LUZ ESPÍRITA
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O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO / Raimundo Nonato de Melo

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:26 pm

O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO

DEDICATÓRIA
Dedico esta obra especialmente a minha estimada esposa Noémia Araújo de Melo, pelo carinho que me dispensou nos momentos mais difíceis de minha vida, quando enfrentei moléstias espirituais; dedico também como homenagem aos meus velhos e inesquecíveis pais, de saudosa memória: João Canuto de Melo e Maria Rosa de Sampaio, que no “Lar Espiritual”, onde se encontram, tenho certeza que intercederão por mim; dedico ainda esta obra ao meu amigo e irmão em Cristo, Mauro Caúla, e ao meu neto Paulo Walraven, pela ajuda que prestaram na confecção e modelo da capa deste livro, e também dedico aos meus filhos:
Raimundo João, Maria Angeolina, Joaquim Roosewelt, Maria das Graças e Sónia Maria Araújo de Melo, pelo incentivo que sempre me dedicaram; ainda meus sinceros agradecimentos à irmã Lila Barbosa Xavier, pela sua cooperação, escrevendo um capítulo dedicado à mulher, e finalmente meus sinceros agradecimentos a todos os meus irmãos e amigos seareiros encarnados e desencarnados - pela luz e auxílio recebidos.

Raimundo Nonato de Melo

APRESENTAÇÃO
Escrevendo este segundo livro sobre pesquisas espirituais, espero que os leitores saibam compreender o alcance do mesmo, e a boa vontade que tive em mostrar às pessoas não espíritas alguns aspectos da doutrina espiritual, e o que ela se propõe a demonstrar, referente ao outro lado da nossa vida; nossa pesquisa continua informando que não se trata de psicografia de nenhum espírito, e espero também com este humilde trabalho demonstrar a minha coragem para enfrentar ilustres críticos.
A presente obra é apenas modesta contribuição ao generoso labor, no sentido de divulgar os valores morais da Doutrina.
Não tenho pretensão de transmitir-vos novidades, além do que já foi dito em outras obras espíritas, pois trata-se de uma pesquisa que procura rever as passagens mais importantes no sentido de formular e relembrar os assuntos de interesse geral do Espiritismo.
O Mestre Jesus sempre foi e será o farol que tem iluminado os meus passos, para trilhar o caminho da verdade.
Sabemos que a época em que vivemos, no dizer de muitas pessoas, é quase apocalíptica, porque a violência campeia à solta em quase todos os países, os preconceitos religiosos imperam no seio de muitos povos e as lutas fratricidas com derramamento de sangue se desenrolam em nações de profundas raízes religiosas.
Entre os grupos dissidentes, embora com a bandeira cristã, muitas religiões se apresentam como sendo maioritárias, apresentando a figura exponencial do Cristo de Deus, mas sem a auréola do respeito que sempre o caracterizou.
A humanidade, mais do que nunca, precisa dos consoladores ensinamentos evangélicos, pois eles são os verdadeiros caminhos lançando luzes sobre a nossa grande caminhada.
O Espiritismo é o caminho e o complemento indispensável do verdadeiro Cristianismo, cuja constituição é destituída de ídolos, hierarquia sacerdotal, liturgia ou dogmas.
O seu êxito é inegável e implacável, porque a sua actuação no mundo, além de ser disciplinada pelos seus adeptos encarnados e pela segurança federativa, é, também, administrada pelas organizações avançadas do plano espiritual e de Entidades invisíveis, que presidem o mundo sob a égide de Jesus, o Governador Espiritual da Terra.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:26 pm

Apresentação
S U M A R I O

1. O que é ser Espírita?
2. Tarefa dos Espiritistas
3. Responsabilidade e Solidariedade
4. O Pecado Original
5. Alguns dos Atributos de Deus
6. A Proliferação Religiosa
7. Fim de uma Civilização Corrupta
8. Objectivo da Reencarnação
9. A Mediunidade e O seu Desenvolvimento
10. Adão e Eva Serão os Pais da Raça Humana?
11. Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita
12. Influência do Espiritismo no Progresso 46
13. As Curas do Invisível
14. Mediunidade e Espiritismo
15. O Espiritismo é O Consolador Prometido por Jesus
16. Definição da Doutrina Espírita
17. Referência Sobre os Mundos Habitados
18. Métodos Espíritas de Cura
19. Como Ganha Espaço a Espiritização
20. A Felicidade não é Deste Mundo
21. O Espiritismo e os Seus Fenómenos Baseados na Bíblia
22. O que nos Aguarda no Final dos Tempos?
23. Alguns Precursores da Doutrina Espírita
24. Como Educar uma Criança na Actualidade
25. A Mediunidade com Jesus
26. A Terra - Planeta de Provas e Expiação
27. Recordação da Existência Corpórea
28. Como Combater o Egoísmo
29. Notícia de Maria, a Mãe de Jesus
30. A Mulher na Dimensão Espírita
31. Aparecimento da Raça Humana
32. A Lei de Talião
33. E O Verbo se Fez Carne
34. Nos “AIS” do Apocalipse
35. A Renovação da Igreja Católica
36. Instinto e Meios de Conservação
37. Como Será no Terceiro Milénio?
38. O Sermão da Montanha
39. A Obsessão
40. Como Diagnosticar um Caso de Obsessão
41. Como se Libertar da Obsessão
42. Necessidade de Evangelização
43. A Igreja e o Cristianismo
44. O Pacto de Deus Jeová com o Patriarca Abraão....
45. Quem Será a Besta do Apocalipse?
46. O Pentateuco não é Obra de Moisés
47. O Expurgo da Humanidade por Meio de Catástrofe .
48. Previsão de Nostradamus Coincide com o Apocalipse
49. Destruição de Sodoma e Gomorra
50. O que nos Aguarda no Final dos Tempos
51. Fundação do Jesuitismo
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:27 pm

CAPÍTULO 1 - O QUE É SER ESPÍRITA?
A primeira reacção das pessoas que não são espíritas é negar a possibilidade da comunicação com os espíritos.
Vou começar perguntando primeiramente se todas as pessoas acreditam que há espírito.
Respondida esta pergunta questiono também se todas as pessoas acreditam em Deus e se também acreditam que temos uma alma.
Pergunto ainda se alguém crê na sobrevivência da alma após a morte do corpo.
Nós sabemos que a maioria das pessoas responderia a nossa interrogação da seguinte forma:
1ª) Não sei.
2ª) Desejaria que assim fosse, mas não tenho certeza
Estas são as características das respostas da maioria das pessoas que não são espíritas.
Pois estas respostas equivalem a uma negação respeitosa e disfarçada.
Todos nós sabemos que essas almas que as religiões falam que povoam o espaço são justamente as que chamamos de espíritos - pelo que já dissemos.
São as almas dos homens, despojadas do invólucro corpóreo.
Se admitirmos que há almas, necessariamente também admitiremos que os espíritos são simplesmente as almas e nada mais.
Muitas pessoas há, entretanto, cuja crença não vai além desse ponto; que admitem a existência das almas e, consequentemente, a dos espíritos, mas negam a possibilidade de nos comunicarmos com eles, pela razão, dizem elas, de que seres imateriais não podem actuar sobre a matéria.
Esta dúvida provém da ignorância da verdadeira natureza dos espíritos, dos quais as pessoas em geral fazem ideia muito falsa, supondo erradamente que os espíritos são seres abstractos, vagos, indefinidos, o que não é real.
Mostremos, por exemplo:
Primeiramente, o espírito em união com o corpo.
Sabemos que o espírito é o ser principal, pois é o ser que pensa e sobrevive.
O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele deixa, depois de usado. .
Por ocasião da morte do corpo, o espírito se despoja deste, porém, não do corpo a quem damos o nome de “perispírito", que é um envoltório semi-material, que tem forma do corpo humano, e constitui para o espírito um corpo fluídico (pois o mesmo é constituído de matéria do fluido universal); ele é vaporoso, é invisível ao olho humano no seu estado normal, embora não deixe de ter algumas prioridades da matéria.
Portanto, caros leitores, o espírito não é um ponto, uma abstracção; é um ser limitado e circunscrito, ao qual só falta ser visível e palpável, para se assemelhar aos seres humanos.
Diante da explicação - Por que, então, não haveria de actuar sobre a matéria?
— Por ser fluídico o seu corpo?
Mas, onde encontra o homem os seus mais possantes motores, senão entre os mais ratificados fluidos, mesmo entre os que se consideram imponderáveis, como a electricidade?
Não é exacto que a luz, imponderável (quer dizer indefinível, impalpável) exerce acção química sobre a matéria ponderável?
Pois conhecemos a natureza íntima do perispírito, segundo nos informa o grande escritor espírita Pietro Ulbaldi.
Descrevendo sobre o nosso perispírito, ele nos diz que o nosso perispírito é constituído das seguintes matérias:
oxigénio, hidrogénio, carbono e azoto.
E à medida em que nos elevamos espiritualmente, perdemos o carbono e depois o azoto, em seguida o oxigénio, e ficamos somente com o hidrogénio; um corpo luminoso e fosforescente.
E é por isso que os videntes, quando retratam um espírito, a presença de entidades angélicas, através de quadros cristalográficos, nos relatam uma túnica lucilante, fosforescente, luminosa, ou seja, esta túnica de hidrogénio, túnica levíssima.
Porque o que nos resta saber agora é a questão se o espírito pode comunicar-se com o homem, isto é, se pode com este trocar ideias; por que não?
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:27 pm

