LUZ ESPÍRITA
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Casos de Reencarnação

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Casos de Reencarnação - Página 23 Empty Re: Casos de Reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 23, 2013 9:58 am

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Nós não incluímos entre os quinze reconhecimentos vários outros relatos de reconhecimentos feitos por Disna que ela talvez tenha se baseado em inferência.

Parece improvável que podia ter inferido a informação em que ela baseou as quinze declarações de reconhecimento que nós incluímos.

Por exemplo, as pessoas acompanhando-a na primeira visita a Wettewa não sabiam onde Babanona tinha o hábito de lavar, mas Disna correctamente indicou este lugar quando aproximaram-se da casa onde Babanona tinha vivido.

E na casa, quando o grupo foi convidado entrar, Disna espontaneamente circundou a lateral da casa e entrou por uma porta que sequer nem era notável pela frente.

Esta porta tinha sido a entrada habitual usada por Babanona.
Na casa Disna reconheceu um número de objetos de casa que tinha pertencido a Babanona ou que ela tinha usado.

Nestes últimos exemplos dicas subtis dadas inconscientemente podem tê-la guiado.
Disna reconheceu a esposa de R. M. Gardias e ela reconheceu um lojista que anteriormente tinha vendido arroz a Babanona.

No entanto, ela não reconheceu a maioria dos membros da família de Babanona quando visitaram-na.

Relatórios Relevantes das Observações e dos Comportamentos das Pessoas Concernentes ao Caso

Sob este cabeçalho nós descreveremos nossas observações do comportamento dos informantes do caso, primeiro no que diz respeito ao desenvolvimento de seu comportamento sobre a autenticidade do caso, e segundamente com referência à personificação por Disna de Babanona.

No caso presente o testemunho de testemunhas diferentes era bastante concordante com referência aos factos principais do caso.

Havia discrepâncias sobre detalhes do testemunho tal como se acha em quase todos casos desta espécie, mas neste caso o número de discrepâncias ficou abaixo da média.

Além do mais, comparando o testemunho registado no livro de notas da mãe de Disna (junho de 1964), com o da primeira investigação de F. S. (maio de 1965), e com o de nossa segunda investigação (março de 1968), o testemunho das mesmas testemunhas era notavelmente coerente.

Alguns dos casos que nós estudamos incluíam acontecimentos repugnantes tais como assassinatos ou escândalos menores e um às vezes compreensivelmente acha uma atitude evasiva ligada com tais acontecimentos.

O caso presente, à parte das alegações por Disna que seu filho tinha-lhe batido (como Babanona), estava geralmente livre de ocasiões para tais atitudes evasivas.

Detectamos alguma hesitação e testemunho discrepante acerca de posses e pensamos que um temor que Disna talvez pudesse reclamar a posse possa ter levado os membros da família de Babanona a ser menos que francos sobre alguns de tais itens.

Além destes itens, no entanto, nós nunca achamos a suspeita mais leve que a verdade, até onde podia ser lembrada, foi ocultada de nós.

Pelo contrário, as testemunhas pareceram abertas e ávidas para colocar os detalhes diante de nós.
E no outro lado do viés, nós não achamos qualquer evidência que o caso tinha sido embelezado pela adição de detalhes falsos com o passar dos anos.

Aqui outra vez, nós ocasionalmente achamos algum adorno dos factos pelas testemunhas que desejam aumentar o próprio papel num caso ou fortalecer, como pensam, um ponto de outra maneira fraco num caso.

Todos os informantes principais do caso acreditam que Disna deu-lhes evidência satisfatória de ser Babanona renascida.

Tais admissões são frequentemente bem facilmente conseguíveis de famílias aflitas no Ceilão que obtém a possibilidade de acreditar que um morto amado retornou.
(Mas seria bastante falso supor que toda alegação de renascimento seja aceita acriticamente sem exame cuidadoso das declarações feitas pelo alegador).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 24, 2013 9:00 am

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Para a família do Disna, no entanto, a aceitação da identificação de Disna com Babanona envolve um reconhecimento da associação com as pessoas de uma classe social e econômica mais baixa, algo não bem visto no Ceilão.

Quanto à própria Disna, ela foi informada como mostrando em vários aspectos importantes características definidas de carácter semelhante àqueles lembrado em Babanona, ou ao menos harmonioso com o que foi declarado sobre a situação e carácter de Babanona.

Nós logo descreveremos algumas destas características em detalhe.

Antes de tudo, há um antagonismo forte de Disna em relação a Mahatmaha e sua relutância em visitar Wettewa, características de comportamento em que ela contrasta com a maioria de (mas não todas) outras crianças de casos deste tipo.

Disna queixou-se que Mahatmaha tinha-a batido e injustamente tinha favorecido sua esposa sobre ela, e embora nós não pudéssemos saber de qualquer testemunha de primeira mão que R. M. Gardias tinha de fato batido em sua mãe, o consenso de testemunhas (outros que ele e sua esposa) era que tinha sido restritivo e áspero em relação a sua mãe.

Ele próprio admitiu aos Samarasinghes que tinha mantido um pau com que ele às vezes ameaçou bater em si próprio (mas não a ela) caso ela não tomasse seu remédio adequadamente.

A combinação desta conduta severa na parte de seu filho e as outras evidências de problemas “com os parentes por parte do casamento” que soubemos torna muito provável que Babanona estivesse de forma infeliz domiciliada com seu filho e nora quando esteve com eles em Wettewa nos últimos seis meses de sua vida.

Sob as circunstâncias, é apropriado para Disna desejar não ser lembrada da vida em Wettewa e isto foi o que seu comportamento mostrou.

Outras crianças ou seus pais às vezes importunam-na chamando-a “Babanona” e isto a chateia.
Bate em seus irmãos se eles a importunam assim.
Quando seu pai de forma brincalhona a chamou “Babanona” em nossa presença em 1968 ela desatou a chorar.

Nesta época Disna tinha nove anos de idade.
A mãe de Het disse que ela não mais falava espontaneamente sobre a vida prévia, mas o faria muito relutantemente se interrogada.

Se a lembrassem da vida prévia, ela lhes diria para não lembrá-la mais disto.
Disna deixou perfeitamente claro que preferia imensamente sua existência presente àquela em que ela lembrava ter vivido em Wettewa.

Uma segunda característica em que o comportamento do Disna parece assemelhar-se notadamente ao de Babanona é sua religiosidade.

Babanona, ao menos em seus últimos anos, era uma senhora pia que praticou meditação regularmente e lia (à extensão do que ela podia fazer então) num livro budista de meditação.

Quando ficou por demais fraca para visitar o templo em Wettewa escutava o Bana pregando 14 no rádio antes do qual ela sentava-se no chão com as suas mãos mantidas juntas na atitude de adoração.

Disna mostrou um interesse em religião numa idade muito precoce.
Quando tinha aproximadamente dois anos de idade ela escutou com atenção ao sermão de Bana no rádio, sentando-se e dobrando suas mãos na atitude de adoração.

Nenhum de seus pais nem as outras crianças da família fazem isto e é bem improvável que Disna pudesse ter visto alguém comporta-se assim antes dela mesma fazê-lo.

Certamente não havia nenhum modelo para tal comportamento em sua família imediata.
Disna declarou que quando era uma mulher velha que ela tinha escutado o sermão de Bana no rádio.

Disna continuou muito mais interessada em religião que seus três irmãos.

Em 1968 tinha um relicário budista de brinquedo onde ela adorava, acendia uma lâmpada e oferecia flores, como fazem os budistas em templos regulares.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 24, 2013 9:00 am

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As outras crianças tentaram quebrar o relicário de Disna, mas ela persistiu com ele.
Seu comportamento com referência a práticas religiosas era ao todo bastante excepcional na família.

Em terceiro lugar, Disna mostrou uma precocidade notável com referência à competência em certas tarefas domésticas.

Era particularmente hábil numa idade muito precoce em cozinhar. Brincava em cozinhar com potes pequenos e panelas.

Criticou sua mãe que no cozimento do arroz e seu pai disse que ela o fez com certa razão, já que Disna podia cozinhar melhor que sua esposa!

Disna falava bastante sobre cozinhar também e evidentemente achava um tema de interesse muito grande.

Em 1968 a mãe do Disna disse que ela ainda brincava de cozinhar com potes e panelas pequenos.

Em relação ao interesse de Disna em cozinhar e a precoce competência nisto, podemos registar que Babanona era excepcionalmente boa em cozinhar e ela cozinhava para si sempre que podia e até pouco antes de sua morte.

Disna também exibiu uma capacidade nata de tecer as folhas de coco por volta do tempo em que ela primeiramente começou a falar da vida prévia, a saber, aos
aproximadamente três anos de idade.

Disse que tinha feito isto em sua vida prévia.
A mãe de Disna estava bastante certo que Disna não tinha visto qualquer um na sua família ou outra tecendo folhas de coco.

Os Samarasinghes, sendo claramente prósperos, não tem folhas de coco no telhado de sua casa que é feita de ladrilhos e folhas de chapa corrugada.

Mas as casas da família de Babanona eram assim cobertas quando as observamos nós mesmos.
E Babanona, de acordo com seu filho R. M. Romanis, era um tecelão hábil de folhas de coco.
Em quarto lugar, Disna mostra uma possessividade notável com referência a seu pertences.

Ela não acredita em compartilhar e é inclinada a tomar mais que receber de outros.
Ela pode resmungar se não receber os presentes adequados.
Ela coloca o dinheiro que ela recebe numa caixa mantida para este propósito.

Esta característica concorda com o temperamento notável de Babanona.
(O consenso das testemunhas era que Babanona não era particularmente possessiva excepto sobre dinheiro).

Babanona era inclinada a acumular e a esconder seu dinheiro, ostensivamente para evitar a solicitação de empréstimos de pessoas que nunca lhe pagaram.

Nós já mencionamos um esconderijo de dinheiro feito por Babanona.
Quando a família achou este dinheiro suspeitaram que Babanona tinha-o escondido.

A armazenagem e escondimento de dinheiro não são incomuns em pessoas idosas de Ceilão, que frequentemente sentem-se inseguras com respeito às pessoas mais jovens com quem elas vivem.

