LUZ ESPÍRITA
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Estudos Avançados Espíritas

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Aborto e Clonagem

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 10:21 am

Eis dois temas actuais que ocupam nossa mídia.

O primeiro deles, inclusive, é objeto de acirradas discussões – com grupos favoráveis e contrários – na Câmara dos Deputados, visando a legalização do aborto no Brasil, devido a Projecto que tramita há 14 anos.

Já a clonagem é assunto de grande interesse da ciência, igualmente alvo de discussões em todo o planeta, além das comunidades científicas.

Discussões a parte, ponderemos, em síntese, de ambos os assuntos à luz da Doutrina Espírita:

a) Aborto – A Doutrina Espírita é clara e tem posição definida.

Na resposta (em pergunta específica sobre o tema) à questão 358, de O Livro dos Espíritos, a informação não deixa dúvidas:
“Há crime sempre que transgredi a Lei de Deus (...)”.

Ora, independente de argumentos de direitos sobre o próprio corpo, liberdade pessoal e mesmo legislação humana nos países, o aborto é violência e crime contra quem não pode se defender.

E toda violência é agressão à lei de amor estabelecida pelo Criador, com consequências variáveis para cada caso.

Temos que nos respeitar mutuamente.
Não há outro caminho.

E esse respeito inclui gestantes, fetos e qualquer pessoa ou ser vivo do planeta.
O assunto é vasto e comporta diversas abordagens.

b) Clonagem – A evolução e o progresso são inevitáveis.

Não há como impedir que as pesquisas prossigam e que o conhecimento avance.
Deus permite os avanços da Ciência justamente para propiciar o progresso humano.

Em tudo, porém, há que prevalecer o respeito à natureza, o uso da ética e da justiça.
Toda vez que houver prejuízos físicos e morais a terceiros, há que se rever procedimentos.

O assunto ainda está imaturo, vive fase de estudos e não há consenso total entre pesquisadores sobre fundamentos, perspectivas, riscos e procedimentos.

Todavia, há que se considerar que poderemos clonar (dentro dos avanços que a ciência alcançar) órgãos e corpos, mas jamais clonaremos espíritos ou personalidades.

Os espíritos são únicos, indivisíveis, com tendências, gostos e estágios intelecto-morais distintos;
O facto patente, porém, é que Deus permite tais progressos (como tantos outros, em inúmeras outras áreas) para que avance a Humanidade, sempre considerando os méritos que vamos alcançando, mas somos responsáveis pela direção que imprimimos às próprias conquistas.

É extraordinária a Doutrina Espírita.

Permite-nos analisar qualquer assunto humano, mas sempre nos solicita que o façamos com responsabilidade, bom senso e lógica.

Orson Carrara

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Os Espíritos tudo sabem e tudo podem?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 10:23 am

Amílcar Del Chiaro Filho

Os espíritos tudo sabem e tudo podem?
Quantas pessoas já fizeram essa pergunta, e já ouvimos diferentes respostas.

Por exemplo:
já ouvimos que os espíritos, não sendo mais do que as almas dos homens que já viveram na Terra, nada tem a nos ensinar.

Já lemos em livros de autores estrangeiros, traduzidos para o nosso idioma, que os mortos nada tem a ensinar aos vivos, porque são mortos.

Por outro lado já deparamos com um grande número de pessoas que acreditam, que ao desencarnar os espíritos passam a tudo saber e poder.

Na pergunta de n.° 238 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec perguntou:
As percepções e conhecimentos dos espíritos são infinitos?
Em uma palavra, sabem eles todas as coisas?


A reposta foi:
Quanto mais se aproximam da perfeição mais sabem – se são superiores, sabem muito.
Os espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes em todos os assuntos.


Deduzimos dessa resposta que estão errados aqueles que pensam, que basta ser um espírito desencarnado para ter toda a sabedoria possível e conhecer todas as coisas e assuntos.

Este é um triste engano que tem levado muitas pessoas à sérias decepções, e pior ainda, culpam a Doutrina Espírita por isso.

Se tivessem se dado ao trabalho de estudar um pouco o Espiritismo, se forrariam de tais decepções.

Por outro lado equivocam-se os que pensam que os espíritos não tem nada a nos ensinar, pois, tem e muito.

A sua simples manifestação já nos ensina sobre a imortalidade do ser, imortalidade dinâmica que caminha para a perfeição.

Apesar das advertências feitas por centros espíritas sérios e por programas de rádio e jornais doutrinários, ainda existem os que se fanatizam por espíritos e acham que eles tudo podem e sabem.

Entretanto é preciso convir que existem muitos espíritos, considerados guias e protectores de médiuns e instituições espíritas ditas espíritas, que nem sequer conhecem a Doutrina Espírita.

Outra questão complicada para os espíritos é a questão do tempo.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 10:25 am

Continua...

Eles não marcam o tempo como nós, não estão escravizados ao relógio ou calendário, por isso, cada vez que um espírito marque um tempo para certos acontecimentos, existem possibilidades de falhas.

Aliás, Allan Kardec recomendou que desconfiássemos, sempre que um espírito predissesse um tempo exacto para algum acontecimento.

Saber o princípio das coisas, ter domínio sobre o tempo e ter todas as percepções são coisas de espíritos muito evoluídos.

Sabemos que eles se interessam por nós, aliviam nossos sofrimentos, nos aconselham, mas como eles conhecem as finalidades dos acontecimentos, não se angustiam como nós.

Eles se entristecem, mesmo, quando nos rebelamos contra a vida e contra Deus, pois sabem que as consequências serão, a de nos atrasar na evolução e trazer mais dores em nosso caminho.

Vale a pena ser espírita?
Claro que sim, mas ser espírita com lucidez, amante do estudo, do conhecimento.

O homem que procura no Espiritismo as soluções para os problemas que cabe a ele próprio resolver, que só entende Espiritismo pelos prisma dos fenómenos mediúnicos, pelas vantagens materiais, está imitando o personagem bíblico Esaú, que trocou a sua progenitura por um prato de lentilhas.

Não pode existir Espiritismo sem estudo, sem aplicação do aprendizado, sem transformação moral, sem o desenvolvimento das potencialidades do ser.

Somos seres em desenvolvimento.
Somos imperfeitos, mas perfectíveis, por isso, os pequenos gestos de bondade ajudam em nossa caminhada.

O Espiritismo é uma terapia para a alma cansada, doente, aflita, é a terapêutica do amor.
Como não pode existir Espiritismo sem estudo, também não pode existir Espiritismo sem amor.

Se você decidiu, espontaneamente, ser espírita, seja-o por inteiro.

Desenvolva a fé racional, tenha por lema a caridade, espalhe em torno dos teus passos a bondade e a esperança.

Desenvolva o amor em plenitude para anular o ódio dos que ainda se comprazem na sombra.

(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O que se oferta às Crianças...

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:40 am

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

"Comovo-me ao contemplar esses olhinhos espremidos de curiosidade e atenção, sequiosos de uma semeadura que povoe a mente de ideais promissores, de inspirações grandiosas... e quão criminosos não seremos se, ao invés do pão espiritual, apenas lhes lançarmos açucaradas guloseimas ou, ainda pior, o veneno no disfarçado em prato apetitoso aos olhos ingénuos!"

Muito me chamou a atenção a psicografia assinada por Cecília Meirelles, apêndice do livro A Educação segundo o Espiritismo, de Dora Incontri, editada pela FEESP.

Tal texto ressalta a importância da escolha dos textos que se oferecem às crianças, e da responsabilidade do adulto no sentido de guiá-las através das leituras, propiciando um melhor aproveitamento da sua reencarnação.

A autora diz o seguinte:
"Quem se habilita a ofertar à criança uma página, um verso, um dizer - que o faça com a unção de quem deposita flores no altar de uma alma...

Quem se atreve a modelar os sonhos das novas gerações e projectar imagens que criarão actos e impulsos, pensamentos e outras criações, que o faça com a responsabilidade absoluta da Beleza e do Bem...

Nada de oferecer um restolho de inspiração, o que sobrou nas prateleiras de ideias rejeitadas para o mundo dos adultos e que sob uma embalagem graciosa se dê empacotado para a pequena alma infantil - que pode encerrar uma grandeza oculta aos olhos da carne!

