LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 17, 2016 7:45 pm

Antes disso porém, Abigail conheceu a Doutrina do Cristo através das sábias pregações de Ananias.
Saulo, acreditava que em sua debilidade de saúde, não devia contesta-la.
Porém, odiava a cada dia mais, aquele Nazareno que o fazia perder a noiva.
Até Gamaliel, o Doutor da Lei que tudo lhe ensinara, tornara-se simpático a essa nova doutrina e isso tudo, fazia o ódio de Saulo pelo crucificado, aumentar a cada dia.
Saulo de Tarso, assim era conhecido pois esse era o nome de sua cidade natal, tinha agora um objetivo único em sua vida: destruir a Doutrina nascente.
Mesmo que para isso fosse necessário matar a todos os discípulos e seguidores daquele a quem com tanto desprezo chamava: "O Crucificado".
Com a morte da noiva, Saulo resolveu-se a perseguir Ananias e sabendo que este rumara para Damasco, chama alguns amigos escravos e soldados e parte atrás dele.
O caminho, porém, era o marco principal da vida de Saulo.
Na estrada para Damasco, Saulo encontra a palavra que sua vida necessitava: Renovação.
O brilho da aparição do Espírito radiante de Jesus faz com que Saulo caia de joelhos e então ele ouve as palavras que ressoam até hoje pra toda a humanidade:
"Saulo! Saulo! Por que me persegues?"
"Quem sois vós, Senhor?"
"Eu sou Jesus!"
Cego, Saulo ouve seus amigos que haviam ouvido seu diálogo, porém nada viram.
Acreditavam que estava delirando, ou que enlouquecera.
Entendia que dali em diante, devia rumar sozinho.
Somente Jacob, que dispensara os demais, o acompanhou.
Jesus indicara a Saulo que fosse a um lugar em Damasco.
Nesse lugar, Saulo hospedou-se e aguardou pacientemente o dia seguinte, conforme havia sido orientado.
Agora aquele que perseguia um homem para mata-lo, somente podia aguardar pacientemente...
A cura de sua cegueira se fez pelas mãos do mesmo Ananias que fora procura-lo, pois recebera a intuição, vinda do Cristo, de que deveria fazer isto.
Daquele dia em diante, Saulo, agora baptizado como Paulo pois teria nova vida e portanto, novo nome; passara a ser ele próprio também um daqueles a quem tanto perseguira: um seguidor de Cristo.
Seu caminho daí em diante nada fácil se tornou.
Precisava agora sobreviver a custa do seu próprio suor.
Foi abandonado por todos os amigos e até mesmo pela família.
Tornara-se motivo de risos e chacotas, alguns diziam que enlouquecera.
O Sinédrio, antes admirador da sua cultura, agora era seu inimigo e perseguidor.
Não foi o milagre da cura de sua cegueira nem a aparição de Jesus, no entanto, quem fizeram grande a história da Paulo de Tarso.
Também não foi o seu amor por Abigail, nem o apedrejamento de Estêvão, que colocaram seu nome para sempre na história do Cristianismo.
Tampouco não serviria para imortaliza-lo, o conhecimento do Velho Testamento, nem o Título de cidadão romano.
Paulo, com sua fé, coragem e dedicação à causa a que servia, foi o maior divulgador da Doutrina Cristã.
Levou a Boa Nova aos mais diversos povos, principalmente àqueles que eram chamados gentios, onde a fé estava há muito abalada e o amor perdera-se entre caprichos terrenos.
Sofreu, sim, é bem verdade, em nome dessa dedicação.
Buscou com humildade os discípulos de Jesus, que desconfiaram de suas boas intenções, devido aos seu passado culposo.
Foi ferido e humilhado nos lugares por onde passou.
Foi julgado por diversas falsas acusações.
Porém evangelizou. Fundou inúmeras Casas da Fé.
Consolou a cada um que lhe buscava o conselho.
Enfim aprendeu a amar e deu sua própria vida por amor à Jesus.
É graças ao seu esforço desmedido, que hoje em todo o mundo ocidental, temos notícias da nova fé espalhada tão modestamente antes dele.
Graças as suas cartas aos Coríntios, Romanos, Gálatas, Efésios, Tessalonissenses dentre outros, que podemos hoje estar aqui reunidos, em nome de Jesus.
Paulo de Tarso renovou-se na estrada de Damasco há quase 2000 anos.
E nós? Quando será a nossa vez?

Neiva Nessi

Fontes bibliográficas:
Novo Testamento - Actos dos Apóstolos
XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty IMPORTÂNCIA DO ESQUECIMENTO DO PASSADO

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 18, 2016 7:18 pm

Há milénios o Homem tem consciência da responsabilidade de seus actos, e das consequências a que se vincula, quando os pratica, seja para o bem ou para o mal.
Até mesmo popularmente, em nosso quotidiano, escutamos alguém dizer:
“o que será que fiz na outra vida para passar por isso?”
Temos ouvido isso mesmo dos não Espíritas.
Allan Kardec analisa em O livro dos Espíritos a questão do esquecimento e da obrigatoriedade da corrigenda, quando de prejuízos causados, a si mesmo e ao próximo.
Apresentamos abaixo pequenos comentários à questão de número trezentos e noventa e três do livro citado, para nossas reflexões.
“Como o homem pode ser responsável por actos e reparar faltas das quais não tem consciência?
Como pode aproveitar a experiência adquirida em existências caídas no esquecimento?
Poderia se conceber que as adversidades da vida fossem para ele uma lição ao se lembrar do que as originou; mas, a partir do momento que não se lembra, cada existência é para ele como a primeira e está, assim, sempre recomeçando.
Como conciliar isso com a justiça de Deus?”
Respondem os Benfeitores:
“A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem do mal.
Onde estaria o mérito, ao se lembrar de todo o passado?
Quando o Espírito volta à sua vida primitiva (a vida espírita), toda sua vida passada se desenrola diante dele; vê as faltas que cometeu e que são a causa de seu sofrimento e o que poderia impedi-lo de cometê-las.
Ao abordar a inteligência do espírito, desenvolvida a cada existência, a Lei de Progresso se faz presente, ficando embutida a necessidade de agirmos por discernimento moral, e não por conhecimento de causa.
Continua a resposta:
“Compreende que a posição que lhe foi dada foi justa e procura então uma nova existência em que poderia reparar aquela que acabou.”
Neste trecho apreendemos que se a vida que lhe foi dada foi justa, e o próprio espírito se conscientiza disso, significa que há um planeamento, e este é pessoal, e a bondade divina se faz presente dando-lhe nova oportunidade de continuar seu desenvolvimento espiritual através de outra encarnação e ele “Escolhe provas parecidas com as que passou ou as lutas que acredita serem úteis para o seu adiantamento, e pede a Espíritos Superiores para ajudá-lo nessa nova tarefa que empreende, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que cometeu.”
A figura do “anjo da guarda”, tão presente na cultura religiosa da humanidade, é confirmada pelos Benfeitores, demonstrando a participação ativa na vida do espírito, “soprando” conselhos ao seu protegido, mas ficando este livre para seguir ou não o conselho dado.
E finalizam a resposta:
“Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo maldoso que frequentemente vos aparece e ao qual resistis instintivamente, atribuindo a maior parte das vezes essa resistência aos princípios recebidos de vossos pais, enquanto é a voz da consciência que vos fala.
Essa voz é a lembrança do passado, que vos adverte para não recair nas faltas que já cometestes.
O Espírito, ao entrar nessa nova existência, se suporta essas provas com coragem e resiste, eleva-se e sobe na hierarquia dos Espíritos, quando volta para o meio deles.”
Ao reencarnar o espírito traz suas tendências e viciações, que se farão presentes nas provas escolhidas, para corrigir-se através de um novo condicionamento, então fundamentado no conhecimento moral, que a inteligência ajuda a desenvolver, aliviando-lhe a consciência, sede da Lei de Deus, permitindo-lhe sentimento de paz interior e felicidade.
Educador por excelência, Allan Kardec comenta a resposta dada pelos espíritos que formam a equipe do Consolador prometido por Jesus:
“Se não temos, durante a vida corporal, uma lembrança precisa do que fomos e do que fizemos de bem ou mal em existências anteriores, temos a intuição disso, e nossas tendências instintivas são uma lembrança do nosso passado, às quais nossa consciência, que é o desejo que concebemos de não mais cometer as mesmas faltas, nos adverte para resistir.”

