LUZ ESPÍRITA
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O que é a Doutrina

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 19, 2012 10:32 pm

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Os Espíritos actuam frequentemente sobre o nosso pensamento, dando-nos sugestões mais ou menos sensatas, boas ou más segundo sua natureza.

Quando desencarnados, os Espíritos continuam com seus vícios ou virtudes e são bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos, e estão por toda parte.

Sendo assim, facilmente nos influenciam o pensamento e ações, e dependendo de nossa condição moral, recebemos boas ou más influências, pela sintonia que se estabelece entre os dois planos da vida.

Aqueles providos de virtudes facilmente poderão ser auxiliados pelos bons Espíritos, ao contrário dos indivíduos voltados às paixões vulgares.

Nos textos bíblicos encontramos uma série de citações que nos falam dessa realidade.

Eis alguns:
"E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito:
Eis que três varões te buscam.
Levanta-te pois, e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os enviei"

(I Atos 10.19-20).

"Quando o Espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso;
e, não o achando, diz:
Tornarei para minha casa donde saí.

E, chegando, acha-a varrida e adornada.
Então vai, e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali;
e o último estado desse homem é pior do que o primeiro"

- (Lucas 11.24-26).

COMO NOS LIVRAMOS DAS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS?

Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, sentimentos contrários ao egoísmo e ao orgulho, fontes das más inclinações.
Em todos os ensinamentos do Mestre, as virtudes são apontadas como o caminho para a paz espiritual e a felicidade eterna.

Sabendo-se que os Espíritos aliam-se a nós pela afinidade de pensamentos e sentimentos, o cultivo dos bons pensamentos, o esforço para melhoria íntima e a prática da caridade aliados à oração, dificultam muito ou até mesmo impossibilitam o acesso dos maus Espíritos ao nosso pensamento.

A doutrina de Jesus tem como objectivo levar o ser ao entendimento de sua condição de Espírito imortal, fadado à perfeição.

Através do auto-conhecimento, trabalhando incessantemente para exterminar vícios e adquirir virtudes, poderemos nos livrar com mais facilidade das más companhias espirituais.

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;
o Espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca"

(Marcos 14.38).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 11:45 pm

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"Por isso vos digo que tudo que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e te-lo-eis;
E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus vos perdoe as vossas ofensas;
Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos Céus, vos não perdoará vossas ofensas"

(Marcos 11.24-26).

O QUE É MEDIUNIDADE?

É uma faculdade natural de toda criatura viva.
Podemos dizer que é um canal psíquico que todos possuem e que liga o Espírito encarnado ao mundo invisível.

É, portanto, através da mediunidade que os encarnados recebem a influência dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.

Embora seja faculdade comum a todos as criaturas, em alguns indivíduos ela se encontra mais exacerbada, sendo capaz de produzir fenómenos ostensivos como a profetização, a psicografia e os efeitos físicos.

Sendo uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui.

Isso faz com que haja uma grande diversidade no uso que se faz dela, existindo tanto aqueles que a utilizam para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais.

"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes"
(I Corintios 12.1).

"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem.
Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal.

Acontece o mesmo com a mediunidade.
Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem"

- (Livro dos Médiuns - Questão 226).

O QUE É MÉDIUM?

Se todos são dotados desse canal psíquico por onde recebem influência espiritual, logo todas as pessoas são médiuns.

Há aqueles, contudo, com uma capacidade ostensiva de receber e transmitir comunicações de Espíritos, actuando como intermediários ou como agentes das manifestações dos Espíritos.

Estes são dotados de mediunato, uma faculdade especial, susceptível de desenvolvimento, e que, quando bem direccionada, pode ser utilizada como um importante meio que os Espíritos superiores utilizam para edificar o ser ao nível do entendimento.

Segundo sua aptidão, o médium pode exercer sua tarefa em uma das muitas variedades de mediunidade, como por exemplo escreventes ou psicógrafos, falantes, de efeito físico, videntes, curadores, entre outros.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 11:45 pm

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A pessoa dotada deste dom divino, tem a obrigação de se instruir sobre ele a fim de colocá-lo a serviço da obra do Senhor.
A mediunidade só tem sentido quando praticada com essa finalidade.

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria;
a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

E a outro, pelo mesmo Espírito a fé;
e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

E a outro a operação de maravilhas;
e a outro a profecia;
e a outro o dom de discernir os Espíritos;
e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas"

(I Corintios 12.7-10).

A MEDIUNIDADE FOI INVENTADA PELO ESPIRITISMO?

A mediunidade, tampouco os médiuns, são privilégios do Espiritismo ou foram inventados por ele.
A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram os planos material e espiritual.

A própria Bíblia refere-se às suas manifestações em diversas de suas passagens, assim como é identificada nas práticas de muitas religiões da actualidade, embora com outros nomes.

O Espiritismo simplesmente trouxe os ensinamentos capazes de nos orientar a tirar melhor proveito da mediunidade, no sentido de fazer dela um instrumento moralizador e de libertação dos Espíritos.

É uma fonte material que prova a sobrevivência da alma após a morte, ampliando nossos conhecimentos acerca dos ilimitados horizontes espirituais.

Sua prática não tem como meta apenas a produção de fenómenos destinados a despertar os incrédulos ou curar suas enfermidades espirituais ou carnais;
serve para alertar o ser humano de sua necessidade de despertar para o sentido verdadeiro da vida.

Quando bem utilizada é uma importante alavanca para a evolução espiritual.

"Então disse Saul aos seus criados:
Buscai-me uma mulher que tenha o Espírito de adivinha, para que vá a ela e a consulte.

E os seus criados lhe disseram:
Eis que em Endor há uma mulher que tem o Espírito de adivinhar.

E Saul se disfarçou e vestiu outros vestidos, e foi ele, e com ele dois homens, e de noite vieram à mulher;
e disse: Peço-te que me adivinhes pelo Espírito de adivinha, e me faças subir a quem eu te disser.

Então a mulher lhe disse:
Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores;
porque, pois, me armas um laço a minha vida, para me fazer matar?

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 11:45 pm

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Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo:
Vive o Senhor, que nenhum mal te sobreviverá por isso.

A mulher então lhe disse:
A quem te farei subir?
E disse ele:
Faz-me subir a Samuel.

Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz;
e a mulher falou a Saul, dizendo:
Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.

E o rei lhe disse:
Não temas; porém que é o que vês?
Então a mulher disse Saul:
Vejo deuses que sobem da terra.

E lhe disse:
Como é a sua figura?
E disse ela:
Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa.

Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou"
(I Samuel 28.7-14).

O QUE É REUNIÃO MEDIÚNICA OU SESSÃO ESPÍRITA?

O Espiritismo nos ensina que as comunicações inteligentes ocorrem por uma acção do Espírito sobre o médium, devido a uma afinidade ou sintonia entre o pensamento de ambos.

Tais comunicações podem ser realizadas espontaneamente ou por meio das evocações dos Espíritos e, como já citado, tem carácter privado e moralizador.

Através da comunicabilidade estabelecem-se as condições para se consolar os Espíritos sofredores, desvendar os laços entre aqueles que se odeiam e se acham perturbados e ainda receber orientações dos bons Espíritos.

Estas práticas são realizadas nas chamadas reuniões mediúnicas, ou sessões espíritas, conduzidas de acordo com a disciplina da Codificação Kardequiana e com o Evangelho de Jesus, com o máximo de simplicidade, seriedade e preferencialmente, nos Centros Espíritas. Dela participam médiuns e orientadores, estes últimos denominados dirigentes da reunião, que são incumbidos da interpretação das comunicações e orientação dos médiuns e Espíritos.

