LUZ ESPÍRITA
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Críticas aos “Cépticos”

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 30, 2013 10:47 pm

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Referências bibliográficas:

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BUNGE, Mário. Dicionário de filosofia. Tradução de G. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2002.

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DANCY, Jonathan. Epistemologia contemporânea. Tradução de Teresa Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1990.
DESCARTES, René. La recherche de la vérité: par la lumiére naturelle. Paris: Actes Sud, 1997.

DICK, Philip K. O pagamento. Tradução de Alexandre Raposo. Rio de Janeiro: Record, 2004.
DUMONT, Jean-Paul. A filosofia antiga. Tradução de Luís Carvalho. Lisboa: Edições 70, 1986.

ECO, Umberto. Sobre a literatura. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2003.
EMPIRICUS, Sextus. Outlines of Pyrrhonism. New York: Buffalo, 1990.

FERNANDES, Millôr. Hai-kais. Porto Alegre: L&PM, 1997.
FERRAZ, Maria Cristina Franco. Platão: as artimanhas do fingimento. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.

GIANNETTI, Claudia. Estética digital: sintopía del arte, la ciencia y la tecnología. Barcelona: L'Angelot, 2002.
GIBSON, William. Neuromancer. Tradução de Alex Antunes. São Paulo: Aleph, 2003.

IRWIN, Willian (org). Matrix: bem-vindo ao deserto do real. Tradução de Marcos Malvezzi Leal. São Paulo: Madras, 2003.
JAPIASSU, Hilton & MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.

JAPIASSU, Hilton. Nem tudo é relativo. São Paulo: Letras & Letras, 2001.
KURTZ, Paul. The New Skepticism: inquiry and reliable knowledge. New York: Buffalo, 1992.

LESSA1, Renato. Agonia, aposta e cepticismo. Belo Horizonte: EdUFMG, 2003.
LESSA2, Renato. Veneno pirrónico: ensaios sobre o cepticismo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1997.

MAIA NETO, José Raimundo. Machado de Assis, the Brazilian Pyrrhonian. West Lafayette: Purdue University Press, 1994.
NAGEL, Thomas. A última palavra. Tradução de Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Editora da UNESP, 2001.

PASCAL, Blaise. Pensamentos. Tradução de Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
PESSOA1, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

PESSOA2, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972.
PESSOA3, Fernando (Álvaro de Campos). Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

POPKIN, Richard. Cepticismo. Organização de Emílio Eigenheer. Tradução de José Augusto Drummond & outros. Niterói: EdUFF, 1996.
ROCHA, Sílvia Pimenta Velloso. Os abismos da suspeita: Nietzsche e o perspectivismo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

SMITH, Plínio Junqueira. Cepticismo filosófico. São Paulo: EPU, 2000.
WATKINS, John. Ciência e cepticismo. Tradução de Maria João Ceboleiro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1990.

WATZLAWICK, Paul (org). La realidad inventada: ¿cómo sabemos lo que creemos saber? Traducción de Nélida Machain y otros. Barcelona: Editorial Gedisa, 2000.
YEFFETH, Glenn (org). A pílula vermelha: questões de filosofia, ciência e religião em Matrix. Tradução de Carlos Silveira Rosa. São Paulo: Publifolha, 2003.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 30, 2013 10:48 pm

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[1] Eco: 13
[2] Japiassu & Marcondes: 23.
[3] Comte-Sponville: 56.
[4] Barthes: 99.

[5] Barthes: 321.
[6] Maia Neto: 65.
[7] Barthes: 81.

[8] Barthes: 52.
[9] Comte-Sponville: 15.
[10] em Barthes: 57.
[11] em Yeffeth: 267.

[12] Dancy: 23.
[13] em Irwin: 83.
[14] Gibson: 81.
[15] em Dancy: 237.

[16] Dancy: 94.
[17] Dick2: 174.
[18] Pessoa2: 164.
[19] Pessoa3: 521.

[20] em Watkins: 16.
[21] em Barthes: 349.
[22] Pascal: 10.
[23] Smith: 43.

[24] Kurtz: 9.
[25] Kurtz: 28.
[26] Popkin2: v.
[27] Watzlawick: 18.

[28] Watzlawick: 83.
[29] Lessa1: 14.
[30] em Lessa2: 238.
[31] O Globo, 20/04/2003.

[32] Jornal do Brasil, 20/12/2003.
[33] em Japiassu: 131.
[34] Japiassu: 150.
[35] Smith: 36.

[36] Japiassu: 161.
[37] Giannetti: 62.
[38] Japiassu: 163.
[39] Japiassu: 168.

[40] Japiassu: 198.
[41] em Japiassu: 241.
[42] Descartes: 52.
[43] Fernandes: 46.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 31, 2013 11:38 pm

Não havia necessidade...
Fernando Gouveia, original em Secret'área
Definitivamente, Karol Wojtyla já não se encontra apto para o cargo que exerce.

Se dúvidas havia, elas foram dissipadas no passado dia 13, na sequência da torpe "revelação" (1) (em versão Pilgrim's Digest) do suposto conteúdo da terceira parte do "segredo" de Fátima.

Escusado será dizer que tenho Fátima como uma mistificação da Igreja Católica e do Estado Novo.(2)

Até posso nem questionar que Lúcia tenha visto algo (o que não quer dizer que houvesse algo para ser visto — as crianças têm uma imaginação fertilíssima...), mas a "mensagem" de Fátima foi primordialmente moldada pela hierarquia católica portuguesa do pós-28 de Maio de 1926, (3) como forma de denegrir a anticlerical Primeira República e, depois, como arma de arremesso anticomunista.

Isso mesmo se deduz de certos elementos espúrios tardiamente acrescentados à mitologia das "aparições" de Fátima, quando o culto perdera já a sua raiz popular e se tornara uma construção eclesiástica.

Estes elementos, que não fazem parte da mensagem original, apareceram pela primeira vez nas "memórias" de Lúcia, começadas a publicar na década de 40, numa altura em que a "vidente" era já uma freira em regime de clausura (forçada?).

O caso do "Anjo de Portugal" é paradigmático:
com o intuito de trazer legitimação divina ao golpe de 28 de Maio de 1926, foi enxertado na cronologia de Fátima um anjo, que teria aparecido aos pastorinhos a prognosticar o retorno do país aos "rectos caminhos cristãos";
essa aparição teria ocorrido em 1916
(dez anos antes do golpe — os números redondos agradam ao Senhor).

Só não se compreende a surpresa das crianças aquando da primeira aparição da Virgem:
para quem privara no ano anterior com uma emanação divina, este tipo de hierofania deveria ter-se tornado o pão-nosso de cada dia...

Outro exemplo ilustrativo é a necessidade de "conversão da Rússia", que constitui a segunda parte do segredo e seria a maior profecia dos tempos modernos, tivesse sido revelada em 1917 e não em 1941:
«A Guerra [de 1914–18] vai acabar.
Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI [Papa de 1922 a 1939] começará outra pior.» (4)

Mensagem mais clara não há:
a Virgem foi ao pormenor de indicar o nome adoptado por aquele que seria Papa nas vésperas da — imprevisível em 1917 — Segunda Guerra Mundial!

