LUZ ESPÍRITA
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Estudos Avançados Espíritas

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Trabalho em equipa

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Dez 13, 2011 11:31 pm

Naiara Taici Ferreira de Oliveira

O esforço de um grupo é indiscutivelmente a senha de acesso para realizações produtivas.

Ao longo do tempo, após certa convivência, os integrantes de uma mesma Casa Espírita, por exemplo, são levados a uma única visão, ou seja, a uma visão comum na acção e nas actividades a serem desenvolvidas.

Muitos trabalhadores apresentam bom desempenho no trabalho independente, mas poderão realizar melhor tarefa se contarem com o auxílio de outras pessoas operando em equipe.

É característica do ser humano o gosto de se relacionar e de trabalhar socialmente em meio a outras criaturas.

Quando em parceria, o trabalho que até então era realizado apenas por uma pessoa, torna-se melhor, enriquece-se.

A integração entre companheiros num mesmo propósito transforma-se em força maravilhosa que vence agitações externas, por maiores que sejam.

Para obtermos eficiência e bom desempenho é preciso comunicação objectiva que envolva todos e conduza-nos a tomar contacto com as informações necessárias do andamento normal do serviço.

Trabalhar em equipe implica interacção de relacionamentos que permitem aos cooperadores saberem o que os outros estão fazendo ou realizando e quais as metas a serem atingidas.

Não atingiremos bom desempenho em equipe se os integrantes não tiverem reuniões periódicas em local previamente destinado, onde possam ser estimulados em trocas de ideias, colaborações, renovação, amizade e compartilhamento de princípios.

Não se esquecer do trabalho dos planos superiores presentes a essas reuniões fraternas e amorosas.

Sabendo disso, o líder precisa estar atento para que as opiniões expressas não sejam levadas a interpretações negativas, que poderão gerar “conversinhas” e pareceres distanciados do equilíbrio e do real objectivo.

Para qualquer tipo de acção é necessária a sustentação da harmonia e da serenidade.

Nota-se grande diferença quando se vê equipes nesses moldes, trabalhando.

Não basta porém, que estimulemos pessoas a trabalharem juntas, necessário que esclareçamos os objectivos do trabalho, sendo ele na Casa Espírita ou fora dela.

Nas mesmas proporções, levar à conscientização de quanto mais trocas se efectuarem, mais fortes serão os vínculos entre os componentes do grupo e com as instituições.

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Soluções para o entusiasmo

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Dez 13, 2011 11:32 pm

Orson Peter Carrara

Já se disse que falta entusiasmo nos Centros Espíritas ou no Movimento Espírita.

Isto não é regra, pois existem exemplos de grande dedicação à Doutrina, mas há um sim uma grave questão a ser resolvida para aproximar e unir mais os espíritas.

Temos uma Doutrina extraordinária nas mãos que nos felicita com seus ensinamentos, nos estimula ao progresso, está sempre connosco.

Nossas Casas Espíritas significam verdadeiro oásis de paz ao coração, extensão de nossa casa e autêntico aconchego de nossas aspirações à felicidade.

Elaboramos uma lista com alguns itens como soluções para brotar o entusiasmo no coração do espírita, na Casa Espírita e no próprio Movimento, vencendo os obstáculos sempre apresentados:

Estude a Doutrina: Eleja o estudo como actividade prioritária;

Valorize os amigos: Torne os companheiros do Centro seus verdadeiros amigos. Valorize-os;

Realize eventos: Saia da rotina. Promova eventos doutrinários com qualidade;

Valorize a Imprensa Espírita: Assine e distribua jornais e revistas, estimule assinaturas; Comente o conteúdo das publicações;

Frutos do Movimento: Divulgue, mostre o que o Movimento produz;

Confraternize: Aproxime-se dos espíritas. Promova almoços e passeios;

Proximidade: Aproxime as pessoas dos expositores, proporcione-lhes estes encontros;

Participe: Participe de eventos, palestras, encontros. Não perca esta chance;

Crianças e jovens: Integre-os activamente ao Movimento;

Livros: Faça sorteios, doe livros, comente com o público, mostre os livros.

E mais:

a) Solte a informação (não a bloqueie ou engavete);

b) Facilite um clima de confiança;

c) Convide pessoalmente, por fone ou carta, os companheiros a participarem

E finalmente, esqueça ciúmes ou rivalidades.
Todos tem valor e não são obrigados a pensar pela cabeça de um só.

Todos temos algo a oferecer.
Imposição e rigor excessivo colocam tudo a perder.

Engaje-se nas actividades e sentiremos o entusiasmo também presente no coração.

(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Prece do Orador Espírita

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Dez 13, 2011 11:33 pm

Octávio Caúmo Serrano

* Obrigado, Senhor, pela possibilidade que me dá de divulgar o seu Evangelho.
Mas eu agradeço, acima de tudo, porque ao falar para o meu semelhante tenho o privilégio de analisar e aplicar em mim o que recomendo para os outros.

* Agradeço, Senhor, pela oportunidade que me é dada de estudar suas lições.
Mas sou grato, principalmente, pela mente sã e lúcida que me permite reter e compreender as preciosas notícias.

* Graças lhe dou, Senhor, pelos chamados e convites que recebo para falar do seu amor pela humanidade.
Mas peço a sua ajuda para que minhas palavras sejam sempre acompanhadas do exemplo de boa conduta, mesmo nas mais difíceis situações.

* Ajude-me, Senhor, para que eu encontre uma linguagem simples e clara quando falar aos meus irmãos do caminho, para que nunca sejam interpretadas de forma distorcida e levem mais dúvidas que certezas, mais indecisões que coragem.

* Obrigado, Senhor, por ter-me aberto olhos e coração, mostrando-me a porta estreita da lógica, do bom senso e do amor, vedada ainda a tantos irmãos equivocados que persistem no mal e na ignorância.

Mas lhe peço, Senhor, ensina-me a respeitar o entendimento de cada um para não infringir sua liberdade de pensar e agir, porque eu mesmo, ainda imperfeito, dependo muito da sua misericórdia.

* Que, apesar de pequeno, Senhor, eu possa ser seu fiel emissário e saiba noticiar o seu amor por todos nós e a sua tristeza diante da nossa indiferença e vacilações de fé.

Que eu O ajude a formar um homem novo a cada dia, mostrando-lhe as verdades eternas.
Inspira-me, porém, Senhor, para que eu tenha paciência e jamais fique irado ou deserte do trabalho ao surgir obstáculos que pareçam de impossível remoção.

* Dê-me, enfim, Senhor, serenidade, força e discernimento quando eu falar em seu nome.

Que assim seja.

(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Pode o homem ser feliz?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Dez 14, 2011 11:59 pm

Iracema Linhares Giorgini

“O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?”
- questão 920 de “O Livro dos Espíritos”

“— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto pode ser na Terra” e completa na questão seguinte:

“— O homem é na maioria das vezes o artífice de sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus lei ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro”.

A Terra ainda não é um lugar onde se possa pretender gozar a felicidade completa já que é um mundo onde a vida ainda tem conotações de expiação, prova ou reparação.

Cada um porém, poderá usufruir de uma felicidade relativa ao seu grau de adiantamento; vivendo conforme a lei de Deus.

No respeito a essas leis - pode-se poupar muitos males porque é na maioria das vezes o próprio ser humano causador do seu sofrimento em virtude de suas imperfeições:
a cobiça, a inveja, o ciúme, o desespero, a revolta, angústia por carência de satisfação de necessidades e paixões.

A felicidade porém não depende de coisas exteriores, nem na posse ou falta dela.
Está nas alegrias da alma, fruto das lutas redentoras, dos labores de cada um.
Assim, é na trama da própria vida que nos cumpre criar essa felicidade.

Colocando-a sempre onde estamos, no momento presente - entendendo que na vida o modo de entender, de agir, de reagir às situações trar-nos-á ou não momentos felizes.

Embora vivendo num mundo de expiação e provas - cabe ao trabalho de cada um sentir-se feliz ou infeliz.

