LUZ ESPÍRITA
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MÉDIUNS - Miramez - João Nunes Maia

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 13, 2019 7:45 pm

Nada podemos fazer sozinhos, nem os próprios erros.
Se começamos a condenar o que não nos agrada, se nos aborrecemos com tudo o que o nosso gosto não aprova, ficaremos a sós com nossas ideias, e neste clima de plantio, provavelmente nascerá a erva daninha do egoísmo que, por vezes, é acompanhado da solidão.
Ler novamente o texto evangélico é mais uma oportunidade de corrigenda:
"Portanto és indesculpável quando julgas, ô homem, quem quer que sejas; porque no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias cousas que condenas".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:19 pm

KARDEC É UM PRISMA
"Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu em parte o creio".
I Coríntios — Cap. 11, v. 18

Somente Deus é a Luz da totalidade da vida.
Todos os missionários disseminados no mundo são raios do Entendimento Maior.
Mesmo em se falando da Terra, esse átomo em comparação ao infinito, algum dia vai ter um só pastor e um só rebanho.
Todavia, vai demorar:
As distonias existentes nos lares, nas igrejas e nas nações mostram que, se ainda não conseguimos harmonizar a própria casa física, que nos serve de roupagem, como viver em plena coerência com a humanidade?
Desde as cavernas, que se internam na carne espíritos de elevada hierarquia espiritual, para dar o exemplo, mesmo no silêncio, da bondade, do entendimento e do amor.
São muitos deles que têm estagiado no planeta em todas as épocas, como guias, favoráveis ao bem.
São prismas de luz, ligados à Luz Maior.
Allan Kardec foi um desses prismas das claridades superiores, que teve a missão de educar e instruir.
Sua inteligência foi capaz de sentir as necessidades dos sentimentos, e partir para um interesse colectivo.
Teve a felicidade de entender com dignidade a tarefa que lhe foi entregue por Jesus, e reconheceu o Mestre, como Paulo no caminho de Damasco.
Kardec ainda é pouco estudado, e os que o estudam, pouco compreendem a profundidade da sua obra, que se imortalizou pela aliança que fez com os preceitos do Cristo.
0 médium, ou o espírita, que se ilude, achando-se de posse de toda a verdade, embriaga-se no vinho do fanatismo e prolonga uma fé sem raciocínio, não sabendo ou não querendo saber que Deus é unidade, porém se divide, por sabedoria, em todos os rumos, para ensinar.
As divisões, em parte, são necessárias, por não suportarmos viver na unidade.
As religiões existentes são prova disso.
Cada ideação religiosa ou filosófica congrega um rebanho humano que se alimenta espiritualmente na mesma faixa evolutiva.
As diversidades de naturezas nos fazem crer nas roupagens vestidas pela verdade, para servir a todos.
Se o sol visitasse a Terra, reunindo todos os seus raios em um somente, destruiria a vida humana.
Por isso, divide-se em prismas incontáveis.
Pois a verdade é um sol do espírito.
Se chegar à consciência humana e forçá-la com toda a sua pujança, perturbá-la-á.
E é pelo amor que a verdade se divide, para que possamos viver na plenitude da paz.
Falar que Kardec é um prisma da luz divina não é desmerecê-lo, é honrá-lo, é respeitá-lo.
Não podemos nos esquecer também tantos outros que visitaram a Terra com missões idênticas, e que conseguiram realizar muito em favor da Humanidade.
Introvertamos, pois, ideias universais para o nosso campo mental, que as mãos de Deus accionarão o tempo com o nosso esforço, nas subtilezas da prece.
A fermentação no laboratório da consciência é que nos dirá, na maior profundidade, que a verdade não pertence a ninguém.
O fundamento de todas as religiões é um só: melhorar o homem, enriquecendo todos os seus sentimentos, para que eles transmutem em uma só luz: o amor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:19 pm

Entretanto, para que as almas cheguem a esse estágio, haverá de existirem divisões.
A medicina, o direito, a filosofia, tomaram rumos entre si para melhor compreenderem os seus próprios destinos, objectivando o mesmo ideal: a grandeza da vida.
Também as religiões tomaram caminhos opostos na maneira de compreender.
Igualmente entre cada uma há divisões, pois elas são aberturas de conhecimentos da natureza divina, das leis universais sintetizadas no Evangelho. O médium espírita que não conhece Allan Kardec está sujeito a entrar entre dois paralelos de opressão:
o comércio dos seus dons e a falta de sensibilidade diante do sofrimento alheio.
Quanto às dissensões, isso sempre existiu, desde as primeiras claridades do Cristianismo.
Mas onde quer que estejamos nunca nos esqueceremos de servir como médium da caridade.
"Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu em parte o creio".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:19 pm

O EVANGELHO DE JESUS CRISTO
"Mas é necessário que primeiro o Evangelho seja pregado a todas as Nações".
Marcos — Cap. 13, v. 10

Nos ensinos do Cristo se encontra uma gama infinita de conhecimentos, assimiláveis de acordo com a evolução de cada alma.
Para quem já se converteu à caridade e se esforça no amor, é mais fácil falar as dimensões do saber evangélico, que se perde na eternidade.
O anúncio das verdades espirituais, feito por Jesus, foi uma misericórdia de Deus e humanidade.
Nós, antes do Mestre, éramos como frutos pendentes ao amadurecimento, sem o devido conhecimento da nossa utilidade.
Entrementes, com a receita divina da divina presença do Senhor, sentimo-nos úteis, mesmo na escala a que pertencemos, sentimos a consciência de que realmente vivemos.
E se recebemos tudo de Deus, podemos dar de nós juntamente com Ele, aos que sofrem e aos que choram.
O Evangelho é a maior reserva de energias para o espírito que transita na Terra, na qual se assenta a evolução da humanidade.
E em se falando de médiuns, é em Cristo que eles encontram os caminhos por onde se conscientizam dos seus deveres perante Deus.
A mediunidade é um instrumento valioso, quando endereçada ao bem comum.
Se não fora ela, como haveríamos de conhecer os fenómenos imortais registados pelo Evangelho, e que vieram à luz pelo Cristo e seus apóstolos?
Mas os dons mediúnicos carecem de muita educação e disciplina, e o Mestre escolheu os seus companheiros entre os melhores sensitivos da época.
Em primeiro lugar, abriu uma escola na casa de Simão, onde, na intimidade com eles, pudesse ensinar-lhes os segredos do exercício mediúnico.
Revelou a eles ás principais leis que sustentam a criação, fez conhecer as necessidades do perdão, da caridade e do amor, levantou o padrão moral dos seus discípulos, despertou a alegria colectiva, e em operação endereçada a cada um, incentivou a fé, inflamando a inteligência em todos os ramos do saber.
Apontou para o céu e discorreu sobre a criação do Pai Celestial, e fez por onde criassem asas as imaginações dos apóstolos, dando nova vida à esperança na imortalidade da própria vida.
Podeis observar, se o interesse ocupar vossos corações, os tesouros que encerra o Evangelho.
Vamos ao capítulo 1, versículo 17, na fala de Paulo aos Romanos:
"Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito".
O justo viverá pela fé.
Como poderíamos viver sem a justiça, que nos iguala uns aos outros?
Que nos mostra Deus como Pai de toda a criação?
E como os justos poderiam viver de fé, sem sorver na fonte maior de Jesus Cristo?
Em todos os países do mundo desceram emissários do Cristo antes d'Ele, para anunciar as leis na coerência daquilo, que haveria de trazer depois.
Podeis estudar, comparar todos os sábios que há no mundo, todos os místicos e santos, que encontrareis sempre elos que ouçam, unindo-os igualmente ao Mestre Maior, Jesus.
0 Evangelho; é vida na expressão oculta, porque acorda os que dormem na ignorância; levanta os caídos e faz andarem os paralíticos da alma.
O medianeiro inteligente, antes de se dar conhecido no meio dos espiritualistas, em primeiro lugar conhece o Evangelho, procura entendê-lo se esforça, na prática, porque a mediunidade sem ele pode trazer distúrbios na inteligência e no coração.
E sabeis onde ele existe escrito na íntegra? Na profundidade da consciência de cada um, pelo lápis do tempo, accionado pelo poder de Deus.
E por esse motivo é que ele agrada a todos.
E antes que aconteçam as coisas dos "fins dos tempos", no mundo dos desequilíbrios humanos, é necessário que...
...primeiro o Evangelho seja pregado a todas as nações."
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

