LUZ ESPÍRITA
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INSTRUÇÕES PSICOFÓNICAS - Diversos Espíritos/FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:51 pm

60 - FIXAÇÃO MENTAL

Em nossas tarefas da noite de 5 de maio de 1955, o iluminado Espírito do Doutor Dias da Cruz voltou a visitar-nos, estudando, para a nossa edificação, o problema da fixação mental, depois da morte.


Em sua alocução interessante e oportuna, o Instrutor oferece-nos grave advertência quanto ao aproveitamento de nossa reencarnação terrestre.

Analisando, superficialmente embora, o problema da fixação mental, depois da morte, convém não esquecer que a alma, quando encarnada, permanece munida do equipamento fisiológico que lhe faculta o atrito constante com a natureza exterior.

As reacções contínuas, haurida pelos nervos da organização sensorial, determinando a compulsória movimentação do cérebro, associadas aos múltiplos serviços da alimentação, da higiene e da preservação orgânica, estabelecem todo um conjunto vibratório de emoções e sensações sobre as cordas sensíveis da memória, valendo por impactos directos da luta evolutiva no espírito em desenvolvimento, obrigando-o a exteriorizar-se para a conquista de experiência.

Esse exercício incessante, enquanto a alma se demora no mundo físico, trabalha o cosmo mental, inclinando-o a buscar no bem o clima da actividade que o investirá na posse dos recursos de elevação.

Como sabemos, todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio.

O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada.

Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere.

E se a alma não conseguiu desenvencilhar-se, enquanto na Terra, das variadas cadeias de egoísmo, como sejam o ódio e a revolta, a perversidade e a delinquência, o fanatismo e a vingança, a paixão e o vício, em se afastando do corpo de carne, pela imposição da morte, assemelha-se a um balão electromagnético, pejado de sombra e cativo aos processos da vida inferior, a retirar-se dos plexos que lhe garantiam a retenção, através da dupla cadeia de gânglios do grande simpático, projectando-se na esfera espiritual, não com a leveza específica, susceptível de alçá-la a níveis superiores, em circuito aberto, mas sim com a densidade característica da fixação mental a que se afeiçoa, sofrendo em si os choques e entrechoques das suas próprias forças desvairadas, em circuito fechado sobre si mesma, revelando lamentável desequilíbrio que pode perdurar até mesmo por séculos, conforme a concentração do pensamento na desarmonia em que se compraz.

Nesse sentido, podemos simbolizar a vontade como sendo a âncora que retém a embarcação do espírito em seu clima ideal.

É necessário, assim, consagrar nossa vida ao bem completo, a fim de que estejamos de acordo com a Lei Divina, escalando, ao seu influxo, os acumes da Vida Superior.

E é por isso que, encarecendo o valor da reencarnação, como preciosa oportunidade de progresso, lembraremos aqui as palavras do Senhor, no versículo 35, do capítulo 12, no Evangelho do Apóstolo João:
«Avançai enquanto tendes luz para que as trevas não vos alcancem, porque todo aquele que caminha nas trevas, marchará fatalmente sob o nevoeiro, perdendo o próprio rumo.»

Francisco de Menezes Dias da Cruz
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:52 pm

61 - JUSTIÇA

Em nossa reunião da noite de 12 de maio de 1955, conduzido por nossos Benfeitores Espirituais, comunicou-se no Grupo o irmão que ficamos conhecendo por José Augusto.


Médico parricida que foi na Terra, a sua história comovente exalta a justiça e nos convida à reflexão.

Amigos, frequentando-vos o círculo de preces, ofereço-vos meu caso, como elemento de exaltação da justiça.

Inútil dizer que não passo de pobre sofredor desencarnado, procurando a paz consigo mesmo.
Antigamente eu era um médico ocioso e, por isso, infiel ao mandato que o mundo me conferira.

Filho de pais endinheirados, muito cedo perdi minha mãe, que a morte nos furtara ao convívio, passando, assim, a condensar todas as atenções do meu progenitor, que se desvelava por ver-me feliz.

Em razão disso, ainda depois de meu casamento, residíamos juntos.
E ele, devotado, embalou-me os três filhinhos no regaço afectuoso.

Vivíamos em paz, entretanto, a preguiça conduziu-me ao hábito do jogo, em noitadas alegres.
E porque me fizera sanguessuga da fortuna paterna, dissipando-a, deixei que a ideia do parricídio me aflorasse à cabeça.

Meu pai era um velho hipertenso e a morte dele investir-me-ia na posse de volumosa herança.

Alimentei, assim, o propósito de assassiná-lo, discretamente.
Sem qualquer escrúpulo moral, tocarei a oportunidade, como a fera vigia a ocasião de atirar-se sobre a presa.

Certa manhã, o velhinho caiu desamparadamente no chão, quando tentava consertar nosso grande relógio de parede, ferindo-se num dos pulsos.

Por muitos dias, ataduras marcaram-lhe o braço escoriado e, dando pasto à crueldade, considerei que o ensejo havia surgido.

Num momento em que se queixava de vertigens, não titubeei.
Apliquei-lhe um soporífero e, depois de longo entendimento sobre saúde, conduzi-o ao banheiro para a sangria que o seu estado orgânico recomendava.