É preciso doar à criança o que de melhor nos escorrer do espírito, em estado de graça e simplicidade!

Algo que possa servir para a vida toda e até mais além, eternidade afora...

A facilidade fútil com que os adultos costumam, sobretudo nesses tempos banais, confeccionar historietas e livretos, poeminhas e toda a multiplicidade de imagens televisivas, é um desrespeito à inteligência que torna ao mundo, na expectativa, de arrojados progressos espirituais!

Quanto cuidado é preciso para se extrair algo do escrínio da inspiração, que seja digno da pureza infantil e ao mesmo tempo substancial para o Espírito eterno, que habita o corpinho tenro!

Comovo-me ao contemplar esses olhinhos espremidos de curiosidade e atenção, sequiosos de uma semeadura que povoe a mente de ideais promissores, de inspirações grandiosas... e quão criminosos não seremos se, ao invés do pão espiritual, apenas lhes lançarmos açucaradas guloseimas ou, ainda pior, o veneno no disfarçado em prato apetitoso aos olhos ingénuos!

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:41 am

Continua...

A palavra semeada numa alma de criança pode frutificar amanhãs radiosos, mas também pode se tornar um espinho indesejável, de que muitas vezes ela não conseguirá se livrar.

Nunca serão excessivos os cuidados que tomarmos com o alimento de arte que possamos lhes oferecer.

Quando escritores se debruçarem sobre a página em branco, para respingar ideias e metáforas para as crianças, que se elevem para o infinito, pois é de infinito que devemos fecundar o futuro.

Quando pais e mestres buscarem as páginas já escritas, que escolham as que mais possam reflectir ideias transcendentes e não as que se arrastam na miséria apenas do quotidiano.

Não digo, com isso, que a literatura infantil deve ser preenchida de metafísica pedante e indigesta.

Ao invés, é na simplicidade que moram as grandes ideias do Bem e do Amor e é na vida transpassada para a beleza das palavras que habitam os exemplos dignos de serem conhecidos e as aventuras mais excitantes da evolução espiritual.

Que se transportem as jornadas interessantes a terras longínquas ou a outros planetas em metáforas da grande aventura que é o progresso do Espírito em direcção à luz das estrelas!

Que se saiba traduzir o Bem e a Verdade sem o moralismo maçante das igrejas, mas com a poesia que o universo mesmo oferece aos olhos atentos e sensíveis do verdadeiro artesão das palavras!

Há tantas fontes de inspiração inexploradas, há tantas belas palavras ainda não suficientemente bem arranjadas para carregarem no bojo mensagens eternas, que quase me sinto tentada a repetir meu ofício na próxima vida terrestre, e quiçá alcançar maior elevação do que me foi dado realizar, para escrever novamente a esses seres que adoro.

Esses seres que, enquanto crianças, manifestam o que de melhor há na humanidade para ser amado.

Enquanto isso, vou inspirando aqui e ali, anónima ou explicitamente, aqueles que se afinam com esses propósitos, mas esperando sempre que os adultos finalmente se convençam dos cuidados extremos que devem tomar no cultivo da alma infantil."

Cecília Meirelles

(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O homem da lousa

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:42 am

Orson Peter Carrara

Um dia desses, num semáforo, parei parcialmente sobre a faixa de pedestre.
Foi o suficiente para um dos filhos logo dizer:
"Ô pai! Logo vem o homem da lousa ensinar você..."

E fiquei a pensar...
É verdade, eu estava errado.
A campanha do Governo Federal, com apoio dos órgãos responsáveis pelo trânsito foi feliz no comercial da TV.

O homem da lousa é simpático, a campanha é inteligente, ensina mesmo e fica gravada na memória...
Incrível o poder da mídia.

Entra na casa de todo mundo, interfere no comportamento, impõe hábitos e conduz aqueles que se deixam influenciar, pois digamos nem tudo que a mídia traz é bom...

Usando o simples exemplo da publicidade para educação no trânsito (diga-se de passagem, muito necessária), podemos extrair muitos ensinamentos.

Seja na educação dos filhos ou da própria sociedade ou ainda para dizer que muitas vezes na vida precisamos mesmo de um homem da lousa para mostrar onde estamos dando as cabeçadas.

Isto serve para cada um em particular, para famílias inteiras, para toda uma cidade e até apara uma nação.

Parece até que todos precisamos que apareça um educador quando poluímos um rio - nele atirando lixo, jogamos toco de cigarro na margem seca da estrada e provocamos incêndios.

Também vale na ultrapassagem perigosa na estrada, ao avançar do sinal vermelho ou quando na política somos parciais e muitas vezes desviamos dinheiro público.

Notem que uso o verbo na 1.ª pessoa do plural, pois considero aqui o ser humano em geral ou todos nós os habitantes do sofrido planeta Terra.

Nem percebemos, mas a tal lousa seria útil mesmo quando nos entregamos ao desânimo ou a revolta, quando perdemos a esperança.

Quando gritamos, desprezamos, usamos a maledicência ou furtamos de alguém seus bens ou a própria alegria com nossos dardos mentais e verbais...

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:42 am

Continua...

Tudo isso está em nosso prejuízo e nem percebemos.

Guardamos mágoas, vinganças, rancores e isto acaba com nosso sossego e pior que nem percebemos, como quando ultrapassamos a tal faixa de pedestre.

E quando então nos fechamos no egoísmo tolo ou no feroz orgulho?
Ou quando surge a vaidade, ciúme ou até mesmo aquela tristeza que nos paralisa?


Não era hora de parecer um educador que nos dissesse:
Vamos aprender a lição?

E sabe o que é interessante?

O educador existe, nós é que não prestamos atenção.

Inicialmente ele é discreto.
Costumamos desprezá-lo, achando-nos mais sabidos.

Aí a vida toma outra providência:
manda outro mensageiro para nos chamar a atenção, a quem muitas vezes desprezamos ainda mais com nova revolta e intensa reclamação.

Bom, o leitor já sabe:
primeiro aviso é o da consciência.

O segundo enviado é a dor.

Seja como enfermidade ou acidentes inesperados que nos afetam diariamente ou a seres queridos próximos de nós...

Já que teimamos em não escutar, a vida vai nos conduzindo até que aprendamos a prestar mais atenção e não parar na faixa de pedestre, que em boa comparação, seria respeitar o espaço daquele que conosco convive, mesmo que seja simplesmente no trânsito.

(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O Evangelho na Doutrina Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 10:37 am

Marcus Alberto de Mario

Alguns segmentos religiosos mantém em seu discurso uma acusação grave contra a Doutrina Espírita, a de que nossa doutrina não é baseada nos ensinos de Jesus.

É comum ouvirmos padres e pastores afirmarem que o Espiritismo é doutrina do demónio, e que os espíritas desconhecem o Evangelho.

Primeiro, há necessidade de se esclarecer o entendimento sobre o demónio, palavra de origem grega, daimon, que significa génio ou protector familiar.

Sócrates, famoso filósofo grego, dizia conversar constantemente com seu daimon, de quem recebia orientações de ordem moral.

Portanto, a palavra demónio só muito mais tarde veio receber a acepção de um ser criado para fazer o mal, concepção essa contrária ao bom senso e à lógica, pois se Deus, o Criador, é todo bondade, amor e justiça, não pode criar um ser destinado, por toda a eternidade, a fazer o mal, sem condição alguma de progresso.

O reconhecimento da existência do daimon sanciona a crença na imortalidade da alma, na continuidade da vida após a morte e na comunicabilidade dos espíritos com os homens, e nada tem a ver com a maldade absoluta, pois a crença espírita é a da existência de espíritos imperfeitos, ainda se comprazendo no mal, mas que, pela lei do progresso, irão caminhar paulatinamente para o bem.

Quanto à argumentação de que o Evangelho não faz parte do Espiritismo, façamos um pequeno estudo de "O Livro dos Espíritos", a obra básica da doutrina.

