LUZ ESPÍRITA
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FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME 2 - MIRAMEZ / JOÃO NUNES MAIA

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 24, 2013 9:39 pm

24 - 0075/LE
NASCENDO A RAZÃO, O INSTINTO SE ATROFIA?

 
O alicerce de uma obra aparentemente desaparece quando o prédio está pronto;
no entanto, passa a existir com muito mais segurança do que antes, pela sua solidez no seio da terra.

O instinto não atrofia ao surgir a razão.
Ele perde o comando mais visível, como existe no animal, entretanto, ajuda a inteligência nas suas difíceis soluções, no silêncio da própria vida, inerente ao seu estado.

O nada se perde atinge igualmente os dons da alma.
Os talentos se entrecruzam em uma fraternidade perfeita, uns ajudando os outros, e todos formando um conjunto, de sorte a trazer ao mundo da consciência a harmonia divina.

Compete a cada Espírito compreender a ordem e trabalhar para que ela se estabeleça, com todas as suas directrizes de amor no centro da consciência e esta redistribuir as bênçãos de felicidade a todo o mundo interno.

O instinto é a base da conscientização de todo o saber;
é como que um livro invisível, porém real, onde estão escritas todas as leis reguladas pelo tempo.

A razão é esse mesmo instinto na feição de maturidade;
é o alicerce da inteligência, que se apoia neste princípio divino, ordenado e estabelecido por Deus, como sol da vida.

Podemos comparar o instinto aos pés dos homens e a inteligência ao exército da razão.
Apesar dos meios de transportes sofisticados da época, eles sempre precisam dos pés para tudo o que fazem.

Mesmo que se lembrem pouco deles, eles são a base da locomoção dos encarnados.
A Doutrina dos Espíritos, no seu conjunto doutrinário, nos oferece muitos meios e métodos agradáveis, para exercitarmos todos os nossos dons, de maneira a que eles possam crescer ampliando seus valores.

Uma escada, mesmo usada por muitas criaturas, deve conservar os primeiros degraus, sem os quais não poderá ser usada, além de que são eles que garantem a segurança dos outros.
O instinto, o raciocínio e a intuição constituem uma escada evolutiva, são estágios variados do mesmo dom da vida que, juntos, garantem a estabilidade e nos proporcionam meios mais sólidos para vivermos em paz.

Nada se acaba na vida; tudo se funde e refunde em busca da perfeição.
O homem não pode desprezar o instinto porque possui a inteligência, nem o super-homem pode abandonar a inteligência, por ter conquistado a intuição.

Todos os valores são úteis na engrenagem evolutiva de todos os seres.
Entrementes, deve-se saber usá-los na hora certa, como no momento exacto servir-se do raciocínio.

O conhecimento é a base do equilíbrio e a compreensão, o estímulo de todas as forças do bem que, somadas, esplendem-se no amor.
O instinto nunca se transvia, por ser programação da Divindade, no centro das vidas menores, e a razão obedece ao livre arbítrio da criatura, que necessita de experiências para que sua disciplina se alie ao bom senso.

De facto, o instinto é uma inteligência rudimentar mas, que guarda no seu seio celeiros imortais que, desenvolvidos, ultrapassam as belezas da própria inteligência e mesmo da intuição, pelo facto de que o despertamento da alma é infinito, na extensão grandiosa do crescimento sem limites, do espírito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 24, 2013 9:40 pm

25 - 0076/LE
DEFINIR O ESPÍRITO

 
A definição do espírito propriamente dito, a sua génese nos profundos segredos de sua constituição elaborada por Deus, ser-nos-á difícil, por nos faltarem palavras para tais definições.

Se obedecemos às leis que regulam o crescimento espiritual, achamos bem melhor pensar no respeito que devemos a todas as criaturas, que devem aprender gradativamente, de acordo com as necessidades de ascensão.

A violência em todas as ordens, e principalmente no saber, é contrária ao progresso de todas as coisas, mormente para os seres inteligentes.

A ciência, mesmo com os seus limites, pode nos falar de muita coisa referente a nossa marcha para a conquista da libertação, entretanto, se não estivermos preparados na escola do amor, o que faremos com esses conhecimentos?
Para que conhecer, se não aprendemos a discernir, se não aprendemos a aplicar com entendimento, se nos falta o amor aos nossos semelhantes?

Não devemos fugir do saber, porém, saber como convém saber.
Definir o espírito em todas as suas particularidades, por enquanto, nos traria certa confusão, por sermos ainda crianças, com necessidades para as primeiras letras sobre a vida.

Definir a vida é bastante difícil para quem ainda permanece na morte.
Acordemos primeiro, para depois sabermos alguma coisa sobre os que vivem.

Os encarnados, por enquanto, como grande parte dos desencarnados, desconhecem o corpo físico, suas inúmeras funções, seu engenhoso movimento que busca sempre integrar-se na harmonia universal.

O corpo de carne e músculos, fibras e ossos, é o mais perfeito aparelho.
É, pois, a maior maravilha entre todas as outras existentes no mundo, exposta à vista humana, para ser ainda conhecida.

Como desejar conhecer os outros corpos usados pelos espíritos e, ainda mais, conhecer o próprio espírito?
Devemos começar pela Terra, para sentir e perceber o Céu.

Se queremos ser obedientes à harmonia, sejamos disciplinados, seguindo as linhas traçadas pela gradatividade, como as letras que aqui usamos para que os nossos pensamentos sejam entendidos.

Deus não tem segredos para com os Seus filhos, mas pede preparo para que possamos suportar as revelações espirituais.

As forças do espírito são ilimitadas, todavia, desabrocham gradativamente na alma, que sabe usar seus tesouros;
do contrário, estabeleceria uma confusão no seio da sociedade.

Alguns acham que muitos não deveriam saber o que sabem, e estão enganados:
a cada um foi e é dado o que realmente merece.

A definição do espírito, que muitos desejam, não está sendo negada por Deus:
ela está sendo dada, pelos meios que correspondem às necessidades das almas, através de vários livros e em inúmeras mensagens escritas por intermédio da mediunidade no Brasil e em todo o mundo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 24, 2013 9:40 pm

26 - 0077/LE
ORIGEM DO ESPÍRITO

 
De onde originou-se o espírito?
Ele é parte do Criador, ou gerou-se espontaneamente?

São frequentes essas perguntas em todas as classes, em quase todas as religiões.

Não nos cabe responder da maneira que muitos querem saber;
a especulação é muito profunda para a faixa a que pertencemos na escala evolutiva em que, por enquanto, estagiamos.

Nós outros precisamos conquistar mais para saber mais.
Na verdade, a origem do espírito se perde nas noites de biliões de anos, de maneira a escapar às deduções e às especulações humanas.

Temos a dizer que ele é criação de Deus, e não parte do Todo Poderoso.
A alma é máquina divina feita pelas mãos de luz do Inconcebível, de sorte que somente Ele entende e conhece a Sua obra.

Pouco ainda conhecemos sobre as Suas leis e nos perdemos nos primeiros ensaios dos conhecimentos do corpo físico.

Como querer conhecer o espírito, de onde ele veio e para onde ele vai?
Basta, por enquanto, estudarmos e começarmos a praticar as regras ensinadas por Jesus, que neste clima perceberemos os primeiros elos que nos prendem ao Criador, e o objectivo da própria vida.

Muito se tem escrito sobre a vida da chama divina que tem o direito de revestir-se de carne, no entanto, pouco se aproveita em tudo que já se falou.

Esse assunto é qual o garimpo de pedras preciosas:
remove-se muito cascalho para se encontrar fracção de valores, quando se os encontra!

Porém, o bom senso nos fala que devemos procurar o elo perdido, porque é na procura com dignidade e respeito, que certamente vamos encontrando os vestígios da origem da Luz, que nos promete a felicidade.

Sejamos fortes e trabalhadores, intensifiquemos esforços na aquisição de valores morais e lutemos dentro de nós mesmos a fim de nos vencermos e nos conquistarmos, para que nasça o sol da liberdade no mundo dos sentimentos.

E nesse espectáculo de vida, abramos os braços para Deus, para que Ele nos ajude a sentir o Cristo em nós, com a sagrada missão de nos libertar.

No século actual pode-se observar as grandes invenções dos homens.

Pois bem, são suas filhas, e não o próprio homem.
E Deus, sendo a Inteligência Suprema, claro que Sua criação é mais perfeita do que a dos homens.

Ele não vedou os conhecimentos aos Seus filhos, porém estatuiu leis para regularem a sabedoria, de acordo com a própria evolução, e isto o fez para o bem e a paz das criaturas.

Dotou-nos de todas as qualidades, de modo que esses tesouros desabrochassem no tempo certo e no momento exacto, sem nos perturbarem, antes, nos favorecendo em todos os rumos frente à eternidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 24, 2013 9:40 pm

27 - 0078/LE
OS ESPÍRITOS TIVERAM PRINCÍPIO?

 
Se foram criados, certamente que tiveram início.
O início e como foram criados permanece como mistério de Deus, entretanto, a luz virá quando o Senhor achar conveniente.

Devemos nos preparar como o aluno que domina todos os cursos, nas bênçãos do tempo, para receber o diploma.

A aflição a nada nos leva.
O nosso procedimento é crer em Deus sobre todas as coisas, e confiar na ajuda do próximo, juntando com o nosso esforço, no sentido de que a luz se faça em nosso entendimento.

Que queremos mais, se estamos já recebendo muito?
Basta olharmos para trás, que notaremos o quanto aprendemos da bondade de Deus.

Todos já conhecem que o universo é montado na mais profunda harmonia, sem nenhuma fracção de desequilíbrio, e se todos os nossos corpos, como nós mesmos, somos micro-universos, é de ordem natural que procuremos viver em harmonia com o macrocosmo.

Esse é o caminho que deveremos conquistar.
E se por fora de nós chamamos essa ordem de harmonia, dentro de nós ela passa a se chamar amor, carregando consigo o ambiente do próprio Criador.

Tudo que existe é criação de Deus, dos vírus aos homens e destes aos anjos, da matéria interatómica aos mundos, e desses aos ninhos galácticos.
Estamos todos e tudo ligados por fios invisíveis do amor de Deus que, por vezes, não percebemos; no entanto, nem tudo é espírito, nem tudo é matéria.