Mas a possessividade de Disna numa idade precoce foi uma característica que atingiu seus pais como sendo rara entre suas crianças.

Uma quinta característica em que comportamento do Disna é concordante com o de Babanona consiste em seu hábito de amarrar um nó no sari da sua mãe sempre que ela pode.
(A própria Disna ainda usa somente vestidos curtos, não saris).

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Abr 24, 2013 9:00 am

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Babanona tinha o hábito de amarrar um nó em seus saris e aí manter algum de seu dinheiro.
Ainda outra semelhança entre Disna e Babanona ocorre na atenção que ambas davam a limpeza.
Babanona era preocupada com limpeza e banhava-se regular e prolongadamente na mesma hora cada manhã.

Disna distinguia-se de seus irmãos em seu interesse por limpeza e tem uma preferência por banho pela manhã.

Em dois aspectos o comportamento relatado de Disna diferiu do de Babanona.
A última tinha um temor mórbido de assaltantes e era muito preocupada em ter todas as portas da casa trancadas.

Disna não mostra qualquer tal interesse.
Babanona era muito afectuosa de leite, mas Disna tem só um afecto médio por ele.

Disna mostrou um definido embaraçamento sobre as circunstâncias do casamento que ela alegou ter contraído como Babanona.

A última tinha se casado com uma pessoa de casta mais baixa e de um “país baixo”.15

Durante nossa investigação em 1968 Disna não discutia seu casamento na presença de seu pai nem de um grupo que tinha se reunido no armazém de seu pai durante nossas entrevistas aí.

Insistiu em levar sua mãe e nosso intérprete num quarto dos fundos onde ela confiou a eles que tinha casado contra a aprovação dos seus pais.

Incidentalmente, a própria Babanona tinha desaprovado o casamento do seu filho com uma mulher de pele escura.

Depois de seu filho R. M. Gardias ter se casado contra a vontade de sua mãe (Babanona), ela não o visitou e a sua esposa durante um ano, conduta que seguramente deve ter contribuído ao problema de “parentes pelo casamento” que escureceu os últimos meses de sua vida.

Babanona desprezava as crianças de pele escura deste casamento, os próprios netos, e não os carregava nos seus braços.

Disna, ao lembrar destes netos de Babanona, declaravam-nos repulsivos por causa de suas peles escuras e disse que lembrava-se de não ter ficado disposta a carregá-los nos seus braços.

Ao narrar as memórias da vida prévia que ela alegou ter vivido, Disna não queixou-se de estar num corpo pequeno como algumas crianças dos casos que nós estudamos fazem.16

Ela fez, no entanto, referências a acontecimentos como tendo ocorridos “quando era uma mulher velha,” evidentemente experimentando o sentimento de uma imagem do corpo apropriada a de uma velha mulher.

Também podia-se discernir memórias aparentes das enfermidades de uma mulher velha nas observações de Disna sobre perder seus dentes e usar um pau para andar.
Disna disse que sem o pau para andar ela teria caído.

Referiu-se também em numerosas ocasiões vestindo roupas que “se estendiam até os seus pulsos,” i.e., as capas de mangas longas comumente usadas por senhoras idosas tais como Babanona, mas não por menininhas.

Um desvanecimento gradual das memórias aparentes quando a criança envelhece é a regra em casos desta espécies.

Normalmente a criança a princípio cessa de falar espontaneamente da vida prévia, mas ainda pode falar sobre ela se interrogada.

Mais tarde a criança pode esquecer-se de tudo ou quase tudo.17
Algumas crianças parecem conservar as memórias aparentemente íntegras na maioridade.

Em 1968 a mãe de Disna contou-nos que Disna tinha parado falar espontaneamente sobre a vida prévia, mas suas memórias permaneciam bastante nítidas.

Disna ainda respondia, às vezes impetuosamente, quando interrogada ou importunada sobre a vida prévia como por nós mesmos observado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 25, 2013 9:58 am

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Discussão

Em outra parte um de nós publicou uma prolongada discussão das hipóteses principais que deve ser considerado ao confrontar um caso do tipo de reencarnação.18

Nós portanto aqui só resumiremos alguns pontos principais a serem considerado com referência ao presente caso.

Antes de considerar as principais hipóteses rivais primeiramente comentaremos sobre os diferentes pesos que designamos aos três tipos de evidências principais sugestivas de algum processo paranormal da parte de Disna e de outros sujeitos de casos semelhantes.

Estes são (a) as declarações sobre a vida prévia atribuídas à criança;
(b) os reconhecimentos informados da criança das pessoas, lugares, e objectos;
e (c) o comportamento da criança que é informado como sendo consoante com o informado da personalidade prévia.

Destes três tipos de evidências nós demos menos importância aos reconhecimentos.

Em casos deste tipo provas de reconhecimento raramente são conduzidas pelas pessoas envolvidas com algo do tipo de controle que se gostaria de se ver.19

Há normalmente muitas oportunidades para a (talvez bem inconsciente) passagem de informação ou dicas à criança.

Também os reconhecimentos ocorrem rapidamente e são normalmente imediatamente confirmados ou refutados pelos espectadores.

Algumas testemunhas não podem não ouvir ou podem entender mal o que a criança disse e isto pode explicar a frequência maior de discrepâncias no testemunho concernente a reconhecimentos que no concernente às declarações da criança em outras vezes.

Apesar destas deficiências dos reconhecimentos informados, não estamos preparados para descontar todos os relatos de reconhecimentos por crianças tais como Disna, especialmente esses em que a criança é informada como bem espontaneamente tendo apontado a uma pessoa ou objecto e o identificado antes de qualquer um mais presente ter chamado a atenção à pessoa ou objecto identificado.

Disna parece ter feito um número de reconhecimentos espontâneos deste tipo.

Nós também não colocamos grande peso ao relato de personificação de Disna como correspondendo especificamente ao comportamento de Babanona.

Mas a personificação pela criança tem esta importância que a criança está claramente se comportando, se formos dar crédito aos pais, como se houvesse em sua personalidade uma mistura forte de alguma outra personalidade.

Em resumo, a criança é distinguida por sua conduta das outras pessoas da família e actos em meios que não são apropriados para uma criança comum, mas que são em muitos aspectos apropriados para uma pessoa muito mais velha, quem quer que possa ser.

E este comportamento anormal deve ser explicado, ou deve ser justificado, por qualquer um tentando uma plena clarificação do caso.

Voltando agora às diferentes hipóteses a serem consideradas e, se possível, eliminadas, verificaremos as possibilidades para fraude primeiro.

Soubemos de casos fraudulentos do tipo reencarnação, embora não tenhamos tido ainda a oportunidade de estudar um que em nossa opinião era fraudulento.

No caso presente, fraude parece extremamente improvável.
Nós não achamos nenhuma evidência que, com as excepções menores notadas, factos tivessem sido retidos ou seu relatório modificado conscientemente.

Nem imaginamos qualquer motivo para fraude da parte de Disna ou a sua família.
A vida reivindicada por Disna era definitivamente a de pessoa numa classe econômica e social mais baixa que a da sua família.

A casa, de facto só um bangalô, em Wettewa era bem inferior à casa de Samarasinghe.

Este caso, incidentalmente, forme uma exceção à maioria dos casos no Ceilão e Índia em que o sujeito alega lembrar-se de uma vida prévia numa casta mais alta.20

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 25, 2013 9:59 am

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Mais plausível que fraude como uma explicação do caso é a hipótese que supõe que Disna que algum modo soube sobre a vida de Babanona de algum amigo ou parente que visitou seu lar e narrou os acontecimentos da vida de Babanona no ouvido de Disna.

Disna por si própria certamente não teria podido ir a Wettewa sozinha antes dela ter começado a falar da vida prévia.

Teria que ter ouvido isto de algum visitante.
Mas o visitante teria que estar preparado com uma quantia muito considerável de detalhado material da vida de Babanona.

Teria que ter sabido sobre tais questões íntimas da família como a existência do formigueiro próximo à sepultura de Babanona, o dinheiro que Babanona tinha escondido na lareira na casa em Medagoda, o uso por Babanona de uma porta lateral na casa em Wettewa, e que estava presente quando Babanona morreu.

É bem improvável que qualquer um pudesse ter adquirido toda esta informação e então narrado-a em presença de Disna sem que seus pais estivessem cientes de tal visitante e recordá-la mais tarde.

A teoria de criptomnésia parece exigir demais para ser esquecida pelos pais de Disna.

Uma pessoa que conheceu Babanona bem e que teve algum conhecimento com os Samarasinghes foi o Venerável Ambanwelle Somasara, monge principal do Templo de Wettewa.

Mas A. S. Samarasinghe disse que, até onde podia lembrar-se de, o monge não tinha estado em seu lar entre o nascimento de Disna e o tempo da primeira visita de Disna a Wettewa cinco anos mais tarde, na ocasião em que ela reconheceu-o.

Parece certo também que Disna não tinha conhecido o monge em outra parte antes desta ocasião.

Mesmo supondo, no entanto, que Disna tivesse de algum modo adquirido normalmente toda a informação sobre a vida de Babanona que ela mostrou, nós ainda devemos ter de explicar as características comportamentais muito fortes do caso.

Pois, como já mencionado, Disna meramente não lembrou detalhes na vida de Babanona, ela personificou uma mulher mais velha como Babanona, isso é, mostrou características semelhante àquelas que Babanona soube-se ter exibido ou podia ser pensado provável ter mostrado.

Como já mencionado, estas características exibidas por Disna certamente não são específicas para Babanona.

Poderiam ser achadas em qualquer número de idosos, devotos, senhoras budistas do Ceilão.
Mas eram raros para uma criança da idade de Disna e situação.

Em resumo, havia uma expressão em Disna de comportamento ímpar, comportamento era não por si mesmo explicado por ela simplesmente ter ouvido sobre a vida de Babanona e que era apropriado para o carácter de Babanona.

Também se Disna fosse identificar-se fortemente com um adulto alguém teria-a esperado seleccionar um dentro da órbita de sua vida cotidiana tal como um pai ou vizinho mais velho.

Uma hipótese plausível é a que supõe que Disna adquiriu a informação correta que ela possuía sobre Babanona por percepção extra-sensorial e então utilizou esta informação na fabricação de uma personalidade secundária tendo as características comportamentais de Babanona.