FIRMEZA NO DEVER
"Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos".
Hebreus — Cap. 2, v. 1

Recusar ideias negativas é comandar o próprio destino, é preparar o terreno da mente a fecundos plantios.
E neste trabalho, o coração oferta maiores amplitudes.
A Doutrina Cristã abre, pela natureza do bem, clareiras imensuráveis à inspiração divina.
A firmeza no dever, imputada à consciência, limpa de vez a dúvida dos outros para connosco, dando a nós mesmos segurança e paz.
O candidato à mediunidade, ou quem já deu início às actividades mediúnicas, não pode se esquecer dos deveres maiores, aqueles que ficam além do labor cotidiano do pão nosso de cada dia.
E o dever de ajudar os semelhantes.
É no exercício do bem que o coração expande todas as forças que o amor lhe ensinou.
E aquele bem que se transforma em alegria, que nunca dá o preço do seu trabalho, é aquele céu que se revela em nós no momento em que nos dispomos a ajudar.
Jamais existe mediunidade com Jesus sem o prazer da cooperação, e o médium deve começar a caridade em casa, estudando as reacções dos seus familiares, o que pode ofendê-los e o que lhes traz alegria.
Tem o maior cuidado no falar; mesmo que alguns pensamentos inoportunos invadam seu campo mental, não deixa que eles se transformem em sons audíveis nem em actos impensados. Esforça-se na disciplina, seleccionando suas atitudes, para que, no amanhã, possa ter completo domínio de si mesmo.
Não pensemos que liberdade só existe quando pensamos e falamos.
O que surge em nossa cabeça sem que o bom senso cristão analise, é a verdadeira escravidão, tisnada pela ignorância, por não participarmos do que pode advir dos desastres que, com isso, poderemos causar aos outros.
Ê bom que nos lembremos que estamos em uma escola na Terra, bastante exigente para connosco, pois neste estágio evolutivo em que estamos é o que mais nos convém.
A liberdade ideal nos virá depois que o amor cobrir toda a multidão das nossas faltas.
A exuberância no dever flui de simples pensamentos e actos ininterruptos.
O volume de águas do Amazonas tem muitos afluentes que não cessam de doar suas cotas.
Não pode existir vida sem intercâmbio; portanto, a mediunidade é a base da própria vida.
Temos um imenso prazer em nos comunicar com os homens, e quando encontramos ressonâncias, a nossa alegria é maior.
O ideal do Evangelho, senão do Cristo, é entregar o homem a si mesmo, cuidando dos seus próprios problemas, sem os petitórios em demasia.
A prece é uma grande força, o filho reconhecendo a paternidade universal.
Não obstante, o fanatismo na oração desvia a alma do dever que a vida repartiu para cada um.
Trabalhemos, meu filho, com amor, onde o dever nos convida.
Não reclamemos contra as condições, não maldiguemos o tempo, e não nos aborreçamos com os companheiros.
Definamos o que fazer, pelo bem.
Já falamos muitas vezes, e tornamos a repetir, que a humanidade é um corpo maior, onde as células são as individualidades, firmando a ideia, daí, que todos estamos interligados uns aos outros por leis espirituais irremovíveis.
Portanto, a doutrina de cuidar de si mesmo não é egoísmo, nem participação com orgulho.
E firmar, cada vez mais, no dever de cada um, a contribuição para toda a colectividade.
A consciência em Cristo nos convoca, pelo raciocínio, à firmeza no ideal do bem.
Ela é a vigilância maior para que jamais nos desviemos do amor.
Convidamos, com isso, os leitores a participar da instrução elevada; onde quer que esteja a sua fonte, poise de gota a gota da água da sabedoria, que matamos a sede do coração.
"Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

O MÉDIUM E A DOUTRINAÇÃO
"E livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos a escravidão por toda a vida".
Hebreus — Cap. 2, v. 15

Temer a morte é não confiar na vida, é ser escravo da ignorância; se quereis vos> livrar do medo do desencarne, ajustai o vosso íntimo com Cristo, que a verdade vos libertará.
Propiciar saúde ao corpo e sanar os desequilíbrios psíquicos, fazer consultas médicas e tomar remédios, não é desconfiar nem temer a morte, é cuidar do aparelho físico que nos serve na jornada terrena.
A morte morreu para quem conhece o Cristo.
O progresso a matou, delineando vida em todas as direcções e proporcionando esperanças em todos os rumos.
O médium está sempre ligado à doutrinação de espíritos, tanto desencarnados quanto encarnados.
A palavra mal conduzida pode provocar crateras nos sentimentos alheios, de difícil reparação.
Vede bem o que falais, principalmente com os irmãos fora do vaso da carne.
Tratai os espíritos com amabilidade, sem que a imposição apareça em vossas conversações.
Exponde ideias claras, fazendo ver aos companheiros da eternidade que somos todos carentes de amor, não deixando que eles se impressionem com culpas.
Firmai a vossa mente no que tendes de realizar no tocante ao bem comum.
Nos diálogos, deixai que eles percebam que não existem inimigos, que a própria ofensa vem com o destino sagrado de ajudar, que o que fez os dois conversarem no clima da fraternidade foi encaminhado pela dor, que estão juntos no perdão com frequência, até esquecerem todas as ofensas, se for o caso.
Estimulai a alegria e a esperança, porque nessa hora alguém está fazendo o mesmo convosco, sem que percebais.
A doutrinação de que falamos não é se colocar na posição de professor.
É manter uma conversação livre, de maneira a que os dois aprendam a ser úteis sob a influência de Jesus.
Mediunidade na área cristã pode ser sinónimo de trabalho, pois o sensitivo nunca deve parar suas pesquisas dentro e fora de si, catalisando verdades e acumulando experiências para que o seu coração seja um manancial de amor.
No entanto, procure ele a humildade, fuja da subserviência, não deixe o orgulho e a vaidade prendê-lo no egocentrismo.
Vejamos a recomendação de Paulo aos Coríntios, capítulo 8, versículo 2:
"Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito não aprendeu ainda como convém saber".
O que já aprendemos efectivamente, tem participação de todos e, em primeiro lugar, de Jesus, na influência de Deus.
É bom que nos livremos do medo, para não ficarmos presos nos seus efeitos danosos.
A criatura medrosa pouco participa da vida.
O medo contrai a consciência e apavora a alma, de modo a ficar na morte até a verdade o libertar.
É recomendável ao médium que ao perceber a influência nociva em torno de si, desdobre os pensamentos de generosidade, estimule a esperança e dê frequência à alegria.
Depois desse exercício, não fique parado; procure imediatamente um trabalho e, se possível for, na luminosa extensão da caridade.
Não se revolte quando mal irradiado, para não piorar a sua situação e a de quem, por ignorância, o influencia; são instrumento de paz.
Como maltratar o nosso congénere somente porque é desencarnado, e não despertou ainda para o bem?
Se temos o dom de perceber os sofredores fora da carne, sejamos complacentes nos entendimentos.
Certamente ele está esgotado de amizade e de amor.
Chamamos de morte o mal-estar, o ciúme, o medo, o egoísmo, o ódio etc.
Compete aos estudantes da verdade darem exemplos de como se libertar desses estados d'alma, que existem com frequência no ambiente da ignorância.
Às vezes ficamos escravos da morte, não somente em uma vida na Terra, mas em muitas existências, até aprendermos o caminho do Mestre, que nos libertará.
"E livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos a escravidão por toda a vida".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

MEDIUNIDADE
"Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem".
Timóteo — Cap. 2, v. 5