Uma reunião mediúnica séria e confiável é aquela onde prevalecem os bons sentimentos, a harmonia e homogeneidade de pensamentos entre a equipe de trabalho.

É prudente ter cautela com aquelas que não obedecem certos critérios de disciplina, que não valorizam o estudo, tampouco se preocupam com a moralização dos médiuns.

"Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou.
As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são:
a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais"

(Allan Kardec).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 11:46 pm

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"Que fareis, pois irmãos?
Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação.
Faça-se tudo para edificação.

E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, fale consigo mesmo e com Deus.
E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

Mas se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cala-se o primeiro.
Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros;
para que todos aprendam, e todos sejam consolados"

(I Corintios 14.26-31).

TODOS OS QUE LIDAM COM ESPÍRITOS SÃO ESPÍRITAS?

Sabendo-se que os Espíritos estão por toda parte e que a mediunidade é uma faculdade inerente a qualquer pessoa, é evidente que nem todos os que lidam com Espíritos são espíritas.

As pessoas que assim pensam têm total desconhecimento do que é o Espiritismo.

Esse falso julgamento faz com que as pessoas tenham uma idéia errônea do que seja a Doutrina Espírita e dela se afastem sem buscar conhecê-la.

PARA SER ESPÍRITA TEM QUE RECEBER ESPÍRITOS?

Espírita é aquele que crê, estuda e segue a Doutrina Espírita.

É reconhecido pelo esforço que faz em aprimorar-se dentro dos princípios cristãos, não tendo necessariamente que trabalhar com a mediunidade.

A faculdade mediúnica como missão, ou mediunato, como todas as demais faculdades, não deve ser imposta.

Uma vez detectada e em acordo com o desejo do médium, deve ser desenvolvida em sessões espíritas apropriadas, com dedicação sincera e humildade, para ser verdadeiramente produtiva.

O espírita pode servir em muitas outras frentes de trabalho que nada tem a ver com a mediunidade, buscando, contudo, em todas as oportunidades fazer o melhor possível.

OS ESPÍRITOS PODEM REALIZAR CIRURGIAS OU TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DE MÉDIUNS?

O funcionamento do organismo humano está subordinado a uma direcção espiritual, uma vez que a saúde ou a enfermidade reflecte o panorama interior do Espírito.

Disso se conclui que a alma retém todos os recursos curadores definitivos.
Todos somos dotados de uma energia, um magnetismo ou fluido natural, específico, denominado fluido vital.

É o princípio da vida material e pode ser de melhor ou pior qualidade dependendo da acção de nosso pensamento sobre ele.
Tal fluido tem a capacidade de actuar na intimidade celular, alterando as estruturas moleculares.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 11:46 pm

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Fazendo parte da estrutura orgânica do ser, pode ser doado ou recebido por intermédio da nossa vontade.

Algumas pessoas não têm a capacidade de secar uma planta ou adoecer uma criança através de um simples olhar mal intencionado?
Outros não nos dão a sensação de bem estar apenas nos tocando ou olhando?


São fenómenos naturais da emanação do fluido vital e fonte de muito conhecimento ainda obscuro no campo da ciência oficial.
Tal fluido, vindo do médium, pode ter sua capacidade voltada para a cura, quando auxiliado por um bom Espírito.

Ambos podem dar-lhe um determinado fim que o faz adquirir propriedades novas, facultando-lhe a possibilidade de substituir moléculas doentes por sadias, proporcionando assim a cura das enfermidades físicas.

Desta forma é que ocorrem as cirurgias ou tratamentos espirituais, que se utilizam destes fluidos com capacidade curadora através das qualidades morais que lhe são impostas.

Tais procedimentos podem ser realizados pela simples imposição das mãos, ou simplesmente do pensamento dirigido ao enfermo.

As práticas de cura mediúnica em que são utilizados instrumentos de corte e ou receitas não são recomendados, inclusive pela ilegitimidade legal das mesmas em nossa sociedade.

Estas, muitas vezes legítimas, têm apenas a finalidade de promover ou despertar a atenção dos incrédulos acerca dos fenómenos espirituais.

Assim, uma grande força fluídica, aliada à soma das qualidades morais de quem a utiliza, pode operar verdadeiros prodígios sobre as enfermidades, ressaltando que a ocorrência destes está ligada ao merecimento e a fé dos enfermos.

"E ele lhe disse:
Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz"

(Lucas 8.48).

"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos malignos se retiravam"
(Atos, 19 - 11, 12).

O QUE É O PASSE?

O passe é uma transmissão de fluidos benéficos, com carácter assistencial e regenerador, que é aplicado pela simples imposição de mãos, dispensando qualquer contacto físico entre o passista e o receptor.

O passe permite a regeneração dos enfraquecidos, física ou espiritualmente.
O passista detém uma grande responsabilidade, pois cabe a ele impor as mãos sobre as pessoas carentes e abençoá-las em nome do Criador.

Ele não é nenhuma pessoa especial, necessita apenas ter o desejo sincero de servir e viver uma vida sadia, sem vícios e cultivando bons pensamentos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 10:42 pm

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"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda"

(Atos 3.6).

"E rogava-lhe muito dizendo: Minha filha está moribunda;
rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.
E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão que o apertava"

(Marcos 5.23-24).

"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demónios:
De graça recebestes, de graça dai"

(Mateus 10.8).

"Pegarão nas serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão"
(Marcos 16.18).

"E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos"
(Atos 6.6).

O QUE É CENTRO ESPÍRITA E QUAIS SÃO SUAS ACTIVIDADES?

Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles"
(Mateus 18.20).

O Centro Espírita é uma casa religiosa onde se ensina, pratica, estuda e divulga a Doutrina Espírita.

Em suas actividades estão incluídas palestras públicas, nas quais são comentados ensinamentos da Codificação Kardequiana e do Evangelho de Jesus, além de assistência espiritual e material aos necessitados.

O socorro espiritual é obtido através do atendimento individual àqueles que se encontram em aflição e desequilíbrio, com orientações e passes como fonte de regeneração e amparo.

Também inclui sessões espíritas reservadas onde se lida com a mediunidade na área da desobsessão (perturbações espirituais), sem a participação dos necessitados, onde são esclarecidos e afastados Espíritos sofredores ou de corações endurecidos que porventura sejam a causa de seus problemas.

O Centro Espírita tem como objectivo primeiro, orientar as pessoas no sentido de melhorar sua qualidade de vida através da acção reeducadora da moral do Cristo.

Endereçando o homem a esse entendimento, ele de forma mais ou menos rápida, poderá livrar-se das más influências e atrair as boas, que o ajudarão a seguir adiante de forma equilibrada e sadia.

Ao procurar um Centro Espírita, todos poderão receber orientação individual através de entrevistas particulares, participar de palestras públicas e receber passes.

O contacto com o estudo da Doutrina e com os Espíritos depende de normas rígidas e particulares de cada Centro, mas o bom senso nos diz que a disciplina e o estudo são metas que devem ser observadas com rigor para o sucesso das actividades.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 10:43 pm

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O socorro material, por sua vez, considerado como uma actividade paralela, mas de grande importância, é dado através da assistência a necessitados em forma de alimentos, vestuário, abrigo, remédios, etc.

Os recursos são obtidos através de uma variedade de promoções realizadas em cada Centro Espírita, como almoços, jantares, bazares beneficentes, campanhas de arrecadação de alimentos etc, evitando-se rifas, bingos e outras actividades pouco éticas.

