LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS IV

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty ESCÂNDALOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 12, 2020 8:12 pm

Mateus 18: 6-11; 5:29-30;
Evangelho Segundo o Espiritismo

6- Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse no pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
7 - Ai do mundo, por causa dos escândalos.
Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!
8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
9 - E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.
10 - Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
11- Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido." (Mt 18:6-11).

"ESCÂNDALO" – Mau procedimento; mau exemplo; ato reprovável.
Em algumas versões da Bíblia, ao invés de escândalo, usam: "pedra de tropeço".
A definição comum dos dicionários só encara o escândalo pelo seu lado negativo.
Há também o escândalo que poderíamos dizer positivo.
Jesus, afirmando:
"Amai os vossos inimigos", escandalizou, pois, propunha um procedimento diferente do habitual.
Em qualquer dos casos, ai do homem que escandalizar.
Se negativamente, há o grito da consciência comprometida e se impõe o resgate; se positivamente (como Jesus), vem a perseguição oriunda da falta de entendimento.
E de interesses lesados.
"Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse no pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar." (Mt 18:6).
"MAS QUALQUER" – Sem distinção de pessoa desde que compreenda o ensinamento.
"QUE ESCANDALIZAR" – Mateus focaliza o lado negativo do escândalo, como pedra de tropeço, mau exemplo.
Devemos considerar que encarnados e desencarnados que nos admiram; que nos atribuem certa superioridade procuram copiar as nossas atitudes, palavras, gestos e ações, daí a responsabilidade.
"UM DESTES PEQUENINOS" – Não se trata de criança, tendo em vista o seu corpo físico, mas de espírito em estagio infantil de evolução.
Lembremos que tudo é relativo.
Há criaturas mais ou menos evoluídas.
Umas perante as outras nestas condições.
O diminutivo dá a entender também humildade, simplicidade.
"QUE CRÊEM EM MIM" – Crendo em Deus, todo nosso esforço deve ser no sentido de crermos igualmente em Jesus, o Guia e Modelo para a humanidade.
Ora, se alguém já atingiu este ponto, podemos avaliar o compromisso que assumimos ao desviá-la com a nossa conduta reprovável.
Então, entra a lei de causa e efeito.
Que atrapalhou não tem outra alternativa senão consertar o quanto mais depressa melhor.
"MELHOR LHE FORA QUE SE LHE PENDURASSE AO PESCOÇO UMA MÓ DE AZENHA":
"MÓ DE AZENHA" – Almeida, João Ferreira (bíblia protestante)
"MÓ QUE O ASNO FAZ GIRAR" – Allan Kardec
"MÓ DE ATAFONA" – (Católica)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 12, 2020 8:18 pm

"UMA GRANDE PEDRA DE MOINHO" – Bíblia conforme os originais do hebraico e grego.
Instrumento composto de dois discos de pedra, encaixados um sobre o outro, que serve para reduzir o grão a pó.
Era considerado utensílio tão indispensável que era proibido recebê-lo em penhor.
O trabalho da mó era tido por trabalho de escravo. Pequenas mós eram usadas por mulheres (Mt 24:41).
Do "Dicionário Bíblico" do Monsenhor Albert Vincent.
"E SE SUBMERGISSE NA PROFUNDEZA DO MAR" – Que não nos ocorra a ideia de suicídio, a maior falta que o homem chega a cometer, a ponto de ser considerado um marginal no plano espiritual, só merecendo ajuda de voluntários da Legião de Maria de Nazaré, a que foi mãe de Jesus Cristo.
Sabemos que, quando se amarra um peso em um corpo, sua tendência é ir para o fundo.
Para chamar a atenção para a responsabilidade do escândalo, Jesus se vale de uma imagem "forte" do homem que se lança ao mar com uma pedra ao pescoço.
A pedra ao pescoço (equilíbrio entre a mente e o coração – sentimento), da responsabilidade do espírito consciente que, ao invés de escandalizar, prefere (visando ao bem do seu próprio espírito) as lutas mais difíceis do mar da existência física, das reencarnações dolorosas e problemáticas.
"Ai do mundo, por causa dos escândalos.
Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!". (Mt 18:7).
"AI DO MUNDO, POR CAUSA DOS ESCÂNDALOS" – Ai – infeliz, coitado do mundo.no caso, mundo material e intimo de cada um.
Os escândalos têm sido razão de muitos sofrimentos.
"PORQUE É MISTER QUE VENHAM ESCÂNDALOS – Embora seja assim, o facto precisa ser encarado com naturalidade.
Tendo o homem livre-arbítrio, isto é, a faculdade de escolher, nem sempre escolhe bem.
Assim, os escândalos negativos sempre ocorrerão em decorrência da imperfeição da criatura.
Os positivos também são frequentes, porque por misericórdia do Pai, a Terra sempre conta com a presença de espíritos evoluídos, exemplificando o que é certo e o que bom...
"MAS AI DAQUELE HOMEM POR QUEM O ESCÂNDALO VEM!" – Já citamos.
No caso do escândalo negativo, o problema da consciência culpada.
No positivo, as perseguições. Sempre presente o sofrimento.
O primeiro com repercussão íntima. O segundo, não.
"Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno." (Mt 18:8).
"PORTANTO, SE A TUA MÃO OU TEU PÉ TE ENCANDALIZAR" – Não lembra obras, realizações.
Pé, caminho, base, apoio.
O professor, por exemplo, abre roteiros; estabelece fundamentos.
Olhemos agora o versículo, com relação a nós mesmos.
Por este ou aquele motivo, podemos estar usando mãos e pés com finalidades escusas.
Nos versículos 29 e 30 do capítulo 5 de Mateus, Mateus escreve olho direito, mão direita.
Ora, nós temos dois lados: o direito e o esquerdo.
O direito, o recto. O esquerdo, o deficiente, o menos evoluído.
De facto, se no que possuímos de melhor estamos escandalizando, requer-se uma providência urgente e radical, para o nosso próprio bem.
'CORTA-O, E ATIRA-O PARA LONGE DE TI" – Não é ninguém que corta, mas o próprio espírito levado pelo desejo de regenerar-se.
Há casos em que os amigos espirituais promovem certas limitações no espírito endurecido, recalcitrante, sempre com vistas ao seu bem.
Agem assim porque o próprio espírito, levado por ilusões ou alienado em desatinos, não tem condição de fazê-lo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 12, 2020 8:19 pm

"MELHOR TE É ENTRAR NA VIDA" – Desfrutar da vida, tendo uma consciência em paz, um
coração tranquilo, sabendo que assim se coloca nas vias da regeneração.
Até aqui, focalizamos o lado espiritual.
Porque, materialmente falando, o ensinamento pode ser considerado ao pé da letra.
São aqueles que reencarnam com deficiências congénitas.
"COXO" – Manco. Há os coxos do raciocínio.
"ALEIJADO" – Aquele que tem algum membro mutilado, deforme e incapaz de seu uso natural.
Estropiado. Paralítico.
Existem também os aleijões espirituais.
Sempre vemos a presença da lei de Causa e Efeito.
O mau uso de um membro, de um órgão ou o seu aviltamento compromete o bom e natural funcionamento do mesmo.
No caso entra igualmente o suicídio, com atenuantes e agravantes.
Aprendemos que, às vezes, espíritos que têm direito a reencarnação em corpos femininos perfeitos, que suplicam a existência de pequenas deficiências que empanam a beleza do todo, do conjunto, para ficarem a salvo de tentações...
"DO QUE, TENDO DUAS MÃOS OU DOIS PÉS, SERES LANÇADO NO FOGO ETERNO" – O Inferno é íntimo.
Existe na consciência culpada.
A pessoa na Terra pode ter tudo, mas, se lhe falta a paz no coração, em nada encontra felicidade.
Entretanto outro, que pouco possui, intimamente tranquilo, é feliz.
ENTRAR NA VIDA é tomar posse...
Quem nos lança no fogo do inferno é o próprio espírito culpado.
É condição interior que ele leva consigo para onde for: na Terra ou no espaço.
O FOGO só se mantém enquanto existe combustível.
O fogo do sofrimento que purifica continua até o resgate final.
Até o ultimo ceitil.
E não se fale em ausência de misericórdia.
Admitido o inferno dogmático de certas igrejas, sim, não se contaria com a misericórdia.
Aprendemos, porém, com a Doutrina Espírita que Deus é bom e justo, porque, se fosse apenas justo, deixaria de ser bom.
E, se fosse apenas bom, deixaria de ser justo.
Seria sentimentalista.
No caso do justo, apenas, passaria a tirano.
Quando se diz fogo eterno, inferno, é porque o tempo é psicológico.
Horas amargas, os ponteiros do relógio custam a passar; correm, todavia, nos momentos alegres.
Exemplos: uma boa reunião, rapidez, céu.
Uma hora à cabeceira de um enfermo amado parece eternidade.
No entanto, o tempo é o mesmo...
Assim, temos inferno no plano espiritual – as regiões inferiores, onde se congregam pela sintonia – as entidades divorciadas da prática do bem.
Temos o inferno de uma existência de expiação, quando o espírito (num corpo deficiente), deseja se manifestar, contudo não o consegue total ou parcialmente.
"E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti.
Melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno." (Mt 18:9).
"E, SE O TEU OLHO TE ESCANDALIZAR" – Olho, visão, entendimento, capacidade de discernimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 12, 2020 8:19 pm

