LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS II

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Deus me esqueceu?

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2017 9:29 am

Vamos a duas perguntas básicas para podermos prosseguir raciocinando sobre o assunto.
Você concorda que Deus é infinitamente melhor e mais misericordioso do que qualquer criatura?
Você concorda que Deus é infinitamente mais inteligente do que qualquer ser humano?

Se estivermos de acordo, então vamos prosseguir em direcção à resposta da pergunta título desse artigo.
Quando os pais estão mais próximos de um filho:
quando ele está doente ou quando está gozando de saúde perfeita?
Quando é que os pais estão mais próximos de um filho:
quando ele está em boa companhia ou quando se encontra envolvido com pessoas não recomendáveis?
Quando é que os pais estão mais próximos de um filho:
quando esse filho está indo bem em seus estudos ou quando está sob a ameaça de uma reprovação?
Quando os pais estão mais próximos de um filho:
quando ele está seguindo por um bom caminho ou comprometido pelos descaminhos da existência?
Creio que a sua resposta é óbvia e não preciso transcrevê-la para o papel.
Ora, se como pais extremamente imperfeitos como somos estamos mais próximos de um filho exactamente nos momentos em que o identificamos em dificuldades e perigos maiores, como temos a ousadia de julgar que Deus de nós se afaste no momento de nossos problemas mais inquietantes?
Novamente, deixemos que Emmanuel nos esclareça com a sua página Provação e Fé, do livro Amigo:
Tenhas talvez alcançado o apogeu de semelhantes tribulações.
Encontraste esse topo do sofrimento na enfermidade que provavelmente se demora contigo, flagelando-te a vida orgânica.
Criaturas queridas se desvincularam de ti, violentamente, arrojando-te à inquietação e ao desânimo.
Sofreste a perda de entes amados nas brumas da morte e trazes o coração encharcado de lágrimas.
Empenhaste as melhores forças na causa do bem de todos e situaram-te num cipoal de incompreensões e desafectos gratuitos que te prendem à dor.
É possível hajas atingido esses dias de conflitos e aflições, tumultuando-te o ser.
Seja qual seja a espécie de provação que te visita, não te rebeles, nem desanimes.
Ama e serve mais.
Por mais dolorosa a crise em que te vejas, permanece firme na coragem da fé, porquanto no momento em que a criatura se imagina esquecida do Céu, o ápice do sofrimento significa que o socorro de Deus se encontra a caminho.
Baseado em nossa atitude em relação aos nossos filhos aqui na Terra, outra não seria de se esperar da atitude de um Pai de perfeição como é Deus!
Por que, então, nos sentimos abandonados por Ele quando somos atingidos pelos problemas da existência?
Por um motivo muito simples de explicar e de entender se deixarmos o orgulho de lado.
Somos crianças no sentido espiritual de nossa evolução acostumadas a ter a nossa vontade satisfeita.
Sabe aquela criança que na loja de brinquedo sapateia, se joga no chão para que a mãe compre o brinquedo que deseja, não importando o alto preço?
Pois é. Procedemos com Deus da mesma maneira.
Apesar de semearmos os obstáculos que nos visitam no mecanismo do acerto de contas, queremos reencarnar para uma viagem de turismo hospedando-nos em um hotel de cinco estrelas!
Quando a dificuldade aparece, ao invés de entendermos que somos os responsáveis por elas porque temos o livre-arbítrio, julgamos mais fácil alegar que Deus nos esqueceu.
Que Deus nos abandonou.
Transferimos, ou pelo menos tentamos como gostamos de fazer, a culpa e a responsabilidade que é nossa para Ele.
E o que ganhamos com essa atitude?
Passamos a imagem de coitadinhos que não resolve problema algum, mas, muito pelo contrário, complica a nossa vida, porque abrimos a porta para a revolta e dificultamos o socorro do Pai que está sempre a caminho, como enfatiza Emmanuel linhas atrás.
Retornando à pergunta do título: Deus nos esqueceu?
A resposta é muito fácil:
não, nós é que nos esquecemos Dele ou de quem Ele seja.
Não fosse assim, jamais levantaríamos essa hipótese para Aquele a quem Jesus nos ensinou chamar de Pai e que na definição do Apóstolo João é a expressão máxima do Amor.
Permitam-me a mesma pergunta desse artigo, mas em sentido contrário:
e nós, temo-nos esquecido dos filhos de Deus que se hospedam em nossos lares para serem conduzidos de maneira segura por um mundo de provas e expiações, retornando para o Lar do Criador melhores do que foram em existências anteriores?

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty O Espiritismo sem os Espíritos (?!)

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2017 7:14 pm

Sem as comunicações dos Espíritos não haveria Espiritismo
Por mais paradoxal que seja, existem espíritas espiritófobos (permitam-nos o neologismo), e isso desde a primeira década da existência do Espiritismo.
Tais criaturas tentaram (como se fosse possível) obstar as comunicações mediúnicas, assim como os sacerdotes fizeram com o Cristianismo no século III de nossa era.
Era por demasiado incómoda a presença dos desencarnados face aos interesses subalternos dos encarnados desejosos de se locupletarem no poder.
Esses ecónomos infiéis de todos os tempos julgavam-se acima dos Espíritos.
Seu lema era: “não mais comunicações dos Espíritos”.
Inútil esforço da presunção farisaica!...
Mas o interessante é que muitos desses profitentes já haviam – anteriormente – exaltado a sublimidade dos ensinos espíritas e se glorificaram daquilo que eles mesmos recebiam como médiuns.
Aprendemos com Allan Kardec1:
“(...) as comunicações dos Espíritos fundaram o Espiritismo.
Repeli-las depois de tê-las aclamado é querer solapá-lo por sua base, tirar-lhe a pedra em que se assenta; tal não pode ser o pensamento dos Espíritas sérios e devotados, porque isto seria absolutamente como aquele que se dissesse cristão negando o valor dos ensinos do Cristo, sob o pretexto de que sua moral é idêntica à de Platão.
Foi nessas comunicações que os Espíritas encontraram a alegria, a consolação, a esperança; foi por elas que compreenderam a necessidade do bem, da resignação, da submissão à vontade de Deus; foi por elas que suportaram com coragem as vicissitudes da vida, por elas é que não há mais separação real entre eles e os objectos de suas mais ternas afeições.
Não é se equivocar sobre o coração humano, crendo que possa renunciar a uma crença que lhe faz a felicidade!
Repetimos aqui o que dissemos a propósito da prece:
se o Espiritismo deve ganhar em influência, é aumentando a soma das satisfações morais que ele proporciona.
Que aqueles que o achem insuficiente tal qual é, se esforcem em dar mais do que ele; mas não é em dando menos, tirando-lhe o que nele faz o encanto, a força e a popularidade que o suplantarão.
Mas em que se fundamenta essa Doutrina que dispensa as comunicações mediúnicas?
Ela se baseia sobre os dados seguintes:
os Espíritos que se comunicam não são senão Espíritos comuns que não aprenderam, até hoje, nenhuma verdade nova, e que provam a sua incapacidade não saindo das banalidades da moral.
O critério que se pretende estabelecer sobre a concordância de seus ensinos é ilusório, em consequência de sua insuficiência.
Cabe ao homem sondar os grandes mistérios da Natureza, e submeter o que dizem ao controle de sua própria razão.
Suas comunicações, não podendo nada nos ensinar, as proscrevemos de nossas reuniões.
Discutiremos entre nós; procuraremos e nos decidiremos, em nossa sabedoria, são princípios que devem ser aceites ou rejeitados, sem recorrer ao consentimento dos Espíritos.
Anotemos que não se trata de negar o facto das manifestações, mas de estabelecer a superioridade do julgamento do homem, ou de alguns homens, sobre o dos Espíritos; em uma palavra, de livrar o Espiritismo do ensino dos Espíritos.
(...) Essa doutrina conduz a uma singular consequência, que não daria uma alta ideia da superioridade da lógica do homem sobre a dos Espíritos.
Sabemos, graças a estes últimos, que aqueles de ordem mais elevada pertenceram à humanidade corpórea que desde muito tempo a ultrapassaram, como o general ultrapassou a classe do soldado da qual tinha saído.
Sem os Espíritos, estaríamos ainda na crença de que os anjos são criaturas privilegiadas, e os demónios criaturas predestinadas ao mal pela Eternidade.
‘Não’, dir-se-à, ‘porque houve homens que combateram essa ideia’.
Seja; mas quem eram esses homens, senão os Espíritos encarnados?
Qual influência a sua opinião isolada teve sobre a crença das massas?
Perguntai a qualquer um se ele conhece somente de nome a maioria desses grandes filósofos?
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Set 30, 2017 7:14 pm