Logo no frontispício, a página de abertura da obra, lemos:
"O Livro dos Espíritos, contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre (...) as leis morais (...) segundo o ensinamento dos Espíritos Superiores (...)".

Perguntamos: que leis morais?
São aquelas inscritas nos Dez Mandamentos e que servem de fundamento aos ensinos e exemplos de Jesus.

No item seis da Introdução, quando resume os pontos principais da Doutrina, baseado nos ensinos do Espíritos, Allan Kardec expressa a crença em Deus como condição básica da fé espírita.

Depois informa:
"A moral dos Espíritos Superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica:
"fazer aos outros o que desejamos que os outros nos façam", ou seja, fazer o bem e não o mal.


O homem encontra nesse princípio a regra universal de conduta, mesmo para as menores acções."

Como podemos perceber, é um ensino de Jesus recomendado como princípio universal de conduta para o homem.

Na mensagem dos Espíritos Superiores que antecede os estudos na forma de perguntas e respostas, lemos:
"A vaidade de certos homens, que crêem saber tudo e tudo querem explicar à sua maneira, dará origem a opiniões dissidentes;

mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus
(acima referido) se confundirão no mesmo sentimento de amor ao bem e se unirão por um laço fraterno que envolverá o mundo inteiro;
deixarão do lado as mesquinhas disputas de palavras para somente se ocuparem das coisas essenciais."


Novamente a alusão a Jesus e seus ensinos, desta vez como roteiro para união das doutrinas religiosas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 10:38 am

Continua...

A primeira parte de "O Livro dos Espíritos", tratando das Causas Primárias, faz um amplo estudo sobre Deus e a criação divina, e se o Espiritismo nenhuma relação tivesse com o Evangelho, não poderia construir seu edifício doutrinário na crença em Deus, pois toda a cristandade, seja ela católica ou protestante, baseia-se na crença divina.

Na segunda parte, estudando o Mundo Espírita ou dos Espíritos, compreendemos que os Espíritos são os próprios homens desencarnados, e que tudo no universo é regido pela lei de Deus, e que temos o progresso intelectual e também o progresso moral, e que é este último o que distingue as diferentes ordens de Espíritos.

Mais uma vez a questão moral como base do pensamento espírita.

Quando Allan Kardec chega à terceira parte, As Leis Morais, nenhuma dúvida temos quanto a estar o Espiritismo intimamente ligado ao Evangelho.

Basta lermos a questão 625:
Pergunta:
"Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo?"

Resposta:
"Vede Jesus."

A seguir o Codificador faz este comentário:
"Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra.
Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na Terra."


Jesus como guia e modelo da Humanidade e mais, a sua doutrina, ou seja, os seus ensinos, como expressão perfeita da lei divina fazem parte dos princípios básicos do Espiritismo, não havendo possibilidade, portanto, do espírita estar desligado do Evangelho ou não poder ser considerado cristão.

O que acontece é que o Espiritismo não considera o Evangelho ao pé da letra.

Temos que o Evangelho é o conjunto de escritos dos discípulos e apóstolos sobre Jesus, recorrendo os mesmos para essa tarefa, da sua memória e de anotações diversas.

Não transcreveram fielmente a vida e obra de Jesus, e cada um escreveu de acordo com seu ponto de vista, sofrendo maior ou menor influência da cultura judaica.

Também o Evangelho sofreu mudanças nas traduções para outras línguas e recebeu acréscimos e decréscimos por parte da Igreja Católica, o que é facto histórico.

Assim, o Espiritismo considera unicamente os ensinos morais de Jesus, tomando todo o resto da obra como subsídio histórico, o mesmo acontecendo com os escritos que compõem o Velho Testamento, ou Bíblia.

O espírita não se preocupa em decorar capítulos e versículos para recitá-los mecanicamente, pois sua meta é a vivência dos ensinos morais do Mestre Jesus, e essa vivência deve ser exercida através do amor ao próximo.

Evangelho e Espiritismo são indissociáveis, e quem afirma o contrário o faz por desconhecimento ou má fé.

Não encontrando na prática espírita os fundamentos das cerimónias e dos rituais litúrgicos e nem das recitativas evangélicas de missas e sermões, condenam o Espiritismo julgando-o pela superfície, quando, se o estudassem, encontrariam a caridade recomendada por Jesus em acção, no silêncio de quem dá com a mão direita sem estender a mão esquerda para receber, como recomendou o guia e modelo da Humanidade.

O ensino de Jesus é realizável?
José Argemiro da Silveira

"Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam".
(Mateus, v:44)

(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Como realizar, no quotidiano, o que Jesus nos recomenda?

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 10:38 am

Algumas pessoas conseguem, senão totalmente, pelo menos num percentual expressivo, vivenciar este e outros ensinamentos do Cristo.
Mas o comum da humanidade ainda estamos longe de aplicarmos, em boa proporção, tais recomendações.

É necessário a transformação.
É urgente afeiçoarmos nossas vidas aos ensinos do Mestre, mas a vida nos mostra que não se consegue isto, de um momento para outro.

Como ocorre a mudança?

Primeiro temos a necessidade de nos informar, conhecer o ensino, assimilar a lição.
Em segundo lugar, precisamos trabalhar nossos conteúdos individuais (e cada um está num determinado patamar evolutivo).

É a questão do autodescobrimento, do conhecer-se a si mesmo.

Como estou me comportando?
Qual a reação que provoco nos outros?


Alguém fala em introjectar o ensino;
outros dizem conscientização.

As palavras não importam, o facto é que precisamos trabalhar o nosso mundo íntimo e buscar identificar nossas incoerências, as dificuldades que experimentamos para mudar o comportamento.

Em terceiro lugar vem a prática, a aplicação no viver diário daquilo que já se aceitou teoricamente.

O importante nesse esforço de transformação é sermos exigentes connosco, e não com os outros.

Não vale nos constituirmos em críticos da conduta alheia, pois criticar, dizer como se deve fazer é fácil.
Exemplificar, vivenciar na própria conduta aquilo que se cobra dos outros é difícil, e é o que importa.

Há alguns dias encontramos um amigo que, após informar ter se afastado da casa espírita onde trabalhava, teceu duras críticas aos espíritas.

As pessoas que trabalhavam na sua ex-casa espírita eram incoerentes, falsas, e até mesmo hipócritas, etc.
E se dizia decepcionado com os ex-companheiros, frustrado em seus propósitos.

Humberto de Campos, pela psicografia de Chico Xavier, conta o caso de alguém que comemorava 15 anos de Espiritismo.
Para celebrar a data, procurou uma reunião mediúnica, numa casa espírita conhecida, para ouvir algum amigo espiritual.

Veio o guia, e após a saudação perguntou-lhe onde estava trabalhando.
O cidadão informou que não estava engajado em nenhuma tarefa.

O mentor espiritual passou a indagar-lhe pelos núcleos de trabalho por onde havia passado e ele respondeu que do primeiro, se afastara por intrigas;
no segundo não deu continuidade à tarefa porque a direção da casa era muito centralizadora;

no terceiro também não pode permanecer porque as pessoas que ali trabalhavam eram muito imperfeitas, cheias de problemas pessoais, etc.


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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 10:39 am

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Assim, até aquele momento, não havia encontrado local ideal para dar sua contribuição.

Pediu ao guia orientação.
O amigo espiritual lhe fez várias sugestões, todas rejeitadas porque os integrantes das Casas sugeridas, seus conhecidos, no seu entender, não lhe serviam para companheiros.

O mentor concluiu:
Então o amigo volte a nos procurar quando tiver um par de asas...
A pessoa exigia que os outros fossem santos, esquecida de que ela também era imperfeita.

É comum ouvir-se expositores que fazem duras críticas aos espíritas, exigindo maior coerência entre o que se crê e o que se pratica.
É claro que precisamos trabalhar forte por essa coerência, mas exigir que se realize, no aqui e agora, tudo o que Jesus ensinou nos parece um equívoco.

O Espiritismo nos ensina que todos somos criados iguais, simples e ignorantes, com um potencial.
Deus nos deu a cada um uma missão com o fim de nos esclarecer e progressivamente chegarmos à perfeição.
A felicidade plena a criatura encontrará nessa perfeição (questão 115, de O Livro dos Espíritos).