Que é o homem, senão um espírito aprisionado num corpo?
Por que não há de o espírito livre se comunicar com o espírito cativo, como o homem livre com o encarcerado?
Desde que admitida a sobrevivência da alma, será racional que não admitais a sobrevivência dos afectos?
Pois que se as almas estão por toda parte, não será natural acreditarmos que a de um ente que nos amou durante a vida se acerque de nós, deseje comunicar-se connosco e se sirva para isso dos meios de que disponha?
Enquanto vivo, não actuava ele sobre a matéria de seu corpo? Não era quem lhe dirigia os movimentos?
Por esta razão, pode, depois de morto, entrar em acordo com o outro espírito ligado a um corpo vivo, para exprimir o seu pensamento, do mesmo modo que um mudo pode servir-se de uma pessoa que fale, para se fazer compreender.
1ª) Que o ser pensante, que existe em nós durante a vida, não mais pensa depois da morte;
2ª) que, se continua a pensar, está inibido de pensar naqueles a quem amou;
3ª que, se pensa nestes, não cogita de se comunicar com eles;
4ª) que, podendo estar em toda parte, não pode estar ao nosso lado;
5ª) que, podendo estar ao nosso lado, não pode comunicar-se connosco;
6ª) que não pode, por meio de seu envoltório fluído, actuar sobre a matéria inerte;
7ª) que, sendo-lhe possível actuar sobre a matéria inerte, não pode actuar sobre um ser animado;
8ª) que, tendo a possibilidade de actuar sobre um ser animado, não lhe pode dirigir a mão para fazê-lo escrever;
9ª) que, podendo fazê-lo escrever, não lhe pode responder às perguntas nem lhe transmitir seus pensamentos.
Quando os adversários do Espiritismo nos provarem que isto é impossível, aduzindo razões tão patentes, quais as com que Galileu demonstrou que o Sol não é quem gira em tomo da Terra, então poderemos considerar-lhes fundamentadas as dúvidas.
O que entendemos por maravilhoso?
- É o que é belo, o que é sobrenatural.
O que é sobrenatural?
- O que é contrário às leis da natureza
Nós sabemos que o pensamento é um dos atributos do espírito; a possibilidade que ele tem de actuar sobre a matéria, de nos impressionar os sentidos e, por conseguinte, de nos transmitir seus pensamentos, resulta assim de nos podermos exprimir, da constituição fisiológica que lhe é própria
É errado atribuirmos aos espíritos carácter sobrenatural.
Porque todos sabemos que a existência dos espíritos não é um sistema preconcebido, ou uma hipótese imaginada para explicar os factos; é, sim, o resultado de observações e consequência natural da existência da alma e seus atributos.
Pois comprovada está a existência desses seres invisíveis, a acção deles sobre a matéria que resulta também da natureza, do envoltório fluídico semi-material que os reveste.
Sabemos também que essa acção é inteligente, pois ao morrermos, perdemos tão-somente o corpo, conservando a inteligência, portanto aí está a chave de todos esses fenómenos, tidos erradamente por sobrenaturais.
Sabemos também que Deus lhes impõe a encarnação, com o fim de fazê-los chegar à perfeição.
Embora saibamos, também, que para uns é expiação; para outros, missão.
Portanto, para alcançarmos essa perfeição, se faz necessário que tenhamos de sofrer as vicissitudes da existência corporal; nisso é que está a expiação.
Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
As pessoas que atacam o Espiritismo são as que contestam os fenómenos espíritas, precisamente porque tais fenómenos lhes parecem estar fora da lei comum e porque não logram achar neles qualquer explicação.
Dê-lhes uma base racional e a dúvida desaparecerá.
Daí vermos, todos os dias, pessoas que nenhum fato testemunharam, que não observaram um médium escrever, ou psicofonizar uma mensagem, se tomarem tão convencidas quanto nós. Isto unicamente porque leram e compreenderam.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:27 pm

Sempre ouvimos a clássica pergunta: até onde vai a crença no Espiritismo?
Lede, observai e sabê-lo-ei. Porque só com o tempo e o estudo se adquire o conhecimento de qualquer ciência.
Ora, o Espiritismo, que entende com as mais graves questões de filosofia, com todos os ramos da ordem social, que abranda tanto o homem físico, quanto o homem moral, é, em si mesmo, uma ciência, uma filosofia, que já não pode ser aprendida em algumas horas, como nenhuma outra ciência.
Para os amigos terem uma ideia, vou exemplificar o meu caso.
Faz precisamente 19 anos que venho estudando e pesquisando a Doutrina Espírita e ainda não me considero um verdadeiro espírita; apenas estou engatinhando na doutrina, mas todos os dias eu peço nas minhas orações a Jesus para que eu me tome um espírita verdadeiro.
Pois a vontade não me falta de me tomar um verdadeiro espírita.
E para finalizar o presente capítulo, desejo reproduzir a mensagem publicada por R.C. Romanelli, no seu livro “O Primado do Espírito”, 2- edição ampliada.
Quando... Filho meu!
QUANDO, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me:
Eu sou Aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;
QUANDO te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que, em tomo, a indiferença recrudesce, acerca-te de Mim:
Eu sou a LUZ, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;
QUANDO se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me:
Eu sou a FORÇA capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo;
QUANDO, inclementes, te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de Mim:
Eu sou o REFÚGIO, em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para o teu espírito;
QUANDO te faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me:
Eu sou a PACIÊNCIA, que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis;
QUANDO te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grita por mim:
Eu sou o BÁLSAMO que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim:
Eu sou a SINCERIDADE, que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à nobreza de teus ideais;
QUANDO a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, clama por mim:
eu sou a ALEGRIA, que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu interior;
QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para Mim:
Eu sou a ESPERANÇA, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos;
QUANDO a impiedade recusar-se a revelar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me:
Eu sou o PERDÃO, que te levanta o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;
QUANDO duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o cepticismo te avassalar a alma, recorre a mim:
Eu sou a CRENÇA, que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da Felicidade
QUANDO já não provares a sublimidade de uma afeição tema e sincera e te desiludires do sentimento de teu semelhante, aproxima-te de mim:
Eu sou a RENÚNCIA, que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo;
E QUANDO, enfim, quiseres saber quem sou Eu, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda Eu sou a dinâmica da vida e a harmonia da Natureza Chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito.
Estende-me, pois, a tua mão, ó alma filha de minha alma que eu te conduzirei, numa sequência de êxtase e deslumbramento, às serenas mansões do Infinito, sob a luz brilhante da Eternidade.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:28 pm

CAPÍTULO 2 - TAREFA DOS ESPIRITISTAS
Todos nós, que somos homens de boa-fé, conscientes de nossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo infinito, devemos nos lançar em cruzadas contra a injustiça e a iniquidade, que cada dia mais se alastra pelos nossos caminhos.
Não importam as emboscadas que nos armem pelos nossos adversários espíritos!
Devemos confiar em Deus, que nos guiará, pois a fé é a virtude que desloca montanha, disse Jesus.
Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens todos os vícios que derivam as impurezas.
Devemos partir, cheios de coragem, para removermos as montanhas da iniquidade, para que a futura geração só deva tomar conhecimento como lenda
É como disse o jornalista e escritor Guillon Ribeiro, no artigo “Tarefa”, publicado no Reformador - Estamos convictos de que a Doutrina Espírita se nos oferece o engrandecimento do coração, no cadinho das experiências vividas, igualmente nos enseja a exaltação da inteligência, situando-nos entre o estudo e a meditação, a fim de que a sabedoria nos inspire a selecção dos valores morais, que iluminam o espírito.
Assim, mobilizemos razão e bom senso, verificando nosso posicionamento nas lides espiritistas, de forma a valorizar o tempo em nós, ante as realizações que realmente nos competem.
A acomodação ao empirismo entremeado de êxtase do sentimento não se coaduna com a hora presente, a exigir reflexão e amadurecimento que estabelecem transformação de base.
O coração que se identificou com a grandiosidade do vero Cristianismo, recolhendo os favores da “boa nova”, convocará de imediato o concurso do cérebro para que a razão, trabalhando, venha contribuir com a argamassa do bom senso nas estruturas sólidas das convicções legítimas.
Não podemos compreender “Doutrina Espírita” sem estudo continuado e perseverante, como jamais entenderemos espiritista sem tarefas determinadas no grande movimento de renovação de almas.
Trabalho é a senha abençoada dos que efectivamente escancaram as portas do coração a Jesus, desejosos de perpetuar em si mesmos as claridades esfuziantes da fé.
E fé sem obras representa caos, estagnação, fragilidade.
Estamos na vida, convocados a aprender e ensinar, simultaneamente abraçando as responsabilidades do dia-a-dia, a fim de participarmos das imperecíveis conquistas da sabedoria e do amor.
Os serviços de auxílio espiritual, seja na tarefa do passe ou na distribuição de água fluidificada, preconizarão o concurso dos doadores do magnetismo curativo.
A obra da divulgação da Doutrina Espírita, seja por qual veículo se expresse, exigirá colaboração dedicada e eficaz, quer pela palavra falada, quer pela palavra mensagem escrita, objectivamente aos fins a que se propõe.
O serviço social, mobilizado em nome da caridade, convocará especialistas da assistência fraterna para as oficinas do socorro justo, onde mãos diligentes refulgirão por estrelas de fraternidade e devotamento.
Portanto, posicionemo-nos como servidores leais do Cristo, na seara da terceira revelação, abraçando responsabilidades nossas, certos de que não há tarefas maiores ou menores.
Todas dignificam o obreiro do bem e da luz, a sublime essência como se revelam.
Finalmente, a evangelização de crianças e jovens contará com a participação de servidores adestrados na arte de ensinar e transmitir, que buscarão actualizar-se permanentemente, reconhecidos de que a obra de orientação humana exigirá devotamento e circunspecção.
Recorde que a tarefa nobilitante será, agora e sempre, o melhor antídoto para as aflições que enxameiam o mundo.
Os verdadeiros espiritistas proclamam, com toda convicção, que a Doutrina Espírita é uma doutrina que não pode estacionar em fórmulas acabadas e frases feitas.
Por sua própria essência, ela permeia todas as coisas, verifica todos os factos e acontecimentos permanentes no Universo e, por isso mesmo, ela não é dogmática, nem adopta ritos ou liturgia.
Se o fizesse, cometeria um verdadeiro suicídio, porquanto se cristalizaria, imobilizaria, divorciando-se, com isso, da lei de Evolução Universal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:28 pm

Ela é, por natureza, uma doutrina progressista e dinâmica.
Não teme as afrontas nem as coisas novas do dia-a-dia, antes procura esclarecer as dúvidas que surgem entre os leigos.
E faz mais, explica-se com detalhes, permitindo que os homens não se atordoem com as inovações e sabe cortar-lhes os excessos.
Estas considerações são válidas tanto para os acontecimentos do plano espiritual, quanto para os do plano material.
Com os novos métodos e diante dos processos resultantes das conquistas tecnológicas e dos avanços científicos, aproveita-lhes os recursos na veiculação e difusão de seus princípios, ou quando menos, na execução de suas realizações e decorrência lógica, considerando que as suas actividades doutrinárias haverão de conformar-se com esses novos métodos.
E se tal afirmativa é irretorquível, não menos o será a que tal acomodação deverá ser levada a efeito com máximo cuidado e senso iluminado, para não descambarmos em torpezas.
Devemos marchar em um rumo certo e equilibrado sem vacilações, e sem nos envolvermos com as vantagens que o mundo oferece, é como o dizer, estar no mundo mas não ser do mundo; é a máxima evangélica que se dirige não apenas ao espírito de per si, como também ao próprio Espiritismo, que está no mundo para ensinar-nos a repetir a façanha do Cristo, que venceu o mundo.
Aliás, a própria sabedoria popular nunca discrepou dessa orientação.
Embora os mentores da Velha Roma, que eram considerados naquela época, devido sua posição, como senhores do mundo, já proclamassem as virtudes do comedimento em quaisquer realizações, porque este era seu lema, que podemos traduzir e ensinar com moderação, e senso de proporção nas coisas, o que para o espírito, não deve soar como enxerto, na doutrina, de divisas profanas.
Se os pagãos e politeístas de época recuada, afeitos às pomposas festividades e comemorações, reconheciam e prescreviam a moderação como artigo de uso diário, não será demasiado recordar que o trato das coisas espirituais deve ser conduzido com aquele “sabor das coisas santas”, a que alude o Evangelho.
E esse sabor por certo será devido ao ingrediente impregnado nas actividades doutrinárias de qualquer modalidade.
Demonstrando a nós mesmos, como a todos que nos encarem, que estamos cônscios da exemplificação que nos cabe testificar, a fim de que possamos ostentar, em verdade, o título de “Sal da Terra”.
O Espiritismo, para se fazer presente, não precisa de estardalhaço, não precisa atrair, ruidosamente, a atenção dos passantes, não precisa bradar, aos olhos ou aos ouvidos, que ele se encontra na Terra
Não deve e nem precisa emparelhar com as demais crenças religiosas, não tem que disputar hegemonias do mundo, seu lugar ao sol.
As estrelas irradiam sua luz sem alardes.
Se o ruído, para chamar a atenção dos distraídos, foi necessário, isso aconteceu nos idos Hydesville e das mesas girantes.
Hoje o próprio comportamento dos espíritos nos indica a atitude a tomar.
Se o nosso entusiasmo nos impele a proclamar as excelências da doutrina, façamo-lo através da vivência das lições evangélicas.
Se porém utilizarmos os modernos recursos de comunicação e os novos métodos em nossas actividades, mantenhamos o equilíbrio, para não banalizar, não exagerar.
Antes sublimemo-los, apliquemo-los criteriosamente, a modo de instrumentos adequados à construção, no mundo, do Reino de Deus, que não vem com pompa nem ruídos exteriores.
Nesses mundos mais avançados que a Terra, onde os espíritos não estão premidos por todas nossas necessidades materiais, a felicidade é quase completa.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:28 pm