As divisões são enormes na sequência evolutiva de todas as coisas.
Devemos passar a compreender cada coisa em seu lugar com os direitos e deveres de uns para com os outros.

O nosso amor deve atingir a tudo que existe, em todas as frequências de vida, que por ele recebemos o que doamos, com acréscimo da misericórdia do Senhor.

Os espíritos tiveram, sim, um princípio, sob o comando daquele que gera a vida e que alimenta tudo que existe no estirão da eternidade.

A questionamentos entre pessoas, uns afirmando que existem os mistérios, outros negando.
Todavia, mistérios sempre existiram e vão existir por toda a eternidade, em relação a nós, as criaturas, porque nunca seremos iguais ao Criador.

A nossa evolução ou despertamento é eterna, mas Deus está fora da eternidade que conhecemos e compreendemos.

As suas leis não tem acção sobre Ele.
Devagar vamos descobrindo que as leis foram criadas porque nós ainda somos inferiores. No mundo existem prisões por causa dos desobedientes, existem escolas para ensinar a quem não sabe, existem hospitais por causa dos doentes.

Quando houver o equilíbrio de todas as coisas e de todos os seres, tudo mudará.

Deus nunca erra!
Para quê leis para ele?
Esta é, pois, uma lógica que não merece discussão.

É bom afirmar que vivemos para sempre.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jun 24, 2013 9:41 pm

28 - 0079/LE
A DIVINA UNIDADE

 
Deus é a Unidade Suprema.

A sua vida é um mistério escondido nas dobras da eternidade, de modo que os espíritos, seus filhos, passam a compreender algumas das suas nuances, pelo processo de despertamento dos dons recebidos da grande fonte, desde a sua formação.

Buscando a profundidade das coisas, vibrando no seio da divindade, Ela, em Deus, é una quando sai de seu campo de força, se podemos empregar este termo;
a partir daí, se divide pelas condições do próprio ambiente, compreendendo que, no fundo, é a mesma essência, porém, tomando expressões variadas, com objectivos inúmeros, obediente ao comando da Suprema Inteligência.

Quem pode dizer ou afirmar a quantidade de divisões da essência unificada no Criador?
Ninguém sabe, pois as expressões desse fluído são incontáveis.

Nele pulsa a vida na Terra e em todos os mundos, no espaço chamado vazio e em todas as dimensões espirituais, em um cientismo indescritível.

Essa matéria primitiva, ou energia cósmica, como a queiramos chamar, desprendida da lúcida mente do Senhor, é o agente que atende a todos os reclamos da vida, que faz perceber toda a casa universal, como se estivesse presente em toda a parte.

O homem na Terra pode deduzir essas transmutações, pelo que é feito e observado nos próprios laboratórios através das mudanças dos elementos, sendo a forja divina o próprio tempo;
a lavoura e a pecuária nos dão uma ideia, e mesmo a vida humana nos fornece campo para essas deduções.

Existe uma escala periódica dos elementos que compõe as coisas, os elementos atómicos.
Diminuídos ou acrescentados, muda-se a estrutura da matéria e, as vezes, a sua forma.

Somente a matéria primitiva, certamente quem a criou, são imutáveis e escapam todas as pesquisas humanas e mesmo espirituais em nosso reino, ou por assim dizer, na faixa de vida em que vivemos.

Todos os estudiosos buscam com interesse a genealogia do espírito, de onde ele veio e para onde vai, na ânsia de saber o seu próprio destino.

Até certo ponto não tiramos a razão deles, no entanto, é imperioso que reconheçamos que essa marcha é vagarosa.
É uma subida lenta, a do saber, e deve obedecer, por lei, à evolução de cada criatura.

Certamente que o espírito nasceu da mesma fonte de onde saíram todas as coisas, porque tudo que sai de Deus é divino, com qualidades sublimadas a serem despertadas, e o tempo é o processo desse crescer.

Se notarmos os feitos dos grandes homens, o seu amor por todas as coisas sem distinção, dá para entendermos que somos todos irmãos, pela unidade universal de toda a criação.

Cada um e cada coisa vive em dimensão diferente, entretanto, carregam no centro da vida o próprio Criador, de maneira a ouvi-lo e senti-lo na sua vontade poderosa e santa.

Tanto elemento material, como afirma O Livro dos Espíritos, como elemento inteligente do universo saíram do hálito divino e estão em processo de despertamento, pois tudo e todos somos filhos da Unidade Divina.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:36 pm

29 - 0080/LE
CRIAÇÃO DOS ESPÍRITOS

 
As pesquisas que são feitas sobre o espírito são pálidas imagens em relação à realidade.

A sua formação foge aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados.
Os espíritos foram criados, é o que podemos dizer aos estudiosos.

Deus é o Criador de tudo que existe, no entanto, a técnica empregada por Ele na formação das almas continua a ser mistério para nós outros.

Por enquanto, a nossa evolução não comporta tamanha grandeza.
Os véus de Ísis vão sendo retirados da nossa frente, na gradação que convém ao Todo Poderoso.

Continuemos o nosso interesse de saber, sem aflição, como o aluno inteligente que espera a sábia solução do tempo.

Toda assimilação é demorada.
A verdade de Deus não pode ser mudada pelos homens e, sim, obedecida.

O mundo universal foi tocado pela harmonia divina e ela nos deixa sentir a necessidade da mesma harmonia dentro de nós.

E a harmonia é amor. Por esse facto, é que não pode existir vida sem amor.
Os espíritos foram criados e continuam a ser criados pela mente suprema, capacidade esta que foge às nossas análises, porque a criação não tem capacidade de compreender o Criador, e sim, entender mais ou menos seus objectivos, como saber que a inteligência divina é perfeita.

Se Deus criasse ou tivesse criado tudo nos princípios da eternidade, estaria inerte, contrariando as Suas próprias leis.

Ele opera constantemente, nos diz Jesus.
Tudo que se expressa e muda de forma, é pela Sua magnânima acção.

O senhor nunca parou de trabalhar, nem sequer um minuto, na contagem humana, e a Sua glória consiste nisso:
o labor divino é vida, na profusão do Seu amor.

Para sentir um ponto de entendimento acerca do que estamos falando, basta observar o corpo humano, forma grandiosa, no degrau de despertamento do espírito.

A sua vida é movimento. Nada nele pára.
Observemos os protozoários e os próprios mundos:
tudo se move, tudo cresce para o seu criador, em busca da unidade.

Não é necessário ir muito longe para compreender a dinâmica do Criador;
basta analisar os próprios pensamentos e verificar que eles são activos, na actividade da vida.
Estamos na escala dos espíritos que começam a receber as primeiras lições sobre a vida.

Ainda desconhecemos muita coisa sobre o corpo humano, que é, pode-se dizer, o primeiro degrau da escada evolutiva.
O aprendizado é infinito em todos os reinos, cabendo a nós outros agradecer a Deus por essas oportunidades e aproveitá-las em todas as suas sequências, sentindo e vivendo essa harmonia de Deus, tocando a canção de vida desde o átomo até os grandes acúmulos dos mundos.

Sejamos fortes no trabalho do bem e hábeis no serviço da caridade, que os nossos sentidos se abrirão para melhor compreendermos a vida e participarmos da divina criação, como co-criadores, onde quer que estejamos.

Deus jamais deixou de criar coisas e espíritos, e a receita ainda permanece no mistério que o tempo encobre, esperando certamente a maturidade dos Seus filhos.

Porém, enquanto se espera, façamos o que está ao nosso alcance, porque intuição para o trabalho não nos falta.
Jesus é o grande inspirador dos nossos passos e o Evangelho, o código que poderemos e devemos consultar todos os dias.

Ele traça para nós todas as directrizes que nos convêm, por amor.
O nosso desejo é reflexo da vontade do Pai, de criar também.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:37 pm

30 - 0081/LE
FORMAÇÃO ESPONTÂNEA

 
Acreditar que os espíritos se formam espontaneamente é desconhecer as leis do Criador, a Sua acção benfeitora em todo o universo.

Por não dispormos de outro termo mais adequado, cabe-nos dizer que Deus nos criou pela Sua potente força de vontade.

É como se encontra na génese:
Faça-se a luz, e a luz se fez.
Em relação à alma, podemos dizer que o Senhor disse:
“Faça-se o espírito, e o espírito se fez, não deixando de ser um simbolismo divino, na divina estrutura da criação.

O tempo na contagem humana, que se gastou para que o espírito se expressasse como alma inteligente, está perdido no próprio tempo.
A formação da alma, de certo modo, não deixa de ser espontânea, mas sob a acção permanente do grande Arquitecto do Universo.

Nada se opera no esquema de Deus sem o trabalho permanente d'Ele mesmo e dos Seus filhos maiores, disseminados em toda a criação universal.
Quem pretende entender que a criação espontânea prescinde da Grande Inteligência, é bom que compreenda que não existe criação espontânea desta forma.

A Suprema Inteligência do Universo não deseja esconder os Seus segredos da humanidade encarnada e desencarnada, porém, a revelação deve ser gradativa, para evitar perturbações naqueles que não suportam uma verdade mais acentuada.

Devemos intentar andar de passo a passo e, quando o progresso nos chamar, busquemos acelerar nossa marcha, por já suportarmos o entendimento.

Estamos todos interligados ao Criador, por processos que desconhecemos, mas que são reais.
Bebemos a vida n’Ele, e se nos alimentarmos em Seu amor magnânimo e santo, na verdadeira acepção da palavra, não existirá formação espontânea em nada.

Em tudo encontramos as marcas das mãos da Divindade, que deixa o selo da perfeição.

Tudo que Ele fez está perfeito;
a ignorância é que nos faz ver erro onde não existe.
Estamos todos em processo de despertamento espiritual, e aí é que encontramos a desarmonia, sem que ela exista realmente.

Se Deus nos criou à Sua Semelhança, no que devemos crer, estamos de posse de muitas qualidades, que aparecerão com o tempo, que fará desabrochar os nossos talentos pelas bênçãos do próprio Criador.

Somos Seus filhos, e já que moramos no mesmo lar, somos herdeiros directos do Seu amor.
Compete a nós outros sabermos usar esses dons espirituais, como sementes que devemos semear, de sorte que devemos saciar a fome com os seus frutos.

Analisemos os nossos pensamentos e a selecção que temos o direito de fazer.
Parece que eles surgem espontaneamente, no que tange ao que sentimos, no entanto, eles têm um princípio na nossa mente ou em mentes exteriores.

