LUZ ESPÍRITA
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Série André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:51 pm

9 - Cérebro e energia

GERADORES E MOTORES — Na produção de corrente contínua em electricidade, possuímos geradores e motores, capazes de criar força electromotriz e fornecer corrente, no que respeita aos geradores, ou de ceder potência determinada, no que tange aos motores.

Nas máquinas destinadas a semelhantes serviços, encontramos os enrolamentos em tambor, que podem ser imbricados ou ondulados, com particularidades técnicas variadas.

Anotando a multiplicidade dos aparelhos dessa espécie, lembremo-nos de que os geradores, em sua maioria, são sempre auto-excitados.

E para consolidar imagens comparativas, preciosas no assunto, permitimo-nos repetir as figurações já feitas, em capítulos anteriores, em torno da atenção e da desatenção, para fixar com mais segurança o nosso estudo, acerca da criação da energia mental e expansão respectiva

GERADOR «SHUNT» — Observemos um gerador “shunt”, em que o fenómeno da corrente eléctrica é mais acessível ao nosso exame.

Imaginando-se-lhe o interruptor aberto, quando o induzido começa a girar, repararemos que aí se plasma pequena força electromotriz, em vista da formação de magnetismo residual.

Essa força, no entanto, não patrocina qualquer corrente circulante no campo.

Se fechamos, contudo, o interruptor, a força electromotriz gerada produz uma corrente no campo que, por sua vez, determina a formação de uma força magneto motriz de sentido idêntico, àquele em que se expressa o magnetismo residual, dilatando o fluxo, até que a força electromotriz alcance o seu máximo valor, de conformidade com a resistência integral do campo.

A elevação da voltagem cessa no ponto em que a linha de resistência interrompe a curva de saturação, porquanto, acima dessa zona, a força electromotriz gerada é menor do que aquela necessária para sustentar o valor da corrente excitadora.

FRUSTRAÇÃO DA CORRENTE ELÉCTRICA — Sempre que a corrente de um gerador não se alteie, a frustração é devida a causas diversas, das quais salientamos as mais importantes:

1) Ausência de magnetismo residual, em se tratando de aparelhos novos ou fora de serviço por longo tempo.

2) Ligações invertidas no circuito do campo, de vez que, se precisamos do magnetismo de resíduo para que se produza acção adicional no circuito magnético, é indispensável que o campo «shunt» esteja em ligação com a armadura, de maneira que a corrente excitadora engendre a força electromotriz que se adicione ao campo residual.

3) Resistência excessiva do circuito do campo, que poderá advir de ligações inconvenientes ou de influência perniciosa dos detritos acumulados na máquina.

GERADOR DO CÉREBRO — Com alguma analogia, encontramos no cérebro um gerador auto-excitado, acrescido em sua contextura Intima de avançados implementos para a geração, excitação, transformação, indução, condução, exteriorização, captação, assimilação e desassimilação da energia mental, qual se um gerador comum desempenhasse, não apenas a função de criar força electromotriz e consequentes potenciais magnéticos para fornecê-los em certa direcção, mas também todo o acervo de recursos dos modernos emissores e receptores de radiotelefonia e televisão, acrescidos de valores ainda ignorados na Terra.

Erguendo-se sobre os vários departamentos do corpo, a funcionarem por motores de sustentação, o cérebro, com as células especiais que lhe são próprias, detém verdadeiras usinas microscópicas, das quais as pequenas partículas de germânio, na construção do transístor, nos conjuntos radiofónicos miniaturizados, podem oferecer imperfeita expressão.

É aí, nesse microcosmo prodigioso, que a matéria mental, ao impulso do Espírito, é manipulada e expressa, em movimento constante, produzindo correntes que se exteriorizam, no espaço e no tempo, conservando mais amplo poder na aura da personalidade em que se exprime, através de acção e reacção permanentes, como acontece no gerador comum, em que o fluxo energético atinge valor máximo, segundo a resistência integral do campo, diminuindo de intensidade na curva de saturação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:51 pm

Nas reentrâncias de semelhante cabine, de cuja intimidade a criatura expede as ordens e decisões com que traça o próprio destino, temos, no córtex, os centros da visão, da audição, do tacto, do olfacto, do gosto, da palavra falada e escrita, da memória e de múltiplos automatismos, em conexão com os mecanismos da mente, configurando os poderes da memória profunda, do discernimento, da análise, da reflexão, do entendimento e dos multiformes valores morais de que o ser se enriquece no trabalho da própria sublimação.

Nessas províncias-fuleros da individualidade, circulam as correntes mentais constituídas à base dos átomos de matéria da mesma grandeza, qual ocorre na matéria física, em que as correntes eléctricas resultam dos átomos físicos excitados, formando, em sua passagem, o consequente resíduo magnético, pelo que depreendemos, sem dificuldade, a existência do electromagnetismo tahto nos sistemas inter-atómicos da matéria física, como naqueles em que se evidencia a matéria mental.

CORRENTE DO PENSAMENTO — Sendo o pensamento força subtil e inexaurível do Espírito, podemos categorizá-lo, assim, à conta de corrente viva e exteriorizante, com faculdades de auto-excitacão e auto plasticização inimagináveis.

À feição do gerador «shunt», se a mente jaz desatenciosa, como que mantendo o cérebro em circuito aberto, forma-se, no mundo intracraniano, reduzida força mentocriativa que não determina qualquer corrente circulante no campo individual:
mas, se a mente está concentrada, fazendo convergir sobre si mesma as próprias oscilações, a força mentocriativa gerada produz uma corrente no campo da personalidade que, a seu turno, provoca a formação de energia mental de sentido análogo àquele em que se exprime o magnetismo de resíduo, dilatando o fluxo até que a força aludida atinja o seu valor máximo, de acordo com a resistência do campo a que nos referimos.

Surpreendemos, nessa fase, o mesmo fenómeno de elevação da voltagem no gerador eléctrico, porquanto, no cosmo fisiopsicossomático, a corrente mentocriativa se alteia até o ponto de saturação, do qual se alonga, com menor expressão de potencial, no rumo dos objectivos a que se afeiçoe, conforme a linha do desejo.

NEGAÇÃO DA CORRENTE MENTAL — Sempre que a corrente mental ou mentocriativa não possa expandir-se, tal negação se filia a causas diversas, das quais, como acontece na máquina “shunt”, assinalamos as mais expressivas:

1) Ausência de magnetismo residual, em se tratando de cérebros primitivos, isto é, de criaturas nos primeiros estágios do pensamento contínuo, no reino hominal, ou de pessoas por largo tempo entregues a profunda e reiterada ociosidade espiritual.

2) Circuitos mentais invertidos, em razão de monoideísmo vicioso, na maioria das vezes agravado por influências obsessivas.

3) Deficiência da aparelhagem orgânica, por motivo de enfermidade ou perturbações temporárias, oriundas do relaxamento da criatura, no trato com o próprio corpo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:51 pm

10 - Fluxo mental

PARTÍCULA ELÉCTRICA — Por anotações ligeiras, em torno da Microfísica, sabemos que toda partícula se desloca, gerando onda característica naturalmente formada pelas vibrações do campo eléctrico, relacionadas com o número atómico dos elementos.

Em conjugando os processos termoeléctricos e o campo magnético, a Ciência pode medir com exactidão a carga e a massa dos electrões, demonstrando que a energia se difunde, através de movimento simultâneo, em partículas infra-atómicas e pulsações electromagnéticas correspondentes.

Informamo-nos, ainda, de que a circulação da corrente eléctrica num condutor é invariavelmente seguida do nascimento de calor, formação de um campo magnético ao redor do condutor, produção de luz e acção química.

Deve-se o aparecimento do calor às constantes colisões dos electrões livres, espontaneamente impelidos a se moverem ao longo do condutor, associando a velocidade de transferência ou deslocamento à velocidade própria, no que tange à translação sobre si mesmos, o que determina a agitação dos átomos e das moléculas, provocando aquecimento.

A constituição de um campo magnético, ao redor do condutor, é induzida pelo movimento das correntes corpusculares a criarem forças ondulatórias de imanização.

A produção de luz decorre da corrente eléctrica do condutor.
E a acção química resulta de circulação da corrente eléctrica, através de determinadas soluções.

PARTÍCULA MENTAL — Em identidade de circunstâncias, apesar da diversidade dos processos, toda partícula da corrente mental, nascida das emoções e desejos recônditos do Espírito, através dos fenómenos íntimos e profundos da consciência, cuja estrutura ainda não conseguimos abordar, se desloca, produzindo irradiações electromagnéticas, cuja frequência varia conforme os estados mentais do emissor, qual acontece na chama, cujos fótons arremessados em todas as direcções são constituídos por grânulos de força cujo poder se revela mais, ou menos intenso, segundo a frequência da onda em que se expressam.

CORRENTE MENTAL SUB-HUMANA — Nos reinos inferiores da Natureza, a corrente mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de constituição primária, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais de formação mais simples, para se evidenciar mais complexa nos animais superiores que já conquistaram bases mais amplas à produção do pensamento contínuo.

Em todas as criaturas sub-humanas, os agentes mentais, na forma de impulsos constantes, são, desse modo, empregados na manutenção de calor e magnetismo, radiação e actividade química nos processos vitais dos circuitos orgânicos, de maneira a sedimentarem, pouco a pouco, os alicerces da inteligência, salientando-se que nos animais superiores os impulsos mentais a que aludimos já se responsabilizam por valioso património de percepções avançadas.

