LUZ ESPÍRITA
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Conhecimento e Sabedoria

Página 5 de 7 Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6, 7  Seguinte

Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Dois Caminhos

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 01, 2011 10:28 pm

Fonte: Revista Espírita Allan Kardec - nº 39
Maurício Roriz

É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma pedreira.
As de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e irregulares, agressivas ao tacto.

As pedras de rio são lisas e roliças, já sofreram um polimento natural.
Ao longo do tempo, a correnteza das águas vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar-lhes as arestas.

Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as outras, como esferas lubrificadas de um rolimã.

O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado ao do burilamento das pedras de rio.

O Espírito é criado puro e ignorante.
Puro, porque não traz qualquer tendência para o mal.
Ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer conhecimento.

Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida também nos atira uns contra outros: somos levados a conviver entre semelhantes.
Em nossa infância espiritual, ainda como pedras-brutas, essa convivência é marcada pelo atrito entre nossas arestas.

A rusticidade do homem das cavernas nos mostra o que foram nossas primeiras encarnações;
o instinto animal predominando sobre a razão e o sentimento, a matéria sobre o Espírito, o estado de guerra como condição permanente.

Passaram-se séculos e milénios, abandonamos as cavernas, participamos da construção, do apogeu e da queda de diferentes impérios, vivenciamos diversas culturas.

Com as conquistas da ciência, domesticamos a natureza, transformamos a paisagem ao nosso redor, descobrimos como tornar a existência mais confortável.

Observando, no entanto, nosso mundo interior, nos deparamos com a presença incómoda e persistente de imperfeições atávicas, paleolíticas.
A História nos revela que, mesmo após deixar as cavernas, o homem conservou traços do troglodita em sua intimidade espiritual.
Pois foi nossa ignorância rústica que, diante da vacilação de Pilatos, exigiu o martírio do doce Jesus.

Foram nosso orgulho e nosso egoísmo que produziram as guerras, os massacres das Cruzadas, as fogueiras da Inquisição e os horrores da Escravatura.
Ingénuos os que supõem que não estavam lá.
Assim, ao longo desses séculos, avançamos muito mais no progresso material, exterior, do que a jornada ética, íntima, do Espírito.

"A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante."
(FEB, Currículo para as Escolas de Evangelização).

Viver em sociedade é aspecto essencial desta oportunidade.
Frequentemente nos sentimos inconformados por termos de conviver com pessoas que nos aborrecem, nos irritam, nos são antipáticas, mas essa convivência é um dos processos naturais de nosso burilamento.

Tais pessoas são indispensáveis: elas nos incomodam exactamente em nossos pontos mais fracos, mais sensíveis, e nos apontam, portanto, quais são esses pontos, quais são nossas piores arestas:
os que precisam de ajuda incomodam ao nosso egoísmo, os que julgamos melhores que nós nos ferem a vaidade e o orgulho, e assim por diante.

Cada conflito é um alerta e um roçar polidor de arestas.
Quanto mais ásperos somos, mais dolorosos são os atritos, pois a dor é consequência de nossos actos de desamor para com o próximo, nesta ou em outras existências.

Diferentemente das pedras, entretanto, a criatura humana, sendo dotada de inteligência, consciência e livre-arbítrio, pode escolher caminho evolutivo menos doloroso.

Jesus nos aponta o rumo: amar-mo-nos uns aos outros.
Nenhum de nós Foi criado para sofrer e o amor pode livrar-nos da dor, pois ele nos "cobre a multidão dos pecados"
(1 Pedro IV, 8).

A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são oferecidos para percorrê-la: dor ou amor.
A prática do amor proporciona polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos o altruísmo, harmoniza nossa convivência com os semelhantes.

A decisão é sempre nossa.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Mentores e Tarefas

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:48 pm

Livro: Espírito e Vida
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

"491. Qual a missão do Espírito protector?
"A de um pai com relação aos filhos;
a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas "provas da vida."
Livro dos Espíritos.

O processo de transferência de responsabilidade vigente entre os encarnados, lentamente está sendo aplicado na Seara Espírita pela invigîlância dos companheiros residentes na organização física.

Considerando os Instrutores Espirituais amigos devotados e incondicionais, como realmente o são, para estes pretendem relegar, por ignorância doutrinária as tarefas e realizações que lhes dizem respeito, justificando tal conduta com as referências de amor.

Amor para aqueles que assim pensam e agem significa servidão;
e justiça, para eles, passa a ser conivência com os seus erros.

Convidados à fidelidade aos postulados de fé que afirmam abraçar, mediante o testemunho pelo sofrimento, gritam pelos Amigos Espirituais, rogando libertação das dores.

Diante de problemas que a serenidade e o discernimento podem solucionar, exoram aos Benfeitores Desencarnados, a fim de que afastem o fardo.

Incompreendidos nas actividades a que se dizem afervorados e fiéis, clamam pelos Espíritos Amorosos, exigindo seja comprovada sua inocência.

Enfrentando dificuldades no lar, solicitam aos Inspiradores Espirituais que atendam a família, amenizando-lhe as provas domésticas.

Empreguismo, melhoria de "sorte", afectos, posições de destaque são partes essenciais dos seus requerimentos aos Espíritos Superiores, no sentido de receberem no Mundo Maior tais concessões, sem qualquer esforço apreciável.

E quando enfrentam o portal da vida verdadeira, após a desencarnação, exigem a presença dos Espíritos Felizes para conduzirem às Excelsas Mercês...

Há diversos desses exploradores espirituais que se dizem beneficiários contínuos dos Espíritos Nobres, continuando, no entanto, asseveram, "muito necessitados de socorro e orientação."

Esquecem-se de que os Instrutores Sublimes orientam e socorrem, mas não realizam as incumbências que não lhes dizem respeito, mesmo quando fortes vínculos de amor estreitado em múltiplas reencarnações os ligam aos requerentes.

Sabem que a evolução é tarefa individual intransferível e que as Divinas Leis não registam artigos de proteccionismo especial ou de condescendência criminosa a benefício de uns e em detrimento de outros.

Não executam os Benfeitores Espirituais os compromissos dos seus pupilos, por conhecerem que o Espírito ascende na jornada evolutiva, assinalado pelas condecorações próprias, isto é, as cicatrizes e os suores de experiência.

Sofrimento, dificuldade, limitação, doença são expressões de aprendizagem para o uso correto dos recursos malbaratados ontem a escassearem hoje.

Ama, desse modo, os teus Protectores Espirituais e respeita-os.
Faz a tua parte conscientemente.
Apóia-te na dignidade do dever e realiza quanto te seja possível.