Mediunidade é um termo novo em velha função.
Desde quando há vidas, há intercâmbio entre elas, de modo a acelerar o progresso.
Combater a mediunidade é desconhecer a sua acção benfeitora entre o Céu e a Terra.
Vejamos que Paulo, no capítulo acima mencionado, se refere ao Cristo, mediador entre Deus e os homens.
Portanto, operou como Médium do Senhor, em favor da humanidade, e assim foram Moisés e os profetas.
Quando a obra da codificação afirmou que todos os homens são médiuns, tocou na tecla de uma grande verdade.
Cada criatura, verdadeiramente, é um médium em potencial.
Cada ser humano ou espírito desencarnado pertence a uma escala que o dom mediúnico estende ao infinito.
Como espírito desencarnado, notamos o quanto os homens são influenciados pelos que já passaram para o plano espiritual.
Eles inspiram muito mais do que pensam, de acordo com a sintonia que os ligam.
Se quereis saber com quem andais, analisai as vossas ideias, os vossos sentimentos, a vida que levais, que a razão vos dirá das vossas companhias espirituais.
As que se aproximam de vós, fora dessa lei, é fruto da misericórdia divina, instrumentação de que Jesus é o mediador.
A misericórdia é a caridade dos céus para connosco, para que não fiquemos deserdados da bondade do Pai Celestial.
Os espíritos são portadores do mesmo dom mediúnico, sob a mesma lei são assistidos.
A vida é um fenómeno inexplicável, é Deus que se manifesta em toda a criação,
são permutas de valores que se combinam a cada passo, enriquecendo-se em cada ambiente em que circulam.
Pensar que estamos sós, ou querer nos desmembrarmos das coisas e dos outros, é ilusão, porque a lei maior não o permitirá.
E, se tal coisa acontecesse, poderíamos assistirá morte de quem o fizesse.
Mediunidade é transmitir algo para alguém, é servir-se de canal por onde passam ideias ou coisas.
O médium espírita serve de instrumento para as almas se comunicarem com os homens, afirmando, assim, a sua imortalidade ao deixar o corpo físico.
Quem é médium não inveje o outro, porque este tem tais e quais qualidades mediúnicas.
A distribuição dos dons é esquema da divindade, que sabe colocar em cada ombro as responsabilidades que compete a ele desempenhar.
Meditemos no conselho de Paulo aos Coríntios, capítulo 7, versículo 24;
"Irmãos, cada um permaneça diante de Deus naquilo que foi chamado".
A função de cada médium é aprimorar com amor todos os seus intercâmbios.
O estudo, a meditação e o trabalho levarão todos ao ideal superior.
O dom mediúnico é como que um sentido além dos sentidos físicos, mas que se apoia nos mesmos, assegurado em leis que vibram no inconcebível.
E quando apoiado nos preceitos do Evangelho, coloca-se na plenitude evolutiva da humanidade.
E para ser explicado, necessário se faz que se alterem as deduções dos homens, participando delas novas modalidades, onde o espírito seja o agente dos fenómenos.
Um médium pode ser um apóstolo de Jesus, desde que se afaste do fanatismo, desconheça os julgamentos, estimule as qualidades boas, fale com discernimento, ajude sem exigir e trabalhe no bem comum; e por onde passar, procure ser uma luz, sem intentar convencer aos outros de que é iluminado.
Analise bem o que pensa e cuide de vigiar muito as conversações, para que o seu trabalho não seja desmerecido pela boca.
A mediunidade começa de Deus para Cristo, e Este se faz homem, derramando todo o estimulante do amor na humanidade, onde esse dom se intercruza em virtudes infinitas, para que conheça a esperança.
"Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

PRUDÊNCIA DO MÉDIUM
"Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sê-de, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas".
Mateus — Cap. 10, v. 16

O médium prudente assinala em seu caminho a chave da segurança.
Com efeito, nunca deve esquecer a simplicidade, sem que essa ideia ou postura o leve à displicência.
O preparo espiritual do discípulo de Jesus torna-se bastante longo, pois essa educação muda a natureza do indivíduo, transformando o modo pelo qual pensa e vive na Terra.
No entanto, as leis da fraternidade e do amor, que sustentam a vida de tudo nos convoca para outro ritmo de vivência, e a nossa obediência nos leva a descobrir que verdadeiramente esse é o caminho, a verdade e a vida.
Uma das grandes descobertas do espírito é a conscientização do homem de que a natureza, em se falando dos vegetais, minerais e animais, está, de certa forma, ligada a ele, por meios alheios â sua vontade.
Queiramos ou não, linhas invisíveis nos fazem sentir a irmandade em tudo que existe.
E de alma para alma?
Uma, vamos tornar a afirmar nesta mensagem, é continuação da outra, e todas se encontram ligadas como os órgãos do corpo físico.
Ninguém, absolutamente ninguém, pode viver sozinho, dispensando a cooperação dos seus iguais.
E quem pensa dessa forma, ainda não começou a desembaraçar-se das prisões da ignorância.
Somente o tempo, pelo sopro de Deus, os acordará do pesadelo.
Quando começamos a nos preparar pelo amor, interessando-nos pelo bem da colectividade, disciplinando os nossos próprios impulsos inferiores, eis que estamos sendo enviados como ovelhas para a boca de lobos vorazes, a que se refere o Evangelho de Jesus, anotado por Mateus.
Porque quem pensa, trabalha ou escreve, fala e dá exemplo, universalizando ou procurando ser um cidadão universal, se torna, para a maioria, uma personagem incómoda, porquanto a maioria no mundo em que vive é dominada pelo egoísmo, pela vaidade, pelo ciúme, prepotência, orgulho etc.
Até hoje, quem se preocupa com o bem-estar dos outros é tido como desajustado e, nessa incompreensão, é ofendido, da maneira como a ofensa evolui no século presente.
Completa o Evangelho, ajudando-nos a suportar:
"Sê-de prudentes como as serpentes e simples como as pombas".
É na prudência e na simplicidade cristã que a tolerância toma corpo, a solidariedade cala os ofensores e o trabalho em favor de todos estimula o amor.
Tanto os cristãos antigos como os modernos estavam, e estão, entre os lobos, porém esperando que eles se convertam em ovelhas.
E é o cansaço no mal que faz com que procurem o bem.
Não são os lobos exteriores que fazem os discípulos temerem mais, e sim aqueles que se encontram dentro de nós, que se apresentam com variados nomes:
ciúme, vaidade, intolerância, maledicência, ódio, preguiça, e assim sucessivamente.
O modo de vida ensinado por Jesus Cristo acalma o mundo consciencial em toda a sua profundeza, e as virtudes vividas pelos discípulos transformam o lodo do fundo da alma, recamado aí por vidas sucessivas, em adubo benfeitor, e esse em vida, na lavoura de Deus.
O sensitivo cristão é uma gleba do Senhor, onde o agricultor é ele mesmo, que sempre colhe o que semeia, e recebe o que dá.
Aqui lembramos aos médiuns da necessidade da prudência.
Ela é qual a chuva na época do plantio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

Quando ouvirem alguém, ou falarem com alguém, não se esqueçam dessa força espiritual que coloca seu portador na posição de garantia e de respeito.
E nesse clima levará o nome e a obra do Cristo para que a paz possa ali nascer.
O que nos dá ânimo na jornada evolutiva é esta verdade:
Quem se apresenta como lobo hoje, pelo mal que faz, vai ser ovelha amanhã, interessando-se pelo bem.
E quem não dava importância à prudência vai procurá-la, pois ela acalma a mente e cria a serenidade, que escapa aos que alimentam a violência.
Mas por muito tempo ainda vai existir esta advertência:
"Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sê-de, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:20 pm

A MEDIUNIDADE E A MÚSICA
"Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido
I Coríntios — Cap. 14, v. 10

A música é linguagem universal.
Das formas mais simples ao átomo, e deste ao homem, do homem aos mundos, e da criação infinita a Deus, tudo canta na grande sinfonia da vida.
Tudo é vibração, e toda vibração é arpejo superior do existir.
Sons e cores se entrelaçam, despertando o perfeito, como o Pai Celestial, na Sua pujança divina.
A mediunidade não está separada da música, porque ela é uma melodia celestial a serviço do amor.
Quando uma entidade superior se dispõe a comunicar-se com um intermediário no mundo físico, as duas auras se entrelaçam, como cordas de um instrumento, e os instrumentos juntos, soltando acordes encantadores em muitas dimensões, como mensagens de consolo, de fraternidade, de saúde e de paz.
O espírito superior em um trabalho psicofónico educa a voz do medianeiro, acelera suas vibrações, e amplia seu poder de amor.
E os sons que emite através da palavra, além de serem um passe espiritual, são uma fonte de saber, passam a ser uma sinfonia evangélica que encanta e eleva.
Chamamos a atenção, mesmo veladamente, para que o médium possa ajudar ao espírito comunicante.
Que ele não deixe o trabalho que lhe pertence para os guias espirituais.
Antes que entregue seu corpo para as inteligências espirituais falarem, que seja já afinado, limpando a mente com orações que não sejam somente repetições de palavras, mas que irradiem a súplica do amor.
Que se prepare, ao menos durante o dia, com boas conversações, e não se esqueça de fazer tudo com alegria.
O médium, quando em intercâmbio com a luz, parece um sensível instrumento, cujas cordas são dedilhadas pela alma que fala por ele.
É uma profusão de matizes vibratórios que se expandem de sua atmosfera, por serem duas forças que se irradiam no mesmo ideal.
Podemos dizer que cada virtude ensinada e difundida pelo Evangelho é uma melodia elevada que cabe em todas as dimensões da vida.
É bom que o sensitivo desenvolva a certeza em Deus, na Sua presença majestosa dentro e fora de si.
E para que isso aconteça, e para sabermos começar, busquemos o conselho de Paulo, II Coríntios, capítulo 3, versículo 4:
"E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus".
Mediunidade sem Cristo é ponte sem base, é casa sem tecto.
É carro sem direcção.
É instrumento sem músico.
E se temos os dons mediúnicos aflorados, não nos esqueçamos de educá-los.
Não fujamos da disciplina, não esqueçamos o perdão; procuremos com zelo todos os meios que favoreçam os comunicantes por nosso intermédio.
E aí a nossa tarefa, no Céu e na Terra, será uma bênção de luz.
Procuremos não contradizer as ideias alheias com sermões improfícuos e divagações sem sentido.
Cumpramos o nosso dever, e basta.
Usemos da palavra quando essa possa construir e do silêncio, quando esse aprova o bem.
E amemos em todas as direcções.
Façamos uso da música em todas as suas nuances, pois nesse método de falar está o ganho das nossas sensibilidades.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:21 pm

