LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2019 8:14 pm

Primeiras providências
¨Exige trabalho intenso de encarnados e, principalmente, de desencarnados;

¨São três as principais providências:
Isolamento do local das sessões: círculo de aproximadamente 20 metros;
Ionização da atmosfera;
Destruição das larvas (ozonização).

Isolamento do Local
¨Extenso cordão de obreiros esclarecidos;
¨Evita o acesso de entidades inferiores (perturbam e, também, afectam a pureza dos materiais utilizados:
fluidos, ectoplasma,...)

Ionização da Atmosfera
¨Processo de electrificação do ambiente;
¨Possibilitar a combinação de recursos para efeitos eléctricos e magnéticos;
¨Por isso, pode-se observar lampejos, focos de luz.
¨Os plasmas possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo.
Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem electricidade.
Eles tanto geram como sofrem a acção de campos electromagnéticos, levando ao que se chama de efeito colectivo.
Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais.
O comportamento colectivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.

Destruição das Larvas
¨É feita por aparelhos espirituais: aparelhos eléctricos invisíveis - produção de ozónio (O3);
¨Evita-se, assim, que o ectoplasma (força nervosa do médium) sofra a intromissão de certos elementos microbianos, já que é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais.
Os elementos Nos fenómenos de Materialização os espíritos contam com três elementos essenciais:
- Forças superiores e subtis das esferas elevadas:
São puras, contribuem para a sublimação do fenómeno;
- Recursos ou energias do médium e dos seus companheiros (Ectoplasma):
Obstáculos são colocados por causa de formas pensamento, emanações viciosas (fumo, bebida, abuso de carnes), caprichos, incongruências;
- Recursos ou energias tomadas da natureza terrestre, nas águas, nas plantas, etc.
São dóceis, energias extremamente propícias à execução dos trabalhos.

Últimas providências
- Colocar o médium em condições fisiológicas e psicológicas para o trabalho;
- Socorro magnético; Incentivo aos processos digestivos(fluxo magnético projectado no estômago e fígado);
- Limpeza do sistema nervoso, para as saídas de força (limpeza eficiente e enérgica - Extracção de resíduos escuros);
- Auxílio para o desdobramento do médium (Passes Magnéticos).

Dois tipos de Materialização ¨
Normal:
o espírito incorpora o perispírito do médium colocado em transe;
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2019 8:15 pm

¨Sublimada:
O espírito organiza seu “corpo materializado” exclusivamente com os elementos essenciais às materializações (ectoplasma, forças subtis e da natureza), sem o concurso do perispírito do médium. Neste caso, elas podem ocorrer nos lares, ruas, campos, igrejas. É o próprio espírito, por si mesmo e com ajuda de supervisores espirituais (entidades especializadas), que leva a efeito a sublima composição dos três elementos essenciais mencionados. Pedido de André Luíz¨ André Luiz mostra-se interessado sobre os fenómenos da materialização e o Instrutor Alexandre intervém a seu favor;

¨Explicação de Alexandre sobre a Materialização:
Exige todas as possibilidades do aparelho do médium;
Movimenta todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados presentes;
À falta de colaboradores encarnados nas condições espirituais necessárias, há grande risco para organização mediúnica, sendo necessário maior número de colaboradores espirituais.

Seus Relatos
50 minutos antes do início da sessão:
Alexandre e André Luiz se reuniram aos demais colaboradores das diversas funções preparatórias;
É apresentado o superintendente dos trabalhos Irmão Camério.

Descrição dos procedimentos
¨Fronteira vibratória: isolamento da residência onde ocorreria o trabalho por uma extensa corrente de trabalhadores espirituais.
Observa que não estavam presentes os sofredores (ocorrência comum nos demais casos);
Havia o máximo cuidado para que princípios mentais de origem inferior não afectassem a saúde física dos colaboradores encarnados nem a pureza do material necessário;
Não conseguiam impedir a entrada de entidades inferiores (obsessores de obsidiados, ambos muito ligados);
Os cuidados eram estendidos aos encarnados.
Alteração na atmosfera ¨Ionização:
20 entidades, preparando o local, movimentaram o ar ambiente com gestos rítmicos a fim de ionizar a atmosfera;

¨Condensação do oxigénio:
várias entidades colaboradoras, com aparelhos de grande potencial eléctrico, realizaram a ozonização da atmosfera (O3) = extermínio de larvas e expressões microscópicas de actividade inferior (bactericida);

Recursos
¨Recursos da Natureza:
entidades entravam no local portando material luminoso = elementos de plantas e da água estruturados para reduzido número de vibrações e invisíveis a olhos humanos;

¨Outros Recursos:
forças superiores e subtis das esferas elevadas; e ectoplasma (energias do médium e de seus companheiros) – este exige esforço da equipe de trabalhadores, em função das formas-pensamento absurdas e emanações viciosas.

Participantes
¨Pessoas familiarizadas com a reunião;
¨A médium acompanhada de diversas entidades (destaque para Alencar – entidade de elevada condição, parecia chefiar o grupo de servidores);
¨Verónica, amiga do orientador, fora enfermeira em vida passada.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 15, 2019 8:15 pm

Preparação da Médium
¨Verónica convida Alexandre para dar início aos procedimentos:
Ambos mais três colaboradores colocaram a mão em forma de coroa sobre a fronte da jovem, formando vigoroso fluxo magnético projectado no estômago e fígado.
As forças concentraram-se sobre o plexo solar, espalhando-se sobre todo o sistema vegetativo e acelerando o processo químico da digestão;
Aplicaram fluxos magnéticos diferenciados para a preparação do sistema nervoso (saída de forças), Alexandre no cérebro e Verónica e os demais sobre o sistema nervoso central (nervos cervicais, dorsais, lombares e sacros).

limpeza eficiente e enérgica = saída de resíduos dos centros vitais;
socorro do organismo nos processos de nutrição, circulação metabolismo e acções protoplasmáticas = equilíbrio fisiológico.
Quando Verónica inicia a aplicação de passes magnéticos a fim de processar o desdobramento...

Surpresa desagradável
¨Sr. P. chega à sessão e causa perturbação:
Provocou choque de vibrações no recinto, pois havia bebido (mesmo estando bem disposto, sem traços de embriaguez);
Alencar ordenou aos colaboradores para insulá-lo (isolá-lo), para evitar maiores influenciações;
­Semelhantemente, a respiração emite venenos quando alguém bebe alcoólicos em abundância;
Os princípios etílicos são emanados pelos poros, nariz, boca, prejudicando os trabalhos;
Emanações do álcool de cana = nocivas aos delicados elementos de formação plástica, assim como às forças exteriorizadas do aparelho mediúnico.

Desdobramento
¨A médium é levada a pequeno gabinete improvisado:
Camério opera seu desdobramento projectando seu sublime potencial de energias;
Verónica e outras amigas amparavam a jovem parcialmente liberta dos veículos físicos;
O ectoplasma passou a exteriorizar-se como se fosse uma neblina espessa e leitosa.

A Materialização
A assistência encarnada não conseguiu colaborar com os preparativos finais;
¨Alencar solicitou ajuda a Alexandre e André:
Prepararam uma garganta ectoplasmática;
Alexandre, através dela, conclamou a todos solicitando que cantasse, a fim de não mais interferirem no processo que acontecia;
Fez-se música no ambiente e Alencar, profundamente ligado à organização mediúnica, tomou forma, ao lado da médium que era sustentada por Camério e assistida por numerosos trabalhadores.