O comportamento dos servidores e frequentadores dos Centros Espíritas se pauta na harmonia, cordialidade, desejo de servir ao próximo em nome de Jesus e dos bons Espíritos, de maneira que qualquer casa que cobrar taxa pelas orientações ou assistência não são espíritas, mesmo que mantenham uma placa na porta com essa designação.

COMO RECONHECER UM BOM CENTRO ESPÍRITA?

Nunca é demais repetir que um bom Centro Espírita é aquele que segue os preceitos da Doutrina Espírita, com orientação pautada nas obras da Codificação Kardequiana.

Todo aquele que adota práticas contrárias às contidas em tais obras, que pratica actos exteriores e desprovidos de racionalidade, deve ser evitado.

O Centro Espírita, como porta-voz do Espiritismo, no seu aspecto tríplice:
religioso, científico e filosófico, desenvolve suas actividades baseado no "dai de graça o que de graça recebestes", proporcionando um entendimento mais completo das leis de Deus e suas aplicações.

Logo, o Centro Espírita é um local de paz, harmonia, consolo, onde ao adentrar suas portas, o homem que sofre com tantas tragédias e desequilíbrios que o atingem e à toda humanidade, inicia a formação do alicerce para uma mudança interior que o amparará racionalmente por toda a sua vida.

O QUE A DOUTRINA RECOMENDA PARA AS PESSOAS COM FÍSICOS E ESPIRITUAIS?

Recomenda que devemos nos interessar sempre por ideais nobres, ocupar nosso tempo com estudo e trabalho, praticar a caridade especialmente para com terceiros e manter a vigilância sobre nossos actos e pensamentos.

A maneira segura de afastar as influências más é atrair as boas, uma vez que onde há luz não permanecem as sombras.

O próprio Codificador nos esclarece que fechar portas e janelas ou fazer uso de defumadores e velas não afasta Espíritos perturbadores.

Contudo, pensamentos elevados não são alvo destes irmãos ignorantes e desocupados, que não se aproximam por faltar-lhes afinidade.

Uma postura elevada alivia os sofrimentos morais e físicos que, associada ao passe, um recurso energético de renovação, pode operar verdadeiros prodígios.

As enfermidades físicas , muitas vezes, têm também causa espiritual e podem ser atenuadas ou até sanadas pela prática citada acima, porém tem seu componente orgânico que não dispensa, em hipótese alguma, um tratamento médico especializado.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 10:43 pm

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Portanto, a Doutrina Espírita prima por simplicidade, conforme exorta Jesus a seus seguidores.

Ao invés de fórmulas mirabolantes, amuletos, talismãs ou outra coisa qualquer, prescreve única e exclusivamente a reforma íntima como remédio.

Tendo Evangelho de Jesus como código de conduta, o homem descobrirá o segredo da felicidade, vivenciando o amor a Deus e ao próximo.

Levar o homem a essa descoberta é o maior bem e o maior objectivo da Doutrina Espírita.

A tratamento das enfermidades físicas e psicológicas pelos métodos espíritas não dispensam, em nenhuma circunstância, a consulta ou o tratamento médico.

QUEM FOI ALLAN KARDEC?

Allan Kardec foi o pseudónimo do homem que codificou a Doutrina Espírita.

Seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Usava tal pseudónimo para evitar que seu nome, já bastante conhecido nos meios literários, ficasse em evidência.

Nasceu em Lion, na França, em 03 de outubro de 1804 e desencarnou subitamente em consequência de um aneurisma, em 1869 aos 65 anos de idade.

Era casado, falava quatro idiomas, estudava astronomia e fenómenos ligados ao magnetismo.
Estudou na escola de Pestalozzi, o pai da pedagogia moderna.
Escreveu diversos livros didácticos e leccionava para alunos sem recursos financeiros.

Em certa ocasião foi convidado por um amigo de nome Fortier, para assistir a uma brincadeira de salão em evidência na época:
as mesas girantes que se comunicavam através de batidas com seus pés.

Pensando tratar-se de algum fenómeno ligado ao magnetismo aceitou o convite.

Após algumas sessões foi se intrigando, uma vez que, descartadas as causas conhecidas ou truques, convencia-se de que, por detrás das mensagens, havia alguma causa inteligente responsável pelos movimentos.

A causa inteligente que se manifestava dizia que os fenómenos eram provocados por Espíritos de homens que já haviam vivido no mundo.

Passou a estudar o fenómeno e numa das reuniões, agora promovidas pelo próprio Kardec, um Espírito que usou o nome de Verdade, dizia que caberia ao professor desenvolver, dar corpo, codificar uma nova doutrina filosófica e religiosa.

Allan Kardec desempenhou com sucesso as obrigações de que fora incumbido, explicando todos os fenómenos de maneira racional, revivendo e reforçando os ensinamentos de Jesus e da Espiritualidade Superior.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 10:43 pm

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Utilizou-se de vários médiuns diferentes, que foram cuidadosamente escolhidos, uma vez que o próprio Kardec não era médium.
Fazia perguntas aos Espíritos, revisando e comparando repetidamente as respostas.

Todos os ensinamentos da Doutrina Espírita, foram reunidos em cinco obras básicas:
O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Génese (1868).

QUEM É CHICO XAVIER?

Trata-se de um expoente dentro do Movimento Espírita no Brasil.

Nascido em 1910 e doente dos pulmões desde os doze anos de idade, dedica(va)-se, há mais de sessenta anos, ao Espiritismo.
É (Foi) médium psicógrafo, recebe as mensagens de desencarnados transcrevendo-as para o papel.

Escreveu mais de 290 livros com mais de 10 milhões de exemplares vendidos, sendo os direitos autorais totalmente doados à causa Espírita.

Órfão desde os cinco anos, este Espírito missionário sofreu todos os tipos de privações, foi perseguido, caluniado, ironizado, traído, mas sempre perseverou na sua tarefa, com paciência e serenidade, que são suas marcas.

Sua obra já foi comprovada cientificamente, tanto pelo teor fidedigno das informações fornecidas por pessoas já desencarnadas que se comunicaram por seu intermédio, quanto à autenticidade das assinaturas de alguns autores das mensagens.

Sendo o escritor que mais vende no Brasil até hoje em actividade, apesar de estar muito enfermo, é um dos grandes responsáveis pela propagação do Espiritismo e tem levado o conforto e o esclarecimento a muitos que se encontram em sofrimento.

PORQUE A MAIORIA DAS PESSOAS SÓ SE TORNAM ESPÍRITAS DEPOIS DE GRANDES SOFRIMENTOS?

Os sofrimentos fragilizam as pessoas que, diante deles, buscam o consolo e o esclarecimento para seus males.

Esgotados os recursos terrenos e a fé em doutrinas materialistas ilusórias e irracionais, chegam a total descrença, revoltando-se com Deus por seus próprios males.

O Espiritismo vem trazer as provas àqueles que negam ou duvidam que a alma existe, é eterna e que sobrevive ao corpo.

Explica que sobre ela recaem as consequências de seus actos, que a reencarnação é a prova da justiça divina ante às aflições, entre tantos outros fundamentos esclarecedores.

Assim abranda as amarguras e os desgostos da vida, acalma os desesperados e as agitações da alma, dissipa as incertezas e os temores do futuro.

Por isso consola e torna felizes aqueles que nele ingressam.
Aí está o grande segredo da fácil aceitação ante os sofrimentos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 10:43 pm

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Fornecendo uma explicação racional para as causas de tudo, o homem que sofre descobre que depende de si não sofrer mais, e que de acordo com sua semeadura terá boa ou má colheita.