Não se formam espontaneamente, e eis que se trata de pensamentos.
No que se refere ao espírito, a coisa é muito mais séria.

Seria sua formação espontânea?
Certamente que não;
é uma programação divina, a Sua mais perfeita criação.

Nada existe imperfeito, saído das Suas mãos de luz.
O entendimento da formação das coisas e dos espíritos nos leva ao maior respeito por tudo que nos serve e que nos ajuda a ascender para o infinito.

Agora, devemos pedir a Jesus para nos ajudar a compreender com mais acerto certas leis que nos assistem e nos comandam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:37 pm

31 - 00821/LE
OS ESPÍRITOS SÃO IMATERIAIS?

 
Os espíritos, como criaturas divinas, são realidades, por terem sido criados;
são almas nas quais despertam valores capazes de fazê-las sentir os atributos de Deus.

Os espíritos são imateriais, pelo compacto da matéria que se conhece, no entanto, na profundidade do termo, eles passam a ser constituídos de matéria que escapa aos sentidos humanos, como no dizer de “O Livro dos Espíritos”: matéria quintessenciada.

Dentro de sua pureza, esquece o estado primitivo, onde se pode ver e pegar, onde se manifesta em formas.

O espírito não tem forma definida.
Se podemos comparar, mesmo que seja com pálidas imagens, vamos dizer que ele é qual a água ou o vento, que toma a forma da vasilha ou do ambiente em que é colocado.

No caso do espírito superior, ele pode tornar a forma que desejar e o seu comando é a mente.
Quanto às particularidades, ainda é cedo para que possamos conversar e entender.
Por isso é que podemos chamar o espírito de ser incorpóreo, por não ter ele precisamente um corpo, como se entende as formas.

A linguagem humana é fraca para se conversar sobre os assuntos do espírito, mas, toda tentativa é válida, por se entender alguma coisa acerca de assuntos de relevância como este.

Que Deus nos abençoe em todos os nossos esforços, que marcam um aprendizado de luz!
Recorremos sempre a imagens para melhor sermos entendidos, mesmo que sejam as mais simples.
Vejamos a massa de trigo para o preparo do pão, no processo de fermentação!

Assim é a matéria quintessenciada nas mãos do Criador.
Antes, era um todo, depois, o próprio tempo a separou em individualidades que Deus achou conveniente, qual a massa que se transmuta em pães:
individualizada, porém, carregando a mesma essência de vida e da vida maior.

A massa fermentada destacada em pedaços vai ao forno quente, no sentido de tomar uma feição de alimento saudável.
Assim é o espírito individualizado: vai ao calor das bênçãos do Pai Celestial para que a razão se expanda no tempo e no espaço, garantindo a sua personalidade, que caminha para novas conquistas, conscientizando-se de tudo e sentindo a necessidade de libertação, conquistando a si mesmo e assistindo no palco da consciência ao desabrochar dos valores inerentes a sua própria vida.

O espírito é uma luz diferenciada que acode as suas próprias necessidades, como ajuda aos seus irmãos de caminho, naquilo que o Senhor determinar.

É uma chama divina consciente, mas, à qual ainda falta conhecer muitas coisas, no que se refere à sua própria existência.
Pelo menos no estágio em que nos encontramos, há muitos mistérios a desvendar, no que tange ao espírito.

Os espíritos são imateriais pelo estado de matéria que se conhece, no entanto, tudo que existe nasceu da mesma fonte divina, e desse nascimento até ao espírito, ocorreram diversas transmutações de todas as ordens, para que a luz maior irradiasse no centro da vida, e a harmonia se fizesse no seio da luz, obedecendo à vontade do Criador, como sendo um sol inteligente, filho de um sol maior.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:37 pm

32 - 0083/LE
OS ESPÍRITOS TÊM FIM?

 
Inicialmente, reafirmamos que o espírito encarnado sofre grandes limitações no que concerne à capacidade de maior entendimento, principalmente sobre a vida espiritual.

Também nós sofremos, como espírito fora da carne, incapacidade de responder a determinadas perguntas, feitas pelos homens.

Nem tudo nos é dado a saber.
O conhecimento sempre acompanha o crescimento espiritual e é uma lei de equilíbrio em favor das próprias criaturas.

A pergunta, se os Espíritos têm fim, certamente foi feita inspirada na razão, por saber que ele teve princípio, no entanto, devemos dizer que as leis no plano maior da vida nem sempre têm relação com as que existem na Terra e que são conhecidas pelos homens.

O que é impossível para os homens não o é para Deus, como igualmente o que se conhece por princípio se perde na grande equação da Divindade.

O que se entende como sendo fim sofre diferenciação no seio d’Aquele que tudo gerou.
Já falamos alhures que a linguagem humana é deficiente para conversar sobre as coisas transcendentais.

Podemos assinalar por ela algumas coisas, o que já constitui uma misericórdia para todos nós.
O espírito que respondeu a Allan Kardec sobre o assunto, limitou-se a dizer ao codificador:
“Dizemos que a existência dos espíritos não tem fim”.

E acrescentou mais adiante:
“É tudo o que podemos, por agora, dizer”.
É certo que, em geral, os homens têm ansiedade pela vida.

Se ela terminasse no túmulo, e com isso o espírito tivesse fim, seria factor de desestimulo para todos os homens da terra e dos outros planetas habitados para os quais a evolução e o progresso não existiriam.

Porém, a bondade de Deus é tamanha que Ele nos fez à Sua semelhança, palavra divina que ilumina, consola e se transforma em felicidade para todas as criaturas.
Se somos semelhantes ao Criador, somos eternos, e o tempo para nós, como espíritos, servir-nos-á para a renovação interior: quanto mais velhos, mais novos...

Muitos espiritualistas reclamam da nossa conversa que, dizem, se parece com parábolas de difícil entendimento.

Desejam coisas mais claras, mais objectivas.
Se estivesse ao nosso alcance, falaríamos com todo prazer, porém, para sermos bem entendidos, é preferível falarmos pouco por faltar na linguagem humana, recursos e mesmo preparo por parte dos homens para ouvir determinados assuntos, que se simples para alguns, em outros poderão suscitar dúbias interpretações.

Estamos na escola divina, todos juntos, à procura dos mesmos ideais.
Para o nosso consolo e alegria, cumpre reflectir que fomos criados por Deus, a Suprema Inteligência, a Suprema Perfeição, que não iria fazer algo imperfeito.

A harmonia vibra em tudo que Suas mãos tocaram.
No mundo espiritual, estudamos e pesquisamos os mistérios de Deus, que são muitos.
Descem ao nosso plano grandes almas, para nos ensinar algo mais sobre o amor, a ciência e a própria filosofia, e devemos dizer que há assuntos para os quais nos falta ainda o entendimento.

Usamos a oração para compreender, na gradação das leis, o que é nos dado a conhecer.
Do que compreendemos, algumas coisas passamos para os homens, pelas faculdades mediúnicas dos mesmos.

Devemos repetir, para o bem-estar geral, que somos eternos na eternidade de Deus, mesmo com todas as transformações sofridas.
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FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME 2 - MIRAMEZ / JOÃO NUNES MAIA - Página 2 Empty Re: FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME 2 - MIRAMEZ / JOÃO NUNES MAIA

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:38 pm

33 - 0084/LE
O MUNDO DOS ESPÍRITOS

 
A razão nos diz que, se existem espíritos, haverá de existir o mundo onde eles habitam, que chamamos de o mundo dos espíritos.

E é de senso comum entre os espiritualistas, que as dimensões de vida são inúmeras em todos os quadrantes do universo, caminhando com a Terra em torno do sol, e com este no espaço infinito.

Existem muitas faixas onde se organizam e se movimentam Espíritos com a mesma afinidade de vida.
São levantados países, cidades e colónias sem conta, postos de socorro e variações de assistência por todos os lados, para o bem-estar de todas as almas que estagiam neste abençoado campo de vida.

A Terra é uma cópia dessas construções, que podemos chamar fluídicas.
O mundo dos espíritos é mais real que o físico.
A vida dos espíritos é semelhante à dos homens, porque estes, antes de reencarnarem, aprendem naquele plano o que devem fazer na Terra.

Graças à Doutrina dos Espíritos, eles estão mais conscientes desta grande verdade.
A missão das religiões de todo mundo deveria ser a de colocar a criatura mais próxima do mundo espiritual, possibilitando aos dois planos trabalharem juntos para a conquista do amor e da sabedoria.

A ciência dos homens está avançando para o espírito, por vezes sem o perceber.
A qualquer hora, a bondade de Deus irá proporcionar o ambiente para o encontro, de sorte a alicerçar a fé, estendendo essa confiança pelas linhas da fraternidade.

Hoje, já se sabe que a força mais poderosa se encontra oculta, e o estudo da personalidade humana está trazendo aos homens de ciência uma realidade mais profunda.

Vive-se a era dos computadores em formas variáveis, mas que obedecem à programação da inteligência humana.
Com toda a perfeição que possam ter, eles não raciocinam, pois lhes falta a inteligência, um dos atributos do espírito.

Muitos cérebros humanos têm sido dissecados e alguns sectores da ciência, ao não encontrá-la, ainda perguntam: onde está a inteligência?
A própria ciência está muda a essa pergunta.

Os espíritos, pela mediunidade dos próprios homens, vêm dizer, respondendo à pergunta que inquieta a humanidade, que a inteligência é um atributo do espírito.

Ela não foi gerada no corpo físico; é dom do espírito imortal.
E é essa mesma inteligência que haverá de descobrir de onde ela veio e para onde vai, como muitos outros segredos da própria natureza, na gradação que é conveniente ao estado espiritual em que a criatura se encontra.

Agora já se sabe muito mais que antes, com o advento do espiritismo e outras filosofias que vêm surgindo, por misericórdia de Deus, para o esclarecimento dos homens.

Não importa que neguem a existência de Deus e a Sua magnânima bondade.
Ele, sendo Pai, espera o crescimento do filho e o coloca na escola da vida, no mesmo caminho por que passaram os outros mais velhos.

Somos todos iguais diante do Senhor.
Os conhecimentos sobre os fatos espirituais que existem na Terra são enormes.