Ao passo que os Espíritos, vindo sobre toda a superfície da Terra se manifestar, ao mais humilde como ao mais poderoso, a verdade se propagou com a rapidez do relâmpago.
(...) Quem fez o Espiritismo?
É uma concepção humana pessoal? Todo o mundo sabe o contrário.
O Espiritismo é resultado do ensino dos Espíritos; de tal sorte que, sem as comunicações dos Espíritos, não haveria Espiritismo.
Se a Doutrina Espírita fosse uma simples teoria filosófica eclodida no cérebro humano, não teria senão o valor de uma opinião pessoal; saída da universalidade do ensino dos Espíritos, ela tem o valor de uma obra colectiva, e foi por isto mesmo que em tão pouco tempo se propagou por toda a Terra, cada um recebendo por si mesmo, ou por suas relações íntimas, instruções idênticas e a prova da realidade das manifestações.
Pois bem! É em presença deste resultado patente, material, que se tenta erigir em sistema a inutilidade das comunicações dos Espíritos.
Convenhamos que se elas não tivessem a popularidade que adquiriram, não seriam atacadas, e que é a prodigiosa divulgação dessas ideias que suscita tantos adversários ao Espiritismo.
Aqueles que rejeitam hoje as comunicações não se parecem com essas crianças ingratas que renegam e desprezam seus pais?
Não é ingratidão para com os Espíritos, a quem devem o que sabem?
Não é se servir daquilo que deles aprenderam para combatê-los, retornar contra eles, contra seus próprios pais, as armas que nos deram?
Entre os Espíritos que se manifestam, não é do Espírito de um pai, de uma mãe, dos seres que nos são mais caros, que se recebem essas tocantes instruções que vão directamente ao coração?
Não é a eles que se deve o ter sido arrancado à incredulidade, às torturas da dúvida sobre o futuro, e é então que se goza do benefício, que se despreza a mão do benfeitor!
Que dizer daqueles que, tomando sua opinião pela de todo o mundo, afirmam seriamente que, agora, em nenhuma parte se quer comunicações?
Estranha ilusão que um olhar lançado ao redor deles bastaria para fazer desvanecer-se.
Tendo os Espíritos a liberdade de se comunicarem, sem relação com o grau de seu saber, disto resulta uma grande diversidade no valor das comunicações, como nos escritos, em um povo onde todo o mundo tem a liberdade de escrever, e onde certamente todas as produções literárias não são obras-primas.
Segundo as qualidades individuais dos Espíritos, há, pois, comunicações boas pelo fundo e pela forma, outras que são boas pelo fundo e más pela forma, outras, enfim, que não valem nada, nem pelo fundo nem pela forma; cabe a nós escolher. Não seria mais racional rejeitá-las todas porque são más, do que o seria de proscrever todas as publicações porque há escritores que dão baixezas.
Os melhores escritores, os maiores génios não têm partes fracas em suas obras?
Não se fazem colectâneas do que produziram de melhor?
Façamos o mesmo com respeito às produções dos Espíritos; aproveitemos o que há de bom e rejeitemos o que é mau; mas para arrancar o joio, não arranquemos o bom grão.
Consideramos, pois, o mundo dos Espíritos como o duplo do mundo corpóreo, como uma fracção da humanidade, e dizemos que não devemos mais desdenhar de ouvi-los, agora que estão desencarnados, que não o tivéssemos feito então quando estávamos encarnados; eles estão sempre em nosso meio, como outrora; somente estão atrás da cortina, em lugar de estar diante: eis toda a diferença”.
Finaliza Kardec2:
“(...) Se a crença nos Espíritos e nas suas manifestações representasse uma concepção singular, fosse produto de um sistema, poderia, com visos de razão, merecer a suspeita de ilusória.
Digam-nos, porém, por que com ela deparamos tão vivaz entre todos os povos, antigos e modernos, e nos livros santos de todas as religiões conhecidas?”.
Como diria o nosso querido Deolindo Amorim:
“não é possível separar o fenómeno, formando uma ciência espírita à parte, e criar uma filosofia espírita somente com a Doutrina.
Há uma conexão geral; não há, portanto, como separar em lotes estanques os seguimentos que compõem a Doutrina Espírita (Ciência, Filosofia e Religião) e muito menos alijar (como se fossem inconvenientes) as comunicações mediúnicas”.

[1] KARDEC, Allan. Revue Spirite. Abril de 1866. São Paulo: IDE, 1993, p. 106-111.
[2] - KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 71. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, 1ª parte, cap. II, item 7.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Apostilas da Vida (Parte 3)

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2017 11:13 am

Continuamos o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986.

Questões preliminares
A. No tocante ao relacionamento interpessoal, que nos propõe André Luiz?
Primeiro, que não sejamos indiferentes ao passo dos outros, mas busquemos relacionar-nos com as pessoas de todos os níveis sociais, erguendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
(Apostilas da Vida – Você e os outros.)

B. Quais, na visão de André, os antídotos do mal?
O silêncio e a prece.
Por exemplo: Se a maledicência visitar o nosso caminho, usemos o silêncio antes que a lama revolvida se transforme em tóxicos letais.
Se a antipatia gratuita surpreender as nossas manifestações de amor, usemos a prece, facilitando a obra da fraternidade, que o Mestre nos legou.
(Obra cit. – Profilaxia.)

C. No caminho da vida enfrentamos altos e baixos:
perseguição hoje, compreensão amanhã; hoje sarcasmo, amanhã respeito.
Em face disso, como proceder?

Eis a observação feita por André:
“entre a exigência de Hoje e a resposta de Amanhã, existe uma condição de ordem absoluta que é o trabalho do discípulo, dia por dia, segundo as leis justas do Senhor”.
Em outras palavras, cabe-nos apenas trabalhar e esperar, porque na vida tudo passa.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)

Texto para leitura

40. Você e os outros – Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre de falsas situações, à frente do mundo.
(Obra cit. – Você e os outros.)
41. A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos outros.
Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, erguendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
(Obra cit. – Você e os outros.)
42. Evite a circunspeção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia.
(Obra cit. – Você e os outros.)
43. Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem posta.
Não crie excepções na gentileza, para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.
(Obra cit. – Você e os outros.)
44. Não deixe meses, sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, como quem lhes ignora os sofrimentos.
(Obra cit. – Você e os outros.)
45. Não condiciones as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas e aos sapatos brilhantes, que possam mostrar.
Não se escravize a títulos convencionais nem amplie as exigências da sua posição em sociedade.
(Obra cit. – Você e os outros.)
46. Dê atenção a quem lhe peça, sem criar empecilhos.
Trave conhecimento com os vizinhos, sem solenidade e sem propósitos de superioridade.
Faça amizades desinteressadamente.
(Obra cit. – Você e os outros.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2017 11:13 am

47. Aceite o favor espontâneo e preste serviço, também sem pensar em remuneração.
(Obra cit. – Você e os outros.)
48. Saiba viver com todos, para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio.
Quem se encastela na própria personalidade é assim como o poço de água parada, que envenena a si mesmo.
(Obra cit. – Você e os outros.)
49. Seja comunicativo. Sorria à criança.
Cumprimente o velhinho.
Converse com o doente.
Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas e a felicidade, que você fizer para os outros, será luz da felicidade sempre maior, brilhando em seu caminho.
(Obra cit. – Você e os outros.)
50. Profilaxia – Se a maledicência visitar o seu caminho, use o silêncio antes que a lama revolvida se transforme em tóxicos letais.
(Obra cit. – Profilaxia.)
51. Se a cólera explode ao seu lado, use a prece, a fim de que o incêndio não se comunique às regiões menos abrigadas de sua alma.
(Obra cit. – Profilaxia.)
52. Se a incompreensão lhe atira pedradas, use o silêncio, em seu próprio favor, imobilizando os monstros mentais que a crueldade desencadeia nas almas frágeis e enfermiças.
(Obra cit. – Profilaxia.)
53. Se a antipatia gratuita surpreende as suas manifestações de amor, use a prece, facilitando a obra da fraternidade, que o Mestre nos legou.
(Obra cit. – Profilaxia.)
54. O silêncio e a prece são os antídotos do mal, amparando o Reino do Senhor, ainda nascente no mundo.
(Obra cit. – Profilaxia.)
55. Se você pretende a paz no sector de trabalho que Jesus lhe confiou, não se esqueça dessa profilaxia da alma, imprescindível à vitória sobre a treva e sobre nós mesmos.
(Obra cit. – Profilaxia.)
56. Na iniciação cristã – Hoje abismos – amanhã culminâncias.
Hoje treva – amanhã claridade.
Hoje aflição – amanhã lenitivo.
Hoje problemas – amanhã soluções.
Hoje fel – amanhã esquecimento.
Hoje limitação – amanhã superação.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)
57. Hoje tristeza – amanhã alegria.
Hoje dor – amanhã consolo.
Hoje exclusivismos – amanhã universalismo.
Hoje egoísmo – amanhã fraternidade.
Hoje concorrência – amanhã colaboração.
Hoje desilusão – amanhã experiência.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)
58. Hoje amparar-se – amanhã socorrer aos outros.
Hoje necessidade – amanhã suprimento.
Hoje renúncia – amanhã conquista.
Hoje aprendizado – amanhã realização.
Hoje conflito – amanhã tranquilidade.
Hoje dúvida – amanhã certeza.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2017 11:14 am

59. Hoje lágrimas – amanhã júbilos.
Hoje indecisão – amanhã firmeza.
Hoje espinhos – amanhã flores.
Hoje erguimento – amanhã ascensão.
Hoje sementeira – amanhã colheita.
Hoje obstáculos – amanhã lições.
Hoje sombras – amanhã luzes.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)
60. Hoje pedradas – amanhã exaltação.
Hoje desgosto – amanhã contentamento.
Hoje sarcasmo – amanhã respeito.
Hoje perseguição – amanhã compreensão.
Hoje cruz – amanhã vitória.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)
61. Todavia, entre a exigência de Hoje e a resposta de Amanhã, existe uma condição de ordem absoluta que é o trabalho do discípulo, dia por dia, segundo as leis justas do Senhor.
(Obra cit. – Na iniciação cristã.)

(Continua na próxima edição.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 01, 2017 8:03 pm

