LUZ ESPÍRITA
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Série André Luiz - EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 8:59 pm

Série André Luiz - EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS Evolucaoemdoismundos
EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA

DITADO PELO ESPÍRITO ANDRE LUIZ
(11)

ÍNDICE

CONCEITOS DE ALLAN KARDEC
ANOTAÇÃO
NOTA AO LEITOR

PRIMEIRA PARTE


CAPÍTULO 1 = Fluído cósmico
CAPÍTULO 2 = Corpo espiritual
CAPÍTULO 3 = Evolução e corpo espiritual
CAPÍTULO 4 = Automatismo e corpo espiritual
CAPÍTULO 5 = Células e corpo espiritual

CAPÍTULO 6 = Evolução e sexo
CAPÍTULO 7 = Evolução e hereditariedade
CAPÍTULO 8 = Evolução e metabolismo
CAPÍTULO 9 = Evolução e cérebro
CAPÍTULO 10 = Palavra e responsabilidade

CAPÍTULO 11 = Existência da alma
CAPÍTULO 12 = Alma e desencarnação
CAPÍTULO 13 = Alma e fluídos
CAPÍTULO 14 = Simbiose espiritual
CAPÍTULO 15 = Vampirismo espiritual

CAPÍTULO 16 = Mecanismos da mente
CAPÍTULO 17 = Mediunidade e corpo espiritual
CAPÍTULO 18 = Sexo e corpo espiritual
CAPÍTULO 19 = Alma e reencarnação
CAPÍTULO 20 = Corpo espiritual e religiões

SEGUNDA PARTE

CAPÍTULO 21 = Alimentação dos desencarnados
CAPÍTULO 22 = Linguagem dos desencarnados
CAPÍTULO 23 = Corpo espiritual e volitação
CAPÍTULO 24 = Linhas morfológicas dos desencarnados
CAPÍTULO 25 = Apresentação dos desencarnados

CAPÍTULO 26 = Justiça na Espiritualidade
CAPÍTULO 27 = Vida social dos desencarnados
CAPÍTULO 28 = Matrimónio e divórcio
CAPÍTULO 29 = Separação entre cônjuges espirituais
CAPÍTULO 30 = Disciplina afectiva

CAPÍTULO 31 = Conduta afectiva
CAPÍTULO 32 = Diferenciação dos sexos
CAPÍTULO 33 = Gestação frustrada
CAPÍTULO 34 = Aborto criminoso
CAPÍTULO 35 = Passe magnético

CAPÍTULO 36 = Determinação de sexo
CAPÍTULO 37 = Desencarnação
CAPÍTULO 38 = Evolução e destino
CAPÍTULO 39 = Predisposições mórbidas
CAPÍTULO 40 = Invasão microbiana
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 8:59 pm

CONCEITOS DE ALLAN KARDEC (1)

A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada.
“O Livro dos Espíritos” — página 127. FEB, 25ª edição.

No conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.
“O Livro dos Médiuns” — página 61. FEB, 23ª edição.

O Espiritismo mostra que a vida terrestre não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da Obra do Criador.
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” — página 54. FEB, 46ª edição.

No intervalo das existências humanas o Espírito torna a entrar no mundo espiritual, onde é feliz ou desventurado segundo o bem ou o mal que fez.
“O Céu e o Inferno” — página 30. FEB, 17ª edição.

O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente;
a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da matéria;
ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.

“A Génese” — página 20. FEB, 12ª edição.

(1) Indicados pelo Autor espiritual.

ANOTAÇÃO

Escrevendo acerca do corpo espiritual, que Allan Kardec denominou perispírito, não se propõe André Luiz traçar esse ou aquele estudo mais profundo, fazendo a discriminação dos princípios que o estruturam, com o fim de equacionar debatidos problemas da filosofia e da religião.

Desde tempos remotos, a Humanidade reconheceu-lhe a existência como organismo subtil ou mediador plástico, entre o espírito e o corpo carnal.

No Egipto, era o Ka para os sacerdotes;
na Grécia era o eidolon, na evocação das sibilas.

Ontem, Paracelso designava-o como sendo o corpo sidéreo e, não faz muito tempo, foi nomeado como somod nas investigações de Baraduc.

André Luiz, porém, busca apenas acordar em nós outros a noção da imortalidade, principalmente destacando-o, aos companheiros encarnados, qual forma viva da própria criatura humana, presidindo, com a orientação da mente, o dinamismo do casulo celular em que o espírito — viajor da Eternidade — se demora por algum tempo na face da Terra, em trabalho evolutivo, quando não seja no duro labor da própria regeneração.

E assim procedeu, acima de tudo, para salientar que, atingindo a maioridade moral pelo raciocínio, cabe a nós mesmos aprimorar-lhe as manifestações e enriquecer-lhe os atributos, porque todos os nossos sentimentos e pensamentos, palavras e obras, nele se reflectem, gerando consequências felizes ou infelizes, pelas quais entramos na intimidade da luz ou da sombra, da alegria ou do sofrimento.

Apreciando-lhe a evolução, nosso amigo simplesmente esclarece que o homem não está sentenciado ao pó da Terra, e que da imobilidade do sepulcro se reerguerá para o movimento triunfante, transportando consigo o céu ou o inferno que plasmou em si mesmo.

Em suma, espera tão-somente encarecer que o Espírito responsável, renascendo no arcabouço das células físicas, é mergulhado na carne, qual a imagem na câmara escura, em fotografia, recolhendo, por seus actos, nessa posição negativa, todos os característicos que lhe expressarão a figura exacta, no banho de reacções químicas efectuado pela morte, de que extrai a soma de experiências para a sua apresentação positiva na realidade maior.

O apóstolo Paulo, no versículo 44 do capítulo 15º de sua primeira Epístola aos Coríntios, asseverou, convincente:
“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.
Se há corpo animal, há também corpo espiritual”


Nessa preciosa síntese, encontramos no verbo “semear” a ideia da evolução filo genética do ser e, dentro dela, o corpo físico e o corpo espiritual como veículos da mente em sua peregrinação ascensional para Deus.

É para semelhante verdade que André Luiz nos convida a atenção, a fim de que por nossa conduta recta de hoje possamos encontrar a felicidade pura e sublime, ao sol de amanhã.

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 21 de julho de 1958.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 8:59 pm

NOTA AO LEITOR

Ajustadas a supremo conforto, no oceano das facilidades materiais, não se forram as criaturas humanas contra os pesares da solidão e da angústia.

Nesse navio prodigioso a que chamamos civilização, estruturado em largueza de conhecimento e primor de técnica, instalam-se os homens, demandando o porto que já alcançamos pelo impulso da morte.

Contudo, isso não impede, regressemos ao bojo da nave imponente para alertar o ânimo dos viajores nossos irmãos, com passaporte imprescritível para o mesmo país da Verdade que os espera amanhã, quanto ontem nos aguardava.

E voltamos porque a sumptuosidade da embarcação não está livre do nevoeiro da ignorância a lhe facilitar a incursão entre os rochedos do crime, nem segura contra a violência das tempestades que lhe convulsionam a organização e ameaçam a estrutura.

Realmente, dentro dela, atingimos luminosa culminância no sector da cultura, em tudo o que tange à protecção da vida física.

Sabemos equilibrar a circulação do sangue para garantir a segurança do ciclo cardíaco, mas ignoramos como libertar o coração do cárcere de sombras em que jaz, muitas vezes, mergulhado na poça das lágrimas, quando não seja algemado aos monstros da delinquência.

Identificamos a neurite óptica com eliminação progressiva dos campos visuais, e medicamo-la com a vantagem possível, na preservação dos olhos; entretanto, desconhecemos como arrancar a visão às trevas do espírito.

Ofertamos braços e pernas artificiais aos mutilados; contudo, somos francamente incapazes de remediar as lesões do sentimento.

Interferimos com vasta margem de êxito nos processos patológicos das células nervosas, auscultando as deficiências de vitaminas e enzimas, que ocasionam a diminuição da taxa metabólica do cérebro;
todavia, estamos inabilitados a qualquer anulação das síndromes espirituais de aflição e desespero que agravam a psicastenia e a loucura.

Achamo-nos convictos de que a hidrocefalia congénita provém da acumulação indébita do líquido céfalo-raquiano, impondo dilatação no espaço por ele mesmo ocupado na província intracraniana; no entanto, não percebemos a causa fundamental que a provoca.

Ainda assim, não voltamos para confabular com aqueles que se sintam acomodados ao desequilíbrio.

Retornamos à convivência dos que contemplam o horizonte entre a inquietação e a fadiga perguntando, em pranto, sobre o fim da viagem.

De espírito voltado para eles, os torturados do coração e da inteligência, aspiramos a escrever um livro simples sobre a evolução da alma nos dois planos, interligados no berço e no túmulo, nos quais se nos entretece a senda para Deus...

