LUZ ESPÍRITA
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Materialização de espíritos - Paulo Roberto Martins

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 02, 2013 10:05 am

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EDITORIAL

É com alegria no coração que depositamos nas mãos dos nossos queridos leitores o segundo número desta publicação.

Nosso objectivo é fazer conhecidos os resultados – tanto os positivos como os negativos – do trabalho levado a efeito pelo nosso grupo, na pesquisa em busca do esclarecimento das questões espirituais, trabalho esse orientado por entidades em cujas mãos se encontram programas de desenvolvimento subordinado a mútuo esforço.

Assim sendo, não prosseguimos na abundante transcrição de matéria de outras fontes, recurso que julgamos necessário apenas no número inicial, quando desejamos deixar claro que os fenómenos que a bondade divina nos proporcionou testemunhar vêm sendo estudados há bom tempo, em todos os seus aspectos, por muitas e respeitáveis pessoas.

Continuamos, pois, a expor tudo quanto chegou até nós, tudo quanto foi visto e sentido pelo grupo.

Enfeixamos nesta Revista as atas das reuniões 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª, assinadas pelos Srs. e Sras. Amélia Bacchi, António Alves Feitosa, António Dionísio Cortez, António Lopes Raposo, António Parra filho, Bento Ferraz da Cunha, Carmen Cunha Nicoletti, Edward F. Cunha, Elias de Oliveira, Hernani Mendes Clare, José Luquetti Netto, Laurinda Esperança Lima, Maria do Carmo Elias, Maria Prazeres Cortez, Maura Alves, Nair do Amaral Cavalcanti, Renaldo Stérckele, Sónia Ribeiro, Waldemar Xandó de Oliveira, Zacarias José Elias e Zilda Ferraz da Rosa.

Dessas pessoas, algumas não assistiram a todas as reuniões ora apreciadas;
ou passaram a integrar o grupo no decorrer delas ou dele se afastaram em determinado instante, face à impossibilidade de estarem connosco em todos os momentos, por razões que cabem nestas linhas.

Deixaram-nos, todavia, levando nosso abraço carinhoso e permanecem em nosso coração.

Relativamente às actas, esclarecemos que não as estamos publicando na íntegra, como fizemos com a 1ª e com a 2ª, porque uma vez conhecido nosso modo de trabalho, como agora o é, acreditamos mais interessante para os leitores uma apreciação das actas naquilo que elas realmente tem de interesse geral.

Fugimos, assim, à transcrição minuciosa e cansativa;
à citação de questões de cunho particular de qualquer dos presentes;
á repetição monótona dos nomes dos participantes.

A leitura de tais actas, no silêncio propício à meditação, é de surpreendentes resultados para o estudante sincero e suficientemente disposto a abandonar o comodismo da estrada larga, em troca da análise no vasto terreno da espiritualidade.

De outro lado, avulta a valia da parte evangélica, e para ela remetemos também a atenção dos nossos leitores.
Aliás, nós encarnados nem sempre dispomos de abundante documentário fotográfico, falando-nos aos olhos, mas sempre a misericórdia do pai é pródiga em nos falar ao entendimento.

Destarte, que as bênçãos que jorram incessantemente do Alto sejam suficientes para clarear nosso espírito e abrir nosso coração à compreensão fraterna.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 03, 2013 10:30 am

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TERCEIRA REUNIÃO

Realizada em 27 de julho de 1961, contando com a participação dos médiuns António Alves Feitosa, Waldemar Xandó de Oliveira e Camen Cunha Nicoletti.
Iniciada às 20:00 horas.

Para efeito de documentário fotográfico foi posta em posição e testada a máquina fotográfica “Rolleyflex” 1:3:5, equipada com flash electrónico e munida de filme 120 comum, sob a responsabilidade de operação do Sr. António Lopes Raposo.

Nesta reunião, logo de início tivemos a presença do Espírito de irmão Adri Caramuru, cumprimentando-nos pela voz directa, desejando-nos a paz do Senhor e dizendo:
“Todos vós, meus filhos, vos encontrais na escola dos Espíritos para receber os ensinamentos que vos permitam superar as vossas próprias falhas.

Assim, muitos foram chamados e poucos serão escolhidos.

Hoje será dada oportunidade de focalização das vossas vibrações e todos aqueles que proporcionarem invasão serão separados, não pelos Espíritos, mas pelas suas próprias obras.

Tudo dependerá das vossas vibrações;
vós exigis muito dos Espíritos e duvidais dos amigos fraternos que vos foram dados pelo nosso Pai Celestial.

Assim, também, os Espíritos muito exigirão de vós, porque muito vos foi dado, em provas e manifestações, e vós ainda vos acomodais!

Meus filhos:
unificai-vos, para seguirdes os ensinamentos do Divino Mestre.
É para isso que os Espíritos se apegam a este recinto na obra da confraternização e da bondade.

De vós muito será exigido porque muito vos foi confiado, e tereis de representar a tábua dos mandamentos.

Portanto, António vai usar a máquina para fotografar-vos, para que possais verificar vossas falhas, que consistem em estardes impregnados dos sentimentos de orgulho, de vaidade e de maledicência.

Jesus demonstrou à humanidade o verdadeiro amor, o amor provado através do sofrimento e da resignação, e mesmo assim vós vos acomodais.

Em todos os sectores do Universo os Espíritos se manifestam para vos acariciar e orientar.
Assim, sois privilegiados e, embora atendendo, achais que os Espíritos não estão certos.

Lembrai-vos do mestre Jesus:
se todos aqueles que se aproximassem fossem castigados, o que seria de Jesus?
O que é do Espírito, dele é!

Logo, se tudo isso é pedido é porque recebeste o máximo.
Que Deus omnipotente seja luz para todos vós, e que vós não conteis os minutos em que aqui estais”.

Após essas palavras o Espírito determinou providências para a fotografia, cabendo-nos declarar que o resultado não foi satisfatório, embora esteja provado ser possível a obtenção de chapas de emissões mentais.

É importante consignarmos a afirmativa, feita nesse momento pela entidade, de que nos será propiciada oportunidade futura de documentar os Espíritos materializados imperfeitamente, por falta de harmonia absoluta do ambiente.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 03, 2013 10:30 am

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Aliás, podemos acrescentar que na reunião em foco, no momento de ser obtida a fotografia, não foi possível ao Espírito obter som de vitrola, pois, diante da expectativa da foto, as vibrações de todos emitiram fluidos magnéticos que actuaram sobre o mecanismo do aparelho, prejudicando-o, e embora lhes fosse possível efectuar o conserto, as entidades declararam que não o fariam porque isso seria contrário ao que lhes é normalmente permitido.

Dissemos, no editorial, que publicaríamos nossos sucessos e insucessos, estes, evidentemente, tributados às deficiências humanas, e os fazemos por entender que isto representa valioso aprendizado para quem desejar realmente acertar atitudes espirituais.

Nesta reunião, por exemplo, foram esquecidas três coisas importantes:
gravador, vitrola suplementar e violão.

Como resultado, tornou-se difícil a permanência dos Espíritos em nossa reunião, por falta de música (cujo valor reside em manter alto o valor vibratório, evitando dispersão de pensamentos), e a mensagem espiritual foi menos completa do que o seria se a tivéssemos gravado.

Superando, todavia, as dificuldades, irmão Adri ainda esteve presente bom tempo, orientando, confortando e mesmo despertando os médiuns para esclarecimentos, um dos quais, o Sr. Waldemar Xandó de Oliveira, manifestou-se impossibilitado de prosseguir.