Referências:
¨ARMOND, Edgar. Mediunidade. São Paulo: Aliança, 1992.
¨KULCHESKI, Edvaldo . O Ectoplasma. In: Revista Cristã de Espiritismo. Edição especial sobre Materialização. Fonte:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&ta... (acesso em 23/06/2009).
¨PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1987. 12ª Edição.
¨XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2003. 37ª Edição. Pesquisa realizada por Paula da Silva Soares

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty ANTES QUE SEJA TARDE…

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 16, 2019 7:43 pm

É bastante comum pessoas, no leito de morte, desejarem aliviar a consciência.
Fazem confissões apressadas de erros passados, pedindo e esperando perdão.
Acreditam que, por estarem partindo, tudo será perdoado e esquecido.
Não é verdade. Em algumas circunstâncias, revelações das faltas cometidas deixam, nos corações dos que ficam na Terra, muita mágoa e azedume.
Mágoa e azedume que, como vibrações negativas, chegarão ao Espírito liberto, perturbando-o, na vida espiritual.
Outros, antevendo a proximidade da morte, apresentam suas últimas vontades.
Dessa forma, os que os assistem nessa hora final, ficam constrangidos a executá-las, gerando-lhes, por vezes, muitos incómodos.
Moribundos há que desejam falar, mas não dispõem de voz, debatendo-se em aflição.
Por tudo isso, pensa e age de forma diversa.
Se sabes que um dia a morte te arrebatará o corpo, providencia já o que acredites necessário.
Não faças, nem alimentes inimigos. Perdoa sempre.
Desfaz, quanto antes, o mal entendido, para que, depois da morte, não venhas a te perturbar, por causa de remorsos, que serão tardios.
Se desejas presentear alguém com o que te pertença, ou almejes adquirir, providencia de imediato.
Não aguardes o tempo futuro.
Ele poderá não te chegar.
Faz testamento, regulariza a doação.
Executa tua vontade, agora.
Se pensas em reparar erros do ontem, toma logo a atitude.
Não relegues a outrem o acerto dos teus desatinos.
E, para que não te arrependas, depois da partida, não economizes palavras e gestos aos teus amores.
Acarinha, abraça, beija.
Após o desenlace, poderás desejar o retorno para dar recados e falar do amor que nunca expressastes na Terra.
Poderá ocorrer que a Divindade não te permita.
Ou que não tenhas as condições para a manifestação.
Ou não encontres a quem falar e dizer.
Por ora, podes falar e agir. Fá-lo.
Depois da morte, precisarás contar com quem te interprete o pensamento, quem te deseje ouvir, te sintonize.
E lembra que se não semeares afeições e simpatias, enquanto no trânsito carnal, não terás frutos a recolher na Espiritualidade.
Nem quem te recorde no mundo.
Se almejas fazer o bem, servindo à comunidade, prestando serviço voluntário, engaja-te hoje ainda.
Não aguardes aposentadoria.
Dá hoje a hora que te sobra ou conquistas, entre os tantos compromissos agendados, porque poderá acontecer que não venhas há gozar os dias que esperas.
Ou que, por circunstâncias que independam da tua vontade, necessites alongar a jornada profissional por mais alguns anos.
Vive intensamente.
Matricula-te no curso de idiomas, na aula de música, pintura, bordado.
Esmera-te no aprendizado para que, ao partir, leves contigo uma grande bagagem.
De braço dado com quem amas, realiza a viagem sonhada.
Fotografa tudo com o coração, para não esquecer nenhum detalhe.
A máquina fotográfica poderá falhar, por defeito técnico ou inabilidade de quem a manuseia.
Mas o teu coração não esquecerá jamais o que viveu amorosamente.
Feito tudo isso, se a morte chegar, de rompante ou te abraçar de mansinho, poderás seguir sem traumas, sem medos, em paz.
E em paz deixarás os teus familiares, os teus amigos, os teus colegas e conhecidos.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Biliões de Espíritos disputam vaga por um corpo físico

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 17, 2019 7:08 pm

Neste período de transição planetária em que vivemos, a Fila da Reencarnação está enorme.
Biliões de Espíritos disputam vaga por um corpo físico…
Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos.
O Espiritismo explica que estamos vivendo um período de transição.
Deixaremos de ser um mundo de Prova e Expiação para sermos um mundo de Regeneração.
Temos até casos ocorridos no nosso Grupo:
“Um Irmão desencarnado, depois de bater em muitas portas, não conseguindo êxito, manifestou-se pedindo desesperadamente ajuda, facto que tocou o coração de uma Irmã, presente nos Trabalhos, que se prontificou recebê-lo como Filho.
O facto tornou-se realidade, Ele Reencarnou na Casa dela e hoje está com mais ou menos 12 anos.
A fila para reencarnar está enorme.
Biliões de espíritos esperam pela oportunidade de um corpo físico.
A estimativa é de que haja em torno de 30 biliões de espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados.
Há espíritos que não reencarnam há séculos, e precisam apressar-se se quiserem permanecer no planeta.
Os que não se adequarem às novas directrizes serão deportados…
Os avós paternos e maternos do seu pai e os avós paternos e maternos da sua mãe, mais os pais do seu pai e os pais da sua mãe, mais seu pai e sua mãe.
Se os avós de seus pais (os seus bisavós) dependerem de você para nascer, são 8 espíritos disputando uma vaga e meia.
Viu como isso vai longe?
Um outro tipo de vida nos espera, com mais responsabilidades, com participação directa sobre os destinos daqueles que nos são caros e que ficaram para trás.
Ao longo de séculos e milénios, vamos formando afeições e vínculos de toda espécie com muitos espíritos.
Formamos grandes grupos, sobre os quais exercemos influência e pelos quais somos influenciados.
Uns progrediram mais, outros menos, alguns estacionaram há tempo.
Não conseguiremos usufruir de uma condição melhor sabendo que seres de quem gostamos estão afastados de nós por tempo indeterminado.
Também não deve ser agradável constatar que espíritos com quem não simpatizamos estão numa situação muito difícil graças, em parte, aos erros que cometemos em relação a eles no passado.
Que vamos demorar para reencarnar é praticamente certo.
Por mais que isso pareça apocalíptico, é hora de abandonarmos questões vãs, mágoas, recalques, ódio, sentimento de vingança, ambição desmedida, desejo exacerbado.
Tudo o que nos ligue à animalidade é sempre prejudicial, mas num período como o que vivemos não é só prejudicial, é decisivo.
Nosso maior esforço será em relação ao nosso próximo.
Todos nós conhecemos pessoas que não são exactamente elevadas mas pelas quais temos algum sentimento que fará com que nos responsabilizemos por elas.
Não temos mais tempo para brincadeiras.
Não podemos mais nos dar ao luxo de nutrir magoazinhas ridículas.
Se realmente levarmos alguns séculos para reencarnar novamente, encontraremos este planeta mudado.
Serão outros valores, outros padrões de pensamento e comportamento para com o próximo.

Mac Brenda

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty ALGUMAS VEZES PESSOAS ESTÃO MORRENDO POR DENTRO

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 18, 2019 7:28 pm

NÃO PERCEBEMOS NO MEIO DAS RISADAS PEDIDOS DE SOCORRO.

Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a Luz do Sol parece débil, sem que consiga fulgir nos panoramas do teu caminho.
Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadoras, gerando clima de sofrimento interior.
Nessas ocasiões, tudo corre mal.
Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas nonadas que se amontoam, transformando-se em óbice cruel de difícil transposição.
Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.
Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.
A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
Refaz, porém, a observação.
Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensável à fixação dos valores transcendentes.
Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu carácter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu imo.
Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós, não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.
Perdemos a percepção para as coisas subtis da vida espiritual, a mais importante, e desse modo nos desviamos da rota redentora.
Não te agastes, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.
A família segue adiante, a amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e rectificas conceitos.
Continua fiel no posto, operário anónimo do bem de todos, e espera.
Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente volverão:
os amigos que te deixaram, os amores que te não corresponderam, aqueles que te não quiseram compreender, quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade, os que investiram contra os teu anelos voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita vencido.
Tem calma! Silencia a revolta!
Refugia-te na palavra clarificadora do Evangelho consolador e enxuga tuas lágrimas com as suas lições.
Dos seus textos extrai o licor da vitalidade e tece com as mãos da esperança a grinalda de paz para o coração lanhado e sofrido.
Se conseguires afogar todas as penas na oração de refazimento, sairás do colóquio da prece restaurado, e descobrirás que, apesar de tudo acontecer em dias que tais, Jesus luze intimamente nas províncias do teu espírito.
Poderás, então, confiar e seguir firme, certo da perene vitória do amor.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty GRANDE PARTE DE DESENCARNADOS VOLTAM PARA CASA

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 19, 2019 7:18 pm

NÃO SÃO VISTOS E NEM OUVIDOS, SAEM A VAGAR CORRENDO O RISCO DE CAIR NAS MÃOS DA FALANGE.

