LUZ ESPÍRITA
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MEDIUNIDADE - Therezinha Oliveira

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:18 pm

MEDIUNIDADE
Therezinha Oliveira

SUMÁRIO
Apresentação


PRIMEIRA UNIDADE
MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA
1. Mediunidade: que é e como praticá-la
2. Mediunidade na Bíblia e no Espiritismo
3. Classificação da mediunidade
4. Mecanismo da mediunidade
5. Mediunidade e corpo físico
6. Desenvolvimento mediúnico
7. Concentração

SEGUNDA UNIDADE
ACÇÃO FLUÍDICA
8. Os fluidos
9. Aura e irradiação
10. Os centros de força
11. Animismo e Espiritismo
12. Emancipação parcial da alma - I
13. Emancipação parcial da alma - II
14. Clarividência e clariaudiência

TERCEIRA UNIDADE
A MEDIUNIDADE E O MÉDIUM
15. "De graça recebestes, de graça dai"
16. Perda e suspensão da mediunidade
17. Influência do meio no fenómeno mediúnico
18. Influência do médium na comunicação
19. Condicionamentos e viciações na manifestação mediúnica
20. A natureza dos Espíritos
21. Como avaliar se a reunião mediúnica está bem orientada
22. Obsessão -I
23. Obsessão-II

QUARTA UNIDADE
FENÓMENOS DE EFEITOS INTELIGENTES
24. Psicofonia
25. Psicografia
26. Vidência e audição
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:19 pm

QUINTA UNIDADE
FENÓMENOS DE EFEITOS FÍSICOS
27. De Hydesville a Kardec
28. O laboratório do mundo invisível
29. Manifestações físicas espontâneas
30. Levitação, transporte, transfiguração, escrita e voz directas
31. Materialização
32. Curas-I
33. Curas-II

APÊNDICE
RESPOSTAS DAS AVALIAÇÕES

APRESENTAÇÃO
Quanto ao livro da Dª. Therezinha, gostaria de anotar o seguinte:
Todo professor sabe reconhecer a importância de um livro didáctico.
É por ele que o professor organiza seu curso e conta com a correcção e simplicidade do texto para que seus alunos possam ter o aproveitamento esperado.
É assim que vejo o livro Mediunidade da Da. Therezinha:
correcto, de leitura fácil, temas muito bem escolhidos, um óptimo programa para os cursos de mediunidade.

Nubor Facure1

1. Nubor Facure é médico, formado pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, em Uberaba.
Fez especialização em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Leccionou na Faculdade de Medicina de Campinas - UNICAMP - durante 30 anos, onde fez doutorado, livre-docência e tornou-se professor titular.
Fundador do Instituto do Cérebro de Campinas, em 1987, ultrapassou a marca de 100.000 pacientes neurológicos registados em sua clínica particular.
Autor das obras O Cérebro e a Mente, A Ciência da Alma e Muito Além dos Neurónios, articulista e orador sobejamente conhecido, respeitado e querido dentro e fora do movimento espírita.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:20 pm

PRIMEIRA UNIDADE
MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA


CAPÍTULO 1
MEDIUNIDADE:
QUE É E COMO PRATICÁ-LA


A mediunidade
É natural que nos comuniquemos com os Espíritos desencarnados e eles connosco, porque também somos Espíritos, embora estejamos encarnados.
Pelos sentidos físicos e órgãos motores, tomamos contacto com o mundo corpóreo e sobre ele agimos.
Pelos órgãos e faculdades espirituais, mantemos contacto constante com o mundo espiritual, sobre o qual também atuamos.
Todas as pessoas, portanto, recebem a influência dos Espíritos.
A maioria nem percebe esse intercâmbio oculto, em seu mundo íntimo, na forma de pensamentos, estados de alma, impulsos, pressentimentos etc.
Mas há pessoas em quem o intercâmbio é ostensivo.
Nelas, os fenómenos são frequentes, marcantes, intensos e bem característicos (vidência, audição, psicofonia, psicografia, efeitos físicos etc.), ficando evidente uma outra individualidade:
a do Espírito comunicante.
A essas pessoas, Allan Kardec denominou médiuns.
Médium é uma palavra de origem latina, neutra (serve para os dois géneros); quer dizer medianeiro, que está no meio.
De facto, o médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, podendo ser o intérprete ou instrumento para o Espírito desencarnado.
Mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos Espíritos, ensejando o intercâmbio, a comunicação, entre o mundo físico e o espiritual.
Sendo uma faculdade, é capacidade que pode ou não ser usada.
Sendo natural, manifesta-se espontaneamente, mas pode ser exercitada ou desenvolvida.

Há mediunidade nos animais?
A mediunidade é uma faculdade do reino hominal.
Os animais não são médiuns.
Têm certo desenvolvimento e podem perceber a presença de Espíritos e sofrer-lhes a influência.
Mas ainda não atingiram o nível de pensamento e sentimento dos seres humanos (encarnados ou não).
Por isso, não têm condições de entender nem expressar o que os humanos pensam e sentem.

É aconselhável pratiquemos a mediunidade?
Sim, porque o seu exercício nos traz inúmeros e grandes benefícios.
O benefício primeiro e geral da mediunidade está em provar que o Espírito existe, é imortal e conserva no Além a sua individualidade.
Exercitando a mediunidade poderemos:
- informar-nos sobre o que existe e acontece no plano espiritual, mesmo em continuidade à vida terrena e como decorrência dos actos de cada um neste mundo;
- receber a ajuda dos bons Espíritos (ensinamentos, consolações e, às vezes, curas);
- ajudar os bons Espíritos no socorro e esclarecimento espiritual de encarnados e desencarnados;
- desenvolver e educar nossas faculdades mediúnicas;
- ampliar e aperfeiçoar o relacionamento com encarnados e desencarnados (nossa grande família universal), conseguindo, às vezes, contactar com seres queridos já desencarnados, quando as leis divinas permitirem, por ser necessário e oportuno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:20 pm

Há algum perigo ou desvantagem nela?
Quando sua prática estiver mal orientada, sim.
Expliquemos o porquê.
Ao oferecermos ambiente e disposição para o intercâmbio mediúnico, os Espíritos acorrem em maior número que normalmente, e contam com mais condições para exercer sua influência sobre os médiuns e sobre os participantes da reunião.
Eles vêm atraídos pela lei de afinidade (conforme o grupo pensa e sente) e agem pelos pensamentos e em acção fluídica (nem sempre percebidos pelos participantes).
Se o grupo não for vigilante nem preparado para o intercâmbio, poderá atrair muitos Espíritos inferiores e sofrer prejuízos, tais como:
- acção fluídica maléfica (vibrações malsãs, envolvimento perturbador) e mesmo física (desordens, violências) sobre pessoas e ambiente;
- má orientação espiritual e mistificações;
- obsessão individual ou colectiva.
Os médiuns sem esclarecimento, de faculdade não educada, podem ser vítimas de desgastes, de sugestão, do animismo e até defraudarem.
Os assistentes, além dos prejuízos já mencionados, podem vir a:
- sofrer descrença (ante os erros e absurdos que presenciarem numa reunião mal orientada); ou
- se fanatizarem (se não forem capazes de perceber os erros e absurdos, e derem crédito a tudo).

Na orientação kardequiana, a segurança
A prática mediúnica, conquanto muito difundida, está cheia de erros e crendices que surgem quando os encarnados:
- aceitam a orientação má dos Espíritos inferiores; ou - agem por si próprios, com ignorância, vaidade, orgulho, ambição, má-fé.
Para evitar os perigos do intercâmbio mal dirigido e conseguir os mais sublimes e edificantes resultados na prática mediúnica, temos directrizes seguras no Espiritismo - a doutrina revelada pelos bons Espíritos e codificada por Allan Kardec -, que nos permite conhecer melhor os Espíritos (sua origem, natureza e destinação) e a mediunidade (que é, por que, para que, como e quando empregá-la).

Avaliação
1) Defina o que é mediunidade.
2) Qual o primeiro e geral benefício que a prática da mediunidade nos traz?
3) Onde encontramos segurança para o intercâmbio mediúnico?

Bibliografia
De Allan Kardec:
-O Livro dos Médiuns, 2â parte, caps. XIV (item 159) e XXII.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:21 pm

CAPÍTULO 2
MEDIUNIDADE NA BÍBLIA E NO ESPIRITISMO

Como doutrina codificada, o Espiritismo é recente.
Data de 18 de abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, em Paris, capital da França.
Antiquíssimos, porém, são os fenómenos mediúnicos.
Eles se deram em todos os tempos e em todos os povos e lugares - conforme a História comprova -, porque a mediunidade é uma faculdade inerente ao ser humano, sendo lei natural a comunicação entre os Espíritos encarnados e desencarnados.
O intercâmbio mediúnico sempre esteve ligado ao serviço religioso, porque, neste ambiente, a elevação do pensamento, na meditação e na prece favorece o fenómeno.
E, a princípio, era feito apenas por iniciados, isto é, por homens ou mulheres que se preparavam especialmente para essa actividade, através de um treinamento que incluía conhecimentos, técnicas e exercícios e, às vezes, levava dezenas de anos, sendo denominados pitons e pitonisas, arúspices, oráculos, adivinhos, profetas, sibilas etc.
O povo considerava os fenómenos mediúnicos maravilhosos, sobrenaturais, porque desconhecia as leis que o regem.
E quem podia produzir esses fenómenos e fazer o intercâmbio mediúnico era considerado um ser privilegiado, investido de poderes divinos.
Deste conceito se aproveitavam os sacerdotes na índia, Pérsia, no Egipto ou em Roma, para exercer influência sobre o povo e até mesmo sobre os governantes, se estes o permitissem.
Para assegurar esse poder sobre as massas, usavam não somente suas faculdades mediúnicas, mas, também, as práticas mágicas e a prestidigitação.

A proibição de Moisés
Nos tempos bíblicos, quando o povo hebreu se sentia em cativeiro no Egipto, o intercâmbio mediúnico, por influência das práticas dos gentios (os povos não israelitas), estava sendo utilizado para adivinhações, interesses egoístas, materiais e mesquinhos, misturando-se com práticas mágicas e, até, sacrifícios humanos.
Por isso, Moisés, o grande médium e legislador hebreu, ao retirar o seu povo do Egipto, proibiu a prática mediúnica de modo geral.
Essa proibição consta do livro Deuteronómio, 18:9-13:
"Quando entrares no país que Javé, teu Deus, te der (...)
Não se achará, entre ti, quem faça passar pelo fogo o seu filho ou filha, quem se entregue à adivinhação, aos augúrios, às feitiçarias e à magia.
Quem recorra aos encantamentos, interrogue aos espíritos, ainda que familiares, e quem invoque os mortos.
Porque todo homem que pratica estas coisas é abominável para Javé e é por causa destas abominações que Javé, teu Deus, vai expulsar estas nações da tua presença."
O facto de Moisés haver proibido o intercâmbio mediúnico demonstra que ele é possível, pois o impossível não é preciso proibir.
Mas a proibição de Moisés não era uma condenação da mediunidade em si mesma.
Visava, apenas, a reprimir os abusos, os desvios.
Particularmente, Moisés continuou usando sua mediunidade para receber as instruções que os bons Espíritos lhe vinham dar, em nome de Deus.
Para isso, ele era um profeta (porta-voz, o que fala por alguém), ou seja, um intermediário, um médium.
E desejava que todo o povo viesse a fazer o intercâmbio também, mas de modo correto e superiormente inspirado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:22 pm

É o que se vê nesta passagem em Números, 11:26-29, que podemos resumir assim:
Moisés pedira ajuda a Deus para atender ao povo muito numeroso e recebera promessa de que o Senhor iria "derramar o seu Espírito" sobre setenta anciãos do povo para ajudá-lo no atendimento.
Na hora aprazada, isso ocorreu na tenda em que era feita a concentração e oração por Moisés.
Mas dois dos anciãos, Eldad e Medad, haviam ficado no campo e ali mesmo começaram a profetizar (a falar mediunizados).
Foram contar a Moisés, porque era proibido, e Josué queria que Moisés mandasse impedir aquela manifestação.
Mas a manifestação era verdadeira e necessária, embora ocorrendo fora da tenda, por isso Moisés retrucou:
"Por que hás-de ser tão ciumento a meu respeito?
Prouvera a Deus que todo o povo fosse feito de profetas, e que o Senhor lhes desse o seu espírito!"

A libertação por Jesus
Quando, cerca de 1.300 anos depois, Jesus veio à Terra, a humanidade já havia evoluído um pouco mais e poderia voltar a utilizar com acerto a mediunidade, que Moisés proibira.
Aliás, a esse tempo, já não se falava mais da interdição do intercâmbio, tanto que, no Novo Testamento, não há uma única passagem que mencione a proibição da mediunidade.
Em vez disso, temos muitas passagens em que Jesus afirma, ensina e exemplifica a prática mediúnica.
Eis algumas:
1) Afirmando a influência de Espíritos bons e maus sobre as pessoas.
De um bom Espírito sobre Pedro, quando este declara "Tu és o Cristo" (Mt 16:13-17).
De um espírito inferior, no caso da expulsão do Espírito "imundo" (Mt 12:43-45 e Lc 11:26).
2) Exemplificando o intercâmbio com o Além.
Ao conversar com Moisés e Elias materializados (Mt 17:1-18).
Dialogando com a legião de Espíritos que obsidiava um homem, um gadareno (Mc 5:1-20).
3) Estimulando e orientando as faculdades mediúnicas nos discípulos
(Mt 10:1,8)
''Conferiu-lhes o poder", ordenando que trabalhassem com suas mediunidades:
"Curai os doentes", "purificai os leprosos"
(mediunidade curadora);
"ressuscitai os mortos"
(trazê-los de volta pela comunicação);
"expulsai os demónios"
(esclarecer os obsessores, afastando ou encaminhando).
4) Anunciando um "baptismo de espírito santo" (mergulho em espiritualidade superior), o que se cumpriu no Dia de Pentecostes, quando os discípulos, mediunizados, falaram em outros idiomas e Pedro esclareceu que se estava cumprindo uma profecia de Joel:
"(...) nos últimos dias acontecerá (diz Deus) que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões, vossos velhos, sonhos."
Era a libertação da mediunidade para toda a humanidade.
E essa promessa, disse Pedro, abrangeria "a todos quantos Deus nosso Senhor chamar" (At 1:4,5; 2:1-39).
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:22 pm

O uso da mediunidade no Espiritismo
Alguns séculos depois, não respeitando a liberação da mediunidade que Jesus fizera, grupos religiosos, querendo o domínio no campo religioso, tentaram proibir de novo o intercâmbio mediúnico, dizendo ser obra do demónio e perseguindo os que o praticavam, sob a acusação de serem bruxos ou feiticeiros.
Mas o progresso intelectual já libertou o povo da ignorância e Deus já "derramou o seu Espírito sobre toda a carne", isto é, a sensibilidade já se desenvolveu na espécie humana e a mediunidade se generalizou, sendo impossível conter a manifestação dos Espíritos por toda parte.
Surgiu, então, o Espiritismo, que utiliza a mediunidade como instrumento valioso de espiritualização da humanidade.
Também não concorda que se faça mau uso dela.
Esclarece que tem finalidade superior e ensina técnicas para a segurança e proveito espiritual em sua prática, especialmente em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.
"Sem a força disciplinadora da Doutrina dos Espíritos, sem a orientação cristã do Espiritismo, seriam os fenómenos, sem dúvida, apenas um turbilhão de energias avassalantes, desorientadas, sem rumo nem objectivo definido, sem finalidade educativa."
(Martins Peralva, Mediunidade e Evolução, cap. XXVI)

Avaliação
1) Por que Moisés proibiu a prática generalizada da mediunidade?
2) Que fez Jesus em relação ao exercício da mediunidade?
3) Qual a posição do Espiritismo ante a proibição de Moisés?

Bibliografia
De Allan Kardec:
-O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI;
-O Livro dos Médiuns, 2- parte, cap. XXVIII;
- Revista Espírita, outubro de 1863.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:22 pm

CAPÍTULO 3
CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE

Conforme os seus efeitos, o tipo de fenómeno que produz, a mediunidade classifica-se em:
1. Mediunidade de efeitos físicos (também chamados materiais ou objectivos)
É aquela em que a acção dos Espíritos produz efeitos na matéria, fenómenos que sensibilizam directamente os órgãos dos sentidos dos observadores.

Podem ser classificados assim:
a) Sonoros:
desde os simples raps (pancadas secas) até os estrondos, passando pelos fenómenos em que é produzida música, sem haver no local instrumentos para executá-la.
b) Luminosos:
produção de centelhas, clarões, luzes.
c) Motores:
movimentação de corpos inertes, sem nenhum contacto físico ou outro meio material.
Neste item, temos o accionamento de comutadores, colocação de aparelhos em funcionamento, o correr do copinho ou do ponteiro sobre a prancheta.

Destacam-se os fenómenos de:
c1 ) Levitação:
um ser ou objecto é suspenso no ar, aparentemente contrariando a lei da gravidade.
c.2) Transporte:
um ser ou objecto é levado de um local para outro.
d) Modificadores ou plasmadores:
tais como a fervura da água ou a mudança de sua composição, cor, cheiro, gosto etc., sem que se use nenhum processo material para isso.

Destacam-se nesta ordem de fenómenos:
d.1) Moldagens: por exemplo, de flores ou mãos em parafina fervente.
d. 2) Materialização: formação (parcial ou total) de coisas ou corpos.
Costumam ser temporárias; as duradouras talvez sejam mais um fenómeno de transporte.
d.3) Transfiguração: modificação dos traços fisionómicos do médium ou do seu aspecto geral.
e) Voz directa: produção de som correspondente à voz humana, articulada e audível por todos os presentes.
f) Escrita directa: produção de escrita sem o concurso de mãos humanas.
g) Curas: alteração benéfica no corpo físico, produzida por evidente intervenção de Espíritos em acção instantânea, tendo o médium apenas fornecido o ectoplasma.

Observações:
1) Tiptologia: quando os efeitos sonoros formam uma linguagem (ex.: 1 pancada = sim; 2 pancadas = não).
Classifica-se em:
1.a) Interior:
pancadas produzidas no interior da massa material (objecto, mesa, parede etc.), sem movimento externo;
1 .b) Basculante:
com movimento do objecto para dar as pancadas (ex.: o tripé batendo com um dos pés);
1 .c) Alfabética:
quando, com movimento ou não dos objectos, as pancadas assinalam a letra desejada do alfabeto.
2) Sematologia: quando os sons, luzes ou movimento de objectos deixam transparecer uma vontade, intenção (ex.: seguir alguém, indicar algo) ou um sentimento (ex.: agrado ou irritação).
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:23 pm

2. Mediunidade de efeitos inteligentes (também chamados intelectuais ou subjectivos)
É aquela em que os fenómenos ocorrem na esfera subjectiva do médium, não ferindo os cinco sentidos dos observadores, mas, sim, a racionalidade e o intelecto do médium.
a) Vidência: quando o médium vê no campo fluídico;
b) Audição: quando o médium ouve no campo fluídico;
c) Psicofonia: quando o Espírito fala por meio do médium;
d) Psicografia: quando o Espírito leva o médium a escrever.

Avaliação
1) Quando os fenómenos mediúnicos são chamados de "efeitos físicos"?
2) E quando são eles considerados de "efeitos inteligentes"?
3) Cite dois exemplos de cada tipo.

Bibliografia
De Allan Kardec:
- O Livro dos Médiuns, 2- parte, caps. XII e XVI.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Set 01, 2019 7:23 pm

CAPÍTULO 4
MECANISMO DA MEDIUNIDADE

1. O PERISPÍRITO
É o envoltório fluídico, feito de substância semi-material, que os Espíritos extraem do fluido universal (modificado conforme o mundo a que estejam relacionados).
Paulo alude ao perispírito quando fala em "corpo espiritual"
(ICor, 15:44).

Algumas de suas propriedades
O perispírito:
1) É imponderável;
2) É flexível e expansível, penetrável e penetrante;
3) Assimila fluidos com facilidade;
4) É invisível e intangível para os sentidos humanos;
5) Tem grande plasticidade, sua forma varia conforme o que o Espírito mentalize.

Suas funções
1) É o veículo do pensamento do Espírito e o instrumento directo de sua vontade e acção;
2) Faz a relação do Espírito com o meio em que se encontre;
3) Comprova a existência do Espírito e torna reconhecida a sua individualidade;
4) Serve de molde ao corpo físico (organizador biológico);
5) É sede da memória.

Nos Espíritos
As sensações, para os Espíritos, estão localizadas em todo o perispírito.
Nos Espíritos superiores, isso dá a "perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e das ideias".
Nos inferiores, os fluidos são tão materializados que lhes podem dar até a sensação de frio, de fome etc.
Pelo perispírito, o Espírito pode agir tanto sobre a matéria do nosso mundo, como sobre nosso corpo físico, ou sobre nosso perispírito.
Sem esse envoltório fluídico, o Espírito seria inconcebível para nós, os encarnados.

Nos encarnados
Nos encarnados, o perispírito faz a relação especialmente entre o Espírito e o corpo físico, em cujos órgãos as sensações estão canalizadas.
Sua substância está impregnada do fluido vital (haurido para a encarnação), que o dos desencarnados não possui.
Em determinadas condições (sonambulismo, êxtase, transe mediúnico), funciona como o dos Espíritos libertos.

2. O PERISPÍRITO NAS MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS
O intercâmbio entre os Espíritos e os encarnados processa-se graças às propriedades do perispírito.
Ou seja, é por meio do perispírito que o Espírito atua sobre o médium, influindo sobre seu corpo ou seu perispírito.
E é pelas condições do seu perispírito que o médium perceberá ou não o plano espiritual e intermediará a influência dos Espíritos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:34 pm

Nos efeitos físicos
Para agir sobre a matéria, falta ao Espírito o fluido animalizado, porque só os encarnados o possuem.
Então, procura alguém que o emane em abundância (é o médium de efeitos físicos).

Encontrando o médium adequado, o Espírito:
a) Combina seu próprio fluido com o dele e com os do meio ambiente (natureza);
b) Com essa mistura, satura os espaços inter-atómicos e intermoleculares da matéria;
c) Através dessa ligação fluídica consegue "animar" objectos materiais, compor formas e, por efeito de sua vontade, movimentá-las.

Na comunicação inteligente
A ligação do Espírito do médium ao seu corpo, pelo perispírito, teve lugar no processo da reencarnação e não poderia ser desfeita, sob pena de desagregação do corpo físico.
Portanto, o Espírito comunicante jamais toma o lugar do encarnado, apenas influi sobre ele, em acção fluídica.
Os fenómenos mediúnicos intelectuais dependem de um estado especial da consciência, que ocorre quando há certa exteriorização do perispírito do médium que, mais livre das vibrações grosseiras da matéria, entra na posse dos seus sentidos espirituais, podendo, então, sentir intuitivamente a amplitude do Mundo Invisível que nos rodeia.
Em tal estado, por um fenómeno de associação e assimilação da onda do pensamento dos desencarnados, o médium lhes serve de instrumento, inconsciente ou conscientemente, conforme a maior ou menor exteriorização conseguida.
Assimilado o pensamento, o médium o interpretará para transmiti-lo ao plano físico em que vivemos.
Nos casos de psicofonia inconsciente, em que há grande expansão perispiritual, o Espírito comunicante poderá actuar directamente sobre o cérebro do médium, por meio dos centros nervosos liberados.
Convém lembrar, também, que o fenómeno inteligente pode estar combinado com o fenómeno de efeito físico.

Avaliação
1) O Espírito comunicante toma o corpo do encarnado para se manifestar?
2) De que dependem os fenómenos mediúnicos intelectuais?
3) Que acontece no fenómeno chamado intuição?

Bibliografia
De Allan Kardec:
- O Livro dos Médiuns, 2- parte, caps. II a V, IX a XIII e XV;
- Revista Espírita, 1858 (jan., maio e jun.), 1859 (maio, ago. e set.), 1860 (maio), 1863 (maio) e 1864 (out.).
De Gabriel Delanne:
- O Fenómeno Espírita, 2- parte, cap. I.
De Hernâni G. Andrade:
- Espírito, Perispírito e Alma, cap. 1.
De Leon Denis:
- No Invisível, caps. XVI a XVIII.
De Therezinha Oliveira:
- Fluidos e Passes, Primeira Unidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:35 pm

CAPÍTULO 5
MEDIUNIDADE E CORPO FÍSICO

A base física da mediunidade
A base da mediunidade está na organização física do corpo que habitamos.
Conforme essa organização, nosso perispírito se libera com mais facilidade, readquirindo, assim, as percepções e faculdades espirituais que geralmente o corpo material embota.
Por que dispomos ou não dessas condições?
Por merecimentos ou necessidades espirituais.
Somos ou não médiuns conforme as nossas condições físicas atuais, sem que isso implique, só por si, qualidade espiritual.
"O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?
Não; a faculdade, propriamente dita, se radica no organismo; independe do moral.
O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades do médium."
(Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2- parte, cap. XX)
O uso da faculdade mediúnica, pois, implica moralidade.
Assim como todos nós, tendo olhos que enxergam, mais ou menos, os utilizaremos de acordo com nosso senso moral.

Mediunidade e doença
Mediunidade não é doença nem leva à perturbação, pois é uma faculdade natural.
Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas, é por sua falta de equilíbrio emocional, por sua ignorância do que seja a mediunidade ou porque está sob a acção de Espíritos ignorantes, sofredores, maus.
Como há pessoas que não sabem manter o equilíbrio no uso da mediunidade e por isso apresentam distúrbios, foi levantada a hipótese de ser a mediunidade um estado patológico, ou seja, de doença do médium.
Para esclarecimento do assunto, Allan Kardec indagou e os Espíritos responderam:
"Será a faculdade mediúnica indício de um estado patológico qualquer, ou de um estado simplesmente anómalo? (anómalo = fora do normal)
Anómalo, às vezes, porém não patológico; há médiuns de saúde robusta; os doentes o são por outras causas."
(Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2- parte, cap. XVIII)

Actualmente, as pesquisas no campo da Parapsicologia já evidenciaram o que o Espiritismo, há mais de cem anos, preconizava:
a) "Os fenómenos paranormais não são patológicos", afirma Robert Amadou (Parapsicologia, 4- parte, cap. IV, nº 5);
b) "Até hoje, nada indicou qualquer elo especial entre funções psicopatológicas e parapsicológicas", diz J. B. Rhine
(Fenómenos e Psiquiatria, p. 40).

Mediunidade e loucura
"Poderia a mediunidade produzir a loucura?
Não mais do que qualquer outra coisa, desde que não haja predisposição para isso, em virtude de fraqueza cerebral.
A mediunidade não produzirá a loucura, quando esta já não exista em gérmen; porém, existindo este, o bom-senso está a dizer que se deve usar de cautelas, sob todos os pontos de vista, porquanto qualquer abalo pode ser prejudicial."
(Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XVIII)
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:35 pm

Se o princípio predisponente da loucura existir, fácil é reconhecê-lo pelas condições psíquicas e mentais da pessoa.
Em muitos casos, porém, rotulada como doença mental, segundo os cânones científicos, o que há é simples perturbação espiritual que, tratada convenientemente, cede por completo.
Em outros casos, o exercício da mediunidade não teve os cuidados necessários e gerou obsessões e subjugações de curto, médio e longo curso, que somente uma assistência espiritual adequada e paciente poderá resolver.

Mediunidade e fadiga
Por estar na dependência do físico, a mediunidade causará fadiga, quando o seu uso não for controlado e o dispêndio de energias não for devidamente compensado.
É o que fica bem esclarecido nesta pergunta e sua resposta:
"O exercício da faculdade mediúnica pode causar fadiga?
O exercício muito prolongado de qualquer faculdade acarreta fadiga; a mediunidade está no mesmo caso, principalmente a que se aplica aos efeitos físicos, ela necessariamente ocasiona um dispêndio de fluido, que traz o. fadiga, mas que se repara pelo repouso."
(Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XVIII)
A fadiga, no caso, será do corpo; espiritualmente, o médium até se fortalecerá, conforme a natureza dos Espíritos manifestantes e a boa orientação no trabalho que for efectuado mediunicamente.

Quando não convém exercitar a mediunidade
O exercício da mediunidade deve ser evitado nas pessoas que não podem sofrer sobre-excitação, tais como:
1) As que apresentam fraqueza mental ou tendências à excentricidade;
2) As de organismo débil por natureza ou debilitado por doença grave ou outras causas (como a epilepsia);
3) As mulheres, quando em gestação, porque a acentuada imantação entre Espírito e médium, em certas comunicações, pode reflectir fortemente sobre o estado emocional e físico da gestante, vindo a repercutir sobre o corpo em formação e a mente do reencarnante.
É compreensível, também, que as mulheres médiuns suspendam seu trabalho mediúnico nos dias em que a menstruação lhes for muito incómoda.

Mediunidade em crianças
A mediunidade pode se manifestar na pessoa desde a fase da infância.
Mas não é aconselhável o exercício da mediunidade em crianças, porque:
1) O organismo, débil e em formação, pode sofrer indesejáveis abalos, pela actuação de Espíritos irresponsáveis ou malévolos;
2) A imaginação está em grande actividade e pode sofrer sobre-excitação;
3) Não têm ainda discernimento suficiente para lidar com os Espíritos nem valorizar sua faculdade e empregá-la com a gravidade necessária.
As vezes, as manifestações mediúnicas que a criança apresenta são por causa das perturbações no ambiente do lar.
Neste caso, o recomendável é atendê-la com assistência espiritual, passes (para não favorecer as manifestações) e procurar orientar o comportamento dos familiares adultos (para que suas tensões espirituais não mais se reflictam na criança).
Se a manifestação mediúnica na criança for espontânea e equilibrada, aceitar com naturalidade os fenómenos, mas sem estimulá-los nem querer colocar a criança em verdadeiro trabalho de intercâmbio.
Convém, entretanto, encaminhá-la para a evangelização e o conhecimento doutrinário adequado à sua idade, a fim de que, no futuro, esteja preparada para entender sua faculdade e empregá-la bem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:36 pm

Cuidados do médium com o seu físico
Sabendo que a sua mediunidade tem raízes na organização física, o médium cuidará do seu corpo, de sua saúde, evitando vícios, irritações, sobrecarga na alimentação, excesso desnecessário de actividades (especialmente nos dias de tarefa mediúnica) e tudo o mais que prejudique seu equilíbrio físico e psíquico.

Avaliação
1) Que resposta deram os Espíritos, quando Kardec perguntou
se a mediunidade era um estado patológico?
2) Praticar a mediunidade nunca cansa o médium porque os Espíritos renovam suas energias.
( ) Certo ( ) Errado
3) Cite três classes de pessoas para quem a prática da mediunidade não seja recomendável.

Bibliografia
De Allan Kardec:
- O Livro dos Médiuns, 2ª parte, caps. XVII e XVIII.
De Leon Denis:
- No Invisível, caps. XXII e XXV.
De Martins Peralva:
-Estudando a Mediunidade, cap. IX.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:36 pm

CAPÍTULO 6
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

A eclosão da mediunidade, como faculdade natural, não depende de lugar, idade, sexo, condição social, moral ou filiação religiosa.
Não devemos forçar a eclosão da mediunidade.
Mas não só podemos como devemos oferecer condições apropriadas para que, nos que a possuam, ela venha a aflorar natural e equilibradamente, e eles saibam como usá-la.
Quando ela aflorou sem esse preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo, para que os fenómenos se disciplinem e ele a empregue acertadamente.
Não se deve colocar em trabalho mediúnico quem apresente perturbações.
Primeiro, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar psiquicamente, por meio de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.
Conforme o caso, recomendar-se-á, também, a visita ao médico, porque a perturbação pode ter causas físicas, caso em que o tratamento compete à Medicina.
Para o desenvolvimento da mediunidade, somente deve ser encaminhado quem esteja saudável, equilibrado, doutrinariamente esclarecido e conscientizado.

Sinais precursores
Os sinais que podem indicar mediunidade são muitos e variados.

Geralmente, a mediunidade fica bem caracterizada quando:
1) Há comprovada vidência e audição no plano fluídico;
2) Se dá o transe psicofónico (mediunidade falante) ou psicográfico (mediunidade escrevente);
3) Há produção de efeitos físicos (fenómenos sonoros, luminosos ou de movimentação de objectos) onde a pessoa se encontre.
Nem sempre é fácil e rápido distinguir as manifestações mediúnicas, quando em seu início, das perturbações fisiopsíquicas.

Eis alguns sinais que, se não tiverem causas orgânicas, podem indicar que a pessoa tem facilidade para a percepção de fluidos, ou para o desdobramento (que favorece o transe), ou que está sob a actuação de Espíritos:
1) Sensação de "presenças" invisíveis;
2) Sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis;
3) Sensações ou ideias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro;
4) Sensação de inchar, dilatar (ballonement) nas mãos, pés ou em todo o corpo (causado pelo desdobramento perispiritual);
5) Adormecimento ou formigamento nos braços e pernas;
6) Arrepios como de frio, tremor, calor, palpitações.

Como desenvolver a mediunidade
Do ponto de vista espírita, desenvolver a mediunidade não é apenas sentar-se à mesa mediúnica e dar comunicações.
É apurar e disciplinar a sensibilidade espiritual (a fim de tê-la nas melhores condições possíveis de manifestação) e aprender a empregá-la dentro das melhores técnicas e visando às finalidades mais elevadas.
Sem essa educação, esse preparo para o correto exercício da mediunidade, o médium poderá fazer mau uso da sua faculdade e provocar situações difíceis e desagradáveis, para si mesmo e para os que o cercam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:36 pm

O desenvolvimento mediúnico abrange providências de natureza tríplice:
a) Doutrinária
O médium precisa conhecer a Doutrina Espírita para compreender o universo, a si mesmo e aos outros seres, como criaturas evolutivas, regidas pela lei de causa e efeito.
Atenção especial será dada à compreensão do intercâmbio mediúnico, acção do pensamento sobre os fluidos, natureza e situação dos Espíritos no Além, perispírito e suas propriedades na comunicação mediúnica, tipos de mediunidade etc.

b) Técnica
Exercício prático, à luz do conhecimento espírita, para que o médium saiba distinguir os tipos dos Espíritos pelos seus fluidos, como concentrar e desconcentrar, entender o desdobramento, controlar-se nas manifestações, analisar o resultado delas etc.

c) Moral
Não é preciso aguardar a santidade e o mais perfeito equilíbrio para exercitar a mediunidade.
Basta um razoável equilíbrio psíquico, um sincero esforço para o bom proceder, aliados a algum preparo doutrinário em Centro Espírita que enseje ambiente propício e seguro.
Mas é indispensável o esforço pela reforma íntima, a fim de que nos libertemos de Espíritos perturbadores e cheguemos a ter sintonia com os bons Espíritos, dando orientação superior ao nosso trabalho mediúnico.
A orientação cristã, à luz do Espiritismo, leva-nos à vigilância, oração, boa conduta e caridade para com o próximo, o que atrairá para nós a assistência espiritual superior.
Essa assistência não faltará aos que, com boa vontade e dedicação, procurarem se preparar para o bom uso da mediunidade e a ela se devotarem, no desejo puro de servir ao bem.
É a boa moral que dá ao médium a segurança maior no seu labor mediúnico.

Avaliação
1) Quem apresenta perturbação é médium?
2) As providências para o desenvolvimento mediúnico abrangem três sectores. Quais são eles?
3) Qual dos três sectores dará mais segurança ao trabalho mediúnico?

Bibliografia
De Divaldo P Franco:
-Intercâmbio Mediúnico, cap. IV.
De Divaldo P Franco e J. Raul Teixeira:
-Directrizes de Segurança.
De Mário B. Tamassia:
- Você e a Mediunidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:37 pm

CAPÍTULO 7
CONCENTRAÇÃO

Concentração é o acto pelo qual fechamos as portas da mente ao exterior e orientamos nossa actividade interiormente para determinado objectivo.
Ela é muito importante no trabalho mediúnico, para alcançar a comunhão com o plano espiritual, individual ou colectivamente.

Para uma boa concentração
Uma boa concentração não se improvisa, pois é o resultado
do pensamento e da vontade bem exercitados usualmente.

Para chegar a um bom nível de concentração, é recomendável:
Constantemente
Cultivar bons hábitos, leituras e diversões sadias (evitar leituras, filmes, ou programas de televisão de teor negativo, isto é, fúteis, imorais, deprimentes), procurar tudo que favoreça a elevação da mente, exercitar os bons sentimentos.

No dia da reunião
Desde o levantar, de manhã, usar a prece; ter em mente o trabalho espiritual de que irá participar mais tarde e a importância desse compromisso; evitar emoções violentas, atritos, contrariedades e discussões que levam à exaltação de ânimo (para tanto, exercitar a paciência e a humildade); fugir ao que pode levar à tensão, procurar manter o equilíbrio físico e espiritual.
Alimentar-se frugalmente, para não sobrecarregar o físico.
Não tomar bebida alcoólica nem fumar.

NA HORA DA REUNIÃO

1) Quanto ao físico
Estar higienizado e vestido com discrição e sobriedade; evitar roupas e calçados que apertem, e perfumes fortes (para não perturbar os outros).
Sentar-se em posição cómoda, sem contrair músculos, e respirar calmamente.
(O objectivo é facilitar o bem-estar físico, nunca, porém, o desalinho de atitudes, o relaxamento das boas maneiras.)
Evitar mexer-se muito, bocejar ou fazer movimentos e ruídos que incomodem os demais participantes.

2) Quanto ao psíquico
a) Abstrair-se dos estímulos exteriores (sons, luzes, movimentos) ;
b) Serenar o íntimo, esquecendo preocupações pessoais;
c) Sentir-se fraterno e solidário com os demais participantes;
d) Focalizar os objectivos da reunião;
- pensar na importância e responsabilidade do acto de, voluntariamente, activar o intercâmbio mediúnico;
- lembrar que o objectivo da sessão é aprender e servir, socorrer e socorrer-se, dentro das leis divinas.
e) Orar e buscar sintonia com os Espíritos superiores.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:37 pm

Formando a corrente
Com a concentração, pouco a pouco, se acalmam as inquietudes e agitações e passam a ser liberados fluidos e energias positivos, que as mentes de encarnados e desencarnados, em união, trabalham e conduzem num único sentido.
Quando a conjugação atinge o nível necessário, estabeleceu-se a ligação entre o Céu e a Terra, num sublime fluxo de forças fluídicas.
O intercâmbio mediúnico se faz, então, ensejando a encarnados e desencarnados o conforto e o esclarecimento, o despertar e a renovação, o dar e o receber.
A esse processo de ligação espiritual é que popularmente se chama "formar a corrente".
Ela não depende de fórmulas, rituais, vestes especiais ou lugares determinados ao redor da mesa.
Somente quando ela se faz é que a reunião em verdade foi "aberta", pois somente então se inicia a comunhão harmoniosa entre os dois planos.
Quem estiver em concentração, oração e doação, se tornará um elo vivo na corrente espiritual formada.
Quem se alhear, refratário e improdutivo, dela não participará, ainda que fisicamente se encontre no recinto e, até mesmo, sentado à mesa mediúnica.

Mantendo a vibração
"Aberta" a reunião, o ambiente fluídico precisará ser mantido, sustentado em todo o decorrer do trabalho.
Para tanto, cada participante deve:
- cuidar de estar sempre concentrado nos objectivos da reunião;
- orar e doar vibrações, quer em favor dos companheiros do grupo, quer em apoio ao trabalho dos bons Espíritos, quer em socorro a entidades espirituais necessitadas.

Um bom meio é:
- mentalizar as criaturas ligadas à reunião, encarnadas ou desencarnadas, endereçando-lhes pensamentos bons e envolvendo-as em sentimentos fraternos;
- ficar meditando em tudo que é bom e digno diante de Deus (caridade, fé, esperança, alegria, resignação etc.) e procurar emanar forças fluídicas benéficas, que os bons Espíritos utilizarão em benefício geral.
Concentrar-se e manter a vibração normalmente não cansa, porque produz um estado de alma elevado, no qual recebemos permuta de fluidos superiores pelos que emitimos; e podemos ir variando o tema de nossas vibrações.
Se sentirmos cansaço, é porque alguma falha há em nosso modo de concentrar e vibrar (estamos tensos, aflitos etc.), ou então o ambiente sofre grandes interferências contrárias.

Avaliação
1) Que é concentração?
2) Por que ela é importante no trabalho mediúnico?
3) Que fará você, quanto ao psíquico, na hora da reunião, para se concentrar?

Bibliografia
De Divaldo P Franco e J. Raul Teixeira:
-Directrizes de Segurança.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:38 pm

< SEGUNDA UNIDADE >
ACÇÃO FLUÍDICA

CAPÍTULO 8
OS FLUIDOS

Fluido cósmico universal
Tudo que existe no universo, criado por Deus, não sendo espírito, é fluído cósmico universal, a matéria elementar, primitiva.
Apresenta-se em estados que vão da imponderabilidade (eterização) até a condensação (materialização) e, nas suas modificações e transformações, produz a inumerável variedade dos corpos da natureza.
Em estado rarefeito, difunde-se pelos espaços interplanetários e penetra os corpos.
É como um oceano imenso em que tudo e todos no universo estão mergulhados.

Fluidos espirituais
A matéria do mundo espiritual e a sua atmosfera são constituídas de fluidos (num dos estados do fluido cósmico universal).
Esses fluidos são denominados fluidos espirituais apenas por comparação (por estarem relacionados aos Espíritos).
Na atmosfera fluídica se passam os fenómenos especiais que os Espíritos desencarnados percebem, mas que escapam aos nossos sentidos físicos.
E dela os Espíritos extraem todos os materiais sobre os quais operam, até mesmo para formar o seu perispírito.

Fluidos perispirituais
Cada ser, no seu perispírito, absorve e individualiza o fluido cósmico universal que adquire, então, propriedades características, permitindo distinguir esse fluido entre todos os outros.
Esses fluidos perispirituais circulam no perispírito, comandados pela mente (como o sangue no corpo físico, levando alimentação e veiculando escórias).

Fluido ou princípio vital
Para encarnar, os seres vivos haurem no fluido cósmico universal o fluido vital, que animaliza a matéria (dá-lhe movimento e actividade, distinguindo-a da matéria inerte).
O princípio vital é mantido em função no organismo pela acção dos órgãos físicos.
Também o absorvemos pelos alimentos, pelo ar, pelos centros de força.
Ao desencarnar, o ser o restitui à fonte universal.

A acção dos Espíritos sobre os fluidos
É com o pensamento e a vontade que o Espírito age sobre os fluidos.
Ele dirige os fluidos, aglomera-os, dá-lhes forma, aparência, cor e pode, até, mudar suas propriedades, como os químicos fazem com a nossa matéria.
É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
A acção dos Espíritos sobre os fluidos pode ser inconsciente, porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles.
Mas também pode o Espírito agir conscientemente sobre os fluidos, sabendo o que realiza e como o fenómeno se processa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Set 02, 2019 7:38 pm

Qualidade dos fluidos
Os fluidos em si são neutros.
O tipo dos pensamentos e sentimentos do Espírito é que lhes imprime determinadas características.
Fluidos bons são resultantes de pensamentos e sentimentos nobres, puros.
Fluidos maus são resultantes de pensamentos e sentimentos inferiores, incorrectos, impuros.
Os fluidos iguais se combinam; os fluidos contrários se repelem; os fracos cedem aos mais fortes; os bons predominam sobre os maus.
Os fluidos se reforçam em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que recebem do Espírito.
As condições criadas pela acção do Espírito nos fluidos podem ser modificadas por novas acções do próprio Espírito ou por acções de outros Espíritos.

Efeitos no perispírito e no corpo
O perispírito absorve com facilidade os fluidos externos porque tem idêntica natureza (também é fluídico).
Absorvidos, os fluidos agem sobre o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua qualidade.
No caso de um Espírito encarnado (como nós), o perispírito, por sua vez, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo contacto molecular.

E, então:
- se os fluidos forem bons, produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável;
- se forem fluidos maus, a impressão é penosa, de desconforto;
- se a actuação de fluidos maus for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas (certas moléstias não têm outra causa senão esta);
- os bons fluidos, ao contrário, beneficiam, vitalizam e podem até curar.

Sintonia e brecha
Pelo modo de sentir e pensar:
- estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre nós e os que pensam e sentem igual a nós; ou seja, entramos em sintonia com eles;
- produzimos certos fluidos e os Espíritos que produzem fluidos semelhantes poderão, então, "combinar" seus fluidos com os nossos.
Quando oferecemos sintonia e combinação de fluidos para o mal, estamos dando "brecha" aos Espíritos inferiores.
Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós sobre outrem.

Higiene da alma
Cuidemos de nossos pensamentos, sentimentos e conduta.
Porque, se forem inferiores, produziremos constantemente fluidos maus, que acabarão por prejudicar nosso próprio perispírito e, até mesmo, o nosso corpo físico.
E abriremos "brecha" para combinação com os fluidos de Espíritos inferiores.
Mas, se nos empenharmos na correcção de pensamentos, sentimentos e actos, conseguiremos:
fortalecimento e sublimação de nossos fluidos, afastamento ou repulsão dos fluidos e dos Espíritos inferiores, atracção dos bons Espíritos e recepção de seus fluidos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:54 pm

Avaliação
1) Que é fluído cósmico universal?
2) Que são fluidos espirituais?
3) Com o que os Espíritos (encarnados ou não) agem sobre os fluidos?

Bibliografia
De Allan Kardec:
- A Génese, caps. VI (itens 10 e 11, 17 e 18) e XIV (itens 5
e 13 a 21).
De André Luiz (Francisco C. Xavier) :
- Missionários da Luz, cap. XIX (Passes).
De Therezinha Oliveira:
- Fluidos e Passes, Primeira Unidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:55 pm

CAPÍTULO 9
AURA E IRRADIAÇÃO
Tão natural e automaticamente como absorvemos os fluidos, também os emanamos, os irradiamos.

Aura
Com os seus pensamentos e sentimentos habituais, o Espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluidos do seu perispírito e lhes dá características próprias.
Como está sempre emanando esses fluidos, eles o envolvem e o acompanham em todos os seus movimentos.
É o que chamamos de aura; Kardec denomina "atmosfera individual"; e André Luiz, "túnica de forças electromagnéticas", "hálito mental".
No desencarnado, a aura é resultante das emanações perispirituais, somente.
No encarnado, o perispírito não fica circunscrito pelo corpo, irradia ao seu redor, formando como que um halo ao redor do corpo físico.
A aura do encarnado, então, é o resultado da difusão dos campos energéticos que partem do perispírito, envolvendo-se com o manancial de irradiações das células físicas.

Segundo o Dr. Walter Kilner (The Human Aura), citado por Hermínio C. Miranda, os cadáveres não apresentam a aura nem as pessoas em hipnose (estão em desdobramento), e a aura perde a nitidez em pessoas enfermas ou desmaiadas.

Exame de aura
Normalmente, a aura é um campo biológico bem estruturado e apresenta um sistema ordenado de emissão e recepção.
Sua tonalidade, forma, luminosidade, sensações que causa, guardam relação com a situação física ou espiritual de quem a produz.
Para avaliar as condições dos encarnados como dos desencarnados, é possível examinar a aura, seja por clarividência (fenómeno anímico) ou por vidência (via mediúnica).
É preciso lembrar, porém, que nossa observação da aura pode retractar um estado momentâneo, que talvez logo venha a se modificar, porque as irradiações da aura variam no aspecto, cor, amplitude, em face:
- dos graus evolutivos;
- dos estados anormais (transe) e patológicos;
- das condições emocionais de sensibilidade, percepção e doação magnética.
Para verificar a aura dos encarnados, existe a kirliangrafia (processo de fotografias feitas em campos de alta frequência, descoberto e desenvolvido pelo casal Kirlian, em Alma-Ata, na Rússia).
Todavia é um processo ainda em fase de pesquisas e definições.
Não devemos confundir aura com efeito corona (fenómeno electro-físico comum), que é observado até nos minerais e resulta da fuga da alta frequência e voltagem para as bordas da superfície do corpo material em que incide, e que não apresenta as imensas variações do campo áurico humano (opacidade, brilhos e cores).

De aura para aura
Cada pessoa está sempre irradiando o que realmente é e impregnando com seu fluido particular as coisas, o ambiente, e influindo sobre quem lhe aceite a tonalidade energética.
Por meio das irradiações de sua aura, a criatura "estende a própria influência que, afeição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciência! emissor", ou seja, o próprio ser "tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito".
(André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. X.)
As diferentes auras encontram-se, cruzam-se, misturam-se sem, contudo, se confundirem.
E, pelas qualidades particulares dos seus fluidos, se harmonizam ou se repelem, causando impressão agradável ou desagradável (ex.: simpatia ou antipatia).
Certos Espíritos são atraídos e imantados pela aura do encarnado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:55 pm

Percepção fluídica
Ao tomar contacto com a irradiação, com a aura de alguém, as pessoas sensíveis podem perceber se os fluidos são bons ou não e, até, captar suas intenções e sentimentos.
Pode-se perceber, também, o ambiente fluídico local, isto é, o conjunto formado pelas emanações fluídicas dos encarnados e desencarnados presentes.
No médium em transe, essa percepção ocorre em maior grau, porque se acentua a exteriorização do seu perispírito, suas faculdades espirituais estão mais livres e ele está em maior vibração.

Como distinguir os fluidos
A prática nos ensinará a diferenciar os vários tipos de Espíritos, segundo os fluidos que irradiam.
De modo geral, porém:
- os bons fluidos são leves, agradáveis, suaves, calmos; dão sensação de bem-estar geral e euforia espiritual;
- os maus fluidos são pesados, desagradáveis, violentos, desarmónicos; dão sensação de mal-estar geral, ansiedade, desassossego, nervosismo, cabeça pesada, pálpebras chumbadas, bocejos frequentes e arrepios.

Assimilação fluídica
Não basta perceber e identificar os tipos de fluidos.
É preciso saber como absorvê-los, quando bons, e rechaçá-los, quando maus.
Para absorver os fluidos, basta vibrarmos na mesma faixa.
Para repelir fluidos maus: firmar o pensamento no bem e irradiar bons fluidos.

Irradiação a distância
Podemos fazer uma irradiação consciente e voluntariamente, projectando nosso pensamento e sentimento, movimentando forças psíquicas, em favor de alguém.
E podemos fazer isso, mesmo a distância.

Condições de quem irradia
Somente pode dar alguma coisa boa aquele que a possui.
Os bons sentimentos, os bons pensamentos, os bons actos vão plasmando na "atmosfera espiritual" da pessoa uma tonalidade vibratória e uma quantidade de fluidos agradáveis e salutares que poderão ser mobilizados, pela vontade dirigida.
As condições básicas para se realizar uma boa irradiação são as mesmas que para os passistas:
frugalidade na alimentação, abster-se dos vícios (álcool, fumo etc.); evitar conversação de baixo palavreado e de imagens pouco dignas; dominar os sentimentos passionais e instintivos; procurar ter comportamento
cristão.
Assim, disporá de elementos fluídicos de boa qualidade para transmitir aos necessitados.

Técnica a ser seguida
Quem vai fazer a irradiação deve:
1) Concentrar-se e orar (para ficar em condições de agir e obter assistência espiritual superior);
2) Focalizar com o pensamento o objecto de sua irradiação (pessoa, colectividade, local);
3) Pela vontade, emitir o que deseja transmitir (paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio, paciência etc.).
Se a irradiação for feita em grupo, é preciso que todos ajam ao mesmo tempo e para o mesmo fim.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:56 pm

Quanto aos resultados da irradiação
Não será por pedirmos e mentalizarmos em favor de muitos que conseguiremos atendimento em tudo e para todos, porque:
embora cada um de nós movimente uma certa quantidade de fluidos ou forças magnéticas, psíquicas e espirituais, de que pode dispor para doar; e essas forças possam ser ajuntadas com as do mundo espiritual e depois carreadas para o seu objectivo, elas também estão submetidas à lei das proporções e seus efeitos têm limites naturais.
Mas as irradiações feitas com amor e boa vontade sempre são benéficas.
Sua maior ou menor assimilação, porém, dependerá da pessoa por quem irradiamos.
Numa vibração geral (em que não se determina alguém como beneficiário), o potencial fluídico oferecido será aproveitado pelos bons Espíritos no que for mais necessário e conveniente, segundo as leis divinas.

Avaliação
1) Que é aura?
2) Como se distinguem os fluidos bons dos maus?
3) Como reagir aos maus fluidos?

Bibliografia
De Allan Kardec:
- A Génese, cap. XIV, item 18, § 1º;
- Obras Póstumas, 1ª-parte, "Introdução ao Estudo da Foto
grafia e da Telegrafia do Pensamento".
De André Luiz (Francisco C. Xavier):
- Mecanismos da Mediunidade, cap. X.
De Hermínio C. Miranda:
- Diversidade dos Carismas, vol. II.
De Marlene R. S. Nobre:
- A Obsessão e Suas Máscaras, parte II, cap. V.
De Astolfo Olegário de Oliveira Filho:
- "As Radiações e Sua Técnica", O Imortal, abr.1996.
De Therezinha Oliveira
- Fluidos e Passes, Segunda Unidade, cap. 12.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Set 03, 2019 6:56 pm

CAPÍTULO 10
OS CENTROS DE FORÇA
Os seres humanos se nutrem de alimentos líquidos ou sólidos (que recebem através do aparelho digestivo), do ar atmosférico (através do aparelho respiratório), mas também se nutrem de energias cósmicas e espirituais.

As energias cósmicas
Afirma André Luiz (Missionários da Luz) que, em cada minuto, descem sobre os encarnados bilhões de raios cósmicos (vindos de estrelas e planetas) além dos raios solares, caloríficos e luminosos que a ciência mal conhece: os raios gama (provenientes do rádium), os emitidos pela água e pelos metais e os magnéticos (exteriorizados pelos vegetais, animais e seres humanos).
Isto sem contar as emanações psíquicas dos seres desencarnados que rodeiam a Terra e os raios expedidos pela prece, envolvendo a todos numa permuta incessante na cura do corpo, na renovação da alma e na iluminação da consciência.

Centros de força e plexos
Assimilar as energias cósmicas e espirituais é função dos centros de força (ou centros vitais) que se localizam em nosso perispírito.
Os centros de força captam e metabolizam essas energias transferindo-as para o corpo físico, e activam os sistemas por eles comandados. Agem como transformadores ou filtros.
A transferência das energias dos centros de força para o corpo é feita pelos plexos que existem em nosso organismo e com os quais eles se conjugam.

Os plexos
As linhas do nosso sistema nervoso se estendem por todo o corpo como um emaranhado.
Onde elas se entrecruzam abundantemente, forma-se uma rede compacta, denominada plexo nervoso.
São pontos sensíveis, delicados e muito numerosos.
Alguns são considerados de maior importância pelo trabalho que realizam, principalmente os que estão conjugados aos centros de força que iremos estudar.
Sob o comando da mente do Espírito, os centros de força transferem as energias cósmicas e espirituais para os plexos; e os plexos realizam o trabalho físico e mecânico.
Esse trabalho dos centros de força e dos plexos é feito sob poder directriz da mente, simultaneamente e de forma automática.

Circulação das energias
Absorvidos e metabolizados, os fluidos circulam pelos diversos centros de força e são canalizados segundo o padrão vibratório de cada pessoa.
A estimulação de um determinado centro de força poderá compensar ou descarregar outro.
Estimulação que compensa: acontece por meio das atitudes boas.
Ex.: acção bondosa estimula o centro de força cardíaco, responsável pelo controle dos sentimentos, compensando ou revitalizando um outro centro de força enfraquecido.
Estimulação que descarrega:
por atitudes incorrectas.
Ex.: gula e vícios activando negativamente o centro gástrico, fazem que este, automaticamente, para poder continuar sua função, puxe para si as energias de outro centro de força.
Sublimando certos comportamentos (dando-lhes direccionamento superior), podemos diminuir a actividade de certos centros de força e canalizar suas energias de modo que fortaleça outros centros de força.
"Quando a nossa mente, por actos contrários à lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da acção desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste."
(André Luiz, Entre a Terra e o Céu, cap. XX.)
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