Para se compreender melhor essa jornada evolutiva, é preciso estudar o capítulo III, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde Kardec regista:
"Embora não possamos fazer uma classificação absoluta dos diversos mundos, podemos, pelo menos, considerando o seu estado e o seu destino, com base nos seus aspectos mais destacados, dividi-los, de um modo geral:

Mundos primitivos;
Mundos de expiações e de provas;
Mundos regeneradores;
Mundos felizes;
Mundos celestes ou divinos.

A Terra pertence a categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias".

O estudo desse capítulo, junto com as questões de n.° 100 e seguintes de "O Livro dos Espíritos", onde é feita uma escala espírita, dividindo-se os Espíritos em três ordens e dez classes, nos leva a compreender onde nos achamos na referida escala.

A jornada evolutiva é quase infinita, como a simbólica escada de Jacob.
Se o Espírito está no degrau número vinte, certamente não conseguirá, a golpe de instantaneidade, passar para o de número duzentos, e assim por diante.

Nas perguntas de n.° 114 a 127, de "O Livro dos Espíritos", fica bem claro como esse progresso se realiza, Temos que subir a escada degrau a degrau, e feliz de quem aproveitar o tempo no aprendizado e no trabalho para subi-la o mais rapidamente possível.

Os ensinos de Jesus são realizáveis, porém não integralmente de imediato, Conforme bem assinalou D. Leda Ebner, em seu artigo "O Espiritismo em nós", neste Jornal, no mês de fevereiro/2001, "O Espiritismo mostra-nos que não podemos nos tornar anjos, em poucos anos.

Mas devemos e podemos viver, visando o ideal da melhoria constante, dentro das nossas possibilidades reais, as quais costumamos subestimar".


(Jornal Verdade e Luz Nº 182 de Março de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O dualismo de Locke

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 10:59 am

Domério de Oliveira

O filósofo Inglês John Locke viveu de 1632 usque 1704, justamente em um período de transformações políticas e intelectuais na Europa e ainda mais na Inglaterra.

Locke esteve no coração disso tudo e participou ativamente de todas aquelas transformações.
Ao longo da sua existência tornou-se amigo de Cientistas Famosos, entre eles, e o maior de todos, Isaac Newton.

Locke escreveu importantes obras filosóficas, entretanto, seu trabalho de maior alcance foi:
"UM ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO" que tratava da Filosofia Geral.

Mais tarde, com muita propriedade, escreveu "O ENSAIO", um livro profundo de filosofia que demanda leitura atenta e de difícil hermenéutica.

Até hoje, em nossos dias, este livro desperta a atenção dos mais Eminentes Filósofos.
Neste seu livro - "O ENSAIO" - Locke tomou por base a metafísica e a epistemologia e chegou à meridiana conclusão do dualismo ou seja do princípio:
Espírito e matéria.

Abrindo um pequeno parêntese, podemos dizer que a metafísica é a parte da filosofia que estuda o "Ser" no seu aspecto transcendental.

E, epistemologia é o estudo crítico dos princípios, hipótese e resultados das ciências já constituídas.
Então, no seu livro, "O Ensaio", Locke chegou à meridiana conclusão de que o Ser Humano tem o seu alicerce no dualismo: Espírito e matéria.

Sabemos que o Dualismo é a doutrina que admite a coexistência da matéria e do Espírito.

Colhemos no livro "O Ensaio", deste Grande Filósofo, o seu depoimento:
"o mesmo acontece com as operações da mente, a saber, pensar, raciocinar, temer etc., as quais, ao concluirmos que não subsistem por si mesmas e ao não compreendermos como poderiam pertencer ao corpo ou serem produzidas por ele, somos levados a pensar que são acções de alguma outra substância que chamamos Espírito".
(apud - "Locke, Ideias e Coisas" de Michael Ayers - trad. de José Oscar de Almeida Marques - edit. UNESP).

Locke refere-se a uma "substância" que designa por Espírito.

Em verdade, a palavra substância é a parte real ou essencial de algo. O Espírito revestido do Perispírito não deixa de ser uma substância e esta, como sabemos, faz parte integrante do nosso conjunto somático e Locke "sponte sua", acaba confessando:
"temos uma noção tão clara dessa substância, o Espírito, quanto a que temos da do corpo".

Podemos asseverar que do dualismo, corpo e espírito, sustentado por Locke, por certo, nasceram as demais correntes filosóficas-espiritualistas.

O próprio Kardec, em suas pesquisas, não descurou dos princípios filosóficos de John Locke.

Sim, o realismo Lockeano, não dogmático, por certo, leva-nos ao campo da metafísica, para além dos estreitos limites da matéria.

Os extremos argumentos de Locke contra os filósofos dogmáticos abrem novas fronteiras para os ilimitados horizontes da Espiritualidade.

Também, Locke traçou a grande cadeia de seres.
Para Ele, o mundo natural é composto de indivíduos conectados por uma rede de semelhanças.

Para Ele, os reinos vegetal e animal estão estreitamente unidos.
Assim, nosso velho Locke vislumbra, na natureza, os três reinos que se ligam, por conexões íntimas, quase que imperceptíveis.

Neste aspecto, os Pensamentos de Locke e de Léon Denis emparelham-se.
Ambos são evolucionistas e nos asseguram que o Espírito, na sua jornada de evolução, percorre os reinos da natureza.

Meus amigos, ante o exposto, sentimos que os Princípios Gerais da Filosofia de John Locke, não deixam de ser os primeiros Albores das Luzes da nossa querida Doutrina.

(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O Bem

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 11:00 am

Leda de Almeida Rezende Ebner

Gostamos de repetir que Deus e Jesus não esperam que nos tornemos anjos em uma só existência ou mesmo em algumas.

Nosso processo evolutivo é muito longo, mesmo considerando-o a partir do momento em que nos tornamos Espíritos, com consciência e livre-arbítrio, no desenvolvimento da inteligência e do sentimento.

Muito já desenvolvemos no campo intelectual. Estamos bem atrás no aspecto dos sentimentos e da moral.

Hoje, com o conhecimento que a doutrina espírita nos proporciona a respeito dos seres, da vida, das leis naturais, nossos objectivos transformaram-se e desejamos desenvolver o potencial divino, que trazemos em nós, numa pressa, muitas vezes angustiosa.

Todavia, o auto-desenvolvimento, a auto-educação é um processo longo e difícil, principalmente, para nós habitantes da Terra, com mais atracção para o mal, pois, até há pouco tempo, víamos a felicidade no orgulho, no egoísmo, no poder e na glória humanos.

Na Terra, quando nos abrimos para o valor do Bem, da sua necessidade para a paz e a felicidade dos homens e das nações, precisamos de tempo para entendê-lo, para desenvolvê-lo, no profundo de nós mesmos.

Precisamos pois, do esforço determinado e perseverante no exercício do Bem, com raciocínios e boa vontade para que o Bem cresça em nós, de tal forma, que se torne parte activa de nós próprios.

Quando isso acontece, o Espírito não precisa mais do esforço dos raciocínios, do querer porque então, ele, o Bem, manifestar-se-á nos sentimentos, nas emoções, no pensamento e nos actos.

O Bem só estará desenvolvido em nós, quando o praticarmos, "instintivamente", sem mesmo dele termos consciência, expressando-o de forma natural, em todas as nossas atitudes e acções.

Até a conquista desse ideal de perfeição, ensinado e vivido por Jesus, nosso maior modelo, a luta connosco, não com os outros, é e será árdua;
por isso, precisa ser reflexionado, constante, com muita disciplina, com confiança em Deus, que quer o melhor pra os seus filhos, com confiança em nós, que somos perfectíveis, capazes de transformamo-nos e atingir o determinismo divino da perfeição possível.

Jamais pensar:
"Nasci assim, serei sempre assim."

Continua...
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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 11:00 am

Continua...

Não, somos hoje como nos fizemos em nossa caminhada evolutiva e, assim como desenvolvemos o egoísmo e o orgulho, origem de todos os vícios e males da humanidade, podemos também, desenvolver o Bem, que já existe em nosso "eu" espiritual.

