LUZ ESPÍRITA
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Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

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Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - Página 3 Empty Re: Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 10:01 pm

19 - Ideoplastia

NO SONO PROVOCADO — Para maior compreensão de qualquer fenómeno da transmissão mediúnica, não nos será lícito esquecer a ideoplastia, pela qual o pensamento pode materializar-se, criando formas que muitas vezes se revestem de longa duração, conforme a persistência da onda em que se expressam.

Entendendo-se que os poderes mentais são inerentes tanto às criaturas desencarnadas quanto às encarnadas, é natural que os elementos plásticos e organizadores da ideia se exteriorizem dos médiuns, como também dos companheiros que lhes comungam tarefas e experiências, estabelecendo-se problemas espontâneos, cuja solução reclama discernimento.

Para clarear o assunto, recordemos o circuito de forças existente entre magnetizador e magnetizado, no sono provocado.

Se o primeiro sugere ao segundo a existência de determinada imagem, em certo local, de imediato a mente do «sujet», governada pelo toque positivo que a orienta, concentrará os próprios raios mentais no ponto indicado, aí plasmando o quadro sugerido, segundo o principio da reflexão, pelo qual, como no cinematógrafo, a projecção de cenas repetidas mantém a estabilidade transitória da imagem, com o movimento e som respectivos.

O hipnotizado contemplará, então, o desenho estabelecido, nas menores particularidades de textura, e se o hipnotizador, sem preveni-lo, lhe coloca um espelho à frente, o sensitivo para logo demonstra insopitável assombro, ao fitar a gravura em dupla exibição, porquanto a imagem reflectida parecer-lhe-á tão real quanto a outra.

Emprega-se comumente a palavra «alucinação» para designar tal fenómeno;
contudo, a definição não é praticamente segura, de vez que na ocorrência não entra em jogo o devaneio ou a ilusão.

Qual acontece nos espectáculos da televisão, em que a cena transmitida é essencialmente real, através da conjugação de ondas, o quadro entretecido pela mente do magnetizado, ao influxo do magnetizador, é fundamentalmente verdadeiro, segundo análogo princípio, porque, fazendo convergir, em certa região, as oscilações do próprio Espírito, o hipnotizado cria a gravura sugerida, imprimindo-lhe vitalidade correspondente, à força da percussão subtil, pela qual a tela se estrutura.

O acontecimento, corriqueiro aliás, dá noções exactas da ideoplastia em todas as actividades mediúnicas comandadas por investigadores em que a exigência alcança as raias da presunção.

Multiplicando instâncias, além da fiscalização compreensível e justa, não se precatam de que se transformam em hipnotizadores incómodos, ao invés de estudiosos equilibrados, interferindo no circuito de energias mantido entre o benfeitor desencarnado e o servidor encarnado, obstando, assim, a realização de programas do Plano Superior, com vistas à identificação e revelação da Espiritualidade Maior.

NOS FENÓMENOS FÍSICOS - Nas sessões de efeitos físicos, ante as energias ectoplasmáticas exteriorizadas no curso das tarefas em vias de efectivação pelo instrutor espiritual, se o experimentador humano formula essa ou aquela reclamação, eis que a mente mediúnica, qual ocorre ao “sujet”, na hipnose artificial, se deixa empolgar pela ordem recebida, emitindo a própria onda mental, não mais no sentido de atender ao amigo desencarnado que dirige a acção em foco, mas sim para satisfazer ao pesquisador no campo físico.

Dai porque, apreendendo, com mais segurança, as necessidades do médium e respeitando-as com o elevado critério de quem percebe a complexidade do serviço em desenvolvimento, as entidades indulgentes e sabias se retraem na experiência, mantendo-se em guarda para proteger o conjunto, à maneira de professores que, dentro das suas possibilidades, se colocam na Posição de sentinelas quando os alunos abandonam os objectivos enobrecedores da lição, a pervagarem no terreno de caprichos inconsequentes.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:09 pm

INTERFERÊNCIAS IDEOPLÁSTICAS — Mentalizemos o orientador desencarnado, numa sessão de ectoplasma regularmente controlada, quando esteja constituindo a forma de um braço com os recursos exteriorizados do médium, a planejar maior desdobramento do trabalho em curso.

Se, no mesmo instante, o experimentador terrestre, tocando a forma tangível, solicita, por exemplo:
— “uma pulseira, quero uma pulseira no braço” —, de imediato a mente do médium recolhe o impacto da determinação e, em vez de prosseguir sob o controle benevolente do operador desencarnado, passa a obedecer ao investigador humano, centralizando, de modo inconveniente, a própria onda mental induzida sobre o braço já parcialmente materializado, aí plasmando a pulseira, nas condições reclamadas.

Surgida a interferência, o serviço da Esfera Espiritual sofre enorme dificuldade de acção, diminuindo-se o proveito da assembleia encarnada.

E, na mesma pauta, requerimentos fúteis e pedidos desordenados dos circunstantes provocam ocorrências ideoplásticas de manifesta incongruência, baixando o teor das manifestações, por viciarem a mente mediúnica, ligando-a à influência de agentes inferiores que, não raro, passam a actuar com manifesto desprestígio dos projectos de sublimação, a princípio acalentados pelo conjunto de pessoas irmanadas para o intercâmbio.

MEDIUNIDADE E RESPONSABILIDADE — Decerto não invocamos o relaxamento para o governo das reuniões de ectoplasma, nem endossamos a irresponsabilidade.
Recordamos simplesmente que a bancarrota de muitos círculos organizados para o trato dos efeitos físicos e, notadamente, da materialização, se deve à própria incúria ou impertinência daqueles que os constituem, na maioria das vezes indagadores e pedinchões inveterados que descambam, imperceptivelmente, para a leviandade, comprometendo a obra ideada para o bem, porquanto interpõem os mais estranhos recursos na edificação programada, provocando enganos ou fraudes inconscientes e intervenções menos desejáveis em resposta à irresponsabilidade deles mesmos.

EM OUTROS FENÓMENOS — idênticos fenómenos com a ideoplastia por base são comuns na fotografia transcendente, em seus vários tipos, porque, se o instrumento mediúnico e acompanhantes não demonstram mais alta compreensão dos atributos que lhes cabem na mediação entre os dois planos, preponderando com a força de suas próprias oscilações mentais sobre as energias exteriorizadas, perde-se, como é natural, o ascendente da Esfera Superior, que sulcaria a experiência com o selo de sua presença iluminativa impondo-se-lhe tão somente a marca dos encarnados inquietos, ainda incapazes de formar o campo indispensável à receptividade dos agentes de ordem mais elevada.

Na mediunidade de efeitos intelectuais, a ideoplastia assume papel extremamente importante, porque certa classe de pensamentos constantemente repetidos sobre a mente mediúnica menos experimentada, pode constrangê-la a tomar certas imagens, mantidas pela onda mental persistente, como situações e personalidades reais, tal qual uma criança que acreditasse estar contemplando essa paisagem ou aquela pessoa, tão só por ver-lhes o retrato animado num filme.

NA MEDIUNIDADE AVILTADA - Onde os agentes ideoplásticos assumem carácter dos mais significativos desde épocas imemoriais no mundo, é justamente nos círculos do magismo, dentro dos quais a mediunidade rebaixada a processos inferiores de manifestação se deixa aprisionar por seres de Posição primitiva ou por Inteligências degradadas que cunham ideias escravizantes para quantos se permitem vampirizar.