Basta buscarmos com humildade, que se acumularão celeiros de conhecimentos, por amor de Deus, para o despertar dos homens, de sorte que eles possam reconhecer a fonte de onde promanaram e para onde devem ir, para a glória da vida e para a felicidade que o Senhor nos prometeu no Seu seio de amor.

Na verdade, assim como existe um mundo material, existe também o mundo espiritual, onde a vida será mais vida, quando amarmos da maneira que Jesus nos ensinou.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:38 pm

34 - 0085/LE
O MUNDO PRINCIPAL

 
Dos dois mundos a que nos referimos, o principal é, pois, o espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.

Ele é constituído de matéria rarefeita, capaz de resistir aos impactos da própria natureza.
Há pessoas que não entendem a moradia dos espíritos, por estarem encarnadas, e o contacto com a matéria os faz esquecer o plano que existe na dimensão do espírito.

Os luminares que ditaram O Livro dos Espíritos, disseram que os espíritos povoam o espaço infinito, dando início a uma nova era de conhecimento sobre o mundo espiritual.
No entanto, sendo o espiritismo uma filosofia religiosa e científica, elástica, adoptando o progresso como necessidade para a paz de todas as criaturas, a sua revelação é contínua.

Os espíritos superiores sopram onde quer que seja, trazendo novos ensinamentos e desvendando novos segredos sobre aquilo que existe no mundo espiritual.
É bom que se observe, quantas notícias já chegaram à Terra depois da codificação da Doutrina dos Espíritos, em uma sequência grandiosa, e esses ditados estão sendo supervisionados pelos luminares encarregados de falar com os homens, pelos processos da mediunidade, fenómenos que, embora sejam de todos os tempos, evidenciam-se cada vez mais.

Existem, portanto, no plano espiritual, cidades, colónias, edifícios e casas de todos os tipos, de conformidade com as necessidades espirituais, destacando os motivos educacionais de todos os seres.

E ainda existem outras coisas, que somente o tempo poderá revelar, obedecendo as necessidades dos Espíritos que se reúnem, por sintonia, nesses lugares abençoados.
Tudo que se faz nesses sítios de luz é por ordem da Divina Sabedoria, e usa-se a mesma matéria, de forma diferente da que se aplica na Terra, por ser ela rarefeita e obediente aos pensamentos, capazes de movimentá-la com toda a maestria, dando-lhe tonalidades que se desejar e construindo as moradias que se lhe convierem.

Existem igualmente jardins, lavouras etc..
Também existem regiões no astral onde se congregam os animais fora da forma física, que também são utilizados como se usa na Terra, para que eles sintam a presença do espírito, e destes absorvam algo que lhes sirva para o próprio despertamento.

No entanto, nem todos são usados nos trabalhos;
depende do estágio de cada um e de cada espécie.
Não se tenha dúvidas de que estamos mais próximos dos homens do que eles pensam.

Trabalhamos e vivemos no seio da humanidade, contudo, temos a nossa moradia, onde a vida manifesta mais vida e onde o amor se expressa com maior discernimento, desde quando despertemos para Cristo.

Existem planos astrais inferiores, com as mesmas características da Terra e muitos deles bem mais inferiores, também ali se reúnem espíritos com seus iguais.

Se queremos boas companhias, tornemo-nos bons;
se buscamos luz, façamos claridades dentro de nós, se desejamos amor, esforcemo-nos para amar.
Eis aí a chave da vida: a nossa felicidade depende de nós, porque Deus já fez a Sua parte a nosso favor.

O mundo espiritual é a nossa moradia eterna;
a física é transitória, como sendo estágio que buscamos para o nosso despertar.
Deus separou um mundo do outro, para o nosso bem, mas, nos dotou de dons capazes de atingir um e outro plano, no sentido de conhecermos, e a vida nos tornar cheia de esperança.

Ninguém pode negar em sã consciência que existe outro mundo extra-físico.
Hoje, até os chamados materialistas já confirmam a existência da antimatéria, que não deixa de ser o prenúncio do anti mundo, o mundo espiritual.

Basta descobrir que o mundo material é pálida cópia deste mundo da verdade, que todos deverão conhecer, ou reconhecer, sentindo assim a presença de Deus em toda parte e a força de Jesus Cristo no coração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:38 pm

35 - 0086/LE
OS DOIS MUNDOS

 
Falamos dois mundos, um material e outro espiritual, mas na verdade, existem inúmeras esferas de vida no plano do espírito, de acordo com a evolução dos mesmos e, por vezes, umas interpenetrando as outras.

No mundo físico, existem igualmente muitos estágios de vida, sem que uns fiquem invisíveis aos outros, como ocorre no plano do espírito.
Porém, no plano espiritual, os superiores podem observar os inferiores, mas estes não têm capacidade de vê-los, a não ser quando os luminares acham conveniente.

Não pode existir violência em campo algum de vida.
A lei nos pede respeito aos direitos dos outros, principalmente pelo que eles expressam na escala da evolução espiritual.

Há alguns espiritualistas que perguntam:
Por que existe o plano físico?
O espírito não poderia evoluir sem investir-se da matéria?

Isso não nos compete responder, mas podemos analisar desta maneira:
sendo Deus a Inteligência Suprema, a Perfeição sem mescla, não iria fazer o mundo físico sem necessidade.

Logo que foi feito, necessitamos dele.
Esta é a lógica.

Qual a necessidade que temos e a posição que adoptamos, para julgar o Criador?
Precisamos do estágio na matéria bruta, como porta para o despertamento gradativo das nossas qualidades, e um mundo de certa forma está interligado com o outro, às vezes de maneira que se desconhece, mas um é motivo de trabalho e experiências para o outro, na pauta das escalas espíritas.

O mundo físico, ou seja, a Terra, está sendo sempre visitada por grandes personalidades espirituais em trabalhos que escapam aos sentidos humanos, em intenso movimento de amor.
E a presença deles incentivar-nos-á para a benevolência, no empuxo da grande fraternidade cósmica, onde fazem parte as entidades redimidas, onde existe a pureza do amor.

Não se deve pensar que, por estar na Terra, o espírito se encontra órfão da bondade de Deus.
O Senhor está presente muito mais do que se imagina ou mesmo pensam os santos.
Deus e Seus agentes estão presentes nas águas que se bebe, no ar que se respira, nos alimentos que garantem a vida física.

Ele está nas trevas e na luz, na alegria e na dor, na paz e nas tribulações.
Ele, o Senhor, é a vida que pulsa em toda a parte.
Para que Ele fique mais visível ainda, basta que busquemos encontrá-lo, e os meios acertados são aqueles ensinados por Jesus Cristo.

Não se deve perder tempo em pensar e dizer:
“por que Deus fez isso ou aquilo”?
O que Deus fez está certo e Ele ainda estabeleceu leis de modo a serem cumpridas.

Não existe outro caminho para se encontrar a felicidade.
O mundo físico, na profundidade que devemos crer, é o mesmo mundo dos espíritos, onde a matéria tomou outra dimensão, a dimensão divina.

E a matéria não deixa de ser energia sublimada que se coagulou por bênção desse mesmo Deus.
No fim, reconhecemos que tudo veio da Suprema Inteligência e como filhos do Seu coração, somos todos irmãos, interligados uns aos outros pela luz benfeitora do amor dessa mesma Divindade.

Lembrando o assunto desta mensagem, o mundo material poderia deixar de existir sem que o mundo espiritual se perturbasse, se, repetimos, Deus o quisesse.

No entanto, se Ele fez os dois planos de vida onde habitamos, agradeçamos ao Senhor por tamanha dádiva, e procuremos compreendê-lO até onde suportamos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:39 pm

36 - 0087/LE
HÁ DIVISÕES NO ESPAÇO PARA OS ESPÍRITOS?

 
Há inúmeras divisões no espaço para os espíritos, nas quais a vida que levam é de acordo com os seus estados espirituais.

Em todo lugar onde estagiamos há um traço da nossa própria elevação espiritual, a nos mostrar o que somos;
no entanto, a misericórdia divina interfere em tudo, nos dando sempre um pouco a mais como bênção do Criador.

No espaço infinito há mesmo divisões que se interpõem aos espíritos que ali se radicaram por necessidade, sem condições de visitarem outras comunidades, porém essas, como que prisão, são transitórias;
o tempo lhes dará meios, juntamente com o esforço próprio, de se libertarem, tendo o espaço como a sua própria casa, sendo cidadãos universais.

Para os Espíritos puros não existem barreiras e eles visitam todos os reinos como se fossem o seu próprio ninho familiar.
Mas, para tanto, haveremos de vencer a nós mesmos, iluminando a nossa consciência, aparando as nossas arestas e convertendo os nossos impulsos de ódio, ciúme, orgulho e egoísmo em amor.

Aquele que Se transmuta em sol e faz livre os sentimentos, para que a caridade tenha trânsito desimpedido, com todas as suas nuances.
É de se notar que na Terra há igualmente muitas divisões, onde o inferior não tem acesso ao superior, no entanto, este pode transitar em todos os outros.

Devemos buscar a superioridade, que deve ser património comum de todas as criaturas, conquista de todos os seres, pelo esforço individual.
Os espíritos povoam verdadeiramente o espaço infinito, reunindo-se por vezes, em sociedade, como convivem com os homens de maneira que muitos desconhecem.

Eles estão ligados à Terra por compromissos assumidos de ajudar os encarnados nas suas necessidades, e trabalham incessantemente, dando-lhes intuição das coisas corretas da vida;
entretanto, se fecharem os ouvidos à transmissão de ideias nobres, abrir-se-á campo propício para a manifestação das trevas, que também têm como moradia a Terra, por ela ser o lar mais afeito às suas aspirações.

Chegou o momento das mudanças.
Nosso Senhor Jesus Cristo bate às nossas portas espirituais, nos pedindo para mudar, ajustando os nossos conhecimentos para maior entendimento das leis espirituais, de sorte a nos libertar da ignorância;
e para isso Ele nos deixou como herança divina o Evangelho, contendo preceitos que nos marcam os caminhos, por onde encontraremos a vida, encontrando a verdade.

A convivência com a Doutrina Espírita, em estudo permanente das suas consecutivas revelações, fornecerá os meios e dará mesmo facilidades de se reconhecer quem são os espíritos mais ou menos livres e, pela viagem astral, poder-se-á constatar com mais visibilidade outros reinos onde habitam espíritos.