Mudam-se os tempos, mudam-se as revelações:
o relativismo finemilenar só nos concedeu um "terceiro segredo" a obrigar a uma interpretação por parte da Congregação da Doutrina da Fé, nome moderno e politicamente correcto do Santo Ofício.
(Espera-se best-seller.)

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 31, 2013 11:38 pm

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O chamado terceiro segredo foi uma das grandes fontes de fascínio de Fátima, sequioso como é o povo de revelações divinas que, de alguma forma, amenizem a incerteza que viver, esperar o futuro, é.

O seu carácter secreto garantia-lhe ainda uma outra vantagem:
como ninguém sabia do que se tratava, cada circunstância presente ou cuja ocorrência parecesse iminente podia ser transformada no objecto do oráculo mariano;
estávamos perante o perfeito "segredo-camaleão", o joker do baralho político-teológico, que a cada momento podia assumir o valor mais conveniente.
(5)

A 13 de Maio último João Paulo II desperdiçou esse joker:
no final da cerimónia, o desalento era evidente entre aqueles que se tinham apercebido que aquilo era a terceira parte do segredo;

só muito a custo o Padre Vaz Pinto conseguia esconder a sua atrapalhação, e José Rodrigues dos Santos tentava, como um malabarista sem talento, tornar o momento da revelação em algo empolgante e histórico.


Mas esta deu para tirar algumas ilações que não são de desprezar, embora, por outro lado, não constituam novidade; são antes confirmações.

A primeira ilação é que o rebanho de Deus é agora um pouco mais exigente.
Está claro que o povo esperava mais:
esperava revelações sobre o futuro, não sobre o passado, que esse toda a gente conhece. (6)

Infelizmente, esta desilusão com o terceiro segredo não dará frutos de maior monta:
a vasta maioria dos crentes continuará, cegamente, a sê-lo, refugiando-se num de dois expedientes possíveis (ou ambos):
«Eles ainda não revelaram tudo...», (7) ou «Estas coisas é melhor a gente não aprofundar muito...». (8)

E, depois, o tempo fará o seu trabalho e o facto de a profecia ter sido feita a posteriori cairá no esquecimento ou será relativizado.
(Não devemos menosprezar o desejo das massas de acreditarem em algo.)

A segunda ilação é a de que a hierarquia da Igreja Católica não tem os pés assentes na Terra.

Um segredo tão mal "alinhavado" só pode provir de uma estrutura desfasada do mundo a que, apesar de tudo, pertence, e para mais habituada a ser seguida por uma multidão acrítica.

Só assim se entende que queiram que se acredite que o Vaticano tinha há décadas uma profecia vaticinando a ruína do bloco soviético e que não usou esse trunfo.

A explicação "esfarrapada" que o Padre Vaz Pinto adiantou (que a Igreja Católica manteve o segredo para não influir no curso da História) só pode fazer rir:
por um lado, desde a fundação da União Soviética que o Vaticano se desdobrou em esforços para deter o "terror vermelho";
por outro lado, para que servem as profecias se não for para alterar o curso
("errado") da História?

A terceira ilação é o facto de se confirmar o delírio místico-mariano em que vive o Papa:
João Paulo II acredita ter um elo especial com a Virgem Maria, em particular com Nossa Senhora de Fátima. (9)

Freud e a idade explicam, mas mesmo assim o Sumo Pontífice deveria ter resistido à tentação de se associar desta forma às aparições — cair no pecado de orgulho (10) nesta idade pode revelar-se erro irremissível.

Não havia necessidade...

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 31, 2013 11:38 pm

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Notas:

(1)
Palavras como "revelação", "mensagem", "segredo" e "vidente" não são para serem levadas a sério.
Porém, para evitar a proliferação de aspas, estas apenas se utilizam na primeira vez que tais palavras surgem, sendo omitidas posteriormente.

(2) Construída sobre um substrato de crenças populares.
(Cf. Moisés Espírito Santo, Os Mouros Fatimidas e as Aparições de Fátima, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 1995.)

(3) A Igreja Católica Portuguesa deu pela primeira vez crédito às aparições de Fátima em 1927, dez anos após os acontecimentos da Cova da Iria.
Por essa razão, muito se falou da seriedade de tal tomada de posição, nada precipitada;
mas é mais plausível que a Igreja estivesse apenas à espera de um ambiente político mais favorável, o que ocorreu com o golpe de estado de 1926.

(4) Citado na Visão n.º 375, de 18 a 24 de Maio de 2000.

(5) Os exemplos abundam, quase sempre de cariz escatológico:
fim do mundo, holocausto nuclear, terceira guerra mundial.
O fim do comunismo era também dos favoritos, tendo em conta a segunda parte do segredo.

(6) O que só mostra o desconhecimento que os crentes têm da cronologia fatimiana:
conforme dito anteriormente, todas as anteriores revelações foram feitas a posteriori;
"profecias" destas nunca falham.


(7) «Afinal havia outro», a versão portuguesa da teoria da conspiração.

(8) Como concluiu, constrangida, uma familiar minha, com quem discuti estas questões.
Efectivamente: Fátima não resiste à reflexão crítica.

(9) Esta ideia não é inédita entre os Papas:
eve-a pelo menos Pio XII, convicção "corroborada" pelo facto de ter sido consagrado bispo exactamente a 13 de Maio de 1917.
(Cf. John Cornwell, O Papa de Hitler, Terramar, 2000.)

(10) Depois de um Rei-Sol, eis que nos surge um Papa-Sol:
«O Terceiro Segredo sou eu!», conforme resumiu muito bem Cáceres Monteiro (Visão n.º 375).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 01, 2013 11:54 pm

Criticando o "Cepticismo"
Pseudo-céptico em seu passeio matinal, munido de suas ferramentas para uma análise imparcial e desapaixonada das evidências de paranormalidade.

Este site é a versão de número 3 de um trabalho que tem dois objectivos:
Primeiro, analisar e criticar o pseudo-cepticismo.

E segundo, expor, analisar e criticar os descaminhos e excessos do moderno movimento céptico professo organizado, que é por vezes conhecido como "Moderno Cepticismo".

As versões 1 e 2 tinham um viés irreverente.

Esta versão actual é destinada a uma avaliação mais técnico-científica e, digamos, mais sisuda, de tais questões.

Algumas aparentes fraudes cépticas:
Como criticar pesquisas "bizarras" de modo apropriado (com a palavra: Ray Hyman):

Cuidados ao estudas assuntos "bizarros" e ao ler críticas "cépticas" a tais assuntos:

Definições

Cepticismo:
o cepticismo a rigor é a dúvida.

É o "não saber se algo está certo ou não".

Existe uma grande diferença entre, de um lado, "não saber se algo está certo ou não", e, de outro lado, "desconfiar que algo não está certo".

Na prática, quando se diz que alguém é céptico com relação a algo, quase sempre está se querendo dizer que esta pessoa desconfia que algo não está certo.

O cepticismo enquanto dúvida ("não saber se", em oposição a "desconfiar que não") é um componente essencial e indissociável do processo científico normal.

Basicamente, o cientista, e a Ciência, se resumem a: Cepticismo + Investigação.

Já o cepticismo enquanto "desconfiança" (desconfiar que algo não é verdadeiro) não é necessariamente parte do processo científico.