Nesse entender felicidade vai se constituir em paz e tranquilidade espirituais auferida pelo dever cumprido, na certeza de ter feito o melhor.

Vai estar na atitude correta perante a vida, a si mesmo e ao próximo.

A felicidade existe, é um facto e será pura, um estado permanente nos mundos adiantados e naquelas pessoas que já alcançaram o progresso espiritual, quando não importa o mundo e se estão encarnados ou desencarnados, mas constitui um estado íntimo da consciência que traz claro em si que, em todas as situações apresentadas, deu o melhor de si, doou-se completamente, para que o outro ficasse bem.

Daí a importância de estar atento, e a cada momento, nas várias situações que a vida apresenta, fazer o melhor tendo Jesus como o indicador, modelo e guia para nossas decisões.

(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Os trabalhadores da última hora

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 12:00 am

José Argemiro da Silveira

“O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de aliciar trabalhadores para sua vinha”
(Mateus, cap. XX, v. 1 e seguintes).

A parábola dos trabalhadores na vinha não é de fácil interpretação.
Diversos grupos de trabalhadores recebem o mesmo pagamento por períodos de trabalho totalmente diversos.

Uns trabalham o dia todo, doze horas, das 6 às 18 horas;
outros apenas uma hora, das 17 às 18 horas - e todos recebem a mesma quantia.

Como entender o facto de Jesus comparar o reino dos céus, onde tudo é justiça, com uma situação aparentemente injusta:
a remuneração igual a jornadas de trabalho desiguais.

Procuremos entender o ensinamento que o Mestre nos deixou.

O pai de família - Deus;
A vinha - O Universo;
Os trabalhadores - Os seres humanos;
O trabalho na vinha - O trabalho no bem;
As horas - Qualquer período de tempo;
O salário - A felicidade que se consegue com o trabalho no bem.

Há um aparente conflito da ideia de um Deus justo com o modo pelo qual o senhor da vinha remunerou os trabalhadores.

Certamente Jesus não pretendeu caracterizar Deus como injusto.
Rui Barbosa disse certa vez que tratar iguais com desigualdade é cometer injustiça, mas tratar desiguais com igualdade também é cometer injustiça.

Vamos à parábola.

O pai de família pagou aos trabalhadores da primeira hora exactamente o valor combinado.
Portanto, não os prejudicou, como ele mesmo lembrou quando eles reclamaram.

Quanto aos demais, a parábola nada diz sobre o acerto de salário, levando-nos a entender que os trabalhadores aceitaram a oferta de trabalho sem combinar, previamente, o salário.

O senhor da vinha, ao ser questionado pelos trabalhadores da primeira hora, esclarece que o facto de pagar o mesmo salário a todos foi um acto de bondade de sua parte.

Nestas condições, a quantia paga aos que chegaram mais tarde seria, parte remuneração pelo serviço prestado, e parte auxílio espontâneo.

Vemos, portanto, que o senhor da vinha nada fez de injusto.
Quando prestamos auxílio a pessoas diferentes, e as ajudamos com quantias desiguais, a critério nosso, não cometemos injustiça, pois temos liberdade de distribuir tais recursos da maneira como entendermos mais acertada.

Também quando auxiliamos a instituições beneficentes diversas, não cogitamos de atribuir a mesma quota a cada uma delas, Consideramos o volume de serviços que prestam à comunidade, suas dificuldades, e com base nesses dados é que outorgamos o nosso apoio.

Parece não haver injustiça aí.

A parábola mostra que os que foram contratados mais tarde tinham disponibilidade para o trabalho.
Faltou-lhes a oportunidade.

Trabalharam menos hora não por preguiça ou negligência, e sim por motivos alheios à sua vontade.
Quando o senhor da vinha os convocou, aceitaram prontamente e, pelo que consta no texto, sem exigir qualquer pagamento.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 12:00 am

Continua...

Jesus, por certo, valorizou a boa-vontade, a disponibilidade daqueles trabalhadores que, ao serem convocados ao trabalho, atenderam prontamente, sem cogitar da retribuição, da recompensa a ser obtida.

Poderiam ter raciocinado que já era tarde, trabalhariam por pouco tempo, e, consequentemente, a remuneração não seria compensadora.
Mas não agiram assim, com esse cálculo, visando só a recompensa para se entregarem ao trabalho.

Trazendo para o campo prático, e entendendo esse trabalho, como actividade no bem, serviço em favor do bem comum, sabemos que muitas vezes pessoas deixam de dar a sua colaboração numa determinada instituição, ou num projecto em favor do próximo, porque não obteriam as “vantagens” (aparecer como bom perante a opinião de terceiros, ficar mais conhecido, ser aplaudido, etc.) que desejariam.

No Livro dos Espíritos, questão 893, Kardec indaga qual a mais meritória de todas as virtudes?

Os instrutores respondem:
“Todas as virtudes tem o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências;
mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção”.


A parábola nos ensina a importância de nosso engajamento na actividade da “vinha”.

Ele traz para nós o “salário” da felicidade, a auto-realização, a tranquilidade moral, ajudando-nos em nossa evolução espiritual, finalidade da existência na Terra.

O facto de os trabalhadores serem arrebanhados em horas diferentes, a nosso ver, significa que o momento em que atendemos o chamado não ocorre no mesmo tempo, nem nas mesmas condições.

Cada um está num patamar evolutivo.
Assim, embora haja trabalho para todos, “só quando estamos pronto é que o Mestre aparece”.

Importante evitar a preguiça e a indiferença, como os personagens da parábola, mas também não nos aventuramos tentando fazer coisas superiores às nossas possibilidades, por orgulho e vaidade, Se cultivarmos o estudo, a reflexão, e buscarmos cooperar com o bem, vamos entendendo o sentido da vida, e encontramos o lugar para atuarmos, naturalmente.

“Estar na praça”, aguardando o chamamento, como os personagens da história, é nos preparar intelectual e moralmente, para atender o chamado.

Se nosso limite não nos permite produzir mais, mas se fazemos o que podemos, com sinceridade, na direcção correcta, a bondade Divina sabe valorizar nosso esforço.

Daí a igualdade de pagamento aos trabalhadores da história.

Outro ensino importante é o alerta quanto a inveja
- “Tens mau olho, porque sou bom?”.

Diante da generosidade do pai de família, os trabalhadores da primeira hora reclamaram, embora houvessem recebido o que fora combinado.

Mas julgaram merecer mais, já que os outros receberam a mesma quantia.
É frequente acontecer com muitos de nós.

Estamos bem, tudo corre normalmente, mas só porque, ao que nos parece, outros (vizinhos, amigos, colegas de trabalho) estão obtendo mais sucesso, neste ou naquele sentido, ficamos frustrados, descontentes.

Atitude errada que Jesus combate.
Devemos nos alegrar com o bem, o sucesso do outro, e não “ter mau olho, porque o Pai é bom”.

(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O Jovem Espírita se sente mais responsável diante das transformações do mundo?

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 12:01 am

Daniel Carlos Pires

Eis uma questão a ser pensada e respondida por cada um de nós à nós mesmos;
a juventude de hoje, é filha de uma juventude marcada por estilos, filosofias de vida, e ideais políticos fortes;
ideologias que atravessaram décadas inteiras e que dificilmente serão esquecidas.


E hoje?

Hoje observamos uma diversidade conturbada de ideias e estilos de vida, o jovem não possui memória política, o próprio andamento diante da evolução do nosso planeta tem nos impulsionado a isso.

As informações chegam cada vez em velocidade maior, a escolha por uma profissão e um planeamento familiar se tornam cada vez mais difíceis, e até raros.