Estado de Perturbação.
Um Espírito não esclarecido, chega do outro lado praticamente sem consciência do que está acontecendo, não acredita já estar "Morto", continua a agir como se ainda estivesse vivo, assiste todo o funeral e acha que está sonhando, fica ao redor do caixão com seu corpo ou entre os familiares.
Depois do enterro, volta para casa e tenta se comunicar, como ninguém responde às suas perguntas fica desorientado, não aceita auxílio de outros espíritos que vieram para ajudar; como sempre lhe disseram que “os bons”, vão directo para o céu, e como uma pessoa nunca se julga má, ele fica esperando que os anjos venham buscá-lo. ´
Como os anjos não aparecem, alguns ficam anos ou séculos na sua casa, no local da morte ou junto com os seus bens, tesouros ou pertences.

Presos a Matéria.
Pessoas que viveram aqui só voltados aos prazeres materiais, sem se preocupar com o seu futuro espiritual, geralmente demoram-se na crosta terrestre, buscando ainda os mesmos tipos de prazer que costumavam cultivar quando encarnados, acomodam-se junto aos encarnados que apreciam os mesmos vícios, induzindo as pessoas a prática, para usufruir dos fluídos. Ex: bebidas, cigarros, etc.
Aprendem a se alimentar da energia dos vivos, se “encosta” como dizem, numa pessoa que lhe ofereça condições, e muitas vezes, mesmo sem saber que está prejudicando, suga a sua energia.
Deixando-a, cada dia mais debilitada, começam a surgir às doenças.

Região de Sombra e Dor.
Quando o espírito comete delitos graves aqui na Terra (assassinatos, crimes) ele é atraído para regiões de sombra e dor, o chamado umbral, onde pelo sofrimento chegará um dia ao arrependimento e o desejo de reparar o mal praticado, e então será socorrido por espíritos bons que irão retirá-lo de lá e serão conduzidos a postos de atendimento espiritual conhecido como colónias.

Falta de preparo para morte.
Tudo isso acontece porque as religiões não preparam as pessoas para essa passagem.
Somente ensinam que o pecador, baptizado, convertido ou morrendo sob confissão, extrema unção, encomendação do corpo ou tendo um funeral com os rituais religiosos, vai directo para o céu.
As pessoas nasceram e são livres para fazerem o que quiserem inclusive o mal, aí entram as religiões cuja missão é conduzir o homem à prática do bem e da justiça e consequentemente prepará-lo para voltar melhor do que quando veio.
Por não admitir o renascimento a maioria das igrejas não tem outra saída, a não ser ensinar que o morto deve aguardar de braços cruzados dentro do caixão até o momento em que as trombetas vão soar e todos ressuscitarão, para o julgamento colectivo do juízo final.
Como nada prende um espírito, ele sai por aí para fazer o que quiser.
Esse é o motivo que incontáveis irmãos se encontram nessa situação há muito tempo.
É obrigação dos vivos auxiliarem com suas orações e actos aqueles que já se foram principalmente convencê-los do arrependimento.
Daí a necessidade de se doutrinar e evangelizar esses espíritos para que no menor tempo possível lhes seja dado conhecer a Verdade que os libertará das falsas doutrinas e das falsas promessas.

Livro Céu e Inferno.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Como conviver com as tentações?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 20, 2019 7:34 pm

“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.”– (Tiago, 1:14.)

Iniciamos este nosso artigo, recorrendo ao dicionário da língua portuguesa para entender o significado da palavra “Tentação”, conforme segue: Substantivo feminino.
Atracção por coisa proibida.
Movimento íntimo que incita ao mal.
Desejo veemente.

Os Espíritos Superiores atendendo às questões formuladas pelo codificador da Doutrina Espírita, sobre o assunto, esclareceram-nos nas perguntas abaixo, extraídas de O Livro dos Espíritos que seguem.

712 – Com que fim pôs Deus atractivos no gozo dos bens materiais?
“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.”

a) – Qual o objectivo dessa tentação?
“Desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.”

Se o homem só fosse instigado a usar dos bens terrenos pela utilidade que têm, sua indiferença houvera talvez comprometido a harmonia do Universo.
Deus imprimiu a esse uso o atractivo do prazer, porque assim é o homem impelido ao cumprimento dos desígnios providenciais.
Mas, além disso, dando àquele uso esse atractivo, quis Deus também experimentar o homem por meio da tentação, que o arrasta para o abuso, de que deve a razão defendê-lo.

713. Traçou a Natureza limites aos gozos?
“Traçou, para vos indicar o limite do necessário. Mas, pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos.”

714. Que se deve pensar do homem que procura nos excessos de todo género o requinte dos gozos?
“Pobre criatura! Mais digna é de lástima que de inveja, pois bem perto está da morte!”

a) – Perto da morte física, ou da morte moral?
“De ambas.”

O homem, que procura nos excessos de todo género o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade.
Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância confere ele à sua natureza animal sobre a sua natureza espiritual.
As doenças são, ao mesmo tempo, o castigo à transgressão da lei de Deus.
Parece-nos claro que o desenvolvimento da razão é algo, imprescindível, ao indivíduo para que atenda ao impositivo da Lei Maior, que estabelece que todo excesso é desnecessário, principalmente, em relação aos bens materiais que nos levam ao abuso indiscriminado desses recursos, causando prejuízos não só à sociedade como também a nós mesmos.
Por essa razão, o dinheiro, o poder, a evidência pessoal e etc. podem representar obstáculos difíceis de serem vencidos e se tornarem causas de quedas e atrasos em nossa caminhada rumo à felicidade e a paz de espírito que tanto almejamos desfrutar um dia, conforme nos mostra a história da humanidade onde o que não faltam são exemplos de personalidades ilustres, em todos os sectores da vida humana, que se deixaram arrastar pelos prazeres ilusórios das tentações.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 20, 2019 7:34 pm

Precisamos atentar para as instruções que os Emissários Superiores nos falam também sobre o papel da razão, que representa o equilíbrio e se alcança com o desenvolvimento da inteligência que Deus nos concedeu para o nosso crescimento intelectual, moral, e espiritual conforme podemos observar nas questões seguintes.

780. O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?
“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.” (192-365)

a) – Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal.
O homem, desde então, pode escolher.
O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos actos.”

Peçamos a Deus, na prece ensinada por Jesus que “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”, não nos esquecendo dos desafios que, muitas vezes, entendemos por mal e que, na verdade, são oportunidades necessárias ao nosso equilíbrio e quitação dos débitos contraídos diante das sábias e justas Leis Divinas.
Encerrando este artigo com as palavras de Emmanuel no capítulo 88 do livro Religião dos Espíritos conforme segue.
“…Recorda, porém, que toda dificuldade é teste renovador.
Todos somos tentados na imperfeição…”
A única fórmula clara e segura de vencer, no teste contra as influências inferiores, será sempre, o que for, com quem for e seja onde for, esquecer o mal e fazer o bem.

Francisco Rebouças

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Conflitos de conduta e subjugação