Trabalha, portanto, para sua felicidade, entendendo quem é, de onde vei e para onde vai.

POR QUE ESTÁ AUMENTANDO O NÚMERO DE ADEPTOS DO ESPIRITISMO?

O crescimento exagerado do materialismo, um sistema que ao mesmo tempo que impulsiona o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, gera a competitividade selvagem e a opressão, fez com que os valores morais que equilibram o bem estar social fossem perdendo suas forças.

Os povos, devido às variadas revoluções internas e externas em todos os sentidos, sofrem com a degradação da essência da vida colectiva:
as leis do Evangelho.

Na tentativa de conquistar adeptos entre os frágeis e carentes, as religiões e cultos se multiplicam, caminhando para um colapso dos pensamentos e crenças.

As novidades acerca do que é a vida e os seus mistérios se avolumam, muitas desprovidas de qualquer base científica, lógica ou racional exacerbando a crise que precede a um esperado terceiro milénio de regeneração.

Entre as religiões, o carácter racional e consolador do Espiritismo faz com que ele se sobressaia e exerça forte influência sobre aqueles que o procuram, pois fornece-lhes o equilíbrio tão almejado, a fé provida de lógica e a esperança compreendida.

Esta é a causa da sua propagação.

MAS AFINAL, O QUE É ESPIRITISMO?

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.

Como ciência prática, consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.

Segundo Allan Kardec, o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.

No Brasil, organizou-se como um movimento religioso, com aproximadamente 7 mil centros espíritas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao fim desta pequena obra, esclarecemos que o seu principal objectivo foi posicionar a Doutrina Espírita no lugar que lhe é de direito, face a tantas controvérsias, confusões e preconceitos que envolve seu nome, por desconhecimento de seus fundamentos.

Não tivemos a intenção de contrariar qualquer outra crença, mesmo porque, como espíritas, acreditamos que todas têm sua utilidade e buscam a Deus.

O Mestre Jesus nunca nos ensinou que devêssemos ser desta ou daquela religião, mas que conduzíssemos nossas vidas de acordo com os ensinamentos do Pai, filosofias à parte.

Eis que estamos diante do facto inegável de que o Espiritismo joga por terra o materialismo e as ideias preconceituosas que fazem dele os que se julgam donos da verdade.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 9:38 pm

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O Mestre Jesus nunca nos ensinou que devêssemos ser desta ou daquela religião, mas que conduzíssemos nossas vidas de acordo com os ensinamentos do Pai, filosofias à parte.

Eis que estamos diante do facto inegável de que o Espiritismo joga por terra o materialismo e as ideias preconceituosas que fazem dele os que se julgam donos da verdade.

Ele é o Consolador Prometido por Jesus, que afugenta as dúvidas e soluciona racionalmente os dramas da existência.
É uma Doutrina absolutamente séria e despojada de culto exterior.

Talvez por estas e outras tantas razões vem sofrendo os ataques da intolerância que assombra todas as revoluções de ideias.

Temos consciência de que entre os que não são espíritas poucos chegarão às últimas linhas deste escrito, como são poucos os que se dispõem a analisar seriamente as idéias novas, desprovidos de preconceitos.

Contudo, se entre estes poucos encontram-se alguns que queiram clarear seus Espíritos, fugindo da falsa ortodoxia dominante nos nossos tempos, estes irmãos nos serão muito caros.

Seguidores ou não do Espiritismo, ao menos comporão o rol daqueles que detém a grande responsabilidade e o prazer de respeitar seu próximo e ser chamado de verdadeiro cristão.

Infelizmente, ainda restarão dúvidas a serem dissipadas.

Nem mesmo tentamos esclarecer todas elas, mas deixamos, no final, uma relação de obras às quais poderão ser consultadas e examinadas cuidadosamente pelo leitor interessado em conhecê-las mais profundamente.

Nos perdoem a repetitividade de algumas ideias, o que julgamos em certas ocasiões ser necessário, e que os Espíritos Superiores possam abençoar a todo homem de bem, independente de sua religião ou raça.

Sem mais, ficamos com as palavras do espírito Erasto:
(Paris, 1863), quando indagado sobre como reconhecer os verdadeiros espíritas:

"Vós os reconhecereis pelos princípios, de verdadeira caridade que eles professarão;
vós os reconhecereis pelo número de aflições às quais eles terão levado consolações;
vós os reconhecereis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal;

vós os reconhecereis enfim pelo triunfo dos seus princípios, porque Deus quer o triunfo da sua lei;
aqueles que seguirem sua lei são seus eleitos e Ele lhes dará a vitória, mas esmagará aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela um meio para satisfazer sua vaidade e sua ambição".


RELAÇÃO DAS OBRAS A SEREM ESTUDADAS PELO INTERESSADOS:

* O Livro dos Espíritos
* O Livro dos Médiuns
* O Evangelho Segundo o Espiritismo
* Céu e Inferno
* A Génese


Todas as obras citadas são de autoria de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.

(Movimento de Reformas)

§.§.§- O-canto-da-ave
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O que é a Doutrina - Página 10 Empty Allan Kardec

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 9:39 pm

A mensagem do antigo druida para as gerações futuras

CONSCIÊNCIA ESPÍRITA – JORNAL CONSCIESP

"E haverá no mundo uma religião única, bela e digna de Deus, dirigida pela ‘A Verdade’.
Os seus fundamentos já foram lavrados".


Comunicação recebida pela mediunidade da menina Ruth, uma das quatro sensitivas adolescentes que serviram de instrumentos para o recebimento de O Livro dos Espíritos, cujas informações, transmitidas pelos Espíritos Superiores, foram compiladas por Allan Kardec.

Muitos mestres, muitas verdades e muitos discípulos confusos

Ao longo da história, tomamos conhecimento de inúmeros missionários, disseminadores de revelações espirituais específicas, fundadores de novas escolas espiritualistas das mais diferentes interpretações.

Nos dias de hoje enxameiam sacerdotes, pastores, médiuns, gurus, mestres, magos, sensitivos, hierofantes, mediadores entre homens e forças superiores.

Todos são portadores de novas revelações.
Alguns são bem intencionados e sinceros, outros excêntricos e egocêntricos.

Mas, a maioria destes novos missionários, atribuem para si mesmos a posse do verdadeiro conhecimento, ou, no mínimo, auto proclamam-se os verdadeiros propagadores da verdade.

Assim, podemos constatar:
há muitos "mestres", muitas "verdades", mas também, muitos discípulos confusos.

A desmistificação do conhecimento secreto

Allan Kardec, embora tido pelos espíritas como um missionário, jamais se proclamou como tal.

Sua doutrina não é produto de uma tese pessoal, de cunho personalista, elaborada por revelação em algum "lugar santo", isolado, após alguma superexperiência mística e solitária, totalmente subjectiva.

Sua mensagem não tem carácter dúbio, secreto, iniciático, simbólico, ainda que em sua essência estejam elementos do conhecimento perdido das antigas escolas de mistério, outrora revelado por luminares guardiões desse conhecimento espiritual, cuja disseminação perpetuava-se de boca a ouvido, à meia luz dos grandes templos de mistérios de todas as grandes civilizações do passado.

Seu corpo doutrinário é exposto de forma exotérica (exposto ao público e não esotérica = fechada dentro de um grupo) e didáctica, desmistificando a aura de mistério, de sobrenatural e maravilhoso que tanto impressiona os incautos, mas que também fascina os orgulhosos e manipuladores do bom-senso.