CAPÍTULO 3 - RESPONSABILIDADE E SOLIDARIEDADE
No Reformador de dezembro de 1970, Túlio Tupinambá publicou um artigo sob o título acima em que ele começa dizendo o seguinte:
As dores que dominam a humanidade nascem de cada um de nós, dos erros que praticamos, das omissões em que incorremos, da desatenção que pomos em tudo o que não interessa frontalmente.
Por isso é que, entra ano, sai ano, temos a impressão de que a Terra piora, os homens se tornam mais frios e calculistas, mais interesseiros e egoístas.
Na realidade, porém, o número dos que confiam em Deus e dão alguma coisa de si, do seu esforço, para a melhoria do mundo, tem crescido, ainda que nem todos disso se apercebam.
Dizemo-lo pelo desenvolvimento que o Espiritismo Cristão vem registrando, principalmente neste campo de observação mais ao alcance da nossa análise.
Acontece que hoje se faz às escâncaras o que, em outros tempos, era feito ocultamente.
Agora, o despudor é maior, graças à influência mais forte e decisiva dos meios de comunicação, que divulgam depressa e amplamente ideias tidas como importantes, alterando negativamente, às vezes, os costumes e impondo hábitos de desbragada liberdade ao homem, à mulher, aos jovens e crianças em gera!.
Teorias anticristãs, exaltadas por corifeus do materialismo, invadiram todos os países ocidentais, propugnando o abandono da educação moral, a pretexto de resguardar a criatura humana da compressão psicológica; notem que tudo isso sucede especialmente nesses países ditos cristãos...
O “berço”, a “educação de berço”, como se dizia em outros tempos, tem sido abandonada em muitos lares, porque os pais nem sempre se capacitam das responsabilidades que assumem ao contraírem casamento.
Defende-se o adultério e as aberrações sexuais!
A procriação é encarada quase como um erro clamoroso e são estimulados abusos que rebaixam a espécie humana, dos quais resultam consequências tristes, dramáticas, dolorosas, fáceis de imaginar.
Homens e mulheres procedem como animais, que, embora irracionais, são fiéis às leis da Natureza, e nesse particular, superiores às criaturas humanas degeneradas pelo vício.
Somos vaidosos, por aceitarmos que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
Não devemos interpretar ao pé da letra o que é de carácter implicitamente simbólico, como, por exemplo, que Deus nos fez à sua imagem e semelhança, conforme diz a “Génesis”, cap. 1: - 26:
“Disse também Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” e (Vers. 27):
“Criou, pois, Deus, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homens e mulheres os criou".
Mas na Bíblia está, outrossim, que Deus, depois de haver formado o homem do pó da Terra, compreendendo que não seria bom que o homem estivesse só, adormeceu-o e... eis o trecho:
Disse mais Deus Jeová:
não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que lhe seja idónea e fez Deus Jeová cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; então tomou uma das costelas do homem, e fechou a carne no lugar dela.
Da costela que Deus Jeová tinha tomado do homem formou a mulher, e são uma só carne (Génesis cap. 1 - Vers. 26 e cap. 2 - Vers. 18, 22 e 24).
Apreciamos e respeitamos o que está na Bíblia, sem, contudo, deixar de exercer o discernimento que Deus nos deu.
Mas, se disse Deus - “Façamos à nossa imagem e semelhança”, então, amigos, dar-se-á o caso de não haver estado.
Ele só, quando operou essas criações?
Quem seria o seu acompanhante, ajudante, assistente, assessor, o que melhor nome tenha?
De acordo com a História Sagrada, concluímos que aquela personalidade que estava presente quando Deus construiu o mundo era nada menos nada mais do que Jesus Cristo, Filho de Deus vivo.
A responsabilidade e solidariedade têm servido para muitas coisas. Uma das principais é a chamada “Política de campanário”.
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O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO / Raimundo Nonato de Melo Empty Re: O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO / Raimundo Nonato de Melo

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:28 pm

O que se gastou com esse mito e suas terríveis proezas poderia ter acabado com a fome e a miséria na Terra.
Mas os “teólogos” da Antiguidade precisavam de alguma coisa que os assustassem, pelo medo, submissos e manobráveis aos planos dos que mandavam e desmandavam, ao sabor de interesses que variavam entre o desejo de reprimir o mal com aplicação do mal e o de encontrar uma solução cómoda, transferindo para o Diabo, um mito, a responsabilidade dos vícios e erros humanos.
Ora, “Satanás, Demónio, são nomes alegóricos pelos quais se designa o conjunto dos maus espíritos empenhados na perda do homem”.
Não se trata, pois, de um espírito especial, “mas a síntese dos piores espíritos que perseguem os homens, desviando-os do caminho de Deus”.
Desviavam-nos porque os maus espíritos sempre se aproveitam das falhas de carácter, dos vícios e defeitos morais dos homens para induzi-los à prática de acções prejudiciais ao bem.
No fundo, na encenação alegórica apresentada pela Bíblia, há a verdade oculta pelo véu da letra.
O homem, uma vez formado e em condições de exercer o livre-arbítrio que lhe é dado com oportunidade, passa a ser responsável por seus actos.
Instruído sobre a conveniência de seguir o caminho recto, quando falha, torna-se responsável por sua falta.
De acordo com a lei, que o pune na promoção da gravidade da infracção contida, sofre.
Quanto mais reincide, mais padece.
De nada adiantaria gritar com a dor, se não tomar a resolução de mudar seu comportamento.
Foi isto que Jesus veio esclarecer com extraordinária lucidez em seu Evangelho.
Ele não veio modificar a lei transmitida através de Moisés, veio cumpri-la, dando-lhe correta interpretação.
Eis por que devemos ter cuidado até com o que pensamos, porque o pensamento tanto pode exercer influência favorável, positiva, como desfavorável, negativa, contra e a nosso favor, contra e a favor de terceiros.
O mal que podemos causar a outras pessoas quando emitimos pensamentos de inveja, ódio, despeito, antipatia, etc..., recai sobre nós, aumenta o nosso débito cármico.
O Evangelho de Jesus veio para que a humanidade pudesse ter mais operantes elementos de auto-educação moral e, igualmente, para colaborar na educação e reeducação de seus semelhantes.
Desde que nos eduquemos para o bem, e higienizando as ideias que emitimos, as palavras que proferimos e os actos que praticamos, impediremos a poluição da nossa mente e da mente daqueles que recebem nossas vibrações.
Ajudando-nos a melhorar, também contribuímos para melhorar o ambiente em que estamos e concomitantemente, colaboraremos para ajudar a humanidade a melhorar também.
A felicidade do mundo não é conquista fácil e a curto prazo.
Pelo contrário.
Mas, se cada qual, a despeito das dificuldades e até dos insucessos, não desistir de procurar realizar o bem, mesmo quando o mal, aparente ou não, seja o resultado provisório dos seus esforços, plantará semente benéfica, cujos frutos surgirão fatalmente mais cedo ou mais tarde.
Concluindo o título - Responsabilidade e Solidariedade, arrematamos que a responsabilidade moral dos actos da vida fica, portanto, intacta; mas a razão nos diz que as consequências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvolvimento intelectual do espírito.
Assim, quanto mais esclarecido for este, menos desculpável se toma, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto.
A crença na eternidade das penas prevaleceu salutarmente enquanto os homens não tiveram ao seu alcance a compreensão de poder moral.
É o que sucede com as crianças durante certo tempo; chegadas ao período do raciocínio, repelem, por si mesmas, essas quimeras da infância, tomando-se absurdo o querer governá-las por tais meios.
Se os que as dirigem pretendessem incutir-lhes ainda a veracidade de tais fábulas certo decairiam da sua confiança.
É isso que se dá hoje com a humanidade saindo da infância e abandonando, por assim dizer, os cueiros.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 29, 2021 8:29 pm

O homem não é mais passivo instrumento vergado à força material, nem o ente crédulo de outrora que tudo aceitava de olhos fechados.
Pensemos no que temos a modificar em nós, ao mesmo tempo, procurando consolidar as virtudes, se é que já possuímos alguma.
O mal do mundo é derivado do mal dos homens, que ainda persistem em não reconhecer a realidade de uma Inteligência Prodigiosa - Deus, que dirige os mundos e a vida.
Mas, por que Deus? - Perguntaram os cépticos.
Porque foi esse o nome que se convencionou dar à Inteligência Superior que excede a qualquer definição humana.
Como pode o inferior negar o superior, o finito contestar o infinito, o mal sobrepujar o bem?
Tudo é questão simples de lógica mais elementar.
Deus não deixará de existir só porque os materialistas o negam, apegados ao ateísmo tolo de quem contesta o que está além da Sua capacidade de julgar.
Mas, como todos estamos sujeitos a reencarnações progressivas, nós e os que negam a Deus, dia virá em que os contestadores compreenderão os que hoje recusam aceitar, com empáfia ridícula, pois estamos todos subordinados ao mecanismo psico-vibratório da Lei da Causa e Efeito, que regista, aceita e devolve a cada um os sentimentos experimentados e externados no curso de sua existência.
Os sentimentos, que são forças vibratórias que saem de nós, voltam para nós, beneficiando-nos, ou castigando-nos, conforme sua natureza.
Tudo quanto de mais secreto queiramos saber de Deus poderá ser, um dia do nosso conhecimento, quando nos encontrarmos suficientemente evoluídos para suportar o impacto de tão transcendentais revelações.
Não nos esqueçamos, entretanto, de que somos co-responsáveis, na situação actual do mundo, por nosso passado espiritual ou por nosso presente delituoso.
E há somente um caminho de alívio, até que seja eliminado o peso dessa imensa cumplicidade; praticar o bem, exercitar sem esmorecimento a fraternidade, fazendo pelos outros pelo menos o que desejamos que os outros nos façam.
Fora daí nada conseguiremos, a não ser sobrecarregar o fardo que carregamos, multiplicando nossas preocupações e nossos sofrimentos, porque estamos num mundo em que tudo tem de ser solidário.
Busquemos o melhor, sendo solidário com o bem, a fim de que possa o espírito da Verdade se derramar sobre todos os corações, amenizando as dores e todos os sofrimentos, e estabelecendo sobre a Terra uma verdadeira Paz.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:47 pm