Encarregados pelos Excelsos Representantes de Jesus Cristo, teus Mentores Espirituais conhecem o programa dos teus compromissos e confiam no teu esforço, realizando a parte que lhes cabe desenvolver.

Respeita-os, Mentores Veneráveis que são, situados acima das questões que engendras e só a ti pertencem, orando ao Senhor nos instantes difíceis para que a inspiração do trabalho que deves executar flua generosa deles a ti, em intercâmbio refazente do qual retornes confiante e renovado.

João Huss, convidado ao doloroso testemunho, traído e malsinado, orou ao Pai e deu-se à Verdade sem restrições, numa fogueira, após o que, suas cinzas foram atiradas sobre as águas do Reno...

Joanna d'Arc, acossada e perseguida, confiou nas Vozes e sem solicitações inconcussas nem débeis, entregou-se ao Socorro Divino, orando, enquanto as labaredas lhe devoravam as carnes...

Lucílio Vanini, confiando na Protecção Superior, foi acusado e queimado vivo, por ateísmo, tendo sofrido, antes da morte, a extirpação da língua por tenazes poderosas...

E Allan Kardec, lutando contra adversários impiedosos em ambos os planos da vida, para fazer o legado da Mensagem Espírita à posteridade, embora dirigido pelo Espírito Verdade, não transferiu o dever assumido antes do berço, entregando-se intemerato e incansável ao labor até a desencarnação, como a informar que os Mentores Espirituais ajudam, inspiram e socorrem, mas a tarefa a cada um compete executar.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Sexo

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:49 pm

Livro: Não pise na bola
Richard Simonetti

1 - A Doutrina Espírita condena o amor livre?
- O Espiritismo não se situa como um tribunal.
Apenas nos informa quanto às consequências de nossos actos e nos ensina que o amor nunca é livre, porquanto é impossível exercitá-lo em plenitude sem cogitar da felicidade e do bem estar do ser amado.

2 - O que é, então, o amor livre?
- Apenas libertinagem sexual, em que se confunde amar com transar, nos domínios da inconsequência.

3 - E isso é ruim?
- Em princípio é muito bom, mas nunca nos realiza afectivamente, deixando sempre um resíduo amargo de inquietude e insatisfação.

4 - Não se deve buscar o sexo antes do casamento?
- Na actual conjuntura, pretender que os jovens esperem pelo casamento para exercitar o sexo, seria o mesmo que tapar o sol com a peneira.
Mas deveriam colocá-lo no lugar certo: depois do amor.
Não exercitá-lo antes da certeza de que há entre os parceiros uma ligação afectiva legítima.

5- Isso não fica complicado quando a disposição é apenas de um dos parceiros?
A moça, por exemplo, cujo namorado insiste em transar?
- Se tal orientação não serve para o parceiro, o parceiro não serve para ela.

6 - Tal comportamento pode parecer fácil na teoria.
Na prática não é assim, porquanto há um estímulo, quase uma indução à promiscuidade.
- É um problema de consciência, um caminho a seguir.
Nunca foi fácil remar contra a correnteza.
Jesus dizia que tudo é possível àquele que crê.
Se estivermos convictos de que esse é o caminho, chegaremos lá.

7 - Normalmente, logo nos primeiros contactos, os rapazes querem ir para o motel.
Se a jovem se recusa, perdem o interesse.
Como lidar com esse problema quando ela se sente atraída por alguém que age assim?

-Se houver nele um sinal de vida inteligente, algo além do mero comportamento instintivo de macho obtuso, gostará de vê-la resistindo e mudará suas disposições.
Se não mudar, a jovem deve partir para outra.
Atracção irresistível é filha de devaneios fantasiosos.

8 - E quando o jovem não consegue passar sem o sexo promíscuo?
- Experimente ocupar seu tempo em actividades produtivas, relacionadas com estudo, realização profissional, actividade religiosa, exercício do Bem.
Pensamento vazio é forja do demónio - diz o velho ditado.
Saem dela as brasas mais ardentes do desejo sexual.


§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty A Grande Pergunta

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:50 pm

Livro Caminho, Verdade e Vida
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

"E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?"
Jesus. (LUCAS, 6:46)

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.

Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito.
O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.

É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.

Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações directas.
Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas.

Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça subtilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.

Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal.
Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as actividades a que se ajustam.

Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.

É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty O Selo do Amor

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:51 pm

Livro: Instrumentos do Tempo
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Pelo caminho da ascensão espiritual, denominado "cada dia", encontrarás variados recursos de aprimoramento, a cada passo.

É o trabalho que te espera a noção de responsabilidade no devotamento ao dever.

É a oportunidade de praticar o bem, incessantemente.

É o companheiro da parentela consanguínea que te não compreende ainda e, junto do qual, podes exercer o ministério do auxílio e do perdão.

É o adversário que te combate os propósito de melhoria com quem a luta te possibilita a hora de paciência e aprendizado.

É a tentação sedutora, que nasce das profundezas de teu próprio ser, em cujo clima é possível desenvolver a tua resistência para a aquisição de novo poder moral.

É o espinho que te fere ou a pedra que te maltrata, que se fazem benfeitores de tua jornada, por te descerrarem o santuário da prece e da humildade, se a tua mente vive acordada à luz do Senhor.

É a dificuldade que, muitas vezes, te surpreende nos lábios dos mais queridos, constrangendo-se à consolidação de virtudes imprecisas.

Segue adiante, amando, crendo, esperando e servindo sempre.

Cada obstáculo e cada amargura guardam raízes no processo educativo de nossa própria regeneração.

Cada ensinamento tem o seu lugar, a sua hora e a sua finalidade.


.§.

Aproveita semelhantes bênçãos, de conformidade com os padrões de Jesus que passou entre nós fazendo o bem, que nos ama desde o princípio e que permanecerá connosco, até o fim dos séculos.

Dirás, talvez, diante de nosso apelo:
- "Não compreendo, não me lembro, não posso..."

O Senhor, entretanto, não nos impõe fardos que não possamos suportar, não nos endereça problemas que não estejamos aptos a resolver e jamais esqueçamos que a reencarnação traz o selo do amor divino, em benemérito esquecimento, enriquecendo-nos de bênçãos de reaproximação, fraternidade e serviço, a fim de executarmos, sem percalços invencíveis, o trabalho de nossa própria redenção.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Escolhas

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:52 pm

Toda acção têm suas consequências.
Essa é a má notícia.
A boa é que toda acção têm consequências!

Todo dia somos confrontados por uma escolha atrás da outra.
Muitas vezes parece-nos que não temos escolha.
Isso acontece porque nós simplesmente reagimos às situações com reflexos condicionados, e com isso cedemos o controle da nossa vida à outras pessoas, coisas ou circunstâncias.