Três tipos de pessoas que hostilizam Allan Kardec e sua mensagem

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 9:39 pm

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Este insigne missionário ainda é praticamente desconhecido em nossos dias, assim como sua mensagem, que se constitui uma exaltação à lógica e à moral para o homem contemporâneo, mais emancipado de atavismos.

Allan Kardec é hostilizado por três classes de pessoas:

1. Pessoas de mentalidade materialista, espiritualmente incultas, incapacitadas para compreender algo que transcenda o limitado alcance dos cinco sentidos.

2. Pessoas bem intencionadas, porém, presas a dogmas de fé, ainda inaptas a apreender a essência abrangente de sua mensagem.
São sinceros em suas convicções, embora estas sejam frágeis, embasadas na fé cega e no comportamento imediatista, hiperatrofiado pelo excessivo enfoque ao culto exterior.

3. Pessoas que reconhecem mas temem o alcance e a profundidade de sua revelação, em função de interesses escusos e mundanos.
Às vezes também, por estarem atados, consciente ou inconscientemente, a convicções próprias e, assim, preferem combatê-lo e repudiá-lo.
Normalmente, são de mentalidade preconceituosa e fundamentalista, vivendo acomodados aos mais aprisionadores atavismos.

A mensagem que satisfaz mente e coração

Allan Kardec traz uma mensagem libertadora.
Uma revelação interessantíssima, com impacto directo sobre o coração, pelas vias do raciocínio, a todo ser humano não preconceituoso, com ouvidos para ouvi-la e disposição para estudá-la, discerni-la, senti-la, praticá-la, para só assim, então, começar a compreendê-la.

Este incomparável missionário da religião interior, cujo exemplo, senso moral e aspiração elevada dão testemunho da grandeza intocável de seu espírito superior, pode ser conhecido em plenitude através do legado incomparável de sua obra que, na verdade, nada mais é senão a compilação de um sopro provindo de horizontes mais longínquos, tingidos pelas cores de um novo e desconhecido alvorecer — faixas vibracionais onde actua a existência supradimensinal do homem.

O menino de olhos claros, de personalidade enérgica e perseverante

Aquele que hoje conhecemos pelo nome de Allan Kardec chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Nascido em Lyon, França, às 19h do dia 3 de outubro de 1804, era filho de antiga família lionesa, católica, nobre e de tradição.
Foram seus pais Jean-Baptiste Antoine Rivail, respeitável advogado e juiz do tribunal de Lyon, e Jeanne Louise Duhamel.

Hippolyte desde cedo mostrou inclinação para os estudos filosóficos e científicos.

Privilegiado pela atmosfera de um lar harmonioso, teve seu desenvolvimento espiritual e cultivo de sua notável inteligência favorecidos pela sabedoria e bondade de seus pais.

Era um menino simpático e robusto, de testa ampla, olhos cinzentos, bem claros, quase azuis e de grande vivacidade.
Tranquilo e moderado, seu temperamento equilibrado denotava personalidade enérgica e perseverante.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 9:40 pm

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Época de guerras e descrença

O pequeno Rivail nasceu em uma época de graves agitações políticas, conflitos sociais e religiosos, não apenas na França, mas em todo o mundo.

Era a época de Napoleão I.

Os franceses sofriam o peso de intermináveis chacinas e toda a Europa se transformara em sangrento campo de batalha.

O materialismo, a descrença, a intolerância religiosa predominavam.

Os membros proeminentes do clero, com raras excepções, compartilhavam avidamente da roda dos interesses mundanos, tragicamente esquecidos do exemplo do Sublime Nazareno, de quem se auto-intitulavam legítimos representantes na Terra.

Em razão dos abusos desses sacerdotes, que jamais esconderam sua predilecção por César, além de suas superficiais interpretações teológicas que unicamente fomentavam o culto exterior, os homens do povo se revoltavam e os mais cultos passavam a duvidar das realidades espirituais.

O alvorecer da religião interior

Surgiam, então, novos filósofos, escritores, cientistas e artistas que negavam a existência de Deus e a imortalidade da alma.

O materialismo erguia o seu ceptro sobre o império do ceticismo e da indigência existencial.

Todas as exterioridades da Igreja, as semeaduras de descrença da filosofia, da ciência e da arte, geravam enorme inquietação espiritual nas almas, fomentavam um amargo vazio interior.

Mas justamente quando o Positivismo de Auguste Comte preconizava o absurdo da negação e o Catolicismo extravagantemente proclamava, com Pio IX, a infalibilidade papal (o papa não erra), o céu deixava cair a revelação abençoada dos túmulos, que começaria a germinar, gradativamente, nos canteiros da razão e do sentimento do homem contemporâneo, promovendo a essencial revolução íntima e silenciosa, que culmina no alvorecer da religião interior.

Lyon, a "cidade dos mártires"

O menino Hippolyte tinha o hábito de meditar sobre as águas contrastantes de dois rios de sua cidade natal:
o Sona, sereno e inspirador, quase imóvel, e o Ródano, impetuoso e lendário.

Virgílio, o famoso poeta romano, cantou o Sona em seus versos.
Já o Ródano, fora o rio dos navegadores gauleses, dos fenícios, dos gregos e dos romanos.

Sobre suas águas Potino trouxera para Lyon o Evangelho de Jesus Cristo.

Rivail amava sua querida Lyon.
Sentia prazer em visitar as velhas ruínas e os lugares tradicionais da cidade que fora, outrora, a capital da Gália Romana.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 9:40 pm

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Absorto em meditações, o pequeno missionário visitava os teatros romanos em ruínas, as antigas construções cristãs, os bairros operários e os museus.

Aprendera que Lyon fora a "cidade dos mártires" e que, nos primórdios do Cristianismo, abrigara o sangue de inúmeros mártires, sacrificados pela intolerância dos romanos, tais como Potino, quase centenário, arrastado e espancado por cruéis verdugos... a jovem escrava Blandina, submetida a torturas e à morte no anfiteatro... o menino Pôntico, de apenas quinze anos... Átalo, Alexandre e muitos outros...

Assim, seus olhos mergulhavam num tempo perdido e insondável, naquela presente e, ao mesmo tempo, distante terra dos gauleses, tida pelos antigos autores, Lucano, Horácio e Florus como "depositária dos mistérios do nascimento e da morte..."

O professor que era chamado de "pai"

Aos 12 anos, Rivail concluiria seus estudos em sua amada Lyon.

Seus pais, desejosos em lhe oferecer boa educação, vivendo o clima das lutas religiosas reinantes na França de então, entenderam por bem confiar o único filho ao famoso educador Johann Heinrich Pestalozzi, o mais sábio, respeitado e célebre professor daquele tempo, precursor da moderna educação, da chamada "escola activa" e fundador da primeira escola profissional do mundo, na Suíça.

Doutor em direito e professor de história na Universidade de Zurique, Pestalozzi consagrou sua inteligência, seu tempo, seu coração e sua vida à causa dos órfãos e da infância desamparada, vitimada pelas guerras.

Foi inspirador dos famosos "jardins de infância" de Froebel e disseminador de abrigos educativos em várias cidades de sua pátria.
Seus evoluídos conceitos sobre educação espalharam-se pela Europa e pela América, reformando o antigo sistema das escolas.

Benfeitor da humanidade, manuseava a bíblia todos os dias.
Educador de órfãos e de príncipes, era justo e bom, sustentador de ideias liberais.

Desfrutaria o menino Rivail a companhia desse mestre em excelência, verdadeiro formador de carácter.
Tão amado era que seus alunos o chamavam de "pai" Pestalozzi.

