LUZ ESPÍRITA
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Série Psicológica Vol. 14 - Encontro com a paz e a saúde/Joanna de Angelis

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Série Psicológica Vol. 14 - Encontro com a paz e a saúde/Joanna de Angelis - Página 2 Empty Re: Série Psicológica Vol. 14 - Encontro com a paz e a saúde/Joanna de Angelis

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 11, 2024 9:20 pm

O imponderável das Leis da Vida, no entanto, convidando o paciente à reflexão, faculta-lhe a liberação de algumas imagens arquivadas no inconsciente, que e fazem caracterizar pela auto-desconsideração, estimulo a inutilidade em que viveu, e que agora o repugna, empurrando-o para um insensato masoquismo, no qual sentimentos contraditórios se apresentam. De um lado, o mal-estar que permanece no mundo íntimo e de outro o prazer mesquinho de ser infeliz.
A auto-condenação, torna-se-lhe inevitável, por apresentar-se como um mecanismo escapista, através do qual inconscientemente sente-se punido, portanto, em vias de restabelecimento.
Sucede, porém, que os valores da vida são de natureza positiva, jamais se expressando por métodos perturbadores e afligentes.
A lei que vige no Universo é a de amor, porque procede da Divindade, não havendo lugar para terapias de violência, agressividade e desprestígio dos inabordáveis tesouros emocionais que jazem adormecidos no âmago de todos os seres.
O paciente que se inscreve neste capítulo da patologia comportamental, pode apresentar-se em postura decadente - desprezo por si mesmo, indiferença pelo traje, descuidos corporais de higiene e outros compromissos para com a saúde - ou manter a aparência convencional cuidadosa para mascarar o conflito, gerando simpatia na convivência, mas tornando-se pessoa de relacionamento difícil, exigente e inconformado com tudo e todos, por efeito da animosidade em referência a si mesmo.
Quando se afeiçoa a outrem e resolve pelo convívio afectivo, no matrimónio ou através da parceria sem a confirmação legal, transfere a insegurança para o outro, sendo-lhe indiferente ou transformando-se em crítico pertinaz, acusador inclemente, por cujo meio desforça-se da insatisfação, tornando-se um verdadeiro sádico, assim auto-infligindo-se nas contínuas pugnas em que sempre deseja ser o triunfador.
A incapacidade para administrar as dificuldades que defluem da convivência, desde que inamistoso consigo próprio, faz que se converta em um egoísta, escondendo-se sob a máscara da exigência injustificável a respeito do parceiro, cuja vida se converte em um terrível flagelo emocional e espiritual.
Esse tipo de desvio de conduta exige cuidadosa terapia psicológica, sem dúvida, porque o indivíduo não reconhece o próprio distúrbio, projectando culpa nos outros, que diz não o entenderem e porque também se considera incapaz de modificar o comportamento a que se entrega sem o indispensável contributo da razão.
O prolongamento da morbidez termina por produzir somatizações compreensíveis, especialmente no trato digestivo, na função hepática e no aparelho respiratório, que se encarregam de exteriorizar as toxinas produzidas pela mente em destrambelho e pelas fixações perniciosas cm que se compraz.
Não é de estranhar-se, pois, que a intoxicação emocional transforme-se em enfermidades aparentes ou pueris, em face das infecções que se instalam no organismo cm decorrência da perda imunológica sob o bombardeio contínuo da mente enfermiça.
É de bom alvitre que o ser humano, em identificando suas limitações e dificuldades existenciais, esforce-se por superá-las, adoptando hábitos salutares, quais as conversações edificantes, as leituras estimuladoras, as convivências exemplares, de modo a transferir-se das paisagens mentais depressivas para aquelas nas quais a alegria e o bem-estar convivam harmonicamente.
Nesse sentido, a compreensão lógica dos mecanismos evolutivos faculta a conquista do auto-perdão, de uma visão mais compatível com o seu nível de evolução, permitindo-se a possibilidade de erro, mas também de acerto, de desequilíbrio quanto igualmente de correcção, ei-lo enfermidade e especialmente da conquista da saúde.
Por consequência, a auto-condenação é distúrbio de comportamento que deve ser combatido, logo se apresente em forma subtil ou vigorosa, pelas implicações conflitivas de que se reveste.
A atitude de confiança nos recursos da vida, nos relacionamentos humanos, nos projectos de crescimento moral e emocional, nos esforços em favor da comunidade, no desenvolvimento das faculdades mentais e transcendentais, constitui recurso precioso que propele o indivíduo para a conquista da saúde integral e da felicidade possível que está ao alcance de todo aquele que se empenha em desfrutar do seu lugar ao Sol...
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 11, 2024 9:21 pm

Auto-piedade
Inevitável consequência da acomodação emocional às circunstâncias que se apresentam aflitivas durante a existência física, assomando irrefragável à consciência do indivíduo, é a autopiedade, essa bengala psicológica de que necessitam aqueles que se recusam ao esforço dos enfrentamentos da evolução.
A existência orgânica é feita de preciosos recursos que se conjugam em harmonia, a fim de proporcionarem o corpo, a emoção e a psique.
Setenta triliões de células de diferentes estruturas aglutinam-se em torno do modelo organizador biológico - perispírito - a fim de que o ser espiritual possa comandar todos os equipamentos, levando-os a bom termo, isto é, aos objectivos para os quais encontra-se reencarnado.
Essa maquinaria sublime trabalhada pela Divindade ao largo de bilhões de anos para servir de recurso evolutivo para o princípio espiritual, encontra-se em continuo processo de modificações nas suas estruturas intrincadas e complexas, em face do espírito que a utiliza, como decorrência dos comportamentos nas existências anteriores.
Desse modo, cada qual transita no veículo corporal a que faz jus, como efeito da maneira que o utilizou anteriormente.
Co-construtor dos equipamentos delicados, a sua vida mental e moral ajuda-o a manter-se em harmonia ou desorganiza-o através do torpedeamento de ideias agressivas e desequilibradas.
Movimentando campos vibratórios muito subtis, o espírito é convidado a comportamento edificante, de maneira que contribua para a sua preservação e equilíbrio contínuos. Todavia, transferindo hábitos insensatos nos quais se compraz, de uma para outra experiência, assume atitudes piegas e despropositadas, aguardando soluções mágicas para os problemas por ele próprio gerados.
Diante dos inevitáveis insucessos que o assaltam, desacostumado às refregas lapidadoras da personalidade, foge para o mecanismo irresponsável da auto-piedade, na desonesta condição de incapaz, esperando gerar compaixão e auxílio dos outros, quando deveria preocupar-se em inspirar amor, cooperando com o programa de evolução pessoal e geral.
A autopiedade expressa insegurança emocional propiciadora de preguiça mental, que prefere sempre receber e nunca ofertar, demonstrando carência, como se se encontrasse em atitude de abandono, relegado pela vida ao sofrimento imerecido e injustificado.
A princípio, o sentimento de compaixão aflora à sua volta até que, desinteressado pelo real crescimento moral, afasta o socorro que solicita, porquanto esse o arrancaria da atitude infantil e agradável a que se entrega.
Essa imaturidade psicológica, mantida por pessoas instáveis emocionalmente, converte-se em grave ameaça ao organismo social, que somente progride graças aos esforços conjuntos dos seus membros. Aquele que se permite a ociosidade, a atitude de infelicidade, esperando sempre pelo esforço alheio, transforma-se em peso morto na economia geral da comunidade, que termina por deixá-lo à margem, de modo a prosseguir na marcha pelo progresso. Concomitantemente, em razão das emissões de ondas mentais perniciosas, esse paciente atrai espíritos outros, ociosos e zombeteiros, que passam a conviver com as suas energias, dando lugar a obsessões simples, que culminam em estados de subjugação e de vampirização, nutrindo-se à sua custa de imprevidente e inoperante.
A bênção de um corpo, em qualquer condição em que se apresente, significa oportunidade incomum de crescimento espiritual, que deve ser considerada como empréstimo do Divino Amor para a construção do bem generalizado.
Essa maquinaria superior foi-se organizando nos últimos dois bilhões de anos, formando engrenagens complicadas e com finalidades específicas, para servir de domicílio temporário ao espírito viajor da Eternidade sob a orientação divina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 11, 2024 9:21 pm

Ainda não se encontra concluída, em razão do atraso em que, por enquanto, se apresenta o ser que a comanda, porém segue aprimorando-se, tornando-se mais subtil, de forma que, em breve, estará em condições de melhor captar as ondas sublimes do mundo causal e descodificá-las como valioso recurso de auto-iluminação.
Em decorrência, torna-se indispensável que o Self adquira lucidez e responsabilidade, a fim de bem direccionar o ego, em um comportamento consentâneo com as finalidades superiores da existência terrena, ao invés da situação infantil da dependência da compaixão dos demais membros da sociedade.
O que acontece ao indivíduo constitui-lhe lição de aprimoramento, facultando-lhe melhor entender os objectivos existenciais, trabalhando-se pela conquista do Infinito enriquecedor que o desafia com as suas leis imponderáveis. Não há, portanto, no Cosmo, lugar para a fragilidade psicológica, a dependência afectiva, a comiseração, a auto-compaixão...
Quando se opta pela situação enfermiça, o sofrimento se encarrega de trabalhar o imo do ser, despertando-lhe o deus interno, qual ocorre com o diamante que, para reflectir a luz, deve ser arrancado da ganga que o reveste a vigorosos golpes da lapidação.
Inimiga vigorosa do indivíduo é a preguiça mental, geradora da física e das outras expressões em que se apresenta.
A vida exige movimentação, e tudo quanto não se renova tende à desagregação, ao desgaste, ao desaparecimento. Assim também a inutilidade, responsável pelos problemas orgânicos, depois dos emocionais lamentáveis, dando lugar aos processos degenerativos de diagnose difícil.
Conscientizar-se, pois, o paciente, de que ele é herdeiro de si mesmo e as conjunturas desafiadoras em que se encontra podem ser modificadas a esforço pessoal, deve ser o primeiro passo para o auto-encontro, para o despertamento da consciência de si, para a futura vitória sobre as dificuldades momentâneas.
É natural que, em determinados momentos de dor e de solidão, a criatura anele por companhia, por solidariedade, por entendimento fraternal. Para tanto, a coragem em perseverar nos esforços desperta nos outros o interesse por contribuir em favor da sua renovação e da sua liberdade.
Auto-piedade, desse modo, nunca!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 11, 2024 9:21 pm