Aceitando sugestões deprimentes, quantos se entregam ao culto da magia aviltante arremessam de si próprios as imagens menos dignas a que se vinculam, engendrando tabus dos quais dificilmente se desenvencilham, à face do terror que lhes instila o demorado cativeiro às forças da ignorância.

Submetida a mente a idolatria desse jaez, passa a manter, por sua própria conta, os agentes com que se tortura, tanto mais intensamente quanto mais extensa se lhe revele a sensibilidade receptiva, porque, com mais levantado poder de plasmagem mental, a criatura mais facilmente gera, para si mesma, tanto o bem que a tonifica quanto o mal que a perturba.

E não se diga que o assunto vige preso a mero entrechoque de aparências, de vez que a sugestão é poder inconteste, ligando a alma, de maneira inequívoca, às criações que lhes são inerentes no mundo íntimo, obrigando-a a recolher as resultantes da treva ou da luz a que se afeiçoe.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:10 pm

20 - Psicometria

MECANISMO DA PSICOMETRIA — Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto de objectos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionómica e as marcas digitais.

Destacaremos, assim, que, em certos indivíduos, a onda mental a expandir-se, quando em regime de «circuito fechado», na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do corpo físico, no estado natural de vigília.

O fluido nervoso ou força psíquica, a desarticular-se dos centros vitais, incorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dilecção da vontade, conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais.

Ainda aqui, o fenómeno pode ser apreendido, guardando-se por base de observação as experiencias do hipnotismo comum, nas quais o sensitivo — muitas vezes pessoa em que a força nervosa está mais fracamente aderida ao carro fisiológico — deixa escapar com facilidade essa mesma força, que passa, de pronto, ao impacto espiritual do magnetizador.

O hipnotizado, na profundez da hipnose, pode, então, libertar a sensibilidade e a motricidade, transpondo as limitações conhecidas no cosmo físico.

Nestas ocorrências, sob a sugestão do magnetizador, o “sujet”, com a energia mental de que dispõe, desassocia o fluido nervoso de certas regiões do veículo carnal, passando a registar sensações fora do corpo denso, em local sugerido pelo hipnotizador, ou impede que a mesma força circule em certo membro — um dos braços por exemplo —, que se faz praticamente insensível enquanto perdure a experiência, até que, ao toque positivo da vontade do magnetizador, ele mesmo reconduza o próprio pensamento revitalizante para o braço inerte, restituindo-lhe a energia psíquica temporáriamente subtraída.

PSICOMETRIA E REFLEXO CONDICIONADO — Nas pessoas dotadas de forte sensibilidade, basta o reflexo condicionado, por intermédio da oração ou da centralização de energia mental, para que, por si mesmas, desloquem mecanicamente a força nervosa correspondente a esse ou àquele centro vital do organismo fisiopsicossomático, entrando em relação com outros impérios vibratórios, dos quais extraem o material de suas observações psicométricas.

Aliás, é imperioso ponderar que semelhantes faculdades, plenamente evidenciadas nos portadores de sensibilidade mais extensamente extroversível, esboçam-se, de modo potencial, em todas as criaturas, através das sensações instintivas de simpatia ou antipatia com que se acolhem ou se repelem umas às outras, na permuta incessante de radiações.

Pela reflexão, cada Inteligência pressente, diante de outra, se está sendo defrontada por alguém favorável ou não à direcção nobre ou deprimente que escolheu para a própria vida.

FUNÇÃO DO PSICOMETRA — Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.

Efectuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por auto-decisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às acções no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.

INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM — Como em qualquer actividade colectiva entre os homens, é forçoso convir que médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.

Igualmente, aí, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da acção.

E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencarnados ou encarnados da operação a realizar não guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes, invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.

Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objecto deliberadamente psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.

Quem apresenta ao psicómetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com isso, quando não tenha atraído para o objecto o interesse afectivo, no Plano Espiritual, terá desenhado mentalmente os seus traços ou quadros alusivos às reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para que as percepções ultra-sensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:10 pm

CASO DE DESAPARECIMENTO — Noutro aspecto, imaginemos que determinado objecto seja conduzido ao sensitivo para ser psicometrado, com vistas a certos objectivos.

Para clarear a asserção, suponhamos que uma pessoa acaba de desaparecer do quadro doméstico, sem deixar vestígio.

Buscas minuciosas são empreendidas sem resultado.
Lembra-se alguém de tomar-lhe um dos pertences de uso pessoal. Um lenço por exemplo.
A recordação é submetida a exame de um médium que reside a longa distância, sem que informe algum lhe seja prestado.

O médium recolhe-se e, a breve tempo, voltando da profunda introspecção a que se entregou, descreve, com minúcias, a fisionomia e o carácter do proprietário, reporta-se ao desaparecimento dele, explana sobre pequeninos incidentes em torno do caso em lide, esclarece que o dono desencarnou, de repente, e informa o local em que o cadáver permanece.

Verifica-se a exactidão de todas as notas e, comumente, atribui-se ao psicómetra a autoria integral da descoberta.
Entretanto, analisado o episódio do Plano Espiritual, outras facetas ele revela à visão do observador.

Desencarnado o amigo a que aludimos, afeições que ele possua na esfera extra física interessam-se em ajudá-lo, auxílio esse que se estende, naturalmente, à sua equipe doméstica.

Pensamentos agoniados daqueles que ficaram e pensamentos ansiosos dos que residem na vanguarda do Espírito entrecruzam-se na procura movimentada.

Alguém sugere a remessa do lenço para investigações psicométricas e a solução aparece coroada de êxito.

Os encarnados vêem habitualmente apenas o sensitivo que entrou em função, mas se esquecem, não raro, das Inteligências desencarnadas que se lhe incorporam à onda mental, fornecendo-lhe todos os avisos e instruções, atinentes ao feito.

AGENTES INDUZIDOS — Todos os objectos e ambientes psicometrados são, quase sempre, francos mediadores entre a esfera física e a esfera extra física, à maneira de agentes fortemente induzidos, estabelecendo factores de telementação entre os dois planos.

Nada difícil, portanto, entender que, ainda aí prevalece o problema do merecimento e da companhia.

Se o consulente e o experimentador não se revestem de qualidades morais respeitáveis para o encontro do melhor a obter, podem carrear à presença do sensitivo elementos desencarnados menos afins com a tarefa superior a que se propõem, e, se o intermediário humano não está espiritualmente seguro, a consulta ou a experiência resulta em fracasso perfeitamente compreensível.

Nossas anotações, demonstrando o extenso campo da influenciação dos desencarnados, em todas as ocorrências da psicometria, não excluem, como é natural, o reconhecimento de que a matéria assinala sistemas de vibrações, criados pelos contactos com os homens e com os seres inferiores da Natureza, possibilitando as observações inabituais das pessoas dotadas de poderes sensoriais mais profundos, como por exemplo na visão, através de corpos opacos, na clarividência e na clariaudiência telementadas, na apreensão críptica da sensibilidade e nos diversos recursos radiestésicos que se filiam notadamente aos chamados fenómenos de telestesia.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:10 pm

21 - Desdobramento

NO SONO ARTIFICIAL — Enfileirando algumas anotações com respeito ao desdobramento da personalidade, consoante as nossas referências ao hipnotismo comum, recordemos ainda o fenómeno da hipnose profunda, entre o magnetizador e o sensitivo.