Notas em que o despretensioso médico desencarnado que somos — tomando para alicerce de suas observações o material básico já conquistado pela própria ciência terrestre, material por vezes colhido em obras de respeitáveis estudiosos —, pudesse algo dizer do corpo espiritual, em cujas células subtis a nossa própria vontade situa as causas de nosso destino sobre a Terra.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 9:00 pm

Páginas em que conseguíssemos aliar o conceito rígido da Ciência, compreensivelmente armada contra todas as afirmações que não possa esposar pela experimentação fria, e a mensagem consoladora do Evangelho de Jesus-Cristo de que o Espiritismo contemporâneo se faz o mais alto representante na actualidade do mundo... Um pequeno conjunto de definições sintéticas sobre nossa própria alma imortal, à face do Universo...

Todavia, para tal empreendimento, carecíamos de instrumentação mais ampla, motivo pelo qual nos utilizamos de dois médiuns diferentes (1), em lugares distintos, dois corações amigos que se prontificaram a receber-nos os textos humildes, dos quais se compõe a nossa apagada oferta.

Foi assim, meu amigo, que este livro nasceu por missiva de irmão aos irmãos que lutam e choram.

Se não sentes o frio da noite sobre o revolto mar das provações humanas, entorpecido na ilusão que te faz escarnecer da própria verdade, nossa lembrança em tuas mãos traz errado endereço.

Mas se guardas contigo o estigma do sofrimento, indagando pela solução dos velhos problemas do ser e da dor, se percebes a nuvem que prenuncia a tormenta e o vórtice traiçoeiro das ondas em que navegas, vem connosco!...

Estudemos a rota de nossa multi-milenária romagem no tempo para sentirmos o calor da flama de nosso próprio espírito a palpitar imorredouro na Eternidade e, acendendo o lume da esperança, perceberemos, juntos, em exaltação de alegria, que Deus, o Pai de Infinita Bondade, nos traçou a divina destinação para além das estrelas.

ANDRÉ LUIZ

(1) A convite do Espírito André Luiz, os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira receberam os textos deste livro em noites de domingos e quartas-feiras, respectivamente nas cidades de Pedro Leopoldo e Uberaba, Estado de Minas Gerais.
As páginas psicografadas por — um e outro podem ser Identificadas pela data característica de cada texto. — (Nota dos médiuns.

Uberaba, 23/7/58.
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PRIMEIRA PARTE[/i]

1 - Fluído cósmico

PLASMA DIVINO
— O fluído cósmico ê o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR — Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.

Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milénios e milénios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus ê o Criador de Toda a Eternidade.

IMPÉRIOS ESTELARES — Devido à actuação desses Arquitectos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragalácticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atractivos, com admirável uniformidade coordenadora.

É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.

Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.

A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os electrões se conjugam ao núcleo atómico, em trajectos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.

NOSSA GALÁXIA — Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever.

Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em redor repontam outros edifícios em todas as direcções.

Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza.

Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canópus, na região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam.

Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro.

Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.
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FORÇAS ATÓMICAS — Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado actual dos nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espectáculos de grandeza.

Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colmeias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas electromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atómicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mónadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.

Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atómico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados.

Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas directrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.

LUZ E CALOR — Os mundos ou campos de desenvolvimento da alma, com as suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações luminosas e caloríficas, sem nos referirmos às forças de outra espécie que são arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a estabilidade e a existência.

Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados na Íntima estrutura, despedem as ondas electromagnéticas.

Todavia, não obstante tactearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações electromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 quilómetros por segundo, preferindo reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador.

CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR — Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam connosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada.

Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macro cósmicas, que desafiam a passagem dos milénios.

Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.

Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”. (2)

(2) Paulo de Tarso, em Aptos, capítulo 17º, versículo 28. — (Nota do Autor espiritual)

Uberaba, 15/1/58.
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2 - Corpo espiritual

RETRATO DO CORPO MENTAL
— Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflecte, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação.

Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura electromagnética, algo modificado no que tange aos fenómenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.

Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.

Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante,

além do sepulcro, formação subtil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga eléctrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.

CENTROS VITAIS — Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.

Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de acção em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milénios e milénios de esforço e recapitulação, nos múltiplos sectores da evolução anímica.

É assim que, regendo a actividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário.

O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.

Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, consequentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a actividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, actividade e mecanismo, desde os neurónios sensitivos até as células efectoras;
o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação;

o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base;
o centro esplénico, determinando todas as actividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo;

o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.


CENTRO CORONÁRIO — Temos particularmente no centro coronário o ponto de interacção entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.

Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com acção difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e acções, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.

A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as consequências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.
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ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS — É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluídos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.

CENTROS VITAIS E CÉLULAS — São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direcção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.

Essas células que obedecem às ordens do espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milénios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras.

Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer e reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respira, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessitam de substâncias especiais, água, oxigénio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extra celulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sanguíneo.

EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS — Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo em nossa rápida síntese, como veículo electromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconheceremos facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenómeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei do merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.

CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE — Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimónio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito.

Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de acção e reacção, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é susceptível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantém o organismo subtil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei.

Outros aspectos do psicossoma examinaremos quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível.

(3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório subtil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela em que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre. — (Nota do Autor espiritual).

Pedro Leopoldo, 19/1/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 9:01 pm

3 - Evolução e corpo espiritual

PRIMÓRDIOS DA VIDA
— Procurando fixar ideias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.

A matéria elementar, de que o electrão é um dos corpúsculos-base (4), na faixa de experiência evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência, dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenómenos de formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura.

A imensa fornalha atómica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Génios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.

Dessa geleia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...

Trabalhadas, no transcurso de milénios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a acção do calor interno e do frio exterior, as mónadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.

Séculos de actividade silenciosa perpassam, sucessivos...

NASCIMENTO DO REINO VEGETAL — Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mónadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética.

Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.

Milénios e milénios chegam e passam...

FORMAÇÃO DAS ALGAS — Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.

O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotadas de extrema mobilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a mónada já evoluída se ergue a estágio superior.

Todavia, são plantas ainda e que até hoje persistem na Terra, como filtros de evolução primária dos princípios inteligentes em constante expansão, mas plantas super evolvidas nos domínios da sensação e do instinto embrionário, guardando o magnésio da clorofila como atestado da espécie.

Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigorosos embates nos quais a morte comparece, na esfera de luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo a edificação das formas do porvir.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 9:01 pm

DOS ARTRÓPODOS AOS DROMATÉRIOS E ANFÍTRIOS — Mais tarde, assinalamos o ingresso da mónada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de exosqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue — condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma — detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.

Das cristalizações atómicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma, das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico aos fetos e às licopodiáceas, aos trilobites e cistídeos aos cefalópodes, foraminíferos e radiolários dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu espongiários e celentrados da era paleozóica, esboçando a estrutura esquelética.

Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milénios, o sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direcção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos.

Viajando sempre, adquire entre os dromatérios e anfitérios os rudimentos das reacções psicológicas superiores, incorporando as conquistas do instinto e da inteligência.

FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO — Estagiando nos marsupiais e cretáceos do eoceno médio, nos rinocerotídcos, cervídeos, antilopídeos, equídeos, canídeos, proboscídeos e antropóides inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna actual da Terra, e, alcançando os pitecantrodides da era quaternária, que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mónada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico (5) atravessou os mais rudes crivos da adaptação e selecção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.

ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO — Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, qual a bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extra físicas, em que essa mesma consciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo subtil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.

EVOLUÇÃO NO TEMPO — É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de acção, reacção e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronário, no próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões em milhões e milhões de anos, pelo qual, com o Auxílio das Potências Sublimes que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na textura da própria alma.

Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos.

Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioactivos na massa geológica do Globo.

E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o carácter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica (6).

(4) Na Esfera Espiritual, em que estagiamos, o electrão é também partícula atómica dissociável. — (Nota do Autor espiritual)

(5) As expressões “Plano Físico” e “Plano Extra físico”, largamente usadas nestas páginas, foram utilizadas por nós, à falta de termos mais precisos que designem as esferas de evolução para os Espíritos encarnados e desencarnados, pertencentes ao “habitat” planetário. — (Nota do Autor espiritual)

(6) As presentes estimativas e apontamentos do Plano Espiritual, apesar das compreensíveis divergências humanas, coincidem exactamente com observações e ilações de vários estúdiosos encarnados. — (Nota do Autor espiritual)

Uberaba, 22/1/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg maio 07, 2012 9:02 pm

4 - Automatismo e corpo espiritual

AUTOMATISMO FISIOLÓGICO
— Compreensível salientar que o princípio inteligente, no decurso dos evos, plasmou em seu próprio veículo de exteriorização as conquistas que lhe alicerçariam o crescimento para maiores afirmações nos horizontes evolutivos.