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty A SENSIBILIDADE À DOR DEPENDE DO GRAU DE EVOLUÇÃO DO SER, DO SEU NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 19, 2016 7:25 pm

À medida que progride, que sai do mecanicismo dos fenómenos e adquire responsabilidade como decorrência da conscientização da sua realidade, ele se torna mais perceptivo ao sofrimento, embora, simultaneamente, mais resistente.
Os desgastes biológicos decorrentes da entropia, naturais no processo da vida, que exigem a consumpção da energia, não o atormentam, quando ocorrem nas faixas primárias (das sensações), passando a afligi-lo, apesar da grande resignação de que se faz portador, na área moral, portanto, na dos sentimentos profundos (das emoções).
Emergindo dos automatismos (da inconsciência) adquire mais amplas percepções e lucidez (consciência), despertando para as aspirações elevadas da altivez emocional e da abnegação pelo serviço do bem, com natural renúncia ao egoísmo, em favor do próximo (individual) como do grupo social no qual se movimenta.
Mantendo a sua individualidade intacta, percebe a necessidade de integrar-se harmonicamente na Unidade Universal, pelo que trabalha com afã, descobrindo que os seus acertos e equívocos produzem ressonância na Consciência Cósmica, da qual procede e para cuja harmonia ruma de retorno.
A consciência lúcida equipa-o de instrumentos que o auxiliam na superação da amargura, do desespero, da infelicidade, face à compreensão dos objectivos espirituais da sua existência, por enquanto nas faixas mais ásperas do mecanismo evolutivo.
O sofrimento tem raízes em acontecimentos infelizes anteriores, cuja intensidade se vincula à gravidade daqueles.
Por isso é inevitável. Gerada a causa, estão disparados os efeitos que alcançarão o infractor, convidando-o à reparação, que ocorre quando são detidos os factores da perturbação.
Os acontecimentos decorrentes das acções degeneradoras também compreendem os sentimentos acrisolados, as emoções cultivadas e os pensamentos habituais, que se expressam em forma de impulsos contínuos definidores da personalidade.
A vida mental e emocional é a desencadeadora dos fenómenos activos, consubstanciados nessas ocorrências.
É importante preservar-se a fonte gerando experiências salutares, porquanto o corpo físico, tornando-se automático às influências, executa as pressões originais de que se faz objecto.
Quando o arqueiro libera a flecha, já não pode deter-lhe o destino.
Assim também ocorre com as ideias emocionalmente comprometidas, ante a vontade fraca que as direcciona e liberta...
O corpo é veículo dúctil ao pensamento, sujeito aos sentimentos e vítima das emoções.
De acordo com a qualidade deles passa a ter a sua organização condicionada, e o sofrimento é-lhe sempre consequência das expressões erróneas.
Os sentimentos, as emoções e os pensamentos constituem a psique do ser, onde o espírito encontra o seu centro de manifestação até o momento da sua consciência plena.
Desse modo, a organização molecular do corpo somático é maleável à psique, que acciona e conduz.
Por isso, cada indivíduo é responsável pela aparelhagem orgânica de que se serve, tornando-se co-criador com Deus, na elaboração dos equipamentos internos e externos para a sua evolução através do veículo carnal.

Do livro: AUTO-DESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty MORTE DE RECÉM - NASCIDOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 20, 2016 7:39 pm

A volta do Anjinho

Creio que muitos já se perguntaram o porquê do desencarne de crianças.
O que justificaria uma encarnação tão breve, por vezes tão sofrida e que causa tanto sofrimento aos pais também.

Hoje vamos falar do desencarne de um recém-nascido.
Antes de reencarnar, o espírito escolhe seus pais e estes são chamados para aceitar ou não a missão, confirmando o quê já haviam planificado antes de seus próprios reencarnes.
Tudo é calculado, para que, conforme as necessidades, cada um passe pelo que deve passar, reajustando e reequilibrando a balança energética da vida.
Muitas vezes o espírito que reencarna para uma breve passagem pela seara terrestre, sequer sofre, como é o caso dos nati-mortos e dos que morrem após algumas horas dentro de nosso plano terrestre.
Normalmente o objectivo destas encarnações-relâmpago é um reequilíbrio do perispírito do agora bebé.
Seu espírito detinha alguma deformidade, por conta de sua passagem anterior, e para que tenha condições reais de reequilibra-se nos planos espirituais, ele encarna, restabelece seu corpo espiritual e pouco tempo depois terá a oportunidade de ter uma encarnação plena, sem carregar as marcas e possíveis deformações de sua outra passagem.
Isso se dá por merecimento do espírito que não necessitará de uma encarnação toda de sofrimentos, carregando um corpo físico com discapacidades.
Quase sempre os pais escolhidos são aqueles que provocaram seu problema, que estando perdoados, apenas sofrem o impacto da dor do reajuste energético, sofrendo a perda do ente querido e não suas cobranças dentro do seio familiar.
Havendo o equilíbrio, algum tempo depois, normalmente o espírito retorna para o mesmo ambiente familiar, trazendo grandes alegrias que superam o episódio anterior.(....)
Os factos naturais de nossas vidas devem sempre ser encarados com aceitação, mesmo que provoquem intensa dor.
São necessários para o reequilíbrio do que um dia desajustamos por não saber amar, ou ainda, o valioso catalisador da busca espiritual.

Compreender e aceitar a vida espiritual como um todo, deixando de olhar apenas pelas “frestas” da mente física, é o despertar para a verdade do espírito.

**************

Fonte: Blog Aralton do Amanhecer

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty FALAM QUE ANIMAIS NÃO TEM INTELIGÊNCIA, SERÁ?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2016 7:32 pm

Se comparamos o homem e os animais em relação à inteligência, parece difícil estabelecer a linha de demarcação, porque certos animais têm, nesse terreno, notória superioridade sobre certos homens.
Essa linha de demarcação pode ser estabelecida de maneira precisa?
— Sobre esses assuntos os vossos filósofos não estão muito de acordo.
Uns querem que o homem seja um animal, e outros que o animal seja um homem.
Estão todos errados.
O homem é um ser à parte, que desce, às vezes, muito baixo ou que pode elevar-se muito alto.
No físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles; a Natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência para prover às suas necessidades e à sua conservação.
Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre.
Pobres homens, que vos rebaixais mais do que os brutos!
Não sabeis distinguir-vos deles?
Reconhecei o homem pelo pensamento de Deus.

Podemos dizer que os animais só agem por instinto?
— Ainda nisso há um sistema.
É bem verdade que o instinto domina na maioria dos animais; mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada?
E que têm inteligência, mas ela é limitada.

