LUZ ESPÍRITA
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Casos de Mediunidade

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 01, 2013 11:44 am

Continua...

Ela descreveu M como ver o "mundo" por "muitos vidro."
Retornou a este facto em vários pontos na leitura.
LC não pode interpretar o que "M estava mostrando a ela."

Revelou-se que M era uma comissária internacional e aeromoça para linhas aéreas de Lufthansa.
Voou sobre todo o globo, literalmente vendo o mundo pelas janelas de vidro de aviões.

Ela descreveu a personalidade de M corretamente - não somente como apaixonado ou cuidadoso, mas obsessivamente arrumado e "puro" (verdade).

LC então moveu-se para J.
Ela disse ele veio da Costa Este, área do Brooklyn (verdade), e ele estava "bebendo e fumando" (verdade).

É importante que GD não soube no tempo da leitura que J tinha vivido em Brooklyn; isto foi confirmado depois por um amigo de J e GD.
Via-o como frequentemente "intoxicado" e sentando-se em "banquinhos de barra” (ele foi alcoólatra por mais da metade da sua vida).

Ela também disse que ele "parou" beber antes de morrer (verdade).

Depois de descrever um homem chamado "A" (detalhes que eram verdadeiros), retornou a M. Via M numa cozinha branca que era "cómoda" com "pedra" (verdade).

LC disse que M mostrou a ela onde viveu:
em alguma parte de Europa, e seus pais têm um "acento pesado" (M era alemão).

LC informou que M mostrava a ela uma cidade grande, e então M viajava pela campina para seu lar.
Ao longo da estrada para sua casa LC mostrou um rio e "séculos de trabalho na pedra velha" (verdade).

LC reinvidicou que M mostrou a ela um velho "monastério" de pedra na margem de um rio no caminho da casa de seus pais.

Esta informação não era conhecida por GD antes da leitura.

Após a leitura, GD telefonou aos parentes de M na Alemanha e soube que lá tem uma velha abadia / igreja ao longo das margens do rio no caminho para sua casa, e que eles tinham pego um serviço para M nesta espécie de monastério feito de pedra semanas antes do experimento.

Lc então descreveu a velha tia A, o seu grande senso de humor (verdade), mas foi relacionado que A experimentava a "compaixão e tristeza" para sua filha Katherine (verdade) a qual teve dificuldades e estava "descontrolada".

LC indicou que K estava atualmente sendo "tratada".
Este é um detalhe era desconhecido por GD antes da leitura.

Após a leitura, GD telefonou para a mãe de K e que o informou que K estava de facto tendo sérias dificuldades e tinha procurado aconselhamento psicológico na semana anterior ao experimento porque estava em crise.

Também foi interessante que GD originalmente pensou que LC tivesse pronunciado o nome de Katherine; GD acreditava que o nome Katherine era soletrado "Catherine". GD soube que LC estava correto.

LC descreveu mais detalhes sobre o bangalô de A, e então voltou-se para o próprio GD.
LC disse que M estava lhe mostrando que a vida de GD estava a ponto de tornar-se "ruidosa" e "virar de cabeça para baixo."
Isto é verdade.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 01, 2013 11:44 am

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Com a publicação de livro de GD, sua vida secreta como médium tornar-se-á uma matéria de registo público, uma questão de registo público, e ele pode ter que encarar complicações profissionais no seu papel como um assistente social psiquiátrico em boa posição do município de Los Angeles no Departamento de Saúde Mental, assim como seu papel como Coordenador Psiquiátrico de Admissões num Hospital em Glendale, Califórnia.

Os experimentadores acharam interessante e evidencial que LC reportasse que M mostrasse e ela e a GD o "casaco branco" dos clínicos em um hospital antes da leitura.

Revelou-se que GD tinha executado avaliações psicológicas no quarto de emergência de um hospital de Los Angeles, e que tinha estado aí logo antes da leitura.

Os experimentadores também acharam interessante e evidencial que LC via o cão pequeno (as cores e a descrição da personalidade informada por GD eram exactas) perto de uma árvore favorita e de água.

GD mais tarde informou-nos que ele e seu cão gastaram muitas horas numa árvore especial perto da água, onde seu cão morto foi enterrado depois de ter vivido dezoito anos de idade.

A leitura completa demorou mais de uma hora. Informações substanciais foram recebidas. O espaço impossibilita relatar a leitura completa.

[Nota - A transcrição completa com detalhes dos comentários do "participante" serão colocadas no website para futuros exames dos estudiosos.]

Alguma informação recebida por LC pode ser considerada como geral e é aplicável largamente (p.ex. essa Tia A era adorável, ou M era compassivo).

GD disse que esta informação era ao menos 90% exacta.

Embora esta informação retratasse exatamente a família viva morta e amigos de GD, dado que este tipo de informação é geral e largamente aplicável, não é considerada evidencial no contexto do relatório presente.

Entretanto, muitas das informações recebidas por LC foram altamente especificas e claramente organizadas para um individuo especifico
(Por ex. o conjunto de "parceiros", "M", "mundo através de vidros", "pequena casa na Europa", "velho monastério de pedras","as margens do rio", "viva vivida plenamente",).

GD disse coisas e informações específicas que se mostraram 90% correctas.

Devido a isso informações assim altamente especificas e precisamente organizadas, são decididamente evidenciais.

- Discussão -

O projecto desta experiência é incomum por causa do período de contemplação de pré-leitura (fase 1 - o procedimento de Campbell), o período participante-em-silêncio (fase 2 - o procedimento de Russek), (3) a integridade demonstrada de ambos os médiuns da pesquisa (por exemplo Schwartz, Russek, Nelson, e Barentsen, 2001; Schwartz, Russek, e Barentsen, 2001) e do participante (Dalzell, 2001), e (4) as qualidades especiais do participante (que é um trabalhador da psiquiatra social, um administrador sénior, e recentemente ele prório um médium da pesquisa).

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 01, 2013 11:44 am

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A condição de contemplação de pré-leitura nesta experiência é especialmente importante porque suporta a hipótese de que LC pode receber a informação antes que as leituras comecem realmente.

Desde que seus clientes confidenciais agendaram meses antes dos apontamentos, é hipoteticamente plausível que seus amados falecidos estarão esperando o momento marcado, num momento em que podem se comunicar com LC
(hipótese de LC; as hipóteses do superpsi são discutidas abaixo).

Futuras experiências podem ser projectadas para investigar explicitamente "a variável agendamento" e determinar se LC será mais exacta durante períodos de contemplação na pré-leitura se (1) os apontamentos estiverem programados, e (2) os participantes convidam seus falecidos amados para comunicar-se antes da leitura.

Integridade dos Participantes, Procedimentos e Experimentadores

Tendo conduzido a pesquisa com LC por três anos sob laboratório sob condições cada vez mais controladas, é altamente improvável que LC usou de fraude com esses clientes confidenciais.

Os cépticos que quiserem especular que LC usava a Internet ou um investigador para colher informações sobre seus clientes confidenciais antes das leituras, e usava então a informação da pré-leitura impressionar seus clientes, não têm nenhuma base ou justificação para oferecer uma critica tão infundada.

Como mencionado previamente, extremo cuidado foi tomado para assegurar que somente os experimentadores souberam da selecção dos três participantes (seus nomes, sexos, idades, e posições).

Os participantes foram selecionados depois que LC chegou em Tucson.
Ela permaneceu na casa dos experimentadores (e estava consequentemente sob o escrutínio próximo).

LC não tinha um telefone celular.

Os registos do telefone podem documentar que uma chamada de telefone breve foi feita a GD em 1 de dezembro de 2000 (ele não estava em casa então);

uma chamada foi feita por GD à noite que retornava a chamada do experimentador para discutir a leitura agendada (falou somente com o GERS; LGSR estava com LC em um quarto separado quando GERS falou com o GD);

e uma chamada foi feita pelos experimentadores às 6:00 p.m. em 17 de dezembro de 2000 para a sessão.

Em nossos três anos de pesquisa em laboratório em circunstâncias cuidadosamente controladas onde LC é "cega" em relação à identidade dos participantes (por exemplo Schwartz, Russek, Nelson, e Barentsen, 2001; Schwartz, Russek, e Barentsen, 2001), a possibilidade de fraude assim como "leitura fria" foram eliminadas.

O relatório actual indica que as observações sistemáticas de pré-leitura colectadas na prática confidencial de LC podem ser replicadas e estendidas sob condições controladas e "cegas" em laboratório.

Parafraseando William James e suas opiniões sobre a integridade da Sra. Piper (citada acima), nós "estamos querendo agora apostar tanto dinheiro na honestidade de Laurie Campbell (LC) quanto em qualquer um que conhecemos, e nós estamos bastantes satisfeitos para arriscar nossas reputações para a sabedoria ou a insensatez, tanto quanto concerne à natureza humana, para confirmar ou derrubar esta declaração."

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 02, 2013 11:29 am

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Entretanto, na ciência, os dados ao final mantém-se ou caem na integridade dos experimentadores.