Se olharmos nosso interior, com objectividade, procurando nos ver com clareza, como se fôssemos outra pessoa, veremos, ao lado das imperfeições, coisas boas que desenvolvemos, como por exemplo:
amar algumas pessoas, do nosso modo, mas já sendo o amor crescendo em nós.

Somos capazes de alguns atos bons e nobres, em determinadas ocasiões, com determinadas pessoas.
Precisamos torná-los cada vez mais freqüentes, em mais ocasiões, com mais pessoas.

Se já percebemos que queremos o Bem para nós, para os outros e para toda a humanidade;
que a Terra pode torna-se um mundo melhor, com mais igualdade, tolerância, solidariedade, justiça, a tarefa do desenvolvimento do amor em nós e ao redor de nós, combatendo o mal, mas ajudando o maldoso, deve ser assumida por cada um, de forma determinada, urgente e perseverante.

Devemos lembrar porém, que os meios a serem usados nessa tarefa devem ser os do Bem, porque na moral de Jesus, o fim não justifica os meios.

Se a finalidade é o Bem, os meios também têm que ser os do Bem.

Essa luta no desenvolvimento do Bem, que começa em nós, é uma tarefa solitária, quase sempre não percebida pelos próximos e que demora tempo para dar frutos.

Quanto maior for a dificuldade interna, por causa das próprias imperfeições e vícios desenvolvidos no decorrer de milénios, os resultados sentidos e percebidos pelo lutador, poderão nem mesmo ser notados pelos que com ele convivem.

Humildade, paciência, compreensão e resignação serão exercitadas e a luta continuará sem preocupação com resultados exteriores, que surgirão um dia.

A certeza de que a vida é eterna, que o desenvolvimento do Bem, em nós, continuará no plano espiritual e em novas reencarnações, constituem um estímulo a perseverar nessa tarefa, para que o mal que criamos dentro de nós desapareça, libertando-nos para amar e servir, sentido, pensando e fazendo o Bem.

(Jornal Verdade e Luz Nº 185 de Junho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty O amor ao próximo nos tempos modernos

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 11:01 am

Idalina Aparecida Silva Magro

Iniciamos 2001.
Tempos de maravilhas.
Nunca o Espírito humano brilhou tanto na ciência, na tecnologia.

Quanto crescemos, quanto nos modificamos!
No último século, com certeza se deu o coroamento do que se iniciou à época do renascimento, O homem ascende ao futuro e isto é maravilhoso e necessário.

A grande maravilha que também marcará, com certeza os próximos tempos, será o engrandecimento do sentimento amoroso.

As pessoas estão sensíveis, necessitadas de fazer algo para o outro.
Há uma necessidade de caridade no ar.
É o Espírito humano se aprimorando.

Como Jesus esclarece: os tempos são chegados e a regeneração é um facto.
Na Terra ainda há o crime, a guerra, a fome, a miséria, a doença, a ignorância, que é a mãe de tudo isto.

Mas também já surge um número cada vez maior de pessoas que sofre pelo outro, que chora o choro do companheiro, que se compromete em Espírito em fazer algo além de si mesmo.

A mídia não destaca essas pessoas, mas elas existem e já são muitas.
Quem sabe vê-las, quem as encontra percebe que não são génios ou missionários especiais.
São apenas seres humanos comuns que já se diferenciaram na qualidade do seu sentimento e promoveram, com isso elos de ligação entre as pessoas em bases da fraternidade e da solidariedade.

O Evangelho Segundo o Espiritismo esclarece que são esses os sentimentos estruturais dos mundos regenerados.
É bom que passemos a enxergar esses sinais para que percebamos em nós sintonias com o bem e nos certifiquemos de que o mal não detém o poder de influência que parece ter.

Já o amor é diferente.
Este sim, é o dom supremo.
Ele é "paciente benigno, nunca se ensoberbece, nunca se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade".
(Paulo, 1.ª Epístola aos Coríntios)

Passemos a buscar em pessoas comuns do nosso dia-a-dia, não esse amor que ainda não temos com tal requinte, mas ensaios grandiosos, que já mostram Espíritos qualificados para o bem.

Com certeza os pessimistas, os amargurados e desesperançados não crêem que tais coisas possam estar acontecendo, mas podem estar seguros de que é um facto:
"porque o homem caridoso faz o bem de forma oculta.

É indiferente aos louvores humanos, e porque tem elevação de caráter, se desloca acima dos julgamentos de um mundo transitório e procura a justificação dos seus actos na vida que não acabará".

(Léon Denis, Depois da Morte)

Mas esse homem caridosos consegue, apenas por ser o que já é, modificar os ambientes onde se encontra, colocando no ar vibrações de ternura, de serenidade e de confiança e de gratidão pela vida que vive.

Essas pessoas existem e justamente por serem assim, ocultam-se em sua humildade.

Nesse contexto nos cabe melhorar em qualidade, o afecto, requintar sentimentos, por sintonia, magnéticamente, conviveremos com estas criaturas melhores, mais simples e sinceras.

É um grande encontro:
quando ele se dá;
emocionante: tudo se engrandece, a emoção é espiritual.


Depende do esforço de cada um.
Tudo começa e termina em nós mesmos.
A aquisição de companhias melhores requer a diferenciação espiritual, porque a atracção é por sintonia do Espírito.

O esforço é grande mas vale a pena pois Amar é o que realmente conta.

(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)

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Última edição por O_Canto_da_Ave em Qua Jan 25, 2012 11:02 am, editado 1 vez(es)
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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Não deixem a peteca cair

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 11:01 am

Orson Peter Carrara

Os grupos se formam e desenvolvem suas habilidades sob o comando de um líder ou grupo que se destaca entre os integrantes.
Realizam, progridem, aprendem, entusiasmam-se…

Mas, como nada é permanente, o tempo passa, o grupo sofre transformações, perde seu líder e vem o impacto da insegurança, do medo e até a desunião.
Parece que uma pilastra desabou, os alicerces se quebraram e tudo parece um pântano confuso.
Vem o desânimo, a intriga, a discussão…

No entanto, temos que estar preparados para permanentes mudanças em tudo na vida.
Esta é uma lei que estamos sujeitos a todo instante.

Porém, a Doutrina Espírita está acima das transições humanas.
Temos que seguir a Doutrina e não a pessoas.

Os homens passam, aquela permanece.
E quando priorizamos a Doutrina, tornando-a importante em nossa vida, saberemos superar as transições.
Entenderemos que se alguém se vai, nós que ficamos é que temos que continuar.

Afinal a Doutrina não é fulano ou sicrano.
Ela é o ensinamento dos espíritos, coordenados por Kardec, acessível a todos nós.
Se a estudarmos, penetrarmos em suas linhas, sentiremos o mesmo entusiasmo que era transmitido pelo líder ou grupo que se foi.

É claro que sentimos falta de alguém que se vai.
Uma mudança, uma desencarnação, uma alteração de vida, mas o Centro não pode parar por isso.
A Doutrina não deve sofrer prejuízo por isso.

Se permanecemos, é o convite para o trabalho.
Tudo deve continuar, pois a Doutrina é muito importante, tem tudo a nos oferecer.
Está completa, esperando nossa consulta aos textos, nossa disposição ao trabalho.

Quando Chico, Divaldo ou Raul se forem, a Doutrina vai acabar? Não!

Tudo continua, esperando nossa presença, nosso trabalho.
Pensemos bem:
O Centro Espírita precisa de alguém que abra suas portas, arrume a água, limpe o chão, arrume as cadeiras, distribua as mensagens, atenda as pessoas, prepare o estudo, incentive os demais…

Toda Casa precisa daquele que apague as luzes, desligue os ventiladores, limpe os banheiros, arrume os livros, compre os livros, distribua os jornais…

Nossa, quanta coisa por fazer…

E isto sem falar na correspondência a abrir e a elas dar sua destinação ou as providências administrativas.

O Movimento precisa daquele que organiza os eventos, convida os oradores, ensine as crianças, motive os jovens.

Quem são essas pessoas que fazem isso?