No “Jogo da Vida”, o jovem aprende que o companheiro ao lado na escola, ao invés de seu companheiro e “amigo”, é um concorrente que pode tomar sua vaga em um Vestibular;
o jovem aprende que se ele não for o melhor em sua profissão, outro irá ocupar seu lugar por um salário menor;

os meios de comunicação avançados fazem com que os contactos pessoais se tornem cada vez mais “mecânicos”;
a formação e definição de uma personalidade no indivíduo se torna cada vez mais difícil, estamos vivendo uma época de opções muito variadas;

as músicas que hoje tocam nas rádios, daqui à algumas semanas nunca mais irão tocar, e você nem se quer irá lembrar delas, com a moda acontece a mesma coisa, e isso pode ser estendido ao que vem acontecendo em vários outros âmbitos, como por exemplo a escolha de uma profissão onde o jovem tem que adequar suas vocações às necessidades do Mercado de Trabalho.


Só que a cada dia que passa essa necessidade muda;
o mundo gira constantemente;
os valores se desfazem, a ciência avança parecendo não ter limites.


E nós “Jovens Espíritas” como estamos?

Claro que esta pergunta não se estende apenas aos jovens, mas sim a toda a família que carece de bases sólidas para caminhar em harmonia.

Será que estamos buscando realmente viver em harmonia com o próximo?

É certo que nós como todos os outros humanos temos obrigação de acompanhar o desenvolvimento do nosso planeta nessa fase de transição!

Mas isso não significa que tenhamos de ser iguais aos outros;
se tivermos que competir para sobreviver, que possamos competir com dignidade e justiça, se tivermos de fazer uma escolha importante, que possamos escolher o que é melhor para nós, mas que pode ser melhor para as pessoas à nossa volta também;

se tivermos que nos embalar em ritmos novos, que possamos escolher o que há de melhor e não o mais promiscuo.


Enfim, devemos buscar no aprendizado espírita, em suas bases, em Kardec, toda a sabedoria dos Espíritos Superiores e aplicarmos seus ensinamentos em nossa vida quotidiana, sempre procurando levar Jesus como exemplo de Vida e Moral.

E nunca esquecer que o mais coerente na vida é filtrar tudo o que nos chega, e explorar o que há de melhor em nós mesmos, e nunca deixar tudo isso guardado em uma gaveta, mas sim aplicar isso no nosso dia a dia, e em nossas vidas.

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O dever - Lei Moral

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 10:03 pm

Maria Aparecida Ferreira Lovo

A lei moral sinaliza ao ser humano o que deve ou não fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta, ela é a directriz verdadeira para a felicidade do homem.

O dever é responsabilidade no conjunto das determinações da lei moral, a regra pela qual o homem deve conduzir-se primeiro consigo e depois em consequência com seus semelhantes.

O dever inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos.

Ele não é idêntico para todos, variando de acordo com o grau evolutivo de cada um.

Quanto mais a criatura se eleva, mais percebe sua grandeza, majestade, extensão e o seu exercício torna-se agradável, pois, produz alegrias íntimas, sem igual.

Os Espíritos Superiores têm profundamente arraigados em si o sentimento do dever.
Sem esforços seguem o seu próprio caminho.
Para eles o dever é situação de todos os momentos, a condição indispensável da existência.

Por mais obscura que seja uma criatura, por mais humilde que pareça a sua sorte, o dever cumprido enobrece sua vida, esclarecendo a razão e fortalecendo a alma.

Ele dá a calma interior, serenidade de espírito, mais preciosa que todos os bens da Terra, e que podemos experimentar mesmo estando em meio a grandes provações e infortúnios.

Na ordem dos sentimentos o dever é, às vezes, difícil de ser cumprindo, porque se encontra em oposição às seduções do interesse, O dever íntimo do homem está confiado ao seu livre-arbítrio, por isso, a consciência o adverte e sustenta, mas ele muitas vezes fraqueja diante dos enganos da paixão, entretanto esse dever quando com responsabilidade, eleva o homem.

Mas como determinar com exactidão?
Saber onde começa, e onde acaba o dever?

Começará precisamente no ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do nosso próximo, e termina no limite que não desejaríamos ver transposto em relação a nós.

O homem deve amar o dever, não apenas porque ele o livra de males maiores na vida, e dos quais a Humanidade não está isenta, mas porque transmite ao Espírito o fortalecimento necessário para que possa progredir.

Dever não tem limites e o homem que cumpre o seu dever ama a Deus acima de todas as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo, e ao fim de cada dia pode dizer:
hoje consegui vencer-me, assisti, consolei, esclareci meus irmãos, cumpri o meu dever!

Bibliografia:

* Depois da Morte - Léon Denis - cap. XLIII
* O Evangelho Segundo o Espiritismo - A. Kardec - cap. XVII, item 7

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O dever

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 10:03 pm

Leda de Almeida Rezende Ebner

No processo evolutivo do Espírito, quando este toma consciência da sua imortalidade, das suas potencialidades e possibilidades, sente em si a vontade de modificar-se, de transformar-se.

Encarnado na Terra, encontra as melhores oportunidades de trabalhar para realizar-se nesse ideal.

O dever (o substantivo, não o verbo) constitui-se então, um aliado importantíssimo.

Segundo o dicionário, dever é “o conjunto das obrigações de alguém em absoluto ou em determinada situação.
Dever de:
obrigação ou preceito de.

Deveres para com alguém:
os serviços ou as provas de respeito e afeição que há obrigação de lhe prestar ou dar.”

Na vida moderna, esta palavra, parece-nos pouco usada, talvez por significar obrigação de ou para com, que fere nosso orgulho, nossa vaidade, nossa ânsia de liberdade Todavia, em todo lugar onde haja pessoas relacionando-se, partilhando de algo em comum ou, simplesmente próximas, existem deveres de uns para com os outros.

É a conscientização desse dever de e para com que consideramos fundamental para quem está iniciando – e a maioria de nós está – sua transformação íntima.

Enquanto não conquistarmos o ideal de amar ao próximo como a nós mesmos, o que nos levará a querer e fazer a ele tudo e somente o que queremos para nós, o cumprimento dos deveres é um importante passo para nosso crescimento espiritual.

Na actualidade, em consequência do reconhecimento e aceitação da lei divina de que somos todos iguais nos direitos e que ninguém pode dominar ou subjugar o outro (homem, grupo ou nação), talvez seja necessário dar ênfase mais acentuada aos direitos de cada um.

Devemos sim, insistir no trabalho de respeito a eles em qualquer lugar, em qualquer situação, seja esse um quem for.

Todavia, parece-nos que, em virtude da dificuldade e da má vontade dos homens na vivência desse respeito e, consequentemente, da necessidade da defesa desses direitos, talvez estejamos nos esquecendo que os direitos estão relacionados com os deveres.

E muitas vezes, os que mais gritam pelos seus direitos, não cumprem seus deveres ou se esquecem de que estes também existem.

A nosso ver, o dever de e o dever para com são também conquistas do homem civilizado.
É o reconhecimento de que somos todos iguais perante a lei, assim como o somos perante Deus.
Estamos todos envolvidos em um mesmo processo de evolução individual e colectiva.

Há várias formas de dever, tão bem descritos por Léon Denis no livro “Depois da Morte”:
o dever para com Deus, na busca do conhecimento de suas leis e no esforço de sua prática;

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 10:04 pm

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dever para consigo mesmo, que consiste no respeito a si próprio em governar-se com sabedoria e em querer sempre o que for útil, bom e belo;

o dever profissional, que exige o cumprimento consciencioso das obrigações, das funções exercidas;
os deveres familiares, que quanto melhor compreendidos e cumpridos, concorrem para que a família seja de facto, um núcleo facilitador do desenvolvimento do amor entre seus membros, irradiando-se para a comunidade.


Há tantos deveres...
Nem sempre percebidos, analisados, compreendidos e cumpridos.

Porém, quanto mais evolui o homem em inteligência e moralidade, mais vai valorizando os deveres e mais ele os realiza com prazer e desprendimento.

Enquanto existir em nós orgulho e egoísmo que nos impedem de amar verdadeiramente, os deveres aceitos e cumpridos auxiliam-nos (e quanto!) no desenvolvimento do amor em nós.