Nós mencionamos na secção dos métodos que nós não antecipamos a observação de uma leitura tão extraordinária da pesquisa.
Tivéssemos nós agidos assim, incluiríamos procedimentos adicionais para estabelecer a integridade dos procedimentos experimentais
(por exemplo nós mandaríamos observadores independentes testemunhar todos os procedimentos).

Os experimentadores são bem informados sobre o potencial de fraude, e nós relataremos a evidência dela quando se observa no laboratório
(Schwartz, Russek, e Nelson, 2001).

Como descrito no apêndice B, o HESL diz respeito sobre a integridade na ciência em geral, e a ciência da mediunidade em particular.
Nós explicamos com cuidado na declaração quatro tipos de integridade.

Todos os envolvido com o HESL são solicitado a ler e a assinar nosso "termo de acção de integridade"; os médiuns são chamados a assinar nosso "formulário de participantes de habilidades excepcionais".

[Nota: Um revisor de um esboço deste artigo, Michael Shermer, questionou o valor científico de incluir a referência ao uso de um termo de acção da integridade em nosso laboratório.

Recomendou que este facto fosse excluído deste relatório.

Um revisor anónimo propôs que a informação fosse suprimida porque "sua presença levanta somente a suspeita do leitor que os autores acharam que aderir a estes padrões mínimos seria uma realização de algum modo notável."

Um outro revisor considerou a informação "desnecessária e sem propósito."
Entretanto, nós acreditamos que na luz da natureza inesperada e incomum destes achados, que a ênfase do HELS na integridade deve ser incluída neste artigo particular.

Se os experimentadores não tivessem integridade, por exemplo, nós excluiríamos o facto que LC permaneceu na casa do experimentador para evitar a interpretação errónea da motivação do experimentador.

Desde que dois revisores anónimos levantaram questões sobre a integridade de LC e de GD, o facto que o HELS emprega a informação explícita sobre a integridade parece importante de se observar.

Naturalmente, assinar uma peça de papel não protegerá de encontrar "fraudadores," como um revisor anónimo colocou;
entretanto, coloca os fraudadores abertamente em notícia.]

Possível Avaliação Selectiva e o Cálculo Conservador de Probabilidades Condicionais

A informação específica recebida durante ambas a condições de contemplação da pré-leitura (fase 1) e condição participantes-em-silêncio (fase 2) não podem ser explicados como devido à avaliação seletiva nas informações acertadas por GD.

Os detalhes a respeito dos nomes e dos relacionamentos são discretos, precisos, e podem ser verificados independentemente pela família e por amigos vivos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 02, 2013 11:29 am

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O facto de que GD conduziu a pesquisa independente tentando descobrir se a consciência do seu amigo continuava (relatado em Dalzell, 2001), e que família de GD e os amigos fornecem confirmação independente dos factos relatados por LC, serve como validação essencial da informação cruzada recebida por LC, e parece impedir telepatia e superpsi em alguns casos (ver abaixo).

Em Schwartz et al (2001), a exactidão média da informação marcada correcta pelos participantes a partir das transcrições foi de 83% para as leituras reais e 77% para os períodos silenciosos.

Estes estudos foram conduzidos aproximadamente (isto é localmente) - o médium e o participante estavam no messmo quarto.

Entretanto, a experiência actual foi conduzida “a longa distância" (isto é não-localmente) - de Tucson, Arizona a Los Angeles, Califórnia, uma distância de cerca de 1000 milhas.

A exactidão da informação específica obtida durante a leitura real (fase 3) ficou acima de 90%.

Além disso, a exactidão combinada dos nomes e dos relacionamentos obtidos durante a contemplação da pré-leitura (fase 1) e participante-em-silêncio (condições da fase 2) também ficou acima de 90%.

É importante reconhecer que a probabilidade condicional calculada do teste padrão dos nomes e dos relacionamentos recuperados corretamente por LC (p menos de um em 2.6 trilhões ao acaso) subestima a probabilidade condicional real.

Desde que esta informação foi antes que LC soube qualquer coisa sobre o participante (LC estava "cega" e "surda" em relação ao participante), a recuperação de informação não pôde ser atribuída à leitura fria ou a pistas sutis.

Como mencionado na secção dos resultados, nenhuns dos seis nomes preliminares recebidos por LC durante a pré-leitura e os períodos participantes-em-silêncio no contexto de seu relacionamento específico ao participante aplicaram-se a um ou outro experimentador.

Curiosamente, os três nomes recebidos por LC sem informação do relacionamento que GD avaliou como "0" (desconhecido e consequentemente erros possíveis) - Joyce, Elaine, e Joseph - eram nomes de pessoas próximas dos experimentadores (e teria pontuação alta se nós tivéssemos sidos participantes).

Deve-se notar que se importante informação obtida durante a leitura real (fase 3) fossem adicionados à probabilidade condicional das fases 1 e 2, o valor de paumenta significativamente.

Por exemplo, é possível estimar a probabilidade de ter uma "tia falecida com nome de Alice" quem tem por sua vez "uma neta viva com o nome Katherine."

Seguindo o procedimento descrito na secção dos resultados, LC indicou na fase 3 que A era uma tia.

Incluindo o específico relacionamento adicional 1 em 6 (melhor que em 1 em 12, porque o sexo foi incluído já na fase 1 e 2).

A probabilidade combinada de G, de M, de J, de B, de T, de S e de A, assim identificados, é 30 x 180 x 180 x 30 x 30 x 100 x 30 x 6, ou 1 em 15.746.400.000.000.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 02, 2013 11:29 am

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A avó chamada K é 12 x 15 ou 1 em 180 (p<.006).
A probabilidade combinada de G, de M, de J, de B, de T, de S, de A, e de K, assim identificados, é 30 x 180 x 180 x 30 x 30 x 100 x 30 x 6 x 180 ou 1 em 2.834.352.000.000.000.

Além disso, é importante reconhecer que LC não disse que G, M, J, B, ou T tiveram uma neta chamada K.
LC disse somente que A teve uma neta K.

Daqui, a especificação que a neta K pertenceu a A e não a G, M, J, B ou T pode ser estimada conservadoramente como 1 em 6.
A probabilidade combinada de G, de M, de J, de B, de T, de S, de A, e de K que pertence a A é 30 x 180 x 180 x 30 x 30 x 100 x 30 x 6 x 180 x 6 ou 1 em 17.006.112.000.000.000.

Em outras palavras, com a adicção da tia A com uma neta K, a probabilidade condicional aumenta para 1 em 17.000 trilhões.

[Nota - a maioria dos nomes não associadas a pessoas específicas, fossem eles comuns (por exemplo John) ou menos comuns (por exemplo Marcus ou Maureen) foram excluídos do cálculo das probabilidades condicionais (os nomes de B e de A foram incluídos porque foram convidados especificamente por GD antes da leitura).

Nós não incluímos nomes adicionais apesar do facto que poderiam ser vistos como relacionados directamente ao participante específico (por exemplo Marcus é o nome de um dos mais caros amigos de M).

Excluídos nomes como John, Marcus e de Maureen, por exemplo, no cálculo da probabilidade condicional mais do que equilibra excluindo os três erros prováveis (Joyce, Elaine, e Joseph) nos cálculos.]

Como mencionado na secção dos resultados, a estimativa de 1 em 15 para nomes comuns é completamente conservadora.

Aumentando a estimativa para 1 em 20 incrementaria a probabilidade condicional para 5 * 5 * 5 * 5 * 5 * 5 para os seis nomes comuns calculados, para o valor altamente improvável de 1 em 265.720.500.000.000.000.000, ou 1 em 265 milhões de trilhões.

Se os dados actuais forem usados para calcular as probabilidades, os valores de p são mesmo mais significativos.

O apêndice A apresenta os dados baseados em uma amostra de sujeitos da Universidade do Arizona (n=88) bem como uma amostra dos sujeitos do departamento do US Census Bureau
(total n maior do que 6 milhões).

Uma curiosidade é anotada por atenção da integralidade e da integridade.

Na leitura real (fase 3), LC levantou os nomes de três falecidos cientistas bem conhecidos no contexto de GD:
Albert Einstein, David Bohm, e Carl Jung.

Nas notas de LC examinadas durante a leitura real, seus nomes foram mencionados no contexto das palavras tais como "grupo," "inspira," exploração da ciência," "trabalho com Einstein," e "acordo."

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 03, 2013 1:08 pm

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Durante o processo de leitura do esboço deste artigo, GD informou-nos que além dos quatro indivíduos preliminares, convidou também "espíritos de cientistas para ajudar na experiência."

O facto que LC mencionou Einstein, Bohm, e Jung nesta leitura particular (e ela nunca mencionou três cientistas séniores no contexto de toda a leitura precedente da pesquisa conduzida nos três anos passados) é interessante no contexto da declaração de GD.

GD reconhece que visto que a maioria dos dados podem prontamente ser confirmados por fontes independentes (por exemplo pela família de Michael ou por amigos Jerry), a outra informação não pode (por exemplo que em seu papel como um médium da pesquisa, ele convidou do "espírito de cientistas para ajudar na experiência").

Para dirigir-se aos interesses dos cépticos mais cometidos, GD indicou que estaria disposto a se submeter a um teste profissional de detecção da mentira para ajudar a estabelecer sua integridade pessoal.