O doente obedeceu sem qualquer relutância.
Esperei que os seus nervos se amolgassem e, assim que o vi amolentado, abri-lhe as veias.

Meu pai, contudo, lendo-me a perversidade no olhar, embora semivencido pela acção do anestésico, ainda encontrou forças para dizer aos meus ouvidos:
— Não me mates, meu filho!...

Não obstante excitado, na condição de médico preparei-lhe o cadáver, recolocando as ataduras.

O remorso, porém, passou a subjugar-me.
Não inspirei a mínima desconfiança aos que me cercavam, quanto ao meu inqualificável delito, no entanto, minha vida modificou-se.

Reconhecendo que o criminoso vive preso mentalmente ao local do crime, senti-me algemado ao banheiro fatídico.

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:52 pm

Continua...

Obsidiado por aquela dependência de nossa casa, à maneira de louco, dias e noites, agarrava-me a ela, ouvindo meu pai, rogando penosamente:
— Não me mates, meu filho!...

Anotando-me a demência, por dois anos consecutivos, minha família recorreu, debalde, a colegas distintos, a orações, a socorros morais e físicos.

E, justamente ao se decidir o inventário, que me entregaria o espólio valioso, eis que, a banhar-me, sofro a ruptura do aneurisma que me impôs a desencarnação.

Qual acontecera a meu pai, também eu me despedia do corpo, num banho sanguinolento.

O remorso, martelando-me o crânio, percutira dolorosamente sobre o coração, abreviando-me a partida, sem que eu pudesse tocar a riqueza obtida por minha insânia perversa.

Concluí que disputara simplesmente o inferno emoldurado de ouro, porque não posso descrever-vos o tormento a que me submeti sem remédio.

Narrar-vos minha desdita é impraticável na palavra humana...

Todas as grandes comoções jazem imanifestas no espírito, porque a palavra na Terra é apenas um símbolo limitado que nunca define os grandes estados do coração.

Emaranhei-me no tempo sem saber calculá-lo.
Continuava eu no banheiro sanguinolento ou ele perseverava dentro de mim?...

Formulando semelhante pergunta a mim mesmo, prosseguia fitando meu pai na água vermelha e ouvindo-lhe a súplica inolvidável:
— Não me mates, meu filho!...

Em vão, procurei fugir de mim mesmo, aniquilar-me, morrer de novo ou asilar-me no inferno idealizado pela teologia católica, porquanto as cinzas inexistentes do nada ou as chamas exteriores seriam bênçãos, confrontadas com o martírio que me vergastava a consciência.

Minha própria imaginação atormentada era meu cárcere.
E, desse ergástulo, meu pensamento extravasava, dando forma às criações de meu remorso em padecimento remissor...

Um momento apareceu em que mãos piedosas me trouxeram a oração.

Há quase três anos partilho-vos as preces e estudos e ouço-vos a palavra de consolação e socorro, junto aos aflitos e desesperados, delinquentes e suicidas, loucos e enfermos, obsidiados e obsessores, que saíram da carne pela porta falsa do desequilíbrio e da ilusão e de cada apontamento regenerador retirei os fios com que teci a minha túnica de apaziguamento e renovação.

Tenho aprendido a humilhar-me e a esperar...
Procuro converter o arrependimento tardio em oração oportuna...

E quando algo pude rogar aos nossos amigos, pedi a felicidade de rever minha vítima, a fim de mendigar-lhe perdão.
Sempre supus que meu progenitor me odiasse e que o pensamento dele me perseguisse, reclamando punição e vingança...

Entretanto, nossos instrutores fizeram-me reconhecer que eu não era castigado senão por mim mesmo, que a imagem de meu pai agonizante no banheiro terrível era a fixação de minhalma no quadro íntimo que o meu pensamento vitalizava em remorso constante...

Amparado pelos amoráveis benfeitores de nossa vida, fui reconduzido à presença daquele para quem eu fora objecto de imensa adoração!

Oh! mistérios divinos da Sabedoria Celestial!..
Penetramos vasto gabinete de um gerente de indústria e, ali, depois de tantos anos, encontrei meu pai em posição semelhante àquela em que nos despedimos...

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 31, 2011 9:52 pm

Continua...

Era o mesmo homem na madureza física, aureolada agora pela experiência do trabalho incessante a lhe brilhar os olhos lúcidos!

E, acima da fronte encanecida, destacava-se antigo retrato a óleo — o meu retrato.

Meu velho progenitor havia renascido da união conjugal de um dos meus filhos que, sem fortuna material, já que eu fora substituído em casa por um homem tão viciado e devasso quanto eu havia sido, aprendera na rude escola do esforço pessoal a conviver com o trabalho digno...

Na ordem terrena, transferira-se meu pai à condição de meu neto...
Num relance, apreendi-lhe os pensamentos.
Sentia por mim carinhosa atracção e inexprimível amor.

Desejaria ter consigo o avô que supunha desconhecer..
Afeiçoara-se-me à efígie e respeitava-me o nome...
Orava por minha paz no mundo das almas e envolvia-me a presença com irradiações de infinita ternura...

Ah! o pranto jorrou-me em catadupas de alegria e gratidão!...
Quis atirar-me em seus braços e renascer na fonte consanguínea que lhe fecunda o campo familiar!...
Essa ventura seria, porém, agora, demasiado sublime para quem se fez tão infortunado, mas ser-lhe-ei servo fiel.

