LUZ ESPÍRITA
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O PASSE: SEU ESTUDO, SUAS TÉCNICAS, SUA PRÁTICA / Jacob Melo

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:48 am

2.4.4 - Bicorporeidade
Foi considerada por Kardec como uma variedade das manifestações visuais, pois que se assenta sobre as mesmas propriedades do perispírito já que, “(...) Quer o homem esteja vivo, quer morto, traz sempre o envoltório semi-material que (...) pode tornar-se visível (...)”158.
“Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade.
Demais (...), pode adquirir momentânea tangibilidade.
Este fenómeno, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos (...)”159 (grifo original).
Esta propriedade, asseveram os Espíritos da Codificação, requer elevação moral da parte do Espírito que vai produzir tais modificações em seu perispírito.
Uma ressalva, porém, merece ser feita:
não devemos confundir a bicorporeidade com a bilocação pois enquanto a primeira precisa que a segunda se de, a recíproca não é verdadeira.
Para ocorrer a bicorporeidade, carece que o Espírito se desloque, se afaste de seu corpo físico e, onde se manifeste, necessário produza transformações em sua constituição molecular perispiritual a fim de se fazer visto;
já para ele se deslocar (bilocação), necessário se dê apenas a primeira parte do fenómeno pois o Espírito pode se desprender sem, contudo, ser visto ou apreendido pelos sentidos comuns.
Outro cuidado é o de não se confundir bicorporeidade e bilocação com o dom da ubiquidade, o qual o Espírito não possui, visto que ele é uma unidade indivisível, apesar de poder irradiar em múltiplas direções160.

158 KARDEC, Allan. Da bicorporeidade e da transfiguração. In “O Livro dos Médiuns”, cap. 7.
159 KARDEC, Allan. Da bicorporeidade e da transfiguração. In “O Livro dos Médiuns”, cap. 7, item 119.
160 Veja-se: Forma e ubiquidade dos Espíritos. In “O Livro dos Espíritos”, Parte 2ª , cap. 1, questão 92, p. 84 e cap. 2, questão 137, p. 105.

2.4.5 - Penetrabilidade
Corolário! Esta é a melhor definição para a condição de penetrabilidade atribuída ao perispírito.
Por isso mesmo, afirma Kardec:
“Outra propriedade do perispírito inerente à sua natureza etérea é a penetrabilidade.
Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo: ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes.
Daí vem não haver tapagem capaz de obstar à entrada dos Espíritos(...)”161.

161 KARDEC, Allan. Forma e ubiquidade dos Espíritos. In “O Livro dos Espíritos”. Parte 2ª , item 106.

2.4.6 - Emancipação
Afirmam os Espíritos que “Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais directa com os outros Espíritos”162 (grifos originais).
Mais enfaticamente, afirmam igualmente que “o sono liberta a alma parcialmente do corpo.
Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre”163.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:48 am

162 KARDEC, Allan. Da emancipação da alma. In “O Livro dos Espíritos”, cap. 8, item O sono e os sonhos, questão 401.
163 KARDEC, Allan. Da emancipação da alma. In “O Livro dos Espíritos”, cap. 8, item O sono e os sonhos, questão 402.
2.5 - Funções do Perispírito
André Luiz nos apresenta importantes informações acerca das funções do perispírito, iniciando por dizer que este não e um reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflecte, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação.
“Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura electromagnética, algo modificado no que tange aos fenómenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja”.

E conclui mais adiante:
“Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação subtil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja textura as células, noutra faixa vibratória, em face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga eléctrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”164.
Enquanto com André Luiz nos voltamos ao perispírito sob um ângulo de visão espiritual, Allan Kardec nos leva a uma preciosa análise, onde podemos perceber os melindres da acção do Espírito no corpo versus perispírito, num verbo genérico, mas, profundamente singelo:
“Tendo a matéria que ser objecto do trabalho do Espírito para desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que ele pudesse actuar sobre ela, pelo que veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta.
Tendo a matéria que ser, ao mesmo tempo, objecto e instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o Espírito a pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todas as impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos”.
E prossegue:
“(...) Para ser mais exacto, é preciso dizer que é o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades;
aperfeiçoa-lhe e lhe desenvolve e completa o organismo, à medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades;
numa palavra, talha-o de acordo com a sua inteligência.
“(...) Desde que um Espírito nasce para a vida espiritual, têm, por adiantar-se, que fazer uso de suas faculdades, rudimentares a princípio.
Por isso é que reveste um envoltório adequado ao seu estado de infância intelectual (...)”165.
Dito isso, numa conclusão definitiva ele ratifica:
“Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstracto, que não pode ter acção directa sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele”166.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:48 am

Concluindo, voltando a palavra de André Luiz, anotamos que é o corpo espiritual que
“Preside no campo físico a todas as actividades nervosas, resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas”167 pois, do enunciado por Kardec, o Espírito administra a formação do perispírito, “apropriando-o às suas novas necessidades”, entre as quais inserimos:
de arquivos das memórias;
de modelador da organização fisiobiológica;
de forma reflexa dos arquivos pretéritos; etc.
164 XAVIER. Francisco Cândido e VIEIRA. Waldo.
Corpo espiritual In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Retrato do corpo espiritual, pp. 25 e 26.
165 KARDEC, Allan. Génese Espiritual. In “A Génese”, cap. 11, itens 10 e 12.
166 KARDEC, Allan. Génese Espiritual. In “A Génese”, item 17.
167 XAVIER. Francisco Cândido e VIEIRA. Mecanismos da mente. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 16, item Importância da encefalização, p. 124.

2.5.1 - Registo das Formas
Por ser o perispírito um corpo fluídico, ao tempo em que é o mediador entre o Espírito e o corpo, pode sofrer marcas, mutações, lesões mesmo, que só um trabalho igualmente fluídico pode reparar, seja pela acção fluídico-magnética, seja pela mentalização equilibrada. Comprova-o o facto de vermos, ouvirmos e sabermos de tantos Espíritos desencarnados que trazem profundas marcas, fortes deformações em seus perispíritos, como decorrência de desvios pretéritos, regeneráveis pela assimilação moral de uma doutrinação cristã, conjugada à terapia do passe, e todo um processo de arrependimento e reforma íntima que, no seguimento, se estabiliza via etapas reencarnatórias correctivas.
Quando se é Espírito Superior, já se tem poder de adaptar a forma perispiritual à vontade; caso contrário, nossas forças mentais negativas, inferiores, intermitentes, nos impõem formas discrepantes, mossas aparentemente inextinguíveis, que só o tempo, alimentado pela renovação interior e pela reparação dos antigos débitos, poderá: patrocinar os reparos devidos quando, então, a força da fluidoterapia se faz por demais vigorosa.
Se nosso corpo físico recebe impressões perispirituais para sua feição, abastecendo-se para esse mister, igualmente, nas fontes genéticas da hereditariedade, quando desabrocha no plano espiritual “A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante (...)
“(...) Releva observar que, se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém a personalidade desencarnada, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens.
E, nos planos relativamente superiores, sofre processos de metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme suas disposições íntimas (...)
“(...) O aspecto que as entidades desencarnadas assumem perante os médiuns humanos (...) pode variar infinitamente.
“(...) É importante considerar, todavia, que os Espíritos desencarnados, mesmo os de classe inferior, guardam a faculdade de exteriorizar os fluidos plasticizantes que lhes são peculiares, espécie de aglutininas mentais com que envolvem a mente mediúnica encarnada (...)” (André Luiz)168.
Não há, portanto, como enganar, no mundo espiritual, sobre nosso verdadeiro mundo interior pois, a exemplo da parábola do festim das bodas (Mateus, XXII, vv. 1 a 14), quando Iá chegarmos, teremos que estar vestidos com a “túnica nupcial”, sob pena de nos sujeitarmos à Lei de Justiça em seu aspecto reparativo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:49 am

Só que esta túnica, numa imagem mais directamente relacionada ao perispírito, sofre mutações oriundas das aglutinações mentais de nossa realidade intrínseca; se somos equilibrados, nada há que comprometa sua “alvura”; entretanto, se nosso padrão é o da instabilidade moral, seu colorido será destoante.

168 XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Mecanismos da mente. IN “Evolução em Dois Mundos”, 2ª Parte, caps. 4 e 5, pp. 176 a 179.