Pseudo-cepticismo: uma pessoa pode ser um céptico em qualquer dos dois sentidos definidos acima e ainda assim ser um verdadeiro céptico.

Contudo, existem pessoas que se dizem cépticas no sentido de desconfiarem que algo não é correcto, mas que fazem isso enormemente motivadas por fortes crenças que elas possuem com relação a uma alternativa oposta.

Isso é muito típico em algumas pessoas que são adeptas da crença no ateísmo-materialista e que se rotulam como "cépticas", querendo dizer que desconfiam que estão erradas coisas como "vida após a morte", "paranormalidade", "espíritos", etc.

O facto de tais pessoas não estarem cônscias de sua própria faceta crédula me leva a classificá-las como "pseudo-cépticas".

O pseudo-céptico típico é o cara (ou a moça) que se considera mais "racional" do que os crentes de outras convicções, apesar dele próprio nutrir crenças tão ou mais irracionais e incompatíveis com a Ciência estabelecida do que os seus desafectos (que é justamente o que ocorre com o materialismo).

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 01, 2013 11:54 pm

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A rigor, ninguém é um pseudo-céptico.
O cepticismo e o pseudo-cepticismo, a crença e a descrença, convivem todas juntas em cada um de nós.

Para combatermos o pseudo-cepticismo (se de facto consideramos isso necessário), o primeiro e principal lugar onde devemos procurá-lo é dentro de nós mesmos.

Movimento Céptico e Moderno Cepticismo:
pelo menos desde fins do século XIX, já existia uma parcela considerável de pessoas que a partir de um ponto de vista ateu-materialista desconfiavam que não existem coisas como espíritos, vida após a morte, telepatia, premonição, etc., e analisavam e criticavam activamente tais coisas.

Um marco importante nisso se deu em meados da década de 70 (século XX), com a criação nos Estados Unidos do Comité para Investigação Científica das Alegações de Paranormalidade
(CSICOP - Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal).

Esse evento é considerado por muitos como o nascimento do Moderno Cepticismo, e desde então muitas vezes quando se diz que alguém é um céptico está se querendo dizer que esse alguém é membro do movimento céptico professo organizado.

Esse tipo de Cepticismo Organizado se espalhou pelo mundo, e hoje até no Brasil (desde por volta de 1999) temos nossas organizações cépticas tupiniquins.

Aparentemente, o surgimento do CSICOP se deu devido à uma forte reacção de alguns segmentos da sociedade estado-unidense contra a "Nova Era", que foi um grande crescimento de crenças místicas orientais (incluindo a crença na reencarnação) que se abateu sobre os Estados Unidos (e muitos outros países) desde inícios da década de 60 (século XX).

O moderno cepticismo, portanto, foi (e é) um fenómeno social tipicamente conservador e reaccionário, que inclusive conseguiu a proeza nada modesta de juntar ateus-materialistas aos cristãos protestantes estado-unidenses contra as perigosas novidades estrangeiras.

Muitas pessoas não sabem, mas um dos quatro principais cépticos fundadores do CSICOP não é ateu materialista, e sim um crente no teísmo ortodoxo:
Martin Gardner!
(os outros três, ateus-materialistas, são: Paul Kurtz, Ray Hyman, e James Randi, sendo que este último se afastou do CSICOP para evitar que os muitos processos judiciais que estavam lhe sendo dirigidos acabassem recaindo também sobre o CSICOP, o que muitos temiam poder levar o movimento céptico à falência).

Paranormalidade ou "Psi": É a "grande inimiga" dos "cépticos".

Há muita controvérsia e incoerência na definição de paranormalidade (ou psi).

Mas eu uso esse termo me referindo a uma acção nossa (ou de outro ser vivo) sobre o meio ambiente, ou uma percepção nossa a respeito do meio ambiente, sendo que tal "acção-percepção" se daria sem o uso dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfacto, gustação e somestesia) ou dos mecanismos motores conhecidos (movimento dos membros, etc.), e possivelmente baseado em alguma força desconhecida que não as quatro usualmente aceitas pela ciência actual (gravitação, electromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca).

Delimitando o Problema

O Que Há de Errado com o Movimento Céptico?
O movimento céptico é, como tudo que fazemos, obra humana.
É algo falível, e que possui obviamente virtudes e defeitos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Nov 01, 2013 11:55 pm

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Cada organização céptica específica, e cada céptico enquanto indivíduo, possui diferenças e peculiaridades nessa balança entre virtudes vs defeitos.

No Brasil, o movimento céptico ainda é fraco (apesar de já ter conseguido amealhar uma quantidade nada desprezível de erros...).

No primeiro mundo (especialmente Estados Unidos e Inglaterra), o movimento céptico conseguiu atingir uma boa força e influência, principalmente junto a importantes e estratégicas instituições científicas (especialmente revistas científicas de grande prestígio, como a inglesa "Nature" e a estado-unidense "Science") e tem exercido alguns efeitos positivos mas também outros efeitos negativos sobre o processo científico e sobre a sociedade.

O principal efeito negativo do que podemos chamar de "Dobradinha CSICOP-James Randi" tem sido uma exacerbada e indevida ridicularização e execração da pesquisa parapsicológica, também chamada de Pesquisa Psi.

A pesquisa psi atingiu, nos últimos 20 anos, um nível de qualidade inimaginavelmente sofisticado e respeitável.

Além disso, as evidências experimentais para alguns fenómenos psi, como telepatia principalmente e premonição em menor grau, se acumularam de modo consistente e robusto.

Contudo, a população em geral, e mesmo a comunidade científica em especial, está grandemente afastada do conhecimento disso.

E mais: há uma enxurrada de informações incorrectas, deturpadas, quando não mentirosas mesmo, a respeito do actual estado da pesquisa psi.

E isso é promovido activamente por alguns membros do movimento céptico organizado, incluindo as principais e mais influentes figuras do CSICOP.

Qual a Base Social Disso?
Os excessos dos cépticos e do movimento céptico não se dão sem motivo.

Se por um lado o status quo nas instituições científicas dos Estados Unidos é, aparentemente, predominantemente materialista, por outro lado a sociedade como um todo é predominantemente espiritualista.

Diversas situações de "excesso nocivo de credulidade" tem de facto acometido este país, conforme relatado em minúcias por Carl Sagan (também membro fundador do CSICOP, falecido já há alguns anos) no livro "O Mundo Assombrado Pelos Demónios", de 1995.

E há uma forte associação (principalmente no ideário popular, mas também no pensamento e na prática de alguns pesquisadores psi) entre a parapsicologia e as crenças ou alegações místico-religiosas, associação essa raras vezes lucidamente embaçada por sólidas evidências e bons raciocínios lógico-científicos.

Muitos pesquisadores psi lutam para desenvencilhar a parapsicologia de tal associação.
Outros tentam trabalhar justamente sobre a base legítima (mas socialmente perigosa) de tal associação.

Essa situação é ainda exacerbada pelo facto de muitos cépticos serem "cépticos profissionais", cujas carreiras e ganhos monetários repousam sobre a refutação da paranormalidade (e, sinceramente, eles por vezes parecem valorizar mais as próprias carreiras e os próprios bolsos do que a verdade e os interesses científicos e sociais...).