Ora, ele nos escandaliza se, se transforma em pedra de tropeço para se o colocamos a serviço do que é menos bom; das trevas.
São os que só enxergam o lago negativo da existência; que só descobrem vantagens próprias em detrimento do semelhante.
"ARRANCA-O" – O termo é forte.
Serve para pôr em evidência a decisão do espírito disposto a regenerar-se.
Violência para desalojar o mal do próprio coração.
"E ATIRA-O PARA LONGE DE TI" – Nada se perde.
Todos nós podemos evoluir diretamente, em linha vertical.
Dos que passaram pela Terra, só temos noticia de Jesus que, segundo Emmanuel, evoluiu directamente... quanto aos demais, o que não nos serve, à medida que vamos evoluindo, pode ser útil para outros.
Exemplo: a vaidade.
Sentimos hoje que temos necessidade de nos livrar dela.
Quantos, porém, que vêm atrás, só por vaidade vão começar a fazer alguma coisa?!
"MELHOR TE É ENTRAR NA VIDA COM UM SÓ OLHO, DO QUE, TENDO DOIS OLHOS, SERES LANÇADO NO FOGO DO INFERNO" – Melhor é enxergar menos, mas ter paz; ter uma percepção reduzida, contudo sem conflito intimo, do que ser muito "vivo", tendo insónia, com o inferno instalado no coração.
FOGO DO INFERNO – no campo das emoções, subjetivamente analisando.
Fisicamente, num corpo imperfeito, que não corresponde à capacidade do espírito, que lhe constitui verdadeira camisa de força.
Frisamos bem: cabe a cada um, exclusivamente, prender-se ou libertar-se.
Prender-se, com o mal ou libertar-se, pelo amor.
"Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus." (Mt 18:10).
"VEDE" – Olhai. Sede atentos.
"NÃO DESPREZEIS" – A ninguém devemos desprezar.
Do que damos, recebemos da vida.
Gentileza por gentileza; atenção por atenção, e, assim por diante.
"ALGUM DESTES PEQUENINOS" – Forçoso reconhecermos que muitos, que dispõe de um corpo físico perfeito, se encontram à beira do abismo, tantos são os seus desatinos, seus desequilíbrios.
Nas deficiências (em que revelam humildade, submissão, obediência, a propósitos de elevação), encontramos espíritos conscientes da própria carência, em luta consigo mesmos.
Jesus fala ALGUM DESTES.
Isto é, nem todos, pois os temos também revoltados em suas expiações, o que se conhece facilmente pelas reacções que lhes são próprias.
"PORQUE EU VOS DIGO QUE OS SEUS ANJOS" – Referencia ao próprio espírito.
Exemplo: Eu (espírito) sou o meu próprio anjo.
Quando Pedro foi solto da prisão por um anjo e foi à casa de Maria, Marcos, na hora em que a menina Rode comunicou a sua presença, os da casa julgaram tratar-se de seu anjo. (Atos 12:12-15).
[b]"NOS CÉUS" – Estado íntimo. Paz de espírito.
Sensação de plenitude.
Plural, tanto na Terra como no espaço.
Em qualquer lugar, onde a criatura harmonizada consigo mesmo, estiver.
"VÊEM A FACE DE MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS" – Não podemos personificar a Divindade.
Vendo o bem, o belo, o melhor, estamos vendo Deus.
E, logicamente, nos céus, porque só iremos encontrar as manifestações da Divindade também no bem, no belo, no melhor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 12, 2020 8:19 pm

Material ou espiritualmente falando.
"Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido." (Mt 18:11).
"PORQUE O FILHO DO HOMEM" – Assim dizendo, Jesus se nivela às demais criaturas.
Devemos encarar também o FILHO DO HOMEM como o produto da evolução humana.
O Mestre investindo das funções que ele tem junto à Terra, já a caminho da angelitude.
"VEIO SALVAR" – "Salvar", em legitima significação, é "livrar de ruína ou perigo", "conservar", "defender", "abrigar", e nenhum desses termos exime a pessoa da responsabilidade de se conduzir e melhorar-se."
Palavras de Vida Eterna – Emmanuel. Salvar, dando elementos para tal a quem se acha perdido no erro, no desatino, no ódio.
"O QUE SE TINHA PERDIDO" – Não eternamente.
Em qualquer tempo a alma arrependida (encarnada ou desencarnada), pode encontrar-se e encontrar o CAMINHO, Jesus.
Se algo em nós tem servido de pedra de tropeço à nossa evolução, peçamos a Deus coragem para violentarmos a nós mesmos, buscarmos experiências dolorosas, único meio, porém, de reconstruirmos a paz intima, de restabelecermos o céu no coração.
Os versículos 29 e 30 do capítulo 5 de Mateus são uma repetição.
Isso ocorre com frequência, dada a importância do ensinamento.

José Damasceno Sobral

Blog Espiritismo Na Rede conforme estudo realizado na cidade de Belo Horizonte em 30-06-1978.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Controle Sexual

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 13, 2020 8:03 pm

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida? - remontem, passo a passo, à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.
Existe o mundo sexual dos Espíritos de evolução primária, inçado de ligações irresponsáveis, e existe o mundo sexual dos Espíritos conscientes, que já adquiriram conhecimento das obrigações próprias, à frente da vida.
O primeiro se constitui de homens e mulheres psiquicamente não muito distantes da selva, remanescentes próximos da convivência com os brutos, enquanto que o segundo é integrado pelas consciências que a verdade já iluminou, estudantes das leis do destino à luz da imortalidade.
O primeiro grupo se mantém fixado à poligamia, às vezes desenfreada, e só, muito pouco a pouco, despertará para as noções da responsabilidade no plano do sexo, através de experiências múltiplas na fieira das reencarnações.
O segundo já se levantou para a visão panorâmica dos deveres que nos competem, diante de nós mesmos, e procura elevar os próprios impulsos sexuais, educando-os pelos mecanismos da contenção.
Falar de governo e administração, no campo sexual, aos que ainda se desvairam em manifestações poligâmicas, seria exigir do silvícola encargos tão somente atribuíveis ao professor universitário, razão por que será justo deter-se alguém nesse ou naquele estudo alusivo à educação sexual apenas com aqueles que se mostrem suscetíveis de entender as reflexões exactas, nesse particular.
Estabelecida a ressalva, perguntemos a nós mesmos se nos seria lícito abandonar, no mundo, os compromissos de natureza afectiva, assumidos diante uns dos outros.
Assim nos externamos para considerar que a ligação sexual entre dois seres na Terra envolve a obrigação de proteger a tranquilidade e o equilíbrio de alguém que, no caso, é o parceiro ou a parceira da experiência “a dois”, e, muito comummente, os “dois” se transfiguram em outros mais, na pessoa dos filhos e demais descendentes.
Urge, desse modo, evitar arrastamentos no terreno da aventura, em matéria de sexo, para que a desordem nos ajustes propostos ou aceitos não venha a romper a segurança daquele ou daquela que tomamos sob nossa assistência e cuidado, com reflexos destrutivos sobre todo o grupo, em que nos arraigamos através da afinidade.
Não se trata, em nossas definições, do chamado “vínculo indissolvível” criado por leis humanas, de vez que, em toda parte, encontramos companheiros e companheiras lesados pelo comportamento de parceiros escolhidos para a vivência sexual e que, por isso mesmo, adquirem, depois de prejudicados, o direito natural de se vincularem à outra ligação ou a outras ligações subsequentes, procurando companhia ao nível de sua confiança e respeitabilidade? - reportamo-nos ao impositivo da lealdade que deve ser respondida com lealdade, seja qual for o tipo de união em que os parceiros se comuniquem sexualmente um com o outro, sustentando o equilíbrio recíproco.
Considerado o exposto, os participantes da comunhão afectiva, conscientes dos deveres que assumem, precisam examinar até que ponto terão gerado as causas da indisciplina ou deserção naquele ou naquela que desistiu da própria segurança íntima para se atirar à leviandade.
Justo ponderar quanto a isso, porquanto, em muitas ocorrências dessa espécie, não é somente aquele ou aquela que se revelam desleais, aos próprios compromissos, o culpado pela ruptura na ligação afectiva, mas igualmente o companheiro ou a companheira que, por desídia ou frieza, mesquinhez ou irreflexão nos votos abraçados, induz a parceira ou o parceiro a resvalarem para a insegurança, no campo do afeto, atraindo perturbações de feição e tamanho imprevisíveis.