Dominando as células vivas, de natureza física e espiritual, como que empalmando-as a seu próprio serviço, de modo a senhorear possibilidades mais amplas de expansão e progresso, sofre no plano terrestre e no plano extraterrestre as profundas experiências que lhe facultarão, no bojo do tempo, o automatismo fisiológico, pelo qual, sem qualquer obstáculo, executa todos os actos primários de manutenção, preservação e renovação da própria vida.

ACTIVIDADES REFLEXAS DO INCONSCIENTE — Sabemos que, em nos propondo aprender a ler e escrever, antes de tudo nos consagramos à empresa difícil de assimilação do alfabeto e da escrita, consumindo energia cerebral e coordenando o movimento dos olhos, dos lábios e das mãos, em múltiplas fases de atenção e trabalho, de maneira a superar nossas próprias inibições, para, depois, conseguirmos ler e escrever, mecanicamente, sem qualquer esforço, a não ser aquele que se refere à absorção, comunicação ou materialização do pensamento lido ou escrito, porquanto a leitura e a grafia ter-se-ão tornado automáticas na esfera de nossa actividade mental.

Nessa base de incessante repetição dos actos indispensáveis ao seu próprio desenvolvimento, vestindo-se de matéria densa no plano físico e desnudando-se dela no fenómeno da morte, para revestir-se de matéria subtil no plano extra físico e renascer de novo na Crosta da Terra, em inumeráveis estações de aprendizado, é que o princípio espiritual incorporou todos os cabedais da inteligência que lhe brilhariam no cérebro do futuro, pelas chamadas actividades reflexas do inconsciente.

TEORIA DE DESCARTES — Atento a isso e espantado diante do gigantesco património da mente humana é que Descartes, no século 17, indagando de si mesmo sobre a complexidade dos nervos, formulou a “teoria dos espíritos animais” que estariam encerrados no cérebro, perpassando nas redes nervosas para atender aos movimentos da respiração, dos humores e da defesa orgânica, sem participação consciente da vontade, chegando o filósofo a asseverar que esses “espíritos se conjugavam necessariamente reflectidos”, aplicando semelhante regra notadamente aos animais que ele classificava por máquinas desprovidas de pensamento.

Descartes não logrou apreender toda a amplitude dos caminhos que se descerram à evolução na esteira dos séculos, mas abordou a verdade do ato reflexo que obedece ao influxo nervoso, no automatismo em que a alma evolui para mais altos planos de consciência, através do nascimento, morte, experiência e renascimento na vida física e extra física, em avanço inevitável para a vida superior.

AUTOMATISMO E HERANÇA — Assim como na colectividade humana o indivíduo trabalha para a comunidade a que pertence, entregando-lhe o produto das próprias aquisições, e a sociedade opera em favor do indivíduo que a compõe, protegendo-lhe a existência, no impositivo do aperfeiçoamento constante, nos reinos menores o ser inferior serve à espécie a que se ajusta, confiando-lhe, maquinalmente, o fruto das próprias conquistas, e a espécie labora em benefício dele, amparando-o com todos os valores por ela assimilados, a fim de que a ascensão da vida não sofra qualquer solução de continuidade.

Se, no círculo humano, a inteligência é seguida pela razão e a razão pela responsabilidade, nas linhas da Civilização, sob os signos da cultura, observamos que, na retaguarda do transformismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a actividade reflectida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milénios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico.

Desse modo, em qualquer estudo acerca do corpo espiritual, não podemos esquecer a função preponderante do automatismo e da herança na formação da individualidade responsável, para compreendermos a inexequibilidade de qualquer separação entre a Fisiologia e a Psicologia, porquanto ao longo da atracção no mineral, da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos a crisálida de consciência construindo as suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transformando, gradativamente, toda a actividade nervosa em vida psíquica.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:06 pm

EVOLUÇÃO E PRINCÍPIOS COSMOCINÉTICOS — Os dias da Criação, assinaladas nos livros de Moisés, equivalem a épocas imensas no tempo e no espaço, porque o corpo espiritual que modela o corpo físico e o corpo físico que representa o corpo espiritual constituem a obra de séculos numerosos, pacientemente elaborada em duas esferas diferentes da vida, a se retomarem no berço e no túmulo com a orientação dos Instrutores Divinos que supervisionam a evolução terrestre.

Com semelhante enunciado não diligenciamos, de modo algum, explicar a génese do espírito, porque isso, por enquanto, implicaria arrogante e pretensiosa definição do próprio Deus.

Propomo-nos simplesmente salientar que a lei da evolução prevalece para todos os seres do Universo, tanto quanto os princípios cosmocinéticos, que determinam o equilíbrio dos astros, são, na origem, os mesmos que regulam a vida orgânica, na estrutura e movimento dos átomos.

O veículo do espírito, além do sepulcro, no plano extra físico ou quando reconstituído no berço, é a soma de experiências infinitamente repetidas, avançando vagarosamente da obscuridade para a luz.

Nele, situamos a individualidade espiritual, que se vale das vidas menores para afirmar-se —, das vidas menores que lhe prestam serviço, dela recolhendo preciosa cooperação para crescerem a seu turno, conforme os inelutáveis objectivos do progresso.

GÉNESE DOS ÓRGÃOS PSICOSSOMÁTICOS — Todos os órgãos do corpo espiritual e, consequentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.

É assim que o tato nasceu no princípio inteligente, na sua passagem pelas células nucleares em seus impulsos ameboídes;
que a visão principiou pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão solar, que o olfacto começou nos animais aquáticos de expressão mais simples, por excitações do ambiente em que evolviam;

que o gosto surgiu nas plantas, muitas delas armadas de pêlos viscosos destilando sucos digestivos, e que as primeiras sensações do sexo apareceram com algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas uma para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos definir como região secundária de simpatias genésicas.

TRABALHO DA INTELIGÊNCIA — Examinando, pois, o fenómeno da reflexão sistemática, gerando o automatismo que assinala a inteligência de todas as acções espontâneas do corpo espiritual, reconhecemos sem dificuldade que a marcha do princípio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência humana para o reino angélico simbolizam a expansão multimilenar da criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer, com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.

Pedro Leopoldo, 26/1/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:06 pm

5 - Células e corpo espiritual

PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES
— Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.

FORMAS DAS CÉLULAS — Animálculos infinitesimais, que se revelam domesticados e ordeiros na colmeia orgânica, assumem formas diferentes, segundo a posição dos indivíduos e a natureza dos tecidos em que se agrupam, obedecendo ao pensamento simples ou complexo que lhes comanda a existência.

São cenositos ou microrganismos que podem viver livremente, como autositos, ou como parasitos;
sincícios ou massa de células que se fundem para a execução de actividade particular, como, por exemplo, na musculatura cardíaca ou na camada epitelial que compõe a parte externa da placenta, com acção histolítica sobre a estrutura da organização materna;

células anastomosadas, como as que se coordenam na formação dos tecidos conjuntivos;
células em grupos coloniais, com movimentos perfeitamente coordenados, quais as que se mostram nos volvocídeos;

células com matriz intersticial, que elaboram substâncias imprescindíveis à conservação da vida na província corpórea. e as células que podem diversificar-se, constituindo-se elementos livres, como na preparação dos glóbulos da corrente sanguínea.

Articulam-se em múltiplas formas, adaptando-se às funções que lhes competem, no veículo de manifestação da criatura que temporariamente as segrega, à maneira de peças electromagnéticas inteligentes, em máquina electromagnética super inteligente, atendendo com precisão matemática aos apelos da mente, assemelhando-se, de certo modo, no organismo, aos milhões de átomos que constituem harmonicamente as cordas de um piano, accionadas pelos martelos minúsculos dos nervos, ao impacto das teclas que podemos simbolizar nos fulcros energéticos do córtice encefálico, movimentado e controlado pelo Espírito, através do centro coronário que sustenta a conjunção da vida mental com a forma organizada em que ela própria se expressa.

MOTORES ELÉCTRICOS MICROSCÓPICOS — Dispostas na construção da forma em processo idêntico ao da superposição dos tijolos numa obra de alvenaria, as células são compelidas à disciplina, perante a ideia orientadora que as associa e governa, quanto os tijolos vulgares são constrangidos à submissão ante as linhas traçadas pelo arquitecto que lhes aproveita o concurso na concretização de projecto específico.

É assim que são funcionárias da reprodução no centro genésico, trabalhadores da digestão e absorção no centro gástrico, operários da respiração e fonação no centro laríngeo, da circulação no centro cardíaco, servidoras e guardiãs fixas ou migratórias do tráfego e distribuição, reserva e defesa no centro esplénico, auxiliares da inteligência e elementos de ligação no centro cerebral e administradoras e artistas no centro coronário, amolgando-se às ordens mentais recebidas e traduzindo na região de trabalho que lhes é própria a individualidade que as refreia e influencia, com justas limitações no tempo e no espaço.