Você pode fazer suas próprias escolhas.
Você pode controlar, ao invés de simplesmente reagir.

Cada momento é uma oportunidade de criar a vida que você deseja.
De mover-se em direcção aos seus objectivos.

Olhe ao seu redor e você verá as consequências das escolhas que você fez, ou deixou que os outros fizessem por você, no passado.
Perceba que o futuro depende das escolhas que você faz e das atitudes que você toma hoje.

Dê um passo atrás e olhe para as escolhas que você fez.
A vida está cheia delas. Você sempre tem uma escolha.

Escolha cuidadosamente as atitudes que lhe trarão sucesso e satisfação, e sua vida será ricamente abundante.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty ATIRE A PRIMEIRA FLOR

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:53 pm

Quando tudo for pedra, atire a primeira flor;
Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;
Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso;
talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem;

Se a vida inteira for um imenso não,
não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo;
Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja;
Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último;

Quando a terra estiver seca,
que sua mão seja a primeira a regá-la;

Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor;

Se a porta estiver fechada, dê você venha a primeira chave;

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira protecção e primeiro abrigo.
Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio;
nem, por outro lado, aplauda o erro;
dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu;
sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido;
seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém;

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor;
seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói.

Atire você,
quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.

(Ernani Forastieri da Silva)

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty A PAZ PERFEITA

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:53 pm

Havia um rei que ofereceu um grande prémio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram.
O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranquilo.
Este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com ténue nuvens brancas.

Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela reflectia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas.
Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.

Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões.
Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água.
Tudo isto se revelava nada pacífico. Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de dentro de uma fenda na rocha.

Neste arbusto encontrava-se um ninho.
Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita.

Qual pensas que foi a pintura ganhadora?
O rei escolheu a segunda.

Sabes por quê?
"Porque", explicou o rei:
"paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor.
Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração.
Este é o verdadeiro significado da paz"


§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty UMA LENDA DO JOVEM REI ARTHUR

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:55 pm

O jovem Rei Arthur fazia necessidades furtivamente num bosque o reino vizinho quando foi surpreendido pelo monarca.
O Monarca poderia ter matado Arthur porque era o castigo para quem invadia propriedades, mas ficou comovido pela juventude e simpatia de Arthur, e ofereceu a liberdade com a condição de, no prazo de um ano, Arthur trazer resposta a uma pergunta.

A pergunta era difícil, deixando perplexos até os mais sábios:
O que realmente as mulheres querem?

Ao jovem Arthur parecia impossível responder.
Mas qualquer coisa era melhor do que a morte.
Regressou a seu reino e começou a interrogar as pessoas.

A princesa, a rainha, as prostitutas, monges, saibos, palhaço da corte, em suma, a todos...
Ninguém conhecia resposta convincente.
Mas todos aconselharam a consultar a velha bruxa.

Somente ela saberia a resposta.
Mas o preço seria alto:
A bruxa era famosa no reino pelo que cobrava por serviços.

Chegou o ultimo dia...
Arthur não teve remédio: recorreu à feiticeira.
Ela aceitou dar resposta satisfatória, mas impôs uma condição.

O preço... indiscutível:
Queria casar com Gawain o cavaleiro mais nobre da mesa redonda e o mais intimo amigo do Rei Arthur!

O jovem Arthur a olhou horrorizado:
Era feíssima...
Tinha apenas um dente...

Desprendia fedor que causava náuseas até nos cachorros Fazia ruídos obscenos...
Nunca encontrara criatura tão repugnante.
Acovardou-se diante da perspectiva de pedir ao amigo de toda vida para assumir essa carga terrível.

Mas Gawain, ao saber da proposta da bruxa...
Afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e da preservação da Mesa Redonda.

Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria "infernal", disse:
O que realmente as mulheres querem é:
"Serem soberanas de suas próprias vidas!"


Ao ouvir a resposta, o monarca vizinho devolveu a liberdade.
Porem, que bodas tristes foram aquelas...
Toda a corte assistiu e ninguém sentiu-se mais desgarrado entre o alivio e a angústia que o próprio Arthur.

Gawain, mostrou-se cortês, gentil e respeitoso.
A velha bruxa usou seus piores hábitos:
comeu sem usar talheres emitiu ruídos e exalou mau cheiro espantoso.

Chegou a noite de núpcias.
Gawain, preparado para o pior, aguardava sua esposa na cama
... Ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar!

Gawain, estupefacto, perguntou: o que aconteceu ?
A jovem respondeu com um sorriso doce:
- Como havia sido cortês, metade do tempo ela se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela.

E ela perguntou:
Qual aspecto ele preferiria para o dia e qual para a noite?

Que pergunta cruel... Gawain calculou:
Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos mas, à noite, na privacidade do quarto, uma bruxa espantosa e repugnante...
Ou de dia ter uma bruxa e desfrutar da jovem linda nos momentos íntimos.

Vocês, o que teriam preferido?
...o que teriam escolhido?
A escolha de Gawain está mais abaixo mas antes tome sua decisão.

I m p o r t a n t e: s e j a sincero consigo mesmo

O nobre Gawain respondeu que deixava ela escolher por si mesma.
Ao ouvir a resposta, ela anunciou que seria uma linda jovem sempre, de dia e de noite, porque ele a havia respeitado, e permitido ser dona de sua vida.

.§.

Todos possuímos, dentro de nós, a essência do bem e do mal bruxos(as) e reis(rainhas), mas a maneira como encaramos o mundo, a forma como decidimos viver, e - em grande parte - como somos tratados pelo mundo, como interagimos, libera um ou outro dos dois lados, das duas direcções da energia.

Nenhum facto é só bom, nada é apenas ruim, tudo depende de como encaramos - ou melhor, da nossa capacidade de buscar e fazer prevalecer os aspectos positivos e que nos interessam.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Cada um oferece do que tem

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:56 pm

Ana Maria Spranger Luiz

Joanna de Ângelis escreve, no livro "Vida Feliz" na página 42:
"Torna-te pacificador.
Onde te encontrares, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.
Confia na força de não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti "

Década dos anos 30/40

Cidade de Uberaba ...

Tempos de riquezas inesperadas devido ao famoso boi zebu...
Uma dama muito conhecida na cidade pelas doações que fazia à Catedral e aos pobres em geral, começou a passar por sérias dificuldades.
Toda vez que tocava em qualquer objecto metálico, sentia vigoroso choque!

Tentativas diversas foram testadas para sua cura. Nada!...
Levada pelo abastado esposo até ao Dr. Ignácio Ferreira, psiquiatra renomado, foi hipnotizada por este.