Emmanuel

Fontes:
-Emmanuel: Vida e Sexo, psicografia de Chico Xavier
-O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. V, Item 4

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty FOTOGRAFIA DO PENSAMENTO

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 14, 2020 7:46 pm

O fenómeno da fotografia do PENSAMENTO se ligando ao das criações fluídicas, descrito em nosso livro da GÉNESE, no capítulo dos fluidos, para maior clareza reproduzimos a passagem desse capítulo, onde esse assunto é tratado, e o completamos com novas observações.
Os fluidos espirituais, que constituem, propriamente falando, um dos estados do fluido cósmico, são a atmosfera dos seres espirituais; é o elemento onde eles haurem os materiais sobre os quais operam; é o meio onde se passam os fenómenos especiais perceptíveis à vista e ao ouvido do Espírito, e que escapam aos sentidos carnais impressionados somente pela matéria tangível, onde se forma essa luz particular ao mundo espiritual, diferente da luz comum por sua causa e seus efeitos; é, enfim, o veículo do PENSAMENTO, como o ar é o veículo do som.
Os Espíritos agindo sobre os fluidos espirituais, não os manipulam como os homens manipulam os gases, mas com a ajuda do PENSAMENTO e da vontade.
O PENSAMENTO e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para o homem.
Pelo PENSAMENTO, eles imprimem a esses fluidos tal ou tal direção; aglomeram-nos, combinam-nos ou os dispersam; com eles formam conjuntos tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinada; mudando-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou outros corpos, os combinam segundo certas leis; é a grande oficina ou o laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações são o resultado de uma intenção; frequentemente, são o produto de um PENSAMENTO inconsciente; basta ao Espírito pensar numa coisa para que essa coisa se produza, como basta modular uma ária para que essa ária repercuta na atmosfera.
É assim, por exemplo, que um Espírito se apresenta à vista de um encarnado dotado da visão psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo, na época em que foi conhecido, tivesse tido várias encarnações depois.
Ele se apresenta com a roupa, os sinais exteriores - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc., que tinha então; um decapitado se apresentará com a cabeça a menos.
Não é dizer que ele conserva essas aparências; não, certamente; porque como Espírito ele não é nem coxo, nem maneta, nem caolho, nem decapitado, mas seu PENSAMENTO reportando-se à época em que era assim, seu perispírito lhe toma instantaneamente as aparências, que deixa do mesmo modo instantaneamente, desde que seu pensamento deixa de agir.
Se, pois, foi uma vez negro, outra vez branco, ele se apresentará como negro ou como branco, segundo a dessas duas encarnações sob a qual for evocado, e onde se reportar o seu PENSAMENTO.
Por um efeito análogo, o PENSAMENTO do Espírito cria fluidicamente os objetos dos quais tinha o hábito de se servir:
um avaro manejará o ouro; um militar terá as suas armas e o seu uniforme; um fumante, o seu cachimbo; um lavrador, a sua charrua e seus bois; uma velha, a sua roca para afiar.
Esses objectos fluídicos são tão reais para o Espírito que é, ele mesmo, fluídico, quanto eram no estado material para o homem vivo; mas, pela mesma razão que são criados pelo PENSAMENTO, a sua existência é tão fugidia quanto o PENSAMENTO.
Sendo os fluidos o veículo do PENSAMENTO, eles nos trazem o PENSAMENTO, como o ar nos traz o som.
Pode-se, pois, dizer, em verdade, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Como se vê, é uma ordem de fatos toda nova que se passam fora do mundo tangível, e constituem, podendo-se assim dizer, a física e a química especiais do mundo invisível.
Mas como, durante a encarnação, o princípio espiritual está unido ao princípio material, disto resulta que certos fenómenos do mundo espiritual se produzem conjuntamente com os do mundo material, e são inexplicáveis para quem não lhes conhece as leis.
O conhecimento dessas leis é, pois, tão útil aos encarnados quanto aos desencarnados, uma vez que só elas podem explicar certos fatos da vida material.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 14, 2020 7:48 pm

O PENSAMENTO, criando imagens fluídicas, se reflecte no envoltório espiritual como numa vidraça, o ainda como essas imagens de objectos terrestres que se refletem nos vapores de ar; ela ali toma um corpo e se fotografa de alguma sorte.
Que um homem tenha, por exemplo, a ideia de matar um outro, por impassível que seja seu corpo material, seu corpo fluídico é posto em acção pelo PENSAMENTO do qual reproduz todas as nuanças; ele executa fluidicamente o gesto, o acto que tem o desejo de realizar; seu PENSAMENTO cria a imagem da vítima, e a cena inteira se pinta, como num quadro, tal qual ela está em seu espírito.
É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma, encarnada ou desencarnada, pode ler numa outra como num livro, e ver o que não é perceptível pelos olhos do corpo.
Os olhos do corpo vêem as impressões interiores que se reflectem sobre os indícios do rosto: a cólera, a alegria, a tristeza; mas a alma vê sobre os indícios da alma os PENSAMENTOS que não se traduzem ao redor.
No entanto, segundo a intenção, o vidente pode bem pressentir o cumprimento do ato que lhe será a consequência, mas não pode determinar o momento em que se cumprirá, nem lhe precisar os detalhes, nem mesmo afirmar que ocorrerá, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos decididos e mudar as disposições.
Ele não pode ver o que não está ainda no PENSAMENTO; o que vê é a preocupação do momento, ou habitual, do indivíduo, seus desejos, seus projetos, suas intenções boas ou más; daí os erros nas previsões de certos videntes, quando um acontecimento está subordinado ao livre-arbítrio do homem; não podem senão pressentir-lhe a probabilidade segundo o PENSAMENTO que vêem, mas não afirmar que ocorrerá de tal maneira e em tal momento.
A maior ou a menor exatidão nas previsões, depende, além disso, do alcance e da clareza da visão psíquica; em certos indivíduos, Espíritos ou encarnados, ela é difusa ou limitada a um ponto, ao passo que, em outros, ela é limpa, e abarca o conjunto dos pensamentos e da vontade, devendo concorrer para a realização de um facto; mas, acima de tudo, há sempre a vontade superior que pode, em sua sabedoria, permitir uma revelação ou impedi-la; neste caso, um véu impenetrável é lançado sobre a visão psíquica mais perspicaz. (Ver na Génese, o cap. da Presciência.)
A teoria das criações fluídicas e, consequentemente, da fotografia do PENSAMENTO, é uma conquistado Espiritismo moderno, e pode ser, doravante, considerada como adquirida em princípio, salvo as aplicações de detalhes que são o resultado da observação.
Esse fenómeno é, incontestavelmente.
A fonte das visões fantásticas, e deve desempenhar um grande papel em certos sonhos.
Pensamos que nele se pode encontrar a explicação da mediunidade do copo com água. (Ver o art. precedente.)
Desde que o objecto que se vê não está no copo, a água deve fazer o trabalho de uma vidraça que reflete a imagem criada pelo PENSAMENTO do Espírito.
Esta imagem pode ser a reprodução de uma coisa real, como pode ser a de uma criação de fantasia.
O copo com água não é, em todos os casos, senão um meio de reproduzi-la, mas não é o único, assim como o prova a diversidade de procedimentos empregados por alguns videntes; este, talvez, convenha melhor para certas organizações.

Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos publicada sob a direcção de Allan Kardec Junho de 1868

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty PASSE MAGNÉTICO PODEROSO INSTRUMENTO DE CURA!

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 15, 2020 8:37 pm

Afinal, o que é doado quando alguém dá um Passe?
Qual é o Mecanismo dessa Doação?
E quem recebe?
Por que, normalmente, sente um Grande Bem-Estar?
E o que esse alguém recebe?
Pode o Passe curar alguém?