Comentário de Kardec:
Além do instinto, não se poderia negar a certos animais a prática de actos combinados que denotam a vontade de agir num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias.
Há neles, portanto, uma espécie de inteligência mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e proverá sua conservação.
Não há entre eles nenhuma criação nenhum melhoramento; qualquer que seja a arte que admiramos em seus trabalhos, aquilo que faziam antigamente é o mesmo que fazem hoje, nem melhor nem pior segundo formas e proposições constantes e invariáveis.
Os filhotes separados de sua espécie não deixam de construir o seu ninho de acordo com o mesmo modelo sem terem sido ensinados.
Se alguns são susceptíveis de uma certa educação, esse desenvolvimento intelectual, sempre fechado em estreitos limites, é devido à ação do homem sobre uma natureza flexível, pois não fazem nenhum progresso por si mesmos, e esse progresso é efémero, puramente individual, porque o animal, abandonado a si próprio, não tarda a voltar aos limites traçados pela Natureza.

Os animais têm linguagem?
— Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas num meio de se comunicarem entre si, então, sim.
Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias ideias, às suas necessidades.

a) Há animais que não possuem voz; esses não parecem destituídos de linguagem?
— Compreendem-se por outros meios.
Vós, homens, não tendes mais do que a palavra para vos comunicardes?
E dos mudos, que dizeis?
Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se prevenir e de exprimir as sensações que experimentam.
Pensas que os peixes não se entendem?
O homem não tem o privilégio da linguagem, mas a dos animais é instintiva e limitada pelo círculo exclusivo das suas necessidades e das suas idéias, enquanto a do homem é perfectível e se presta a todas as concepções da sua inteligência.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2016 7:32 pm

Comentário de Kardec:
Realmente, os peixes que emigram em massa, bem como as andorinhas, que obedecem ao guia, devem ter meios de se advertir de se entender e de se combinar.
Talvez o façam entre si, ou talvez a água seja um veículo que lhes transmita certas vibrações.
Seja o que for, é incontestável que eles dispõem de meios para se entenderem, da mesma maneira que todos os animais privados de voz e que realizam trabalhos em comum.
Deve-se admirar, diante disso, que os Espíritos possam comunicar-se entre eles sem o recurso da palavra articulada?

Os animais têm livre-arbítrio?
— Não são simples máquinas, como supondes (1)mas sua liberdade de acção é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem.
Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres.
Sua liberdade é restrita aos actos da vida material.

De onde vem a aptidão de certos animais para imitar a linguagem do homem, e por que essa aptidão se encontra mais entre as aves do que entre os símios, por exemplo, cuja conformação tem mais analogia com a humana?
— Conformação particular dos órgãos vocais, secundada pelo instinto da imitação.
O símio imita os gestos; certos pássaros imitam a voz.

Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de acção, há neles um princípio independente da matéria?
— Sim, e que sobrevive ao corpo.

a) Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
— É também uma alma, se o quiserdes:
isso depende do sentido em que se tome a palavra; mas é inferior à do homem.
Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.

A alma dos animais conserva após a morte sua individualidade e a consciência de si mesma?
— Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma.
A vida inteligente permanece em estado latente.

A alma dos animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar-se?
— Não; ela não tem o livre-arbítrio.

A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante como a do homem após a morte?
— Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo.
Mas não é um Espírito errante.
O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade.
É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito.
O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2016 7:33 pm

Os animais seguem uma lei progressiva como os homens?
— Sim, e é por isso que nos mundos superiores onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios de comunicação mais desenvolvidos.
São, porém, sempre inferiores e submetidos aos homens, sendo, para estes, servidores inteligentes.
Nada há nisso de extraordinário.
Suponhamos os nossos animais de maior inteligência, como o cão, o elefante, o cavalo, dotados de uma conformação apropriada aos trabalhos manuais.
O que não poderiam fazer sob a direcção do homem?

Os animais progridem, como o homem, por sua própria vontade, ou pela força das coisas?
— Pela força das coisas; e é por isso que, para eles, não existe expiação.

Nos mundos superiores, os animais conhecem a Deus?
— Não. O homem é um Deus para eles, como antigamente os Espíritos foram deuses para os homens.
Os animais, mesmo aperfeiçoados nos mundos superiores, sendo sempre interiores aos homens, disso resultaria que Deus tivesse criado seres intelectuais perpétuamente votados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que se assinalam em todas as suas obras?
— Tudo se encadeia na Natureza por liames que não podeis ainda perceber, e as coisas aparentemente mais disparatadas têm pontos de contacto que o homem jamais chegará a compreender no seu estado actual.
Pode entrevê-los por um esforço de sua inteligência, mas somente quando essa inteligência tiver atingido todo o seu desenvolvimento e se libertado dos prejuízos do orgulho e da ignorância poderá ver claramente na obra de Deus.
Até lá suas ideias limitadas lhe faraó ver as coisas de um ponto de vista mesquinho.
Sabei que Deus não pode contradizer-se e que tudo, na Natureza, se harmoniza através de leis gerais que jamais se afastam da sublime sabedoria do Criador.

a) A inteligência é, assim, uma propriedade comum, um ponto de encontro entre a alma dos animais e a do homem?
— Sim, mas os animais não têm senão a inteligência da vida material; nos homens, a inteligência produz a vida moral.
Se considerarmos todos os pontos de contacto existentes entre o homem e os animais, não poderíamos pensar que o homem possui duas almas:
a alma animal e a alma espírita e que, se ele não tivesse esta última, poderia viver só como os animais?

Dizendo de outra maneira:
o animal é um ser semelhante ao homem, menos a alma espírita?
Disso resultaria que os bons e os maus instintos do homem seriam o efeito da predominância de uma ou outra dessas duas almas?

— Não, o homem não tem duas almas, mas o corpo tem os seus instintos, que resultam da sensação dos órgãos.
Não há no homem senão uma dupla natureza: a natureza animal e a espiritual.
Pelo seu corpo, ele participa da natureza dos animais e dos seus instintos; pela sua alma, participa da natureza dos Espíritos.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2016 7:34 pm

a) Assim, alem das suas próprias imperfeições, de que o Espírito deve despojar-se, deve ele lutar contra a influência da matéria?
— Sim, quanto mais inferior é ele, mais apertados são os laços entre o Espírito e a matéria.
Não o vedes? Não, o homem não tem duas almas; a alma é sempre única, um ser único.
A alma do animal e a do homem são distintas entre si, de tal maneira que a de um não pode animar o corpo criado para o outro.
Mas se o homem não possui uma alma animal, que por suas paixões o coloque no nível dos animais, tem o seu corpo que o rebaixa frequentemente a esse nível, porque o seu corpo é um ser dotado de vitalidade, que tem instintos, mas ininteligentes e limitados ao interesse de sua conservação(1)

Comentário de Kardec:
O Espírito, encarnando-se no corpo do homem, transmite-lhe o principio intelectual e moral que o torna superior aos animais.
As duas naturezas existentes no homem oferecem as suas paixões duas fontes diversas:
umas provêm dos instintos da natureza, outras das impurezas do Espírito encarnado, que simpatiza em maior ou menor proporção com a grosseria dos apetites animais.
O Espírito, ao se purificar, liberta-se pouco a pouco da influência da matéria.
Sob essa influência, ele se aproxima dos brutos; liberto dessa influência, eleva-se ao seu verdadeiro destino.

De onde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a espécie particular de alma de que são dotados?
— Do elemento inteligente universal.

a) A inteligência do homem e a dos animais emanam, portanto, de um princípio único?
— Sem nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.
Ficou dito que a alma do homem, em sua origem, assemelha-se ao estado de infância da vida corpórea, que a sua inteligência apenas desponta e que ela ensaia para a vida.
(Ver item 190.)