2.5.2 - Na Reencarnação
Assim se expressa Allan Kardec:
“Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção.
À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta.
Sob a influência do principio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra.
Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união;
nasce então o ser para a vida exterior”169. (Grifos originais)
A palavra do Dr. Jorge Andréa também é bem objectiva: “O perispírito, representando a capa externa do Espírito, serviria de filtro e tela de suas manifestações.
Apesar de apresentar intenso dinamismo psíquico, superior ao da zona consciente ou zona física, dirige os campos celulares físicos por influência do próprio Espírito donde é dependente”.
“O perispírito é zona que sofre modificações intensas nos processos reencarnatórios, passando por condições de miniaturização e mesmo perda de algumas energias, pois, ao se acercar do ovo para impulsionar a sua morfogénese, estará elaborando uma nova estruturação que responderá por um novo corpo físico.
Se, no perispírito, estivessem sediados todos os arquivos do ser, é claro, que as intensas transformações do mecanismo reencarnatório afectariam a estruturação de imortalidade.
Dessa forma, as aptidões que são absorvidas nas experienciações que o ser passa diante das diversas etapas reencarnatórias estariam nas zonas definitivas do Espírito e reflectidas no perispírito, zona dimensionalmente mais densa que a primeira e, por isso, mais apropriada às correlações com a matéria.
Destarte, a matéria recebe o que necessita do impulso espiritual pelas telas perispirituais; estas, embora apresentando um campo avançado de trabalho, não são a sede das energias criativas da vida”170.
Com estas palavras de Jorge Andréa, o assunto abordado no item 2.2 acima é recolocado, deixando claro o entendimento que se pode e se deve dar a certas atribuições do perispírito.
Ressaltamos apenas que o Dr. Jorge Andréa, em sua hipótese de trabalho, faz considerações colocando o perispírito de forma destacada face outros componentes (capas) do perispírito propriamente dito, pelo que recomendamos seja buscada a obra referenciada para um melhor entendimento de sua postura.

169 KARDEC, Allan. Génese espiritual. In “A Génese”, cap. 11, itens 18 e 20.
170 ANDRÉA, Jorge. Reflexões sobre o campo organizador da forma. In “Enfoques Científicos na Doutrina Espírita, pp. 32 e 33.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:49 am

2.5.3 - Na Desencarnação
Sigamos com Kardec, prolongando a citação (79) acima:
“Por um efeito contrário, a união do perispírito e da matéria carnal, que se efectuara sob a influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de actuar, em consequência da desorganização do corpo.
Mantida que era por uma força actuante, tal união se desfaz, logo que essa força deixa de actuar.
Então, o perispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída à liberdade.
Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo; esta é que determina a partida do Espírito “. (grifos originais)

2.5.4- Na Evolução
Assim comentou o assistente Calderan, com André Luiz sobre o perispírito:
“Estamos diante do órgão perispiritual do ser humano, adeso à duplicata física, da mesma forma que algumas partes do corpo carnal têm estreito contacto com o indumento.
Todo o campo nervoso da criatura constitui a representação das potências perispiríticas, vagarosamente conquistadas pelo ser, através de milénios e milénios.
Em renascendo entre as formas perecíveis, nosso corpo subtil, que se caracteriza, em nossa esfera menos densa, por extrema leveza e extraordinária plasticidade, submete-se, no plano da Crosta, às leis de recapitulação, hereditariedade e desenvolvimento fisiológico, em conformidade com o mérito ou demérito que trazemos e com a missão ou o aprendizado necessários”171.
Um pouco mais adiante, fazendo ligação entre o perispírito e o corpo, o mesmo Calderaro nos informa:
“Comparando (...) nossa situação com o estado menos Iúcido de nossos irmãos encarnados, importa não nos esqueça que os nervos, o córtex motor e os lobos frontais (...) constituem apenas regulares pontos de contacto entre a organização perispiritual e o aparelho físico, indispensáveis, uma e outro, ao trabalho de enriquecimento e de crescimento do ser eterno.
Em linguagem mais simples, são respiradouros dos impulsos, experiências e noções elevadas da personalidade real que não se extingue no túmulo, e que não suportariam a carga de uma dupla vida.
Em razão disto, e atendendo aos deveres impostos à consciência de vigília para os serviços de cada dia, desempenham função amortecedora (...)”172.
Nisso tudo vemos a perfeita conjugação dos componentes trinos que somos.
O perispírito, como veículo do Espírito, projectando-se sobre a matéria, propicia-lhe vida, espiritualiza-a mesmo, posto que, lhe imprime não apenas vitalidade, mas, lhe induz a um contacto directo com a “mente”;
por sua vez, subtrai a essência da experiência, assim respostando ao mesmo agente que lhe solicita estímulos por evoluir.
Allan Kardec nos lembra que “Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenómenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenómenos fisiológicos e patológicos”173 (grifamos).
Tanto é verdade que André Luiz reforça dizendo: “(...) em qualquer estudo acerca do corpo espiritual, não podemos esquecer a função preponderante do automatismo e da herança na formação da individualidade responsável, para compreendermos a inexequibilidade de qualquer separação entre a Fisiologia e a Psicologia, porquanto ao longo da atracção no mineral, da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos a crisálida de consciência constituindo as suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transformando, gradativamente, toda a actividade nervosa em vida psíquica”174 (Grifamos).
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:49 am

Para assimilarmos melhor, continuemos com André Luiz:
“De modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afligem o corpo físico e o dilaceram, guardam no corpo espiritual as suas causas profundas (...)
“É assim que o remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticulando as sinergias do corpo espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade
(...) Todavia, (...) detemos connosco os resíduos mentais da culpa, qual depósito de lodo no fundo de calma piscina, e que, um dia, virão a tona de nossa existência, para a necessária expunção, à medida que se nos acentue o devotamento à higiene mental”175.
E simplifica numa outra obra176:
“A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico”.
Sigamos um pouco mais com o Iúcido Espírito que é André Luiz:
“Enquanto não se aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros.
Esses desajustes, como é natural, não se limitam a comunidade das células físicas, quando em disfunções múltiplas por força dos agentes mentais viciados e enfermiços; estendem-se, muito especialmente, à constituição do corpo espiritual, a reflectir-se no cérebro ou gabinete complexo da alma, aí ocasionando os diversos sintomas de perturbação do campo encefálico, acompanhados dos fenómenos psico-sensonais que produzem alucinações e doenças da mente. (...)
“Torturada por suas próprias ondas desorientadas, a reagirem, incessantes, sobre os centros e mecanismos do corpo espiritual, cai a mente nas desarmonias e fixações consequentes e, porque o veículo de células extra-físicas que a serve, depois da morte, é extremamente influenciável, ambienta nas próprias forças os desequilíbrios que a senhoreiam, consolidando-se-lhe, desse modo, as inibições que, em futura existência, dominar-lhe-ão temporariamente a personalidade, sob a forma de factores mórbidos, condicionando as disfunções de certos recursos do cérebro físico, por tempo indeterminado”177.
Actuando de forma directa ou indirecta, impressionando ou sendo impressionado, agindo ou reagindo, o perispírito, como ponte, ligação, intermediário, canal emissor/captador, aparelho transmissor/receptor, e tantas coisas mais, transmuta-se no retrato não só da imagem de um corpo físico, mas no do arquivo vivo do Espírito, no exacto degrau de evolução em que este estagia, como encarnado ou desencarnado, bruto ou angelizado, inconsciente ou Iúcido, aqui ou além.
Por isso já nos asseverava Léon Denis:
“O invólucro fluídico do ser depura-se, ilumina-se ou obscurece-se, segundo a natureza elevada ou grosseira dos pensamentos em si reflectidos.
Qualquer ato, qualquer pensamento repercute e grava-se no perispírito.
Daí as consequências inevitáveis para a situação da própria alma, embora esta seja sempre senhora de modificar o seu estado pela acção contínua que exerce sobre seu invólucro”178.
Reveste-se, portanto, de significativa importância o perispírito nos campos energéticos da evolução por este se urdir não só de fluidos eminentemente físicos, densos, mas por igualmente se entretecer com as emanações psico-mentais do Espírito, seu detentor.