No castelo às margens de um antigo lago gaulês

O famoso Instituto Pestalozzi ocupava um antigo castelo em Yverdon — a mesma cidade gaulesa antiquíssima de Elbrodunum.
O edifício, ladeado por quatro grandes torres, erguia-se às margens do Lago de Neuchatel.

Foi na atmosfera inspiradora e pacífica deste velho castelo que Rivail conviveu com seu educador durante oito anos, preparando-se para o magistério.
Dele absorveu a bondade e a sabedoria proveniente de seu espírito superior, cujo coração grandioso abrigava com carinho e afeto as crianças ricas, mas também as pobres, fazendo de seu famoso instituto um oásis de harmonia e estudo num mundo, lá fora, de guerras e ignorância.

O discípulo substitui o mestre

Após dois anos de sua chegada à Suíça, com 14 anos, o adolescente Rivail já leccionava para alguns de seus colegas, em classes a ele confiadas por Pestalozzi.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:49 pm

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Dedicado ao estudo das diversas disciplinas do curso normal do Instituto, estudou ainda teologia, filosofia e diversas línguas.
Adquiriu consistentes conhecimentos em medicina, apresentando brilhante tese por ocasião de sua formatura.

Ainda em Yverdon, aos 19 anos, interessou-se pelos estudos do magnetismo, na época, catalisador do interesse dos sábios e médicos da França e outros países europeus.

Já moço, Rivail recebeu toda a confiança de seu mestre, tornando-se o discípulo predilecto.

Todas as vezes que Pestalozzi se ausentava do Instituto, o jovem lionês assumia sua direcção, coordenando e leccionando os mais variados cursos.

Mentalidade tolerante e liberal

Nessa atmosfera pacífica e de fertilidade cultural-espiritual, o jovem, católico até então, conheceu dissabores e desgostos por parte de alguns protestantes de Yverdon.

Mas ele nunca se abateu.
Ao contrário, fortaleceu e aprimorou seu sentimento de tolerância e respeito às crenças alheias.

Talvez, até, sob as sombras do castelo do Instituto, tenha cogitado uma reforma espiritual que fizesse desaparecer ódios religiosos e reunificasse o Cristianismo, de acordo com o Espírito de Amor de Jesus.

Em 1824, Pestalozzi, já velho e esgotado, providenciava o fechamento do famoso instituto, em decorrência dos incontáveis sofrimentos morais por que passava.
Rivail, completara vinte anos.
Mestre e discípulo se abraçam e se despedem.

O jovem professor parte para Paris, França, levando na intimidade de sua alma, as lições inesquecíveis do grande educador, cuja influência moral jamais deixaria de inspirá-lo, durante todos os grandes momentos de sua vida missionária.

O jovem professor Rivail, seu Instituto e suas obras

Com larga experiência de magistério, pois iniciara aos 14 anos, na Suíça, o jovem professor Rivail, como passa a ser conhecido, inicia sua carreira, bacharelado em ciências e letras.

Em 1824, publica, na capital francesa, suas primeiras obras:
"Aritmética do 1.º Grau" e um "Curso Teórico e Prático de Aritmética", segundo o método de Pestalozzi (em dois volumes).

Um ano depois, com vinte e um anos, publica nova obra:
"Escola de Primeiro Grau" e funda um colégio nos moldes do Instituto de Yverdon, denominado "Instituto Educacional Técnico".

Disposto ao trabalho, mas não dispondo de recursos financeiros, torna-se então sócio de um tio, irmão de sua mãe, que lhe provê o capital necessário para as instalações da escola.

Publica vários outros livros com ampla aceitação em todo o país:
obras sobre matemática, sobre a língua francesa, sobre física, fisiologia e astronomia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:50 pm

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Muitas de suas obras foram adotadas pela Universidade da França, o que atesta o alto valor dos livros do jovem professor.

Notoriedade e vigor cultural

Rivail continua seus estudos linguísticos na França.

Além de sua língua pátria, conhecia profundamente o inglês, o alemão e o holandês.
Falava, também, o italiano e o espanhol e possuía sólidos conhecimentos do latim, do grego e do gaulês.

Essa grande capacitação do jovem professor deu-lhe notoriedade ao mundo da cultura francesa, principalmente, com a publicação de uma obra importantíssima, editada em 1831, aos 27 anos:
"Gramática Francesa Clássica".

Ainda no mesmo ano, o já famoso professor apresenta à Academia Real de Arrás um importante trabalho:
"Qual o Sistema de Estudos mais em Harmonia com as Necessidades da Época?".

Nesta obra, ele abrange o tema da reforma dos estudos clássicos.
Essa tese alcançou o primeiro prémio da Academia, que lhe conferiu medalha de ouro e reconhecimento no meio cultural.

Tornou-se conhecido na Alemanha por traduzir para o alemão várias obras de educação e de moral, principalmente de Fénelon que, posteriormente, se apresentaria, em espírito, a Allan Kardec como um dos integrantes da equipe de espíritos encarregados em transmitir a Terceira Revelação.

Amélie Boudet, companheira inseparável de todos os momentos

Hippolyte Rivail prossegue pela vida revelando-se um trabalhador de fôlego, sempre acordando muito cedo, le´ccionando, escrevendo, traduzindo.

Depois de algum tempo, com os frutos de seu trabalho honesto, conquista uma relativa estabilidade económica

Aos 27 anos, casa-se com distinta professora, a senhorita Amelie Boudet, uma jovem culta, poetisa e pintora que conhecera no "Instituto Educacional Técnico".
Leccionava letras e belas-artes.

Foram muito felizes, verdadeiramente unidos na alegria e na dor dos grandes testemunhos.
O amor de ambos transcendeu os estreitos limites de um casamento comum, estendendo-se à humanidade, no esforço pela divulgação de uma imprescindível revelação do Alto concedida à Terra.

"Trabalho, Solidariedade e Tolerância"

Rivail notabilizou-se através de inúmeras sociedades culturais da França.

Torna-se sócio honorário da "Sociedade de Estudos Gramáticos de Paris";
sócio catedrático do "Instituto Histórico da França", membro da "Sociedade de Ciências Naturais da França" e de muitas outras intituições parisienses e outras cidades.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:50 pm

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Em razão da inconsequência de seu tio e sócio, jogador inveterado, Rivail atravessa seríssimas dificuldades em 1835, sendo forçado a fechar seu Instituto para não acarretar prejuízos a terceiros.

Liquidado o Instituto, recebe determinada quantia a ele correspondente, confiando-a a um amigo comerciante.

Dias depois, esse comerciante abre falência, nada deixando aos credores.

Esses dois reveses não abatem o ânimo do casal.

Rivail e Gaby, como era conhecida Amélie na intimidade, dispõem-se a todos os sacrifícios.

Sob o lema de Rosseau "Trabalho, Solidariedade e Tolerância", recebido de Pestalozzi, na Suíça, ambos trabalham, irmanam-se no espírito de solidariedade conjugal, perdoando sempre e tolerando com resignação as duras provas da vida.

Leccionando gratuitamente a jovens franceses desfavorecidos

Uma das inquestionáveis provas da elevada condição moral de Rivail está no facto de receber alunos pobres em sua própria casa, justamente na fase financeira mais difícil de sua vida.

Lecciona-lhes, gratuitamente, durante cinco anos, cursos de química, física, astronomia e anatomia comparada.

Esses cursos beneficiam inúmeros jovens e adolescentes franceses, encerrando exemplo vivo de amor e caridade, recebido de seu mestre Pestalozzi, remanescente em seu coração generoso.

O dedicado professor não é indiferente às grandes dificuldades desses muitos estudantes desfavorecidos.

Nessa sua difícil fase, durante o dia encarrega-se da contabilidade de três estabelecimentos comerciais.