Ressurgirei no mundo entre aqueles que lhe obedecem à orientação, poderei engraxar-lhe os sapatos, preparar-lhe a mesa e chamá-lo “meu senhor”...

Isso constituirá, graças a Deus, a minha felicidade maior!...
Amigos, que desfrutais, ainda na carne, o tesouro divino do conhecimento com Jesus, considerai a riqueza que vos felicita o caminho....

E, pelo muito que convosco tenho recebido de nossos benfeitores, peço ao Pai Celestial nos proteja e abençoe.

José Augusto
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:56 pm

62 - A TERAPÊUTICA DA PRECE

Em nossa reunião da noite de 19 de maio de 1955, sentimo-nos na condição de alunos no fim de aula valiosa.


É que o preclaro Instrutor Espiritual Doutor Dias da Cruz senhoreou novamente os recursos psicofónicos do médium, terminando o estudo que realizou, em cinco reuniões alternadas do Grupo (1), acerca da obsessão, salientando a eficácia da prece no tratamento dos alienados mentais, com a voz professoral que lhe conhecemos.

Visitando-nos em cinco noites diferentes, o Doutor Dias da Cruz fez-se extremamente querido de todos os componentes de nossa agremiação, conquistando-nos respeitoso carinho.

É, portanto, com a reverência afectuosa que lhe devemos, que convidamos o leitor a meditar-lhe as cinco mensagens constantes deste livro, das quais retiramos profundo consolo e grandes ensinamentos.

No tratamento da obsessão, é necessário salientar a terapêutica da prece como elemento valioso de introdução à cura.

Não ignoramos que a psiquiatria, nova ciência do mundo médico, apesar de teorizada nos hospícios, somente corporificou-se na prática que a define, nos campos de guerra do século presente.

Chamados ao pronto-socorro das retaguardas, desde o conflito russo-japonês, os psiquiatras esbarraram com numerosos problemas da neurose traumática, identificando as mais estranhas moléstias da imaginação e usando a palavra de entendimento e simpatia como recurso psicoterápico de incalculável importância.
Por isso, dispomos, actualmente, na moderna psicanálise, da psicologia do desabafo como medicação regeneradora.

A confissão do paciente vale por expulsão de resíduos tóxicos da vida mental e o conselho do especialista idóneo age por doação de novas formas-pensamento, no amparo ao cérebro enfermiço.

Invocamos semelhante apontamento para configurar na luta humana verdadeiro combate evolutivo em que milhares de almas caem diariamente nos meandros das próprias complicações emocionais, entrando, sem perceber, na faixa das forças inferiores que, a surdirem do nosso passado, nos espreitam e geram em nosso prejuízo dolorosos processos de obsessão, retardando-nos o progresso, por intermédio dos pensamentos desequilibrados com que se justapõem à nossa vida íntima.

É por essa razão que vemos, tanto nos círculos terrestres, como nas regiões inferiores da vida espiritual, as enfermidades-alucinações que se alongam na mente, ao comando magnético dos poderes da sombra, com os quais estejamos em sintonia.

E a técnica das Inteligências que nos exploram o património mento-psíquico baseia-se, de maneira invariável, na comunhão telepática, pela qual implantam naqueles que lhes acedem ao domínio as criações mentais perturbadoras, capazes de lhes assegurar o continuísmo da vampirização.

Atentos, assim, à psicogénese desses casos de desarmonia espiritual, quase sempre formados pela Influenciação consciente ou inconsciente das entidades infelizes, desencarnadas ou encarnadas, que se nos associam à experiência quotidiana, recorramos à prece como elemento de ligação com os Planos Superiores, exortando o amparo dos Mensageiros Divinos, cujo pensamento sublimado pode criar, de improviso, novos motivos mentais em nosso favor ou em favor daqueles que nos propomos socorrer.

Não nos esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida.

Assim sendo, em qualquer emergência na tarefa assistencial, em nosso benefício ou em benefício dos outros, não olvidemos o valor da prece em terapia, recordando a sábia conceituação do Apóstolo Tiago, no versículo 16 do capítulo 5, em sua Epístola Universal:
«Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece da alma justa muito pode em seus efeitos.»

Francisco de Menezes Dias da Cruz

(1) O estudo a que nos reportamos começa com a mensagem intitulada “Alergia e Obsessão”, constante deste livro. — Nota do organizador.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:57 pm

63 - ORANDO E VIGIANDO

Na fase de tempo consagrada às instruções, em nossa reunião da noite de 26 de maio de 1955, a transfiguração do médium era mais sensível.


A breves momentos, soou, reconfortante e bem timbrada, a palavra do mentor que nos visitava.

Esse amigo era o Doutor Guillon Ribeiro, aquele digno orientador de nossa Causa, no Brasil, que, por muitos anos, foi o venerável Presidente da Federação Espírita Brasileira, e cujo devotamento à nossa Doutrina prescinde das nossas referências.

Sua palavra, na rápida passagem por nosso recinto, constitui elevada exortação ao desempenho dos deveres cristãos que nos cabem no Espiritismo, compelindo-nos a pensar mais detidamente na extensão de nossos compromissos.