Quem possa observar além do campo físico, reparará, à medida se afirme a ordem do hipnotizador, que se escapa abundantemente do tórax do «sujet», caído em transe, um vapor branquicento que, em se condensando qual nuvem inesperada, se converte, habitualmente à esquerda do corpo carnal, numa duplicata dele próprio, quase sempre em proporções ligeiramente dilatadas.

Tal seja o potencial mais amplo da vontade que o dirige, o sensitivo, desligado da veste física, passa a movimentar-se e, ausentando-se muita vez do recinto da experiência, atendendo a determinações recebidas, pode efectuar apontamentos a longa distância ou transmitir notícias, com vistas a certos fins.

Seguindo-lhe a excursão, vê-lo-emos, porém, constantemente ligado ao corpo somático por fio tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando, inalterável, ao centro emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta de todo impróprio para o fenómeno que estudamos no campo da inteligência.

Nessa fase, o paciente executa as ordens que recebeu, desde que não constituam desrespeito evidente à sua dignidade moral, trazendo informes valiosos para as realidades do Espírito.

Notemos que aí, enquanto o carro fisiológico se detém, resfolegante e imóvel, a individualidade real, embora teleguiada, evidencia plena integridade de pensamento, transmitindo, de longe, avisos e anotações através dos órgãos vocais, em circunstâncias comparáveis aos implementos do alto-falante, num aparelho radiofónico.

À semelhança do fluxo energético da circulação sanguínea, incessante no corpo denso, a onda mental é inestancável no Espírito.

Esmaecem-se as impressões nervosas e dorme o cérebro de carne, mas o coração prossegue activo, no envoltório somático, e o pensamento vibra, constante, no cérebro perispirítico.

NO SONO NATURAL — Na maioria das situações, a criatura, ainda extremamente aparentada com a animalidade primitivista, tem a mente como que voltada para si mesma, em qualquer expressão de descanso, tomando o sono para claustro remançoso das impressões que lhe são agradáveis, qual criança que, à solta, procura simplesmente o objecto de seus caprichos.

Nesse ensejo, configura na onda mental que lhe é característica as imagens com que se acalenta, sacando da memória a visualização dos próprios desejos, imitando alguém que improvisasse miragens, na antecipação de acontecimentos que aspira a concretizar.

Atreita ao narcisismo, tão logo demande o sono, quase sempre se detém justaposta ao veículo físico, como acontece ao condutor que repousa ao pé do carro que dirige, entregando-se à volúpia mental com que alimenta os próprios impulsos afectivos, enquanto a máquina se refaz.

Ensimesmada, a alma, usando os recursos da visão profunda, localizada nos fulcros do diencéfalo, e, plenamente desacolchetada do corpo carnal, por temporário desnervamento, não apenas se retempera nas telas mentais com que preliba satisfações distantes, mas experimenta de igual modo o resultado dos próprios abusos, suportando o desconforto das vísceras injuriadas por ele mesmo ou a inquietude dos órgãos que desrespeita, quando não padece a presença de remorsos constrangedores, à face dos actos reprováveis que pratica, porquanto ninguém se livra, no próprio pensamento, dos reflexos de si mesmo.

SONO E SONHO — Qual ocorre no animal de evolução superior, no homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico.

No primeiro, em que a onda mental é simplesmente fraca emissão de forças fragmentárias, o sonho é puro reflexo das actividades fisiológicas.

No segundo, em que a onda mental está em fase iniciante de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariável acção reflexa de seu próprio mundo consciencial ou afectivo.

Evolui, no entanto, o pensamento na criatura que amadurece, espiritualmente, através da repercussão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:11 pm

Como no caso do sensitivo que, fora do envoltório físico, vai até ao local sugerido pelo magnetizador, tomando-se a ordem determinante da hipnose artificial pelo reflexo condicionado que lhe comanda as ideias, a criatura na hipnose natural, fora do veículo somático, possui no próprio desejo o reflexo condicionado que lhe circunscreverá o âmbito da acção além da roupagem fisiológica, alongando-se até ao local em que se lhe vincula o pensamento.

O homem do campo, no repouso físico, supera os fenómenos hipnagógicos e volta à gleba que semeou, contemplando aí, em Espírito, a plantação que lhe recolhe o carinho;
o artista regressa à obra a que se consagra, mentalizando-lhe o aprimoramento;

o espírito maternal se aconchega ao pé dos filhinhos que a vida lhe confia, e o delinquente retorna ao lugar onde se encarcera a dor do seu arrependimento.

Atravessada a faixa das chamadas imagens utópicas, exteriorizam de si mesmos os quadros mentais pertinentes à actividade em que se concentram, com os quais angariam a atenção das Inteligências desencarnadas que com eles se afinam, recolhendo sugestões para o trabalho em que se empenham, muito embora, à distância da veste somática, frequentemente procedam ao modo de crianças conduzidas ao ambiente de pessoas adultas, mantendo-se entre as ideias superiores que recebem e as ideias infantis que lhes são próprias, do que resulta, na maioria das vezes, o aspecto caótico das reminiscências que conseguem guardar, ao retornarem à vigília.

Nesse estágio evolutivo, permanecem milhões de pessoas — representando a faixa de evolução mediana da Humanidade — rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhes revelam afins, tanto na acção construtiva do bem, quanto na acção deletéria do mal, entretecendo-se-lhes o caminho da experiência que lhes é necessária à sublimação no porvir.

CONCENTRAÇÃO E DESDOBRAMENTO — Quantos se entregam ao labor da arte, atraem, durante o sono, as inspirações para a obra que realizam, compreendendo-se que os Espíritos enobrecidos assimilam do contacto com as Inteligências superiores os motivos correctos e brilhantes que lhes palpitam nas criações, ao passo que as mentes sarcásticas ou criminosas, pelo mesmo processo, apropriam-se dos temas infelizes com que se acomodam, acordando a ironia e a irresponsabilidade naqueles que se lhes ajustam aos pensamentos, pelo trabalho a que se dedicam.

Desdobrando-se no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procurando, automaticamente, fora do corpo de carne, os objectivos que se casam com os seus interesses evidentes ou escusos.

Desse modo, mencionando apenas um exemplo dos contactos a que aludimos, determinado escritor exporá ideias edificantes e originais no que tange ao serviço do bem, induzindo os leitores à elevação de nível moral, ao passo que outro exibirá elementos aviltantes, alinhando escárnio ou lodo subtil com que corrompe as emoções de quantos se lhe entrosam à maneira de ser.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:11 pm

INSPIRAÇÃO E DESDOBRAMENTO — Dormindo o corpo denso, continua vigilante a onda mental de cada um — presidindo ao sono activo, quando regista no cérebro dormente as impressões do Espírito desligado das células físicas, e ao sono passivo, quando a mente, nessa condição, se desinteressa, de todo, da esfera carnal.

Nessa posição, sintoniza-se com as oscilações de companheiros desencarnados ou não, com as quais se harmonize, trazendo para a vigília no carro de matéria densa, em forma de inspiração, os resultados do intercâmbio que levou a efeito, porquanto raramente consegue conscientizar as actividades que empreendeu no tempo de sono.

Muitos apelos do plano terrestre são atendidos, integralmente ou em parte, nessa fase de tempo.