À noite, continua trabalhando, escrevendo novas obras didácticas, traduzindo livros ingleses e alemães para editoras francesas e dando aulas particulares nos cursos de Levy-Alvarés.

Lecciona, ainda, diversas disciplinas no "Liceu Polimático", onde assume o cargo de director.

O fenómeno das "mesas girantes"

Em 1854 Rivail, com 50 anos, é um mestre respeitado, escritor reconhecido com obras didácticas adoptadas pela Universidade da França.
Equilibrado, sua mente está amadurecida e o coração sereno e compassivo, pronto para dar início ao cumprimento da missão que haveria de desempenhar.

A França, assim toda a Europa estava com a atenção voltada para os fenómenos das chamadas "mesas girantes".

Pessoas de todos os níveis culturais e sociais, indiferentemente de suas convicções religiosas, estavam às voltas com sessões em que se realizavam fenómenos de efeitos físicos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:50 pm

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Nessas sessões, as mesas eram movimentadas por entidades espirituais, respondendo, por códigos, às perguntas feitas pelos participantes.

Muitas pessoas sérias, orientadas por espíritos bondosos e sábios, obtinham comunicações elevadas e interessantes.

Mas em geral, esses fenómenos se davam para o divertimento dos salões parisienses, alheios para compreender a extensão do novo fenômeno.

Do cepticismo à investigação criteriosa

Foi o magnetizador Fortier quem falou ao professor Rivail sobre esses espantosos factos mediúnicos.

Outro amigo, companheiro de juventude, um corso de nome Carloti, também chamou-lhe a atenção sobre tais acontecimentos inexplicáveis.

Em razão de sua mentalidade crítica e científica, o respeitado professor manteve-se reservado e distante.

Até que um dia, no lar dos amigos sr. Pârtier e senhora Plainemaison, pela primeira vez, assiste a diversos fenómenos mediúnicos, onde as mesas saltavam e corriam, sozinhas.

O que o professor via em casa de seus amigos, repetia-se por todas as partes do mundo.

Mas os assistentes, com raras exceções, pareciam não compreender o alcance de tudo aquilo, fazendo dessas reuniões um passatempo ocioso e fúctil.

Mais tarde, diria Allan Kardec:
"Entrevi naquelas aparentes fuctilidades, no passatempo que faziam daqueles fenómenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim mesmo investigar a fundo".

Assim, Rivail mudaria o rumo dos experimentos, dirigindo perguntas filosóficas, recolhendo informações, comparando-as, categorizando-as.

Em sessões especiais, utilizaria a mediunidade de duas meninas, filhas de seu amigo Boudin, Caroline e Julie, quando recebe a maior parte dos ensinamentos contidos em O Livro dos Espíritos.

O antigo druida reaparece


Através de um espírito guia da família Boudin, Rivail tomou conhecimento de que se chamara Allan Kardec, numa existência anterior, ao tempo de Júlio César, na Gália, na verdade, antigo nome do território francês.

De acordo ainda com esse espírito amigo, que se apresentava com o nome de Zéfiro, declarou ainda ser o professor Rivail um antigo sacerdote gaulês — um druida.

O próprio Zéfiro teria sido seu discípulo e companheiro de tarefas religiosas entre os gauleses.

Allan Kardec era, na hierarquia sacerdotal da época, seu superior.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:51 pm

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Zéfiro ainda fez outra revelação:
Rivail estaria novamente nas lutas terrenas para cumprir importante missão espiritual.

Mais tarde, outros benfeitores espirituais confirmariam essa revelação.
Todos lhe prometiam auxílio, encorajavam-no e aconselhavam-no a ter perseverança e discrição.


Os druidas foram detentores de grandes conhecimentos secretos, tradicionalmente transmitidos de boca a ouvido.

Entre esses conhecimentos estavam a reencarnação, a concepção dos diferentes domínios espirituais, as diferentes categorias de espíritos, a evolução contínua do espírito, a lei de causa e efeito, entre outros.

Por ocasião do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1857, o professor Rivail resolveu apresentá-lo a público com o seu antigo nome gaulês — Allan Kardec.

Assim, reaparece o antigo druida, adequando conhecimentos já vivenciados e melhor apreendidos, apto a novamente transmiti-los, tornando-se verdadeiro porta-voz de uma legião de outros tantos seres espirituais, mais emancipados da ignorância espiritual que, por enquanto, ainda ensombrece a Terra.

A Doutrina Espírita revelada pela mediunidade de quatro meninas

É interessante observar que a excelência doutrinária inegável do Espiritismo, codificado por Allan Kardec deve-se, em sua quase totalidade, à mediunidade de quatro meninas.

Através da inocência e da potencialidade mediúnica dessas quatro inocentes crianças, foram trazidas à Terra explicações notáveis, questões complexíssimas das mais variadas áreas da filosofia, ciência e religião, mantendo-se irrefutáveis até os dias de hoje — sobretudo o aspecto moral.

Os opositores gratuitos do Espiritismo jamais tocam neste assunto, pois trata-se de um facto difícil para se depreciar e muito menos para se refutar.

As meninas foram:
Caroline e Julie Boudin (16 e 14 anos, respectivamente), Ruth Japhet e Aline Carlotti— verdadeiros anjos reveladores da nova mensagem do Céu para os dias futuros.

As reuniões, a princípio, realizavam-se na intimidade da casa da família Boudin e as respostas dos espíritos eram transmitidas por meio da cesta de bico, a que se adaptava um lápis.

As meninas punham as mãos sobre a cesta que se movia, escrevendo mensagens, com absoluta impossibilidade sincrônica de acção dos médiuns na escrita.

Esses escritos, que deram origem a O Livro dos Espíritos, seriam, posteriormente, comparados aos de outros médiuns, todos rigorosamente escolhidos pelo codificador.

O antigo druida ressurgido teria ainda recebido comunicações da parte dos bons espíritos, através de outra menina médium: Ermance Dufaux.

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O que é a Doutrina - Página 10 Empty Re: O que é a Doutrina

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 11:03 pm

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Essas mensagens tiveram por objectivo encorajá-lo na realização de uma nova empreitada: A "Revista Espírita".

Ermance, aos 14 anos, psicografara um admirável livro histórico "A Vida de Joana d’Arc, Ditada por Ela Mesma", além de outras obras.

O Livro dos Espíritos: Código para uma nova fase da evolução humana

O Livro dos Espíritos causou grande repercussão na França.

Homens de ciências e artes como o astrónomo Camille Flammarion, o grande poeta Victor Hugo, os escritores Balzac e Teophile Gautier, o pensador Léon Denis, além de inúmeros outros filósofos e literatos sentiram-se atraídos pela luz da nova revelação.

O próprio imperador da França, Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, solicita a presença de Kardec no Palácio das Tulherias e mantém longas conversações com o codificador sobre O Livro dos Espíritos.

Esta obra é o marco inicial, a pedra fundamental do Espiritismo.
Mais do que isso, é também o código de uma nova fase da evolução humana.

Sobre O Livro dos Espíritos, explica J. Herculano Pires:
"O livro começa pela metafísica, passando em seguida à cosmologia, à psicologia, aos problemas propriamente espíritas da origem e natureza do espírito e suas ligações com o corpo, bem como aos da vida após a morte, para chegar, com as leis morais, à sociologia e à ética e concluir, no Livro IV, com as considerações de ordem teológica sobre as penas e gozos futuros e a intervenção de Deus na vida humana."

A Revista Espírita e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

No dia 1.º de janeiro de 1858 surge a Revista Espírita, dirigida pessoalmente por Allan Kardec, até sua desencarnação, em 1869.