O Passe é, sem dúvida, uma actividade que traz muitas dúvidas a quem o realiza e a quem o recebe.
As respostas a essas perguntas tão importantes podem ser encontradas nas fontes da Doutrina Espírita, principalmente nas obras de Allan Kardec e nas de Chico Xavier / Emmanuel.
Elas indicam, inclusive, que o Passe não é apenas um instrumento de Bem-Estar íntimo, mas também de Cura Magnética.

Marlene Nobre, presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil e Internacional, fez um estudo detalhado do Passe e afirma que, sem sombra de dúvida, “estudar o Passe é descobrir que ele é também cura magnética – uma terapêutica simples, sem contraindicação, que tem beneficiado milhares de criaturas humanas”.
Para falar algo sobre o Passe é preciso, antes, fazer referência à existência do fluido magnético ou da energia vital, que é património de todos os seres humanos, mas cuja natureza ainda é desconhecida.
Assim como existe a transfusão de sangue, também há a possibilidade de se transfundir energias vitais de um ser para outro.
Assim, deve-se ter ciência que o passe é, justamente, uma transfusão dessas energias vitais.

Do ponto de vista espiritual, segundo Marlene, que neste mês está lançando O Passe como Cura Magnética, da FE Editora, um livro mais compacto que responde mais diretamente a essas e outras perguntas sobre o tema, a transfusão de fluido magnético ou vital, que é feita durante o passe ou a realização de cirurgia espiritual, pode ser fator de bem-estar e de cura de afecções e doenças diversas.
“De um modo geral, os que lidam com a saúde humana ainda não o levam em consideração, por se tratar de terapêutica que envolve a transfusão de energias ainda desconhecidas, não detectáveis do ponto de vista dos sentidos corpóreos”, avalia.

Folha Espírita – Por que cada pessoa tem um tipo diferente de passe?
Isso faz diferença para quem o recebe?
Marlene Nobre – O fluido magnético é derivado do fluido universal ou plasma divino, que está presente em todo o Universo e é a matéria elementar, que dá origem a todas as coisas.
Cada pessoa transforma esse fluido universal em um fluido magnético próprio.
Assim, a matéria elementar é igual para todos, mas cada um a modifica segundo seu grau de evolução espiritual.
Há, portanto, um tipo de passe diferente para cada passista, porque o fluido magnético dele está impregnado dos pensamentos e ações que lhe são próprios.

FE – Tipos diferentes de passe fazem diferença para quem os recebe?
Marlene – Há uma característica de restauração sempre inerente ao fluido magnético, seja qual for a sua origem, porque é ele que permite a ação do espírito sobre a matéria.
Os resultados terapêuticos do passe vão variar segundo a quantidade e a qualidade de produção e também a velocidade e intensidade da ação.
E, é claro, do grau de absorção de quem o recebe.
Mas não podemos esquecer um dado muito importante:
o passe na casa espírita é misto, quer dizer, o passista não doa tão-somente o fluido magnético que lhe é próprio, mas também o do mentor que o ajuda no serviço de doação.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 15, 2020 8:38 pm

FE – Não existem outras obras que já tratam do assunto?
Marlene – De facto, existem muito bons livros sobre o tema.
No entanto, o passe é uma atividade que traz muitas questões a quem o realiza e a quem o recebe.
Frequentemente surgem dúvidas: o que é que se doa?
Como se doa? Quem doa? Quem recebe?
Para respondermos mais diretamente a essas perguntas, organizamos uma espécie de curso de reciclagem de passes em nossa casa espírita, que acabou dando origem ao livro.
Ele faz um estudo detalhado da acção dos pensamentos na produção dos fluidos magnéticos e dos seus possíveis mecanismos de aplicação nas diferentes modalidades de cura.

FE – Então, por que também resolveu escrever sobre o tema?
Marlene – O passe é o que Léon Denis chama de “medicina dos humildes”.
Assim, minha ideia, ao escrever essa obra, é mostrar a maneira mais simples e eficaz de aplicar os passes em auxílio aos doentes, principalmente aos mais carentes.
Na verdade, estudar o passe é descobrir que ele é também cura magnética – uma terapêutica simples, sem contraindicação, que tem beneficiado, gratuitamente, milhares de criaturas humanas.
Se for aceito e empregado normalmente como terapêutica complementar em favor da saúde humana, irá beneficiar muito mais.

"O fluido magnético ou vital é património de todos os seres.
Transmitido no passe ou durante cirurgia espiritual, pode ser factor de bem-estar e de cura de afecções e doenças diversas.
O passista que serve aos semelhantes de forma ética, dando de graça o que de graça recebeu, é auxiliado por mensageiros da luz, que mesclam suas energias às dele, aplicando utilmente suas forças radiantes."

Junho de 2009 - Edição número 418.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Espiritismo, Magnetismo, Sonambulismo e Psicologia

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 16, 2020 8:03 pm

Existem coisas de difícil explicação.
Algumas delas estão bastante vividas no meio espírita.
Escreverei sobre o entrelaçamento de quatro assuntos, compostos no título acima, que apresentam uma dessas grandes dificuldades de entendimento.

Na questão 555 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec afirma, de forma categórica, o vínculo do Espiritismo com o Magnetismo: essas duas Ciências “formam uma única”.
E para que não restasse dúvida sobre se ele manteria tal pensamento ou se mudaria de ideia ao longo de seus restantes quase 12 anos neste mundo físico, 2 meses antes de desencarnar, portanto em Janeiro de 1869, na sua Revista Espírita, no artigo Estatística do Espiritismo, assim anotou acerca da questão:
“O Magnetismo e o Espiritismo são, com efeito, duas ciências gémeas, que se completam e se explicam uma pela outra, e das quais aquela das duas que não quer se imobilizar...”.
Em havendo tamanha ênfase, o mais natural seria de se esperar o franco e avançado desenvolvimento dessa Ciência, o Magnetismo, dentro do seio espírita. Contudo...
O sonambulismo – e isso é mais do que sabido e comprovado – é o parceiro inseparável do Magnetismo, seu filho directo e a quem serve como instrumento grandioso de prospecção e aprofundamento em vários estudos e setores da alma humana.
É tão forte o vínculo entre esses fenómenos – o magnético e o sonambúlico – que Allan Kardec tratava os dois como se fossem apenas um.
Vejamos. Na Revista Espírita de junho de 1858, na coluna Variedades, artigo Os banquetes magnéticos, ele anotou:
“Em nossa opinião, a Ciência magnética, Ciência que nós mesmos professamos há 35 anos, deveria ser inseparável da compostura” ...
Já na Revista Espírita de maio de 1859, no artigo Refutação de um artigo de O Universo, assim pontuou:
“Para mim que, durante trinta e cinco anos, fiz do sonambulismo um estudo especial”...
Não, isto não é uma confusão; apenas uma constatação do quanto, como magnetizador, ele se utilizou do sonambulismo e de suas enormes possibilidades de estudos.
Falta agora um outro elemento: a Psicologia.
Onde ela entra no Espiritismo?
Esta pergunta é recorrente; surge a cada vez que falamos dizendo que o Espiritismo tem fortes laços com a Psicologia – ou que deveria ter.
Em O Livro dos Espíritos, na questão 455, que trata do Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista, entre outras preciosidades ele assim se expressa:
“Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenómeno psicológico; é uma luz projetada sobre a psicologia.
É aí que se pode estudar a alma, porque é onde esta se mostra a descoberto”.
Mais definitivo ainda é quando ele explica o subtítulo que ele deu à Revista Espírita, logo na introdução de seu primeiro número:
“Nosso quadro, como se vê, compreende tudo o que se liga ao conhecimento da parte metafísica do homem; estudá-la-emos em seu estado presente e em seu estado futuro, porque estudar a natureza dos Espíritos é estudar o homem, uma vez que deverá fazer parte, um dia, do mundo dos Espíritos; por isso acrescentamos, ao nosso título principal, o de jornal de estudos psicológicos, a fim de fazer compreender toda a sua importância.
E não poderia faltar uma outra colocação feita por ele em A Génese, em seu primeiro capítulo, item 39:
“O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à fisiologia, assim como à psicologia”.
– E o que não seria o perispírito senão esse elo, esse link portentoso a não apenas ligar o Espírito ao corpo, mas que possibilita todas as compreensões, pesquisas e percepções da essência da Vida, esse agente inoxidável que é trabalhado no Magnetismo tanto como no sonambulismo e na Psicologia!
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 16, 2020 8:03 pm