CAPÍTULO 4 - O PECADO ORIGINAL
O pecado original é a base fundamental das doutrinas Católica, Romana e Protestante; estes dois ramos do Cristianismo nos ensinaram, com efeito, de acordo com uma narrativa tirada da Bíblia Sagrada, que Adão e, consequentemente, toda sua posteridade, incorreu na culpa, depois que o nosso “primeiro pai” comeu do fruto proibido, na perdição eterna, condenação da qual a humanidade não pode escapar, a não ser reconciliando-se com o seu Criador irritado.
Mas como esta pobre humanidade é incapaz, por si mesma, de salvar-se, era necessário que o Filho de Deus viesse encarnar - em corpo humano, a fim de se oferecer como vítima expiatória, para resgatá-la da mancha original.
Quase todas as pessoas já conhecem o capítulo terceiro do livro Génesis da Bíblia Sagrada, cujo teor trata da “queda do homem” (pecado original), tomando-se enfadonho para o leitor a sua repetição, a narração que nos lega á tradição hebraica.
Tomando-se ao pé da letra a narrativa atribuída a Moisés, que ideia de justiça e de bondade se pode fazer deste Deus, que tendo por seu infinito poder trazido à vida dois seres privilegiados, tomando-os como criaturas predilectas, permitiu a um seu inimigo irreconciliável vir, por inveja, enganar a inocência e levar ao crime os dois seres criados para a felicidade?
Este Deus deveria saber, dotado que é da presciência, que os criando, eles cairiam certamente em tentação.
Assim sendo, porque consentiu Ele nisso?
E pensando bem, não teria sido exagerado o castigo imposto e desproporcional à ofensa de uma maneira inconcebível?
Deus sabia, dono de predicados infinitos, que a queda seria mais que certa.
Dizer que Deus castiga os filhos por erros cometidos pelos pais ou avoengos é fazer Dele o pior juízo; é colocá-LO cem vezes abaixo dos juízes da Terra.
Qual aquele juiz que em nosso Globo tivesse a missão de julgar e fosse capaz de condenar um homem, porque um seu antepassado, há muitos anos, houvesse cometido um crime e se um pecador é incapaz de uma falta de escrúpulo desta natureza, como admitir-se que o Criador de todas as coisas do Universo Infinito, em todas as suas perfeições, seja capaz de tamanha crueldade e injustiça?
De acordo com a história bíblica, Deus proibiu a Eva e a seu mar rido Adão de comer do fruto da árvore da ciência, que Ele plantou no Éden e lhes disse:
“No dia em que dele comerdes, certamente morrereis.” (Gên. cap. 2, vers. 17)
Eles comeram e não morreram, pois Adão viveu 930 anos.
É necessário assim compreender que se trata de outra morte; é a morte da alma.
Mas Deus não disse que Adão estava condenado; são assim seus filhos os condenados, e como?
Porque Deus condenou a serpente, que funcionou como astuta, enganando a Eva, e que daquele momento em diante a serpente passaria a andar de rastro sobre o ventre, o que subentende-se que ela antes caminhava com os pés, e que também falava, pois chamou a atenção da Eva para o fruto apetitoso.
O imperador Juliano, conforme conta a história, desejou saber que língua a serpente falou com a Eva, mas nunca obteve resposta.
Sabemos que daquela data em diante a raça de Adão foi condenada a ser mordida no calcanhar.
Os saduceus não acreditavam na imortalidade da alma, e os fariseus, que acreditavam na metempsicose, não podiam admitir a condenação eterna.
De qualquer forma, essa teoria seria contraditória para qualquer dos dois.
Há incontestavelmente, em toda essa lengalenga, uma série de blasfémias, contra a verdadeira essência e a verdadeira natureza de Deus, quando se dá a entender que o Criador ignorava que a mulher com a qual presenteou Adão para companheira fosse ser a causa de seu crime, e consequentemente de sua ruína; que interditava ao homem o conhecimento do bem e do mal, a única coisa que poderia regular seus costumes, e que temia que este homem, depois de haver comido o fruto da árvore da vida, se tomasse imortal. Tal receio, e tal inveja convirão à natureza de Deus?
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:47 pm

Outra coisa que impressiona grandemente aos que não aceitam o dogma católico e protestante é esta sacrílega imputação, este indisfarçável ultraje à justiça de Deus, tal o de condenar todo o género humano, pelo crime cometido pelos nossos “primeiros pais"; há, aí, falta de coerência, uma vez que não se encontra uma só palavra que toque nessa invenção do pecado original, nem no “Pentateuco”, nem nos “Profetas”, nem nos “Evangelhos Apócrifos ou Canónicos", nem em nenhum dos escritores, a quem denominamos os primeiros pais da Igreja.
Outros diziam que o pecado original se transmite de alma para alma, por via de emanações, e que uma alma vindo de outra criatura chegava neste mundo, com tal corrupção da alma mater.
Esta opinião também não foi aceita.
O facto que mais intrigava é que sendo nossas almas feitas há tão pouco, como podem elas, mesmo dentro da lógica do clero católico, responder pelo erro de uma outra alma que viveu há tantos milhares de anos?
Não dizem os senhores clérigos que a vida é uma única?
Como conciliar, pois, as responsabilidades que atiram sobre os nossos ombros, com o horrendo crime de nossos “primeiros pais”, esses gulosos impenitentes; isto não é tudo:
A instituição do baptismo é relativamente recente.
Nos dois primeiros séculos, não se usava baptizar as crianças uma vez que não constituía crença; está hoje em moda que as crianças pagam pelo pecado de Adão.
Antes do Catolicismo, todas as crianças eram naturalmente privadas desta cerimónia sacramental, o que significa que todas elas, na concepção católica romana, estão no limbo.
Uma vez que já conhecemos o pensamento católico no que concerne ao baptismo, a salvação dos entes que apenas desabrocharam na Terra, para morrerem em seguida, examinemos o nosso ponto de vista espírita, isto é, da pluralidade das existências.
A alma de uma criança de alguns meses ainda se encontra em estado rudimentar; ela é mais ou menos a mesma que era no dia do nascimento.
Se a criança morre nesta idade, terá que recomeçar sua carreira.
Ela terá que experimentar, com todas as criaturas humanas, as vicissitudes da vida planetária, até o seu completo aperfeiçoamento.
Nesta doutrina, não há privilegiados, são tratados de igual forma todas as criaturas de Deus.
O grande escritor, Lauis Figuier, no seu livro “Le Leudemain de la Mort”, na sua 7- ed. - 1871, págs. 297 e 298, diz o seguinte:
“A explicação que damos dos destinos das crianças é conforme a economia que se observa nas operações da natureza.
A natureza quer que nada do que é criado se perca; a alma de um homem criminoso é má; mas é uma alma, ela existe, ela é eterna; não se deve perder.
Somente é necessário que se aperfeiçoe e se corrija; é o que acontece, graças às novas existências para as quais a natureza convoca a alma imperfeita, a fim de fornecer-lhe os meios de se erguer da queda.
Assim o princípio da alma é conservado, e nada fica destruído daquilo que foi criado.
A alma da criança morta em tenra idade também não pode perecer.
Uma segunda encarnação em outra criança permitir-lhe-á retomar o curso de sua evolução, interrompida acidentalmente pela morte.
Assim a alma se conserva, e nada ficará perdido.
A química, depois de Lavoisier, iluminou uma grande verdade; é que nada se perde dos elementos da matéria, e os corpos mudam de forma, mas o elemento que compõe o corpo é imperecível, indestrutível e podemos sempre encontrá-lo intacto, malgrado as suas mil transformações.
Se é verdade que no mundo material nada se perde, é igualmente certo que no mundo espiritual também nada se perde, e que tudo não faz senão se transformar.
Está assim exposto, através das diversas considerações, o pensamento do moderno espiritualismo, isto é, do Espiritismo, em contraste com um Deus caprichoso e injusto, que nos apresenta o Catolicismo e outros ramos.
A Doutrina dos Espíritas nos mostra um Criador sábio e justo, que dá igual destino a todas as suas criaturas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:47 pm