FUNÇÃO DOS AGENTES MENTAIS — Por intermédio dos agentes mentais ou ondas electromagnéticas incessantes, temos os fenómenos eléctricos da transmissão sináptica ou transmissão do impulso nervoso de um neurónio a outro, fenómenos esses que podem ser largamente analisados nos gânglios simpáticos (quais o oftálmico, o estrelado, o cervical superior, o mesentérico inferior, os lombares), na medula espinhal, após a excitação das fibras aferentes, nos núcleos motores dos nervos óculo-motor comum e motores espinhais.

Podemos, ainda, verificar essa ocorrência nos neurónios motores espinhais, valendo-nos de eléctrodos intracelulares.

Inibindo, controlando, libertando ou distribuindo a força nervosa ou os potenciais electromagnéticos acumulados pelos impulsos mentais, nas províncias celulares, surpreendemos a coordenação dos estímulos diversos, mantedores do equilíbrio orgânico, através da acção conduzida dos vários mediadores químicos de que as células se fazem os fabricantes e distribuidores essenciais.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:51 pm

CORRENTE MENTAL HUMANA — No homem a corrente mental assume feição mais elevada e complexa.

No cérebro humano, gabinete da alma erguida a estágios mais nobres na senda evolutiva, ela não se exprime tão só à maneira de impulso necessário à sustentação dos circuitos orgânicos, com base na nutrição e reprodução.

É pensamento contínuo, fluxo energético incessante, revestido de poder criador inimaginável.
Nasce das profundezas da mente, em circunstâncias por agora inacessíveis ao nosso conhecimento, porque, em verdade, a criatura, pensando, cria sobre a Criação ou Pensamento Concreto do Criador.

E, após nascida, ei-la — a corrente mental — que se espraia sobre o cosmo celular em que se manifesta, mantendo a fábrica admirável das unidades orgânicas, através da inervação visceral e da inervação somática a se constituírem pelo arco reflexo espinhal, bem como pelos centros e vias de coordenação superiores.

E, assim, percorre o arco reflexo visceral, vibrando:
1) nas fibras aferentes, cuja textura celular permanece nos gânglios das raízes dorsais e dos nervos cranianos correspondentes;

2) nas fibras conectoras mielínicas que se originam na coluna intermédio-lateral;

3) nas fibras motoras originadas nos neurónios ganglionares e que terminam nos efectores ou fibras pós-ganglionares.

Acima do nível espinhal, vibra, ainda:
1) na integração ponto bulbar em que se hierarquizam reflexos importantes, como sejam os da pressão arterial;

2) no conjunto talâmico e hipotalâmico. em que se mecanizam os reflexos do Espírito;
3) na composição cortical.

A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza, particularmente, todos os centros da alma e, consequentemente, todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção, ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios.

CAMPO DA AURA — Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças electromagnéticas, em cuja textura circulam as irradiações que lhe são peculiares.

Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, actuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a actuação de todos os que se lhe revelem simpáticos.

E, desse modo, estende a própria influência que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:51 pm

11 - Onda mental

ONDA HERTZIANA — Examinando sumariamente as forças corpusculares de que se constituem todas as correntes atómicas do Plano Físico, podemos compreender, sem dificuldade, no pensamento ou radiação mental, a substância de todos os fenómenos do espírito, a expressar-se por ondas de múltiplas frequências.

Valendo-nos de ideia imperfeita, podemos compará-lo, de início, à onda hertziana, tomando o cérebro como sendo um aparelho emissor e receptor ao mesmo tempo.

PENSAMENTO E TELEVISÃO — Recorrendo ainda a recursos igualmente incompletos, recordemos a televisão, cujos serviços se verificam à base de poderosos feixes electrónicos devidamente controlados.

Nos transmissores dessa espécie, é imperioso conjugar a aparelhagem necessária à captação, transformação, irradiação e recepção dos sons e das imagens de modo simultâneo.

De igual maneira, até certo ponto, o pensamento, a formular-se em ondas, age de cérebro a cérebro, quanto a corrente de electrões, de transmissor a receptor, em televisão.

Não desconhecemos que todo Espírito é fulcro gerador de vida onde se encontre.
E toda espécie de vida começa no impulso mental.

Sempre que pensamos, expressando o campo íntimo na ideação e na palavra, na atitude e no exemplo, criamos formas-pensamentos ou imagens-moldes que arrojamos para fora de nós, pela atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença.

Sobre todos os que nos aceitem o modo de sentir e de ser, consciente ou inconscientemente, actuamos à maneira do hipnotizador sobre o hipnotizado, verificando-se o inverso, toda vez que aderimos ao modo de ser e de sentir dos outros.

O campo espiritual de quem sugestiona gera no âmbito da própria imaginação os esboços ou planos que se propõe exteriorizar, assemelhando-se, então, à câmara de imagens do transmissor vulgar, em que o iconoscópio, com o jogo de lentes adequadas, focaliza a cena sobre a face sensível do mosaico que existe numa das extremidades dele mesmo, iconoscópio, ao passo que um dispositivo explorador, situado na outra extremidade, fornece um feixe ténue de electrões ou raio explorador que percorre toda a superfície do mosaico.

Quando o raio explorador alcança a superfície do mosaico, desprende-se deste uma corrente eléctrica de potência proporcional à luminosidade da região que está atravessando e, compreendendo-se que a maior ou menor luminosidade dos pontos diversos do mosaico equivale à imagem sobre ele mesmo reflectida, perceberemos com facilidade que as variações de intensidade da corrente fornecida pelo mosaico equivalem à metamorfose das cenas em electricidade, variações que respondem pelas modificações das cores e respectivos semitons.

As imagens arremessadas através do dispositivo de focalização da câmara, atingindo o mosaico, se fazem invisíveis ao olhar comum.

Nessa fase da transmissão, os vários pontos do mosaico acumulam maior ou menor corrente eléctrica, segundo a porção de luz a incidir sobre eles.

Somente depois dessa operação, que prossegue em variadas minudências técnicas, é que a cena passa ao transmissor da imagem, a reconstituir-se, através do cinescópio ou válvula da imagem, no aparelho receptor, válvula essa cujo funcionamento é quase análogo ao do iconoscópio, na transmissão, embora fisicamente não se pareçam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex maio 18, 2012 9:52 pm

CÉLULAS E PEÇAS — Com muito mais primor de organização, o cérebro ou cabine de manifestação do Espírito, tanto quanto possamos conhecer-nos, do ponto de vista da estrutura mental, em nossa presente condição evolutiva, possui nas células e implementos que o servem aparelhagens correspondentes às peças empregadas em televisão para a emissão e recepção das correntes electrónicas, exteriorizando as ondas que lhe são características, a transportarem consigo estímulos, imagens, vozes, cores, palavras e sinais múltiplos, através de vias aferentes e eferentes, nas faixas de sintonia natural.

As válvulas, câmaras, antenas e tubos destinados à emissão dos electrões, ao controle dos electrões emitidos, à formação dos feixes corpusculares e respectiva deflexão vertical e horizontal e a operações outras para que o mosaico ou espelho eléctrico forneça os sinais de vídeo, equivalentes à metamorfose da cena em corrente eléctrica, e para que a tela fluorescente converta de novo os sinais de vídeo na própria cena óptica, a exprimir-se nos quadros televisionados, — configuram-se, admiravelmente, nos recursos sensíveis do cérebro, sistema nervoso, plexos e glândulas endócrinas, enriquecidos de outros elementos sensoriais no veículo físico e psicossomático, cabendo-nos, ainda, acentuar que a nossa comparação peca demasiado pela pobreza conceptual, porquanto, em televisão, na actualidade, há conjuntos distintos para emissão e recepção, quando o Espírito, na engrenagem individual do cérebro, conta com recursos avançados para serviços de emissão e recepção simultâneos.

ALAVANCA DA VONTADE — Reconhecemos que toda criatura dispõe de oscilações mentais próprias, pelas quais entra em combinação espontânea com a onda de outras criaturas desencarnadas ou encarnadas que se lhe afinem com as inclinações e desejos, atitudes e obras, no quimismo inelutável do pensamento.

Compreendendo-se que toda partícula de matéria em movimentação se caracteriza por impulso inconfundível, fácil ser-nos-á observar que cada Espírito, pelo poder vibratório de que seja dotado, imprimirá aos seus recursos mentais o tipo de onda ou fluxo energético que lhe define a personalidade, a evidenciar-se nas faixas superiores da vida, na proporção das grandezas morais, do ponto de vista de amor e sabedoria, que já tenha acumulado em si mesmo.

E para manejar as correntes mentais, em serviço de projecção das próprias energias e de assimilação das energias alheias, dispõe a alma, em si, da alavanca da vontade, por ela vagarosamente construída em milénios e milénios de trabalho automatizante.

A princípio, adstrita aos círculos angustos do primitivismo, a vontade, agarrada ao instinto de preservação, faz do Espírito um inveterado monomaníaco do prazer inferior.

Avançando pelo terreno inicial da experiência, aparece o homem qual molusco inteligente, sempre disposto a fechar o circuito das próprias oscilações mentais sobre si mesmo, em monoideísmo intermitente.

VONTADE E APERFEIÇOAMENTO — A memória e a imaginação, ainda curtas, limitam a volição do homem a simples tendência que, no fundo, é aspecto primário da faculdade de decidir.

Ele mesmo opera a retracção da onda mental que o personaliza, repelindo as vibrações que o inclinem ao burilamento sempre difícil e à expansão sempre laboriosa, para deter-se no reino afectivo das vibrações que o atraem, onde encontra os mesmos tipos de onda dos que se lhe assemelham, capazes de entreter-lhe a egolatria, no gregarismo das longas simbioses em repetidas reencarnações de aprendizagem.

A civilização, porém, chega sempre.
O progresso impõe novos métodos e a dor estilhaça envoltórios.
As modificações da escolha acompanham a ascensão do conhecimento.