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 21, 2019 7:38 pm

Charity era viciada em drogas e deu à luz o menino Páris.
Nove anos depois engravidou novamente e teve a menina Ella.
O menino era mais introvertido e tímido, enquanto Ella era extrovertida, teimosa e determinada.
Charity conseguiu ficar longe das drogas por alguns anos.
Porém, quando Páris tinha 12 anos e Ella 3, teve uma recaída (por seis meses) com cocaína.
Foi difícil para Páris perceber que sua mãe era uma viciada.
Transtornado, com 13 anos de idade, ele sufocou e esfaqueou sua irmã 17 vezes com uma faca de cozinha.
Após o crime, ligou para o 911, o número de emergência local.
Páris disse à polícia que estava dormindo e que, ao acordar, viu que Ella tinha se transformado em um demónio em chamas.
Então, ele teria pegado a faca e tentado matar o "demónio".
Em 2007, Páris foi condenado a 40 anos de prisão pelo assassinato.
Charity estava convencida de que o crime não havia sido um acidente ou resultado de uma psicose temporária, pois, para ela, Páris realmente quis matar a irmã.
Charity acredita que a recaída nas drogas contribuiu para deixar Páris furioso.
Entretanto, do mesmo modo, crê que grande parte do que está por trás da personalidade do filho seja genética, pois o pai de Páris tinha esquizofrenia do tipo paranóica, caracterizada, por exemplo, pela presença de ideias frequentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações.
Cremos que o ambiente familiar e social tem papel importante no desenvolvimento e manutenção de transtorno de conduta.
Em alguns casos o uso de álcool e drogas pela mãe durante a gestação, e também de alguns medicamentos, já foram confirmados.
As pessoas com transtorno de conduta são caracterizadas por padrões persistentes de comportamento socialmente inadequado, agressivo ou desafiante, com violação de normas sociais ou direitos individuais.
São pessoas carentes de amor e de apreço pela sociedade, por isso ignoram o outro.
Adoptam costumes criminosos sem nenhum remorso, conservando-se frios e insensíveis ao que ocorre ao seu redor.
Para a psicologia o “self” nessas pessoas é desconectado do “ego”, padecendo uma rachadura que impede o completo relacionamento que determinaria a sua adaptação ao grupo social.
O Espiritismo explica que isso procede de legados morais e espirituais que brotam das experiências infelizes de outras existências, quando o Espírito delinquiu, camuflando a sua culpa e se esquivando da coexistência social.
E há, em muitos casos, influências espirituais que podem levar a desvios de conduta e mau carácter.
Allan Kardec esclarece que há vários tipos de obsessão, sendo o mais grave o de subjugação, em que o obsessor interfere e domina o cérebro do encarnado.
A subjugação pode ser psíquica, física ou físico-psíquica.
Assim, as doenças mentais ou físicas também podem, de acordo com o conhecimento espírita, sofrer influências externas.
Recuando à época de Jesus, conferimos que os evangelistas anotaram diversos episódios de obsessões.
A exemplo de Lucas, que descreveu o homem que se achava no santuário, possuído por um Espírito infeliz, a gritar para Jesus, tão logo lhe marcou a presença: “que temos nós contigo?”. [1]
Numa acção obsessiva, seguida de possessão e vampirismo, o evangelista Marcos escreveu sobre o auxílio seguro prestado pelo Cristo ao pobre gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros. [2]
No episódio da obsessão envolvendo alma e corpo, o apóstolo Mateus anotou que o povo trouxe ao Mestre um homem mudo, sob o controle de um Espírito em profunda perturbação e, afastado o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. [3]
Na obsessão indirecta, cuja vítima padece de influência aviltante, sem perder a própria responsabilidade, o discípulo amado João registou que um Espírito perverso havia colocado no sentimento de Judas a ideia de negação do apostolado. [4]
E na complicada obsessão colectiva causadora de “moléstias-fantasmas”, encontramos o episódio em que Filipe, transmitindo a mensagem do Cristo entre os samaritanos, conseguiu que muitos coxos e paralíticos se curassem, de pronto, com o simples afastamento dos Espíritos inferiores que os molestavam. [5]
Diante dessas inquietações espirituais, Emmanuel afirma que o Novo Testamento trata o problema da obsessão com o mesmo interesse humanitário da Doutrina Espírita.
Em face disso, devemos manter-nos atentos e ampliar o serviço de socorro aos processos obsessivos de qualquer procedência, porque os princípios de Allan Kardec revivem os ensinamentos de Jesus, na antiga batalha da luz contra a sombra e do bem contra o mal. [6]

Jorge Hessen

Referências bibliográficas:
[1] Lucas, 4: 33, 35.
[2] Marcos, 5: 2, 13.
[3] Mateus, 9: 32, 33.
[4] João, 13: 2.
[5] Actos, 8: 5, 7.
[6] XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos Médiuns, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 2001.


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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Por que os maus se dão bem na vida?

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 22, 2019 7:01 pm

Por que as pessoas boas sofrem tanto, enquanto as más parecem prosperar?
Porque estão agindo no meio delas, no ambiente que dominam, perfeitamente.
Sabemos que o mal ainda predomina na Terra, então é de se esperar que o mal se sobressaia, prepondere e prevaleça sobre o bem.
Numa sociedade mais justa, os maus se dão mal.
Existem diversas pesquisas que buscam encontrar uma razão que justifique o sucesso no campo profissional de pessoas consideradas más.
Uma delas examinou se a resistência mental explica por que os indivíduos com carácter duvidoso atingem a excelência em suas vidas profissionais.
Tecnicamente, essas pessoas fazem parte da “Tríade negra”, que é composta por indivíduos que se encaixam em perfis narcisistas, maquiavélicos e psicopáticos.
O resultado pareceu óbvio:
essas pessoas possuem alguns traços de tenacidade mental que lhes conferem vantagens no ambiente de trabalho, pois são ferrenhos na competição. (1)
Você já imaginou uma pessoa dessas (narcisista, maquiavélica e psicopática) como seu chefe?
Mas o que vem a ser uma pessoa boa e uma pessoa má segundo nosso ponto de vista?
A má é mais fácil de reconhecer, não obstante sermos mais rigorosos na avaliação quando somos nós a vítima.
Mas, em geral, as pessoas más são egoístas, orgulhosas, prejudicam os outros, sem pudor ou ética, aproveitam-se de toda situação para levar vantagem, ganham dinheiro desonesto e, por aí vai.
Então, vendo tantos crimes e perversidades, dizemos:
– Aí está uma pessoa de sorte, tem tudo na vida e é feliz mesmo fazendo todas essas maldades.
Diferentemente das novelas televisivas onde todas as pessoas más se dão mal no final, a verdade é que na vida, muitas vezes, essas pessoas se dão bem sim.
E se dão bem, justamente, porque o ambiente em que elas agem (nossa sociedade) facilita suas acções.
Mas será também que as aparências não enganam?
Sendo a felicidade uma conquista interior, representada pela consciência tranquila, pela paz que se apresenta espontânea e NÃO por tudo aquilo que podemos conquistar e gozar, temporariamente, aqui na Terra, será possível e verdadeira essa posição de prosperidade das pessoas más?
A felicidade dos maus não estaria somente na aparência?
Não têm eles problemas de relacionamento, por exemplo?
Os filhos são disciplinados, educados, estudiosos e sem vícios?
Se casados, como é o cônjuge?
Bom companheiro, responsável, cumpridor de seus deveres e amigo?
Na família não tem ninguém doente?
Claro que eles também têm muitos problemas.
É impossível viver na Terra sem aflições, angústias ou pressões diversas.
E quanto às pessoas que julgamos boas?
Por que muitas vezes sofrem tanto?
O padrão daquilo que julgamos ser “bondade” é algo que trazemos em nós.
Dessa forma, ao analisarmos a índole de uma pessoa, corremos o risco em errar, até porque não temos a capacidade de ver o que se passa na intimidade de cada um.
Muitas pessoas poderão aparentar bondade, com o objectivo de conseguir alguma coisa.
São bons actores, eis que usam seus actos dissimulados e fingidos para obterem alguma vantagem, nem que seja para alimentar seu ego (de acreditar ou mostrar que é uma pessoa boa).
Falam manso e devagar, aparentam calma, tranquilidade, muitas vezes, falam em nome de Deus, mas por dentro tem uma panela de pressão prestes a explodir.
Nesse caso, a bondade é apenas um verniz.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 22, 2019 7:02 pm

Em dias de provação mais dura ou quando seus interesses pessoais são ameaçados, a máscara cai e a verdadeira pessoa surge, revelando sua natureza.
“Muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido.
Vemos todos os dias situações parecidas com essa.
Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são.
Como diz a máxima:
‘Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela’.
É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores.
Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles.
Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade.
Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhecê-la mais a fundo.” (2)
Outra questão que precisamos entender é que as pessoas, realmente boas, são mais adiantadas espiritualmente e, por esse motivo, estão mais preparadas para enfrentar provas mais duras.
“Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo.
Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova.
Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova.
Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está.
Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série?
Claro que não.
O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões de ensino da série em que se encontra.” (2)
“O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo:
as almas mais adiantadas podem sofrer provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas.
As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades.
Não se pode exigir algo de quem não tem.
Como diz a máxima:
‘Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados’.” (2)
Por fim, não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, nosso passado espiritual fala mais alto.
Somos construtores do nosso destino e o fazemos com nossas escolhas e acções.
Ora, como a Lei de Deus é perfeita, colhemos aquilo que semeamos nesta e em outras vidas.
Pode ser que a pessoa bondosa esteja reparando o seu passado de erros, sabedora que a justa expiação das suas faltas lhe proporcionará a paz de consciência para avançar na senda do progresso mais livre e feliz no futuro.
Isso não é tudo, mas é o que conseguimos escrever nesse pequeno texto.