Auto-consciência
A saúde emocional, de par com a espiritual e psíquica, revela-se, a partir do momento em que o indivíduo sai das províncias sombrias das dependências externas e viaja na direcção da autoconsciência, objectivo primeiro do processo de auto-conquista pelo Self.
Como efeito de padrões educacionais deficientes, a metodologia de orientação emocional das pessoas obedece aos interesses de natureza externa: conquista de uma posição relevante na sociedade, aquisições de bens variados para o conforto e a satisfação pessoal, triunfo político, artístico ou cultural, competição e luta constante para atingir o topo, com total esquecimento das realizações internas e comportamentais.
Na ânsia de alcançar o poder, esfalfam-se, atirando-se com ansiedade na busca dos resultados idealizados, enquanto escondem o medo de não lograr o êxito, para depois sucumbir ao peso das frustrações e do vazio existencial. Por outro lado, aquelas portadoras de timidez e limitações refugiam-se na angústia e na ausência de auto-estima, considerando-se incapazes de alcançar o Olimpo das glórias, perdendo a excelente oportunidade de crescimento espiritual.
À medida que a psicologia clínica penetra no âmago das necessidades humanas, mais facilmente descobre que as aquisições exteriores, embora contribuam para a satisfação das necessidades, não produzem a realização pessoal. Isto porque, toda vez que se alcança um alvo que significava objectivo essencial, surge o tédio, o desinteresse pela continuação da luta, porque o fenómeno da apatia se instala após as alegrias decorrentes da momentânea glória.
A vida é mais do que as satisfações temporárias que facultam sensação de segurança e de bem-estar, logo cedendo lugar às emoções que anelam por beleza interior, por harmonia e autoconfiança.
Os indivíduos abastados, elevados à glória e invejados, não poucas vezes se excruciam em silenciosos tormentos, desejando satisfações singelas, como os momentos de reflexão, o anonimato, o silêncio interior, o desejo de viver em tranquilidade, sem os atavios nem as exigências da situação em que se encontram.
Quando não têm resistências psicológicas buscam outras satisfações que pensam encontrar nas substâncias da drogadição, nas múltiplas experiências sexuais, no narcisismo ou na arrogância, nos quais ocultam os medos que lhes assinalam o dia-a-dia.
Os relacionamentos afectivos, porque inautênticos, na maioria das vezes, desde que inspirados no interesse pelo poder e pela fama, são rápidos e tumultuados, assinalados pela desconfiança recíproca, pela incerteza de serem amados, acreditando que o parceiro foi atraído mais pelo que cada um tem do que pelo que é, resvalando em contínuas buscas, e terminando no escuro da solidão.
Certamente, a aquisição de recursos amoedados, o destaque na sociedade, a satisfação de alcançar as metas a que se propõem, constituem objectivos que são estimuladores para tornar a existência aprazível e significativa. No entanto, o erro está em considerar-se que esses são os únicos fins que devem ser disputados, mesmo que se faça necessário o investimento da saúde física, emocional e moral.
O conflito pelo poder esfacela os sentimentos, transtorna as expectativas de vida, aflige sem cessar, em razão do receio de perder-se o posto após alcançá-lo, ou em decorrência da ansiedade pelo conseguir...
Felizmente, já se dão conta os estudiosos da conduta que, associados aos compromissos materiais são indispensáveis as técnicas de relaxamento, as valiosas contribuições da ioga, do tai-chi-chuan, a dança, os desportos, as caminhadas que proporcionam a liberação de toxinas, fortalecem o organismo, auxiliam a circulação sanguínea, oferecem conforto físico e emocional.
Adicionando-se as inestimáveis contribuições da meditação, da prece, da reflexão, da solidariedade, da compaixão, a viagem interior ocorre naturalmente, ensejando maior entendimento do programa existencial, que se coroa com a desencarnação inevitável mas tranquila, sem que haja realmente a interrupção da vida.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 11, 2024 9:22 pm

O ser humano psicológico é muito mais complexo do que a sua constituição física encarregada, muitas vezes, de reflectir o seu estado interior.
Herdando os conflitos do processo evolutivo, durante a longa jornada antropológica, na qual o medo se destacou desde os primórdios, quando no período primitivo era incapaz de compreender os fenómenos naturais -sísmicos, fisiológicos, agressivos das feras e de outros indivíduos - o pavor assenhoreou-se-lhe, dando surgimento a conflitos que se vêm arrastando pela esteira dos milénios.
É natural que predominem no seu inconsciente as incertezas, as ansiedades, as dores, as dificuldades de interpretar as ocorrências e submeter-se-lhes, superando-as quanto possível. Mesmo passando pelo crivo da razão, os acontecimentos impõem-se sem pedir licença para estabelecer-se, amargurando ou exaltando a personalidade, marcando as estruturas internas com aflições que adormecem nas regiões profundas, e que, periodicamente ressumam em forma aterradora.
A auto-análise contínua, serena e persistente em torno da relatividade da existência corporal e a consideração em torno da preexistência e sobrevivência do espírito, contribuem para a conquista da auto-consciência, para que seja alcançado O numinoso, quando os acontecimentos adquirirem sentido psicológico e motivação para o empreendimento da felicidade.
Para esse desiderato, nunca será demais que se detenha na reflexão em torno do pensamento de Jesus-Cristo em forma de directriz salutar para a aquisição do bem-estar, o amadurecimento interior, a vitória sobre os conflitos perturbadores.
A culpa sempre deflui de uma acção física ou mental portadora de carga emocional negativa em relação a outrem ou a si mesmo.
Na infância psicológica, o indivíduo somente reage, não se permitindo equilíbrio para agir, em face da predominância dos seus instintos agressivos em relação à razão. À medida, porém, que se educa e se disciplina, começa a agir, evitando o revide, por descobrir que o agressor nem sempre é saudável, normalmente portador de conflitos mais graves do que os seus. Quando se adianta moral e culturalmente, ama e compreende quaisquer situações, mesmo que sejam afligentes e penosas, porque os seus são sentimentos equilibrados, sem os picos de paixões dominadoras.
Concomitantemente, o conhecimento dos postulados da Doutrina Espírita, notavelmente psicoterapêuticos, por explicar as causas de todos e quaisquer acontecimentos, a responsabilidade que sempre decorre de cada acção praticada, eliminam a culpa e a necessidade de auto-punição, desde que exista a consciência de si. É, portanto, compreensível que a toda acção apresente-se uma reacção correspondente.
A lucidez em torno do comportamento saudável, faculta uma vivência mais consentânea com a conquista dos inestimáveis tesouros da saúde e da paz.
Os enfermiços comportamentos da auto-piedade e da auto-punição, tornam-se processos conflitivos, somatizando-se e dando lugar a consequências danosas à saúde emocional e física, com probabilidade de futuros distúrbios mentais.
Auto-consciência é também processo de auto-iluminação, conquista do infinito, realização plena.

Temas para reflexão:
“122 - O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo.”
*
“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
Mateus 22:39.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:15 am

4 — COMPORTAMENTOS CONFLITIVOS
Machismo. — Feminismo. — Direitos igualitários.

Um dos factores que se encarregam de produzir conflitos nos relacionamentos em geral e particularmente na área afectiva, é a imaturidade psicológica do indivíduo. Da vida possuindo apenas conceitos que não são correctos e que não se ajustam ao equilíbrio que deve viger na convivência social, as suas conclusões afastam-no da realidade, dando lugar à prepotência no trato com os demais ou à submissão injustificável em relação àquele com quem convive.
Uma breve reflexão em torno dos direitos de que Iodos devem desfrutar, desde que sejam cumpridos os deveres que lhes dizem respeito, demonstrará que não há por que submeter-se a atitudes arbitrárias ou doentias por parte de parceiros comerciais, familiares, afectivos.
A parceria de qualquer natureza é uma conduta na qual os seus membros comprometem-se a cooperar reciprocamente, em favor do interesse comum, respeitando a área de liberdade em que cada qual se encontra.
No caso específico de um relacionamento afectivo, a questão adquire maior significado, em face da constância pela convivência, em que não pode haver qualquer forma de castração, de modo que não sejam geradas animosidades em nenhum deles.
Ninguém nasceu para a submissão injustificável. E quando isso se dá em um consórcio, aquele que se permite a perda de identidade, a fim de ceder sempre, esconde, na aparente bondade, a covardia moral que o aturde, o medo de perder a convivência com o outro, a insegurança, tornando-se desajustado e infeliz.
Da mesma forma, aquele que se impõe e pretende ser obedecido, não busca uma convivência harmônica nem feliz, antes, atormentado conforme é, descarrega os seus conflitos no outro, de maneira a sentir-se seguro dos valores internos que gostaria de possuir mas não os tem, receando ser descoberto, portanto, desnudado da sua arrogância.
A arrogância é pequenez moral, na qual se comprazem muitos portadores de distúrbio de conduta, assinalados pelo medo do auto-enfrentamento, que se apoiam na forma externa por desestrutura interior para a auto-realização.
Trata-se de grave conflito que se instala no ego e se faz projectar de maneira temerária, escamoteando-se para melhor conduzir-se ignorado.
Nos casos em tela, podem-se encontrar as psicogéneses desses distúrbios, em condutas doentias mantidas em existência passada, que ressumam como necessidade de segurança pessoal e em fenómenos de educação deficiente na infância, seja resultante de uma mãe castradora ou super-protectora, que imprimiu no inconsciente do educando o receio da autoconsciência, da descoberta dos medos que nele jazem.
Por outro lado, apresenta-se-lhe como um mecanismo de transferência do ressentimento em relação à mãe, que direcciona contra aquele com quem convive. É uma forma inconsciente de matar a figura materna que detesta, desforçando-se do largo período da submissão conflitiva. Ao invés da noção de respeito pela vida do outro, o orgulho cega-o, induzindo-o a um comportamento soberbo e perverso, no qual experimenta satisfações sádicas tormentosas.
É muito grave o dano emocional de que o indivíduo se tornou vítima, necessitando de psicoterapia cuidadosa, a fim de reconstruir a própria imagem, a personalidade ultrajada, e adquirir consideração em relação às demais pessoas.
Existe, nesse paciente, um expressivo potencial de energia que vem sendo aplicado equivocadamente, gerando desgaste emocional que poderia ser orientado com equilíbrio e de maneira saudável, tornando-se elemento de bem-estar e alegria.
De igual modo, a afabilidade com que conquista as demais pessoas, logo passada a primeira emoção, converte-se em verdugo das mesmas, assim que se dá conta do resultado favorável obtido.
E porque a sua é uma companhia desagradável, quando não irritante e agressiva, termina por ficar isolado, vitimado por mórbida distimia.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:15 am