A vontade de prazer e a vontade de domínio, no curso de largos séculos, convertem-se em prazer de aperfeiçoar e servir, acompanhados de autodomínio.

CICLOTRON DA VONTADE — Arremessa a criatura, naturalmente, a própria onda mental na direcção dos Espíritos que penetraram mais amplos horizontes da evolução.

Alcançando semelhante estágio de consciência, a vontade, no campo do Espírito, desempenha o papel do cíclotron no mundo da Química, bombardeando automaticamente os princípios mentais que se lhe contraponham aos impulsos.

E é, ainda, com essa faculdade determinante que ela preside as junções de onda, junto àquelas que se proponha assimilar, no plano das sintonias, de vez que, quanto mais elevado o discernimento, mais livre se lhe fará a criação mental originária para libertar e aprisionar, enriquecer e sublimar, agravar os males ou acrescentar os próprios bens na esfera do destino.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:29 pm

12 - Reflexo condicionado

IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO — Entendendo-se que toda mente vibra na onda de estímulos e pensamentos em que se identifica, facilmente perceberemos que cada Espírito gera em si mesmo inimaginável potencial de forças mento-eletromagnéticas, exteriorizando nessa corrente psíquica os recursos e valores que acumula em si próprio.

Daí nasce a importância da reflexão em todos os sectores da vida.

É que, gerando força criativa incessante em nós, assimilamos, por impulso espontâneo, as correntes mentais que se harmonizem com o nosso tipo de onda, impondo às mentes simpáticas o fruto de nossas elucubrações e delas recolhendo o que lhes seja característico, em acção que independe da distância espacial, sempre que a simpatia esteja estabelecida e, com mais objectividade e eficiência, quando o serviço de troca mental se evidencie assegurado conscientemente.

TIPOS DE REFLEXOS — Vale a pena recordar o conhecimento dos reflexos condicionados, em evolução na escola instituída por Pavlov.

Esse campo de experiências traz a estudo os reflexos congénitos ou incondicionados, quais os chamados protectores, alimentares, posturais e sexuais, detentores de vias nervosas próprias, como que hauridos da espécie, seguros e estáveis, sem necessidade do córtex, e os reflexos adquiridos ou condicionados, que não surgem espontaneamente, mas sim conquistados pelo indivíduo, no curso da existência.

Os reflexos adquiridos ou condicionados, que se utilizam da intervenção necessária do córtex cerebral, desenvolvem-se sobre os reflexos preexistentes, à maneira de construções emocionais, por vezes instáveis, e sobre os alicerces das vias nervosas, que pertencem aos seguros reflexos congénitos ou absolutos.

EXPERIÊNCIA DE PAVLOV — Lembremo-nos de que Pavlov, em uma de suas experiências, separou alguns cães do convívio materno, desde o nascimento, sujeitando-os ao aleitamento artificial.

Como é lógico, revelaram naturalmente os reflexos congénitos, quais o patelar e o córneo-palpebral, mas, quando lhes foi mostrada a carne, tanto aos olhos quanto ao olfacto, não segregaram saliva, não obstante à frente do alimento tradicional da espécie, demonstrando a esperada secreção apenas quando a carne lhes foi colocada na boca.

Desde então, os animais se habituaram a formar a mencionada secreção, sempre que o referido alimento lhes fosse apresentado à vista ou ao olfacto.

Observemos que o estímulo provocou um reflexo condicionado, como que em regime de enxertia sobre o reflexo congénito desencadeado pelo alimento introduzido na boca.

REFLEXOS PSÍQUICOS — Os princípios de reflexão podem ser aplicados aos reflexos psíquicos.

Compreenderemos, desse modo, que o ato de alimentar-se é um hábito estratificado na personalidade do cão, em processo evolucionista, através de reencarnações múltiplas, e que o acto de preferir carne», mesmo em se tratando de alimento ancestral da espécie a que se entrosa, é um hábito que ele adquire, formando impressões novas sobre um campo de sensações já consolidadas.

Recorremos à imagem simplesmente para salientar que os nossos reflexos psíquicos condicionados se revestem de suma importância em nossas ligações mentais diversas.

E esses reflexos são — todos eles — presididos e orientados pela indução.

Nos cães de Pavlov a que nos reportámos, a faculdade de comer representa atitude espontânea, como aquisição mental automática, mas o interesse pela carne a que foram habituados define uma atitude excitante, compelindo-lhes a mente a exteriorizar uma onda característica que age como pensamento fragmentário, em torno deles, a reagir neles próprios, notadamente sobre as células gustativas. Do mesmo modo, variados estímulos aparecem nos animais aludidos, segundo o desdobramento das impressões que lhes atingem o acanhado mundo sensório, acentuando-lhes a experiência.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:30 pm

Podemos, assim, apreciar a riqueza dos reflexos condicionados, pelos quais se expande a vida mental do Espírito humano, em que a razão, por luz do discernimento, lhe faculta o privilégio da escolha.

É nesses reflexos condicionados da actividade psíquica que principiam para o homem de pensamentos elementares os processos inconscientes da conjugação mediúnica, porquanto, emitindo a onda das ideias que lhe são próprias, ao redor dos temas que lhe sejam afins, exterioriza na direcção dos outros as imagens e estímulos que acalenta consigo, recebendo, depois, sobre si mesmo os princípios mentais que exteriorizou, enriquecidos de outros agentes que se lhe sintonizem com as criações mentais.

AGENTES DE INDUÇÃO — Temos plenamente evidenciada a auto-sugestão, encorajando essa ou aquela ligação, esse ou aquele hábito, demonstrando a necessidade de auto policiamento em todos os interesses de nossa vida mental, porquanto, conquistada a razão, com a prerrogativa da escolha de nossos objectivos, todo o alvo de nossa atenção se converte em factor indutivo, compelindo-nos a emitir os valores do pensamento contínuo na direcção em que se nos fixe a ideia, direcção essa na qual encontramos os princípios combináveis com os nossos, razão por que, automaticamente, estamos ligados em espírito com todos os encarnados ou desencarnados que pensam como pensamos, tão mais estreitamente quão mais estreita a distância entre nós e eles, isto é, quanto mais intimamente estejamos comungando a atmosfera mental uns dos outros, independentemente de factores espaciais.

Uma conversação, essa ou aquela leitura, a contemplação de um quadro, a ideia voltada para certo assunto, um espectáculo artístico, uma visita efectuada ou recebida, um conselho ou uma opinião representam agentes de indução, que variam segundo a natureza que lhes é característica, com resultados tanto mais amplos quanto maior se nos faça a fixação mental ao redor deles.

USO DO DISCERNIMENTO — A liberdade de escolha, na pauta das Leis Divinas, é clara e incontestável nos processos da consciência.

Ainda mesmo em regime de prisão absoluta, do ponto de vista físico, o homem, no pensamento, é livre para eleger o bem ou o mal para as rotas do Espírito.

O discernimento deve ser, assim, usado por nós outros à feição de leme que a razão não pode esquecer à matroca, de vez que se a vida física está cercada de correntes electrónicas por todos os lados, a vida espiritual, da mesma sorte, jaz imersa em largo oceano de correntes mentais e, dentro delas, é imprescindível saibamos procurar a companhia dos espíritos nobres, capazes de auxiliar a nossa sustentação no bem, para que o bem, como aplicação das Leis de Deus, nos eleve à vida superior.
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13 - Fenómeno hipnótico indiscriminado

HIPNOTISMO VULGAR — No exame dos sucessos devidos ao reflexo condicionado, é importante nos detenhamos, por alguns instantes, no hipnotismo vulgar.

Há quem diga que o ato de hipnotizar se filia à ciência de actuar sobre o espírito alheio, e, para que a impressão provocada, nesse sentido, se faça duradoura e profunda é imperioso se não desenvolva maior intimidade entre o magnetizador e a pessoa que lhe serve de instrumento, porquanto a faculdade de hipnotizar, para persistir em alguém, reclama dos outros obediência e respeito.

Reparemos o fenómeno hipnótico em sua feição mais simples, a evidenciar-se, muita vez, em espectáculos públicos menos edificantes.

O operador pede silêncio, e, para observar quais as pessoas mais susceptíveis de receber-lhe a influenciação, roga que todos os presentes fixem determinado objecto ou local, proibindo perturbação e gracejo.

Anotamos aqui a operação inicial do «circuito fechado».

Exteriorizando-se em mais rigoroso regime de acção e reacção sobre si mesma, a corrente mental dos assistentes capazes de entrar em sintonia com o toque de indução do hipnotizador passa a absorver-lhe os agentes mentais, predispondo-se a executar-lhe as ordens.

Semelhantes pessoas não precisarão estar absolutamente coladas à região espacial em que se encontra a vontade que as magnetiza.

Podem estar até mesmo muito distanciadas, sofrendo-lhe a influência através do rádio, de gravações e da televisão. Desde que se rendam, profundamente, à sugestão inicial recebida, começam a emitir certo tipo de onda mental com todas as potencialidades criadoras da ideação comum, e ficam habilitadas a plasmar as formas-pensamentos que lhes sejam sugeridas, formas essas que, estruturadas pelos movimentos de acção dos princípios mentais exteriorizados, reagem sobre elas próprias, determinando os efeitos ou alucinações que lhes imprima a vontade a que se submetem.

Temos aí a perfeita conjugação de forças ondulatórias.

GRAUS DE PASSIVIDADE — Induzidos pelo impacto de comando do hipnotizador, os hipnotizados produzem oscilações mentais com frequência peculiar a cada um, oscilações essas que, partindo deles, entram automaticamente em relação com a onda de forças positivas do magnetizador, voltando a eles próprios com a sugestão que lhes é desfechada, estabelecendo para si mesmos o campo alucinatório em que lhe responderão aos apelos.