Fernando Rossit

Referências Bibliográficas:
(1) Tríade negra, Michael Onley , Universidade de Western Ontário.
(2) Apoio em texto original de Hugo Lapa.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Enfrentando os males da mentira

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 23, 2019 7:12 pm

Em tempos de grande inquietação e aflição colectiva como o que vivemos na actualidade, a verdade é geralmente menosprezada pelos defensores contumazes da mentira.
De facto, indivíduos de alta envergadura nas estruturas do poder contemporâneo no planeta têm abusado sistematicamente deste aviltante recurso visando confundir e desorientar as demais criaturas.
Tomemos como exemplo o que vem acontecendo especificamente nos Estados Unidos.
Não é nenhum segredo que aquele país desempenha um papel crucial na preservação da paz na Terra.
A sua cultura, conquistas e modo de vida exercem verdadeiro fascínio em outros povos.
Desse modo, espera-se que os seus líderes sejam sempre íntegros e precisos na transmissão das suas mensagens para as outras nações, bem como nas premissas que sustentam as suas decisões.
Contudo, é embaraçoso, para dizer o mínimo, o que o seu actual presidente vem fazendo nesse particular.
O insuspeito jornal americano The Washington Post informava, em sua edição de 1º de maio, que, no período de 466 dias no cargo de presidente do país, o Sr. Donaldo Trump, de acordo com um minucioso levantamento, havia dado 3001 declarações falsas ou distorcidas, ou seja, a espantosa média de 6,5 por dia.
Aliás, esse comportamento irregular tem sido uma das marcas da sua gestão.
Quem acompanha um pouco o dia a dia daquela nação deve se perguntar, como vem fazendo, por sinal, boa parte da imprensa americana:
como pode acontecer tal coisa?
O facto é que tal aberração vem ocorrendo, e ele não é o único a usar deste expediente obscuro.
Outros líderes mundiais adoptam, lamentavelmente, o mesmo padrão.
Como os EUA exercem grande influência no planeta, ecoam por toda parte a fala e as atitudes do seu polémico líder, assim como revela cada vez mais as nuances da sua (doentia) personalidade.
No geral, é deveras preocupante observar pessoas – às vezes, dotadas de grande poder – exibindo o comportamento de mentir habitualmente.
Há aí um claro problema psíquico requerendo vigoroso reparo.
Em termos bem simples, pessoas que mentem sistematicamente carecem de saúde espiritual.
Falta-lhes equilíbrio, bom senso e consciência dos seus actos.
Por isso, elas caminham inexoravelmente para a queda sem se dar conta disso.
Ingenuamente elas subestimam os seus interlocutores, pois crêem que sempre passarão impunes.
De modo geral, são almas ainda infantilizadas, já que não divisam as consequências das suas infelizes posturas perante os outros.
O Espiritismo, como farol da humanidade, traz importantes esclarecimentos sobre o assunto.
Nesse sentido, o Espírito Emmanuel, na obra O Consolador (psicografia de Francisco Cândido Xavier), alerta:
“A mentira é a acção capciosa que visa o proveito imediato de si mesmo, em detrimento dos interesses alheios em sua feição legítima e sagrada; e essa atitude mental da criatura é das que mais humilham a personalidade humana, retardando, por todos os modos, a evolução divina do Espírito”.
O seu alerta é altamente providencial.
Afinal, muitos indivíduos incumbidos de amparar os seus irmãos, através do exercício de funções estratégicas nas instituições do mundo, utilizam corriqueiramente o subterfúgio da mentira para justificar os seus delitos.
Ou ainda, como explica o Espírito Joanna de Ângelis, no livro Luz da Esperança (psicografia de Divaldo Pereira Franco), “Acostumando-se a uma observação negativa ou exagerada, o mentiroso avança no rumo da alienação, pois que sempre lhe impõem novas ginásticas mentais, a fim de acobertar os deslizes anteriores que se permitiu”.
Por essa razão, a sábia mentora recomenda-nos o dever de sermos receptivos à verdade e à acção inspirada na “inteireza moral”.
Ela também incisivamente propõe:
“Acostuma-te a ser fiel à verdade e ela estará à tua frente, abrindo-te os caminhos por onde palmilharás, sem que receies ser por ela ser seguido, corrigindo as tuas informações e dando a dimensão do teu comportamento, como sucede ao mentiroso”.

Portanto, abracemos sempre a verdade – não importando a circunstância e o contexto – e ela nos sustentará o avanço.

Anselmo Ferreira Vasconcelos

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Esquecimento do Passado

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 24, 2019 7:29 pm

O artigo de hoje constitui-se mais como um estudo do Livro II, Capítulo VII, questões 392 a 399 do Livro dos Espíritos, que trata sobre o esquecimento do passado, ou seja, das encarnações pretéritas dos ora encarnados.
Questão 392 – Por que o Espírito perde a lembrança do seu passado?
Resposta – O homem não pode nem deve tudo saber; Deus o quer assim em sua sabedoria.
Sem o véu que lhe cobre certas coisas, ficaria deslumbrado, como aquele que passa, sem transição, da obscuridade à luz.
Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo.

Inicialmente, entende-se que o esquecimento do passado é uma decisão de Deus, para que os encarnados não se tornem deslumbrados com posições de vidas anteriores, o que possibilita que ele viva o presente de forma mais plena.

Questão 393 – De que maneira pode o homem ser responsável por actos e resgatar faltas de que não se lembra?
Como pode aproveitar a experiência adquirida nas existências caídas no esquecimento?
Conceber-se-ia que as tribulações da vida fossem uma lição para ele, se se lembrasse do que as originou; mas do momento que não se lembra, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e está, assim, sempre a recomeçar.
Como conciliar isso com a justiça de Deus?

Resposta – A cada nova existência, o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal.
Onde estaria o mérito se ele se lembrasse de todo o passado?
Quando o Espírito volta à sua vida primitiva (a vida espírita) toda a sua vida passada se desenrola diante dele; ele vê as faltas que cometeu e que são causa do seu sofrimento, e o que poderia impedir de as cometer.
Compreende que a posição que lhe é dada é justa e procura, então, a existência que poderá reparar aquele que vem de se escoar.
Procura provas análogas àquelas pelas quais passou, ou lutas que crê adequadas ao seu adiantamento, pedindo aos Espíritos que lhe são superiores para ajuda-lo nessa nova tarefa que empreende, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que cometeu.
Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo criminoso que vos vem, frequentemente, e ao qual resistis instintivamente, atribuindo, no mais das vezes, vossa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, enquanto que é a voz da consciência que vos fala, e essa voz é a lembrança do passado; voz que vos adverte para não recaírdes nas faltas que já cometestes.
O Espírito, entrado nessa nova existência, se suporta essas provas com coragem, e se resiste, eleva-se e ascende na hierarquia dos Espíritos, quando volta entre eles.

Explica, em nota, Kardec:
Se não temos, durante a vida corporal, uma lembrança precisa do que fomos e do que fizemos, de bem ou de mal, nas nossas existências anteriores, temos a intuição, e nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado. Aquela nossa consciência, que é o desejo que abrigamos de não mais cometer as mesmas faltas, nos previne a resistência.

Questão 394 – [i]Nos mundos mais avançados que o nosso, onde os homens não estão premidos por todas as nossas necessidades físicas e nossas enfermidades, eles compreendem que são mais felizes do que nós?
A felicidade, em gral é relativa, sentimo-la por comparação com um estado menos venturoso.
Visto que, em definitivo, alguns desses mundos, ainda que melhores do que o nosso, não estão no estado de perfeição, os homens que os habitam devem ter seu género de motivos de aborrecimentos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 24, 2019 7:29 pm

Entre nós, o rico, que não tem as angústias das necessidades materiais como o pobre, não tem menos tribulações que tornam sua vida amarga.
Ora, eu pergunto se, na sua posição, os habitantes desses mundos não se crêem mais infelizes do que nós e não se lamentam de sua sorte, não tendo a lembrança de uma existência anterior para comparação?[/i]
Resposta – A isso é preciso dar duas respostas diferentes.
Há mundos entre aqueles de que falas, cujos habitantes têm uma lembrança muito clara e muito precisa de suas existências passadas.
Esses, tu o compreendes, podem e sabem apreciar a felicidade que Deus lhes permite saborear.
Mas existem outros onde os habitantes, como tu o dissestes, colocados em melhores condições do que vós, não têm menos aborrecimentos, infelicidade mesmo; esses não apreciam sua felicidade pelo facto mesmo de que não têm lembrança de um estado ainda mais infeliz.
Se eles não a apreciam como homens, apreciam-na como Espíritos.