Registamos ainda nesta reunião a autorização espiritual para o início, 20 dias após, em outro local de reuniões do Grupo, dos trabalhos em parafina.

Finalizando a reunião o Espírito de irmão Atanásio convidou-nos à reforma moral e à confraternização, utilizando-se também de voz directa.

As luzes foram acesas às 23:30 horas e o exame demonstrou que os controles dos médiuns estavam inalterados.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jul 03, 2013 10:30 am

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QUARTA REUNIÃO

Levada a efeito em 3 de agosto de 1961, funcionando como médiuns António Alves Feitosa e Carmen Cunha Nicoletti.

Iniciada às 20:00 horas, após leitura efectuada pelo Sr. Hernani Mendes Clare, com comentários a propósito da responsabilidade com quem devem arcar os que queiram ser espíritas, no cumprimento de sua tarefa em benefício da difusão e do progresso da Doutrina.

São as mesmas da reunião anterior as observações a respeito da máquina fotográfica.

Tivemos, na presente reunião, visitas espirituais materializadas, sob claridade.

Debaixo de piscar de luzes surgiu-nos Maria Isabel, dando alguns passos em nossa direcção, e depois mostrou-se uma entidade, encostada à grade da cabina, tendo na cabeça um capuz semelhante a um cone.

Após essa demonstrações tivemos a presença, com luz própria, colocada à altura do peito, de outros dois amigos espirituais.

Depois de batidas produzidas com o megafone e de palmadas desferidas no rosto dos médiuns, para a retirada de fluidos, irmão Adri Caramuru iniciou, pela voz directa, sua conversação connosco, dizendo:
“O resultado do exame de cada um de vós muitas vezes dificulta a caminhada fraterna, no objectivo amplo de ser encontrada a salvação.

Deveis compreender a harmonia que deve existir em vossos trabalhos, vós que procurais viver dentro dos conhecimentos da compreensão do Evangelho de Jesus;
é preciso que formeis um corpo eterno de unificação, de bondade, de amor, de perseverança e de tolerância, para que possais encontrar o objectivo, o porquê de aqui vos reunirdes.

Tendes de renunciar a todas as mazelas e cumprir os vossos mandatos, segundo as leis eternas dos ensinamentos do Cristo.

Assim, deveis compreender que é preciso haver unificação.
Quando vos disse que muito poderíeis obter dentro do campo científico, no esforço em vosso trabalho, na obra de cooperação de cada um, esclareci que necessário seria estar o corpo de colaboradores completo.

Continuai sempre;
esforçai-vos pelo cumprimento fraterno que iriam ser focalizadas vossas vibrações todos temestes e ficastes ansiosos para observar o que produziríeis.
Estais satisfeitos?”

O Sr. Clare comentou que não, porque nada pôde ser visto, mas o Espírito prosseguiu:

“O sentido espiritual, na maioria das vezes, apaga-se em face da vossa curiosidade, mas é assim mesmo.
Todavia, não desesperei;
ainda tereis de produzir muito, pois apenas estais no início.

Caminhai sempre, sem desespero, sem discórdia, sem desarmonia, para que possais chegar ao objectivo de observar vossa própria produção.

Se tivessem sido registadas vossas vibrações na fotografia muitos desertariam das responsabilidades, o afastamento iria causar grandes transtornos e sentiríeis revolta, por não compreenderdes o sentido amplo da Espiritualidade, e vós estaríeis em grandes dificuldades.

Nenhum de vós compreendeu ainda o que ensina a literatura espiritual.
Vede que Adri está observando todos os vossos esforços, registando vossas acções e fazendo um apanhado das vossas vibrações.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 04, 2013 10:45 am

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Um dia, será lida perante vós a acta das vossas produções.
Se em vós tudo desarmoniza, tudo dificulta, é devido ás vossas exigências, pois cada um constrói as suas dificuldades.

Os Espíritos não bateram à vossa porta para trazer as vossas responsabilidades;
vós criastes os problemas e marchais com eles.

Cada um constrói o seu templo, cada um tem de dar para receber.

Hoje venho orientar-vos mais uma vez:
tudo o que é prometido para vós terá de ser cumprido, mas é necessário que haja harmonia, sintonia, amor, ou seja, tudo que possa construir.

Todos observastes as dificuldades, mas, se fosse fácil, estaríeis tomando essa responsabilidade?”
A essa altura o Espírito conversou com o Sr. Clare, relembrando suas dificuldades, como discípulo, na Doutrina de Jesus.

Mencionou o Sr. Clare que depois de abraçar a Doutrina não mais teve repouso.

Prosseguiu irmão Adri:
“Só problemas, não é?

Cada um mais dificultoso que o outro, mas continui;
tudo isso representa vossa transfiguração.

É por isso que Jesus afirmava que seu reino não era deste mundo.
Para a libertação do Espírito a carne tem de padecer.

Desde que abraçais os problemas espirituais inicia-se a guerra entre o corpo material e o espiritual e a inteligência.

Se fosse fácil, grandes habitações divinas já estariam plantadas.

Vós, trabalhadores da Seara de Jesus, podeis observar:
muitos tabernáculos se abrem, muitos templos se apresentam, muitas manifestações de Espíritos ocorrem, mas a verdade ainda está bem longe, porque essas manifestações geralmente atendem ao objectivo criado pelo pensamento.

Aqueles que tem suas vaidades param, dando guarida aos Espíritos aproveitadores, que gostam de utilizar os templos.

Onde, porém, há interesse pelo estudo e não fazem questão dos minutos para as obras – cuja finalidade é iluminar as consciências – os vossos Espíritos constroem uma aura tão poderosa, tão fraterna que os Espíritos em desacordo com a verdade com o progresso e com o sacrifício não se manifestam, porque não acham guarida.

Adri repetidas vezes já vos falou que estais vivendo para a carne e não tirais um minuto, um segundo para alimentardes o espírito.

Nos momentos em que vos reunis, reclamais, e em verdade o que seria de vós, se os Espíritos não vos tolerassem?

Hoje, pois, os Espíritos responsáveis pela vossa melhoria, pelo vosso progresso estão vibrando para que supereis as dificuldades, essas barreiras amplas que vos perturbam para que não representeis o poder da verdade.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 04, 2013 10:45 am

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Clare, meu filho:
observastes quarta-feira, quando Adri estava orientando?
(o Espírito referia-se ao trabalho de parafina).

Adri falou da velocidade, que nem vós podíeis perceber, do trabalho dos vossos pensamentos.
Adri, para estar convosco, tira uma migalha de cada um;
quanto mais girais o vosso pensamento, mais dificultais a manifestação dos Espíritos, que trabalham ligados aos vossos cérebros.

Não percebeis que os Espíritos precisam bater nos próprios instrumentos?
Será que os Espíritos são maus?
Será que gostam de maltratar a criatura que já está sacrificada como prisioneira?

Não, meus filhos, é porque às vezes há decadência das vossas vibrações e então os Espíritos precisam realçar a corda mais positiva, extrair mais, o necessário para estarem convosco.

Quanto mais batem nos médiuns mais estes se esgotam, e quando não há necessidade disso é porque a reunião está harmonizada, com vibrações fraternas.
A caminhada é árdua e aquele que sentir o peso do madeiro e estiver cansado tem o seu livre arbítrio.

Adri não quer ninguém forçado nem cansado pela desarmonia de vós mesmos e lembra que cada um semeia e colhe segundo essa semeadura.

Muitas vezes um Espírito de grande evolução procura um médium cheio de defeitos e vícios, de maledicência e de despreocupação.
Porque? Porque o médium é devedor e precisa funcionar como intermediário.