Cada instrumento, nesse passo, após demonstrar obediência característica, revelar-se-á em determinado grau de passividade.

A maioria estará em posição de hipnose vulgar, alguns cairão em letargia e alguns raros em catalepsia ou sonambulismo.

Nos dois primeiros casos (isto é, na hipnose e na letargia), as pessoas apassivadas, à frente do magnetizador, terão libertado, em condições anómalas, certa classe de aglutininas mentais que facultam o sono comum, obscurecendo os núcleos de controlo do Espírito, nos diversos departamentos cerebrais.

Além disso, correlacionam-se com a onda-motor da vontade a que se sujeitam, substancializando, na conduta que lhes é imposta, os quadros que se lhes apresentem.

Nos dois segundos (na catalepsia e no sonambulismo provocado), as oscilações mentais dos hipnotizados, a reagirem sobre eles mesmos, determinam o desprendimento parcial ou total do perispírito ou psicossoma, que, não obstante mais ou menos liberto das células físicas, se mantém sob o domínio directo do magnetizador, atendendo-lhe as ordenações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:30 pm

IDEIA-TIPO E REFLEXOS INDIVIDUAIS — Na hipnose ou na letargia, os passivos controlados executam habitualmente cenas que provocam admiração pela jogralidade com que se manifestam.

O hipnotizador dará, por exemplo, a dez passivos, em acção, a ideia de frio, asseverando que a atmosfera se tornou subitamente gélida.

Expedirão todos eles, para logo, ondas mentais características, associando as imagens que sejam capazes de formular.

Semelhantes vibrações encontram na onda mental do hipnotizador o agente excitante que lhes alimenta o fluxo crescente na direcção do objectivo determinado.

No decurso de instantes, essas vibrações terão reagido muitas vezes sobre os cérebros que as geram e entretecem, inclinando-os a agir como se realmente estivessem em pleno inverno.

Cada um, entretanto, procederá no vaivém das oscilações de maneira diversa.

Aqui, um deles abotoará fortemente o casaco;
ali, outro se encolherá, vergando a cabeça para a frente;
acolá, outro fará gestos de quem toma agasalhos, utilizando objectos em desacordo com os que imagina, e, além, ainda outros tremerão impacientes, como que desamparados à ventania de um temporal.

O toque excitante do hipnotizador lançou uma ideia-tipo;
contudo, as mentes por ele impressionadas responderam em sintonia, mas segundo os reflexos peculiares a si mesmas.

AULA DE VIOLINO — Na mesma ordem de fenómenos, o hipnotizador sugerirá aos mesmos passivos, em sono provocado, que se encontram numa aula de música e que lhes cabe o dever de ensaiarem ao violino.

A mente de cada um despedirá ondas de acordo com a ordem recebida, criando a forma-pensamento respectiva.

Em poucos segundos, sob o controle do magnetizador, tê-la-ão plasmado com tanto realismo quanto lhes seja possível.

Os mais achegados ao culto do referido instrumento assumirão atitude consentânea com o estudo mentalizado, conjugando movimentos harmoniosos, com a dignidade de um concertista, enquanto os adventícios da música exibirão gestos grotescos, manobrando a forma-pensamento mencionada quais se fossem crianças injuriando a arte musical.

Em todos, os estados anómalos a que nos referimos, os sujets governados demonstrarão certo grau de passividade.

Da hipnose semiconsciente ao sonambulismo profundo numerosas posições se evidenciam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:31 pm

HIPNOSE E TELEMENTAÇÃO — Em determinados estágios da ocorrência hipnótica, verifica-se o desprendimento parcial da personalidade, com o deslocamento de centros sensoriais.

Ainda aí, porém, o hipnotizado, no centro das irradiações mentais que lhe são próprias, permanece controlado pela onda positiva da vontade a que se submete.

Nessa condição, esse ou aquele passivo pode ainda representar o papel de suposta personalidade, conforme a sugestão que o magnetizador lhe incuta.

O hipnotizador escolherá, de preferência, uma ‘figura popular, um cantor, um literato ou um regente de orquestra que esteja no âmbito de conhecimento do passivo em acção e inclina-lo-á a sentir-se como sendo a pessoa lembrada.

Imediatamente o sujet estampará, no próprio fluxo de energia mental, a figura do artista, do escritor ou do maestro, de acordo com as possibilidades da própria imaginação, tomará da pena, erguerá a voz, ou empunhará a forma-pensamento de uma batuta, por ele mesmo criada, manobrando os mecanismos da mente para substancializar a sugestão recebida.

Entretanto, se o magnetizador lembra algum maestro de aldeia, ou escritor sem projecção, ou algum cantor obscuro, conhecido apenas dele, não será tão fácil ao passivo atender-lhe as ordens, por falta de recursos imaginativos a serem apostos por ele mesmo nas próprias oscilações mentais, o que apenas será conseguido após longos exercícios de telementação especializada entre ambos.

SUGESTÃO E AFINIDADE — Estabelecida a sugestão mais profunda, o hipnotizador pode traçar ao sujet, com pleno êxito, essa ou aquela incumbência de somenos importância, para ser executada após desperte do sono provocado, seja oferecer um lápis ou um copo dágua a certa pessoa, sugestão essa que por seu carácter elementar é absorvida pela onda mental do passivo, em seu movimento de refluxo, incorporando-se-lhe, automaticamente, ao centro da atenção, para que a vontade lhe dê curso no instante preciso.

Isso, porém, não aconteceria de modo tão simples se a sugestão envolvesse processos de mais alta responsabilidade na esfera da consciência, porquanto, nos actos mais complexos do Espírito, para que haja sintonia nas acções que envolvam compromisso moral, é imprescindível que a onda do hipnotizador se case perfeitamente à onda do hipnotizado, com plena identidade de tendências ou opiniões, qual se estivessem jungidos, moralmente, um ao outro nos recessos da afinidade profunda.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:31 pm

14 - Reflexo condicionado específico[/b]

PRÓDROMOS DA HIPNOSE — Após observarmos o fenómeno do hipnotismo num espectáculo público, imaginemos que o magnetizador seja um homem digno de respeito, capaz de nutrir a confiança popular.

Suponhamos seja ele procurado por um cidadão qualquer, portador de doença nervosa, desejoso de tratar-se pela hipnose.

O enfermo tê-lo-á visto na exibição a que nos referimos ou dela terá recebido exacto noticiário e, por isso mesmo, buscar-lhe-á o concurso, fortemente decidido a aceitar-lhe a orientação. (16)

O hipnotizador, de imediato, adquire conhecimento da atitude simpática do visitante e acolhe-o com manifesto carinho.

Toma-lhe a mão, entrando de imediato na aura ou halo de forças do paciente, endereçando-lhe algumas inquirições.

Nesse toque directo, inocula-lhe vasta corrente revitalizadora, em lhe falando de bom ânimo e esperança, e o doente se lhe rende, satisfeito, aos apelos silenciosos de relaxamento da tensão que o castiga.

O consulente prestará ligeiros informes acerca dos sintomas de que se vê objecto, e o anfitrião, paternal, convidá-lo-á a sentar-se em larga poltrona que lhe faculte mais amplamente o repouso.

MECANISMO DO FENÓMENO HIPNÓTICO — Recorrendo, para exemplo, em nosso estudo, ao conhecido processo de Liébeault, o hipnotizador passará à acção franca, colocando-se à frente do enfermo.

E, situando de leve a mão esquerda sobre a sua cabeça, manterá dois dedos da mão direita, à distância aproximada de vinte a trinta centímetros dos olhos do paciente, de modo a formar com eles um ângulo elevado, compelindo-o a levantar os olhos, em atenção algo laboriosa, para que lhe fixe os dedos por algum tempo.

Com esse gesto, o magnetizador estará projectando o seu próprio fluxo energético sobre a epífise do hipnotizado, glândula esta de suma importância em todos os processos medianímicos(17), por favorecer a passividade dos núcleos receptivos do cérebro, provocando, ao mesmo tempo, a atenção ou o circuito fechado no campo magnético do paciente, cuja onda mental, projectada para além de sua própria aura, é imediatamente atraída pelas oscilações do magnetizador que, a seu turno, lhe transmite a essência das suas próprias ordens.

Libertando as aglutininas mentais do sono, o passivo, na hipnose estimulada, se vê influenciado pela vontade que lhe comanda transitoriamente os sentidos, vontade essa a que, de maneira habitual, adere de «moto-próprio», quase que alegremente.

É então que o hipnotizador, para fixar com mais segurança a sua própria actuação, exclama, em tom grave e calmo:
— “Não receie.

Segundo o nosso desejo, passará você, em breves instantes, pela mesma transfiguração mental a que se entrega cada noite, transitando da vida activa para o entorpecimento do sono, em que os seus ouvidos escutam sem qualquer esforço e no qual não se sente você disposto a voluntária movimentação.

Durma, descanse.
Repouse na certeza de que não terá consciência do que ocorra em torno de nós!

Despertará você do presente estado, quando me aprouver, perfeitamente aliviado e fortalecido pela supressão do desequilíbrio orgânico.”

O doente elanguesce, satisfeito, acalentado pela sua própria onda mental de confiança, exteriorizada ao impacto do pensamento positivo que o controla, e o hipnotizador reafirma, tocando-lhe as pálpebras de leve:
— «Durma tranquilamente. Tudo está bem.

Acordará livre de todo o mal.
Acalme-se e espere. Não sofrerá qualquer incómodo.
Dentro de alguns minutos, chamá-lo-ei à vigília.»