Ora, são os próprios espíritas.
E nós ficamos a lamentar a saída de alguém…

Por isso, amigos em toda parte, não deixem a peteca cair.
Há muito trabalho a fazer…

Ele será tua segurança, teu apoio em família, tua referência de vida.
Abrace-o com vigor e prossiga, pois o retorno de tua dedicação surgirá em proteção e alegrias que tu nunca conseguirá repor, por mais que trabalhe.

Pelo menos em gratidão a Deus, pela Doutrina que te beneficia, prossiga…

(Jornal Verdade e Luz Nº 183 de Abril de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Momento de transformações

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:38 am

Amílcar Del Chiaro Filho

Vivemos momentos conturbados na Terra, onde os valores são invertidos, e o ter, possuir, é mais importante do que o ser.

O desprezo pelos valores morais é tão grande que desanima os mais fracos, que, tímidos para fazer o que os ousados fazem, sofrem o domínio dos mais fortes.

Virtudes como lealdade, bondade, solidariedade são esquecidas e ridicularizadas.
Levar vantagem em tudo, odiar os mais fortes e menosprezar os mais fracos é a ordem presente.

Até as religiões entram nesse jogo sujo do poder, e procuram conquistar prosélitos a qualquer preço, porque é necessário para a própria sobrevivência da instituição.

Porém não está tudo perdido.
É grande o número de homens honestos, virtuosos, compreensivos e que equilibram a balança.
Se temos a impressão que o mal vence sempre, é porque os bons não são bastante ousados para mostrar o que fazem e como fazem.

Se você é capaz de amar não esconda o seu amor.
Lute contra a crueldade.

Manifeste-se contra as injustiças.
Valorize a vida.

Muitas pessoas pensam que as coisas estão assim porque está perto o fim do mundo.

São muitos os que invocam as profecias catastróficas que existem há milénios, e trazem como argumento o duvidoso dilúvio universal narrado na Bíblia, muito parecido com o dilúvio grego de Deucalião e Pirra, onde com certeza se inspirou.

A humanidade marca a sua jornada evolutiva por períodos ou ciclos.
Certamente estamos próximos do final de um ciclo evolutivo para início de outro.
Como aconteceu em Sodoma e Gomorra haverá cataclismos internos à nossa personalidade.

Temos que destruir os altares consagrados ao gozo, aos desmandos, aos vícios, assim como destruir as estátuas dos deuses que insuflam ao prazer, ao egoísmo, à rapinagem.

Cansados de sofrer o domínio da matéria e de desgastar-nos na intemperança, acolhemos com prazer a destruição.

Entretanto era gostoso ter o poder, a glória, a soberba, e por isso olhamos para traz para ver se sobrou ao menos a estátua de um Deus, ou um altar a Moloch, e nos petrificamos, como a esposa de Lot, e teremos que esperar mais um ciclo evolutivo para libertar-nos das inferioridades e erguer-nos a um patamar mais alto.

Se abordamos este assunto é porque vemos muita gente desanimada, triste, cabisbaixa, como se acreditasse que Deus perdeu o controle da sua criação.

Na verdade está tudo sobre controle. Deus, que é omnisciente, isto é, tudo sabe, tem o conhecimento de tudo que acontecerá a cada um de nós, e qual o tempo que levaremos para alcançar a perfeição.

Jogue para longe a sua tristeza, o seu medo e suas angústias e mostre o seu valor.
Somos seres existentes e podemos mudar nossa vida.

Confie! Ame!
Lute para que o bem predomine na Terra.
O mal não tem vida própria.

Vamos deixar de vitalizá-lo, e vamos crescer no bem.

Apesar de toda violência e maldades da época actual, vivemos um momento extraordinário na jornada humana, um momento de transformações e com certeza nosso mundo será melhor porque o faremos melhor.

Terá o Espiritismo alguma influência nessas mudanças?
Sem dúvida que sim.

O Espiritismo nos dá a certeza da continuidade da vida, da imortalidade, da reencarnação, e desperta-nos para a solidariedade, a fraternidade e o amor, que ampliam os nossos horizontes.

(Jornal Verdade e Luz Nº 185 de Junho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Joana D’arc: Médium da Verdade

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:39 am

Joanira Necas Soares

Joana D’arc, espírito iluminado, mensageira de Jesus, no mundo de provas e expiações em que vivemos, tu és a coragem robusta que nos faz caminhar, minha alma vibra ao toque suave da tua presença e extravaso do meu peito a energia sublime com que me envolve.

Teu heroísmo na luta por um ideal fez de ti o anjo libertador da França, santa e protectora dos oprimidos e sofredores.

És enviada de Deus numa missão sublime, médium da verdade, mártir e vencedora.
A morte é para ti a coroa maior de todas as potentades que o mundo conhece, com o teu raciocínio maravilhosamente são, ainda conduz hoje nossas vidas rumo à libertação total.

Nada neste mundo apagará o rastro de luz que a tua vida deixou, história sem igual, fragmento maior do amor, embalada pelas forças superiores do Universo, guiada docemente para ser um modelo de fé e honestidade.

Enfrentaste todas as forças do mal que te definiram maldosamente como bruxa, herege e feiticeira.
Corajosa, forte e submissa te entregaste à fé, à esperança e hoje és santa, venerável virgem de Lorena e paira vitoriosa nas regiões celestiais.

Homenagear-te, para nós que te amamos, é tentar expressar o tributo de gratidão que nosso coração sente e a boca é incapaz de expressar.

Salve a guerreira do amor!
Salve Joana D’arc!
"A verdade é que foi Deus que me enviou.
O que fiz está feito."
– Joana D’Arc.

Joana D’Arc - Pequeno histórico

Nasceu em 1412, numa pequena aldeia chamada Domremy, nas proximidades de Orleans.
Filha de pobres lavradores, desde pequena acompanhava a mãe nos trabalhos domésticos e ajudava o pai pastoreando o rebanho e em outros trabalhos simples.

Não sabia ler nem escrever.

Revestida de profunda sensibilidade gostava de contemplar o céu e as estrelas, amante da natureza a menina simples foi guiada em sua vida por São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina;
muito alegremente o anjo genial da França sempre dizia: "Viva o trabalho!".

Aos 17 anos de idade, a menina doce e amável parte para sua missão acompanhada de seu tio Durand Laxart e se apresenta ao comandante, falando da sua missão em nome das vozes que a conduziam, daí em diante surgem grandes obstáculos em sua vida até a libertação da França, quando a virgem de Lorena contava apenas 19 anos.

Logo após o final da guerra é presa pelas forças inglesas e supliciada até a morte na fogueira, condenada como bruxa, feiticeira e herege pela Santa Inquisição.

Finalmente, a 30 de maio de 1431, a maior heroína da França é queimada em praça pública em nome da verdade e pela solidificação de sua fé, deixando em nosso planeta um rastro luminoso por onde passará toda uma legião de seguidores seus, em busca de Jesus, amparados por esse foco inextinguível de energia, inteligência e amor.

Retrato de Joana D’arc
Ela era bela e bem feita de corpo, robusta e infatigável, tinha boa presença sob as armas, ar risonho e olhos prontos a chorar.
Seus cabelos eram negros, cortados curtos (em forma de tigela, formando assim sobre a sua cabeça uma espécie de calota, parecida com um tecido de seda escura).

Apesar de camponesa, possuía em toda sua pessoa uma elegância de modos, uma distinção natural que causavam admiração a todos os fidalgos e a todas as damas da corte.

Em seu carácter admirável se fundem as qualidades aparentemente mais contraditórias:
força e doçura, energia e ternura, previdência, sagacidade, mente viva, engenhosa e penetrante, capaz de, em poucas palavras claras e precisas, resolver as questões mais difíceis e as situações mais ambíguas.

Seu ar angelical reflecte:
ingenuidade e sabedoria, humildade e altivez, ardor viril, angelitude e pureza e, acima de tudo, infinita bondade.

Todas as virtudes a adornavam.

Ela foi um rasto de luz a iluminar a terrível noite da Idade Média.

Fonte Bibliográfica:

* Joana D’arc – Médium - Léon Denis – FEB - 16.ª edição.