Colocados os quatro elementos, vem o problema: por que será que o meio espírita é tão distante desses instrumentos de pesquisas, ajuda, progressos e redenção do próprio Espiritismo?
O que será quem tem motivado a tantos não darem importância, sequer respeito, a tudo isso que existe e que está ao dispor do espírita, do ser humano, da humanidade?
Sabemos de muitos espíritas que estudam e estudaram Psicologia, mas, por difícil que seja de entender, uma larga maioria desses, depois de se apoderar do saber académico dessa Ciência, parece desmerecer esses aspectos que são tão claros e que foram tão bem registados na obra de Allan Kardec!
Já de há muito que falo do pouco caso que se faz do Magnetismo nesse meio deveras heterogéneo e, quiçá distante da base kardequiana.
Agora se questiona: o que não se dizer, então, do sonambulismo?
Afora a brava voz de um Adilson Mota – colaborador deste jornal – praticamente não ouvimos nem um outro burburinho a respeito.
E sobre a Psicologia verdadeiramente Espírita, o que de fato tem sido difundido, se nem mesmo o “jornal de estudos psicológicos’, ou seja, a Revista Espírita, é lida por número significativo de espíritas?
São questões deste tipo que são muito difíceis de serem explicadas.
Afinal, quem não gosta desses temas ou que se posiciona contra eles deveria, ao menos, explicitar suas posturas e justificativas, a fim de que fizéssemos melhor juízo e entendêssemos coisas tais, que soam como absurdas.
Espiritismo ter surgido como uma Ciência, fortalecido por um vigoroso viés filosófico e gerando conclusões morais, não se coaduna com esse descaso tão amplo quanto grave que vigora sabe-se lá sustentado por quem ou porquê.

Jacob Melo

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Como funciona o trabalho de vibração no centro espírita?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 17, 2020 8:31 pm

1- O que é o trabalho de vibrações, na reunião mediúnica?
Em sua expressão mais simples, trata-se de um passe à distância.
Os participantes concentram-se no nome da pessoa, atendendo ao propósito de favorecê-la com pensamentos de saúde e paz.
Forma-se um foco vibratório, autêntico banho de luz em favor do beneficiário.
Os resultados são notáveis.

2- Como funciona?
O dirigente ou colaborador lê, pausadamente, o nome, endereço e a idade dos beneficiários, detendo-se perto de meio minuto em cada registo, enquanto o grupo faz a mentalização vibratória.
Podem os participantes imaginar-se junto da pessoa, aplicando-lhe um passe ou conversando com ela, desejando-lhe a melhoria de suas condições e solução de seus problemas ou, simplesmente, orando em seu benefício.

3 - Por que o endereço e a idade?
Funciona apenas como ponto de referência.
Tendo ideia sobre a localização e a idade do beneficiário, os participantes têm maior facilidade para direccionar as vibrações.
Considere-se, ainda, que os mentores espirituais também se mobilizam para dar sequência ao atendimento.
Como não são mágicos, é conveniente que favoreçamos sua tarefa, registando aqueles dados.

4 - Quem faz as anotações?
No Centro Espírita “Amor e Caridade”, em Bauru, as pessoas interessadas preenchem uma papeleta que é fornecida na secretaria.
Os membros do grupo também podem indicar beneficiários.

5 - A pessoa que vai receber o benefício deve ficar concentrada, onde estiver, no momento das vibrações?
Seria o ideal.
Que esteja entregue a uma leitura edificante ou meditação, pondo-se a orar no horário estabelecido.
Isso favorecerá a assimilação dos recursos que serão carreados em seu benefício.
Essa informação deve ser passada aos interessados.

6 - É preciso ter fé?
Sem dúvida. Ela estabelece a sintonia entre o foco vibratório e o paciente.
Se ele é indiferente, os resultados não serão satisfatórios.
É preciso considerar também o factor merecimento, tão importante quanto a fé.
A pessoa pode até não acreditar em Deus, mas se tiver uma vida honrada e digna, empenhada no Bem, apresentará excelente receptividade.
Padrão vibratório, sintonia, são estabelecidos muito mais pelo amor que pelo fervor.

7 - E se a pessoa não tem conhecimento da mobilização desses recursos em seu benefício?
O resultado será menos satisfatório.
Não obstante, quando se trate de problemas gerados por Espírito obsessor, instalado no seu lar, poderemos atraí-lo à reunião mediúnica, com a colaboração de mentores espirituais.

8 - Virá a manifestar-se?
Tenho observado que isso ocorre com frequência.
É a chance de se conversar com ele, procurando modificar suas disposições.
Não raro é apenas alguém em dificuldade para adaptar-se à vida espiritual, fixado nos familiares, que perturba inconscientemente, como um náufrago agarrado à tábua de salvação.

Extraído da Revista Internacional de Espiritismo, Setembro/2002
Pinga-Fogo: RICHARD SIMONETTI

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Doação de órgãos.

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 18, 2020 8:40 pm

Quem nos garante que não seremos o próximo da fila?

O ex-apresentador de TV Gugu Liberato permanecerá presente na recordação da família, dos milhões de fãs e dos doentes receptores dos seus órgãos.
A família do apresentador fez questão de realizar um desejo que Gugu sempre manifestou: a doação dos órgãos.
Pois que quando em vida Gugu dizia que “Deus em sua infinita bondade nos dá a oportunidade da vida.
Agora eu sigo adiante por um caminho que me levará mais próximo ao Pai. E neste momento quero praticar os ensinamentos do mestre Jesus.
Assim como ele compartilhou o pão com os seus, eu compartilho meu corpo com aqueles que necessitam de uma nova oportunidade de viver.
Aos meus familiares eu agradeço por terem realizado a minha vontade.
Tenham certeza que, a partir de agora, eu estarei batendo em muitos outros corações e compartilhando minha vida com outros irmãos.
Que eu seja um instrumento de amor, oportunidade e de luz.” [1]
Observamos que a doação dos próprios órgãos era um desejo do apresentador e os órgãos que lhes foram retirados poderão beneficiar cerca de 50 pessoas.
Mas, a grande algazarra do assunto (doação de órgãos) é a morte encefálica, na vigência da qual órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em doentes deles necessitados.
Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.
Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado.
É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sanguínea não servem para transplantes.
Seria a eutanásia?
Evidentemente que não!
A eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral (2) só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar.
Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
A temática "doação de órgãos " é bastante contemporâneo no cenário terreno.
Sobre o assunto, talvez, porque as informações sejam distorcidas, há o receio do desconhecido que paira no imaginário de muitos homens.
Inclusive alguns espíritas se recusam a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne.
A doação de órgãos para transplantes é doutrinariamente válida.
“Se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse património, oferecê-lo, graças às conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada.”. (3)
Chico Xavier afiançava que “transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante.”
Os Espíritos, segundo Chico Xavier, “não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais.
Pois é muito natural que, ao nos desenvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito”. (4)
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 18, 2020 8:41 pm

Não há reflexos traumatizantes ou cerceadores no perispírito, em relação à mutilação do corpo carnal, ou seja, o doador de córneas, por exemplo, não regressará “cego” ao Mundo Espiritual.
Se fosse regra geral haver impacto do corpo físico doador no corpo espiritual, o que seria daqueles que são esmagados nos desastres de trânsito , os têm o corpo carbonizado pelo fogo ou pulverizado numa explosão?
O que dizer da cremação, que reduz o cadáver a cinzas?
A doação de órgãos não afectará o corpo espiritual do doador, a menos que acreditemos ser injusta a Lei de Deus e estejamos no Planeta à deriva da Sua Suprema Bondade e Providência.
Lembremos que nos Estatutos do Criador não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos é valiosa oportunidade, dentre tantas outras, colocada à disposição do homem para o exercício do amor.
Além do mais, se, hoje, somos doadores, amanhã, poderemos ser (ou nossos familiares e amigos) receptores de órgãos.
Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte.
Mas, para quem está numa gigantesca fila esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida.
Quem nos garante que não seremos o próximo da fila?

Pensemos nisso!