Machismo
Herança multimilenária insculpida no inconsciente colectivo, o machismo remonta à tradição mosaica a respeito da Criação, quando apresenta a figura antropomórfica do Criador, na condição de Pai instável, alimentando essa construção arquetípica, na pessoa de Adão, de quem fora retirada uma vértebra para produzir a mulher, mantendo-a como parte do seu corpo, tornando-a submissa em face de pertencer-lhe desde a origem.
Concebida a ideia da sua dependência, tornou-se objecto de uso do ser masculino, que dela sempre se serviu para as múltiplas necessidades sociais, domésticas e reprodutivas, sem qualquer outra consideração, quando não lhe impunha os caprichos conflitivos da personalidade doentia.
Em decorrência, a partir daquele momento, prolongar-se-á, nas diversas religiões do oriente e do ocidente, a condição de inferioridade feminina, quando os seus profetas ou criadores de cultos, todos pertencentes ao sexo masculino, vedaram-lhe o direito a participar das celebrações, chegando mesmo ao absurdo de declarar que ela não possuía alma, num profundo desrespeito ao ser humano que é, tendo-se em vista que, mesmo os animais são portadores dessa essência ou psiquismo em desenvolvimento, transitando, nessa fase, com a denominação de alma.
Relegada a uma posição secundária, quando não discriminada, por haver sido instrumento do pecado, como decorrência da sua inferioridade, passou a ser submetida a exigência cirúrgica, mediante a qual lhe seria (e ainda o é) interdito o prazer no relacionamento sexual, tornando-a apenas um animal reprodutor, sem qualquer direito à gratificação afectiva da comunhão carnal. Como efeito, inúmeros conflitos de carácter auto-punitivo, desde esse momento de absurda decisão, tiveram origem na sensibilidade feminina, coarctando-lhe a alegria de viver e de amar.
Obrigada à obediência, sem qualquer direito à eleição da própria felicidade, tornou-se objecto de troca, por pais arbitrários e impiedosos que lhe estabeleciam o destino, considerando-se necessário oferecer-se um dote a quem a desejasse, de forma que se transformasse em mercadoria transferida de um para outro proprietário...
Sistematicamente anatematizada, era empurrada para o adultério, em face da irresponsabilidade do consorte, ou para a prostituição por homens insensíveis que, depois, assumindo atitudes puritanas, exigiam-lhe - e ainda o fazem em diferentes regiões da Terra - a punição, em mecanismos de transferência psicológica da culpa de as haverem arrastado ao dislate...
Mesmo Santo Agostinho, após a sua conversão ao Cristianismo, evitava-as, por serem objecto de pecados, não sendo poupadas por Freud, que as considerava invejosas do homem, em razão da constituição orgânica...
A sistemática indução à inferioridade produziu um profundo conflito na mulher, que passou a submeter-se aos caprichos da irresponsabilidade machista, obrigando-a a introjectar os sonhos e ambições naturais, tombando em lamentáveis processos depressivos ou de rebeldia interior, que se convertiam em enfermidades de diagnose difícil.
Negando-lhe a cultura e preparando-a somente para as prendas domésticas e os deveres do lar, não se conseguiu ao largo dos milénios impedir-lhe a expansão da sensibilidade e da inteligência, que extravasavam em espíritos de escol, renascidos na indumentária feminina com a missão de romper a cadeia de ignorância e de preconceitos perversos.
Lentamente, foram impondo pelo exemplo e pelo poder da capacidade de construir, de administrar, de servir, o seu valor moral e humano, demonstrando que a fragilidade que lhe era atribuída, restringia-se somente à força física, em face da sua constituição hormonal e à finalidade superior da maternidade.
Nada obstante, mediante exercícios próprios, também demonstraram as missionárias da modificação de conceitos, a possibilidade de serem atingidos patamares de resistência muscular, nada inferiores aos masculinos...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:15 am

A decantada e ilusória superioridade masculina, ocultando conflitos complexos, descarregou na fragilidade feminina a brutalidade e a covardia moral, para logo tombar-lhe nos braços, buscando apoio e consolo nos desastres emocionais de que se tornavam servos.
Esparta já houvera demonstrado no passado, a bravura e o patriotismo da mulher, durante as guerras, quando ofereciam seus filhos para a defesa da pátria e seus longos cabelos para que fossem tecidas cordas, e quando enfrentavam aqueles que eram tidos como inimigos. Nos tempos modernos, o esforço de guerra lhe requisitou a contribuição e revelou-se excelente operária em todos os níveis profissionais, saltando, lentamente, para as posições de comando, como administradora e executiva exitosa, portadora de grande capacidade de liderança e de orientação.
Não obstante, no dia 8 de março de 1857,129 tecelãs de fábricas de Nova Iorque, exaustas pelo excesso da carga horária de trabalho - 16 horas diárias, que pretendiam diminuir para 10 - porque promoveram uma passeata em forma de protesto, os patrões recorreram à polícia que as enxotou em rude perseguição a cavalos, fazendo-as recuar e refugiar-se em uma fábrica. Como revide à denominada rebelião, o machismo predominante optou por bloquear as saídas do edifício ao qual foi ateado fogo e morreram todas as rebeldes, com a anuência das autoridades governamentais que participavam da mesma torpe conduta cruel e discriminatória.
É claro que, atitudes de tal porte, geraram dramas de consciência, que se transferiram para a geração imediata, não havendo sido expurgado no período em que o crime brutal foi cometido.
Posteriormente, com a ascensão da Era industrial, o chefe e comandante, a fim de projectar a imagem de poder, usava a mulher como objecto de luxo e de ostentação, proibindo-lhe o direito de pensar, que ele a si mesmo se atribuía, sendo ela, porém, a atracção que produzia inveja c demonstrava a exuberância da fortuna do consorte.
O sensível dramaturgo íbsen retratou muito bem o conflito machista e a sua imprudência na peça teatral denominada Casa de bonecas, não poupando oportunas críticas aos usuários do bordel, não menos atormentados que as suas serventuárias, sempre às ordens das suas necessidades.
Nesse ínterim, no dia 8 de março de 1910, a activista alemã Clara Zelkin, na II Conferência Internacional das Mulheres, na Dinamarca, elegeu esse como o Dia Internacional da Mulher.
Demonstrando os seus valores, porém, embora lhes fossem negados quaisquer direitos de participação na vida pública e social, as mulheres não desistiram, e, em 1932, na América do Norte, candidataram-se a votar e a serem votadas, abrindo uma brecha no hediondo comportamento machista.
No ano 2000, na marcha Mundial das Mulheres, foram mobilizados 161 países sensibilizados pela necessidade da libertação da mulher, porquanto, hoje, 30% das mulheres são chefes de família, responsabilizando-se pela manutenção dos seus lares, embora o seu salário seja em média 60% inferior àquele que os homens recebem.
Recuando-se, historicamente, pode-se evocar o pensamento que assinalou uma atitude, exteriorizado pela insigne Cornélia (189 a.C. - 110 a.C.), filha de Cipião, o Velho, e esposa de Tibério Semprônio Graco, viúva, que se tornou célebre, passando à posteridade sob a alcunha de A mãe dos Gracos - Tibério e Caio - quando um grupo de patrícias frívolas apresentava as suas jóias, exibindo coisas, perguntaram-lhe quais seriam as suas, e ela, abraçando os filhos, respondeu com segurança: - Eis aqui as minhas únicas jóias. Mais tarde, quando os filhos desencarnaram de maneira dolorosa, ela soube preservar a nobreza e recebeu a notícia com resignação incomum, graças ao que os seus coetâneos ergueram-lhe uma estátua, que foi colocada no Pórtico de Metelo, em Roma, com uma dedicatória comovedora: A Cornélia, Mãe dos Gracos.
Ninguém pode obstar a marcha do progresso, impedir a luminosidade do Sol, e o machismo começou a ceder espaço à compreensão dos direitos femininos, quando constatou que a sociedade é formada por ambos os sexos e o futuro, sem qualquer dúvida, alicerçar-se-á, desde hoje, na estrutura emocional, moral e cultural da mulher.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:15 am

Quando a intolerância governamental da China começou a suprimir as mulheres, eliminando-as cruelmente ao nascerem, não teve em mente a problemática da reprodução humana e da barbaridade cometida contra a vida, imprevidência essa que se repete nos governos arbitrários e nos regimes absolutistas, de pensarem apenas em termos de tempo presente, resultando, na actualidade com a sua falta para a constituição das novas e futuras famílias.
O pensamento em que se apoiavam as forças governamentais cruéis, de assim estarem cuidando de controlar a natalidade, em tentativa de evitar a superpopulação que, afinal, tornou-se realidade, havendo outros métodos recomendáveis ao planeamento familiar sem crime, deixou à margem as necessidades orgânicas do cidadão masculino, que ora disputa com avidez a companhia feminina...
Somando-se aos demais factores de ansiedade que se deriva do competitivíssimo, da insegurança pessoal e colectiva, das buscas pela realização social, económica e emocional, essa herança criminosa torna-se factor de desequilíbrio, porque o cidadão de agora, renascido na roupagem masculina, é o mesmo que, ontem, desqualificou, perseguiu, esmagou os sentimentos femininos, sacrificando-os ao seu talante, embora sem dispensar a sua companhia e os seus nobres serviços...
Ainda perdurarão no psiquismo feminino as marcas da rejeição, da punição, do desprezo, que as novas conquistas irão eliminando, de forma que, no futuro, o respeito recíproco aos direitos de ambos os sexos seja a tónica da conduta psicológica e social da humanidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:16 am

