LUZ ESPÍRITA
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MÉDIUNS - Miramez - João Nunes Maia

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:20 pm

MÉDIUNS
João Nunes Maia

pelo Espírito MIRAMEZ

PREFÁCIO
Este livro, intitulado "Médiuns", não deixa de ser, para quem exercita os dons mediúnicos, uma grande fonte de caridade, que corresponde aos anseios do coração formado no Cristianismo.
A mediunidade, seja ela qual for, é ferramenta em nossas mãos, esperando que demos a ela um destino grandioso.
E a inspiração para tal encontramos no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meu filho, se não tendes o dom de comunicar-vos com os espíritos, como sói acontecer com os sensitivos dessa especialidade, procurai qual a vossa faculdade mais aflorada.
De certa forma, todos, sem excepção, nos caminhos que percorremos, somos médiuns, quer dizer, intermediários de alguma coisa.
Sendo assim, busquemos em nome de Deus aperfeiçoar o que em nós existe para o bem comum.
Se a mente divina colocou em vossa boca o dom da palavra, trabalhai com ela, sede um artista de dons gratuitos, alegrando os tristes, consolando os desesperados, orientando os oprimidos e estimulando a esperança em quem quer que seja. Podemos realizar muito, conversando.
Educar a boca é serviço de poucos, mas é disciplina enobrecedora.
0 verbo pode ser um canal por onde se materializam as ideias dos espíritos.
Se bem orientado, por ele falam inteligências
superiores. Em todas as formas de ajudar resplandece a mediunidade ensinada e dignificada por Cristo.
E em se tratando do médium espírita, daquele que empresta suas faculdades para as entidades espirituais falarem aos homens, a esse o livro é dedicado mais acentuadamente.
A alma livre do fardo biológico procura sintonia para o intercâmbio com os encarnados, cujo processo se ajusta com mais frequência pelas ideias afins.
O médium a que nos referimos, que deseja se instruir conscientizar-se dos seus deveres perante Deus e sua consciência, deve procurar as experiências dos mais velhos, dos livros basilares da Doutrina e dos que deram continuidade às obras da codificação.
Quando já estivei seguro do que deve ou não fazer, deve enriquecer sua cultura em todas as fontes do saber, dentro e mesmo fora do espiritualismo, para que no percorrer das suas actividades não venha a cair no fanatismo preparado pelo egoísmo, ajudando a fazer fanáticos com o seu modo de ser.
Este livro que ora apresentamos ajuda no preparo do candidato ao mediunismo.
Estamos falando dele com alegria, porque todas as mensagens lembram o Divino Amigo nos dando as mãos como se fôssemos Pedros indecisos no lençol líquido de águas do mundo.
É bom que lembremos que estas anotações constituem um roteiro para os médiuns de todas as escalas.
Nunca é demais observarmos preceitos evangélicos e nos fortificarmos na vigilância.
Todo médium que começa a ver defeitos nos outros médiuns está destruindo a sua própria obra.
Passa de construtor evangélico a carrasco do bem que existe em todos.
A verdade não carece de defesa humana.
Por si mesma se liberta.
O tempo é a voz de Deus, que selecciona e executa somente a Sua magnânima vontade.
Cada um tem missão diferente, que se intercala em uma unidade maior.
Os métodos de comunicações dos espíritos com os homens são muito mais engenhosos do que as viagens espaciais, e elas precisam de centenas e centenas de cientistas com tarefas divisionadas, objectivando um todo.
E quem está operando nos acertos das rotas não pode apoquentar o que examina os materiais transportados de outras plagas, nem esse subestimar os serviços de interpretações dos traços fotográficos, e assim sucessivamente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:20 pm

Na ciência da mediunidade é a mesma coisa.
Cada médium se empenha em uma parcela divina que, no cômputo geral, é a grande viagem cósmica para Cristo, é a integração definitiva no amor por processos variados.
Como vamos acusar quem coopera connosco?
Seria um contra-senso esquecer a tolerância com os nossos companheiros de jornada.
Enquanto a ignorância faz alguns homens condenarem-se uns aos outros, discutindo "Esses são os meus guias", os espíritos, livres da vaidade e do ódio, fazem caravanas de fraternidade, visitando todos os médiuns e templos, desconhecendo os entraves de todas as ordens, estudando em nome do Mestre os meios de ajudá-los com mais eficiência.
Médiuns do Brasil e do mundo: convidamos a todos para que façamos lembrar Jesus em todo o Seu roteiro de amor.
Que cada um seja um exemplo do bem, antenas por onde poderão descer as imagens dos Céus para a Terra, solidificando o Evangelho em todos os reinos.
E que todas as nações possam erguer os olhos e os instrumentos para o alto, e dizer connosco nas duas faixas de vida:
"Glória a Deus nas alturas e paz a toda a humanidade".
Entregamos, meus filhos, este livro a vós, como sendo uma fonte oriunda da Fonte Maior, água filha daquela água que o Nazareno repartira com a Samaritana.
Meditai nas lições, livres das opressões, e assimilai com serenidade, porquanto quem se esforça no bem, já se encontra dentro dele.
Pegai no vosso arado, e não vos importeis com o chamado da voz contrária ao bem, porque o tempo é a caridade de Deus para connosco.
0 livro "Médiuns" é um convite para a selecção de valores.
Pensar que não precisamos mais de correcção na nossa conduta já é mostrar a grande necessidade de nos educarmos.
A mediunidade é um apostolado.
0 tempo, cada vez mais, coloca os homens próximos uns dos outros, mostrando que somente o amor liberta as criaturas.
Estudemos, pois, tudo que desperta as nossas sensibilidades para Deus.
Que o Senhor nos abençoe a todos.

BEZERRA

Belo Horizonte, 25 de agosto de 1976
JOÃO NUNES MAIA
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:20 pm

MÉDIUNS
"Ouvindo isto, indignavam-se os dez contra Tiago e João".
Marcos — Cap. 10, v. 41

Parece-nos fácil falar aos médiuns, e, para eles, muito mais, nos ouvir.
Todavia, dizer e escutar faz parte do programa de aprendizado.
A mediunidade é um dom, senão um estado natural de todos os «espíritos encarnados e desencarnados, ignorantes e iluminados, em toda a gama evolutiva
A função mediúnica é a base da própria vida.
O Cristo representa para nós o Espírito de Verdade, cujas mãos generosas nos tocaram, despertando-nos para viver.
O colégio apostolar é o ápice do intercâmbio entre o Céu e a Terra.
É inerente a cada alma o germe divino de todos os dons, que despertam com o tempo e com as necessidades de cada ser.
Não vos preocupeis em adquirir o que já é vosso e que vibra dentro de vós.
O desenvolvimento mediúnico importa no desenvolvimento psíquico e biológico.
A mediunidade também se assenta em bases físicas, para fulgurar em todas as direcções, circulando em todas as vias do saber e do amor.
Contudo, tem os seus percalços.
Os problemas, as dificuldades, as dores, os sacrifícios, fazem clarear o futuro.
Com sublimes lições, o Cristo nos traçou, da Manjedoura ao Calvário, o roteiro mais seguro rumo e vitória.
Tendências para o erro todos temos, em todas as faixas da vida terrena.
Não obstante, sempre vislumbramos a mão do Mestre, tal como Pedro, no mar da Galileia.
Ninguém se perde porque cometeu faltas.
As pernas foram feitas flexíveis para se curvarem e esticarem novamente, avançando caminhos, para que o espírito possa trocar experiências por onde passar.
A mediunidade com Jesus é aquela consciente de seus deveres.
É o companheiro ciente do que deve fazer, que se submete constantemente às corrigendas, quando a consciência o instiga à meditação e a humildade retracta as distorções da invigilância.
Todo discutidor, que facilita o ódio, a prepotência e a vaidade, afina-se facilmente com as sombras, que lhe garantem as opiniões, sem valorizar ideias nobres que, por vezes, os outros nos emprestam, pelo sopro da verdade.
Achar que está de posse da certeza, é criar em torno de si barreiras que impedem a ajuda superior.
Todo médium é falível.
É por este motivo que Jesus nos pede para vigiar e orar.
Todos estamos na escola, precisando de disciplina.
O médium ciumento se isola da luz, que o procura incessantemente.
Cada um deve trabalhar dentro de si, visando o bem de todos.
Candidatar-se a médium ou querer desenvolver as faculdades mediúnicas, a muitos parece buscar um lugar de magnitude, de destaque nas hostes doutrinárias.
Porém, se conhecermos as directrizes verdadeiras traçadas pelo Divino Amigo, teremos outras ideias.
Tiago e João queriam fazer parte, com o Cristo, do banquete de amor, o que suscitou nos outros discípulos o ciúme.
Mas é de se notar que logo corrigiram esse impulso, tanto uns como os outros.
Mateus e Marcos anotam nos seus escritos as suas fraquezas, de quererem exigir, como fazendo parte dos doze, o que os dois pleiteiam somente pela palavra, participar dos esplendores que somente bilhões de anos conferem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:21 pm