Referência bibliográfica:
[1] Disponível em https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2019/11/24/corpo-de-gugu-libe... acesso em 06/12/2019
[2] O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais.
Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
[3] Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
[4] Entrevista de Francisco Cândido Xavier, à TV Tupi, em agosto de 1964, publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Embaixadores do Reino

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 19, 2020 7:55 pm

A sinfonia da Boa Nova encontrava-se no auge da sua musicalidade, enternecendo os corações antes em angústia e confortando as mentes que se encontravam desarvoradas.
Em toda parte, no abençoado solo de Israel, o doce canto penetrava a acústica das almas, da mesma forma que o sândalo suavemente é absorvido por qualquer superfície porosa.
Tratava-se de uma epopeia que atingia o clímax e nunca mais se repetiria na Terra, jamais igualada em todo o seu esplendor.
A passagem iridescente por onde Ele deambulava, enriquecia-se de belezas espirituais e uma permanente aragem de esperança e de paz permaneceria assinalando as ocorrências ditosas.
Em madrugada que se fazia bordada de luz, Ele reuniu os Seus, em Cafarnaum, às margens do mar-espelho, e lhes explicou ternamente como seria o programa de engrandecimento moral que estava traçado para toda a Humanidade.
Era necessário empreender a desafiadora façanha de informar às gentes de todo lugar o seu conteúdo invulgar.
Na Sua condição de rei, deveria visitar as regiões bravias e difíceis de comunicação, nas quais necessitava instalar os alicerces do reino, para tanto, enviaria embaixadores que se encarregariam de anunciá-lO, de abrir clareiras nas selvas dos sentimentos devastados pelas paixões primárias, proporcionando espaços para a fixação dos pilotis do amor e da compaixão, sobre os quais seria erguido o altar da caridade.
Aqueles eram dias de egoísmo, de soberba, de intérminas batalhas nas quais predominavam os ódios e as rixas perversas.
O ser humano era escravo dos dominadores mais astutos e impiedosos, que os submetiam ao talante das suas misérias morais interiores.
Não brilhava o sol da esperança e muito menos a doce possibilidade de compaixão.
A miséria espiritual transbordava, e as pessoas encontravam-se submetidas aos preconceitos, às situações, de penúria e de abandono.
De certo modo, ainda hoje é quase assim...
O processo da evolução íntima do Espírito, que deve abandonar o primarismo de onde procede, na busca dos alcantis do infinito, é longo e penoso...
Envolvendo os discípulos selecionados para o mister especial, tocou-os, um a um, transmitindo-lhes a santificada energia que O caracterizava, e esclareceu:
-Ide em paz e com irrestrita confiança no Pai.
Nunca temais, seja o que for, porquanto estais investidos do mandato superior e conseguireis avançar imunes às agressões, às picadas dos escorpiões e das serpentes que ficarão esmagados sob vossos pés, enquanto as vossas vozes calarão a agressão dos Espíritos perversos, zombeteiros e causadores do pânico nas multidões desavisadas...
Seguireis amparados pelas legiões angélicas, encarregadas de trabalhar a Humanidade e nela renascer através dos séculos para recordar e ampliar as sublimes propostas que apresentareis.
Inspirar-vos-ão e ouvir-vos-ão, num contínuo intercâmbio de amor.
Ninguém terá como silenciar-vos as vozes, e todos se vos submeterão ao canto incomparável com as revelações da verdade...
Depois, eu próprio vos seguirei, fixando as estrelas do Evangelho no zimbório das almas em escuridão.
Abençoo-vos em nome de meu Pai e despeço-me em paz.
* * *
Eram setenta discípulos preparados para a propaganda e difusão da Sua mensagem insuperável.
Estavam assinalados pela autoridade moral e identificados pelo profundo sentimento de fraternidade.
Haviam renascido para participar da grandiosa envergadura espiritual e deveriam trabalhar enriquecidos pela alegria inaudita do bem fazer.
Quando o Sol diluía nas águas doces e transparentes do mar os seus raios de ouro disparados com certeira pontaria, eles partiram em cânticos de júbilos...
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 19, 2020 7:56 pm

* * *
A partitura imensa, na qual estavam grafadas as harmonias da Boa Nova, alcançava aldeias humildes e cidades orgulhosas, perpassavam pelos caminhos impérvios e se expandia pelas estradas bem cuidadas, em perfeita identificação com o Cantor, onde quer que se encontrasse.
A sociedade terrestre sempre aflita e sofrida, que transpirava horror e decomposição espiritual, passou a receber o bálsamo sarador e a força revigorante para que pudesse superar a difícil conjuntura do seu estágio primitivista.
Ele inaugurava, naqueles dias, a era das provas e expiações, proporcionando os recursos valiosos para que se pudessem suportar as dificuldades da evolução.
O largo período de selvageria e impiedade cederia lugar lentamente a uma fase nova de esperança e de certeza de paz.
*
Os dias correram céleres na ampulheta do tempo e os embaixadores desincumbiram-se da responsabilidade que lhes foi concedida.
Num entardecer de sol desfiando plumas de luz de cor variada, eles retornaram exultantes.
Diante da multidão, na mesma praia de Cafarnaum, de onde saíram, eles se apresentaram e depuseram:
Em toda parte proclamamos a Era Nova, explicando que um reino de paz se acercava, iniciando-se no coração do ser humano, e que avançará ditoso no rumo do futuro feliz.
Desafiados por saduceus hipócritas e pretorianos insensíveis, perseguidos por fariseus fanáticos e cínicos, assim como pela malta sempre revoltada, demonstrando o poder que nos foi conferido, curamos as suas mazelas em nome do nosso Rei, submetemos Espíritos vingativos, saramos feridas, restituímos visão aos cegos, audição aos surdos, movimentos aos paralíticos e alegria aos tristes em momentos de inconfundível ligação com Deus.
Nenhum mal nos aconteceu, e sempre conseguimos anunciar o amanhecer de um novo tempo com os olhos iluminados pela alegria e os corações pulsando felicidade.
Algumas cidades de prazer e de loucura gargalharam das nossas palavras, mas sempre encontramos infelizes à espera de compaixão e de ajuda.
Vimos rostos desfigurados pela lepra sorrir de alegria e vidas despedaçadas recompor-se ao toque da esperança.
A vossa palavra em nossas bocas soava como cânticos nunca dantes enunciados ou ouvidos e nossas presenças tornaram-se fortaleza para os fracos e apoio para os oprimidos.
Estão lançadas as balizas do reino que Vos pertence, Senhor!
Jubiloso,o Rabi sábio novamente os abençoou, e dirigindo-se à massa em expectativa emocionada, lamentou:
Ai de ti, Corazim! Ai de ti Betsaida!
Porque, se em Tiro e em Sidon se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza.
Contudo, no juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidon, do que para vós outras.
Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até o céu? Descerás até o inferno?
Leve palor tomou-Lhe a bela face, como resultado da percepção de que as grandiosas Corazins e Betsaidas do futuro, por largo período prefeririam o bezerro de ouro à ave de luz do Seu amor.
*
Passaram-se muitos séculos.
Seus embaixadores continuam renascendo em todas as épocas, proclamando a Boa Nova, e os ouvintes permanecem moucos com os sentimentos enregelados nas paixões vergonhosas.
Em consequência, acumulam-se as nuvens borrascosas na imensa Galileia moderna, a Sua voz continua chamando vidas para o Seu reino, enquanto o corcel rápido da fantasia e da luxúria, é conduzido pelos seus cavalgadores na direcção dos abismos...
Ai de vós, que tendes ouvido e visto o amanhecer de bênçãos e optais pela triste noite de pesadelos e de horror!
Os embaixadores estão ao vosso lado: cuidai de ouvi-los, quando se inicia o período de regeneração da Humanidade!

Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião da noite de 16 de julho de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.Em 2.1.2013

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty ALMA GÉMEA OU ALGEMA?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 20, 2020 8:25 pm