Estando D. Maria Modesto Cravo em estado de transe, o espírito Eurípedes Barsanulfo, que militou na cidade de Sacramento em Minas Gerais, comunicou-se e, passou a dialogar com o médico através o fenómeno estudado por Allan Kardec com o nome de psicofonia.

Explicando também que aqueles choques ocorriam devido à exteriorização fluídica e magnética existente em abundância no corpo físico da paciente.
Recomendando, como tratamento, que ela trabalhasse ofertando passes, isto é, impondo as mãos por sobre as cabeças dos doentes, do corpo e da alma, como Jesus ensinara há 2.000 anos, para assim ela ir canalizando aquela força exteriorizada.

Então, diante do facto inusitado a senhora passou a ler as obras de Allan Kardec
Encantada por poder auxiliar, ministrando passes, passou também a dedicar algumas horas do seu precioso tempo no amparo aos necessitados de modesto Centro Espírita de Uberaba.

Digamo-lo sem delongas: ela era médium!

O murmurinho começou então:
"... coitado do marido, tão rico merecia esposa melhor!"
"... por certo a dama está louca, deveria ser internada, para que serve tanto dinheiro?"
"... onde já se viu dedicar-se a essas coisas de satanás?"

Uma antiga amiga, inconformada com a actual situação, era a que mais esbracejava, diante dos factos.
O tempo foi passando...
O marido dedicado tudo fazia para não contrariar o tratamento recomendado por Eurípedes Barsanulfo, e que surtia efeitos a olhos vistos!

No dia do aniversário de D. Maria Modesto Cravo os presentes foram chegando, não mais as ricas lembranças de outros tempos, mas velhinhos e senhoras doentes com filhos ao colo que batiam incessantemente à sua porta desejando-lhe prosperidade espiritual e expressando-lhe gratidão pelo auxílio espiritual e, também do auxílio financeiro que dela recebiam.

Chegou então, belíssimo vaso de porcelana inglesa, ricamente decorado, com lindo papel de presente e laçarote de fita de cetim.
Um cartão acompanhava o mimo.
Era um regalo da antiga amiga que agora a execrava.

O cartão continha as seguintes palavras grafadas em bela caligrafia com tinta importada:
"Isto é o que você merece!"
Quando D. Maria Modesto Cravo retirou o invólucro viu que o vasilhame continha esterco.

Um ano depois, durante as ruidosas comemorações do aniversário da milionária amiga de D. Maria Modesto Cravo, a médium enviou-lhe lindo arranjo de rosas e um cartão com a seguinte mensagem:
"Ofereço este ramalhete como prova de estima.
Foram cultivadas aqui em casa, com o esterco que você me enviou no ano passado e que proporcionou excelente adubo para as roseiras cultivadas no meu jardim.
Com gratidão, Maria Modesto Cravo."

Cada um dá o que tem em abundância na vida!

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Nas Lides de Direcção

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 02, 2011 10:57 pm

Livro: Conviver e Melhorar - 25
Batuíra & Francisco do Espírito Santo Neto

“... servindo-os, não quando vigiados para agradar a homens, mas como servos de Cristo, que põem a alma em atender à vontade de Deus.”
(Efésios, capítulo 6º, versículo 6)

“Quem dirige nunca agrada a todos.
Na tarefa da direcção de qualquer empreendimento, seja na área filantrópica, seja na religiosa, seja na financeira, quem segue à frente quase sempre leva os louros dos elogios justificados ou as críticas maldosas e sem nenhum fundamento.

No entanto, quando temos um propósito inabalável e uma consciência tranquila, podemos nos proporcionar o direito de ignorar aplausos e acusações indébitas.

O dirigente deverá prosseguir, estabelecendo sempre o ritmo de seus empreendimentos e realizações segundo seus próprios passos;
e fundir, no exercício desse mister, amor e ponderação, entendimento e determinação, para que a equipe da qual participa e orienta não hesite diante das decisões e metas assumidas em grupo.

Muitas vezes, por falta de confiança em si mesmo, o líder deixa-se envolver por opiniões alheias, perdendo assim a visualização do objectivo maior.

A obra pertence ao Cristo e não a nós.
Quem comanda, porém, deve dar conta da importância do trabalho que está em suas mãos.
O condutor não poderá olvidar que não ficará melhor nem pior com as condecorações da aprovação ou com os gestos da censura e reprovação dos outros.

Continuará sendo ele mesmo, com seu modo de actuar e com suas possibilidades naturais de sustentar a obra.
Os que lideram não devem olhar para trás o tempo todo, pois fica quase impossível caminhar com segurança e trabalhar para o engrandecimento da organização com os olhos voltados para antigos desentendimentos e dissabores provocados pela opinião das pessoas.

É muito difícil ser produtivo quando estamos constante­mente preocupados com o que os outros estão falando ou julgando de nossa actuação e capacidade.
Grandes realizadores ficam acima das maledicências e não permitem que elas prejudiquem suas actividades cristãs.

Se o Mestre Querido não conseguiu agradar a todos, quem somos nós para querer atingir tamanho objectivo?
Não será pretensão de nossa parte?
Contudo, não nos esqueçamos de que, quando operamos em equipe e obtemos sucesso, devemos considerar-nos dignos de comemorar a vitória.

Essas comemorações não devem ser suprimidas e proibidas, mesmo quando criaturas inescrupulosas as denominem de atitudes orgulhosas ou de elogios egoísticos.
Expressar sentimentos de alegria e união compartilhados por toda a equi­pe é prática salutar que nunca deve ser abafada.

De acordo com a feliz expressão do apóstolo, “não somos convocados “para agradar a homens”, mas sim para atender “à vontade de Deus”.

Dessa forma, se adoptarmos efectivamente o aprendizado com o Mestre Jesus, penetrando o santuário da alma dentro de nós mesmos, aí encontraremos as noções de ponderação e senso de justiça aplicáveis nas lides de direcção que o Senhor nos destinou.

Em razão, pois, desse trabalho de liderança, não deve­mos dar ouvidos às conversações descabidas, que proporcionam desentendimento e balbúrdia.

Evitemos mágoas e ressentimentos para manter o equilíbrio do grupo na força comum.

Reduzindo a atmosfera de instabilidade, com nossas preces e obrigações do dia-a-dia, imediatamente começaremos a aliviar as tensões negativas nas áreas de acção no bem, às quais estamos vinculados no labor de nossa redenção.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Renascer

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:38 am

Livro: Nossas Riquezas Maiores
Francisco de Paula Vítor & J. Raul Teixeira

Por mais que os indivíduos humanos imaginem isso ou aquilo sobre a importância da existência corporal, bem pouco conseguirão inferir da sua grandeza.