O saldo final é uma situação complexa e difícil de ser alterada.
Uma verdadeira "guerra psi", em uma bizarra versão moderna das Cruzadas Medievais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 02, 2013 11:28 pm

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Não foi por outro motivo que, em 2003, a respeitável revista científica "Journal of Consciousness Studies", ao lançar uma edição especial apresentando as evidências dos pesquisadores psi e as contestações dos cépticos, escolheu para título de tal obra o nome "Psi Wars", ou Guerras Psi (em trocadilho também com Star Wars, "Guerra nas Estrelas").

Um dos editores desse livro alegou que nem em várias décadas de sua militância na área teológica ele havia visto uma animosidade e desconfiança tão feroz como a com que ele se deparou entre os cientistas cépticos e cientistas pesquisadores psi.

Sem dúvida isso dá o que pensar...

Quem Perde Com Isso?
Todos nós interessados no conhecimento da verdade perdemos com essa situação.

Evidências pró psi, como por exemplo evidências a favor da telepatia (obtidas nos experimentos Ganzfeld, já com um acúmulo de dados sólido e respeitável há pelo menos 19 anos - escrevo esse texto em fins de 2004), são rejeitadas não por critérios técnico-científicos, mas muito por medos explícitos ou tácitos de que ao se conceder o status de "minimamente comprovado" para a telepatia isso acabe levando a um aumento de credulidades exóticas e da exploração criminosa e danosa de tal credulidade, bem como levando também a uma diminuição das credulidades "não exóticas"
(ou seja, diminuição das crenças espiritualistas dominantes: cristianismo protestante e católico).

Penso então que o grande desafio dos verdadeiros cépticos e dos verdadeiros proponentes de psi é desarticular essa Guerra Santa.

Para isso, os excessos de ambos os lados precisam ser desincentivados e diminuídos, e as credulidades espiritualistas e materialistas devidamente reconhecidas, admitidas, e colocadas em seu devido lugar, que pode até ser o lugar de motivadores de pesquisas e de refutações, mas que jamais pode ser o lugar de norteadores de tais acções.

Mas Afinal, que Diabos é Psi?

Já que os cépticos se batem contra a paranormalidade, e há também os pesquisadores que a defendem, há que se perguntar então o que é paranormalidade?

O que é psi?


"Paranormal", assim como "sobrenatural", é um termo incorrecto, internamente incoerente, e indutor de erro.

Se algo existe, não pode ser "sobre" "natural";
é, ao invés, pura e simplesmente, algo "natural".

Da mesma maneira, não há coisas "para" "normais".
Existem, no Universo, coisas que são raras, coisas que são ubíquas, mas é, penso, mais acertado pensarmos em todas elas como coisas "normais" (em sentido similar a "naturais").

O termo "psi" como sinónimo de "paranormal" surgiu talvez como uma tentativa de transpor tais percalços conceituais.

Na prática, o que muitos (eu incluído) querem dizer ao usarem termos como "psi" ou "paranormal" seria um fenómeno que não esteja baseado nas forças físicas conhecidas (gravidade, electromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca), e que não seja mediado por nenhum de nossos cinco sentidos (visão, olfacto, gustação, audição, e somestesia).

Contudo, nós precisamos ter em mente que algo que pareça não estar baseado nas quatro forças e nos cinco sentidos pode na verdade estar baseado em tais forças ou sentidos, e ser apenas uma ilusão esse aspecto de violação do conhecimento científico actual.

Isso se aplica mesmo para coisas bem extremas, como Deus ou deuses (se existirem), espíritos (se existirem), telepatia, psicocinese, e mesmo premonição.

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Críticas aos “Cépticos” - Página 11 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 02, 2013 11:28 pm

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Críticas a Algumas Organizações Cépticas Nacionais

Director da STR analisando evidências da vida após a morte

Sociedade da Terra Redonda (STR):
A STR possui materiais interessantes em seu site, incluindo muitos textos traduzidos para o português, artigos de alguns cientistas brasileiros, e debates sobre temas interessantes promovidos por eles.
(Possuem também fóruns online para os interessados[i]).

Eles manifestam, por vezes, um viés relativamente, ou mesmo fortemente, radical.

É frequente lá a ocorrência de erros crassos, afirmações desembaçadas, afirmações deturpadas que beiram as raias da mentira ([i]quando não adentram célere e solenemente nela...
), e incapacidade de admitir e corrigir os próprios erros, o que acena para a possibilidade de fraude consciente ou inconsciente da parte deles.

As duas piores situações que já me deparei com essa organização foram:
primeiro, informações crassamente incorrectas emitidas por um dos seus principais directores, Daniel Sottomaior, a respeito do pesquisador canadense radicado nos Estados Unidos Ian Stevenson
(que pesquisa principalmente casos de crianças que alegam lembrarem de vidas passadas - ele é o mais renomado pesquisador desta área no mundo).

E segundo, um artigo escrito pelo presidente da STR, Leo Vines (pseudónimo), onde ele critica uma matéria da revista Veja mas se utiliza de fontes que, ao invés de defenderem seus argumentos, na verdade mostram que os argumentos de Veja são muito mais verdadeiros do que quer acreditar Vines.

No caso do Daniel Sottomaior, eu o consultei em inícios de 2002 a respeito de Ian Stevenson.

Em nossa troca de emails, Daniel me forneceu uma crítica bem interessante e bem embaçada contra um artigo de Stevenson de 1993, crítica essa que Daniel havia postado uns dois anos antes em um fórum na internet.

O artigo de Stevenson é "Birthmarks and Birth Defects Corresponding to Wounds on Deceased Persons. Ian Stevenson. Jounal of Scientic Exploration, 7:403-10, 1993", "Sinais de Nascença e Defeitos de Nascença que Correspondem a Ferimentos em Pessoas Falecidas"].

Diante do meu questionamento sobre alguns pontos da crítica de Daniel que me pareceram mal embaçados ou incorrectos, Daniel retrucou, falando em nome da STR (usando sempre o pronome "nós"), dizendo que:

- Ian é vastamente celebrado nos círculos espiritualistas, e também adjectivado como "científico". ...as "pesquisas" que essas pessoas produzem são, na melhor das hipóteses, de baixa qualidade.

- É possível que com muita garimpagem se extraia alguma coisa que valha a pena (dos trabalhos de Ian), mas isso não é meu trabalho, é trabalho dele, que ele não fez.


Se ele não tem motivação e/ou competência científica o suficiente para tanto, não cabe a seus detractores fazer essa análise.

Quando Ian tiver publicado bons resultados em publicações científicas de reputação (como Jama e The Lancet), e esses resultados tiverem sido confirmados por pesquisadores independentes, aí ele se sobressairá da massa de trabalhos pobres na qual agora está, e que nos faz achá-lo indigno de crédito.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Nov 02, 2013 11:29 pm

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- Ian é somente conhecido e reputado pelas pessoas que apoiam as suas causas, e que não são nosso público-alvo.

- Ian pratica uma ciência de mentirinha.

- Ian se situa perfeitamente bem no amplo panorama de pesquisas ruins que existe na área, e portanto merece com todas as honras o nosso carimbo condenatório.

- O facto de Ian não conseguir publicar em nenhuma revista decente já é critica que chegue.