171 XAVIER, Francisco Cândido. Estudando o cérebro. In “No Mundo Maior”, cap. 4, pp. 54 e 55.
172 XAVIER, Francisco Cândido. Estudando o cérebro. In “No Mundo Maior”, cap. 4, pp. 60 e 61.
173 KARDEC, Allan. Manifestações dos Espíritos. In “Obras Póstumas”, item 12.
174 XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Automatismo e corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 4, item Automatismo e herança, p. 39.
175 XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Predisposições mórbidas. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 19, pp. 211 e 212.
176 XAVIER, Francisco Cândido. Ante o serviço. In “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 4, p. 40.
177 XAVIER, Francisco Cândido. Obsessão. In “Mecanismos da Mediunidade”, cap. 24, itens Pensamento e obsessão e Perturbações morais, pp. 156 a 158.
178 DENIS, Léon. A vontade e os fluidos. In “Depois da Morte”, cap. 32, p. 208.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:49 am

2.5.5 - No Passe
Podendo o Espírito, “(...) Pela acção de sua vontade, operar na matéria elementar uma transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades”, já que “Esta faculdade é inerente a natureza do Espírito que muitas vezes a exerce de modo instintivo, quando necessário, e sem disso se aperceber”179 e sabendo-se - conforme veremos no capitulo VIII - que “(...) Papel capital desempenha a vontade em todos os fenómenos do magnetismo”, “Assim se explica a faculdade de cura pelo contacto e pela imposição das mãos”180 (Kardec), podemos inserir que, como o perispírito é o meio de veiculação da vontade do Espírito, cabe a ele o papel transformador e reactivo nos e dos fluidos, especialmente quando movimentados nos trabalhos do passe.
Daí a necessidade de o passista ser uma pessoa equilibrada, pois, sua vontade, por carecer de uma base firme, não pode, para fornecer saúde e harmonia, calcar-se numa estrutura movediça de moral vacilante e tonicidade intermitente.
Ademais, “Se as paixões baixas e materiais perturbam, obscurecem o organismo fluídico, os pensamentos generosos, em um sentido oposto, as acções nobres apuram e dilatam as moléculas perispiríticas.
Sabemos que as propriedades da matéria aumentam com seu grau de pureza”181, é o que nos lembra Léon Denis.
O Espírito Anacleto, pelo registo de André Luiz, nos ensina que “Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que Ihe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais182, tudo isso provindo das actividades mentais negativas ou excessivamente presas aos limites da matéria.
Por esse motivo é que podemos fazer refrão com o Espírito Áulus quando nos diz que estampamos “(...) no próprio corpo espiritual os sofrimentos de que (somos) portadores”183.
A ser verdade tudo isso - e de fato o é —, torna-se final e decisivo que o perispírito tem participação impar nos fenómenos e nas manifestações mediúnicas e anímicas, sendo ele, portanto, o intermediário vital e indispensável da transmissão fluídica por ocasião do passe, da prece em favor dos outros e de nós mesmos, do próprio magnetismo pessoal e do intercâmbio com o chamado “reino dos mortos”.
Concluindo nosso estudo, busquemos André Luiz mais uma vez para observarmos como se dá o desprendimento do perispírito de um médium em serviço, através da ajuda do passe aplicado pelo plano espiritual:
“Aproximou-se dele o irmão Clementino e, a maneira do magnetizador comum, impôs-lhe as mãos aplicando-lhe passes de longo circuito.
“Castro como que adormeceu devagarinho, inteiriçando-se-lhe os membros.
“Do tórax emanava com abundância um vapor esbranquiçado que, em se acumulando à feição de uma nuvem, depressa se transformou, à esquerda do corpo denso, numa duplicata do médium, em tamanho ligeiramente maior.
“Nosso amigo como que se revelava mais desenvolvido, apresentando todas as particularidades de sua forma física, apreciavelmente dilatadas.
“(...) Enquanto o equipamento fisiológico descansava, imóvel, Castro, tacteante e assombrado, surgia, junto de nós, numa cópia estranha de si mesmo, porquanto, além de maior em sua configuração exterior, apresentava-se azulada a direita e alaranjada a esquerda.
“Tentou movimentar-se, contudo, parecia sentir-se pesado e inquieto (...)
“Clementino renovou as operações magnéticas e Castro, desdobrado, recuou, como que se justapondo novamente ao corpo físico.
“Verifiquei, então, que desse contacto resultou singular diferença.
O corpo carnal engolira, instintivamente, certas faixas de força que imprimiam manifesta irregularidade ao perispírito, absorvendo-as de maneira incompreensível para mim.


Última edição por Ave sem Ninho em Qui Mar 01, 2018 9:53 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:50 am

“Desde esse instante, o companheiro, fora do vaso de matéria densa, guardou o porte que lhe era característico”184.
Das últimas palavras, ficam algumas questões que o leitor poderia, como sugestão, meditar a respeito:
1. Que seriam “passes de longo circuito” que o irmão Clementino aplicou em Castro?
2. Que vapor seria esse que saiu do corpo de Castro?
3. Por que Castro, se revelara maior, em perispírito, que seu corpo?
Como e por que isso se dá?
4. Que cordão vaporoso era aquele que ligava Castro ao corpo?
5. Por que teria havido necessidade de uma segunda aplicação de passe?
6. Que se pensar das cores azul e laranja; cada uma num lado distinto do corpo espiritual de Castro?
7. Afinal, o que teria sido “engolido”, do perispírito de Castro, por seu próprio corpo?
São questões que, se não puderem ser bem respondidas por enquanto, depois que tivermos concluído o livro o leitor terá, com certeza grandes soluções.
Portanto, vamos em frente!

179 KARDEC, Allan. Do laboratório do mundo invisível. In “O Livro dos Médiuns”, cap. 8, item 129.
180 KARDEC, Allan. Do laboratório do mundo invisível. In “O Livro dos Médiuns”, cap. 8, item 131.
181 DENIS, Léon. A vontade e os fluidos. In “Depois da Morte”, cap. 32, p. 210.
182 XAVIER, Francisco Cândido. Passes. In “Missionários da Luz”, cap. 19, p. 325.
183 XAVIER, Francisco Cândido. Ante o serviço. In “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 4, pp. 41 e 42.
184 XAVIER, Francisco Cândido. Desdobramento em serviço. In “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 11, pp. 97 e 98.

2.6 - Uma Rápida Conclusão
O perispírito, este nosso companheiro de estrada ou, melhor dizendo, este nosso melhor indumento, necessita ser bem conhecido;
afinal, não se trata de uma mera vestimenta física ou de uma insígnia para fazer registar o “status” de seu possuidor.
Muito mais que isso, é uma “máquina” multiuso, de poderes tão variados e para atendimento de finalidades tão diversas que desconhecê-lo é, no mínimo, desperdício injustificável, mormente por quem quer extrair-lhe os melhores produtos.
Assim como um computador, que quase nada vale se não sabemos usá-lo, o perispírito perde muito de suas potencialidades se lhe atribuímos apenas a importante, mas limitada, função de gerenciar as actividades directas e exclusivas de ligar o Espírito ao corpo.
Assim como o computador não é, em si mesmo, inteligente, o perispírito igualmente não o é por não ser Espírito;
enquanto o computador guarda funções e executa tarefas tão avançadas e de maneira tão eficiente, por resoluções que evidenciam a inteligência do homem que o concebeu e o opera, o perispírito, por um automatismo divino, interpreta o Espírito que lhe preside a existência.
Assim como do computador não precisamos, necessariamente, entender a sua estrutura mecânica, física, eléctrica e electrónica para podermos operá-lo com proveito, mas, carecemos aprender a manuseá-lo, segundo sua concepção “filosófica” e fazer uso dos dispositivos para tal destinados, semelhantemente podemos deduzir que o Espírito em essência, nos é ainda inabordável, mas, é quase imperiosa a necessidade de conhecermos este indumento, suas funções e sob que leis se rege para, dessa maneira, extrairmos de sua essência, todas as suas potencialidades funcionais.