Esclarecemos que esta é a primeira comunicação do Doutor Guillon Ribeiro, quer psicográfica ou psicofónicamente, através das faculdades do médium Xavier.

Grande foi, portanto, a nossa alegria em lhe recebendo a mensagem directa e agradecemos reconhecidamente a Jesus semelhante contacto.

Meus irmãos, glorificada seja a Vontade de Nosso Pai Celestial.

Humilde companheiro vosso, incorporado à caravana dos obreiros de boa-vontade, não por méritos que nos falham, mas sim por havermos recebido «acréscimo de misericórdia» que a infinita bondade do Senhor jamais recusa ao espírito desperto para as necessidades da própria regeneração, associamo-nos, hoje, às vossas orações e tarefas, deprecando as bênçãos de Jesus em nosso benefício, a fim de que não nos faleçam a energia e o bom ânimo, na empresa de socorro aos nossos irmãos que se brutalizaram depois da morte ou que, além dela, se fizeram infortunados seareiros do egoísmo e da crueldade, da violência e do ódio.

Ah! meus amigos, quantos legionários da nossa grande causa, para gáudio da sombra geradora da discórdia, na hora grave que atravessamos, adormecem à margem dos compromissos assumidos, embriagados no ópio da indiferença, cegos para a missão do Espiritismo como o Paracleto que nos foi prometido pelo Cristo de Deus, surdos para com a realidade que lhes brada emocionantes apelos ao trabalho do Evangelho, ou hipnotizados nas contendas anti-fraternas em que malbaratam os recursos que o Senhor nos empresta, convertendo-se, levianamente, na instrumental idade viva da negação e das trevas!

Crendo brunir a elucidação doutrinária, traçam inextricáveis labirintos para as almas ainda inseguras de si e que se nos abeiram do manancial de consolações preciosas;
e, supondo cultuar a verdade, apenas extravasam na retórica infeliz de quantos se anulam sob os narcóticos da vaidade, transformando a água viva da fé que lhes jorrava dos corações em fel envenenado de loucura e perturbação para si mesmos ou caindo sob os golpes desapiedados de nossos infelizes companheiros do passado, a nos acenarem de outras reencarnações e de outras eras.

Eis por que rogamos ao Senhor nos conserve naquela oração e naquela vigilância que exprimem o trabalho digno e a ardente caridade com que devemos honrar o altar de luta em que fomos chamados a servi-lo.

Crede que o Espiritismo é o restaurador do Cristianismo em sua primitiva e gloriosa pureza e que os espíritas sinceros são, por excelência, na actualidade, os cristãos mais directamente responsáveis pela substancialização dos ensinamentos que o nosso Divino Mestre legou à Humanidade.

Procuremos, por isso, o nosso lugar de aprendizes e servidores e, compreendendo o valor da oportunidade e do tempo, ofereçamos nossas vidas à cristianização das consciências, começando por nós mesmos, suplicando ao pulcro Espírito de Nossa Mãe Santíssima nos ilumine a estrada para o aprisco do Divino Pastor.

Acordados, assim, para as obrigações a que nos entrosamos na obra de luz e amor, louvemos a bondade de Nosso Pai Celestial para sempre.

Guillon Ribeiro
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:57 pm

64 - O CRISTO ESTÁ NO LEME

A reunião da noite de 2 de junho de 1955 reservou-nos grande surpresa.


Por ausência do companheiro encarregado do serviço de gravação, ocupamo-nos pessoalmente desse mister.
E, enquanto atendíamos a semelhante tarefa, notamos que a organização mediúnica denotava expressiva alteração.

Intuitivamente assinalamos que o nosso Grupo estava sendo visitado por mensageiro espiritual de elevada hierarquia.

E não nos enganávamos.
Colocando-se de pé, o instrutor passou à palavra.
Dicção educada. Voz clara e bela.
Em sucinto estudo, exalça a figura excelsa de Jesus, à frente do Espiritismo.

Na saudação final, identifica-se.
Tínhamos connosco a presença de Bittencourt Sampaio, cuja sublime envergadura espiritual escapa à exiguidade de nossa conceituação.

Despede-se o orientador e encerramos a reunião.
Movimentamo-nos para estudar a mensagem, ouvindo-a, de novo;
no entanto, com o maior desapontamento, notamos que a gravadora não funcionara.

Perdêramos a palavra do grande Instrutor.
Comentando a alocução ouvida, a maior parte dos companheiros afasta-se do recinto.

Nós, porém, um conjunto de seis amigos, permanecemos na sede do Grupo mais tempo, examinando a máquina e lamentando o acontecido.

Uma hora decorrera sobre o encerramento de nossas tarefas e preparávamos a retirada, quando o médium anunciou estar ouvindo de nosso amigo espiritual José Xavier o seguinte aviso:
— “Não se preocupem.
Meimei e eu gravamos a palavra do benfeitor que esteve entre nós, de passagem.

Reúnam-se em silêncio e o médium poderá ouvi-la de nossa máquina, fixando-a no papel.”

Sentamo-nos ao redor da mesa, com o material de escrita indispensável.

Depois de nossa prece, o Chico esclarece estar vendo uma pequena gravadora junto de nós, manejada pelos amigos espirituais e, dizendo escutar a mensagem, põe-se a escrever moderadamente, evidenciando a audição em curso.