É em razão dessa formidável oportunidade que o Criador oferece a Sua criatura, que réprobos se transformam em santos, covardes em heróis;
indiferentes se tornam operosos lidadores da vida, vaidosos se revestem de humildade;
estúrdios desenvolvem a nobre reflexão, ególatras se transfazem em fraternos altruístas.

É por meio dos renascimentos que Deus, sem violência, porém, atido aos princípios de Justiça e Misericórdia perfeitas, eleva o ser humano das agruras da carne passageira aos altos cimos da Espiritualidade Luminosa.

Aproveita, então, com o entendimento e a prática do vero bem, sob todo e qualquer aspecto, a tua reencarnação, pois ninguém sabe nem o dia, nem a hora, em que cada um encarnado terá que retornar ao País do Invisível, para seguir vivendo em novas dimensões.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty O Esquema de Deus

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:39 am

Livro: Astronautas do Além
Irmão Saulo & Francisco Cândido Xavier

Estamos todos entrosados no Esquema de Deus.
Esse esquema nos leva, através do tempo, à paz da eternidade.

Mas o conceito estático de eternidade não prevalece no Espiritismo, onde ela aparece como duração.
O tempo é a visão fragmentária da duração, um recorte do absoluto para o uso das nossas percepções relativas.

Os que se apegam ao relativo, às ilusões do temporário, esquecidos de sua própria transcendência, vivem na inquietação e portanto em guerra consigo mesmos e com o mundo.

O Esquema de Deus é o plano universal da evolução do qual vemos apenas alguns pedaços acessíveis aos nossos sentidos.
Mas a nossa mente, que é cérebro da alma, pode perceber além dos sentidos.

Por isso, nas experiências parapsicológicas já se comprovou, cientificamente, que podemos ver com nitidez o passado e o futuro, confirmando-se, assim, as pesquisas espíritas de mais de um século.

Os que aprendem a se libertar do relativo para vislumbrar a duração (que é a eternidade em conceito dinâmico) aprendem a superar a inquietação a encontrar a paz.

Pela evolução, nossa mente se abre, como uma flor que desabrocha, para a percepção progressiva do absoluto que nos proporciona a paz.
Não a paz do mundo, como ensinou Jesus, mas a paz do espírito.

A percepção individual dessa paz se transforma aos poucos, em conquista colectiva, na proporção em que a humanidade se eleva e o mundo se transforma.

Assim, pela evolução dos homens e do mundo, a paz do espírito, que parece individual, se revelará colectiva e universal.

É importante sempre nos lembrarmos de que nada e ninguém nos poderá arredar do Esquema de Deus.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Ciência e Vida

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:39 am

Livro: Paz e Renovação
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

No mundo, possuímos centrais eléctricas que asseguram a iluminação de grandes cidades.
Impossível, no entanto, olvidar os milhões de criaturas que ainda se debatem nas trevas da ignorância.

Dispomos de usinas poderosas que gera força indispensável à manutenção do trabalho em largas faixas do Globo.
Forçoso lembrar, porém, que surpreendemos, em toda parte, legiões de pessoas tombadas em desânimo ou desespero, a caminho da criminalidade ou do suicídio, à míngua de energia espiritual.

Realizamos, com êxito, a ablação de tumores malignos.

Necessário, todavia, observar que ainda não sabemos como impedir a formação dos quistos de ódio que infelicitam as almas.

Construímos palácios de moradia com todos os apetrechos da civilização.
Imperioso, entretanto, anotar que em nenhuma época do passado, tivemos que facear tantos processos de angústia e de obsessão.

Num átimo, escutamos essa ou aquela mensagem, expedida sem fio, de ponta a ponta do Planeta.
Quase sempre, contudo, ignoramos de que modo ouvir, com serenidade e proveito, as queixas do próximo em sofrimento.

Transita-se agora da Terra para a Lua, ultrapassando-se as barreiras da gravitação.
No entanto, muito de raro em raro, aprendemos a superar as trincheiras da indiferença ou da aversão para viajar de uma casa para outra ou de nossa alma para outra alma, a serviço da paz.

Ciência e vida; bendita seja a inteligência que esculpe as técnicas avançadas do progresso, responsáveis pelas novas facilidades humanas, entretanto, é preciso reconhecer que sem Jesus Cristo aplicado à nossa própria vida, estaremos sempre andrajosos e famintos de coração.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty O Homem Novo

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:40 am

Livro: O Homem Novo
J. Herculano Pires

Para construir um mundo novo precisamos de um homem novo.
O mundo está cheio de erros e injustiças porque é a soma dos erros e injustiças dos homens.
Todos sabemos que temos de morrer, mas só nos preocupamos com o viver passageiro da Terra.

Por isso, a humanidade desencarnada que nos rodeia é ainda mais sofredora e miserável que a encarnada a que pertencemos.
"As filas de doentes que eu atendia na vida terrena - diz a mensagem de um espírito - continuam deste lado."

Muita gente estranha que nas sessões espíritas se manifestem tantos espíritos sofredores.
Seria de estranhar se apenas de manifestassem espíritos felizes.
Basta olharmos ao nosso redor - e também para dentro de nós mesmos - para vermos de que barro é feita a criatura humana em nosso planeta.

Fala-se muito de fraude e mistificação no Espiritismo, como se ambas não estivessem em toda parte, onde quer que exista uma criatura humana.
Espíritos e médiuns que defraudam são nossos companheiros de plano evolutivo, nossas colegas de fraudes quotidianas.

O Espiritismo está na Terra, em cumprimento à promessa evangélica de Consolador, para consolar os aflitos e oferecer a verdade aos que anseiam por ela.
Sua missão é transformar o homem para que o mundo se transforme.

Há muita gente querendo fazer o contrário:
mudar o mundo para mudar o homem. O Espiritismo ensina que a transformação é conjunta e recíproca, mas tem que começar do homem.
Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma.

Inútil, pois, apelar para modificações superficiais.
Temos de insistir na mudança essencial de nós mesmos.

O homem novo que nos dará um mundo novo é tão velho quanto os ensinos espirituais do mais remoto passado, renovados pelo Evangelho e revividos pelo Espiritismo.
Sem amor não há justiça e sem verdade não escaparemos à fraude, à mistificação, à mentira, à traição.
O trabalho espírita é a continuação natural e histórica do trabalho cristão que modificou o mundo antigo.

Nossa luta é o bom combate do apóstolo Paulo:
despertar as consciências e libertar o homem do egoísmo, da vaidade e da ganância.