Pedir é impulso natural dos inferiores, e receber é obra divina para quem merece.
Nós ficamos indignados com muita coisa que achamos errada.
Mas se o Cristo já despertou em nós, se o Evangelho é o livro que nos orienta, logo, sem perda de tempo, modificamos a disposição alheia que promove o nosso desequilíbrio.
Eis que a paz surge como bênção da compreensão.
A mediunidade ainda requer sacrifícios, esforços e trabalho, porque é um instrumento muito bom de redenção.
O médium que acicata outros médiuns, esquecendo o esplendor doutrinário do gesto do Mestre para com a mulher adúltera, ainda é cego querendo guiar outros cegos.
O sensitivo deve compreender a própria ciência da evolução.
O sistema nervoso do complexo humano avança com o tempo, para que outra geração encontre nele meios compatíveis com as suas necessidades.
E nisto, não se deve culpar os outros por suas próprias deficiências.
O empuxo da natureza é força de Deus no esquema da criação.
Ê bom que falemos aos médiuns, é útil que ouçamos, fazendo assim as bases para que possamos viver o que ensinamos de bom e seleccionar o que ouvimos de agradável ao senso superior.
Aqui não há exigência alguma.
É conversa de espírito para espíritos, em nome de Deus, nas bênçãos do Cristo.
Médiuns!
A mediunidade é esquema divino da divina experiência de milhões de séculos.
Ela não é propriamente uma religião, mas faz parte de todas.
Não é uma filosofia, mas é elemento para todas elas.
Não é uma ciência, todavia, é conduto para ela.
Moisés foi um dos grandes sinais da mediunidade no intercâmbio da justiça; Cristo, o maior de todos, como Médium do amor de Deus para a humanidade.
E a nós outros, para nos aproximarmos do colégio apostolar do Mestre, é necessário que ampliemos nossos valores espirituais do amor, na expressão da caridade, da tolerância, do perdão, do trabalho, da alegria e da esperança, esforçando-nos onde estivermos para que cresçam em nós os preceitos evangélicos; para que, acima da incorporação, da vidência, da psicografia, dos dons de profetizar, de curar e de abençoar, vibre em nossos corações a mediunidade do bem, que encerra todas as virtudes preceituadas pelo Messias.
Médiuns!
Desgarrai-vos das coisas inferiores, o quanto puderdes, que sereis solicitados pelos agentes da Luz, para o reino de Deus, na própria consciência.
Uma coisa vos será muito útil na multiplicação dos vossos talentos mediúnicos:
não julgueis os que estão na vossa dianteira, nem amaldiçoeis os que se acham na retaguarda, pois cada um se encontra onde Deus o colocou; ajudai-os no que puderdes, que o sol brilhará mais em vós.
"Ouvindo isto, indignavam-se os dez contra Tiago e João".
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:21 pm

OS TALENTOS
"A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e então partiu
Mateus — Cap. 24, v. 15

Médiuns! Eis no corpo desta mensagem o que poderá suceder com as vossas faculdades, se o uso não for dirigido pelo bom senso.
Sem dúvida, deveis conhecer a parábola dos talentos.
Aquele a quem o Senhor confiou cinco talentos teve a audácia luminosa de multiplicá-los, fazendo o mesmo o que recebeu dois.
E o trabalhador de posse de um era o que tinha menos qualidades, e o temor não deixou que ele participasse do progresso, anulando suas possibilidades de trabalho.
Partindo desta parábola, poderemos analisar as condições dos chamados médiuns no campo doutrinário do Espiritismo.
Mateus anotou, inspirado na mais alta disciplina espiritual, o que serve a nós, encarnados e desencarnados, que trabalhamos na Terra.
Os dons mediúnicos são os talentos correspondentes às nossas responsabilidades perante o próprio Cristo.
A cada um ele deu, segundo as suas próprias condições espirituais, por justiça.
É bom que lembremos que Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis.
0 que recebeu cinco tinha condições, pelo labor da sua própria vida, enriquecida pela maturidade de exercitar a dádiva, dando o dobro do rendimento.
Igualmente o que ganhou dois.
Todavia, o inexperiente, recebendo um talento, guardou-o consigo, temendo perder, na transacção espiritual, o tesouro que lhe foi confiado, de sorte que nada produziu, confirmando, então, o que o Mestre antecipa na anotação do apóstolo, ao terminar sua fala:
"Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas o que não tem, até o que tem lhe será tirado".
O médium é um instrumento, de onde poderão ser tirados acordes da mais alta significação, desde que ele se afine em toda a sua estrutura.
Conforme o tipo de melodia ampliada por ele, certamente inspira milhares de outras, multiplicando até o infinito suas qualidades, sem dar tempo às sombras, sem se acomodar com o que já fez.
A esse tipo de medianeiro será dado mais.
No entanto, 'aquele que a inércia fez adormecer por inúmeras conveniências e, ainda mais, por crime de ter pouco em relação a outros, até mesmo o que já tinha lhe será tirado, porque a sua própria disposição negativa entorpece o que já era seu.
O médium incorporado nas hostes doutrinárias de Jesus Cristo destrona do seu próprio eu, o egoísmo, que cede lugar à bondade, e hospitalidade, enfim, ao amor, em suas múltiplas expressões, colocando o Cristo como centro de todas as vidas humanas, com todas as possibilidades que poderemos imaginar e, ainda mais, ultrapassando as nossas deduções racionais.
É bom que lembremos que a nossa conversa não. tem exigências, desconhece opressões.
Nós olhamos para o estudante do Espiritismo Cristão como se fosse aquele mesmo discípulo estuante e vigoroso do Cristianismo nascente.
Portanto, as propostas são cabíveis, como fardos, a quem está acostumado a transportar pesos de desilusões humanas.
Revigoremos, pois, com mais um pouco de esforço, reformando-nos interiormente, para que o Cristo apareça como sol, na fecundação das nossas vidas, e Médico das nossas almas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:21 pm

Médiuns! A afectividade promana de corações amadurecidos nos amanhos da existência.
Por que não incorporarmos essa qualidade em nós, mostrando que participamos do banquete do Senhor, quando reparte o pão para todos os discípulos?
A cordialidade é produto do tempo em que Jesus passa a dominar.
Por que não deixar transparecer essa luz de nós para os outros?
A cortesia é talento divino a nosso favor.
Por que não a multiplicarmos a cada hora, a cada dia, a cada minuto?
Tudo isto é lastro doutrinário do Espiritismo, senão do Cristo em nós, que assegura o equilíbrio de todos os intermediários do bem na Terra e no Céu, da vida e pela vida.
Companheiro de jornada terrena:
se já recebestes alguns talentos de Deus que vos conferem a faculdade de servir, não interrompais o exercício deste tesouro em benefício da colectividade.
Abri as portas da multiplicação.
Vigiai a vossa palavra, desde a formação das ideias até os sons imprimidos nelas, para que a mensagem não saia das linhas do amor.
Se aflorou na vossa sensibilidade um só dom com evidência, não o enterreis no esquecimento por ciúme de outros com mais possibilidades.
Avançai com o que tendes, que vos será dado muitas vezes mais, no reino da consciência.
E bom que os que muito receberam não deixem a ferrugem da vaidade estragar a maior importância dos seus tesouros, e que a humildade afrouxe todos os laços dados pela ignorância, de maneira a passar pelos fios da vida.
Sede fortes nos tormentos, esperando que, no amanhã, as tempestades vos deixem sentir a luz com mais limpidez, assegurando-vos a certeza de que somente o bem está enraizado na eternidade.
Perdoai as ofensas, se porventura vierem ao vosso encontro.
Elas, no fundo, ampliam, se souberdes recebê-las, a vossa auto-educação.
A. mediunidade é um dom universal no rebanho de Jesus, que está sendo educada pelas mãos sábias do Divino Mestre.
Médiuns!
Não importa os talentos que recebestes.
Multiplicai-os em favor do próximo, que o próximo fará o mesmo.
"A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e então partiu
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:21 pm