Não me recordo se foi Emmanuel ou André Luís que escreveu em uma de suas mensagens, que o dever nos faz parecer melhores do que somos.

Cumprindo nossos deveres, mesmo os que consideramos menos agradáveis ou mais difíceis, aproximamo-nos mais das pessoas, o que nos leva a conhecê-las melhor e, conhecendo-as com suas qualidades e defeitos, percebemo-las iguais a nós, almejando também paz e felicidade.

Quantas vezes questionamo-nos através de acções positivas ou negativas de outras pessoas, constactando em nós defeitos ou qualidades até então não percebidas!

E nesse exercício, vamos nos conhecendo melhor e com mais facilidade desenvolvendo as qualificações intelectuais e morais que nos tornarão um dia, Espíritos sábios e bons.

No esforço do cumprimento dos deveres diversos, vamos desenvolvendo a disciplina, sem a qual nenhuma conquista se faz, visto que ela se relaciona, intimamente, com a vontade.

Ter disciplina, ser disciplinado implica no uso da vontade de querer conseguir algo.

Esforcemo-nos pois, em cumprir bem todos os nossos deveres, com discernimento e disciplina afim de que, num dado momento, nos percebamos realizando-os com alegria e prazer.

Mais tarde - a auto-educação é lenta-, em novo estágio, eles deixarão de ser deveres para serem acções espontâneas do amor em nós.

Parodiando André Luís em Sinal Verde, terminamos estas considerações:
Quando o homem cumpre seus deveres com alegria, eles se transformam na alegria do homem.

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O Coordenador de Grupo

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Dez 15, 2011 10:06 pm

Joanira Necas Soares

Nas casas espíritas as actividades estão divididas em grupos, que atendem às necessidades imediatas dos trabalhadores em tempo, (disponibilidade de dia da semana, horário), afinidade com as tarefas e com os participantes dos grupos, etc.

Cada grupo tem, (ou deveria ter) um coordenador, que em suas atribuições doutrinárias tem como responsabilidade orientar e estimular a participação dos companheiros nas actividades gerais do Centro Espírita, bem como criar programas de estudo que permitam o progresso e o desenvolvimento da equipe como um todo, dentro dos parâmetros da Doutrina Espírita.

É dever do coordenador articular os grupos, manter a organização, a ordem, a disciplina, zelar pela pureza doutrinária, cumprir o regulamento e conhecer o Estatuto da casa espírita em que trabalha;
estimular os participantes à contribuição natural e espontânea no Movimento Espírita;

criar método de trabalho que permita o desenvolvimento integral do grupo numa visão nova, dentro da construção do conhecimento espiritual que desponta a cada nova tarefa executada com amor e responsabilidade.


O coordenador deve se encontrar incorporado ao todo, ele não é parte isolada do grupo, não está acima de ninguém, é um servidor como qualquer outro, que assumiu uma responsabilidade maior;
daí, portanto, não tem o direito de mandar ou exigir, tem o dever de expor, reflectir e compreender junto com seus pares tudo que possa contribuir para um bom desempenho doutrinário.

Coordenar um grupo deve ser tarefa de alguém que tenha condições de responder em assiduidade, responsabilidade perante os companheiros;
que tenha um profundo conhecimento da Doutrina e que seja capaz de amar sem distinção.

Tem que ser alguém que pretenda contribuir com a Doutrina Espírita de forma integral, irrestrita.

Deveria ser alguém engajado no movimento espírita, que lidere de forma positiva e que seja capaz de estimular os companheiros a uma integração crítica e responsável como cidadão universal que somos.

O coordenador deve fazer uma ponte entre a directoria e os trabalhadores do Centro Espírita, trazendo aos grupos todas as informações da organização e administração;
deve estar em sintonia com os acontecimentos do movimento de unificação, divulgá-los e estimular a participação dos companheiros nos eventos gerais, para isto é imprescindível que ele também participe.

Enfim, quem ancora a coordenação de um grupo espírita, traz sobre si a imensa responsabilidade de desenvolver a contento as actividades doutrinárias.

Dos coordenadores depende o bom desempenho dos trabalhos do Centro Espírita e a imagem externa que se faz da própria Doutrina.

(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O Contraste

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Dez 16, 2011 10:55 pm

Nilza Teresa Rotter Pelá

Dois factos nos remeteram à reflexão do contido no comentário de Kardec na questão 685 de “O Livro dos Espíritos”, são eles:
a morte, por traficantes, de 35 cães em uma favela do Rio de Janeiro (os cães foram mortos porque ao latir, pela presença de estranhos, denunciavam à policia que os traficantes estavam lá escondidos) e o lamentável atentado ocorrido nos Estados Unidos da América.

Os dois factos foram amplamente divulgados pela imprensa, o segundo mais que o primeiro, sem dúvida tanto pela magnitude como pela relevância.

Em ambos um ponto comum;
a desconsideração pela dimensão do “outro”, o tentar alcançar seus objectivos mesmo que isto gere sofrimento e dor.

Dizendo por outras palavras completa deseducação que habilite o viver em sociedade de forma harmónica, pois isto só se torna possível quando a dimensão do outro é respeitada e no dizer de Kardec na citada questão 685:
“A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar.
Esse o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos.”


No mesmo comentário Kardec conceitua a educação moral como “a arte de formar caracteres…

Quando essa arte for conhecida, cumprida e praticada, o homem ocasionara no mundo hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os outros, de respeito por tudo o que é respeitável…”.


Léon Denis dedica a última parte de seu livro “Depois da Morte” ao que ele intitulou “O Caminho Recto” onde destaca a questão do egoísmo como a grande chaga da humanidade, o grande gerador das questões sociais, afirma que “todas as chagas morais são provenientes da má educação” e que a “educação baseada numa concepção exacta da vida, transformaria a face do mundo”.

Continuando em sua reflexão Léon Denis lembra que a nossa sociedade extremamente racional esqueceu-se do ideário feminino que são a paciência, a doçura e a bondade que representam os elementos dóceis e pacíficos da humanidade em contraposição da posse e do poder.

Concordando com o autor e, em nosso ponto de vista, o afastamento desses valores foi o erro do feminismo nascente que se consolidou com as grandes manifestações nas décadas de 50 e 60.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Dez 16, 2011 10:56 pm

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Hoje há uma intensa busca para o redescobrimento da feminilidade agora afastado da subjugação que evidencia que ser diferente não quer dizer ser inferior.

Interessante a figura usada pelas companheiras Fernanda Ripamonte e Dalva T. Sant’anna no artigo por elas publicado no nosso Jornal Verdade e Luz mês passado colando na figura da mãe no acto de maternar a essência da pedagogia espírita para o desenvolvimento humano.

A maternagem como acto de acolhimento e inclusão que não deve ser entendida como redoma que sufoca e delimita o campo de acção do outro, pois como muito bem lembra Léon Denis, no livro acima citado, os pais devem ter amor pelos filhos “mas amor isento de fraqueza porque a afeição demasiada está cheia de perigos”.

Onde o contraste do título, deve estar perguntando o leitor, o da proposta de solução que tem sido feito para os dois eventos que foram colocados no início, resolver as questões pelo uso da força e de retaliação com a proposta espírita do desenvolvimento humano que apregoa uma educação moral onde o indivíduo buscando transformar-se mudando o paradigma egoísta para a do amor fraterno vai proporcionar a justiça social.

Concluímos com o pensamento de Léon Denis:
“A causa do mal e seu remédio estão, muita vezes, onde não são procurados, e por isso é em vão que muitos se têm esforçado por criar combinações engenhosas.

Sistemas sucedem sistema, instituições dão lugar a instituições, mas o homem permanece desgraçado, porque se conservou mau.
A causa do mal esta em nós, em nossas paixões e em nossos erros.

Eis o que deve se transformar.

Para melhorar a sociedade é preciso melhorar o indivíduo;
é necessário o conhecimento das leis superiores de progresso e solidariedade…”.