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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:50 am

Quando inserimos o perispírito de forma destacada neste capítulo, foi porque ele é o melhor (e talvez o único, por enquanto) meio de entendermos e alcançarmos o Espírito, já que, suas evidências e seus registos deixados ao longo do tempo nos facilitam o entendimento. Por ele podemos avaliar funcionamento, limites e regência de leis na elaboração do relacionamento que temos, cada um de nós, com a matéria;
e por ser fluídico, temos (e já o fizemos) como comprovar que sua estrutura funcional obedece às leis dos fluidos e, portanto, dirigido pela acção psíquica do seu senhor, o Espírito.
Fechemos esta parte deste capítulo com a palavra do Espírito Lamennais:
“O que uns chamam de perispírito não é senão o que outros chamam de envoltório material fluídico.
Direi (...) que esse fluido é a perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e das ideias.
Falo aqui dos Espíritos elevados.
Quanto aos Espíritos inferiores, os fluídos terrestres ainda Ihe são de todo inerentes; logo, como vedes, matéria.
Daí os sofrimentos da fome, do frio, etc., sofrimentos que os Espíritos Superiores não podem experimentar, visto que os fluídos terrestres se acham depurados em torno do pensamento, isto é, da alma.
(...) O perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente por meio do qual nos comunicamos convosco, quer indirectamente, pelo vosso corpo ou pelo vosso perispírito, quer directamente, pela vossa alma;
donde, infinitas modalidades de médiuns e de comunicações.
“Agora o ponto de vista científico, ou seja:
a essência mesma do perispírito. Isto é outra questão.
Compreendei primeiro, moralmente.
Resta apenas uma discussão sobre a natureza dos fluidos, coisa por ora inexplicável.
A ciência ainda não sabe o bastante, porém Iá chegará, se quiser caminhar com o Espiritismo.
O perispírito pode variar e mudar ao infinito.
A alma é o pensamento: não muda de natureza.
Não vades mais longe, por este lado; trata-se de um ponto que não pode ser explicado.
Supondes que, como vós, também eu não perquiro?
Vós pesquisais o perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma.
Esperai, pois”185 (grifo original).

185 KARDEC, Allan. Dos sistemas. In “O Livro dos Médiuns”, 1ª Parte, cap. 4.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 01, 2018 9:54 am

3 - CENTROS DE FORÇA
Procuraremos fazer uma ligação entre os três “assuntos complementares”, recorrendo às palavras do Codificador:
“Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo.
Pela sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais directa com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados”.
“O pensamento do encarnado actua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes”.
“(...) Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica a dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um Iíquido.
Esses fluídos exercem sobre o perispírito uma acção tanto, mais directa quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde”.
“Actuando esses fluídos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular.
Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se forem maus, a impressão é penosa.
Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.
“Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais”186 (grifamos).
Antes que detalhemos o assunto, indagamos: que seriam esses “poros perispirituais” a que se referiu Kardec?
E quando ele questionou os Espíritos se a alma seria exterior ou interior ao corpo, que teriam quando os Espíritos realmente expressar com “A alma é o centro de todos os envoltórios, como o gérmen em um núcleo (...)”187?

186 KARDEC. Allan. Os fluídos. In “A Génese”, cap. 14, item 18.
187 KARDEC, Allan. Da encarnação dos Espíritos. In “O Livro dos Espíritos”, Parte 2ª , cap. 2, item A alma, questão 141.

3.1 - Definições
Praticamente em toda e qualquer literatura que trate do assunto, nos depararemos com a ligação entre as terminologias:
Centros de Força (também chamados de Centros Vitais por André Luiz) e chakras, sendo frisado que a palavra Chakra significa roda, em sânscrito.
Outra concordância comum é quanto a sua condição energética:
“(...) Podem ser encarados como vórtices de força” - Peter Rendel188;
“Os chakras, ou centros de força, são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia de um a outro veículo ou corpo do homem” - Leadbeater189;
“Estes chakras funcionam como terminais, através dos quais a energia (prana) é transferida de planos superiores para o corpo físico” - Keith Sherwood190;
“Centros de Força ou Rodas são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etéreo pelos quais transitam os fluidos energéticos (...)” - Edgard Armond191;
“Chakra é considerado como um intermediário de transferência de energia entre duas dimensões vizinhas do ser, tanto como um centro proporciona a conversão de energia entre um corpo e sua mente correspondente” - Hiroshi Motoyama192;
“CHAKRAS SÃO CENTROS PSÍQUICOS que estão sempre activos no corpo, não importa se temos ou não consciência deles.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:53 am

A energia se move através dos chakras para produzir diferentes estados psíquicos” - Harish Johari193 (Maiúsculas originais); e tantas e tantas outras.

188 RENDEL, Peter. Introdução. In “Os Chakras”, p. 11.
189 LEADBEATER, C. W. Centros de força. In “Os Chakras”, cap. 1, item Os centros, p. 19.
190 SHERWOOD, Keith. Os chakras. In “A Arte da Cura Espiritual”, cap. 6, p. 65.
191 ARMOND, Edgard. Centros de força. In “Passes e Radiações, cap. 2, p. 46.
192 MOTOYAMA, Hiroshi. Introdução. In “Teoria dos Chakras”, item Os chakras e os nadis, p. 21.
193 JOHARI, Harish. Prefácio. In “Chakras”, p. 9.

3.1.1 - A Visão Espírita
Capturando as questões que propusemos há pouco, apesar de não podermos afirmar que por “poros perispiríticos” tenha Kardec explicitado os centros de força, nem que por “envoltórios” tampouco tenha se referido directamente aos “corpos ou capas do espírito” tal como ensinados pelo esoterismo, não podemos esquecer que, pelo genérico com que muitos assuntos foram abordados, fica aberta a possibilidade de tirarmos algumas ilações de suas palavras mesmo que elas não tragam o cunho do explicito. Isto, contudo, não pode ser argumento para se importar ou se impor qualquer teoria ou hipótese ao corpo doutrinário: vale para que busquemos raciocínios, informações e, inclusive, crivemos coisas universalmente conhecidas e estudadas por doutrinas espiritualistas, pela óptica sempre avançada e firme do Espiritismo.
Tendo partido de constatação como esta, foi que, alguns Espíritos da maior credibilidade e autores com insuspeita isenção de ânimos e apurados sentidos críticos e analíticos, houveram por bem trazer à Doutrina Espírita tão ricos e profícuos estudos.
Por eles, constatamos que os Centros de Força não constituem parte intrínseca da estrutura do Espírito, pois, são instrumentos desenvolvidos no corpo espiritual com o fim de realizar as adequações devidas entre os aspectos exteriores e interiores da realidade espiritual do ser imortal. Nosso confrade Jorge Andréa esclarece bem o assunto:
“Vários estudos têm mostrado a existência, no perispírito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energias, centrífugas (do Espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o Espírito), que aí se instalam como manifestações da própria vida.
Esses discos energéticos comandariam, com as suas “super funções”, as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e código genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitectura neuroendócrina”194.
“Como não desconhecem - diz o Espírito Clarêncio —, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder directriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células eléctricas, que podemos definir como sendo um campo electromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”195.

E completa:
“Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o “habitat” que Ihe compete.
Mero problema de padrão vibratório”, acrescentando mais adiante:
“TaI seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais”196 (grifamos).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:53 am

Para estabelecer, em definitivo, o assunto, segundo a óptica espírita, deixamos com Clarêncio e André Luiz a palavra, na qual poderemos constatar o carácter sempre voltado para a moralidade com que ela, a Doutrina, se posiciona:
“- Cada “centro de força” - ponderou André Luiz - exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender no rumo do Perfeito Equilíbrio (...)
“- Sim - confirmou Clarêncio —, nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante, no campo electromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas começantes às quais nos imantamos”197 (grifamos).

194 ANDRÉA, Jorge. Perispírito ou psicossoma, In “Forças Sexuais da Alma”, cap. 1, p. 36.
195 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma. In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p. 126.
196 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma. In “Entre a Terra e o Céu”. cap. 20, p. 127.
197 XAVIER, Francisco, Cândido. Conversação edificante. In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 21, pp. 131 a 133.