Três meses depois, é fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, tendo como seu presidente espiritual o espírito de São Luis, ou Luis IX, rei da França.

Ainda neste mesmo ano, Kardec publica um pequeno livro de esclarecimentos doutrinários denominado Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas.

No ano seguinte, em 1859, mais uma obra do codificador é trazida à lume:
O que é o Espiritismo, uma introdução aos estudos da doutrina.
Viagens espíritas e a publicação de O Livro dos Médiuns

Em 1860, o antigo druida ressurgido visita diversas cidades da França.
O objectivo é esclarecer, confortar e incentivar os primeiros núcleos espíritas recém-formados.

Na noite de 19 de Setembro, Kardec é recebido no Centro Espírita de Broteaux, único existente em Lyon, uma das cidades visitadas.
À porta esperam-no Dijou, operário, chefe de oficinas, e sua esposa.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 11:04 pm

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É o primeiro encontro de dirigentes espíritas da História.
A mão do grande pensador aperta vigorosamente os dedos calosos e ásperos do companheiro, a quem chama "irmão".

Nos primeiros dias do ano seguinte, em 1861, o infatigável missionário publica outra obra:
O Livro dos Médiuns.

Considera-o como sendo "a continuação de O Livro dos Espíritos", pois também neste, os ensinamentos pertencem aos espíritos.

Mesmo escrito há mais de 100 anos esta obra continua actualíssima e nenhuma outra, sobre a fenomenologia mediúnica, conseguiu superá-la.

Explica o codificador, na introdução:
"A prática espírita é difícil, apresenta dificuldades que somente um estudo sério e completo pode prevenir".

Ainda em Setembro deste mesmo ano, Kardec viaja novamente a Sens, Macon e Lyon, constatando o desenvolvimento da doutrina, não apenas entre os instruídos e cultos, mas, também, entre os humildes e os simples de coração.
Em outubro visita Bordéus.

A reacção do clero ante o Espiritismo

O ano de 1861 ainda traz um facto desagradável na história da doutrina.
Allan Kardec envia obras espíritas à Espanha, a pedido do amigo Lachatre, livreiro de Barcelona.
A finalidade era difundir as novas ideias naquele país.

Mesmo estando pagas as taxas da alfândega espanhola, o bispo de Barcelona apreende ilicitamente trezentos volumes e os faz queimar em praça pública, como nos antigos tempos da Inquisição.

Essa atitude do clero gerou grande revolta e muitos assistentes gritaram: "Abaixo a Inquisição!".

Contudo, essa atitude intransigente contribuiu enormemente para a propaganda da doutrina.

A perseguição prosseguiu, dissimulada, mas acirradamente, por muito tempo.
O clero nunca escondeu seu desagrado com relação à mensagem espírita.

Actualmente, a Igreja Católica, através dos esforços ecuménicos do Papa João Paulo II e também em função de comissões enviadas pelo Vaticano, para observação de fenómenos paranormais e de Transcomunicação Instrumental, reconhece, em seu Novo Catecismo, a possibilidade de comunicação com as almas dos "mortos" e até permite, em alguns casos e com reservas, essas comunicações.

"O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples"

A 15 de janeiro de 1862 aparece um pequeno livro intitulado O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples, também de autoria do antigo druida.

Trata-se de uma síntese da Doutrina, escrita com simplicidade, "ao alcance de qualquer inteligência", esclarece o missionário.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 11:05 pm

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Este livro alcança uma repercussão intensa, cumprindo anterior previsão de um de seus guias espirituais, que afirmara:
"Este pequeno livro produzirá um efeito que não esperas...
Será difundido com grande amplitude e penetrará toda parte".


De facto, a Doutrina se espalha pela Europa, pela América, pelo norte da África, pelos países da Ásia.

As obras de Allan Kardec são traduzidas para vários idiomas.
Em pouco tempo, apenas O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples ganha versão para nove idiomas:
alemão, inglês, português, polonês, grego moderno, italiano, espanhol, russo e croata...

"Viagem Espírita de 1862"

Os espíritas de Lyon e de Bordéus, nesse mesmo ano de 1862, recebem mais uma vez a presença do codificador.

Durante os meses de setembro e outubro, sob rigoroso inverno, o missionário realiza longa excursão de divulgação dos princípios da Doutrina.

Visita vinte cidades da França, discursando cinquenta vezes, unificando o pensamento e a conduta dos espíritas.

Essa viagem originou duas publicações:
Viagem Espírita de 1862, e [/b]Refutações às Críticas contra o Espiritismo.[/b]

Em um de seus discursos, nessa sua peregrinação espírita, o antigo druida afirma:
"Homens da mais alta posição honram-me com sua visita, porém nunca, por causa deles, um proletário ficou na antecâmara.
Muitas vezes, em meu salão, o príncipe se assenta ao lado do operário.
Se se sentir humilhado, dir-lhe-ei simplesmente que não é digno de ser espírita.

Mas, sinto-me feliz em dizer, eu os vi, muitas vezes, apertarem-se as mãos, fraternalmente, e então, um pensamento me ocorria:
‘Espiritismo, eis um dos teus milagres;
este é o prenúncio de muitos outros prodígios!’"


"O Evangelho Segundo o Espiritismo"Tratado moral dos ensinamentos de Jesus

Kardec publica, em 1864, uma pequena brochura:
Resumo da Lei dos Fenómenos Espíritas e também a obra que se consiste em verdadeiro tratado moral dos ensinamentos de Jesus:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Inspirada e inteligentemente, o antigo druida esclarece o objectivo dessa obra notável:
"Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:

1) Os actos comuns da vida do Cristo;
2) Os milagres;
3) As profecias;
4) As palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da igreja;
5) O ensino moral.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 11:05 pm

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Se as quatro primeiras partes têm sido objecto de discussões, a última permanece inatacável.
Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva.

É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças.
Porque nunca foi objecto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas.

Se os discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um.

Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça.

É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura.
É essa parte que constitui o objecto exclusivo desta obra".


No Catálogo dos Livros Proibidos

Prossegue o ano de 1864.
O Espiritismo ganha vulto com extraordinária rapidez.

Dando mostras de sua intolerância, explícita no auto-de-fé de Barcelona, a Igreja Católica Romana inclui em seu Índex, ou seja, no seu Catálogo dos Livros Proibidos, as seguintes obras de Allan Kardec:
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O codificador não se abate.
Continua levando a bom termo sua missão, tornando-se respeitado pelo seu bom-senso e conduta moral irrepreensível.

Faz uma visita à Suíça, a terra de Pestalozzi.
Regressando a Paris é chamado pelos espíritas de Bruxelas e de Antuérpia para uma visita às suas associações belgas.

"O Céu e o InfernoA Justiça de Deus Segundo o Espiritismo"

Em agosto, de 1865, é publicado pela Livraria Espírita de Paris seu novo livro:
O Céu e o Inferno – A Justiça de Deus Segundo o Espiritismo.

Explica o codificador que o homem carrega dentro de si a necessidade de crer, mas para que essa crença satisfaça a seus anseios,ela deve corresponder às suas necessidades intelectuais.

Assim, a crença na sobrevivência do espírito e a possibilidade de comprovação de sua existência supra-material serão o primeiro ponto de contacto das diversas interpretações religiosas que igualmente proclamam essas mesmas realidades, porém, cada uma a seu modo.

Elucida Allan Kardec:
"Por instinto tem o homem a crença no futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação fantasiou os sistemas que deram causa à diversidade de crenças.

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