Há, no entanto, vários obstáculos importantes a esta teoria.

Primeiro, os pais de Disna não tinham observado absolutamente nenhuma evidência que Disna tivesse qualquer capacidade para percepção extra-sensorial outra que o conhecimento da vida de Babanona se este foi derivado por percepção extrasensorial.

(Num número pequeno de casos deste tipo os pais observaram algumas evidências leves de percepção extra-sensorial nas crianças destes casos.21

Se tais leves quantias de percepção extra-sensorial como estas poucos crianças manifestam podem explicar os detalhes dos casos de renascimento em que elas figuram é outra questão
).

Segundo, se Disna ganhou seu conhecimento por percepção extra-sensorial ela deve tê-lo feito então num meio selectivo, escolhendo conhecimento só relacionado à vida de Babanona e omitindo ou não expressando outro conhecimento ganhado desta maneira.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 25, 2013 9:59 am

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Finalmente, devemos ter que perguntar que motivo Disna teria para identificar-se com uma vida que era, de acordo com ela, bastante infeliz e uma da qual ela disse que ela não desejava ser lembrada.

É para ser suposto que subconscientemente ela apreciava a ideia de uma vida prévia como uma idosa fraca maltratada por seu filho, enquanto conscientemente insistia que achava as memórias repugnantes?

Se elimina-se as hipóteses precedentes, chega-se a outras que supõem algum tipo de sobrevivência da personalidade humana depois da morte.
Destas, as duas mais comuns são possessão e reencarnação.

A teoria de possessão supõe que a Babanona morta, persistindo como uma personalidade desencarnada, tenha de algum modo influenciado Disna e imposto suas memórias e seu comportamento em Disna de modo que Disna reivindique ser Babanona renascida.

A teoria de reencarnação simplesmente supõe que a personalidade do Disna é de algum modo contínua com a de Babanona e que, depois que um intervalo renasceu num novo corpo terrestre e foi-lhe dado o nome de Disna.22

Uma clara distinção entre possessão e reencarnação como hipóteses para os casos ostensivamente do tipo reencarnação não pode ser feito em casos tais como o de Disna.

Em nossa opinião tais distinções podem ser feitas para certos outros casos, notavelmente aqueles em que marcas de nascimentos ocorrem.23

O espaço não permite uma plena discussão destes pontos de distinção neste local.
Nem reivindicamos que hipóteses outras que possessão ou reencarnação podem ser firmemente excluídas no caso presente.

Em nosso próprio juízo, no entanto, o caso indica alguma explicação incluindo cognição paranormal da parte de Disna.
A reencarnação é em muitos respeitos a explicação mais simples para o caso.

Envolve explicações menos complicadas do que faz a combinação de personificação extra-sensorial e personalidade secundária.

Mas não é a explicação mais plausível para o ocidental médio desacostumado a considerar que a ideia de sobrevivência da personalidade humana depois da morte talvez seja apoiada por evidência empírica.

Em todo o caso, não é nosso propósito pressionar nossa própria interpretação deste caso, mas apresentá-lo com o propósito de chamar a atenção à potencial importância de tais casos e a necessidade para seu estudo muito mais intensivo.

Referência original do artigo
Stevenson, Ian, “A Case of the Reincarnation Type in Ceylon: The Case of Disna Samarasinghe”, Journal of Asian and African Studies, 5:4 (1970:Oct.) p.241

1 Agradecimentos.
Agradecimentos são devidos à Parapsychology Foundation por concessões em favor das investigações de I.S. Somos muito agradecidos ao Sr. Godwin Samararatne e ao Sr. Amarasiri Weeraratne que actuaram como intérpretes para nós neste caso.

Eles também bondosamente traduziram um registo escrito de informação relacionado ao caso feito pela mãe do sujeito.

O Sr. Samararatne adicionalmente reuniu mais alguma informação de informantes depois de nossa visita aos locais do caso em 1968.

Ao Sr. P. K. Perera e ao Sr. H. S. S. Nissanka estamos em débito por algumas informações sobre detalhes do caso.

2 Stevenson, I. Cases Suggestive of Reincarnation. Series II. (Em preparação.)
3 Stevenson, I. Twenty Cases Suggestive of Reincarnation. Proceedings Amer. Soc. Psychical Res., Vol. 26, September 1966, pp. 1-362.

4 Story F., and Stevenson, I. A Case of the Reincarnation Type in Ceylon. J. Amer. Soc. Psychical Res., 61: 130-145, 1967.
5 Op. cit. n. 2.

6 Stevenson, I. Characteristics of Cases of the Reincarnation Type in Ceylon. J. Asian and African Studies. (No prelo.)

7 Stevenson, I. Characteristics of Cases of the Reincarnation Type in Turkey. Int. J. Comp. Sociology. (No prelo.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Abr 25, 2013 10:00 am

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8 Stevenson, I. Cultural Patterns in Cases Suggestive of Reincarnation Among the Tlingit Indians of Southeastern Alaska. J. Amer. Soc. Physical Res., 60: 229-243, 1966.

9 Op.cit. n. 3.
10 Veja, por exemplo, os casos de Prakash e Parmod em Stevenson, I., op. cit. n. 3, e o caso de Warnasiri, em Story, F., e Stevenson, I., op. cit. n. 4.

11 Aos leitores ocidentais devemos salientar que muitos sinhaleses colocam os nomes de família primeiro e os nomes pessoais depois.

Assim R. M. Gardias e R. M. Romanis são irmãos com o mesmo nome de família indicado pelas iniciais “R.M.”
Os nomes femininos são também um tanto inconsistentes pelos padrões ocidentais.
Uma esposa nem sempre leva o nome do seu marido depois de casamento.

12 O Budismo não reconhece as distinções de casta, isto sendo uma das ideias dos ensinos do Buda da doutrina que prevalecia no seu tempo e mais tarde na Índia.

De facto, entretanto, os budistas sinhaleses foram consideravelmente influenciados por um número de práticas Hindu, incluindo casta.

A casta, portanto, existiu no Ceilão durante séculos e ainda tem força considerável entre certos budistas sinhaleses.
Op. cit. n. 2.

13 Op. cit. n. 2.
14 O sermão de Bana consiste na exegese de passagens nos ditados atribuídos ao Buda.

15 O distrito de Galagedera está na parte montanhosa de Ceilão cujos habitantes (Kandyans) frequentemente exibem uma atitude superior em relação a pessoas das planícies litorais do Ceilão.

O marido de Babanona tinha vindo de Devundera no sul extremo (perto do litoral) do Ceilão.

16 Vide, por exemplo, o caso de Marta, em Stevenson, I., op. cit. n. 3.

17 Para um resumo dos factos relacionado ao desvanecimento de memórias aparentes em 16 casos, vide Stevenson, I., op. cit. n. 3, p. 326.

18 Op.cit. n. 3.

19 “Revistas de identificação” usadas por advogados e a polícia para seleccionar um criminoso procurado normalmente não são realizadas de um modo mais controlado.

Willians revisou e corrigiu as fraquezas em quase todos procedimentos legais atuais deste tipo. Vide, Willians, G. The Proof of Guilt [A Prova de Culpa]. Londres: Stevens and Sons, 1963.

20 Os ocidentais não informados plenamente sobre as doutrinas de renascimento no Hinduismo e Budismo podem supor que se uma criança lembra-se de uma vida prévia numa casta mais alta, ela tem a motivação de escapar da infelicidade presente por imaginar uma vida prévia como uma pessoa num padrão mais alto de vida.

Mas para um hindu ou budista tal recordação não é uma memória digna de crédito já que supõe que a pessoa caiu da sua posição superior prévia por causa de seu próprio comportamento impróprio que levou-o a um renascimento numa casta mais baixa.

21 Vide, por exemplo, os casos de Gnanatilleka e Marta em Stevenson, I., op. cit. n. 3.

22 O Budismo, que prefere o termo “renascimento” a “reencarnação,” não supõe que todos os aspectos de uma personalidade necessariamente tornem-se manifestos na personalidade relacionada nascido depois da morte da primeira personalidade.

Informação sobre a doutrina budista do renascimento será achada em nossas publicações anteriores e referências citadas lá, nn. 3. 4.

23 Op. cit. n. 3.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 26, 2013 9:43 am

Notícias 30 de Março de 2007

Lembra-se de uma Vida Prévia? Talvez Você uma Memória Ruim

Familiaridade com uma ideia torna algumas pessoas mais possíveis de esquecerem-se de onde a ideia veio — e confundir facto com ficção
Christopher Mims

Você às vezes tem memórias de uma vida passada misteriosa?
Lembra experiências bizarras tais como ser raptado por alienígenas?
Fica se perguntando de onde estas memórias vêm e se, de facto, você realmente alguma vez fora arrebatado num disco voador por um ET?


Parece a resposta pode ser mais simples do que você pensa — ou lembra-se.

Um novo estudo mostra que as pessoas com memórias de vidas passadas são mais possíveis que outras a se equivocar quanto à fonte de qualquer informação dada.

O pesquisador Maarten Peters da Universidade de Maastricht na Holanda testou pacientes de “terapeutas de reencarnação”, que usam hipnose para ajudar seus pacientes a lembrar-se de “vidas passadas”, nas quais os clientes acreditam estarem na raiz de seus problemas actuais.

Os indivíduos receberam um teste de memória conhecido como o paradigma da fama ilusória, em que eles foram pedidos para recitar uma lista de nomes pouco conhecidos.

No dia seguinte, lhes foi mostrada uma lista que incluía esses nomes, novos nomes, e os nomes de pessoas famosas.

Os resultados:
os indivíduos que alegaram ter memórias de vidas prévias eram mais prováveis que aqueles sem tais recordações a identificar erroneamente mais dos nomes previamente recitados como pertence a pessoas famosas.

Em outras palavras, as pessoas que acreditam que elas tiveram vidas prévias cometem um erro de controle da fonte, ou um erro de julgamento sobre a fonte original de uma memória.
(Neste caso, elas se equivocaram quanto à fonte — elas mesmas — de nomes de não famosos.)

Isto é importante porque erros de controle da fonte são os primeiros numa sequência de acontecimentos que os psicólogos acreditam que levam a memórias falsas.