Não bastou uma breve e fácil consulta na principal ferramenta de busca de artigos científicos das áreas de saúde e psicologia (PubMed Search Engine) para começar a ver que Daniel havia cometido um erro crasso, tendo Stevenson artigos publicados até nas próprias revistas que Daniel citou (Jama e The Lancet).

Depois de eu mostrar isso para o Daniel, de modo crítico à postura dele, ele sumiu.

Mesmo alguns meses depois, em meados de 2002, quando eu estive por seis dias no fórum da Sociedade Brasileira de Cépticos e Racionalistas (SBCR), onde Daniel era, e creio que ainda é, o moderador, Daniel não se pronunciou sobre o caso.

Eu relatei todo o incidente neste fórum da SBCR, e Daniel se limitou, do meu ponto de vista vergonhosamente, a silenciar...

Eu relato a íntegra desse bizarro caso no link ao lado (clique aqui http://www.criticandokardec.com.br/daniel_foi_pro_ceu.htm).

O caso de Leo Vines é ainda mais grave.

Vines escreveu um artigo contra uma matéria publicada pela revista Veja.
Veja declarava, baseada em pesquisa encomendada à Vox Populi, que havia no Brasil apenas um porcento (1%) de ateus.
Vines afirma que, ao contrário do que diz Veja, existem mais ateus do que judeus no Brasil e no mundo.

Afirma, posteriormente, que existem mais ateus no mundo do que budistas, espíritas e judeus (não somados, mas individualmente).

As fontes que ele indicou como "mais confiáveis" (e que de facto são muito boas) seriam os sites Adherentshttp://www.adherents.com/Religions_By_Adherents.html e Infopleasehttp://www.infoplease.com/ipa/A0001461.html.

(ele também indicou um relatório do IBGE, neste linkhttp://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?e=l&c=139, mas ele próprio admitiu em seu artigo que nesta página o IBGE não tem números referentes aos ateus).

Vines também implicou com a afirmação de Veja de que, ao fim do século XX, o mundo continua inesperadamente místico. Vines contrapôs que, com base em diversas estatísticas independentes, sabemos que os percentuais de místicos e teístas vêm decrescendo década após década, e indicou um pretenso "artigo científico respeitável" publicado na prestigiosa revista científica Nature

(Leading scientists still reject God. Edward J. Larson & Larry Witham. Nature. Vol. 394. 23 July 1998. Page 313 - actualmente disponível neste link[/ i]http://www.stephenjaygould.org/ctrl/news/file002.html).

Após uma análise minuciosa do artigo do Vines ([i]que me pareceu um artigo suspeito, principalmente ao dizer que há mais ateus que budistas...
), enviei para ele um email, em meados de 2002, expondo diversos erros nos números que ele forneceu.

Posteriormente expus isso a todos os directores da STR, e expus também publicamente no fórum da SBCR em meados de 2002
(Daniel e Leo se calaram..., assim como os demais directores da STR que frequentam esse fórum, incluindo Mozart Hasse e Brudna).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 03, 2013 10:37 pm

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De lá para cá, nada foi feito, e o artigo de Vines continua já há mais de dois anos após minha denúncia sem ser corrigido.
Seriam erros de pequena monta?

Vejamos...:

Os sites Adherents e Infoplease nos levam às seguintes conclusões:

- Ao contrário do que Vines afirma, não há mais do que 1% de ateus no Brasil, e sim, pasmem, menos!
Os números de infoplease relativos a isso foram retirados, mas mantenho uma cópia neste link http://www.criticandokardec.com.br/leoinfo.htm
(e infoplease utilizou dados do Britannica Book of the Year da Encyclopaedia Britannica, 1999).

Infoplease indica que na América Latina (não falam do Brasil isoladamente) haveria 0,5% de ateus
(população total de 499.534.000 habitantes sendo 2.673.000 ateus).

Adherents diz que em países como os EUA e Austrália, menos de um décimo de um por cento (menos que 0,1%!) são ateus.

E ainda diz que números que apontam em torno de 200 milhões de ateus no mundo (como inclusive aparecem no infoplease) seriam devido ao comunismo da China e União Soviética, ou seja, números falsos (onde todos eram ateus à força).

Mesmo se considerássemos como válidos os antigos números da China e União Soviética, ateus no mundo comporiam no máximo 4%
(se fossem 250 milhões; infoplease fala em 140 milhões, o que dava 2,5%).

Os budistas aparecem tanto em Infoplease como em Adherents como tendo 6% da população mundial.

De onde então Leo tirou essa informação (e manteve, apesar do meu alerta) de que há mais ateus do que budistas no mundo?

Uma análise cautelosa do "artigo" publicado na Nature mostra o seguinte:

- O "artigo" não é um artigo, e sim uma carta enviada à Nature.

Nature, creio, publica apenas cartas de cientistas presumivelmente respeitáveis, mas não faz necessariamente uma revisão do seu conteúdo, e não se responsabiliza por tal conteúdo.

- O "artigo" não fala de aumento de ateus no mundo.
Ele fala de aumento de ateus apenas nos Estados Unidos.
E ele não fala, na verdade, de aumento de ateus nos Estados Unidos.

Ele fala, isso sim, de aumento de ateus entre os cientistas dos Estados Unidos.
E finalmente, ele não fala de aumento de ateus entre os cientistas dos Estados Unidos.

O artigo da Nature fala, de facto, somente em aumento de ateus entre os cientistas de "altíssimo nível" nos Estados Unidos!

- O "artigo", ou seja, a carta, está cheia de erros grosseiros, e manipulação tendenciosa de factos, palavras, e frases.
Os piores seriam:
a metodologia de comparação que gerou o resultado indicando "aumento" de ateus (aumento entre os cientistas de altíssimo nível nos Estados Unidos) é falha.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 03, 2013 10:38 pm

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Oscilações ao longo do século XX são expostas de modo vicioso, ou seja, quando os ateus cresceram em número o autor usa o termo "Aumento", e quando os ateus diminuíram em número ele usa o termo "Pequena Mudança".

As perguntas feitas aos entrevistados são inadequadas, e as opções de resposta também. Os resultados são expostos de modo distorcido.

As tabelas com os resultados possuem erros inimaginavelmente grosseiros, três das seis tabelas somando percentuais maiores que 100%!

O mais curioso, à luz dessa carta enviada à Nature e à luz da maneira como Leo Vines usou essa carta (para embaçar a ideia de que os ateus vêm aumentando ao longo das décadas), é um comentário feito em um artigo do ano de 2000 pelo presidente da mais influente organização céptica mundial, Paul Kurtz, presidente do CSICOP.

O artigo é "The New Paranatural Paradigm: Claims of Communicating with the Dead" (O Novo Paradigma Paranatural: Alegações de Comunicações com os Mortos), disponível neste linkhttp://www.csicop.org/si/2000-11/paranatural.html do CSICOP.

Kurtz afirma que "Pesquisas recentes demonstram que o nível de credulidade aumentou durante a última década"
(nos EUA - Recent polls have shown the level of credulity growing in the past decade).

Sem dúvida nessa esquisita gangorra céptica, onde Leo afirma que a credulidade desce, e Kurtz afirma que a credulidade sobe, a única coisa que podemos ter certeza é de que nos afastamos cada vez mais e mais da verdade ao confiar nos cépticos...