Quantas criaturas há que se reúnem e falam em nome do Senhor quando aqui estão, e quando se afastam esquecem a responsabilidade porque a obra material lhes toma o tempo.

Amanhã, sendo chamados, continuarão vendendo, negociando, correndo em busca daquilo que não esqueceram.

A vida continua e tendes de superar tudo no objectivo da humildade, do amor, da perseverança, da resignação, da luta contra vós mesmos para que possais cumprir os mandamentos celestiais.

Os que assim fizerem terão seu resgate de luz e tranquilidade no trabalho activo de educação dos que ficaram para trás.
Assim, guardai tudo o que estiver convosco, para que não sejais portadores de intriga, de maledicência, de perturbação e de iniquidade.

Uns recebem mais do que outros, sofrem mais, porque são mais devedores.
Vós procurais o bem pelo bem, ao contrário dos Espíritos, que procuram dar o bem para os maus, os revoltados e os rebeldes;
esta é a lei, porque assim o Cristo ensinou: “Amai os vossos inimigos”.

O amor supera tudo, transforma e progride para a eternidade.
Se continuardes separados estareis dificultando o vosso progresso”.

Fomos também visitados pelo Espírito de irmão Atanásio, que, igualmente pela voz directa, salientou a necessidade de quatro médiuns para este género de tarefa.

Irmão Adri depois autorizou, a pedido, o início de desenvolvimento da mediunidade da Sra. Nelsina Arantes, desde que ela obedecesse aos regulamentos da Casa, e teceu considerações quanto à dificuldade em ser fotografado o Espírito de Preto Velho, em virtude de sua cor.

Recomendou a obtenção de uma balança, para serem pesados os médiuns e as materializações, e disse que iria convidar um médico para o testemunho, para não pairarem dúvidas nem haver desarmonia.

Retornando, foi o Espírito de irmão Atanásio que autorizou o encerramento.
O exame dos médiuns, ao serem acesas as luzes, no término da reunião (23:15 horas), demonstrou que os controles estavam inalterados.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jul 04, 2013 10:46 am

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QUINTA REUNIÃO

Ocorrida em 27 de setembro de 1961, figurando como médiuns António Alves Feitosa e Carmen Cunha Nicoletti.

Deu-se o início às 20:10 horas, tendo o senhor Hernani Mendes Clare, dirigente, discorrido sobre a formação do Grupo, considerado completo com os elementos que o compõem.

Continuam as mesmas as anotações à máquina fotográfica.

Iniciada a reunião, tivemos o registo da presença do Espírito de irmão padre Chico, materializado, mostrando-se à claridade das lâmpadas laterais, vermelhas, entregando ao fotógrafo, Sr. raposo, um objecto que no fim soubemos tratar-se de mais ou menos dez centímetros de fita isolante, com o que foi possível ocultar a lâmpada piloto do flash, cuja claridade evidentemente era prejudicial.

O registo seguinte se prende à presença do Espírito de irmão Atanásio, falando-nos pela voz directa, autorizando uma fotografia.

No momento determinado, disparado o flash, notamos a médium Carmem e à sua volta alguns cordões de ectoplasma.

Outra fotografia, autorizada a seguir, fixou a mesma médium tendo ao lado um Espírito materializado.

Após descanso para recuperação dos médiuns fez-se presente, também pela voz directa, o Espírito de irmão Adri Caramuru, o qual, referindo-se aos factos presenciados, declarou serem ligeiras demonstrações que um dia todos os homens poderão compreender.

Disse que com a pequenina médium Carmen grandes coisas ainda serão reveladas, e informou que está sendo preparada, para sair, uma demonstração para toda a humanidade.

A missão dos Espíritos – salientou – não se resume em servirem para nossa distracção.
Nossa colaboração aos seus esforços virá permitir melhores coisas para a humanidade, traduzindo-se em vida terrena mais feliz.

Instruiu-nos no sentido de mencionarmos nas actas que o trabalho realizado representa obtenção de “testemunho do espiritismo científico”, para cujo fim, aliás, devemos considerar que nos foi distribuída a tarefa.

Fez ver que de muito temos ainda de dar testemunho, em benefício da obra da evolução.

Depois de ligeira pausa – e atendendo a pedido de orientação, formulado pelo Sr. Clare – disse que de todos os factos deveremos fazer histórico de acordo, sem a preocupação de mencionarmos nomes de entidades, tendo em que no espaço não há parentes, mas simplesmente irmãos.

Afirmou que a semelhança notada entre a médium e a fotografia de um Espírito se deve a parentesco terreno, não sendo, pois, o perispírito da própria médium.

Disse que nosso interesse deve ser dirigido para as coisas evangélicas, e os que estão afeitos a essas coisas tem o dever de examinar e analisar.

Exemplificou que para compreendermos a razão das possibilidades espirituais deveremos ter presente que as entidades trabalham com o auxílio de grandes forças magnéticas ainda desconhecidas dos homens, podendo, se for necessário, desmaterializar um objecto ou, por exemplo, uma parede, agindo com a rapidez do relâmpago.

Tratando da pequena obra a ser impressa, o Sr. Clare submeteu ao Espírito o título “Os tempos são chegados” e obteve aprovação, tendo irmão Adri acrescentado, para nosso conhecimento, que a tarefa vinda a nós por seu intermédio foi determinada nas altas esferas da espiritualidade e de plano em plano chegou á Terra.

Aconselhou-nos a organizar um arquivo das fotografias e dos documentos, e justificou dizendo ser indispensável muita cautela com a obra do Pai, que se destina à eternidade.

Citou a necessidade da boa educação que a criança deve encontrar no lar, subordinada ao espírito evangélico para que no futuro não mais haja suicídios e sacrifícios inúteis, pois todos compreenderão a responsabilidade perante a vida.

O Espírito, ao retirar-se, deu-nos ciência de que ia orientar outro grupo empenhado em trabalho idêntico ao do nosso.

Autorizado, mais tarde, o encerramento, chamados os médiuns e acesas as luzes verificamos que os controles permaneciam inalterados, mas os Espíritos, por razões que desconhecemos, haviam retirado a venda dos médiuns.

O término da sessão foi considerado às 23:15 horas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 05, 2013 9:45 am

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SEXTA REUNIÃO

Levada a efeito em 25 de outubro de 1961, com os médiuns António Alves Feitosa e Carmen Cunha Nicoletti.

Início: 20:10 horas.
Inalteradas as anotações concernentes á máquina fotográfica.

Iniciada a reunião, observamos a presença de um Espírito materializado, de aparência feminina, trazendo na mão, e accionando seguidamente, um interruptor ligado às luzes alterais da cabina.

Retirou-se e logo observamos, nas mesmas condições de iluminação, um Espírito surgindo a erguer-se do solo, tomando vulto normal, demorando-se entre nós, chegando mesmo a abraçar alguns companheiros nossos, mostrando-se ainda no centro da sala antes de se retirar.

Como é comum nessas ocasiões, ouvimos palmadas para obtenção de mais fluidos dos médiuns e logo soou a palavra, pela voz directa, do Espírito de irmão Atanásio, desejando-nos a paz de Jesus e dizendo que deus, em sua imensa bondade, permitira que recebessem auxílio todos os que precisavam de colaboração, mencionando depois ser necessário muita luta para a paz universal, porque há muita contaminação em todos os grupos.

Estamos nos momentos finais da expiação da humanidade – disse ele – e não devemos desanimar porque todos deverão vencer.

Decorrido pouco tempo trouxe-nos também sua palavra, pela voz directa, o Espírito de irmão Adri Caramuru, dizendo, após os cumprimentos habituais:
“É difícil o trabalho?

