tomei as uvas e as espremi na taça e entreguei-a ao Faraó”. José explicou: “As três varas denotam que ainda restam três dias, após o que se lembrará o Faraó do teu ministério e te restituirá ao antigo emprego. Peço, porém, que te lembres de mim, sugerindo ao Faraó que me tire deste cárcere”.

16. O padeiro-mor contou em seguida seu sonho: “Eu também sonhei que tinha três cestos de farinha sobre a minha cabeça e que em um dos cestos, que estava mais alto, levava todos os manjares que os padeiros fazem de massa, e que as aves comiam dele”. Respondeu-lhe José:
“Os três cestos significam que ainda restam três dias, findos os quais te tirará o Faraó a cabeça e te suspenderá em uma forca, e as aves despedaçarão tuas carnes”.

17. Os dois sonhos se realizaram tal como José descrevera. Não obstante, o copeiro-mor esqueceu-se de José e do pedido que este lhe tinha feito. (Gên., 40:1-23.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2023 8:17 pm

Questões para fixação da leitura
1. Quantos filhos teve Israel?
Treze ao todo: doze filhos e uma filha, de nome Dina. Os filhos receberam os seguintes nomes: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zabulon, filhos de Lia; José e Benjamim, filhos de Raquel; Dan e Neftali, filhos da escrava Bala; Gad e Aser, filhos da escrava Zelfa.

2. Após a morte de Isaac, que nome tomou Esaú?
Ao se apartar do seu irmão, Esaú foi habitar no monte Seir, quando passou a chamar-se Edom, registando-se entre seus descendentes muitos reis e capitães.

3. Por que os irmãos de José decidiram matá-lo?
O principal motivo foi inveja, devido à notória preferência que Israel tinha por José. Afinal, ele era filho de Raquel, a esposa preferida de seu pai. Essa inveja depois transformou-se em ódio quando José lhes relatou dois sonhos que tivera. O primeiro sonho foi assim relatado por José: “Parecia-me que nós atávamos os feixes de trigo e que o meu feixe como que se erguia, e estava direito, e que os vossos feixes que estavam em roda adoravam o meu feixe”. Eis como José relatou o segundo sonho: “Eu vi em sonhos que o sol e a lua e onze estrelas como que me adoravam”. Os irmãos, porém, desistiram da ideia de matá-lo e resolveram vendê-lo como se escravo fosse, o que afinal foi feito a uns mercadores que viajavam para o Egipto.

4. Que razões determinaram a prisão de José no Egipto?
Levado como escravo até o Egipto, José foi vendido a Putifar, eunuco de Faraó e general do exército. Como o jovem era formoso de semblante e de gentil aspecto, a mulher de Putifar lançou seus olhos sobre ele e pediu-lhe que dormisse com ela. José recusou veementemente. Ela insistiu, e todos os dias o molestava, mas José permaneceu fiel a seu chefe. Sucedeu então que um dia, segurando-o pela orla de suas vestes, ela lhe disse: “Dorme comigo”. José, sem perceber que deixava na mão dela sua capa, fugiu e saiu de casa. Vendo que era desprezada, a mulher chamou a si os homens da casa e lhes disse que o jovem hebreu tentara corrompê-la e, como ela gritasse, ele fugiu. Como prova, estava a capa em suas mãos, exibida por ela a seu marido, que, extremamente irado com a petulância do servo, lançou José no cárcere onde ficavam fechados os presos do rei.

5. Por que José se tornou famoso quando preso?
Sua fama na prisão originou-se do fato de haver interpretado correctamente dois sonhos relatados por colegas de cárcere – o copeiro-mor e o padeiro-mor do Faraó. Os sonhos, tal como José previra, se realizaram.
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14 - José é nomeado super-intendente do Egipto
Sumário: Os sonhos do Faraó. José é nomeado superintendente. A fome se espalha na Terra e os irmãos de José vão ao Egipto. José os reencontra.

José interpreta os sonhos do Faraó
1. Eram passados dois anos quando o Faraó teve um sonho. Ele estava sobre um rio do qual saíam sete vacas mui formosas e gordas, e pastavam nuns lugares apaulados. Saíam também outras sete do rio, desfiguradas e consumidas de magreza, que pastavam na mesma ribanceira do rio em lugares cheios de erva. E estas devoravam aquelas, cuja formosura e gordura causava admiração.

2. Depois de despertado, o Faraó adormeceu e teve outro sonho. Sete espigas saíam da mesma cana, mui gradas e formosas, e nasciam também outras sete, mui delgadas e queimadas, que devoravam toda a formosura das primeiras.