O doente dorme e o magnetizador retira-se por alguns minutos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:31 pm

MECANISMO DA HIPNOTERAPIA — Enquanto adormecido, a própria onda mental do paciente, em movimento renovador e guardando consigo as sugestões benéficas recebidas, actua sobre as células do veículo fisiopsicossomático, anulando, tanto quanto possível, as inibições funcionais existentes.

Como se observa, o agente positivo actua como factor desencadeante da recuperação, que passa a ser efectuada pelo próprio paciente, em todos os casos de hipnoterapia ou reflexo terapia.

O hipnotizador, depois de um quarto de hora, fá-lo novamente voltar à vigília, e o enfermo, desperto, acusa por vezes grandes melhoras.
Naturalmente, agradece ao benfeitor o socorro assimilado;
contudo, o magnetizador agiu apenas como recurso de excitação e influência, porque as oscilações mentais em acção restaurativa dos tecidos celulares foram exteriorizadas pelo próprio consulente.

OBJECTOS E REFLEXOS ESPECÍFICOS — No segundo dia do tratamento hipnótico, o paciente com mais facilidade se confiará à vontade orientadora que o dirige.

Bastar-lhe-á o reencontro com o hipnotizador para entrar no reflexo condicionado, pelo qual começa a automatizar o ato de arrojar de si mesmo as próprias forças mentais, impregnadas das imagens de saúde e coragem que ele mesmo recorporifica no pensamento, recordando os apelos recebidos na véspera.

E assim procede o enfermo, no mesmo regime de condicionamento, até que a contemplação de um simples objecto que lhe tenha sido presenteado pelo magnetizador, com o fim de ajudá-lo a liberar-se de qualquer crise, na linha de ocorrências da moléstia nervosa de que se haja curado, será o suficiente para que se entregue à hipnose de recuperação por sua própria conta.

Semelhante medida, que explica o suposto poder curativo de certas relíquias materiais ou dos chamados talismãs da magia, pode ser interpretada como reflexo condicionado específico, porquanto, sem a presença do hipnotizador, susceptível de imprimir novas modalidades à onda mental de que tratamos, o objecto aludido servirá — muito particularmente nesse caso — como reflexo determinado para o refazimento orgânico, em certo sentido.

CIRCUITO MAGNÉTICO E CIRCUITO MEDIÚNICO — Se o paciente, depois de curado, prossegue submisso ao hipnotizador, sustentando-se entre ambos o intercâmbio seguro, dentro de algum tempo ambos se encontrarão em circuito mediúnico perfeito.

A onda mental do magnetizado, reeducada para a extirpação da moléstia anteriormente apresentada, terá atendido ao restabelecimento da região em desequilíbrio, mostrando-se, agora, sadia e harmónica para os serviços da troca, na hipótese do continuísmo de contacto.

Voltando-se diariamente para o magnetizador que, a seu turno, diariamente a influencia, e devidamente ajustada ao cérebro em que se apoia, do ponto de vista da resistência do campo, passará a reflectir a onda mental da vontade a que livremente se submete, absorvendo-lhe as inclinações e os desígnios.

Verificam-se aí os mais avançados processos de telementação, inclusive o desdobramento controlado, pelo qual o passivo, ausente do corpo físico, sob a indução preponderante do hipnotizador, apenas verá e ouvirá de acordo com a orientação particular a que se sujeita.

É o estado de permuta magnética aperfeiçoada, em que o passivo, na hipnose ou na vigília, transmite com facilidade as determinações e propósitos do mentor, na esfera das suas possibilidades de expressão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:32 pm

AUTO-MAGNETIZAÇÃO — Ainda há que apreciar uma ocorrência importante.

Se o hipnotizador não mais tem contacto com o passivo e se o passivo prossegue interessado no progresso de suas conquistas espirituais, este consegue, à custa de esforço, por intermédio da profunda concentração das energias mentais, na lembrança dos fenómenos a que se consagrou junto ao magnetizador, cair em hipnose ou letargia, catalepsia ou sonambulismo — ainda pelo reflexo condicionado igualmente específico —, afastando-se do envoltório carnal, em plena consciência, para entrar em contacto com entidades encarnadas ou desencarnadas de sua condição ou para provocar por si mesmo certa categoria de fenómenos físicos, mediante a aplicação de energia acumulada, com o que se explicam as ocorrências do faquirismo oriental, nas quais a própria vontade do operador, parcial ou integralmente separado do corpo somático, exerce determinada acção sobre as células físicas e extra físicas, estabelecendo acontecimentos inabituais para o mundo rotineiro dos cinco sentidos.

(16) A utilização dos fenómenos hipnóticos serve, neste livro, simplesmente para explicar os mecanismos da mediunidade, e não para induzir os companheiros do Espiritismo a praticá-los em suas tarefas, porquanto o nosso objectivo primordial é o serviço da Doutrina Espírita que devemos tomar por disciplinadora de todos os fenómenos que nos rodeiam, na esfera das ocorrências mediúnicas a beneficio de nossa própria melhoria moral. — (Nota do Autor espiritual.)

(17) Para mais claro entendimento do assunto, indicamos ao leitor a releitura do capítulo 2º do livro “Missionários da Luz”, do mesmo Autor espiritual, recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier. — (Nota da Editora.)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:32 pm

15 - Cargas eléctricas e cargas mentais

EXPERIÊNCIA VULGAR — Para examinar as ocorrências do fenómeno mediúnico indiscriminado, referimo-nos linhas antes (18), ao fenómeno hipnótico de ordem popular, em que hipnotizadores e hipnotizados, sem qualquer recurso de sublimação do espírito, se entregam ao serviço de permuta dos agentes mentais.

Contudo, para gravar as linhas básicas de nosso estudo, recordemos a propagação indeterminada dos electrões nas faixas da Natureza.

De semelhante propagação, qualquer pessoa pode retirar a prova evidente com vários objectos como, por exemplo com a experiência clássica da caneta tinteiro que, friccionada com um pano de lã, nos deixa perceber que as bolhas de ar existentes entre as fibras do pano fornecem os electrões livres a elas agregados, electrões que se acumulam na caneta mencionada, por suas qualidades dieléctricas ou isolantes.

Efectuada a operação, elementos leves, portadores de cargas eléctricas positivas ou, mais exactamente, muito pobres de electrões, como sejam pequeninos fragmentos de papel, serão atraídos pela caneta, então negativamente carregada.

MÁQUINA ELECTROSTÁTICA — Na máquina electrostática ou indutora, utilizada nas experiências primárias de electricidade, a acção se verifica semelhante à experiência da caneta-tinteiro.

Os discos de ebonite em actividade rotatória como que esfarelam as bolhas de ar, guardadas entre eles, comprimindo os electrões que a elas se encontram frouxamente aderidos.

Com o auxílio de escovas, esses electrões se encaminham às esferas metálicas, onde se aglomeram até que a carga se faça suficientemente elevada para que seja extraída em forma de centelha.

NAS CAMADAS ATMOSFÉRICAS — As correntes de electrões livres estão em toda a parte.

Nos dias estivais, os conjuntos de átomos ou moléculas de água sobem às camadas atmosféricas mais altas, com o ar aquecido.

Nas zonas de altitude fria, aglutinam-se formando gotas que, em seguida, tombam na direcção do solo, em razão de seu peso.

Todavia, as gotas que vertem de cima, sem chegarem ao chão, por se evaporarem na viagem de retorno, são surpreendidas em caminho pelas correntes de ar aquecido em ascensão e, atritando os elementos nesse encontro, o ar quente, na subida, extrai das moléculas dágua os electrões livres que a elas se encontram fracamente aderidos, arrastando-os em turbilhões para a altura, acumulando-os nas nuvens, que se tornam então electricamente carregadas.

Quando as correntes electrónicas aí agregadas tiverem atingido certo valor, assemelham-se as nuvens a máquinas indutoras, em que a tensão se eleva a milhões de volts, das quais os electrões em massa, na forma de relâmpagos, saltam para outras nuvens ou para a terra, provocando descargas que, às vezes, tomam a feição de faíscas eléctricas, em meio de aguaceiros e trovoadas.

Em identidade de circunstâncias, quando o planeta terrestre se encontra na direcção de explosões electrónicas partidas do Sol, cargas imensas de electrões perturbam o campo terrestre, responsabilizando-se pelas tempestades magnéticas que afectam todos os processos vitais do Globo, — a existência humana inclusive, porquanto costumam desarticular as válvulas microscópicas do cérebro humano, impondo-lhes alterações nocivas, tanto quanto desequilibram as válvulas dos aparelhos radiofónicos, prejudicando-lhes as transmissões.

CORRENTES DE ELÉCTRONS MENTAIS — Dentro de certa analogia, temos também as correntes de electrões mentais, por toda a parte, formando cargas que aderem ao campo magnético dos indivíduos, ou que vagueiam, entre eles, à maneira de campos eléctricos que acabam atraídos por aqueles que, excessivamente carregados, se lhes afeiçoem à natureza.

Recorrendo à imagem da caneta-tinteiro, em atrito com o pano de lã, e da máquina electrostática, em que os electrões se condicionam para a produção de centelhas, lembraremos que toda compressão de agentes mentais, através da atenção, gera em nossa alma estados indutivos pelos quais atraímos cargas de pensamentos em sintonia com os nossos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb maio 19, 2012 9:32 pm

A leitura de certa página, a consulta a esse ou àquele livro, determinada conversação, ou o interesse voltado para esse ou aquele assunto, nos colocam em correlação espontânea com as Inteligências encarnadas ou desencarnadas que com eles se harmonizem, por intermédio das cargas mentais que acumulamos e emitimos, na forma de quadros ou centelhas em série, com que aliciamos para o nosso convívio mental os que se entregam a ideações análogas às nossas.

Não nos propomos afirmar que o fenómeno da caneta-tinteiro ou do aparelho electrostático seja igual à ocorrência da indução mental no cérebro.