Mais uma vez Kardec aduz em nota:
Não há, no esquecimento dessas existências passadas, sobretudo naquelas que foram penosas, alguma coisa de providencial e na qual se revela a sabedoria divina?
É nos mundos superiores, quando a lembrança das existências infelizes não é mais do que um sonho mau, que elas afloram à memória.
Nos mundos inferiores, as infelicidades actuais não seriam agravadas pela lembrança de tudo aquilo que se suportou?
Concluamos daí, então, que tudo que Deus fez está bem feito e não nos cabe criticar-lhe as obras e dizer como deveria regular o Universo.
A lembrança de nossas individualidades anteriores teria inconvenientes muito graves; poderia, em certos casos, nos humilhar extraordinariamente e, em outros, exaltar o nosso orgulho e, por isso mesmo, entravar o nosso livre-arbítrio.
Deus nos deu, para nos melhorarmos, o que nos é necessário e nos basta:
a voz da consciência e nossas tendências instintivas, privando-nos do que nos poderia prejudicar.
Acrescentemos, ainda, que se tivéssemos a lembrança de nossos actos pessoais anteriores, teríamos igualmente dos actos dos outros e esse conhecimento poderia ter os mais deploráveis efeitos sobre as relações sociais.
Não havendo sempre motivos para nos glorificarmos do nosso passado, ele é quase sempre feliz quando um véu lhe seja lançado.
Isso concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos sobre os mundos superiores ao nosso.
Nesses mundos, onde não reina senão o bem, a lembrança do passado não tem nada de penosa; eis porque sabem aí de sua existência precedente, como nós sabemos o que fizemos na véspera.
Quando à estada que fizeram nos mundos inferiores, como dissemos, não é mais que um sonho mau.
As questões prosseguem acerca do tema, mas cabe salientar que até aqui pode-se entender que o esquecimento do passado tem a ver com a questão de não permitir que sejamos regiamente humilhados ou então, que deixemos que o orgulho e vaidade, raízes das maiores mazelas humanas, tomem conta de nós.
Se aqui estamos para quitar débitos, não há como saber o que o próximo nos fez no passado, já que sempre, de alguma forma, isso iria influenciar sobremaneira a nossa forma de lidar com ele.

Questão 395 – Podemos ter algumas revelações sobre nossas existências anteriores?
Resposta – Nem sempre.
Muitos sabem, entretanto, o que foram e o que fizeram; se lhes fosse permitido dizê-lo abertamente, fariam singulares revelações sobre o passado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 24, 2019 7:30 pm

Questão 396 – Certas pessoas crêem ter uma vaga lembrança de um passado desconhecido que se lhes apresenta como a imagem fugidia de um sonho que se procura em vão reter.
Essa ideia não é uma ilusão?

Resposta – Algumas vezes é real; mas, frequentemente, é uma ilusão contra a qual é preciso se colocar em guarda, porque pode ser o efeito de uma imaginação super-excitada.
Nessas questões, entende-se que muito dificilmente pode-se ter revelações acerca do passado, e quem as têm, não podem falar abertamente sobre o assunto.
Além disso, aqueles que crêem ter lembranças de seu passado, na maioria das vezes sofrem com ilusões e é preciso que se tenha cuidado com isso.

Questão 397 – Nas existências corporais de uma natureza mais elevada que a nossa, a lembrança das existências anteriores é mais precisa?
Resposta – Sim, à medida que o corpo é menos material, lembra-se melhor.
A lembrança do passado é mais clara para aqueles que habitam mundos de uma ordem superior.

Questão 398 – As tendências instintivas do homem, sendo uma reminiscência do seu passado, segue-se que pelo estudo dessas tendências pode conhecer as faltas que cometeu?
Resposta – Sem dúvida, até um certo ponto; mas é preciso ter em conta o progresso que pode ter-se operado no Espírito e as resoluções que tomou no estado errante.
A existência actual pode ser muito melhor do que a precedente.
Nessa questão verifica-se que, apesar de nossas tendências mais primitivas poderem ser sinais do passado, muitas vezes o progresso do Espírito já se operou e a existência presente pode ser muito melhor que a anterior, o que leva esse critério a ser falho.

Segue a pergunta:
- Pode ser pior?
O homem pode cometer em uma existência faltas que não cometeu na precedente?

Isso depende de sua elevação.
Se não sabe resistir às provas, ele pode ser arrastado a novas faltas, que são a consequência da posição que escolheu.
Mas, em geral, essas faltas acusam mais um estado estacionário que um estado retrógrado, porque o Espírito pode avançar ou parar, mas não recua.
Interessante colocação na continuação da referida questão, onde pode-se aprender que muito dificilmente um Espírito recua, ou seja, tem uma encarnação presente pior do que a anterior, visto que geralmente, a regra é que ele estacione, ou seja, mantenha-se no mesmo grau de evolução, ou avance.

Por fim, encontra-se a derradeira questão:
Questão 399 – As vicissitudes da vida corporal, sendo ao mesmo tempo uma expiação pelas faltas passadas e provas para o futuro, segue-se que da natureza dessas vicissitudes pode-se induzir o género da existência anterior?
Resposta – Muito frequentemente, pois, cada um é punido por aquilo que pecou; entretanto, não é preciso fazer disso uma regra absoluta.
As tendências instintivas são um índice mais certo, porque as provas que o Espírito suporta são tanto pelo futuro como pelo passado.

Por fim, Kardec complementa em nota, resumindo as questões trabalhadas:
Alcançado o termo marcado pela Providência para sua vida errante, o próprio Espírito escolhe as provas às quais quer se submeter para acelerar o seu progresso, quer dizer, o género de existência que ele crê mais apropriado para lhe fornecer os meios, e essas provas estão sempre em relação com as faltas que deve expiar.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 24, 2019 7:31 pm

Se triunfa, se ela; se sucumbe, está por recomeçar.
O Espírito goza sempre do seu livre-arbítrio e é em virtude dessa liberdade que, no estado de espírito, escolhe as provas da vida corporal e que, no estado de encarnado, delibera se as cumpre ou não, escolhendo entre o bem e o mal.
Denegar ao homem o seu livre-arbítrio, será reduzi-lo à condição de máquina.
Entrando na vida corporal, o Espírito perde momentaneamente a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as ocultasse.
Todavia, ele tem algumas vezes uma vaga consciência e elas podem mesmo lhe serem reveladas em certas circunstancias; mas é apenas pela vontade dos Espíritos superiores que o fazem espontaneamente, com um fim útil e jamais para satisfazer uma vã curiosidade.
As existências futuras não podem ser reveladas em nenhum caso, pela razão de que elas dependem da maneira que se cumpra a existência presente e da escolha ulterior do Espírito.
O esquecimento das faltas cometidas não é um obstáculo ao progresso do Espírito, porque, se não tem uma lembrança precisa, o conhecimento que teve no estado errante e o desejo que tomou de as reparar guiam-no pela intuição e lhe dão o pensamento de resistir ao mal.
Esse pensamento é a voz da consciência, que é secundada pelos Espíritos que o assistem, se escuta as boas inspirações que sugerem.
Se o homem não conhece os actos que cometeu nas suas existências anteriores, ele pode sempre saber de que género de faltas se tornou culpado e qual era seu carácter dominante.
Basta estudar-se e pode julgar do que foi, não pelo que é, mas por suas tendências.
As vicissitudes da vida corporal são, ao mesmo, uma expiação pelas faltas do passado e provas para o futuro.
Elas nos depuram e nos elevam segundo as suportemos com resignação e sem murmurar.
A natureza das vicissitudes e das provas que suportamos pode, também, nos esclarecer sobre o que fomos e o que fizemos, como neste mundo julgamos os factos de um culpado pelos castigos que lhe inflige a lei.
Assim, alguém será castigado no seu orgulho pela humilhação de uma existência subalterna; o mau rico e o avaro, pela miséria; o que foi duro para com os outros, pela dureza que suportará; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão dos seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc.
Por fim, para pensarmos acerca do assunto, fica a frase de Harold Macmillian:
“O passado deve ser usado como um trampolim e não como um sofá”.
Vivamos o hoje, sejamos bons hoje, façamos o bem e levemos o amor por onde passarmos... só assim o passado fará sentido e o futuro será luminoso.

Paz a todos!