3. Havendo acordado cheio de pavor, o Faraó mandou chamar todos os adivinhos do Egipto e todos os sábios, para que lhe explicassem os sonhos. Ninguém conseguiu, porém, decifrá-los.
Foi então que o copeiro-mor contou ao Faraó o episódio ocorrido no cárcere.

4. Imediatamente José foi tirado da prisão, tosquiado, vestido com roupa nova e levado à presença do rei, que lhe relatou os dois sonhos.
José os explicou da seguinte forma: “O sonho do rei não é mais do que um. As sete vacas formosas e as sete espigas gradas denotam sete anos de abundância. As sete magras e macilentas e as sete espigas delgadas denotam sete anos de fome que está para vir. Primeiro virão sete anos de grande fertilidade em todo o Egipto; depois se seguirão sete anos de tanta esterilidade que farão esquecer a abundância passada, porquanto a fome há de consumir toda a terra”. (Gên.,41:1-32.)

José é nomeado superintendente pelo Faraó
5. Depois de explicar o significado dos sonhos, José sugeriu ao rei que nomeasse inspectores por todas as províncias, com o objectivo de recolher a quinta parte dos frutos produzidos nos sete anos de fertilidade, armazenando-os em celeiros, para atender ao período de fome que ocorreria nos sete anos seguintes.

6. O conselho agradou sobremaneira ao Faraó e aos seus ministros e, por isso, ele resolveu nomear o próprio José para tal função. Quem seria mais sábio do que ele? Constituindo-o superintendente de todo o Egipto, o Faraó lhe disse: “Tu governarás a minha casa, e ao mando da tua voz obedecerá todo o povo; somente eu te precederei no sólio do reino”. E tirou o anel da sua mão e meteu-o na mão dele e lhe vestiu uma opa de linho fino e lhe pôs à roda do pescoço um colar de ouro. E, fazendo-o subir ao seu segundo coche, o pregoeiro do rei clamava ao povo que todos se ajoelhassem diante dele e soubessem que ele era o superintendente de todo o Egipto.

7. O Faraó lhe disse ainda: “Eu sou o Faraó:
sem o teu mandado não moverá ninguém mão ou pé em toda a terra do Egipto”. Depois, mudou-lhe o nome, chamando-o na língua egípcia de Salvador do Mundo, e deu-lhe por mulher Aseneth, filha de Putifar, sacerdote de Heliópole.
Foi assim que, aos trinta anos de idade, José passou a correr toda a terra do Egipto, orientando o povo para que se aproveitasse o período de fertilidade dos sete anos de prosperidade, o que de fato sucedeu tal como fora previsto. (Gên.,41:33-49.)
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A fome se espalha na Terra
8. Antes de chegar a fome, Aseneth pariu dois filhos. O primeiro chamou-se Manassés e o segundo, Efraim. Chegaram afinal, como fora previsto, os anos de penúria e em todo a região se experimentou a fome.

9. No Egipto, porém, havia o trigo armazenado nos celeiros, que José, por ordem do Faraó, vendia a todo o povo egípcio, abrindo-lhe os celeiros fartos. O país estava livre da fome graças às provisões feitas nos anos de fartura. (Gên.,41:50-57.)

A fome leva os irmãos de José ao Egipto
10. A notícia de que havia pão no Egipto chegou aos ouvidos de Israel, que instruiu seus filhos para que fossem até o Egipto adquirir trigo, para que eles também não morressem de fome.
Os dez irmãos de José viajaram assim à terra egípcia, só ficando em casa o caçula Benjamim, que o pai resolvera preservar de algum desastre.

11. Chegando ao Egipto, eles foram ter com José, que era a autoridade que cuidava da venda do trigo. Ao lhe fazerem reverência, José os reconheceu e lhes falou com aspereza: “Donde vindes?” Eles disseram que vinham da terra de Canaã, onde havia fome. José (que não fora reconhecido pelos irmãos) lhes disse que eles eram espiões. Eles negaram e contaram que vinham em paz, que eram doze irmãos filhos de um homem de Canaã, que o menor ficara com o pai e o outro tinha paradeiro desconhecido.

12. José insistiu dizendo que eles eram espiões, mas que iria experimentá-los: eles só sairiam dali se viesse o irmão caçula. E ficaram encarcerados por três dias. Depois, José propôs que um deles ficasse preso até que fosse trazido à sua presença o irmão menor, porque assim fazendo saberia que não se tratava de uma espionagem. (Gên., 42:1-20.)