Ser médium no reino de Jesus é ser alguma coisa <útil à humanidade.
É ajudar sem que a vaidade avise ao beneficiado de onde vem o benefício.
É perdoar, sem que o orgulho force o ofensor a reconhecer seu erro.
É amar, sem que o amor-próprio exija que os outros nos tenham como santos.
O médium, mesmo no mundo da carne, se deseja ser grande, não pode se esquecer da humildade; se deseja se expressar pela inteligência, cultive os sentimentos; se deseja ensinar, aprenda primeiro com o Mestre dos mestres.
Porque, sem isso, dificilmente se tornará livre das amarras da ignorância que o prendem à Terra como sendo a própria Terra.
Lembrando o assunto que nos inspira, vamos dizer que no mundo, ou em todos os mundos, existem sons, de zero ao infinito, e todos eles têm sentido próprio.
Contudo, é de bom alvitre que escolhamos a nossa própria música, aquela que nos coloca em profunda sintonia com Deus e Cristo, aquela que abre os nossos sentidos para a paz da consciência.
"Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:21 pm

AO NASCER DO SOL
"Saindo, porém, o sol a queimou; e porque não tinha raiz, secou-se".
Marcos — Cap. 4, v. 6

A parábola do semeador é de profunda importância no campo doutrinário.
Saber semear deve ser qualidade inerente ao discípulo de Jesus nesta nova era, para que o tempo seja bem aproveitado, pela luz dos conceitos que o Cristo de Deus nos ligou na eterna disposição do amor, que é o Seu clima.
Todo estudioso da filosofia espiritualista tem o dia, no seu mundo íntimo, de nascer o sol da verdade.
E quando isso acontece, o seu maior empenho é abrir prismas na sua própria inteligência, para que possam passar algumas claridades, para outras inteligências ainda na obscuridade.
E eis que nessa mescla de ajudar com um pouco de vaidade, muito se perde, dado que o terreno não corresponde à pujança das sementes.
A perda, porém, é aparente.
O astro Sol enriquece o solo de uma variedade de elementos indispensáveis à vida, assim como o subsolo em que se esconde.
Vitaliza as ondas que brincam com as primeiras camadas de água.
Atinge as profundezas do oceano, ilumina as árvores por fora e as beneficia por dentro, purifica a a atmosfera volante, para que essa sustente a vida do homem e dos animais.
Se o sol está nascendo em nós, abramos os corações e deixemos toda a claridade inundar o nosso ser, e não nos façamos de egoístas.
Ofertemos a quem quer que seja, sem que a prepotência ocupe o lugar da humildade.
Interessemo-nos pelo bem, não pelo amor, mas por amor.
Ê de interesse nosso não nos esquecermos do apóstolo Paulo, quando nos adverte:
"Tudo, porém, seja feito com decência e ordem". (I Coríntios, cap. 14, 40).
O médium favorável à ostentação cria dificuldades para a sua própria amizade, talvez sem intenção, mas se coloca como mestre, esquecendo-se de que, igualmente, é aluno na escola do Cristo.
A arrogância se atrofia quando a humildade é cultivada.
Vejamos a advertência evangélica, para que nos coloquemos nos devidos lugares:
"Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus" (I Coríntios, cap. 3, v. 6).
Poderemos plantar boas. ideias nos outros, não resta dúvida.
Não obstante, é de lógica comum que não nos arvoremos na posição de verdadeiros doadores.
Somente na graça do Senhor plantamos.
O tempo rega e o crescimento vem de Deus.
A experiência nos faz lembrar e aconselha que o místico, pelo menos de vez em quando, deve estar presente no despontar do sol físico, banhando-se nos seus múltiplos raios e respirando uma atmosfera aliviada do miasma terreno, pois esse espectáculo criará uma disposição interna, para que se avive nele, com fulgor, o sol da alma.
Também os exercícios físicos, pela manhã, renovam as energias, proporcionando, principal mente ao médium, uma disposição maior, de sorte a entrar com mais facilidade em comunicação com o mundo espiritual.
Mas que seja tudo com moderação e respeito à organização biológica.
A razão nos demonstra que a meditação é a verdadeira prece do santo.
Os caminhos que nos levam ao equilíbrio são vários, esperando eles que trilhemos pelas suas veredas.
Durante a noite há trabalhos inumeráveis no astral próximo e Terra.
Escola, doutrinação, assistência, limpeza psíquica etc.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:21 pm

É por isso que todo amanhecer nos traz grande predisposição para o trabalho, alegria e, de certo modo, a esperança.
Enquanto os corpos descansam, os espíritos ligados a eles se refazem no mundo espiritual, em contacto com as grandes almas que os orientam, e então respiramos com eles a atmosfera elevada.
É O Evangelho vivo em forma de pão espiritual, é Cristo se fazendo em nós, por intermédio dos benfeitores da luz.
Eis que isso tudo é problema de sintonia.
Se o nosso ideal na Terra é o bem, é nos educarmos, entramos, quando em sono, no reino de aprendizado de Jesus.
Sendo o contrário, ligamo-nos, por lei, com as sombras, e as consequências são desastrosas, até aprendermos a amar o bem Médiuns!
Ao nascer o sol de Cristo em vossos corações, não temais em clarear os outros, pensando em despertar feito de luz, mesmo que a aparência diga o contrário, como refere o apóstolo.
Ponde esta verdade em vossa mente:
"Nada se perde".
"Saindo, porém, o sol a queimou; e porque não tinha raiz, secou-se".
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:21 pm

UNIVERSALIDADE DOS MÉDIUNS
"E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse:
eis minha mãe e meus irmãos