LC e os autores seriam dispostos a fazer o mesmo se ajudasse a se dirigir aos interesses infundados dos críticos os mais cínicos desta pesquisa.

Uma Aproximação Integrativa Tripla para a Recuperação de Informações Anómalas

Desde que a fraude, a memória seletiva da parte do participante, e da avaliação enviesada do participante, foram essencialmente rejeitadas nesta pesquisa, tornou-se significativo considerar possíveis alternativas anômalas de hipóteses paranormais.

Há três hipóteses alternativas (anómalas/paranormais) preliminares que podem esclarecer os achados actuais
(Gauld, 1983; Schwartz et al, 1999; Schwartz, Russek, Nelson, e Barentsen, 2001).

Nós sugerimos que todos os três podem estar envolvidos na recuperação de informação anómala, e que compartilham de uma dependência comum nos relacionamentos sistémicos de ressonância da info-energia
(descritos em Schwartz e em Russek, 1999).

Outras hipóteses podem também ser possíveis, incluindo as novas hipóteses ainda não imaginadas
(uma posição recomendada por Michael Shermer).

A primeira hipótese é telepatia entre vivos.
A premissa é que o médium está lendo a mente consciente do participante
(localmente e/ou remotamente ).

Dado o nível da consciência e a experiência do participante na experiência actual, a telepatia com o emissor necessita ser considerado seriamente.

Entretanto, a inclusão das fases 1 e 2 nesta experiência, associada com a observação que quatro partes da informação específica não eram conhecidas pelos participante antes da leitura:

(1) A igreja de pedra na margem do rio (for M),
(2) A crise na vida na neta (K) da tia A,

(3) A pronúncia correcta do nome de K (GD pensava que era pronunciada com C), e
(4) J morando na costa este no Brooklyn, torna a simples hipótese de telepatia insuficiente para da conta da informação recebida por LC.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 03, 2013 1:08 pm

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A segunda hipótese é denominada frequentemente "superpsi"
(por exemplo Braude 1992).

Uma versão da hipótese super-psi pode ser pensada como uma telepatia inconsciente estendida /mecanismo de ressonância sistémico com todos que vivem presentemente (Schwartz e Russek, 1999).

Afirmado simplesmente, (1) LC ressona com os experimentadores, (2) os experimentadores ressonam com o participante (por exemplo o autor sénior falou com GD numerosas vezes e se encontrou com ele três vezes pessoalmente), (3) o participante ressona com seus membros da família e amigos vivos (membros incluem a família e os amigos de M, A, B, e J), e (4) as informações são recuperados inconscientemente com a ressonância sistémica da memória (Schwartz e Russek, 1999).

A rede de relacionamentos dinâmicos da info-energia é alcançada inconscientemente por LC.
A maioria dos achados actuais é consistente com tal hipótese de ressonância da memória da rede.

Dado que a hipótese telepatia (1) e a hipótese de ressonância da memória em rede (2) (um exemplo de uma hipótese do superpsi, Braude 1992) é plausível a princípio, a pergunta é:
as hipóteses 1 e 2 esclarece todos os dados nesta leitura da pesquisa?
Nós sugerimos que não.

Um exame próximo da linguagem usada por LC indica que não está relatando simplesmente memórias e imagens.

LC está relatando também as intenções e as interpretações que reflectem o processar informações de "entidades" (palavras dela), ou sistemas dinâmicamente em mudança da info-energia (palavras nossas, Schwartz e Russek, 1999).

Quando LC descreve como M está interpretando as mudanças futuras na vida de GD, por exemplo, a linguagem não somente implica que M está vivendo, mas o modo preciso que a informação está sendo organizada é reconhecida por GD como o reflexo da mente e da personalidade de M.

Em outras palavras, é a natureza especificamente intencional e a maneira organizada da informação que é recebida por LC e relatada a GD que sugere que o LC não está relatando simplesmente as memórias conscientes ou inconscientes de GD e da sua rede prolongada da família e dos amigos.

Nós denominamos a hipótese 3 a hipótese da consciência organizada (ou alma) , que reflecte o facto que são os detalhes precisos da natureza organizada da informação que implica a existência continuada de uma consciência intencional viva (alma).

[Nota: Um revisor sugeriu que LC pôde estar " interpretando personagens de entidades desencarnadas".

Esta especulação, em resumo , está correcta.
Entretanto, no concreto, dada a natureza altamente cega das fases 1 e 2 , a hipótese encenação parece um tanto improvável no caso de LC.
]

Em vista das décadas da pesquisa experimental substancial e replicada em parapsicologia (por exemplo meta-análises revistas em Radin, 1997), é prudente considerar não somente a possibilidade que todas as três hipóteses podem ser verdadeiras, mas que as hipóteses 1 e 2 (telepatia e superpsi) podem ser mecanismos de pré-requisitos para descobrir a hipótese 3 (por exemplo, a consciência organizada).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 03, 2013 1:08 pm

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As hipóteses 1 e 2 podem intimamente estar envolvidas na descoberta da hipótese 3.

Em outras palavras, nós propomos que as hipóteses 1 e 2 podem fornecer a base do mecanismo que permite que a hipótese 3 seja documentada (por exemplo os édiuns reivindicam que se comunicam por "telepatia" com os falecidos).

Junto, reflectem uma aproximação tripla integrativa para recuperação de informação anómala dinâmica.

Implicações para Pesquisas Futuras

A pesquisa futura pode explorar o poder do contemplação na pré-leitura (Campbell) e procedimentos participantes-em-silêncio (de Russek) em experiências simples-cegas e duplo-cegas.

Estimulados pelos achados atuais, nós estamos usando atualmente o procedimento de Campbell (fase 1), combinado com o procedimento de Russek (fase 2), com participantes que não recebem uma condição real do diálogo do médium-participante (isto é sem a fase 3).

Portanto, os médiuns nunca ouvem as vozes dos participantes e os participantes nunca ouvem as vozes do médium.

A informação obtida nos procedimentos de Campbell e de Russek é enviada então aos participantes sob circunstâncias "cegas".

As transcrições de cinco participantes (transcritos pelo próprio participante e transcritos de outros quatro participantes, que servem como controles) são pontuadas, item por item, por cada participante.

Se os participantes puderem determinar exactamente quais transcritos lhes pertencem, isto estabelece a recuperação de informação anómala sob circunstâncias duplo-cego estritos.

Em uma experiência duplo-cego, cinco médiuns estão servindo não somente no papel de médiuns, mas estão servindo também no papel de participantes.

Fazendo os procedimentos de Campbell e de Russek com duplo-cego, torna este tipo do projeto experimental possível.

[Nota: Depois que este relatório foi escrito, GD, no papel de um médium, tentou o paradigma de contemplação de pré-leitura do LC com um participante.

Relatou a recepção da informação exata do nome, causa da morte, idade da morte, as descrições pessoais, que combinaram a pessoa preliminar convidada pelo participante.

A exactidão aproximada era 85%.
GD está servindo actualmente como um dos médiuns e participantes na experiência duplo-cego acima.
]

A pesquisa futura pode determinar se as características do participante importam.

Por exemplo, quando os médiuns e as pessoas abertas para o espiritual servem como participantes em uma experiência duplo-cego, uma informação mais específica e mais detalhada será recuperada do que quando os descrentes e os cépticos servirem como participantes?

Publicando as Pesquisas de Leituras Corvo Branco

É provável que os achados futuros não serão substancialmente maiores (nos termos da exactidão) do que são os achados actuais.

Claramente, as experiências futuras podem replicar as observações básicas relatadas aqui e documentá-las para que estejam generalizadas a outros médiuns, e com outros participantes.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2013 11:51 am

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Entretanto, da mesma maneira que Michael Jordan (o maior jogador de basketball que já existiu) conseguiu somente alguns pontos 60%+, parece provável que os "Michael Jordans da pesquisa mediúnica" terão somente um pouco de 90+% de porcentagem de exatidão das leituras da pesquisa sob condições controladas de laboratório.

Espera-se que este artigo, focalizado nos achados "da pesquisa de leitura do corvo branco" de William James, incentive outros investigadores a explorar o potencial destes procedimentos experimentais e replicar os achados.

Os artigos futuros usando estes procedimentos, replicando a evidência das leituras da pesquisa do corvo branco, podem ajudar firmemente a estabelecer a existência da recuperação de informação anômala, e potencial continuação da consciência.

Referências

Braude, S. E. (1992). Survival or super-psi? Journal of Scientific Exploration. 6,2:127-144.
Dalzell, G.E. (2001 in press). Messages: Evidence of Life After Death. Charlottesville, VA: Hampton Roads Publishing.

Radin, D. (1997). The Conscious Universe: The Scientific Truth of Psychic Phenomena. San Francisco, CA: HarperCollins.

Russek, L.G.S., Schwartz, G.E.R., Russek, E. and Russek, H.I. (hyp) (1999). A possible approach for researching purported spirit communication: An empirical-anecdotal investigation. Advances in Mind-Body Medicine. 15,4: 295-301.