13. Assustados com a prisão, os irmãos de José disseram entre si, em voz alta, que aquelas cousas estavam acontecendo porque eles haviam pecado contra José, que eles haviam vendido como escravo aos ismaelitas. Não sabiam, porém, que José os ouvia e entendia sua língua, porque até então a conversa com o superintendente se fizera por meio de um intérprete.

14. José, vendo aquela cena, afastou-se um pouco e chorou. Depois, pegando Simeão e aprisionando-o na presença deles, mandou aos oficiais que enchessem seus sacos de trigo e pusessem o dinheiro de cada um nos seus respectivos sacos, além de mantimentos para a viagem de volta. Quando viram, a caminho de casa, que o dinheiro estava nos sacos, os irmãos de José ficaram pasmos e perturbados, sem entender o que aquilo significava. Em casa, relataram tudo ao pai. Israel, apesar de saber que Simeão ficara preso, não quis permitir que Benjamim voltasse com eles ao Egipto. (Gên.,42:21-38.)

José se comove ao rever Benjamim
15. A negativa de Israel (o novo nome de Jacó) durou até que seus filhos precisaram ir novamente adquirir trigo no Egipto. Eles sabiam que só seriam atendidos se levassem o irmão caçula. O pai lamentou por que eles disseram que tinham um irmão menor. Eles responderam dizendo que não podiam adivinhar que o superintendente fosse querer ver o irmão. Judá insistiu com o pai: se eles não fossem ao Egipto, todos morreriam de fome, e prometeu cuidar do menino. Se ele não voltasse a casa, poderia considerá-lo réu de crime em todo o tempo.
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16. Israel concordou e os instruiu para que levassem algumas oferendas ao poderoso superintendente do Egipto e dinheiro dobrado, para prevenir algum contratempo. Quando José os viu juntamente com Benjamim, ordenou ao despenseiro de sua casa que preparasse um banquete. Os irmãos, contudo, temiam ser maltratados naquela casa. Um dos motivos do medo era o dinheiro que encontraram nos sacos.

17. Então José os acalmou dizendo: “Sossegai, não temais: o vosso Deus, e o Deus de vosso pai vos deu os tesouros nos vossos sacos:
porque o dinheiro que me destes, eu o tenho lançado em receita”. E lhes apresentou Simeão, liberto do cárcere. Mais tarde, os irmãos, prostrando-se em terra, adoraram a José e lhes entregaram os presentes. José, depois de os ter saudado carinhosamente, perguntou-lhes pelo pai.

18. Em seguida, mirando Benjamim, seu irmão uterino, disse-lhe: “Deus se compadeça de ti, meu filho”. A essa altura, José estava muito comovido e a custo segurava as lágrimas, tanto que, entrando em seu quarto, chorou. Pouco depois foi servido o banquete, em que todos se fartaram alegremente, apesar de serem servidos à parte, porquanto não era permitido entre os egípcios comer com os hebreus. (Gên., 43:1-34.)

Questões para fixação da leitura
1. Quais foram os sonhos do Faraó que José interpretou correctamente?
No primeiro sonho, o Faraó se viu sobre um rio do qual saíam sete vacas mui formosas e gordas que pastavam nuns lugares apaulados.
Saíam também outras sete do rio, desfiguradas e consumidas de magreza, que pastavam na mesma ribanceira do rio em lugares cheios de erva. E estas devoravam aquelas, cuja formosura e gordura causava admiração. No segundo, o Faraó viu sete espigas saírem da mesma cana, mui gradas e formosas, e nasciam também outras sete, mui delgadas e queimadas, que devoravam toda a formosura das primeiras. Ninguém, excepto José, conseguiu decifrá-los.

2. Por que o Faraó a nomeou José superintendente do Egipto?
Explicado o significado dos sonhos, José sugeriu ao rei que nomeasse inspectores por todas as províncias, com o objectivo de recolher a quinta parte dos frutos produzidos nos sete anos de fertilidade, armazenando-os em celeiros, para atender ao período de fome que ocorreria nos sete anos seguintes. O conselho agradou sobremaneira ao Faraó e aos seus ministros, e, por isso, José foi nomeado superintendente de todo o Egipto. O Faraó, ao nomeá-lo, disse: “Tu governarás a minha casa, e ao mando da tua voz obedecerá todo o povo; somente eu te precederei no sólio do reino”. Foi assim que, aos trinta anos de idade, José passou a correr toda a terra do Egipto, orientando o povo para que se aproveitasse o período de fertilidade dos sete anos de prosperidade, que José havia previsto.