Rafaela Paes

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty O poder da resignação

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 25, 2019 7:48 pm

Virtude esquecida e pouco trabalhada, a resignação é a base para nossa paz com Deus.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. IX, item 8), há uma instrução de autoria do benfeitor espiritual Lázaro que define essa virtude:
“a obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração.
Ambas são forças activas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair”.
Sobre ela, o benfeitor espiritual André Luiz, afirma que “a rocha garante a vida no vale por resignar-se à solidão”(1), e que “a resignação tem o poder de anular o impacto do sofrimento”(2).
Resignação não é o mesmo que conformismo.
Enquanto o indivíduo conformista se acomoda às circunstâncias, seja por preguiça, indolência, orgulho, interesses pessoais ou, até mesmo, por ignorância, aquele que é resignado procura se adequar sempre aos desígnios divinos e aos ensinamentos de Jesus, sem deixar de se melhorar, aperfeiçoando a vida em torno de si e daqueles com quem vive.
Os revoltados ou indignados contra tudo e contra todos, que vivem gritando “Eu não aceito!”, acabam por se tornar antipáticos aos outros, além de correr o risco de prejudicar a própria saúde, física e mental.
Já os submissos a Deus, confiantes em Sua Bondade e Misericórdia, acabam por conquistar a simpatia e a admiração dos outros, tornando-se, eles mesmos, exemplos dessa virtude.
Ser resignado é estar em paz com Deus, e estamos em paz com Ele quando nos submetemos, confiantes, aos Seus desígnios.
O Espiritismo pode contribuir para a aquisição dessa virtude tão necessária ao nosso equilíbrio?
Certamente que sim!
A Doutrina Espírita esclarece consolando e consola esclarecendo, ensinando que:
As aflições da vida podem ter suas causas na existência actual, resultantes de nossa imprevidência, ou então, como consequência natural de nossas faltas em existências anteriores.
O sofrimento é inerente ao nosso actual estágio evolutivo.
Toda dor tem uma causa justa, porque Deus é justo, e um objectivo útil, que é o nosso aperfeiçoamento espiritual.
Todos os sofrimentos tais como as decepções, as dores físicas, a perda de entes queridos, a ruína financeira, encontrarão sua consolação na fé no futuro e na confiança na justiça de Deus que Jesus veio ensinar à humanidade sofredora.
A mudança na maneira de encarar a vida presente é necessária para direccionar nossas aspirações para a vida futura que a todos aguarda.
A brevidade e a transitoriedade de tudo o que se relaciona à vida material nos conduzem ao desprendimento dos bens materiais.
O concurso de bondosos amigos espirituais não nos faltará quando buscarmos o amparo divino através da oração.
A caridade é recurso salvador, pois amenizando a dor do próximo, as nossas serão igualmente amainadas.
A resignação não é possível sem uma fé sólida e esclarecida, que encoraja e acalenta.
É o que ensina o benfeitor espiritual Emmanuel(3):
“Falta-nos reconhecer – mas reconhecer claramente – que Deus está em nós, connosco, junto de nós, ao redor de nós e que, por isso mesmo, é imperioso, de nossa parte, aceitar as lições difíceis, mas sempre abençoadas do sofrimento, nas quais, a pouco e pouco, obteremos a coragem suprema da fé invencível”.
Allan Kardec nos legou preciosas orientações em torno da resignação, inclusive no sentido de rogarmos aos Bons Espíritos o auxílio necessário para a conquista dessa virtude.
Sim, isso mesmo!
A oração é necessária quando a revolta, disfarçada às vezes como indignação, de forma subtil, começa a se instalar em nosso coração, mesmo diante dos factos mais corriqueiros.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo dedicado às aflições da vida (cap. V), em suas considerações sobre os motivos para a resignação (item 13), Kardec afirma que podemos amenizar ou aumentar o amargor das nossas provas conforme o modo de encarar a vida terrena:
“O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 25, 2019 7:49 pm

Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma.”
Na sequência de suas considerações (item 14), ele destaca a importância da resignação, acompanhada da fé no futuro, como sendo a melhor vacina contra duas calamidades morais – o suicídio e a loucura:
“A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio.”
Já no capítulo dedicado às preces, Kardec incluiu três sugestões de rogativas para solicitarmos, aos Bons Espíritos, a bênção da resignação nas situações aflitivas da vida, (cap. XXVIII, itens 30-33), ensinando-nos a procurar as causas das nossas aflições, se elas são o resultado de nossa imprudência, ou se não dependem de nossas acções na existência actual:
“Em todos os casos, devemos submeter-nos à vontade de Deus, suportar corajosamente as atribulações da vida, se quisermos que elas nos sejam contadas e que se apliquem sobre nós estas palavras do Cristo: bem-aventurados os que sofrem.”
Bela beleza das preces apresentadas, vale destacar um trecho da primeira delas (item 30):
“... Aceito a aflição que estou provando como uma expiação para as minhas faltas passadas e uma prova com vistas ao futuro.
Bons Espíritos que me protegem, dai-me a força de a suportar sem murmurar; fazei que eu a encare como uma advertência providencial; que ela enriqueça a minha experiência; que abata o meu orgulho e diminua a minha ambição, a minha tola vaidade e o meu egoísmo; que contribua, enfim, para o meu adiantamento”.
Com a revolta diante das aflições da vida, sobretudo aquelas que não conseguimos evitar, não alcançaremos a vitória espiritual sobre nós mesmos, correndo o risco de ter que repetir essas experiências, talvez em condições mais difíceis, em futuras existências.
Porém, com a resignação, nossas dores serão como os primeiros avisos de que nossa alegria espiritual está a caminho.
Em suas lições aprendidas na escola da vida, minha mãe dizia que em muitas situações a única alternativa que nos resta é a resignação.
Considerando que tudo se resume numa única palavra – aceitação – o benfeitor espiritual Emmanuel mais uma vez destaca a necessidade da confiança em Deus, sobretudo nos momentos difíceis(3):
“Devemos confiar em Deus nos dias de céu azul, mas igualmente confiar em Sua Divina Providência nas horas da tempestade.
Acolher a dor como sendo a preparação da alegria.
Atravessar a provação, entesourando experiência.
Observar as leis da vida e acatá-las, compreendendo que a dificuldade é instrução imprescindível.”
Finalizando essas considerações, recordamos o poeta fluminense Casimiro Cunha (1880-1914).
Filho de pais muito pobres, ficou órfão de pai aos sete anos e estudou apenas o curso primário; cego de um olho aos 14, devido a um acidente, perdeu completamente a outra visão aos 16 anos.
Casou-se aos 29 anos e teve dois filhos.
Espírita convicto, era portador de grande jovialidade, um exemplo de resignação e força moral, apesar da cegueira e dos reduzidos recursos materiais.
Pela psicografia de Chico Xavier, sua doce poesia transformou-se em mensageira do Evangelho e é com um de seus versinhos do livro Gotas de luz que finalizamos:
“Em teu combate no bem,
/ Se desejares vencer,
/ Aprende resignado
/ A tolerar e a sofrer”.

Maroísa F. Pellegrini Baio

1. XAVIER, Francisco Cândido. Agenda cristã. Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ. FEB, 1981. 21 ed. Cap. 35.
2. XAVIER, F. C; BACCELLI, C. A. Brilhe vossa luz. Espíritos diversos. Araras, SP. IDE, 1987. Cap. 6.
3. ________. Bênção de paz. Pelo Espírito Emmanuel. São Bernardo do Campo, SP. GEEM, 2010. 15 ed. Cap. 51.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty Escorrendo pelas paredes

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 26, 2019 7:29 pm

O pequeno garoto sofria há dias de uma difícil dor de cabeça que não lhe dava tréguas.
Prostrado, preocupava os pais, pois se apresentava também febril e os medicamentos não surtiam efeito.
Procuraram ajuda.
A vinda daquela bondosa senhora, sempre disposta a atender e socorrer os dramas humanos decifrou o enigma.
Ao adentrar a casa, com a ampliação de sua visão mediúnica, pode perceber pelas paredes da casa focos de lama, como verdadeiras gosmas que escorriam pelas paredes, pingavam do tecto, causando grandes prejuízos ao ambiente doméstico.
Ao entrar no quarto do garoto, percebeu-o fluidicamente atolado no líquido lamacento, causa da forte dor de cabeça e do estado febril.