(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Jesus e a mulher adúltera

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:40 am

Domério de Oliveira

Magnífica a seguinte passagem bíblica que encontramos no Evangelho Segundo João - capítulo VIII - versículos 3 usque 11, onde o Mestre revela o verdadeiro carácter da sua doutrina.

Vejamos:
"Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério, fazendo-a ficar de pé no meio de todos e disseram a Jesus:
Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas;
tu, pois, que dizes?


Mas Jesus, inclinando-se escrevia na terra com o dedo.
Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse:
aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.

E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.

Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.

Erguendo-se Jesus e não vendo ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe:
- mulher, onde estão teus acusadores?
Ninguém te condenou?


Respondeu ela, ninguém, Senhor!
Então, lhe disse Jesus, nem Eu tampouco te condeno;
vá e não peques mais".

(João - 8: 3 usque 11).

Meus amigos, neste episódio, bastante conhecido dos leitores da Bíblia, no ministério terreno de Jesus, encontramos um quadro que evidencia a diferença entre a "religião" dos homens e o Verdadeiro Evangelho do Mestre.

Nesta passagem bíblica, percebemos a pseudo-religião dos escribas e fariseus, mais vinculados aos aspectos formais da lei mosaica do que ao verdadeiro sentido do cristianismo na sua pureza de origem.

Nos termos da religião mosaica, aquela mulher, apanhada em adultério, não encontraria nenhuma porta de escape, devia mesmo ser apedrejada até à morte.

Vê-se, assim, que perante a dura e inflexível lei mosaica, o interesse pelas regras e leis, por certo, estava acima do valor da vida humana.

Também, meus amigos, esta passagem bíblica oferece-nos uma outra hermenêutica:
os escribas e fariseus usaram aquela mulher, expondo-a perante a multidão, simplesmente, para a consecução de seus maquiavélicos propósitos, os quais eram conseguir apanhar Jesus em qualquer contradicção dos seus legítimos ensinamentos.

Continua...
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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:40 am

Continua...

Podemos, então, perceber que a "religião" dos escribas e fariseus, no seu formalismo primitivo, era levar o homem a exercer o "juízo" e não a Misericórdia.

Ignoravam que a Verdadeira Religião tem que ter as suas raízes estreitamente ligadas ao Amor e ao Perdão que não deixa de ser pedestal do Amor.

Jesus, sabiamente, colocou os acusadores daquela mulher adúltera em um beco sem saída, dizendo-lhes:
"aquele dentre vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra."

Então, meus amigos, aqueles acusadores, tocados no íntimo pelas palavras de Jesus, ao se verem confrontados, perceberam que eram tão pecadores quanto à pobre mulher adúltera.

Através desta fulgurante passagem bíblica, aprendemos que não devemos atirar pedras nas nossas irmãs que sucumbiram nas voragens dos actos pecaminosos, porque, ainda, não somos perfeitos e nem temos autoridade moral para atirarmos pedras em quem quer que seja.

Devemos, sim, ajudá-las a alcançar o equilíbrio, estendendo-lhes as nossas mãos para que elas possam caminhar à Luz da Boa Moral Evangélica.

Não é atirando pedras que podemos tirar uma criatura que esteja dentro do buraco, mas dando-lhe nossas mãos, ajudando-a, para que ela possa sair de dentro buraco.

O Mestre deu-nos o exemplo através do Perdão, recomendando àquela mulher:
"vá e não peques mais".

Assim, deu à mulher adúltera a oportunidade de retomar o curso da vida, sob um novo prisma, não mais pecando, não mais cometendo aqueles mesmos deslizes morais.

Vejam, meus amigos, como é grande a Misericórdia Divina.

Através do Perdão, a Divina Providência sempre nos dá oportunidade para recomeçarmos os nossos trabalhos e rectificarmos nossas vidas, reparando os males perpetrados e modelando nosso caráter para melhor.

Aludida passagem bíblica, ainda, tem plena validade para os nossos dias:
quantos se comprazem em atirar pedras, em ferir a moralidade alheia, quando, eles próprios, os falsos Catões, encontram-se atolados nos escuros calabouços dos adultérios, das iniquidades e das misérias humanas.

Razão assiste ao nosso Mestre André Luiz quando nos diz:
"NO CAMINHO PEDREGOSO, NÃO ATIRE CALHAUS NOS OUTROS.
TRANSFORME OS CALHAUS EM OBRAS ÚTEIS".


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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty "Jeitos" diferentes de aprender

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:41 am

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

A questão da importância do convívio social para o progresso e evolução das pessoas, tem sido amplamente tratada nos meios da Educação;
como também na Doutrina Espírita, quando então soma-se a isso o facto de se reconhecer as pessoas como Espíritos imortais.

Encontramos no Livro dos Espíritos¹ muitas passagens salientando o valor do contacto social.
"O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades:
precisa do contato dos outros homens.

No isolamento, ele se embrutece e se estiola.
Nenhum homem dispõe de faculdades completas e é pela união social que eles se completam uns aos outros, para assegurarem seu próprio bem estar e progredirem.

Eis porque, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados."

(perg. 768).

Na área da Educação, Psicologia e Psicopedagogia, muitos estudos têm surgido, buscando ampliar nosso conhecimento sobre como e porquê o aprendizado ocorre a partir das relações sociais que mantemos.

Alicia Fernández², uma Psicopedagoga argentina, tem trazido enormes contribuições para esta questão.

Uma delas diz respeito ao seu estudo sobre as diferentes Modalidades de Aprendizagem, que são formas diferentes que cada um tem de aprender, construídas no decorrer de sua vida, a partir da sua relação com diferentes pessoas, que por sua vez, apresentam diferentes modalidades de ensinar, sem mesmo se dar conta disso.

Vivemos num mundo de relações sociais, sendo que tudo que aqui aprendemos passa por um outro de alguma forma, ou pessoalmente, ou através de alguma "marca" que este outro fez:
um livro, uma história, etc…
Isso ocorre desde nosso nascimento, quando então passamos a fazer parte de uma família.

Nessa família circulam alguns modos de ensinar, de se lidar com as pessoas e crianças.
Principalmente em relação ao desconhecido, àquilo que precisa ser descoberto, àquilo que está a espera de uma descoberta.
Isso ocorre ainda na escola, como também num âmbito social maior.

Se se esconde, se exibe, ou se nega que há algo a ser descoberto, a procura e o prazer por essa descoberta ficará dificultada, e por vezes, até impossibilitada.

Devemos procurar nos perguntar, na nossa relação diária com as crianças, quando elas nos fazem uma pergunta sobre qualquer facto ocorrido, como respondemos?

Que tipo de coisas escondemos delas?
Que coisas respondemos com pequenas mentiras?
E quanto a respostas extremamente técnicas com informações demais?


Continua...


Última edição por O_Canto_da_Ave em Qui Jan 26, 2012 10:41 am, editado 1 vez(es)
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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:41 am

Continua...

Quando mentimos, estamos ocultando aquilo a ser descoberto, talvez com as melhores intenções.
Mas e as consequências disso?

Quando exibimos conhecimentos técnicos demais (por exemplo quando explicamos com detalhes biológicos e médicos a reprodução humana, com tantos termos que fica difícil à criança relacionar todos eles para fazer algum sentido a nossa resposta, quando o que ela queria era bem mais simples que isso), que consequências isto terá para a atitude dela de perguntar, quando novas dúvidas surgirem?

Quando se mostra alguma coisa (responde directamente àquilo que é perguntado), guardando outras (aquilo que ainda não foi, naquele momento, objecto de atenção da criança), você abre o campo para que surjam novas perguntas, questionamentos, necessários para a construcção do conhecimento, que se transformará no saber.

Até porque não temos todas as respostas.

Alicia Fernández² diz que "a ‘fábrica’ dos pensamentos não se situa nem dentro nem fora da pessoa; localiza-se ‘entre’."

Está nesse exercício do pensar, do perguntar, do trocar, do construir…
A partir destas experiências, a criança vai formando um jeito especial de lidar com aquilo que é desconhecido, e que ela vai aprender.