Formulado esse ou aquele pedido ao companheiro desencarnado, habitualmente surge a resposta quando o solicitante se acha desligado do vaso físico.
Entretanto, como nem sempre o cérebro físico está em posição de fixar o encontro realizado ou a informação recebida, os remanescentes da acção espiritual, entre encarnados e desencarnados, permanecem, naqueles Espíritos que ainda se demorem chumbados à Terra, à feição de quadros simbólicos ou de fragmentárias reminiscências, quando não sejam na forma de súbita intuição, a expressarem, de certa forma, o socorro parcial ou total que se mostrem capazes de receber.

DESDOBRAMENTO E MEDIUNIDADE — As ocorrências referidas vigem na conjugação de ondas mentais, porque apenas excepcionalmente consegue a criatura encarnada desenvencilhar-se de todas as amarras naturais a que se prende, adstrita as conveniências e necessidades de redenção ou evolução que lhe dizem respeito.

É imperioso notar, porém, que considerável número de pessoas, principalmente as que se adestraram para esse fim, efectuam incursões nos planos do Espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Benfeitores da Espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra física.

Entre os médiuns dessa categoria, surpreenderemos todos os grandes místicos da fé, portadores de valiosas observações e revelações para quantos se decidam marchar ao encontro da Verdade e do Bem.

Cumpre destacar, entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante género de serviço, porque, segundo a Lei do Campo Mental, cada Espírito somente logrará chegar, do ponto de vista da compreensão necessária, até onde se lhe paire o discernimento.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:11 pm

22 - Mediunidade curativa

MENTE E PSICOSSOMA — Compreendendo-se o envoltório psicossomático por templo da alma, estruturado em biliões de células a se caracterizarem por actividade incessante, é natural imaginemos cada centro de força e cada órgão por departamentos de trabalho, interdependentes entre si, não obstante o carácter autónomo atribuível a cada um.

Semelhantes peças, no entanto, obedecem ao comando mental, sediado no cérebro, que lhes mantém a coesão e o equilíbrio, por intermédio das oscilações inestancáveis do pensamento.

Temos, assim, as variadas províncias celulares sofrendo o impacto constante das radiações mentais, a lhes absorverem os princípios de acção e reacção desse ou daquele teor, pelos quais os processos da saúde e da enfermidade, da harmonia e da desarmonia são associados e desassociados, conforme a direcção que lhes imprima a vontade.

Naturalmente não podemos esquecer que o alimento comum garante a subsistência do corpo físico, através da permuta contínua de substâncias com a incessante transformação de energia, e isso acontece porque a força mental conjuga substância e energia na produção dos recursos de apoio à existência e dos elementos reguladores do metabolismo.

Além desses factores, cabe-nos contar com os factores mentais para a sustentação de todos os agentes da vida, que se fará dessa ou daquela forma, segundo a qualidade desses mesmos ingredientes.

Conforme a integridade desses princípios, resultará a integridade do poder mecânico da mente para a formação dos anticorpos na intimidade das forças componentes do sistema sanguíneo.

SANGUE E FLUIDO TERAPIA — Salientando-se que o sistema hemático no corpo físico representa o conjunto das energias circulantes no corpo espiritual ou psicossoma, energias essas tomadas em princípio pela mente, através da respiração, ao reservatório incomensurável do fluido cósmico, e para ele que nos compete voltar a atenção, no estudo de qualquer processo fluidoterápico de tratamento ou de cura.

Relacionados com os centros psicossomáticos, os variados núcleos da vida sanguínea produzem as grandes colectividades corpusculares das hemácias, dos leucócitos, trombócitos, macrófagos, linfócitos, histiócitos, plasmócitos, monócitos e outras unidades a se dividirem, inteligentemente, em famílias numerosas, movimentando-se em trabalho constante, desde os fulcros geratrizes do baço e da medula óssea, do fígado e dos gânglios, até o âmago dos órgãos.

Fácil entender que todo desregramento de natureza física ou moral faz-se reflectir, de imediato, por reacções mentais consequentes, sobre as províncias celulares, determinando situações favoráveis ou desfavoráveis ao equilíbrio orgânico.

O pensamento é a força que, devidamente orientada, no sentido de garantir o nível das entidades celulares no reino fisiológico, lhes facilita a migração ou lhes acelera a mobilidade para certos efeitos de preservação ou defensiva, seja na improvisação de elementos combativos e imunológicos ou na impugnação aos processos patogénicos, com a intervenção da consciência profunda.

Deduzimos, sem dificuldade, que se é possível a hipnotização da mente humana, com vistas a certos fins, com mais propriedade operar-se-á a magnetização das entidades corpusculares, para efeitos determinados, no ajustamento das células.
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Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - Página 3 Empty Re: Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:11 pm

MÉDIUM PASSISTA — Entendemos que a mediunidade curativa se reveste da mais alta importância, desde que alicerçada nos sentimentos mais puros da mais pura fraternidade.

É claro que não nos reportamos aos magnetizadores que desenvolvem as forças que lhes são peculiares, no trato da saúde humana.

Referimo-nos, sim, aos intérpretes da Espiritualidade Superior, consagrados à assistência providencial aos enfermos, para encorajar-lhes a acção.

Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si.

E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de acção, porquanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer.

Eis porque se lhe pede a sustentação de hábitos nobres e actividades limpas, com a simplicidade e a humildade por alicerces no serviço de socorro aos doentes, de vez que semelhantes factores funcionarão à maneira do tungsténio na lâmpada eléctrica, susceptível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à expulsão da sombra.

O investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias forças de reacção.

MECANISMO DO PASSE — Tendo mencionado o fenómeno hipnótico em diversas passagens de nossas anotações, a ele recorreremos, ainda uma vez, para definir o medianeiro do passe magnético por autêntico representante do magnetizador espiritual, à frente do enfermo.

Estabelecido o clima de confiança, qual acontece entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação subtil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e outro.

Ao toque da energia emanante do passe, com a supervisão dos benfeitores desencarnados, o próprio enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de que dá testemunho, emite ondas mentais características, assimilando os recursos vitais que recebe, retendo-os na própria constituição fisiopsicossomática, através das várias funções do sangue.

O socorro, quase sempre hesitante a principio, corporifica-se à medida que o doente lhe confere atenção, porque, centralizando as próprias radiações sobre as províncias celulares de que se serve, lhes regula os movimentos e lhes corrige a actividade, mantendo-lhes as manifestações dentro de normas desejáveis, e, estabelecida a recomposição, volve a harmonia orgânica possível, assegurando à mente o necessário governo do veículo em que se amolda.

VONTADE DO PACIENTE — O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça a adesão daquele que lhe recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao limite máximo de aceitação, determina sobre si mesmo mais elevados potenciais de cura.

Nesse estado de ambientação, ao influxo dos passes recebidos, as oscilações mentais do enfermo se condensam, mecanicamente, na direcção do trabalho restaurativo, passando a sugeri-lo às entidades celulares do veículo em que se expressam, e os milhões de corpúsculos do organismo fisiopsicossomático tendem a obedecer, instintivamente, às ordens recebidas, sintonizando-se com os propósitos do comando espiritual que os agrega.

PASSE E ORAÇÃO — O passe, como género de auxílio, invariávelmente aplicável sem qualquer contra-indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as criancinhas tenras aos pacientes em posição provecta na experiência física, reconhecendo-se, no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos à inconsciência temporária, por desajustes complicados do cérebro.

Esclareçamos, porém, que, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença subtil dos instrutores que atendem aos misteres da Providência Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno Bem.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:12 pm

23 - Animismo

MEDIUNIDADE E ANIMISMO — Alinhando apontamentos sobre a mediunidade, não será licito esquecer algumas considerações em torno do animismo ou conjunto dos fenómenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em acção.