Assinalamos apenas a analogia de superfície, para salientar a importância dos nossos pensamentos concentrados em certo sentido, porque é pela projecção de nossas ideias que nos vinculamos às Inteligências inferiores ou superiores de nosso caminho.

E para estampar, com mais segurança, a nossa necessidade de equilíbrio, perante a vida, recordemos que à maneira das correntes incessantes de força, que sustentam a Natureza terrestre, também o pensamento circula ininterrupto, no campo magnético de cada Espírito, extravasando-se para além dele, com as essências características a cada um.

Queira ou não, cada alma possui no próprio pensamento a fonte inestancável das próprias energias.

Correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se lhe projectarem no «halo energético», estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, à base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar, de certa forma semelhantes às correntes de força que partem da massa planetária, compondo a atmosfera que a envolve.

CORRENTES MENTAIS CONSTRUTIVAS — Assim como a Natureza encontra, na distribuição harmoniosa das próprias energias, o caminho justo para o próprio equilíbrio, sustentando-se em movimento contínuo, o Espírito identifica, no trabalho ordenado com segurança, a trilha indispensável para o seu clima ideal de euforia.

Quanto mais enobrecida a consciência, mais se lhe configurará a riqueza de imaginação e poder mental, surgindo portanto mais complexo o cabedal de suas cargas magnéticas ou correntes mentais, a vibrarem ao redor de si mesmo e a exigirem mais ampla quota de actividade construtiva no serviço em que se lhe plasmem vocação e aptidão.

Seja no esforço intelectual em elevado labor, na criação artística, nas obras de benemerência ou de educação, seja nas dedicações domésticas, nas tarefas sociais, nas profissões diversas, nas administrações públicas ou particulares, nos empreendimentos do comércio ou da indústria, no amanho da terra, no trato dos animais, nos desportos e em todos os departamentos de acção, o Espírito é chamado a servir bem, isto é, a servir no benefício de todos, sob pena de conturbar a circulação das próprias energias mentais, agravando os estados de tensão.

CORRENTES MENTAIS DESTRUTIVAS — Os referidos, estados de tensão, devidos a «núcleos de força na psicosfera pessoal», procedem, quase sempre, à feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de electrões livres em máquinas indutoras, atraindo os campos eléctricos com que se fazem instrumentos da tempestade.

Acumulando em si mesma as forças auto geradas em processos de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atrai as forças do mesmo teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva, da qual muitas vezes se afasta, desorientada, pela porta indesejável do remorso, após converter-se em intérprete de inqualificáveis delitos.

Noutras circunstâncias, considerando-se que o processo da obliteração mental, ou «acumulação desordenada das nuvens de tensão no campo da aura, se caracteriza por imensa gradação, se as criaturas conscientes não se dispõem à distribuição natural das próprias cargas magnéticas, em trabalho digno, estabelecem para si a degenerescência das energias.

Nessa posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão, nas quais as mentes desvairadas ou caídas em monoideísmo vicioso se reflectem mutuamente.

E chegadas a semelhantes conturbações, seja no arrastamento da paixão ou na sombra do vício, sofrem a aproximação de correntes mentais arrasadoras, oriundas dos seres empenhados à crueldade, por ignorância — encarnados ou desencarnados —, que, em lhes vampirizando a existência, lhes impõem disfunções e enfermidades de variados matizes, segundo os pontos vulneráveis que apresentem, criando no mundo vastas províncias de alienação e de sofrimento.

(18) Capítulo 13º.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:57 pm

16 - Fenómeno magnético da vida humana

HIPNOSE DE PALCO E HIPNOSE NATURAL — Analisando a ocorrência mediúnica, na base do reflexo condicionado, assinalemos mais alguns aspectos de semelhante estudo, na esfera do quotidiano.

Assistindo ao fenómeno hipnótico indiscriminado, nas demonstrações públicas, presenciamos alguém senhoreando o psiquismo de diversas pessoas, por alguns minutos; mas, na experiência diária, vemos o mesmo fenómeno em nossas relações, uns com os outros.

Na exibição popular, o magnetizador pratica a hipnose que se hierarquiza por muitos graus de passividade nos hipnotizados.

Na vida comum, todos praticamos espontaneamente a sugestão, em que a obediência maquinal se gradua, em cada um de nós, através de vários graus de rendição à influência alheia.

Tal situação começa no berço.

CENTRO INDUTOR DO LAR — O lar é o mais vigoroso centro de indução que conhecemos na Terra.

À maneira de alguém que recebe esse ou aquele tipo de educação em estado de sonolência, o Espírito reencarnado, no período infantil, recolhe dos pais os mapas de inclinação e conduta que lhe nortearão a existência, em processo análogo ao da escola primária, pelo qual a criança é impelida a contemplar ou mentalizar certos quadros, para reflecti-los no desenvolvimento natural da instrução.

As almas valorosas, dotadas de mais alto padrão moral, segundo as aquisições já feitas em numerosas reencarnações de trabalho e sacrifício, constituem excepções no ambiente doméstico, por se sobreporem a ele, exteriorizando a vontade mais enérgica de que se fazem mensageiras.

Contudo, via de regra, a maioria esmagadora de Inteligências encarnadas retratam psicologicamente aqueles que lhes deram o veículo físico, transformando-se, por algum tempo, em instrumentos ou médiuns dos progenitores, à face do ajustamento das ondas mentais que lhes são próprias, em circuitos conjugados, pelos quais permutam entre si os agentes mentais de que se nutrem.

Somente depois que experiências mais fortes lhes renovam a feição interior, costumam os filhos alterar de maneira mais ampla os moldes mentais recebidos.

OUTROS CENTROS INDUTORES — Em todos os planos determina a Providência do Criador seja a criatura amparada com segurança.

Cada consciência que renasce no campo físico traz consigo as ligações do agrupamento espiritual a que se filia, demonstrando as afinidades profundas de que a onda mental dá notícia no fluxo revelador com que se apresenta.

Se os pais guardam sintonia com as forças a que se lhes jungem fluidicamente os filhos, a vida prossegue harmoniosa, como que sobre rodas nas quais as crenas se mostram perfeitamente engrenadas.

Entretanto, se há divergência, passada a primeira infância, começam atritos e desencontros, à face das interferências inevitáveis, com perturbações dos circuitos em andamento.

Surgem as incompatibilidades e disparidades que a genética não consegue explicar.

Enredados à influência de companheiros que permanecem fora do vaso fisiológico, os filhos, nessas circunstâncias, evidenciam tendências inquietantes, sem que os progenitores consigam reivindicar a autoridade de que se revestem.

Todavia, a escola edificante espera-os, nas linhas da civilização, para restaurar-lhes, desde cedo, as noções de ordem superior, diante da vida, exaltando os conceitos de elevação moral, imprescindíveis ao aprimoramento da alma.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:58 pm

Transfiguram-se, então, os mestres comuns em orientadores dos aprendizes que, se atentos ao ensino, se fazem médiuns temporários das mentes que os instruem, através do mesmo fenómeno de harmonização das ondas mentais, porquanto o professor, ensinando, torna mais lentas as oscilações que despede, enquanto que os alunos, aprendendo, fazem mais curtas as oscilações que lhes são peculiares, verificando-se o necessário ajuste de nível para que a permuta dos agentes espirituais se faça com segurança.

Os discípulos que fogem deliberadamente ao dever da atenção, relaxando os compromissos que abraçam, permanecem ausentes do benefício, ligados a circuitos outros que lhes retardam a marcha na direcção da cultura, por desertarem dos exercícios que lhes favoreceriam mais dilatada iluminação intima.

E, além da escola, surgem, para os rebentos do lar terrestre, as obrigações do trabalho profissional em que a personalidade segue no encalço da vocação ou soma de experiência que já conquistou na vida.

Cada oficina de acção construtiva, seja qual for a linha de serviço em que se expresse, é novo educandário para a criatura em lide no campo humano, em que a chefia, a escalonar-se através de condutores diversos, convoca os cooperadores, nos vários círculos da subalternidade, ao esforço de melhoria e sublimação.

Ainda aqui, vemos, por intermédio da mesma ocorrência de harmonização mental, os que orientam, erguidos à condição de Espíritos protectores, e os que obedecem, transformados em instrumentos para determinadas realizações.

TODOS SOMOS MÉDIUNS — Nos centros de actividade referidos em nosso estudo, encontramos o reflexo condicionado e a sugestão como ingredientes indispensáveis na obra de educação e aprimoramento.

Urge reconhecer que a liberdade é tanto maior para a alma quanto maior a parcela de conhecimento que se lhe debite no livro da existência.

Por isso mesmo, quanto mais cresça em possibilidades, nesse ou naquele sentido, mais se lhe desdobram caminhos à visão, constrangendo-a a vigiar sobre a própria escolha.

Mais extensa mordomia, responsabilidade mais extensa.

Isso acontece porque, com a intensificação de nossa influência, nesse ou naquele campo de interesses, mais persistentes se fazem os apelos em torno, para que não nos esqueçamos do dever primordial a Cumprir.

Quem avança está invariávelmente entre a vanguarda e a retaguarda E a romagem para Deus é uma viagem de ascensão.

Toda subida, quanto qualquer burilamento, pede suor e disciplina.
Todo estacionamento é repouso enquistante.

Somos todos, assim, médiuns, a cada passo reflectores das forças que assimilamos, por força de nossa vontade, na focalização da energia mental.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:58 pm

PERSEVERANÇA NO BEM — É imprescindível recordar o impositivo da perseverança no bem.

O comprazimento nessa ou naquela espécie de atitude ou companhia, leitura ou conversação menos edificantes, estabelece em nós o reflexo condicionado pelo qual inconscientemente nos voltamos para as Correntes invisíveis que representam.