"Os anos não nos dão experiência nem sabedora
- dizia o vagabundo de Knut Hamsun - mas nos deixam os cabelos horrorosamente grisalhos."
É o que vemos no final desse poema bucólico da Noruega que é "Um Vagabundo Toca na Surdina".
Knut Hamsun era individualista e sobretudo um lírico do individualismo.

Mas o homem que se abre para o altruísmo sabe que as verdades do indivíduo são geralmente moedas falsas, de circulação restrita.
A verdade maior - ou verdadeira - é a que nasce do contexto social, da usina das relações, onde o indivíduo se forma pelo contacto com os outros.

Os anos não trazem apenas os cabelos brancos - trazem também a experiência, mestra da vida, e com ela a sabedoria.
É no dia a dia da existência que o homem vai modelando aos poucos a sua própria argila, o barro plástico de que Deus formou o seu corpo na Terra.
Cada idade, afirmou Léon Denis, tem o seu próprio encanto, a sua própria beleza.

É belo ser jovem e temerário, mas talvez seja mais belo ser velho e prudente, iluminado por uma visão da vida que não se fecha no círculo estreito das paixões ilusórias.
O homem amadurece com o passar dos anos.

A vida tem as suas estações, já diziam os romanos.
À semelhança do ano, ela se divide nas quatro estações da existência que são:
a primavera da infância e da adolescência, o verão da mocidade e outono da madureza e o inverno da velhice.

Mas também à semelhança dos anos, as vidas se encadeiam no processo da existência, de maneira que as estações se renovam em cada encarnação.
Viver, para o individualismo, é atravessar os anos de uma existência.
Mas viver, para o altruísta, é atravessar as existências palingenésicas, as vidas sucessivas, em direcção à sabedoria.

O branquear dos cabelos não é mais do que o início das nevadas do inverno.
Mas após cada inverno voltará de novo a primavera.

A importância dos anos é, portanto, a mesma das léguas numa caminhada em direcção ao futuro.
Cada novo ano que surge é para nós, os caminheiros da evolução, uma nova oportunidade de progresso que se abre no horizonte.
Entremos no ano novo com a decisão de aproveitá-lo em todos os seus recursos.

Não desprezemos a riqueza dos seus minutos, das suas horas, dos seus dias, dos seus meses.
Cada um desses fragmentos do ano constitui uma parte da herança de Deus que nos caberá no futuro.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Caminhos do Coração

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:41 am

Livro: Momentos de Felicidade
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.

Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.

Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.

Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.

Caminhos curtos e longos, rectos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma...
São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

.§.

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objectivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.

Se possível, opta pelos caminhos do coração.
Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.


.§.

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correcção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.

A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.

A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida;
destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.

Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.

Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

.§.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.
Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.

Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direcção da plenitude espiritual.

Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Os Limites da Liberdade

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:42 am

Livro: A Constituição Divina
Richard Simonetti

Em que condições poderia o homem gozar de absoluta liberdade?
- Nas do eremita no deserto.
Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar;
não mais, portanto, qualquer deles goza de liberdade absoluta.?
Questão n.º 826 (Da Lei de Liberdade) - O Livro dos Espíritos

Um náufrago vem ter a uma ilha deserta.
Constrói tosca habitação e ali se instala.
Sua liberdade é plena.

Movimenta-se à vontade.
Faz e desfaz, conforme lhe parece conveniente, senhor absoluto daquela porção de terra.

Passados alguns meses surge outro náufrago.
A situação modifica-se.
O primeiro experimenta limitações.

A não ser que se disponha a eliminar o recém-chegado, descendo à barbárie, forçoso será reconhecer que seu direito de dispor da ilha esbarrará no direito do companheiro em garantir a própria sobrevivência.

Terão, pois, que dividir os recursos existentes - água potável, animais, peixes, vegetais e o próprio espaço físico, se viverem em habitações separadas.
Pela mesma razão sua liberdade restringir-se-á, na medida em que outros náufragos apareçam.

Algo semelhante ocorre na vida comunitária, onde nossa liberdade é relativa, porquanto deve ser conciliada com a liberdade dos concidadãos, considerando que o limite de nosso direito é o direito do próximo.

A inobservância desse princípio fundamenta gera, invariavelmente, a desordem e a intranquilidade.
As implicações dessa equivalência de direitos são extensas.

Fácil enunciar alguns exemplos:
Não nos é lícito, na vida comunitária, dar livre expressão a impulsos como o de transitar de automóvel pelas ruas à velocidade de cem quilómetros horários;
a ninguém é permitido, em logradouro público, postar-se nu, nem ali despejar lixo ou satisfazer determinadas necessidades fisiológicas.

A liberdade de movimentação é restrita.
Vedado nos é invadir uma propriedade alheia ou recintos de diversão como cinema ou teatro.
Mister sejamos convidados ou nos disponhamos a pagar o ingresso.

Impedidos estamos até mesmo de permanecer na inércia, se fisicamente aptos, porquanto não nos pertencem os bens comunitários.
Alimentos, abrigo, roupas, indispensáveis ao nosso bem-estar e à própria subsistência, pertencem àqueles que os produzem.
Somos chamados a produzir, também, com a força do trabalho, a fim de que, em regime de permuta, utilizando um instrumento intermediário, o dinheiro, possamos atender às nossas necessidades.

A perfeita compreensão dos deveres comunitários, que restringem a liberdade individual, é virtude rara.
Por isso existem mecanismos destinados a orientar a população e conter suas indisciplinas.
Há leis que definem direitos e obrigações.
Há órgãos policiais para fiscalizar sua observância.

Os infractores sujeitam-se às sanções legais, que podem implicar até no confinamento em prisões por tempo determinado, compatível com a natureza dos prejuízos causados a alguém ou à sociedade.

Quanto maior a expansão demográfica e a concentração urbana, mais difícil o controle da população.
E há infracções que nem sempre podem ser enquadradas como delitos passíveis de punição ou nem sempre podem ser rigorosamente detectadas e corrigidas pelas autoridades.

Assim ocorre com o industrial cuja fábrica despeja poluentes na atmosfera e nos rios.
Com o jovem que transita com o escapamento de sua motocicleta aberto, gerando barulho ensurdecedor;
com o alcoólatra que se comporta de forma inconveniente na rua;

com o fumante que, em recinto fechado, expira baforadas de nicotina, obrigando os circunstantes a fumarem com ele;
com o pichador de paredes que polui moral e culturalmente a cidade, desenhando frases de mau gosto e obscenidades;

com o maledicente que se compraz em denegrir reputações, e muitos outros que revelam total desrespeito pelos patrimónios individuais e colectivos da comunidade e pelo inalienável direito comum à tranquilidade.