O que Fez a STR desde Então Sobre Isso? A rigor, nada.

E pior, eles têm mentido sobre o caso.
Neste linkhttp://www.str.com.br/Forum/viewtopic.php?t=5631&postdays=0&postorder=asc&start=0, flagrei o director da STR Brudna relatando mentiras para os internautas do fórum da STR em 2003.

Respondi a ele e aos internautas (que acabaram em boa medida concordando com meus pontos de vista) no texto deste link http://www.criticandokardec.com.br/str2003.htm.

E mais recentemente, recebi emails de um outro internauta que recebeu informações mentirosas de Mozart Hasse (director do Departamento para Doutrina da Fé da STR) sobre o caso, dizendo Mozart que Leo teria me enviado um email mostrando que "eu estava errado em todos os meus argumentos nesse caso", e que "tudo o que eu digo sobre isso são apenas boatos".

Essas posturas irresponsáveis por parte de alguns membros da STR, somadas à uma recusa sistemática em corrigir graves erros, me levam a não ter muita confiança nas avaliações exaradas por tal grupo céptico, e se constituem em um exemplo típico e concreto de que não são apenas crentes que fraudam.

Talvez o mais lamentável nisso tudo é que há pessoas na STR que de fato tentam realizar um trabalho sério e de qualidade, trabalho esse que acaba directa ou indirectamente maculado pelos desnecessários e infantis vícios descritos acima.

A exposição completa dos erros do artigo do Vines podem ser lidas neste link. http://www.criticandokardec.com.br/in_vines_veritas.htm

Coordenador (interino) da Comissão de Ciência do FCB indo cortar batatas com a Navalha de Ockham

Fórum Céptico Brasileiro (FCB): O FCB é um fórum com algumas peculiaridades esquisitas, notadamente o seu carácter autoritário tipicamente stalinista-hitlerista
(pelo menos nos anos de 2002 e 2003, quando pude observar tais indícios mais directamente).

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Nov 03, 2013 10:38 pm

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Eles possuem um site e um fórum.http://groups.yahoo.com/group/fcb/
O dono do fórum (e do site) é Jefferson Krusemark.
Durante vários meses de 2003 o fórum esteve fechado.

Diziam que Krusemark teria deixado o ateísmo para abraçar o posto de pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.

Ao reabrir o fórum em dezembro de 2003, Krusemark se apressou em rebater tais boatos (possivelmente o pessoal da Universal rejeitou Krusemark por ele ser crédulo demais...).

O coordenador (interino) da comissão de ciência do FCB é Roberto Takata, que em repetidas mensagens no fórum Cepticismo Aberto (em 2004) reiterou firmemente que ele "não deve ter suas opiniões levadas a sério quando ele opina a respeito de parapsicologia"(!).

Muito esquisito.

Uma outra coisa para lá de esquisita é um mini artigo que eles têm no fórum onde eles advogam que a psicanálise deveria ser retirada por completo do currículo das universidades brasileiras...

Até eu que não sou muito fã da psicanálise fico meio pasmo com tais propostas estalinistas dos FCBanos.

Dra. PhD da SBCR se preparando para analisar cientificamente o cérebro "anormal" dos médiuns

Sociedade Brasileira de Cépticos e Racionalistas (SBCR): a SBCR também tem um sitehttp://www.ceticos.org/ e um fórum.http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/

Formalmente, o presidente de tal sociedade é o Dr. Renato Sabbatini.
Contudo, na prática, o condutor dela é o Daniel Sottomaior mesmo (aquele do Ian Stevenson na STR).

O Dr. Sabbatini possui um currículo impressionante, e sólida inserção académica também.
Contudo, eu achei os artigos dele que constam do site da SBCR relativamente fracos.

Adendo em 17 de julho de 2005:
finalmente, após árduos esforços de minha parte (desde 2002!), consegui um retorno de Sabbatini.

Seu pseudo-cepticismo é tão formidável quanto seu currículo.
Clique aqui para maiores detalhes.http://www.criticandokardec.com.br/renato_sabbatini_pseudocetico.htm

Mas bem pior que isso é um artigo de autoria da Dra. Sílvia Helena Cardoso, intitulado "Aparições", também disponível no site da SBCR.

Ela afirma nesse artigo que "Assim, hoje se pode comprovar que visões sobrenaturais, entre elas, as divinas e satânicas, aparecem para pessoas com alterações cerebrais.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 04, 2013 10:59 pm

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Se o cérebro daqueles indivíduos estivessem com um funcionamento normal, Deus e demónio jamais viriam incomodar aquele suposto enviado de Deus.".
Ou seja, Dra. Cardoso está afirmando que "mediunidade é doença mental".

Por mais que possa ser verdade que distúrbios cerebrais levem a visões, é imprudente, e a rigor cientificamente incorrecto, afirmar que "Se o Cérebro daqueles indivíduos estivessem com um funcionamento normal, Deus e demónio jamis viriam incomodar aquele suposto enviado de Deus".

Primeiro porque seria necessário provar que sempre que tais cérebros são levados a uma condição "normal" eles param de ter visões e quaisquer outro tipo de contactos "sobrenaturais".

E segundo, porque a definição que Dra. Cardoso ou qualquer um de nós tem do que seja normal é sempre algo sujeito a questionamentos do ponto de vista biológico.

Alguns filmes, inclusive, como "Don Juan de Marco" (com Jonny Depp) e "Uma Mente Brilhante" (sobre economista ganhador do prémio Nobel que sofria de esquizofrenia) mostram, na ficção e na realidade, como aquilo que consideramos "anormal" pode ser mais satisfatório do que a opção "normal".

Compatível com isso, um artigo breve e interessante de Kelly Morris na revista científica "The Lancet" comenta sobre como aquilo que consideramos por vezes como "doença mental" pode ser não uma aberração, mas sim parte do espectro de variabilidade adaptativa humana normal
(Does Art Work in Mental Health? Kelly Morris. The Lancet, vol 360, p.1104, October 5, 2002.).

"Expulsemo-lo!" Sentença proferida por um membro fundador da SBCR

Já quanto ao fórumhttp://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/ da SBCR, estive frequentando-o por seis dias em meados de 2002.
No final, me expulsaram...

Obtive de início muitos retornos interessantes à indagações e a temas por mim propostos.

Posteriormente, alguns (não poucos...) membros assumiram postura ofensiva, e não havia da parte do moderador do fórum (Daniel Sottomaior, de novo...) uma imparcialidade na questão.

Aos olhos dele, apenas eu era o ofensor, enquanto que do meu ponto de vista eu estava meramente rebatendo o que era a mim dirigido
(e na verdade rebatendo bem abaixo do que eu recebia).

Ao fim, cansado da postura molequesca desses alguns, e diante da passividade de Daniel, enviei uma mensagem pouco polida (mas, curiosamente, muitíssimo bem recebida pela galera...) que culminou com minha exclusão do grupo.

Tecnicamente, talvez uma impecável decisão;
mas eticamente, penso, questionável. De todo o modo, jamais recebi qualquer mensagem, nem foi enviada qualquer mensagem ao fórum, comunicando que eu fui excluído.