Temos aqui muitas ocorrências que podem repontar nos fenómenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria Inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual pode efectivamente desdobrar-se e actuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico.

A verificação de semelhantes acontecimentos criou entre os opositores da Doutrina Espírita as teorias de negação, porquanto, admitida a possibilidade de o próprio Espírito encarnado poder actuar fora do traje fisiológico, apressaram-se os cépticos inveterados a afirmar que todos os sucessos medianímicos se reduzem à influência de uma força nervosa que efectua, fora do corpo carnal, determinadas acções mecânicas e plásticas, configurando, ainda, alucinações de variada espécie.

Todavia, os estardalhaços e pavores levantados por esses argumentos indébitos, arredando para longe o optimismo e a esperança de tantas criaturas que começam confiantemente a iniciação nos serviços da mediunidade, não apresentam qualquer significado substancial, porque é forçoso ponderar que os Espíritos desencarnados e encarnados não se filiam a raças antagónicas que se devam reencontrar em condições miraculosas.

SEMELHANÇAS DAS CRIATURAS — Somos necessariamente impelidos a reconhecer que, se os vivos da Terra e os vivos do Além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental.

Seres em desenvolvimento para a vida eterna, uns e outros guardam consigo, seja no plano extra-físico, preparando o retorno ao campo terrestre, ou no plano físico, em direcção à esfera espiritual, faculdades adquiridas no vasto caminho da experiência, as quais lhes servirão de recursos à percepção no ambiente próximo.

Tem cada Espírito, em vias de reencarnação, todos os meios de que já se muniu para continuar no círculo dos encarnados o trabalho de aperfeiçoamento que lhe é próprio, conservando-os potencialmente no feto, tanto quanto possui o Espírito encarnado todas as possibilidades que já entesourou em si mesmo para prosseguir em suas actividades no Plano Espiritual, depois da morte.

Assinalada essa observação, é fácil anotar que a criatura na Terra partilha, assim, até certo ponto, dos sentidos que caracterizam a criatura desencarnada, nas esferas imediatas à experiência humana, conseguindo, às vezes, desenfaixar-se do corpo denso e proceder como a Inteligência desenleada do indumento carnal ou, ainda, obedecer aos ditames dos Espíritos desencarnados, como agente mais ou menos fiel de seus desejos.

Encontramos, nessa base, a elucidação clara de muitos dos fenómenos do faquirismo vulgar, em que o Espírito encarnado, ao desdobrar-se, pode provocar, em relativo estado de consciência, certa classe de fenómenos físicos, enquanto o corpo carnal se demora na letargia comum.

OBSESSÃO E ANIMISMO — Muitas vezes, conforme as circunstâncias, qual ocorre no fenómeno hipnótico isolado, pode cair a mente nos estados anómalos de sentido inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em atitudes estranhas ou indesejáveis.

Nesse aspecto, surpreendemos multiformes processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder, senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dividas cármicas a que se acham presas.

Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 21, 2012 10:12 pm

ANIMISMO E HIPNOSE — Imaginemos um sensitivo a quem o magnetizador intencionalmente fizesse recuar até esse ou aquele marco do pretérito, pela deliberada regressão da memória, e o deixasse nessa posição durante semanas, meses ou anos a fio, e teremos exacta compreensão dos casos mediúnicos em que a tese do animismo é chamada para a explicação necessária.

O «sujet», nessa experiência, declarar-se-ia como sendo a personalidade invocada pelo hipnotizador, entrando em conflito com a realidade objectiva, mas não deixaria, por isso, de ser ele mesmo sob controlo da ideia que o domina.

Nas ocorrências várias da alienação mental, encontramos fenómenos assim tipificados, reclamando larga dose de paciência e carinho, porquanto as vítimas desses processos de fixação não podem ser categorizadas à conta de mistificadores inconscientes, pois representam, de facto, os agentes desencarnados a elas jungidos por teias fluídicas de significativa expressão, tal qual acontece ao sensitivo comum, mentalmente modificado, na hipnose de longo curso, em que demonstra a influência do magnetizador.

DESOBSESSÃO E ANIMISMO — Nenhuma justificativa existe para qualquer recusa no trato generoso de personalidades medianímicas provisoriamente estacionadas em semelhantes provações, de vez que são, em si próprias, Espíritos sofredores ou conturbados quanto quaisquer outros que se manifestem, exigindo esclarecimento e socorro.

O amparo espontâneo e o auxílio genuinamente fraterno lhes reajustarão as ondas mentais, concurso esse que se estenderá, inevitável, aos companheiros do pretérito que lhes assediem o pensamento, operando a reconstituição de caminhos rectos para os sensitivos corporificados na Terra, tão importantes e tão nobres em sua estrutura quanto aqueles que os doutrinadores encarnados se propõem traçar para os amigos desencarnados menos felizes.

Aliás, é preciso destacar que o esforço da escola, seja ela o recinto consagrado à instrução primária ou a instituto correctivo, funciona como recurso renovador da mente, equilibrando-lhe as oscilações para níveis superiores.

Não há novidade alguma no impositivo da acolhida magnânima aos obsessos dessa natureza, hipnotizados por forças que os comandam espiritualmente, a distância.

ANIMISMO E CRIMINALIDADE — Os manicómios e as penitenciárias estão repletos de irmãos nossos obsidiados que, alcançando o ponto específico de suas recapitulações do pretérito culposo, à falta de providências reeducativas, nada mais puderam fazer que recair na loucura ou no crime, porque, em verdade, a alienação e a delinquência, na maioria das vezes, expressam a queda mental do Espírito em reminiscências de lutas pregressas, à semelhança do aluno que, voltando à lição, com recursos deficitários, incorre lamentavelmente nos mesmos erros.

O ressurgimento de certas situações e a volta de marcadas criaturas ao nosso campo de actividade, do ponto de vista da reencarnação, funcionam em nossa vida íntima como reflexos condicionados, comprovando-nos a capacidade de superação de nossa inferioridade, antigamente positivada.

Se estivermos desarmados de elementos morais susceptíveis de alterar-nos a onda mental para a assimilação de recursos superiores, quase sempre tornamos à mesma perturbação e à mesma crueldade que nos assinalaram as experiências passadas.

Nesse fenómeno reside a maior percentagem das causas de insânia e criminalidade em todos os sectores da civilização terrestre, porquanto é aí, nas chamadas predisposições mórbidas, que se rearticulam velhos conflitos, arrasando os melhores propósitos da alma, sempre que descure de si mesma.

Convenhamos, pois, que a tarefa espírita é chamada, de maneira particular, a contribuir no aperfeiçoamento dos impulsos mentais, favorecendo a solução de todos os problemas suscitados pelo animismo.

Através dela, são eles endereçados à esfera iluminativa da educação e do amor, para que os sensitivos, estagnados nessa classe de acontecimentos, sejam devidamente amparados nos desajustes de que se vejam portadores, impedindo-se-lhes o mergulho nas sombras da perturbação e recuperando-se-lhes a actividade para a sementeira da luz.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:04 pm

24 - Obsessão

PENSAMENTO E OBSESSÃO — O estudo da obsessão, conjugado à mediunidade, se realizado em maior amplitude, abrangeria o exame de quase toda a Humanidade terrestre.