Feminismo
A ânsia de liberdade encontra-se ínsita no ser humano, por constituir-se uma das leis da vida.
O espírito é livre, sopra onde quer, conforme acentuou Jesus, no Seu diálogo com Nicodemos, o célebre doutor da Lei, não podendo alcançar a meta da evolução a que está destinado, se se encontra sob coarctação de qualquer natureza. A Lei de liberdade de pensamento, de palavra e de acção, é conferida ao ser humano que, da maneira como a utilize, será responsabilizado pela própria consciência que reflecte o Divino Pensamento.
Como é natural, o anseio da busca dos mesmos direitos que ao homem sempre foram concedidos, ou pelo menos da sua equiparação sempre repontou através da História, quando algumas mulheres impossibilitadas de lograr o triunfo anelado, conseguiram-no através da maternidade, da beleza, da sedução sexual, da astúcia, da inteligência, da santidade, como ocorreu com Dalila, Judite, a rainha de Sabá, Cleópatra, Maria de Nazaré, Teodósia, Teodora, santa Teresa dÁvila e as pioneiras nas ciências, na filosofia, nas artes, nas religiões...
Elas e muitas outras abriram o espaço para o respeito de que são credoras todas as mulheres, encontrando maior ressonância, em face do desenvolvimento cultural do século passado, no movimento denominado Feminismo.
A ideia feliz, iniciada por verdadeiras heroínas, que foram imoladas umas, outras execradas e perseguidas, encontrou vultos de alta magnitude, que reuniram a inteligência ao sentimento demonstrando que a fragilidade orgânica, de forma alguma tem a ver com a ausência de valores administrativos, de conhecimentos gerais, de especificidade tecnológica... Missionárias, que lutaram contra a intolerância, destacaram-se em diversos períodos históricos afirmando que a biologia não é fatalidade na definição da capacidade mental e cultural, quebrando as primeiras cadeias da intolerância.
Por fim, na segunda metade do século passado, quando da superação de muitos dos preconceitos ancestrais em várias áreas do comportamento humano, o que sempre gerou dificuldades nos relacionamentos e graves conflitos psicológicos, ergueu-se a bandeira dos direitos da mulher, abruptamente, enfrentando as antiquadas discriminações, torpes no seu conteúdo e cruéis na sua aplicação, exigindo leis e oportunidades justas para todos os cidadãos.
Como é compreensível, a rebelião sexual foi o estopim que produziu o grande impacto social, em relação às mulheres insatisfeitas e infelizes, graças aos impositivos da ignorância e da perversidade, após os relatórios Hitt, demonstrando quanto a mulher era objecto do erotismo, das aberrações masculinas, desrespeitada nos seus sentimentos, sem o menor direito às sensações da afectividade e do conúbio físico, ao mesmo tempo desvelando os inúmeros conflitos masculinos disfarçados no machismo vergonhoso.
Espíritos em processo de crescimento, ambos os sexos experimentam equivalentes dificuldades e tormentos na maneira de expressar-se, como decorrência das experiências transactas, infelizes umas, perturbadoras outras, malsucedidas muitas...
A represa das emoções começou a romper-se e personagens atormentadas, utilizando-se da oportunidade, passaram a comandar o novo Movimento, sem dar-se conta da intolerância e do ressentimento mal contido, desafiando os cânones ancestrais e os conceitos de então, desbordando em exagerados comportamentos, que nada têm a ver com a dignidade, o equilíbrio e os direitos femininos. Logo surgiram as oportunistas, que carregavam transtornos vários, perturbações emocionais necessitadas de terapia especializada, para exigir novas regras, algumas aberrantes, de maneira a impor-se, numa aparente vitória contra a correnteza.
Lentamente, como sempre ocorre, do exagero surgiram os reais propósitos de valorização da mulher, abrindo-se-lhe portas de acesso a trabalhos e actividades antes reservados somente aos homens, nos quais foram demonstrados os valores e as habilidades elevados do sexo feminismo, competindo em qualidade com o masculino.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:16 am

Certamente ainda se vivência um período de afirmação, no qual a contribuição psicológica por intermédio de terapias especializadas e de valorização dos sentimentos antes desconsiderados, em detrimento dos absurdos contributos da força e da imposição machista, torna-se indispensável.
Como prejuízos iniciais, em um movimento de tal significado, no qual são necessárias as adaptações psicológicas, em face dos traumas de curso demorado através dos tempos, houve a irrupção da liberdade que se vem fazendo libertina, com olvido dos reais compromissos, substituídos pelos vícios masculinos, que a mulher parecia invejar. O tabagismo, o alcoolismo, hoje em expressão mais volumosa, em alguns países, entre as mulheres, o sexo licencioso e vulgar, dando surgimento a novos conflitos desgastantes e perturbadores que decorrem do prazer sem emoção, do gozo sem amor, do tédio, após a vivência do anelado que não preenche o vazio existencial.
A depressão, a síndrome do pânico e outros conflitos substituem os anteriores da timidez, do medo, da discriminação, a estes, muitas vezes, somando, demonstrando que algo não está funcionando como seria de desejar.
Ocorre que a mulher é essencialmente mãe, em face da sua constituição biológica e psicológica, forte e frágil na estrutura emocional, vigorosa e meiga por imposição evolutiva, não se devendo furtar ao ministério da procriação.
A necessidade, porém, de auto-afirmação, de autoconfiança, de demonstração da personalidade, numa espécie de desforço que dormia no inconsciente, tem levado muitas mulheres a opor-se terminantemente à maternidade, justificando a necessidade de triunfar no trabalho, na profissão, no mundo dos negócios, como se uma opção eliminasse ou impedisse a outra...
Por outro lado, desejando a maternidade, delega a outros a função educativa dos filhos, fugindo à responsabilidade do lar, ao qual retorna cansada, ansiosa, quando não estressada ou amargurada...
Todo exagero sempre gera consequências lamentáveis, e, no caso em tela, a negação da maternidade, como a maternidade irresponsável respondem por danos emocionais e sociais cujos efeitos, a pouco e pouco, vêm sendo apresentados na sociedade, em forma de droga-dição juvenil, criminalidade entre jovens, violência e abuso de toda ordem, orfandade de pais vivos...
Os homens, pelo mau hábito de considerar a sua suposta superioridade, sempre delegaram à mulher o provimento moral da família, a sustentação emocional do lar e dos filhos, ficando ao largo das responsabilidades dessa natureza. Muitas vezes, igualmente, fecundou a mulher e abandonou-a, empurrando-a para a prostituição ou o desespero, olvidando-se totalmente da família...
Como efeito psicológico do ressentimento feminino mal contido por séculos sucessivos, adveio a reacção, mediante a qual a mulher, procurando evadir-se da responsabilidade maternal, ou não desejando filhos, que sempre se apresentam como obstáculos ou impedimento à sua ascensão no mundo das disputas financeiras e sociais, sente-se liberada do compromisso.
Essa interpretação equivocada e infeliz, defluente do feminismo exagerado, tem produzido danos emocionais muito graves nos sentimentos da mulher, frustrando-a e deixando-a em solidão destrutiva.
Cabe seja revista a situação do feminismo de revide, porque a organização genésica da mulher estruturalmente não está capacitada para as experiências múltiplas do sexo sem amor, sem responsabilidade, conforme sempre foi imposta àquelas que têm sido empurradas para os prostíbulos e as casas de perversão e de indignidade humana, como escravas das paixões asselvajadas de psicopatas aturdidos sedentos de gozo animalizado...
O direito à liberdade de acção, de deliberação e escolha no lar e na sociedade é conquista que a mulher adquiriu e que não pode ser confundida com arrogância nem procedimentos de confrontos, nos quais os conflitos interiores predominam em fugas inúteis que surgem como soluções apressadas, e que não resolvem o grave problema dos relacionamentos humanos, sejam nas parcerias afectivas ou noutras quaisquer.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:16 am

Direitos igualitários
Em nosso conceito pessoal, o Self abrange todos os demais arquétipos ou é o responsável pela sua existência, especialmente harmonizando a anima e o animus, cujos conteúdos constituem-lhe a síntese perfeita no que diz respeito às manifestações sexuais do ser, armazenando as experiências vividas anteriormente, ora em uma organização biológica ora em outra.
Durante o largo processo da evolução antropológica, adquiriu uma e outra experiência, incorporando-as com as suas características essenciais, estruturando a individualidade pela qual se expressa.
Predominando as heranças primárias - em face do larguíssimo tempo em que transitou nessas experiências - aquelas que melhor contribuíram para os mecanismos < Io aprimoramento intelecto-moral da actualidade, vêm ressumando através das reencarnações como impositivos de vigência da força para a sobrevivência dos mais bem equipados, em detrimento das aquisições emocionais que oferecem valores éticos para a continuidade da existência física...
Como efeito inevitável, os fenómenos hormonais destacaram o animus com mais vigor, propiciando a falsa conceituação machista de domínio e de poder. Nada obstante, as experiências da anima produziram sentimentos de nobreza e de renúncia, de docilidade e de abnegação, que hoje, diante das conquistas do saudável feminismo, propiciam a compreensão dos direitos da mulher equipada de requisitos elevados que lhe facultam a plenitude pessoal e a edificação de uma sociedade justa.
Sendo o Self na sua estrutura psicológica assexuado, avança na escalada humana em busca da individuação, assimilando os méritos transcendentes do animus e da anima, de modo a superar os impositivos biológicos da anatomia fisiológica, resultando em harmonia psicológica e de comportamento emocional.
Quando as experiências repetem-se, contínuas, em um arquétipo - animus - por exemplo, as características orgânicas a par das imposições sociais e culturais predispõem-no ao machismo arbitrário. Quando ocorre a prevalência da anima, inevitavelmente a docilidade e a submissão sobressaem no comportamento, dando lugar à aceitação das cargas arbitrárias de injustiça e até de crueldade.
Quando ocorre, porém, a mudança abrupta de uma variante - animus repetitivo e anima de repente ou vice-versa - a anatomia pode ser totalmente inversa à psicologia, dando lugar a um indivíduo em conflito quanto à sua sexualidade, não raro, experimentando transtornos íntimos, insegurança emocional e medo de assumir o impositivo psicológico diferente do fisiológico.
A educação moral, no entanto, ao lado de um saudável programa social contribui para o equilíbrio comportamental, destituído das descabidas exigências dos hórridos preconceitos ou das licenças morais extravagantes que conduzem à promiscuidade.
A igualdade dos direitos para ambos os sexos significa progresso moral e social da humanidade que, lentamente deixa as condutas primitivas para ascender na escala do progresso, superando a pouco e pouco as fortes impressões do barbarismo e facultando-se a legítima organização de uma sociedade harmônica e digna.
Eis por que, no trânsito da conduta ancestral, perversa e primitiva, na qual predominavam as vigorosas regras do machismo doentio, não há lugar para comportamentos feministas que pretendam diminuir o homem e tomar-lhe os hábitos insalubres, como significado de libertação da mulher.
A questão é mais profunda quando examinada psicologicamente, levando-se em consideração o bem-estar e a saúde integral do homem, assim como da mulher.
É de primordial importância uma análise de conteúdos emocionais que faculte a identificação das condutas humanas, mediante as quais cada um possa conseguir identificar-se com a sua realidade pessoal - o Si profundo - com o ego, contribuindo em favor de uma nova sociedade equilibrada e feliz.
Numa inversão de valores, na luta existente entre homens e mulheres, a imposição pela liberdade sexual feminina, numa demonstração doentia de prazeres orgânicos com prejuízo para as emoções, em tentativas de superar os velhos chavões de objectos, valiosas unicamente pelas concessões morais que se permitem, nada obstante permanecem na mesma situação deplorável de coisas descartáveis que se usam e se abandonam sem qualquer respeito ou consideração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:16 am