Todavia, estes impenitentes individualistas, ilhados numa visão egocêntrica de vida, saberão, mais cedo ou mais tarde, que nenhum prejuízo causado ao semelhante ficará impune.

E se a justiça da Terra é impotente para sentenciar os infractores, a justiça do Céu o fará, inelutavelmente, na intimidade de suas consciências, impondo-lhes renovadoras reflexões.

Aprendemos todos, por experiência própria, que há limites perfeitamente delineados em nossa liberdade de acção e que o mínimo que nos compete, em favor de nossa felicidade, é não perturbar o próximo, tanto quanto estimamos que ele não nos perturbe.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Pena de Morte

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:42 am

Livro: Perguntando de Aprendendo
Entrevista de Divaldo Franco a Waldenir Aparecido Cuin

Como chega ao mundo espiritual a criatura que sofreu a pena de morte?

DIVALDO FRANCO:
Profundamente desesperada.
Se a situação que lhe foi imposta pela justiça terrena cabe nos códigos da própria realidade, ele pagou a sua dívida para com os homens.
Mas o Espírito, em profunda perturbação, não deixa de guardar rancores tremendos, que um dia procurará extravasar.

Qual deveria ser a postura da sociedade para que não fossem gerados tantos elementos perigosos?

DIVALDO FRANCO:
Tornar-se mais justa.
Normalmente, transferimos a nossa culpa para aquele que se faz o árbitro da própria desgraça.
Quando ele ergue a mão armada e desce a espada de Dâmocles sobre a cabeça dos incautos, a nossa falência diante dele, que não soubemos edificar, transforma-se em ira, e, na incapacidade de conquistá-lo, destruímos-lhe a vida orgânica, mostrando que somos tão arbitrários quanto ele, ou piores, porque somos lúcidos e ele, alucinado.

Como deveria agir a Justiça, com relação às criaturas reconhecidamente perigosas e que representam uma constante ameaça à paz social?

DIVALDO FRANCO:
Cerceando-lhes a movimentação no convívio humano, da mesma forma que o pestilento é retirado para não contaminar a sociedade dos que estão sadios.
Se fizermos uma panorâmica do processo da evolução, veremos que a pena de morte atesta o ódio contra o criminoso, e não o direito e o dever de minimizar a sua culpa e reedificá-lo, para que ele ressarça a dívida com a sociedade.

Como você define o criminoso?

DIVALDO FRANCO:
Como alguém que perdeu a direcção de si mesmo.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Luz em nossas Mãos

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:43 am

Livro: Segue-me
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com aparências exteriores".
(Lucas, 17:20).

A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.

Cidades enormes são usadas, à feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por agrupamentos de milhões de pessoas.

A energia eléctrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico.

A Ciência garante a higiene.

O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.

A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa de pensamento.

A escola abrilhanta o cérebro.

A técnica orienta a indústria.

Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.

O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.

Entretanto, estaremos diante de civilização impecável?

À frente desses empórios resplendentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra dos instrutores de Allan Kardec, nas bases da Codificação do Espiritismo.

Perguntando a eles 'por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa", através da Questão número 793, constante de "O Livro dos Espíritos", deles recolheu a seguinte resposta:
"Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral.
Credes que estais muito adiantados porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções;
porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens.

Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes, como irmãos, praticando a caridade cristã.
Até então sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização".

Espíritas, irmãos!
Rememoremos a advertência do Cristo quando nos afirma que o reino de Deus não vem até nós com aparências exteriores;
para edificá-lo não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita é luz em nossas mãos.

Reflictamos nisso.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Re: Conhecimento e Sabedoria

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:43 am

A Lenda do Peixinho Vermelho
Livro: Libertação
André Luiz & Francisco Cândido Xavier

"No centro de formoso jardim, havia um grande lago, adornado de ladrilhos azul- turquesa.
Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita.
Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e sombrias.
Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para os encargos de rei, e ali viviam, plenamente despreocupados, entre a gula e a preguiça.

Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos.
Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos.
Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso.

O peixinho vermelho que nadasse e sofresse.
Por isso mesmo era visto, em correria constante, perseguido pela canícula ou atormentado de fome.
Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse.

Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros.
Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro.
À frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, reflectiu consigo:
- "Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?"

Optou pela mudança.

Apesar de macérrimo, pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima.
Pronunciando votos renovadores, avançou, optimista, pelo rego d'água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança...
Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos.

Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro.
Embevecido, contemplou nas margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos, cabanas e arvoredo.
Habituado com o pouco, vivia com extrema simplicidade, jamais perdendo a leveza e a agilidade naturais.

Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo.

De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração;
impressionado com o espectáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária.

Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando protecção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes marinhas.
O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações.

Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida.
Encontrou plantas luminosas, animais estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das águas.
Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz.

Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude, continuariam a correr para o oceano.

Continua...
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Re: Conhecimento e Sabedoria

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 04, 2011 11:45 am

Continua...

O peixinho pensou, pensou... e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar-se à obra do progresso e salvação deles.
Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade?
Não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações?

Não hesitou.

Fortalecido pela generosidade de irmãos benfeitores que com ele viviam no Palácio de Coral, empreendeu comprida viagem de volta.
Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar.
Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros.

Estimulado pela proeza de amor que efectuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais.
Certo, a colectividade inteira lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia.
Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, protegidos por flores de lotus, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis.

Gritou que voltara a casa, mas não houve quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia dado pela ausência dele.
Ridicularizado, procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura.
O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse.

O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, com ênfase, que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim.
Aquele poço era uma insignificância que podia desaparecer, de momento para outro.
Além do escoadouro próximo desdobravam-se outra vida e outra experiência.

Lá fora, corriam regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece cada vez mais rica e mais surpreendente.
Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de trutas e esqualos.
Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e do galo-do-mar.

Contou que vira o céu repleto de astros sublimes e que descobrira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do oceanos e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranquilos.

Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço.
Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada.
Antes que terminou, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a prelecção.

Ninguém acreditou nele.

Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquelas história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente.

O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante:
- "Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas?
Grande tolo! vai-te daqui! não nos perturbes o bem-estar...
Nosso lago é o centro do Universo...
Ninguém possui vida igual à nossa!..."

Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo.
Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca.
As águas desceram de nível.

E o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama..."

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Idiotia

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 05, 2011 10:43 am

Livro: Encontro Marcado
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Surge, aqui e ali, quem pergunte por eles, os tiranos que ensoparam o mundo de lágrimas, conhecidos por lamentáveis fazedores de guerra.