Pois lembrem-se:
quando Jesus pregava, um dia, passou por pequeno sono e os elementos, nesse meio tempo, se turbaram e os apóstolos começaram a clamar.

Foi, todavia, uma prova, e também para vós são preparadas provas e se vencerdes os Espíritos vos prepararão o lugar.
Nesta reunião não haverá fotos e vos será dado segundo vossas obras.

Venho pedindo que vos ameis e useis de fraternidade.
Vejo, porém, que alguns avançam enquanto outros ficam para trás.

Mesmo assim estou contente, porque aos bons Deus retribuirá o que foi feito, embora dependesse de luta.
Todos quantos distribuem conselhos, buscando unir os que ficaram para trás, farão jus a tarefas na espiritualidade.

Lembrai-vos, porém, de que é esperado o trabalho de educadores, não de faladores.

Quando vos foi permitido assumir esta responsabilidade os Espíritos não escolheram crianças;
tratam-se de pessoas capazes de assumir trabalho e não trago coisas impossíveis de cumprir;
trago o Evangelho.

Muitos, no mundo, amontoam grandes dotes de sabedoria, mas grande parte deles tem valor zero na espiritualidade, porque se dedicaram apenas a falar e a fé sem obras é morta.

Já vos disse que muitos tabernáculos existem, mas sem obras;
como elas são exigidas que vos acompanha nestes momentos de agonia da humanidade, deseja que cumprais bem vossas missões”.

O Espírito buscou entender-se com a médium Carmen, com a qual trocou ideias sobre tarefas espirituais, e depois, falando com o Sr. bento, respondendo a pergunta feita a propósito da presença de crianças em reuniões, esclareceu que para elas são reservados os lugares de ensinamentos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jul 05, 2013 9:45 am

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Valendo-se do ensejo, disse que ninguém gritasse com as crianças nem lhes desse sustos a fim de ajudar a humanidade no sentido de que, no futuro, não haja tantas doenças, isso sem considerarmos ainda que muitas crianças desajustadas na infância acabam mais tarde chegando ao suicídio, interrompendo-se desse modo muitas tarefas.

Além do mais, os Espíritos gostam das crianças e quando alguém delas se ocupa eles lhes dão toda a colaboração, transmitindo por intuição o cabedal indispensável.

O Sr. Clare, referindo-se aos trabalhadores que deixam suas tarefas, indagou:
“Porque é que as criaturas procuram a responsabilidade e depois recuam?”

Respondeu irmão Adri:
“É questão de falta de maior vontade de atender os compromissos.
Todos recebem muitas dádivas mas à menor contrariedade desertam”.

Só nos resta, com respeito a esta reunião, registar o encerramento, ocorrido às 23:35 horas, e mencionar que o exame dos médiuns demonstrou que os controles estavam inalterados.

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SÉTIMA REUNIÃO

Data: 22 de novembro de 1961.

Médiuns: António Alves Feitosa, Maria do Carmo Elias e Sónia Ribeiro, os dois últimos na qualidade de médiuns em desenvolvimento.

Nesta reunião não contamos com máquina fotográfica, por haver faltado o responsável por essa parte.

Início: 20:10 horas.

Após longa ausência, esteve connosco o Espírito de irmão Pedro Rodrigues, entidade que se apresenta executando melodias ao violão.

Permaneceu durante bons e suaves minutos e no momento de retirar-se deixou o instrumento com um de nós e produziu o som de estalos de dedos.

Logo mais percebemos que eram tirados fluidos dos médiuns e ouvimos, falando pela voz directa, o Espírito de irmão Adri Caramuru.

Desejou-nos a paz do Senhor e depois, em profunda prece, dirigiu-se a Deus Glorioso implorando seu olhar de amor, esclarecimento e bondade sobre os trabalhadores aqui reunidos e rogando-lhe fossem amparados os homens e obtido que todos se amem.

Terminada a rogativa, falou-nos:
“Que o vosso sentimento produza força buscando o amor do pai para o desenvolvimento dos trabalhadores;
que todas as preces se fundam numa só;

tentei perseverança e amor para que possamos atender aos necessitados, colaborando com os que são portadores de mediunidade destinada a esclarecer a humanidade.

A vós nada falta, tudo tem sido dado com acréscimo, mas ai dos que deixarem sua responsabilidade.”

Deu então conhecimento de que estava sendo preparada nova mediunidade, para substituir a que estava faltando, e acrescentou que a Sra. Sónia tem afinidade com ele, Adri.

A entidade ausentou-se por momentos, durante os quais sentimos odor activo de substância medicamentosa.

Retornando, irmão Adri informou que Espíritos magnetizadores desempenhavam sua tarefa para o desprendimento dos médiuns em desenvolvimento e pediu-nos colaboração.

Momentos depois, referiu-se irmão Adri à fúria do temporal que estava desabando e pediu vibrações a fim de que os Espíritos pudessem auxiliar algumas crianças e famílias, em local próximo, atingidas pela fúria dos elementos.

Falando-nos do poder da fé, afirmou que quando os homens crerem de facto em Deus terão possibilidade até de dar ordens às nuvens e conseguir, assim, amainar tempestades e auxiliar os semelhantes.

Dirigiu algumas palavras às médiuns Maria e Sónia e afastou-se.

Em retornando, irmão Adri se colocou á disposição, autorizando as perguntas.

O Sr. Clare mencionou o facto de estarmos realizando a reunião de acordo com as instruções espirituais recebidas e a entidade lhe disse que não mais poderão ser estendidas tarefas, porque o quadro está completo.

Lembrou, depois, que para o trabalho foram exigidos quatro médiuns mas autorizou continuarmos como estamos, com três, até novas instruções.

Recomendou, por outro lado, a colocação de todos os médiuns dentro da cabina e patenteou a necessidade de amor fraterno, sempre adaptado às diversidades de todas as criaturas e mencionou que cada um dos presentes já tem o seu programa na espiritualidade.

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Materialização de espíritos - Paulo Roberto Martins - Página 2 Empty Re: Materialização de espíritos - Paulo Roberto Martins

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 06, 2013 10:17 am

Continua...

A propósito da Sra. Sónia disse que só devem ser algemadas suas mãos, devido a situação de constrangimento da médium em ficar com os pés algemados.

Comunicou, ainda, que o Grupo será acrescido oportunadamente de um médico, que terá a seu cargo pesar, medir, tomar as pulsações, tudo para que no futuro possam as manifestações servir de esclarecimento para a humanidade sofredora.

“Não penseis – acrescentou – que a oportunidade só tenha vindo no último século;
os Espíritos há muito tempo vem buscando organizar um grupo, mas sempre lutaram com a falta de compreensão dos homens”.

Prometeu irmão Adri a execução de um filme que deverá servir às pessoas que cuidam de crianças, para o utilizem esclarecendo-se para que possam instruir.

Concitou-nos ao melhoramento individual, afirmando aquele que progride num mundo passa a outro como missionário, visto ser assim que pagaremos os nossos erros das vidas anteriores.

Pediu-nos sejamos exemplos fraternos para as ouras criaturas, para um dia podermos fugir ao sofrimento moral maior, dizendo ainda não devermos esperar que os Espíritos estejam sempre a nos guiar;
logo, há necessidade de estudo e meditação, em busca do aperfeiçoamento.

Despediu-se.

A seguir, tivemos a presença de irmão Atanásio, também pela voz directa, fazendo-nos votos de progresso, conversando com algumas pessoas e autorizando o encerramento, que ocorreu às 23:10 horas.