3. A fome realmente acometeu o Egipto, como os sonhos indicavam?
Sim, os anos de penúria e fome realmente chegaram ao Egipto e em inúmeros países daquela região. Na terra do Faraó, porém, havia o estoque de trigo armazenado nos celeiros, que José, por ordem do Faraó, vendia a todo o povo egípcio, abrindo-lhe os celeiros fartos. O Egipto pôde assim enfrentar a fome graças às provisões feitas nos sete anos de fartura.

4. Que motivo fez com que os filhos de Israel fossem ao Egipto?
O motivo foi a fome, que atingiu também a terra de Canaã. A notícia de que havia pão no Egipto chegou aos ouvidos de Israel, que instruiu seus filhos para que fossem até lá para adquirir trigo, evitando desse modo que eles viessem a morrer de fome.

5. É verdade que José se comoveu ao rever Benjamim?
Sim. Como sabemos, Benjamim, o caçula da família, era irmão de José por parte de pai e de mãe. Ao reencontrá-lo depois de tantos anos, José ficou bastante comovido e a custo segurou as lágrimas, tanto que, quando entrou em seu quarto, chorou.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2023 10:10 am

15 - Israel muda-se para o Egipto e reencontra José
Sumário: Israel se comove ao ter notícias de José. Ele decide mudar-se para o Egipto. O Faraó torna-se dono de todo o país. A morte de Israel e de José.

José resolve experimentar os irmãos
1. Após o almoço, José determinou ao despenseiro que enchesse de trigo os sacos trazidos pelos irmãos e pusesse neles o dinheiro que eles haviam dado em pagamento, instruindo-o para colocar no saco pertencente a Benjamim uma taça de prata de seu uso particular.

2. No dia seguinte, os irmãos partiram de volta para casa, mas pouco se haviam adiantado quando o despenseiro do superintendente apareceu dizendo que a taça de seu patrão havia sido furtada. Os irmãos negaram o furto e disseram que eles, tendo recursos, não precisavam furtar. Combinou-se então que aquele em cujo poder se achasse o objecto furtado tornar-se-ia escravo no Egipto e os demais estariam livres.

3. Os irmãos abriram os sacos e o despenseiro, examinando-os um a um, achou a taça no saco pertencente a Benjamim. Eles regressaram então à presença de José, que lhes perguntou por que eles haviam obrado assim, sabendo de sua fama na arte de adivinhar. Judá, antecipando-se aos demais, sem ter o que dizer, concordou em que todos se tornassem escravos naquela casa, por causa do delito cometido.

4. José lhe respondeu: “Longe de mim que eu assim obre: aquele que furtou a taça, esse mesmo seja meu escravo; vós outros ide livres para vosso pai”. Judá explicou, porém, que seu pai não suportaria perder Benjamim. Se ele visse que o menino não voltara, morreria com certeza. Por causa disso, ofereceu-se a si mesmo para ficar como escravo no lugar do irmão caçula. (Gên., 44:1-34.)

José faz-se reconhecer aos irmãos
5. O teste mostrou que os irmãos, apesar dos erros cometidos no passado, eram unidos e amavam Israel, seu pai. José não mais podia esconder a verdade. Assim, pedindo que os estranhos saíssem do recinto, disse-lhes: “Eu sou José; vive ainda meu pai?” Eles, possuídos de excessivo terror, não conseguiram responder-lhe. Então, aproximando-os de si, José contou-lhes sua história desde que, vendido por eles, chegara ao Egipto.

6. Havia dois anos que começara a fome na região e ainda restavam cinco anos, por isso ele entendia que tinha sido por vontade de Deus, não por culpa deles, que ele viera ter ao Egipto, onde assumiu uma posição importante junto ao rei. Em seguida, pediu aos irmãos: “Apressai-vos, e ide para meu pai, e dir-lhe-eis: Eis aqui o que te manda dizer teu filho José: Deus me fez senhor de toda a terra do Egipto: vem para minha companhia, não te demores”. Em seguida, abraçou Benjamim e ambos choraram, e beijou a todos os irmãos e chorou sobre cada um deles.

7. A notícia espalhou-se e chegou ao palácio real, alegrando o Faraó e a toda sua família. O rei mandou que José convidasse seu pai e sua parentela para que viessem para o Egipto, porque todas as riquezas daquele país seriam de todos .(Gên., 45:1-20.)