Obs.: este artigo foi enviado em 15/09/2001, estamos orando pelos dirigentes das nações para que, por ocasião de sua publicação tenha sido encontrado uma solução pacífica.

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty O céu e o inferno - 136 anos

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Dez 16, 2011 10:56 pm

Em agosto de 1865, Allan Kardec lançava em Paris - França, o livro “O Céu e o Inferno” ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”.

Segundo as afirmações de André Moreil, um dos brilhantes biógrafos do Codificador do Espiritismo, o ano de 1865 foi um ano de várias conquistas para a doutrina.

Além do surgimento dessa obra básica que é “O Céu e o Inferno”, surgiram vários jornais espíritas que contribuíram para ampliar a divulgação do Espiritismo, entre eles:
“O Salvador do Povo”, “A Luz”, “A voz de Além Túmulo”, em Bordéus; “O Futuro”, em Paris; “O Médium Evangélico”, em Toulouse; “O Mundo Musical”, Bruxelas.
E, no Brasil, o “Eco d’Além Túmulo”, na Bahia.

Entretanto, foi o lançamento de “O Céu e o Inferno” que representou o acontecimento principal, pois, a partir deste facto, os conceitos espíritas sobre a imortalidade da alma ganharam nova dimensão e repercutiram na cultura da época, como um relâmpago iluminando inúmeros pontos obscuros e/ou mal interpretados pelas doutrinas ortodoxas.

Composto de 19 capítulos, “O Céu e o Inferno” expõe o exame comparado das doutrinas sobre a morte e vai além:
discorre sobre as penalidades e recompensas futuras;
aborda a questão dos anjos e demónios e tece vários comentários sobre as penas, culminando com a exposição de numerosos exemplos sobre a situação real da alma, durante e depois da morte física.


Ao lado dos demais livros da chamada Codificação Espírita estruturada por Allan Kardec, sob a orientação dos Espíritos Superiores, “O Céu e o Inferno” é uma obra de leitura obrigatória por todos aqueles que pretendam conhecer com mais profundidade o outro lado da vida corpórea, querem compreender como se processa a justiça divina e quão justa ela é.

Ao ler e assimilar o conteúdo do item “Código da Vida Futura” que integra o capítulo VII, dificilmente o leitor deixará de reflectir sobre as suas atitudes da vida presente e, como consequência, passa a descortinar uma nova perspectiva de vida, em busca da felicidade.

Allan Kardec termina assim este capítulo:
“Podendo o homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade”.

“A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: - tal é a lei da Justiça Divina”.

Vamos, pois, colocar “O céu e o Inferno”, no seu devido lugar:
nas feiras do livro, nas livrarias, nos estudos regulares nas casas espíritas, nas cabeceiras de nossas camas e, sobretudo, em nosso dia-a-dia.

Pense Nisso. Pense Agora.

(Jornal Verdade e Luz Nº 187 de Agosto de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Nossas testemunhas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Dez 16, 2011 10:57 pm

Leda de Almeida Rezende Ebner

Disse Paulo na sua carta aos hebreus (12:1) “(...) que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas (...)”

São elas encarnadas e desencarnadas.

As primeiras são nossos familiares, os que convivem connosco no lar, os companheiros de trabalho, os amigos, os vizinhos, que são protagonistas do nosso viver;
as testemunhas, que poderíamos chamar de ocasionais, que estão ao nosso lado na rua, no lazer, nos transportes colectivos, etc.

As segundas são ao Espíritos superiores, iguais ou inferiores a nós, que do plano espiritual nos observam, constantemente.

Dentre essas últimas, temos os adversários do progresso em geral, contrários às ideias e aos trabalhos em favor do bem e da melhoria dos homens;
os adversários particulares, nossos, a quem fizemos mal em vidas passadas ou nesta, que não nos perdoaram, buscando vingança e tentando prejudicar-nos.

Ambos nos vigiam, nos espreitam, induzindo-nos sempre que permitimos, pelos nossos sentimentos, emoções e pensamentos negativos, ao erro e ao fracasso.

Sentem-se felizes com nossas dúvidas, nossos medos, nossas fraquezas, influenciando-nos para a desistência do bem.

Temos também os Espíritos Protectores, que trabalham, incentivando os homens para o bem.
Muitos são amigos e parentes desta ou de outras vidas, que nos amam e desejam nosso aproveitamento nesta existência.

Alguns nos acompanham desde antes do nosso renascimento, procuram ampliar nossos recursos íntimos, socorrendo-nos sempre que permitimos em nossos equívocos e fracassos.

Quando o homem se dispõe a melhorar-se, a viver conforme as leis do bem, esforçando-se no entendimento das lições de Jesus, para vivenciá-las no dia-a-dia, essas testemunhas, as amigas e as adversárias mais o vigiam e o observam:
as primeiras para auxiliá-lo no evitar os equívocos, as quedas, estimulando o fortalecimento da sua vontade, da sua fé em Deus, nos homens e nele próprio.

Assim, se estamos rodeados de "uma tão grande nuvem de testemunhas”, precisamos vigiar e orar, como disse Jesus, para que atraiamos as que nos queiram ajudar, porque todas se aproximam de nós através do que sentimos e pensamos, ainda que não os transformemos em acção.

Por isso, se já tomamos a decisão de seguir os ensinos de Jesus, precisamos perseverar, apesar dos equívocos e das quedas, na vontade firme de vivenciá-los quotidianamente.

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Re: Estudos Avançados Espíritas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Dez 16, 2011 10:57 pm

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O espiritismo nos demonstra que o conhecimento de si mesmo é condição sine qua non do próprio desenvolvimento espiritual.

E para esse conhecimento não basta observar as acções, visto que o meio em que se vive, naturalmente, impõe limites a elas.

Conhecer-se a si mesmo é observar-se internamente, o que se sente e o que se pensa.

Joanna de Ângelis alerta-nos:
“Tem cuidado com as fontes do sentimento de onde brotam as boas como as más acções”.

Vigiemos pois, constantemente, o que sentimos diante de alguém ou de uma situação qualquer, a fim de perceber a origem dos nossos pensamentos, pois conforme sentimos assim pensamos.

Se as sensações forem agradáveis, entreguemo-nos a elas, agradeçamos a Deus pelas vibrações sentidas, gozemos dessa felicidade que nos fortalece a vontade no bem.

Se desagradáveis, busquemos perceber o que estamos sentindo.
Geralmente, percebemo-nos em sentimento negativo de raiva, de antipatia, desânimo, tristeza, etc.

Enfim, veremos que abrimos uma porta para que testemunhas adversárias venham nos perturbar.

Constatado isso, pensemos em Jesus, conversemos com ele, expondo nossas dificuladades internas, peçamos seu amparo para nós e para os que nos perturbam e, sentiremos vibrações harmoniosas envolvendo-nos, bem como sensações agradáveis substituindo as anteriores.

Agradeçamos a Deus e a Jesus, prometendo a nós mesmos mais esforço no bem, mais vigilância no sentir, pensar e agir.

E Joanna escreve:
“As tuas testemunhas, boas ou más, sempre estarão contigo, conforme a paisagem mental em que te firmes.

Se desejares ascensão, os teus Guias virão em teu socorro;
mas, se preferis as baixadas da ilusão, outros Espíritos te estimularão”.


Bibliografia:

* “Fonte de Luz” de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco - lição Consciência e Testemunhas.

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Melhorar para progredir

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 18, 2011 11:42 pm

José Argemiro da Silveira

“E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo sua capacidade...”
Jesus (Mateus, 25:5)

O Senhor da vida nos concede a todos talentos, ou seja, recursos para trabalharmos com eles e progredir.

Desenvolver nossas potencialidades, nossas qualidades.
Estas qualidades já estão em nós, em latência, precisam desabrochar, desenvolver.

Nosso trabalho visa esse objectivo, pois, desenvolvendo-nos, compreenderemos as leis divinas.

E vivendo em harmonia com elas seremos felizes.
Os talentos são distribuídos em quantidade desigual, mas “a cada um segundo sua capacidade”.