Apropriavam-se da autoridade e comandavam o extermínio das cidades que se lhes rendiam sem restrições;
passavam, quais ciclones pestilentos, incendiando sítios prósperos, aniquilando homens dignos, abatendo enfermos, desrespeitando mulheres, empalando fugitivos ou decepando os braços de crianças inermes;

apareciam por empreiteiros da demolição e do sarcasmo, organizando o cativeiro de povos livres ou formando, em nome da prepotência, as inquisições políticas, nas quais o abuso do poder consagrava a felonia e a traição por bases de governança, a fim de que os quadrilheiros das trevas operassem, impunes;

salientavam-se por mandantes dos choques de violência em que os fracos eram irremediavelmente impelidos à queda ou espoliados sem remissão...

Entretanto, nas seges purpuradas e nos palácios faustosos em que transitavam sorridentes, na direcção do sepulcro, repontavam, sem que eles mesmos percebessem, as maldições dos sacrificados, o choro das viúvas e dos órfãos, os gritos de horror dos perseguidos quando trespassados pelos últimos golpes, as chamas das fogueiras destruidoras, o sofrimento dos mutilados, as pragas dos feridos agonizantes largados à ventania da noite, o sangue dos campos recobertos de cadáveres insepultos, o frio das necrópoles encharcadas de pranto, o infortúnio dos lares vazios, o protesto das escolas arrasadas, a dor silenciosa dos templos destruídos, os adeuses e os soluços dos mortos.

E ao deixarem o corpo físico, muitas vezes com as honras tributadas aos grandes chefes, no próprio catafalco resplendente de lumes, de permeio com os cânticos e as orações, nos quais se lhes homenageavam os restos, passaram a escutar, terrificados e indefesos, o vozerio de condenação e a algazarra do desespero com que eram recebidos em novo nível de consciência.

Atormentados, então, por muitas das vítimas que não lhes desculpavam a crueldade, humilhados e desditosos, suplicaram da Providência Divina a própria internação provisória em celas de esquecimento e renasceram na esfera do raciocínio deformado e entenebrecido.

Quando passes diante de um irmão torturado por lesões cerebrais irreversíveis, não lhe voltes o rosto, nem recorras à eutanásia inconsciente.

Quase sempre, o companheiro situado na provação temporária da idiotia é um génio fulgurante, reencarnado na sombra, a estender-te o pensamento aflito e mudo, necessitando de compaixão.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty A Graça do Senhor

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 05, 2011 10:44 am

Livro: Segue-me
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

"A minha graça te basta."
( Corintios, 12:9)

Com a graça do Senhor,
a cruz salva;
o sacrifício enaltece;
a injúria santifica;

a perseguição beneficia;
a tempestade fortalece;
a dor redime;
o trabalho aperfeiçoa;

a luta aprimora;
o anátema estimula;
o dever nobilita;
o serviço dignifica;

a calúnia engrandece;
a solidão reconforta;
o obstáculo ensina;
adversário ajuda;

a dificuldade valoriza;
o desgosto restaura;
a pedrada edifica;
o espinho corrige;

a humildade eleva;
a cicatriz colabora;
a ironia constrói;
a incompreensão instrui;

o pranto limpa;
o suor melhora;
o desencanto esclarece;

a pobreza entesoura;
a enfermidade auxilia;
a morte liberta.´

É razoável que muitos homens estejam à procura de dádivas transitórias do mundo, mas que o cristão não olvide o mais sublime dom da vida - A GRAÇA DO SENHOR - base da felicidade real do discípulo fiel, onde quer que se encontre.

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Doença e Remédio

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 05, 2011 10:45 am

Livro: Canais da Vida
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

O trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e a vingança, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina, no quadro das doenças terrestres.

Porque alguém acusa os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade, não sofre condenação a permanente desajuste.

Recebe a atenção da Ciência, que lhe examinas as possibilidades de cura ou melhoria.

Porque o médico deve observar detritos corruptores, não lhe impele a saúde à perturbação e ao relaxamento.

Dá-lhes luvas protectoras.

Porque processos infecciosos alteram a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada a simples extirpação.

Oferta-lhe o recurso adequado para que elimine a infestação virulenta.

Se grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhes a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.

Se moléstias epidérmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.

Vemos que a Lei de Deus não se conforma com o mal:
ao contrário, opõe-lhe a cada instante o socorro do bem.

Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo-te aos olhos perigosas acções de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-se aos golpes com que te impulsionam à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, auxiliando em silêncio as vítimas do desequilíbrio que tombam sem saber que se arrastam no lodo.

Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou, complacente:
- "Em verdade, eu não vim para curar os sãos."

Muita Paz

Gilberto Adamatti

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Palavra e Construção

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 05, 2011 10:45 am

Livro: Bênção de Paz
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

"A palavra do Cristo habite em vós ricamente."
Paulo. (Colossenses, 3:16).

Comumente nos referimos à penúria, qual se estivéssemos à frente de um monstro instalado em definitivo junto de nós, esquecidos de que o trabalho é infalível extintor da miséria...

Mencionamos conflitos como quem tacteia chagas irreversíveis, sem ponderar que o amor opera a extirpação de todo quisto de ódio...

Comentamos provações, dando a ideia de que se erigem à condição de flagelos permanentes, distanciados do optimismo que funciona por dissolvente da sombra...

Reportamo-nos a enfermidades com tamanho luxo de minudências como se fossem males eternos, injuriando os princípios de saúde, capazes de restituir-nos a euforia...

Destacamos a parte menos feliz dos semelhantes com tanto empenho que fornecemos a impressão de rentear com seres irremissivelmente condenados às trevas, ausentando-nos do bem, à luz do qual todos nos redimiremos um dia...

Conversemos segundo a fraternidade e o bom ânimo que o Cristo nos ensinou a cultivar.

Imperfeições, desastres, doenças, desequilíbrios e infortúnios assemelham-se a meros borrões em nossos cadernos de experiência educativa, no aprendizado da existência transitória, a fim de assenhorearmos os nossos títulos de herdeiros de Deus na vida eterna.

Claro que apagaremos tais desdouros com a lixívia do nosso próprio sofrimento, mas não adianta ampliá-los através da exaltação emotiva ou do comentário inconveniente.

Em baixo, a terra parece uma estância obscura, mas o Sol brilha acima.

Recordemos a exortação de Paulo:
- A palavra do Cristo habite em vós ricamente.

§.§.§- O-canto-da-ave
Ave sem Ninho
Ave sem Ninho

Mensagens : 122575
Data de inscrição : 07/11/2010
Idade : 68
Localização : Porto - Portugal

Ir para o topo Ir para baixo

Conhecimento e Sabedoria - Página 5 Empty Re: Conhecimento e Sabedoria

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 5 de 7 Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6, 7  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos