LUZ ESPÍRITA
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Filosofia Espírita - VOLUME XIV - Miramez - João Nunes Maia

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 18, 2019 7:34 pm

47 - ALIMENTAÇÃO
0710/LE
A necessidade de alimentar-se existe em todos os mundos, no entanto, cada mundo habitado tem a sua alimentação específica; tudo é de acordo com a evolução já alcançada.
A Terra é um mundo de provas e expiações, onde se misturam Espíritos encarnados de várias classes.
A alimentação desses Espíritos é grosseira, e das mais grosseiras, mas, depois da selecção que há de vir, pela força do progresso, o planeta passará, a ser um mundo melhor.
Melhorando, tudo muda, e necessariamente a alimentação haverá de ser mais leve, visto que o organismo modificará o seu sistema de assimilação.
Em mundos superiores, o organismo já obedece a um sistema de assimilação mais espiritualizada, de modo que o corpo ingere uma comida mais fluídica, o que não acontece na Terra, onde se enche o estômago de vísceras de animais, peles torradas, e mesmo o sangue dos seus irmãos menores.
A alimentação perdeu a sua naturalidade, a lei foi violada e as consequências expressas em duros sofrimentos.
A inteligência nos mostra as mudanças que se processam na alimentação dos homens, como está surgindo interesse maior pelas frutas, pelas sementes e pelo verde.
E são mudanças rápidas! Isso é o progresso.
Matar o animal nos dias atuais já se encontra no plano do condicionamento e não mais por necessidade insuperável de se alimentar.
Hoje o homem já pode viver sem as vísceras dos animais à mesa, porque o milho e a soja as substituem, havendo também a abundância de vegetais comestíveis em toda a Terra.
Ainda existe o veneno dos tóxicos nas lavouras, utilizado por ganância ou ignorância; no entanto, o tempo vai conscientizando os filhos da Terra, mostrando-lhes que somente a natureza pode alegrar ao homem, pela sua pureza, na maturidade da sua vida.
Lucas, no capítulo doze, versículo doze, nos fala o seguinte, para compreendermos melhor o que devemos falar e buscar para a nossa paz:
Porque o Espírito Santo vos ensinará naquela hora as cousas que deveis dizer.
O Espírito Santo são os Espíritos de luz, que movimentam as bocas dos homens para ensinar-lhes a dizer as coisas certas; e ensinar-lhes a buscar essas coisas, como no caso da alimentação, das vestes etc., como estão fazendo agora.
A alimentação está mudando; alguns missionários de Jesus até mesmo sem religião definida, empregam seu tempo para ensinar os homens a comer, a beber, enfim, as regras do princípio único do universo, de modo que traga harmonia a todas as criaturas que tiverem ouvidos para ouvir.
O homem vive fisicamente porque come, e se comer bem, viverá bem.
O pecado, no dizer dos próprios homens, entra igualmente pela boca, contrariando a natureza.
A Terra está caminhando para a harmonia, porque as criaturas estão modificando seus próprios conceitos de vida.
O médico de amanhã, primeiramente irá perguntar ao doente de que ele se alimenta, depois o que ele pensa e o que ele faz.
Por último, é que virá o remédio, para ajudar a reacção reformadora.
A felicidade está na harmonia mental.
A Doutrina dos Espíritos foi uma bênção de Deus, para ensinar as pessoas a conhecerem a si mesmas e vencerem suas próprias deficiências.
A luta é difícil, mas nunca impossível, e é passo a passo que se pode ganhar a estabilidade espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 18, 2019 7:34 pm

49 - ATRATIVOS MATERIAIS
0712/LE
Deus colocou na matéria atractivos para os homens, no sentido de ensinar-lhes a saber usá-los educando seus impulsos nas investidas dos instintos, como também, para que eles sentissem um pouco de bem-estar e passassem a gozar dos seus próprios esforços, no aperfeiçoamento das coisas em seu benefício.
O objectivo dessa atracção quase irresistível é para que o homem passe a educar, como já dissemos, as forças em luta dentro de cada criatura e daí surgirá a luz, sendo que o entendimento mostrar-lhe-á o caminho mais acertado para a sua paz de consciência.
O homem, desenvolvendo a razão, busca outros planos para operar, passando a refugar todos os condicionamentos do passado, buscando respirar uma atmosfera mais leve onde o amor é a base da vida.
Poderemos analisar ó próprio sexo; nele existe para o homem um grande atractivo, que se irradia em todos os seres, objectivando a reprodução da espécie.
Se não fora isso, as raças desapareceriam por completo na face da Terra, e como ficaria a reencarnação?
O sexo é a base da vida física, no entanto, existem leis que regulam a reprodução dos seres, a pedirem o bom senso.
Assim, surgiu o casamento para disciplinar esse instinto que é tão forte, a ponto de levar as criaturas a desrespeitarem a lei.
Os homens já saíram da faixa animal, por isso que o sexo não é livre na sua dimensão.
A liberdade, neste caso, e na evolução em que os homens se encontram, lhes faz mais mal do que bem.
Ela poderá existir quando a Terra passar para outro plano de vida, ascendendo na hierarquia dos mundos superiores, onde os deveres andam juntamente com os direitos, onde o amor é a lei dominante.
O sexo, para a grande maioria dos homens, é um prazer incomparável, mesmo momentâneo, e por enquanto não tem substituto na concepção deles; no entanto, a consciência está activa, para discipliná-lo nos moldes que o verdadeiro amor nos concita.
Jesus é verdadeiramente o disciplinador desses impulsos santos, mas que precisam ser educados para a paz de consciência.
A educação dos homens está ligada aos dons espirituais; estes despertados, o campo de facilidades disciplinares aumenta e eis o homem novo nascendo dentro do homem velho.
Não podemos fugir da vontade d'Aquele que nos criou.
Ouçamos o que Paulo disse aos Romanos, no capítulo onze, versículo vinte e nove:
Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.
O que Deus fez para o nosso bem e a nossa paz são irrevogáveis; como mudar as coisas eternas?
Jamais as mudaremos.
A inteligência nos convoca para a obediência a toda a vontade do Senhor.
E Jesus veio confirmar e nos fazer crer nesse Deus de bondade e de amor.
Os homens não poderiam usar os bens terrenos somente pela sua utilidade, devendo também usá-los como instrumentos para despertar os seus valores espirituais, utilizando o seu esforço para concretizar a sua conquista.
Eis ai a beleza da vida, dentro da vida de Deus.
Jesus Cristo veio ao mundo por amor às criaturas, nos mostrando algo mais que não conhecíamos.
Ele rasgou mais um véu, trazendo mais esperança para a humanidade que se encontrava em desespero.
Os caminhos da felicidade foram abertos por Jesus.
O Senhor pôs atractivos nos bens materiais para estímulo dos homens, para que estes rompessem a ignorância, avançando pela porta estreita do esforço próprio, passando a conhecer a verdade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 18, 2019 7:35 pm

50 - LIMITES
0713/LE
A natureza, como mãe, imprimiu limites para o gozo dos bens terrenos, onde podemos observar como Deus é bom, na Sua justiça e no Seu amor para com todos os Seus filhos.
Ele dotou a todos com um organismo que sabe avisar quando já se encontra farto.
Quando a imprudência passa dos limites, este organismo sofre as consequências para se educar.
A disciplina é necessária em todos os campos de trabalho.
Nos próprios deveres materiais o corpo dá sinal de cansaço, pedindo para descansar, assim como se tem vontade de trabalhar, pelo aviso interno do dever.
Para tudo Deus traçou, por leis, os limites, tanto do trabalho como do repouso e do lazer; parte ficou como dever para o homem, que deve descobrir seus próprios caminhos.
Os excessos, quando vêm, são carregados do enfado, e as suas sequelas são pesos na consciência.
É neste sentido que muitos sábios aconselham o caminho do meio em tudo o que se faz.
Se existe multidão de almas ignorantes, quantas iluminadas não existem movendo-se em corpos de carne?
Muitas e inspiradas por Deus.
Jesus inspira todos os sábios da Terra, dotando-os de todos os meios para educar e instruir a humanidade.
Deus a ninguém pune; os homens é que se punem a si mesmos, pelos seus actos impensados e, ao passarem pelos sofrimentos, aprendem a usar os bens da natureza com equilíbrio e amor, compreendendo que tudo é de Deus, que eles são apenas Seus filhos, aos quais o Pai confia os valores para serem usados com caridade.
Sempre falamos que Jesus é a maior expressão de misericórdia de Deus na Terra.
Observemos Seus feitos, que compreenderemos isso.
Marcos, no capítulo um, versículo trinta e um, assim anotou o que usamos como exemplo:
Então, aproximando-se, tomou-a pela mão e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
A febre era um processo de disciplina da natureza em consequência de alguma agressão a ela, mas o Mestre, por misericórdia, ordenou que a febre cessasse, dando oportunidades à alma de redimir-se, ou não pecar mais contra a vida.
Compreendamos logo os nossos limites.
Quando os compreendemos, a paz passa a reinar na consciência, o maior tribunal instalado dentro de nós para nos educar, disciplinando nossos instintos, que estão vivos no mundo mental e dominando a nossa intimidade.
Podemos usar de tudo dentro do necessário, dentro do limite.
Esse é o respeito para com os outros e para com a nossa vida.
Deus fez as leis para que pudéssemos gozar dos bens terrenos, no entanto, a natureza traçou limites a esses gozos, evitando assim o abuso das belezas da Terra, que são reflexos da sublimidade dos céus.
A educação do homem o faz sentir o ritmo da vida e seu coração se ilumina com a luz da vida em Deus.
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51 - REQUINTE DOS GOZOS
0714/LE
O homem que procura nos excessos de todos os tipos o requinte para uma ilusória satisfação pessoal, está morrendo física e moralmente, devido a sua falta de sensibilidade no campo dos sentimentos.
O trabalho das religiões visa mais ao campo moral, para conduzir as almas a um modo de pensar diferente, mostrando os limites que elas devem respeitar.
Em se falando do sexo, ele pode ser praticado, mas dentro daquela disciplina que a responsabilidade traçou com critério.
O bom senso é o indicador comum que orienta a todos para o bem da comunidade humana.
É como diz a resposta de "O Livro dos Espíritos" à pergunta formulada por Allan Kardec, sobre esse assunto:
- "Pobre criatura!
Mais digna é de lástima que de inveja, pois bem perto está da morte".
E ainda o codificador reforça a pergunta:
- "Perto da morte física, ou da morte moral?"
O mensageiro do céu responde:
- "De ambas."
Quando nós encontramos irmãos iludidos com as paixões inferiores, esses companheiros são verdadeiramente dignos de lástima, e não de inveja.
O espírita deve procurar as coisas eternas, aquelas assentadas dentro das leis imutáveis, e para tanto a base é o amor verdadeiro, aquele que não exige e não troca, que não induz ao mal e que não alimenta a intriga.
Os gozos materiais já fornecem perigo para a alma, e muito mais, os seus requintes, dos quais o mundo de hoje se apresenta repleto.
Entretanto, Jesus não Se esqueceu de nos orientar sobre esses deslizes da alma, deixando para todos nós o guardião divino que se chama Evangelho, força essa capaz de modificar todos os sentimentos dos homens.
O homem que procura os excessos aproxima-se mais rápido da morte, e das piores, que o leva ao esquecimento dos preceitos do Mestre.
Mas o Consolador veio à Terra para cumprir uma promessa do Divino Amigo e livrar a humanidade dessas mortes.
Ele aparece com uma personalidade doutrinária, enriquecendo a literatura espiritualista de que o mundo já era portador, fazendo com que as criaturas pudessem desfrutar das belezas imortais do céu, e não somente uns poucos escolhidos nos templos de iniciações.
Jesus foi o Anjo Divino que abriu todas as portas das casas secretas, e ensinou a todos de boa vontade, nas praças e nas ruas, dando de graça o que de graça recebeu do Pai.
Os homens que não compreendem o valor do Evangelho, regridem nas suas sensações, abaixo do bruto; no entanto, aquela satisfação é passageira, e ele acaba por despertar no seu íntimo aquela confiança e esperança nas belezas duradouras. O amor começa na afinidade até dos elementos, mas não fica somente nisto; ele avança e nunca regride.
Se já saímos do reino animal, quando a razão nos marcou um grau a mais, não devemos lembrar, pelas acções, esse estágio que ficou para trás.
A Doutrina dos Espíritos é verdadeiramente a continuação do Cristianismo primitivo em seu esplendor.
Por que não aproveitarmos essas oportunidades valiosas, esses tesouros da Divindade?
São chuvas que descem do céu, por misericórdia, como bênçãos de Deus para a humanidade, pelos canais de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Estamos sendo despertados para a vida, e é bom que vivamos juntamente com o Divino Mestre.
Procuremos o tesouro real.
Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Lucas, 12:34)
Não é preciso mais comentário, porque onde colocarmos nossos sentimentos, o coração brilhará, na sintonia em que vibra o que pensamos.

§.§.§- Ave sem Ninho
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