Onde cumpre o Espírito essa primeira fase?
— Numa série de existências que precedem o período que chamais de Humanidade.

A) Parece, assim, que a alma teria sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação?
— Não dissemos que tudo se encadeia na Natureza e tende à unidade?
É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida, como dissemos.
É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o de germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito.
É então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do berne do mal e a responsabilidade dos seus actos.
Como depois do período da infância vem o da adolescência, depois a juventude, e por fim a idade madura.
Nada há de resto, nessa origem, que deva humilhar o homem.
Os grandes génios sentem-se humilhados por terem sido fetos informes no ventre materno?
Se alguma coisa deve humilhá-los é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para sondar a profundeza de seus desígnios e a sabedoria das leis que regulam a harmonia do Universo.
Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia que faz a solidariedade de todas as coisas na Natureza.
Crer que Deus pudesse ter feito qualquer coisa sem objectivo e criar seres inteligentes sem futuro seria blasfemar contra a sua bondade, que se estende sobre todas as suas criaturas.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 21, 2016 7:34 pm

b) Esse período de humanidade começa sobre a nossa Terra?
– A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana.
O período de humanidade começa, em geral, nos mundos ainda mais inferiores.
Essa, entretanto, não é uma regra absoluta e poderia acontecer que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra.
Esse caso não é frequente e seria antes uma excepção.

0 Espírito do homem, após a morte, tem consciência das existências que precederam, para ele, o período de humanidade?
– Não, porque não é senão desse período que começa para ele a vida de Espírito, e é mesmo difícil que se lembre de suas primeiras existências como homem, exactamente como o homem não se lembra mais dos primeiros tempos de sua infância, e ainda menos do tempo que passou no ventre materno.
Eis porque os Espíritos vos dizem que não sabem como começaram.

O Espírito, tendo entrado no período da humanidade, conserva os traços do que havia sido precedentemente, ou seja, do estado em que se encontrava no período que se poderia chamar anti-humano?
– Isso depende da distância que separa os dois períodos e do progresso realizado.
Durante algumas gerações, ele pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, porque nada na Natureza se faz por transição brusca(1); há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia do seres e dos acontecimentos.
Mas esses traços desaparecem com o desenvolvimento do livre-arbítrio.
Os primeiros progressos se realçam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais perfeita de si mesmo.

Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte na ordem da criação enganaram-se, então?
– Não, mas a questão não havia sido desenvolvida e há coisas que não podem vir senão a seu tempo.
O homem é, de facto, um ser à parte porque tem faculdades que o distinguem de todos os outros e tem outro destino.
A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que o podem conhecer.

(1) Descartes ensinava que os animais são máquinas, agindo segundo as leis naturais, por não terem espírito.
Essa concepção, que no tempo de Kardec era ainda bastante difundida, prevalece até hoje entre a maioria dos homens.
Os Espíritos a contestam, como se vê, e a sua opinião é referenciada pelas Ciências.
(N. do T.)

(1) Os Espíritos levantam aqui um problema filosófico, o do “ser do corpo”, que o desenvolvimento da Filosofia Espírita tende a esclarecer. Ver obras especializadas. (N. do T.)

(1) A dialéctica marxista contraria aparentemente este princípio com a afirmação de que a Natureza “dá saltos”.
Na realidade esses saltos são qualitativos e decorrem da acumulação de pequenas modificações quantitativas, ou seja, de uma cadeia de acções e reacções.
Engels afirmou: Embora com toda a graduação, a transição de uma forma de movimento para outra sempre se apresenta como um salto, que resolve em revolução”
Esta teoria justifica a revolução social.
Mas essa mesma revolução, segundo o marxismo, só pode ocorrer em condições especiais, preparadas por uma longa série de acontecimentos.
Dessa maneira mesmo diante da concepção materialista revolucionária, permanece válido em sua substância o principio espírita “nada na Natureza se faz por transição brusca”
Todo “salto” é o fim uma cadeia de acções e reacções.
(N. do T.)

Extraído do Livro dos Espíritos.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty O MOMENTO DA MORTE E O DESENCARNE

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2016 8:12 pm

Muito comum, mesmo entre os espíritas, que se faça confusão entre os termos morte e desencarne, porém os termos possuem sentidos diferentes e a compreensão deles nos ajudará a esclarecer um assunto muito importante:
o que acontece com o Espírito no momento da morte do corpo?
Ela é dolorosa?
É igual para todos?
É a todas essas perguntas que tentaremos esclarecer neste artigo.
Para ajudar a esclarecer esse assunto tão fascinante é preciso, antes de tudo, conhecermos o significado dos termos morte e desencarne para o Espiritismo.
A morte é o fim da vida do corpo físico, ocorre quando o corpo, natural ou forçadamente, não tem mais condições de se manter vivo.
O desencarne é o processo de desligamento do Espírito, e seu corpo espiritual ou perispírito, do corpo físico.
Ao reencarnar o Espírito se une ao corpo físico através de seu perispírito molécula a molécula, no desencarne esse processo é invertido e o Espírito se desligará do corpo também molécula a molécula.
A esse respeito Kardec escreveu que “o fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo”1.
É importante ressaltar o facto de que morte e desencarne acontecem, normalmente, em momentos distintos e é isso que veremos agora com mais detalhes.
Kardec generaliza os diferentes “tipos” de desencarne quanto ao momento em que se dão e consequentemente quanto à facilidade ou dificuldade do processo.
Os exemplos devem ser entendidos como casos extremos e, portanto, existem muitas variações entre um tipo e outro.
Essa generalização foi feita em quatro grandes grupos que são:
“Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.
Se nesse momento a coesão dos dois elementos (os dois corpos espiritual e carnal) estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça”2.
Após esses oportunos esclarecimentos sobre os diferentes processos de desencarne, Kardec finaliza dizendo que “daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável”3.
Mas então o que gera essa força “adesiva” que torna o corpo espiritual mais ligado ao corpo carnal e, por consequência, mais difícil e penoso o seu desligamento para o Espírito?
Kardec mais uma vez vem nos esclarecer quando responde que “o estado moral da alma é a causa principal que influi sobre a maior ou menor facilidade do desligamento.
A afinidade entre o corpo e o perispírito está em razão do apego do Espírito à matéria; está em seu máximo no homem cujas preocupações todas se concentram na vida e nos gozos materiais; ela é quase nula naquele cuja alma depurada está identificada por antecipação com a vida espiritual.
Uma vez que a lentidão e a dificuldade da separação estão em razão do grau de depuração e de desmaterialização da alma, depende de cada um tornar essa passagem mais ou menos fácil ou penosa, agradável ou dolorosa”4.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 22, 2016 8:13 pm