Temo-las, desse modo — repetimos —, por microscópicos motores eléctricos, com vida própria, subordinando-se às determinações do ser que as aglutina e que lhes imprime a fixação ou a mobilidade indispensáveis às funções que devam exercer no mar interior do mundo orgânico, formado pelos líquidos extra celulares, a se definirem no líquido lacunar que as irriga e que circula vagarosamente;

na linfa que verte dos tecidos, endereçada ao sangue;
e no plasma sanguíneo que se movimenta, rápido, além de outros líquidos intersticiais, característicos do meio interno.

O TODO INDIVISÍVEL DO ORGANISMO — Lógico entender, dessa forma, que, diante do governo mental, a reunião das células compõe tecidos, assim como a associação dos tecidos esculpe os órgãos, partes constituintes do organismo que passa a funcionar, como um todo indivisível em sua integridade, cingido pelo sistema nervoso e controlado pelos hormónios ou substâncias produzidas em determinado órgão e transportadas a outros arraiais da actividade somática, que lhes excitam as propriedades funcionais para certos fins, hormónios esses nascidos de impulsão mecânica da mente sobre o império celular, conforme diferentes estados emotivos da consciência, enfeixando cargas de elementos químicos em nível ideal, quando o equilíbrio íntimo lhe preside as manifestações, e consubstanciando recursos de manutenção e preservação da vida normal, perfeitamente isoláveis pela ciência comum, como já acontece com a adrenalina das supra-renais, com a insulina do pâncreas, a testosterona dos testículos e outras secreções glandulares do cosmo orgânico.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:06 pm

AUTOMATISMO CELULAR — É da doutrina celular corrente no mundo que as células tomam aspectos diferentes conforme a natureza das organizações a que servem, competindo-nos desenvolver mais amplamente o asserto, para asseverar que a inteligência, influenciando o citoplasma, que é, no fundo, o elemento intersticial de vinculação das forças fisiopsicossomáticas, obriga as células ao trabalho de que necessita para expressar-se, trabalho este que, à custa de repetições quase infinitas, se torna perfeitamente automático para as unidades celulares que se renovam, de maneira incessante, na execução das tarefas que a vida lhes assinala.

EFEITOS DO AUTOMATISMO — Perfeitamente compreensíveis, nessa base, os estudos científicos que reconhecem os agrupamentos colaboracionistas das células especializadas, através da cultura artificial dos tecidos orgânicos, em que um fragmento qualquer desses mesmos tecidos, seja da epiderme ou do cérebro, permanece vivo, por muito tempo, quando mergulhado em soro que, cuidadosamente imunizado e mantido na temperatura correspondente à do corpo físico, acusa uma vida intensa. Decorridas algumas horas, os produtos de excreta intoxicam o soro, impedindo o desenvolvimento celular;
mas, se o líquido for renovado, continuam as células a crescer no mesmo ritmo de movimento e expansão que lhes marca a actividade no edifício corpóreo.

Todavia, fora do governo mental que as dirigia, não se revelam iguais às suas irmãs em função orgânica.

As células nervosas, por exemplo, com as suas fibrilas especiais, não produzem células com fibrilas análogas, e as que atendem nos músculos aos serviços da contracção se desdiferenciam, regredindo ao tipo conjuntivo.

Todas as que se ausentam do conjunto estrutural do tecido inclinam-se para a apresentação morfológica da ameba, segundo observações cientificamente provadas.

Isso ocorre porque as células, quando ajustadas ao ambiente orgânico, demonstram o comportamento natural do operário mobilizado em serviço, sob as ordens da Inteligência, comunicando-se umas com as outras sob o influxo espiritual que lhes mantém a coesão, e procedem no soro quais amebas em liberdade para satisfazer aos próprios impulsos.

FENÓMENOS EXPLICÁVEIS — Dentro do mesmo princípio de submissão das células ao estímulo nervoso, é que a experiência de transplante dos tecidos de embriões entre si, com alguns dias de formação, pode oferecer resultados surpreendentes, de vez que as células orientadas em determinado sentido, quando enxertadas sobre tecidos outros “in vivo”, conseguem gerar órgãos-extras em regime de monstruosidade, obedecendo a determinações especializadas resultantes das ordens magnéticas de origem que saturavam essas mesmas células.

E é ainda aí, pelo mesmo teor de semelhante saturação, que vamos entender as demonstrações do faquirismo e outras realizadas em sessões experimentais do Espiritismo, nas quais a mente super concentrada pode arremessar fluídos de impulsão sobre vidas inferiores, como seja a das plantas, imprimindo-lhes desenvolvimento anormal, e explicar os fenómenos da materialização mediúnica.

Neste caso, sob condições excepcionais e com o auxílio de Inteligências desencarnadas, o organismo do médium deixa escapar o ectoplasma ou o plasma exteriorizado, no qual as células, em tonalidade vibratória diferente, elastecem-se e se renovam, de conformidade com os moldes mentais que lhes são apresentados, produzindo os mais significativos fenómenos em obediência ao comando da Inteligência, por intermédio dos quais a Esfera Espiritual sugere ao Plano Físico a imortalidade da alma, a caminho da Vida Superior.

Uberaba, 29/1/58.
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6 - Evolução e sexo

APARECIMENTO DO SEXO
— Dobadas longas faixas de tempo, em que bactérias e células são experimentadas em reprodução agâmica. eis que determinado grupo apresenta no imo da própria constituição qualidades magnéticas positivas e negativas que lhe são desfechadas pelos Orientadores Espirituais encarregados do progresso devido ao Planeta.

Pressente-se a evolução animal em vésperas de nascer...

BACTÉRIA DIFERENCIADA — De todas as espécies de bactérias já formadas, uma se destaca nos imensos depósitos de água doce sobre o leito pétreo do algonquiano.

É diferenciada de quantas se estiram sobre a Crosta Terrestre.
Não tem a característica absolutamente amebóide.

Mostra configuração elipsoidal, como se fora microscópico bastonete ou girino, a que não falta leve radícula à feição de cauda.

É o leptótrix, que, em miríades de individuações, permanece por milhares de séculos nas rochas antigas, nutrindo-se simplesmente de ferro.

Quando se desenvencilha da minúscula carapaça ferrosa em que se esconde, é instintivamente obrigado a nadar, até que outra carapaça semelhante o envolva.

Os Instrutores Espirituais valem-se da medida para impulsioná-lo à transformação.

Perdendo os diminutos envoltórios metálicos e constrangidas a edificar abrigos idênticos que lhes atendam à necessidade de protecção, essas bactérias, que exprimem figura importante de junção no trabalho evolutivo da Natureza, são compelidas ao movimento, em que não apenas se atraem umas às outras, nos prelúdios iniciais da reprodução sexuada, mas em que conhecem, por acidente, a morte em massa, da qual ressurgem nos mesmos tratos de vida em que se encontram, sob a criteriosa atenção dos Condutores da Terra, para renascerem, após longo tempo de novas experimentações, na forma das algas verdes, inaugurando a comunhão sexual sobre o mundo.

AS ALGAS VERDES — Os biologistas dos últimos tempos costumam perguntar sem resposta se as algas verdes, proprietárias de estrutura particular, descendem das primitivas cianofíceas, de textura mais simples, nas quais a ficocianina, associada à clorofila, é o pigmento azulado de sua composição fundamental.

O hiato existente, de que dá conta Hugo De Vries, ao desenvolver o mutacionismo, foi preenchido pelas actividades dos Servidores da Organogénese Terrestre, que submeteram a família do leptótrix a profundas alterações nos campos do espírito, transmutando-lhe os indivíduos mais completos, que reapareceram metamorfoseados nas algas referidas, a invadirem luxuriantemente as águas, instalando novo ciclo de progresso e renovação...

CONCENTRAÇÕES FLUÍDICO-MAGNÉTICAS — Ao toque dos Operários Divinos, a matéria elementar fora no princípio transubstanciada em massa astronómica de electrões e protões, que teceram o largo berço da vida humana em plena Vida Cósmica.

E ainda sob a inteligência deles, com a supervisão do Cristo de Deus, semelhantes recursos baseiam a formação dos átomos em elementos, combinam-se os elementos em conjuntos químicos, abrem os conjuntos químicos lugar aos colóides, mesclam-se os colóides em misturas substanciais, oferecendo ao princípio inteligente, oriundo da amplidão celeste, o ninho propício ao desenvolvimento.

Eras imensas transcorreram; e esse princípio inteligente, destinado a crescer para a glória da vida, em dois planos distintos de experiência, quando se mostra activado em constituição mais complexa, recebe desses mesmos Arquitectos da Sabedoria Divina os dons da reprodução mais complexa nos cromossomas, ou concentrações fluídico-magnéticas especiais, a se retratarem, através do tempo, pela reflexão constante, no campo celular, concentrações essas que, por falta de terminologia adequada no dicionário humano, baratearemos, quanto possível, comparando-as aos moldes fabricados para o serviço de fundição na oficina tipográfica.