Expondo-se exageradamente, fomentando o comércio vil do sexo sem significado, em profissionalização e banalização dos sentimentos, a mulher atira-se no abismo modista, gastando juventude e saúde, a fim de manter-se nos absurdos padrões de beleza estereotipada, marchando inexoravelmente para enfermidades e transtornos psicológicos imediatos e mediatos, na solidão, no esquecimento ou atirada ao ridículo, ao vexame, quando já nada mais tem a oferecer...
Poder-se-á, porém, aguardar um dia, no qual homens e mulheres, perfeitamente integrados nas suas funções - emocionais, sociais, fisiológicas e mentais - se harmonizarão sem hostilidades reais ou disfarçadas, sem bengalas psicológicas de superioridade ou conflitos de inferioridade?
Sem qualquer dúvida, porque esta é a fatalidade da lei de progresso da vida.
Trabalhando-se pela conquista da individuação de cada ser, o processo de evolução se encarregará de unir as criaturas em perfeita identificação de propósitos e de objectivos morais, dando lugar a uma geração nova, conforme anelada por todos.
Superando-se, a pouco e pouco, os conceitos arcaicos machistas e os modernos e revolucionários feministas, homens e mulheres integrados na consciência dos deveres pessoais, caminharão juntos, respeitando-se mutuamente e ajudando-se uns aos outros, fomentando o bem-estar pessoal e geral, sem amarras com o passado, nem tormentos em relação ao futuro.

Temas para reflexão:
“817- São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”
*
"... E aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra.”
João 8:7.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:16 am

5 — RELACIONAMENTOS AFECTIVOS ANGUSTIANTES
Separações litigiosas masculinas. — Separações litigiosas femininas. — Separações harmónicas.

O ser humano, em face da sua estrutura emocional, é compelido a viver em sociedade. A herança proporcionada pelo instinto gregário leva-o à constituição do grupo familiar, que decorre de relacionamentos afectivos que devem ser cultivados com equilíbrio e sensatez.
Confundindo, muitas vezes, por imaturidade psicológica ou pouco discernimento, as sensações com as emoções, deixa-se arrastar pelos impulsos dos desejos infrenes, estabelecendo compromissos graves mediante relações apressadas, que se transformam em desastres comportamentais.
O despertar da sexualidade com toda a força dos seus hormônios, gerando necessidades aflitivas, responde pela precipitação com que se busca a satisfação imediata, sem a observância das naturais consequências do gesto impensado.
Os impulsos do desejo tornam-se confundidos com as mais subtis manifestações do sentimento do amor, quando a paixão assume o lugar do equilíbrio, instalando-se com vigor na conduta especialmente do jovem.
Não é, no entanto, esse comportamento exclusivo do período juvenil, podendo manifestar-se com o mesmo poder na fase pré ou pós-climatério feminino, na andropausa masculina, ou também repontar no adulto num período de frustração e de ansiedade, gerador de solidão e de incompletude.
Nessa fase, quando se encontram dois indivíduos que se sentem solitários e insatisfeitos com a existência, resultante da convivência não realizadora no lar ou no trabalho, são levados à permuta de confidências, descobrindo ser portadores de grande afinidade nos gostos, nas aspirações, nos ideais, quando o que existe em verdade é somente fuga da realidade.
Precipitam-se em uniões ansiosas, cujos desastres logo se apresentam, passadas as primeiras sensações assinaladas pelos ingredientes da fantasia.
Nesse sentido, os relacionamentos virtuais através da INTERNET, quando, cada qual oculta os conflitos e transfere-os para a responsabilidade de outrem, ensejam encantamentos paradisíacos, despertam paixões vulcânicas, resultantes todos das insatisfações acumuladas, instalando perigosos transtornos neuróticos de consequências lamentáveis.
Na adolescência, e mesmo depois, a realidade e a fantasia confundem-se, proporcionando à imaginação soluções de fácil ocorrência para qualquer desafio, particularmente no que diz respeito aos relacionamentos afectivos.
Entretanto, à medida que o amadurecimento resultante das experiências premia o ser com a satisfação e melhor discernimento em torno da vida, diminuem os ardores que passam ao controle do equilíbrio e da percepção do significado existencial.
E comum, no entanto, prosseguir-se no crescimento somático e intelectual sem um correspondente desenvolvimento emocional, detendo-se na fase lúdica e inconsequente, que se encarrega de criar situações embaraçosas, quando não muito graves.
Se, nessa fase inicial da puberdade, ou logo após, os relacionamentos se agravam, transformando-se em convivência sexual, por certo, o amadurecimento das emoções demonstrará o erro da escolha, a dor interna do desencanto, a angústia que decorre da eleição feita por precipitação, o transtorno da depressão...
Observando agora com uma diferente óptica em volta o imenso campo de experiências ao alcance de um passo, o indivíduo lamenta a pressa com que procurou atender aos impulsos, dando margem ao surgimento de ojeriza pelo parceiro que lhe tolhe a liberdade de outras opções que no momento lhe parecem ideais e felicitadoras.
Havendo filhos, como resultado da afectividade desgovernada, mais complexo torna-se o quadro da convivência que, infelizmente, termina em separação litigiosa, com acusações pesadas de parte a parte, assinalando profundamente a psique da prole, quando cada um dos litigantes não se escuda nos filhos para melhor ferir o outro, a quem atribui a culpa do insucesso...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 11:17 am

A predominância dos impulsos sexuais na fase juvenil do ser humano está a merecer expressiva contribuição psicológica e educacional, a fim de que se possam evitar os desastres que decorrem da insensatez e da precipitação.
A herança da abstinência forçada por motivos religiosos ou decorrentes da ignorância ainda mais agrava a situação dos jovens em desenvolvimento, por não saberem como canalizar o excesso de energias de que se sentem possuidores.
O preconceito, assim como a vulgaridade com que são abordados os fenómenos fisiológicos do sexo e as suas funções, castram ou liberam os adolescentes que lhes temem o uso ou se entregam às licenças morais perniciosas, que se transformam em vícios sociais e morais com prejuízos graves para a sua estabilidade comportamental.
O sexo merece ser estudado desde muito cedo, na vida infantil, com os mesmos direitos de esclarecimento que se concedem aos demais órgãos do corpo, no que diz respeito à higiene, ao uso, à finalidade.
Deixar-se para serem feitas essas abordagens posteriormente ao seu uso, é como tentar-se aplicar terapêutica em processos enfermiços quando já se encontram instalados, dispondo-se, no entanto, dos recursos preventivos.
Desportos e estudos, disciplinas sem rigidez e com amizade, relacionamentos afectivos com significados fraternais, intercâmbio de ideias e convivência saudável, podem contribuir valiosamente para facilitar o trânsito no período juvenil sem traumas nem compromissos precipitados de efeitos danosos.
Entretanto, para que esses objectivos sejam alcançados, fazem-se necessárias a harmonia doméstica, a convivência com a prole por parte dos progenitores,as conversações esclarecedoras, a confiança recíproca, a amizade sem submissão nem temor...
Nesse campo de experiências equilibradas o amadurecimento psicológico estabelece-se, produzindo percepções selectivas entre paixão e amor, desejo e afecto, uso e abuso das funções geradoras da vida.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:24 pm

Separações litigiosas masculinas
Como decorrência da conduta mais liberal sempre concedida ao homem, o matrimónio ou a parceria afectiva nem sempre logra insculpir-se-lhe como um compromisso relevante, no qual a fidelidade é factor de primeira grandeza para o sucesso do relacionamento.
Logo passadas as emoções da convivência anelada, porque ainda não experienciada, surgem a realidade e o dever, derrubando as máscaras da conquista pessoal de cada um, assim desnudando a individualidade que passa a ocupar o lugar da personalidade.
Observam-se melhor os hábitos e costumes, o significado do compromisso familiar, surgindo os medos, a insegurança em relação ao sucesso da eleição feita. O que antes apresentava-se com certa dose de encantamento, pelo repetir-se, adquire a monótona condição de falta de criatividade, produzindo cansaço e certo mal-estar. As queixas, que começam a surgir, resultado inevitável de pequenas insatisfações que fazem parte do cotidiano, empurram para a saturação da convivência, e a perda dos temas de conversação abre espaço para o perigo em torno do relacionamento.
O que antes representava liberdade de movimentação e de acção, agora expressa-se com menos poder, porque a convivência a dois impõe responsabilidade na conduta, já não sendo lícita a actividade individual, sem que haja o necessário esclarecimento ao outro, a justificação e o pedido de apoio.
Normalmente, a princípio, um parceiro afectivo demonstra confiança em relação ao outro. No entanto, à medida que se repetem os momentos de independência de um deles, o que fica passa a ter ideia de que está sendo marginalizado, que a sua não é mais a companhia desejada, desconfiança que se instala facultando conflitos futuros.
Acostumando-se a estar juntos no período de encantamento, quando surge alguma distância, a atenção é liberada para a nova atitude, que desperta ciúme e exige explicações.
O ser psicológico é muito complexo, em face das heranças evolutivas que carrega no Self, misturando ansiedade e insegurança emocional com prazer e acomodação afectiva.
Não se trata de perda de liberdade no sentido literal, mas de diminuição de independência de movimentos, de aspirações, de realizações. As questões devem ser agora, quando surge e se instala a parceria, debatidas por ambos os membros, os deveres e responsabilidades divididos e assumidos, os planos trabalhados em conjunto com o melhor empenho. Os conflitos que estão acumulados no inconsciente ressumam e não são aceites pela consciência que os escamoteia, transferindo a responsabilidade para o outro, a fim de ficar-se bem consigo mesmo.
Inevitavelmente, porém, passam a fazer parte das reflexões, tanto no homem como na mulher, os conflitos do lar de onde cada um procede, as experiências infantis menos felizes, as imposições injustas a que foram submetidos, produzindo-lhes sensações de desamparo e de desconforto.
Se o homem é de temperamento introvertido, mais difícil torna-se a convivência, porque ele evita falar sobre o assunto, assumindo atitude enigmática, transtornando a companheira que passa a ter dificuldade de entendê-lo. Nenhum relacionamento de qualquer natureza e especialmente o afectivo pode sobreviver quando o mutismo toma conta de algum dos envolvidos.
Se é extrovertido e a tudo se submete de maneira superficial, torna-se explosivo, é imprevisível e de difícil controlo.
Em ambos os casos, surge uma fissura na afeição que, se não admitida e corrigida transforma-se em espaço que se amplia, afastando os afectos e levando os a ideias perturbadoras que não correspondem à realidade.
O diálogo é o método eficaz para dirimir incompreensões, porém feito no alto nível do respeito em torno da opinião do outro, sem qualquer tipo de imposição, que resultaria num impedimento para a compreensão que se deseja.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:24 pm

É impraticável esperar-se que a união de dois indivíduos que se amam seja sempre tranquila, sem sinuosidade ou sem desafios emocionais.
Cada pessoa é uma construção psicológica específica que se encontra com outra, a fim de produzir uma harmonia e não uma fusão, no que resultaria em perda de identidade em alguém, conforme ocorria no passado com mulher submissa, que não tinha o direito de pensar, de sentir, de viver, somente o de submeter-se...
Não havendo a oportunidade da discussão em torno das dificuldades que devem ser sanadas, um ou outro podem fugir para o passado, quando não enfrentavam problemas dessa natureza, acreditando que aquele foi o período real de sua felicidade...
O homem, com mais frequência, refugia-se nas lembranças, apega-se-lhes e recusa-se a aceitar novos direccionamentos, porque somente vê o problema na companheira que o não entende, que deseja impor-se sem a menor consideração.
A vida, porém, são fenómenos que se repetem, mas também acontecimentos novos, sucessivos, que impõem crescimento moral e intelectual, ampliando a capacidade de entender o processo de evolução.
Os eventos passados, queira-se ou não, influenciam o presente, especialmente porque não foram liberados nem esclarecidos, continuando como arquivos semimortos pesando no inconsciente. E porque normalmente se teme aquilo que se desconhece, há uma reacção inconsciente para equacionar-se os enigmas interiores, deixando-se que eles permaneçam com a sua dominação arbitrária.
Com o passar do tempo surgem os mecanismos de transferência afectiva e se manifestam as insatisfações que impõem procedimentos estranhos, que irão culminar nas separações litigiosas, impostas pelo parceiro que pretende ignorar as próprias dificuldades, transferindo-as para a mulher.
Quase sempre, nesse período, surgem terceiras pessoas que passam a influenciar a conduta daquele que se encontra incompleto, nascendo as aparentes afinidades, culminando em complicadas ligações extraconjugais, que irão influenciar fortemente a separação da parceira anterior.
Essa solução imprópria irá culminar em futuros conflitos, quando surgirão acusações mútuas, porque o problema não se encontra noutrem, mas no íntimo de cada qual.
Em alguns casos, a problemática no homem é resultado do seu crescimento no trabalho ou na empresa em que se encontra, fascinando-se pela conquista de patamares sociais e económicos, políticos ou artísticos elevados que persegue, deixando a parceira na incómoda situação de segundo lugar. Esfalfa-se no labor empresarial e está sempre cansado no lar, sentindo-se incompreendido por não ser acompanhado na sua ambição, sem dar-se conta de que o ser ao lado igualmente desfruta do mesmo direito de anelar por viver bem, em parceria, sem impedimento de qualquer outra natureza.
Instalando-se a antipatia, surgindo interferências externas, desaparece o interesse sexual, esfria-se a afectividade e o antigo encanto cede lugar à indiferença que culmina em separação complicada.
Havendo filhos e bens a repartir, os sentimentos perturbam-se mais, as mágoas acentuam-se e a animosidade substitui a confiança antiga, produzindo atitudes de violência, de desconsideração e de ressentimentos que serão discutidos em tribunais, a prejuízo da família em particular e da sociedade como um todo.
Será sempre ideal a preservação do respeito pelo parceiro, notadamente quando progenitor masculino ou feminino da prole, de modo a não produzir conflitos psicológicos nos filhos, tanto quanto neles mesmos.
A imaturidade emocional, no entanto, prefere as atitudes agressivas, porque a afectividade não teve significado profundo, sendo superficial em decorrência dos desejos mal contidos e das necessidades de união precipitada.
Os danos psicológicos marcam significativamente mesmo aqueles que se crêem vitoriosos quando saem desses relacionamentos tumultuados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:24 pm

Separações litigiosas femininas
Em face do atavismo em torno da fragilidade da mulher, remanesce, ainda na actualidade, no inconsciente feminino, a marca da discriminação multimilenar de que foi vítima, gerando-lhe insegurança e timidez. Tradicionalmente, o casamento constituía-lhe um mecanismo de fuga do despotismo doméstico, a busca da auto-realização, o anelo pela maternidade, a realização do próprio lar. Para consegui-lo, não poucas vezes, a mulher transferia-se de uma situação arbitrária de dependência para outra, submetendo-se a circunstâncias vexatórias, desde que pudesse manter uma aparência de segurança, em face da protecção masculina que recebia.
O estado de solteira constituía-lhe um sinal de desprezo e de inferioridade social e pessoal, valendo, por isso mesmo, o esforço para conseguir um matrimónio, embora sob injunções aflitivas.
O despotismo machista só raramente concedia-lhe o direito à própria identidade, tornando-a parceira nas resoluções domésticas e sociais, embora a carga das responsabilidades e tarefas sempre lhe pesasse sobre os ombros.
Por natural efeito dessa herança mórbida, muitas mulheres ainda acreditam que o casamento representa uma conquista auto-realizadora, empenhando-se por consegui-lo, mesmo quando não se encontram emocionalmente amadurecidas para as responsabilidades e as injunções penosas.
Não experientes em relação às sensações decorrentes dos relacionamentos sexuais, facilmente deixam-se arrastar pelas ilusões e estímulos que recebem, comprometendo-se inadvertidamente, e buscando, no matrimónio, a regularização da situação instável.
Quando se permitem as licenças morais contemporâneas, acreditam na ilusão do prazer em detrimento das graves posturas que lhes dizem respeito.
No primeiro caso, à medida que transcorre o tempo e os sentimentos amadurecem, os conflitos se sucedem, as experiências de união já não proporcionam o mesmo impacto inicial, sentem-se traídas, quando não o estão sendo realmente, ou frustradas na busca de independência, vivendo solitárias, embora a companhia, e desejando a liberdade a qualquer preço.
Descobrindo, a pouco e pouco, o carácter e o comportamento dos maridos ou companheiros, passam a exigir mais atenção, a reclamar os direitos que lhes dizem respeito, iniciando-se os litígios de breve ou longo curso, que culminam em situações delicadas, quando não agravadas pelas inesperadas reacções de agressividade e grosseria do outro.
Mediante fenómenos de transferência de conflitos, passam a ver no marido, como a figura detestada dos progenitores que as molestaram ou afligiram com a sua indiferença ou com a sua prepotência, surgindo o anseio de vencer o adversário que permanece na sua perseguição
hedionda, deixando-se consumir pelo sentimento de vingança e de ódio.
Inevitavelmente, esfria-lhes o interesse afectivo e sexual, atormentando-se diante do hábito mantido, direccionando os interesses para outrem que lhes parece oferecer maior soma de prazeres e de compreensão, o que, não raro, se trata de uma ilusão, de um mecanismo de fuga da realidade aflitiva.
Outras vezes, cansadas das incompreensões, da indiferença do parceiro ou da sua prepotência, das exigências no tálamo conjugal, que as amesquinham, permitem-se dominar pela ojeriza que se transforma em cólera, sentindo-se desprestigiadas ou feridas nos seus brios.
As discussões sucedem-se, a animosidade recíproca aumenta e os conflitos terminam em lamentáveis separações com prejuízos emocionais muito graves, especialmente aqueles que se derivam do ódio que tem sede de vingança e de destruição do outro.
É certo que muitos factores conspiram para tal situação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:25 pm

Descobrindo, posterior mente, a necessidade emocional da auto-realização, do destaque na sociedade, na conquista de um lugar ao Sol, não apenas a posição de dona de casa, a mulher passa a competir consciente ou inconscientemente com o parceiro, a fim de mostrar-lhe o alto valor que se atribui, utilizando-se das armas da insolência, da falsa superioridade, da inteligência e da emoção...
Confundindo os sentimentos da maternidade com os de liderança que lhe são inatos, aturde-se, optando pelo desamor, quando poderia experienciar a convivência pacífica, os diálogos honestos, as compensações afectivas.
Nos dias atuais, em razão das conquistas femininas, deixa-se consumir por uma surda rebelião contra o homem a quem se vincula, trabalhando para ultrapassá-lo, submetendo-o ao talante do seu capricho, utilizando-se mesmo dos seus hábitos insalubres como o tabagismo, o alcoolismo, a liberação sexual, a fim de afrontá-lo, em tentativas bem urdidas de o ferir.
Algumas vezes consegue o intento, por estar diante de indivíduos psicologicamente infantis, também inseguros e instáveis, gerando situações deploráveis, nas quais ambos descem a níveis inferiores de conduta, com agressões recíprocas de consequências imprevisíveis.
É perfeitamente natural que um consórcio de qualquer natureza, não atingindo os fins para os quais foi estabelecido seja desfeito com perfeita compreensão dos parceiros, especialmente no que diz respeito aos de relacionamentos afectivo e sexual. Nada obstante, o ego dominador de cada membro sempre se refugia num tipo de auto-compaixão falsa, apresentando-se como vítima do outro, nunca assumindo parte da responsabilidade pelo insucesso do empreendimento.
A união afectiva é também uma empresa das mais complexas, pelo fato de a convivência contínua ser de natureza íntima, intransferível, interpessoal, exigindo responsabilidade e compreensão de ambos os membros.
Os melindres, as inseguranças, os conflitos devem ser analisados em conjunto, ao invés de escamoteados no inconsciente, de modo a aparentar-se uma harmonia que não existe, dando lugar a processos neuróticos de fixações e de receios que se transformam em problemas de difícil solução, caso não se recorra à psicoterapia cuidadosa.
A mulher, portanto, despreparada para a união sexual e a convivência afectiva em longo prazo, logo se manifestam as dificuldades que deveria enfrentar com a mente e o sentimento abertos para a regularização, opta pela separação, impondo condições ou defendendo-se das exigências do companheiro, a fim de sentir-se compensada dos sofrimentos e do tempo que foi desperdiçado na experiência de que se deseja libertar.
O tempo, no entanto, somente é desperdiçado, quando passa em vão, na futilidade dourada, no jogo dos interesses mesquinhos, porquanto dele nada se obtém de útil, senão o tédio e o desencanto.
As experiências constituem um património de alto valor, especialmente aquelas que ensinam como não mais se devem repetir, facultando o crescimento interior do indivíduo e o seu amadurecimento psicológico.
Optando, desse modo, pela separação litigiosa, desgasta-se, também a mulher, que passa a vivenciar conflitos profundos em relação ao homem, amargurando-se e armando-se contra futuras uniões que passa a anelar e a temer.
As criaturas humanas são espíritos eternos, possuindo a divina presença no imo, a fim de que se possam conduzir com sabedoria e amor, no entanto, as heranças ancestrais do processo de evolução antropológica em predomínio, levam-nas a reacções de autodefesa, de agressividade, dando ao ego primazia em detrimento do Self.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:25 pm

Separações harmónicas
A afectividade é indispensável para a saúde emocional, quando se apresenta de maneira tranquila e enriquecedora.
Nenhuma criatura humana pode viver sem o calor da sua presença.
Graças à sua influência, os indivíduos alcançam os patamares mais elevados da glória, na santificação, nos ministérios sociais, políticos e artísticos pelos quais transitem.
Facilitadora da dedicação extrema, ela apresenta-se num elenco de manifestações que alcançam variadas expressões de vida.
A afectividade que une dois indivíduos na conjunção dos sentimentos nobres para a constituição do lar, é fonte de benefícios que se podem transformar em conquistas valiosas de iluminação e de harmonia.
No entanto, não é assim que ocorrem as suas expressões iniciais, sendo mais impulsos de posse, de desejos luxuriosos do que de sentimentos de equilíbrio e de fusão transcendental. Isto porque, a predominância do primarismo nos refolhos da psique fazem jazer armazenadas as experiências iniciais, abrindo pequenas brechas para as vivências da razão e do sentimento. As uniões pela afectividade, quase sempre expressam necessidades de relacionamento sexual, em detrimento de companheirismo, de convivência com outrem, de compartilhamento de emoções.
Vivendo-se breves momentos de prazer no quotidiano, os instintos açulam-se com facilidade, impedindo que as emoções se expressem com harmonia, de forma ;i produzir vinculações profundas e significativas.
O ego insaciável, irrequieto, impede as manifestações equilibradas
do Self, mantendo o jogo dos gozos rápidos e sem significação, a prejuízo das satisfações profundas que se expressam em realização interpessoal.
Em decorrência, surgem o egocentrismo e o egoísmo responsáveis pelas atitudes infelizes nos relacionamentos de qualquer natureza, em particular, naqueles de carácter afectivo, nos quais, o seu portador somente espera fruir sem dar, acreditando-se especialmente constituído de valores que o credenciam a direitos especiais.
Aí surge o factor de desequilíbrio, levando à separação litigiosa. No entanto, quando existem sentimentos de nobreza, os parceiros dão-se conta das dificuldades que enfrentam e tentam restabelecer a união, cada qual, de sua parte, envidando esforços para preservar a conquista realizada.
Lentas modificações operam-se no comportamento, de modo que resultam na descoberta de valores esquecidos que volvem à consciência, contribuindo para o bom entendimento.
Muitas vezes, porém, torna-se difícil ou irrealizável a reconstrução do relacionamento afectivo, chegando-se à conclusão de que o melhor caminho é a separação física, mantendo o respeito e o entendimento, particularmente quando existem filhos, cuja saúde emocional deve ser preservada a qualquer custo. Nos rompimentos litigiosos surgem os distúrbios psicológicos como outros psicopatológicos, que se alongam durante a existência, transformando-se em ódios e cânceres morais de erradicação improvável.
No entanto, quando existem saúde emocional e amadurecimento psicológico em ambos os parceiros, as soluções harmónicas cicatrizam as chagas dos desentendimentos, eliminam as acusações recíprocas e restabelecem a saúde nos seus diversos aspectos.
As pessoas, embora tristes com a ocorrência da separação, encontram-se amadurecidas para futuras uniões, sem os erros da experiência encerrada.
Com o tempo nasce um sentimento de gratidão pelo parceiro gentil - masculino ou feminino - que soube preservar a amizade, embora o insucesso da relação afectiva.
Assim devem ser os comportamentos maduros de pessoas que anelam pela felicidade, sem a participação preponderante do egoísmo e seus derivados. Por isso mesmo, Jesus referiu-se à questão do escândalo, mais no sentido de um tropeço, de uma dificuldade, do que propriamente de uma aberração, de um facto imoral, de um escarcéu...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:25 pm

Ele ocorre por imprevidência, por imaturidade, sendo pesada a carga na consciência daquele que o comete, caso a sua seja a intenção de ferir, de perturbar, gerando situações deploráveis.
Nesse caso, ai daquele que assim procede, porque adquire conflitos na consciência actual ou transfere-os para a futura, de que não se liberará facilmente, incidindo em tormento de culpa...
Todo relacionamento afectivo é feliz, quando existe respeito entre os parceiros, resultando ou não em prolongada união.
Dele sempre defluem benefícios que podem ser armazenados a favor de ambas as partes.
Pessoas adultas, psicologicamente amadurecidas, agem, portanto, com equilíbrio, sem precipitação, tanto no que diz respeito aos relacionamentos que se iniciam após reflexões e análises cuidadosas, quanto às separações de natureza harmoniosa, como gratidão pelas horas felizes que experienciaram juntos.
Com atitudes desse porte, a sociedade preservará sempre os laços de família, havendo ou não prole, como recurso básico para a constituição de grupos felizes, que aprendem a amar-se e a respeitar-se dentro dos parâmetros da liberdade de escolhas afectivas.
Redescobre-se que o amor é livre sem ser libertino e que as criaturas podem e devem unir-se através dos seus vínculos, respeitando as leis constituídas dos diversos países, porém com direito de separar-se legalmente, sem que as uniões sejam para toda a existência, o que viola o direito de felicidade, tendo em vista os processos normais de crescimento intelecto moral, de desenvolvimento da consciência, de experiências evolutivas, de necessidades emocionais e espirituais.
A vida é rica de bênçãos e os impositivos para fruí-la, as castrações impostas são decorrência de transtornos de conduta e de visão estreita de indivíduos conflitivos e infelizes.

Temas para reflexão:
“755 ~ Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laços de família?”
“Uma recrudescência do egoísmo.”

„É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem vierem!”
Lucas: 17-1.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:25 pm

6 — TRANSTORNOS MENTAIS E OBSESSIVOS
Transtorno esquizofrénico. — Transtorno obsessivo. — Diversidade das obsessões.

No ano de 1873, quando foi nomeado director do Hospício de La Bicêtre, o jovem Dr. Felipe Pinei não tergiversou em definir como uma das suas primeiras providências libertar os 53 pacientes esquizofrénicos que ali jaziam sepultados vivos, distantes de qualquer assistência médica ou socorro fraternal.
Encarcerados em verdadeiras jaulas, alguns estavam prisioneiros há mais de um decénio.
A esquizofrenia era, então, considerada enfermidade incurável, de etiopatogenia desconhecida, verdadeira punição divina imposta às criaturas para servir-lhes de corrigenda espiritual.
Considerando o paciente mental como credor de respeito e consideração, o moderno pai da psiquiatria ensejou oportunidade de serem aplicadas terapêuticas que pudessem minimizar os males decorrentes da grave psicose, abrindo espaço para a vigência da esperança. E caso não conseguisse melhorar os seus enfermos, acreditava que os amaria, restituindo-lhes a dignidade perdida e o sentimento de humanidade.
Lentamente os métodos bárbaros aplicados aos loucos foram cedendo lugar a tratamento mais humano e condigno, de modo que fossem vistos como enfermos e não como merecedores de extinção.
O exemplo do Dr. Pinei foi seguido em Londres, pelo eminente Dr. Tucker e em Roma pelo Dr. Chiarucci, que os libertaram dos cárceres colectivos em que se encontravam praticamente esquecidos.
Os progressos, no entanto, nessa área, durante decénios, foram mínimos.
O cérebro permanecia como um grande desconhecido, portador de mistérios que, somente, a pouco e pouco, seriam elucidados.
Quando o Dr. Paul Pierre Broca apresentou à Sociedade de Antropologia de Paris, no dia 18 de abril de 1861, o resultado das suas pesquisas no cérebro do senhor Leborgne, que necropsiara na véspera, e que se tornara famoso pela impossibilidade de enunciar palavras, somente repetindo o
monossílabo tan, como decorrência de um tumor em desenvolvimento na terceira circunvolução frontal esquerda, que passou a ser denominada como centro de Broca ou centro da fala, começaram a cair as barreiras que impediam a real compreensão do cérebro.
Na década 1880-1890, as notáveis investigações do Dr. Jean-Martin Charcot, utilizando-se da hipnose, em memoráveis sessões, às terças-feiras, na Universidade de la Salpêtrièrre, que reuniam os mais cultos e audaciosos médicos de Paris e de outras cidades europeias, abriram-se mais amplas possibilidades de penetração nos arcanos cerebrais, a fim de identificar somatizações, conflitos profundos, alterações da personalidade, personificações múltiplas...
A histeria, que então dominava os interesses dos estudiosos, digladiando-se os mestres Liébeault e Bernheim, da Universidade de Nancy, que a consideravam de natureza fisiológica, com os pesquisadores de la Sal-pêtrièrre, que a tinham em conta de psicológica, facultou melhor compreensão do subconsciente e,
depois, com a valiosíssima contribuição de Sigmund Freud em torno do inconsciente...
Tampouco se pode olvidar a grandiosa contribuição do eminente Guilherme Griesinger, que estabeleceu dois princípios fundamentais na psiquiatria: os distúrbios mentais devem ser classificados, e para serem devidamente tratados é necessário que investiguem as suas causas nas enfermidades dos órgãos.
Desse modo, atribuía às problemáticas fisiológicas a responsabilidade pelos distúrbios mentais.
Anatomopatologistas dedicados, quais Cuvier e Florens, investigando cadáveres, aprofundaram o bisturi na massa encefálica e descortinaram novos horizontes para o entendimento dos transtornos mentais e comportamentais.
Sem dúvida, a contribuição grandiosa de Freud, de Jung, de Adler, seus eminentes discípulos, igualmente do Dr. Bleuler e outros nobres investigadores, tornou mais compreensíveis os mecanismos da psique e mais claras as percepções em torno das alucinações, das demências, da loucura...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:26 pm