3.1.2 - A Visão Esoterista
Mesmo reconhecendo que as energias espirituais e mentais são preponderantes na acção desses centros de força, algumas escolas preferem se ater mais aos aspectos físicos ou, diríamos, mais materiais da questão, criando, inclusive, imagens para expressá-los como centros anímicos, igrejas, Iótus, estrelas, divindades, ou endereçando-os a prováveis correspondentes físicos, como os plexos, ou a elementos como o azoto, o éter, o ar, o fogo, a água e a Terra.
De uma forma genérica, no esoterismo não encontramos uma uniformidade sobre quase nada que diz respeito a tal assunto ou coligados, a começar pela definição do número de centros de força, como é o caso do budismo tibetano:
“Os chakras ou plexos psíquicos (em tibetano:
khor-lo, literalmente “roda”) são os centros circulares formados sobre a veia central pela intersecção de muitas veias subtis e pela colecção de várias essências.
“(...) No sistema tântrico tibetano há um máximo de seis chakras principais, em confronto com os sete do sistema hindu. Só se usam, de hábito, cinco chakras na visualização interior tibetana e, não raro, só se menciona três”198.
Por este exemplo se vê que a questão do número é bem imprecisa.
Portanto, não iremos nos fixar no carácter absoluto que alguns autores querem dar a suas hipóteses mas apenas aventaremos alguns pontos para conformar com nossas necessidades de entendimento e comparação.
O estudo dos chakras, assim como do perispírito, remonta a uma antiguidade muito distante.
Por ter sido transmitido quase sempre de forma iniciática e muito privada, esteve restrito durante milénios e limitados ao oriente.
Entrementes, ao contrário do que imaginava quem acreditava estivesse tal assunto, por assim tratado, isento de desvios e universalidade, ocorreu exactamente o contrário; o assunto ganhou as ruas, muitos adaptaram entendimentos, alguns impuseram ilações próprias e hoje é comum se encontrar, em qualquer livraria, literatura sobre o assunto.
Contudo, é desnorteante o facto de não haver uma concordância entre os diversos autores sobre coisas, inclusive, consideradas básicas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:53 am

Assim nos pronunciamos, no intuito de alertar quem queira conhecer o assunto com maior aprofundamento, quanto ao cuidado que deve ter quando estudar e interpretar as obras concernentes.
Particularmente, tivemos dúvidas e entendimentos muito contraditórios quando tentamos estudar tal tema em sua vez primeira;
e o factor causador foi exactamente essa falta de concordância.
E como o assunto, além de envolver algumas abordagens, por subjectivas demais, complexas, invariavelmente é tratado de uma maneira muito mística e misteriosa, fica difícil um discernimento mais seguro enquanto não se tiver vasculhado um bom número de obras.
A visão esoterista dos chakras, portanto, não poderia, nem conviria, ser resumida neste espaço pois se assim fizéssemos criaríamos um emaranhado de conjugações de termos e valores que só traria mais problemas que soluções.
Por isso, para quem queira proceder um aprofundamento na área, recomendamos sejam buscadas muitas obras, lidas todas mas tendo-se em mente, sempre, a recomendação paulina de que “leiamos tudo, retendo apenas o que for bom”.
Neste campo, mais que em outros, todo cuidado é pouco!

198 CLIFFORD, Terry. A medicina tântrica. In “A Arte de Curar no Budismo Tibetano”, cap. 5, item Os chakras e a esplêndida visão interior, p. 104.

3.2 - Sua Classificação
Busquemos a palavra do Espírito Clarencio a respeito:
“Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre.

Temos, assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário” que, na Terra, é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.
(...) Logo após, anotamos o “centro cerebral”, contíguo ao “centro coronário” (...).

Em seguida, temos o “centro laríngeo” (...).
Logo após, identificamos o “centro cardíaco” (...).
Prosseguindo em nossas observações, assinalamos o “centro esplénico” (...).
Continuando, identificamos o “centro gástrico” (...) e, por fim temos o “centro genésico”.

“(...) Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina”199 (grifamos).

3.3 - Sua Localização
Uma coisa podemos ter como certa:
os centros de força têm seus correspondentes (não confundir com “suas identidades”) no corpo orgânico;
partindo daí podemos fazer uma localização geográfica, correspondendo-os aos plexos com que se relacionam, desde que, atentemos para o fato de que os centros de força em si não se acham encerrados no corpo físico, mas no perispírito. pelo que eles podem se encontrar, como são registados pelos estudos da aura, externos ao corpo orgânico, ainda que se afunilem em direcção àquele.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:53 am

E quando dizemos “se afunilem”, o dizemos de forma literal, pois, as informações existentes, sobre a forma dos centros de força, são concordes em todas as Escolas, ou seja:
são como funis que giram num determinado sentido, formando mini furacões, mini-redemoínhos, com a “boca” desses funis direccionada ao espaço etérico (vide FIGURAS 2.A e 2.B).

Dessa forma teríamos:
Centro de Força
Coronário
Frontal
Laríngeo
Cardíaco
Gástrico (Solar)
Esplénico
Genésico (Básico)

Plexo Correspondente
Coronário
Frontal (Carótico)
Laríngeo (Faríngeo)
Cardíaco
Gástrico (Solar)
Esplénico (Mesentérico)
Coccígeo (Hipogástrico)

Localização
Alto da cabeça
Fronte (Lobo frontal)
Na garganta
Sobre o coração
Sobre o estômago
Sobre o baço
Baixo ventre

Como já vimos acima, o confrade Jorge Andéa preferiu chamar os chakras de “discos energéticos”, relacionando-os ao perispírito (psicossoma).
Assim se expressa ele:
“A zona mais externa do psicossoma, onde se expressam os discos energéticos, é a mais rica de vibrações e colorido, variando de um para outro disco, na dependência da importância fisiológica de que estão investidos”.
São muitos;
mas os principais e dignos de citação são em número de sete, e, pela localização, podemos classificá-los em:
“a) epifisiário - no centro do crânio;
“b) frontal - ao nível do lobo frontal;
“c) laríngeo - na região cervical (pescoço);
“d) cardíaco - na região pericordial (coração);
“e) solar - na região hipogástrica (correspondendo ao fígado);
“f) esplénico - na região esplénica (correspondendo ao baço); e
“g) hipogástrico ou genésico - na região hipogástrica (correspondendo á bexiga)200.

199 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma. In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p.128.
200 ANDRÉA, Jorge. Psicossoma. In “Nos Alicerces do Inconsciente”, cap. 2, p.69.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:54 am

3.4 - Suas Funções
Um factor que nos faz ponderar acerca de uma necessidade, tão-só meridiana, de conhecermos o assunto é a parcimónia com que os Espíritos sérios têm tocado no tema;
enquanto alguns a eles se referem in passant, mencionando-os por terem sido accionados e não adiantando nada mais além, apenas com André Luiz registamos uma informação mais directa, mais aberta, mais explícita.
Isto posto, iremos ver as funções desses sete centros de força, com moderada reflexão, a fim de que a precipitação não nos projecte a emaranhados de dúvidas, nem nos fixemos no comodismo de desconhecer esses verdadeiros canais de assimilação e projecção do perispírito.
Afinal, concordemos ou não, para que tenhamos um aprofundamento dos conhecimentos que envolvem a fluidoterapia, faz-se indispensável consideremos, ainda que por hipótese apenas, os centros de força.

3.4.1 - Do Centro Coronário
Assim se refere o Espírito Clarêncio:
“(...) Nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.
Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência.
Considerando (...) os fenómenos do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos da simplicidade (...), dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos electromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica.
É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior, capazes de favorecer a sublimação da alma”201.
André Luiz, que registou as informações acima, diz mais em outra obra202, quando relaciona ditos centros de força com o perispírito, neste identificando “O centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro, que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que Ihe corresponde no abrigo planetário.
O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que Ihe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundárias de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las”.
E acrescentou:
“Temos particularmente no centro, coronário o ponto de interacção entre as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
“Dele parte, desse modo, a corrente de estímulos espirituais com acção difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e acções, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e Conduta”203.

201 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma, In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p.127.
202 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Centros vitais, p.26.
203 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, item Centro coronário, p. 27.
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3.4.2 - Do Centro Cerebral
Continuemos com a palavra de Clarêncio204:
“(...) Anotamos o “centro cerebral”, contíguo ao “centro coronário”, que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tacto e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber.
É no “centro cerebral” que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos”.
André Luiz novamente acrescenta mais algum detalhe205:
“Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma, e, consequentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a actividade das glândulas endócrinas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, actividade e mecanismo, desde os neurónios sensitivos até as células efectoras (...)”.
Pela exposição das funções desses dois primeiros centros de força, onde a espiritualidade já consigna ao primeiro o título de centro principal e, ao segundo, o de mais importante dos secundários, podemos, clara e linearmente, perceber a importância maior dos que estão acima sobre os que lhe são subsequentes, na disposição “geográfica” do corpo humano.
Isto é valioso ser registado, pois, estes dois centros de força têm excepcional importância não apenas na vida física, como na psíquica e na espiritual propriamente dita;
registe-se, portanto, o valor que é dado à sequência “alto para baixo”, “partes superiores a partes inferiores”, “cabeça aos pés”, etc.
Esta sequência, a nível de grau de importância, não é privativa dos Espíritos nem dos espíritas; ela é comum a todas as filosofias e escolas que estudam os chakras, apesar de várias delas, na hora da prática, esquecerem este “pequeno detalhe”.
Precisaremos dessa observação mais adiante.