Os cromossomas, estruturados em grímulos infinitesimais de natureza fisiopsicossomática, partilham do corpo físico pelo núcleo da célula em que se mantêm e do corpo espiritual pelo citoplasma em que se implantam.

E como acontece aos moldes tipográficos, que são formados de linhas para que se lhes expresse o sentido, também eles são constituídos pelos elementos chamados genes, o que lhes dá, tanto quanto ocorre ao alfabeto humano, a característica de imortalidade nas células que se renovam transmitindo às sucessoras as suas particulares disposições, nas mesmas circunstâncias em que, num texto tipográfico, as letras e os moldes podem viver, indefinidamente, no material destrutível e renovável, por intermédio do qual se conservam e se exprimem na memória das gerações.

Com o tempo, diferenciam-se os cromossomas nas províncias da evolução, segundo as espécies, como variam as criações do pensamento impresso, de acordo com os moldes tipográficos nas esferas da cultura.

Os elementos germinativos são minuciosamente analisados e testados nas plantas, até que sofram transformações essenciais na química das algas verdes, de cuja compleição caminham no rumo de mais amplos desdobramentos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:07 pm

FILTROS DE TRANSFORMISMO — O princípio inteligente é experimentado de modos múltiplos no laboratório da Natureza, constituindo-se-lhe, pouco a pouco, a organização físico-espiritual, e traçando-se-lhe entre a Terra e o Céu a destinação finalista.

Com o amparo dos Trabalhadores Divinos fixa em si mesmo os selos vivos da reprodutividade, que se definem e aperfeiçoam no regaço dos milénios, deixando na retaguarda, como filtros de transformismo, não somente os reinos mineral e vegetal, institutos de recepção e expansão da onda criadora da vida, em seu fluxo incessante, como também certas classes de organismos outros que passariam a coexistir com os elementos em ascensão, qual acontece ainda hoje, quando observamos ao lado da inteligência humana, relativamente aprimorada, plantas e vermes que já existiam no pré-câmbrico inferior.

Os tecidos germinais sofrem, por milhares de anos, provas continuadas para que se lhes possa aferir o valor e se lhes apure o adestramento.

Formas monstruosas aparecem e desaparecem, desde os anelídeos aos animais de grande porte, por séculos e séculos, até que as espécies conseguissem acomodação nos próprios tipos.

Entre as que chegam à luz e as que se fundem nas sombras, traçam-se parentescos profundos.

Os cromossomas permanecem imorredouros, através dos centros genésicos de todos os seres, encarnados e desencarnados, plasmando alicerces preciosos aos estudos filogenéticos do futuro.

DESCENDÊNCIA E SELECÇÃO — É justo lembrar, no entanto, que os trabalhos gradativos da descendência e da selecção, que encontrariam em Lamarck e Darwin expositores dos mais valiosos, operavam-se em dois planos.

As crisálidas de consciência dos reinos inferiores, mergulhadas em campo vibratório diferente pelo fenómeno da morte, justapunham-se às células renascentes que continuavam a servi-las, colhendo elementos de transmutação para a volta à esfera física, pela reencarnação compulsória, sob a orientação das Inteligências Sublimes que nos sustentam a romagem, circunstância que nos compele a considerar que o transformismo das espécies, como também a constituição de espécies novas, em se ajustando a funções fisiológicas, expansão e herança, baseiam-se no mecanismo e na química do núcleo e do citoplasma, em que as energias fisiopsicossomáticas se reúnem.

GENEALOGIA DO ESPÍRITO — Os naturalistas situados no chão do mundo, desde os sacerdotes egípcios, que estudavam a origem da vida planetária em conchas fósseis, até os mais eminentes biólogos modernos, atreitos à unilateralidade de observação, compreensivelmente não conseguirão suprir as lacunas existentes no quadro da evolução, não obstante Cuvier, com a Anatomia Comparada, tenha traçado forma básica à sistemática da Paleontologia.

Em verdade, porém, para não cairmos nas recapitulações Incessantes, em torno de apreciações e conclusões que a ciência do mundo tem repetido à saciedade, acrescentaremos simplesmente que as leis da reprodução animal, orientadas pelos Instrutores Divinos, desde o casulo ferruginoso do leptótrix, através da retracção e expansão da energia nas ocorrências do nascimento e morte da forma, recapitulam ainda hoje, na organização de qualquer veículo humano, na fase embriogénica, a evolução tilogenética de todo o reino animal, demonstrando que além da ciência que estuda a génese das formas, há também uma genealogia do espírito.

Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos.

Pedro Leopoldo, 2/2/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:07 pm

7 - Evolução e hereditariedade

PRINCÍPIO INTELIGENTE E HEREDITARIEDADE
— Reportando-nos à lei da hereditariedade, é imperioso, de certo modo, recordar a Geometria para simplificar-lhe os conceitos.

Considerando a Geometria por ciência que estuda as propriedades do espaço limitado, vamos encontrar a hereditariedade como lei que define a vida, circunscrita à forma em que se externa.

Só a inteligência consegue traçar linhas inteligentes.

Em razão disso, e atendendo-se aos objectivos finalistas do Universo, não será possível esquecer o Plano Divino, quando se trate de qualquer imersão mais profunda na Genética, ainda mesmo que isso repugne aos cultores da ciência materialista.

Como se estruturaram os cromatídeos nos cromossomas é problema que, de todo, por enquanto, nos escapa ao sentido, mas sabemos que os Arquitectos Espirituais, entrosados à Supervisão Celeste, gastaram longos séculos preparando as células que serviriam de base ao reino vegetal, combinando núcleo protemas a glúcides e a outros elementos primordiais, a fim de que se estabelecessem um nível seguro de forças constantes, entre a bagagem do núcleo e do citoplasma.

Com semelhante realização, o princípio inteligente começa a desenvolver-se do ponto de vista fisiopsicossomático.

Não apenas a forma física do futuro promete então revelar-se, mas também a forma espiritual.

FACTORES DA HEREDITARIEDADE — Na intimidade dos corpúsculos simples que evoluiriam para a feição de máquinas microscópicas, formadas de protoplasma e para-plasma, fixam-se, vagarosamente, sob influenciação magnética, os fragmentos de cromatina, organizando-se os cromossomas em que seriam condensadas as fórmulas vitais da reprodução.

Processos múltiplos de divisão passam a ser experimentados.

A divisão directa ou a mitose é largamente usada para, em seguida, surgir a mitose ou divisão indirecta, em que as alterações naturais da mónada celeste se reflectem no núcleo, prenunciando sempre maiores transformações.

Lentamente, os cromossomas adquirem a sua apresentação peculiar, em forma de ponto-alça-bastonete-bengala, e a evolução que lhes diz respeito na cariocinese, desde a prófase à telófase, merece a melhor atenção dos Construtores Divinos, que através do centro celular mantêm a junção das forças físicas e espirituais, ponto esse em que se verifica o impulso mental, de natureza electromagnética, pelo qual se opera o movimento dos cromossomas, na direcção do equador para os pólos da célula, cunhando as leis da hereditariedade e da afinidade que se vão exercer, dispondo nos cromatídeos, em forma de granulações perfeitamente identificáveis entre o leptoténio e o paquiténio, os genes ou factores da hereditariedade, que, no transcurso dos séculos, são fixados em número e valores diferentes para cada espécie.

ARQUIVO DOS REFLEXOS CONDICIONADOS — Através dos estágios nascimento-experiência-morte-experiência-renascimento, nos planos físico e extra físico, as crisálidas de consciência, dentro do princípio de repetição, respiram sob o sol como seres autótrofos no reino vegetal, onde as células, nas espécies variadas em que se aglutinam, se reproduzem de modo absolutamente semelhante.

Nesse domínio, o princípio inteligente, servindo-se da herança, e por intermédio das experiências infinitamente recapituladas, habilita-se à diferenciação nos flagelados, ascendendo progressivamente à diferenciação maior na escala animal, onde o corpo espiritual, à feição de protoforma humana, já oferece moldes mais complexos, diante das reacções do sistema nervoso, eleito para sede dos instintos superiores, com a faculdade de arquivar reflexos condicionados.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:08 pm

CONSTRUÇÃO DO DESTINO — Sofrem as células transformações profundas, porque o elemento espiritual deve agora viver como ser alótrofo, somente conseguindo manter-se com o produto de matérias orgânicas já elaboradas.

Com a passagem do tempo, e sob a inspiração dos Arquitectos Espirituais que lhe orientam a evolução da forma, avança na rota do progresso, plasmando implementos novos no veículo de expressão.

Entre a esfera terrena e a esfera espiritual, adquire os orgânulos particulares com que passa a atender variadas funções entre os protozoários, como sejam, os vacúolos pulsáteis para a sustentação do equilíbrio osmótico e os vacúolos digestivos para o equilíbrio da nutrição.