O tempo, sobre a direcção da Divindade, conferirá essa oportunidade.
A vida é como uma flor: vai desabrochando na sequência do próprio tempo.

Os espíritos moram por toda parte e servem de agentes de Deus no engrandecimento de tudo.

Podemos observar legiões de entidades no ar, nas águas, nas florestas, no reino animal e nas sociedades humanas, em trabalhos permanentes em nome d’Aquele que tudo criou por amor.

Esperamos que o entendimento neste assunto não se faça esperar, e que o esforço de cada um, para melhorar, seja a esperança de todos para o encontro da felicidade, porque tudo está pronto, esperando de nós o momento da decisão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:39 pm

37 - 0088/LE
FORMA DOS ESPÍRITOS

 
Muitos intentam saber se os espíritos têm forma.

Preocupam-se com certos detalhes que escapam às suas possibilidades de analisar de sentir.
Eles não têm formas da maneira que de um modo geral se concebe, por viverem em uma faixa diferente da vida física.

Se tomarem alguma forma para se fazerem reconhecidos, podem mudar imediatamente, na hora que lhes for conveniente.
Sua mente é, pois, uma força poderosa que a tudo transforma, com as bênçãos da sabedoria e do amor, conquistadas através dos evos.

Todavia, para Deus, o espírito tem um esquema, tem uma forma ideada por Ele, imutável na sua constituição divina.

A vida, principalmente do homem, é um eterno perguntar.
E quem pergunta é porque desconhece as leis de Deus vigorando no universo grandioso.

Nas regiões superiores não se pergunta;
há outro. processo de aprendizado, por não existir ignorância, e quando se ouve a fala é a do Mestre, dentro da Sua espontaneidade, de maneira que os que ouvem assimilam o que corresponde as suas necessidades.

Há algumas diferenças no que tange aos planos de vida.
Certamente que os que vivem em regiões inferiores têm necessidades que são dispensadas nos planos elevados.

Porém, todos caminham para a libertação espiritual.
Há regiões no espaço em que habitam espíritos de formas grotescas, que tomam aparências de verdadeiros animais e vivem como tais.

Os sentimentos lembram as formas, e eles passam a viver naquele reino por vezes com as necessidades que convêm àquela classe.

A vida nos dá o que pedimos pela vivência, na região em que estagiamos.
E os homens na carne não escapam a essa lei.
O espírito animalizado na carne não consegue transformá-la, no entanto, tem as aparências do reino em que vive e pensa.

E a luz que nos circunda nos fala quem somos com clareza, pois é do dito evangélico que ninguém engana a Deus.
As leis do Senhor agem onde quer que seja, com a plenitude da sua força, nos dando de acordo com o que somos e nos fazendo ser o que conquistamos.

A reencarnação é uma bênção para os espíritos inferiores, que eles próprios desconhecem.

A carne é uma esponja absorvente das mazelas, quando isso acontece.
A carne é um esconderijo, senão um conforto, para os prisioneiros da consciência.

É justo que abençoemos o mundo físico, mormente quando passamos a conhecê-lo na profundidade dos seus objectivos.
O corpo humano, para o Espírito, é a bondade de Deus visível aos que não têm olhos para ver o que não se pode ver com os olhos da carne.

Os espíritos não têm forma, sob o ponto de vista da forma como pensas.
No entanto, é uma chama divina, é uma luz, que o Senhor dotou de todas as qualidades a serem desabrochadas, de modo a enriquecer a vida, lembrando o seu Criador.

Não devemos parar de pesquisar as belezas espirituais, porém, devemos fazer isso pelos processos ensinados pelo Evangelho, estimulando todas as virtudes no centro do coração, para que essa luz seja um sol a fim de confortar-lhe a consciência.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jun 25, 2013 9:39 pm

38 - 0089/LE
VELOCIDADE DO ESPÍRITO

 
Certamente que o espírito gasta algum tempo para percorrer distâncias, no entanto, essa velocidade tem variações infinitas, de acordo com a evolução da alma.

Existem determinados espíritos tão materializados, que os seus meios de locomoção são os mesmos dos homens e, por vezes bem piores, bem como há entidades altamente evoluídas, que viajam grandes distâncias com a velocidade do pensamento.

Não podemos determinar uma velocidade igual para todos os espíritos, pois que cada um se encontra em uma faixa evolutiva, considerando que a volitação depende de determinados processos interiores, que cada alma sabe usar para seu proveito próprio e, certamente, em favor dos que carecem dos seus trabalhos espirituais.

Encontramos espíritos angélicos que escondem sua própria iluminação, para ajudar aos que se encontram nas sombras, sendo que seus poderes internos são os mesmos e podem, pelas forças adquiridas, conduzir muitas entidades, transportando-as das regiões inferiores para as casas de reajustamento espiritual.

Em determinados casos, usam meios de locomoção primitiva, desde que achem conveniente tal meio.

Igualmente existem aparelhos electromagnéticos, no mundo dos espíritos, que também são usados para esses trabalhos, sendo muito usados em assistência aos que sofrem e em transportes usuais.

Se o espírito evoluído rasga os espaços e tem a velocidade do pensamento, podemos raciocinar como Deus está em toda parte permanentemente e como Jesus está presente onde alguém se reúne em nome d’Ele, em qualquer lugar da Terra.

O espírito é uma chama divina, consciente, e o pensamento é seu atributo, cuja força pode levá-lo aonde quer que seja, desde que tenha condições para tais viagens.

O universo é uma casa grande, mas nem todos os espíritos podem andar nos departamentos desta casa de Deus.

Existem muitos limites, de acordo com a posição da alma na escala a que pertence.
Há muitos Espíritos que, ao desencarnarem, não saem das casas onde viveram como encarnados; outros, ficam ligados aos despojos nos cemitérios, e outros, ainda, ficam perambulando pelas ruas e lugares que se afinizaram com os seus sentimentos.

O ódio em demasia faz pesar o corpo espiritual; assim a inveja, o ciúme, a maledicência, o orgulho e o egoísmo, de modo que a volitação fica difícil para essas entidades, e os seus corpos ficam chumbados ao solo terreno.

O pensamento é uma propriedade elástica do espírito e seus poderes ultrapassam as pálidas deduções dos homens.
Dependendo de quem pensa, podem os pensamentos, emitidos em determinados lugares, trazerem de volta à mente as imagens e as impressões do ambiente que se deseja e deste modo ficar sabendo o que se passa.

A força mental do espírito superior é como um verdadeiro milagre, sob o comando da sua vontade.
O poder da mente do espírito puro é sem limites, porém, mesmo dotado de todas essas conquistas, respeita, dentro da ordem do universo, os seus irmãos menores, que estão passando por certos aprendizados, sob o controle da dor.

Todavia, há casos em que eles intervêm com a misericórdia de Deus, em nome da mesma lei de justiça, ajudando aos que sofrem, quando a condição do sofredor pede esse amparo, para que possa servir melhor, aproveitando oportunidade difícil de ser granjeada.

Os recursos são diversos e Deus é Amor!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:52 pm

39 - 0090/LE
CONSCIÊNCIA EM VIAGEM


O melhor sinónimo que se encontra para espírito é luz.
Esta chama de vida pode percorrer distâncias vertiginosas, sem perceber por onde passa, no entanto, se se dispõe a analisar os pormenores dos caminhos, tem capacidade para isso, desde que a sua evolução o permita.

Tudo é possível, quando o espírito tem as condições de pureza espiritual, e é neste sentido que Jesus desceu à Terra, em nome de Deus, deixando o Evangelho como herança e esquema divino, para que pudéssemos conquistar as qualidades de ouro, que são os dons imperecíveis da alma.

O espírito puro, quando deseja fazer viagens longas no seio do universo, entra em preparo espiritual.
Desfaz-se dos invólucros mais grosseiros, aliando-se ao éter cósmico, onde poderá deslizar com uma velocidade que, em se comparando à luz, esta não passa de tartaruga.

A mente humana não tem condições de analisar tal velocidade.
Mas ele nunca faz tais viagens por distracção: sempre a serviço do bem comum de todas as criaturas, ou em alto aprendizado espiritual.

Se deseja observar as belezas universais, pode fazê-lo;
senão, a sua mente poderosa o levará ao lugar idealizado, como se estivesse meditando, sem perceber a grande viagem.

Os espíritos em viagens interplanetárias sempre as fazem em grupos afins, O mesmo se dá com os homens em viagens na Terra:
gostam de fazê-las em companhia de colegas com eles afinizados.

Não obstante, se na Terra há inúmeras dificuldades para grandes viagens, estas também existem no mundo espiritual, e com maiores problemas:
não pode faltar harmonia no que tange à mente de cada ser.

A desarmonia mental pode levá-los a ambientes desequilibrados, desviando-os das rotas desejadas.
Em muitos casos, os benfeitores espirituais costumam levar os seus tutelados em certas viagens, quando estes atendem todas as normas dos seus guias espirituais.

Isso sempre acontece, favorecendo ao aprendizado dos discípulos.
Na verdade, são experiências deslumbrantes, sendo que todo esforço por parte do candidato para merecê-las ainda é muito pouco em relação às belezas do universo, que encantam e instruem, a nos mostrar o Criador palpitando em tudo que tocamos e presenciamos.
Quantas civilizações existem em uma só galáxia?

Muitas e muitas, com diferenciações enormes, a nos mostrar como Deus gosta das variedades:
há mundos e mundos com cambiantes diversos e policromia exuberante.

A forma humana não é uma só, como a que existe na Terra; também é variável.
A beleza é o porte elevado dos mundos superiores, sendo a simplicidade a tónica nas casas planetárias de escala superior.
A Terra ainda está classificada entre os mundos inferiores, pelos sentimentos inferiores dos homens.

O homem, em geral, é belicoso.
As guerras são quistos encravados no planeta em que mora, no entanto, são reflexos dos pensamentos da própria humanidade.

O Cristo, podemos dizer, foi um sol que despontou nas sombras do mundo, para libertar os homens de todas as calamidades, mas eles ainda não entenderam o Seu verdadeiro amor para com seus destinos.

Ele deixou os recursos para banirmos o monstro das incompreensões e fazermos desaparecer o ódio de todos os povos: o Evangelho, como facho de luz.

E os homens ainda não entenderam o objectivo desse legado santo, com a força da santidade de Deus.