por Astolfo O. de Oliveira Filho

Recebemos do leitor Nilson Furtado dos Santos, em mensagem publicada nesta edição, a seguinte solicitação:
Gostaria de saber a opinião de vocês sobre a prescrição de Água Fluidificada e Passes para ANIMAIS e PLANTAS.
Se possível, informando a bibliografia existente sobre o assunto.
Já nos manifestamos favoravelmente à utilização dos recursos do passe e da água fluidificada em animais, como o leitor pode aferir consultando a edição 283 desta revista.
São escassos os livros em que o tema tem sido discutido, mas é importante destacar que três autores conceituados no meio espírita dão suporte à opinião defendida por esta revista.
Referimo-nos a André Luiz, Roque Jacintho e José Herculano Pires.
É de André Luiz, no cap. 33 de Conduta Espírita, obra mediúnica psicografada por Waldo Vieira, a seguinte proposta:
“No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu favor.
A luz do bem deve fulgir em todos os planos”.
Roque Jacintho diz-nos, no cap. 32 de seu livro Passe e Passista, que Espíritos unidos à obra da Natureza fornecem os recursos necessários a esse atendimento, em cuja preparação a prece, antes da ministração do passe, constitui providência indispensável.
José Herculano Pires, no cap. 11 de seu livro Mediunidade, tece importantes considerações sobre o tema, adiante reproduzidas:
“O Prof. Humberto Mariotti, filósofo espírita argentino já bastante conhecido no Brasil por suas obras e suas conferências, é um zoófilo apaixonado.
Em sua última viagem a São Paulo trocamos ideias e informações a respeito do que podemos chamar de Mediunidade Veterinária.
Não podemos elevar os animais à condição superior de médiuns, mas podemos conceder-lhes os benefícios da mediunidade.
Mariotti possuía, como possuímos, episódios tocantes de sua vivência pessoal nesse terreno.
A assistência mediúnica aos animais é possível e grandemente proveitosa.
O animal doente pode ser socorrido por passes e preces e até mesmo com os recursos da água fluidificada.
Os médiuns veterinários, médiuns que se especializassem no tratamento de animais, ajudariam a Humanidade a livrar-se das pesadas consequências de sua voracidade carnívora.”
Mais adiante, no mesmo capítulo, Herculano acrescenta:
“O reino animal é protegido e orientado por espíritos humanos que foram zoófilos na Terra, segundo numerosas informações mediúnicas.
O médium veterinário, como o médium humano, não transmite os seus fluidos no passe por sua própria conta, mas servindo de meio de transmissão aos espíritos protectores.
A situação mediúnica é assim muito diferente da situação magnética ou hipnótica.
Ao socorrer o animal doente, o médium dirige a sua prece aos planos superiores, suplicando a assistência dos espíritos protectores do reino animal e pondo-se à disposição destes.
Aplica o passe com o pensamento voltado para Deus ou para Jesus, o Criador e o responsável pela vida animal na Terra.
Flui a água da mesma maneira, confiante na assistência divina.
Não se trata de uma teoria ou técnica inventada por nós, mas naturalmente nascida do amor dos zoófilos e já contando com numerosas experiências no meio espírita.
Mariotti contou-nos tocante episódio de um gato que se afeiçoara a ele, ao qual socorreu várias vezes, e que na hora da morte foi procurá-lo em seu leito, lambendo-lhe o rosto como numa demonstração de gratidão ou pedido de ajuda, e expirando ao seu lado.
Tivemos experiência com uma cachorrinha pequinês desenganada pelo veterinário.
Com os passes recebidos durante a noite, amanheceu restabelecida.
O veterinário assustou-se com o seu estranho poder de recuperação.
Um veterinário amigo e espírita contou-nos os seus sucessos no socorro mediúnico aos animais, ressaltando o caso de parto de uma vaca de raça, em que ele já se considerava fracassado.
Recorreu à sua possível mediunidade veterinária e as dificuldades desapareceram.
Tudo é possível no plano do bem, da prática do amor.
A Mediunidade Veterinária pode socorrer espíritas zoófilos que se deixam levar pela ideia absurda da mediunidade animal, dando-lhes a oportunidade de socorrer os animais com os recursos espíritas”.

Além das explanações acima, é bom que o leitor saiba que a experiência já comprovou os benefícios da terapêutica espírita aplicada em animais, como os interessados podem verificar assistindo no YouTube a uma interessante reportagem que a revista IstoÉ Independente fez focalizando o trabalho realizado pela Asseama – Associação Espírita Amiga dos Animais, de São Paulo, SP.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty A dimensão da corrupção

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 02, 2017 10:07 am

A nação tenta assimilar, ainda estupefacta, a dimensão da corrupção que veio à tona com as delações da Operação Lava Jacto.
Como se viu, personagens de alta expressão do meio empresarial desvendaram por meio de delações os meandros do poder no Brasil.
As pessoas um pouco mais, digamos, rodadas, sempre desconfiaram que os interesses da classe política brasileira não estavam exactamente alinhados – e eu estou aqui sendo generoso – com os do país.
Decisões à socapa, encontros ocultos em locais obscuros e personagens sombrios sempre moldaram a actividade política dessa nação.
Portanto, era muito difícil não imaginar – por mais boa vontade que tenhamos – que algo profundamente nauseabundo não venha daí.
O estilo de vida meio nababesco de muitas excelências do mundo político não condiz com os ganhos legitimamente auferidos, chamando a atenção para algo no mínimo perturbador.
Mas o que se viu nas últimas décadas em termos de conduta nessa área foi horripilante.
Um grande historiador brasileiro contemporâneo costuma afirmar que não houve nada parecido na história da humanidade.
Seja como for, é algo para se lamentar profundamente.
Afinal de contas, o que emerge das revelações é um mar de lama que envolve muitos parlamentares, que, aliás, receberam o apoio da população para representá-las adequadamente.
As delações dos empresários e executivos são devastadoras para as biografias de ex-presidentes da república, senadores, deputados e servidores públicos, que, agora, vão ter de enfrentar o seu calvário redentor.
É extremamente triste imaginar que pessoas eleitas para cuidar e servir à nação tenham tido uma conduta tão escabrosa e lesiva.
No entanto, essa é a realidade com a qual nós brasileiros temos agora de conviver.
Em razão disso, lembrei-me do início dessa nação e dos degredados que para aqui vieram.
Se começamos com o pé esquerdo, há tempo para consertarmos os erros.
Graças a Deus também há aqui pessoas de bem e que, por força dos acontecimentos, terão oportunidade de ajudar na reconstrução moral das nossas instituições.
Enquanto os delinquentes caem irremediavelmente em razão dos seus crimes hediondos, outras pessoas bem-intencionadas e sequiosas por cooperar com o país encontram agora terreno mais fértil para se manifestar.
O que é mais auspicioso é a constatação de que não há mal que persista indefinidamente.
Chega um momento em que as forças do bem e do amor dão um basta aos desmandos e torpezas.
É verdade que vamos ter de conviver também com essa triste lembrança ligada à história do Brasil.
Esse facto é irremediável.
No entanto, não somos a única nação do planeta a ter de enfrentar os males da corrupção.
Outras democracias consolidadas também já passaram por algo semelhante em algum momento do passado.
O que nos torna uma nação singular é a constatação de que afastamos presidentes ineptos e moralmente comprometidos, sem sangue e perda de vidas.
Ou seja, temos a prova cabal de que Jesus e a espiritualidade zelam por nós.
É verdade que teremos um longo caminho à frente para higienizar as nossas instituições e colocar o país no caminho do desenvolvimento ético-moral novamente.
O choque que ora sentimos faz parte desse processo e também para nos lembrar, uma vez mais, a recomendação de Jesus:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”.
As facilidades do mundo são muito perigosas e contra elas temos de nos precatar.
Aos que aspiram a posições de comando e influência, todo cuidado é necessário para que os deslizes sejam evitados.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Espiritismo explicando

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 02, 2017 7:44 pm

Indagavas quanto ao Grande Porvir.
A Doutrina Espírita sossegou-te as ânsias, explicando que te encontras provisoriamente no mundo, a serviço do próprio burilamento, para a imortalidade vitoriosa.
Perguntavas sobre os amargos desajustes entre corpo e alma, quando a enfermidade ou a mutilação aparece.
A Doutrina Espírita asserenou-te a aflitiva contenda íntima, explicando que a individualidade eterna se utiliza, temporariamente, de um corpo imperfeito, como alguém que se vale de instrumento determinado para determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
Inquirias com respeito à finalidade dos problemas domésticos.
A Doutrina Espírita harmonizou-te o pensamento, explicando que o Lar é Instituto de regeneração e de amor, onde retomas a convivência dos amigos e desafectos das existências passadas, para a construção do futuro melhor.
Interrogavas em torno dos entes amados, além do túmulo.
A Doutrina Espírita dissipou-te as dúvidas, explicando que o sepulcro não é o fim, tanto quanto o berço não é o princípio, e que toda criatura, ao desenfaixar-se dos laços físicos, prossegue na marcha de aprimoramento e ascensão, do ponto evolutivo em que se achava na Terra.
Interpelavas o campo religioso, acerca da Justiça Divina.
A Doutrina Espírita suprimiu-te a inquietação, explicando que Deus não concede privilégios e que, em qualquer estância do Universo, a alma recebe, inelutavelmente, da vida o bem ou o mal que dá de si própria.
Torturavas a mente, qual se devesses respirar em cárcere de mistério, toda vez que cogitavas das questões transcendentes da Fé.
A Doutrina Espírita acalmou-te, explicando que ninguém pode violentar os outros, em matéria de crença, acentuando, porém, que toda fé, para nutrir-se de luz, deve ser raciocinada, em bases de lógica, porquanto, diante das Leis Divinas, cada consciência é responsável pelos próprios destinos.
É necessário valorizar a Doutrina que, generosamente, nos valoriza.
Sustentar-lhe a integridade e a pureza, perante Jesus que a chancela, é procurar o nosso aperfeiçoamento e trabalhar por nossa união.

Do livro Justiça Divina, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Sociedade… quero o divórcio