Schwartz, G.E.R. and Russek, L.G.S. (1999). The Living Energy Universe: A Fundamental Discovery that Transforms Science and Medicine. Charlottesville, VA: Hampton Roads Publishing.

Schwartz, G.E.R., Russek, L.G.S., et al. (1999). Potential Medium to Departed to Medium Communication of Pictorial Information: Exploratory Evidence Consistent with Psi and Survival of Consciousness. The Noetics Journal. 2,3: 283-294.

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Schwartz, G.E.R., Russek, L.G.S., and Nelson, L.A. (2001, submitted for publication). Purported anomalous perception in a highly skilled individual: Observations, interpretations, compassion.

Schwartz, G. E. R., Russek, L.G.S., and Barentsen, C. (2001, submitted for publication).
Journal of the Society for Psychical Research, 2001. Evidence of anomalous information retrieval between two research mediums: Telepathy, network memory resonance, and continuance of consciousness

Gary E. R. Schwartz, Ph.D. and Linda G. S. Russek, Ph.D. Human Energy Systems Laboratory, University of Arizona

Copyright © 2002 Gary E. Schwartz, Ph.D., All Rights Reserved

Traduzido por Maurício Mendonça e revisado por Vitor Moura Visoni

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2013 11:51 am

Parnaso de Além Túmulo. Hipóteses e Discussões
Terezinha Acioli Lins de Lima

Francisco Cândido Xavier, considerado o mais conhecido agente psi do mundo, no que se refere à psicografia, nasceu em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldd, Minas Gerais.

Pessoa bem dotada moralmente, devotou sua vida à produção de obras edificantes e ao auxílio dos pobres.

Seus livros tornam-se "best sellers", com milhões de exemplares vendidos, oferecendo lucros significativos.
No entanto, Chico Xavier nunca aceitou qualquer dinheiro por eles, negando até a sua própria autoria.

E, em "Palavras Minhas", da obra em estudo, o próprio Chico indaga a esse respeito:
"Serão das personalidades que as assinam? - é o que não posso afiançar;
em consciência não posso dizer que são minhas, porque não desprendi nenhum esforço intelectual ao grafá-las no papel".


Em 1932, logo que Emmanuel começava seus ensinamentos, Chico Xavier publicou seu primeiro livro "Parnaso de Além Túmulo", uma colectânea de 259 poesias, atribuídas a 56 poetas brasileiros já falecidos, tais como Casimiro de Abreu, Olavo Bilac, Cruz e Souza, Augusto os Anjos, João de Deus e outros.

No dia 10 de julho do mesmo ano, o escritor Humberto de Campos, na crónica "Poetas do Outro Mundo", publicada no Diário Carioca, assim se pronunciou sobre o livro:
"Eu faltaria ao dever que me é imposto pela consciência, se não confessasse que, fazendo versos pela pena do Sr. Francisco Cândido Xavier, os poetas de que ele é intérprete apresentam as mesmas características de inspiração e expressão que os identificavam neste planeta."

Poucos especialistas duvidam da autenticidade dos poemas psicografados por Chico Xavier.

Um deles é o romancista mineiro João Dornas Filho. Citando Olavo Bilac, diz que o poeta "nunca assinou um verso imperfeito, nem em sua pior fase.
Depois de morto, ditou ao médium sonetos inteiros abaixo de medíocres".

Manuel Quintão, Presidente da Federação Espírita Brasileira, na época do lançamento da edição original do Parnaso, elogiando a perfeição com que Chico transcrevia os estilos diferentes de cada poeta, escreveu no prefácio da obra:
"É ler Casimiro e reviver Primaveras;
é declamar Junqueiro e lembrar a morte de Dom João;
é frasear Augusto dos Anjos e evocar Eu
( ...)

Duvidamos que o mais intelectual dos nossos literatos consiga sequer imitar, ainda que premeditadamente, esta produção."

E acrescento:
o trabalho linguístico é bom, difícil mesmo para o mais esforçado dos autodidatas.

A quantidade de seus poemas e certo nível literário apresentado pelo agente psi não encontra correspondência com certos factos adversos de sua vida.

(1): pobre, apenas com o curso primário, sem estímulo de familiares para os estudos, trabalho e missão religiosa, consumindo a maior parte de seu tempo e não entender de estilos da época, segundo ele próprio revela.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 04, 2013 11:51 am

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Por outro lado, certos factores funcionam favoravelmente à sua condição de excelente agente psi dentro da modalidade de psicografia literária (2);
excelente aptidão psi, alto nível de incidência de manifestação do fenómeno psi, fenomenologia psi de modo contínuo, o que não é comum, inclinação para a arte literária, certa fluência vocabular.

HIPÓTESE DA HIPOXEMIA CEREBRAL

O Dr. José C. Ferraz Salles, autor do livro "Os Superdotados" sustenta que médiuns, gurus, iogues e telepatas são considerados superdotados intelectualmente por "hipoxemia cerebral", desenvolvendo, ao máximo, suas extraordinárias potencialidades telepáticas e premonitórias.

Segundo o autor, Chico Xavier sofrera uma hipoxemia ao nascer, pondo em ação o hemisfério direito supletivo, passando o recém-nascido a utilizar os dois hemisférios cerebrais. (3)

Lembro, aqui, que as pessoas comuns usam, praticamente, o hemisfério esquerdo (sede do raciocínio, da lógica, da objetividade, da palavra, do espírito crítico entre outros), ficando o hemisfério direito (sede da criatividade, da emoção, da imagem, da percepção global etc) como que adormecido, sendo despertado, apenas, em determinadas circunstâncias.

HIPÓTESE DA GRAFOSCOPIA

Carlos Augusto Perandréa, em seu livro "A Psicografia á Luz da Grafoscopia", opina que a Grafoscopia se inclui na modalidade de "mão guiada".

Uma vez acionado o processo inconsciente, o receptor ou psicógrafo Chico Xavier, (4) por automatismo motor, escreve mensagens de pessoas falecidas que guiam a sua mão telepaticamente.

Segundo Perandréa, "o guiado é orientado no sentido de manter a mão inerte, não interferindo no acto de escrever".

O guiado deve desconhecer o teor do texto, caso contrário, não interessa à psicografia.

Se ele desconhece o teor do texto e não se conscientiza do andamento da mensagem, "a escrita apresenta as características gráficas genéticas do punho do guia", mas "com relativas alterações da forma, em virtude da situação anormal", observa Perandréa.

Caso desconheça o teor do texto, mas se atém ao acto de escrever, a caracterização gráfica ainda é do guia, mas as alterações formais se acentuam.

Perandréa concluiu pela autenticidade das caligrafias e assinaturas, ao realizar exames grafotécnicos em mensagens psicografadas por Chico Xavier e atribuídas a pessoas falecidas e aos escritos dessas pessoas, quando em vida.

HIPÓTESE ESPÍRITA

Segundo os defensores dessa hipótese, o espírito sobrevive após a morte do corpo físico.
O sobrevivente tem memória de seu passado, podendo comunicar-se com os que permanecem vivos na Terra, através de um médium.

Defendem a hipótese espírita o professor Willem Tenhaeff, da Universidade de Utrecht, na Holanda, parapsicólogo de renome e pioneiro do ensino da Parapsicologia; Hans Driesh; o filósofo William James; Louisa Rhine, esposa do Dr. Joseph Banks, considerado o "Pai da Parapsicologia Ocidental".

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2013 11:11 am

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O Professor Harry Price, de Oxford e o Professor Wathely Carington, de Cambridge admitem a tese de que a mente sobrevive à morte do corpo e pode agir sobre a mente dos vivos.
Trata-se, nesse caso, de uma volta à tese espirítica. (5)

A mente não se confunde com o cérebro.
É como se esse fosse um computador e aquela, a sua programação.

Mente e matéria estão intimamente ligadas.
Não se pode pensar numa sem a outra.
A mente, tudo indica, é a força ou movimento dominante no Universo.

Não pode ter tido princípio nem poderá ter fim.
Sua propriedade é a capacidade de que dispõe de formar-se dentro dos objectos vistos ou imaginados e de dar causa ao movimento.

Hoje, com o conhecimento mais avançado de que dispomos, podemos dizer com maior exactidão:
a Mente é infinita e eterna, a mudar sempre, sempre a desenvolver-se, sempre a criar formas novas, tirando-as das velhas, nunca em repouso.

Essa mente infinita deve existir.
Cada um de nós tem a sua parte dessa mente universal e a que altitude de sabedoria podem as nossas mentes individuais chegar, ninguém na Terra está apto a dizer.

HIPÓTESE DE DINÂMICA INCONSCIENTE

Prefiro partir do processo inconsciente como fonte da psicografia de Chico Xavier em sua obra "Parnaso de Além Túmulo".
Nesta obra, o agente psi revela aptidões especiais que não resultaram de aprendizagem anterior.

Trata-se da criptomnésia, conhecimento paranormal que não é obtido do mundo exterior, mas que já existe no inconsciente do agente psi.

Compreende informações que não passaram, previamente, pelo nível consciente.
É uma capacidade inata e o próprio Chico Xavier diz ter "o mais pronunciado pendor para a literatura."