Entretanto, o médium escreve e faz a pontuação, ao mesmo tempo.

Ajudando-o a segurar o papel, conjecturamos mentalmente:
— “Ora, se o Chico está ouvindo a mensagem gravada, como pode fazer a pontuação?
Estamos diante de um ditado ou de psicografia comum?”


No instante exacto em que formulamos a indagação em pensamento, sem externá-la, o médium interrompe a grafia por momentos e explica-nos:
— “Meu amigo, o José (1) recomenda-me informar a você que, enquanto Meimei está comandando a gravadora, ele está ditando a pontuação para melhor segurança do nosso serviço.”

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:58 pm

Continua...

Extremamente surpreendido, guardamos o esclarecimento.
Terminada a escrita, o médium leu quanto ouvira.
Notamos com admiração que o papel apresentava a mensagem que ouviramos de Bittencourt Sampaio.

Relatada a ocorrência que julgamos seja nossa obrigação consignar nos apontamentos sob a nossa responsabilidade, para os estudiosos sinceros de nossa Doutrina, passamos à comunicação do venerável orientador.

Meus amigos, que o amparo de Nossa Mãe Santíssima nos agasalhe e ilumine os corações.
Cristo, no centro da edificação espírita, é o tema básico para quantos esposaram em nossa Doutrina o ideal de uma vida mais pura e mais ampla.

Confrange a quantos já descerraram os olhos para a verdade eterna, além da morte, o culto da irresponsabilidade a que muitos de nossos companheiros se devotam, seja na dúvida sistemática ou na acomodação com os processos inferiores da experiência humana, quando o Espiritismo traduz retorno ao Cristianismo puro e actuante, presidindo à renovação da Terra.

Com todo o nosso respeito à pesquisa enobrecedora, cremos seja agora obsoleta qualquer indagação acerca da sobrevivência da alma por parte daqueles que já receberam o conhecimento doutrinário, porque semelhante conhecimento é precisamente o seio sagrado de nossos compromissos diante do Senhor.

Há mais de dez milénios, nos templos do Alto Egipto e da antiga Etiópia, os fenómenos mediúnicos eram simples e correntios;
entre assírios e caldeus de épocas remotíssimas, praticava-se a desobsessão com alicerces no esclarecimento dos Espíritos infelizes;
precedendo a antiguidade clássica, Zoroastro, na Pérsia, recebia a visitação de mensageiros celestiais e, também antes da era cristã, na velha China, a mediunidade era desenvolvida com a colaboração da música e da prece.

Mas, o intercâmbio com os desencarnados, exceptuando-se os elevados ensinamentos nos santuários iniciáticos, guardava a função oracular do magismo, entremeando-se nos problemas corriqueiros da vida material, fosse entre guerreiros e filósofos, mulheres e comerciantes, senhores e escravos, nobres e plebeus.

É que a mente do povo em Tebas e Babilónia, Persépolis e Nanquim, não contava com o esplendor da Estrela Magna — Nosso Senhor Jesus-Cristo —, cujo reino de amor vem sendo levantado entre os homens.

Na actualidade, porém, o Evangelho brilha na cultura mundial, ao alcance de todas as consciências, cabendo-nos simplesmente o dever de anexá-lo à própria vida.

Espíritas! Com Allan Kardec, retomastes o facho resplendente da Boa-Nova, que jazia eclipsado nas sombras da Idade Média!
Compreendamos nossa missão de obreiros da luz, cooperando com o Senhor na construção do mundo novo!...

Não ignorais que a civilização de hoje é um grande barco sob a tempestade...

Mas, enquanto mastros tombam oscilantes e estalam vigas mestras, aos gritos da equipagem desarvorada, ante a metralha que incendeia a noite moral do mundo, Cristo está no leme!

Servindo-o, pois, infatigavelmente, repitamos, confortados e felizes:
Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo amanhã!...
Louvado seja o Cristo de Deus!

Bittencourt Sampaio

(1) Referência ao nosso amigo espiritual José Xavier. — Nota do organizador.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 8:59 pm

65 - ORAÇÃO

A reunião da noite de 9 de junho de 1955 revestiu-se para nós de grande significação.


É que os Benfeitores Espirituais designaram-na como sendo a última para a recepção das mensagens consoladoras e educativas que enfeixam este livro.

Havia, portanto, grande expectativa em nossa pequena assembleia de companheiros encarnados.

Nossas tarefas habituais transcorreram activas.
Grande número de entidades sofredoras, compelindo-nos à Interferência em casos tristes e dolorosos.

No encerramento, foi Emmanuel, o nosso amigo de sempre, quem veio até nós, através da palavra directa.

Colocou o médium de pé e, com a expressão que lhe é própria, elevou a Jesus vibrante prece.

Estávamos todos Imensamente comovidos.
Chegávamos ao término de sessenta e cinco noites de abençoada actividade espiritual e, com as palavras do querido orientador, o nosso primeiro livro de Instruções psicofónicas estava sendo concluído...

Transcrevendo aqui a oração do nosso mentor infatigável, rogamos ao Divino Mestre a felicidade de continuar em nossa tarefa para diante.