“Uma vez que a confiança de um acontecimento é alcançada, isto relativamente de forma fácil pode ser convertido numa crença que o acontecimento aconteceu,”

Peters diz.
“Um próximo possível passo é que indivíduos interpretem seus pensamentos e fantasias sobre o acontecimento fictício como memórias reais.”

Jim Tucker, um psiquiatra do Centro Médico da Universidade de Virginia observa, no entanto, que as pessoas que procuram terapia de reencarnação são mais possíveis de ter problemas psicológicos ou de ser suscetíveis a hipnose, qualquer uma delas podendo explicar os novos resultados.

“Se alguém quer olhar as características das pessoas que apresentaram memórias de vidas passadas sob hipnose contra aquelas que não apresentaram,” diz, “o meio de projetar o estudo seria recrutar os indivíduos [primeiro] e então hipnotizá-los.”

Um estudo anterior por Susan Clancy da Universidade de Harvard mostrou que as pessoas com memórias de serem raptadas por alienígenas tiveram problemas semelhantes com recordação pobre.

“Penso que o achado mais importante aqui é que estas pessoas são altamente motivadas a procurar e endossar algum meio de explicar por que eles sofrem de angústia psicológica,” observa Clancy.

“Há uma abundância das pessoas lá fora que pensam que elas poderiam ter sido raptadas por alienígenas — verá, pergunte a 20 de seus amigos —mas elas não vão tão longe a ponto de criar memórias falsas.”

O artigo em inglês, pode ser visto aqui: http://www.sciam.com/article.cfm?articleid=A430214C-E7F2-99DF-3EEED6B0410A5114

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 26, 2013 9:44 am

Uma análise crítica de “Born Again! The Indian way”
Vitor Moura Visoni

email: vitormoura@hotmail.com

Recentemente, foi noticiado ao vivo numa rede de televisão da Índia a exposição de dois casos que teriam-se revelado verdadeiras fraudes.

O relatório dos casos, chamado “Born Again! The Indian way” foi divulgado pelo Boletim Rationalist International, nº 154, de 15 de abril de 2006.

O primeiro caso é descrito por Edamaraku do seguinte modo:

”um homem por volta de seus trinta anos, apresentava seu filho de quatro anos de idade às câmeras de TV.
Há alguns meses, o rapaz expressou temor vendo um trator, o pai contou ao repórter.

Estranhamente, ele logo começou insistindo que seu nome era Pavithra - o nome de um fazendeiro bem conhecido numa aldeia vizinha, que tinha sido morto por assaltantes há cinco anos.

Atiraram nele, quando guiava seu trator.
A bala atingiu seu pescoço e ele morreu na hora”.

“Para provar que seu filho era reencarnação de Pavithra, o pai segurou o rapaz em direção das câmeras e o interrogou repetidamente:
Qual é seu nome? Quais são os nomes do seu pai, da sua irmã e mãe? E onde a bala lhe atingiu?

O rapaz respondeu de acordo com a história de seu pai.
Sem qualquer hesitação, ele deu seu nome como Pavitra e os nomes de seus parentes como os de Pavithra.

Quando perguntado sobre a bala, ele apontou ao próprio pescoço: aqui!
Os aldeãos ficaram impressionados e completamente convencidos que o rapaz era a reencarnação de Pavithra.

E assim a família do homem morto, que já tinha levado a criança a sua casa e pensado em adoptá-la”.

No segundo caso,

“[...] nove membros de uma família de uma aldeia em Punjab foram levados ao estúdio de TV para reunir os pedaços da história de uma menina de três anos de idade, que acreditava-se ser uma reencarnação.[...] a família da menininha era Muçulmana, enquanto que o morto, uma mulher jovem de uma distante aldeia próxima de Délhi, tinha sido Hindu.

A mulher tinha sido desertada por seu marido, quando estava grávida.
Morreu, de acordo com uma certidão de óbito, de pneumonia.
Isto aconteceu cerca de três anos atrás, combinando com a época que sua "reencarnação" nascia.

A menininha alegava ter o nome da mulher e orgulhosamente mostrava os lóbulos de suas orelhas para todo o mundo, que supostamente mostravam as marcas de pressão dos pesados brincos pesados que a morta usava”.

“A única representante da família da mulher morta no estúdio de TV foi sua sobrinha de quinze anos, que tinha sido muito íntima dela.

Foi por esta sobrinha, que ocorreu de viver na mesma aldeia de Punjabi que a família da criança, que a "reencarnação" foi identificada.

A escola da sobrinha era junta do jardim de infância, visitado pela menininha, e para as duas ficaram amigas uma da outra.

É fácil de adivinhar como o conhecimento da criança sobre a tia de sua amiga e seus brincos transpiraram.

Era também óbvio que a sobrinha, que nunca superou a morte de sua amada tia desafortunada, estava extremamente feliz em vê-la viva como a menininha amigável.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 26, 2013 9:44 am

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No inquérito outro aspecto interessante da história veio à tona.
Tem havido forte crítica na aldeia sobre a grande amizade entre a sobrinha Hindu e a menina Muçulmana do jardim de infância.

As críticas silenciaram imediatamente, quando a história de reencarnação surgiu”.

“A suspeita que a sobrinha era a executora desta alegação de reencarnação provou-se correcta.
Revelou-se que ela com êxito tinha espalhado confusão sobre a causa da morte da mulher.

De acordo com a crença, somente vítimas de uma morte violenta - por assassinato ou acidente - são chamadas para renascer.

Desde que a sobrinha tinha um forte desejo de confirmar a reencarnação, ela fantasiou uma morte diferente para sua tia.

Insistiu que a tia tinha morrido de um acidente de bicicleta e que ela própria tinha visto machucados e feridas causadas pelo acidente no corpo morto.

Há muitas contradições em seu conto, mas ainda assim a família da menina e obviamente também alguns membros (ausentes) da própria família acreditaram-na.
A certidão médica, no entanto, desmascarou-a”.

No meu entender, Sanal Edamaruku cometeu falhas em ambos os casos.

No primeiro caso, usa como argumento de fraude que as datas de morte e nascimento não batiam por um período de 2 anos, o que mostra que ele só entende a reencarnação como ocorrendo imediatamente após a morte, caso contrário a alma ficaria sem um corpo.

Não fica claro pelo artigo qual o empecilho de uma alma ficar sem um corpo.

Quanto ao erro do menino em responder às perguntas feitas em ordens diferentes, isso também não necessariamente caracteriza que o caso é uma fraude, só mostra que o menino estava ‘viciado’ por responder sempre as mesmas perguntas na mesma ordem!

O que teria que ser feito seria encontrar discrepâncias entre as informações fornecidas pelo menino e os factos conhecidos da vida do fazendeiro.

Porém isso não ocorreu.

No segundo caso, como prova de fraude, é dito que a sobrinha inventou o modo de morte da tia para se encaixar na crença da reencarnação (o povo local acredita que só reencarna quem teve morte violenta ou por acidente).

Como a tia morreu de pneumonia, em tese não reencarnaria, daí a mentira da sobrinha sobre um acidente de bicicleta, para poder sustentar a sua identificação perante a comunidade local.

Há pelo menos três hipóteses para ela ter agido assim:

1ª) Fraude deliberada, podendo ser por vários motivos, inclusive apenas chamar a atenção.
2ª) Auto-ilusão, para superar a perda da tia.
3ª) Viu-se forçada a mentir para não sofrer críticas da comunidade local.

Qual delas é a correcta?

Não sabemos, pelo menos no relatório não nos são dados detalhes suficientes.
Sanal Edamaruku, porém, escolhe prematuramente a 2ª opção.

Outro facto significativo é que nada foi dito acerca da menina que foi identificada como a reencarnação da tia.

O que exactamente ela disse sobre a morte dela? Não há registo.

Neste caso, seria necessário fazer uma entrevista com a própria listando as declarações dela e perguntando qual teria sido sua última lembrança.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Abr 26, 2013 9:44 am

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Normalmente crianças são difíceis de entrevistar, os gravadores costumam lhes chamar a atenção, mas nesse caso ao menos uma tentativa teria que ser feita.

O artigo ainda afirma que as crianças só lembram de vidas passadas em situações económicas melhores:
”É sempre a criança de uma família pobre que alega [...] ser um membro renascido de uma família comparativamente mais rica, nunca o oposto”.

Isso é uma afirmação extremamente equivocada.

No livro de Carol Bowman, “Crianças e Suas Vidas Passadas”, se referindo à pesquisa de Stevenson, é dito que “algumas crianças que lembram ter sido de casta inferior à de seus pais podem mostrar toda a grosseria e o instinto de sobrevivência dos desesperadamente pobres, além de hábitos ofensivos para a nova família.

Alguns manifestam gratidão por terem ascendido e demonstram grande prazer em comer boa comida e vestirem roupas melhores.

Uma menina que nascera brâmane – a casta mais alta das Índia – lembrava-se da sua vida como varredora de ruas da mais baixa casta, os “intocáveis”.

Normalmente pacata, a menina aterrorizava a família com seus hábitos repulsivos e com sua insistência em querer comer porco (a família era vegetariana).

E, ao contrário dos outros membros da família, limpava de bom grado – quase avidamente – os excrementos das crianças menores”.
Ou seja, um trabalho muito superficial, e mesmo enganador.

Ainda assim, a impressão que fica é que os dois casos aparentemente contém elementos de fraude ou de auto-ilusão, mas não são fraudes comprovadas, como se quer passar, e há inclusive vários indícios de autenticidade, como as idades das crianças, que correspondem aos casos típicos de Stevenson, e a presença de marcas de nascença, pelo menos no 2º caso.

No 1º caso, os cépticos não deixam claro se tais marcas existem ou não – outra falha do artigo.
Aparentemente não.
Porém, o garoto demonstra uma fobia (por tratores), fenómeno típico dos casos autênticos!

No máximo, o que se poderia dizer de ambos os casos é que não fornecem evidências suficientes para serem caracterizados como sugestivos de reencarnação.

Mesmo que tais casos sejam fraudes – o que, repito, não foi de forma alguma comprovado ao menos com as informações fornecidas no artigo – os cépticos poderiam ajudar muito mais as pesquisas no sentido de encontrar novos parâmetros que ajudassem a distinguir os casos verdadeiros dos falsos.