Principalmente os jovens, iniciantes na arte de amar, sonham encontrar essa “metade”, alimentando ternos anseios de uma convivência perfeita, de um afecto sem fim, marcados por imensa ternura e imorredoura ventura.
Quase todos encontram seu par.
Raros concretizam seus sonhos, porque a Terra é um planeta de expiação e provas, onde a maioria dos casamentos representa o cumprimento de reajuste assumidos perante a Espiritualidade.
Por isso, passadas as primeiras emoções, quando os cônjuges enfrentam as realidades do dia-a-dia, os problemas relacionados com a educação dos filhos, as dificuldades financeiras e, sobretudo, o confronto de duas personalidades distintas, com suas limitações, ansiedades, viciações, angústias e desajustes, não tardam em desconfiar que a suposta “alma gémea” é apenas uma “algema”, cerceados que se sentem em sua liberdade, frustrados em suas aspirações.
Muitos casam-se arrebatados de amor, que logo acaba diante dos atritos e dificuldades do matrimónio.
Julgando que erraram na escolha, alimentam secreto desejo de um novo encontro, na eterna procura da alma afim.
Muitas vezes, rompem os compromissos conjugais e partem, decididos, reiniciando a procura.
E encontram novas algemas, eternizando suas angústias e gerando problemas que se sucedem, a envolver principalmente os filhos, vítimas indefesas dessas uniões passageiras.
O sucesso no casamento implica em compreender que não há metades eternas que se buscam para completar-se, como na alegoria platónica.
Há, isto é, Espíritos que conseguem uma convivência fraterna, com o empenho por ajustarem-se às Leis Divinas, superando seus desajustes íntimos, suas deficiências e fragilidades.
Um coração amargurado, um carácter agressivo, uma vocação para o ressentimento, um comportamento impertinente – tudo isso azeda o casamento.
Então, existe um engano de perspectiva, um equívoco generalizado.
As pessoas estão esperando que o casamento dê certo para que sejam felizes, quando é imperioso serem felizes para que o casamento dê certo.
A felicidade, por sua vez, não repousa em alguém, no que possa nos oferecer ou fazer, mas, essencialmente, nos valores que conseguimos desenvolver em nós mesmos, em nosso universo interior.
Somente assim poderemos contribuir de forma decisiva para um casamento bem sucedido.
Fundamental, nesse particular, que nos detenhamos na definição do amor, o principal agente das uniões conjugais.
O amor legítimo não é uma flecha de Cupido que nos atinge.
Não é uma fonte que brota, borbulhante.
Não é mera chama arrebatadora, como destaca a bela mas equivocada imagem poética de Vinicius de Morais:
“Que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Muito mais que chama de atração passageira, o amor pede os valores da convivência para que se desenvolva e consolide.
Cônjuges que se querem bem, que se amam de verdade, são aqueles que atravessaram juntos as tempestades da existência, relevando um ao outro as falhas, cultivando compreensão, respeito e boa vontade.
Assim, a “algema” de hoje poderá ser a “alma gémea” de amanhã, mesmo porque o objectivo maior do casamento é a harmonização dos Espíritos que se unem para experiências na Terra.
Hoje desencontrados, atritados, talvez até inimigos de outras vidas.
Amanhã amigos! Amantes de verdade!
É lamentável quando os casais se separam, adiando a própria edificação.
O mesmo podemos dizer quando alguém proclama que suporta o cônjuge por fidelidade à religião ou aos filhos.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 20, 2020 8:26 pm

Na avaliação de nossas experiências terrestres, quando regressarmos ao Plano Espiritual, uma das medidas ponderáveis, a ver se aproveitamos a experiência humana, diz respeito à convivência com as pessoas, principalmente no lar.
Voltamos para o Além levando rancores, ódios, mágoas, ressentimentos?
Deixamos inimigos e inimizades?
Perdemos tempo, complicando o futuro.
Harmonizamo-nos com os familiares?
Edificamos a fraternidade legítima?
Construímos as bases de um entendimento cristão com o semelhante?
Óptimo. Teremos realmente valorizado a jornada terrestre, habilitando-nos a estágios em regiões felizes, habitadas por almas afins, gémeas na virtude, na sabedoria, no empenho por cumprir as leis de Deus.
Como disse André Luiz:
“Na fase actual evolutiva do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gémeas, reduzidos matrimónios de almas irmãs ou afins, e esmagadora percentagem de ligações de resgate.
O maior número de casais humanos é constituído de verdadeiros forçados, sob algemas.”

Resumindo: Alma gémea é o casal que busca superar seus desajustes, suas deficiências e fragilidades.
Empenham-se em ajustar-se às Leis de Deus.

Alma Gémea
Alma gêmea de minha alma
Flor de luz de minha vida
Sublime estrela caida
Das belezas da amplidão

Quando eu errava no mundo...
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.

Vinhas na bênção das flores
Da divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!!

És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança.
Porque sou tua esperança,
Como és todo meu amor!!

Alma gémea de minha alma
Se eu te perder algum dia...
Serei tua escura agonia,
Da saudade nos seus véus...

Se um dia me abandonares
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus.


Emmanuel
Do livro "Há 2000 anos", cap. IV
Psicografia: Chico Xavier (Site Oficial)| Edição: FEB

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty TEORIA DAS ALMAS GÉMEAS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 21, 2020 8:06 pm

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gémea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gémeas se buscam, sempre que separadas.
A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível.
Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atracção eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre.
Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.

A atracção das almas gémeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?
O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas.
Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.
A ligação das almas gémeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida.
Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.

A união das almas gémeas pode constituir restrição ao amor universal?
O amor das almas gémeas não pode efectuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino.
O amor das almas gémeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.

Perante a teoria das almas gémeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram, novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?
Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efectue com a alma gémea da sua, muitas vezes distante da esfera material.
A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas.
A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.

Os Espíritos evoluídos, pelo facto de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?
Os espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afectivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 21, 2020 8:06 pm

A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.

Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?
A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material.
Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registe o acontecimento na vigília comum.
Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.

Emmanuel (“O Consolador” – 322 a 330 - Chico Xavier).

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty O Médium e o Estudo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 22, 2020 8:46 pm

Walter Barcelos

"Que o médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando proveitosa a luz que o esclareceis, será mais culpado e terá de expiar a sua cegueira."
Pascal - "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI - Dissertação nº 13

Toda empresa humana responsável exige de seu operário que seja esforçado e atencioso, que estude sempre e aprenda continuadamente para se desenvolver, adquirindo competência e eficiência.
Da mesma forma, o Espiritismo isto espera de seus profitentes
A Doutrina Espírita não alimenta ilusões nem fantasias de menor esforço para nenhum adepto, muito menos para aqueles que pertencem ao quadro de trabalhadores efectivos.
No trecho em referência, o espírito Pascal em outras palavras quer nos dizer:
ao médium que não se interessar pelo conhecimento da Doutrina Espírita, melhor será para ele abster-se da prática medianímica, ou seja, que paralise suas actividades, porque assim estará se isentando de cometer absurdos doutrinários, por permanecerem voluntária cegueira espiritual.
Não se justifica nenhum médium ficar longo período da vida em estado de ignorância doutrinária e estagnação moral, pois necessita alcançar a posição respeitável de bom instrumento psíquico afinado com as notas divinas da Doutrina dos Espíritos, para agir proveitosamente, tirando o máximo de crédito e lucros espirituais.
O médium espírita não poderá contar somente com a luz de seus guias espirituais.
Indispensável conquistar sua própria luz interior, porque o guia nem sempre estará de sentinela, protegendo-o e livrando-o das dificuldades e tentações.
Como manter o médium a sintonia mental elevada, a inspiração superior e a intuição construtiva, se pouco se interessa pelo estudo sério e aprofundado do Espiritismo, muito especialmente as obras de Allan Kardec?
Como amar uma doutrina que muito mal conhece?
O espírito Emmanuel no livro "O Consolador", na questão n° 392, afirma, quanto ao dever de todo medianeiro espírita:
"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalharem todos os instantes pela sua própria iluminação".

Quem serão esses médiuns?
Obviamente, são todos aqueles engajados na casa espírita, principalmente das equipes de desobsessão, trabalho de passes, tratamento e cura espirituais.
Aqueles que se destacam pela sua força mediúnica e faculdades psíquicas avantajadas deveriam, com maior devotamento, se entregar à sagrada obrigação de estudar com mais seriedade e disciplina as obras espíritas, pois estão se posicionando como orientadores da multidão e aglutinadores das atenções para o Espiritismo.
No contacto com dirigentes de centros espíritas, conversando sobre grupos mediúnicos, chegamos à conclusão de que diminuta é a percentagem de medianeiros que verdadeiramente gostam de estudar e aprender manuseando, principalmente, as obras básicas do Espiritismo.
Na actualidade, o médium espírita precisa estudar Kardec com método e perseverança, seja em particular - em sua residência - ou em equipe, principalmente na casa espírita, na forma de "Círculo de Estudos", onde encontrará a luminosa oportunidade de dialogar, debater, opinar, ouvir diversas interpretações e dar também o seu entendimento, tudo dentro de um ambiente fraterno e familiar, promovendo luzes de verdade para todos.
Os médiuns que não gostam de estudar a Doutrina estão numa posição muito estranha, porque desejam servir com os espíritos da luz para consolar e esclarecer multidões de criaturas ignorantes, sendo que, por sua vez, permanecem com o cérebro embotado ao discernimento kardequiano.
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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS IV

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 22, 2020 8:46 pm

Os médiuns levianos fogem do esclarecimento espírita, alegando:
"Eu gosto mesmo é de trabalhar na mediunidade e ajudar os que mais sofrem, enfim fazer a caridade que Jesus nos ensinou.
Não gosto da teoria! É muita falação! Eu prefiro a prática!
O que conheço de Espiritismo, somado à minha experiência, já é o bastante.
Não preciso de mais estudo.
Estudar muito a Doutrina perturba minha mente e o meu trabalho".
Quanto de presunção e de vaidade encontramos nestas palavras saídas da boca de médiuns orgulhosos!
Devido aos médiuns, em grande maioria, não buscarem a pureza dos ensinos kardecistas, encontramos com facilidade por toda parte, centros espíritas realizando trabalhos mediúnicos os mais absurdos e exóticos, com absoluta ausência de disciplina, discernimento e prudência tão apregoados por Allan Kardec.
Alguém poderá indagar:
Por que o bom médium precisa estudar, se ele sempre está com os mentores espirituais?
Responderemos: Naturalmente, porque ele não é uma criatura infalível e nem possui privilégios e protecção especial dos Espíritos Superiores.
O médium espírita é um aprendiz como qualquer outro companheiro de fé; um aluno necessitado de se iluminar constantemente; um discípulo chamado a conquistar as virtudes cristãs; um canal mediúnico sujeito a receber e aceitar tanto a inspiração de entidades benfazejas como das inteligências perversas e mistificadoras, dependendo sempre da direcção e uso que dê à sua força mediúnica.