Israel se comove ao ter notícias de José
8. Os irmãos de José fizeram como fora mandado e saíram do Egipto em carros cedidos por ordem do rei, devidamente abastecidos com mantimentos para a viagem. José deu também a cada um duas opas e a Benjamim, trezentas moedas de prata com cinco opas das melhores, mandando a seu pai outro tanto de dinheiro e de vestidos, acrescentando também dez jumentos carregados de todas as riquezas do Egipto e outras tantas jumentas que levavam trigo e pão para o caminho. Ao despedir-se dos irmãos, recomendou: “Não guerreeis no caminho”.
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Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis - Página 2 Empty Re: Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2023 10:10 am

9. Quando eles chegaram à casa paterna e deram as novas ao pai, dizendo que José estava vivo e era ele mesmo o superintendente do Egipto, Israel parecia que despertava de um pesado sono, sem poder acreditar no que ouvia. Vendo, porém, os carros e todos os presentes, reviveu seu espírito. E disse: “Basta-me, se ainda vive meu filho José: irei e vê-lo-ei antes que morra”.
(Gên., 45:21-28.)

Israel muda-se para o Egipto
10. Israel foi ao poço do Juramento e, sacrificadas aí vítimas ao Deus de seu pai Isaac, teve uma visão do Senhor, que o chamava dizendo:
“Eu sou o Deus fortíssimo de teu pai: não temas, vai para o Egipto, porque eu te farei lá chefe duma grande nação”. Desse modo, Israel partiu com tudo o que possuía na terra de Canaã e foi para o Egipto, com toda a sua família, que totalizava setenta pessoas, incluindo José e seus filhos.

11. A pedido de Israel, seu filho Judá foi na frente e avisou José para que viesse encontrá-lo em Gessen. O reencontro do pai com seu filho amado foi comovente. José lançou-se com ânsia ao pescoço de Israel e chorou. Em seguida, pediu-lhes que dissessem ao Faraó serem pastores de ovelhas, porque, detestando os egípcios os pastores, ser-lhes-ia possível habitar na terra de Gessen. Foi exactamente isso que aconteceu: o Faraó determinou a José entregasse à sua família a terra de Gessen, dando-lhes a possessão do país de Ramessés, o melhor lugar do Egipto, como o rei lhe havia ordenado. (Gên., 46:1 a47:11.)

O Faraó torna-se dono de todo o Egipto
12. Como a fome afligia toda a região, principalmente o Egipto e o país de Canaã, José não deixou que faltasse o sustento a seus familiares.
O dinheiro arrecadado com a venda do trigo era depositado no erário do rei. Chegou, porém, um momento em que os compradores não tinham com que pagar o trigo: José passou a fornecer-lhes o produto em troca de cavalos e jumentos, bois e ovelhas.

13. No ano seguinte, como a fome persistisse, José comprou deles todas as terras do Egipto, tornando o rei senhor dela, com todos os seus povos, desde uma extremidade a outra do Egipto, com excepção da terra dos sacerdotes, que lhes tinha sido dada pelo Faraó, os quais recebiam os víveres determinados dos celeiros públicos, não sendo assim obrigados a vender suas possessões.

14. Mais tarde, José propôs ao povo uma parceria: as pessoas poderiam cultivar a terra, dando ao rei a quinta parte dos frutos e ficando com as outras quatro partes para sementes e sustento de suas famílias. É por isso que desde então se pagava aos reis em todo o Egipto a quinta parte, e isso tornou-se lei, excepto a terra dos sacerdotes, que ficou isenta dessa condição.
(Gên., 47:12-26.)

Morre Israel
15. Israel viveu na terra de Gessen por dezassete anos. Quando sentiu que soava o dia de sua morte, ele chamou seu filho José e pediu-lhe não o sepultasse no Egipto, mas sim no jazigo de seus antepassados, no campo de Efron hetheu, no país de Canaã, onde estavam sepultados Abraão, Sara, Isaac, Rebeca e Lia. Antes, porém, de morrer, Israel abençoou os filhos de José, pondo a mão direita sobre Efraim e a esquerda sobre Manassés.
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Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis - Página 2 Empty Re: Introdução ao Pentateuco Mosaico - Astolfo O. de Oliveira Filho - 1 Génesis

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2023 10:11 am

16. José ficou sentido com isso porque Manassés era o primogénito. Israel lhe disse que sabia disso, mas que Efraim seria maior do que o outro e sua descendência cresceria entre as nações; contudo, abençoou a ambos. Depois chamou todos os filhos e deixou instruções minuciosas para todos, censurando a Simeão e Levi pelos actos de carniçaria injusta que eles cometeram contra Hemor e seus filhos, enaltecendo a Judá e louvando sobretudo a José.
Seus filhos seriam os chefes das doze tribos de Israel, disse Israel, que em seguida abençoou individualmente a cada um deles. Logo depois, morreu. (Gên., 47:27 a 49-32.)