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 03, 2017 10:30 am

O caos é generalizado em nosso planeta, sendo demonstrado pelas guerras, a fome, as diferenças extremas sociais etc. etc. etc….
Karl Jung, pai da Psicologia Analítica, fala-nos do inconsciente colectivo, um inconsciente pertencente à humanidade, dando a imagem de que envolve o orbe terrestre.
A Física Quântica diz-nos que cada pensamento gera uma energia que se mantém na Terra influenciando as outras pessoas.
O Espiritismo, antes de Karl Jung e da existência da Física Quântica, mostrou-nos que os pensamentos e as acções são movimentos de criação energética que mantêm a construção de um “hálito” mental em torno de nosso planeta, formando uma cúpula energética característica dos seus habitantes, criando as condições necessárias à permanência dos Espíritos em um plano vibracional inferior, dificultando o crescimento moral de quem o habita e servindo de íman a quem desencarna sem se libertar das paixões terrenas.
Nós podemos verificar a realidade disto em menor grau, em certas ocasiões, tais como:
- Quando chegamos a ambientes tristes, tais como funerais, automaticamente somos envolvidos por aquela energia e sentimos a tristeza existente naquele espaço.
- Quando as pessoas se zangam, transmitem umas às outras essa emoção como se fosse uma epidemia transmissível por ar.
- Quando entramos em hospitais por vezes sentimo-nos mal pelo envolvimento da energia do sofrimento que ali existe.
- A paz que se sente em certos locais, tal como Centros Espíritas, em que as pessoas são envolvidas pelo ambiente energético, se beneficiando deste.
Em cada espaço em que nós estamos, em cada ambiente que passamos, trazemos connosco a impressão da atmosfera energética existente nele, florescendo as nossas sensações, dando azo à transformação das nossas emoções, fazendo-nos parecer bipolares com constantes alterações do nosso sistema emocional, nervoso e estado mental.
O Mestre da Vida, Jesus Cristo, aconselha-nos a ser puros de coração.
Se a humanidade é a causa dos problemas, estes se dão pelos nossos defeitos.
O problema acontece na acção que tem como raiz o pensamento da individualização, através do orgulho, egoísmo, raiva, ira, e todos os outros defeitos que tão bem conhecemos.
Todas estas acções desvirtuam a essência que existe em nós, que nos aproxima de Deus, criando a sujidade mental que deturpa a pureza do coração.
Poderemos nós, viver com os princípios da sociedade e manter a pureza em nosso coração?
Todos nós vivemos sob a influência deste “hálito” mental em torno da Terra, alimentamo-lo pela aceitação que nos incentiva a manter uma personalidade idêntica à da restante sociedade; com toda agressividade que o mundo vive, damos-lhe força pelos actos egocêntricos que buscam uma auto-satisfação, e criamos a utopia de uma sociedade como um conjunto de tantas individualizações quanto o número de pessoas que a ela pertencem, cada um a puxar para si mesmo.
Como individualidade não consigo ver a importância do todo, limito-me a criar as ilusões da minha importância à frente dos outros.
Como os actos do Ego são a favor dele mesmo, e os actos em direcção aos outros são os do amor, tal como a compaixão e todas as outras virtudes que conhecemos; ao manter a importância da individualidade, conforme toda a sociedade vive, limitamo-nos aos actos que nos prendem na moralidade inferior em busca de proveito próprio, não percebendo que o caminho da felicidade é o contrário.
O divórcio é sermos rebeldes a este movimento, não permitirmos que sejamos influenciados pelo mar das energias existentes em nosso planeta, mantendo acesa a luz natural que é ofuscada pelas alterações negativas das emoções, sendo firmes no princípio do amor natural que existe em nós, num estado de “letargia” de pensamento, onde se dá a ligação à pureza de coração.
Muito admiramos aqueles que passaram na Terra e, não se deixando influenciar pelos estímulos e apegos terrenos, foram firmes no trabalho, pelo crescimento generalizado, com doçura em seus corações e harmonia em suas mentes, vivendo em constante “divórcio’’ da forma de ser humanizada existente em nosso planeta…

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Sexo e Obsessão (Parte 41)

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 03, 2017 7:51 pm

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares

A. Na entrevista com padre Mauro, o Bispo chegou a fazer considerações acerca da reencarnação?
Sim. Disse ele que não poucas vezes, nos seus devaneios espirituais, perguntara a si mesmo se uma existência única seria suficiente para alcançar-se a meta, para adquirir-se a sabedoria, para conquistar a plenitude.
Eis palavras ditas por ele ao padre Mauro:
“Como poderia Deus exigir de pessoas diferentes, portadoras de valores diversos, resultados idênticos?
Como entender a salvação dos réprobos morais, que já nasceram assinalados pelas deformidades do carácter, ou vitimados pelas heranças genéticas degradantes irreversíveis?”
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

B. Os chamados Pais da Igreja, como Orígenes, Tertuliano, Ambrósio e Santo Agostinho, admitiam a realidade da reencarnação?
Segundo o Sr. Bispo, sim. Eis o que este disse ao padre Mauro:
“Alguns pensadores da Igreja cristã primitiva, tais Orígenes, Tertuliano, Santo Agostinho, Ambrósio, para citar apenas alguns, acreditavam na transmigração das almas em diversos corpos, por cujo meio adquiriam sabedoria, depuravam-se e cresciam para Deus.
Os seus erros, por mais hediondos, sempre podiam ser reparados na Terra mesmo, onde haviam sido cometidos.
Todos os crimes e práticas comprometedoras eram reparáveis, o que explicaria as aberrações físicas e morais que caracterizam muitos seres, aprendendo na dor a valorizarem o amor, aprisionadas no cárcere carnal, caso não hajam sido alcançadas pela justiça que as não corrigiu nem edificou.
Dessa forma, Deus concederia iguais oportunidades a todos os filhos, facultando-lhes o crescimento interior a esforço pessoal, sem que alguns sejam agraciados em detrimento de outros que teriam que lutar para alcançarem os mesmos recursos e fruírem os mesmos direitos”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

C. Na entrevista com padre Mauro, o Bispo lhe fez uma revelação surpreendente.
Que revelação foi essa?

Ele disse a Mauro que seu caso não era um fato isolado na Igreja, referindo-se, assim, à pedofilia.
Eis suas palavras:
“Outros sacerdotes também, na sua condição de criaturas humanas falíveis, têm sido vítimas de situações psicológicas e mentais semelhantes ou com algumas variantes, o que tem preocupado as nossas autoridades, que vêm recorrendo ao auxílio da Medicina, para socorrer aqueles que são vítimas desses transtornos e de outros problemas na área do comportamento e da emoção.
O assunto é sempre tratado com o máximo de discrição, a fim de evitar-se ampliar as proporções da ocorrência, que não trariam qualquer benefício a quem quer que seja, ao mesmo tempo buscando recuperar aquele que se haja comprometido ou tombado nas armadilhas da insensatez”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

Texto para leitura

203. Mauro fala sobre o lar para crianças – A pedido do Bispo, padre Mauro deu curso à narração das suas experiências fora do corpo físico:
“Na noite anterior, acompanhando as ocorrências que não me estão muito claras na mente, mas que retornam agora, como que sob uma acção mágica em um caleidoscópio vivo da memória, fui convidado à renovação e foram desenhadas possibilidades para o meu reencontro e equilíbrio, devendo dedicar-me a Jesus e à Sua mensagem, especialmente reabilitando-me mediante a edificação de um lar para crianças profundamente marcadas, infelizes, inspiradoras de constrangimento e de compaixão, em cujo convívio poderei superar as minhas más tendências e tornar-me um verdadeiro servidor do Evangelho...
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 03, 2017 7:51 pm

A princípio, fui tomado de espanto e medo, pensando nos riscos de estar ao lado das tentações mais graves e com imensas possibilidades de repetir os crimes de que me desejo libertar.
No entanto, nobre ser espiritual me elucidou que a ternura e a misericórdia ante as deformidades que as caracterizarão, ser-me-iam o bastão de apoio e o medicamento salutar para manter-me em saudável equilíbrio, enquanto a caridade seria uma luz na noite da minha solidão.
Confesso que estou animado com a possibilidade e espero poder recuperar-me de todo o mal que pratiquei, através de todo o bem que poderei fazer...”
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

204. As dúvidas do Bispo sobre a reencarnação – Interrompendo-o, o Bispo observou:
“Alegro-me sobremaneira com essas informações, porque o Senhor da Vida espera que as ovelhas que se tresmalham retornem ao redil, não ficando no abismo ao qual se arrojam.
Recordemo-nos da parábola do Filho pródigo e, consequentemente, da imensa alegria que invadiu o pai quando o jovem tresvariado e infeliz retornou ao lar, preferindo mesmo enfrentar qualquer reacção do progenitor, caso a houvesse negativa, a continuar entre os porcos conforme estava.
Há sempre esperança no Bem, quando há honestidade no arrependimento e interesse no recomeço.
Todos erramos, face à nossa estrutura de humanidade, às imperfeições que nos caracterizam, tendo porém o dever de nos reabilitarmos, trilhando a mesma estrada no sentido inverso, reconstruindo, passo a passo, tudo aquilo quanto danificamos ou malbaratamos.
Somos contínuos aprendizes da vida em processo de crescimento para Deus.
Não poucas vezes, nos meus devaneios espirituais interrogo-me se uma existência única é suficiente para alcançar-se a meta, para adquirir-se a sabedoria, para a conquista da plenitude.
Diante do Infinito, a nossa relatividade de tempo expõe-nos a situações muito perturbadoras, que nos impossibilitam alcançar os patamares superiores do êxito, especialmente quando defrontamos limites de vária ordem.
Como poderia Deus exigir de pessoas diferentes, portadoras de valores diversos, resultados idênticos?
Como entender a salvação dos réprobos morais, que já nasceram assinalados pelas deformidades do carácter, ou vitimados pelas heranças genéticas degradantes irreversíveis?”
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

205. Os Pais da Igreja em face da reencarnação – Segundo Manoel Philomeno, o irmão Anacleto havia colocado a destra sobre a fronte do Bispo, infundindo-lhe coragem e lucidez de raciocínio, de forma que, naquele momento, suas anteriores reflexões encontrassem maior campo de discernimento e de claridade, a fim de assegurar-se da exactidão dos seus raciocínios.
Quase iluminado pelo contacto com o nobre Benfeitor, o eclesiástico não pôde sopitar o entusiasmo, prosseguindo:
“Alguns pensadores da Igreja cristã primitiva, tais Orígenes, Tertuliano, Santo Agostinho, Ambrósio, para citar apenas alguns, acreditavam na transmigração das almas em diversos corpos, por cujo meio adquiriam sabedoria, depuravam-se e cresciam para Deus.
Os seus erros, por mais hediondos, sempre podiam ser reparados na Terra mesmo, onde haviam sido cometidos.
Todos os crimes e práticas comprometedoras eram reparáveis, o que explicaria as aberrações físicas e morais que caracterizam muitos seres, aprendendo na dor a valorizarem o amor, aprisionadas no cárcere carnal, caso não hajam sido alcançadas pela justiça que as não corrigiu nem edificou.
Dessa forma, Deus concederia iguais oportunidades a todos os filhos, facultando-lhes o crescimento interior a esforço pessoal, sem que alguns sejam agraciados em detrimento de outros que teriam que lutar para alcançarem os mesmos recursos e fruírem os mesmos direitos.
Sem contestar o estabelecido pela Igreja, a mim me parece muito mais compatível com a justiça de Deus a doutrina da transmigração das almas por muitos corpos, do que a vida única, com imediatas consequências de felicidade total ou punição eternas.
Sei que isso pode incidir em blasfémia, porque o II Concílio de Constantinopla, reunido no ano de 552, condenou as doutrinas de Orígenes, objectivando, essencialmente, negar a reencarnação”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 03, 2017 7:52 pm