E, porque nos falta o justo vocabulário para expressar a nossa profunda gratidão aos instrutores e amigos espirituais que nos visitaram, através destas páginas, finalizando as presentes anotações oferecemos a eles os nossos corações reconhecidos.

Senhor Jesus!
Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.

Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!
Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração.

Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.
Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos.

Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!
Nos dias de sombra, sê nossa luz!
Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!


Mestre Divino!
Guia-nos o passo na senda recta.
Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.

Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.
Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.

Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.
Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia...

Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distracção...

Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.
Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.

Faz-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.


Divino Amigo!
Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.
Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre.

Assim seja.


Emmanuel
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 9:01 pm

Adenda

Solicitamos a permissão do leitor para anexar ao presente livro os dois primeiros boletins anuais de serviço espiritual no “Grupo Meimei”, referentes aos períodos de nossas actividades, de 31 de julho de 1952 a 30 de julho de 1954, exclusivamente à guisa de estudo.

Os informes acerca do aproveitamento das entidades sofredoras que passaram por nossa agremiação procedem de esclarecimentos dos nossos orientadores desencarnados e, mais uma vez, desejamos patentear que, alinhando números no relato de nossas tarefas, não alimentamos a pretensão da estatística em obras do espírito, mas sim O propósito de estudo e observação, no serviço de socorro e advertência a nós próprios, mesmo porque, em nossos contactos com os irmãos desencarnados, bem reconhecemos a nossa posição de almas endividadas, esforçando-se pela própria recuperação “no vale escuro da sombra e da morte”.

Boletim de Serviço Espiritual

“GRUPO MEIMEI” — 1º Ano — 31/7/52 a 30/7/53.

O Grupo realizou, durante o ano, 53 sessões práticas, com a seguinte quota de serviço:
288 manifestações psicofónicas de Espíritos perturbados e sofredores, incluindo 251 entidades e 37 reincidências.

Os 251 companheiros menos felizes que compareceram às reuniões estão assim subdivididos:
77 irmãos ligados ao pretérito próximo e remoto de componentes da instituição.
126 necessitados de assistência moral.
48 recém-desencarnados.

Os comunicantes foram catalogados na ordem seguinte:
7 casos de licantropia.
92 casos de alienação mental.
48 casos de choques por desencarnação.
104 casos de perturbações diversas.

De conformidade com elucidações dos Mentores Espirituais do Grupo, o aproveitamento das 251 entidades, que receberam assistência no transcurso de 1952 e 1953, foi o seguinte:
11 irmãos foram perfeitamente reajustados e renovados para o bem.
90 companheiros retiraram-se esclarecidos e melhorados.

52 entidades apresentaram aproveitamento reduzido.
98 comunicantes foram considerados, por enquanto, impassíveis e impenitentes.

No decurso das sessões, verificaram-se 178 manifestações psicofónicas de amigos e benfeitores espirituais, para serviços de cooperação e directrizes, assim discriminadas:
53 comunicações instrutivas na abertura das tarefas.
40 mensagens totalizando avisos e preces.

32 interferências para concurso directo na solução de problemas difíceis no esclarecimento a companheiros necessitados.
53 prelecções educativas no encerramento das reuniões.

Sintetizando-nos o programa de serviço, aqui transcrevemos opiniões de dois dos Amigos Espirituais que nos assistem, por eles destinadas ao presente Boletim:

“Um grupo para sessões de caridade reclama trabalhadores devotados à divina virtude para a produção de amor e luz nos Espíritos necessitados.

A caridade de quem ensina é a garantia daquele que aprende.
A caridade nos pensamentos, palavras e acções, é o processo de renovar nossas almas.

Onde há caridade não há lugar para a mistificação, porque tudo resulta em aprendizado, cooperação, trabalho e harmonia.

Organizemos núcleos de assistência cristã às mentes enfermiças da Terra e do Além, mas não nos esqueçamos de que só pela caridade fraternal acenderemos bastante luz no coração para que o nosso agrupamento seja uma luz, brilhando na Vida Espiritual.”


— MEIMEI.

“Em verdade, não podemos prescindir do Espiritismo prático para a cura de nossos males, mas para que as nossas reuniões de contacto com o Plano Espiritual frutifiquem, vitoriosas, em bênçãos de saúde e alegria, precisamos trazer connosco o Espiritismo do Cristo, devidamente praticado.”
— JOSÉ XAVIER.

Pedro Leopoldo, 1º de agosto de 1953.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 9:02 pm

Boletim de Serviço Espiritual

“GRUPO MEIMEI” — 2º Ano — 31/7/53 a 30/7/54

O Grupo realizou, durante o ano, 51 sessões práticas, com a seguinte quota de serviço:
384 manifestações psicofónicas de Espíritos perturbados e sofredores, totalizando 364 entidades e 20 reincidências.

Os 364 companheiros menos felizes que compareceram às reuniões estão assim subdivididos:
66 irmãos ligados ao pretérito remoto e próximo de componentes da agremiação.
271 necessitados de assistência moral.
27 recém-desencarnados.

Os comunicantes foram catalogados na ordem seguinte:
16 casos de licantropia e suicídio.
176 casos de alienação mental.
27 casos de choques por desencarnação.
145 casos de perturbações diversas.