Estamos em diversos graus evolutivos, daí a capacidade também desigual, a diversidade de talentos.

Mas esta desigualdade é diferença de percurso, Partimos de um mesmo ponto, estamos subordinados às mesmas leis, e destinados ao mesmo fim, que é a perfeição relativa, e, consequentemente, a felicidade.

Afirma Emmanuel:
“Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador”.

O mar é imenso.
Mas se formos ali pegar água, cada um pegará conforme o tamanho de sua vasilha.

Se não recebemos recursos mais expressivos do Criador é porque ainda não ampliamos nosso recipiente.

O próprio Emmanuel alerta para não nos perdermos em lamentações, nem anular nosso tempo com queixas.

Muitas vezes suspiramos por tarefas de amor, mas nos entregamos à aversão e à discórdia.
E outros sonham servir à luz e se deixam ficam nas trevas da ociosidade e da ignorância.

Geralmente atribuímos a outras pessoas a causa de nossas dificuldades, de nossas aflições.

A pessoa acha que sofre devido aos defeitos morais de parentes, de vizinhos, de companheiros de trabalho, do governo, enfim males de muitas origens, quando, na realidade, a causa de tudo está em nós.

As dificuldades, ou o que chamamos de sofrimento, seja ele físico, moral, ou carências diversas, chegam até nós conforme nossas necessidades de aprendizado, nossas carências evolutivas.

À medida que compreendermos as leis divinas, afeiçoando-nos a elas, vivenciando-as, tudo se soluciona, paulatinamente, porque aprendemos lidar com as referidas dificuldades.

Daí a frase de André Luiz:
“À medida que melhoramos nosso mundo íntimo, tudo melhora em torno de nós.”

Não é que a situação externa se modifique para melhor.
Nós que passamos a ver esse mundo de fora com outros olhos.

A pessoa mesquinha, atrasada, egoísta, maledicente, só vê esse tipo de coisa nas outras pessoas, pois ela não tem capacidade de perceber o altruísmo, generosidade, grandeza de alma.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 18, 2011 11:43 pm

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Da mesma forma que alguém que não conhece música não consegue apreciar um concerto, a boa música, também para percebermos o bem, a bondade, a beleza de carácter nos outros precisamos edificar essas qualidades em nós.

Allan Kardec, na questão 619, de O Livro dos Espíritos perguntou se Deus proporcionou a todos os homens os meios de conhecerem a sua Lei.

Resposta:
todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os que melhor a compreendem são os homens de bem e os que desejam pesquisá-las.

Mas todos um dia a compreenderão.
Os homens de bem são os que melhor compreendem as Leis Divinas porque já evoluíram um tanto, já aumentaram seu recipiente, para compreender a Lei.

Não há privilégios na obra do Criador.
Dessa resposta se infere que essa compreensão só pode ocorrer ao longo do tempo, em muitas existências, pois numa só é evidente que isto não se realiza.

Também se diz, no mesmo livro, questão 621, que a Lei de Deus está escrita na consciência do ser humano.

Se a Lei está em nossa consciência, porque a diversidade no modo de entendê-la?

Porque uns tem uma consciência tão sensível, exigente, que cobra por qualquer falta praticada, enquanto outros defraudam, praticam crimes, cometem as mais sérias transgressões à lei, e, ao que parece, suas consciências não os acusam?


A resposta para o facto está nos graus diferentes de despertamento da consciência.

De facto a Lei de Deus está escrita na consciência, mas esta reflecte o estágio evolutivo da criatura.
Há consciências adormecidas, semi-despertas, despertas, e lúcidas.

Um espelho coberto de lama não reflecte a luz.
A medida que limpamos sua superfície, irá reflectindo a luz.
Quanto maior for a parte da superfície limpa, maior a quantidade de luz reflectida.

Nossa consciência seria esse espelho, que vamos livrando da sujeira pela evolução, e a medida que ele se torna limpo, reflecte a luz, que é a verdade, o amor, ou seja, a lei divina.

O bem-estar íntimo, a paz, o sentir bem que todos desejamos vai sendo conseguido a medida que realizamos nossos ideais, de libertação e aperfeiçoamento.

Para conseguir esse grande bem, elucida-nos Emmanuel:
“Se te afeiçoas aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica.

Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um”
[1]

1 - Palavras de Vida Eterna, cap. 7 - Psicografia de Francisco C. Xavier

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Mecanismo da evolução

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 18, 2011 11:44 pm

José Arge

“Não andeis solícitos pelo que haveis de comer e de vestir - procurai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo”
- Jesus

As palavras acima, no entender do homem prático, inexperiente das questões espirituais, pouco afeito ao estudo das questões do Espírito, parecem expressão de um grande idealismo, mas sem sentido para a vida quotidiana.

E, aparentemente, tem razão em não aceitar esse idealismo espiritualista, pois vemos todos os dias que essa focalização unilateral da consciência espiritual não realiza as coisas materiais das quais temos incessante necessidade.

Raciocina a pessoa envolta em dificuldades de toda ordem (o pagamento do aluguer, a aquisição dos bens necessários à sobrevivência, enfim necessidades de todo tipo) e conclui que o mais urgente, o que resolve, é atender aos deveres da vida material.

Há também infinidade de casos de pessoas que não foram previdentes, não planearam suas vidas, não cuidaram das provisões necessárias, e quando vem a dificuldade, como doenças, idade avançada, etc., sofrem falta de recursos para atendimento dessas necessidades.

Em consequência, muitas vezes, passam a depender de terceiros (parentes, ou amigos), ou passam a sobrecarregar a economia social.

Reflictamos, pois, nos ensinos de Jesus.
Ele não nos recomenda o desleixo, o não cumprimento de nossos deveres no plano físico.
E sim nos esclarece que não devemos cuidar, somente, das necessidades do corpo.

Mas isto não implica em ser imprevidente.
Pouco cuidadoso no cumprimento dos deveres da vida humana.

Em outra oportunidade, perguntado, Jesus respondeu que se deve “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, ou seja, devemos atender aos deveres materiais sem descurar dos deveres espirituais.

A recomendação para buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus nos alerta que os valores espirituais estão acima dos valores materiais, mas não são os únicos.

Enquanto estamos no plano físico, precisamos atender as necessidades deste plano, sem descuidarmos dos deveres espirituais.
Mesmo porque atendendo as tarefas do campo material, o Espírito está realizando sua evolução.

Quando a pessoa se prepara para a vida profissional;
quando procura desempenhar bem seus deveres no trabalho, na família, na sociedade está realizando seu aprendizado, seu desenvolvimento espiritual.

Entretanto, poucos tem consciência de que é um Espírito, vivendo temporariamente na Terra, e que ao voltar para a vida espiritual só levará consigo o que aprendeu, as experiências, e o resultado de suas acções.

A grande maioria se ocupa quase exclusivamente nas questões materiais, atribuindo a estas o primeiro lugar na escala de valores.

Daí, o alerta do Mestre:
O mais importante é o Espírito.
Buscar sua evolução e viver de acordo com as leis divinas é a finalidade da vida.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 18, 2011 11:44 pm

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E quanto aos que se dedicam aos interesses do Espírito, através da oração, do estudo e da prática do bem, será que os bens materiais para atendimento de suas necessidades vem como consequência?[/i]

Para compreendermos esta questão lembremos que somos um Espírito animando uma carne.
E que todas as nossas necessidades estão relacionadas com a carência de evolução espiritual.

À medida que resolvemos o problema do Espírito, pela educação, pela evolução, todos os outros problemas vão se solucionando naturalmente.

Os outros problemas existem para impulsionar a evolução espiritual.
A própria existência no plano físico, e as dificuldades a ela ligadas, são inerentes à necessidade de desenvolvimento espiritual.

Uma vez desenvolvidas as potencialidades do Espírito, realizada a perfeição relativa que ele é capaz, não terá mais necessidade de reencarnar, o que só o fará no cumprimento de missões, ou seja de tarefas importantes a benefício do seu próximo.