204 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma, In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p.127.
205 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Centros vitais, p.26.

3.4.3 - Do Centro Laríngeo
Voltamos a palavra a Clarêncio206:
“Em seguida, temos o “centro laríngeo”, que preside aos fenómenos vocais, inclusive às actividades do timo, da tiróide e das paratiróides”, “(...) controlando notadamente a respiração e a fonação”207. André Luiz.

206 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma, In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p.127.
207 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Centros vitais, p.26.

3.4.4 - Do Centro Cardíaco
Continuemos, respectivamente, com Clarêncio208 e André Luiz209:
“Logo após, identificamos o “centro cardíaco”, que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral (...)”, “(...) dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base”.
Jorge Andréa, se referindo ao “disco cardíaco”, lembra ainda que ele “responderia pelas energias em todo o aparelho circulatório, dando orientação aos fenómenos da zona de “vitalização”210.
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208 XAVIER, Francisco Cândido. Conflitos da Alma, In “Entre a Terra e o Céu”, cap. 20, p.127.
209 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Centros vitais, p.26.
210 ANDRÉA, Jorge. Psicossoma. In “Nos Alicerces do Inconsciente”, cap. 2, p. 69.

3.4.5 - Do Centro Esplénico
Permita-nos o leitor continuemos com Clarêncio e André Luiz, na mesma sequência e obras como vimos fazendo:
“(...) Assinalamos o “centro esplénico”, que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos Servimos”, “(...) determinando todas as actividades em que se exprime o sistema hepático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo”.

3.4.6 - Do Centro Gástrico
E vamos prosseguindo com a mesma dupla acima, na mesma ordem:
“(...) Identificamos o “centro gástrico”, que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização”, e “pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização”.

3.4.7 - Do Centro Genésico
Concluamos com os mesmos Espíritos que nos orientaram nos seis centros anteriores, na mesma sequência:
“(...) Por fim, temos o “centro genésico”, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos”, por isso mesmo “(...)
Guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas”.

3.4.8 - Gerais
Já tivemos oportunidade de registar que o Espírito André Luiz também titulou os centros de força como “centros vitais”;
eis, então, sua visão mais generalizada dos mesmos:
“São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direcção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos, no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação”211.
Mas ele não parou por aí:
“(...) Os centros vitais (...) são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenómeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes na Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei do merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro”212.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:54 am

No prosseguimento, André Luiz nos fala desses centros no indivíduo que desencarna, os quais, como resultante no perispírito, sofrem variações, “segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam (...), apresentando transformações fundamentais (...) principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimónio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do Espírito”213.
Assim encontramos André Luiz, com sua visão espiritual, fazendo verdadeira precognição quanto ao futuro da Ciência Médica, quando do encontro desta com as realidades do perispírito e dos centros de força, não por extensão de um materialismo que se torna, a cada dia, mais filosófico e metafísico, mas pela evidência irrefutável do impalpável - com sói acontece às ondas de uma emissora de rádio - que se tornará captável, não apenas pelos sentidos psíquicos e mediúnicos, porém pela parafernália electrónica que se avizinha do nosso quotidiano comum, de forma irreversível, avassaladora.
Neste campo específico, a obra “Teoria dos Chakras” de Hiroshi Motoyama já apresenta, ao final, toda uma maquinaria electrónica por ele utilizada para medir campos e pontos energéticos do corpo humano e, segundo ele, astral também.
Dito autor, hoje, é ovacionado por muitos cientistas de várias partes do mundo pelo cunho muito sério que vem dando às suas pesquisas.

211 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, cap. 2, item Centros vitais e células, p. 28.
212 XAVIER, Francisco Cândido. Corpo espiritual. In “Evolução em Dois Mundos”, item Exteriorização dos centros vitais, p. 29.
213 FRANCO, Divaldo Pereira. Nefasta planificação desarticuladora. In “Loucura e Obsessão”, cap. 14, pp. 174 e 175.

3.4.9 - Exemplos de Passes nos Centros de Força
Até mesmo para não tornar a leitura cansativa, faremos apenas dois registos de exemplos, onde fica bem evidenciada a acção dos passes por interveniência dos centros de força;
ambos exemplos serão extraídos de uma mesma obra espírita, posto que as palavras de André Luiz e Clarêncio, já mencionadas, deixam claro que este assunto não é, necessariamente, doutrina estranha.
“O obsessor dominava-o, quase completamente, acoplando-se aos centros de forças com toda a pujança do desejo irrefreável.
“(...) A única medida apaziguadora e oportuna será um ligeiro sono.
“Acercou-se do leito (...) e aplicou-lhe energias relaxadoras, que, adicionadas ao desgaste emocional dos momentos vividos, passaram a um efeito quase imediato.
“Dirigidas aos centros cerebral e solar, acalmaram-lhe a mente e as emoções inferiores (...)”214
(Manoel Philomeno de Miranda) (grifos originais).
“(...) Conseguiu, também, através da aplicação correcta de bioenergia nos centros coronário e cerebral, diluir as ideoplastias (...)”215.
Uma outra fonte riquíssima de informações, mormente sobre os centros coronário e genésico, se encontra na obra “No Mundo Maior” de André Luiz, onde o aprofundamento das questões do cérebro e da mente são de uma riqueza indescritível.
Deixamos ao leitor a sugestão dessa infatigável e enriquecedora leitura.

214 FRANCO, Divaldo Pereira. Nefasta planificação desarticuladora. In “Loucura e Obsessão”, cap. 14, pp. 174 e 175.
215 FRANCO, Divaldo Pereira. As consultas. In “Loucura e Obsessão”, cap. 3, p. 35.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:55 am

3.5 - Desarmonia dos Centros de Força
Desde que podemos assimilar a acção dos centros de força até mesmo por força das acções orgânicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia, sua disfunção, repercutirá directamente nos veículos somático e perispiritual, pelo que importa tenhamo-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento.
Já observamos que nossa condução mental influi, directa e decisivamente, em nosso hálito fluídico, e este, por sua vez, impressiona nosso ''corpo e espiritual “;
se equilibrado e harmónico, transubstancia defeitos em “virtudes”, mazelas físicas em saúde pela substituição osmótica ou indirecta das moléculas desarmonizadas ou doentes por moléculas sãs; se em desequilíbrio, transmite deficiências, marcas e doenças, a maior ou menor prazo, com mais forte ou mais brando efeito, sob acção temporal ou com reflexos crónicos.
De maneira directa, nosso agir e nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centros de força que, para se restabelecerem, carecem do restabelecimento do seu portador.
E isso não se dá pelo simples accionar de uma chave chamada “activação dos centros de força” e sim pelo reequilíbrio do “campo” que gerou o “defeito”.
E, disso todos temos plena convicção, não será um simples passe que resolverá, nem mesmo uma oração balbuciada pelo reflexo condicionado apenas de se juntar palavras;
são os passes e a prece veículos intercessórios, medicamentos reparativos complementares, que, embora dos mais úteis e, diríamos, indispensáveis, não são a base real do reequilíbrio e da rearmonização dos centros de força, a qual se estriba na reforma moral, pelo “carregar a própria cruz”, sem blasfémias, sem alvoroços, sem temeridade.
Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida.
Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo.
Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria, como nos propôs Emmanuel na nota que abriu nosso capítulo.