O estudo sério nunca perturbou ou fez adoecer pessoa alguma.
Sendo assim, o médium precisa amar mais a Doutrina Espírita, estudando-a com prazer e disciplina, aplicação e perseverança.

"Mediunidade e Discernimento", Ed. Didier,
Aliança Espírita - Julho de 2000
Fonte: http://www.espirito.org.br/

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty A gratidão na visão espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 23, 2020 8:19 pm

A dor é um constante convite da vida, a fim de que aceitemos uma entrevista com Deus.” - Emmanuel

Por que devemos agradecer?
Qual o sentido da gratidão?
Seria o sentimento de gratidão a força que nos conecta a Deus?
A gratidão é o sentimento que desencadeia o reconhecimento da necessidade da nossa reforma íntima, nossa mudança interior e nos proporciona uma posição de aceitação frente às dificuldades.

Porque a gratidão nos oferece uma pequena e substancial amostra do que é felicidade.
Quando você sente gratidão, você está concentrando sua atenção em Deus e nas bênçãos que Ele lhe presenteia.
Joanna de Ângelis, mentora do nosso querido Divaldo Franco, nos alerta que a “reclamação é perda de tempo”...
Somos Espírito imortal encarnado e estamos na vida para aprender a desenvolver a disciplina, para aprender a exercer o controle do pensamento, amar, perdoar, trabalhar, realizar tudo que for bom para nossa evolução, mas sempre com um sentimento de gratidão.
Nesse exercício vamos desenvolvendo harmonia íntima, paz e uma relação profunda com a espiritualidade superior e, portanto, com Deus.
Todos gostamos de viver, e por que será?
Ora, porque viver é bom e assim precisamos ser gratos à vida que Deus nos presenteou.
Se temos o costume de reclamar, vamos nos esforçar para evitar esse sentimento e mudar esse padrão mental.
Vamos trocar a reclamação pela gratidão.
Sejamos gratos, vamos agradecer a Deus por todas as coisas que Ele nos proporciona.
Difícil agradecer nos momentos difíceis da vida, mas vamos lá, está valendo a tentativa...
A gratidão vai gerar uma aura de luz em torno da pessoa, e, portanto, vai abrir portas, mostrar saídas, soluções e tudo mais para os conflitos internos e por que não também as dificuldades externas, colocando-nos numa posição de equilíbrio e paz interior?
A vida é um presente a todos nós por mais dolorida que ela se apresente.
Reclamar não vai resolver, mas a oração sempre conforta, acalma e nos apresenta, na medida que nos sintonizamos com a espiritualidade maior, possibilidades de correção e solução para os problemas e dificuldades.
Por que não na oração pedir ao Céu que nos ajude e agradecer tudo que nos é proporcionado e que normalmente não percebemos?
Divaldo Franco pelo Espírito de Amélia Rodrigues nos mostra no belíssimo “Poema da gratidão” como deveríamos sentir e viver a vida.
Quando num momento mágico ela diz:
... Mas, se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar..., não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Ti! ...
Ela nos mostra nesse sublime poema todo o seu amor a Deus, nos presenteando de uma forma ímpar o seu agradecimento pela vida que esse Deus de amor lhe oferece.
Existe uma frase atribuída a William Shakespeare que diz:
A gratidão é o único tesouro dos humildes.
Podemos perceber que o sentimento de gratidão está sendo proferido em todos os recantos da vida, desde a natureza em suas profundas manifestações até os anjos nos seus cânticos a Deus.
A doutrina espírita nos ensina a ser gratos, pois a reencarnação, um ato de amor, é uma oportunidade que Deus nos oferece de recomeçar e, portanto, devemos agradecer esse retorno à existência terrena e suas infinitas possibilidades de nos reconstruir e crescer.
Os encontros, os supostos desencontros – e por que não os reencontros? – são oportunidades que se nos apresentam para a nossa melhoria íntima, evolução e, portanto, mudanças em busca da sonhada felicidade, paz e equilíbrio.
Não nos esqueçamos do que nos ensina Paulo: Em tudo dai graças..

.Wagner Ideali

Referências:
XAVIER, Francisco Cândido. Material de construção. Pelo Espírito Emmanuel. São Paulo: Ideal, 1982.
Acção e reacção. Pelo Espírito André Luiz. 30. ed., 5. imp. Brasília: FEB, 2016.
FRANCO, Divaldo P. Desperte e seja feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 6. ed. Salvador: LEAL, 2000.

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ARTIGOS DIVERSOS IV - Página 20 Empty Dignidade

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 24, 2020 8:20 pm

Somos filhos de Deus, Espíritos imortais, cidadãos do Universo.
De átomos, criados pela Vontade Divina, somos impulsionados na direção da angelitude, obedecendo a Lei do Progresso.
No reino mineral desenvolvemos as potencialidades químio-electromagnéticas; no vegetal a sensibilidade; no animal os instintos e os rudimentos de inteligência.
Agora, no hominal, as sensações tendem para o sentimento, a inteligência se amplia, o livre-arbítrio é uma realidade, a consciência e a razão estão presentes.
Nosso desafio atual consiste em vivenciar com dignidade as oportunidades evolutivas que nos são conferidas.
De maneira voluntária e consciente abraçamos a Doutrina Espírita ainda que, muitas vezes, chegue-se a ela pela dor.
Ser espírita significa, na mais profunda essência, acolher no coração e na mente os ensinamentos dos Espíritos, codificados por Allan Kardec, no seu tríplice aspecto, como se pode entender e sentir estudando as obras básicas do Espiritismo.
Dignidade, numa visão espírita, é nos amarmos buscando desenvolver nosso potencial interior na direcção do bem, qualidade moral que infunde brio, grandeza de carácter, valorizando cada momento do dia-a-dia.
É, também, amar o próximo, no sentir, no falar e no agir, com posturas de respeito e elevação no trato, alimentando ideias positivas.
A dignidade da pessoa humana, seja a nossa própria, seja a do próximo, tem a ver com a reforma íntima, a mudança de hábitos sempre para melhor.
E essa amplitude transcende para o público, o social, o ecológico, o geral, exercitando a nobreza, a honestidade, a honra, o pundonor.
A Doutrina Espírita revive os ensinamentos de Jesus na sua pureza e, por isso mesmo, a dignidade espírita tem a ver com:
O entendimento da vida futura, fazendo bom uso do presente;
A compreensão do estágio evolutivo da Terra e do porquê nos encontramos estagiando nela;
A importância da presente reencarnação para nosso Espírito reparar equívocos do passado e construir um futuro melhor, a começar pelos relacionamentos familiares;
A resignação diante das aflições, provas, expiações;
Colocar em prática a teoria do estudo já realizado e compreendido;
O exercício da humildade;
A busca da simplicidade e pureza de coração;
O cultivo da paciência;
Fazer uso do perdão no seu sentido mais amplo;
Amar o próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que quereríamos que nos fizessem;
Retribuir o mal com o bem;
Fazer o bem sem ostentação;
A prática da caridade, tanto material como moral;
Preservar-se da avareza;
A persistência no processo de reforma interior, buscando desenvolver as virtudes ainda não alcançadas mas já compreendidas;
A boa aplicação dos talentos que a presente existência terrena concede, inclusive os pertinentes à sensibilidade mediúnica;
O cultivo da fé raciocinada, pelo estudo, meditação, oração;
A prática do bem, ajudando o próximo;
A vigilância constante;
A divulgação criteriosa da Doutrina abraçada, embora sem laivos de proselitismo.
É com a dignidade humana que se caminha em direcção do aperfeiçoamento.

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