AS CURAS
"Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo".
Mateus — Cap. 4, v. 23

Todo desequilíbrio orgânico promana da mente, de onde vertem forças deletérias incompatíveis com a paz do corpo.
Cristo, o mensageiro da cura em todas as dimensões, prova-nos isto, percorrendo toda a Galileia, ensinando elevados preceitos, como que num preparo, ambientando as almas a pensamentos puros, para que pudessem introjectar nos organismos enfermos o magnetismo puro, emanado de seus laboratórios mentais, em conexão com a natureza, pródiga e benfeitora, a nosso dispor.
Antes de qualquer toque nos doentes, anunciava a Boa Nova, instruía-os acerca das leis de Deus, e convidava os que se curavam pela Sua magnânima presença a não pecar mais, onde deduzimos que o erro gera distúrbios no universo celular, que o reparo depende fortemente da reforma das ideias, no escaninho da mente.
Jesus tinha o dom de curar, por excelência.
Foi, quando na Terra, o Maior Médium Curador, bastando somente uma ordem, uma expressão visível, para que o enfermo ficasse livre das enfermidades.
Sua fama, relata-nos o apóstolo Mateus neste tópico, correu por toda a Síria, de onde vieram inúmeros enfermos de todos os tipos, e foram todos curados por Ele, além de multidões de várias cidades que 0 seguiam.
A pregação do Evangelho tinha prioridade, antecedendo o toque ou os gestos de curar.
Nuvens de fluidos curativos contornavam a Sua personalidade, como falanges de espíritos puros, esperando a ordem do Divino Médico, na prosa famosa do "Levanta-te e anda", para que tudo fosse feito de acordo com a Sua vontade, como sendo a vontade do próprio Deus.
No tocante às curas, imprescindível se faz amestrar a fé, não fugir, mas destronar a dúvida e o desânimo com o calor da esperança.
Eis o Cristo como padrão, como exemplo da pureza mediúnica, traçando caminhos, estendendo convites para os novos discípulos da Boa Nova, que renasceram na Terra com a sagrada missão de curar.
Médiuns curadores! Antes de exercitar vossas faculdades de aliviar o próximo, de curar enfermidades, de consolar os desesperados, procurai em primeiro plano o reino de Deus, que para nós é a instrução.
Procurai o reino da luz, que para nós é a educação dos sentimentos.
Deixai que o sol do amor invada vossos corações, ampliando, com isso, a Sabedoria, antes de tocar os enfermos.
Convidai-os ao reino Evangélico, criai condições para que ele, ou eles, possam ler mensagens educativas.
Fazei, se puderdes, que o doente se interesse pelas leituras que transmitem os conceitos do Mestre, principalmente as que revivem a Sua obra imortal de renovação das criaturas.
É certo que o corpo deve ser curado.
Desde que têm início nas profundezas da mente, os pensamentos enfermos infernizam o organismo.
As ideias desajustadas perturbam o metabolismo, colocando em deficiência o aparelho carnal, de modo que o espírito desalinha sua missão, e sofre as consequências da sua própria ignorância.
De facto, a enfermidade nos desperta para a cura verdadeira, obrigando-nos a nos libertarmos pelo conhecimento da verdade.
Contudo, o preço desta verdade é o suor das nossas próprias experiências.
Falamos às almas acordadas para o serviço do Bem; por isso, salientamos normas de elevados moldes de disciplina, sem que elas levem o cunho da imposição, deixando somente o convite para o estudo mais profundo das tarefas que nos foram entregues, em favor da colectividade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:22 pm

A mediunidade de cura é um instrumento de acordar corações para o bem.
Qual o enfermo, que ao se libertar do guante da dor, não sente a presença de Deus, principalmente quando a operação é feita pelas vias mediúnicas?
Quando o doente é aliviado pelo médium espírita, esse deixa em seu coração, senão na inteligência, uma interrogação:
será que a alma sobrevive à desintegração do corpo?
São, pois, os factos que respondem, e o beneficiado nunca mais esquece, por gratidão, o que recebeu sem exigência, por intermédio de seu irmão, a serviço do Bem.
Todos somos feitos iguais, e ninguém resiste ao amor, porque ele é a própria felicidade, do modo que todos, sem excepção, o aspiram.
Médiuns curadores!
As vossas mãos têm algo mais que as outras que amaldiçoam. Exercitai-as.
As vossas mentes disciplinadas fornecem algo mais que as mentes poluídas pela mentira, pelo ódio, pela vingança, pela dúvida e pela violência.
Conscientizai-vos do lugar que ocupais na esfera doutrinária do Cristo e avançai curando.
Mas antes, fazei um livro divino de exemplos cristãos, colocando igualmente nas mãos dos enfermos, sem medo de errar, páginas de consolo que carregam no seu cerne instruções, aquelas mesmas ensinadas por Jesus a Seus discípulos.
Lembrai-vos de que o médium dominado pelo ódio queima suas energias e enfraquece as que vêm dos espíritos por seu intermédio; que o médium envolvido no ciúme desvia o curso do magnetismo superior em direcção aos que ama, ficando desprovido destas bênçãos, que o doente esperava; que o médium avarenta se isola da sua própria faculdade, e deixa de fazer o bem por estar preso ao egoísmo.
Deveis tirar daí outras deduções, para que possais vos fortalecer nos serviços de cura.
"Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:22 pm

INICIAÇÃO
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros".
João — Cap. 13, v. 35

Quem não pode servir desconhece a iniciação cristã.
A mediunidade é uma ferramenta de trabalho do Bem, desde quando ela é submetida a uma certa disciplina.
0 dever primeiro do sensitivo é frequentar a escola do Evangelho, assimilar seus conceitos e disseminar a Boa Nova de Jesus Cristo, pelo exemplo a que o dia-a-dia convida.
0 médium que não estuda adormece nos braços da ignorância e perde o caminho da verdade e da vida, até que o tempo, pela explosão da dor, o acorde.
Se já trouxestes, ao nascer, a faculdade grandiosa de servir como instrumento para que os espíritos possam falar aos homens das verdades eternas e soberanas, eis a vossa oportunidade de ajudar, de emprestar a vós mesmos, de sorte que inteligências invisíveis falem aos que sofrem, aos encarcerados nas cadeias e nos vícios, aos desesperados, aos familiares aflitos, aos jovens sem rumo, aos velhos cansados, aos homens de negócios, aos ricos e pobres, grandes e pequenos.
A vossa meta já se encontra-definida.
Nascestes para servir.
E se porventura alguns medianeiros, influenciados pela vaidade, quiserem que os outros reconheçam neles a marca de servidores da colectividade, fazei o que o Cristo aconselha aos Seus discípulos, que João anota no capítulo acima referido: amai-vos uns aos outros, como Ele nos amou.
Se o pedido constitui peso para a vossa conduta em formação, pelo menos esforçai-vos em amar, mas começai exercitando outras virtudes mais leves até chegar a este dom maior por excelência, que configura a presença de Deus nos corações dos iniciados na verdadeira caridade.
A mediunidade na Terra iluminou-se com a fala do Mestre.
Ele orientou a humanidade, e principalmente os médiuns, de maneira a usar as faculdades a serviço da fraternidade na comunidade a que pertencem.
Isolou o comércio dos dons espirituais, proclamando aos seus discípulos:
"Dai de graça o que de graça recebestes".
E para tirar o medo dos iniciantes do Evangelho de passar necessidades das coisas, acrescenta:
"Os lírios dos campos não fiam nem tecem e vestem-se com mais brilho do que os reis; as aves dos céus não plantam nem colhem, no entanto são sempre supridas pela natureza".
Todavia, valorizou o trabalho, dizendo:
"Todo trabalhador é digno do seu salário".
Depois ensinou aos fariseus que deveríamos "Dar a César o que era de César, e a Deus o que era de Deus", mostrando, assim, as linhas de operação mediúnica dos candidatos â verdade, as paralelas das duas operações, as duas metas da própria vida: a física e a espiritual.
Não penseis, meus filhos, que-uma iniciação nas hostes do Cristianismo se faz de um dia para outro.
Gasta-se tempo e contínuos esforços, sacrifícios inúmeros e subidas, sem precedentes, cuja soma significa muita dor.
A Doutrina Espírita não faz médiuns, mas traça para eles caminhos, nos quais poderão ir se libertando dos laços milenários do ódio, ganhando e fazendo ganhar o amor; das presas da inércia, ganhando e conquistando o trabalho; da atmosfera do egoísmo, ilustrando a inteligência e os sentimentos no completo domínio dos impulsos inferiores, sempre abraçando a caridade, como sendo a porta central, por onde o sol de Deus banha o coração.
E como o Senhor sabe planear as coisas e envolvê-las nas belezas imortais, a nos fazer compreender que não pode existir Espiritismo sem a própria mediunidade, ela é um canal por onde transitam as conversações de um mundo com o outro, instrumento imprescindível à sustentação dos seus conceitos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:22 pm