Para tal, é preciso que leiam a vasta bibliografia disponível, senão ocorrerá sempre o que acabamos de ver:
motivos esdrúxulos ou pouco convincentes para caracterizar um caso como fraude.

Bibliografia

Edamaruku, S. (2006) Born again! The Indian way. Rationalist International Bulletin, 154. Available at: http://www.rationaiistintemational.net/archive/en/rationalist_2006/l54.html

Bowman. C. (1997)- Children's past lives. New York: Banlam.
Matlock, J. (1990). Past life memory case studies. In S. Krippner (Ed.), Advances in parapsychological research, pp. 184-267. Jefferson, NC: McFarland.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 27, 2013 9:51 am

Renascer! A rota indiana

Sanal Edamaruku desmascara alegações de reencarnação ao vivo na TV


A crença na reencarnação é comum e profundamente enraizada na Índia.

É inspirada por crenças religiosas Hindus e fomentada pelo desejo de que haja algum tipo de saída de emergência [rota de fuga] das oprimentes realidades sociais em outra vida, melhor.

As histórias de renascimento mexem com a imaginação das pessoas e rapidamente se espalham, especialmente entre os pobres da Índia rural.

Fig. 01 - Sanal Edamaruku com uma garota de Punjab “renascida”

Em cooperação com a Star TV, um dos grandes canais de língua Hindu com extensão nacional, Sanal Edamaruku desmascarou dois casos de reencarnação em algumas semanas, encorajando e capacitando milhões de observadores de toda a Índia a confrontar esta superstição com realidade, onde quer que eles encontram-na.

Cinco perguntas a um rapaz papagueador

Num programa ao vivo em 30 de março de 2006, a Star TV introduziu um caso de reencarnação na aldeia de Bagpat no estado indiano do norte de Haryana.

Os aldeãos se aglomeravam num pátio, onde um deles, um homem por volta de seus trinta anos, apresentava seu filho de quatro anos de idade às câmaras de TV.

Há alguns meses, o rapaz expressou temor vendo um trator, o pai contou o repórter.

Estranhamente, ele logo começou insistindo que seu nome era Pavithra - o nome de um fazendeiro bem conhecido numa aldeia vizinha, que tinha sido morto por assaltantes há cinco anos.

Atiraram nele, quando guiava seu trator.
A bala atingiu seu pescoço e ele morreu na hora.

Para provar que seu filho era reencarnação de Pavithra, o pai segurou o rapaz em direcção das câmaras e o interrogou repetidamente:
Qual é seu nome? Quais são os nomes do seu pai, da sua irmã e mãe? E onde a bala lhe atingiu?

O rapaz respondeu de acordo com a história de seu pai.
Sem qualquer hesitação, ele deu seu nome como Pavitra e os nomes de seus parentes como os de Pavithra.

Quando perguntado sobre a bala, ele apontou ao próprio pescoço: aqui!
Os aldeãos ficaram impressionados e completamente convencidos que o rapaz era a reencarnação de Pavithra.

E assim a família do homem morto, que já tinha levado a criança a sua casa e pensado em adoptá-la.

Sanal Edamaruku apontou alguns defeitos e discrepâncias do caso.
As datas de morte de Pavithra e o nascimento do rapaz, por exemplo, não combinavam.
Há uma lacuna de dois anos entre os dois, onde a "alma" não teria tido um corpo.

O mais perturbador, no entanto, era que as respostas do rapaz obviamente foram treinadas.

Depois dele ter reagiado várias vezes "correctamente" à sequência nunca variável do pai de cinco perguntas, o repórter fez as mesmas perguntas numa ordem diferente, e a criança deu indiferentemente sua série monótona de respostas como um papagaio:
Qual é o nome do seu pai? - Aqui! (Apontou ao próprio pescoço.)

Estranhamente, ninguém ficou perturbado por este facto, antes de ter sido indicado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 27, 2013 9:52 am

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Desde que o destino do fazendeiro tinha passado pela boca de todo o mundo há alguns anos, também nada há de especial muito menos milagroso sobre uma criança estar ciente de nomes e detalhes.

As alegações de reencarnação normalmente começam como uma fantasia da criança numa certa idade, quando sonho e realidade não são ainda distinguidos, Sanal Edamaruku explicou.

Por repetir suas fantasias várias vezes, as crianças costumam aumentá-las e modificá-las de acordo com as reações das pessoas a seu redor em histórias perfeitas e ficam convencidas de que são realidade.

Neste caso, a fantasia obviamente foi tramada pelo pai do rapaz, que tornou-se o executor da alegação.

Interessantemente, quase todas as histórias de reencarnação são – conscientemente ou inconscientemente – convenientes para servir à ascensão social.

É sempre a criança de uma família pobre que alega – apoiada principalmente por seus pais e bem desejosos – ser um membro renascido de uma família comparativamente mais rica, nunca o oposto.

Isso explica que tais histórias costumam durar bastante.
Oferecem benefícios a todos os envolvidos.

Para a criança e seus pais, a história é uma passagem para um melhor futuro;
a outra família acha consolação na ideia que sua parentela morta supostamente retorna como uma criança.

E o público acha alívio na crença que há uma vida melhor esperando por eles depois da morte.

Uma mulher Hindu renascida como uma menina Muçulmana

Em outro programa da Star TV, nove membros de uma família de uma aldeia em Punjab foram levados ao estúdio de TV para reunir os pedaços da história de uma menina de três anos de idade, que acreditava-se ser uma reencarnação.

Sanal Edamaruku começou sua investigação antes do começo do programa na sala de espera dos visitantes casualmente entrevistando todos os membros da família.

Há algo de especial sobre este caso:
a família da menininha era Muçulmana, enquanto que o morto, uma mulher jovem de uma distante aldeia próxima de Délhi, tinha sido Hindu.

A mulher tinha sido desertada por seu marido, quando estava grávida. Morreu, de acordo com uma certidão de óbito, de pneumonia.

Isto aconteceu cerca de três anos atrás, combinando com a época que sua "reencarnação" nascia.

A menininha alegava ter o nome da mulher e orgulhosamente mostrava os lóbulos de suas orelhas para todo o mundo, que supostamente mostravam as marcas de pressão dos pesados brincos pesados que a morta usava.

A única representante da família da mulher morta no estúdio de TV foi sua sobrinha de quinze anos, que tinha sido muito íntima dela.

Foi por esta sobrinha, que ocorreu de viver na mesma aldeia de Punjabi que a família da criança, que a "reencarnação" foi identificada.

A escola da sobrinha era junta do jardim de infância, visitado pela menininha, e para as duas ficaram amigas uma da outra.

É fácil de adivinhar como o conhecimento da criança sobre a tia de sua amiga e seus brincos transpiraram.

Era também óbvio que a sobrinha, que nunca superou a morte de sua amada tia desafortunada, estava extremamente feliz em vê-la viva como a menininha amigável.

No inquérito outro aspecto interessante da história veio à tona.
Tem havido forte crítica na aldeia sobre a grande amizade entre a sobrinha Hindu e a menina Muçulmana do jardim de infância.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 27, 2013 9:53 am

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As críticas silenciaram imediatamente, quando a história de reencarnação surgiu.
A suspeita que a sobrinha era a executora desta alegação de reencarnação provou-se correcta.

Revelou-se que ela com êxito tinha espalhado confusão sobre a causa da morte da mulher.
De acordo com a crença, somente vítimas de uma morte violenta - por assassinato ou acidente - são chamadas para renascer.

Desde que a sobrinha tinha um forte desejo de confirmar a reencarnação, ela fantasiou uma morte diferente para sua tia.

Insistiu que a tia tinha morrido de um acidente de bicicleta e que ela própria tinha visto machucados e feridas causadas pelo acidente no corpo morto.

Há muitas contradições em seu conto, mas ainda assim a família da menina e obviamente também alguns membros (ausentes) da própria família acreditaram-na.

A certidão médica, no entanto, desmascarou-a.

O tratamento sensível e cuidadoso de Sanal Edamaruku de ambos os casos lembra que expor superstições sem consideração pelos indivíduos envolvidos nelas pode causar muito estrago.

Num programa de TV ao vivo de uma hora, mal é possível ajudar as vítimas da superstição a resistir às pressões e sociais e psicológicas atrás de seu pensamento e comportamento irracionais.

Com tacto e grande habilidade Sanal Edamaruku prosperou, no entanto, em expor as alegações absurdas de reencarnação e suas raízes e mecanismos intransigentemente para a audiência entender sem infligir dor e constrangimento pessoal nas vítimas o que pode perturbar seu equilíbrio mental.

Artigo publicado em RATIONALIST INTERNATIONAL Bulletin # 154 (15 April 2006).

Artigo disponível em http://www.rationalistinternational.net/

Traduzido para o português por Vitor Moura Visoni.

Comentários por Vitor Moura Visoni:

No meu entender, os cépticos cometeram falhas em ambos os casos.

No primeiro caso, usam como argumento de fraude que as datas de morte e nascimento não batiam por um período de 2 anos, o que mostra que eles só entendem a reencarnação como ocorrendo imediatamente após a morte, caso contrário a alma ficaria sem um corpo.

Aparentemente para eles não existe um mundo espiritual em que as almas esperariam o seu reencarne.

No segundo caso, como prova de fraude, dizem que a sobrinha inventou o modo de morte da tia para se encaixar na crença da reencarnação (o povo local acredita que só reencarna quem teve morte violenta ou por acidente).

A tia morreu de pneumonia, logo em tese não reencarnaria, daí a mentira da sobrinha de dizer que a tia morreu num acidente de bicicleta.

É bem provável que a sobrinha tenha fraudado, mas nada foi dito acerca da menina que foi identificada como a reencarnação da tia.

O que exactamente ela disse? Não há registo.
E é uma mentira quando os cépticos dizem que as crianças só lembram de vidas passadas em situações econômicas melhores.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Abr 27, 2013 9:53 am

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Stevenson tem casos de crianças que se lembram de terem vivido em castas inferiores.