Expressamos tal conceito, à face do pensamento que age e reage, carreando para o emissor todas as fecundações felizes ou infelizes que arremessa de si próprio, a determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe.

Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros.

Esses desajustes, como é natural, não se limitam à comunidade das células físicas, quando em disfunções múltiplas por força dos agentes mentais viciados e enfermiços;
estendem-se, muito especialmente, à constituição do corpo espiritual, a reflectir-se no cérebro ou gabinete complexo da alma, aí ocasionando os diversos sintomas de perturbação do campo encefálico, acompanhados dos fenómenos psico-sensoriais que produzem alucinações e doenças da mente.

PERTURBAÇÕES MORAIS — Não nos propomos analisar aqui as personalidades psicopáticas, do ponto de vista da Psiquiatria, nem focalizar as chamadas psicoses de involução, ou as demências senis, claramente necessitadas de orientação médica;
recordaremos, contudo, que na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideação ou da afectividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias e a paranóia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral.

Enquanto se lhe mantém a internação no instrumento físico transitório, até certo ponto ela consegue ocultar no esconderijo da carne os resultados das paixões e abusos, extravagâncias e viciações a que se dedica.

Assim vive na paisagem social em que transita, até que, arredada de semelhante vaso pela influência decisiva da morte, não mais suporta o regime de fantasia, obrigando-se a sofrer, em si própria, as consequências dos excessos e ultrajes com que, imprevidente, se desrespeitou.

Torturada por suas próprias ondas desorientadas, a reagirem, incessantes, sobre os centros e mecanismos do corpo espiritual, cai a mente nas desarmonias e fixações consequentes e, porque o veículo de células extra físicas que a serve, depois da morte, é extremamente influenciável, ambienta nas próprias forças os desequilíbrios que a senhoreiam, consolidando-se-lhe, desse modo, as inibições que, em futura existência, dominar-lhe-ão temporáriamente a personalidade, sob a forma de factores mórbidos, condicionando as disfunções de certos recursos do cérebro físico, por tempo indeterminado.

ZONAS PURGATORIAIS — Entendendo-se que todos os delinquentes deitam de si oscilações mentais de terrível carácter, condensando as recordações malignas que albergam no seio, compreenderemos a existência das zonas purgatoriais ou infernais como regiões em que se complementam as temporárias criações do remorso, associando arrependimento e amargura, desespero e rebelião.

Na intimidade dessas províncias de sombra, em que se agrupam multidões de criminosos, segundo a espécie de delito que cometeram, Espíritos culpados, através das ondas mentais com que essencialmente se afinam, se comunicam reciprocamente, gerando, ante os seus olhos, quadros vivos de extremo horror, junto dos quais desvairam, recebendo, de retorno, os estranhos padecimentos que criaram no ânimo alheio.

Claro está que, embora comandados por Inteligências pervertidas ou bestializadas nas trevas da ignorância, esses antros jazem circunscritos no Espaço, fiscalizados por Espíritos sábios e benfazejos que dispõem de meios precisos para observar a transformação individual das consciências em processo de purificação ou regeneração, a fim de conduzi-las a providências compatíveis com a melhoria já alcançada.

Semelhante supervisão, entretanto, não impede que essas vastas cavernas de tormento reeducativo sejam, em si, imensas penitenciárias do Espírito, a que se recolhem as feras conscientes que foram homens.

Aí permanecem detidas por guardas especializados, que lhes são afins, o que nos faz definir cada «purgatório particular» como «prisão-manicómio», em que as almas embrutecidas no crime sofrem, de volta, o impacto de suas fecundações mentais infelizes.

Tiranos, suicidas, homicidas, carrascos do povo, libertinos, caluniadores, malfeitores, ingratos, traidores do bem e viciados de todas as procedências, reunidos conforme o tipo de falta ou defecção a que se renderam, se examinados pelos cientistas do mundo apresentariam à Medicina os mais extensos quadros para estudos etiológicos das mais obscuras enfermidades.

Deduzimos, assim, que todos os redutos de sofrimento, além-túmulo, não passam de largos porões do trabalho evolutivo da alma, à feição de grandes hospitais carcerários para tratamento das consciências envilecidas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:04 pm

REENCARNAÇÃO DE ENFERMOS — Dos abismos expiatórios, volvem à reencarnação quantos se mostram inclinados à recuperação dos valores morais em si mesmos.
Transportados a novo berço, comumente entre aqueles que os induziram à queda, quando não se vêem objecto de amorosa ternura por parte de corações que por eles renunciam à imediata felicidade nas Esferas Superiores, são resguardados no recesso do lar.

Contudo, renascem no corpo carnal espiritualmente jungidos às linhas inferiores de que são advindos, assimilando-lhes, facilmente, o influxo aviltante.
Reaparecem, desse modo, na arena física.

Mas, via de regra, quando não se mostram retardados mentais, desde a infância, são perfeitamente classificáveis entre os psicopatas amorais, segundo o conceito da «moral insanity», vulgarizado pelos ingleses, demonstrando manifesta perversidade, na qual se revelam constantemente brutalizados e agressivos, petulantes e pérfidos, indiferentes a qualquer noção da dignidade e da honra, continuamente dispostos a mergulhar na criminalidade e no vício.

Aqueles Espíritos relativamente corrigidos nas escolas de reabilitação da Espiritualidade desenvolvem-se, no ambiente humano, enquadráveis entre os psicopatas asténicos e abúlicos, fanáticos e hipertímicos, ou identificáveis como representantes de várias doenças e delírios psíquicos, inclusive aberrações sexuais diversas.

OBSESSÃO E MEDIUNIDADE — Tais enfermos da alma, tantas vezes submetidos, sem resultado satisfatório, à insulina e à convulsoterapia, quando recomendados ao auxílio dos templos espíritas, poderão ser tidos como médiuns?

Sem dúvida, são médiuns doentes, afinizados com os fulcros de sentimento desequilibrado de onde ressurgiram para novo aprendizado entre os homens.

Por certa quota de tempo, são intérpretes de forças degradadas, às quais é preciso opor a intervenção moral necessária, do mesmo modo que se prescreve medicação aos enfermos.

Trazendo consigo as sequelas ocultas da internação na província purgatorial, de que volvem pela porta do berço terrestre, exteriorizam ondas mentais viciadas que lhes alentam as disfunções dos implementos físicos, ondas essas pelas quais recolhem os pensamentos das entidades inferiores a lhes constituírem a cobertura da retaguarda.

Apesar disso, devem ser acolhidos nos santuários do Espiritismo por medianeiros de planos que é preciso transformar e ajudar, porquanto um Espírito renovado para o Bem — Lei do Criador para todas as criaturas — é peça importante para o reajustamento geral dessa ou daquela engrenagem conturbada na máquina da vida.

DOUTRINA ESPÍRITA — Forçoso é considerar que a actividade religiosa, digna e venerável, em qualquer sector da edificação humana, exprime socorro celeste aos desajustes morais de quantos se demoram na reencarnação, buscando a restauração precisa.