Ela é o aconchego, que a esperança da vida futura faz presente com mais clareza.
Abençoemos, pois, essa faculdade, cujas raízes se encravam no complexo humano, a esplender nos sentidos psicossomáticos das criaturas.
A Doutrina Espírita empenhou-se na educação da mediunidade, servindo-se dela para a sua própria expansão.
E o ser humano dotado de faculdades mediúnicas, que se entregou à iniciação Espírita, deve trilhar pelos caminhos indicados por ela, que convergem totalmente para o cristianismo nascente, mostrando os meios e fazendo ambiente para os médiuns se renovarem a si mesmos.
Antes de fazer parte de uma reunião a serviço desta própria mediunidade, lembrai-vos de perdoar as ofensas.
Antes de falar algo como incentivo â caridade, fazei-a.
Antes de estimular a vivência do amor, amai os vossos semelhantes.
Se a lei nos diz que os semelhantes atraem os semelhantes, assemelhemo-nos a Cristo ou, pelo menos, esforcemo-nos para ser Seus discípulos.
Neste ingente trabalho, os agentes invisíveis do Mestre encontrarão em nós as qualidades indispensáveis para o serviço de Deus, servindo a Cristo, em favor da humanidade.
Médiuns de todos os sistemas doutrinários!
Se quereis ser conhecidos como discípulos de Jesus Cristo, observai essa conduta que não pode ser esquecida.
Ei-la:
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros".
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:22 pm

EM TRANSE
"E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam".
Actos — Cap. 19, v. 6

Paulo, chegando a Éfeso, encontrou doze discípulos, por que não dizer médiuns, que acabavam de receber instruções de Apoio, para o exercício das suas faculdades espirituais.
No entanto, não encontravam segurança em si mesmos, faltando-lhes algo para que se processasse o transa mediúnico: a fé.
O médium espírita é portador do dom.
Todavia, carece de alguém com muita experiência em assuntos espirituais, no sentido de lhe dar as mãos no começo da sua tarefa mediúnica, guia material esse cuja presença facilitará muito seus primeiros passos.
Vejamos como a figura de Paulo, em Éfeso, diante dos doze, possibilitou-lhes o transe com o Espírito Santo, ou seja, os seus guias espirituais.
Familiarizaram-se, assim, com a fala do mundo invisível, para melhor disseminação do Evangelho.
Apoio tinha a palavra fácil, argumentos irresistíveis, acerca das verdades eternas.
Porém, faltava-lhe a visão psíquica e o dom de curar, que Paulo possuía com abundância.
Os doze estavam como portas fechadas, segurando uma imensa represa da água da vida.
0 apóstolo dos gentios possuía a chave para abri-la e, neste toque com as mãos benfeitoras, caíram todos em exercícios mediúnicos, falando línguas estranhas e profetizando, interpretando o Evangelho do reino e fazendo conhecidas máximas nunca antes reveladas.
O próprio Paulo entusiasmou-se com aquela nova frente de trabalho em nome de Jesus Cristo.
Foi neste sentido que, em certa época, o convertido de Damasco proclama, nestes termos, falando de Apoio:
"Apoio semeia e eu colho".
Nisto, Apolo já estava, diz o Evangelho, em Corinto, preparando novos discípulos para Jesus, na esperança de que Paulo por ali passasse, complementando o trabalho, e a falange do Espírito da Verdade se apossasse dos novos medianeiros, assegurando assim a rápida expansão da doutrina cristã.
O sensitivo, antes de se entregar ao transe mediúnico, deve concentrar-se com muito cuidado, numa vigilância que requer, igualmente, oração.
Onde quer que opere nos labores de cada dia, é bom que busque harmonizar a mente, recusando sugestões inferiores que possam levá-lo ao aborrecimento, às respostas violentas, aos revides grosseiros, aos convites indesejados, aos falatórios sobre doenças e à tempestade do mexerico.
Com essas linhas negativas podereis compreender outras, das mesmas qualificações.
Todos sentimos o que pode servir de melhor para nós; muito mais o médium estudioso das obras basilares do Espiritismo.
O médium deve armar-se de tolerância, computando em seu coração todas as virtudes compatíveis com o Evangelho de Jesus.
Sem ele não poderá haver disciplina mediúnica, pois fora dele desconhecemos mediunidade valorizada.
Conhecemos milhões de médiuns em todo o mundo flutuando no mar da dúvida, nas sombras do comércio com as faculdades que possuem, e no desinteresse pelas coisas de ordem espiritual.
Falta-lhes o conhecimento dos seus próprios deveres.
Chegam multidões deles, ao mundo espiritual com as mãos vazias e a consciência em chamas, pedindo com ansiedade nova volta à oficina terrena, desculpando e querendo desculpar-se pelo ambiente em que nasceram, pelas dificuldades que encontraram no desempenho dos seus dons.
A tolerância divina, porém, não se altera por estes factos.
Dar-lhes-á outras oportunidades, sem que a pressa tome lugar nos novos acontecimentos, e sem que a vontade dos candidatos se cumpra na sua totalidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:23 pm

Serão colocados em seus ombros, fardos consoantes com as suas próprias forças.
O mundo maior não julga quem erra, nem escraviza quem persiste no erro.
Estuda os casos em suas particularidades, para que outros desempenhos aliviem suas consciências e lhes dê, no futuro, mais segurança no trabalho que lhes foi dado realizar..
Médiuns! Em verdade, em verdade vos dizemos que não sabeis qual o espírito que vai dominar as vossas faculdades, nesta ou naquela reunião.
Depende muito, mas muito mais de vós.
Um instrumento afinado possibilitará ao músico adestrado melodia pura e harmoniosa.
O vosso estado mental deve ser ajustado com os convites do Evangelho e os vossos sentimentos não poderão ser outros, que não os do amor.
O médium encontra sempre meios de se aborrecer.
No entanto, se já se acostumou à disciplina, à auto*análise, à educação diária, ele tira de tudo isso bons conselhos e se fortalece na fé.
O médium em transe poderá ser um sol que aquece as almas sofredoras, um calmante para os desesperados, remédio para os enfermos, esperanças para os tristes e paz para os atribulados.
Não obstante, se ele for invigilante e der brecha às trevas, estará revestido de poderes corrosivos, lançando nos que presenciam o fenómeno da mediunidade fluidos inflamáveis, em chamas que, por vezes, estão nascendo em alguns corações.
A responsabilidade é grande.
O médium cristianizado, que se esforça todos os dias na educação de si mesmo; o médium que aprendeu a vigiar e orar, sem a intervenção do fanatismo; o médium que sabe limpar a sua casa mental para que o bem invisível se apodere dela; esse médium é um discípulo de Jesus, fazendo reviver a mensagem do Cristo nos corações do povo para a sua própria libertação espiritual.
Esse sensitivo é um médium da Luz.
"E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam"
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:23 pm

COMPORTAMENTO
"Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: verdadeiramente és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia".
Mateus — Cap. 26, v. 73