206. Mauro e o encontro da noite anterior – Depois de um silêncio, que se fez natural, o Sr. Bispo acrescentou:
“Desculpe-me o entusiasmo e a interrupção da sua interessantíssima narrativa, que me faz recuar a experiências semelhantes que vivenciei no passado.
Gostaria de continuar ouvindo-o a respeito das suas, digamos, viagens astrais, conforme são denominadas pelo Esoterismo e outras doutrinas ocultistas...”
Mauro, que se encontrava visivelmente reconfortado, ainda mais com as informações do seu pastor que confirmavam alguns dos acontecimentos que vivenciara quando em desdobramento da personalidade ou espiritual, sentiu-se encorajado a informar:
“No já referido encontro da noite passada, ficou estabelecido que alguns daqueles seres por quem eu sentia emoções desencontradas, deveriam voltar ao corpo, a fim de viverem comigo, em razão de vinculações profundas que nos unem.
Não sabendo aquilatar o de que se trata, não obstante, senti-me muito feliz e despertei com novas disposições para o futuro, contando com o apoio e o perdão de Vossa Eminência”.
Os dois sorriram, como se um conciliábulo de significado superior estivesse sendo firmado naquele momento.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

207. O Bispo diz ao padre que seu caso não era único – O prelado comentou:
“Também eu acredito, sinceramente, na interferência de seres demoníacos e de anjos nos actos de nossas existências.
Eles sempre nos assessoram, conforme a conduta que nos permitimos.
No caso em tela, essas forças do Mal, tiranizantes e perversas, tentam todas as almas que pretendem viver os preceitos do Evangelho, utilizando-se das debilidades do carácter de cada uma, para as desencaminhar, levando-as aos dédalos infernais...
Todavia, reconhecemos que o mau hábito cria condicionamentos, e que esses devem ser tratados conforme a valiosa contribuição das ciências contemporâneas.
Como você há de compreender, o seu não é um caso isolado em nossa Igreja.
Outros sacerdotes também, na sua condição de criaturas humanas falíveis, têm sido vítimas de situações psicológicas e mentais semelhantes ou com algumas variantes, o que tem preocupado as nossas autoridades, que vêm recorrendo ao auxílio da Medicina, para socorrer aqueles que são vítimas desses transtornos e de outros problemas na área do comportamento e da emoção.
O assunto é sempre tratado com o máximo de discrição, a fim de evitar-se ampliar as proporções da ocorrência, que não trariam qualquer benefício a quem quer que seja, ao mesmo tempo buscando recuperar aquele que se haja comprometido ou tombado nas armadilhas da insensatez.
Em tudo, a Igreja deve intervir com sabedoria e cuidado, amparando o equivocado e socorrendo sua vítima, mantendo o programa da paz e da felicidade possível entre todos.
Dessa maneira, entrei em contacto com uma clínica psiquiátrica, que já tem recebido outros sacerdotes, a fim de que o seu caso seja estudado e você receba a orientação psicológica correspondente, recuperando-se o mais rapidamente possível, para prosseguir nos compromissos que lhe dizem respeito”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

208. As providências tomadas pelo Bispo – Padre Mauro encontrava-se realmente comovido.
Aquela entrevista, que deveria decidir um destino em tormento, evitando graves problemas para outras vidas, ensejara-lhe, também, reflexões em torno das quais jamais se atrevera apresentar a alguém, parecendo-lhe agora tão reais e ricas de conteúdo, que lhe facultava melhor entendimento das Leis da Vida em torno dos seres humanos, amenizando aflições que o vitimavam de quando em quando, ao pensar no destino e na condenação perpétua das almas.
Ato contínuo, concluindo a entrevista, o Sr. Bispo informou:
“Já tomei todas as providências possíveis para o seu internamento, que correrá por conta do sector competente da nossa Igreja.
A partir de hoje, o meu querido filho espiritual poderá transferir-se para o seu novo domicílio.
Enquanto isso ocorre, irei estudar uma paróquia para onde transferi-lo após receber alta, na qual, entre pessoas humildes e necessitadas, você possa reerguer-se para Jesus...
E se tudo transcorrer conforme esperamos e desejamos, estou disposto a contribuir em favor do seu Lar de crianças, mesmo que seja numa área fora da minha administração clerical.
Manter-nos-emos em contacto epistolar e terei imensa felicidade em abraçá-lo proximamente aqui mesmo, quando o encaminharei a novos labores, procurando deixar no passado as suas lições, que servirão de alicerce para as construções do Bem no futuro.
Que Deus o abençoe, meu filho, e que nunca mais se aparte da senda da caridade”.
(Sexo e Obsessão, capítulo 21: Recomeço feliz.)

(Continua no próximo número.)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty ESQUECIMENTO DAS VIDAS PASSADAS

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2017 9:38 am

E A MARAVILHOSA LEI DA REENCARNAÇÃO.

Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico, importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete.
Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o carácter acidental, não obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna.
É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto quanto, nas aplicações da força eléctrica, é preciso atender ao problema de carga e condução.
Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.
Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande actividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal.
Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.
Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às consequências dos fenómenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direcção de novas conquistas.
Como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.
E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o património das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.
Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua.
A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a Bênção de Deus, para a luz da imortalidade.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Reflectir e serenar

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2017 8:13 pm

Não são doze as horas do dia?
Se alguém caminha durante o dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo:
mas, se alguém caminha à noite, tropeça, porque a luz não está nele.

– Jesus (João, 11:9 a 11).
Simbólicas e elucidativas as palavras de Jesus.
Necessária a iluminação interior para manter a paz.
Estamos numa época em que quase todas as religiões estão caminhando com a ideia disseminada aos seus seguidores, de reforma moral, de crescimento interno, de se tornar alguém melhor.
Aqueles que já estão nesse caminho, compreendem que a paz é interior e que o exterior não deve ter poder para desequilibrar o ser.
Para se alcançar a paz é necessária a fé no futuro, certeza da imortalidade da alma.
Os postulados espíritas, de crença em Deus, certeza da imortalidade, da comunicação dos Espíritos com o mundo corporal, da reencarnação e das muitas moradas na casa do Pai, são um trajecto de esperanças para o Espírito encarnado, mas não bastam.
Há pessoas no mundo que não têm esses ensinos e estão em paz.
Aprofundaram-se no auto-descobrimento, corrigiram seus defeitos e aprimoraram qualidades.
Se cristãs, vivem a realidade do Cristianismo na alma.
A grande resposta é a caridade.
Caridade para com todos.
Caridade na conduta, caridade sempre, agindo com amor.
O lema grandioso de “Fora da Caridade não há Salvação” está inserido no Espiritismo e, aliado ao conhecimento dos postulados e à reforma moral, dão a grande força para a paz.
O remédio é ser cristão verdadeiro.
Ter o Evangelho na alma e amor a Jesus é um passo muito importante.
Pessoas há, cedendo ao desespero, mesmo nas fileiras do Espiritismo.
Grassa uma ideia na actualidade de que nascemos para ser felizes.
Não é bem assim.
O espírita sabe que a finalidade da encarnação é para seu crescimento espiritual.
Na questão 167 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec pergunta isso e os Espíritos respondem: expiação, melhoramento progressivo da humanidade.
Sem isso, onde estaria a justiça?
Kardec comenta na questão 171 que todos os Espíritos tendem à perfeição, e Deus lhes proporciona os meios de consegui-la com as provas da vida corpórea.
Mas, em sua justiça, permite-lhes realizar, em novas existências, aquilo que não puderam fazer ou acabar numa primeira prova.
Alcançar a felicidade é mérito.
O Espírito que ama e serve ao seu semelhante é feliz.
Não nascemos para ser felizes, mas para atingir um dia a felicidade, através de nossos esforços e conquista.
O Espírito, quando se afasta do bem e se aproxima do egoísmo, sofre, pois está ínsita no ser a necessidade de amar.
Quem ama é feliz.
Existe aqui uma diferença.
O ser encarnado na Terra sofre, e essa ideia de que tem que ser feliz a qualquer custo aumenta o seu sofrimento.
Preciso é compreender que podemos ter paciência com as aflições e passá-las com coragem.
Lembramos um Espírito Amigo, em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo IX, A Paciência.
Maravilhoso esse texto, deveríamos relê-lo sempre:
a dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos.
Não vos aflijais, pois, quando sofrerdes, mas bendizei, ao contrário, o Deus todo poderoso que vos marcou pela dor nesse mundo para a glória no céu.
Sede pacientes: a paciência é também uma caridade e deveis praticar a lei da caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.
O leitor pode ler sempre essa página no Evangelho. Por que a mencionamos?
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 04, 2017 8:14 pm

Porque as dores estão avolumadas e as pessoas precisam suportá-las.
Há aqueles que têm coragem e lutam com todas as suas forças para permanecerem na vida e há aqueles que querem se ausentar da vida, sucumbindo às provações e agindo contra si mesmos.
É importante ensinar coragem às crianças e a passar por situações difíceis com serenidade.
A super-protecção, a ideia de que se tem que ser feliz a qualquer preço está gerando muito prejuízo.
É preciso ensinar que a felicidade é o amor em anção, que ninguém passa nesse mundo sem experimentar sofrimento, mas é possível passar por ele sem desespero.
Temos ouvido muito sobre suicídios, eles estão aumentando.
Isso é desistir, achar que terminará o sofrimento saindo da vida, quando ao contrário, ele aumenta.
Em reunião mediúnica, sempre são trazidos Espíritos que não suportaram.
Há poucos dias trouxeram um grupo de dez jovens em total desespero, porque se deixaram vencer e desistiram da vida.
Sofrem muito mais. Para eles a nova existência será muito difícil.
Invigilância e pouca fé.
A fé no futuro, na imortalidade da alma e as boas acções poderiam ter evitado isso.
Precisamos reflectir.
Asserenar a emoção com o conhecimento edificante.
Não é em vão que o Espírito de Verdade orienta: espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.
Eduquemo-nos com amor e exemplifiquemos sempre.
Eduquemos nossos jovens, na certeza de que nascemos para progredir e que o amor é o caminho para a felicidade.
Por certo haveremos de ver mais jovens felizes por estarem agindo no bem, e não desesperados, desistindo da vida porque ela não atende seus desejos.
Reflictamos mais e nos acalmemos.
Tenhamos connosco a fé verdadeira, na certeza de que para o Espírito imortal, dias melhores virão.
Tenhamos fé.
Choremos sim, nas horas de sofrimento, mas reergamos o pensamento na esperança e tenhamos muita coragem e muita fé.
Chorar é importante, alivia.
Reerguer-se, no entanto, após o alívio e continuar firme é imprescindível.
Permanecer com o Cristo e continuar intimorato, vivendo e aprendendo a amar.
Um dia, o sofrimento desaparecerá da Terra, quando o egoísmo desaparecer e o amor vencer.