Marcos — Cap. 3, v. 34

0 médium evangelizado não pode se confinar a restrito campo de determinados preceitos.
Toda a sua acção deve estar ligada à universalidade das coisas, onde o entendimento alcance o amor, que vibra desde a inter-estrutura da matéria até a culminância dos astros, vindo de Deus.
0 Cristo deixa-nos entender, no versículo acima, o cosmopolitismo da sua personalidade, principalmente quando se trata das coisas do Senhor.
As ligações com amigos, com famílias, com o trabalho, têm profundo interesse no que tange à nossa vida.
No entanto, ao tratarmos dos assuntos da lei e dos compromissos assumidos com a nossa consciência esse facto coloca, de certo modo, limites nos compromissos dos homens na Terra.
E sem romper os primeiros, accionam seus direitos individuais.
Mesmo contrariando alguns, partem para convénios mais velhos.
Depois de satisfazerem a lei, tornam a dedicar-se aos lazeres cotidianos com bastante prazer.
Quando pensamos ou fazemos alguma coisa, quando falamos ou escrevemos, e abençoamos, lembremo-nos da fraternidade universal, que elimina completamente o egoísmo, desnorteia a usura, tira a força do orgulho e nos faz esquecer a vaidade. Enquanto a nossa mente estiver presa somente ao nosso interesse, estamos mortos, porque não conseguimos viver por nós mesmos.
Em tudo dependemos de todos e, na totalidade, de Deus.
Não existe coisa mais sublimada na vida do que o amor.
Ele parte do Todo Poderoso com todo o seu energismo universal, configurando todas as necessidades da criação divina.
E por ser amor, divide-se ao infinito, para ajudar do nada ao tudo.
Quem não se interessar pela lei do amor, quem quiser ignorar essa verdade, quem quiser endurecer o entendimento com medo de dar de si mesmo para os seus semelhantes, cai no abismo que ambienta a ignorância, e somente o tempo, pelo impulso evolutivo,
despertar-lhe-á a inteligência e o coração, com promessas seguras de que ele ficará livre da dor, pensando, analisando e praticando o amor pelos canais de caridade.
Quando falamos aos médiuns, parece que estamos exigindo demasiado esforço da parte deles.
Eis porque reforçamos mais uma das muitas afirmações.
Não existe imposições no que falamos e escrevemos, talvez nem mesmo conselhos.
O nosso maior empenho é que vos torneis medianeiros afinados, instrumentos cujos acordes espirituais tenham ressonâncias nas criaturas preparadas.
Se assim podemos dizer, o nosso trabalho poderá ser um convite, e muito nos alegra se começardes - se ainda não estiverdes em Cristo, ou despertando para Ele.
A mensagem de Jesus, por intermédio da Doutrina Espírita, não tem outra missão senão despertar a alma, dando um toque de reforma em todas as criaturas, pelos meios de que dispõe, que são incontáveis.
Se quereis as bênçãos de uma consciência tranquila, não tardeis em cooperar:
no trabalho honesto# na alegria benfeitora,
na humildade construtiva, no benefício comum,
na caridade sem barreiras e no amor a todos.
A universalidade dos médiuns é um caso de interesse divino, que depende muito deles, estimulando os princípios do entendimento.
Milhares de mãos do mundo invisível irão se aproximar das suas sensibilidades, e quanto mais esforços no bem, mais multiplicarão amigos e poderes, de forma a amar com. grande intensidade.
Médiuns!
Ao vos assentardes à mesa para o labor mediúnico, perpassai os olhos pelo salão e dizei baixinho, somente para vós mesmos:
.. eis minha mãe e meus irmãos
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:22 pm

CIÊNCIA DA MEDIUNIDADE
"Eis que dois varões falaram com ele: Moisés e Elias".
Lucas — Cap. 9, v. 30

A mediunidade é uma ciência tão profunda e subtil, que todos os combates provindos de várias inteligências não conseguem fazer a humanidade esquecê-la.
Ela viajou com os espíritos milhões de anos, e avança com eles pela eternidade afora. uma ciência divina, trabalha sem exigir, e estimula o bem com o interesse no próprio bem.
O fato ocorrido com Cristo no monte Tabor nos dá, ou mede, a extensão do seu valor, pois esse acontecimento é registrado no Evangelho por três dos seus evangelistas — Lucas, Mateus e Marcos.
E foi comentado por todos os discípulos de Jesus.
O que se passou com o Mestre, Moisés e Elias confirma a ciência da mediunidade.
Esse fenómeno, na Doutrina Espírita, é muito conhecido, de maneira que vários deles já foram fotografados, semelhantes ao caso dos dois espíritos bíblicos materializados, conversando com Jesus.
Se naquela época existisse máquina fotográfica nas mãos de Pedro, Tiago ou João, poderíamos identificar a verdade com mais segurança.
O Cristo tinha todos os poderes mediúnicos desenvolvidos, e os espíritos que com Ele confabulavam no monte eram de alta hierarquia espiritual, dominavam igualmente todos os elementos da natureza correspondentes a uma materialização.
Foi vista pelos discípulos uma nuvem, a qual encobriu a todos, e dela saía uma voz.
Essa nuvem era um lençol ectoplasmático fornecido pelos três companheiros do Mestre e preparado pelo próprio Cristo, fornecendo assim corpos para Moisés e Elias se tornarem visíveis.
Tal fenómeno é comentado, escrito e divulgado pelo mundo inteiro.
No entanto, não é só mediunidade de efeitos físicos que é ciência.
Todas as faculdades fazem parte do grande mistério mediúnico.
0 intercâmbio com os espíritos, seja ele qual for, é científico, com profundas ligações com o poder do amor.
Mediunidade é também profecia, que escapa a muitos apurados raciocínios.
Entretanto, o tempo mostra, concretamente, o que ela profetiza no presente, para o futuro.
Mediunidade e ciência são dois paralelos que se avolumam, intercambiando valores, para que o progresso possa confundi-los, tornando-se uma só força em busca da verdade.
Todavia, para que essa ciência espiritual se apure, fornecendo dados a todos os estudiosos, e esses, livros esclarecedores, é necessário que eduquemos as faculdades mediúnicas, usando todos os processos indicados por Jesus e ampliados por Allan Kardec, e por muitos dos seus coadjuvantes.
À disciplina dos dons correspondem forças novas, na nova dinâmica de servir o amor, por amor.
A mediunidade é uma realidade universal; ela se encontra aflorada em muitas das criaturas pertencentes a todas as religiões, filosofias e ciências da Terra.
É de se acreditar, pelos factos, que até alguns dos negadores da ciência mediúnica entram em intercâmbio com os espíritos, sem que suas razões acusem.
Ela existe em todas as escalas da vida, como em outros factores, sem que entrem em comunicações directas com os espíritos.
Médium quer dizer canal, intermediário de alguma coisa.
Porém aqui falamos mais acentuadamente do médium espírita, que estuda e se entrega à prática da Doutrina dos Espíritos, organizada por Kardec.
Se falamos de universalidade, em muitas das nossas mensagens, é de se deduzir que não devemos esperar de um médium só verdades, que nem o conjunto deles dará.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 14, 2019 7:22 pm

Cada sensitivo contribui com a sua parcela para uma verdade ainda relativa, em se falando de intermediário na Terra.
Somente o fanatismo espera de uma fonte, água para saciar a sua sede, esquecendo que a evolução é conjunto de esforços colectivos pelas mãos de Deus.
Se quereis servir de instrumentos para a presença de espíritos evoluídos, trabalhai para que possais estar entre eles, para que eles despertem o amor que existe em vós.
E se ouvirdes de vez em quando alguém falar que a mediunidade não é ciência, nem religião e muito menos filosofia, meditai nisto que vamos repetir:
"Eis que dois varões falavam com ele: Moisés e Elias”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:07 pm

O MÉDIUM PERANTE OUTRAS RELIGIÕES
"Mas Jesus lhe disse:
não proibais; pois quem não é contra vós, é por vós".

Lucas — Cap. 9, v. 50

0 valor das religiões é nos levar à magnitude daquilo que é nosso, desde a nossa formação congénita, crer em Deus e na sua exuberante bondade, conceituando, ainda mais, que ninguém morre.
As doutrinas religiosas divergem em alguns pontos, não resta dúvida.
Não obstante, convergem para o mesmo ideal: o amor.
Cada comunidade religiosa tem uma missão, de acordo com o rebanho que lhe compete educar e instruir.
O combate entre as religiões é a prova da distância de Jesus, destes que se candidatam por si mesmos a defensores de uma verdade que eles ainda desconhecem, esquecendo-se completamente do "não julgueis".
E que todos fazemos parte do grande aprisco do Senhor.
É bom que destampemos nossa lembrança para uma advertência muito proveitosa, como a de Paulo aos Coríntios, capítulo 10, versículo 32, nesta oportuna afirmação:
"Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tão pouco para a Igreja de Deus".
Médiuns!
Meditai nesse assunte acima citado, e concentrai-vos, com mais interesse, em vossos deveres para com a consciência e Deus, Jesus e os benfeitores da espiritualidade maior, e esquecei a ofensa aos outros, se porventura os vossos impulsos vos levarem a isso.
Mesmo que as religiões ou alguém estiver trilhando caminhos que a vossa consciência doutrinária não aprovar, mesmo que a falta de conduta moral fizer esquecidos os preceitos do Cristianismo, mesmo que a maledicência alastrar no ambiente propício, nos outros reinos religiosos, hão vos levanteis contra os postulados dessas seitas.
Compreendei, no silêncio, que cada um assimila o que pode, e que no mundo ainda não existe trigo sem joio, e joio sem trigo.
Orai por eles sem o azinhavre da crítica, e esforçai-vos sempre para melhorar a vossa condição espiritual, pois Deus sabe intervir em tudo, na hora exacta.
Há sensitivos que condenam os sistemas doutrinários que não são os seus, sem que percebam a ignorância revestida de vaidade, no que pensam, falam e escrevem.
Sem dúvida que existem espíritos desencarnados com o mesmo impulso, transmitindo mensagens de condenação ao modo de pensar dos outros, pois a razão iluminada no discernimento cristão nos diz de onde eles vêm, e quais os seus objectivos.
Se há pessoas que merecem maior atenção e respeito, eles são os que trilham os outros caminhos sentimentais, pois nos favorecem com experiências em outras dimensões.
Se queremos saber a quantidade de religiões no mundo, procuremos a estatística dos espíritos.
Mesmo que muitos pertençam à mesma fé, não encontraremos dois que a sintam do mesmo modo.
Cada alma é um mundo religioso com as suas características próprias de modo a desenvolver as qualidades, ou dons que Deus colocou como leis dentro de cada ser.
E se espírito nenhum pode viver sem a cooperação dos outros, a ofensa, os julgamentos, ódios etc., tendem a desaparecer das nossas cogitações, pois é esse o nosso ideal, de nos darmos as mãos, encarnados e desencarnados, aproveitando essa profusão de ensinamentos, desfrutando desta presença maior dos céus na Terra, e educando-nos correctamente.
Cavalgamos na vida o potro do nosso destino, considerando os preceitos religiosos como freios, e os nossos instintos como esporas.
Os primeiros não nos deixam cair nas fossas, os segundos não permitem que paremos na estrada.
E quanto outras religiões e pessoas que não comungam connosco, escutemos novamente o versículo:
"Mas Jesus lhe disse: não proibais; pois quem não é contra vós, é por vós".
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:07 pm