Acostumada a mentiras, ela pode desenvolver uma forma de pensar típica de quem não se percebe no direito de ter acesso àquelas informações;
acostumada a ter informações demais sem estar pronta para aquilo, pode surgir o desinteresse…

Mas quando está acostumada com respostas que a levem a construir novos conhecimentos, estará pronta para seguir perguntando:
O quê? Como? Quando? Porquê?

Kardec sempre salientou a importância de um olhar curioso e crítico sobre tudo, exemplo dele mesmo em seu trabalho com a Codificação da Doutrina Espírita.

Não basta só estar junto às crianças para que este olhar se desenvolva, é preciso que estejamos atento sobre estas formas de ensinar, que adoptamos quotidianamente, mesmo quem sem perceber.

O exercício de pensar sobre as questões das crianças, de escolher a melhor maneira de respondê-las, de ter esta atitude coerente durante toda a vida, acaba trazendo enormes benefícios para nós mesmos, pois implica mudanças na nosso própria forma de aprender, na nossa modalidade de aprendizagem.

Aprendemos a ser curiosos, a querer saber mais e buscar sempre a resposta que melhor nos satisfaça.

Implica uma mudança íntima naquilo que de mais valioso temos:
a possibilidade de crescer, de aprender, de nos tornarmos melhor, trazendo junto aqueles que convivem connosco.

Bibliografia:

1. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos
2. FERNÁNDEZ, A. Os Idiomas do Aprendente, Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Há tantos anos…

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 27, 2012 11:08 am

Orson Peter Carrara

O ideal espírita levou muitos companheiros a se dedicarem à formação de Centros Espíritas.
Muitos deles foram pioneiros, outros estão abrindo fronteiras agora, mas todos tem em comum o esforço para semear a mensagem espírita.

Além da luta pelo estudo e divulgação, pela assistência aos mais carentes e manutenção de uma série de actividades, houve e há também o grande labor pela conquista dos espaços materiais:
os terrenos, prédios, utensílios em geral e mais ultimamente os tão importantes mecanismos de comunicação, como microfone, TV e vídeo, filmadoras, computadores, projectores e tudo mais.

É um património importante.
Usamos todos esses recursos para tornar a mensagem conhecida, facilitando o trabalho.

Quem discute o valor de uma sede própria, dos móveis e utensílios e demais recursos que desenvolvem todo o trabalho.

Inclusive as geladeiras, freezers, fogões, cadeiras, telefones e tudo mais?

Entretanto, há algo a ponderar:
Você já parou para pensar que quando precisa de algo, uma extensão eléctrica por exemplo, e não acha… alguém guardou em local diferente da última vez.

Ou quando procura a chave da sala onde está o computador e alguém ficou com ela…
Ou ainda, quando você ficou incumbido de abrir o Centro para aquela palestra e encontra ventiladores ligados, luzes acesas…

E mais:
alguém pede água para beber e o bebedouro não está abastecido;
o banheiro não está limpo;
o ambiente não foi preparado com antecedência…


Pois é, são situações do quotidiano de qualquer Casa Espírita.
Precisamos nos preocupar com isso.

Quem apaga as luzes e guarda tudo ao final de um evento?
Quem arruma as cadeiras, abastece os banheiros ou guarda aqueles utensílios que não ficam à mostra e são também muito úteis?


Abordamos esta questão, nem tanto para falar da preocupação de deixar tudo em ordem para os que virão depois, mas para comentar do cuidado que precisamos ter com o património material da Casa.

Foram anos de trabalho de muitas pessoas e precisamos manter tudo isto com cuidado e respeito pela luta de outros que antes de chegarmos aqui já estavam trabalhando…

Fechar torneiras, usar o telefone com economia, apagar luzes, desligar ventiladores, guardar nos lugares adequados os materiais de uso colectivo e aqueles aparelhos de uso específico, são providências que ajudam a preservar o património.

Afinal, usamo-lo para desenvolver as actividades e a Casa deles precisa para cumprir sua função com mais eficiência.
Já pensou em coisas jogadas, sem cuidado, entregues à desordem ou aparentando o desleixo de quem não se importa?

Isto vem em prejuízo aos anos de lutas e esforços.
Quanto tempo e economia não foram necessários para comprar aquela dúzia de cadeiras, o aparelho de som, etc?

Pense nisso e valorize o que a Casa tem.

(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Dirigente quem é?

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 27, 2012 11:09 am

Jaime Gilberto Rosa

Num primeiro momento, dirigente será aquele que administra, governa, comanda, conduz, conhecendo, dominando o ramo em que milite.

Pressupõe-se seja pessoa agradável, acessível, capaz de agregar companheiros imbuídos do mesmo ideal, que trabalhem visando o bem, o crescimento do núcleo a que se sirva, nesse momento.

Se esse dirigente se enquadrar só na definição do primeiro parágrafo acima, centralizará a direcção, tudo ficando sob sua vontade, o que redundará em prejuízos.

Trazendo essa situação e reflexões para a casa espírita, esse dirigente é o que detendo as chaves do Centro toma todas as decisões, escolhe sozinho livros a serem estudados, trabalhos a serem desenvolvidos, faz tudo, toma todas as providências, dirige a casa espírita como propriedade sua.

Por decorrência dessa forma de acção, não aceita novas maneiras de trabalhar, não admite avaliações, foge dos encontros, reciclagens, seminários e outros eventos onde se busca justamente atualizar em Jesus e em Kardec para melhor atender ao público crescente.

Assim, o dirigente e principalmente o dirigente da casa espírita será aquele que dialoga, orienta, reflecte, compara, examina, encaminha visando e buscando o melhor para todos.

Gostando do que faz conhece Doutrina Espírita, estuda-a sempre. Rodeia-se de uma directoria atuante, participativa.

Delega responsabilidades, confia estando atento à actuação de todos, no respeito de cada actividade com os princípios doutrinários, observando vigilante se as actuações dos responsáveis frente aos vários trabalhos exteriorizam os objectivos libertadores de Jesus, desvinculando-se dos dogmas, despertando o desejo do autoconhecimento buscando o sentir, pensar e agir no Bem.

Ao delegar e formar directores e dirigentes de outras áreas de acção no Centro, esse presidente, quando porventura precisar ausentar-se, tudo continuará sem solução de continuidade, em harmonia e equilíbrio, pois o bom dirigente formou na reflexão, no estudo, na responsabilidade, nas avaliações e retomadas, companheiros capazes onde o trabalho em Jesus é bênção, honra e momentos de dar o melhor de si, sem a evidência do cargo.

(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 20 Empty Deus imanente

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 27, 2012 11:09 am

Wagner António Chiaratto

Em toda parte, em todos os tempos reconhece-se a passagem, a presença do homem na Terra, pois sua actuação, suas manifestações, expressam-se das mais variadas formas, que referenciam, atestam às civilizações, seu grau evolutivo.

Nesse raciocínio o que poderíamos pensar a respeito da presença, da "forma de expressar-se" do Pai Criador?

Como e quais seriam as inúmeras, infinitas formas da "expressão" de Deus?

Quantas e de que forma poderíamos identificar Sua magnânima bondade para com as criaturas, inclusive na forma coma a Providência Divina a tudo supre e assiste?


De forma embaçada, de longe, já nos surpreendemos por vezes, vislumbrando essa grandeza e quando isso acontece, emoção nos envolve, revigorando-nos.

Deus se "exterioriza", poderíamos dizer que é uma "evidência material" a reflectir-se na perfeição dos detalhes, nas manifestações e exuberância da Natureza.

Deus Criador e Pai mantém o Universo na sua infinita bondade e assistência estando permanentemente em íntimo contato com todos os seres da criação.

Fazendo rude comparação seria como se todos e tudo estivessem mergulhados em cuba electrolítica onde o líquido desta serve de condução da corrente eléctrica.

Assim, tudo e todos passam a integrar único sistema, formando gigantesca bateria.

Tudo tão grandioso e ao mesmo tempo tão simples e complexo, racional e indescritível na dinâmica, mas que Jesus compreendendo a essência, retrata essa imanência no belíssimo ensinamento "(...) estamos Nele, assim como Ele está em nós".

(Jornal Verdade e Luz Nº 184 de Maio de 2001)

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