Pode-se descrever a Criatividade Psi (Psicofonia, Psicografia, Psicopictografia, Psicomusicografia) através da Criptomnésia, fonte interna do conhecimento psigâmico.

Em todos os casos, só é considerado fenómeno criptomnésico se o seu conteúdo artístico (literatura, pintura, música) extrapolar a aptidão do agente psi em seu estado normal.

E o agente psi Chico Xavier revela certa criatividade em seus poemas, quando elabora boas estruturas em língua portuguesa e arranjos temáticos imaginativos:
"Além do túmulo o Espírito inda canta - Seus ideais de paz, de amor e luz, (...).

Estes versos são extraídos do poema "Parnaso do Além Túmulo" (que deu título ao livro) do poeta português João de Deus e que traduzem, nitidamente, o tema espirítico da crença da sobrevivência da alma.

Lendo e interpretando os poemas escritos em vida por essa plêiade de poetas brasileiros e portugueses e comparando-os com a psicografia de Chico Xavier, vemos, de modo claro que nela se manifesta mais o mimetismo inconsciente que a criatividade psi. (6)

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2013 11:11 am

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Esse mimetismo inconsciente, a que podemos denominar mimetismo psi, Chico Xavier discorre através dos versos:
"Fluidos teledinâmicos me servem - Transmitindo as ideias que me fervem - No cérebro candente, ígneo, em brasa...", psicografia creditada a Augusto dos Anjos no poema "Incógnita".

Aqui, o agente psi atinge o auge de sua capacidade de imitação, que podemos observar na temática filosófica (no próprio título "Incógnita") e no vocabulário científico, extraído da biologia, física e química.

Da biologia, destaco "cérebro" e a repetição literal do termo "ígneo", o mesmo usado por Augusto dos Anjos, quando vivo, em seu poema "O morcego":
"Morde-me a guela ígneo e escaldante molho."

Em suma, a produção poética, psicografada pelo agente psi Chico Xavier compreende uma manifestação a nível inconsciente, em que devem ser considerados os fenómenos da criptomnésia, a criatividade psi e o mimetismo (predominantemente), acrescido do cotidiano do próprio agente psi com seu repertório e aquisições diversas de conhecimento.

E, apesar da imitação, o percipiente não perdera a sua individualidade que está antes de tudo, em apresentar o seu próprio estilo, ser ele mesmo.

O percipiente é um indivíduo que, em determinados momentos, pode alcançar um estado de consciência tal, que não fica mais limitado pelo tempo, pelo espaço, pela causalidade, pelos órgãos sensoriais, pela matéria.

Entra em sintonia com o núcleo profundo de sua personalidade total: o "selbst" e pode, também, entrar em sintonia com os "selbsts" dos outros indivíduos.
Daí, a fenomenologia parapsicológica. (7)

DISCUSSÃO

O "Parnaso de Além Túmulo" constitui uma das mais polémicas discussões em psicografia automática, quanto à autoria de seus inúmeros poemas:
se dos poetas brasileiros e portugueses já falecidos ou se do próprio agente psi Francisco Cândido Xavier.

No caso em estudo, o caminho mais curto (navalha de Occan) é a descrição do fenómeno, partindo do processo inconsciente do agente psi, da mente de uma pessoa viva e não atribuir a algo, até agora, desconhecido - o espírito de um morto.

Essa ideia é ractificada por Ernesto Bozzano, quando opina:
"para resolver o grande problema da sobrevivência do espírito humano desencarnado, o melhor método é o de estudar os poderes do espírito humano encarnado.

Também enfatiza essa hipótese Alexandre Aksakof que foi o primeiro, entre os estudiosos do Espiritismo, que se deu conta da extrema dificuldade de se comprovar a realidade de uma comunicação mediúnica, uma vez que grande parte das manifestações espíritas poderia ser atribuída à acção do inconsciente do médium.

Esta é a razão pela qual ele denominou esses fenómenos de anímicos.

No Parnaso, há mais uma imitação dos poetas que criatividade poética. Daí, o agente psi Chico Xavier enquadrar-se melhor no mimetismo inconsciente que na criatividade psi.

O mimetismo é uma capacidade especial existente no ser vivo, seja animal ou homem, como uma técnica de sobrevivência.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 05, 2013 11:12 am

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Há pássaros que imitam o canto de outras aves;
o papgaio imita a própria voz humana.

Daí ser evidente a hipótese de que há pessoas dotadas dessa aptidão e, portanto, capazes de imitar as outras na voz, nos gestos, no andar, no olhar, nas expressões artísticas e até nos estilos literários.

A intuição responde também ao social e ao psicológico e o homem imita os exemplos consagrados pela sua cultura e as pessoas que ele admira.
Comumente, somos cônscios da mimese que, em alguns casos, pode ocorrer a nível inconsciente.

Entre os animais, o papagaio se destaca como um imitador, por excelência, causando-nos, muitas vezes, espanto e admiração:
ele imita a fala humana em suas variadas nuances, grita, assobia.

Essa mimese é considerada uma aptidão inata, instintiva, como se nascesse com uma programação básica, um legado da espécie, que poderá evoluir ou desenvolver-se através da repetição.

Quanto mais se repete, mais aperfeiçoada se torna a imitação.

Mas o papagaio, por exemplo, não chega a elaborar arranjos diferentes, ele não consegue dar continuidade á conversação, ele não tem o "dom" da improvisação, que é requisito humano por excelência.

Já o homem dispõe das duas habilidades, podendo ora repetir e imitar e ora, criar, tornando-se diferente e original, improvisando arranjos novos, com seu pensamento imaginário, criativo, inventivo, sempre dando roupagem nova à realidade de onde parte, para criar a sua obra de arte.

É assim que age o artista.
Criar não é imitar.

Daí, criatividade psi e mimetismo psi apresentarem caracterizações distintas.
Quanto mais a pessoa imita, mais foge do processo criativo que, partindo de um referencial, produz algo de maneira diferente e singular, usando de sensibilidade e emoção para isso.

Tanto o imitador quanto o artista partem da realidade (por isso se assemelham em sua essência), mas, enquanto, no mimetismo psi, o agente repete essa realidade e quanto mais se tornar fiel ao modelo, mais é imitador, na criatividade psi quanto mais o agente se afasta dessa realidade e a transfigura, é mais artista.

Na obra de arte, opera-se um transbordamento de informação, sensibilidade e imaginação, enquanto no acto de imitar há uma acentuada capacidade para assimilar o modelo e repeti-lo.

Quando observamos, atentamente, os versos psicografados por Chico Xavier, ressalta-se, de imediato, a semelhança, entre esses escritos e os originais dos poetas, escritos quando vivos.

Essa semelhança atinge o estilo de época e o estilo individual, como se o agente psi perdesse em parte a sua singularidade, por conta do mimetismo psi.

Ocorre, porém, que a pessoa de Chico Xavier, mesmo nesse desempenho imitativo, não se ausenta de todo.

Pode ser notado isso, quanto à escolha dos títulos dos poemas que, em sua maioria, foge à marca pessoal de cada autor em suas diversas escolas e lembra o próprio Chico Xavier em sua temática espírita e apostólica.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2013 10:55 am

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Entre outros citamos:
A Morte (Castro Alves), Aos Descrentes (Olavo Bilac), Caridade (Cruz e Sousa), Espírito (Augusto dos Anjos).

Se fossem os poetas que, voltando do além, prosseguissem a sua obra, através de Chico Xavier, porque se afastariam da caracterização do estilo de época e do estilo individual para adoptar temas "espiríticos"?

O próprio agente psi fica em dúvida quanto a isso: "Serão das personalidades que os assinam?"

Eu respondo que não, pois se, ao morrer, segundo a religião espírita, o indivíduo permanece com os laços afectivos, com os sentimentos e com a personalidade, não é lógico que se desligue, como artista e poeta, da Escola Literária a que pertencia em vida.

E respondo sim à dinâmica inconsciente que independe dos órgãos dos sentidos, da razão (quanto menos Eu mais Psi), do tempo, do espaço, da massa, da inteligência, do aprendizado anterior a nível consciente, de raça, etnia, sexo, para manifestar o fenómeno psi.

E Chico Xavier, como usuário profundo do nível inconsciente, daí ser considerado um agente psi confiável, tendo alta incidência de manifestação do fenómeno psi, relata­nos o que experimenta fisicamente, quanto ao fenómeno que se produz frequentemente com ele - a psicografia literária:

"A sensação que sempre senti, ao escrevê-las, era a de que rigorosa mão impulsionava a minha.
Outras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava;
e, doutras, que alguém mas ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos eléctricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se me afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis.

Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões fisicas".
(8)

Através do transe, o agente psi pode manifestar fenómenos anímicos, porque o nível inconsciente não depende do raciocínio dedutivo e indutivo, próprio do "Ego", nem de espaço, tempo e causalidade que constituem a base do pensamento lógico, racional, científico.

Em Chico Xavier, torna-se evidente a manifestação da modalidade psigâmica da psicografia, pois o próprio conteúdo paranormal o reforça:
o agente psi apresenta aptidões e habilidades que não correspondem ao seu quotidiano, ao seu desempenho habitual, em sua rotina biológica e psíquica.