3.6 - A Kundalini
Apenas para não deixar de mencionar, registamos este item, posto que vários autores fazem referência a tal tema, alguns chegando mesmo a sugerir o “despertar da kundalini” nas práticas Espíritas.
O nível de desinformação e desencontro que envolve o assunto, entretanto, é tão grave que não recomendamos esse “despertar”.
Para se ter uma ideia, enquanto alguns afirmam que a kundalini provém do “centro da Terra”, outros dizem que ela se assenta e se origina “no centro básico” do homem, enquanto outros garantem que ela é uma das energias vindas do sol.
Por outro lado, em existindo essa força, essa energia é excessivamente material, venha de onde vier, parta de onde partir, pois, pela maioria que a estuda e a propaga, é ela classificada como violenta, materializante, bruta, ígnea e profundamente ligada à parte mais triste da sexualidade. Isso, cremos, já bastaria para convirmos que não é de boa medida sua busca, seu desenvolvimento, muito menos utilizá-la para “accionar, rodar ou activar os centros de força”;
pelo menos como alguns vêm ensinando.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 02, 2018 9:55 am

Antes de tudo, temos uma visão Espírita, baseada no Evangelho de Jesus, que nos recomenda valorizemos nossa elevação pela reforma moral, pelo esforço em corrigir os próprios defeitos, pela prática do bem sem segundas intenções, além de buscarmos forças nos Planos Espirituais através da prece sentida e sincera, pois, nosso progresso se dá pela acção efectiva do amor, trabalho e renúncia e não por meros exercícios de concentração, meditação e reclusão.
Por isso, não julgamos seja uma atitude de bom senso o querer fazer com que essa força seja a substituta das energias espirituais mais elevadas no papel de rearmonização dos centros de força, nem mesmo das energias solares.
Eis por que não aceitamos como de boa medida o chamado “despertar da kundalini”, que vem a se confundir, em claro português, com um trânsito de energias densas e restringentes por nosso corpo, via maior adensamento do duplo etérico, activando, de baixo para cima, nossos centros de força.
Queremos activar chakras? Busquemos o Evangelho.
Queremos renovar energias? Cumpramos o Evangelho.
Queremos sublimar energias? Vivamos o Evangelho.
Tudo o mais nos virá por acréscimo da bondade de Deus!
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 03, 2018 10:59 am

CAPÍTULO V - QUEM É QUEM NO PASSE
“Nem todos os homens são sensíveis à acção magnética, e, entre os que o são, pode haver maior ou menor receptividade, o que depende de diversas condições, umas que dizem respeito ao magnetizador e outras ao próprio magnetizado, além de circunstâncias ocasionais oriundas de diversos factores”.
(Michaelus)216.
Antes que iniciemos o estudo do “quem é quem” propriamente dito, analisemos três factores de alta relevância para o entendimento e a consecução do passe.

216 MICHAELUS. In “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 58.

1. FÉ, MERECIMENTO E VONTADE

1.1 - A Fé
“O poder da fé se demonstra, de modo directo e especial. na acção magnética;
por seu intermédio, o homem actua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.
Daí decorre que aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenómenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural.
Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos:
“Se não o curastes, foi porque não tendes fé” (Allan Kardec)217. (Grifos nossos.)
Na verdade não há muito o que interpretar dessas palavras de Kardec;
apenas ressaltamos a ponte existente entre a fé e a acção fluídica por obra da “força da sua vontade”.
Desnecessário, portanto, dizer que a ausência da fé, por parte do passista, é a anulação prática de seu “poder” e, no paciente, é a falta do catalisador fundamental da cura.
É, como disse Anna, rainha da Roménia, quando prefaciou George Chapman:
“Serão salvos os que tiverem fé”218.
Na pena de Léon Denis, observamos uma notável síntese deste assunto:
“a fé vivaz, a vontade, a prece e a evocação dos poderes superiores amparam o operador e o sensitivo.
Quando ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo coração, a acção curativa é mais intensa”219 (grifamos).
Dispensável qualquer outro comentário.
Colocando-nos na posição daquele que não crê, ou não o quer, diríamos:
“até parece que ter fé é uma coisa simples, fácil, que se pode conseguir sem maiores esforços”;
mas, na realidade, não o é.
Considerando determinados padrões de relatividade, não podemos dizer que ter fé seja fácil ou difícil, mas, sem dúvida, é adquirível.
Afinal, conforme Kardec, “Entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim.
Ela é uma espécie de lucidez (...)”.
Entretanto, “Cumpre não confundir a fé com a presunção.
A verdadeira fé se conjuga à humildade”220, ao que reforça as palavras de Chico Xavier. ensinando-nos como consegui-la:
“A conquista da fé, a nosso ver, se faz menos penosa, quando resolvemos ser fiéis, por nós mesmos, às disciplinas decorrentes dos compromissos que assumimos”221.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 03, 2018 10:59 am

Fé, portanto, é acção.
É a confiança operando.
Ao contrário do que muitos imaginam, a fé não é a passividade acomodada nem a expectação contemplativa; ela nos solicita raciocínio, razão, paciência, trabalho e humildade.
Daí nos preocuparmos com os esclarecimentos que devem ser dados aos pacientes e aos Espíritas em geral, a fim de, compreendendo a maneira como se dão as curas, possamos usar a razão, que nos fará rejeitar os absurdos, com a paciência humilde do “Pai Nosso, (...) seja feita a vossa vontade” - e não necessariamente “a nossa” -, confiantes de que nossas dores de hoje, se bem suportadas, transformar-se-ão nas glórias de amanhã.
A fé, contudo, não é artigo apenas dos religiosos.
Saiunav, como outros magnetizadores de todos os tempos, lhe faz referência.
Eis um exemplo:
“Se o agente sabe como extrair de si o “biocampo”, o “biochoque” (...), duvidar da capacidade de projectar do seu interior esse algo, ele nada conseguirá.
“(...) É imprescindível a confiança inabalável em si próprio, nas próprias forças, na própria vontade, na própria capacidade.
De facto, só a fé é capaz de mover montanhas!”222 (Grifos originais.)
Enaltecendo a fé através do pensamento e da vontade firme na execução de uma acção, Michaelus reforça que “A vontade por si só não terá a virtude de tornar eficiente a acção magnética, se não for acompanhada de um outro elemento - a confiança”, lembrando, ainda, que “O elemento confiança há de surgir necessária e logicamente da nossa fé e do auxílio que sempre recebemos do Alto”223.
Até mesmo como um alento a quem esteja desesperado, por qualquer que seja o motivo, lembramos as palavras de José, Espírito Protector, quando, discorrendo sobre “A Fé: mãe da Esperança e da Caridade”, nos convida, esclarecendo:
“Crede e esperai sem desfalecimento:
os milagres são obras da fé”224.
Portanto, para quem recebe e para quem doa o passe, a fé há de ser o luzeiro que descortinará o horizonte promissor da cura: material, moral e espiritual.

217 KARDEC, Allan. A fé transporta montanhas. In “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. 19, item 5.
218 CHAPMAN, George. Prefacio. In “Encontros Extraordinários”, p. 1.
219 DENIS. Léon. A força psíquica. Os fluidos. O magnetismo. In “No Invisível”, 2ª Parte, cap. 15, p. 181.
220 KARDEC, Allan. A fé transporta montanhas. In “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. 19, itens 3 e 4.
221 XAVIER, Francisco Cândido e ARANTES. Hércio Marcos C. Questões da actualidade. In “Encontro no Tempo”, cap. 3, pergunta 28, p. 30.
222 SAIUNAV, V. L. In “O Fio de Ariadne”, p. 29.
223 MICHAELUS. In “Magnetismo Espiritual”, cap. 4, p. 34.
224 KARDEC, Allan. A fé transporta montanhas. In “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap 19, iten 11.