0 talhe de vida de um médium não deve fugir da decência, de sorte a alcançar outras qualidades reunidas e ensinadas pelo Evangelho, porque o seu modo de ser o denuncia, sem que ele possa empanar o que verdadeiramente é.
A Doutrina Espírita poderá ser muito dignificada pelos seus seguidores, desde que esses observem os preceitos estruturados por ela e alarguem o poder de vontade na área da vivência. Certamente que depende de muito esforço.
Reencarnar é crucificar-se no lenho do corpo, como escola de regeneração.
Mesmo sendo um patíbulo de agressões múltiplas, existem milhões de almas esperando a sua vez.
E quando nos encontramos na arena da Terra, devemos envidar todos os nossos esforços na assimilação do melhor remédio da vida — o Amor.
O comportamento cristão é a meta.
0 espírito na carne é uma mensagem de Cristo, é uma carta aberta de Deus.
Como lemos os outros, alguém está nos lendo.
E nos paralelos dessa carta, escrevemos o que somos, denunciando-nos a nós mesmos. Se faltar a vigilância, é certo que não poderemos dar mais do que temos.
No entanto, o esforçarmo-nos, está nas nossas mãos.
Operemos neste sentido, que Deus e Cristo farão o resto por nós.
Revistamo-nos, pois, com o manto espiritual, conscientizados de que a nossa defesa parte de Deus, amplia-se em Jesus por nosso próprio intermédio.
Se a calúnia nos visitar por invigilância dos outros, não façamos o mesmo. O revide nos nivela ao agressor, deixando-nos sem condições de ajudar.
A mediunidade é um instrumento, senão uma luz que nos clareia a todos, quando a inteligência se irmana com o coração, para usá-la em favor do bem comum, sem exigências de forma alguma.
A mente disciplinada favorece o intercâmbio das almas afins.
Todos nós, encarnados e desencarnados, somos médiuns por natureza divina e humana.
O modo pelo qual nos comportamos é que marca o grau das faculdades que possuímos.
O Cristo criou uma escola educativa, dando como exemplo a sua própria vida e tendo como seus primeiros alunos os doze discípulos.
Allan Kardec fez reviver o Cristianismo nos conceitos da codificação, vendo na mediunidade uma fonte inesgotável para grandes revelações e nos médiuns, novos discípulos do Mestre, desde que revivessem o Evangelho no passar de cada dia.
Essa operação gasta igual mente tempo.
E esse tempo nos promete uma reestruturação nos códigos das outras filosofias religiosas, para que todos possamos nos irmanarmos pela convivência da própria luz.
O comportamento do médium denuncia com quem ele anda.
A sua boca revela as suas próprias companhias, e as suas vibrações despertam nos outros os impulsos que as alimentam.
Temos, na Doutrina dos Espíritos, uma das universidades educacionais e nos seus profitentes os chamados e escolhidos para o aprendizado.
Se nos primeiros momentos da concepção começa o calvário da alma, exigindo dela esforço e fé, o ingresso dela nas hostes educativas de Jesus, conscientizada, exige esforço dobrado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:24 pm

E guerra sobre guerra, é luta sobre luta, porque a ascensão custa suor e dor.
Tratamos aqui do médium espírita, a quem foi dado muito e é pedido mais.
Comparamos o sensitivo da Doutrina dos Espíritos à samaritana, que antes tomava água do mundo e tomava a ter sede.
Todavia, quando se encontrou com o Mestre, pelas vias do Espiritismo, saciou a sua sede para sempre e, ainda mais, tornou-se um poço inesgotável.
Tendo todos os meios de comprovações pelos métodos indutivos dos místicos e dos santos, a intuição pura rasga os véus tecidos pela ignorância e faz com que a alma beba os conhecimentos do Suprimento Maior.
Não obstante, essas vias de acesso ao esplendor mediúnico requerem demasiada tolerância, caridade, trabalho e fé, que levam o espírito a sentir e a praticar o verdadeiro amor, na dimensão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mudar a vida que sustentamos com milhares de enganos, sabemos que não é fácil.
Porém, se fosse impossível, não falaríamos disso.
Eis o exemplo de Paulo de Tarso, depois do caminho de Damasco. Jesus não procurou almas perfeitamente sadias de corpo e de espírito.
Ele escolheu a todos, mas somente chama aqueles dispostos a segui-LO, porque sabe, por conhecer as leis, que toda cura obedece à gradatividade.
Depois que já estivermos dominando a nós mesmos na esfera do bem, como médiuns do amor, vamos sentir a felicidade de ouvir, aceitando o que o apóstolo Pedro ouviu, negando.
"Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro:
verdadeiramente és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia ".
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 04, 2019 8:24 pm

MEDIUNIDADE AFLORADA
"Pois se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?".
Actos — Cap. 11, v. 17

A mediunidade não pertence a uma seita religiosa.
Ela é fracção divina, que circula em toda a criação, fazendo entender as coisas e os espíritos.
Poderemos dizer que ela constitui um canal cósmico, por onde transita a vontade do Criador.
Em se falando de Doutrina Espírita, vemos que a mediunidade se configura e chega a avantajar-se nas comunicações dos desencarnados com os encarnados.
A Terra, pelas vias dos dons mediúnicos, recebe notícias do mundo espiritual através da faculdade em questão, colocando a ciência e os sábios ante um ponto de interrogação dentre suas deduções físicas, porque anuncia outro mundo, além deste que chamamos de Planeta Terra, como revelam leis ainda ignoradas por eles.
É bom que salientemos esse conceito.
Mediunidade não é património de ninguém; é um dom universal distribuído a todos os espíritos, como se fossem os talentos da parábola.
A mediunidade aflorada explode em luzes onde quer que seja, tanto nas hostes espíritas quanto católicas, nos meios protestantes como maometanos, nas lides dos plebeus e no seio da nobreza.
Não há força humana que a domine, porque ela é de função colectiva.
Quando os primeiros cristãos, egoisticamente, pensaram que somente eles poderiam receber o Espírito Santo (comunicar-se com os espíritos), tiveram notícias de que também os gentios foram tomados por ele, e ainda sob a regência do apóstolo Pedro, que depois teve de dar explicações aos seus companheiros.
Pois o que fizera, fizera por ordem de Cristo.
O espírito, diz o Evangelho, sopra onde quer que seja.
A exuberância da mediunidade independe de exercícios físicos, como de meditações extravagantes.
Ela é como surgiu nos primeiros traços biológicos, pela força de compromissos espirituais.
Comunicar-se com os espíritos mais directamente não depende de esforços humanos, mas de tarefa divina.
É nobre acentuar que a educação dos sentimentos, a disciplina das emoções e outras variedades de arestas que a alma conseguiu aparar, certamente cooperarão melhor com o ambiente na execução da mediunidade.
Ela, com essa ajuda, toma direcções seguras, cujos roteiros alcançam os ditames do amor.
Se é do vosso costume meditar sobre os fatos, vamos a eles:
lede as vidas dos grandes homens na política, dos grandes místicos, dos grandes santos e dos grandes médiuns.
Não foram feitos por métodos humanos.
A dificuldade de a Doutrina Espírita avançar nos seios de outros povos, como se enraizou no Brasil, não é de comprovação física, pois ela pertence ao reino psíquico e espiritual e escapa às deduções materialistas, e só pode ser compreendida pelos que já atingiram certa profundidade na dimensão da alma.
O médium quase sempre, é cercado pela falta de recursos financeiros, pois o ouro em abundância e a luxúria em demasia o convidam a outro roteiro, onde quase sempre é atendido, faltando deste modo os meios que o intercâmbio elevado exige.
O ciúme, na área do sexo, desorienta os sentimentos, e quando alcança a razão, empana quase todas as possibilidades de a alma se libertar, envolvendo em turvamento a própria vida.
Alguns pensam que a mediunidade, estando ao alcance de todos,
desvaloriza-se perdendo o interesse dos sábios.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:20 pm