O psiquiatra alemão Emílio Kraepelin, discípulo de Griesinger, tanto quanto Hughlings Jackson fizera anteriormente, demonstrou ser o cérebro o responsável por faculdades e funções complexas, desmistificando os hemisférios e o seu corpo caloso, de tal modo, que as modernas neurociências podem alegrar-se com a contribuição valiosa do passado, que lhes facultou a identificação dos mecanismos neuronais e respectivas sinapses.
A esquizofrenia, embora passando por grandiosos experimentos, é considerada na actualidade como um distúrbio que engloba várias formas clínicas de psicopatia e distonias mentais próximas a ela.
Nela predomina a característica identificada como dissociação e assintonia das funções psíquicas, disto decorrendo fragmentação da personalidade e perda de contacto com a realidade.
Além dos factores preponderantes da hereditariedade, das enfermidades infecciosas e suas sequelas, bem como daqueles de natureza psico-social, sócio-económica, afectiva ou traumatismos cranianos, o paciente aliena-se, tentando libertar-se de uma ignota consciência de culpa, construindo o seu mundo emocional e comportamental, vivendo outro tipo de realidade. As terapêuticas humanas, realmente compatíveis com os fenómenos esquizofrénicos, vêm ensejando resultados auspiciosos em favor dos enfermos dessa natureza.
Das experiências do Dr. Sakel, mediante os choques de insulina e metrazol, realizados em sua clínica na cidade de Viena, aos experimentos do electro-choque, e hoje aos modernos barbitúricos, com a simultânea contribuição psicoterápica, o conhecimento da esquizofrenia e suas sequelas avançou muito, facultando possibilidades mais amplas, no futuro, para tratamentos mais adequados e de resultados felizes.
A verdade, é que o paciente esquizofrénico já não é considerado como prejudicial à sociedade, que antes exigia-lhe a exclusão dos seus quadros, internando-o nos terríveis hospícios ou manicómios, onde era tratado com desdém e crueldade, pelo crime de ser enfermo.
Desde que não se encontre em período de agressividade, ele pode permanecer no lar, mantendo vida social, relativamente organizada, sendo exigidos da sociedade maior compreensão e respeito, de forma que contribua em favor da sua recuperação, ou, pelo menos, da relativa normalidade da sua existência.
A indiscutível contribuição da psicologia e da psicanálise, penetrando nos arcanos do inconsciente do enfermo, auxilia-o a superar os conflitos jacentes que o atormentam de maneira cruel, sem que possa entender o que se passa no seu mundo íntimo. Herdeiro dos arquétipos ancestrais, muitos deles tornam-se adversários soezes da sua paz, afligindo-o continuamente.
À medida que o paciente se vai conhecendo, melhormente se equipa de recursos para vencer o lado escuro, o lado sombra da sua personalidade em conflito e perturbação.
Passando a identificar outro tipo de realidade, vai-se-lhe adaptando, experienciando o prazer da convivência com as demais pessoas, ao invés de evitá-las e tê-las como inimigas, portanto, fruindo alegria de viver.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:27 pm

Transtorno esquizofrénico
A alienação mental, sob qualquer aspecto considerada, constitui tormento de grande porte, em face da distorção da realidade que envolve o paciente.
Incapaz de compreender as ocorrências existenciais, arma-se de revolta e de animosidade contra tudo e todos, em mecanismo inconsciente de defesa, de modo a enfrentar quaisquer situações de maneira agressiva, sem ideia das consequências que advirão.
Apresentando-se em qualquer período da existência física, tem carácter hebefrénico, quando atinge os jovens em plena adolescência, neles produzindo alterações na área da afectividade, estados de regressão, hipocondria...
Na idade adulta, expressando-se de maneira perversa, induz a vícios e dependência alcoólica, ou deles decorrentes, à perda da sensibilidade afectiva, da lucidez racional lógica, encarcerando o paciente em conflitos íntimos tormentosos, que o levam a delírios e à agressividade inesperada.
Na mente distorcida em que se encontra o paciente, a realidade comparece de maneira mágica e perturbadora, apresentando quadros terrificantes que impelem à violência como consequência do terror que se lhe instala.
Pode apresentar-se de um para outro momento, ou desenvolver-se lentamente, sempre grave a dissociação entre os sentimentos e a inteligência, isto é, acontecem as alterações afectivas enquanto ainda se expressam relativamente bem as faculdades intelectuais.
Há uma grande variedade de sintomas, porquanto alguns pacientes apresentam distúrbios na esfera moral, levando-o a actos delituosos, enquanto outros sofrem de despersonalização, não mais identificando-se ou deixando-se desintegrar, indiferentes, na área psicológica.
Normalmente apresentam-se perturbações da conduta, exteriorizando-se de maneira bizarra e esdrúxula, traduzindo a desagregação mental.
De alguma forma, no começo, em forma psicasténica progride até ao estado de adinamia funcional, adicionando-se obsessões, fobias, escrúpulos, remorsos, conflitos contínuos.
Podem ser classificados diversos tipos de perturbações características da conduta esquizofrénica: rigidez, desagregação do pensamento, incoerência, ideias delirantes, entre as quais as de perseguição.
São inumeráveis as causas etiopatogênicas, variando, desde aquelas de aspecto morfológico, às fisiológicas, propriamente ditas, assim como as de natureza psicológica.
Diferentes escolas psiquiátricas apresentam as suas causas e discutem-nas com vigor, procurando, cada uma tornar-se determinante, sem a inclusão de outras correntes, igualmente valiosas.
No caso, por exemplo, da tese sulivaniana, com excepção dos casos comprovadamente orgânicos, a esquizofrenia é um distúrbio nas relações interpessoais, que se constitui a partir de intercâmbios humanos desfavoráveis no início da vida, consistindo em um estado de pânico ante a realidade, desse modo fugindo o paciente para o autismo.
Sob outros aspectos, as heranças genéticas, as enfermidades infecto-contagiosas, os traumatismos cranianos respondem por fenómenos orgânicos que se enquadram nas teorias que se referem às constituições corporais leptossómicas, atléticas e displásicas.
Alguns autores, como Leopold Bellak, referindo-se que, do ponto de vista psicossomático, podem-se enumerar as predisposições somáticas, sociopsicológicas e as causas precipitantes psicológicas. Em face da variedade de conceitos, conclui-se que isso decorre da diferença existente entre um e outro paciente, demonstrando a multiface do problema esquizofrénico.
De acordo com a manifestação que ocorre no enfermo, a causa poderá estar embutida em determinadas funções orgânicas, portanto, fisiológicas, como procedentes de conflitos psicológicos não superados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 12, 2024 9:27 pm

É inegável que a sequela de enfermidades já referidas, infecto-contagiosas, como a tuberculose, a sífilis, a AIDS, as sexualmente transmitidas, podem levar o indivíduo de constituição emocional débil, ao mergulho no pensamento esquizofrénico, em decorrência do sofrimento experimentado, da falta de esperança de cura, da rejeição social, da solidão a que se entrega.
Em qualquer hipótese, porém, em que seja examinado, o paciente esquizofrénico é um espírito que perdeu o endereço de si mesmo, carregado de culpas transactas, que procura refugiar-se na alienação, através, naturalmente, dos fenómenos orgânicos e psicológicos que foram impressos pelo perispírito nos genes encarregados da sua organização biológica. Eis por que, esses espíritos conflitivos sempre reencarnam através de pessoas que tenham os factores preponderantes para a formação fisiológica propiciatória à instalação do transtorno psicótico profundo.
Através da lei de afinidade, aqueles que estão comprometidos perante as Divinas Leis reencarnam-se em grupos familiares, afectuosos ou não, de maneira a resgatarem juntos os débitos acumulados.
Surgem, desde a infância, os ódios, os dramas e conflitos familiares, as exclusões, as perseguições, os castigos físicos injuriosos, que desencadeiam as reacções psicológicas predisponentes ao distúrbio grave.
Quando se compreender que o espírito é sempre o encarregado de modelar a existência que lhe é mais favorável, dispor-se-á de elementos para estudos mais profundos em torno da loucura e suas variantes, cujas raízes estão fixadas no cerne profundo do ser.
Manias e suspeitas, insegurança e complexos de inferioridade como de superioridade, narcisismo, timidez, tormento sexual estão centrados em comportamentos anteriores do espirito, que não soube conduzir-se com a necessária dignidade, defraudando os códigos da vida, mesmo que sem o conhecimento das demais pessoas.
O importante não é que a sociedade tome conhecimento do deslize moral do ser humano, mas que ele o saiba, levando-o inserido no inconsciente, que lhe constitui o juiz severo encarregado de liberá-lo das consequências dos actos infelizes.
Somos, portanto, da opinião de que as problemáticas dessa como de outra natureza, derivam-se dos processos reencarnatórios malsucedidos, reaparecendo como oportunidade de liberação dos erros e identificação com a vida e o equilíbrio. Saúde mental, tanto quanto física, é resultado da harmonia que deve viger entre o Self e o ego, estabelecendo-se uma real identificação de finalidade existencial e cumprimento dos deveres de iluminação e de paz interior.
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