QUEM SÃO OS MORTOS?
"Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem".
Lucas — Cap. 20, v. 38

A pergunta que dá título à mensagem ficará apagada brevemente da lembrança dos homens, porque eles próprios estão vencendo a morte pela força da vida.
É de importância capital para todas as criaturas a pesquisa da vida, pois em todos os encontros a esperança irá desabrochar enriquecida de amor.
Viver é o facto mais sublimado da criação.
0 impulso íntimo nos diz a todos que devemos procurar as comprovações de que a vida continua, de onde viemos e para onde vamos, onde está Deus e o mundo dos eleitos.
Porém, as respostas para todas as nossas indagações vêm como por encanto de dentro de nós, com os primeiros ensaios para a nossa fé.
Depois que nos sintonizarmos com o mesmo ambiente fora de nós, o caso é de maturidade e de cultivo dos valores espirituais, e neste assunto já dizia Paulo aos Coríntios, no seu primeiro escrito a esse povo, capítulo 12, versículo 31:
"Entretanto, procurai com zelo os melhores dons".
Procurar com cuidado as melhores qualidades existentes em nós, e fazê-las crescer em todas as direcções, porque é desse crescimento que ganhamos a certeza da coisa mais bela do mundo, a continuação da vida, mesmo depois de todas as catástrofes, mesmo depois do fenómeno que denominam morte.
Ao partirem do corpo de carne pelo processo de desencarnação, costumam dizer os que ficaram:
"ele foi para a eternidade". Como se enganam!
A eternidade é sempre onde estamos; tudo o que existe tem as bênçãos da imortalidade, com plena obediência às transmutações.
Com o perpassar do tempo vamos corrigindo o linguajar comum, para uma fala mais convincente e lógica, que nos dá uma impressão nítida da realidade.
E a ciência já está ajudando nesse sentido, e a filosofia empresta-nos recursos para que as frases sejam melhor compreendidas e mais dignas de serem assinaladas.
A morte não é sinónimo de aniquilamento, já repetimos isso muitas vezes.
É começo de outra vida, e esse fato se sucede eternamente; é a mesma coisa que mudar de residência no mundo físico.
Os moradores continuam sendo os mesmos, vivendo em lugar diferente do anterior.
A certeza de que ninguém morre está, de certa forma, ligada aos conceitos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando começamos o trabalho de modificação dos nossos velhos hábitos, por novos e mais eficientes; quando descobrimos e nos tornamos servos das leis espirituais; quando, enfim, ampliamos os nossos sentimentos de amar, uma comporta irá inundar a nossa inteligência e o coração de esperança e de alegria, e sentimos a vida em tudo, sem precisar de comprovações exteriores.
Dispensamos a matemática e a ciência dos homens, despertando em nós o reino dos céus.
Então é que perguntamos:
quem são os mortos?
E a própria voz de Deus ressoa no imo da nossa alma, nos termos abaixo repetidos:
"Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem".
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:08 pm

CHAVE DO EQUILÍBRIO
Todas as cousas me são lícitas, mas nem todas convêm.
Todas as cousas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas".

I Coríntios — Cap. 6, v. 12

Quem se deixa dominar pelas linha paralelas dos sentimentos alheios e pelos extremos dos seus próprios impulsos inferiores, não é digno da paz.
0 bom senso é força preponderante entre os anjos.
Na verdade, o apóstolo nos fala que todas as coisas são lícitas, mas não esquece de acrescentar, que nem todas convêm.
Eis que cada criatura se encontra em uma escala evolutiva, e ela, em seu estado de evolução, deve saber escolher aquilo que certamente lhe convém, e é essa escolha, com moderação, que a livra dos escândalos e de determinados infortúnios.
Tratando-se da conduta do médium, esse deve verificar onde se encontra a chave do equilíbrio.
Em tudo o que fizer, não se deixar dominar por nenhum convite duvidoso, fazer o processamento dentro de si, no laboratório do raciocínio, sob a vigilância do coração, com relação ao que deve ou não fazer.
De facto, o caminho do meio é o melhor.
No entanto, é o mais difícil de ser trilhado.
O médium, principalmente, deve procurar a moderação em tudo: na comida, na bebida, nas vestes, no falar, nos gestos e, por fim, na conduta.
Parece, de relance, observar uma vida cheia de prudência, como férrea disciplina, tornando-nos escravos de influências exteriores, e nos fazendo cada vez mais presos a certos conceitos.
E sempre ouvimos: e a ideia de liberdade, onde fica?
Brandura não significa castigo, é clima de felicidade.
Os desequilíbrios é que nos levam às torturas morais, aos conflitos íntimos, e ao enfadar da existência por simples infortúnio.
Desde quando estamos idealizando o bem, pensando e nos esforçando para aquisição da nossa paz, estamos abrindo caminhos favoráveis à sobriedade, sem talvez percebermos.
Há muitas pessoas, e entre elas estão incluídos certos sensitivos, que se preocupam muito com o que os outros pensam delas; por isso temem modificar o que vêm fazendo, há muito tempo.
Na verdade, é uma preocupação sem fundamento, desde que estejam se esforçando para melhorar.
Quem se dispôs a falar da vida alheia, não deve raciocinar.
Analisemos esses dois fatos evangélicos: "Pois veio João Baptista, não comendo pão e nem bebendo vinho e dizeis:
tem demónio", (Lucas, capítulo 7, versículo 33).
Depois:
"Veio o filho do homem, comendo e bebendo, e dizeis:
"Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e de pecadores".
(Lucas, capítulo 7, versículo 34).
A Humanidade é assim mesmo, e por incrível que pareça, fazemos parte dela.
E se já nos livramos de determinados erros ou faltas, o nosso passado nos impede de julgar os outros.
Os pais que hoje corrigem os filhos, já foram crianças ontem.
Todas as coisas são lícitas porque foram feitas com a aquiescência de Deus, não há dúvida.
Entretanto, mais lícitas elas se tornam, quando usadas como convém à consciência em Cristo.
A lei do equilíbrio se faz como chave da inteligência, marcando os passos e contrapassos do coração, como reactor divino nas grades do arcabouço humano.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:08 pm

O intermediário dos espíritos, consciente dos seus deveres perante Deus e a consciência, nunca se deixa levar pelos excessos, conhece e se desvia de todas as manobras dos instintos grosseiros que fazem lembrar os animais.
O auto-domínio, em sua mente, é uma função permanente que valoriza a educação e espiritualiza a disciplina.
E para não nos esquecermos do assunto que tanto nos faz bem, é bom que repitamos a fala do convertido de Damasco:
"Todas as cousas me são lícitas, mas nem todas convêm.
Todas as cousas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas".
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:08 pm

ALMAS AFINS
"Diariamente perseveraram unânimes no templo, partiam pio de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração".
Atos — Cap. 2, v. 46