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Uma vida nos foi dada, porém nós mesmos é que nos salvamos

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2017 9:45 am

Vamos aos assuntos dos comentá-rios sobre esta coluna no Portal de O TEMPO (www.otempo.com.br).
Aliás, inspiro-me muito nesse espaço dos comentários para fazer as minhas matérias, espaço esse que já foi dito que é o maior fórum de religiões em jornais da América Latina.
Kardec disse que não há ressurreição, mas reencarnação.
É que, no tempo dele, rigorosamente, entendia-se por ressurreição a do espírito junto com o corpo, isto é, a do dogma da ressurreição da carne.
E como Kardec não aceitava essa ressurreição, ele completou dizendo que o que existe é a reencarnação.
Mas pela Bíblia, a ressurreição é do espírito com seu corpo espiritual ou perispírito (1 Coríntios 15: 44), sem, pois, o corpo físico.
Ressurreição essa que é no ‘mundo espiritual’ como a que aconteceu com Jesus quando disse:
“Pai, em vossas mãos entrego meu espírito”.
Porém, há também a ressurreição do espírito na carne, num corpo novo que nasce e não no mesmo corpo da vida anterior, ressurreição essa que nós poderíamos até denominar de ‘ressurreição-reencarnação’.
E essa ‘ressurreição-reencarnação’ do espírito num corpo novo é exactamente o que se entende por reencarnação, tanto na Bíblia como no entendimento de Kardec e de todo o mundo.
Há divergências na Bíblia.
Para o maior biblista actual do mundo e membro do Seminário de Jesus, o americano Bart D. Ehrman, autor de “O Que Jesus Disse?
O Que Jesus não Disse?
– Quem Mudou a Bíblia e Por Quê”, a Bíblia tem cerca de quatrocentas mil alterações.
Tudo isso aconteceu para adaptá-la às doutrinas, às vezes absurdas, surgidas entre os teólogos no decorrer dos séculos, o que é a causa da grande divisão existente entre os cristãos.
E ainda há pessoas que pensam que até uma vírgula na Bíblia foi ditada por Deus, dizendo que ela é literalmente a palavra de Deus, o que é um dos grandes erros do judaísmo e do cristianismo.
A Igreja ensina hoje que a Bíblia é a palavra de Deus, mas escrita por homens, os quais nunca são infalíveis!
Quando se diz que quem tem ‘fé’ em Jesus Cristo está salvo, a tradução das palavras grega “pistis” e latina “fides” por ‘fé’, em português melhor seria traduzir por ‘fidelidade’, ou seja, fidelidade a Deus e a Jesus, pois ‘fé no sentido de crença’ em Deus e em Jesus, até os Espíritos maus a têm!
Deixando, pois, bem clara essa passagem bíblica, melhor a diríamos assim:
Quem tem fidelidade a Jesus e a Deus-Pai salva-se.
Uma das grandes polémicas entre os cristãos envolve o ensino de Jesus segundo o qual nós mesmos é que conseguimos a nossa salvação pelas boas obras praticadas por nós:
“A cada um será dado de acordo com suas obras” (Mateus 16: 27), enquanto que para são Paulo vale a doutrina de que a salvação é de graça, doutrina essa muito comodista e que foi muito exaltada por Santo Agostinho e Lutero, e que chamaríamos de “doutrina da preguiça”, e que é muito difundida, hoje, entre alguns meios evangélicos.
Embora admiremos e respeitemos muito o apóstolo dos gentios, preferimos seguir o ensino ou o evangelho do excelso Mestre, pois ele é tão importante que Jesus até deu sua vida a nós, ao decidir vir ao mundo trazê-lo para todos.
É que somente com a vivência desse ensino evangélico é que nós vamos fazer a parte que nos toca fazer, a fim de que seja acelerada a nossa evolução espiritual e a consequente conquista da Salvação!

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Os Transtornos Psicológicos à Luz do Espiritismo

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 05, 2017 7:43 pm

A vida é percebida por cada pessoa de uma maneira diferente, mas quando os pensamentos e sentimentos são tomados por perturbações, afectando o comportamento, trazendo sofrimento e prejuízos no campo familiar, social, afectivo e profissional, passa a se tornar um problema para aqueles vivenciam e, muitas vezes também, para os que o rodeiam.
Embora as causas sejam variadas, no mundo são milhões de pessoas que sofrem algum tipo de transtorno.
De Acordo com a OMS- Organização Mundial de Saúde:
“Transtornos Mentais e Comportamentais são as condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global”.
Entre as fronteiras na sanidade e da anormalidade, surgem muitos questionamentos a respeito das causas, os sintomas e os possíveis tratamentos.
Além dos factores físicos e psíquicos envolvidos, existem razões espirituais que em muitos acabam sendo esquecidas, ou colocadas em segundo plano.
Como os espíritos desencarnados podem interferir no campo mental de um encarnado?
Pode existir uma relação entre a obsessão e a loucura?
O que diz a Doutrina Espírita?
Como analisar os transtornos psicológicos à luz do espiritismo.
O Espiritismo esclarece que como espíritos encarnados, podemos ser influenciados tanto positivamente por bons espíritos quanto negativamente pelos inferiores, em diferentes graus.
Esse domínio que mentes infelizes podem ter sobre determinadas pessoas, é chamado de obsessão, que pode ir da mais simples a mais complexa, como é o caso da subjugação, que produz a paralisação da vontade da própria pessoa.
Inúmeros casos de obsessão foram tratados como loucura, recebendo diagnósticos errados e tratamentos não eficazes, pela dificuldade da distinção entre “loucura moral e a psicológica”, como apresentou o médico Dr. Bezerra de Menezes no livro “Loucura Sob um Novo Prisma”.
Com uma percepção diferenciada, a Doutrina Espírita traz uma compreensão abrangente sobre a ligação entre encarnados e desencarnados a partir da sintonia mental, podendo em casos mais graves tornar o individuo prisioneiro dos pensamentos destrutivos, sendo o cérebro apenas o instrumento do espírito.
Por outro lado, com o esforço e perseverança no bem, o individuo é capaz de elevar seus pensamentos, despertando o potencial que existe dentro de si mesmo, afastando as companhias menos felizes.
A aceitação da correlação entre as alterações cerebrais e orgânicas com as questões da alma poderá abrir novos horizontes para os cuidados complementares ao ser integral, levando em conta, o corpo, a mente e o espírito, sem esquecer e reconhecer a importância dos recursos da medicina no tratamento para os diferentes tipos de transtornos.
Para uma pesquisa mais profunda no tema sugerimos:
DVD PSICOPATOLOGIA EM PSIQUIATRIA E CLINICA de SÉRGIO FELIPE de Oliveira:
Uma investigação da relação entre o espírito e o corpo no território da psiquiatria.
APOMETRIA… E POR QUE NÃO? MARCEL BENEDETI:
em compreender o porquê de seus constantes mal estares, Inês sofre em sua vida actual a perseguição de espíritos obsessores, que nutrem um forte sentimento de vingança, em consequência de uma reencarnação anterior.

LOUCURA E OBSESSÃO, DIVALDO PEREIRA FRANCO (FEB):
Aprofunda-se na análise de casos dolorosos de obsessão, oferecendo soluções calcadas na renovação interior e na prática do bem.
O programa Ciência e Espiritualidade fala sobre transtornos mentais e mediunidade

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty O Poder da Palavra

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2017 9:38 am

Contrapondo-se às teorias da existência do Céu e do Inferno como lugares circunscritos, para o estacionamento final das almas que aguardam a recompensa ou o castigo, a Lei da Reencarnação tem o c...(?)
Encontramos em Provérbios, 6:16-19:
“Estas seis coisas o Senhor detesta, e a sétima a sua alma abomina:
olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente; o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal; a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.”
Analisando os dizeres bíblicos, vemos que o rigor neles exposto, falava directamente às mentes ainda incipientes do Bem e do amor ao próximo.
Em nossos dias, porém, o Espiritismo já nos facultou a possibilidade de observarmos as nossas imperfeições, quando, ao responder a Kardec sobre o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir aos arrastamentos do mal, os Espíritos Superiores nos garantiram que o Conhece-te a ti mesmo, seria a fórmula eficaz.
Por outro lado, a preocupação geral nos meios profissionais e até mesmo na mídia, que se retrata na intermediação dos ombudsmen, coloca a questão das relações humanas sob condições de extrema importância até para o desenvolvimento das empresas e de indivíduos.
Mas é na literatura universal, que muitas vezes encontramos exemplos práticos do quotidiano das pessoas.
Refiro-me ao drama “Otelo”, de William Shakespeare, autor que, com rara perspicácia, soube, em sua época, traduzir na dramaturgia, os deslizes naturais provenientes das imperfeições humanas.
A acção se passa no século XV.
Otelo, general mouro do exército de Veneza, volta triunfante para casa, após derrotar os muçulmanos.
Um de seus adjuntos, Iago, procura comprometer um rival, Cassio, forjando contra ele a acusação de manter um caso amoroso com Desdemona.
Ela é mulher de Otelo.
Este, por sua vez, deixa-se corroer pela dúvida, pela depressão obsessiva.
A suposta afronta à sua honra precisa ser vingada.
E é induzido pela palavra mordaz de Iago, que Otelo arquicteta e executa a morte de sua mulher, com as próprias mãos.
Mas, como a verdade sempre vem à tona, Otelo fica sabendo da trama movida por seu lugar-tenente.
Muito tarde, porém, para remediar o mal que praticara, instrumentalizado pelos sentimentos de vingança.
A técnica utilizada por Iago surtira seu efeito.
Agindo com a experiência de quem tem o feeling apurado das fraquezas humanas, o personagem vai incutindo, veladamente, palavras e sentimentos na mente e no coração de Otelo.
Interessante observar-se a mudança gradativa que vai se operando neste último, que, de homem firme e categórico em suas acções e palavras, vai se tornando depressivo, opresso em suas manifestações emotivas, desconfiado, afastando-se do convívio com os amigos, dando oportunidade a que sentimentos malsãos se avolumem em seu íntimo.
Como movido por uma força invisível, Iago vai prosseguindo em seu trabalho, sorrateiro, sagaz, personificando a analogia de Aristóteles, que diz que os maldizentes aguçam as suas línguas como a língua das serpentes, pois, à semelhança do órgão animal, que tem duas pontas, sendo fendida ao meio, também a língua daqueles fere e envenena, de uma só vez, o coração daquele com quem está se falando e a reputação daquele sobre quem se conversa.
Uma vez tocado o coração de seu senhor, Iago torna-se hábil no transformar situações simples em cenas de cruel comprometimento para seus participantes.
É assim, que um simples diálogo entre Cassio e Desdemona, converte-se em secretas juras de amor; um encontro casual, em compromisso previamente marcado; um objecto caído ao chão, um olhar, um cumprimento, em senhas para encontros furtivos, em paixão mal contida, em ensejos para a realização de algo previamente planeado e obscuro.
E Otelo vai sendo enredado nas artimanhas da mente algo diabólica, algo traquinas de Iago.
Semelhantemente, vemos os personagens de Shakespeare extremamente actuais e vivos hoje como ontem, pois o século do escritor, se distanciado no tempo, não o é em termos de crescimento moral para o homem, que ainda se enleia em sentimentos dessa natureza.
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2017 9:39 am

