LUZ ESPÍRITA
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SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:45 pm

SINTOMAS DE MEDIUNIDADE
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
Sempre que houver uma carga eléctrica, parada ou em movimento, haverá um campo.
Se a carga estiver em movimento, esse campo será electromagnético.

Trata-se de uma propriedade da carga que modifica o espaço ao se redor, fazendo com que toda a matéria sofra uma acção de aproximação ou de repulsão, dependendo do sinal da carga.

Essa interacção também altera a matéria que entra no campo: no caso de partículas afins, elas tornam-se imantadas.
Num campo electromagnético, as partículas de ferro, limalhas, ficam grudadas umas nas outras, mesmo após a retirada ou afastamento da fonte do campo.

O campo, por si só, tem a propriedade de auto-regenerar-se.
Ele não desaparece de uma hora para outra.
Todo campo tem uma fonte. O corpo humano é fonte de vários campos electromagnéticos, segundo o órgão enfocado: coração, cérebro, etc.

A mente humana é fonte de um campo – o campo mental.
A razão disso é o facto de a mente humana produzir, irradiar, o pensamento, que é uma onda electromagnética carregada de informação.
Nos seres humanos, e apenas neles, o pensamento é contínuo, mas o aparecimento do pensamento contínuo ocorreu gradualmente através das diferentes espécies do reino animal.

O pensamento contínuo é a base para o surgimento da consciência.
Consciência, do latim 'com' (junto, ao lado de) + 'sciencia' (saber de), significa, a grosso modo, saber de algo.

É todo o conhecimento que uma pessoa tem do mundo ao seu redor (coisas, pessoas, acontecimentos), e de seu mundo interior (sua identidade, sua história).
Assim, a consciência, nos seres humanos, depende da capacidade de atenção, orientação, percepção e memória.

Podemos observar nos animais mais primitivos um esboço de consciência que começaria a partir dos anfíbios e, mais particularmente, das tartaruguinhas de aquário.
O comportamento de uma tartaruguinha esboça sinais de individualidade, um modo de agir específico perante os acontecimentos diários, que marcam seu jeito de ser, como um estilo.

Com a aquisição do pensamento contínuo, a espécie humana adquire a capacidade de pensar e reflectir sobre os factos ao seu redor e sobre si mesma – é a consciência reflexiva.
Essa capacidade surgiu há muito tempo, cerca de 15 milhões de anos, quando os homens e mulheres que habitavam a Terra estavam na Idade da Pedra, e também foi um desenvolvimento gradual e lento.

A necessidade de sobrevivência obrigou os habitantes dessa época a formar grupos, mais ou menos organizados, para suprir a demanda de alimentação, abrigo e segurança para os membros do grupo e suas crias.
Na convivência, a fala torna-se linguagem, um sistema de comunicação e integração do grupo.

Na coesão do grupo, foi observado o fenómeno da morte: alguém que antes estava presente, por alguma razão, passa a não mais se mexer e torna-se ausente.
Na identificação com o elemento morto são criados os ritos de morte, cuidados funerários com os corpos dos ancestrais, visíveis até nossos dias.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:45 pm

Essa identificação está na origem da consciência humana: ele estava aqui e agora está morto; ele era um dos nossos assim como eu; eu posso morrer um dia.
Ou seja, a criação da linguagem e a percepção da ocorrência da morte constituem a base para o surgimento da consciência nos seres humanos.

Como já dissemos, consciência significa saber algo sobre, e para sabermos algo é preciso que esse algo esteja relacionado a outras coisas já conhecidas.
Essa é a função da memória: correlacionar no tempo e no espaço os diferentes acontecimentos e experiências de nossas vidas.

Para tanto, o conceito de tempo precisa estar presente em nossas mentes.
Ele foi desenvolvido através dos séculos, naqueles primitivos representantes da espécie humana.

Hoje, tempo é um conceito inato em todo e qualquer ser humano.
Não existe uma definição adequada do que ele seja.
A melhor é: "tempo é o que separa dois acontecimentos".

Esse conceito de tempo é básico e sólido para qualquer situação.
Nos animais mais desenvolvidos, vertebrados, mesmo não conscientizado pelo animal, o tempo altera, modifica seu organismo.
Isso decorre dos chamados relógios biológicos – estruturas nervosas presentes no cérebro desses animaos, que informam ao organismo em que tempo ele está:
se é dia ou noite; época de procriação ou hibernação; primavera ou inverno; infância, juventude ou velhice.

Esse mesmo mecanismo também ocorre nos seres humanos.
Nosso relógio biológico é composto pela glândula pineal (órgão regulador) e núcleos supraquiasmáticos (órgãos efectores).

A glândula pineal localiza-se no centro do cérebro.
Descartes, em seus estudos, observou essa localização e a falta de paridade dessa glândula, a única estrutura do cérebro que não é pareada.