Fica agora fácil entender que os fenómenos da morte e do desligamento do Espírito em relação ao corpo (desencarne) ocorrem, de modo geral, em momentos distintos podendo ser essa diferença de tempo em horas, dias, meses e mesmo anos.
O que também nos chama a atenção é o facto de depender de cada um tornar esse momento mais fácil e agradável ou mais penoso e doloroso.
A vida plenamente material onde se busca tudo que a matéria oferece como gozos e posses é aquela que dará mais dificuldade ao Espírito na hora do desencarne.
Aquele que vive conforme a moral do Evangelho, dando importância relativa às coisas materiais, reconhecendo seu valor, mas não vivendo em função disso e principalmente reconhecendo e aceitando os Desígnios Divinos acima de qualquer revolta, esse sim terá uma passagem tranquila e fácil quando chegar sua hora.
Existe um outro fenómeno que possui relação directa com a moral do indivíduo e que começa a acontecer imediatamente após a morte do corpo, é o fenómeno da perturbação espiritual.
Como nos esclarece Kardec a esse respeito “[...] nesse momento a alma sente um entorpecimento que paralisa, momentaneamente, as suas faculdades e neutraliza, pelo menos em parte, as sensações; está, por assim dizer, cataleptizada, de sorte que quase nunca testemunha consciente o último suspiro.
[...] A perturbação pode, pois, ser considerada como estado normal no instante da morte; a sua duração é indeterminada; varia de algumas horas a alguns anos.
À medida que ela se dissipa, a alma está na situação do homem que sai de um sono profundo; as ideias estão confusas, vagas e incertas; vê-se como através de um nevoeiro; pouco a pouco a visão se ilumina, a memória retorna e ela se reconhece.
Mas esse despertar é bem diferente, segundo os indivíduos; nuns é calmo e proporciona uma sensação deliciosa; noutros, é cheio de terror e ansiedade, e produz o efeito de um horrível pesadelo ”5.
Assim fica mais uma vez clara a importância de uma vida recta, onde impere a moral do Evangelho de Jesus e onde cada um se esforce para ser cada dia melhor que no dia anterior.
Para fechar a questão trago mais uma citação de Kardec onde ele fecha o assunto com muita clareza e objectividade:
“O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação.
Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão directa da afinidade existente entre corpo e perispírito.
Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se.
Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule, e é o caso das mortes calmas, de pacífico despertar”6.

Referências:
1. Kardec, Allan. O céu e o inferno. 2ª parte, cap. 1, item 4.
2. Idem. Ibidem, item 5.
3. Idem. Ibidem.
4. Idem. Ibidem, item 8.
5. Idem. Ibidem, item 6.
6. Idem. Ibidem, item 7.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty As características mais comuns de um sensitivo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2016 7:44 pm

O que é um sensitivo?
Ser um sensitivo ou empata, significa ter a capacidade de perceber e ser afectado pelas energias alheias, além de possuir uma capacidade inata de sentir e perceber intuitivamente outras pessoas.
A vida de um sensitivo é inconscientemente influenciada pelos desejos, pensamentos e estados de espírito dos outros, é muito mais do que ser altamente sensível e não está limitado apenas às emoções.
Pessoas mais sensíveis podem perceber sensibilidades físicas e impulsos, bem como saber as motivações e intenções de outras pessoas.

Aqui estão as 30 características mais comuns de um sensitivo:

1. Saber: o sensitivo sabe coisas, sem lhes ser dito.
É um conhecimento que vai além da intuição, mesmo que essa seja a forma como muitos poderiam descrever o saber.
Quanto mais sintonizados eles são, mais forte este dom se torna.

2. Estar em locais públicos pode ser avassalador:
lugares como shoppings, supermercados ou estádios, onde há uma grande quantidade de pessoas ao redor, pode preencher o sensitivo com emoções turbulentas vindas de outras pessoas.

3. Sentir as emoções e tomá-las como suas: este é grande fardo para sensitivos.
Alguns deles vão sentir emoções vindas daqueles que estão perto e outros poderão sentir as emoções de pessoas a uma grande distância, ou até ambas.
Os empatas mais sintonizados irão saber se alguém está com maus pensamentos sobre eles, até mesmo a uma grande distância.

4. Assistir violência, crueldade ou tragédias na TV pode se tornar insuportável:
Quanto mais sintonizado um sensitivo se torna, pior se torna o ato de ver televisão.
Pode acontecer, eventualmente, este ter de parar de assistir determinados programas e filmes.

5. O sensitivo sabe quando alguém não está sendo sincero:
se um amigo ou familiar está dizendo mentiras, ele sabe disso (embora muitos empatas tentam não se focarem nesse conhecimento, porque saber quando alguém está mentindo, principalmente um ente querido, pode ser doloroso).
Se alguém está dizendo alguma coisa, mas se ele sente ou pensa de outra, o sensitivo simplesmente sabe.

6. Captar os sintomas físicos de outra pessoa: um sensitivo pode desenvolver as doenças de outra pessoa (constipações, infecções, dores no corpo, entre outros problemas), especialmente daqueles que são mais próximos.

7. Distúrbios digestivos e problemas nas costas:
o chakra do plexo solar tem base no centro do abdómen e é conhecido como a sede das emoções.
Este é o lugar onde o sensitivo sente a emoção, o que pode enfraquecer a área e, eventualmente, levar a qualquer problema, desde úlceras estomacais à má digestão.
Os problemas nas costas podem se desenvolver, pois quando uma pessoa não tem conhecimento de que é empata e não está preparada, terá quase sempre a sensação de estar “sem chão”.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2016 7:45 pm

8. Sempre olha os oprimidos:
qualquer um cujo sofrimento, dor emocional, vítima de injustiça ou intimidado, chama a atenção e a compaixão de um sensitivo.

9. Outros irão querer descarregar os seus problemas, até mesmo estranhos:
um sensitivo pode se tornar uma lixeira para questões e problemas de muita gente, e se não tiver cuidado, pode acabar utilizando esses problemas como seus.

10. Fadiga constante:
o sensitivo muitas vezes fica sem energia, seja de “vampiros” de energia ou apenas captando em excesso a energia dos outros, que até mesmo o sono não cure.
Muitos são diagnosticados com Fadiga Crónica ou até Fibromialgia.

11. Personalidade possivelmente viciada:
álcool, drogas, sexo, são apenas alguns vícios que os empatas podem recorrer para bloquear as emoções dos outros.
É uma forma de auto-protecção, a fim de se esconder de alguém ou de algo.
Pode não se tornar um vício mas, em menor escala, hábitos regulares.

12. Atracção para a cura, terapias holísticas e outras coisas metafísicas: embora muitos empatas gostariam de curar os outros, muitos podem acabar se afastando dessa vocação (mesmo possuindo uma capacidade natural para isto).
Qualquer coisa que tenha uma natureza sobrenatural é de interesse para o sensitivo, que não se surpreende ou fica chocado facilmente.
Mesmo com uma revelação que muitos considerariam impensável, por exemplo, os empatas teriam reconhecido que o mundo é redondo, mesmo quando todos os outros acreditavam que era plano.

13. Criatividade:
cantar, dançar, actuar, desenhar ou escrever, um sensitivo terá uma forte veia criativa e uma imaginação muito fértil.

14. Amor pela natureza e animais:
estar ao ar livre é uma obrigação para o sensitivo e os animais de estimação são uma parte essencial da sua vida.
Podem não os ter porque acredita que eles devem ser livres, mas têm grande carinho e protecção por eles.

15. Necessidade de solidão:
um sensitivo vai se agitar e ficar bastante louco se não receber algum tempo de silêncio.
Isto é ainda mais evidente em crianças empatas.

16. Fica entediado ou distraído facilmente se não for estimulado nas tarefas mais rotineiras:
trabalho, escola e vida doméstica devem ser interessantes para um sensitivo ou eles se desligam delas e acabam sonhando, rabiscando ou procrastinando.

17. Consideram impossível fazer coisas que não gostam:
como no anterior, parece que eles estão vivendo uma mentira ao cumprir obrigações.
Forçar um sensitivo a fazer algo que ele não gosta, através da culpa ou do medo, e até mesmo o rotulando como passivo, servirá apenas para irritá-lo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2016 7:46 pm

18. Luta pela verdade:
isso se torna mais predominante quando um sensitivo descobre suas características de nascença.
Qualquer coisa que ele sinta que está completamente errada.