Nos metazoários, conquista um carro fisiológico, estruturado em aparelhos e sistemas constituídos de órgãos, que, a seu turno, são formados de tecidos, compostos por células em complicado regime de diferenciação e, passando por longas e porfiadas metamorfoses, atinge o reino hominal, em que os gâmetas se erigem, especializados e seguros, no aparelho de reprodução, com elementos e recursos característicos para o homem e para a mulher, no imo do centro genésico, entre os aparelhos de metabolismo e os sistemas de relação.

No acto da fecundação, reúnem-se os pronúcleos masculino e feminino, mesclando as unidades cromossómicas paternas e maternas, a fim de que o organismo, obedecendo à repetição na lei da hereditariedade, se desenvolva, dentro dos caracteres genéticos de que descende;
mas agora, no reino humano, o Espírito, entregue ao comando da própria vontade, determina com a simples presença ou influência, no campo materno, os mais complexos fenómenos endomitóticos no interior do ovo, edificando as bases de seu próprio destino, no estágio da existência cujo início o berço assinala.

HEREDITARIEDADE E AFINIDADE — Nas épocas remotas, os Semeadores Divinos guiavam a elaboração das formas, traçando directrizes ao mundo celular, em favor do princípio inteligente, então conduzido ante a sociedade espiritual como a criança irresponsável ante a sociedade humana;
todavia, à medida que se lhe alteia o conhecimento, passa a responsabilizar-se por si mesmo, pavimentando o caminho que o investirá na posse da Herança Celestial no regaço da Consciência Cósmica.

Com alicerces na hereditariedade, toma a forma física e se desenvencilha dela, para retomá-la em nova reencarnação capaz de elevar-lhe o nível cultural ou moral, quando não seja para refazer tarefas que deixou viciadas ou esquecidas na retaguarda.

Contudo, ligado inevitavelmente aos princípios de sequência, é compelido a renascer na Terra, ou a viver além da morte, com raras excepções, entre os seus próprios semelhantes, porquanto hereditariedade e afinidade no plano físico e no plano extra físico, respectivamente, são leis inelutáveis, sob as quais a alma se diferencia para a Esfera Superior, por sua própria escolha, aprendendo com larga soma de esforço a reger-se pelo bem invariável, que, em lhe assegurando equilíbrio, também lhe confere poder sobre os factores circunstanciais do próprio ambiente, a fim de criar valores mais nobres para os seus impulsos de perfeição.

GEOMETRIA TRANSCENDENTE — Chegada a essa eminência, a criatura submete-se à lei da hereditariedade, com o direito de alterar-lhe as disposições fundamentais até ponto não distante do limite justo, segundo o merecimento de que disponha.

Para ajudar aos semelhantes na escalada a mais ampla aquisições na senda evolutiva, recolhe, assim, concurso precioso dos Organizadores do Progresso, na mitose do ovo que lhe facultará novo corpo no mundo, de vez que toda permuta de cromossomas, no vaso uterino, está invariavelmente presidida por agentes magnéticos ordinários ou extraordinários, conforme o tipo da existência que se faz ou refaz, com as chaves da hereditariedade atendendo aos seus fins.

Eis por que, interpretando os cromossomas à guisa de caracteres em que a mente inscreve, nos corpúsculos celulares que a servem, as disposições e os significados dos seus próprios destinos, caracteres que são constituídos pelos genes, como as linhas são formadas de pontos, genes aos quais se mesclam os elementos chamados bióforos, e tomando os bióforos, nesses pontos, como sendo os grânulos de tinta que os cobrem, será lícito comparar os princípios germinativos, nos domínios inferiores, aos traços da Geometria elementar, que apenas cogita de linhas e figuras simples da evolução, para encontrar, nesses mesmos princípios, nos domínios superiores da alma, a Geometria transcendente, aplicada aos cálculos diferenciais e integrais das questões de causa e efeito.

HEREDITARIEDADE E CONDUTA — Portanto, como é fácil de sentir e apreender, o corpo herda naturalmente do corpo, segundo as disposições da mente que se ajusta a outras mentes, nos circuitos da afinidade, cabendo, pois, ao homem responsável reconhecer que a hereditariedade relativa mas compulsória lhe talhará o corpo físico de que necessita em determinada encarnação, não lhe sendo possível alterar o plano de serviço que mereceu ou de que foi incumbido, segundo as suas aquisições e necessidades, mas pode, pela própria conduta feliz ou infeliz, acentuar ou esbater a coloração dos programas que lhe indicam a rota, através dos bióforos ou unidades de força psicossomática que actuam no citoplasma, projectando sobre as células e, consequentemente, sobre o corpo os estados da mente, que estará enobrecendo ou agravando a própria situação, de acordo com a sua escolha do bem ou do mal.

Uberaba, 5/2/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:08 pm

8 - Evolução e metabolismo

SUPRIMENTOS DA VIDA
— Observamos a chegada dos princípios inteligentes no mundo e a sua respectiva expansão, assim como um exército que, para atender às próprias necessidades, organiza, de início, a precisa cobertura de suprimentos.

Primeiro, as bactérias lavrando o solo para que as plantas proliferassem, criando atmosfera adequada ao reino animal.

Depois das plantas, aparecem os animais, gerando recursos orgânicos para que o instinto pudesse expandir-se no rumo da inteligência.

E, em seguida ao animal, surge o homem, plasmando os valores definitivos da inteligência, para que a Humanidade se concretize a caminho da angelitude.

FASES PROGRESSIVAS DO METABOLISMO — Em todos os reinos da Natureza, o elemento espiritual aprende a nutrir-se e preservar-se.

Por milhares de séculos, repete as operações da fotossíntese ou assimilação clorofiliana no império verde, pela qual consome energia luminosa e elabora matérias orgânicas, desprendendo o oxigénio indispensável à constituição do ar atmosférico, e recapitula as operações da quimiossíntese, em formas autótrofas, como sejam certas classes de bactérias, que se utilizam de energia química para viver, através da oxidação de compostos minerais.

Gradativamente, no domínio vegetal, assimila os mecanismos mais íntimos da respiração, absorvendo o oxigénio e eliminando o gás carbónico pelos estômatos e pneumatódios, cutícula e lenticelas, de modo a conduzir o oxigénio sobre as matérias orgânicas para a formação dos produtos de desassimilação e projecção de energia.

E, lentamente, em meio desprovido de matérias orgânicas, qual acontece com as nitro bactérias, as sulfo bactérias, as ferro-bactérias, etc., aprende também a oxidar respectivamente o amoníaco ou os nitritos, o ácido sulfídrico, o óxido ferroso.

Em semelhantes actividades, infinitamente repetidas, habilita-se ao ingresso no reino animal, onde, em estágios evolutivos mais nobres, se matriculará na técnica da elaboração automática dos catalisadores químicos, com a faculdade de transubstanciar matérias orgânicas complexas em recursos assimiláveis.

Milénios transcorrem para que então consiga adestrar-se nas diástases diversas, como sejam as proteases e as zímases, entre os fermentos hidrolisantes e decomponentes.

A crisálida de consciência inicia-se, dessa forma, na fabricação de prótides, glúcides, lípides e outros meios de nutrição, aprendendo igualmente a emitir hormónios de crescimento e vitaminas diversas no ciclo das plantas.

Não apenas tecidos e órgãos do corpo físico se esboçam nas formas rudimentares da Natureza, mas também os centros vitais do corpo espiritual, que, obedecendo aos impulsos da mente, se organizam em moldes seguros, com a capacidade de assimilar as partículas multifárias da vitalidade cósmica, oriundas das fontes vivas de força que alimentam o Universo.

EXCITAÇÕES QUÍMICAS — Governando as células físicas, os agentes de natureza espiritual se evidenciam em todos os processos de nutrição, motivando as chamadas excitações químicas, também classificáveis por quimiotactismo electromagnético.

O princípio inteligente, tocado por múltiplos estímulos, sob o império de atracções e repulsões, haure elementos quimiotácticos electromagnéticos no laboratório das forças universais, através da respiração, para conservar-se e defender-se, preservando os valores de reprodução e sustentação.

É assim que as células masculinas dos fetos são atraídas pelo ácido málico, enquanto as bactérias se movimentam obedecendo também a estímulos de ordem química.

Os óvulos de certos peixes e quinodermos, entre estes o ouriço-do-mar, sem a presença da fêmea que os deita têm o poder de atrair os espermatozóides separados da mesma espécie, demonstrando que arrojam de si mesmos substância específica na perpetuação que lhes é própria.