Desde o princípio que Jesus se preocupou em reunir almas afins para seu apostolado de amor.
Basta olhar para a natureza e notaremos analogia em tudo.
A força que liga as coisas iguais é a do amor, argamassa divina que nos prende mais acentuadamente aos nossos iguais.
E ê nesta conjunção por aliança que se destampa o clima da harmonia.
As reuniões em um templo não deixam de ser também para estreitar laços de afeições na diligente força da fraternidade.
0 Cristo, o maior dentre os homens em inteligência, escolheu, para seu rebanho mais íntimo, doze discípulos altamente afinados entre si e famintos pela sabedoria espiritual.
0 Mestre despejava sobre eles uma profusão de luzes nunca antes conhecida por homens da Terra.
E eles se alimentavam e viviam com essas bênçãos celestiais.
Para assegurar esta afirmação, escutemos Paulo, Coríntios, capítulo 10, versículo 3:
Todos eles comeram de um só manjar espiritual".
Cada um dos apóstolos era como que um transformador dos tesouros evangélicos, computando riquezas do plano maior, e despejando-as em quem quer que fosse, desde que tivesse sede de amor e fome de justiça.
Não obstante, necessário se fazia que houvesse entre os companheiros de Jesus homogeneidade de sentimentos, para que reinasse nos trabalhos de difusão da Boa Nova um ambiente nunca sentido por seres humanos e que prendesse as criaturas, por vicejar paz para quem cultivasse os preceitos disseminados por aquele punhado de homens, que se chamavam cristãos.
E o interesse maior desses homens renovados em Cristo era fazer conhecer o Messias.
Podemos dizer que o Evangelho é uma constelação de ideias, orientadas pela singeleza do amor, na mais pura ciência da vida.
E o mundo, já cansado e oprimido pelas estreitezas dos conceitos humanos, explodia em guerras, pestes e fomes, como se fosse a própria natureza orando ao criador, pedindo socorro.
E Ele veio, na promessa de Isaías e em muitas das profecias antigas.
Jesus Cristo foi a resposta divina, como consolo, instrução e amor, ampliando a justiça de Moisés para uma conceituação de fraternidade universal, colocando em meio ao "dente por dente", a misericórdia, e fazendo do deprimente estado de pecado, oportunidade para todos se redimirem pelo trabalho que o perdão inspirasse. Jesus é, por assim dizer, um mistério, dentre os mistérios da vida, porque onde não existe afinidade.
Ele estimula a simpatia, e onde há escassez de amor, Ele ensina a caridade.
Médiuns! Escutai esta verdade:
almas que se afinam em todas as múltiplas variedades do bem para com os outros criam lastros de riquezas imperecíveis, tornando-se doadores, sem que nunca falte o amor que oferecem.
A mediunidade precisa da sabedoria tanto quanto do amor.
São dois pilares que não podem faltar na casa biológica onde reside o santo e o sábio, e certamente o místico, pois todos os anjos amam s sabedoria.
Nós fomos feitos para estarmos ligados uns aos outros.
A vida é unidade: o que nos falta é lembrar que somos irmãos de tudo e de todos, e fazer a nossa parte com aproximação por alegria e confraternização por prazer.
Vejamos o exemplo dos apóstolos:
"Diariamente perseveraram unânimes no templo, partiam pão de casa em casa, e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração".
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:08 pm

O MÉDIUM E A PRECE
"Orai para que isso não suceda no inverno Marcos.
Cap. 13, v. 18

A soberania da prece dificilmente será igualada, pois é por ela e através dela que a luz espiritual beija os corações que alimentam a fé.
Qualquer intercâmbio espiritual deve se assentar, em primeiro lugar, no ambiente da oração.
A prece é a primeira regra do ABC do Evangelho.
Quem não sabe orar com humildade e amor, como aprender a ciência de viver nos preceitos de Jesus Cristo?
A súplica é um arroio, sem o qual a mediunidade cristã não pode subsistir.
E a chuva divina na divina missão de fecundar o solo dos sentimentos, para que o coração se torne o reino do Cristo.
É um bom costume de muitas religiões anteceder todas as reuniões de qualquer carácter, processadas nas comunidades e fora delas, com a oração.
Parece-nos uma feliz herança do Cristianismo nascente, a progressão de fluidos que se faz quando estamos orando e entramos em perfeita conexão com elementos espirituais.
Desta unidade aparece um sol afastando, se for o caso, todas as sombras que a ignorância conduzir, em forma de discussão, maldade, vingança, maledicência, ciúme, ódio etc.
Esquecer a oração é ficar sujeito ao longo inverno das tentações, é se expor à mercê de frequentes lutas com as trevas, sem meios para vencê-las.
Depois da concentração com o mundo invisível, passamos a outra dimensão da prece.
O bem, em toda a sua dinâmica, não deixa de ser um constante pedido de amor, para quem o pratica e para a humanidade.
O comedimento, em todos os nossos actos, é uma valorosa súplica que nos deixa um entendimento profundo dos direitos alheios, trabalhando para o bem-estar nosso e dos outros.
O esforço permanente em perdoar as possíveis ofensas de alguém para connosco é uma valiosa prece que pode transformar inimigos em companheiros de trabalho no ideal da benevolência.
O dom da alegria, exercitado sem mesquinhos interesses nos corações entravados pela melancolia e envolvidos pela tristeza, é uma das faixas da súplica, que faz acordar as almas para a vida; e viver para a esperança é o remédio salutar para todas as enfermidades.
A caridade, para quem a faz, é passe espiritual accionado pelo coração, que enriquece os valores da inteligência, multiplica os dons em forma embrionária de talentos, e transforma os impulsos animais que se irradiam pela ignorância, em amor que beneficia a todos.
É a prece altamente dignificada pela presença do Cristo em nós.
O médium está sempre deparando com espíritos endurecidos, que já granjearam certa inteligência, e para um diálogo com determinadas entidades, consciente ou inconscientemente, muitas experiências nos convidam para que nos preparemos com todas as nossas armas.
A defesa cristã é norma de todos os trabalhadores de Jesus.
O respeito deles para connosco depende da vida que levamos, do quilate de amor que. esteja em nossos corações.
Isso é para não acontecer o que ocorreu à época de Cristo com alguém que ainda não estava preparado para as devidas doutrinações:
"Mas o espírito maligno lhes respondeu:
Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós quem sois? (Actos cap. 19, v. 15).
É nestas horas que devemos ser dignos do discipulado, ser conhecidos como continuadores da moral evangélica, ser tocados pela luz, para que isso não aconteça no inverno das nossas invigilâncias.
"Orai para que isso não suceda no inverno".
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:09 pm

CIDADÃO UNIVERSAL
"Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens"
Romanos — Cap. 12, v. 17

A força embrionária do homem interno fá-lo pender para .o egoísmo, somente conversando na filosofia do eu, repudiando o nós.
0 facto é que quando vai chegando a maturidade espiritual, sentimos necessidade dos outros e começamos a valorizá-los.
No percorrer da existência, o progresso colectivo e a evolução individual nos mostra a verdade, a unificação de todos os seres e coisas, por lei de Deus.
E aí, o que fazer? Para que não percamos tempo, devemos procurar nos universalizar diante da Universalidade Maior.
Ser como indica a consciência cristã — Cidadão Universal, espírito livre das peias do egoísmo que se irmana com a usura, objectivando em todos os campos de trabalho o amor, sem os acessórios que fermentam e abafam a presença do desprendimento.
0 sensitivo a serviço da dignidade deve ser amalgamado na fraternidade universal, eliminando todas e quaisquer ideias que deixem transparecer orgulho e egoísmo, inveja ou ciúme, ódio ou vingança.
A mediunidade na área evangélica não pode estreitar seu campo de acção em pequena comunidade de trabalho, mesmo que firme suas bases por dever ou segurança em um determinado grupo.
A sua conduta e seus conceitos devem avançar além de todas as fronteiras que a imaturidade erguer.
O médium elevado esmera-se em tudo o que se dispõe a fazer.
Mesmo que não atinja o objectivo, procura constantemente a perfeição, e acredita que, esforçando-se, estará sempre inspirado por ela.
O conselho é de Paulo, aos Romanos, no capítulo 12, versículo 7:
"Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo".
Não pode existir universalidade, a não ser que trilhemos os caminhos da perfeição.
Quem quiser ser cidadão do universo, pense, fale, escreva e viva no esquema universal, que o amor qualifica como filho da. luz na plenitude da paz.
Se alguma coisa disser que alguém é melhor que os outros, antes que ele idealize, converse ou escreva, monte a guarda da vigilância e anule essa influência.
Envolva-se na humildade e ore com fervor, que uma voz divina ecoará dele e para ele, dizendo que toda a sabedoria pertence a Deus, e que somos todos instrumentos da Sua vontade.
Iniciar a universalizar o que se fala, de início nos custa muitos sacrifícios e incompreensões.
É uma luta que travamos no lar e fora dele, porém algum dia temos de começar.
Os primeiros exercícios haverão de ser com brandura, mas de maneira que os problemas não nos façam parar.
A imaginação é forçada a Se desenvolver, para as constantes mudanças de tacto para com os outros.
As palavras e os seus sons podem nos ajudar muito, como também criar situações difíceis.
O silêncio, em muitos casos, coloca-nos como almas justas e nobres e pode, igualmente, fazer-nos parecer carrascos frente aos que comungam connosco.
Toda ideia que abrange o todo, aprimora-se com a justiça e desenvolve-se com o amor, qualifica-se com o perdão e espiritualiza-se com a caridade.
Boas maneiras em tudo é o princípio do segredo da universalidade.
Caminhemos pois, de mãos dadas, uns com os outros, na escola do Cristo, que a verdade nos libertará das acanhadas modalidades humanas de viver, para a amplitude da criação, sentindo a eternidade dentro e fora de nós.
E aí o sol brilhará onde estivermos.
Repitamos mais uma vez este conselho do grande doutor da lei;
"Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens"
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:09 pm