19. Sempre à procura de respostas e conhecimento: ter perguntas sem resposta pode ser frustrante para um sensitivo, e eles irão se esforçar para encontrar uma explicação.
Se eles têm um conhecimento sobre algo, eles irão procurar a confirmação.
O lado ruim disso pode ser a sobrecarga de informações.

20. Gostam de aventura, liberdade e viagens: os sensitivos são espíritos livres.

21. Abomina a desordem:
ela traz uma sensação de peso ao sensitivo, bloqueando o seu fluxo de energia.

22. Adora sonhar acordado:
um sensitivo pode olhar para o espaço por horas, ficando em um mundo muito próprio e de muita felicidade.

23. Acha a rotina, as regras ou o controle aprisionante:
qualquer coisa que tire a liberdade é debilitante para um sensitivo.

24. Propensão para carregar peso sem necessariamente se desgastar:
o excesso de peso é uma forma de protecção para impedir a chegada das energias negativas que têm tanto impacto em si.

25. Excelente ouvinte:
o empata não vai falar de si, a menos que seja para alguém em quem realmente confia.
Ele gosta de conhecer e aprender com os outros e genuinamente cuidar.

26. Intolerância ao narcisismo:
embora sensato e generoso e muitas vezes tolerante para com os outros, o sensitivo não gosta de ter pessoas ao seu redor excessivamente egoístas, que se colocam em primeiro lugar e se recusam a considerar os sentimentos dos outros, ou pontos de vista diferentes do seu.

27. A capacidade de sentir os dias da semana:
um sensitivo sentirá o “Sentimento de Sexta-feira”, quer ele trabalhe às sextas-feiras ou não.
Eles captam sobre como o colectivo está sentindo.
Um longo final de semana de feriado por exemplo, pode ser sentido por eles como se o mundo estivesse sorrindo, calma e relaxadamente.
Domingo à noite, segundas e terças-feiras de uma intensa semana de trabalho, têm um sentimento muito pesado.

28. Não vai escolher comprar antiguidades, vintage ou coisas em segunda mão:
qualquer coisa que tenha sido pré-propriedade, carrega a energia do proprietário anterior.
Um sensitivo vai mesmo preferir ter um carro ou uma casa nova (se ele estiver em uma situação financeira que lhe permita isso), sem energia residual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 23, 2016 7:46 pm

29. Sente a energia dos alimentos:
muitos sensitivos não gostam de comer carne ou aves, pois eles podem sentir as vibrações, especialmente se o animal sofreu.

30. Pode parecer mal-humorado, tímido, indiferente, desconectado:
dependendo de como um sensitivo se sente, isso irá influenciar como ele se mostra para o mundo.
Ele pode ser propenso a mudanças de humor e se ele capta energia muito negativa, aparecerá calado e insociável, parecendo mesmo miserável.
Um sensitivo detesta fingir ser feliz quando está triste, isso só aumenta a sua carga (torna o trabalho, quando é preciso fazer o serviço com um sorriso, muito desafiador) e pode fazê-lo sentir como que se estivesse escondendo debaixo de uma pedra.

Via: Ser Único, do original The Spirit Science
Ler mais: http://www.contioutra.com/as-caracteristicas-mais-comuns-de-um-sensitivo/#ixzz42M4U4ACX

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty AFINAL O QUE É A GRANDE TRANSIÇÃO QUE A TERRA ESTÁ PASSANDO?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2016 7:27 pm

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectónicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus actos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de serem úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenómenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e colectivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os no abismos da violência e da sensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direcções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afectivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.
Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica actuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires continuos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 24, 2016 7:28 pm

É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objecção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, selo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos.
Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.
Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a actos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objectivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua acção, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.
Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenómeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.
A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerónimo Mendonça Ribeiro
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.
A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty O PROGRESSO MATERIAL DE UM PLANETA ACOMPANHA O PROGRESSO MORAL E ESPIRITUAL DE SEUS HABITANTES.

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 25, 2016 7:33 pm

Ora, sendo incessante, como é, a criação dos mundos e dos Espíritos e progredindo estes mais ou menos rapidamente, conforme o uso que façam do livre-arbítrio, segue-se que há mundos mais ou menos antigos, em graus diversos de adiantamento físico e moral, onde é mais ou menos material a encarnação e onde, por conseguinte, o trabalho, para os Espíritos, é mais ou menos rude.
Deste ponto de vista, a Terra é um dos menos adiantados.
Povoada de Espíritos relativamente inferiores, a vida corpórea é aí mais penosa do que noutros orbes, havendo os também mais atrasados, onde a existência é ainda mais penosa do que na Terra e em confronto com os quais esta seria, relativamente, um mundo ditoso.
Quando, em um mundo, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o estado desse mundo comporta, deixam-no para encarnar em outro mais adiantado, onde adquiram novos conhecimentos e assim por diante, até que, não lhes sendo mais de proveito algum a encarnação cm corpos materiais, passam a viver exclusivamente da vida espiritual, na qual continuam a progredir, mas noutro sentido e por outros meios.
Chegados ao ponto culminante do progresso, gozam da suprema felicidade.
Admitidos nos conselhos do Omnipotente, conhecem-lhe o pensamento e se tornam seus mensageiros, seus ministros directos no governo dos mundos, tendo sob suas ordens os Espíritos de todos os graus de adiantamento.
Assim, qualquer que seja o grau em que se achem na hierarquia espiritual, do mais ínfimo ao mais elevado, têm eles suas atribuições no grande mecanismo do Universo; todos são úteis ao conjunto, ao mesmo tempo que a si próprios.
Aos menos adiantados, como a simples serviçais, incumbe o desempenho, a princípio inconsciente, depois, cada vez mais inteligente, de tarefas materiais.
Por toda parte, no mundo espiritual, actividade, em nenhum ponto a ociosidade inútil.
A colectividade dos Espíritos constitui, de certo modo, a alma do Universo.
Por toda parte, o elemento espiritual é que actua em tudo, sob o influxo do pensamento divino.
Sem esse elemento, só há matéria inerte, carente de finalidade, de inteligência, tendo por único motor as forças materiais, cuja exclusividade deixa insolúveis uma imensidade de problemas.
Com a acção do elemento espiritual individualizado, tudo tem uma finalidade, uma razão de ser, tudo se explica.
Prescindindo da espiritualidade, o homem esbarra em dificuldades insuperáveis.
Quando a Terra se encontrou em condições climáticas apropriadas à existência da espécie humana, encarnaram nela Espíritos humanos.
Donde vinham? Quer eles tenham sido criados naquele momento; quer tenham procedido, completamente formados, do espaço, de outros mundos, ou da própria Terra, a presença deles nesta, a partir de certa época, é um facto, pois que antes deles só animais havia.
Revestiram-se de corpos adequados às suas necessidades especiais, às suas aptidões, e que, fisionomicamente, tinham as características da animalidade.
Sob a influência deles e por meio do exercício de suas faculdades, esses corpos se modificaram e aperfeiçoaram.
É o que a observação comprova.
Deixemos então de lado a questão da origem, insolúvel por enquanto; consideremos o Espírito, não em seu ponto de partida, mas no momento em que, manifestando-se nele os primeiros germens do livre-arbítrio e do senso moral o vemos a desempenhar o seu papel humanitário, sem cogitarmos do meio onde haja transcorrido o período de sua infância, ou, se o preferirem, de sua incubação.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 25, 2016 7:34 pm