Examinando os médiuns, quando as luzes puderam ser acesas, atestamos que nenhuma alteração ocorrera nos controles.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 06, 2013 10:18 am

A máfia psíquica

Em 1976, M. Lamar Keene saiu com uma autobiografia explosiva contando tudo intitulada A Máfia Psíquica.

É um livro que todo o mundo interessado no paranormal deve ler.

Quem foi M. Lamar Keene?
Durante anos ele foi um médium altamente bem sucedido, trabalhando no Acampamento Chesterfield, um retiro espiritualista em Indiana onde dúzias de médiuns trabalham em seu negócio.

Dominou todos os mistérios de fenómenos psíquicos e espantou seus clientes:

Fosse minha trombeta flutuante inexplicável, por que os comunicadores de espírito falaram com as suas famílias e amigos ainda aqui na terra;
minhas formas resplandecentes de espírito, que só não falaram aos vivos mas os tocaram, mesmo abraçando-os;

minha clarividência perturbadoramente exacta, que provou que o espírito acompanhava o quotidiano da existência de seus entes queridos, cientes das coisas mais triviais em suas vidas - foram estes fenómenos psíquicos misteriosos que mantiveram as pessoas vindo e, bem importante, o dinheiro fluindo

[p. 90., Edição de brochura de Dell, 1977]

Mas eventualmente, depois de coleccionar centenas de milhares de dólares dos seus patronos, Keene sofreu uma crise de consciência.

Abandonou a mediunidade e contou sua história ao pesquisador psíquico Allen Spraggett, que escreveu em forma de livro.
A Mafia Psíquica foi o resultado.

Porquê a crise de consciência e a necessidade de confessar?
Bem, porque todas as capacidades mediúnicas de Keene, sem excepção, estavam fraudulentas.

Era actor, mágico, e artista de vigarice, nada mais.

Em A Máfia Psíquica, Keene detalha sua trapaça, expondo as fraudes simples que enganam tantas pessoas.

O coração do livro é o Capítulo 5, "Segredos da Sessão Espírita," que metodicamente passa pelas estratégias de fraude usadas por médiuns para lograr seus clientes.

Keene era frequentemente capaz de produzir detalhada informação sobre seu "assistentes," espantando-os com sua clarividência.

Em realidade, ele meramente tinha feito pesquisa avançada:
Para receber informação sobre os acompanhantes, tínhamos uma variedade de métodos, todos divergentes.

Eu já mencionei que furtando bolsas e carteiras e remexendo bolsos no lugar escurecido da sessão para desencavar tais dados como números de seguro social ou cadernetas bancárias.

Nós também fizemos uma regra que qualquer um desejando estar numa sessão privada do grupo tem que assistir três serviços públicos de igreja [na igreja espiritualista de Keene] de antemão.

Isso significa que eles podiam ser observados e podemos reunir informação sobre eles das mensagens que eles escreviam.

Cada mensagem foi selada no topo:
"Por favor endereça sua mensagem a um ou mais amados em espírito, dando primeiro e último nomes, fazendo uma ou mais perguntas e assinando seu nome completo."

Continua...
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jul 06, 2013 10:18 am

Continua...

Uma mensagem assim dava-nos o suficiente para surgir com um arquivo sobre qualquer pessoa...

Também, tive um colector electrónico de som - um artifício para colher sons numa distância considerável - posicionado numa casa que nós possuímos atravessando a rua da igreja.

Armando isto na igreja antes de um serviço, nós colhemos dados deliciosos de conversa que mais tarde foram tecidos em mensagens assustadoras.
[Pp. 91.92]

Note que os clientes de Keene eram suficientemente ingénuos dar lhe seus nomes completos e os nomes das pessoas mortas que eles desejavam contactar.

Isto transgride regra para testar um médium número um:
Forneça o menor número de informações quanto possível.

A informação recolhida por um médium foi compartilhada com outros numa rede de informação que alcançou o país inteiro.
Por este meio, um médium na Califórnia pode dar uma leitura assustadoramente exacta a um visitante de Nova Iorque pela primeira vez, e informar que o nova iorquino foi a outro médium no passado.

Números enormes de cartões de arquivo listando nomes dos clientes, histórias de família, problemas médicos, e pretensos guias de espírito foram coleccionados e foram catalogados num porão grande embaixo da igreja do Acampamento Chesterfield.
(Só se pode supor que computadores e a Internet fazem o processo inteiro muito mais eficiente hoje.)

O forte de Keene, no entanto, não era a mediunidade mental mas a sessão de materialização, em que as figuras pálidas do morto apareceriam no lugar escurecido.

As luzes eram desligadas com excepção de um bulbo vermelho grande controlado por um interruptor que lança brilho suficiente para iluminar o ectoplasma...

Para sessões de materialização eu usei meias pretas e calça que não apareciam em absolutamente na escuridão.
Então, enquanto os assistentes cantavam [um hino], vestia meu traje de espírito de gaze.
...Quando estava pronto - o que pode ser em tão pouco tempo quanto dez segundos se for necessário - sairia do gabinete, arrastando nuvens de ectoplasma...

É surpreendente que efeitos que podem ser criados na escuridão manipulando jardas e jardas [1 jarda = 91,4 cm] de chifon e gaze que parecem emitir fracamente o brilho não terreno da luz de rubi.

O que eu fazia era o que os mágicos chamam de "arte negra."
As partes de mim não cobertas por ectoplasma eram vestidas totalmente em preto e eram bem invisíveis na escuridade....

Estando na sala da sessão em meu traje invisível eu destramente desenrolaria uma bola de chifon para o meio do chão e manipulando-a até eventualmente envolver-me.

O que os assistentes viam era um fenómeno:
Uma bola minúscula de ectoplasma enviando gavinhas resplandecentes que gradualmente cresciam ou se desenvolviam num espírito materializado plenamente formado.

...A figura ectoplásmica pode desaparecer do mesmo meio que apareceu.
Eu simplesmente desenrolava a gaze do meu corpo lentamente e dramaticamente então a enrolava de volta na minúscula bola original.

O que os assistentes viam era os espíritos plenamente formados gradualmente desagregando-se, evaporando num sopro de ectoplasma.

As variações eram intermináveis.
Podia ficar na frente do gabinete e puxar as cortinas pretas para fora e ao redor de mim e manipulando-as de maneira a criar a ilusão de formas de espírito ondulando;
variando em largura de uma mera polegada a muitas polegadas;
atingindo de dois pés a seis pés de altura... e então amarrotando de volta a quatro pés, três, dois, um... e atravessando o chão.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 07, 2013 9:41 am

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Um som espantoso adicionou à forma a ilusão de derreter nas tábuas do assoalho...

Nós às vezes permitimos fotografias infravermelhos para provar a realidade dos fenómenos de materialização.
Estas eram batidas só quando os espíritos davam o sinal garantindo que só o que nós quiséssemos fosse capturado na película. ...

Com outros médiuns de preto furtivamente entrando no lugar podíamos e às vezes produzíamos um anfitrião de espíritos materializados.
...Os cabides cobertos em ectoplasma também faziam um espírito transitável, tipo semi-materializado.

Para retratar uma criança eu me ajoelhei na escuridão.
Às vezes os assistentes eram convidados a aproximar-se do espírito para perscrutar directamente em seu rosto.

Eu tinha uma variedade de máscaras de rosto de homens, mulheres e crianças para todas tais ocasiões...