No livro de Carol Bowman, “Crianças e Suas Vidas Passadas”, é dito que “algumas crianças que lembram ter sido de casta inferior à de seus pais podem mostrar toda a grosseria e o instinto de sobrevivência dos desesperadamente pobres, além de hábitos ofensivos para a nova família.

Alguns manifestam gratidão por terem ascendido e demonstram grande prazer em comer boa comida e vestirem roupas melhores.

Uma menina que nascera brâmane – a casta mais alta das Índia – lembrava-se da sua vida como varredora de ruas da mais baixa casta, os “intocáveis”.

Normalmente pacata, a menina aterrorizava a família com seus hábitos repulsivos e com sua insistência em querer comer porco (a família era vegetariana).

E, ao contrário dos outros membros da família, limpava de bom grado – quase avidamente – os excrementos das crianças menores”.

Ou seja, um trabalho bem porquinho dos cépticos.
Ainda assim, a impressão que dá é que os dois casos são fruto ou de fraude ou de auto-ilusão.

Mas não é uma fraude comprovada, como os cépticos querem passar.

Ambos os casos tinham que ser melhor averiguados, há indícios de autenticidade, como as idades das crianças, que correspondem aos casos típicos de Stevenson, e marcas de nascença, pelo menos no 2º caso.

No 1º caso, os cépticos não deixam claro se tais marcas existem ou não – outra falha do artigo.

Aparentemente não.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 28, 2013 11:05 am

RELATOS DE MEMÓRIAS DE VIDAS PASSADAS POR CRIANÇAS: UMA REVISÃO
Jim. B. Tucker, MD #

Tradutor: Vitor Moura Visoni

Pesquisadores têm estudado os relatos de crianças de lembranças de vidas passadas pelos últimos 45 anos.

As crianças geralmente descrevem uma vida recente, comum, e muitas delas fornecem detalhes suficientes para que um indivíduo falecido específico seja identificado, correspondendo às declarações da criança.

Esses casos ocorrem pelo mundo todo, e apesar deles serem mais fáceis de encontrar em países que acreditam na reencarnação, muitos casos foram encontrados igualmente no Ocidente.

Esta revisão mostra as facetas deste fenómeno e apresenta vários casos americanos recentes.

Palavras-chave: reencarnação, lembranças
(Explore 2008; 4: 244-248. © Elsevier Inc. 2008)

INTRODUÇÃO

Em 1960, Ian Stevenson, então presidente do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virgínia, escreveu uma revisão de 44 casos já publicados sobre pessoas que garantiram ter recordações de uma vida anterior1.

Ele então começou a saber de novos casos e no ano seguinte fez uma viagem à Índia depois de tomar conhecimento de cinco casos.

Ele permaneceu lá por quatro semanas e encontrou 25.
Ele chegou a resultados similares no Ceilão (Sri Lanka) e percebeu que o fenómeno era muito mais comum do que se achava até então.

Ele fez uma abordagem analítica dos casos. O psiquiatra Harold Lief posteriormente o descreveu como “um investigador metódico, prudente, cauteloso mesmo e de personalidade teimosa.”2

Ele nunca assumiu que conhecesse a causa dos casos, mas ao invés disso trabalhou para determinar quais eram os factos de cada caso.

Ele não fazia afirmações incisivas sobre seu trabalho, como indicado pelo título de seu primeiro livro sobre o fenómeno, Twenty Cases Suggestive of Reincarnation.3

Apesar dos esforços de Stevenson não terem resultado na aceitação do maisntream de seu trabalho, acumulou algum respeito em círculos do mainstream.

O Journal of the American Medical Association revisou um de seus livros em 1975 e escreveu que, “com respeito à reencarnação ele colectou cuidadosa e desapaixonadamente uma pormenorizada série de casos... nos quais a evidência é difícil de explicar sob qualquer ponto de vista.”

Em adição, Carl Sagan, o falecido astrónomo, era muito céptico de trabalhos fora do mainstream, mas escreveu:
“Há três alegações no campo da [parapsicologia] que, em minha opinião, merecem estudo sério,” sendo a terceira “o facto de crianças pequenas relatarem detalhes de uma vida pregressa que, após examinados, revelam-se correctos e não poderiam chegar-lhes ao conhecimento por outro meio que não a reencarnação.”5

Stevenson se aposentou em 2002, mas continuou a escrever, incluindo um artigo final resumindo sua carreira.6

Ele morreu em 2007, mas vários pesquisadores continuam os estudos que ele começou há mais de 45 anos sobre esses fenómenos. 7-9

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 28, 2013 11:06 am

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CARACTERÍSTICAS TÍPICAS

Os sujeitos desses casos costumam ser jovens crianças.
Em geral elas começam descrevendo uma vida passada quando estão com dois ou três anos de idade, e normalmente param com seis ou sete.

Elas fazem afirmações espontaneamente sem o uso de regressão hipnótica.
Elas descrevem vidas recentes, com o intervalo mediano entre a morte do indivíduo anterior e o do nascimento da criança de apenas 16 meses.

Elas também descrevem vidas comuns, geralmente no mesmo país.
A única parte da vida que frequentemente é fora do ordinário é o modo de morte, já que 70% das mortes são por meios não-naturais.

Alguns sujeitos alegam ter sido membros falecidos da família, já outros afirmam serem estranhos de outra região.

Se elas fornecem detalhes suficientes, como o nome daquela região, então as pessoas frequentemente vão até lá e identificam um indivíduo falecido, a personalidade passada, cuja vida parece se encaixar nas declarações que a criança fez.

Mais de 2500 casos foram investigados no mundo todo.

Eles são mais fáceis de achar em culturas que possuem uma crença na reencarnação, e os locais que produziram a maioria dos casos inclui Índia, Sri Lanka, Turquia, Líbano, Tailândia e Birmânia (Myanmar)*.

Casos foram encontrados sempre que alguém procurava por eles, incluindo todos os continentes exceto Antártica.
Stevenson publicou um livro de casos europeus, 10 e numerosos casos foram encontrados também nos Estados Unidos.11,12

Vários deles serão revisados numa secção posterior.

Casos no Ocidente parecem ser menos comuns, mas isso pode se dar por serem mais difíceis de se achar, já que alguns pais estão poucos dispostos a expor, às vezes mesmo a amigos íntimos e membros da família, o que suas crianças disseram.

Quando os casos são investigados, a história é obtida de quantas pessoas for possível.

Isto inclui os sujeitos, se as crianças são dispostas e capazes de contar aos investigadores sobre as supostas memórias, assim como seus pais e outros que ouviram as crianças descrevendo as memórias de vidas passadas.

O outro lado do caso então é investigado;
a família anterior é entrevistada para determinar quão exactas as declarações da criança são para a vida da personalidade prévia.

Tentativas são feitas para se obter autópsias ou registros médicos da personalidade prévia, caso sejam relevantes.

Se as duas famílias ainda não se encontraram, provas também podem ser conduzidas para ver se o sujeito pode reconhecer as pessoas da vida passada.

MARCAS E DEFEITOS DE NASCIMENTO

Além das supostas memórias, muitas crianças exibem marcas ou defeitos de nascimento que parecem combinar com feridas, normalmente fatais, sofridas pelas personalidades passadas.

Stevenson publicou um trabalho de 2,200 páginas em que documentou cerca de 200 de tais casos, 13 assim como uma sinopse mais curta. 14

Exemplos incluem uma menina, nascida com dedos notadamente malformados, que parecia se lembrar de ter sido um homem cujos dedos foram cortados, e um menino, nascido com dedos curtos na sua mão direita, que parecia se lembrar da vida de um menino em outra aldeia que perdeu os dedos da sua mão direita numa máquina de corte de alimento para animais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Abr 28, 2013 11:06 am

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Outro exemplo é Chanai Choomalaiwong, um menino da Tailândia.

Quando ele tinha três anos de idade, ele começou a dizer que tinha sido um professor chamado Bua Kai que foi morto a tiros enquanto andava com sua bicicleta para dar aulas.

Ele implorou para ser levado a seus pais, quer dizer, os pais de Bua Kai, e ele nomeou a aldeia onde afirmava que eles viviam.

Eventualmente, ele e sua avó pegaram um ónibus, que parou num povoado perto dessa aldeia.
Sua avó informou que depois que desceram o ónibus, Chanai levou-a a uma casa onde um casal de idosos vivia.

Chanai pareceu reconhecer o casal, que eram os pais de Bua Kai Lawnak, um professor que tinha sido baleado e morto a caminho do colégio cinco anos antes de Chanai nascer.

Nenhum relatório de autópsia estava disponível para Bua Kai Lawnak, então Stevenson entrevistou as testemunhas que viram o corpo.

Sua viúva informou que o médico envolvido no caso disse que seu marido tinha sido baleado pelas costas, porque a pequena ferida redonda nas costas da sua cabeça era uma ferida típica de entrada, ao passo que a maior, mais irregularmente formada na sua testa, era uma ferida típica de saída.

Chanai nasceu com duas marcas de nascimento, uma pequena e redonda nas costas da sua cabeça, e uma maior, mais irregularmente formada na direcção da fronte.

DECLARAÇÕES DE VIDAS PASSADAS

A idade média em que os sujeitos começam a relatar uma vida passada é de 35 meses.
Algumas fazem suas declarações sem embaraço, mas muitas mostram um forte envolvimento emotivo em suas alegações.

Algumas gritam e imploram para serem levadas ao que elas dizem serem suas famílias passadas.
Outras mostram raiva intensa, particularmente em direcção a assassinos em casos em que a personalidade anterior foi assassinada.

Em geral, quanto mais forte a evidência de uma ligação com a vida passada, mais emoção a criança mostra quando fala sobre essa vida. 15

Mesmo quando as crianças exibem forte emoção, muitas delas mostram grande intensidade num momento, seguida por uma brincadeira comum alguns minutos mais tarde.

Muitas parecem necessitar estar num certo estado mental para acessar as memórias, e embora algumas possam lembrá-las quando pedidas, outros não.

Os sujeitos normalmente param de fazer suas declarações de vidas passadas pela idade de seis a sete anos, e a maioria parece perder as supostas memórias.

Essa é a idade quando as crianças começam a escola e têm mais experiências na vida actual, quando tendem a perder suas primeiras memórias da infância.