A rigor, continuo membro do fórum.
E isso é mais um sinal da passividade (ou... inoperância) de Daniel Sottomaior nessa situação.

O fórum da SBCR é, então, um local onde se pode conseguir alguns bons subsídios.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 04, 2013 11:00 pm

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Mas é necessário que quem entre neste fórum esteja alerta para o facto de que, infelizmente, há muita informalidade irresponsável (e por vezes crassamente ofensiva) nesses fóruns internéticos (nesses onde os moderadores se permitem ser omissos).

Esse tipo de irresponsabilidade omissa por parte dos moderadores não ocorre em outros fóruns que frequentei posteriormente, como o fórum céptico Cepticismo Aberto e o fórum parapsicológico Pesquisa Psi.

Talvez o fórum da SBCR já tenha sanado esse grave defeito (espero).

Adendo em 17 de julho de 2005: retornei ao fórum da SBCR nos últimos meses.

Está bem similar a antes (acabei inclusive sendo banido em situação similar à anterior), sendo que os membros me pareceram relativamente melhores, e o moderador (Daniel Sottomaior) relativamente pior do que antes.

O presidente desta "instituição", Renato Sabbatini, finalmente deu "o ar de sua graça" (ou seja, após insistentes cobranças de minha parte, ele respondeu a uma mensagem de um membro do fórum, eu mesmo no caso).

Ficou patente o despreparo de Sabbatini para falar sobre "paranormalidade" e "espiritismo", além da falta de ética da parte dele para com Daniel Sottomaior, e da pouca preocupação dele (Sabbatini) em honrar com a palavra empenhada.

Francamente...
Detalhes neste link. http://www.criticandokardec.com.br/renato_sabbatini_pseudocetico.htm

Alguns Sites Cépticos Interessantes

Do meu conhecimento, há três sites cépticos nacionais que eu, pessoalmente, considero bem interessantes e de qualidade.

Cepticismo Aberto:
administrado por Kentaro Mori, também conhecido como Marcelo Kunimoto.

Mori é editor da Revista da STR.
Considero o trabalho de Mori como sério e de qualidade.
Neste Link. http://www.ceticismoaberto.com/

Projecto Ockham:
sempre que, por necessidade ou curiosidade, consultei páginas deste site céptico, me senti satisfeito com a qualidade do trabalho aí realizado.
Recomendo.
Neste Link. http://www.projetoockham.org/

ABC Céptico:
este site céptico é de Marcelo Druyan, uma pessoa séria, inteligente, bem informada e perspicaz.
Bons conteúdos para os interessados.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Nov 04, 2013 11:01 pm

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Alguns Temas Potencialmente Interessantes para Ateus-Materialistas e para Espiritualistas

1-
Texto onde eu analiso o debate sobre o tema Vida Após a Vida promovido pela STR, e refuto os principais argumentos materialistas ali propostos.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/debate.htm

2- Texto onde eu apresento argumentos empíricos e lógicos em "defesa" da hipótese vida pós vida.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/atanasia.htm

3- Texto onde eu exponho as fraquezas e incoerências lógicas do materialismo.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/apples.htm

3.3- Texto que expõe de modo mais amadurecido o assunto acima.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/pomo_da_discordia.htm

4- Texto onde eu analiso a questão da cientificidade potencial das hipóteses vida pós vida e reencarnação, em contraste com a principal hipótese parapsicológica concorrente, a hipótese super psi.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/psi_vs_espirit.htm

5- Texto onde troco ideias (infelizmente de modo relativamente ruidoso) com Ronaldo Cordeiro, ex coordenador da comissão de ciência do extinto Fórum Céptico Brasileiro.

Argumento sobre a realidade dos fenómenos paranormais, relação mente-corpo, e outros assuntos de interesse correlato.
Neste Link. [urlhttp://www.criticandokardec.com.br/pendengas.htm][/url]

6- Texto, em inglês, do céptico estado-unidense Ray Hyman, do CSICOP, onde ele expõe conselhos e directrizes para uma crítica céptica apropriada (Proper Criticism).Pelo menos noventa e nove porcento dos excessos e descaminhos do cepticismo não ocorreriam se os cépticos lessem atentamente a tal artigo, e tentassem implementar suas directrizes.
Neste Link.http://www.csicop.org/si/2001-07/criticism.html

7- A questão da participação do Design Inteligente na evolução biológica discutida criticamente.
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/design_inteligente.htm

Críticas a Alguns Cépticos Internacionais

1- Susan Blackmore.
Clique Aqui. http://www.criticandokardec.com.br/blackmore.htm

2- Richard Dawkins.
Clique Aqui. http://www.criticandokardec.com.br/dawkins.htm

3- James Randi.
Clique Aqui. http://www.criticandokardec.com.br/james_randi.htm

4- Robert Todd Carroll e o Dicionário Céptico.
Clique Aqui. http://www.criticandokardec.com.br/skeptics_dictionary.htm

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Críticas aos “Cépticos” - Página 11 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:38 pm

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Aparentes Fraudes Cépticas, e Trabalhos com Graves Falhas Centrais

Um alerta importante sobre as minhas análises abaixo:
na lista abaixo, estão incluídos trabalhos que podem possuir muitos aspectos excelentes, mas que possuem falhas graves em sua linha central de argumentação ou de desenvolvimento.

Esses são os trabalhos com graves falhas centrais.
Eles diferem bastante das aparentes fraudes, que são de facto coisas mais condenáveis.

Para todos os sete assuntos abaixo, Clique Aqui. http://www.criticandokardec.com.br/falha_cetica.htm

1- A questão do National Research Council.
2- O Projecto Marte.
3- O pesquisador Psi Dean Radin vs Nature.
4- Os cépticos Paul Edwards, Leonard Angel, e como não criticar trabalhos sobre reencarnação.
5- Keith Augustine e seu artigo "O Caso Contra a Imortalidade".
6- O caso Benveniste vs Nature, envolvendo a "Homeopatia".
7- CSICOP vs Natasha Demkina, a moça da visão de Raio X...
(análise completa em inglês neste link http://www.criticandokardec.com.br/CSICOP_vs_Natasha_Demkina.htm)

Como Criticar Pesquisas "Bizarras" de Modo Apropriado (com a palavra: Ray Hyman)

As recomendações a seguir foram extraídas do texto do respeitado céptico Ray Hyman ("respeitado pelos cépticos"; eu tenho algumas reservas com relação a ele), de seu artigo "Proper Criticism", disponível em inglês Neste Link. http://www.csicop.org/si/2001-07/criticism.html
Os principais pontos, em português, podem ser lidos neste link. http://www.criticandokardec.com.br/o_bom_cetico_nao_faz_xixi_na_cama.htm

Cuidados ao Estudar Assuntos "Bizarros" e ao Ler Críticas "Cépticas" a Tais Assuntos

Algumas dicas adicionais, de minha parte, que se somam ao recomendado por Ray Hyman no texto dele "Proper Criticism".
Neste Link. http://www.criticandokardec.com.br/o_bom_cetico_nao_faz_xixi_na_cama.htm

Última actualização: 20 de julho de 2005.