Malgrado a analogia do seu envoltório com o dos animais, poderemos diferenciá-lo destes últimos pelas faculdades intelectuais e morais que o caracterizam.
Como, debaixo das mesmas vestes grosseiras, distinguimos o rústico do homem civilizado.
Conquanto devessem ser pouco adiantados os primeiros que vieram, pela razão mesma de terem de encarnar em corpos muito imperfeitos, diferenças sensíveis haveria decerto entre seus caracteres e aptidões.
Os que se assemelhavam, naturalmente se agruparam por analogia e simpatia.
Achou-se a Terra, assim, povoada de Espíritos de diversas categorias, mais ou menos aptos ou rebeldes ao progresso.
Recebendo os corpos a impressão do carácter do Espírito e procriando-se esses corpos na conformidade dos respectivos tipos, resultaram daí diferentes raças, quer quanto ao físico, quer quanto ao moral.
Continuando a encarnar entre os que se lhes assemelhavam, os Espíritos similares perpetuaram o carácter distintivo, físico e moral, das raças e dos povos, carácter que só com o tempo desaparece, mediante a fusão e o progresso deles.
Podem comparar-se os Espíritos que vieram povoar a Terra a esses bandos de emigrantes de origens diversas, que vão estabelecer-se numa terra virgem, onde encontram madeira e pedra para erguerem habitações, cada um dando à sua um cunho especial, de acordo com o grau do seu saber e com o seu génio particular.
Agrupam-se então por analogia de origens e de gostos, acabando os grupos por formar tribos, em seguida povos, cada qual com costumes e caracteres próprios.
Não foi, portanto, uniforme o progresso em toda a espécie humana.
Como era natural, as raças mais inteligentes adiantaram-se às outras, mesmo sem se levar em conta que muitos Espíritos recém-nascidos para a vida espiritual, vindo encarnar na Terra juntamente com os primeiros aí chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença em matéria de progresso.
Entretanto, os Espíritos selvagens também fazem parte da Humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos.
Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral.
Quando o instrumento já não estiver em correspondência com o progresso que hajam alcançado, eles emigrarão daquele meio, para encarnar noutro mais elevado e assim por diante, até que tenham conquistado todas as graduações terrestres, ponto em que deixarão a Terra, para passar a mundos mais avançados.

Retirado do livro “A Génese” – Allan Kardec.

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Não foi, portanto, uniforme o progresso em toda a espécie humana.
Como era natural, as raças mais inteligentes adiantaram-se às outras, mesmo sem se levar em conta que muitos Espíritos recém-nascidos para a vida espiritual, vindo encarnar na Terra juntamente com os primeiros aí chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença em matéria de progresso.
Entretanto, os Espíritos selvagens também fazem parte da Humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos.
Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral.
Quando o instrumento já não estiver em correspondência com o progresso que hajam alcançado, eles emigrarão daquele meio, para encarnar noutro mais elevado e assim por diante, até que tenham conquistado todas as graduações terrestres, ponto em que deixarão a Terra, para passar a mundos mais avançados.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty SOU UM POBRE QUE NÃO TEM ONDE CAIR MORTO, ISSO É PARA RICOS...

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 26, 2016 7:00 pm

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida actual.
A primeira questão que se apresenta é esta:
Porque não são igualmente ricos todos os homens?
Não o são por uma razão muito simples:
por não serem igualmente inteligentes, activos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.
É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efectuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis.
Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos.
Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus.
Dando-lhe o livre-arbítrio, quis Ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade.
Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais.
A riqueza é um meio de o experimentar moralmente, mas como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de acção para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca.
Cada um tem de possuí-la para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela.
Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez.Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã.
Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno.
A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se:
Deus será justo, dando-as a tais criaturas?
É exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida actual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça.
Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem.
Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 26, 2016 7:01 pm

As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efémera e quase sempre seguidas de uma reacção mais desenfreada.
A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho:
os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

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É exacto que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida actual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça.
Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem.
Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal.
As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efémera e quase sempre seguidas de uma reacção mais desenfreada.
A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho:
os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty AQUI É UM CENTRO ESPÍRITA?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 27, 2016 7:29 pm

Paulo silenciou por alguns instantes.
A pergunta, que sempre tivera uma resposta automática, agora o levava a profundas reflexões.
Aquelas paredes, as reuniões e todas aquelas pessoas que vinham em busca de auxílio...
Lembrou-se de como tudo começara.
Fora a vontade de ajudar uma senhora, carinhosamente chamada de Naná por todos que a conheciam, já idosa e de cabelos brancos, portadora de interessantes dons mediúnicos, que o levou a reunir um grupo de amigos, alugar uma casa e iniciar um trabalho mais organizado de ajuda aos que vinham buscar, naqueles dons, lenitivo para suas dores.
E eram muitos os que chegavam e que ajudados partiam, voltando outras vezes com outros pedidos ou com amigos também desesperados.
Muitos, multidões.
Esses mesmos é que chamaram o lugar de Centro Espírita.
Talvez, porque acontecesse o aconselhamento aos desesperados, por Espíritos que falavam com os recursos de Dona Naná, ou por causa da água que depois da prece parecia curar as dores de alguns, ou mesmo da paz que todos levavam de volta a seus lares quando partiam...
Mas, cismava Paulo, seria ali um Centro Espírita?
De início, ele sempre sorria e afirmava confiante que ali era o Centro Espírita da Dona Naná.
Aceitara sem questionar a afirmação, até que lhe perguntaram o que significava a palavra "Espírita"?
Percebendo sua ignorância, e como era um dos responsáveis pelo lugar, saiu à procura do conhecimento.
Então descobriu Kardec, a Codificação e se pôs a estudar e a reflectir...
Percebeu que os fenómenos mediúnicos aconteciam desde há muito tempo e em diversas escolas religiosas.
Exemplos claros de mediunismo se percebem nos cultos afro-brasileiros, na manifestação do "espírito santo" que cura nos cultos evangélicos, assim como estiveram presentes nas pitonisas e adivinhos nas religiões do passado.
O fato de ser uma casa onde se manifestam os Espíritos, portanto, não bastaria para que o local fosse denominado ou credenciado como "Centro Espírita".
Outros locais também prestavam socorro aos necessitados.
Sem conotações religiosas, muitos homens de boa vontade se organizam na prática da solidariedade, objectivando minimizar o sofrimento humano.
São tantas outras "casas e centros" não religiosos que reequilibram socialmente as pessoas que batem às suas portas, em busca de apoio e orientação, e que trabalham para uma vida social mais justa e harmoniosa.
Tão só ministrar essa ajuda solidária não caracteriza uma casa como Centro Espírita, mesmo que um "bom Espírito" esteja na orientação dessas actividades caridosas.
Paulo compreendeu que nem mesmo a junção das duas características acima seriam suficientes para caracterizar correctamente o Centro Espírita.
Recordou que as palavras Espiritismo e espírita (ou ainda espiritista) só passaram a figurar dos dicionários a partir do instante em que Allan Kardec criou esses termos para designar a Doutrina que codificara e os seus seguidores.
O senso comum, presente no povo, a tudo dava uma feição generalizada e simplória.
Mas os dirigentes e semeadores da Terceira Revelação - percebeu Paulo - não podem equivocar-se quanto aos princípios e os postulados básicos dessa Doutrina, pois serão cegos a conduzir outros cegos!
O papel do Centro Espírita transcende o auxílio material e o serviço solidário.
Em primeiro lugar, é escola da alma.
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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 27, 2016 7:30 pm