17. José chorou muito com a morte do pai e determinou que seu corpo fosse embalsamado, visto que o sepultamento seria feito na terra de Canaã. Todo o Egipto chorou a morte por setenta dias. Terminado o período de luto, o rei autorizou José a satisfazer o pedido do pai e o enterro foi acompanhado por todos os anciãos da casa de Faraó e da terra do Egipto, bem como pelos
familiares do falecido, de modo que na comitiva de José havia carruagens e cavaleiros em grande número. (Gên., 50:1-25.)

José também morre
18. Depois da morte do pai, os irmãos de José ficaram com receio da vingança do irmão e lhe disseram que Israel, antes de morrer, pedira que ele lhes perdoasse a maldade que lhe haviam feito. Ao revelarem isso, suplicaram também a José lhes perdoasse aquela iniquidade.

19. José, ao ouvi-los, chorou e, diante dos irmãos prostrados por terra, disse que eles não temessem, porque Deus havia convertido aquele mal em bem, para exaltar a ele próprio e salvar a muitos povos. E, assim, José os consolou, falando-lhes com muita brandura e carinho, seguindo a vida seu curso normal.

20. Os anos passaram e José viveu por longo tempo, chegando a conhecer os filhos de Efraim até à terceira geração, bem como os filhos de Maquir, seu neto, filho de Manassés, que nasceram sobre os joelhos do bisavô. Antes de morrer, ele pediu aos irmãos que transportassem seus ossos fora daquele lugar e faleceu, sendo embalsamado com aromas e depositado num caixão no Egipto. (Gên., 50:1-25.)

Questões para fixação da leitura
1. Qual foi a reacção de Israel ao saber que seu filho José estava vivo?
Ele se emocionou muito quando os filhos lhe disseram que José, além de estar vivo, era o superintendente do Egipto. Parecia que Israel despertava de um pesado sono, sem poder acreditar no que ouvia. Vendo, porém, os carros e todos os presentes que José lhe enviou, reviveu seu espírito, e disse: “Basta-me, se ainda vive meu filho José: irei e vê-lo-ei antes que morra”.

2. Que facto levou Israel e os seus a transferir residência para o Egipto?
Israel foi ao poço do Juramento e, sacrificadas aí vítimas ao Deus de seu pai Isaac, teve uma visão do Senhor, que o chamava dizendo:
“Eu sou o Deus fortíssimo de teu pai: não temas, vai para o Egipto, porque eu te farei lá chefe duma grande nação”. Foi devido a isso que Israel partiu com tudo o que possuía na terra de Canaã e foi para o Egipto, com toda a sua geração, filhos, netos, filhas e toda a sua progênie, os quais totalizavam setenta, incluindo José e seus filhos.
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3. Como o Faraó se tornou o dono de quase todo o Egipto?
Isso ocorreu devido à fome generalizada que atingiu toda a região, principalmente o Egipto e o país de Canaã. O dinheiro arrecadado com a venda do trigo era depositado no erário do rei, mas chegou um momento em que os compradores não tinham com que pagar o trigo. José passou, então, a fornecer-lhes o produto em troca de cavalos e jumentos, bois e ovelhas. No ano seguinte, como a fome persistisse, José comprou deles todas as terras do Egipto, tornando-se o rei senhor delas, de uma extremidade a outra do Egipto, com excepção da terra dos sacerdotes, que lhes tinha sido dada pelo Faraó. Depois disso José propôs ao povo uma parceria: as pessoas poderiam cultivar a terra, dando ao rei a quinta parte dos frutos e ficando com as outras quatro partes para semente e sustento de suas famílias. É por isso que desde então se pagava aos reis em todo o Egipto a quinta parte, excepto quanto à terra dos sacerdotes que ficou isenta desse tributo.

4. Onde morreu Israel e em que lugar o corpo foi sepultado?
Israel morreu na terra de Gessen, onde viveu por dezassete anos, mas seu corpo, atendendo a seu pedido, foi sepultado no jazigo de seus antepassados, no campo de Efron hetheu, no país de Canaã, onde estavam sepultados Abraão, Sara, Isaac, Rebeca e Lia.