1.2 - O Merecimento
Para se entender o merecimento em maior profundidade faz-se necessário recorrer-se à teoria reencarnacionista.
Como esse tema, por si só, comporta muitos volumes e não é nosso objectivo precípuo aqui pormenorizá-lo, limitar-nos-emos a um raciocínio de Kardec, simples e por demais objectivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente, que sua possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples:
“(...) por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 03, 2018 10:59 am

Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida actual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. (...) não podendo Deus punir alguém pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra.
É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus”225. (Grifos originais; parênteses, síntese, do autor.)
Isto colocado, afiançamos que a questão do merecimento está directamente vinculada aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente.
Se na vida anterior sujeitamos nosso corpo a pesados e indevidos desgastes, não só o teremos comprometido como igualmente nosso perispírito terá assimilado as consequências de tais mazelas.
Em decorrência, nosso órgão perispiritual transferirá ao novo corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade dos delitos, se demorarão para normalizar, ensejando-nos o aprendizado da valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos problemas pulmonares devido ao fumo e queremos nos tratar, mas não abandonamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para a cura, tudo redundará em falhas ou ineficiência (recorde-se o caso anteriormente apresentado - item 1.2.3 deste - da assistência espiritual por apenas dez vezes).
Num outro exemplo, se queremos tratar algum problema, sobretudo se psíquico ou perispiritual (cármico), e não nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico, dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato.
Situações tais, vulgarmente chamadas de “ausência de merecimento”, são factores a se considerar no tratamento fluidoterápico.
Como a situação da falta de merecimento está vinculada directamente à nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade, pois, mesmo sendo quem somos, acreditamo-nos melhores do que na realidade o somos e, por isso mesmo, queremos “driblar” a Espiritualidade fazendo rápidas e curtas boas acções, com isso imaginando adquirir a “senha” do merecimento.
Mas, se é verdade que Deus não está “lá em cima com um caderninho” anotando tudo o que fazemos (os registos de nossos actos se dão em nossa própria consciência), é igualmente verdadeiro que vibramos e emitimos ondas psíquicas em nosso derredor de acordo com nossa realidade íntima e não com as aparências que procuramos apresentar.
Afinal, o merecimento está estabelecido em leis de justiça e amor, vinculado tanto ao presente quanto ao passado espiritual de cada um.
Como reforço, observemos algumas citações extraídas das obras de André Luiz onde vemos a importância do merecimento nos tratamentos:
“Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o beneficio espiritual com relativa eficiência”226 (Alexandre).
“Ao toque da energia emanente do passe, com a supervisão dos benfeitores desencarnados, o próprio enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de que dá testemunho, emite ondas mentais características, assimilando os recursos vitais que recebe (...)”227 (André Luiz).
“No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”.
Essa tensão decorre da fé. Certo não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas (...)”228 (Áulus).
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 03, 2018 11:00 am

A propósito dessa “tensão”, o grande apóstolo do magnetismo, H. Durville, ao seu “Tratado Experimental de Magnetismo”, nos coloca:
“No indivíduo são e bem equilibrado, pode-se admitir que a tensão magnética é normal.
Em todos os casos, se essa tensão é aumentada, produz-se um aumento da actividade orgânica;
se, ao contrário, é diminuída, a actividade orgânica diminui e, em ambos os casos, o equilíbrio funcional se rompe.
Não é sempre assim nos enfermos, porque é fácil compreender que, aumentando a tensão onde ela está diminuída e a diminuindo onde ela está muito considerável, levam-na pouco a pouco ao seu estado normal, e o conjunto das funções orgânicas retoma o equilíbrio que constitui a saúde, com a condição, todavia, de que os órgãos essenciais à vida não sejam muito profundamente alterados.
“Tal princípio constitui a base de toda a terapêutica do magnetismo”229 (grifos originais).
Como bem podemos notar, nos dois casos a “tensão magnética” é considerada como factor de doação e receptividade fluídica;
assim sendo, reconhecendo-se que a fé exerce um poder determinante em relação a tal tensão, não há que duvidar de sua necessidade nos tratamentos fluidoterápicos.
Num outro aspecto do merecimento, o médium Chico Xavier lembra, quando consultado sobre a possibilidade de alguém receber uma cura mesmo sem fé, que “(...) os Espíritos aconselham um Espírito de aceitação.
Primeiramente, em qualquer caso da doença que possa ocorrer em nós, em nosso mundo orgânico, o espírito de aceitação torna mais fácil para o médico deste mundo ou para os benfeitores espirituais do outro actuarem em nosso favor.
Agora, a nossa aflição ou a nossa inquietação apenas perturbam os médicos neste mundo ou no outro, dificultando a cura.
(...) Muitas vezes temos connosco determinados tipos de moléstias, que nós mesmos pedimos, antes da nossa reencarnação, para que nossos impulsos negativos ou destrutivos sejam treinados.
Muitas frustrações que sofremos neste mundo são pedidas por nós mesmos, para que não venhamos a cair em falhas mais graves do que aquelas em que já caímos em outras vidas”230 (grifamos).
Finalizando, lembramos que não existe tratamento impossível, mesmo porque esta palavra, bem como milagre, não consta do dicionário Divino.
Basta lembrar a máxima do Cristo de que “A fé transporta montanhas”231, o que nos dá a dimensão da fé e, consequentemente, do poder da Divindade.
Se alguns tratamentos não produzem os frutos que seriam almejados, é porque a lei de causa e efeito é uma lei de justiça;
ademais, com nossa cegueira espiritual, muitas vezes não queremos ver a acção além dos limites estreitos do imediatismo material, não nos acorrendo que, mesmo sem a recomposição orgânica, é comum, pela evangelização, alcançarmos verdadeiros prodígios no campo da paciência, da renúncia, da compreensão, da prudência, da harmonia interior e da renovação de ânimos que, por si sós, nos projectam a condição dos que, parafraseando Jesus232, “vêem pois que têm olhos para ver”.

225 KARDEC, Allan. In “Bem-aventurados os aflitos. In “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap.5, item 6.
226 XAVIER, Francisco Cândido. Passes. In “Missionários da Luz”, cap. 19, p. 168.
227 XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Mecanismo do passe. In “Mecanismos da Mediunidade”, cap. 22, p. 147.
228 XAVIER, Francisco Cândido. Serviço de passes. In “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 17, p. 168.
229 LHOMME, José. A gradação das faculdades curadoras. In “O Livro do Médium Curador”, cap. 4, item Princípio de base, p. 46.
230 SILVEIRA, Adelino da. Merecimento e aceitação. In “Chico, de Francisco”, 2ª Parte, pp. 86 e 87.
231 Mateus, XVII, v. 20.
232 Mateus, XIII, v.9.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 03, 2018 11:00 am

1.3 - A Vontade
Apesar da fé e do merecimento serem importantes factores (ditos subjectivos) em qualquer análise séria sobre as chamadas “curas espirituais” nem todos escritores e pesquisadores não Espíritas levam-nos em consideração.
Já no tocante à vontade, encontramos unanimidade sobre seus efeito e necessidade, em toda e qualquer Escola, ainda que algumas utilizem nomes diferentes para designar tão importante agente.
Iniciemos seu estudo com Kardec:
“Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenómenos do magnetismo.
Porém, como se há de explicar a acção material de tão subtil agente?
(...) A vontade é atributo essencial do Espírito (...).
Com o auxílio dessa alavanca, ele actua sobre a matéria elementar e, por uma acção consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas”.
E continua:
“Tanto quanto do Espírito errante, a vontade é igualmente atributo do Espírito encarnado;
daí o poder do magnetizador, poder que se sabe estar na razão directa da força de vontade.
Podendo o Espírito encarnado actuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites”233 (grifamos).
E, na palavra dos Espíritos que lhe responderam, já vimos que “Se magnetizas com o propósito de curar (...) e invocas um bom Espírito (...), ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias”234 (grifamos).
A clareza e a objectividade destas palavras são irreprocháveis.
Tratam desde a origem, a sede da vontade, até seu alcance, sua desenvoltura, ligando-lhe a intensidade aos sucessos magnéticos da cura.
A vontade, não podendo ser confundida como uma técnica em si, é a propulsora da acção fluidoterápica por excelência, tanto a nível de emissão fluídica como de recepção.
Complementariamente, os Espíritos ainda nos garantem que ela pode ser aumentada por suas influências e ajudas, indirectamente confirmando-nos que, de fato, somos por eles dirigidos235.
Prosseguindo, busquemos uma informação originária de uma obra antiga:
“Uma vontade decidida é o princípio indispensável de todas as operações magnéticas (...)”
(Autor anónimo hebreu)236.
Vejamos outras citações para exemplificar:
“(...) A força posta em actividade não irradia em todos os sentidos, mas se transmite na direcção que lhe assina a vontade” (Albert de Rochas)237.
“Emílie Coue, a maior metafísica da França, escreveu:
“(...) Nossas acções vêm de nossa vontade, e não de nossa imaginação”238.
“A vontade activa representa a decidida determinação de alcançar um objectivo definido.
Esta vontade e o magnetismo são inseparáveis” (V. Turnbull)239.
“(...) E mostraremos que não só a vontade existe realmente, como faculdade da alma, mas também que exerce seu poder, durante a vida, fora do corpo terrestre e, a fortiori, além do perispírito no espaço (...)
Ave sem Ninho
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