Responderemos:
se Deus nunca errou, não poderia errar nos interesses dos próprios sábios, quando, verdadeiramente, eles interessam.
E ainda mais:
no trato com as leis espirituais irremovíveis, o Senhor não pede aprovação dos homens, determina o que tem ou não de ser.
Quem não se prende com exagero a determinados grupos de estudos, pode, com vantagem, observar a função mediúnica em todas as latitudes da vivência humana e espiritual.
É certo que devemos nos dedicar com mais atenção onde fomos chamados a servir.
Como também é de nosso dever não menosprezar os outros, que julgamos os nossos paralelos.
Se a água da correnteza de um fio é a mais pura, as águas das margens fazem um grande serviço de caridade, ao segurar os elementos indesejados à boa saúde, para que a do meio seja potável.
Nada é inútil na vida.
Os anjos apareciam aos gentios, desde que esses tivessem preparo para a tarefa espiritual.
A expansão da mediunidade é sem limites, por todos os meridianos.
Jesus mostrou aos Seus primeiros acompanhantes a universalidade do Cristianismo, conversando com a samaritana, protegendo a mulher adúltera e comendo com os chamados ímpios, abençoando a todos, como Pastor do grande rebanho.
A mediunidade aflorada é prenúncio de grandes trabalhos e, principalmente, de renovação interior.
O esforço redunda na limpeza dos canais por onde deverá passar a mensagem do Mestre a todas as criaturas.
Médiuns!
Ao verdes outros médiuns em trabalhos diferentes dos vossos, não desdenheis, pois a cada qual foram entregues pela vida talentos diferentes dos vossos.
A inveja colocar-vos-á em dificuldades com a vossa própria missão.
Cumpri o vosso dever, que os outros aprenderão a fazer o mesmo, pois Deus e Cristo desconhecem órfãos.
"Pois se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus'7
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:20 pm

O QUE FAZER
"Ide, portanto, fazei discípulos em todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
Mateus — Cap. 28, v. 19

Estamos escrevendo para todos.
Porém, referimo-nos principalmente aos médiuns, pois a nossa conversa com eles está sendo feita mais directamente, por serem instrumentos do nosso diálogo, do mundo espiritual com os que habitam a Terra, pela oportunidade da carne.
Quantos se associam ao comodismo e, ao ouvirem alguns chamados, perguntam: o que fazer?
Essa pergunta se relaciona com a ignorância.
Falta aplicar aquele convite que vibra nas obras basilares de Allan Kardec — Amar e Instruir.
Quem conhece os ensinos do Cristo não pode ter a ousadia de perguntar nem a si mesmo o que fazer, porque a consciência responderá imediatamente: fazer o bem, em todas as suas variações, tornando a mente um fiscal da disciplina dos sentimentos, e o coração raciocinando com a inteligência.
0 médium é um artesão espiritual que o amor de Cristo pode dignificar, vencendo a vida em todas as suas ilusões passageiras.
É bom que tornemos a nos lembrar o que Jesus mandou que os discípulos fizessem, quando esses se sentiram abandonados pela retirada do Mestre para o plano espiritual.
Ele traçou essas directrizes, nestes termos:
"Ide, portanto, fazei discípulos em todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
Fazer discípulos é procurar instrui- -los em tudo o que lhes fortaleça o coração nos bons princípios e em tudo o que possa domar a inteligência na direcção do amor.
Pregar, na linguagem do Cristo para os nossos dias, é esforçar-se todos os dias na vivência dos preceitos do Evangelho; é multiplicar os dons que a vida nos entregou em forma de talentos.
É baptizar em nome de Deus» do Cristo e do Espírito Santo.
É apoiar e confirmar as virtudes evangélicas, quando os novos companheiros se mostrarem interessados no grande amanho da- jornada.
Não esqueçamos, igual mente, a palavra falada e escrita, e os próprios pensamentos.
Tudo faz parte do todo, quando o Cristo realmente vibra no coração da criatura.
Um médium instruído não deve perguntar o que fazer.
Mesmo nos momentos graves, basta lembrar que as suas mãos devem estar operantes, onde quer que seja, e a obrigação da sua mente é facilitar a Inspiração maior, porquanto, deste intercâmbio do divino com o humano, é que nos tomamos cheios de esperança nas horas mais difíceis.
A mediunidade elevada se apresenta sempre matizada com o amor, respondendo e sequência de pedidos da caridade.
E, ainda mais, sem que ninguém lhe peça, hasteia a bandeira do perdão, confabulando com todos sem distinção de classes, cores e posições.
Obriga-nos a dizer a consciência que o sensitivo cristão deve armar-se com o compêndio do Evangelho de Jesus, cujo fanal traçar-lhe-á o roteiro com mais acerto.
O médium espírita tem possibilidades de conviver mais de perto com entidades espirituais, e o que marca a sua convivência com os benfeitores certamente é a sua conduta.
Poderá gozar as delícias de um paraíso, ou colher insinuações para grandes desequilíbrios, dependendo do modo pelo qual escolheu viver.
O medianeiro criterioso evita sempre excrescências que geram superstições nos seios de religiões primitivas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:21 pm

A mediunidade cria faixa cristã é promessa para uma civilização mais digna.
Ide, irmãos médiuns, e pregai a reencarnação pelos meios de que dispondes.
Se tiverdes paciência nas tribulações, se tiverdes alegria de sorte a contagiar os tristes, se tiverdes a esperança de maneira a ajudar os duvidosos a crerem na outra vida e nas vidas que se sucedem, ó ambiente destes corações vai se fazendo propício a aceitar as vidas múltiplas, pois esta é uma lei em todos os mundos habitados.
Ide, companheiros que ostentais os dons da mediunidade, e pregai a justiça, mostrando pelos recursos que possuís, que Deus está presente em todos os lugares, e que nunca dá pedra a quem pede pão, nem escorpião a quem pede peixe.
Ide, novos discípulos de Jesus, e pregai, vivendo, a reforma dos costumes, apoderando-vos do bom senso e exercitando-o como os sábios, despertando o amor e vivendo com os santos.
As faculdades que possuís são terras divinas cultiváveis, â espera do vosso labor.
A vossa mente é o arado e os vossos sentimentos; os animais.
Eis a oportunidade.
Segurai com firmeza o instrumento de trabalho, e não percais tempo em olhar para trás.
Avançai, aprimorando os vossos pensamentos, sem que eles se desgovernem por instigação da maldade.
Disciplinai as vossas ideias, para que elas não se revistam de tropeços para os vossos pés.
Motivai o vosso coração no bem, sem opressão dos porquês, para que ele não se ‘torne um carrasco, e sinta bem em fazer justiça.
Ide, médiuns de todas as nações! Baptizai em nome de todos os poderes da vida:
o valor do perdão, a presença da caridade e o trabalho que estimula o progresso, que estareis sendo médiuns de Cristo, sentindo Deus com o cântico dos Anjos.
"Ide, portanto, fazei discípulos em todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:22 pm

EMBARAÇOS
"Respondeu-lhes: esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão".
Lucas Cap. 13, v. 24

O espírito deve carmear nas lides de cada dia como uma semente divina plantada na carne, removendo o peso do solo em busca do infinito.
Todos somos dotados de disposições necessárias para o esforço próprio; e, ao dizermos todos, incluiremos os animais?
Certamente que sim.
Desde que entendamos que eles expressam esse impulso instintivamente, por reacções formuladas pelos encadeamentos das necessidades oriundas da própria vida.
Em se tratando da razão, é que chamamos esforço consciente, passado pelo cadinho dos raciocínios.
E no lazer do ser pensante, encarnado ou desencarnado, é que surgem os embaraços, de forma a se interporem aos nossos anseios, deixando-nos a necessidade de lutar para conquistar alguma coisa.
Eis que se apresenta em nossos roteiros a porta estreita de difícil acesso, exigindo do viandante sacrifícios inúmeros.
O esforço próprio é a escola do êxito, por onde a alma dilata todos os poderes encrustados em si, desde sua formação congénita.
O prémio do trabalho é a serenidade, cuja disposição orienta todas as qualidades inerentes ao Espírito.
E quanto mais o ser alcança os cimos, mais trabalha, mais rende.
As dificuldades são normas naturais nas nossas caminhadas, e cada criatura é dotada para certos desempenhos.
Os dons são diversificados para que o todo se unifique.
Começando pela formação das ideias, poderemos registar os primeiros sinais dos esforços, das lutas, a energia atraída pelo espírito, que afunila na mente, na sua engenhosa transmutação, enriquecida em Deus para pensarmos; passa pela porta estreita da alma, valorizando suas qualidades.
As ondas mentais desprendidas por nós são aglomerados de forças sensíveis carreando uma mensagem, como um esforço da chama divina na presença dos elementos espirituais.
É certo que a sobriedade em tudo nos aprova no meio dos bons.
A prudência nunca é demasiada na vida das criaturas.
Contudo, para adquirirmos essas qualidades, indispensável se faz um labor permanente nas linhas da auto-educação.
E quando se trata do médium, é pedido a ele mais esforço próprio, mais serenidade, mais entendimento, mais caridade, mais ponderação, mais amor, mais perdão.
Aconselha o bom senso que o medianeiro não deve se descurar da vigilância, pois o mundo está cheio de convites pasquinados.
A escola cristã, é sobretudo, uma escola para os médiuns, onde eles poderão aprender o dever de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos.
Candidatar-se a médium, na expressão legítima do termo, é consorciar-se a um dever maior, de exemplificar o Cristo.
Os centros de força de um sensitivo, em determinadas horas, são acelerados para que o canal se afinize com quem queira comunicar-se, como pode ser retardado para fins de alta doutrinação; a alma se amolda de acordo com as necessidades.
É um trabalho melindroso, carecendo de entidades de alta hierarquia espiritual e de companheiros encarnados que entendam os meios pelos quais se faz um ambiente compatível com o campo de trabalho em questão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:22 pm