É desse modo que formamos hábitos indesejáveis pelos quais nos fazemos pasto de entidades vampirizantes acabando na feição de arcabouços vivos para moléstias fantasmas.

Pensando ou conversando constantemente sobre agentes enfermiços, quais sejam a acusação indébita e a critica destrutiva, o deboche e a crueldade, incorporamos de imediato, a influência das criaturas encarnadas e desencarnadas que os alimentam, porque o ato de voltar a semelhantes temas, contrários aos princípios que ajudam a vida e a regeneram, se transforma em reflexo Condicionado de carácter doentio, automatizando-nos a capacidade de transmitir tais agentes mórbidos, responsáveis por largo acervo de enfermidade e desequilíbrio.

GRADAÇÃO DAS OBSESSÕES — Muitas vezes, em nossos estados de tensão deliberada, inclinamo-nos para forças violentas que se nos insinuam no halo psíquico, aí criando fermentações infelizes que resultam em atitudes de cólera arrasadora, pelas quais, desprevenidamente, nos transformamos, na vida, em médiuns de acções delituosas, arrastados nos fenómenos de associação dos agentes mento-electromagnéticos da mesma natureza, semelhantes aos que caracterizam as explosões de recursos químicos, nas conhecidas reacções em cadeia.

É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos actos menos felizes que praticamos, semi-inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:58 pm

17 - Efeitos físicos

SIMBIOSES ESPIRITUAIS — Compreendendo-se que toda criatura se movimenta no seio das emanações que lhe são peculiares, intuitivamente perceberemos os processos simbióticos, dentro dos quais se efectua a influenciação das Inteligências desencarnadas que tomam alguém para instrumento de suas manifestações
Muitas vezes, essa ou aquela individualidade ao reencarnar, traz nos próprios passos a companhia invisível dessa ou daquela entidade com a qual se mostre mais intensamente associada em tarefas e dívidas diferentes.

Harmonizadas na mesma onda mental, é possível sentir-lhes a integração, qual se fossem hipnotizador e hipnotizado, em processo de ajustamento.

Se a personalidade encarnada acusa possibilidades de larga desarticulação das Próprias forças anímicas, encontramos aí a mediunidade de efeitos físicos, susceptível de exteriorizar-se em graus diversos.

Eis porque comumente somos defrontados na Terra por jovens mal saídos da primeira infância, servindo de medianeiros a desencarnados menos esclarecidos que com eles se afinam, na produção dos fenómenos físicos de espécie inferior, como sejam batidas, sinais, deslocamentos e vozes de feição espectacular.

É certo que semelhantes evidências do plano extra físico se devam, de modo geral, a entidades de pouca evolução, porquanto, imanizadas aos médiuns naturais a que se condicionam, entremostram-se entre os homens, à maneira de caprichosas crianças, em afectos e desafectos desgovernados, bastando, às vezes, simples intervenção de alguma autoridade moral, através da exortação ou da prece, para que as perturbações em andamento cessem de imediato.

Tal eclosão de recursos medianímicos, capaz de ocorrer em qualquer idade da constituição fisiológica, independe de quaisquer factores de cultura da inteligência ou de aprimoramento da alma, por filiar-se a factores positivamente mecânicos, tal qual ocorre nas demonstrações públicas de agilidade ou de força em que um ginasta qualquer, com treinamento adequado, apresenta variadas exibições.

MÉDIUM TELEGUIADO — Imaginemos que persista na individualidade encarnada a fácil desassociação das forças anímicas.

Nesse caso, temo-lo habilitado ao fornecimento do ectoplasma ou plasma exteriorizado de que se valem as Inteligências desencarnadas para a produção dos fenómenos físicos que lhes denota a sobrevivência.

Chegada a esse ponto, se a criatura deseja cooperar na obra do esclarecimento humano, recebe do Plano Espiritual um guarda vigilante — mais comumente chamado o guia», segundo a apreciação terrestre —, guarda esse, porém, que, diante da esfera extrafísíca tem as funções de um zelador ou de um mordomo responsável pelas energias do medianeiro, sempre de posição evolutiva semelhante.

Ambos passam a formar um circuito de forças, sob as vistas de Instrutores da Vida Maior, que os mobilizam a serviço da beneficência e da educação, em muitas circunstâncias com pleno desdobramento do corpo espiritual do médium, que passa a agir à feição de uma Inteligência teleguiada.

Daí nasce a Possibilidade da constituição dos círculos de estudo das ocorrências de materialização, com os fenómenos de telecinesia, a começarem nos «raps» e a culminarem no ectoplasma visível.

DIFICULDADES DO INTERCÂMBIO — Não podemos esquecer que o campo de oscilações mentais do médium — envoltório natural e irremovível que lhe pulsa do espírito — é o filtro de todas as operações nos fenómenos físicos.

Incorporam-se-Ihe ao dinamismo psíquico os contingentes ectoplásmicos dos assistentes, aliados a recursos outros da Natureza;
mas, ainda aí, os elementos essenciais pertencem ao médium que, Consciente ou inconscientemente, pode interferir nas manifestações.

A exteriorização dos princípios anímicos nada tem a ver, em absoluto, com o aperfeiçoamento moral.
Cumpre destacar, assim, as dificuldades para a manutenção de largo intercâmbio dilatado e seguro, nesse terreno.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:59 pm

Basta leve modificação de propósito na personalidade medianímica seja em matéria de interesse económico ou de conduta afectiva, para que se lhe alterem os raios mentais. Verificada semelhante metamorfose, esboçam-se-lhe, na aura ou fulcro energético, formas-pensamentos, por vezes em completo desacordo com o programa traçado no Plano Superior, ao mesmo tempo que perigos consideráveis assomam na esfera do serviço a fazer, de vez que a transformação das ondas mediúnicas imprime novo rumo à força exteriorizada, que, desse modo, em certas ocasiões, pode ser manuseada por entidades desencarnadas, positivamente inferiores, famintas de sensações do campo físico.

Em tais sucessos, perturbações variadas podem ocorrer, desencorajando experiências magnificamente encetadas.

MÉDIUM E ASSISTENTES — Todavia, é imperioso anotar que não somente o fulcro mental do médium intervém nas actividades em grupo.

Cada assistente aí comparece com as oscilações que lhe são peculiares, tangenciando a esfera mediúnica em acção, e, se os pensamentos com que interfere nesse campo diferem dos objectivos traçados, com facilidade se erige, igualmente, em factor alternante, por insinuar-se, de modo indesejável, nos agentes de composição da obra esperada, impondo desequilíbrio ao conjunto, qual acontece ao instrumento desafinado numa orquestra comum.

Disso decorrem os embaraços graves para o continuísmo eficiente dos agrupamentos que se formam, na Terra, para as chamadas tarefas de materialização.

Se as entidades espirituais sensatas e nobres estão dependentes da faixa de ondas mentais do médium, para a condução correcta das forças ectoplasmáticas dele exteriorizadas, o médium depende também da influência elevada dos circunstantes, para sustentar-se na harmonia ideal.

É por isso que, se o medianeiro tem o espírito parcialmente desviado da meta a ser atingida, sem dificuldade se rende, invigilante, às solicitações dos acompanhantes encarnados, quase sempre imperfeitamente habilitados para os cometimentos em vista, surgindo, então, as fraudes inconscientes, ao lado de perturbações outras de que se queixam, aliás inconsideradamente, os metapsíquicas, pois lidando com agentes mentais, longe ainda de serem classificados e catalogados em sua natureza, não podem aguardar equações imediatas como se lidassem com simples números.

LEI DO CAMPO MENTAL — Lamentam-se amargamente os metapsíquicas de que a maioria dos fenómenos mediúnicos se encontram eivados de obscuridades e extravagâncias, e de que, por isso mesmo, a doutrina da sobrevivência, para eles, se mostra repleta de impossibilidades.

Estabelecem exigências e, depois de atendidos, acusam a instrumentação medianímica de criar personalidades imaginárias;
exageram a função dos chamados poderes inconscientes da vida mental, estranhando que a força psíquica, como recurso mediador entre encarnados e desencarnados, não procede na balança da observação humana à maneira, por exemplo, das combinações do cloro com o hidrogénio.

Com referência ao assunto, é imperioso salientar que se desconhece ainda, no mundo, a Lei do Campo Mental, que rege a moradia energética do Espírito, segundo a qual a criatura consciente, seja onde for no Universo, apenas assimilará as influências a que se afeiçoe.

Cada mente é como se fora um mundo de per si, respirando nas ondas criativas que despede — ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objectivo sentimental, conforme os próprios desejos —, sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria.

Um médium, ainda mesmo nas mais altas situações de amnésia cerebral, do ponto de vista fisiológico, não está inconsciente de todo, na faixa da realidade espiritual, e agirá sempre, nunca à feição de um autómato perfeito, mas na posição de uma consciência limitada às possibilidades próprias e às disposições da própria vontade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:59 pm

FUTURO DOS FENÓMENOS FÍSICOS — No entanto, devemos declarar que conhecemos, em vários países, alguns círculos de acção espiritual nos quais a sinergia das oscilações mentais entre médiuns, assistentes e entidades desencarnadas se ergue a níveis convenientes, facultando acontecimentos de profunda significação, nas províncias do espírito, não obstante, até certo ponto, servirem apenas como índice de poder mental ou de simples informações sem maior proveito para a Humanidade, tal o mecanismo compreensivelmente fechado em que se encerram.

A ciência humana, porém, caminha na direcção do porvir.

A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano extra físico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas.