As supostas memórias de vidas passadas frequentemente duram mais tempo em casos em que a personalidade anterior foi identificada, já que o contacto entre as duas famílias parece mantê-las por mais tempo.

Um exemplo de um caso com declarações notáveis é um que Stevenson estudou na Índia, o de Kumkum Verma. 16

Ela vivia numa aldeia, mas quando tinha 3,5 anos de idade, ela começou a dizer que tinha vivido em Darbhanga, uma cidade de 200.000 pessoas que ficava a 25 milhas de distância.

Ela deu o nome do distrito da cidade onde disse que ela tinha vivido.
Era um de artesãos e artífices, e a sua família não conhecia ninguém de lá.

Uma tia registrou muitas de suas declarações antes que qualquer um tentasse verificá-las, e embora algumas de suas notas tivessem sido perdidas, Stevenson pôde receber uma cópia de 18 declarações que Kumkum tinha feito.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 29, 2013 10:44 am

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Incluíam o nome do seu filho na vida que ela descreveu e o facto que ele trabalhava com um martelo, o nome do seu neto, o povoado onde seu pai tinha vivido, e dados pessoais tais como ter um cofre de ferro em casa, uma espada pendurada perto da cama de lona onde ela dormia, e uma cobra de estimação que ela alimentava com leite.

Um empregado de um amigo do pai de Kumkum era do distrito em Darbhanga que Kumkum nomeara, e foi até lá procurar a personalidade prévia.

Descobriu que uma mulher tinha morrido cinco anos antes de Kumkum nascer e cuja vida se encaixava em todos os detalhes listados acima.

O pai de Kumkum, um proprietário de terras e médico homeopata, visitou a família em Darbhanga uma vez mas nunca permitiu Kumkum ir, aparentemente em parte porque ele não estava orgulhoso que sua filha parecia se lembrar de uma vida como uma esposa do ferreiro.

TEMAS DAS DECLARAÇÕES DE VIDAS PASSADAS

Quando os sujeitos falam sobre uma vida passada, eles tendem a discutir acontecimentos do fim da vida.
Quase 75% dão detalhes da morte, e mesmo mais se a morte foi violenta. 17

Eles são também mais prováveis de falar sobre as pessoas do fim dessa vida que do início, assim uma criança que descreve uma morte quando adulta é mais provável de falar sobre um esposo ou filhos que sobre os pais.

Além do mais, 20% dos sujeitos informam memórias de acontecimentos entre as vidas. 12

Alguns dizem ter permanecido perto de onde a personalidade anterior viveu ou morreu, e podem descrever um enterro ou outros acontecimentos envolvendo a família.

Um sujeito da Tailândia, Ratana Wongsombat, queixou-se que “suas” cinzas tinham sido dispersas em vez de enterradas.
De facto, a personalidade passada tinha solicitado que suas cinzas fossem enterradas sob a árvore de Bo em seu templo.

Sua filha achou o sistema da raiz da árvore tão extenso que ela não podia enterrar os restos, então dispersou-as em vez disso. 18

Outro sujeito, Bongkuch Promsin, disse que ele gastou sete anos sobre uma árvore de bambu perto de onde o corpo da personalidade prévia tinha sido lançado depois que foi morto, antes de seguir para o lar do seu futuro pai na chuva.

O pai de Bongkuch tinha, de facto, comparecido a uma reunião nessa área num dia chuvoso durante o mês em que Bongkuch foi concebido. 18

Outras crianças falaram de ir a outros planos e ver outras entidades lá, mas esses relatórios não são verificáveis.

COMPORTAMENTOS DE VIDAS PASSADAS

Muitos sujeitos exibem comportamentos que parecem ligados às vidas que descrevem.

Algumas mostram emoções em relação a vários membros da família passada que são apropriadas para as relações que a personalidade anterior tinha com eles, assim as crianças podem ser respeitosas com os pais passados ou marido mas mandonas em relação aos irmãos mais jovens da personalidade anterior, mesmo quando são muito mais velhos que o sujeito.

Estas emoções normalmente se dissipam quando as crianças envelhecem, mas há exceções.
Em ao menos um caso, Maung Sim Kyaw, de Burma, a criança cresceu até se casar com a viúva da personalidade anterior. 13

Outra característica comportamental comum é uma fobia em relação ao modo de morte da personalidade prévia. Cerca de 35% dos sujeitos mostram tais fobias em casos envolvendo mortes por meios artificiais.

Elas são particularmente predominantes em casos de afogamento, com 31 de 53 exibindo temor de estar na água. 12

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 29, 2013 10:44 am

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Alguns sujeitos mostram gostos e desgostos que são semelhantes aos da personalidade passada.

Por exemplo, Stevenson e Keil estudaram 24 casos de crianças burmesas que alegaram serem soldados japoneses mortos em Burma durante a Segunda Guerra Mundial, e algumas delas se queixavam do alimento temperado burmês e pediam peixe cru em vez disso. 19

Alguns sujeitos também mostram um interesse infeliz em substâncias que viciam, tais como álcool e tabaco, caso a personalidade prévia os consumisse, incluindo um, Sujith Jayaratne, cujo vizinho atendia os pedidos do jovem por álcool até que sua avó interveio. 20

As crianças frequentemente se empenham em jogos que parecem ligados a seus relatos de vidas passadas, particularmente brincadeiras que envolvem a ocupação da personalidade prévia. 21

Um rapaz, Parmod Sharma, dava muita atenção a sua brincadeira em que se passava por um dono de uma loja de biscoitos e negligenciou seu dever de casa tanto que seu desempenho académico pareceu nunca se recuperar.3

Ocasionalmente, as crianças também reencenam a cena de morte da personalidade prévia, parecendo mostrar uma brincadeira pós-traumática.

Em casos em que crianças informam vidas passadas como membros do sexo oposto, os sujeitos frequentemente mostram comportamentos apropriados para esse sexo.

Às vezes, eles são suficientemente extremos para permitir um diagnóstico de desordem de identidade de gênero. 22

O comportamento pertencente ao sexo oposto pode continuar mesmo na maioridade, mas no geral, a maioria dos sujeitos vai levar uma vida perfeitamente normal.

CASOS RECENTES AMERICANOS

Depois que a Divisão de Estudos Perceptivos montou seu website na Universidade de Virginia, dúzias de pais americanos entregaram relatórios sobre suas crianças, normalmente por correio electrónico.

A maioria dos casos não foi investigado, e uma informação muito limitada está disponível em alguns deles.
Não obstante, eles fornecem uma visão do que os casos americanos deste tipo envolvem.

Os sujeitos eram meninos em 57% dos casos, comparados com 54% de casos americanos informados anteriormente 11 e 61% de casos no mundo.

86% dos sujeitos tinham quatro anos de idade ou menos quando começaram a descrever uma vida passada.

Dos que descreveram o modo de morte, 90% informaram mortes artificiais.
Uma personalidade passada foi identificada em apenas 16 casos, e em 14 desses era um membro morto da família.

Em casos em que a opinião dos pais sobre reencarnação é conhecida, só 42% acreditavam nela antes de suas crianças começarem a falar sobre experiências de vidas passadas.

Abaixo estão três casos que servem como exemplos do fenômeno nos Estados Unidos.

O Caso de P. M.

P. M. é um menino nascido com três marcas de nascimento que pareciam combinar com as lesões no seu meio-irmão, que tinham morrido com neuroblastoma12 anos antes do nascimento de P.M.

A doença foi diagnosticada depois que o meio-irmão começou a mancar;
ele então sofrera uma fratura patológica da sua tíbia esquerda.

Foi submetido a uma biópsia de um nódulo no seu couro cabeludo acima da orelha direita e recebeu quimioterapia para uma vasta área central, do lado direito do pescoço.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Abr 29, 2013 10:45 am

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Quando morreu, aos dois anos de idade, estava cego do olho esquerdo.
P.M. nasceu com um inchaço de 1 cm de diâmetro acima da orelha direita e uma marca escura, oblíqua, no lado direito do pescoço.

Ele também teve leucoma da córnea que o deixou praticamente cego do olho esquerdo.
Além disso, ele mancava ao andar, como se economizando sua perna esquerda.

Ao redor da idade de 4,5 anos, P. M. falou a sua mãe sobre querer voltar para sua antiga residência, a qual ele descreveu exactamente, e também contou da cirurgia no couro cabeludo que seu meio-irmão tinha sofrido.

O Caso de Sam Taylor

Sam Taylor nasceu 18 meses depois de o seu avô paterno morrer.

Quando ele tinha 1,5 anos de idade, olhou para cima enquanto seu pai trocava sua fralda e disse, “Na sua idade, eu também trocava as suas fraldas.”
Começou a falar mais sobre ter sido seu avô.

Ele eventualmente contou detalhes da vida do seu avô que seus pais se sentiam seguros que ele não podia ter aprendido por meios normais, tais como o facto que a irmã do seu avô tinha sido assassinada e que sua avó tinha usado um processador de alimentos para preparar milk-shakes para seu avô todos os dias no fim da sua vida.

Quando Sam tinha 4,5 anos de idade, sua avó morreu, e seu pai saiu para juntar seus pertences e voltou com uma caixa cheia de fotos da família.

Quando a mãe de Sam as espalhou sobre a mesa, uma noite, Sam se aproximou e pôs-se a apontar as fotos do avô e dizendo, “Este sou eu!”

Para testá-lo, sua mãe lhe mostrou uma fotografia de escola que incluía 16 meninos, e Sam foi capaz de seleccionar do grupo justamente a de seu avô. 12

O Caso de Kendra Carter

Kendra Carter começou a ter aulas de natação quando tinha 4,5 anos e pareceu se ligar imediatamente a sua instrutora.

Começou a dizer que o bebé da instrutora tinha morrido:
ela tinha ficado doente e o abortara.

A mãe de Kendra sempre tinha estado com ela nas lições, e quando perguntou Kendra como sabia estas coisas, Kendra respondeu, “Eu sou o bebé que estava dentro da barriga dela”.

Kendra descreveu um aborto, e sua mãe descobriu mais tarde que a instrutora tinha tido um aborto nove anos antes de Kendra nascer.

Kendra ficava feliz e vibrante quando estava com a instrutora, mas quieta quando não, e sua mãe deixou-a passar cada vez mais tempo com a instrutora até que ela permanecia com sua filha três noites na semana.