5. José chegou a viver por muitos anos depois que Israel morreu?
Sim. Tal como o pai, José morreu em idade bastante avançada e pôde, assim, conhecer os filhos de Efraim até à terceira geração, bem como os filhos de Maquir, seu neto, filho de Manassés, que nasceram sobre os joelhos do bisavô.
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Considerações finais
Como dissemos no capítulo 2 deste livro, os pontos de referência do que é relatado no Génesis são sempre acontecimentos familiares, como nascimentos, casamentos, mortes. Trata-se de uma verdadeira genealogia ilustrada por anedotas e em alguns casos por argumentações pitorescas.
O Génesis, primeiro livro do Pentateuco Mosaico, não passa, pois, de uma grande reportagem e todos os que militamos no jornalismo sabemos que o autor de matérias assim vale-se, geralmente, além do que sabe, de fontes inúmeras, existindo muitas vezes no texto final lacunas compreensíveis, seja pela inexistência de fontes confiáveis, seja por falta de comprovação, o que pode tornar ininteligíveis determinadas passagens, como se dá no Génesis.
Reportando-se a isso, Allan Kardec escreveu:
“Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral por si sós são ininteligíveis, parecendo alguns até irracionais, por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido.
Essa chave está completa no Espiritismo, como já o puderam reconhecer os que o têm estudado seriamente e como todos, mais tarde, ainda melhor o reconhecerão.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, parte I.)
Noutro momento, reportando-se às incongruências que deparamos na Bíblia, Allan Kardec observou:
“Dever-se-á daí concluir que a Bíblia é um erro? Não; a conclusão a tirar-se é que os homens se equivocaram ao interpretá-la.”
(O Livro dos Espíritos, item 59 - Considerações e concordâncias bíblicas concernentes à criação.)
O conhecimento do princípio da reencarnação, da pluralidade dos mundos habitados, da lei de acção e reacção e do intercâmbio que existe de modo frequente e natural entre os homens e os chamados mortos ajudaria imensamente a entender inúmeras passagens do Génesis que parecem não ter nenhum sentido. Pois é aí, nesses princípios fundamentais do Espiritismo, que se encontra a chave a que se refere Kardec no texto referido anteriormente.