Aquele que viver os preceitos do Senhor, poderá viajar em todas as direcções do universo sem, contudo, sair do corpo, gozando a felicidade do seu íntimo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:52 pm

40 - 0091/LE
O ESPÍRITO ANTE A MATÉRIA


Quando falamos de espírito, procuramos mostrar seus atributos valiosos, para que se possa sentir a diferença da matéria propriamente dita, em relação à chama divina dotada de consciência.

Questionados se a matéria opõe obstáculos ao espírito, os Espíritos responderam com clareza: não.
Certamente que o espírito é livre, que matéria nenhuma opõe obstáculos a ele, no entanto, é bom que compreendamos que estamos tratando do espírito superior que, pela sua elevação, domina todos os obstáculos físicos.

No que tange aos espíritos inferiores, a matéria pode ser obstáculo incalculável para eles, por se encontrarem materializados e, certamente, sem condições de atravessá-la, como os espíritos puros, ou mais ou menos evoluídos.

O espírito mais grosseiro se reveste de um perispírito compatível com o seu estado evolutivo, e ao passar pelo fogo pode-se queimar, e em certos casos, ao entrar nas águas, dificilmente se sentir bem.

As próprias paredes lhes servem de obstáculos.
A chave da sua liberdade está na mente, ligada à emotividade: enquanto desconhecer esse poder grandioso, sofrerá muitas consequências, oriundas da ignorância.

Estamos no século do mentalismo e é por este motivo que quase todas as nossas mensagens lembram a educação da mente.
No mundo espiritual, em todas as casas de adestramento das almas, se estuda o poder da mente, e como aplicar esses valores diante da vida.

Os Espíritos superiores têm a consciência imperturbável e é esse o caminho que deveremos trilhar:
estudar e praticar todos os meios lícitos, para nos libertarmos dos obstáculos que nós mesmos criamos por desconhecermos a verdade.

O Cristo é o ponto alto da nossa educação.
Se nos apegarmos a Ele, o tempo será aproveitado e passaremos a compreender o modo pelo qual devemos aplicar os nossos dons espirituais, em favor da nossa paz e da paz dos nossos semelhantes.

Para o espírito primitivo, quase tudo serve de obstáculos, por vezes até o próprio ar, as tempestades, e mesmo o sol e a chuva.
Todavia, o espírito superior aprendeu a dominar certos obstáculos e continua estudando em busca da sua definitiva libertação, tornando-se cidadão universal.

Alguns dos nossos relatos por intermédio da mediunidade, podem parecer contos ilusórios, para quem se encontra na carne, sem domínio nenhum sobre a matéria, mas, raciocinando com uma razão mais apurada, se notará o campo em que atuamos, chegando à conclusão de que certamente podemos fazer o que fazemos.

É o que temos falado em nossos escritos, sobre o domínio que temos sobre a matéria que envolve os encarnados na Terra.

A obsessão é um caso típico do que falamos.
São espíritos ligados um ao outro, sem o poder de se livrarem.

É a lei de atracção em plena concordância;
é matéria prendendo espírito e espírito ligado à matéria.

Quando passarem a conhecer a verdade, eles se libertarão um do outro, pelos processos ensinados por Jesus.

A matéria é, pois, o primeiro degrau para a ascensão do espírito, mas, não se deve apegar a ela, porque tanto ela solta como prende alma, nas condições que desejar.

A matéria não opõe obstáculo ao espírito, porém, é necessário que este alcance, ou comece a alcançar, a sua libertação, pelo conhecimento da verdade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:52 pm

41 - 0092/LE
UBIQUIDADE


Falamos que o espírito é uma luz, por não encontrarmos termos mais adequados que possam retractar com fidelidade seu porte espiritual.

Pode-se dizer que a luz é seu atributo, pois sai do seu ser e irradia qual o sol o faz.
Pode ser estudada e analisada em laboratórios, se estes estiverem capacitados para tal empenho.

O futuro vai mostrar que essa luz é uma energia divina, na dimensão que, por enquanto, escapa à análise humana.

O espírito não se divide; quando, por vezes, aparece em vários lugares diferentes;
o que chamam de ubiquidade, é seu poder de irradiação que pode tanto transmitir anúncios — como no caso de mensagens para os sensitivos — como suas próprias imagens, apresentando-se em muitos lugares ao mesmo tempo.

Pelas coisas materiais pode-se analisar as espirituais, mesmo que as comparações sejam pálidas.

É o caso da televisão:
pode-se projectar a imagem de um homem ou um facto em todas as direcções, sendo vistos em vários lugares no mesmo instante.

E o poder do Espírito?
É bem maior que o dos aparelhos feitos pelos homens.
Certamente que pode acontecer com maior evidência.

O Cristo pode aparecer nos lugares que desejar na Terra no mesmo instante, a todas as pessoas que achar conveniente, pelo poder da Sua mente, e transmitir mensagens diferentes para cada pessoa ou agrupamentos.

Ele é o dirigente máximo de toda a Terra, conhecedor da ciência divina e pode usá-la quando Lhe aprouver.
Há alguns espiritualistas que compreendem esse fenómeno como divisão do Espírito.

Estão enganados;
o espírito é indivisível, contudo, tem o poder de irradiação em todos os sentidos, sendo que cada um arregimenta forças diferentes, de acordo com a sua elevação espiritual.

O centro consciencial da alma ainda está para ser estudado.
O professor que se chama Tempo pede que esperemos no espaço, a maturidade.
Enquanto usarmos o raciocínio, a compreensão desta verdade escapará ao nosso entendimento.

Esperemos que outros dons possam surgir para nossa maior capacidade moral e intelectual, e que o espírito atinja maior dimensão de entender sem pesquisar, de sentir por maturidade e de conservar a pureza mental com maturidade.

Os poderes do espírito superior ultrapassam todas as somas de valores reduzidos, alcançados pelos homens.
O homem encarnado vive encarcerado e, mesmo sendo espírito evoluído, se encontra tolhido na manifestação dos seus próprios valores, como encontra dificuldades de analisar e registar os factos, mesmo com os seus dons, ao contrário do espírito na sua liberdade, sem o fardo de carne, que pode fazê-lo de forma total.

São dois estágios bastante diferentes um do outro, e para que não haja um choque maior no desenlace, ao se passar de uma dimensão para outra, a Doutrina dos Espíritos vem preparando, ensinando as primeiras letras do alfabeto espiritual, para que se possa sentir mais segurança e maior fé, no momento em que se deverá passar pela porta estreita e ver a Luz com maior beleza, ver surgir as promessas da ressurreição, que é encontrar a si mesmo, sob a luz da Verdade.

Ainda temos muito que aprender acerca dos poderes espirituais, mas é bom que comecemos onde nos encontramos, porque Deus está presente em toda parte, e para encontrá-lo basta querer, entrando assim em condições de aprender com Ele.

E os melhores processos são os ensinados por Jesus Cristo, Nosso Senhor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:52 pm

42 - 0093/LE
PERISPÍRITO


Assim como damos formas aos nossos pensamentos e, de certo modo, vida às nossas ideias, nós somos o produto dos pensamentos de Deus e recebemos vida pelo Seu poder magistral, pela arte que tem de criar.

Somos filhos de Deus, como somos pais dos nossos pensamentos.
Tudo que criamos povoa a nossa mente, a nos entregar os resultados das nossas intenções.

Desde quando fomos criados pelo Senhor, começamos a viajar, do alfa ao ómega e do ómega ao alfa, porém, necessitamos de instrumentos para essa grande viagem, assim como na Terra precisa-se de roupas para vestir e de carros e outros instrumentos para viajar.

Essa é a lei universal.
O espírito reveste-se de uma roupagem a que chamamos de perispírito, sem que esta seja definitiva.

Ela é apurada, conforme a evolução do espírito, ou suprimida, de acordo com o mundo em que ele habita.
Existem ainda variedades de corpos usados pelos espíritos de que muitas escolas espiritualistas igualmente dão notícias, pelas suas pesquisas.

Compreendemos o caso de uma complexidade muito grande, mas fascinante, de modo a nos atrair a atenção para estudos mais sérios, dada a engenhosidade de sua formação.

Podes observar o fruto de uma árvore, o mais simples que seja:
o seu líquido, a essência ou, se assim podemos o chamar, o néctar, sempre se encontra protegido por vários corpos, para que possa cumprir o seu dever de nutrir homens e animais, insectos e aves.

Verifiquemos o mel das abelhas, alimento salutar, fortificante incomparável para os homens, como vem sendo ele guardado pelas operárias de um apiário:
é revestido por muitos processos, que os próprios homens não aprenderam ainda, por serem todos naturais, sem nenhuma perda da substância alimentícia e medicamentos.

O espírito propriamente dito não foge a essa lei:
se reveste de muitos corpos e destitui-se dos mesmos quando deles não precisa mais.

Enquanto cresce, vai-se desvencilhando das roupagens, que são sempre grosseiras, e tornando-se livre, na liberdade de Deus, Nosso Pai e Criador.

O perispírito, para nós na Terra, é de grande valor: ele nos livra e nos protege de certos enervamentos ou contracções, que o espírito poderia sofrer sem a sua protecção, ante o ambiente negativo e carregado de magnetismo inferior.

O espírito reveste-se de corpos de acordo com o ambiente em que estagia, ou em que vai trabalhar, qual o vaqueiro que usa a roupa de couro, além da sua costumeira, para correr dentro do mato, como usa o cavalo que o protege e o ajuda no seu mandato.

Eis aí o porquê da necessidade dos corpos usados pelos espíritos na sua jornada terrena.
O perispírito, para o espírito, ainda é uma veste grosseira, no entanto, para os homens, além de ser invisível é, uma substância delicada, com um poder ideoplástico extraordinário, obediente à vontade da alma que o usa como veste temporária.

Ele se unifica em torno do Espírito por uma lei de atracção criada pela chama divina que o sustenta e dirige, até quando lhe aprouver.

Tem muitas funções, uma das quais é ser intermediário entre o corpo de carne e a alma.
Por meio dele, o mundo físico é vitalizado, mantendo a coesão molecular, como a própria vida instintiva dos órgãos.