QUEM SÄO MEUS GUIAS?
"Nem sereis chamados guias, porque um só é o vosso guia, o Cristo".
Mateus — Cap. 23, v. 10

A primeira preocupação dos candidatos ao desenvolvimento mediúnico é saber quem são seus guias.
Recomendamos que não dêem tanto interesse a tal cogitação, e recordem o que Jesus dissera aos seus discípulos, anotado por João, capítulo 14, versículo 6:
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim".
Tenhamos, pois, o Cristo como guia de todos nós e os outros aparecerão como por encanto, sem que exijamos as suas presenças.
Não vamos tirar de todo o direito, e esse não é nosso propósito, do médium interessar-se pela personalidade espiritual que o dirige ou acompanha.
0 que o bom senso reclama é não tornar isso um fanatismo.
O sensitivo de hoje, mormente o espírita, compreende e resguarda os deveres diante da função mediúnica.
Encontra na comunicação um fenómeno altamente respeitável, e entendendo as leis espirituais do intercâmbio deixa, neste tocante, e em primeiro lugar, a vontade de Deus, a espontaneidade.
Nunca força comunicações, por saber que os espíritos superiores sabem mais do que os próprios médiuns, quando devem ou não se manifestar.
O mundo espiritual elevado tem programação de todos os seus trabalhos, o seu tempo é todo esquematizado, sem que percam uma fracção que seja de oportunidade.
Tudo o que se relaciona ao bem, em todas as suas divisões, tudo o que se cogita em favor da caridade, na sua mais alta conscientização, tudo o que o amor usa como eixo principal, é feito em nome de Jesus Cristo, para que Ele nos inspire e nos oriente em toda a execução.
A mediunidade nos homens, para nós, é uma porta, senão ponte, por onde podem e devem transitar as nossas ideias.
Todavia, abrir a porta e deixar livre o pontilhão, fica por conta do próprio medianeiro, que deve acrescentar o asseio indispensável aos canais que lhe pertencem.
Podem notar que cada espírito que tem a missão de escrever mensagens por intermédio dos homens, insiste no aprimoramento dos seus tutelados, para que possam, com isso, ajudar a serem ajudados. Tudo no mundo, para o bom funcionamento, requer cuidados especiais, e em se referindo ao automóvel, o dono não deve esquecer da gasolina, do óleo, da limpeza, e de vez em quando um "check-up" na sua engrenagem.
Pois o instrumento físico é um carro com maiores requisitos.
O pensamento é a gasolina; a palavra, o óleo; o esforço de melhorar todos os dias, o "check-up" e o aprendizado, a limpeza.
A lei é a mesma, sendo que no homem esplende em outra dimensão.
Quando encontramos um instrumento mediúnico apropriado, sentimo-nos contentes, e a nossa alegria beneficia muito a quem serve de canal para nós, e esse benefício certamente é extensivo a muitas criaturas.
Se quisermos as boas companhias espirituais, cultivemos as boas tendências, porque somos mais assistidos pelos nossos semelhantes.
Os nossos guias são aqueles que atraímos com os nossos feitos.
E Jesus? Ele, o Cristo de Deus, é o Pastor de todo o rebanho terreno.
Ele é o Guia principal de todos nós, por misericórdia humana e divina, sem que por isso nos assemelhemos a Ele.
Confiemos em Deus, escolhendo o Mestre dos mestres como Guia, analisando, meditando e procurando imitá-LO em todos os momentos, para que possamos emprestar aos espíritos elevados as nossas possibilidades, que por elas, falarão aos outros.
E quando aparecer na vossa mente a fome de saber quem são vossos guias espirituais, orai, esperai, e entregai ao tempo, que a revelação vem, sem que tanto vos esmereis na preocupação.
Enquanto o véu de Isis não se rasgar, para que conheçais os vossos protectores espirituais, decorai e repeti este versículo, que tornamos a escrever:
"Nem sereis chamados guias, porque um só é o vosso guia, o Cristo"
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 15, 2019 7:09 pm

O MÉDIUM EDUCADO
"Tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência. "
Tiago — Cap. 5, v. 6

0 médium educado é digno de ser chamado discípulo de Cristo.
Sabe falar com acerto e viver com justiça.
Não exige nem maldiz, não julga nem fere.
Coloca o amor acima de todas as convenções humanas.
É afável em todas as suas conversações e não se enfada com o ignorante, procurando os meios possíveis de ajudá-lo no esclarecimento.
E nunca toma a pose de mestre, para não exaltar o orgulho de quem ouve.
Quando é atacado sem que participe a justiça, conserva sua serenidade e confia que o perdão, sem nenhuma vaidade, o tranquiliza como água divina no coração ansioso por Jesus.
Em todos os transes provativos, recorre à oração e, por meio dela, procura beneficiar os que porventura o colocaram como ofensor, e depois da prece busca e encontra o ensejo de ajudar mais, trabalhando em favor de todos que o cercam.
A mediunidade para o cristão é como os talentos do Evangelho, que não podem ficar esquecidos e nem tampouco guardados egoisticamente.
Ela é de função colectiva, como já falamos alhures, e para se processar a multiplicação dessas, faculdades inerentes a todos os seres, torna-se indispensável fazermos, em primeiro lugar, uma auto-análise do nosso comportamento, e nunca nos colocarmos como em melhores condições do que os outros, porque estamos nos esforçando, ou já abandonamos certos vícios ou hábitos inconvenientes.
Procuremos trabalhar no mais profundo silêncio, não sirvamos de exemplo falante para os companheiros, porque isso aborrece tanto ou mais que a própria falta.
Virtude sublimada é aquela que irradia sem que queiramos que os outros saibam da nossa transformação.
Se o nosso impulso é esconder o erro da nossa participação, seria de maior valor se guardássemos os acertos.
Nada ficará escondido, nem um nem outro.
Não obstante, procuremos não participar dos anúncios.
A educação alivia a consciência e abre caminhos para muitas esperanças, e na mesma sequência aparece o perdão que não deixa de atingir os outros, com influência da alegria.
A cortesia é um bom exercício.
E um princípio de disciplina, que não perca o condicionamento desse gesto,. nos levará à bondade.
Ela garante um estado de serenidade e mesmo de mais vida em nós.
Ao darmos as mãos a esse punhado de ideias, concernentes à educação, sofremos ataques de todas as ordens, provindos de todos os lados; no entanto, é bom que nos lembremos de que também já atacamos muito.
E quantos justos já ofendemos, e eles perdoaram?
Eis a nossa vez de passar pelos revezes accionados pelas línguas inquietas e fazer o mesmo que fizeram os santos, procedendo da mesma forma que os sábios.
Se perseverarmos no bem, na caridade é no amor sem condições, poderemos escutar esta afirmação de Paulo, II Coríntios, capítulo 13, versículo 6:
"Mas espero, reconheça que não somos reprovados".
E adiante, em Efésios, capítulo 6, versículo 14, proclama com plena segurança:
"Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da justiça".
Instruir e cooperar na instrução dos semelhantes é se conscientizar do dever perante Deus e a consciência; é ajudar por amor, para que a luz se acenda em todos.
E assim, certamente, reconhecermos que nunca seremos reprovados na escola divina dirigida pelas mãos do Cristo.
E talvez mais uma repetição do texto de Tiago nos faça aprimorar mais o nosso meio e condição de vida.
'Tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência
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