Eventualmente, a instrutora teve um desentendimento com a mãe de Kendra e cortou relações com a família.
Kendra então entrou em depressão e não falou por 4,5 meses.

A instrutora restabeleceu um contato mais limitado nesse momento, e Kendra lentamente começou a falar outra vez e a participar de brincadeiras. 12

Os casos americanos demonstram que os relatos das crianças de memórias de vidas passadas não são puramente um fenómeno cultural.

Ocorrem numa cultura sem uma crença difundida em reencarnação e frequentemente nas famílias sem crença.

A mãe de Kendra Carter, uma cristã conservadora, ficava amedrontada com a ideia de reencarnação e sentia que ela cometia um pecado apenas comprando um livro sobre o tema.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 30, 2013 11:24 am

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Os casos americanos têm características em comum com os de outros países.

A idade de falar e o conteúdo das declarações sobre a vida passada, tal como um foco no fim dessa vida, são os mesmos, e os casos podem incluir marcas ou defeitos de nascimento e as características emotivas e comportamentais que os outros trazem.

Uma diferença é que mesmo os sujeitos americanos fazendo tantas declarações, em média, sobre a vida que eles informam quanto os sujeitos de outros países, eles tendem a fornecer poucos nomes disso.

Essa é a causa provável para o facto de uma personalidade prévia raramente ter sido identificada nos casos americanos, a menos que as crianças aleguem ter sido parentes mortos.

No geral, no entanto, os casos americanos parecem ser exemplos do mesmo fenómeno que o de outras partes do mundo.

QUESTÕES SOBRE OS CASOS

Alguns discordaram deste trabalho e sugeriram que as supostas memórias das crianças são simplesmente fantasias em que seus pais tiram conclusões erróneas, algo particularmente possível de ocorrer em regiões do mundo com uma crença difundida em reencarnação.

Esta possibilidade merece séria consideração em casos em que uma personalidade prévia não foi localizada, seja porque as declarações da criança não foram suficientemente específicas para permitir uma identificação, seja porque elas não pareceram se encaixar nas vidas de quaisquer pessoas reais que tivessem morrido.

Os casos em que uma personalidade prévia foi identificada exigem outras explicações.

Brody23 sugeriu um cenário em que crianças de culturas com uma crença em reencarnação têm fantasias de vidas passadas em que são encorajadas por seus pais, que então localizam famílias com um membro falecido de mesma descrição, trocam informação com as famílias, e por fim creditando as crianças com informação mais específica e mais exacta sobre a personalidade prévia do que as crianças realmente possuíam.

Tal processo não explicaria as marcas e defeitos de nascimento que alguns sujeitos possuem, e casos em que registos escritos das declarações das crianças foram feitos antes das famílias se encontrarem, nem os fortes laços emotivos com as famílias prévias que muitas das crianças evidenciam antes dessas famílias serem localizadas.

Além do mais, dois estudos que focaram nesta possibilidade não acharam qualquer evidência. 24, 25

Outras questões existem.

Já que as supostas memórias de vidas passadas freqüentemente envolvem mortes recentes, não-naturais, essas características parecem estar associadas ou com a continuação de memórias de vidas passadas por mecanismos desconhecidos ou com o processo pelo qual as crianças desenvolvem uma ilusão sobre ter tido uma vida prévia.

Se as memórias são genuínas, os casos sugerem que mortes artificiais aumentam a probabilidade de um retorno rápido com memórias íntegras.

Dizem pouco, no entanto, sobre as possibilidades para indivíduos que não têm tais memórias.
As características vistas nos casos, tais como o intervalo curto entre as vidas, não podem ser generalizadas para as outras pessoas.

Aliás, as possíveis memórias de vidas passadas nestes casos não indicam se outros indivíduos reencarnam absolutamente, mesmo que elas contribuam ao corpo de evidência para a sobrevivência da consciência depois da morte — ao menos em alguns exemplos.

CONCLUSÃO

O Dr. Stevenson escreveu ter ficado persuadido de que “a reencarnação é a melhor, embora não a única, explicação para os casos de maior impacto que investigamos.”17 (p. 254)

Reencarnação é uma palavra que possui várias associações ligadas a ela, mas independentemente da terminologia usada, os casos de facto parecem fornecer evidência de que lembranças, emoções, e mesmo danos físicos podem, ao menos sob certas circunstâncias, transitar de uma vida para outra.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 30, 2013 11:24 am

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Os processos que estariam envolvidos em tal transferência da consciência são completamente desconhecidos, e eles esperam uma elucidação adicional.

Division of Perceptual Studies, Department of Psychiatry and Neurobehavioral Sciences, University of Virginia, Charlottesville, VA

# Correspondência para o autor.
Endereço: Box 800152 Charlottesville, VA 22908-0152
e-mail: jbt8n@virginia.edu

* Em 1989, a junta militar alterou oficialmente a versão em inglês do nome do país (de Burma para Myanmar) e de diversas cidades, como Rangum (de Rangoon para Yangon). O nome oficial em língua birmanesa não foi alterado.

A renomeação é politicamente controversa, pois grupos birmaneses de oposição ao regime militar continuam a empregar o termo “Birmânia”, já que não reconhecem a legitimidade do actual governo nem a sua autoridade para alterar o nome do país.

Alguns governos ocidentais, como os de EUA, Austrália, Canadá, Irlanda e Reino Unido, continuam a usar a forma inglesa Burma (correspondente ao português “Birmânia”).

A União Europeia emprega a grafia “Mianmar” em português, enquanto que as Nações Unidas empregam a forma Myanmar.

Alguns órgãos da imprensa de língua inglesa empregam a forma Burma (“Birmânia”), como a BBC e o Financial Times, enquanto que outros usam a alternativa Myanmar, como MSNBC, a Economist e o Wall Street Journal.

Em português, o jornal o Estado de São Paulo emprega a forma “Mianmar” (que substituiu, em 4 de outubro de 2007, a alternativa Mianmá), prática hoje adoptada pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo, dentre outros.

O Dicionário Aurélio preconiza apenas a grafia “Mianmar”, enquanto que o Vocabulário da Academia Brasileira de Letras admite as alternativas “Mianmar” e “Mianmá”.

O Dicionário Houaiss reconhece diferentes grafias, mas registra a forma “Myanmar” com mais frequência.

O governo brasileiro oscila entre o emprego das formas “Mianmar” e “Myanmar”, embora mais recentemente pareça preferir a primeira grafia.
Ademais, algumas fontes em português usam a forma “Miamar”.

Os gentílicos tradicionalmente associados ao país são “birmanês” e birmã, embora o Dicionário Houaiss também registe a alternativa “mianmarense”.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Myanmar, acessado em 16 de julho de 2008. (Nota do Tradutor)

REFERÊNCIAS

1. Stevenson I. The evidence for survival from claimed memories of former incarnations. J Am Soc Psychic Res. 1960; 54
2. Lief HI. Commentary on Dr. Ian Stevenson’s “The evidence of man’s survival after death.” J Nerv Ment Dis. 1977;165: 171-173.

3. Stevenson I. Twenty Cases Suggestive of Reincarnation. Charlottesville, NC: University Press of Virginia; 1974.

4. King L. S. Reincarnation. JAMA. 1975; 234:978.
5. Sagan C. The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark. New York, NY: Random House; 1996.

6. Stevenson I. Half a career with the paranormal. J Sci Explor. 2006; 20: 13-21.

7. Mills A, Haraldsson E, Keil HHJ. Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three independent investigators. J Am Soc Psychic Res. 1994; 88: 207-219.
8. Haraldsson E. Children who speak of past-life experiences: is there a psychological explanation? Psychol Psychother. 2003; 76: 55-67.

9. Pasricha SK, Keil J, Tucker JB, Stevenson I. Some bodily malformations attributed to previous lives. J Sci Explor. 2005; 19: 359-383.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Abr 30, 2013 11:24 am

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10. Stevenson I. European Cases of the Reincarnation Type. Jefferson, NC: McFarland & Company; 2003.
11. Stevenson I. American children who claim to remember previous lives. J Nerv Ment Dis. 1983; 171: 742-748.

12. Tucker JB. Life Before Life: A Scientific Investigation of Children’s Memories of Previous Lives. New York, NY: St. Martin’s Press; 2005.

13. Stevenson I. Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects. Westport, Conn: Praeger; 1997.

14. Stevenson I. Where Reincarnation and Biology Intersect. Westport, Conn: Praeger; 1997.
15. Tucker JB. A scale to measure the strength of children’s claims of previous lives: methodology and initial findings. J Sci Explor. 2000; 14: 571-581.

16. Stevenson I. Cases of the Reincarnation Type Vol. I: Ten Cases in India. Charlottesville, NC: University Press of Virginia; 1975.

17. Stevenson I. Children Who Remember Previous Lives: A Question of Reincarnation. Jefferson, NC: McFarland & Co; 2000.
18. Stevenson I. Cases of the Reincarnation Type, Vol. IV: Twelve Cases in Thailand and Burma. Charlottesville, NC: University Press of Virginia; 1983.

19. Stevenson I, Keil J. Children of Myanmar who behave like Japanese soldiers: a possible third element in personality. J Sci Explor. 2005; 19: 171-183.

20. Stevenson I. Cases of the Reincarnation Type, Vol. II: Ten Cases in Sri Lanka. Charlottesville, NC: University Press of Virginia; 1977.

21. Stevenson I. Unusual play in young children who claim to remember previous lives. J Sci Explor. 2000; 14: 557-570.
22. Tucker JB, Keil HHJ. Can cultural beliefs cause a gender identity disorder? J Psychol Hum Sex. 2001; 13: 21-30.

23. Brody EB. Review of cases of the reincarnation type, Vol. 2. Ten cases in Sri Lanka by Ian Stevenson. J Nerv Ment Dis. 1979; 167: 769-774.

24. Schouten SA, Stevenson I. Does the socio-psychological hypothesis explain cases of the reincarnation type? J Nerv Ment Dis. 1998; 186: 504-506.

25. Stevenson I, Keil J. The stability of assessments of paranormal connections in reincarnation-type cases. J Sci Explor. 2000; 14: 365-382.

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