E, compreendendo-se que elevada percentagem das personalidades humanas traz, no imo do próprio ser, raízes e brechas de comunhão com o pretérito de sombra, através das quais são susceptíveis de sofrer os mais estranhos processos de obsessão oculta — a se reavivarem, constantes, nos diversos períodos etários que correspondem ao tempo de formação dos débitos cármicos que buscam equacionar no corpo terrestre —, é justo encarecer, assim, a oportunidade e a excelência do amparo moral da Doutrina Espírita, como sendo o recurso mais sólido na assistência às vítimas do desequilíbrio espiritual de qualquer matiz, por oferecer-lhes, no estudo nobre e no serviço santificante, o clima indispensável de transmutação e harmonização, com que se recuperem, no domínio dos pensamentos mais íntimos, para assimilarem a influência benéfica dos agentes espirituais da necessária renovação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:04 pm

25 - Oração

MEDIUNIDADE E RELIGIÃO — Misturada à magia vulgar, a mediunidade é de todos os tempos no mundo.

Confundida entre os totens e manitus, nas raças primitivas, alteia-se, gradativamente, e surge, sumptuosa e complexa, nos templos iniciáticos dos povos antigos, ou rebaixada e desordenada, entre os magos da praça pública.

Ocioso seria enumerar sucessos e profecias, constantes dos livros sagrados das religiões, nas épocas anciãs.

A cada passo, nas recordações de todas elas, encontramos referências a manifestações de anjos e demónios, evocações e mensagens de seres desencarnados, visões e sonhos, encantamentos e exorcismos.

REFLEXO CONDICIONADO E MEDIUNIDADE — Em toda a parte, desde os amuletos das tribos mergulhadas em profunda ignorância até os cânticos sublimados dos santuários religiosos dos tempos modernos, vemos o reflexo condicionado, facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o plano espiritual.

Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de apetrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador dessa ou daquela cerimónia mágica ou religiosa e pelas assembleias que os acompanham, visando a certos fins.

E compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta procura induzir à emissão de energias do mesmo naipe com que, à base de terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma, sempre que não possua a integridade da consciência tranquila;

o sacerdote de classe elevada, toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxilio da Esfera Superior;

o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes em todos os escaninhos da Natureza;

o professor, estimulando o discípulo a dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para incorporar a carga de conhecimento de que necessita.

GRANDEZA DA ORAÇÃO — Observamos em todos os momentos da alma, seja no repouso ou na actividade, o reflexo condicionado (ou acção independente da vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) na base das operações da mente, objectivando esse ou aquele género de serviço.

Dai resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta recta sustenta o recto pensamento e, de posse do recto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores.

De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor.

No reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranquilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.

A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz.

Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação.
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EQUILÍBRIO E PRECE — É indispensável compreender que a Inteligência encarnada conta com múltiplos meios de preservar o corpo físico em que se demora.

Além dos inestimáveis serviços da pele e da mucosa intestinal que o defendem das intromissões indébitas de elementos físicos e químicos, prontos a lhe arruinarem a estabilidade, o homem consegue mobilizar todo um sistema de quimioterapia bacteriana, actualmente em plena evolução para mais ampla eficiência, com a antibiose ou actuação bacteriostática levada a efeito por determinadas unidades microbianas sobre outras, na vanguarda dos processos imunológicos.

É possível, então, coibir, com relativa segurança, a febre tifóide, as disenterias, a tuberculose, as riquetsioses, a psitacose, as infecções pulmonares e urinárias, etc.;
entretanto, não acontece o mesmo, quando nos reportamos à atmosfera psicológica em que toda criatura se submerge na vida social do Planeta.

Visto a distância, o homem, na arena carnal, pode ser comparado a um viajor na selva de pensamentos heterogéneos, aprendendo, por intermédio de rudes exercícios, a encontrar o seu próprio caminho de libertação e de ascese.

Mentalmente exposto a todas as influências psíquicas, é imperioso se eduque para governar os próprios impulsos, aperfeiçoando-se moral e intelectualmente, para que se lhe aprimorem as projecções.

No que tange à saúde e manutenção do corpo e no que se refere à aquisição de conhecimentos, utiliza a consulta a médicos e nutricionistas, professores e orientadores diversos.

É natural, dessa forma, se valha da prece para angariar a inspiração de que precisa, a fim de afinar-se com as directrizes superiores.

No circuito de forças estabelecido com a oração, a alma não apenas se predispõe a regenerar o equilíbrio das células físicas viciadas ou exaustas, através do influxo das energias renovadoras que incorpora, espontaneamente, assimilando os raios da Vida Mais Alta a que se dirige, mas também reflecte as sugestões iluminativas das Inteligências desencarnadas de condição mais nobre, com as quais se coloca em relação.

PRECE E RENOVAÇÃO — Na floresta mental em que avança, o homem frequentemente se vê defrontado por vibrações subalternas que o golpeiam de rijo, compelindo-o à fadiga e à irritação, sejam elas provenientes de ondas enfermiças, partidas dos desencarnados em posição de angústia e que lhe partilham o clima psíquico, ou de oscilações desorientadas dos próprios companheiros terrestres desequilibrados a lhe respirarem o ambiente.

Todavia, tão logo se envolva nas vibrações balsâmicas da prece, ergue-se-lhe o pensamento aos planos sublimados, de onde recolhe as ideias transformadoras dos Espíritos benevolentes e amigos, convertidos em vanguardeiros de seus passos, na evolução.

Orar constitui a fórmula básica da renovação íntima, pela qual divino entendimento desce do Coração da Vida para a vida do coração.

Semelhante atitude da alma, porém, não deve, em tempo algum, resumir-se a simplesmente pedir algo ao Suprimento Divino, mas pedir, acima de tudo, a compreensão quanto ao plano da Sabedoria Infinita, traçado para o seu próprio aperfeiçoamento, de maneira a aproveitar o ensejo de trabalho e serviço no bem de todos, que vem a ser o bem de si mesma.

MEDIUNIDADE E PRECE — A mediunidade, na ordem superior da vida, esteve sempre associada à oração, para converter-se no instrumento da obra iluminativa do mundo.

Entre os egípcios e hindus, chineses e penas, gregos e cipriotas, gauleses e romanos, a prece, expressando invocação ou louvor, adoração ou meditação, é o agente reflector do Plano Celeste sobre a alma do homem.

Orando, Moisés recolhe, no Sinai, os mandamentos que alicerçam a justiça de todos os tempos, e, igualmente em prece, seja nas margens do Genesaré ou em pleno Tabor, respirando o silêncio de Getsêmani ou nos braços da cruz, o Cristo revela na oração o reflexo condicionado de natureza divina, susceptível de facultar a sintonia entre a criatura e o Criador.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:05 pm

26 - Jesus e mediunidade

DIVINA MEDIUNIDADE — Em nos reportando a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em Jesus, ela assume todas as características de exaltação divina. (19)

Desde a chegada do Excelso Benfeitor ao Planeta, observa-se-lhe o pensamento sublime penetrando o pensamento da Humanidade.

Dir-se-ia que no estábulo se reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.

Casam-se os hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor nas vozes dos mensageiros espirituais, saudando Aquele que vinha libertar as nações, não na forma social que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem colectiva, mas no ádito das almas, em função da vida eterna.

Antes dele, grandes comandantes da ideia haviam pisado o chão do mundo, influenciando multidões.

Guerreiros e políticos, filósofos e profetas alinhavam-se na memória popular, recordados como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e fórmulas, enunciados e avisos, em que se misturam rectidão e parcialidade, sombra e luz.

Ele chega sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas, com a sua magnitude moral, imprime novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao espírito, em todos os climas da Terra.

Transmitindo as ondas mentais das Esferas Superiores de que procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida Maior, como que a tanger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las com a sinfonia universal do Bem Eterno.