Ainda existem outros pormenores que, com o passar dos tempos serão descobertos.
Só temos a dizer que o perispírito é uma grande maravilha para os espíritos ainda em condições materiais.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:53 pm

43 - 0094/LE
O ENVOLTÓRIO DO ESPÍRITO


O hálito divino sai de Deus na sua unidade perfeita, contudo, ao situar-se no universo como fluido cósmico, toma características diferentes, em mutações diversas, de acordo com o ambiente onde vai prestar serviço, pela vontade do Senhor.

Em cada mundo, o magnetismo que envolve os espíritos é diferente um do outro, considerando a evolução dos povos que o habita.

Os fluidos são correspondentes à escala evolutiva dessa mesma humanidade.
Eles se mudam um pouco, até de país para país, na própria Terra. Verdadeiramente, podemos afirmar que se muda o campo fluídico de pessoa para pessoa.

E é sobre essas mudanças que queremos conversar, no que tange ao envoltório do espírito.
Há muitos espíritos que vêm à Terra em trabalhos assistenciais, entidades de muita elevação, que, ao chegarem no nosso mundo, mudam de roupagem fluídica, para suportarem o ambiente que acolheram para trabalhar, como acontece com quem sai de um lugar muito quente para uma região fria; necessariamente começa a usar as roupas do ambiente em que vai permanecer.

O perispírito é, pois, uma roupa do espírito, trocável, igual às roupas humanas, diferenciando-se das vestes terrenas pela sua estrutura, na capacidade de assimilar e de obedecer à vontade do espírito.

Em comparação às da Terra, tem uma natureza divina.
O perispírito é o condutor dos centros de força, capaz de obedecer fielmente à engrenagem da alma que ainda está escondida nos segredos da vida, e que faz uma ligação perfeita com as glândulas endócrinas do corpo físico, e dessa harmonia é que teremos e desfrutaremos dos princípios da felicidade.

O magnetismo que reveste um planeta habitado evolui com a evolução dos espíritos ali estagiados.
Tudo se depura pela força do progresso, obediente ao tempo e às bênçãos de Deus.

Em um mundo inferior onde existem espíritos primitivos, certamente os fluidos que o cercam são de natureza pesada, compatível com os seus habitantes.

Qualquer espírito de natureza superior que tiver de reencarnar neste mundo, haverá de trocar as suas vestes de luz por outras mais densas, evitando, assim, o impacto mais forte da luz com as trevas, sem a necessidade de sofrimentos, que podem ser evitados.

Certamente que uma alma evoluída, ao trocar suas vestes de luz por outra mais grosseira, renuncia, porque passa a sofrer uma agressão do próprio ambiente que aceitou como moradia.

No entanto, a sua capacidade de amor ultrapassa todas as investidas do que chamamos de trevas.
O mesmo não ocorre com os espíritos primitivos, que não suportariam viver em mundos altamente evoluídos:
perderiam a razão e de nada serviriam suas estadas nesses mundos.

Seriam inúteis todos os esforços para as reencarnações destes espíritos em mundos superiores.

Podemos, com isso, imaginar o quanto sofreu Jesus no ambiente da Terra.
A cruz é um traço sem importância na Sua vida na Terra, em se falando de sofrimento, O que mais Lhe causava inquietação era, certamente, o ambiente negativo, o magnetismo exsudado do planeta Terra, chegando, em momentos de oração, a Sua vibração atingir o ápice do que se pode atingir na Terra:
e Ele, aí, transpirou sangue, pela violência do ambiente.

Como se sentiria um homem civilizado, se fosse preciso vestir uma roupa de couro cru por toda a vida e ainda precisasse exemplificar a vivência do bem e do amor a todas as criaturas?

Vejamos isso, para que possamos sentir a posição de Jesus, quando veio à Terra nos ensinar!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:53 pm

44 - 0095/LE
O PERISPÍRITO TEM FORMA?


O perispírito não tem forma, no entanto, ele é obediente à determinação do espírito, e conserva aquela que o espírito lhe dá, inspirado na forma esquematizada pelos instrutores da humanidade, que se reflecte no corpo físico.

Assim como o perispírito toma as dimensões engendradas pelo espírito, o corpo físico obedece às regras do perispírito na sua formação congénita.

Mas, o corpo de carne herda , até certo ponto, muitos traços dos seus ancestrais.

A lei de hereditariedade é um fato que a ciência do mundo reconhece.
Até certas doenças são assimiláveis para os descendentes, com muita propriedade, e essas hereditariedades, em casos diversos se interpenetram por vibrações afins.

Os males psicológicos são também transferíveis e, em muitos casos, passam pára o mundo biológico, e por vezes, de forma bem acentuada.
A descoberta do cientista russo Pavlov dos reflexos condicionados é um ponto de partida e apoio para as doenças herdadas ou, por vezes, assimiladas por nós, quando ouvimos alguém falar em doenças, e mesmo a criação de ideias e suas materializações, na psicosfera da Terra, pelos homens decadentes mentalmente.

Tudo que se cria mentalmente toma forma e passa a viver no campo propício da vida de quem criou.
A ciência oficial fala muito em hereditariedade, contudo, examina essas leis somente no corpo físico.

Porém, ela tem mais amplitude na seara mental e é muito mais absorvida pelas emoções semelhantes às dos criadores.

O corpo perispirítico é de natureza extraordinária no que tange à sensibilidade.
O sistema nervoso do complexo humano recebe do perispírito cargas e mais cargas de energias, de acordo com os sentimentos, capazes de equilibrar todo o soma, como de desarmonizar todos os seus princípios harmoniosos.

Depende da educação da alma, e foi sem explicar particularidades que o Evangelho apareceu no cenário do mundo, na sua mais profunda simplicidade, para educar o ser humano; entretanto, se estudado cientificamente, torna-se o livro mais científico do mundo, por falar das principais verdades ligadas à alma, com todos os seus possíveis corpos e a sua mais elevada harmonização.

O perispírito não tem forma definitiva, mas tem forma relativa com o ambiente onde foi criado.
O homem, ou mesmo o espírito desencarnado, conhecedor dessas verdades, passa a educar a mente, usando todos os recursos possíveis.

É pelos pensamentos que nascem as ideias, e são elas que determinam a qualidade do espírito e o plano em que ele vive na escala dos seres.
Os impulsos inferiores desqualificam os sentimentos, enervando as energias sublimadas e tornando-as em magnetismo inferior, de sorte a pesar a carga vibratória e endurecer as sensibilidades do corpo astral, que serve ao espírito como carro de condução, e ele, animalizado, torna-se pesado e de difícil manejo.

É qual o animal lerdo que, mesmo sob os mais drásticos açoites, ainda é insensível ao comando.

A Doutrina dos Espíritos, sob a influência do Cristo, vem nos ajudar a sair desse letargismo primitivo e alcançar o despertamento, dos dons espirituais, de maneira a nos libertar da escravidão da ignorância.

O perispírito é sem imaterial, pela sintonia que deve ter entre o espírito e o corpo; ele faz a junção dos dois, para que o espírito alcance a luz.

Com o tempo e a reforma do homem, pode tornar-se puro, de sorte a ficar mesmo invisível a alguns olhos espirituais, como pode, em muitos casos, ser tão material ao ponto de confundir-se com os próprios homens.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:53 pm

45 - 0096/LE
IGUALDADE DOS ESPÍRITOS


Os espíritos são iguais na sua genealogia, mas, diferentes no que se refere ao despertamento espiritual.

Cada um se situa no grau de evolução conquistado;
cada alma é, pois, um mundo diferente em todos os aspectos que se possa conceber, nos seus vários níveis de saber.

A igualdade no aprimoramento se perde na infinita pauta da sabedoria universal.
E Deus, omnisciente, criou leis justas e sábias, no sentido de dar a cada um o que esse realmente merece, de acordo com o que oferta.

A grandeza da criação está na variedade, e a natureza nos dá uma amostra dessa beleza na fauna e na flora.
A diversidade em todos os reinos do mundo mostra-nos a mão de Deus na construção do belo, nas mudanças de formas de tudo que existe.

Em cada uma nota-se uma força inteligente no comando, com toda a certeza do que está fazendo.
Os espíritos são de diferentes ordens, pelo grau alcançado por cada um, e certamente isso é uma hierarquia espiritual, não por imposição ou dádiva, mas, por conquista.

É o próprio tempo que trabalha na maturidade do espírito.
A superioridade alcançada pelo despertamento espiritual se faz onde quer que seja, sem afrontas, sem agressão e sem comércio; é uma luz que se irradia em todas as direcções, abençoando e amando com um único impulso no coração, o da verdadeira fraternidade.

No mundo físico pode-se observar como espelho, o corpo de carne de um simples camponês e o de um estadista, de uma doméstica e o de uma rainha.
Os corpos são semelhantes sem que haja grandes diferenças, todavia, pelas conquistas alcançadas de uma faixa para outra, nota-se que cada qual se situa em um plano de vida diferente.

Ao se verificar mais adiante, e observará que o corpo de um santo e o de um pecador são iguais nas suas estruturas.
A formação biológica é a mesma, porém, a vida de um é diferente da do outro, mas Deus dá a ambos a mesma assistência.

O que ocorre, é que o santo assimila mais as bênçãos do Senhor, compreende Suas leis e as respeita e o pecador ainda se encontra cego e surdo ao chamado de Deus.

No mundo espiritual existem igualmente essas divisões, não por favorecimento, mas por justiça.
Colhemos justamente o que plantamos na lavoura da consciência, e ela nos responde fielmente pelo que somos.

Eis o amor d’Aquele que fez todas as leis, e assiste todas as criaturas, filhas do Seu magnânimo coração.

Nunca faltam escolas para todos, e cada um recebe o de que precisa na escala a que pertence, porém, o modo de ensinar de Deus é bem diferente do dos homens;
Ele, o Senhor, ministra ensinamentos a cada um separadamente, atendendo suas necessidades com todo empenho de servir e todo o amor de Pai que nunca esquece Seus filhos.

Nós outros é que somos, às vezes, rebeldes e custamos a aprender as lições, e em muitos casos aparece em nós a dor, para nos mostrar com mais energia os caminhos do aprendizado.

Estamos passando uma fase dolorosa na Terra, um fechamento de ciclo, de duras provações individuais e colectivas.

É, pois, uma necessidade de limpeza cárnica, como sendo a de um tumor na sociedade a que pertences.
Não há outro recurso, a não ser o da própria dor, em formas variáveis, para despertar o coração da humanidade para o amor, aquele que Jesus viveu e ensinou.