Meu sócio e eu, e outros confederados se nós os necessitássemos, usamos da cabeça aos pés trajes pretos que deixavam-nos invisíveis na escuridão.
Podíamos manipular a trombeta com impunidade mesmo numa luz vermelha boa e com as faixas luminescentes [na trombeta] exalando um brilho considerável.

As trombetas... foram feitas em secções e eram expandíveis a um comprimento total de aproximadamente quatro pés.

Assim podiam ser balançadas ao redor com velocidade considerável.
O assistente, pensando que essa trombeta era somente um pé longo e vendo sibilando ao redor próximo ao teto, assumia que tinha chegado aí por desafiar a gravidade.
[Pp. 95-100]

A qualidade intelectual dos assistentes de Keene não era alta.
A maioria deles aceitaria quase qualquer trapaça como real, mesmo o efeito velho de carnaval de leitura de cartas em envelopes selados.

Se Keene fosse pegado em fraude, ele iria descaradamente escapar por culpar "espíritos maldosos."

Keene, como seus colegas médiuns no Acampamento Chesterfield, simplesmente desprezavam seus clientes, quem ele caracteriza como otários, trouxas, incautos, tolos... você já entendeu.

Keene jogaria sua voz para criar fenómenos de "voz directa".
(Ele tem menosprezando palavras o famoso médium de voz directa Leslie Flint, cuja técnica Keene não achou impressionante.)

Ele e um cúmplice podiam "levitar" um assistente por simplesmente levantar a cadeira do assistente na escuridão.

"Aportes" (manifestações espontâneas de objectos físicos) foram criadas por contrabandeando o item no local da sessão espírita e produzindo-o com prestidigitação, mesmo em luz boa.

As jardas de chifon que ficaram pareciam ectoplasma podiam ser amarrotadas num fardo surpreendentemente pequeno e oculto na roupa do médium, mesmo nas suas roupas íntimas.

Outros médiuns foram ditos engolir e regurgitar gazes grosseiras de algodão.
De acordo com uma nota na bibliografia em p. 171, a médium Helen Duncan podia comprimir duas jardas de gaze de algodão de trinta polegadas de largura numa bola suficientemente minúscula para ser ocultada na sua boca.

Alguns médiuns (embora não o próprio Keene em si, ele insiste) mesmo foram sabidos ter sexo com seus clientes na escuridão, depois de convencer o assistente que seu amante morto tinha materializado-se e estava em necessidade de alguma cura sexual.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 07, 2013 9:42 am

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O que é bem interessante sobre isto, a mim, é que algumas precauções tomadas contra fraude mesmo por pesquisadores experimentados parecem ser inadequadas.

A opaca luz vermelha, por exemplo, revela ser pouco melhor que o escuro total.

Descrições sinceras de assombrações "acumulando" do chão e então desaparecendo revela-se facilmente sendo explicado pela manipulação de jardas de chifon.

A insistência dos assistentes que eles olharam directamente no rosto de um ente querido fica menos convincente quando aprendemos que em luz opaca mesmo um médium mascarado ajoelhado pode enganar a testemunha.

E então há a trombeta.
Repetidas vezes em relatórios de mediunidade física nós ouvimos que a trombeta - um cilindro pelo qual emanam vozes supostamente de espíritos - sibilam ao redor do lugar numa velocidade impossível, executando giros acrobáticos que nenhum operador humano poderia realizar.

Mas agora sabemos a resposta:
A trombeta meramente é expandida a um comprimento de quatro pés (ou mais), e então facilmente pode ser manipulada.

Mesmo um movimento leve da mão no extremo da trombeta produzirá um largo e de grande alcance arco na extremidade mais distante.
A fraude é engenhosa em sua simplicidade.

Isto quer dizer que todos fenómenos mediúnicos são falsos?
Keene parece pensar assim, embora permita a existência de ESP em algumas pessoas.

William Rauscher, um pesquisador psíquico que escreveu a apresentação para o livro, toma a posição contrária, declarando que alguma mediunidade é genuína, e que os esforços de Keene não de defraudar não se extendiam ao campo inteiro.

Parece como se Keene, na sua reacção compreensível à vida inteira de engano, exagerou o caso para fraude.

No Capítulo 6, "Uma História Curta de Fraudes Mediúnicas," destaca casos principalmente óbvios de fraude como os Irmãos Davenport e as sessões espíritas posteriores de Florence Cook, enquanto pintando um bastante simplista e, penso, corromido quadro de figuras mais discutíveis como as irmãs Fox e Eusapia Palladino.

Em particular, sua desqualificação de Palladino em somente alguns parágrafos é mais como um trabalho de golpe que uma análise séria.

A mulher sem dúvida defraudou, mas alguns de seus fenómenos parecem ser inexplicáveis por quaisquer meios normais.
(Veja o novo livro de Deborah Blum, Caçadores de Fantasmas, para uma discussão mais justa de Palladino e outros médiuns anteriores.)

É notável que a "História Curta" de Keene não faz nenhuma menção Leonora Piper, Gladys Leonard, ou Eileen Garrett, as três médiuns mais extensamente testadas na história, nenhuma jamais sendo pegada em fraude.

Nem faz qualquer menção às "correspondências cruzadas," uma série de comunicações recebidas por médiuns em continentes diferentes que foram mostradas coerir em meios notavelmente subtis.

E enquanto Keene desqualifica o "dobrar de colher " como uma fraude, ele escrevia antes de Jack Houck ter começado a receber convidados para suas centenas de "festas de PK", onde pessoas comuns entortavam seus próprios talheres como saca-rolhas...".

Em outras palavras, assim como os muitos mágicos, Keene parece supor que se algum ou mesmo a maioria dos fenómenos são fraudes, então eles devem todos ser fraude.
Isto é algo assim como dizendo que se algum dinheiro é falsificado, então todo dinheiro deve ser falsificado.

Apesar destes embargos, A Máfia Psíquica é uma contribuição valiosa a este campo de estudo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jul 07, 2013 9:42 am

Continua...

Tristemente, o livro está esgotado, embora cópias usadas possam ser localizadas online sem muita dificuldade.

Se estão absolutamente interessado no paranormal, faça o possível para achar o livro de Lamar Keene.
Não é uma história bonita, mas é uma que mais pessoas necessitam ouvir.

4 de outubro de 2006, por Michael Prescott

Disponível online em inglês em: http://michaelprescott.typepad.com/michael_prescotts_blog/2006/10/the_psychic_maf.html

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2013 9:59 am

UMA JANELA AO MUNDO INVISÍVEL
Gutierre Tibón

Ao ouvir a palavra espiritismo é muito fácil fazer um gesto de suficiência e compadecer aos descabidas sessões de fraudes tão evidentes;
mais fácil ainda é ignorar a importância do movimento espírita no mundo.

Só no Brasil (será pela influência africana?) há uns dez milhões de adeptos à nova religião; isto é, a quinta parte da população.

Seu profeta é Allan Kardec, e sua bíblia O livro dos espíritos, que o próprio Kardec publicou faz um século.

No estado de Goiás, no centro da grande nação sul-americana, não longe da nova capital, Brasília, está surgindo uma cidade espírita:
Gesualda, na qual o ensino, até universitário, se baseará na doutrina kardequiana.

A rádio brasileira difundiu programas com a “voz directa” dos espíritos, mensagens do Além para seu uso diário do Mais Cá.

No México, a difusão do espiritismo é mínima, em comparação com Brasil;
no entanto, a fenomenologia observada aqui é de tal importância que a publicação dos protocolos do Instituto Mexicano de Investigações Psíquicas deve considerar-se como uma das maiores contribuições dos últimos anos à disciplina parapsicológica.