Portanto, quando o Espírito atingir essa condição, não haverá mais dificuldades de ordem material, ou outra qualquer, pois, conhecendo plenamente as leis de Deus, e vivendo em total harmonia com elas terá uma vida plena.

Huberto Rohden, no livro “Educação do Homem Integral” conta do espanto de certos indianos primitivos das montanhas quando, em casa de um missionário americano, viram “sair água da parede”.

Eles, os nativos, só conheciam água a sair da terra, no meio das montanhas ou nas florestas.
E agora, como é que água sai de uma parede seca?

É o caso de todos os profanos inexperientes:
enxergam o trecho final do conduto, nada sabem do trecho inicial, de alguma nascente distante, que nunca viram.

O homem profano sabe que o pão vem do cereal e de outros produtos da terra;
sabe que esse cereal tem de ser plantado num solo fértil.

Mas o que há além do cereal e do solo?
Será que nesses factores visíveis e imediatos está a primeira origem do pão?


“Quando o homem descobre que há uma Fonte perene para além de todos os seus canais intermitentes, que essa Fonte perene é inesgotável e flui dia e noite, então não há nenhuma necessidade de que o homem deite água nos encanamentos das suas previdências humanas, porque descobriu a Fonte da Previdência divina;
descobriu a Fonte Absoluta para além de todos os seus canais relativos.

E, uma vez ligado à Fonte perene do Infinito, o canal finito, pode o homem viver na certeza de que nunca faltará água na torneira.

E, pela primeira vez, compreende o homem que o “reino de Deus e sua justiça” é a Fonte perene do Absoluto e Infinito, e que “todas as outras coisas”, todas as necessidades da sua vida material, fluem espontaneamente dessa Fonte”.

(Jornal Verdade e Luz Nº 187 de Agosto de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Linguagem e evolução

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 19, 2011 10:52 pm

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos¹ destaca o papel de grande importância da linguagem para o desenvolvimento da espécie humana, e do próprio Espírito, pois além de permitir a comunicação e permuta de experiências entre os homens, é instrumento necessário para a fundamentação do pensamento contínuo, pela formação de conceitos e indagações, enfim, é parte fundamental daquilo que diferencia os homens dos animais.

Curiosamente, recentes estudos na área de Educação Infantil, principalmente na Psicologia, têm valorizado a linguagem (verbal, gestual, gráfica, etc.) não mais só como manifestação de um pensamento já pré-formado, mas como um instrumento do pensamento, que fornece conceitos e formas de organização do real.

Nosso próprio pensamento verbal (aquela fala interna, que não para um instante) seria construída a partir das experiências da linguagem social.

Tudo começa com a necessidade de intercâmbio social, que é uma das funções básicas da linguagem:
O Homem cria e usa sistemas de linguagem para se comunicar com seus semelhantes.

Isto é bem visível na criança pequena que está aprendendo a falar:
não sabe ainda articular as palavras, nem consegue compreender o significado preciso daquelas utilizadas pelo adulto, mas consegue comunicar seus desejos e estados emocionais.

A necessidade de comunicação é que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da linguagem².

Paralelamente, à medida em que a criança começa a articulação das palavras, ela vai fazendo a organização e orientação do pensamento.

Segundo Davis e Oliveira, “quando a criança começa a designar objectos e eventos do mundo exterior em palavras isoladas ou combinações de palavras, está discriminando esses objectos, está prestando atenção em suas características, podendo guardá-las na memória.

Com isso a criança está livre do aqui-e-agora:
pode, com ajuda da linguagem, relembrar situações passada e prever eventos futuros.
Pode lidar com objectos, pessoas e fenómenos do ambiente, mesmo quando eles não se encontram presentes.

A linguagem permite, assim, que o ser humano se distancie da experiência imediata, facto que assegura o aparecimento da imaginação e do acto criativo”³.

Talvez possamos aprender alguma coisa sobre educação infantil, e sobre a própria evolução do Espírito, permitindo-nos um paralelo entre o desenvolvimento do ser humano (ontogénese), com o desenvolvimento da espécie humana (filogénese), mostrado de forma tão grandiosa por André Luiz, no Evolução em Dois Mundos¹.

Neste texto ele fala da transformação do homem das cavernas, e de como a linguagem foi fundamental neste processo:
“Pela compreensão progressiva entre as criaturas, por intermédio da palavra que assegura o pronto intercâmbio, fundamenta-se no cérebro o pensamento contínuo e, por semelhante maravilha da alma, as ideias-relâmpagos ou as ideias-fragmentos da crisálida de consciência, no reino animal, se transformam em conceitos e inquirições, traduzindo desejos e ideias de alentada substância íntima.

(…) Os porquês a lhe nascerem fragmentários, no íntimo, insuflam-lhe aflição e temor.
(…) Entre a alma que pergunta, a existência que se expande, a ansiedade que se agrava e o Espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura, esboça-se imensa luta.

Continua...


Última edição por O_Canto_da_Ave em Seg Dez 19, 2011 10:55 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 19, 2011 10:52 pm

Continua...

O homem que lascava a pedra e que se escondia na furna, escravizando os elementos com a violência da fera e matando indiscriminadamente para viver, instado pelos Instrutores Amigos que lhe amparam a senda, passou a indagar sobre a causa das coisas…

(…) A ideia de Deus iniciando a religião, a indagação prenunciando a filosofia, a experimentação anunciando a ciência, e o instinto de solidariedade prefigurando o amor puro, e a sede de conforto e beleza inspirando o nascimento das indústrias e das artes, eram pensamentos nebulosos torturando-lhe a cabeça e inflamando-lhe o sentimento

(…) (O Homem) aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria consciência.


Foi, então, que, em se reconhecendo ínfimo e frágil diante da vida, compreendeu que, perante Deus, seu Criador e seu Pai, estava entregue a si mesmo.

O princípio da responsabilidade havia nascido.

(…) Todavia, com o advento da responsabilidade, que o separara da orientação directa dos Benfeitores da Vida Maior, entregou-se o homem a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito.

No regime interior de Livre Indagação, conferia asas audaciosas ao Pensamento, e, com isso, mais se lhe acentuava o poder de Imaginar.”¹

Da mesma forma que, num momento da evolução do humanidade, lá na Pré-História, os porquês nasciam fragmentários, e foram servindo para que o Homem se percebesse como gente, Espírito imortal responsável por seus actos, a criança encarnada retoma este momento, tão necessário, também tendo sua fase dos porquês, de busca de entendimento e de construcção da sua própria personalidade e de seu futuro.

Se é tão importante, então, que a criança ou pessoa faça uso da linguagem para seu desenvolvimento, qual seria o nosso papel de educadores, pais, evangelizadores, professores?

Faz-se necessário dar condições para que surjam diálogos, oportunidades da criança contar acontecimentos, mesmo que tenham sido vivenciados juntos, perguntar, ouvir, criar situações imaginárias, hipóteses, etc.

Tudo isto representa não só um exercício mental para a criança, mas a própria construção da sua ideia sobre o mundo e sobre si mesma.

É importante ainda estimulá-la a questionar, perguntar, indagar sobre tudo.

E tal processo de construção e crescimento não tem fim, tanto em termos de desenvolvimento da humanidade quanto de cada um de nós.
Ainda estamos em pleno momento de indagar, questionar, perguntar, trocar e crescer juntos.

A linguagem continua como base, fundamental para as ideias, construções, indagações, questões, trocas, reflexões, levando-nos pelo caminho da evolução. Saibamos aproveitar esse instrumento!