Se não encontramos uma explicação plausível a esta dupla verificação é que a injustiça é a base do Universo.”
Também nos informa mais o seguinte:
“Como se nota, estas concepções são insuficientes.
E o são porque qualquer que seja o progresso futuro, o mal assistirá sempre; menos frequente, ele será mais doloroso devido ao aumento de nossa sensibilidade física e moral.”
Os grandes filósofos pessimistas não se deram ao trabalho de demonstrar, com seus argumentos e outros análogos, a vantagem que o mal levará sempre sobre o bem.
Mas, ponto essencial, isto é verdade, pois se o mal é tal qual nós o consideramos actualmente, significa que é dotado da importância irreparável que se lhe atribui.
Se ao contrário, ao monismo clássico juntarmos a hipótese da imortalidade individual, então, tudo se aclara
O mal, não sendo, em todos os casos, senão um estado transitório e sempre reparável, perde a maior parte de sua importância pretendida.
Acrescentemos a esta hipótese da imortalidade individual a noção da evolução da consciência individual, desde que ela se esboçou no vegetal e no animal inferior, até o seu desabrochar no homem e nos estados super-humanos, e a injustiça aparente do Universo desaparece.
Todos serão compensados de seus esforços, depois de sofrerem uma soma sensível igual de provas e de dores.
Eis a forma que concilia o evolucionismo com o idealismo, ou melhor, tal é a concepção que vem completar o evolucionismo.
A alma ou a individualidade consciente, em potencial, foi formada pouco a pouco nos reinos viventes inferiores, para adquirir no homem e seu grande desenvolvimento actual.
Ela cumpriu esta evolução dentro de inumeráveis encarnações nos organismos cada dez mais aperfeiçoados.
A morte, da qual ninguém escapa, é bem realmente:
“Um episódio da vida e não a sua interrupção", é uma simples mudança de corpo; a alma deixa o seu invólucro como se deixa uma roupa imprestável, para tomar outra nova e melhorada.
Naturalmente, cada encarnação nova é acompanhada do esquecimento dos estados anteriores, pois o cérebro, órgão material do pensamento durante a vida terrestre, é um cérebro novo, e a alma que dirige “lhe é rigorosamente solidária”.
Este esquecimento é momentâneo, a lembrança do passado fica toda inteira, conservada na subsistência essencial da alma, para reaparecer depois da morte, tanto maior quanto maior for a evolução do espírito.
A alma, com efeito, não é mais este princípio imaterial e incompreensível do velho espiritualismo.
A alma não está isolada da força da matéria Ela é uma parcela individualizada do princípio único, é pois força e matéria ao mesmo tempo que inteligência.
Será dotada afectivamente de acordo com as teorias ocultistas de um veículo etérico, imponderável, inacessível aos sentidos materiais, escapando de certo modo às condições de espaço e de tempo.
A evolução progressiva da alma, nas suas encarnações sucessivas, se processa “fora de toda influência sobrenatural”.
É o resultado do jogo natural da vida; das sensações, das emoções, dos esforços quotidianos, do exercício de nossas diversas faculdades.
Nada se perde; todo trabalho, todo esforço, toda alegria, toda dor, têm sua repercussão sobre a alma, se agravam indestrutivelmente, constituindo uma nova experiência, uma expansão no campo da consciência, isto é, um progresso.
Assim, fora adquirida pouco a pouco toda nossa sensibilidade.
Daí uma sanção assegurada e perfeita para todos os nossos actos; desfrutamos os progressos adquiridos, mas sofremos pela nossa imperfeição persistindo por nossa sujeição às forças inferiores, por nossa ignorância Sofremos também pelas más inclinações que deixamos que se instalassem em nós.
Concluindo a condenação da nossa alma, o espírito se fundamenta nos nossos actos e acções ruins ou mal que praticamos e não em um pecado denominado de “original” como definem diversas religiões.

(Dados pesquisados no livro - A Bíblia dos Nossos Dias, de Mário Cavalcante de Melo, e em Les Preuves du Transformisme - ed. 19, pág. 208, de G. Geley)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:48 pm

CAPÍTULO 5 - ALGUNS DOS ATRIBUTOS DE DEUS
Amigos leitores, Deus é infinitamente maior do que pretendem mostrar determinadas religiões.
A grande inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus.
Quando o seu espírito não estiver mais obscurecido, pela matéria, e pela sua perfeição tiver se aproximado dele, então verá e compreenderá.
E para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio de completa depuração do espírito.
Mas sem o conhecimento dos atributos de Deus, impossível será compreender a obra da criação.
Esse portanto é o ponto de partida de todas as crenças religiosas, e é por não se terem reportado a isso, como farol capaz de os orientar, que a maioria das religiões errou em seus dogmas.
E as que não lhe atribuíram soberana bondade, fizeram dele um Deus cioso, colérico, parcial e vingativo.
Vejamos, portanto, o que a Génesis Segundo o Espiritismo nos explica sobre os verdadeiros atributos de Deus.
Começa dizendo que Deus é a Suprema e Soberana Inteligência, Causa Primária de Todas as Coisas; e acrescenta:
Deus é eterno - Isto é, teve começo e não terá fim.
Se tivesse sido criado por outro ser, este é que seria Deus.
É Imutável - Se estivesse sujeito a mudança, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.
Deus é Imaterial - A sua natureza difere de tudo que “chamamos matéria”
De outro modo, não seria imaterial, pois estava sujeito às transformações da matéria.
Deus é Omnipotente - Se não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber um mais poderoso, que Lhe ultrapassasse.
E esse então é que seria Deus.
Deus é soberanamente Justo e Bom - A providencial sabedoria das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que se duvide de sua justiça, nem da sua bondade.
Deus é infinitamente Perfeito 1 Para que nenhum ser possa ultrapassá-lo, faz-se mister que Ele seja infinito em tudo.
Os seus atributos não são susceptíveis nem de aumento, nem de diminuição.
Se lhe tirassem qualquer dos atributos, a mais mínima parcela, já não haveria Deus, pois que poderia existir um ser mais perfeito que Ele.
Deus é Único - A unicidade de Deus é consequência do facto de serem infinitas as suas perfeições.
Não poderia existir outro Deus, salvo sob a condição de ser igualmente infinito em todas as coisas, visto que se houvesse entre eles a mais ligeira diferença, mesmo que fosse apenas na espessura de um fio de cabelo, este é que seria o verdadeiro Deus.
Por isso é que a Génesis Segundo o Espiritismo faz a sua classificação, como soberana inteligência e causa primária de todas as coisas; e nós, os espíritas, não cansamos de repetir que Deus é Único; é Eterno; é a Inteligência suprema e soberana; é Imutável; é Imaterial; é Omnipotente; é soberanamente Justo e Bom; é Infinito em todas as perfeições, e não pode ser diverso nisso.
E de acordo com o que acabamos de transcrever sobre algumas das suas características, o homem está muito aquém de ser a imagem e semelhança de Deus; como afirma a Bíblia Sagrada, no livro Génesis Cap. I, Vers. 27, achamos que esta comprovação, escrita por Moisés, seja classificada como inverídica e irreal o que ele afirma no seu escrito como sendo real.
Concluindo, achamos que Deus é a origem de tudo que existe, é a base sobre o que repousa o edifício da criação, e é também o ponto que importa considerarmos antes de tudo.
Se lançarmos um olhar em tomo de nós, sobre as obras da natureza, notamos a Providência, a Sabedoria, a Harmonia que presidem todas essas obras; e reconhece o observador dessas maravilhas não haver nenhum outro ser que ultrapasse os seus ilimitados horizontes.
Portanto, continuamos afirmando: jamais poderemos admitir que o homem seja a imagem e a semelhança de Deus.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:48 pm

A existência de Deus é pois uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos factos.
Os povos selvagens, por exemplo, nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem instintivamente na existência de um poder sobre-humano.
Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à humanidade.
Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram por si mesmas?
A Providência Divina é a solicitude de Deus para com suas criaturas.
Ele está em toda parte, tudo vê, e tudo preside, mesmo as coisas mais íntimas possíveis.
É nisto portanto que consiste a acção providencial.
Por isso é que a humanidade, no estado inferior em que se encontra, só muito dificilmente pode compreender que Deus seja infinito.
Imaginando-o circunscrito, figuram-no quais eles são, à imagem e semelhança deles.
Por estas e outras afirmativas da Génesis de Moisés é que os espíritas discordam de muitos dos ensinamentos do Velho Testamento.

(Dados pesquisados na Génesis de Allan Kardec)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:48 pm

CAPÍTULO 6 - A PROLIFERAÇÃO RELIGIOSA
Desde o ano de 1555, começou a proliferação religiosa
Na Alemanha era a Luterana, do ex-frade Martinho Lutero; na Suíça e na França a Presbiteriana e na Escócia, o Calvinismo etc.
Na Europa, não obstante o amparo e a assistência dos abnegados mensageiros do Cristo, transportou-se ao século XVIII, no meio de lutas espantosas, agora agravadas, novamente, com as tenebrosas perseguições religiosas e com a criação do Tribunal da Penitência; quase se pode afirmar que os únicos jesuítas dignos do nome de sacerdote de Jesus foram aqueles que vieram para as regiões desconhecidas da América, no cumprimento dos mais nobres deveres de fraternidade humana, porque a quase totalidade da Companhia de Jesus no Velho Mundo mergulhou num oceano de tricas políticas, muitas vezes rematadas em tragédias criminosas.
Observa-se um fenómeno interessante: a Igreja Católica, que nunca se lembrara de dar um título real à figura do Cristo, assim que viu desmoronar-se os tronos do Absolutismo, com as vitórias da República e do Direito, imediatamente construiu a imagem do Cristo-Rei, para o cume dos seus altares.
O período das grandes transformações estava iniciado.
A própria Igreja, habituada a todas as arbitrariedades na sua função dogmática, recebeu a limitação dos seus poderes, junto às massas, resignando-se com a nova situação, isto é, dois meses antes de Napoleão Bonaparte sagrar-se Imperador, obrigando o Papa Pio VII a coroá-lo, na igreja de NotreDâme.
Quando foi a 3 de outubro de 1804, nascia em Paris Allan Kardec, com a sagrada missão de abrir caminho ao Espiritismo, grande voz do Consolador Prometido ao mundo, pela misericórdia de Jesus Cristo.
O século XIX desenrolava uma torrente de claridade, na face do mundo, encaminhando todos os países para as reformas úteis e preciosas.
As sagradas lições do Espiritismo iam ser ouvidas pela humanidade sofredora. Jesus, na sua magnanimidade, repartiria o pão sagrado da esperança e da crença com todos os corações.
Allan Kardec, todavia, na missão de esclarecimento e consolação, fazia-se acompanhar de uma plêiade de companheiros e colaboradores, cuja acção regeneradora não se manifestaria tão-somente nos problemas de ordem doutrinária, mas em todos os departamentos da actividade intelectual do século XIX.
A ciência, nessa época, disfere os voos soberanos que conduziriam às culminâncias do século XX.
A dádiva celestial do intercâmbio entre o mundo visível e o invisível chegou ao planeta nessa onda de claridade inexprimível.
E a tarefa de Allan Kardec era difícil e complexa.
Competia-lhe reorganizar o edifício desmoronado da crença em Cristo, e reconduzir a civilização às suas profundas bases religiosas.
O orbe com suas instituições sociais e políticas havia atingido um período de grandiosas transformações, que requeriam mais de século de lutas dolorosas e remissoras, e o Espiritismo Kardecista seria a essência dessas conquistas novas, reconduzindo os corações ao Evangelho suave do Cristianismo.
Desde o ano de 1870, se assinalou para o homem a decadência da Igreja Católica, em virtude da sua defecção espiritual, no cumprimento dos grandes deveres, que lhe foram confiados pelo Senhor, nos tempos apostólicos; em período de transição, profundas marcas sofreram todas as actividades humanas, como a destituição do papado do seu poder temporal, ficando o mesmo prisioneiro do Vaticano.
Em vão o mundo esperou as realizações cristãs, iniciadas no império de Constantino.
Tomou-se aliada do Estado, e vivendo à mercê dos seus interesses económicos, pois a Igreja não cuidou de outra coisa que não fosse o seu reino perecível.
Esquecida de Deus, nunca procurou equiparar a evolução do homem físico à do homem espiritual, perdendo-se em interesses rasteiros e mesquinhos da política temporal.
É por isso que agora lhe paira sobre a fronte os mais sinistros vaticínios.
O século XX surgiu no horizonte do Globo, qual arena de lutas renovadoras.
As teorias sociais continuam seu caminho, tocando muitas vezes a curva tenebrosa do extremismo, mas as revelações do além-túmulo descem às almas, como orvalho imaterial, preludiando a paz e a luz de uma nova era.
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O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO / Raimundo Nonato de Melo Empty Re: O CAMINHO ESPIRITUAL PESQUISADO / Raimundo Nonato de Melo