Corrobora a realidade dos factos assentados nos protocolos um extenso grupo de marcantes mexicanos, entre os quais há dois ex-presidentes da república;
dois candidatos à presidência;
dois ex-reitores e um ex–secretário da Universidade Nacional;
três ministros da Suprema Corte de Justiça, vinte e quatro médicos, vinte e seis advogados, cinco engenheiros.

Devido a seu depoimento imparcial e a seu respaldo moral, a realidade dos fenómenos observados em México não pode pôr-se em dúvida.
Sua interpretação é outra coisa;
pertence aos especialistas neste campo tão complexo.

- Desde 1942 me tinha inteirado das reuniões em Tlalpan, em que apareciam fantasmas com toda a aparência de vida e chegavam aportes através de muros maciços e portas fechadas.

Meus informantes eram dois jovens médicos, filhos do insigne urólogo húngaro Von Lichtenberg: Alejandro e Francisco.

Ambos acreditavam em a possibilidade de fraude frente ao incrível dos fenómenos;
também pensavam que seus pais – assíduos participantes nas sessões espíritas– poderiam ser vítimas de alucinações colectivas.

Soube, vários anos mais tarde, que o director do círculo era o ex-senador mexicano Rafael Álvarez e Álvarez, e um dia lhe visitei, para manifestar-lhe meu desejo de assistir aos trabalhos.

Dom Rafael não me admitiu de imediato:
tinha que pedir a autorização dos “seres”.

No curso dos anos, tinha-se convertido num espírita ortodoxo.
Parece que o guia do círculo no Além, o doutor Enrique do Castelo (um médico mexicano do século passado) não se opôs à minha incorporação.

- Em outono de 1941, li na revista nova-iorquina Newsweek um artigo sobre personagens “esquecidos”.
[A revista] mencionava a Plutarco Elías Calles.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2013 10:00 am

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Do antigo “Chefe Máximo” da Revolução Mexicana afirmava que, a raiz de seu regresso a México, depois do longo exílio estadunidense, estava convertendo-se ao catolicismo, por obra de um sacerdote da Companhia de Jesus:
dom Carlos María de Heredia.

Adicionava a Newsweek que o renome universal do jesuíta Heredia se devia a sua controvérsia com Sir Arthur Conan Doyle, em que demonstrou irrefutavelmente ao pai de Sherlock Holmes que o espiritismo é um conjunto de truques e de alucinações.

O general Ruas, promotor da luta entre o Estado e a Igreja, deixava de ser lobo e se voltava uma mansa ovelha da igreja cristã!
Pareceu-me extraordinário.

Ao encontrá-lo, um domingo desse mesmo outono, perguntei-lhe se a notícia de Newsweek, que entre tanto tinha sido reproduzida pela imprensa diária de México, correspondia à verdade.

Minha pergunta pareceu divertir muito ao general.
Tossiu ligeiramente, colocou cordialmente a mão no ombro, e me disse algo que me deixou perplexo:
“Confidencialmente, amigo, muito confidencialmente, digo-lhe que há que inverter os termos.
Sou eu quem está convertendo ao pai Heredia”.

Revi ao general Ruas em forma de fantasma, vários anos depois de sua morte, nas sessões do Instituto Mexicano de Investigações Psíquicas.

Duas vezes se alumiou bastante para que eu pudesse reconhecer a inconfundível fisionomia do caudilho:
ampla a testa, os olhos pequenos, as sobrancelhas hirsutas, o bigode miúdo, o queixo volumoso.

Saudou-me com uma palmada nas costas.
Também reconheci sua voz: tinha a mesma aspereza.
Antes de falar tossia ligeiramente, como acostumava fazê-lo em vida.

- Aquela noite memorável se materializou outro espírito guia do círculo:
o médico oriental chamado maestro Amajur;
e não só se mostrou ao pai Heredia com toda clareza, senão que também verteu água num copo, saturou-a de fluido magnético e a deu de beber.

Depois apareceu o fantasma da irmã María de Jesús e alumiou seu rosto de maneira especial, ante o assombrado presbítero;
por fim se apresentou o doutor Enrique do Castelo, rodeado por muitas pequenas luzes.

Estas levitaram ao médium com tudo e cadeira – o que equivale a levantar um peso de quase 100 quilos – e silenciosamente o deixaram no outro extremo do quarto de levitação.

O fenómeno se verificava pela vez primeira.
Tive a sorte de assistir a sua repetição, mais tarde, e vi literalmente voar à médium a dois metros de altura.

- “Voavam na escuridão completa sem chocar contra as paredes, e de quando em quando suas asas me roçavam com infinita suavidade na testa, na mão, no joelho.
Que podiam ser? Morcegos. Sim, morcegos amestrados”.

Esta impressão teve dona Hortensia Torreblanca, filha do general Ruas, durante a primeira sessão de efeitos físicos a que assistiu.
Eu tive uma sensação análoga: a de borboletas gigantes.

Não ouvia a batida de suas asas nem percebia o mais leve movimento de ar.
O atrito era delicado, quase etéreo, e apesar disso me senti embargado por uma turvação incontrolável.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2013 10:00 am

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Há que dizer que minhas mãos estavam sujeitas à corrente por outras duas.
A minha esquerda se encontrava um veterano do círculo, personagem insignificante, e o contacto prolongado de sua mão me molestava.

Às vezes repetia, baixinho, umas palavras que me soavam como o lema de certa companhia eléctrica.
A minha direita se achava uma dama muito agradável.

Apesar de seu cabelo cinza tinha um temperamento juvenil e de seus dedos bem formados emanava um rico fluido de feminilidade.

Conviria fazer uma análise dos pensamentos de um “ele” e de um “ela” que a casualidade de uma sessão mediúnica paquerada um aperto de mãos de duas horas, nas trevas absolutas.

Quando se apresenta um fenómeno:
uma fosforescência, um perfume, um sopro de ar fresco, é inevitável um intercâmbio de impressões em forma de um apertão mais forte da mão.

Abundâncias de simpatia passam de um coração a outro, através de braços, pulsos e dedos.
Quando se acerca um fantasma, é um estremecimento, uma solidariedade na emoção, um inefável calor que se produz entre “ele” e “ela”.

- Meu primeiro contacto físico com o ectoplasma me produziu uma sensação desagradável, pela humidade morna, gelatinosa, dos dedos materializados.
Vemos no centro do círculo uma nebulosa, uma fosforescência difusa, muito pálida.

Pouco a pouco se condensa.
A luminosidade, em dois ou três pontos, aumenta.
Distinguimos, primeiro com dificuldade, algo que se parece ao fantasma tradicional, envolvido num lençol branco.

É o maestro Amajur. Bem-vindo, maestro.

O fantasma está defronte de mim e me saúda inclinando-se ligeiramente.
Depois, abençoa-me com um ademanes que se parece mais ao de um cura que ao de um sacerdote oriental.

Que faço?
Também lhe saúdo, e lhe suplico que se acerque mais.

Amajur me satisfaz:
agora sua cara está a uns vinte centímetros da minha.

O ponto mais luminoso do fantasma é sua mão direita, pequena como a de um menino, mas se diria que está mal esboçada;
tem os dedos imóveis.

A substância dessa mão é como cristal de rocha, esverdeado, ou como uma gelatina verde pálido salpicada de grãos fosforescentes.
Dela sai interrumpidamente um vapor branco, como uma combustão fria, e esse vapor tem um cheiro peculiar de ozónio.

Trata-se de algo vivo, real como nós.
Acerca-se amistosamente e me satisfaz alumiando seu rosto.
Amajur tem a tez morena, o nariz pequeno e é de barba negra pontiaguda.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jul 08, 2013 10:01 am

Continua...