De conformidade com os esclarecimentos dos Orientadores Espirituais do Grupo, o aproveitamento das 364 entidades que recolheram assistência, no transcurso de 1953 e 1954, foi o seguinte:
18 irmãos foram perfeitamente reajustados e renovados para o bem, salientando-se que quatro deles passaram a cooperar nos serviços da instituição.

59 companheiros retiraram-se esclarecidos e melhorados.
102 entidades apresentaram aproveitamento reduzido.
185 comunicantes foram considerados, por enquanto, impassíveis e indiferentes.

No decurso das sessões, verificaram-se 209 manifestações psicofónicas de amigos e benfeitores espirituais, para serviços de cooperação e directrizes, assim discriminadas:
51 comunicações instrutivas na abertura das tarefas.
46 mensagens, incluindo avisos e preces.

61 interferências para concurso directo na solução de problemas difíceis quanto ao esclarecimento a companheiros necessitados.

51 prelecções educativas no encerramento das reuniões. Com alusão ao programa de serviço do Grupo, aqui transcrevemos pareceres de dois dos nossos Mentores Espirituais, pronunciados por eles para a confecção do presente Boletim:

“Cada agrupamento espírita deve possuir o seu núcleo de amparo cristão aos companheiros desencarnados, em dificuldades na sombra, com reduzido número de irmãos responsáveis, que lhes possam lenir o sofrimento e sanar os desequilíbrios morais, usando os valores da prece e da palavra fraternal.

Revelando o roteiro do bem, nele acertamos os próprios passos; consolando, somos por nossa vez consolados;
ajudando, recebemos auxílio, e, acendendo a luz da oração para os que padecem, transviados na ignorância e na dor, temos nosso caminho iluminado para a obra de redenção que nos cabe realizar em nós mesmos.”


- FRANCISCO DE MENEZES DIAS DA CRUZ.

“Ainda que os corações de tua estrada se mostrem marmorizados nas trevas da negação e da intemperança mental, oferece-lhes o teu quinhão de socorro e boa-vontade.

O trigo retido nos túmulos faraónicos, durante milénios, trazido de novo ao seio da Terra, ainda hoje produz e enriquece o celeiro.
Um dia, toda semente de amor germinará em bênçãos de luz.”


EMMANUEL.

Pedro Leopoldo, 1º de agosto de 1954.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 01, 2011 9:02 pm

Nótulas do organizador

Apontamentos do organizador, alusivos aos Espíritos, cujas manifestações psicofónicas estão enfeixadas neste livro:

ALBERTO (Doutor) - Médico pernambucano, que residiu em Belo Horizonte. (Desencarnou em 1951). (Capítulo 22).
ÁLVARO REIS — Pastor da Igreja Presbiteriana no Brasil. Desencarnado na Capital Federal, à Rua Silva Jardim. (Capítulo 3).
AMARAL ORNELLAS (Adolfo Oscar do) — Médium, dramaturgo e poeta de grande merecimento. (Desencarnou em 1923). (Capítulo 53).
ANA PRADO — Médium paraense, muito conhecida no Brasil por suas faculdades de materialização. (Desencarnou no Estado do Pará). (Capítulo 50).
ANDRÉ LUIZ - Médico desencarnado, autor de vários livros de Espiritismo Cristão (Capítulos 9, 46 e 54).
ARGEU PINTO DOS SANTOS - Médium receitista, espírita devotado. Fundador do Centro Espírita “Fé, Esperança e Caridade”, em Cachoeiro do Itapemirim, Estado do Espírito Santo. (Desencarnou em 1908). (Capítulo 15).
ÁULUS — Instrutor espiritual, citado por André Luiz, em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade” (Capítulo 41).
AUTA DE SOUZA - Admirada poetisa potiguar. (Desencarnou em 1901). (Capítulo 44).
BEZERRA DE MENEZES (Doutor Adolfo) - Presidente da FEB, em 1889 e de 1895 a 1900. (Desencarnou em 1900). (Capítulo 1).
BITTENCOURT SAMPAIO (Doutor Francisco Leite) — Poeta, escritor, médium receitista e abnegado paladino do Espiritismo, no Brasil. (Desencarnou em 1895). (Capítulo 64).
CALDERARO — Instrutor espiritual citado por André Luiz, em seu livro “No Mundo Maior” (Capítulo 49).
CAMILO RODRIGUES CHAVES - Professor, escritor, historiador, espírita militante, presidente da União Espírita Mineira, de Belo Horizonte, de 1946 até à data de sua desencarnação. (Desencarnou em 1955). (Capítulo 57).
CÁRMEN CINIRA (Pseudónimo de Cinira do Carmo Bordini Cardoso) - Poetisa de grande sensibilidade. (Desencarnou em 1933). (Capítulo 40).
CÉLIA XAVIER - Jovem espírita militante. (Desencarnada em 1943). (Capítulo 24).
CÍCERO PEREIRA (Professor) - Presidente da União Espírita Mineira, em Belo Horizonte, de 1936 a 1937. (Desencarnou em 1948). (Capítulo 8).
CORNÉLIO MYLWARD - Médico desencarnado e devotado benfeitor espiritual. (Desencarnou no Estado de Minas Gerais). (Capítulo 12).
CRUZ E SOUZA (João) — Poeta catarinense, autor de vários livros. (Desencarnou em Minas Gerais). (Capítulo 46).
C. T. — Sacerdote categorizado da Igreja Católica, cuja identidade é necessariamente suprimida (Capítulo 37).
DALVA DE ASSIS — Directora espiritual do Grupo “Dalva de Assis”, em Belo Horizonte. (Desencarnou no Estado de Minas Gerais). (Capítulo 17).
DIAS DA CRUZ (Doutor Francisco de Menezes) — Médico, presidente da FEB, de 1889 a 1895. (Desencarnou em 1937). (Capítulo 19), (Capítulo 34), (Capítulo 51), (Capítulos 60 e 62).
EFIGÉNIO S. VITOR (Doutor) — Espírita militante e sumamente devotado à Causa do Evangelho. Sócio fundador do Centro Espírita “Tiago Maior” e da Sociedade de Amparo à Pobreza, de Belo Horizonte. (Desencarnou em 1953). (Capítulos 31 e 44).
EMMANUEL — Instrutor espiritual, autor de vários livros de Espiritismo Cristão (Capítulos 5, 7, 13, 21, 25, 42, 59 e 65).
ERNESTO SENRA (Doutor Ernesto Aquiles de Medeiros Senra) — Médico e espírita militante. Presidiu à União Espírita Mineira, de Belo Horizonte, no período correspondente aos anos de 1928 a 1929. (Desencarnou em 1932). (Capítulo 33).
EUSTÁQUIO (Padre) — Sacerdote católico, extremamente devotado aos enfermos, que podemos considerar como tendo sido grande médium curador. (Desencarnou em 1947). (Capítulo 36).
F. - Amigo espiritual cuja identificação foi necessariamente suprimida (Capítulo 16).
GEMINIANO BRAZIL DE OLIVEIRA (Doutor) — Advogado, espírita militante, com grandes serviços prestados à causa do Espiritismo no Brasil. (Desencarnou em 1904). (Capítulo 20).
GUILLON RIBEIRO (Doutor Luiz Olímpio) — Presidente da FEB, em 1920 e 1921 e de 1930 até à data de sua desencarnação, em 26 de outubro de 1943. (Capítulo 63).
JESUS GONÇALVES - Espírita militante, poeta de valor. (Desencarnou em 1947). (Capítulo 56).
JOAQUIM — Companheiro espiritual não identificado. (Capítulo 26).
JORGE — Amigo espiritual não identificado (Capítulo 18).
J. P. — Amigo espiritual, cuja identificação é suprimida por motivos justos (Capítulo 10).
JOSÉ AUGUSTO — Amigo espiritual não identificado. (Capítulo 61).
JOSÉ GOMES — Amigo espiritual não identificado. (Capítulo 52).
JOSÉ SILVÉRIO HORTA (Monsenhor) — Sacerdote notável pelo seu entranhado amor à caridade. Viveu na cidade de Mariana, em Minas. (Desencarnou em Minas Gerais). (Capítulo 35).
JOSÉ XAVIER — Presidente do Centro Espírita “Luiz Gonzaga”, em Pedro Leopoldo, de 1928 a 1939. (Desencarnou em 1939). (Capítulos 4 e 27).
LEOPOLDO CIRNE — Presidente da FEB, de 1900 a 1913. (Desencarnou em 1941). (Capítulo 55).
LIMA — Médium, cuja identificação é suprimida por justas razões. (Desencarnou em 1949). (Capítulo 23).
LOURENÇO PRADO — Escritor espiritualista, autor de vários livros e páginas esparsas, referentes ao Esoterismo. (Desencarnou na cidade de São Paulo). (Capítulo 38).
LUIZ PISTARINI - Grande poeta fluminense. (Desencarnou em 1918). (Capítulo 43).
MARIA DA GLÓRIA - Entidade amiga não identificada. (Capítulo 29).
MEIMEI (Pseudónimo de D. Irmã de Castro Rocha) —. Companheira espiritual do “Grupo Meimei”, em Pedro Leopoldo. (Desencarnou em 1946). (Capítulos 2, 14, 30 e 45).
MOZART - Amigo espiritual, cuja identificação é compreensivelmente omitida. (Capítulo 39).
OLAVO BILAC - Consagrado poeta brasileiro. (Desencarnou em 1918). (Capítulo 58).
OSIAS GONÇALVES (Doutor José) - Reverendo da Igreja Presbiteriana, no Brasil. (Desencarnou em 1922). (Capítulo 6).
PASCOAL COMANDUCCI — Médium e espírita militante. (Desencarnou em Belo Horizonte). (Capítulo 48).
PEDRO DE ALCÂNTARA (Frei) - Místico espanhol, conhecido por São Pedro de Alcântara, no hagiológio da Igreja Católica. (Desencarnou em 1562). (Capítulo 11).
QUEIROZ (Doutor) — Médico que clinicou vários anos na capital mineira. (Desencarnou em 1953). (Capítulo 28).
RODRIGUES DE ABREU (Benedito) — Poeta paulista. (Desencarnou no Estado de São Paulo, em 1927). (Capítulo 47).
TERESA D’ÁVILA — Célebre mística espanhola. Santa Teresa de Jesus, na Igreja Católica. (Desencarnou em 1582). (Capítulo 32).

Fim

§.§.§- O-canto-da-ave
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