MÉDIUNS PREPARADORES — Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores eléctricos conjugados, para acolher-lhe a força e armazená-la, de princípio, antes que se lhe pudessem canalizar os recursos.

E longe de anotarmos aí a presença de qualquer instrumento psíquico menos seguro do ponto de vista moral, encontramos importante núcleo de medianeiros, desassombrados na confiança e correctos na directriz.

Informamo-nos, assim, nos apontamentos da Boa Nova, de que Zacarias e Isabel, os pais de João Batista, precursor do Médium Divino, “eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão, em todos os mandamentos e preceitos do Senhor» (20), que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, se achava «em posição de louvor diante do Eterno Pai» (21), que José da Galileia, o varão que o tomaria sob paternal tutela, «era justo» (22), que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, «era justo e obediente a Deus» (23), e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no templo de Jerusalém, por vários lustros, vivia «servindo a Deus». (24)

Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contacto com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível de que forneciam testemunho, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo.
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Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - Página 3 Empty Re: Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:05 pm

EFEITOS FÍSICOS — Cedo começa para o Mestre Divino, erguido à posição de Médium de Deus, o apostolado excelso em que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra.

Aos doze anos, assenta-se entre os doutores de Israel, «ouvindo-os e interrogando-os (25),

a provocar admiração pelos conceitos que expendia e a entre mostrar a sua condição de intermediário entre culturas diferentes.

Iniciando a tarefa pública, na exteriorização de energias sublimes, encontramo-lo em Caná da Galileia, oferecendo notável demonstração de efeitos físicos, com acção a distância sobre a matéria, em transformando a água em vinho (26).

Mas, o acontecimento não permanece circunscrito ao âmbito doméstico, porquanto, evidenciando a extensão dos seus poderes, associados ao concurso dos mensageiros espirituais que, de ordinário, lhe obedeciam às ordens e sugestões, nós o encontramos, de outra feita, a multiplicar pães e peixes (27), no topo do monte, para saciar a fome da turba inquieta que lhe ouvia os ensinamentos, e a tranquilizar a Natureza em desvario (28), quando os discípulos assustados lhe pedem socorro, diante da tormenta.

Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objectiva, identificamo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas (29), e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos. (30)

Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se, ante a expectação geral(31), e, na mesma cidade, perante a multidão, produz-se a voz directa, em que bênçãos divinas lhe assinalam a rota. (32)

Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz.

EFEITOS INTELECTUAIS — No capítulo dos efeitos intelectuais ou, se quisermos, nas provas da metapsíquica subjectiva, que reconhece a inteligência humana como possuidora de outras vias de conhecimento, além daquelas que se constituem dos sentidos normais, reconhecemos Jesus nos mais altos testemunhos.

A distância da sociedade hierosolimita, vaticina os sucessos amargos que culminariam com a sua morte na cruz (33).

Utilizando a clarividência que lhe era peculiar, antevê Simão Pedro cercado de personalidades inferiores da esfera extra física, e avisa-o quanto ao perigo que isso representa para a fraqueza do apóstolo (34).

Nas últimas instruções, ao pé dos amigos, confirmando a profunda lucidez que lhe caracterizava as apreciações percucientes, demonstra conhecer a perturbação consciencial de Judas (35), a despeito das dúvidas que a ponderação suscita entre os ouvintes.

Nas preces de Getsemani, aliando clarividência e clariaudiência, conversa com um mensageiro espiritual que o reconforta. (36)
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:05 pm

MEDIUNIDADE CURATIVA — No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de grandeza.

Cercam-no doentes de variada expressão.

Paralíticos estendem-lhe membros mirrados, obtendo socorro.
Cegos recuperam a visão.

Ulcerados mostram-se limpos.
Alienados mentais, notadamente obsidiados diversos, recobram equilíbrio.

É importante considerar, porém, que o Grande Benfeitor a todos convida para a valorização das próprias energias.

Reajustando as células enfermas da mulher hemorroíssa, diz-lhe, convincente:
— «Filha, tem bom ânimo! A tua fé te curou.» (37)

Logo após, tocando os olhos de dois cegos que lhe recorrem à caridade, exclama:
— «Seja feito, segundo a vossa fé.» (38)

Não salienta a confiança por simples ingrediente de natureza mística, mas sim por recurso de ajustamento dos princípios mentais, na direcção da cura.

E encarecendo o imperativo do pensamento recto para a harmonia do binómio mente-corpo, por varias vezes o vemos impelir os sofredores aliviados à vida nobre, como no caso do paralítico de Betesda, que, devidamente refeito, ao reencontrá-lo no templo, dele ouviu a advertência inesquecível:
—«Eis que já estás são.
Não peques mais, para que te não suceda coisa pior.” (39)

EVANGELHO E MEDIUNIDADE — A prática da mediunidade não está somente na passagem do Mestre entre os homens, junto dos quais, a cada hora, revela o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja em se dirigindo aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, mas também na equipe dos companheiros, aos quais se apresenta em pessoa, depois da morte, ministrando instruções para o edifício do Evangelho nascente.

No dia de Pentecostes, vários fenómenos mediúnicos marcam a tarefa dos apóstolos, mesclando-se efeitos físicos e intelectuais na praça pública, a constituir-se a mediunidade, desde então, em viga mestra de todas as construções do Cristianismo, nos séculos subsequentes.

Em Jesus e em seus primitivos continuadores, porém, encontramo-la pura e espontânea, como deve ser, distante de particularismos inferiores, tanto quanto isenta de simonismo.

Neles, mostram-se os valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, na qual os regulamentos divinos, em todos os mundos, instituem a responsabilidade moral segundo o grau de conhecimento, situando-se, desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras.

O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus-Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 22, 2012 9:06 pm

(19) Em “A Génese” (págs. 293 e 294, FEB, 12ª edição).
Anota Allan Kardec, com referência aos fenómenos da mediunidade em Jesus:
“Agiria como médium nas curas que operava?
Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador?

Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros.

Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças.

Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir?

Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir.
Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”
— (Nota indicada pelo Autor espiritual)

(20) Lucas, capítulo 1, versículo 5.
(21) Lucas, capítulo 1, versículo 30.
(22) Mateus, capítulo 1, versículo 19.

(23) Lucas, capítulo 2, versículo 25.
(24) Lucas. capítulo 2, versículo 37.
(25) Lucas, capítulo 2, versículo 46.

(26) João, capítulo 2, versículos 1 a 12.
(27) João, capítulo 6, versículos 1 a 15.
(28) Marcos, capítulo 4, versículos 35 a 41.

(29) Marcos, capítulo 6, versículos 49 e 50.
(30) Lucas, capítulo 9, versículos 28 a 32.
(31) João, capítulo 7, versículo 30.

(32) João, capítulo 12, versículos 28 a 30.
(33) Lucas, capítulo 18, versículos 31 a 34.
(34) Lucas, capítulo 22, versículos 31 a 34.
(35) João, capítulo 13, versículos 21 e 22.

(36) Lucas, capítulo 22, versículo 43.
(37) Mateus, capítulo 9, versículo 22.
(38) Mateus, capítulo 9, versículo 29.
(39) João, capítulo 5, versículo 14.

Fim

§.§.§- O-canto-da-ave

Caro amigo:
Se você gostou do livro e tem condições de comprá-lo, faça-o, pois assim estarás ajudando diversas instituições de caridade; que é para onde os direitos autorais desta obra são destinados.


Muita Paz
Que Jesus o abençoe
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