Para ajudar o leitor a sanar algumas dessas dúvidas ou lacunas, sugerimos que consulte as matérias abaixo indicadas que publicamos oportunamente na revista O Consolador:
1 – Sobre Eva e a polémica a respeito da criação de outra mulher antes dela: Teria sido Lilith a primeira mulher do Paraíso?
(por Ana Moraes) - http://www.oconsolador.com.br/ano17/820/especial2.html
2 – Sobre Adão e sua origem: Adão e o povoamento da Terra (por Marcelo Borela de Oliveira) - http://www.oconsolador.com.br/34/especial.html
3 – Sobre o casamento de Caim e a edificação por ele de uma cidade em homenagem a Enoc, seu primeiro filho: O Espiritismo responde – edição 193 (por Astolfo O. de Oliveira Filho) - http://www.oconsolador.com.br/ano4/193/oespiritismoresponde.html
Como derradeira observação, cabe-nos dizer que constitui lamentável equívoco tomar ao pé da letra os textos bíblicos, quase sempre envoltos em símbolos e figuras, cuja compreensão, sem as luzes trazidas pelos ensinamentos espíritas, torna-se muito difícil, senão impossível.
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Glossário
Circuncisão - Ato ou operação de cortar o prepúcio. Rito de iniciação que consiste em cortar o prepúcio. Fig.: Corte, supressão. (N.R.: Eis a origem desse rito, conforme se lê no Génesis, 17:1-27: Treze anos depois do nascimento de Ismael, o Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: “Daqui em diante não te chamarás mais Abrão: mas chamar-te-ás Abraão, porque eu te tenho destinado para pai de muitas gentes. E farei crescer a tua posteridade infinitamente e te farei chefe das nações; e de ti sairão reis". E o Senhor lhe propôs um pacto, que Abraão e seus descendentes deveriam observar: todos os machos deveriam ser circuncidados, a começar do grande patriarca. Os meninos deveriam ser circuncidados até oito dias, fosse filho ou escravo.
O Senhor decidiu também que Sarai passasse a chamar-se Sara, prometendo dar a ela um filho.
Abraão e Ismael, que contava treze anos, foram circuncidados no mesmo dia.)
Côvado – Antiga medida de comprimento que correspondia a 66 centímetros. (N.R.: A arca de Noé teria, assim, aproximadamente, 198 metros de comprimento, 33 metros de largura e 19,8 metros de altura.)
Covato – Lugar em que se enterram os corpos.
Coxear – Andar como coxo, manquejando; claudicar. Vacilar, hesitar.
Coxo – Aquele que coxeia. Diz-se de objecto a que falta pé ou perna. Manco, manquitola, manquitó, coxé. Fig.: Incompleto, truncado, imperfeito.
Cutelo – Instrumento cortante, semicircular, de ferro.
Epístola - Cada uma das cartas dos apóstolos. Carta. Composição poética em forma de carta. Parte da missa em que o celebrante lê trecho das Epístolas dos apóstolos. O lado direito do altar, em relação aos assistentes, onde o celebrante da missa lê a epístola, e que se opõe ao lado do Evangelho.
Etiópia – País situado na região Nordeste da África, separada da Ásia pelo mar Vermelho.
Eufrates – Nome de um rio situado na Ásia. (Veja o verbete Tigre.)
Eunuco - Homem castrado que, no Oriente, era guarda dos haréns. Fig.: Homem impotente, ou fraco.
Guisado – Preparação culinária com refogado. Ensopado. Picadinho de carne fresca ou de charque.
Hebreu - Indivíduo dos hebreus, povo semita da Antiguidade, do qual descendem os atuais judeus. Hebraico.
Holocausto – Entre os antigos hebreus, sacrifício em que se queimavam as vítimas inteiramente; imolação. A vítima assim sacrificada. Por ext.: Sacrifício, expiação.115
Incesto - União sexual ilícita entre parentes consanguíneos, afins ou adoptivos. Torpe, incasto, incestuoso. (N.R.: No Brasil lê-se: incesto.)
Incestuoso - Referente a incesto. Que praticou incesto. Que provém de união incestuosa. Indivíduo incestuoso.
Madianita – Povo da linhagem de Madian, um dos filhos de Abraão e Cetura.
Mandrágora - Género de plantas da família das solanáceas, muito usadas em feitiçaria na Antiguidade e na Idade Média.
Mesopotâmia – Região situada entre rios. Região da Ásia situada entre os rios Tigre e Eufrates. A Alta Mesopotâmia abrangia, assim, uma região situada no que hoje chamamos Turquia, Síria e Iraque.
Moabita – Povo da linhagem de Moab, irmão de Amon, ambos filhos de Ló.
Odre – Saco feito de pele e destinado ao transporte de líquidos; pele. (N.R.: A pronúncia é fechada: odre.)
Opa – Espécie de capa sem mangas, com aberturas por onde se enfiam os braços, usada pelas irmandades religiosas.
Padrão – Pedra que assinala um local ou um acontecimento; o mesmo que marco. Monumento de pedra erigido para homenagear algo ou alguém (ex.: o governo mandou erguer um padrão no campo onde decorreu a batalha).
Pensão do sexo – Como pensão, em linguagem figurada, significa: trabalho, cuidado, preocupação. Essa expressão refere-se ao que conhecemos por menopausa – em que ocorre cessação definitiva do mênstruo, isto é, do fluxo sanguíneo, em regra mensal, através das vias genitais da mulher.
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Prepúcio - Pele que cobre a glande do pénis.
Primogenitura – Qualidade de primogénito, ou seja, do filho que foi gerado antes dos outros.
Querubim – Anjo da primeira hierarquia. Pintura ou escultura de uma cabeça de criança com asas, representando um querubim.
Semita - Indivíduo dos semitas, família etnográfica e linguística, originária da Ásia ocidental e que compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios e os árabes. O judeu. Pertencente ou relativo aos semitas. (N.R.: O vocábulo é derivado de Sem, personagem que, segundo a Bíblia, foi filho de Noé.)
Semítico - Pertencente ou relativo aos semitas. Pertencente ou relativo aos judeus.
Semitismo - Carácter do que é semítico. Carácter do que é judeu. A civilização semítica, ou a sua influência.
Siclo – Unidade de peso utilizada no Oriente antigo. Moeda dos hebreus, de prata pura, que pesava seis gramas.
Sólio – Assento real; trono. Cadeira pontifícia. Fig.: O poder real ou papal.
Suão – Do sul. O que é do sul.117
Tigre – Nome do rio que, a exemplo do rio Eufrates, se situa quase por inteiro nos limites do Iraque (Ásia). A capital iraquiana, Bagdad, localiza-se às margens do rio Tigre e é cercada de densas palmeiras. O rio Eufrates vai até a Síria; o rio Tigre, até a Turquia.
Torá ou Tora– A lei mosaica. O livro que encerra o Pentateuco, isto é, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento.
Varão - Indivíduo do sexo masculino. Indivíduo adulto ou esforçado. Homem respeitável. (Feminino: virago, varoa, matrona.)
Virago – Feminino de varão. Matrona. Cabo, corda.

§.§.§- Ave sem Ninho
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