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:48 pm

Numerosas transformações são aguardadas, e o Espiritismo Kardecista esclarece os corações, renovando a personalidade espiritual das criaturas para o futuro que se aproxima.
Há no mundo actual um movimento inédito de armamentos e munições; teria começado neste momento?...
Não. A corrida armamentista do século XX foi iniciada antes da luta de “Porto Artur", em 1901.
As indústrias bélicas atingem culminâncias imprevistas.
Os campos agrícolas estão despovoados; os homens se recolheram às zonas de concentração militar, esperando o inimigo, sem saber que o adversário está em seu próprio espírito.
As Igrejas estão amordaçadas pelas injunções de ordem económica e política Somente o Espiritismo, prescindindo de todas as garantias terrenas, executa o esforço tremendo de manter acesa a luz da crença, nesse barco frágil do homem ignorante de seu glorioso destino, barco que ameaça voltar às correntes da força e das violências.
Jesus é o nosso único director no plano das realidades imortais; e agora que o mundo se entrega a todas as expectativas angustiosas, os espaços mais próximos da Terra se movimentam a favor do restabelecimento da verdade e da paz a caminho de uma nova era.
Mas é chegada a hora e o tempo de uma realização de todos os valores humanos.
Se as dolorosas expiações colectivas preludiam a época dos últimos “Ais” do Apocalipse, a espiritualidade do homem físico o conduz para o bem de toda a humanidade.
O Espiritismo, na sua emissão de consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua história; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem o seu verdadeiro caminho.
No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras dos céus, preparando-se as almas para a nova era que se aproxima São portanto chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de desânimo, nos ambientes terrestres e os seus últimos triunfos são o bem e o penhor de uma reacção temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios, que pesam sobre o seu império perecível.
Toda realidade é a do espírito, toda paz é a do entendimento do Reino de Deus e da Justiça
Vive-se agora na Terra um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite, e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.
Sim, porque depois da treva, surgirá uma nova aurora.
Luzes consoladoras envolverão todo o “orbe”, regenerando no baptismo do sofrimento.
O homem espiritual estará unido ao homem físico, - material para sua marcha gloriosa no itinerário, e o Espiritismo terá tirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.
Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.
Todos somos parte das chamadas ao labor, e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do escolhido.
Com a criação da Companhia de Jesus, que significa a Santa Inquisição, que levava as criaturas às fogueiras públicas, e também a criação do Livro das Taxas da Sagrada Chancelaria e da Sagrada Penitenciária Apostólica, onde se encontrava estipulado o preço da absolvição para todos os pecados, e para os adultérios, inclusive os crimes mais hediondos, criados pelo Papa Leão X, em 1518, cuja vida mundana impressionava desagradavelmente os espíritos sinceros e religiosos, tais rebaixamentos da dignidade eclesiástica ambientaram as pregações de Lutero, e seus companheiros de apostolado, e de nada valeram as perseguições e as ameaças ao eminente frade agostiniano.
O facto é que, no século XVI, as figuras veneráveis de Lutero, Calvino, Erasmo, Melanchton e outros vultos notáveis da reforma religiosa, não se conformando com aquelas grandes imposições da Igreja Católica, fundaram uma série de religiões protestantes.
Lutero fundou na Alemanha a religião Luterana; Calvino fundou na Escócia o Calvinismo; Erasmo fundou na França o Presbiterianismo, etc., daí foram surgindo, com ramificações, outras séries de religiões cognominadas de protestantes; o que quer isto dizer é que as pessoas, não se conformando com certos dogmas impostos, fundam as suas próprias religiões.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:49 pm

Razões por que existem aproximadamente no mundo mais ou menos 700 religiões, e a maioria delas se baseiam no Cristianismo; e todos os seus seguidores acham que aquela em que ele se filiou é a única certa, as demais estão erradas.
As pessoas que assim pensam estão completamente enganadas, pois assim pensando se tornam egoístas; e o egoísta dificilmente entrará no reino dos céus.
Pois não é nenhuma religião, por mais pura que seja, que salva ninguém, apenas encaminha a pessoa para um encontro futuro com Deus; e este encaminhamento só se verificará se a pessoa realmente tiver convicção religiosa, caso contrário, servirá apenas de um burilamento social e nada mais.
Tendo pois o Cristianismo, no ano 325, renegado a encarnação, como já foi explicado em outro capítulo, com detalhes, todas as religiões cristãs são baseadas no Cristianismo, e só depois do ano 1555, foi que começou a proliferação religiosa, e todas elas desconhecem a reencarnação; portanto está claro e evidente que as religiões que apareceram depois do ano 325, da era cristã, neguem a reencarnação, e entre elas está incluída o Protestantismo.
As religiões que existiam, antes da vinda de Cristo, não negam a encarnação do espírito; embora o Espiritismo Kardecista só tenha sido divulgado depois de 1804, com o aparecimento de Allan Kardec, os espíritas têm provas irrefutáveis da sua existência, desde o começo da criação da humanidade.
Podemos, por exemplo, acompanhando Emmanuel, recordar que um astro chamado “Capela", pertencente à constelação do Cocheiro, há alguns milénios atrás, atingiu um ponto insuportável.
E todos aqueles espíritos que estavam perturbando a harmonia do Planeta, cujas acções, atitudes, vidas e pensamentos estavam dificultando o progresso espiritual, e a execução moral da Capela, foram todos afastados daquele plano; foram reunidos no espaço, e Jesus então ofereceu-lhes uma nova oportunidade de aprimoramento.
Esse grande grupo capelino reencarnou-se no planeta Terra.
E conta-nos Emmanuel que eles se dividiram em quatro grandes grupos.
O primeiro deles foi a grande civilização egípcia, esta mesma civilização que construiu a pirâmide de Quéops e outra que fica localizada na planície de Gizé no Egipto, a qual tem 146 metros de altura, revelando altos conhecimentos geológicos, geográficos e astronómicos.
Hoje sabemos que a linha que divide em duas partes iguais a pirâmide de Quéops é a mesma linha figurada que divide em duas partes iguais o nosso Globo Terrestre.
Este primeiro grupo capelino renasceu no Egipto.
Eram os faraós, os dirigentes políticos, mas eram também os sacerdotes, os verdadeiros dirigentes do povo, porque eram os dirigentes espirituais.
Esse grupo que conhecia a técnica da reencarnação, e que tinha perdido uma grande oportunidade, esforçou-se e conseguiu atingir ainda a Capela e prosseguir na evolução do Planeta.
Foi portanto o único dos quatro grandes grupos que conseguiu retomar ao Planeta Capela.
Os outros três grupos aqui permaneceram até hoje.
Um desses grupos renasceu na China, essa China milenar, tão sábia que quando vai se descobrindo uma coisa hoje, constata-se, já era conhecida dentro das muralhas chinesas encasteladas no seu isolacionismo - apesar de ultimamente já está sendo permitida a visitação de outras nações, e o estudo e conhecimento de outras línguas, e costumes de outros povos.
Outro grande grupo reencarnou-se na índia; essa índia das castas, das separações; e o último grupo reencarnou na Europa.
Dos três grupos restantes, que aqui continuaram na Terra, verificamos que dois deles, o da China e o da índia, não conseguiram apagar as reminiscências do pretérito, o conhecimento íntimo de que eram superiores aos terrícolas, e então os menosprezavam; isolaram-se nas muralhas chinesas ou distinguem-se através das castas.
Mas o grupo que renasceu na Europa miscigenou, cruzou com os terrícolas; foi o mais fraterno, foi o mais humano, foi o contingente que mais progrediu materialmente.
Finalizando, afirmamos que Deus não criou espíritos maus, criou-os simples e ignorantes, ou seja, tão aptos para o bem, quanto para o mal; os que são maus, assim se tomaram por sua própria vontade.
E o livre-arbítrio se desenvolve à medida que o espírito adquire consciência de si mesmo.
E os males criados pelos espíritos só se apagarão com a sua passagem pela reencarnação.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:49 pm

CAPITULO 7 - FIM DE UMA CIVILIZAÇÃO CORRUPTA
O final do círculo a que nos referimos, nos ‘AIS’ do Apocalipse, não é o ‘fim do mundo’, como afirmam algumas religiões, pois não é o mundo que vai se acabar ou desaparecer, é, sim, o fim de uma civilização corrupta e cheia de grandes débitos.
É a repetição do que já se verificou, na progressão de outros planos.
É a própria Terra, que já teve o seu eixo inclinado apenas para o lado da Ásia.
E isto foi no tempo de Noé; o velho Noé recomendou aos seus súbditos que se prevenissem, porque a Terra iria ser movimentada, pois lhe fora revelado pela sua clarividência que naquela região iria acontecer uma grande catástrofe, e que real mente se dera no tempo previsto, pelo velho servo de Deus.
Como naquela época, aqueles médiuns, Noé, Isaías, Jeremias, Daniel, Moisés e muitos outros, não conheciam, como hoje graças a Deus conhecemos, a ciência espírita, eles quando mediunicamente recebiam essas revelações ou mensagens espirituais atribuíam como fosse directamente de Deus, ou seja, Deus conversando directamente com eles; mas graças a Deus, hoje a ciência espírita já nos revelou esse mistério das comunicações com o plano espiritual, e aperfeiçoou os sistemas psicográfico e psicofónico.
Mas, a ciência daquela época, a ciência da Atlântida, riu-se de Noé e clamava:
coitado do Noé..., tão bom, mas já está caduco.
Vejam, nenhuma gota d’água caiu, e ele já está se recolhendo a sua arca, com todos os animais.
Mas, o velho Noé continuava anunciando:
se arrependam meus senhores, pois Deus vai mandar uma grande inundação, e as pessoas que não estiverem protegidas por uma arca como esta perecerão; mas o povo continuava duvidando dos conselhos de Noé.
- Porque os instrumentos científicos da época não provavam, não previam, não evidenciavam nenhum fenómeno sísmico, de terremoto ou maremoto.
E conta-nos a história bíblica: “e o povo comia, bebia, e dava-se em casamento, ou melhor, preocupava-se apenas com as coisas materiais e desprezava os conselhos espirituais.”
E na época proclamada por Noé, houve realmente aquele dilúvio, que todas as religiões do mundo focalizam, através das chuvas incessantes que caíram naquela região, e dos movimentos sísmicos, e houve realmente a movimentação do eixo da Terra.
Noé, com sua comitiva, conseguiu salvar-se e com tudo aquilo que era útil, a fim de que a civilização prosseguisse na Terra, naquela região onde se deu a catástrofe anunciada Também a esta altura dos acontecimentos, trata-se de uma humanidade que actualmente será dividida, que será separada.
Não será o fim físico do mundo, como muitos pensam ser um dia de Juízo Final; o nosso planeta prosseguirá vivendo ainda por muitos milénios.
Será o fim apenas deste ciclo, desta geração, desta humanidade de espírito rebelde; estes espíritos que têm desprezado por completo os conselhos do Mestre Jesus; e que têm desprezado também a paz que ele nos deixou.
Quando Jesus estava em assunto aos céus, reuniu os seus discípulos e disse-lhes:
A minha paz vos deixo e a minha paz vos dou.
E vimos também o que ele nos disse no Livro de São Mateus, Cap. VII vers. 12, o seguinte:
Tudo o que vós quereis que vos façam os homens fazei-o também vós a eles.
Vamos ver um outro conselho e grande ensinamento que ele nos legou também no Evangelho de São Mateus Cap. XXII e vers. 34 a 40, que diz o seguinte:
“Os fariseus, quando ouviram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se juntaram em Conselho"
E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, lhe perguntou:
Mestre, qual é o maior mandamento da lei?
Jesus lhe disse:
Amarás, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda tua alma, e de todo o teu entendimento - este é o maior e o primeiro mandamento.
- E o segundo, semelhante a este é:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 30, 2021 7:50 pm