Bibliografia:

* (1) Evolução em Dois Mundos, André Luiz, Edicel, 1981
* Vygotsky; Marta Kohl de Oliveira, Scipione, 1993
* Psicologia na Educação, Cláudia Davis e Zilma de Oliveira, Cortez, 1992

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Ide, ensinai a todas as nações

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 19, 2011 10:56 pm

Domério de Oliveira

Achando-se a um passo da sua transmigração para as Esferas mais altas da Espiritualidade, Cristo, no Cenáculo, reuniu os seus Discípulos e disse-lhes em tom imperativo:
“Portanto, ide e ensinai a todas as nações.
Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”

(S. Mateus - 28:16-20)

Meus amigos, neste ângulo, sentimos a importância que o Mestre dava ao seu Evangelho.
Sabia, intuitivamente, que as sua Palavras, através dos Evangelhos, haveriam de mostrar o verdadeiro caminho para todas as criaturas.

Assim, os Discípulos saíram pregando a Palavra do Mestre.
Eles revelavam Cristo, em todos os momentos.
Sim, os Discípulos do Mestre pregavam e exemplificavam..

Antes do dia de Pentecostes reuniram-se e tiraram dentre Eles todas as desinteligências.

Estavam imbuídos de um mesmo sentimento.
Acreditavam e tinham a plena certeza de que o Mestre estaria sempre com Eles.

Sentiam, assim, os Discípulos que o Evangelho devia ser levado até aos confins da Terra.
Para desempenhar esta tarefa tão ampla, os Discípulos do Mestre, por certo, recebiam as Energias da Espiritualidade.

O Apóstolo Paulo, podemos considerá-Lo, um Verdadeiro Gigante, quando nos legou as suas 14 Epístolas.
Sabemos o quanto sofreram os Discípulos do Mestre, mas não arredaram um só pé da nobre missão de levar avante as luzes do Evangelho.

E, graças aos trabalhos dos Discípulos e dos Evangelistas, hoje, temos o Evangelho do Mestre nas leiras de Luz do nosso Evangelho Segundo o Espiritismo.

Para mim, o Livro de Cabeceira, de leitura diária obrigatória.
O Espírito da Verdade, em síntese, ratificou aquele nobre propósito do nosso Mestre Jesus no sentido de levar o seu Evangelho “a toda criatura”.

Ao prefaciar o Evangelho Segundo o Espiritismo, disse-nos o Espírito da Verdade:
“Os Espíritos do Senhor, que são as Virtudes Celestes, qual exército imenso, apenas recebida a ordem, espalham-se sem vacilar sobre toda face da Terra e, semelhantes a estrelas que caem do Céu, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos”.

Colhemos nestas Palavras do Espírito da Verdade, a disseminação do Evangelho “por sobre todas as nações”.

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 19, 2011 10:56 pm

Continua...

Assim, percebemos, que os Ensinamentos do Mestre vão penetrando os lares e os corações.
As diversas correntes religiosas procuram divulgar o Evangelho do Mestre, Consideramos missão sublime a dos nossos Evangelizadores.

Esses nossos irmãos não desanimam e levam avante o nobre Ideal.
Só mesmo aqueles nossos irmãos mais empedernidos, mais entranhados nas coisas da matéria, que têm olhos mais não querem enxergar, recusam-se a aceitar as Verdades do Evangelho.

Mas, um dia, quando a dor bater às suas portas, por certo, eles tomarão um outro caminho e se aproximarão dos Sábios Princípios Evangélicos.

Meus amigos, os Evangelizadores têm um mérito maravilhoso: não se perdem nas especulações estéreis.

Confiam nos Ensinamentos do Mestre e não se afastam das linhas das Verdades Evangélicas.

No seu Evangelho, através das suas Palavras, nosso Mestre, claramente, teve por objectivo tornar os homens mais puros e santificados.

Nestas circunstâncias, meus amigos, batalhemos unidos.
Alimentemos a esperança de que algumas sementes que lançamos haverão de germinar.

Sim, uma só semente que germine, em terreno fértil, haverá de produzir abençoados frutos.

Meus amigos, quão suaves são aquelas palavras que anunciam o Bem, que fazem germinar as Boas Obras e que levam o homem a ser mais fraterno.

Sim, estas palavras, por certo, nós as encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo.

Nestas circunstâncias, o Evangelho é roteiro seguro para a nossa caminhada aqui neste nosso plano de provas, abrindo-nos cancelas luminosas para a nossa vida espiritual.

Se um dia, eu tivesse que viver isolado, numa ilha, e para lá não pudesse levar minha biblioteca, um único Livro eu levaria:
“O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”.

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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Estudos Avançados Espíritas - Página 14 Empty Fases históricas do Espiritismo

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Dez 20, 2011 9:38 pm

Amílcar Del Chiaro Filho

Quando Allan Kardec desencarnou, em 31 de março de 1869, deixou uma doutrina fortemente embasada na ciência e na filosofia, com consequências religiosas.

Foram quase 15 anos de labor constante, investigações profundas e ilações filosóficas, a par das experimentações exaustivas.

Não sendo ele próprio médium, na acepção que damos a esse termo, serviu-se de outras pessoas mediunicamente capazes, como o pesquisador se serve do microscópio e o astrónomo do telescópio para as suas investigações.

Com a base Kardequiana, e sem a sua presença, o Espiritismo passou por novas fases, retraindo-se em alguns lugares para expandir-se em outros.

Amélie Boudet, a sua extraordinária esposa, actuou firmemente para manter as directrizes espíritas de Kardec.
Sem o extraordinário líder, os ataques recrudesceram.

O episódio das fotografias transcendentais, acolhidas pela Revista Espírita, em que um retratista apregoava que ao fotografar uma pessoa, aparecia na foto parentes falecidos da pessoa retratada, levou Pierre Gaetan Lemarrye, então director da Revista, as barras dos tribunais.

Madame Allan Kardec citada como testemunha, enfrentou com galhardia um juiz faccioso, que antecipadamente já condenara o réu, exigindo respeito aos seus cabelos brancos e à memória de seu esposo.

Nesse ínterim, começa a surgir a figura gigantesca de Léon Denis, como a maior liderança mundial do Espiritismo

Bélgica, Portugal e Espanha são campos férteis para a propagação da Doutrina Espírita, mas já no século XX - as duas nações ibéricas são submetidas à ditaduras atreladas ao clero, e o Espiritismo é colocado na clandestinidade.

O Continente Europeu que já sofrera com a primeira guerra mundial, sofre novo e terrível golpe com a Segunda Grande Guerra, ainda mais cruel que a primeira. O nazismo provoca o holocausto de milhões de judeus, e a fé religiosa esfria.

O ateísmo ganha terreno e o Espiritismo fenece.

Contudo, viceja nas Américas, especialmente na Argentina, Cuba, mas especialmente no Brasil.
Porém já não é o mesmo Espiritismo científico e filosófico, mas principalmente religioso.

O carácter religioso do povo brasileiro é o adubo nas raízes da Doutrina.
Ela sobrevive ao Estado Novo, ao escárnio da ciência psiquiátrica e ao clericalismo das igrejas católica e protestante.

Lá nos seus alvores, um apêndice incómodo, o Roustanguismo, insere-se artificialmente na Doutrina Espírita, defendida pela mais importante instituição doutrinária.

Porém, parte do movimento resiste e surge lideranças extraordinárias como Herculano Pires, Deolindo Amorim, Carlos Imbassahy e muitos outros.

A mediunidade abençoada de Francisco Cândido Xavier traz as nuances da fé, do amor ao próximo, e aprofunda ainda mais o sentido religioso.
Emmanuel dá directrizes e cores francamente religiosas ao Espiritismo brasileiro.
Ele passa a ser uma religião, embora diferente, sem cultos ou sacerdócios.

Agora, com a idade de Francisco Cândido Xavier e o seu iminente retorno à pátria espiritual, muitos procuram nos horizontes do movimento, um novo líder.

Acreditamos que esta procura é vã, pois entraremos numa nova fase, a da responsabilidade colectiva.

Qual será a fisionomia do Espiritismo após Chico Xavier?

Parafraseamos Léon Denis:
O Espiritismo será aquilo que dele os espíritas fizerem.

(Jornal Verdade e Luz Nº 189 de Outubro de 2001)

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