LUZ ESPÍRITA
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TECLA, A Primeira Mártir do Cristianismo - Irmão José /Carlos A. Baccelli

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TECLA, A Primeira Mártir do Cristianismo - Irmão José /Carlos A. Baccelli - Página 7 Empty Re: TECLA, A Primeira Mártir do Cristianismo - Irmão José /Carlos A. Baccelli

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 04, 2018 10:13 am

A referida Instituição, segundo Tecla observou, prolongava-se do Infinito para a Terra, e vice-versa, sem que, contudo, ela mesma conseguisse atinar sobre que extremidade os seus alicerces, verdadeiramente, se apoiavam.
Notou, no entanto, que, quanto mais se aproximava da Crosta, mais a "Casa" perdia em luminosidade, ganhando, porém, em intenso trabalho de enfermagem junto às centenas e centenas de espíritos que estavam deixando o corpo, vítimas das perseguições com que as Trevas procuravam apagar qualquer rastro de luz que o Cristo havia deixado no mundo.
Olhando para um canto da Instituição, Tecla observou dois espíritos encolhidos, quase imersos na completa escuridão que irradiavam de seus corpos espirituais.
Ali, ninguém estava a conversar inutilmente.
Simão e Paulo, assim como Estêvão e Abigail, se inclinavam sobre leitos improvisados para socorrer entidades que tinham os seus corpos lacerados e que, sem maior consciência do que lhes houvera sucedido, clamavam por água e pão.
Tiago, o filho de Alfeu, habituado a viver mais no mundo das ideias, abandonara, por sua vez, os próprios excessos teológicos e dispusera-se ao amparo de um casal de jovens que ainda pareciam debater-se entre os afiados dentes dos leões africanos que os haviam atacado na arena.
Sem vacilar, Tecla avançou na direcção dos espíritos que, envergonhados de algo, pareciam ocultar a própria face de quem os pudesse identificar.
— Meus irmãos! - disse-lhes ela, um anjo a se colocar de joelhos diante da miséria humana.
Nada temam! Esta casa pertence a Jesus, cuja misericórdia sempre nos alcança!...
Então, um dos vultos sombrios, que permanecia de rosto escondido entre as esqueléticas mãos espalmadas, levantou, timidamente, os olhos encovados e, de inesperado, num misto de dor e loucura, desferiu um grito:
— Tecla!...
Era Teóclia, sua mãe, que, com Mésimo, seu pai, ali fora bater às portas daquela casa de caridade - o único reduto que, naquelas regiões espirituais, os espíritos carentes tinham para recorrer, nas proximidades do Orbe.
— Minha mãe! - exclamou a Mártir, segurando a forte emoção que a possuía naquele instante.
— Filha! - disse Mésimo em seguida, quase a ensandecer-se de todo.
Minha filha!
Estamos perdidos - eu e sua mãe estamos perdidos!...
— Não, meu pai! - redarguiu Tecla, acariciando-lhes as faces.
Ninguém jamais se perde do Amor de Deus!...
E, sustendo os genitores em seus poderosos braços espirituais, que sobre eles se estenderam como se fossem duas asas, Tecla os conduziu ao leito mais próximo, num dos extensos pavilhões da "Casa", repleto de macas estendidas ao chão, no acolhimento amoroso aos necessitados de todas as procedências.
Teóclia e Mésimo haveriam de preparar-se, porque, durante ainda muito tempo, o Cristianismo precisaria de espíritos que, em busca da quitação de seus débitos perante a Lei, estivessem dispostos a voltar à Terra, a fim de que, no testemunho da fé, fossem capazes de viver e de morrer pela Causa do Evangelho!...

§.§.§- Ave sem Ninho
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