- Destes dois mandamentos dependem toda lei e os profetas.
E entretanto a humanidade não tem feito outra coisa, a não ser desobedecer estes sábios conselhos de Jesus.
E a humanidade está fazendo justamente o contrário aos ensinamentos de Cristo, que nos amou de tal maneira que deu a sua vida por nós.
O meigo Nazareno procurou trazer aos homens tudo de bem; pois ele, sendo Deus, não hesitou em vir até nós, e tomar a natureza humana, a fim de melhor poder administrar os seus sábios conselhos, e melhor nos dar exemplos de humildade, mostrando-nos que é com humildade, amor e tolerância e compreensão que devemos nos comportar neste mundo cheio de incompreensão, e ele esclareceu para nós o seguinte ensinamento:
- Quando nos acharmos cheios de incompreensão, com falta de amor ao nosso próximo; ou quando nos sentirmos em depressão, ou em qualquer estado de angústia ou perturbação, lembrássemos de um sábio conselho-convite que nos diz o seguinte:
“Vinde a mim, todos os que andais em trabalho e vos achais carregados, eu vos aliviarei.
1 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é leve, e suave é o meu peso” Mateus Cap. XI vers. 28 a 30.
O Espiritismo codificado por Allan Kardec veio trazer aos seus seguidores uma sequência de aprendizado onde vimos se cumprir o que nos ensinou Cristo Jesus, no Evangelho de São Mateus Cap. XIV e vers. 15 a 17 e 26 que nos ensina e nos dá uma confiança e uma fé inabaláveis.
Pelo simples fato de duvidarmos da vida futura, o homem dirige todos os pensamentos para a vida terrestre, sem nenhuma certeza da vida espiritual, porque muitos só acreditam na vida que está presente, mas nós afirmamos, com toda convicção, que realmente existe a vida espiritual.
Portanto, caros leitores, o Espiritismo veio no tempo certo cumprir promessas de Cristo, que ratificou suas palavras dizendo que ia para o pai, mas não nos deixaria órfãos.
De fato o Espiritismo ensina todas as coisas, e faz compreender o que Cristo durante sua estada aqui na Terra nos ensinou e se fez compreender em muitas coisas.
Jesus costumava falar por parábola, porque a humanidade daquela época não tinha inteligência capaz de assimilar estes ensinamentos atuais.
Portanto, o Espiritismo veio abrir os olhos e os ouvidos, para vermos e entendermos os ensinamentos, que naquela época foram transmitidos e não foram assimilados pela maioria; mas graças a Deus o Espírito da Verdade veio desvendar o velário deixado propositadamente sobre certos mistérios, e trazendo finalmente a consolação e nos mostrando a. justa causa de nossos sofrimentos.
O Espiritismo* veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino de Cristo Jesus.
Trazendo a nós a vida futura, o que se torna um caso positivado.
E através da Doutrina Espírita, nós descobrimos, no Espiritismo Kardecista, que nas existências anteriores nós cometemos muitas faltas, que nos incapacitam de termos acesso à entrada nos mundos elevados, onde residem os bons espíritos; e somente a reencarnação é uma maneira justa e correta de podermos pagar os nossos débitos do pretérito; e ela faz com que a pessoa possa compreender que temos méritos em sabermos sofrer com resignação, e achar justo o padecimento; e aprender, também, que o sofrimento auxilia o seu adiantamento e o aceita sem lamentações.
Finalmente o Espiritismo desperta nas pessoas uma fé inquebrantável no futuro; e por intermédio desta doutrina, adquirimos o conhecimento, que ensina ao homem de onde ele veio, para onde vai, porque está na Terra, e nos dá a verdadeira consolação pela fé, e pela esperança de um dia podermos ombriar-nos.com os bons espíritos, ou com os espíritos benévolos etc.
O Espiritismo não tem nacionalidade, e não tem parte de nenhum culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além- túmulo.
Cumpre seja assim, para que ele possa conduzir todos os homens à fraternidade.
Se não se mantivesse em terreno neutro, alimentaria as dissensões, em vez de apaziguá-las.

(Pesquisado no Evangelho Segundo o Espiritismo)
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 31, 2021 8:30 pm

CAPÍTULO 8 - OBJECTIVO DA REENCARNAÇÃO
Todos os espíritos tendem para a perfeição, embora alguns enveredem por outros caminhos, mas logo depois eles voltam atrás e se arrependem dos passos dados em outras direcções.
E Deus, na sua bondade infinita, lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal.
Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que se originava, obstáculos aos seus melhoramentos.
Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as acções de todas as criaturas.
E não haveria imparcialidade no tratamento que a todos dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e afirmar as nossas esperanças pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações.
A razão no-la indica e os espíritos a ensinam.
Ó homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação.
Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar- se, para sempre, em pé de igualdade com os que fizeram mais do que ele.
Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a ideia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo.
Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito?
Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o espírito a utilizará em nova existência.
Pois todos os espíritos contam com muitas existências.
Os que dizem e pensam o contrário pretendem manter-se na ignorância em que eles próprios se encontram.
Pois o fim e objectivo da reencarnação é expiação, melhoramento progressivo da Humanidade.
Conforme diz o Livro dos Espíritos, em cada nova existência, o espírito dá um passo para diante na senda do progresso.
Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.
Finalmente, quando chega a ocasião de reencarnar, o espírito sente-se arrastado por uma força irresistível, por uma misteriosa afinidade, para o meio que lhe convém.
É um momento terrível, de angústia, mais formidável que o da morte, pois esta não passa de libertação dos laços carnais, de uma entrada em vida mais livre, mais intensa, enquanto a reencarnação, pelo contrário, é a perda dessa vida de liberdade, é um apoucamento de si mesmo, a passagem dos claros espaços para a região obscura, a descida para um abismo de sangue, de lama, de miséria, onde o ser vai ficar sujeito às necessidades tirânicas e inumeráveis.
Por isso é mais penoso, mais doloroso renascer que morrer; e o desgosto, o terror, o abatimento profundo do espírito, ao entrar neste mundo tenebroso, são mais fáceis de conceber-se.
A reencarnação realiza-se por aproximação graduada, por assimilação das moléculas materiais ao perispírito, o qual se reduz, se condensa, tomando-se progressivamente mais pesado, até que, por adjunção suficiente da matéria, constitui um invólucro carnal, um corpo humano.
Sabe que graças à reencarnação o seu avanço será rápido.
A Terra é o verdadeiro purgatório.
É preciso renascer e sofrer para despojar-se dos últimos vestígios da animalidade, para apagar as faltas e os crimes do passado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 31, 2021 8:30 pm

Daí as enfermidades cruéis, as longas e dolorosas moléstias, o idiotismo, a perda da razão.
O abuso das altas faculdades, o orgulho e o egoísmo expiam-se pelo renascimento em organismos incompletos, em corpos disformes e sofredores.
Para evitar os desfalecimentos, porque te reconduzirão ao jugo da matéria, fazendo-te contrair novas dívidas que passariam em tuas vidas futuras, sê bom, sê virtuoso, a fim de não te deixares apanhar pela temível engrenagem que se chama “consequência dos actos”.
Foge aos prazeres aviltantes, às discórdias e às vãs agitações da multidão.
Não é nas discussões estéreis, nas rivalidades, na cobiça das honras e bens de fortunas que encontrarás a sabedoria, o contentamento de ti próprio; mas sim, no trabalho, na prática da caridade, na meditação, no estudo concentrado em face da natureza, esse livro admirável que tem a assinatura de Deus.

OBJECTIVO DA ENCARNAÇÃO
“Deus nos impõe encarnação com o fim de fazer-nos chegar à perfeição.
Para uns, ela é expiação; para outros, ela é missão.
Mas, para alcançarmos essa perfeição, temos que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal:
Nisso é que está a expiação de pôr o espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
Para executá-la é que, em cada mundo, toma o espírito um instrumento de harmonia com a matéria, essencial desse mundo, a fim de aí cumprir aquele ponto de vista, as ordens de Deus.
É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
A acção dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo.
Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma acção eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele.
Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na natureza.

UNIÃO DA ALMA COM O CORPO
A união da alma ao corpo começa na concepção.
Mas só é completa por ocasião do nascimento.
Desde o instante da concepção o espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz!

Obs.: o grito que o recém-nascido solta anuncia que ele se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.
Uma pergunta importante a este respeito - No Livro dos Espíritos
A 345 - É definitiva a união do espírito com o corpo desde o momento da concepção?
Durante esta primeira fase, poderá o espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?
Resposta - É definitiva a união, no sentido de que outro espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo.
Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do espírito, se este recua diante da prova que escolheu.
Em tal caso, porém, a criança não vinga.