Entre os animais, as células da reprodução segregam substâncias particulares com que se procuram mutuamente, evoluindo o veículo psicossomático para mais altos níveis de consciência sobre as mais amplas formas de quimiotropismo constante, em bases de excitações exógenas e endógenas.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:08 pm

ADMINISTRAÇÃO DO METABOLISMO — Laborando pacientemente nos séculos e alcançando a civilização elementar do paleolítico, a mente humana controla então, quase que plenamente, o corpo que se exprime, formado sob a tutela e o auxílio incessante dos Construtores Espirituais, passando a administrar as ocorrências do metabolismo, em sua organização e adaptação, através da coordenação de seus próprios impulsos sobre os elementos albuminóides do citoplasma, em que as forças físicas e espirituais se jungem no campo da experiência terrestre.

Os sistemas enzimáticos revelam-se definidos e as glândulas de secreção interna fabricam variados produtos, reflectindo o trabalho dos centros vitais da alma.

Hormónios e para-hormónios, fermentos e co-fermentos, vitaminas e outros controladores químicos, tanto quanto preciosas reservas nutritivas equacionam os problemas orgânicos, harmonizando-se em produção e níveis precisos, na quota de determinados percentuais, conforme as ordens instintivas da mente.

Todos os serviços da província biológica, inclusive as emoções mais íntimas, são sustentados por semelhantes recursos, constantemente lançados pelo próprio Espírito no cosmo de energia dinâmica em que se manifesta.

Experiências valiosas, efectuadas com pleno êxito, comprovaram que a própria miosina ou sistema albuminóide da contracção muscular detém consigo as qualidades de um fermento, a adenosinatrifosfatase, responsável pela catálise da reacção química fundamental que exonera a energia indispensável ao refazimento das partículas miosínicas dos tecidos musculares.

ACUMULAÇÕES DE ENERGIA ESPIRITUAL — Pôr intermédio dos mitocôndrios, que podem ser considerados acumulações de energia espiritual, em forma de grânulos, assegurando a actividade celular, a mente transmite ao carro físico a que se ajusta, durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa e efeito das forças por ela própria libertadas nos processos endotérmicos, mantedores da biossíntese.

Nessa base, dispomos largamente dos anticorpos e dos múltiplos agentes ununológicos cunhados pela governança do Espírito, em favor da preservação do corpo, de acordo com as multimilenárias experiências adquiridas por ele mesmo, na lenta e laboriosa viagem a que foi constrangido nas faixas inferiores da Natureza.
Da mesma sorte, possuímos, funcionando automaticamente, a secretina, a tiroxina, a adrenalina, a luteína, a insulina, a foliculina, os hormónios gonadotrópicos e unidades outras, entre as secreções internas, à guisa de aceleradores e excitantes, moderadores e reactores, transformadores e calmantes das actividades químicas nos vários departamentos de trabalho em que se subdivide o Estado Fisiológico.

IMPULSOS DETERMINANTES DA MENTE — Sobre os mesmos alicerces referidos, surpreendemos, ainda, as enzimas numerosas, como a pepsina, isolada por Northrop, e a catalase definida por von Euler, tanto quanto outras muitas, que a ciência terrestre, gradualmente, saberá descobrir, estudar, fixar e manobrar, com vistas à manutenção e defesa da saúde física e da integridade mental do homem, no quadro de merecimentos da Humanidade, de vez que todos os estados especiais do mundo orgânico, inclusive o da renovação permanente das células, a prostração do sono, a paixão artística, o êxtase religioso e os transes mediúnicos são acalentados nos circuitos celulares por fermentações subtis, aí nascidas através de impulsos determinantes da mente, por ela convertidos, nos órgãos, em substâncias magnetoeletroquímicas, arremessadas de um tecido a outro, guardando a faculdade de interferir bruscamente nas propriedades moléculas ou de catalisar as reacções desse ou daquele tipo, destinadas a garantir a ordem e a segurança da vida, na urdidura das acções biológicas.

Em identidade de circunstâncias nos traumas cerebrais da cólera e do colapso nervoso, da epilepsia e da esquizofrenia, como em tantas outras condições anómalas da personalidade, vamos encontrar essas mesmas fermentações no campo das células, mas em carácter de energias degeneradas, que correspondem às turvações mentais que as provocam.

METABOLISMO DO CORPO E DA ALMA — O metabolismo Subordina-se desse modo, à direcção espiritual, tanto mais intensa e exactamente, quanto maior a quota de responsabilidade do ser pelo conhecimento e discernimento de que disponha, e, em plena floração da inteligência, podemos identificá-lo não apenas no embate das forças orgânicas, mas também no domínio da alma, porquanto raciocínio organizado é pensamento dinâmico e, com o pensamento consciente e vivo, o homem arroja de si mesmo forças criadoras e renovadoras, forjando, desse modo, na matéria, no espaço e no tempo, os meandros de seu próprio destino.

Pedro Leopoldo, 9/2/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter maio 08, 2012 9:09 pm

9 - Evolução e cérebro

FORMAÇÃO DO MUNDO CEREBRAL
— No regaço do tempo, os Arquitectos Divinos auxiliam a consciência fragmentária na construção do cérebro, o maravilhoso ninho da mente, necessitada de mais ampla exteriorização.

A massa de células nervosas que precede a formação do mundo cerebral, nos invertebrados, dá lugar à invaginação do ectoderma nos vertebrados, constituindo-se, lentamente, a vesícula anterior ou prosencéfalo, a vesícula média ou mesencéfalo e a vesícula posterior ou rombencéfalo.

Nos peixes, os hemisférios cerebrais mostram-se ainda muito reduzidos, nos anfíbios denotam desenvolvinento encorajador e nos répteis avançam em progresso mais vasto, configurando já, com alguma perfeição, o aqueduto de Sylvius, aprimorando-se, com mais segurança, em semelhante fase, na forma espiritual, o centro coronário do psicossoma futuro, a reflectir-se na glândula pineal, já razoavelmente plasmada em alguns lacertídeos, qual o rincocéfalo da Nova Zelândia, em que a epífise embrionária se prolonga até à região parietal, aí assumindo a feição de um olho com implementos característicos.

Zoólogos respeitáveis consideram o mencionado aparelho como sendo um globo ocular abandonado pela Natureza;
contudo, é aí que a epífise começa a consolidar-se, por fulcro energético de sensações subtis para a tradução e selecção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da meditação e do discernimento, prenunciando as operações da mediunidade, consciente ou inconsciente, pelas quais Espíritos encarnados e desencarnados se consorciam, uns com os outros, na mesma faixa de vibrações, para as grandes criações da Ciência e da Religião, da Cultura e da Arte, na jornada ascensional para Deus, quando não seja nas associações psíquicas de espécie inferior ou de natureza vulgar, em que as almas prisioneiras da provação ou da sombra se retratam reciprocamente.

GIRENCEFALIA E LISSENCEFALIA — Prossegue o crescimento dos hemisférios cerebrais nas aves, com significativas porções cerebelares, para encontrarmos, nos mamíferos, o encéfalo com apreciáveis dotações, apresentando circunvoluções nos girencéfalos e aumento expressivo na área do córtex.

Quanto mais se verticaliza a escalada, mais se reduz a percentagem volumétrica do cerebelo, enquanto que os hemisférios cerebrais se dilatam;
contudo, é preciso destacar que esse fenómeno de progressão, fundamentalmente, não se relaciona com a inteligência e nem esta é, a rigor, proporcional ao número de circunvoluções cerebrais, tanto que mamíferos, quais o coelho, o canguru, o ornitorrinco e até mesmo certos primatas, possuem cérebro lissencéfalo ou sem circunvoluções.

A girencefalia e a lissencefalia obedecem a tipificações traçadas pelos Orientadores Maiores, no extenso domínio dos vertebrados, preparando o cérebro humano com a estratificação de lentas e múltiplas experiências sobre a vasta classe dos seres vivos.

A maneira de crianças tenras, internadas em jardim-de-infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos.

FACTOR DE FIXAÇÃO — Os neurónios nascem e se renovam, milhões de vezes, no plano físico e no plano extra físico, na estruturação de cérebros experimentais, com mais vivos e mais amplos ingredientes do corpo espiritual, quando em função nos tecidos físicos, até que se ergam em unidades morfológicas definitivas do sistema nervoso.

Demonstrando formação especialíssima, porquanto reproduz mais profundamente a textura das células psicossomáticas, o neurónio é toda uma usina microscópica, constituindo-se de um corpo celular com prolongamentos, apresentando o núcleo escassa cromatina e um nucléolo.

Acha-se o núcleo cercado de protoplasnia em que há mitocôndrios neurofibrilas, aparelho de Golgi, melanina abundante e um pigmento ocre, estreitamente relacionado com o corpo espiritual, de função muito importante na vida do pensamento, aumentando consideravelmente na madureza e na velhice das criaturas, além de uma substância, invisível na célula em actividade, a espalhar-se no citoplasma e nos dendritos facilmente reconhecível por intermédio de corantes básicos, quando a célula se encontra devidamente fixada;
essa substância — a expressar-se nos chamados corpúsculos de Nissi, que podem sofrer a Cromatólise — representa alimento psíquico, haurindo pelo corpo espiritual no laboratório da vida cósmica, através da respiração, durante o repouso físico para a restauração das células fatigadas e insubstituíveis.