Contacto: Júlio Siqueira. juliocbsiqueira@terra.com.br

Para me enviar uma mensagem, clique no link ao lado com minha foto, colocada a pedido de Kentaro Mori, coordenador do site Cepticismo Aberto, que me achou por demasiado parcial e radical ao colocar gifs animados neandertalescos dos cépticos nacionais.

Críticas aos “Cépticos” - Página 11 Burrinho
Eu ao, muitas vezes, tentar encontrar erros nos cépticos e acabar encontrando erros em mim mesmo...

§.§.§- O-canto-da-ave
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Críticas aos “Cépticos” - Página 11 Empty Como o Cepticismo Impede o Progresso – Cuvier e Spallanzani

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:40 pm

Guy Lyon Playfair

Tradutor: Vitor Moura Visoni
Em 1794 o eminente fisiólogo italiano Lazzaro Spallanzani (1729-99), um dos fundadores de biologia experimental, publicou uma proposta modesta, mas herética.

Muito intrigado pela capacidade dos morcegos de voar na escuridão total sem bater nas coisas, se empenhou em descobrir como o fazem.

Afirmou que eles deviam estar usando um de seus cinco sentidos, e numa série de experiências extremamente cruéis, mutilou-os, destruindo seus sentidos um por um, cegando-os, tapando as orelhas ou mesmo cortando-as, eliminando o olfacto e removendo a língua.

Logo se tornou claro para ele que era o sentido de audição que os morcegos usavam para evitar obstáculos.
Mas ouvir o quê?

Os morcegos não faziam nenhum som audível quando voavam, e pouco – se qualquer coisa – era conhecido no século 18 sobre ultra-sons, o segredo do êxito dos morcegos como navegadores nocturnos.

Quando eles voam, emitem amplitudes de até 50.000 ciclos por segundo – mais que duas vezes o limite máximo da audição humana – e ‘lêem’ o que retorna dos ecos.

Era um exemplo notável, do qual há muitos, de uma invenção humana – neste caso, a localização do eco ou sonar – que existia na natureza bem antes de temo-lo inventado.

Spallanzani estava em efeito fazendo uma alegação para o paranormal, como muitos dos pioneiros da pesquisa psíquica faziam no século seguinte no caso de telepatia.

Não havia nenhum sinal em 1794 de uma explicação normal para as habilidades do morcego de navegação, então o estabelecimento científico fez o que tende a fazer nestas ocasiões – compôs uma. Seu porta-voz principal foi o naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832), um pioneiro tanto em anatomia como em paleontogia.

Decretou, num artigo publicado em 1795, que “a nós, os órgãos de toque parecem suficientes para explicar todos os fenómenos que o morcego exibe”.

Tinha trabalhado em tudo.
As asas dos morcegos eram “ricamente fornecidas com nervos de todo o tipo”, que duma maneira ou doutra pode receber impressões de calor, frio e resistência.

Mas ao passo que Spallanzani, e vários colegas que ele convenceu para repetir suas experiências, alcançaram sua conclusão unânime só depois de numerosas experiências, Cuvier resolveu o problema sem executar uma sequer.

Era, como Robert Galambos, o perito em morcegos do século 20, observou:
“Um triunfo da lógica sobre a experimentação”.

Era também um triunfo da ignorância sobre o conhecimento.
Um dos colegas de Spallanzani realmente tinha pensado na teoria da asa sensível e a testou, pondo os morcegos num lugar inteiramente branco e cobrindo suas asas com algum tipo de material preto que se agarraria nas paredes e em vários objectos brancos se as asas os tocassem. Mas não tocaram.

A explicação de Cuvier logo achou seu lugar nos livros-textos, e permaneceu lá até o começo do século 20, quando pesquisadores independentes na França e nos EUA publicaram ainda mais evidência experimental a favor da teoria de Spallanzani.
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Críticas aos “Cépticos” - Página 11 Empty Re: Críticas aos “Cépticos”

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Nov 05, 2013 10:41 pm

Então, em 1920, um pesquisador britânico chamado Hartridge que tinha ajudado a desenvolver os primeiros sistemas navais de sonar durante a I Guerra Mundial, publicou a primeira teoria claramente declarada de navegação do morcego por ecografia.

Isto foi devidamente confirmado, usando dispositivos de gravação recentemente desenvolvidos, por Galambos e seu colega Donald Griffin, que publicaram seus resultados em 1941 – quase um século e meio depois de Spallanzani.

Retrospectivamente, é difícil de ver como esses resultados originais levaram tanto tempo para ganhar aceitação.

Spallanzani não era nenhum amador dissidente, mas um pesquisador experimentado versátil considerado como um dos fisiólogos principais de sua época que fez um trabalho pioneiro em áreas tais como fertilização, inseminação artificial e regeneração de membros.

Na sua pesquisa de morcegos, ele seguiu o que é agora a prática normal de convidar colegas a duplicar um resultado ou alegações.

Seu trabalho foi largamente disseminado – uma tradução inglesa do relatório final e claramente conclusivo do seu colaborador suíço Louis Jurine apareceu no primeiro volume (1798) da Philosophical Magazine [Revista Filosófica].

Acima de tudo, a teoria acústica foi solidamente baseada na evidência experimental de vários pesquisadores independentes.

Mas permaneceu negligenciada por mais de um século em grande parte graças ao imenso prestígio de Cuvier, a quem Napoleão pôs encarregado da reforma educacional francesa.

Vozes solitárias de discórdia, tais como a do médico britânico Sir Anthony Carlisle, que concluíram depois de executar as próprias experiências, que morcegos evitavam obstáculos “graças à extrema agudeza da audição” foram em grande parte inauditas.

Uma atitude bem típica foi expressa em 1809 por um George Montagu, que perguntou sarcasticamente:
“já que morcegos vêem com as suas orelhas, eles ouvem com os seus olhos?”

“Tivesse ele [Spallanzani] sido considerado seriamente, o quanto antes poderíamos ter descoberto o radar?”
Perguntou o falecido Eric Laithwaite, um engenheiro com grande interesse em tecnologia natural.

Se o radar tivesse sido inventado cinco ou dez anos antes talvez tivesse poupado as mais de 1.500 vidas perdidas quando o Titanic bateu num iceberg em 1912.

Os morcegos não batem em icebergs ou coisa parecida, e deveria ter sido possível elaborar algo muito tempo antes que isto finalmente ocorresse.

Laithwaite adicionou:
“Tentar descobrir como o mecanismo biológico ocorre tem uma vantagem sobre resolver problemas em áreas não-biológicas, pois já se sabe que o problema pode ser resolvido”.

Como a Natureza já resolveu seus problemas, o pesquisador tem certeza absoluta que uma solução existe.

No entanto, enquanto vivam os espíritos dos Cuviers deste mundo, como ainda vivem em organizações tais como o CSICOP , muitos deles podem permanecer não resolvidos durante outro século ou mais.

Galambos, R. (1942) The avoidance of obstacles by flying bats. Isis 34, 132-40.

Hartridge, N. (1920) The avoidance of objects by bats in their flight. Journal of Physiology 54, 54-7.

Laithwaite, E. R. (1977) Biological analogues in engineering practice. Interdisciplinary Science Reviews 2(2), 100-8.

Artigo disponível em http://www.skepticalinvestigations.org/observer/bats.htm (colocado online em janeiro de 2007).

§.§.§- O-canto-da-ave
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