Os que não conseguem dominar a própria língua, certamente são portadores de conflitos íntimos, nem sempre conscientes; pessoas que vivem esmagadas por sofrimentos, angústias e amarguras que impedem o reconhecimento dos valores existentes na vida dos seus semelhantes.
São de Joanna de Ângelis, sábia perscrutadora da alma humana, as seguintes palavras:
“O silêncio que fazem a propósito das tuas boas acções e a forma como divulgam as tuas imperfeições, constituem fenómeno humano compreensível.
Os companheiros nem sempre estão dispostos a ajudar no anonimato.
Vendo o teu aparente êxito, deixam-se pinçar pelos sentimentos negativos da inveja e do despeito, passando a ignorar-te ou a desconsiderar os teus feitos positivos.
Eles nada sabem a respeito dos teus testemunhos e sofrimentos, dissimulados pela dedicação ao bem.
Ao invés de serem participantes da tua realização, competem, magoados, sem desejar oferecer o contributo da renúncia e do sacrifício pessoal.
Convidados à abnegação e ante as provas normais que lhes chegam, desertam, queixam-se e maldizem, entregando-se ao desânimo e à revolta...
Os excessos, a má conduta, os comportamentos arbitrários, afligem também aqueles que os movimentam ou se lhes submetem.
É o sofrimento em decorrência do mal.
Natural, portanto, que sofras, pelo bem, ainda marginalizado, com poucos interessados reais em favor da sua propagação.
Não estranhes, desse modo, a conduta daqueles que combatem o bem em ti, o teu lado bom, através do silêncio bem mantido, como se estivessem em conspiração contínua.
Além disso, trabalhas, sem qualquer dúvida, para o Bem e não é importante que se saiba o quanto fazes, mas que Jesus, que te inspira e conduz, tenha conhecimento.
Segue, pois, em silêncio e sem mágoa, não estranhando a atitude dos beneficiários que te esquecem, nem daqueles que te ignoram.”
Um novo modo de pensar e de agir, na vida de muitas pessoas, está a depender de alguém que tenha palavras impregnadas de amor.
No íntimo do indivíduo, existe o desejo de ouvir palavras de acolhimento, de compreensão, de solidariedade e de apoio, em clima de simpatia e de confiança.
Nem faltam pessoas que apreciam uma conversação útil e proveitosa.
Daí a necessidade e a importância de se fazer sempre bom uso da palavra.
Conta-se que, todos os dias, ao sair da igreja, uma senhora dava sua esmola a um pobre.
Certo dia, passando por dificuldades financeiras e não podendo ajudá-lo, disse ao pedinte:
“Hoje não tenho o que dar a você, mas desejo que seja feliz”, e deu-lhe a mão.
O pobre respondeu:
“Hoje você me deu a maior das esmolas, pois me deu a sua palavra e manifestou o seu carinho”.
Pode ser que todos os dias ela tivesse esse carinho, mas nunca o tinha expressado dessa forma.
A vida é como um iceberg – parte aparece acima das ondas do mar, mas a parte maior fica oculta.
Quanto mais nos aprofundamos em nosso ser, mais beleza e valores vamos encontrando; mas a condição sine-qua-non para isto, é a de desvestirmos a roupa imprópria para o mergulho, e trajarmos a roupagem necessária para a nossa própria auto-descoberta.
Diz a lenda que uma pessoa foi contar a um guru que havia falado dos outros de um modo irresponsável e superficial e perguntou o que deveria fazer para reparar o seu erro.
O guru, muito sábio, respondeu:
“Pegue um saco cheio de penas e solte ao vento; depois de alguns dias volte aqui”.
A pessoa fez como lhe havia ordenado. Ao cabo de alguns dias, regressou, ansiosa pela resposta do sábio:
“Você será capaz de recolher todas as penas que soltou ao vento?”
E deixou que ela tirasse as conclusões.
Em algumas ocasiões, as palavras são como penas ao vento; em outras, ferem como o veneno da serpente, mas, infelizmente, às vezes acontece como a triste história de Otelo e Desdemona.
Gandhi dizia que o amor e a verdade representam duas faces de uma mesma moeda e, que, por meio dessas duas forças, pode-se conquistar o mundo inteiro.
É a lógica do pensamento de Jesus do amar ao próximo como a si mesmo.
Quem não ama a si próprio, evidentemente não terá conteúdo substancial para concretizar o amor ao próximo.
Estamos vivendo momentos graves, em termos de evolução moral na Terra.
Esta civilização, que escolheu evoluir pela dor, tem, contudo, toda a condição de reverter a situação.
Bastaria que ouvíssemos as recomendações do Mestre da Galileia, que de tão singelas e simples, foram recusadas e obstadas em sua divulgação.
Mas, a Verdade é portadora de uma força de atracção tão forte, que fará com que o Homem, tal como no Mito da Caverna de Platão, saia em busca da sua Luz.
Então, ela o tornará partícipe de esferas vibracionais nunca dantes imaginadas; pois na Terra, não existem palavras para descrevê-las: por isso elas são transitórias...

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty EU PERDOO

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 06, 2017 8:23 pm

Pai, quando eu for chamado para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje.
Ah, Meu Deus, que nada do que já vivi e ainda vivo seja obstáculo à minha felicidade amanhã!...
Quando eu me for, quero alçar voo como fazem as aves que planam livres por sobre as misérias humanas, e que não pousam no chão senão para buscar o alimento que as mantém fortes nas alturas!...
Quando meus olhos se cerrarem à ilusão da carne, é de minha vontade que eu me distancie do mundo com a leveza das almas experimentadas na forja das provas árduas, sem que o peso dos sentimento menores impeça meu anseio anseio de libertação!
Desejo, Pai, libertar-me, sendo fiel à Tua lei de amor e de perdão!
Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...
Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...
Eu compreendo que tudo é selecção:
os laços, a estrada, os acontecimentos...
De minha atitudes colherei bem ou mal; com minhas decisões talharei o que serei amanhã.
Alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta nascem unicamente de meus actos, a revelia do que os outros me fazem ou deixam de fazer....
Por isso, Pai, conduz meu pensamento de tal sorte que, quando chegar minha hora, nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me outra vez ao sombrio grilhão da dor.
De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes.
Que os infortúnios e mágoas do passado não sejam mais peso em meu coração a impedir a realização dos mais ardentes anseio de felicidade e sublimação!...
As lágrimas que me fizeram verter - eu perdoo.
As dores e as decepções - eu perdoo.
As traições e mentiras - eu perdoo.
As calúnias e as intrigas - eu perdoo.
O ódio e a perseguição - eu perdoo.
Os golpes que me feriram - eu perdoo.
Os sonhos destruídos - eu perdoo.
As esperanças mortas - eu perdoo.
O desamor e a antipatia - eu perdoo.
A indiferença e a má vontade - eu perdoo.
A desconsideração dos amados - eu perdoo.
A cólera e os maus tratos - eu perdoo.
A negligência e o esquecimento - eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdoo.
A partir de hoje proponho-me a perdoar porque a felicidade real é aquele que nasce do esquecimento de todas as faltas!...
No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento;
no lugar da revolta, coloco a fé na Tua Sabedoria e Justiça;
no lugar da dor, coloco o esquecimento de mim mesmo;
no lugar do pranto coloco a certeza do riso e da esperança porvindoura;
no lugar do desejo de vingança, coloco a imagem do Cordeiro imolado e o mais sublime dos perdões...
Só assim, Pai, se um dia eu tiver que retornar à carne, poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e não obstante todos os sofrimentos que experimentar, serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos impedimentos, de estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar tudo em volta pela força de minha vontade, porque só o perdão rasga os véus sombrios do ressentimento e da revolta, frutos infelizes do egoísmo e do orgulho, libertando meu coração no rumo do bem e da paz, do amor verdadeiro e da felicidade eterna!
Assim seja!

(Psicografia Instituto André Luiz, 08.03.2003)

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty 12 factos sobre a influência dos espíritos em nós

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 07, 2017 10:06 am

Muitas pessoas nos perguntam, com frequência, sobre como funciona a influência dos espíritos em nossas vidas, incluindo as obsessões.
Pensando nisso, trazemos abaixo 12 perguntas e respostas retiradas de O Livro dos Espíritos, obra referência para estudo da doutrina espírita.