Não poderemos esquecer que cada criatura é um mundo diferente, que dosa energias para viver com aquilo que tem.
E nesta multiplicidade de áreas energéticas faz-se necessário que criemos um transmutador comum, alinhando os entendimentos na dimensão do bem, sem que haja contradição, porque ela queima, por assim dizer, os fluidos sublimados do ambiente, dificultando os intercâmbios entre desencarnados e encarnados.
E esses fluidos que chamamos sublimados são depositados no nosso meio por irmãos maiores, desejosos de nos instruir e ansiosos por nos verem manejando as primeiras letras do alfabeto do amor.
A porta estreita de que fala Lucas, transcrevendo a palavra do Mestre, nos indica o esforço que deveremos fazer para entendermos uns aos outros, respeitarmo-nos mutuamente e nunca discutirmos, porquanto nas discussões entram o ódio e a vingança disfarçados em sabedoria, que procuram recursos na linguagem, não com intenções de fazerem prevalecer a verdade, mas para satisfazer a autoridade alicerçada na vaidade.
Os embaraços são inúmeros na vida de cada um e tais embaraços são maiores em se tratando de sessões espíritas de comunicações com os chamados mortos, quando queremos uma mensagem mais pura.
Médiuns! Preparai-vos!
Antes de qualquer intercâmbio espiritual, a limpeza da mente é um caminho.
E é bom que seja primeiramente com a prece, serenando as tensões e ajudando os outros a limpar também a sua casa mental, de maneira que o desejo de todos seja aprender, servir, amar, esquecendo completamente a crítica e o desprezo.
Se ainda não conseguistes o desejado, esforçai-vos mais.
Se ainda vos falta alguma coisa, esforçai-vos sempre, porque quem trabalha não fica sem receber o prémio do salário a que faz jus.
"Respondeu-lhes: esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão"
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:22 pm

OS GUIAS ESPIRITUAIS
"Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há Uberdade".
II Coríntios — Cap. 3f v. 17

Os guias espirituais de um médium se configuram como pais na frequência do amor e da justiça, sem alterar as necessidades do filho do coração, ajudando-o a andar com os seus próprios pés.
A imposição não é assunto que lhes pertence.
Eles são espíritos de alta responsabilidade junto a Jesus Cristo.
São como que professores, e toda instrução divina deve ser exposta sem a marca da agressividade.
Há plena liberdade entre o médium e seus instrutores espirituais.
Quando o sensitivo passa dos limites da sua própria liberdade, eis que ele mesmo se afiniza com entidades na mesma faixa de pensamentos idênticos, criando com isso dificuldades que se transmutam em preços elevados, requerendo suor e dor.
No entanto, são lições que por vezes o amor não conseguiu transmitir.
Há quem diga que os guias abandonam seus tutelados.
Não existe abandono nestes casos.
Eles, os benfeitores espirituais, ajudam mais, porém, em outra frequência, até o medianeiro compreender o tesouro que está ao seu dispor, dependendo da sua disposição ao bem da colectividade.
Os guias, espirituais são afáveis, quando essa afabilidade desperta algo de bom na alma do aprendiz.
São enérgicos, quando essa energia abre os olhos do candidato à luz, no sentido de disciplinar a razão e educar os sentimentos.
Eis porque não nos esquecemos da presença destes grandes do mundo invisível, e quando nos lembramos, é com respeito e carinho, porque sempre trabalham em nosso benefício.
O espírito-guia, que acompanha o médium desde a sua formação no mundo uterino, ou, às vezes, antes da sua Reencamação, não se decepciona com alguns feitos, pois ele é quem mais conhece as fraquezas do seu filho, cuja tendência parte da falta de experiência, computando tudo, na máquina do bom senso, com o resultado de todos os tropeços, com o nome de ignorância.
Quem cai, certamente se levanta, e quem se levanta é certo que anda; essa não é a vida?
Todos somos feitos iguais.
O tempo vai nos ajustando, de acordo com as nossas necessidades.
Tudo o que se chama de queda no mundo da carne, é para que o candidato se levante mais fortificado e com ajuda dobrada.
Vejamos: quando Cristo caiu com a cruz, apareceu o Cireneu.
Por que não veio antes que Ele caísse, para evitar a queda?
O processo evolutivo ainda é desconhecido entre os homens que, se tivessem consciência imediata, poderiam acusar o Senhor de injusto, o Cristo de conivente com o erro, e os Guias espirituais de insensíveis ao padecimento alheio.
O âmbito do guia espiritual de uma criatura, em se referindo ao protegido, é bem restrito, devido ao respeito à liberdade alheia.
Porém, o seu amor é imensurável.
Não promove a protecção a que frequentemente almejais, mas aquela cheia de universalidade, que visa mais a libertação da alma.
Não obstante, quando o médium entra na auto-disciplina e suporta com coragem a rejeição da própria carne de se educar, ele começa a se confundir com o anjo que o tutela.
E entre as duas almas, do educando e do educado, há uma perfeita simbiose, tornando-se um canal verdadeiro por onde fluem as verdades espirituais, assegurando e fazendo crescer a justiça e o amor nos corações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:22 pm

O médium cristão é uma fonte de grandes esperanças.
Nunca se deixa envolver pelo elogio que envaidece e não se permite apologizar a si mesmo.
Decantar os seus próprios feitos é porta aberta para a vaidade vestida de egoísmo.
Não queremos, nesta mensagem, justificar erro de ninguém, nem alimentar ideias de procurar errar para evoluir.
Essa justificativa já responde a muitos que se acomodam nas frases que lhes interessam, sem raciocinar no todo do assunto ventilado.
Nós somos do trabalho activo, fazemos parte do cinetismo incessante.
O Cristo é o Centro para nós, em nome de Deus.
A nossa conversa com os médiuns é a de que eles devem, por dever e direito, se esforçarem permanentemente na área das reformas morais e espirituais, procurando se instruir por todos os ventos de saber que soprarem, criando uma conscientização doutrinária nas hostes do Mestre como se fosse uma sequóia de luz, nos caminhos da Terra.
E se Deus vos abençoou, e o esforço próprio vos colocou como guia de muitos, apoiado pela faixa evolutiva atingida, não vos esqueçais de respeitar os direitos dos outros, como os guias espirituais fazem convosco, porquanto, onde está a verdade, aí gera a liberdade.
E onde quer que operardes na função mediúnica, não deveis sobrecarregar os guias espirituais com pedidos dissonantes.
Aproveitai o que eles dizem e aplicai o que eles escrevem na vida diária, porque cada esforço no bem que fazeis é uma luz a vosso favor; cada coisa que derdes aos outros, é dádiva a vosso crédito; cada ato de caridade que dispensardes, é caridade a vosso dispor; e cada gesto de amor que ofertardes aos vossos semelhantes é amor em abundância, que garante a vossa vida, em mais vida, em Deus.
"Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há Uberdade
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:23 pm

OBSESSÃO
"E este, onde quer que o apanha, lança-o por terra e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam".
Marcos — Cap. 9, v. 18