(Alguns dados foram pesquisados no Livro dos Espíritos)
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CAPÍTULO 9 - A MEDIUNIDADE E O SEU DESENVOLVIMENTO
A faculdade mediúnica, tanto a natural como a de prova, não é fenómeno de nossos dias, destes dias nos quais o Espiritismo encontrou seu clímax, mas sempre existiu, desde quando o homem existe porque foi por meio dela que os espíritos directores puderam interferir na evolução do mundo, orientando-o, guiando-o e protegendo-o.
Vindo conviver com os homens ou dando-lhes, através da mediunidade, as aspirações e os ensinamentos necessários, foram sempre eles, esses guias devotados e solícitos, elementos decisivos dessa evolução.
O interessante e mais notável é que a mediunidade, a faculdade, quase não se modificou desde milénios, manteve quase os mesmos aspectos; pouco variaram os fenómenos e as manifestações, o que prova ser muito lenta a ascensão espiritual do homem neste terreno.
Essas manifestações de mediunidade pública continuam.
Nas épocas em que a humanidade vivia ainda em regime matriarcal, de tribos, a mediunidade era atribuída a poucos, que exerciam um verdadeiro reinado espiritual sobre os demais.
Depois passou para os círculos fechados dos colégios sacerdotais, criando castas privilegiadas de inspirados e, por fim, foi se difundindo entre o povo, dando nascimento aos videntes, profetas, adivinhos e pitonisas, que passaram, por sua vez, a exercer inegável influência nos meios em que actuavam.
Na índia, como na Pérsia, no Egipto, Grécia ou Roma, sempre foi utilizada como fonte de poder e de dominação, e tão preciosa, que originou a circunstância de somente ser considerada por meio de iniciação a poucos indivíduos de determinadas seitas e fraternidades.
Essas manifestações de mediunidade pública a se dar, até quando foi possível, porque, à medida que o Cristianismo foi-se transformando em religião oficial, foi perdendo sua espiritualidade e ganhando carácter mundano; e a partir do Concílio de Nicéia, no ano 325, da era cristã, fora proibida a prática da mediunidade e a pregação da encarnação, que eram notórias; e daí formaram-se duas correntes opostas, uma querendo permanecer no Cristianismo primitivo e a outra se esforçando por progredir no mundo dos homens. Tanto é que, a partir daí, a Igreja, mais tarde chamada de Católica Romana, esquecendo por seus continuadores três séculos de vida exemplar e repudiando os ensinamentos do Mestre Jesus, no seu verdadeiro sentido, consorciou-se com as forças para obter, como obteve, o domínio do mundo pelo poder temporal.
Essa Igreja, tornada, então, todo-poderosa pela oficialização que lhe outorgou o imperador Constantino, declarou que a mediunidade e a encarnação eram ilegais, heréticas, obras de magia, obras demoníacas e entrou, em consequência, a mover-lhes sistemática perseguição.
Renegou todos os actos mediúnicos praticados por Jesus e seus discípulos - que os fariseus do Sinédrio, já a seu tempo, tachavam de práticas do demónio e nisso foi coerente consigo mesma porque tendo criado o seu sistema fechado de dogmas obscurantistas e privilégios sacerdotais - verificou que o exercício público viria derruir, solapar pela base o edifício material, ardilosamente construído para consolidar seu poderio avassalador.
Apesar das testemunhas, e dos protestos apresentados sincera e honestamente por vários dos seus próprios luminares, como:
São Gregário de Nissa, São Clemente de Alexandria, São Tomaz de Aquino, Santo Agostinho e outros, que administravam e praticavam o mediunismo, ela não voltou atrás, e durante séculos procurou, como até hoje procura, frear o pensamento e o espírito de compreensão dos fenómenos mediúnicos, perseverando nos propósitos iniciais.
Criou assim uma época muito extensa de obscuridade, durante a qual tudo foi empregado para destruir a revelação divina, o ódio, a vingança, a perseguição e a morte pelo ferro, pelo fogo, pelo veneno e pela espada.
E tudo ficou muito difícil devido à situação de terror, se restringindo tudo, desaparecendo a liberdade; tanto que a palavra da verdade somente podia ser transmitida em segredo, de boca para ouvido, em sussurros débeis numa forma tal que, realmente, nunca pôde ser derramada livremente, em grande parte do mundo.
Somente com o advento da Doutrina Espírita, e a publicação do Livro Espírita (Livro dos Espíritos), de Allan Kardec, em abril de 1857, foi que a verdade começou a se expandir novamente entre os povos e voltaram novamente as comunicações mediúnicas e a pregação da encarnação, que tinham sido proibidas no ano 325 da era cristã.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 31, 2021 8:31 pm

Embora outras religiões fora do Cristianismo adoptassem estas práticas, hoje graças a Deus podemos livremente professar novamente a mediunidade e a encarnação.
Nós sabemos através da nossa Doutrina que todos os homens são médiuns, desde que procuremos desenvolver a faculdade mediúnica, levando-se em conta a necessidade da conquista de cada alma, que se empenhar no desabrochar desse novo sentimento que lhe permite contacto com o mundo inteligente, intangível.
A vista dessa necessidade de progresso, devemos nos dias atuais, e para efeito destes nossos estudos, entesourarmos conhecimentos e bondade em nossa alma, e encontrarão eles uma fonte razoável que poderão multiplicar em benefício de todos os que no cercam.
Não podemos ser bons medianeiros se lhes oferecemos apenas bondade, ou apenas conhecimentos. Preciso é que ambos os recursos se juntem, aproximando-nos psiquicamente de sua própria posição a fim de fazer-nos bastante úteis.
Qual o melhor caminho para alcançarmos tal posição?
O contacto com as leituras, mormente as fundamentais Doutrinas Espíritas; a codificação de Allan Kardec permitirá que nós nos assenhoremos das Leis Espirituais e nos ajustemos ao seu mecanismo universal.
E mais ainda, essas leituras renovarão o nosso clima mental, criando à nossa volta uma atmosfera higienizada onde as almas enobrecidas poderão respirar e viver por longo prazo.
Sabemos que a Doutrina Espírita pede consciência de nossos actos, pois é o mais seguro, senão o único caminho da redenção.
Não podemos nos regenerar tacteando às cegas e ora cometendo um engano por ignorância.
Só entraremos mesmo em fase regenerativa quando abrirmos a nossa razão para a inspiração superior, e só alcançaremos essa qualidade com o estudo da codificação Kardequiana.
Mas diante desta exposição poderá vir a pergunta para aqueles a quem falta a bênção da visão ou o conhecimento das letras do nosso alfabeto, ou para aqueles que não dispõem de tempo para estudar as codificações e outras.
Para esses nós indicamos que procurem conviver com as reuniões instrutivas do Espiritismo cristão, que são organizadas em nossas casas ou templos cristãos, permitindo-nos a conversação edificante, o afastamento de dúvidas, o crescimento de nossos conhecimentos, a nossa libertação dos erros e o rompimento das malhas da ignorância e da hipnose de nosso senso moral.
Jesus nos seus ensinamentos foi simples e objectivo, falando das leis espirituais que interessavam de perto à nossa evolução.
Não se ocupou senão em dar-nos na medida do nosso entendimento o que poderíamos raciocinar.
Por essa razão, ao procurarmos os livros de nossa Doutrina ou explicadores espíritas, facilmente estamos ao alcance de nossa cultura e só permitimos impressões sobre o que estamos aptos a entender.
E para finalizar, aconselhamos a todos que a leitura fundamental e de cabeceira para os que se aproximam das reuniões do desenvolvimento mediúnico e da consolidação de conhecimentos espiritistas, e que se encontra ao alcance da compreensão de todos, é a do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Nessa obra, Kardec reuniu a própria essência do Cristianismo redivivo, tanto pela sua objectividade e pela sua aplicação imediata à nossa vida comum, quanto também pela sua simplicidade, pela clareza do seu texto, pela leveza de seus conceitos que se encontram nos degraus de todas as mentes e falam a todos os corações.

(Dados pesquisados no Livro Mediunidade, de Edgard Anmond, págs. 15 e 16)
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CAPÍTULO 10 - ADÃO E EVA SERÃO OS PAIS DA RAÇA HUMANA?
No capítulo 4e e Vers. 1 a 17 do Livro Génesis da Bíblia Sagrada, que transcreve o assassinato de Abel, pelo seu irmão Caim, está provado que os nossos primeiros pais não foram Adão e Eva.
Vejamos alguns trechos da história que nos conta a Bíblia, que, logo após a morte de Abel, houve um diálogo de Caim com Deus Jeová, da seguinte maneira;
Interrogou o Senhor a Caim:
onde está Abel, teu irmão?
Caim respondeu: não sei; acaso sou eu tutor do meu irmão?
- Disse Deus: - que fizeste?
A voz do sangue do teu irmão clama da Terra a mim.
És agora, pois, maldito por sobre a Terra, cuja boca se abriu para receber, de suas mãos, o sangue do teu irmão.
Quando lavrares o solo não te dará ele sua força, serás fugitivo, errante pela Terra
E Caim respondeu:
É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo.
E se hoje me lanças da tua presença e da face da Terra, hei de esconder-me e serei fugitivo pela Terra; e quem comigo se encontrar, me matará.
O Senhor respondeu: - quem matar Caim será vingado sete vezes.
E pôs um sinal em Caim, para que não o ferisse de morte, quem quer que o encontrasse.
Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na Terra de Node ao oriente do Éden - (Génesis Cap. 4 Vers. 8 a 16).
E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque.
Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu Está provado que naquele período da morte de Abel, e da fuga de Caim, Adão e Eva não tinham outros filhos, pois quando nasceu o seu terceiro filho que se chamou de “Sete”, Adão já estava com 130 anos de idade, conforme expressa a Bíblia, quando diz o seguinte:
- Tornou Adão a coabitar com sua mulher, e ela deu à luz a um filho, a quem pôs o nº 42
me de “Sete”; disse então Eva:
- Deus me concedeu outro descendente, em lugar de Abel, que Caim matou. Depois que Eva gerou a “Sete”, seu terceiro filho (Cap. 4 Vers. 25) - viveu Adão oitocentos anos, e teve filhos e filhas.
Finalmente os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos, e morreu.
Se Caim e Abel tivessem existido como filhos primeiros do primeiro casal humano realmente não teria encontrado Caim “uma mulher” para com ela se casar, porque a Terra de acordo com a Bíblia era então desabitada porque Adão e Eva estavam sós e novamente no mundo, depois da expulsão do Paraíso Terrestre; e só posteriormente, tiveram os dois filhos Caim e Abel.
Ora, tendo se retirado Caim para outra região, depois de haver assassinado seu irmão Abel, não tomou nunca mais a ver os seus pais — que de novo ficaram a sós no mundo.
E somente mais tarde, com a idade de 130 anos, foi que Adão foi pai do seu terceiro filho, que se chamou Sete.
Quando Caim foi residir no oriente do Éden, somente havia, de acordo com esta história, três pessoas no mundo:
seu pai Adão, Eva, sua mãe, e Caim, sozinho.
E a Bíblia afirma que Caim teve uma mulher e um filho que tomou o nome de Enoque, e construiu uma cidade, com o nome de seu filho.
Perguntamos aos nossos estimados leitores ou a quem possa nos responder, com provas, ou outro qualquer documento, que possa identificar sua linhagem, que mulher seria esta que desposou Caim e filha de quem, e a que linhagem ela pertenceu?
Pois de acordo com esta história da Bíblia Sagrada, não existiam naquela época outros habitantes...
E numa cidade pressupõe-se a existência de outros habitantes, senão não é cidade.
Também não é possível Caim construir uma cidade somente para si, sua mulher e seu filho.
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