No Centro Espírita compreendemos o significado da existência, o porquê das vicissitudes que enfrentamos em nossa jornada terrena.
Nele, bebemos as lições que o Espírito de Verdade veio trazer à Terra, revelando-nos uma nova visão de Deus e ensejando-nos o entendimento ampliado das leis que regem a vida em todos os cantos do universo.
Antes do conforto material dispensado ao carente, antes da cura de uma enfermidade, o Centro Espírita é caminho para o entendimento do Evangelho de Jesus.
É o ponto de luz, o farol a clarear a senda escura de quem procura a Verdade.
Aí reside sua maior finalidade:
educar o ser humano, no sentido mais profundo do termo, para ultrapassar os limites temporais da existência corpórea e enxergar-se como Espírito imortal, viajante no tempo, herdeiro de suas acções e construtor do seu amanhã.
Tem o Centro Espírita, por missão, libertar a criatura dos condicionamentos psicológicos a que foi acorrentada, durante séculos, pelas igrejas dogmáticas, que tanto medo infundiram nas massas com um Deus impiedoso ameaçando as consciências culpadas com as labaredas do fogo eterno...
O Centro Espírita, que educa o ser, constrói a consciência, fortalece a vontade para o bom combate.
Falamos da luta travada contra as próprias imperfeições, a luta contra o orgulho e o egoísmo.
Para que um Centro possa ser verdadeiramente Espírita, será preciso, portanto, que assuma primeiramente esse papel de condutor de almas.
Do contrário, poderá reduzir-se a um posto distribuidor de víveres ou fornecedor de passes, água energizada, aconselhamentos e paparicos, correndo assim mesmo o risco de ouvir as queixas da ingratidão.
Ensinemos, por isso, aos que mendigam a luz, o caminho do auto conhecimento e da transformação moral.
Ao pão do corpo, acrescentemos o alimento para a alma, que está no Evangelho de Jesus, desdobrado no conhecimento espírita.
E, em vez do passe compulsório, apontemos o serviço da caridade, em favor de si mesmo e do semelhante.

Agindo assim, poderá o dirigente responder com segurança à indagação, dizendo:
Sim, aqui é um Centro Espírita.

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty PORQUE SOMOS VÍTIMAS DE OBSESSÃO?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 28, 2016 7:44 pm

As razões podem ser múltiplas.
Antes de mais é necessário que entendamos o seguinte:
a morte do corpo físico não destrói a nossa personalidade.
Não nos tornamos anjos, não vamos para o Céu tocar harpa; e não nos tornamos demónios nem vamos para o Inferno manejar uma forquilha.
O Plano Espiritual é todo um mundo que se sobrepõe ao nosso.
Após o Desencarne há Espíritos que não apresentam condições para acederem a planos felizes, e continuam no nosso meio, "agarrados" às nossas questões terrenas.
O avarento não se separa facilmente da sua fortuna.
O proprietário ganancioso não se separa das suas terras.
O criminoso não se separa dos seus comparsas e dos seus objectivos.
O toxicodependente não se separa dos seus cigarros, álcool, heroína.
E estes são apenas alguns exemplos.
Todos os Espíritos marcados pela inferioridade de carácter continuam a vaguear por este nosso mundo, obstinados no que os interessa acima de tudo.
Qualquer desses Espíritos ainda presos a motivações inferiores podem tornar-se “Obsessores”.
O Espírito que se mantém mentalmente ligado aos bens materiais que deixou na Terra pode constituir-se um “Obsessor” tenaz dos seus herdeiros ou de outros que venham a beneficiar da sua fortuna, por exemplo.
Aquele que na Terra foi viciado, pode empurrar outros para o vício, para lhes compartilhar as sensações.
E por aí fora.
Os Espíritos obsessores podem ser movidos pela ganância, pela inveja, pelo desejo de prejudicar ou pela convicção de que estão a cumprir uma missão meritória.
A ignorância é o seu traço característico.
O Centro Espírita não promete livrar ninguém dos Espíritos obsessores.
Contudo, ao proporcionar esclarecimento ao obsidiado, está também a proporcioná-lo ao obsessor.
Há Espíritos que não sabem mais que os encarnados acerca das leis que governam o mundo espiritual.
O apelo que se faz ao obsidiado é que estude, que se esclareça, que se evangelize, que se melhore e que prossiga sua Caminhada Evolutiva rumo ao Pai Eterno.
À medida que o obsidiado se melhora o obsessor tem duas possibilidades: ou se melhora também, e deixa de querer prejudicar a sua vítima; ou se mantém na maldade e ignorância, e deixa de conseguir sintonia mental com esta.
A melhoria da conduta do obsidiado é determinante.
O obsessor sente o carinho, a bondade, do obsidiado, e acaba por ser tocado por isso.
Um processo de obsessão acaba por ser benéfico para ambos, obsessor e obsidiado, que evoluem ambos com a experiência.
O inimigo de hoje será o maior amigo de amanhã, quando a compreensão e o perdão tiverem feito a sua obra regeneradora.
E há que acrescentar que o obsidiado nem sempre é o inocente da história.
Nesta vida ou em anteriores, a nossa conduta descuidada, as nossa paixões inferiores, abrem portas à influência de Espíritos ainda pouco evoluídos.
Daí a recomendação de Jesus: "Orai e Vigiai!".

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ARTIGOS DIVERSOS - Página 35 Empty O QUE É A SUBJUGAÇÃO ESPIRITUAL? – PARTE 1.

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 29, 2016 7:25 pm

A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado.
O paciente fica sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal.
No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma como fascinação.
No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.
Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos.
Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes.
Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos actos.
Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento.
Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica, que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão.
Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e com isso sofria horrivelmente.
A subjugação é um tipo de obsessão que apresenta um elevado grau de domínio do aspecto corporal e às vezes moral do paciente.
Quanto a subjugação é moral, diferencia-se da fascinação, porque o paciente sabe que está obsediado.
Na fascinação ele nega que o esteja.
Na subjugação ocorre um intenso domínio do Espírito obsessor no plano fluídico que, em alguns momentos, chega a se imantar ao corpo espiritual do doente, provocando-lhe crises de movimentação involuntária, com consequentes reflexos no corpo físico.
As crises provocadas por esta categoria de obsessão são conhecidas na linguagem popular como " possessão".
Esse termo é inadequado, pois não ocorre a posse do corpo físico pelo Espírito desencarnado. O correto é afirmar que alguém está subjugado por um Espírito, isto é, sob seu domínio, seu jugo.
O desenvolvimento dos processos de subjugação se inicia primeiro no plano moral.
Depois de encontrada a sintonia adequada, ele evolui para homogeneização fluídica, que mais tarde levará ao domínio do perispírito.
A seguir, começam a aparecer as crises que afectam o corpo físico, com tiques nervosos constantes, trejeitos, agressões e quedas semelhantes a convulsões.
Uma das razões pelas quais as pessoas acorrem ao atendimento de um centro espírita dá pelo nome de subjugação.
Desde sempre que se registam casos em que um Espírito quer mal a alguém ao ponto de lhe desorganizar as funções psicológicas e fisiológicas, levando-o a um estado em que fica incapaz de viver o dia-a-dia com normalidade.
As religiões tradicionais chamaram a esses casos "possessões", e certos sectores religiosos admitem, ainda hoje, que se trata da influência de demónios.
A palavra demónio vem do grego "daimon", e significa Espírito.
São tão antigas quanto a Humanidade as manifestações dos Espíritos.
Quando Espíritos bons se manifestavam, eram apelidados de anjos, criaturas celestiais, e representados com asas, uma aura luminosa, expressão de bondade.
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