CONCLUSÃO

A psicografia é um fenómeno de psi-gama subjectivo, do conhecimento (gama é a primeira letra da palavra gnose - conhecimento) e, por isso mesmo, de intensa complexidade.

Na obra de Chico Xavier, houve predomínio da fenomenologia psigâmica, embora, em menor escala, ele tenha manifestado também o fenómeno de psi-kapa, objectivo, energético (kapa é a primeira letra da palavra knesis - acção, energia).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2013 10:56 am

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E, para uma melhor compreensão do fenómeno em estudo, o pesquisador actual deve conscientizar-se de que as tradicionais definições de matéria, espaço, tempo e causalidade da antiga concepção mecanicista passaram por extrema modificação.

Há uma necessidade de paradigmas mais abrangentes para elucidar a problemática de certos fenómenos.

A Parapsicologia é uma ciência rica em sua nterdisciplinaridade, podendo buscar subsídios na psicologia, biologia, física, química, sociologia e outros campos do conhecimento.

Daí surgem ideias novas e ousadas que desafiam o tradicionalismo científico, mas que nos impelem a um caminho novo de reflexões sobre o homem e seu espaço no Universo.

O físico foi o primeiro a provar cientificamente verdades, antes só aceitas pela fé. (9)

O Parnaso de Além-Túmulo, obra psicografada por Chico Xavier é produto da dinâmica inconsciente do agente psi em combinação com o seu quotidiano, as suas aquisições culturais e experiências.

O nível inconsciente trabalha com a essência, a ideia - base (hemisfério direito do cérebro) e o nível consciente elabora os factores secundários, os detalhes de enriquecimento, por assim dizer, o cenário da obra.

Tudo indica não haver fenómeno paranormal puro.

Na telepatia, por exemplo, a informação sofre desgastes, deformações provocados por ruídos objectivos e subjectivos, bloqueios psicológicos e interpretação do próprio agente psi que actua com sua singularidade.

O trabalho a nível inconsciente não necessita de aprendizado anterior para a elaboração de seu processo associativo, auto-reprodutor, dinâmico e constante.

Desse modo, tanto apresenta produtos geniais (como crianças falando língua estrangeira e analfabetos escrevendo excelentes romances - psicografia), quanto pueris, brincalhões e repetitivos (o caso das mesas girantes - telecinesia) em que, como se actuasse uma força intencional de um agente inteligente, a mesa inclinava-se de um lado, após rodopiar e derrubar os que se sentavam, tentando pará-la. (10)

Tudo leva a crer que o nível inconsciente detém o todo da informação, como um DNA PSI (11), em estado potencial, esperando apenas um facto circunstancial para passar de potência a acto.

E o agente psi, via de regra, em estado emocional intensificado, entra numa determinada frequência que o possibilita reproduzir a informação, manifestando o fenómeno psi.

Muitas vezes, a dinâmica inconsciente, em sua riqueza de produção, responde, de modo especial a actuações simbólicas e analógicas (necessárias, intencionais e não temporais, espaciais, causais. (12)

Quando o agente psi capta uma determinada informação, essa actuação, por analogia e correspondência, pode agir sobre outra, desencadeando uma série de fenómenos semelhantes, provocando efeitos físicos.

Pelo exposto, o objectivo imediato do trabalho é considerar a autoria de o "Parnaso de Além-Túmulo" à aptidão e habilidade extraordinária do agente psi Chico Xavier em sua modalidade de psicografia automática e literária.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 06, 2013 10:56 am

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Para isso, concorreram os dois hemisférios cerebrais do perceptor:
o hemisfério direito, de modo intenso, considerado sede da sensibilidade e o hemisfério esquerdo, que acrescenta a objectividade e o espírito crítico, sendo considerado a sede da razão.

Um alerta: as pesquisas devem prosseguir quanto ao polémico assunto, sendo este um pequeno ensaio ainda em fase de estudo e desenvolvimento.

No estágio actual, não sabemos "como" se processa esse fenómeno, o seu "modus operandi", pois desconhecemos mecanismos e leis que regem a fenomenologia psi.

NOTAS

(1) Chico Xavier apenas concluiu num grupo escolar, o curso primário, estudando somente uma pequena parte do dia e trabalhando numa fábrica das 15h às 2h da manhã, chegando a adoecer por tal esforço.

O seu lar era pobre, vivendo com dificuldades e sofrimentos, tendo de trabalhar desde criança para ajudar no sustento da família, sem espaço para que ele pensasse nas questões literárias.

Não teve estímulo de familiares para os seus estudos e com seus trabalhos e obrigações não teve contacto com intelectuais de sua terra.

Em casa estudou o que pôde e como seu pai era de opinião contrária, diz Chico:
"muitas vezes, tive o desprazer de ver os meus livros e revistas queimados".

Ao abraçar a missão religiosa, entregou-se plenamente ao espiritismo, o que dificultou ainda mais o seu tempo para as suas leituras de aperfeiçoamento, pois passou a dormir apenas 3 horas por noite.

Ele próprio afirma não entender de estilos de época e revela: "Jamais tive autores predilectos".

(2) O agente psi Chico Xavier usa, intensamente, o potencial do hemisfério direito do cérebro, em desuso, na prática, em outras pessoas.

É considerado um agente psi confiável (nomenclatura criada pelo IPPP), porque tem uma alta incidência de manifestação do fenómeno psi.

Apresenta uma capacidade inata para a literatura.
O fenómeno psi nele se manifesta continuamente, sem sofrer solução de continuidade.

(3) O nosso cérebro (visto de cima e eliminando-se os ossos do crânio) é semelhante a uma grande noz, com dois hemisférios separados, um do outro.
O corpo caloso os une, conectando as fibras nervosas de um lado com as do outro, integrando-as.

O hemisfério esquerdo é responsável pelo raciocínio lógico, sendo a sede da razão, do conhecimento matemático, das palavras e o artífice de nosso senso de comparação.

Domina o lado direito do corpo, sendo bastante necessário no nosso mundo de hoje, difícil e competitivo.

O hemisfério direito é a morada da sensibilidade, da emoção, da intuição, do temperamento artístico, da capacidade imaginativa, onde os sonhos se desenvolvem em sua amplitude fabulativa e a invenção encontra sua origem e desenvolvimento pleno.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2013 11:04 am

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Domina o lado esquerdo do corpo, não estabelecendo juízos nem articulando palavras.
Trabalha com símbolos e compara imagens.

Segundo o neurocirurgião Richard Berland, "temos uma espécie de sábio vivendo no hemisfério esquerdo e um místico habitando o direito".

Em parte, é depreciado por alguns cientistas, que o consideram uma parte inativa, inútil do nosso cérebro.

No momento, estudam-se mecanismos e se programam exercícios para ampliar a potencialidade do cérebro direito que, na maioria dos seres humanos, encontra-se adormecido.

(4) O Ego e o inconsciente constituem dois polos opostos da psique humana.
Quando um silencia, o outro entra no máximo de sua actividade.

Se estamos em consciência vigílica (que não é total por causa da selectividade), funcionando o pensamento lógico, a mente consciente em acção, o inconsciente está agindo apenas de maneira sub-reptícia, graças a sua dinâmica permanente.

Não basta o silêncio, a tranquilidade e o recolhimento do Ego, para a manifestação do inconsciente pessoal ou colectivo.

Há um outro factor importantíssimo, que é o excitante específico do nível inconsciente: a emoção.

Desse modo, não podemos despertar a dinâmica inconsciente pelo raciocínio, pela lógica, pela acção consciente, mas pela sensibilidade e também pela imaginação que, em grande parte, provém também do trabalho inconsciente.

(5) É a investigação da actividade do psiquismo inconsciente que mais facilmente poderá conduzir o homem à constatação científica de sua sobrevivência.

Há três postulados básicos a considerar-se:

1 - a sobrevivência não implica em comunicação mediúnica ou em reencarnação;
2 - a comunicação mediúnica implica em sobrevivência, mas não em rencarnação;
3 - a reencarnação implica em sobrevivência, mas não em comunicação mediúnica.

(6) Um exemplo clássico de criatividade psi é o caso de Pearl Lenore Curran que, personificando "Patience Worth", em língua anglo-saxónica do século XVII, produziu o poema 'Telka", constituído, aproximadamente, de 70.000 palavras, num período de 35 horas, através de psicofonia xenoglóssica ou por xenoglossia...

Outro trabalho em que se manifesta a criatividade psi é o primeiro volume de "Arcanos da Natureza" com o título de "História e Leis da Criação", psicografado pelo camponês Hudson Tuttle, então com 18 anos de idade.

Buchner fez citações textuais dessa obra e ficou decepcionado, quando conheceu, pessoalmente, o seu autor.

(7) O "Ego", como foco de consciência, pode ir abrangendo campos cada vez maiores.

Ele vai ampliando-se, a ponto de destruir as suas próprias barreiras e limitações e confundir-se com os "Egos" alheios ou abarcar o Cosmos nos fenómenos de "Expansão do Eu" ou "Ego Expansão".