Seus olhos redondos, brilhantes, com a córnea branquíssima, estão inteiramente abertos;
sua expressão é serena e bondosa, mas o olhar é fixa, como a de um sonâmbulo.

Agora se acerca mais, e a tela áspera das mangas de seu roupão roça minhas bochechas e minha boca.

Que quer de mim? Agora, põe-me um cravo na lapela.
Fá-lo com desenvoltura, num instante.

- Graças, maestro.

Ainda que minhas pernas sobressaiam e meus pés se adiantem para explorar, não encontram resistência;
é como se o fantasma fora corpóreo só na parte superior.

Amajur se eleva verticalmente e desaparece na escuridão.

Acende-se a luz.
Olhamo-nos os uns aos outros, ainda embelezados pelo que acabamos de ver.

Estamos outra vez no Mais Cá;
mas aquilo não foi alucinação.

No interior de minha lapela está posto, impecavelmente, um cravo encarnado.

Fonte: Uma janela ao mundo invisível.

[Protocolor del Instituto Mexicano de Investigaciones Psíquicas.] México: Antorcha, 1960.

Fonte: Revista Luna Córnea nº 10.

Disponível no link: http://www.conaculta.gob.mx/cimagen/lunac/luna10/ventana.html

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 09, 2013 9:33 am

Uma materialização de Scheilla

De repente, ela parou de falar, voltou-se para José de Paula e disse-lhe:
Precisamos encerrar.
Acabou de desencarnar, lá nos ‘trilhos’
(na favela), um irmãozinho nosso.
Precisamos ajudar


Há alguns anos, tivemos a felicidade de conhecer D. Iracy Karpáti, de São Paulo, quando esteve em Londrina proferindo um ciclo de palestras.

Foi no Centro Espírita “Bom Samaritano”.
Após a exposição, que a todos comoveu pela autenticidade, houve uma pequena recepção, com lanches, para os presentes.
Ali, nos apresentamos a D. Iracy.

Ao nos cumprimentar, ela nos disse:
— “Também, quem teve a honra de estudar a Doutrina Espírita com o Dr. Silvino Canuto Abreu e privar da companhia de Chico por quase toda a vida, não poderia ficar em casa só por causa da idade, não é?”

D. Iracy estava com 82 anos.

Em seguida, ela começou a contar a todos os que ali estavam:
— “Sabe?, um dia, foi no final da década de 40, eu estava no saguão do Hotel Minas Gerais, lá em Pedro Leopoldo, conversando com uma amiga, Aurora, de Santo André, quando o Sr. José de Paulo chegou a nos chamar.
Disse que Chico queria nos ver.

Já eram mais de 22 horas. Chovia muito.
Passamos por uma pensão e Maria de Lourdes foi connosco. Ela era de São Paulo.
José de Paulo não nos disse o motivo, mas, se Chico chamou, quem éramos nós para não obedecer?!

Ele morava nos fundos da casa da irmã.
Eram dois cómodos e um banheiro.
Entramos.

Chico nos abraçou muito carinhosamente e foi para um quartinho, onde se deitou.
José de Paula vedou com cobertores, pediu que nos puséssemos em prece e apagou as luzes.
Nós só podíamos ver algo quando relampejava lá fora.

Foi então que tudo começou...
Uma luz verde-esmeralda começou a preencher todo o recinto.
Vinha do quarto onde Chico havia ido se deitar.

Comecei a chorar...
Eu me sentia diferente.
Nunca tinha sentido aquilo antes, em toda a minha vida.

De repente, uma mulher linda, iluminada, adentrou a salinha onde nós estávamos.
Ela levitava... e irradiava uma luz que não ofuscava e que, de alguma forma, parecia alimentar a gente, fortificar...

Continua...
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Materialização de espíritos - Paulo Roberto Martins - Página 2 Empty Re: Materialização de espíritos - Paulo Roberto Martins

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jul 09, 2013 9:34 am

Continua...

Então, aquela mulher, que depois fiquei sabendo ser o espírito Irmã Scheilla, abriu uma das mãos e pétalas de rosas começaram a cair, inundando o ambiente com um perfume inebriante.

Depois, ela levantou os braços e uma faixa luminosa surgiu, com os dizeres: “Deus é Amor”.

Em seguida, ela se dirigiu até onde nós estávamos e, para cada um, ela entregou um presente, que ela materializava na hora.
Para uma, um colar de pérolas; para outra, um botão de rosa branca, com orvalho e tudo, como se tivesse acabado de ser colhido...

Ela se aproximou de mim com uma estrela na palma de uma de suas mãos e colocou aquela estrela sobre meu peito (a estrela tinha uma força magnética muito intensa) e me disse, com sotaque alemão, no qual os erres eram tipicamente vibrantes:
“L’Irracy, L’Irracy... Seu caminho será de estrelas e de flores, mas também de muitas dores’”.

Eu tinha ido ao Chico para me tratar de um câncer já estado avançado e, ante aquelas palavras, comecei a chorar sem parar.

Ela passou as mãos em meu rosto e começou a secar minhas lágrimas.
Depois, colocou-as sobre meu peito, onde estava aquela estrela, e me disse:
‘Há muito eu esperava este encontro.

Você não imagina o que você significa para mim!
Venho como uma mensageira para lhe dar força e coragem.
Você vai sarar! Você vai ver! Pois Jesus a ama!’


Nesse momento ela foi para um canto da sala e começou a fazer uma prelecção sobre o perdão, sobre o amor...
Falou do Evangelho, da luta daqueles que largaram sua casa, sua família, desprendem-se de seus bens e vão para outras terras levar a mensagem de Jesus...

Falou quase uma hora...

De repente, ela parou de falar, voltou-se para José de Paula e disse-lhe:
‘Precisamos encerrar. Acabou de desencarnar, lá nos ‘trilhos’ (na favela), um irmãozinho nosso. Precisamos ajudar’.

Então, para tristeza minha, ela retirou todos os presentes que nos havia dado, inclusive a estrela que estava magneticamente presa ao meu peito, e nos disse:
—‘Apressem-se! Vão fazer o que é preciso ser feito: a caridade!’

E ela voltou para o quartinho onde Chico estava.
O ambiente voltou a escurecer.
Um pouco depois, Chico saiu dali, muito emocionado, abraçou-nos e convidou-nos para que fôssemos ágeis.

Já eram mais de duas horas da manhã.
Chovia muito.
E nós, sem saber se estávamos no Céu ou na Terra, fomos, debaixo de chuva, até à favela.

No caminho, por orientação de Chico, compramos algumas coisas:
álcool, pães, velas, leite... e, orientados por “Seu” Emmanuel, fomos directo para um barraquinho.

Quando chegamos lá, naquele único cómodo humilde, o corpo de um homem estava no chão, sem vida, e duas mulheres, ajoelhadas ao seu lado, choravam, sob a luz de uma vela, enquanto faziam suas orações.

Ele tinha acabado de desencarnar”...

Então o Chico entregou os alimentos àquelas mulheres, pediu que elas se desinfectassem com o álcool e disse-lhes que não se preocupassem, que chamassem a funerária, porque ele e José de Paula se encarregariam do que fosse necessário.

Daí, Chico fez uma prece muito linda e todos saímos, abraçados, sob a forte chuva, com uma emoção indescritível em nossos corações”.

Do livro: “Um Minuto com Chico Xavier”, José António Vieira de Paula, Editora Didier

http://www.consciesp.org.br/materias2.php?id=48

§.§.§- O-canto-da-ave
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