A obsessão é um mal colectivo, na actualidade.
Dela partem inúmeras enfermidades contra as quais a medicina luta.
Eis porque a bondade de Deus fez reviver a doutrina do Cristo na expressão do Espiritismo na face da Terra, como receita divina.
0 remédio, deveis buscá-lo na farmacopeia do Evangelho, tendo no Mestre, o Médico das almas.
Todavia, nós mesmos é que devemos tomar os medicamentos, pois, para cada um o efeito é diferente.
O materialismo, na Terra, encontra nos homens que com ele afinam, instrumentos de espíritos da mesma estirpe, que trocam ideias no silêncio das ondas magnéticas, ampliando dúvidas nos corações que tentam esquecer a linha doutrinária de Jesus.
E daí partem ramificações de doutrinas nascidas sobre colunas carcomidas pelos seus próprios fundamentos.
Contradizendo suas exposições, negam a mediunidade e se servem de médiuns para os espíritos das sombras, que os dominam mais do que aos próprios médiuns da luz.
Esses últimos ganham o respeito dos seus direitos, por se tratarem de sensitivos de entidades de alta compreensão espiritual.
Os primeiros impõem-lhes as suas intenções, não deixando vestígios de que são eles os que compram as ideias formadas nas mentes dos seus tutelados.
A engrenagem da obsessão é, por assim dizer, de difícil comprovação.
Se procurais somente a letra, ou como quiserdes compreender, somente a forma, deslizareis em veredas incompreensíveis, achando que estais com a razão, de posse da verdade.
Mas a ilusão não é total, e parcela da consciência profunda, de vez em quando, lança dúvidas no consciente, por força da própria verdade, e.a alma passa a cismar acerca do que afirma, e trava consigo mesma monólogos intermináveis.
Este já é o caminho para crer na realidade dos preceitos de Jesus, na comunicação dos espíritos, reencarnação, etc.
Todavia, não poderemos alardear poderes psíquicos que ainda não alcançamos.
Isso é menosprezar os valores espirituais.
Os extremos não nos fornecem pouso de segurança.
São neles que se alicerçam as maiores obsessões.
E a desobsessão das pessoas escravizadas a eles, os extremos, se faz gradativamente, por meio de mudanças internas.
Aparecendo um homem possesso de espírito inferior, que dominava por completo as suas faculdades e o fazia sofrer desde criança, foi levado à presença dos discípulos do Mestre, que nada puderam fazer.
Quando esse vê o Cristo, agita o doente, espuma, rilha os dentes e vai saindo do enfermo, deixando-o como se estivesse morto.
E Jesus ordena:
"Não tornes mais para junto dele".
E os discípulos vieram ter com o Mestre, querendo saber o porquê dê eles não expelirem o demónio, e o Senhor respondeu-lhes:
"Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum".
As obsessões são diversificadas, em todas as suas expressões.
É indispensável que busquemos suas raízes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:23 pm

Elas são enfermidades da alma, tanto desencarnada
quanto encarnada, e para que possamos ser bem sucedidos, diagnostiquemo-las bem, para melhor efeito do medicamento.
Almas afins se prendem umas às outras, por lei dos iguais.
Escrevei as vossas ideias, os vossos impulsos, analisai bem, que notareis o tipo de companhias espirituais que vos cercam.
O médium é qual um receptor que faz ouvir a mensagem da estação sintonizada por faixa.
O medianeiro se prende, por prazeres idênticos, a determinadas entidades que falam e convidam ainda seus companheiros a falarem também por instrumento que a eles se entrega, na força das mesmas ideias.
Quando queremos sair de uma faixa de vida, só o conseguimos da mesma forma que tiramos um rádio de determinada estação: mudando de canal.
Mudar de canal de vida é fazer uma modificação interna.
Esforçamo-nos na auto-análise, gastando connosco mesmos aquele tempo que perdíamos em criticar os outros, procurando corrigir os nossos próprios erros, que o tempo nos mostrará outras dimensões em que vamos viver.
O médium é mais visado pela obsessão, por ser mais sensível à influência espiritual.
Essa casta de espíritos é afastada por orações, na verdadeira mística da palavra, criando um ambiente favorável, como se estivesse em permanente oração e jejum.
O jejum referido por Cristo significa deixar de pensar como de costume, nas lamentações, nas injúrias, no medo, no ódio, na inveja, no ciúme, etc.
Neste exercício permanente, vamos ganhando força e desligando-nos das insinuações inferiores de todas as influências das trevas, aprumando-nos como médiuns de Cristo, no serviço de Deus.
A obsessão nasce de milhares de pontos, na invisibilidade dos nossos pensamentos, palavras e gestos.
E se não encontrar resistência, ela se avoluma qual as gotas de chuvas, que formam poças, lagos, rios, e o próprio mar.
"E este, onde quer que o apanha, lança-o por terra e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando.
Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam"
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 05, 2019 8:23 pm

SESSÃO ESPÍRITA
"Quando, pois, se fez ouvir aqueia voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia faiar na sua própria língua
Atos — Cap. 2, v. 6.

Reunião espírita não pode existir sem que haja diálogo.
Neste colóquio não deve haver imposição.
Na dinâmica mediúnica, a liberdade de interpretação é o charme do entendimento.
Uma sessão espírita, ainda hoje, é mal compreendida pelo simples facto de o assistente não entender o modo pelo qual o mundo invisível trabalha em favor dos encarnados, além de ajudar os irmãos livres do fardo físico, que ainda não se desembaraçaram dos liames da Terra.
Mesmo que escrevamos milhares de livros nesse sentido, ficará faltando muito, porquanto, em cada reunião, os trabalhos se desenvolvem de maneira diferente, e em cada criatura é feita a assistência de forma diversa.
Eis que, sendo assim, torna-se embaraçosa a compreensão da engenhosa assistência dos espíritos superiores aos espíritos dos dois planos de vida.
No entanto, o médium bem instruído, ou o espírita de alto entendimento acerca da Doutrina, reconhece que, em muitos casos, as desarmonias visíveis de uma sessão espírita são somente aparentes.
No fundo, cada qual está recebendo o quinhão que merece.
É desagradável para muitos ouvir e presenciar a doutrinação de um espírito sofredor ou irmãos desencarnados zombeteiros e escandalosos.
Todavia, uma reunião bem orientada deixa nestes irmãos muita paz, instiga-os ao bem, traçando caminhos por onde eles verdadeiramente encontrarão o entendimento, e, no amanhã, serão nossos companheiros de lutas no bem comum.
A reunião espírita com base no Evangelho, é uma aula espiritual que alicerça aos poucos o amor nos corações de quem dela participa.
E cada companheiro deve se esforçar para extrair dela o melhor para o mundo de sua consciência, sem arrogância, sem vaidade descabida, e sem orgulho em demasia!
No tocante ao médium, é bom que seja moderado, pois assim desfrutará de paz interior e errará menos na jornada que lhe compete servir.
O Espiritismo, por natureza, convergiu as suas bases em convénio permanente com a mediunidade, que sé educa com ele e lhe devolve a segurança da própria existência.
O versículo que empresta o assunto a esta mensagem, volta, àquele tempo, a reunião espírita de hoje.
Os sensitivos falam a cada um em sua própria língua.
É justamente o que ocorre nos dias que atravessamos.
Cada médium, escrevente ou falante, dirige-se a cada um dos assistentes em particular, não mais em idiomas diferentes, porém, dentro das suas necessidades e dos meios de resolver os seus problemas, competindo a cada assistente a tradução para seu interesse individual.
As mensagens que se lêem em uma reunião espírita são escutadas e sentidas de diversas formas pelos irmãos que a ela assistem.
E, qual um sol emitindo raios, com tarefas diferentes.
Quem estiver possuído dos demónios da injúria, da maledicência, da mentira, da perversidade, do ódio, da calúnia, do medo, da preguiça etc., que tome providências e, com a assistência do ambiente que os benfeitores organizam, que se esforcem para expulsar esses demónios de ordem interna, que são os piores.
Os outros, os espíritos doentes e perturbados, zombeteiros, aproximam-se das criaturas atraídos por elas, enraizados nos corações e alimentados pelas inteligências sem disciplina.
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