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2013 11:05 am

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Isto ocorre, porque fundiu o seu foco de consciência com o foco de consciência do "Selbst".
Há uma expansão da consciência no tempo e no espaço.

Não existe "aqui" ou "ali", não há o conceito de distância, como também não há o "antes" e o "depois", mas somente o "Eterno Presente", quando se escapa das limitações dos órgãos dos sentidos, verifica-se uma indiferenciação do tempo.

(8) O transe (espontâneo ou provocado, hipnótico, auto provocado, mediúnico, ióguico, farmacológico, tóxico por psicodislépticos, como a mescalina, LSD e outros), ao produzir obnubilação da consciência, vai dar vazão ao inconsciente, que se manifesta pelos automatismos, visões, fenómenos parapsicológicos.

(9) A Fisica Quântica oferece ideias ousadas que funcionam como verdadeiros pré-requisitos para a discussão da fenomenologia psi: a da "Mente Universal", de Henry Margenau; a da "Mente Grupal num Universo Holográfico", de David Bohm e a de um "Mundo Não-Localizacjo", de John Stewart Bell.

Para Margenau, o facto de percebermos o mesmo mundo, evidencia a existência da Mente Universal.
É preciso uma única consciência para fazer uma única imagem do mundo, especialmente, quando essa imagem é compartilhada por cinco bilhões de cérebros neste planeta.

Se essa Mente não estivesse operante, moldando a grande quantidade de dados sensoriais processados a cada momento por uma imensidão de cérebros, tudo indica que a formação de imagens do mundo seriam tão dispares quanto incomunicáveis.

Segundo David Bohm a informação de todo o Universo está contida em cada uma de suas partes.
A parte contém o todo e, no dia-a-dia, temos exemplo desse facto: espelhos, um defronte do outro, reflectindo uma série interminável de imagens idênticas que, aos poucos, vão diminuindo de tamanho, para, finalmente desaparecerem do nosso campo óptico.

O prémio Nobel de Física de 1940, Dennis Gabor, apresenta a teoria matemática que possibilitou o desenvolvimento dos hologramas (vinte anos depois, com a invenção do laser).

Para o físico irlandês John Stewart Bell, um mundo não-localizado de facto existe.
Isso desafia a Física desde Newton.

As conexões entre objectos distantes ocorreriam mais rápido que a velocidade da luz.
E uma Mente não-localizada seria uma mente ligada a todas as outras coisas, uma Mente vinculada a todos os outros momentos, lugares e pessoas.

As conexões não-realizadas estão em toda parte, porque a própria realidade é não localizada.

(10) William Barret narra a sua luta contra uma mesa, numa reunião a que compareceu, na casa do agente psi Kathleen Goligher, convidado pelo físico William Crawford.

Assim descreve:
"A mesa elevou-se, então, cerca de 45 centímetros e ficou suspensa, perfeitamente nivelada.
Fui autorizado a examiná-la e vi claramente que ninguém lhe tocara e que estava isolada dos assistentes.
Tentei pô-la no chão e não consegui, apesar de empregar toda minha força.

Quando me sentei em cima dela, os pés começaram a oscilar.
Fui sacudido dum lado e doutro e escorreguei para o chão.
A mesa voltou-se sem lhe tocarem e pareceu-me estar colada ao soalho.

Em vão me esforcei para a levantar.
Os assistentes mantinham-se de mãos erguidas.
E logo que desisti dos meus esforços, a mesa endireitou-se sozinha:."


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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2013 11:05 am

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(11) Segundo o psiquiatra suíço, Jung, não há na criatura humana, apenas um repositório de suas experiências pessoais.

O homem traz, latentes e concentradas em si, todas as experiências pretéritas de seus ancestrais.
Não é somente a experiência individual que o homem encerra, mas toda a sabedoria da espécie, a qual permanece latente, à espera de oportunidade para revelar­se.

(12) Há uma lei chamada "Lei das Correspondências" que, tudo indica, poderia adequar-se ao caso.

No Universo, há uma correspondência analógica entre os elementos, de modo que, quando se actua sobre um, essa actuação, por correspondência, pode agir sobre o outro.

Trata-se de relações analógicas ou simbólicas, necessárias, intencionais, sem depender de tempo, espaço e causa.

Segundo Robert Amadou, os elementos de um conjunto se relacionam intencionalmente com todos os elementos desse conjunto e com cada um deles.

E acrecento: a dinâmica inconsciente responde de modo especial a essas actuações simbólicas, pois trabalha com imagens, desenhos, intenções e não com palavras, interpretações e significados.

Por exemplo: uma palavra, mesmo inventada "abracadabra", poderá mexer com a inconsciência, não por 'ela em si, pelo seu significado, mas pelo que ela representa e simboliza.

Em certos rituais mágicos, quando se derrama água na terra seca, pedindo chuva, a lei das correspondências poderá actuar e o trabalho inconsciente entrará em acção, podendo desencadear efeitos físicos.

Assim, por correspondência e analogia, essa chuva (os semelhantes se atraem) poderá vir, por mais incrível que nos pareça.

Quem sabe, no caso de Chico Xavier, que escreveu uma quantidade considerável de poemas, em seu "Parnaso de Além-Túmulo, não possamos aplicar essa lei?

Assim, quando ele personifica um determinado poeta e escola, por correspondência e analogia, vai psicografando outro, mais outro, mais outro...
É como se houvesse um encadeamento de factos psíquicos significativos acausais, mas actuantes no mundo físico.

Ao que parece, a "Lei das Correspondências" forneceria indícios elucidativos para o surgimento de levas de grandes pintores, musicistas, marcando uma determinada época.

Também a grande ocorrência de fenómenos paranormais, sucedendo-se, um após outro, em determinado tempo, como na fase de ouro da fenomenologia psi com Charles Richet, que poderia relacionar-se com essa lei.

É uma lei que nos leva a pensar em factos do quotidiano, quando ocorrem catástrofes e acidentes e glórias e conquistas.

É facto observado que, quando um avião cai em determinado lugar, por correspondência e analogia, outro avião cai em outra parte, mais outro, mais outro e assim por diante, não importando o tempo, o espaço, a causa.

O mesmo tem ocorrido com trens, ónibus, desabamentos de prédios etc.
Há pouco presenciamos o funcionamento dessa lei, ao que tudo indica, quanto à morte de cantores: João Paulo, Tim Maia, Nelson Gonçalves, Frank Sinatra, Leandro...

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 07, 2013 11:06 am

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Também constatamos factos felizes: pessoas que são agraciadas com prémios e lotarias por um determinado período.

E, por incrível que pareça, até dentro de casa, vemos essa ocorrência:
um material eléctrico se quebra, talvez, por correspondência e analogia, quebra-se outro, mais outro...

Jung chama a esse fenómeno de sincronístico, um condicionamento significativo acausal.
Ocorre um facto significativo sem causa, mas actuante no mundo físico.
Não se conhecem, ainda, mecanismos e leis que regem essa actuação física.

BIBLIOGRAFIA

AKSAKOF, Alexandre. Animismo e Espiritismo. Federação Espírita Brasileira, 4a edíção, Rio de Janeíro, 1983.
AGOSTINHO, Santo. O Cuidado Devido aos Mortos. Editora Paulinas, Edição Paulinas, São Paulo, 1990.

ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia Experimental. Livraria Espírita Boa Nova Ltda., 2a edição, São Paulo, 1976.
ANO ZERO. Editora Ano Zero Ltda., Rio de Janeiro, Setembro,1991.

BORGES, Valter da Rosa. Manual de Parapsicología. Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, Recife, 1992.
CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. Editora Cultrix, São Paulo.

CERVINO, Jayme. Além do Inconsciente. Federação Espíríta Brasileira, 2a edição, Rio de Janeiro.
DUBUGRAS, Elsie. As Revelações de Chico Xavier e Vale Owen: O Outro Lado da Vida. Edições Planeta, n° 130 - B, São Paulo.

EDIÇÕES PLANETA. Planeta Editor, n° 1 ~O - B, São Paulo.
IBSEN, Stig Roland. Quase 60 Anos de Produção Mediúnica: As Obras de Chico Xavier.
INEXPLlCADO. A Realidade além da Mente, do Tempo e do Espaço. Editora Rio Gráfica Ltda, 1984

LIMA, Terezinha Acioli. Precognição: Incidência Maior Através do Sonho ­ Uma Abordagem Empírica. Edições ASPEP, Olinda, 1995

L YRA, Alberto. Parapsicologia e Inconsciente Pensamento, São Paulo, 175 págs. Coletivo. Editora

MAlA, Sérgio Leal. A Vida de um Missionário: a caminho da luz por uma estrada de pedras.

PAULA, João Teixeira. Enciclopédia de Parapsicologia, Metapsiquica e Espiritismo. Cultural Brasil Editora, 3a edição, São Paulo

PIRES, J. Herculano. Parapsicologia Hoje e Amanhã. Edicel Ltda. 5a edição, São Paulo, 1977
QUEVEDO, Oscar G. As Forças Físicas da Mente, IBRASA, São Paulo, 1982,251 págs.