A partir daí, ele postulou que a pineal seria o lugar de morada da alma.
Hoje sabemos que não é possível localizar a alma, posto que ela é imaterial.

A hipótese inicial, porém, tem sua validade, pois a pineal é a estrutura cerebral onde a alma se projecta, a estrutura cerebral capaz de captar as ondas electromagnéticas do pensamento e descodificá-las para as demais partes do cérebro e, portanto, do organismo.

As evidências actuais desse papel centralizador e regulador da pineal baseiam-se nos trabalhos recentes de psico-neuro-endocrinologia.
Estudos recentes em áreas não médicas têm contribuído para explicar melhor o funcionamento das ondas electromagnéticas.

Essas ondas, caracterizadas por frequência e amplitude, podem carregar informações – alterações específicas nas propriedades da onda, que configuram um dado, um saber.
A informação, portanto, pode ser carregada pela matéria, pela onda electromagnética: ondas com frequência e amplitude constantes não carregam informações.

Embora possa parecer muito complicado, estamos diariamente em contacto com a aplicação desse conhecimento nos telefones celulares, por exemplo.

Recapitulando:
- Os seres humanos possuem linguagem e consciência
- O cérebro possui uma estrutura especial para captar o pensamento e distribui-lo para o corpo – a pineal

- O pensamento humano é uma onda electromagnética que carrega informações
- Há um campo electromagnético ao redor da pessoa, impregnado de informações – o conteúdo de seus pensamentos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:45 pm

Prosseguindo, a pineal capta a onda mental e envia-a às demais partes do cérebro.
A captação da onda mental ocorre pela anatomia da pineal com a existência de concreções calcárias em sua periferia que funcionam como uma caixa de ressonância para esta onda.

Após captada, a onda mental, para ser enviada às outras áreas cerebrais, sofre uma modificação.
Ela passa de onda electromagnética para corrente eléctrica – impulsos nervosos, e substâncias químicas – neuro-transmissores.

Os próprios impulsos eléctricos e neuro-transmissores transformam-se uns nos outros durante todo o processo, desde a captação do pensamento à realização do acto, seja como comportamento externo ou evento interno.

A informação, porém, mantém-se constante.
A transformação de pensamento em alterações orgânicas, comportamentais e sintomas teve sua evidenciação com a médica italiana Rita Levy, ganhadora do Prémio Nobel de Medicina na década de 80.

Ela demonstrou a origem da depressão (um tipo de transtorno de humor):
- Um pensamento triste que permanece por tempo prolongado estimula uma região do cérebro logo abaixo da pineal, o hipotálamo;

- O hipotálamo secreta um hormónio chamado hormónio estimulador de ACTH, que irá agir na hipófise;
- A hipófise secreta seu hormónio correspondente, o ACTH, hormónio estimulador da córtex das adrenais, ou glândulas supra-renais;
- As supra-renais secretam seu hormónio, o cortisol, que agirá em vários lugares do organismo.

O cortisol diminui a produção de interleucinas, substâncias do sistema imunológico necessárias ao seu bom funcionamento.
Diminui também a produção dos factores tráficos neuronais, substâncias estabilizadoras do funcionamento do sistema nervoso central e da manutenção das células nervosas.

Isso determina o aparecimento da doença depressão, tanto os sintomas somáticos (propensão a infecções, mal funcionamento do órgãos), como os psíquicos (tristeza, desânimo, dificuldades variadas).
Essa é a via específica de todos os eventos ondulatórios (pensamento) e químicos que determinam a doença depressão.
Mas o mesmo processo ocorre rotineiramente de acordo com o conteúdo de nossos pensamentos.

O funcionamento da pineal prioriza a captação do pensamento do indivíduo dono daquele cérebro. Isso decorre da formação do corpo humano no útero materno, criado e desenvolvido a partir do perispírito do espírito reencarnante que lhe serve de molde.

Todas as células de uma pessoa possuem sua marca, uma marca química para a identificação do que pertence e do que não pertence ao corpo, possibilitando a destruição de agentes potencialmente lesivos ao organismo (invasores externos ou componentes internos mal funcionantes ou degenerados).

Essa marca química está na superfície de cada célula:
são os antígenos de superfície, proteínas específicas para essa função.

A mesma identificação que ocorre em nível químico, também ocorre em nível ondulatório, predispondo a interacção entre ondas semelhantes.
Contudo, há a possibilidade de se captar ondas mentais oriundas de outras mentes.

Uma vez captadas, essas ondas mentais estrangeiras tenderão a agir no organismo da pessoa como todas as suas próprias ondas.
Esse fenómeno pode ser denominado telepatia ou mediunidade, dependendo da origem das ondas.

Algumas pessoas têm mais facilidade e experimentam-no em larga escala, outras não.
Essa capacidade inata está na dependência da anatomia da pineal (para determinados tipos de mediunidade), da produção de energia vital (ectoplasma e funcionamento das mitocôndrias), das alterações hormonais (ciclo menstrual e hormónios sexuais), enfim, de vários factores orgânicos que entram na realização de um transe mediúnico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:46 pm

A mediunidade, portanto, é orgânica.
A mediunidade implica também, além da captação de ondas mentais, numa avaliação, uma análise crítica dos conteúdos captados.

Captar apenas, não forma um médium.
É necessário o uso da razão crítica para avaliar as consequências do que é captado.
Essa análise utiliza áreas cerebrais responsáveis pela ética humana (lobo pré-frontal).

Assim procedendo, a mediunidade passa a representar, para a espécie humana, uma ligação com a divindade, uma possibilidade maior no desenvolvimento de sociedades mais adaptadas, culturas mais evoluídas e mais complexas, com indivíduos mais aptos à auto-realização sem prejuízo de seus semelhantes ou do meio ambiente.

Em nível individual, a mediunidade coloca a pessoa diante da condição humana, do destino humano, para que o próprio indivíduo possa escolher seus caminhos com mais argumentos e, nessa escolha, interagir com o mundo a seu redor e seus semelhantes – a prática da caridade.

Esse é o funcionamento da mediunidade uma vez educada, desenvolvida, colocada a serviço das livres escolhas do médium.

Para tanto, ele precisará entender o que ocorre com ele, para ser senhor de si.

Recapitulando novamente:
- A pineal capta os pensamentos e, ao direccioná-los para as diferentes áreas do cérebro, possibilita os diversos eventos de nossa vida mental e de relação;

- Esse direccionamento ocorre através de impulsos nervosos, a própria onda mental ou hormónios;
- Ou seja, o direccionamento ocorre através de três grandes sistemas de comunicação do corpo humano: sistema nervoso, sistema endocrinológico e sistema vascular.

Quando ocorre a captação do pensamento de mentes "estrangeiras", há uma sobrecarga na pineal e suas funções ficam "excitadas", exacerbadas.

As comunicações da pineal com o hipotálamo estarão ampliadas e, daí, haverá maior estimulação da hipófise, com grande liberação de hormónios por ela produzidos (geralmente indutores da produção de outros hormónios pelas diferentes glândulas do organismo).

Os neuro-hormónios reguladores do hipotálamo chegam à hipófise através do sangue, pelo sistema de circulação sanguínea porta-hipofisal.
A hipófise possui vários tipos específicos de células responsáveis pela produção de um ou, no máximo, dois hormónios.

Respondendo à estimulação pelo hipotálamo, a hipófise irá agir na tiróide, córtex supra-renal, testículos, ovários, glândulas mamárias, pâncreas, ossos e músculos esqueléticos (ligados aos ossos e voluntários).

Podemos observar as seguintes alterações nessas áreas (como sintomas de mediunidade):
- Hipotireoidismo subclínico – os hormónios T3 e T4 estão normais, porém o TSH está com uma baixa discreta, não havendo indicação do uso de hormónios por via oral.
A pessoa sente cansaço, fadiga constante, pouco interesse pelas coisas que anteriormente lhe eram interessantes, aumento de peso, pele seca, etc.

- Aumento de cortisol e depressão (já descritos acima) – há sentimentos de culpa exacerbada, tristeza, desespero (que pode levar ao suicídio), desinteresse profundo pelas coisas, dificuldade de concentração, pensamento lentificado, psicomotricidade lenta e arrastada (todos os gestos, andar), alteração de peso e de sono.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:46 pm

- Dificuldade na reprodução.
- Dismenorréia –
alteração do ciclo menstrual que pode chegar à ausência de menstruação, menstruação dolorosa, tensão pré-menstrual, cistos ovarianos, miomas uterinos.

- Ginecomastia – aparecimento de mamas ou glândulas mamárias em homens.
- Lactorréia – produção de leite na mulher que não deu à lua recentemente.

- Hipoglicemias – queda do nível de glicose no sangue (quantidade), com tontura, sensação de morte iminente, batedeira no peito (taquicardia), desorientação (não saber para onde ir), de realização (não reconhecer o lugar onde está e tudo parecer irreal, um sonho).
- Obesidade.

Quanto à sua inervação, a pineal recebe fibras nervosas principalmente do tipo adrenérgico, isto é, cujo neuro-transmissor é a adrenalina.
Portanto, os sintomas de transe mediúnico decorrente da superexcitarão da pineal e dessas fibras nervosas serão aqueles mediados pela adrenalina.

De um modo geral, a liberação de adrenalina prepara o corpo para uma luta, imaginária ou não.
Essa é uma aquisição do desenvolvimento humano quando os homens precisavam lutar para conseguir alimentos.

Hoje, essa luta é mais interna e predispõe o ser humano a penetrar, não um território de caça, mas numa região ainda desconhecida de si mesmo ou de seu universo: o mundo espiritual.

Então, ainda é uma busca de alimento, mas de alimento espiritual.
A liberação de adrenalina traz à tona forças extras para o corpo humano e obedece uma directriz geral: desviar o sangue para os músculos, retirando-o das vísceras e da pele (que fica branca e as extremidades ficam frias), mas a sudorese aumenta e os pelos ficam eriçados, as pupilas ficam grandes (midríase), aumenta a circulação na cabeça, predispondo a dores de cabeça.

A pessoa fica apta a agir mais rapidamente.

Agora passaremos aos sintomas de modo mais detalhado:

1. Pressão arterial

A adrenalina é um potente vasopressor, isto é, aumenta a pressão arterial, principalmente a sistólica (quando o coração se contrai), e menos a diastólica (quando o coração se relaxa).

Isso ocasiona um aumento na pressão do pulso que bate mais forte, mas a pressão média cai abaixo do normal antes de voltar ao nível de controle, o que pode causar tonturas.
Ocorre estimulação miocárdica directa levando ao aumento da força de contracção ventricular (chamada acção initrópica positiva).

Há aumento da frequência cardíaca (acção cronotrópica positiva).
Muitas vezes a pessoa percebe isso como desconforto, ou interpreta como medo ou uma presença desagradável, quando, na realidade, isso independe do tipo do espírito comunicante.

Ocorre vasoconstrição em muitos leitos vasculares, especialmente nos vasos de resistência pré-capilar da pele.
A pessoa fica pálida e, aparentemente, fria.

A frequência do pulso, a princípio acelerada, pode estar acentuadamente diminuída no auge, por descarga vagal compensadora (mecanismo de compensação próprio do organismo para todas as suas funções), o que pode ser erroneamente interpretado por cansaço.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:47 pm

2. Efeitos vasculares

a. Pele
- ocorre principalmente nas artérias menores e esfíncteres pré-capilares (pequenos vasos sanguíneos do corpo e seus mecanismos de regulação de fluxo do sangue), embora também as veias e as grandes artérias respondam à adrenalina.
Vários leitos vasculares respondem diferentemente.

A adrenalina reduz acentuadamente o fluxo cutâneo, contraindo os vasos pré-capilares e veias subcapilares.
Há vasoconstrição cutânea e consequente palidez.

A vasoconstrição cutânea é responsável por uma diminuição acentuada do fluxo sanguíneo das mãos e dos pés e a pessoa fica com ambos frios.
A congestão das mucosas subsequente à vasoconstrição resulta provavelmente de alterações na reactividade vascular como resultado de hipoxia tissular.

b. Músculos - o fluxo sanguíneo para os músculos é aumentado.
Esse efeito vascular é independente dos efeitos reflexos cardíacos ou centrais. Isso significa que é muito importante que os músculos recebam bastante sangue.

O que está de acordo com a necessidade aumentada de energia para o corpo, através das reacções químicas da cadeia respiratória que ocorrem nas mitocôndrias, que são em maior número nas células musculares.

Essa energia será responsável também pela produção aumentada de ectoplasma, produção esta também sediada nas mitocôndrias.

c. Cérebro - o efeito da adrenalina na circulação cerebral está relacionado à pressão arterial sistémica (do corpo).

Há aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da captação de oxigénio, sem alterar a resistência vascular.
Isso significa que o cérebro estará funcionando muito, mas as eventuais dores de cabeça que o médium pode apresentar não estão relacionadas ao cérebro e, sim, ao aumento da quantidade de sangue nos vasos do couro cabeludo e ossos da cabeça.
É importante salientar que o tecido cerebral nunca dói.

d. Fígado e baço - a adrenalina provoca notável aumento no fluxo sanguíneo hepático e diminui a resistência vascular esplénica (do baço), junto com grande aumento no débito de glicose hepática e no consumo de oxigénio do baço.

Ambos os órgãos estarão com funcionamento aumentado, o que pode levar tanto a melhor desempenho de suas funções, como o stresse por estimulação excessiva.

A maior alteração que ocorre é no comportamento dos remédios, pois geralmente sua metabolização é hepática (no fígado), e o médium tende a apresentar maior sensibilidade e mais efeitos colaterais.
Isso é contornado com um acompanhamento médico próximo e atento, e muitas vezes com doses menores de medicação.

e. Rins - os efeitos sobre as funções renais são variáveis, porém as alterações vasculares renais são evidentes.

Mesmo quando não ocorre grande alteração da pressão arterial, há aumento da resistência vascular renal e redução no fluxo sanguíneo renal e todos os segmentos do leito vascular renal contribuem para a resistência vascular renal aumentada.

O aumento dessa resistência vascular diminui a quantidade de sangue que circula pelos rins, predispondo o médium ao acúmulo de substâncias que levam à formação de cálculos renais (também favorecidos pelo aumento da produção de ectoplasma - os cálculos representam a condensação do excesso de ectoplasma).

A filtração glomerular (função de excreção dos rins), é variavelmente alterada.
A excreção de sódio, potássio e cloreto é diminuída.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:47 pm

O volume urinário pode estar aumentado, diminuído ou inalterado. É aconselhável ao médium perceber como ocorre em seu organismo para evitar desconforto durante a sessão mediúnica.

A secreção de renina (ligada à pressão arterial), é aumentada, representando mais um factor para o surgimento de hipertensão arterial nos médiuns, que normalmente segue uma evolução caprichosa, aparecendo e desaparecendo aparentemente sem nenhuma razão orgânica.

f. Pulmões - as pressões pulmonares, arterial e venosa são elevadas.
Isso ocorre porque há redistribuição de sangue a partir da circulação sistémica (do restante do corpo), para a pulmonar, devida à contracção da musculatura mais forte nas grandes veias sistémicas.

O sangue é desviado para os pulmões, vindo do restante do corpo, o que é necessário para aumentar a oferta de oxigénio para o corpo, especialmente para os músculos (que estão produzindo mais ectoplasma).

O médium tende a respirar mais profundamente, podendo ser observada dilatação das narinas. Isso também se relaciona directamente ao tipo de espírito comunicante e é antes uma reacção do organismo do médium às necessidades energéticas do transe.

g. Coronárias - o fluxo sanguíneo coronário é elevado pela adrenalina.
O fluxo aumentado ocorre mesmo quando não há aumento de pressão arterial na aorta, e decorre de três factores:
- aumento da compressão mecânica dos vasos coronarianos, devido à contracção mais forte do miocárdio circundante (músculo do coração), tendendo a reduzir o fluxo coronário.

Entretanto, um efeito oposto resulta da duração aumentada da diástole (maior tempo de relaxamento do coração).
- acção directa sobre os vasos coronarianos, embora seja um efeito de pequena monta, se comparado ao terceiro factor.
- efeito dilatador metabólico resultante da força de contracção aumentada e devido a metabólicos produzidos localmente, resultantes da hipoxia miocárdica reactiva.

O aumento do fluxo de sangue nos vasos coronarianos é necessário para preservar a integridade do miocárdio que está trabalhando mais durante o transe.
Contudo, pessoas que têm problemas nesses vasos tenderão a aumentá-los mais.


3. Efeitos Cardíacos
A adrenalina é um poderoso estimulante.
Age directamente no miocárdio, células do marcapasso e tecidos de condução (do ritmo cardíaco).

Essa estimulação é independente das alterações da função cardíaca secundária ao retorno venoso aumentado e a outros efeitos vasculares periféricos.
É interessante notar que, sendo uma função essencialmente de doação, a mediunidade se utiliza em larga escala do funcionamento do coração, o órgão cuja relação psíquica é a doação.

A frequência cardíaca aumenta e, muitas vezes, o ritmo cardíaco é alterado.
Os médiuns, portanto, tendem a apresentar arritmias cardíacas.

A sístole cardíaca (contracção da musculatura do coração), é mais curta e mais poderosa.
O débito cardíaco (quantidade de sangue que o coração ejecta e manda para o corpo) é aumentado.

O trabalho do coração e o consumo de oxigénio são aumentados acentuadamente.
A eficiência cardíaca (trabalho realizado em relação ao consumo de oxigénio) é diminuída.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:47 pm

O electrocardiograma (ECG) também apresenta alterações:
- diminuição da amplitude da onda T
- desvio do seguimento S-T, podendo ser atribuído a hipoxia miocárdica.

A mediunidade não age como um exercício aeróbico que melhora o funcionamento cardíaco. Antes ela representa uma estimulação que precisa ser bem dosada para que se obtenham os melhores resultados.

4. Efeitos sobre os músculos lisos

Os efeitos são variáveis nos diferentes órgãos.
A musculatura lisa gastrointestinal é relaxada.
O tónus intestinal diminui, a frequência e amplitude das contracções espontâneas são reduzidas.

O estômago é geralmente relaxado e os esfíncteres, pilórico e ileocecal, são contraídos.
No entanto, esses efeitos dependem do tónus pré-existente na musculatura do estômago. Se ele já estiver baixo, ocorrerá contracção. Isso justifica a necessidade de alimentação leve antes das sessões mediúnicas e por quê, algumas vezes, o estômago parece "torcer-se".

A adrenalina relaxa o músculo detrusor da bexiga e contrai o trígono e os músculos do esfíncter. Isto pode resultar numa hesitação na micção e contribuir para a retenção de urina na bexiga.
Havendo retenção, a possibilidade de formação de cálculos vesicais aumenta a longo prazo.

5. Efeitos Respiratórios

A adrenalina estimula a respiração, mas é um efeito breve.
Ela afecta a respiração mais significativamente através de suas acções periféricas, particularmente relaxando a musculatura brônquica.

Possui uma acção bronco-dilatadora poderosa, mais evidente quando a musculatura brônquica está contraída devido a doenças como asma.
Há aumento da capacidade vital e alívio da mucosa brônquica.
Provavelmente isso ocorra por diminuição da liberação de histamina.

A adrenalina aumenta a frequência respiratória e o volume corrente, reduzindo, assim, o conteúdo de gás carbónico nos alvéolos.

Sabendo-se da necessidade aumentada de oxigénio durante o transe mediúnico, esse aumento da função respiratória é coerente e facilmente previsível.

6. Efeitos metabólicos

A adrenalina eleva as concentrações sanguíneas de glicose e de lactato.
O efeito predominante sobre a insulina é o de inibição.
A adrenalina diminui a captação de glicose pelos tecidos periféricos, em parte pela acção da insulina, mas estimula a glicogenólise (quebra da molécula de glicose armazenada), na maior parte dos tecidos.

O transe mediúnico consome glicose, inclusive aquela armazenada pelo corpo, levando a perda de peso.
Não se deve descuidar, portanto, do consumo de glicose durante o transe mediúnico.
É preciso que, antes da sessão, o médium tenha se alimentado.

A alimentação deve ser forte o suficiente para prover a quantidade necessária de glicose e leve o bastante para não pesar no estômago, já que o sangue está desviado para fora dessa víscera.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:48 pm

Ocorre aumento na concentração de ácidos graxos livres no sangue pela activação da lípase (enzima que digere gordura).
A gordura é depositada na musculatura e no fígado, provavelmente devido à quantidade aumentada de ácidos graxos no sangue.
Ocorre ainda aumento de colesterol, fosolipídios e lipoproteínas, aumentando também a incidência de arteriosclerose e doenças da artéria coronária.

A acção calorigénica (aumento do metabolismo), refere-se a um aumento da ordem de 20 a 30% no consumo de oxigénio.
O médium tem uma sensação de calor e os gastos de energia diminuem o peso.

7. Efeitos variados

A adrenalina promove redução no volume plasmático circulante, pela perda de líquidos sem proteínas para o espaço extra celular, aumentando assim as concentrações eritrocitárias (de glóbulos vermelhos), e de proteínas plasmáticas.
Isso deve ser cuidado com a ingestão de líquidos antes da sessão, pois o médium sentirá sede e a falta de líquido circulante predispõe à formação de cálculos renais, na vesícula e na bexiga.

Ocorre aumento na contagem leucocitária total (número de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa imunológica do organismo), mas causa eosinopenia (diminuição dos glóbulos vermelhos).
Alterações do hemograma podem aparecer sem estar acompanhadas de sintomas de anemia ou diminuição na capacidade de reagir a infecções, gripes e resfriados.

A adrenalina promove aceleração da coagulação sanguínea, provavelmente devida à actividade aumentada do factor V de coagulação.
A acção sobre as glândulas secretoras não é acentuada.

Na maior parte das glândulas a secreção é inibida, parcialmente pelo fluxo de sangue reduzido pela vasoconstrição.
O médium então tenderá a alterações hormonais discretas ou com sintomas, como hipoglicemia, hipotiroidismo, etc.
A adrenalina causa estimulação da secreção de lágrimas e de uma secreção mucosa escassa das glândulas salivares.

É comum o médium chorar durante a sessão, não significando necessariamente tristeza.
Ocorre ainda sudorese e aumento da actividade pilomotora.
A pessoa sente arrepios, não relacionados a frio, e diz que é o espírito, quando, na verdade, trata-se de uma reacção normal à descarga de adrenalina que ocorre no transe mediúnico.

O suor tem um odor característico diferente do suor de exercício físico.
A adrenalina causa midríase por contracção da musculatura ocular e abaixamento da pressão intra-ocular, tanto em pessoas normais, como em portadores de glaucoma.

A adrenalina não excita directamente a musculatura esquelética (ligada aos ossos, com comando voluntário), mas facilita a transmissão neuro-muscular e abole temporariamente a fadiga devido à estimulação rápida prolongada do nervo motor.

Há aumento real na força motora dos membros.
Doses elevadas ou repetidas de adrenalina, ou correspondente de excesso de transes mediúnicos, levam a lesão das paredes arteriais e do miocárdio.

São lesões graves com aparecimento de regiões necróticas (com morte de células), semelhantes às do enfarto do miocárdio.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:48 pm

8. Efeitos sobre o sistema nervoso central (SNC)

A adrenalina não é um estimulante poderoso do SNC por causa da dificuldade dessa molécula muito polar (com carga eléctrica importante), penetrar no SNC.
Em muitas pessoas, a adrenalina pode causar agitação, apreensão, cefaleia (dor de cabeça), e tremores.

Esses efeitos podem ser secundários aos efeitos cardio-respiratórios e metabólicos periféricos. Esses sintomas não devem ser confundidos com o tipo de espírito manifestante, nem com determinado tipo de mediunidade ou trabalho mediúnico.

Além dessas alterações que ocorrem em níveis químicos, a mediunidade ocasiona alterações em níveis menores intracelulares.

As pessoas que apresentam capacidade mediúnica têm metabolismo energético próprio, adequado a essa função.
São grandes produtores de ectoplasma.

Ectoplasma, que Kardec chama de energia vital, é o veículo transmissor do pensamento e, portanto, necessário para a realização do transe mediúnico.
Ele é composto de uma parte material (energia vinda da respiração), e outra parte imaterial (o fluido vital).

Todo transe mediúnico consome energia que é obtida nos processos respiratórios em nível intracelular.
No corpo humano, as células apresentam estruturas, lugares específicos para cada função, que são as organelas.

Em todas as células humanas há a organela responsável pela produção de energia: as mitocôndrias, local onde ocorre a respiração celular.
O processo químico da respiração consiste basicamente em deslocar eléctrons de um complexo (substância cuja molécula é grande), para outro, até chegar ao oxigénio - o receptor final de eléctrons.

A passagem de eléctrons de um para outro complexo libera energia na forma de fótons (onda electromagnética de luz), que é armazenada numa molécula especial: o trifosfato de adenosina ou ATP.

Sempre que há necessidade de energia, qualquer célula do organismo irá recorrer às moléculas de ATP, bastando retirar um fosfato e transformar em ADP (adenosina difosfato).

A transformação em monofosfato é menos energética.
Esses ATP's formados nas mitocôndrias podem ser usados imediatamente ou podem ser guardados pelo organismo, na forma de gordura (tecido adiposo).

Paralelamente à formação dos fótons, ocorre um escape energético da energia que está agregada ao fluido vital da pessoa, fabricando o ectoplasma.
Esse processo está na dependência do gene contido na mitocôndria, um gene circular que não faz parte dos genes nucleares. Cada mitocôndria possui um gene circular e o número de mitocôndrias numa célula é muito variável.

Os músculos estriados (músculos esqueléticos), são as células que mais têm mitocôndrias, podendo chegar a um total de 300 dessas estruturas numa única fibra (célula muscular).

Pessoas com abundante produção de ectoplasma são mais sensíveis às percepções mediúnicas, pois o veículo do pensamento em grande quantidade facilita isso.

Essas percepções podem ser desagradáveis e, num mecanismo de defesa e protecção contra elas, o próprio organismo encarrega-se de minorá-las. Isso pode ser feito de dois modos:
- diminuindo a produção global de energia e de ATP, por diminuição do aporte de oxigénio, por doenças pulmonares ou por tabagismo.
- utilizando o maior número possível de ATP (deslocando a reacção para esse lado) e armazenando-o na forma de gordura, na obesidade.
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SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira Empty Re: SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:48 pm

Em níveis ainda menores, ondulatórios ou de consciência, os sintomas que a pessoa irá sentir devidos à mediunidade ocorrerão na área psíquica e serão sintomas mentais, vivências internas e/ou comportamentais.

Os fenómenos mediúnicos sempre ocorrem com uma alteração do nível de consciência, isto é, do estado de vigília, do quanto estamos acordados e despertos para o mundo à nossa volta.

Naturalmente, o nível de consciência de uma pessoa oscila durante o dia a cada 90 minutos: a pessoa como que "adormece" e volta a acordar, repetindo o ciclo várias vezes.

Essas variações normais da consciência predispõem ao transe mediúnico, quando o nível rebaixado é aprofundado e a duração prolongada.
Com isso, há uma dificuldade em perceber a realidade, o mundo e as coisas ao redor, as quais parecem diferentes, com menos densidade e peso, estrutura.

É a desrealização, uma sensação de estranheza para com as coisas.
Concomitantemente, a pessoa sente-se também ela estranha, como se não existisse uma relação contínua entre ela agora e a de minutos atrás, como se ela tivesse se tornado uma outra pessoa, mas não totalmente diferente dela.

É a despersonalização.
Observam-se oscilações bruscas de humor, irritabilidade, tristeza, tendência ao choro ou euforia, alegria exagerada, sem motivo, pueril e tendendo facilmente à irritação e à briga.

Pensamentos recorrentes, repetitivos, são frequentes, sejam sobre assuntos complexos (o futuro da pessoa, sua capacidade de realização, auto-estima), sejam sobre questões triviais (brigar com o vizinho, intolerância).

A capacidade crítica está prejudicada e a pessoa parece não entender explicações recebidas, repetindo a mesma frase ou decisão anterior, apesar de ter prestado atenção à conversa.
A capacidade de concentrar-se também diminui e a pessoa fica dispersiva, distrai-se com qualquer coisa. Seu pragmatismo, a capacidade de realizar coisas úteis, diminui.

Há, porém, um juízo preservado e a pessoa tem consciência de todos esses sintomas e sofre com isso.
Essa percepção correcta do que está acontecendo é importante para diferir, psicopatologicamente, os fenómenos mediúnicos dos quadros de psicose.

Em níveis psíquicos mais profundos, subconsciente, também há alterações.
No cérebro humano, há uma região importante bem no meio, o hipotálamo.

Por estar na parte interna do cérebro, essa região não é cortical (parte mais externa), e, por isso, não é consciente - apenas o que ocorre no córtex cerebral é consciente.

No hipotálamo estão os núcleos nervosos responsáveis pelos comportamentos psicobiológicos básicos, de sobrevivência. Isso não é exclusivo do ser humano e é chamado de cérebro reptiliano, um cérebro de lagartixa que provê apenas a vida daquela criatura e de sua espécie.

Os comportamentos psicobiológicos são quatro: fome, sono, agressividade e sexualidade.
Na mediunidade, todos podem estar alterados, mas o mais comum é a alteração de um ou dois, que se alterna com a dos outros no decorrer do tempo.

A fome pode estar aumentada (como já foi visto) ou diminuída, numa negação da vida.
O sono pode estar aumentado ou diminuído ou fragmentado.

Sendo uma das fases do ciclo sono-vigília que mais depende do relógio biológico humano, está em relação directa com o funcionamento da pineal.
Sempre que afectado, para mais ou para menos, será um sono de baixa qualidade, não reparador.
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SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira Empty Re: SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:49 pm

O sono coloca a pessoa encarnada em contacto directo com o mundo espiritual.
As perturbações do sono representam, portanto, perturbações desse intercâmbio.
Assim, os períodos de adormecer e despertar são importantes para o preparo do sono e no trazer suas recordações.

A agressividade estará aumentada, determinando comportamentos de irritação, intolerância, discussão e brigas, até de violências físicas. quando voltada para si, a agressividade exacerbada torna-se a base dos transtornos de humor (depressão ou mania), do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), das fobias (medos específicos), da síndrome de pânico (desespero perante a vida e principalmente diante do limite da morte).

Pode também chegar à auto-violência física - o suicídio.
A sexualidade estará comprometida (não no sentido de homo ou heterossexualidade), com comportamentos bizarros (perversões) e perda de domínio (compulsões).

Além disso, e muito mais frequente, a sexualidade apresenta-se alterada como a base dos relacionamentos e vínculos humanos.

A sexualidade alterada levará ao isolamento social, afastamento do convívio das pessoas, exclusão e abandono de si e do mundo.
Em nível inconsciente, Jung refere-se às instâncias da mente humana.

Há quatro diferentes formas de o ser humano perceber a realidade e agrupam-se duas a duas, complementando-se.

Há, pois, o seguinte esquema:

INTUIÇÃO
(espiritualidade)

EMOÇÃO ____________|____________ RAZÃO
(coração, sentimentos)               |            (cérebro, pensar)

SENSAÇÃO
(corpo como um todo)
O equilíbrio central é raro e momentâneo, pois a mente é dinâmica e não somos perfeitos. Sempre que um dos pólos estiver super-excitado (continuamente gastando a maior parte da energia da mente), o pólo oposto estará atrofiado, necessitando de energia, atenção e desenvolvimento.

O conjunto de opostos RAZÃO - EMOÇÃO foi bem explicado na peça teatral "Conhecimento e Boa Vontade".
O binómio INTUIÇÃO - SENSAÇÃO reporta-nos à base orgânica da mediunidade: os hormónios sexuais.

É na puberdade, com o afloramento da sexualidade, que a mediunidade começa a aparecer.

Essa relação entre mediunidade e sexualidade não poderia ser diferente, pois a sexualidade é a base dos vínculos entre os seres humanos, e a mediunidade é uma função baseada em vínculos, em convivência.

A mediunidade vincula os seres encarnados e desencarnados, para que, convivendo, possam evoluir harmoniosamente.

Fim

§.§.§- O-canto-da-ave
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SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira Empty Re: SINTOMAS DE MEDIUNIDADE / Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

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