E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exactidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 9:59 pm

18 - Efeitos intelectuais

NAS OCORRÊNCIAS QUOTIDIANAS — No estudo da mediunidade de efeitos intelectuais, podemos invocar as ocorrências quotidianas para ilustrar a nossa conceituação de maneira simples.

Basta examinar o hábito, como cristalização do reflexo condicionado específico, para encontrá-la, a cada instante, nos próprios encarnados entre si.

Tomemos o homem moderno buscando o jornal da manhã, e vê-lo-emos procurando o sector do noticiário com que mais sintonize.

Se os negócios materiais lhe definem o campo de interesses imediatos, assimilará, automaticamente, todos os assuntos comerciais, emitindo oscilações condicionadas aos pregões e avisos divulgados.

Formará, então, largos raciocínios sobre o melhor modo de amealhar os lucros possíveis, e, se o cometimento demanda a cooperação de alguém, buscá-lo-á, incontinenti, na pessoa de um parente ou afeiçoado que lhe partilhe as visões da vida.

O sócio potencial de aventura ouvir-lhe-á as alegações e, mecanicamente, absorver-lhe-á os pensamentos, passando a incorporá-los na onda que lhe seja própria, mentalizando os problemas e realizações previstos, em termos análogos.

Cada um de per si falará na acção em perspectiva, com impulsos e resoluções individuais, embora a ideia fundamental lhes seja comum.

Pelo reflexo condicionado específico, haurido através da imprensa, ambos produzirão raios mentais, subordinados ao tema em foco, comunicando-se intimamente um com o outro e partindo no encalço do objectivo.

Suponhamos, porém, que o leitor se decida pelos factos policiais.

Avidamente procurará os sucessos mais lamentáveis e, finda a voluptuosa selecção dos crimes ou desastres apresentados, escolherá o mais impressionante aos próprios olhos, para nele concentrar a atenção.

Feito isso, começará exteriorizando na onda mental característica os quadros terrificantes que lhe nascem do cérebro, plasmando a sua própria versão, ao redor dos fatos ocorridos.

Nesse estado de ânimo, atrairá companhias simpáticas que, em lhe escutando as conjecturas, passarão a cunhar pensamentos da mesma natureza, associando-se-lhe à maneira íntima de ver, não obstante cada um se mostre em campo pessoal de interpretação.

Daí a instantes, se as formas-pensamentos fossem visíveis ao olhar humano, os comentaristas contemplariam no próprio agrupamento o fluxo tóxico de imagens deploráveis, em torno da tragédia, a lhes nascerem da mente no regime das reacções em cadeia, espraiando-se no rumo de outras mentes interessadas no acontecimento infeliz.

E, por vezes, semelhantes conjugações de ondas desequilibradas culminam em grandes crimes públicos, nos quais Espíritos encarnados, em desvario, pelas ideias doentes que permutam entre si, se antecipam às manifestações da justiça humana, efectuando actos de extrema ferocidade, em canibalismo franco, atacados de loucura colectiva, para, mais tarde, responderem às silenciosas arguições da Lei Divina, cada qual na medida da colaboração própria, no que se refere à extensão do mal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 10:00 pm

MEDIUNIDADE IGNORADA — Na pauta do reflexo condicionado específico, surpreendemos também vícios diversos, tão vulgares na vida social, como sejam a maledicência, a crítica sistemática, os abusos da alimentação e os exageros do sexo.

Esse ou aquele Espírito encarnado, sob o disfarce de um título honroso qualquer, lança o motivo Inconveniente numa reunião ou Conversação, e quantos lhe aderem ao mote passam a lançar oscilações mentais no plano menos digno que lhes diga respeito, plasmando formas-pensamentos estranhas, entre as quais permanece o conjunto em comunhão temporária, do qual cada um se retira experimentando excitação de natureza inferior, à caça de presa para os apetites que manifeste.

Como é fácil reconhecer, cada qual foi apenas influenciado de acordo com as suas inclinações, mas debita a si próprio os erros que venha a perpetrar, conforme a onda mental que deitou de si mesmo.

Tais notas ajudam a compreender os mecanismos da mediunidade de efeitos intelectuais em que encarnados e desencarnados se associam nas manifestações da chamada metapsíquica subjectiva.

Qual se observa nos efeitos físicos, a eclosão da força psíquica nos efeitos intelectuais pode surgir em qualquer idade fisiológica, verificando-se, muita vez, a simbiose entre a entidade desencarnada e a entidade encarnada desde o renascimento dessa última, pela ocorrência da conjugação de ondas.

Em todos os continentes, podemos encontrar milhões de pessoas em tarefas dignas ou menos dignas — mais destacadamente os expositores e artistas da palavra, na tribuna e na pena, como veículos mais constantemente acessíveis ao pensamento — senhoreadas por Espíritos desenfaixados do liame físico, atendendo a determinadas obras ou influenciando pessoas para fins superiores ou inferiores, em largos processos de mediunidade ignorada, factos esses vulgares em todas as épocas da Humanidade.

MEDIUNIDADE DISCIPLINADA — Imaginemos que certa personalidade se disponha a disciplinar as energias medianímicas, segundo os moldes morais da Doutrina Espírita, cujos postulados se destinam a solucionar, tão simplesmente quanto possível, todos os problemas do destino e do ser.

Admitida ao círculo da actividade espiritual, recolherá na oração o reflexo condicionado específico para exteriorizar as oscilações mentais próprias, no rumo da entidade desencarnada que mais de perto lhe comungue as ideações.

Decerto que, nos serviços de intercâmbio, experimentará largo período de vacilações e dúvidas, porquanto, morando no centro das próprias emanações e recolhendo a influenciação do plano espiritual — com que, muitas vezes, já se encontra inconscientemente automatizada —, a princípio supõe que as ondas mentais alheias incorporadas ao campo de seu Espírito não sejam mais que pensamentos arrojados do próprio cérebro.

Ilhado no fulcro da consciência, de acordo com a Lei do Campo Mental que especifica obrigações para cada ser guindado à luz da razão, habitualmente se tortura o medianeiro, perguntando, imponderado, se não deve interromper o chamado “desenvolvimento mediúnico”, já que não consegue, de imediato, discernir as ideias que lhe pertencem das ideias que pertencem a outrem, sem aperceber-se de que ele próprio é um Espírito responsável, com o dever de resguardar a própria vida mental e de enriquecê-la com valores mais elevados pela aquisição de virtude e conhecimento.

PASSIVIDADE MEDIÚNICA — Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris, entendendo que importa, acima de tudo, o bem a fazer, procura ofertar a recta conduta, no reflexo condicionado específico da prece, à Espiritualidade Superior, e passa, então, a ser objecto da confiança dos Benfeitores desencarnados que lhe aproveitam as capacidades no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila o amparo a si mesmo.

Quanto mais se lhe acentuem o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse, mais se lhe subtilizam os pensamentos, e, com isso, mais se lhe aguçam as percepções mediúnicas, que se elevam a maior demonstração de serviço, de acordo com as suas disposições individuais.

Com base no magnetismo enobrecido, os instrutores desencarnados influenciam os mecanismos do cérebro para a formação de certos fenómenos, como acontece aos musicistas que tangem as cordas do piano na produção da melodia.

E assim como as ondas sonoras se associam na música, as ondas mentais se conjugam na expressão.

Se o instrumento oferece maleabilidade mais avançada, mais intensamente específico aparece o toque do artista.

Nessa base, identificamos a psicografia, desde a estritamente mecânica até a intuitiva, a incorporação em graus diversos de consciência, as inspirações e premonições.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom maio 20, 2012 10:00 pm

CONJUGAÇÃO DE ONDAS — Vemos que a conjugação de ondas mentais surge, presente, em todos os factos mediúnicos.

Atenta ao reflexo condicionado da prece, nas reuniões doutrinárias ou nas experiências psíquicas, a mente do médium passa a emitir as oscilações que lhe são próprias, às quais se entrosam aquelas da entidade comunicante, com vistas a certos fins.

É natural, dessa forma, que as dificuldades da filtragem mediúnica se façam, às vezes, extremamente preponderantes, porquanto, se dão há riqueza de material interpretativo no fulcro receptor, as mais vivas fulgurações angélicas passarão despercebidas para quem as procura, com sede da luz do Além.

Cabe-nos reconhecer que exceptuados os casos especiais, em que o medianeiro e a entidade espiritual se completam de modo perfeito, na maioria das circunstâncias, apesar da integração mental profunda entre um e outro, quase toda a exteriorização fisiológica no intercâmbio pertence ao médium, cujos traços característicos, via de regra, assinalarão as manifestações até que a força psíquica da Humanidade se mostre mais intrinsecamente aperfeiçoada, para mais aprimorada evidência do Plano Superior.

CLARIVIDÊNCIA E CLARIAUDIÊNCIA — Idêntico mecanismo preside os fenómenos da clarividência e da clariaudiência porquanto, pela associação avançada dos raios mentais entre a entidade e o médium dotado de mais amplas percepções visuais e auditivas, a visão e a audição se fazem directas, do recinto exterior para o campo íntimo, graduando-se, contudo, em expressões variadas.

Escasseando os recursos ultra-sensoriais, surgem nos médiuns dessa categoria a vidência e a audição internas, mais entranhadamente radicadas na conjugação de ondas.

Actuando sobre os raios mentais do medianeiro, o desencarnado transmite-lhe quadros e imagens, valendo-se dos centros autónomos da Visão profunda, localizados no diencéfalo, ou lhe comunica vozes e sons, utilizando-se da cóclea, tanto mais perfeitamente quanto mais intensamente se verifique a complementação vibratória nos quadros de frequência das ondas, ocorrências essas nas quais se afigura ao médium possuir um espelho na intimidade dos olhos ou uma caixa acústica na profundez dos ouvidos.
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