A causa desses focos fluídicos de lama?
O palavreado do pai.
Habituado a palavrões, xingamentos, projectava no ambiente da casa o resultado de suas emanações mentais.
A cada palavreado de revolta, a cada agressão verbal, a cada palavrão, a vibração de seus sentimentos através da voz agressiva projectava no ambiente do lar o resultado de seus desequilíbrios.
A prece no ambiente dava a sensação de uma pá que juntava o lixo para jogá-lo pela janela, limpando aquelas vibrações pesadas espalhadas pelo pai descuidado.
E como isso impressionava vivamente o garoto, que absorvia a agressividade do próprio ambiente!
O cuidado com o que pensamos e falamos é vital para a paz interior e para a harmonia da família.
O pensamento é capaz de construir o edifício grandioso de nossa felicidade ou o abismo de nossas perturbações.
E o que pensamos acaba se transformando em acções...
Cuidar da voz, da selecção de palavras que não firam a dignidade e que sintonizem com o bem geral que deve nortear nosso comportamento é mais importante do que imaginamos.
Ocorre que o que pensamos, o que falamos, atrai e sintoniza vibrações que se assemelham.
O que fazemos, o que falamos, atrai para o ambiente onde vivemos vibrações que podem ser de harmonia ou de desarmonia, de paz ou de profundas perturbações.
Trata-se apenas de seleccionar o que é bom para que tenhamos connosco o mesmo bem que desejamos.
O bem é sempre o bem, não tenhamos dúvida.

A propósito, é oportuno ler o que escreveu Lucius, através da psicografia de André Luiz Ruiz, no notável livro Despedindo-se da Terra:
“(...) Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xingamentos como forma de desafogo, é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no interior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que ficam reverberando pela atmosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima, raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental.
Não bastando isso, a degeneração fluídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar para o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores (...) se vêem atraídos por aquele choque magnético que eles identificam.
(...) Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia, piorando o estado geral da vibração colectiva (...)”.
Nada mais tenho a acrescentar diante de tão claros e lúcidos argumentos.

Orson Peter Carrara

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 27, 2019 7:18 pm

"ENQUANTO DORMIMOS, ESTUDAMOS, SOCORREMOS E VISITAMOS ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS.

Actividade Nocturna do Espírito (Desdobramento).
Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais ténues.
A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência.
Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez.
Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas actividades e compressões dependem do nível de elevação.
O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das acções, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes.
Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia.
A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante.
Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos predilectos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da actividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono.
Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas.
Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende actividades nocturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito.
Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência actual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.

Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.

P-400 “ O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material?
- É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio.
O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.

P-401 “ Durante o sono a alma repousa como o corpo?
- Não, o espírito jamais está inactivo.
Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.

P-403 “ Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono?
- Pelos sonhos.
O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 27, 2019 7:18 pm

O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono.
Podemos notar, que nem sempre sonhamos.
Mas, o que isso quer dizer?
Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos.
É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades.
Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.
As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos.
Elas podem ser:
uma visão actual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.
O sonho é uma expressão da vida real da personalidade.
O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária.
Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direcciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objectivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafectos, parentes, “mestres” etc.
Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos.
O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro.
O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror.
É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de facto são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafectos desta ou de outras vidas.

Preparação para o Sono.
Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo facto de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta actividade o corpo físico repousa e liberta toxinas.
Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.
Façamos um preparo para o nosso repouso diário:
Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.
Mental Espiritual - leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.
Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com actos voltados ao bem, pois então, actividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.

Perispírito e Desdobramento.
Embora, durante a vida, o Espírito seja fixado ao corpo pelo perispírito, não é tão escravo, que não possa alongar sua corrente e se transportar ao longe, seja sobre a terra, seja sobre qualquer outro ponto do espaço. (Allan Kardec , A Génese, Cap. XIV, It 23).
Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, conclui:
A melhor prova de existência do perispírito é mostrar que o homem pode desdobrar-se em certas circunstâncias.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 27, 2019 7:19 pm

Desdobramento.
É o nome que se dá o fenómeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.
O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos.
Fenómenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo.
E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer.
O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção.
Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.

Os desdobramentos podem ser:
a) conscientes: Este, caracteriza-se pela lembrança exacta do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos factos e actividades por ele desempenhadas no acto do desdobramento.
O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exacto em que se inicia o desdobramento.
Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois.
Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante.
Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.

b) inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se.
Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a actividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, ideias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais ténues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efectivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.

c) voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento.
Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências.
É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento.
Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 27, 2019 7:19 pm

Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos actos e cuja actividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.

d) provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos, agentes desencarnados ou até mesmo encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado.
Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores.
Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios.
Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos malfeitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo.
A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.

e) emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por factores físicos ou espirituais.
Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito ténues em relação a ligação com o corpo.
O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente.
Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se.
Há flacidez geral dos membros.
Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.

e) emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito.
Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros.
A inteligência pode se manifestar nestes casos.
Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 4 Empty __*PARALISIA DO SONO SEGUNDO O ESPIRITISMO*__

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 28, 2019 7:47 pm

Cientificamente, a paralisia do sono é uma paralisia temporária vivida no momento após o acordar ou, mais raramente, antes de adormecer.
Ela é uma parte natural do sono REM, sendo que o cérebro acorda, mas a paralisia corporal persiste, deixando a pessoa temporariamente incapaz de se mover, podendo ser acompanhada pelas chamadas alucinações hipnagógicas (auditivas, visuais, tácteis ou olfactivas).
Quem já viveu a paralisia do sono a retracta como se fosse um sonho, por isso, é muito comum ouvir relatos de pessoas que alegam ter visto a si mesmas deitadas na cama sem poder se mover.
Mas será que há também uma explicação espiritual para o facto?
Para essa vertente de explicação, dois princípios devem ser levados em conta: o ser humano é dual e os espíritos estão por toda parte.
Dual porque diz-se que “durante a evolução cronológica e biológica, o ser humano pode passar a prever experiências que o preparam para vivenciar uma experiência entre os dois plano espirituais.
Resumindo, os episódios da paralisia do sono seriam uma espécie de treinamento para o espírito que está encarnado junto ao corpo”.
Essa preparação diz respeito, especificamente, ao desdobramento astral.
Em relação à afirmação de que os espíritos estão por toda parte, ela “vem para explicar situações que acontecem durante a paralisia do sono, como sentir a presença de alguém ou ouvir vozes e sons. Isso porque de facto, os espíritos estão em todo lugar e eles podem propiciar sensações e vivências positivas ou negativas”.
Em decorrência desses princípios, pode-se concluir, em primeiro lugar, que a paralisia do sono é uma espécie de desdobramento incompleto, uma linha entre o sono e o despertar, “quanto faculdades típicas do espírito desencarnado operariam conjuntamente ou de forma perturbada com as faculdades sensoriais do encarnado.
Nessa condição, a pessoa passa a ver ou interpretar de forma extravagante a presença de espíritos”.
Aqui, importante dizer, não trata-se de um processo de obsessão.
Seus efeitos podem ser atenuados com conhecimento, ou seja, entender do que se trata espiritualmente é uma forma de prevenir a ocorrência da paralisia do sono.
Ela é um estado em que a pessoa se encontra semi-desperta e, se tiver conhecimento, pode e deve pedir por protecção.
É o que demonstra Kardec em “A Revista Espírita”, julho de 1859, Discurso de encerramento do ano social 1858-1859:
“Ensinam os nossos estudos que o mundo invisível que nos circunda reage constantemente sobre o mundo visível e no-lo mostram como uma das forças da natureza.
Conhecer os efeitos dessa força oculta que nos domina e nos subjuga malgrado nosso, não será ter a chave de muitos problemas, as explicações de uma porção de factos que passam despercebidos?
Se esses efeitos podem ser funestos, conhecer a causa do mal não é ter um meio de preservar-se contra ele, assim como o conhecimento das propriedades da electricidade nos deu o meio de atenuar os desastrosos efeitos do raio?
Se então sucumbimos, não nos poderemos queixar senão de nós mesmos, porque a ignorância não nos servirá de desculpa.
O perigo está no império que os maus Espíritos exercem sobre as pessoas, o que não é apenas uma coisa funesta do ponto de vista dos erros de princípios que eles podem propagar, como ainda do ponto de vista dos interesses da vida material”.
Sendo assim, conclui-se que a paralisia do sono, além de sua explicação física, tem bases espirituais que consistem no desdobramento do encarnado enquanto ser material e imaterial, levando-o ao plano astral e que, assim, pode o deixar a mercê de espíritos com sentimentos pouco nobres, resultando em uma semi-consciência angustiante, em que a prece e o conhecimento podem ser bálsamos protectores contra a actuação desses irmãos desencarnados.

Por: Rafaela Paes

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