Confira:
1. Vêem os Espíritos tudo o que fazemos?
“Podem ver, pois que constantemente vos rodeiam.
Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção.
Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”
2. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos?
“Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos.
Nem actos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.”
a) - Assim, mais fácil nos seria ocultar de uma pessoa viva qualquer coisa, do que a esconder dessa mesma pessoa depois de morta?
“Certamente. Quando vos julgais muito ocultos, é comum terdes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos observam.”
3. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal?
“Para que sofrais como eles sofrem.”
a) - E isso lhes diminui os sofrimentos?
“Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes.”
b) - De que natureza é o sofrimento que procuram infligir aos outros?
“Os que resultam de ser de ordem inferior a criatura e de estar afastada de Deus.”
4. Que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam?
“Depende. Os levianos riem das pequenas partidas que vos pregam e zombam das vossas impaciências.
Os Espíritos sérios se condoem dos vossos reveses e procuram ajudar-vos.”
Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e actos."
5. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos actos?
“Muito mais do que imaginais.
Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”
6. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos?
“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério.”
7. A prece é meio eficiente para a cura da obsessão?
“A prece é em tudo um poderoso auxílio.
Mas, crede que não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja.
Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir.
É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atracção dos maus Espíritos.”
8. Que se deve pensar da expulsão dos demónios, mencionada no Evangelho?
“Depende da interpretação que se lhe dê.
Se chamais demónio ao mau Espírito que subjugue um indivíduo, desde que se lhe destrua a influência, ele terá sido verdadeiramente expulso.
Se ao demónio atribuírdes a causa de uma enfermidade, quando a houverdes curado direis com acerto que expulsastes o demónio.
Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa, conforme o sentido que empresteis às palavras.
As maiores verdades estão sujeitas a parecer absurdos, uma vez que se atenda apenas à forma, ou que se considere como realidade a alegoria.
Compreendei bem isto e não o esqueçais nunca, pois que se presta a uma aplicação geral.”
9. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?
“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós.
Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más.
Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco.
Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer:
“Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
10. Há Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo?
“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom génio.”
11. Que se deve entender por anjo de guarda ou anjo guardião?
“O Espírito protector, pertencente a uma ordem elevada.”
12. Qual a missão do Espírito protector?
“A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.”

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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Apostilas da Vida (Parte 4)

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 07, 2017 7:53 pm

Continuamos o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986.

Questões preliminares

A. A assistência fraterna constitui um dever comum a todos nós?
Sim. Esse é o pensamento de André Luiz, que nos assegura que a pessoa que doa ao bem de si, recebe constantemente o bem de todos.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)

B. Como conhecer nossa verdadeira posição dentro da vida?
Pelas nossas próprias atitudes. No caminho comum, nas relações habituais de uns para com os outros, saberemos, em verdade, se ainda estamos na noite do personalismo delinquente ou se já estamos atingindo a alvorada renovadora com o inolvidável Mestre da Cruz.
(Obra citada – No caminho comum.)

C. Como educar o próximo?
Educando primeiro a nós próprios.
As boas obras começam de nós mesmos.
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
Somos arquitectos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projectamos naqueles que nos cercam.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)

Texto para leitura

62. No serviço assistencial – Desista de brandir o açoite da condenação sobre aspectos da vida alheia.
Esqueça o azedume da ingratidão em defesa da própria paz.
Não pretenda refazer radicalmente a experiência do próximo, a pretexto de auxiliá-lo.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
63. Remova as condições de vida e os objectos de uso pessoal, capazes de ambientar a humilhação indirecta para os outros.
Evite categorizar os menos felizes à conta de sentenciados à fatalidade do sofrimento.
Não espere entendimento e ponderação do estômago vazio de companheiros necessitados.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
64. Aceite de boa mente os pequeninos favores com que alguém procure retribuir-lhe os gestos de fraternidade.
Seja pródigo em atenções para como amigo em prova maior que a sua, desfazendo aparentes barreiras que possam surgir entre ele e você.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
65. Conserve invariável clima de confiança e alegria ao contacto dos companheiros de ideal e trabalho.
Não recuse doar afecto, comunicabilidade e doçura, na certeza de que a violência é inconciliável com a bênção da simpatia.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
66. Sustente pontualidade em seus compromissos e nunca demonstre impaciência ou irritação.
Dispense intermediários nas tarefas mais simples e cumpra o que prometer.
Mantenha uniformidade de gentileza, em qualquer parte, com todas as criaturas.
(Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
67. Recorde que o auxílio desorientado pode tornar-se prejuízo para quem o recebe e, acima de tudo, saiba sempre que a assistência fraterna é dever comum, pois aquele que doa ao bem de si, recebe constantemente o bem de todos. (Apostilas da Vida – No serviço assistencial.)
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ARTIGOS DIVERSOS II - Página 9 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS II

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 07, 2017 7:54 pm

68. No caminho comum – Diz o Egoísmo – exijo. Diz o Evangelho – coopere.
Clama o Egoísmo – eu tenho e posso. Clama o Evangelho – O Senhor lembrar-se-á de nós com a sua Bênção.
Pede o Egoísmo – entende-me. Pede o Evangelho – deixa-me auxiliar.
Grita o Egoísmo – sou amado. Afirma o Evangelho – amo.
(Obra citada – No caminho comum.)
69. Diz o Egoísmo – nunca mais. Diz o Evangelho – servirei ao bem, sem descanso.
Assevera o Egoísmo – não suporto. Assevera o Evangelho – o Céu dar-me-á resistência.
Clama o Egoísmo – jamais perdoarei. Clama o Evangelho – desconheço o mal.
(Obra citada – No caminho comum.)
70. Diz o Egoísmo – tudo é meu. Diz o Evangelho – tudo é nosso.
O Egoísmo reclama. O Evangelho sacrifica-se.
O Egoísmo absorve. O Evangelho se espalha em doações.
O Egoísmo recolhe para si. O Evangelho semeia com amor, a benefício de todos.
O Egoísmo precipita-se. O Evangelho espera.
O Egoísmo toma posse. O Evangelho auxilia.
O Egoísmo proclama:- eu. O Evangelho apregoa: - nós.
(Obra citada – No caminho comum.)
71. É fácil conhecer a nossa posição dentro da vida.
Pelas nossas próprias atitudes, no caminho comum, nas relações habituais de uns para com os outros, saberemos, em verdade, se ainda estamos na noite do personalismo delinquente ou se já estamos atingindo a alvorada renovadora com o inolvidável Mestre da Cruz.
(Obra citada – No caminho comum.)
72. Comecemos de nós mesmos – Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho; e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
73. Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos; e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
74. Propaga a fé, suportando os reveses de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável; e quem te observar crescerá em optimismo e confiança.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
75. Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e aparando sem reclamar; e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
76. Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza; e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
77. Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido; e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
78. As boas obras começam de nós mesmos.
Educaremos, educando-nos.
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
Somos arquitectos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projectamos naqueles que nos cercam.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)
79. Que o Espírito de Cristo nos infunda a decisão de realizar o auto-aprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito do Cristo.
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.
Sigamos ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos a perseverança com a luz da ressurreição.
(Obra citada – Comecemos de nós mesmos.)

(Continua na próxima edição.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 08, 2017 10:17 am

Astolfo O. de Oliveira Filho

Em mensagem publicada na secção de Cartas desta mesma edição, a leitora Jani Paulicz, de Apucarana (PR), formula várias questões acerca do tema possessão e do seu mecanismo.
Quem estuda o Espiritismo sabe que Allan Kardec mudou de ideia com relação ao fenómeno da possessão, que ele rejeitara até O Livro dos Médiuns e depois admitiu claramente, primeiro em um artigo publicado na Revista Espírita e depois em A Génese.
A mudança de pensamento do Codificador deu-se por força dos fatos. É que demorou algum tempo para que ele se inteirasse do fenómeno da incorporação, hoje tão conhecido dos que trabalham na área da mediunidade. Na Revista Espírita de 1863 ele aludiu ao episódio, que muito o impressionou na ocasião. Escreveu então o Codificador: “Temos dito que não havia possessos, no sentido vulgar do vocábulo, mas subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta, porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.” (Revista Espírita de 1863, Edicel, pág. 373.)
Segundo Kardec, quando produzida por um mau Espírito a possessão tem todos os característicos da subjugação, mas, diferentemente da subjugação, a possessão pode ser produzida por um bom Espírito e, neste caso, pode aplicar-se ao fenómeno o nome de incorporação mencionado por Léon Denis e, décadas mais tarde, por André Luiz, Divaldo Franco e diversos outros autores.
A seguir, procurando sanar as dúvidas da leitora, apresentamos alguns trechos de autores diversos que trataram objectivamente do tema:
1 - Quando se dá o fenómeno da possessão?
É ao paradoxismo da subjugação que se chama vulgarmente de possessão. Neste caso, frequentemente, o indivíduo tem consciência de que o que faz é ridículo, mas é constrangido a fazê-lo, como se um homem mais vigoroso do que ele fizesse mover, contra a sua vontade, seus braços, suas pernas e sua língua. (Allan Kardec em Obras Póstumas, Obsessão e possessão.)
2 – Como o Espírito actua na possessão?
Na obsessão, o Espírito actua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaçado por uma espécie de teia e constrangido a proceder contra a sua vontade. Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito actuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços, conforme o faria se estivesse vivo. (Allan Kardec em A Génese, cap. XIV, item 47.)
3 – Há diferença entre obsessão e possessão?
Sim. Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria suas vestes a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incómodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo.
Quando é mau o Espírito possessor, as coisas se passam de outro modo. Ele não toma moderadamente o corpo do encarnado e o arrebata, se este não possui bastante força moral para lhe resistir. Fá-lo por maldade para com este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo, já por estrangulação, já atirando-o ao fogo ou a outros lugares perigosos. Servindo-se dos órgãos e dos membros do infeliz paciente, blasfema, injuria e maltrata os que o cercam; entrega-se a excentricidades e a actos que apresentam todos os caracteres da loucura furiosa. (Allan Kardec em A Génese, cap. XIV, item 48.)
4 - Que fenómeno se observa na possessão?
Na possessão a personalidade do autómato desaparece completamente por algum tempo, durante o qual se produz uma substituição, mais ou menos completa, da personalidade. A palavra e a escrita são, então, manifestações de um Espírito alheio ao organismo do qual se apossou. (Fredrich Myers em A Personalidade Humana, cap. IX.)
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