Um dia, certamente seremos todos iguais, mesmo em se falando daqueles espíritos que já atingiram a pureza:
basta atingirmos a maturidade que eles já conquistaram!
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:53 pm

46 - 0097/LE
A ESCALA EVOLUTIVA


Dificilmente podemos traçar uma escala evolutiva para os Espíritos, encarnados e desencarnados.

As linhas divisórias escapam à nossa análise;
entretanto, podemos fazer, como fazem na Terra sobre as classes, dividindo-as entre alta, média e baixa, sendo, para todas elas, a escala infinita.

Assim como o Espiritismo preocupou-se em se lembrar das escalas dos espíritos, outras escolas espiritualistas também fizeram as suas divisões, da maneira que acharam mais conveniente.

No fundo, nada muda sobre as leis naturais da vida.
Para melhor compreendermos o que é um espírito, ou o que somos, é bom que nos conscientizemos disso:
cada alma se encontra em uma escala diferente.

Nunca dois Espíritos são totalmente iguais, no que concerne à evolução:
sempre existe algum traço de diferença, mesmo entre os que têm perfeita sintonia espiritual.

Os que consideramos espíritos perfeitos, o são em relação aos homens e não diante de Deus.
A perfeição universal, a pureza total, somente o Senhor a possui, em todas as suas atribuições, portanto, não temos meios para elaborar uma escala perfeita dos espíritos, o que, nos parece, nem Deus a fez.

Ele criou as leis e desde quando passamos a conhecê-las, vamos entendendo o porquê de todas as coisas do universo.
O que Jesus fala no Evangelho, que mesmo os escolhidos serão enganados, dá para percebermos o quanto ainda somos inferiores.

Somos escolhidos, por vezes, para determinada tarefa, porém, temos muita ligação nas trevas, pelo passado ainda próximo ao nosso presente, e é nessa influência que poderemos ser enganados:
não pelos espíritos inferiores, mas, por nossas inferioridades, que vibram em nossos caminhos.

A superioridade é demorada e constitui a nossa conquista espiritual.
É, pois, o resultado do esforço individual, de passo a passo, e foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos ofertou todos os caminhos, nos mostrando a verdade e a vida, facilitando as nossas escolhas;
mas, o trabalho é nosso.

Enquanto necessitarmos de vestir o burel de carne, ainda estaremos longe da perfeição espiritual.
Devemos nos preocupar pouco com a escala a que pertencemos como espíritos, mas, dar uma demão à nossa auto-educação em todos os sentidos, no que tange à moral; todavia, necessário se faz que entendamos o que seja moral em primeiro lugar, para não cairmos em piores condições.

Se não tivermos estrutura para viver os altos preceitos do Evangelho, será bem difícil apresentarmo-nos como mestres dos que procuram aprender.

No mundo físico as divisões das classes são determinadas pelo poder aquisitivo, e, mesmo assim, dificilmente podes determinar a qual classe pertencem certas pessoas.

No mundo moral, as dificuldades são maiores, porque sempre escondemos o que de mal fazemos aos nossos irmãos, e anunciamos com todo vigor algum dever, que não passa mesmo de dever de cada alma.

Deixemos quem quiser julgar a qual classe pertencemos, o que não nos interessa muito.

O que o Cristo nos ensina é escolher a melhor parte, é trabalhar dentro do nosso mundo íntimo, por saber que o céu está em nós, bastando encontrá-lo, e se o encontrarmos, certamente vamos encontrar Deus e Cristo.

Cada criatura, se desejar, pode analisar a si mesma, observando a que faixa pertence na escala espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:54 pm

47 - 0098/LE
ESPÍRITOS BONS


Os espíritos a que chamamos de bons pertencem a uma variedade de categorias, mas na escala geral, está na média, em se falando das três de que nos fala O Livro dos Espíritos.

Os que habitam a média ocupam uma extensão imensurável, entretanto, todos eles têm tendências para o bem e esforçam-se para melhorar, e é dentro deste esforço contínuo que eles melhoram e vão alcançando, passo a passo, a sua libertação, posição onde se encontram os espíritos puros.

Considerando a vida infinita na imortalidade da alma, devemos dizer que o espírito leva um tempo incontável, na cronologia dos homens, para chegar à perfeição.

Os espíritos bons, mesmo cheios de boa vontade, ainda têm de sofrer determinadas provas;
é o passado ainda ligado ao presente, por fardos que não foram descarregados, mas que o serão.

Não é com isso que se deve esmorecer.
Ainda mais quem já se encontra na escala dos bons, pois se encontram no meio do caminho, e isso já constitui grande vantagem.

O tempo maior é gasto na inferioridade.
Quando começamos a despertar, os meios a que a natureza recorre fazem acelerar as nossas condições para alcançar e compreender as leis de Deus e respeitá-las, para o nosso próprio bem.

A alma, para conquistar a perfeição, haverá de conhecer todas as coisas referentes ao amor e à sabedoria, dominar todas as emoções onde elas surgirem e, como prémio, receberá a tranquilidade de consciência em todos os aspectos.

O espírito, na pureza em que falamos, não tem mais nada que aprender na Terra;
em sua estrutura espiritual, atrofia-se a razão, para florescer, em seu lugar, a intuição.
Não precisa raciocinar para conhecer, porque lá conhece.

A Terra está cheia de espíritos da terceira ordem, e bastante da segunda, porém, os de primeira ordem vêm, por misericórdia, a ela, como bênção de Deus, para abençoar os de boa vontade e fortalecê-los cada vez mais no bem que pretendem fazer.

Pode-se observar como cresceu a fraternidade na Terra, como houve um grande impulso de caridade entre os homens, e foi por esse crescimento que as trevas se arvoraram no orgulho e no egoísmo, onde se vê o aumento das guerras fratricidas, os assaltos e o crime, que são realizações normais da inferioridade, quando nota a preponderância da luz.

Nada está piorando nas civilizações que ocupam a Terra;
isso é normal em todo fechamento de ciclo, para abrir outro, despertando a potencialidade dos corações que vão viver e dirigir materialmente os destinos dos povos, sob a influência dos espíritos superiores, em nome de Cristo, que dirige os destinos dos Espíritos até a consumação dos séculos.

Os espíritos bons passarão a ser espíritos puros na forja do tempo e nas bênçãos da dor.

Verifiquemos o quanto Deus é bom!
A ajuda visível de Nosso Senhor Jesus Cristo, por todos os meios, na sustentação da vida, tem adiado muitas catástrofes por causa de alguns que estão aprendendo a amar e se exercitando na caridade.

Pedimos que continuem, porque enquanto houver alguma luz acesa, ela dominará as trevas e afastará o monstro de todas as discórdias.

Que os Espíritos bons, encarnados e desencarnados, possam se tornar melhores, de forma que os melhores possam orientar-se no equilíbrio, favorecendo a todos na conquista do amor verdadeiro e santo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jun 26, 2013 10:54 pm

48 - 0099/LE
ESPÍRITOS INFERIORES


Essa é uma categoria de espíritos que nunca podemos determinar dentro de uma só espécie.

Existe nela variedade de sentimentos, como de posição na escala de elevação espiritual, contudo, são almas ainda inferiores que desconhecem o valor do bem, e não sentem tendência alguma para a caridade, antes, procuram menosprezar o bem e mesmo atrapalhar quem começa a melhorar as suas condições de benevolência.

São espíritos zombeteiros, brincalhões e muitas vezes, maus, mentirosos, egoístas e orgulhosos.
Adoram discussões, por saberem que as irritações que fervem nas ideias incompatíveis desarmonizam o ambiente.

Por esses sentimentos inferiores, os sensitivos passam a conhecer quem está se aproximando das suas faculdades e devem corrigir e desconfiar dos seus próprios procedimentos.

Os espíritos inferiores dominam grande parte dos homens na Terra, em todas as suas actividades;
na política, na ciência e na religião são onde eles mais atuam, encontrando médiuns que com eles se afinam completamente, sem desconfiarem da existência dessas companhias indesejadas.

São falanges espraiadas em todo o globo, e infelizmente encontramos muitos deles nos lares onde se vê muita discórdia e mesmo separações.
É nesse sentido, de desactivar essas falanges de espíritos inferiores e educá-los, que aconselhamos o Culto do Evangelho no Lar, força poderosa, capaz de devolver a paz entre os irmãos, que aceitaram viver juntos.

As organizações de caridade são também muito atuadas por eles, que não têm outro serviço, a não ser perturbar os ambientes que desejam e trabalham para a paz.

O melhor remédio para a defesa dessas entidades é a educação individual.
Cada espírito, encarnado e desencarnado, deve praticar a auto-educação, não entrando em sintonia com essas entidades malfeitoras;
é o Evangelho vivido, e não somente pregado, como se vê em todo o mundo.

Os nossos pensamentos podem ser um ninho de espíritos inferiores, como a boca depende do uso que fazemos das nossas faculdades.
Os que querem ser enganados estão alimentando sentimentos inferiores, e os poucos que gostam da verdade, da honestidade, do perdão, da caridade e do amor na verdadeira acepção da palavra, trabalham para a sua própria paz íntima.

O quadro da Terra é algo triste, no que tange ao ambiente interior, não obstante, os recursos estão e vão ser usados para o devido saneamento espiritual.
Cabe a nós outros, já despertados para o bem comum, fazer parte daqueles que saiam a semear com Jesus, sem reclamar, sem exigir e sem blasfemar, para que não percam as sementes de luz deitadas nas leiras dos corações.

A última categoria dos espíritos não se compõe de almas totalmente más, no sentido da palavra expressa, mas que carregam consigo toda espécie de deturpação da verdade.

O seu ambiente constitui um ninho de serpentes, de todas as más qualidades que se possa imaginar...
Entretanto, são irmãos que precisam da nossa assistência, mas, ao dá-la, é sempre bom nos lembrar da advertência de nosso Senhor Jesus Cristo, quando nos fala: Vigiai e orai.

Muitos deles confundem-se com os encarnados, pelas aparências de sentimentos, mas a Doutrina Espírita, na feição do Evangelho Redivivo, está no mundo para limpar a eira das nações e colocá-las à frente de todas as decisões que possam tomar a palavra e a vivência daquilo que conheces pelo nome de Amor.
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