RHINE, J. B. Novas Fronteiras da Mente, IBRASA, São Paulo, 1982
RIBEIRO, Guillon. Obras Póstumas. Federação Espírita Brasileira. 14a edição, Rio de Janeiro.

SZAMOSI, Gesa. Tempo & Espaço. As Dimensões Gémeas. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1986, 211 págs.
TAVARES, Clóvis. Trinta Anos com Chico Xavier. Instituto de Difusão Esplrita. São Paulo

XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Valdo. Evolução em Dois Mundos. Federação Espírita Brasileira, 2a edição, Rio de Janeiro

XAVIER, Francisco Cândido. Parnaso de Além- Túmulo. Federação Espírita Brasileira. 10a edição, Rio de Janeiro, 1978

Artigo originalmente disponível em http://www.parapsicologia.org.br/artigo41.htm

§.§.§- O-canto-da-ave
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Casos de Mediunidade - Página 10 Empty O Conceito da Sobrevivência da Morte Corporal e o Desenvolvimento da Parapsicologia [1]

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 08, 2013 10:33 am

O Conceito da Sobrevivência da Morte Corporal e o Desenvolvimento da Parapsicologia [1]
- Carlos S. Alvarado Ph.D. -

[Este artigo de Carlos Alvarado foi originalmente publicado no Journal of the Society for Psychical Research, Volume 67.2, Número 871, Abril de 2003.

É apresentado aqui com a gentil permissão do autor, Carlos Alvarado, e de Zofia Weaver, editor do JSPR.

Por favor visite o website da SPR em
www.spr.ac.uk e o website da The Parapsychology Foundation em www.parapsychology.org]

SUMÁRIO:

Alguns historiadores de psicologia e medicina consideram que conceitos e movimentos hoje considerados metafísicos e pseudo-científicos tiveram influências significativas em desenvolvimentos posteriores.

Um exemplo na Parapsicologia é o conceito de sobrevivência à morte corporal.
Ideias de sobrevivência foram ferramentas de definição de importantes momentos da história da parapsicologia.

Dois de tais momentos foram a fundação e o trabalho pioneiro da Society for Psychical Research (SPR) e o desenvolvimento do trabalho de J.B. Rhine e sua associação na Universidade Duke.

O conceito da sobrevivência, encaixado dentro do movimento do Espiritualismo, ofereceu à SPR um conjunto de fenómenos a serem investigados, incluindo a mediunidade, as assombrações, as aparições e outras manifestações.

O trabalho acerca da sobrevivência conduzido por J. B. e Louisa E. Rhine na Universidade Duke afectou sua ênfase posterior no estudo de capacidades PSI dos vivos.

Discute-se também que a sobrevivência teve influência no desenvolvimento de tais explicações não-espíritas da mediunidade como psi-entre-vivos e interferências da mente do médium.

A literatura do espiritualismo contém mais discussões destas publicações do que é geralmente reconhecido.
A Parapsicologia não se desenvolveu apesar da sobrevivência, mas em alguma extensão por causa dela.

[1] Isto é uma versão revisada da Gwen Tate Lecture patrocinada pela Society for Psychical Research, e apresentada em Londres em 4 de Outubro de 2001.

Introdução

A QUESTÃO da sobrevivência da morte corporal foi um dos problemas clássicos da pesquisa psíquica.

Fenómenos como assombrações, aparições, visões de moribundos, poltergeists, e comunicações mediúnicas, mantiveram esta ideia viva através dos anos.

Os fenómenos relacionados à Sobrevivência, em especial a mediunidade, geraram muitos posicionamentos.

Alguns exemplos são as opiniões contrárias de Charles Richet (1924) e Oliver J. Lodge (1924), e o criticismo do investigador psíquico italiano Ernesto Bozzano (n.d. a/1926) e René Sudre (1926).

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 08, 2013 10:33 am

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Cesar de Vesme fornece-nos com uma caracterização boa destes debates:
“quando o autor publica um livro para manter a hipótese espiritualista, um outro escritor publica um outro livro para suportar a tese contrária, e vice-versa.

As duas doutrinas remanescem uma na cara da outra como dois cães chineses”

(De Vesme, 1928/1931, Vol.1, p.283).

O debate sobre a sobrevivência continua na nossa era e não é provável que seja resolvido em breve [2].

Entretanto, o interesse histórico dentro da pesquisa sobrevivência psíquica pode ser mais do que o estudo das controvérsias que a ideia gerou, e mais do que apenas uma avaliação da pesquisa conduzida.

Neste artigo eu discutirei alguns aspectos da influência da ideia da sobrevivência à morte na parapsicologia.

Ao comentar sua importância eu discutirei que o conceito da sobrevivência (através do espiritualismo) era uma força principal em dar forma aos momentos fundamentais no histórico do campo, e em dar forma à agenda da pesquisa.

Além disso a questão da sobrevivência contribuiu para o desenvolvimento de processos psicológicos ou parapsicológicos alternativos como explicações para fenómenos relacionados à sobrevivência.

[2] Veja, por exemplo, as discussões entre Braude (1992a, 1992b) e Stevenson (1992), e entre Cook (1996, 1997) and Almeder et al.(1997).

Estendendo Conceitos na Ciência e na Pesquisa Psíquica

A historia da ciência mostrou que a pesquisa científica não é guiada unicamente por uma questão abstrata da verdade, nem meramente seguindo os nossos acertos empíricos e com mais estudos adicionais.

Um dos factores extra-científicos que afecta o desenvolvimento da ciência é a influência de conceitos e de ideias que se ramificam.

Estes conceitos influenciam a geração de hipóteses, os tópicos de estudo, e especialmente a forma que as observações e os resultados experimentais são interpretados.

As Filosofias materialista e espiritualista, por exemplo, afectaram a ciência de maneiras diferentes.
Alguns exemplos disto são “a filosofia mecânica” do décimo sétimo século e a filosofia natural do décimo nono.

Uma miríade de conceitos como o vitalismo e a evolução foram influenciados no desenvolvimento da ciência natural e comportamental.

Um conceito que se ramifica dentro da parapsicologia tem sido o conceito da sobrevivência da morte corporal, e mais extensamente, o conceito de transcendência das limitações físicas.

Não há nenhuma dúvida que muita coisa do que chamamos pesquisa psíquica e de parapsicologia foi inspirado pela busca do transcendental.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 08, 2013 10:34 am

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Catherine Crowe (1848) escreveu sobre o “lado noite da natureza,” o que significava que um mundo espiritual foi revelado a nós através das premonições, clarividências, aparições de vivos e dos mortos, poltergeists, e outros fenómenos.

As publicações de investigadores mais antigos têm mostrado claramente que a busca pelo transcendental, ou o espiritual, ou o aspecto não-físico da humanidade inspirou muitos para se envolverem com parapsicologia.

De facto, muitos destes autores discutem que os achados da pesquisa psíquica suportam o conceito da alma ou de dimensões não-físicas da existência humana.

Em seu livro The Unknown [O Desconhecido], o astrónomo francês Camille Flammarion (1900) apresentou muitos exemplos de aparições e de outros fenómenos.

Escreveu:
“Estes fenómenos provam, penso, que a alma existe, e que é dotada com faculdades desconhecidas actualmente”(p.485).

Indicações similares sobre as implicações das pesquisas psíquicas podem ser encontradas em Human Personality and Its Survival of Bodily Death [Personalidade Humana e sua Sobrevivência à Morte Corporal] (1903) de Frederic W. H. Myers, em Body and Mind [Corpo e Mente] (1911) de William McDougall, e em Discarnate Influence in Human Life [Influência Desencarnada na Vida Humana](n.d.b), de Ernesto Bozzano.

Em seu livro The Reach of the Mind [A Pesquisa da Mente], J. B. Rhine (1947) discutiu:
“As pesquisas psi mostram que a mente humana pode escapar de limites físicos em determinadas circunstâncias...
Conformemente uma diferença distinta entre a mente e a matéria, um dualismo relativo, foi demonstrado pelas experiências psi...“

(p.205).

Alguns podem considerar estas perspectivas no máximo, metafísicas, e no pior dos casos, não científicas.

Mas, não obstante como devem ser vistas, tais considerações tiveram papel importante no conjunto do desenvolvimento da pesquisa científica para os fenómenos psíquicos de variadas maneiras.

Enquanto isto possa parecer óbvio a alguém, tais aproximações na história da ciência geraram muita controvérsia.

De facto, eu tenho impressão que muitos parapsicólogos actuais parecem pensar que a parapsicologia moderna representa tentativas bem sucedidas de superar o espiritualismo, o interesse na sobrevivência e similares.

Eu vejo a historia como um campo complexo e interactivo, no qual a parapsicologia desenvolveu-se como uma ciência apesar da questão da sobrevivência e espiritualismo, mas em alguma extensão por causa destes factores.

A Influência das Ideias Místicas e Ocultas na Ciência

Tradicionalmente, a historia da ciência ficou conceituada como o triunfo da razão e da racionalidade sobre as velhas ideias místicas e de ocultismo.

Não por menos, a historiografia da revolução científica e o décimo sétimo século têm mudado durante as últimas três décadas.

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