O pigmento ocre que a ciência humana observa, sem maiores definições é conhecido no Mundo Espiritual como factor de fixação, como que a encerrar a mente em si mesma, quando esta se distancia do movimento renovador em que a vida se exprime e avança, adensando-se ou rarefazendo-se ele, nos círculos humanos, conforme a atitude mental do Espírito na quota de tempo em que se lhe perdure a existência carnal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 09, 2012 9:36 pm

REFLEXOS-TIPOS — Estabelecidos os centros nervosos, em que se entrosam as forças fisiopsicossomáticas os reflexos-tipos são organizadas no reino animal, fixando-se o reflexo de flexão, que consta da flexão de um membro atacado na superfície por estímulos de variadas origens, o reflexo fásico que interessa a defesa própria na remoção de estímulos perniciosos o reflexo miotático a evidenciar-se na contracção de um músculo quando responde à extensão de suas fibras, os reflexos posturais diversos e os múltiplos reflexos segmentares e intersegmentares, com os arcos que lhes são característicos, tanto na parte aferente como na eferente, preparando-se o veículo fisiopsicossomático do porvir em suas reacções nervosas fundamentais.

Através deles, O encéfalo, conservando consigo o centro coronário e o centro cerebral, regista excitações inúmeras, para que as faculdades de percepção e selecção, atenção e escolha se consolidem.

FORMAÇÃO DOS SENTIDOS — No corpo dos animais superiores, obra-prima de supervisão e construção dos Arquitectos do Espírito, no transcurso dos séculos, a consciência fragmentária acrisola, então, os sentidos.

Findo longo período de trabalho, afirma-se o tato, por sentido cutâneo essencial, a espraiar-se por toda a pele.

Esta se converte em superfície receptora, com variadas terminações nervosas que se salientam por extrema complexidade, desde as arborizações simples até os corpúsculos especializados que se localizam dentro da derme, utilizando células especiais, em comunicação incessante com o cérebro, para que as sensações tácteis constantes possam defender os patrimónios da vida.

Adestrada a atenção, o animal na esfera física e na esfera extra física elabora, por actividades reflexas, várias substâncias que lhe excitam os centros receptivos, definindo os chamados sentidos químicos, a culminarem no olfacto e no gosto.

No epitélio olfactório, as células basais, as de sustentação e as olfactivas, sobre as glândulas de Bowman, que se encarregam de fornecer o muco necessário à discriminação dos elementos odoríferos, operam a selecção das propriedades aromáticas das substâncias, e, no dorso da língua, na epiglote, na face posterior da faringe como no véu do paladar, os corpúsculos gustativos, guardando as células epiteliais de sustentação e as células gustativas, associados às pequenas glândulas salivares, fazem o registo das substâncias destinadas à nutrição.

VISÃO E AUDIÇÃO — O sentido da vista, admiravelmente fixado, passa a permitir a constituição das imagens dos objectos na retina, segundo um sistema dióptrico particular, aperfeiçoando-se as células receptoras da luz, cujo impulso nervoso alcança as vias ópticas, transportando as imagens captadas até à profundez do cérebro, onde a mente incorpora as interpretações que lhe são próprias e analisa-as, plasmando observações para o arquivo da memória e da experiência.

E a audição, alicerçando-se em órgão complexo, consolida-se no ouvido interno (protegido pelo ouvido externo e pelo ouvido médio), em que o tubo coclear, a dividir-se em três compartimentos, vai encontrar as células evoluídas dos órgãos de Corti e as fibras nervosas do acústico encarregadas de transmitir as vibrações sonoras que atingem o ouvido médio, em estímulos nervosos, a saírem através do nervo auditivo na direcção da mente, que realiza a selecção dos valores atinentes às sensações de tom, intensidade e timbre, estabelecendo, em seu próprio favor, vasta rede de reflexos condicionados com expressão decisiva em seu desenvolvimento.

Sob a orientação das Inteligências Sublimes, cada sentido se instala em organização especial, formada de vários aparelhos e implementos.

Também o cérebro integral se organiza em lobos diversos, com vasta margem de recursos para o futuro, quando a alma então nascente, em actividade instintiva na construção de seu próprio veículo, se erigirá em consciência desperta com capacidade de utilizar as vantagens potenciais que a Divina Sabedoria lhe oferta.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 09, 2012 9:37 pm

MICROCOSMO PRODIGIOSO — Com o tempo, a Direcção Espiritual da Vida consegue, enfim, organizar, com mais eficiência, o sistema nervoso autónomo, regulando e coordenando as funções das vísceras.

Estruturam-se desse modo, primorosamente, a inervação visceral aferente e eferente e os centros coordenadores, os sistemas simpático e parassimpático e as fibras pré e pós-ganglionares de Langley, com os neurónios a edificarem vias electromagnéticas de comunicação entre o governo espiritual e as províncias orgânicas.

Em todos os ângulos do cérebro, esse microcosmo prodigioso, células especiais permanecem sob o controle do espírito, assimilando - um os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere.

Desde o grupo tectobulbar das fibras pré-ganglionares, saindo com os pares cranianos, tecidas com neurónios no mesencéfalo, protuberância e bulbo e incluindo os núcleos supra-ópticos, paraventriculares e a parede anterior do infundíbulo, até o grupo sacro, com neurónios localizados na medula sacra, nervos especiais funcionam como estações emissoras e receptoras, manipulando a energia mental, projectada ou recolhida pela mente, em acção constante, nos domínios da sensação e da ideia, em conexões e trajectos que a ciência do homem mal começa a perceber, actuando nos demais centros do corpo espiritual e nas zonas fisiológicas que os configuram no veículo somático, através de circuitos reflexos.

No diencéfalo, campo essencialmente sensitivo e vegetativo, parte das mais primitivas do sistema nervoso central, o centro coronário, por fulcro luminoso, entrosa-se com o centro cerebral, a exprimir-se no córtex e em todos os mecanismos do mundo cerebral, e, dessa junção de forças, o espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamentos, com os quais, no regime de responsabilidade e de auto-escolha, plasmará, no espaço e no tempo, o seu próprio caminho de ascensão para Deus.

Uberaba, 12/2/58.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 09, 2012 9:37 pm

10 - Palavra e responsabilidade

LINGUAGEM ANIMAL
— Aperfeiçoando as engrenagens do cérebro, o princípio inteligente sentiu a necessidade de comunicação com os semelhantes e, para isso, a linguagem surgiu entre os animais, sob o patrocínio dos Génios Veneráveis que nos presidem a existência.

De início, o fonema e a mímica foram os processos indispensáveis ao intercâmbio de impressões ou para o serviço de defesa, como, por exemplo, o silvo de vários répteis, o coaxar dos batráquios, as manifestações sonoras das aves e o mimetismo de alguns insectos e vertebrados, a se modificarem subitamente de cor, preservando-se contra o perigo.

Contudo, à medida que se lhe acentuava a evolução, a consciência fragmentária investia-se na posse de mais amplos recursos.

O lobo grita pelos companheiros na sombra nocturna, o gato encolerizado mostra fúria característica, miando raivosamente, o cavalo relincha de maneira particular, expressando alegria ou contrariedade, a galinha emite interjeições adequadas para anunciar a postura, acomodar a prole, alimentar os pintinhos ou rogar socorro quando assustada, e o cão é quase humano, em seus gestos de contentamento e em seus ganidos de dor.

INTERVENÇÕES ESPIRITUAIS — É assim que, atingindo os alicerces da Humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções subtis nos apetrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso.

O laringe, situado acima da traqueia e adiante da faringe, consubstanciado num esqueleto cartilaginoso, urdido em fibras e ligamentos, com uma selecta de pequenos músculos, sofre, nas mãos sábias dos Condutores Espirituais, à maneira de um órgão precioso entre os dedos de cirurgiões exímios no serviço de plástica, delicadas operações no curso dos séculos, para que os músculos mencionados se façam simétricos e para que se vinculem, tão destros quanto possível, à produção fisiológica da voz.

Em sua contextura interna aglutina-se uma mucosa ciliada que se destina ao trabalho de lançamento do som e que verte pelos estreitamentos, transformando-se em pavimentosa-estratificada na borda livre das cordas vocais verdadeiras.

Fora da acção das cordas vocais, o laringe revela no pescoço movimentos de ascensão e descensão, elevando-se na expiração e na deglutição e baixando na inspiração, na sucção e no bocejar, salientando-se no corpo qual perfeito instrumento de efeitos musicais.

MECANISMO DA PALAVRA — Com o extremo carinho de vagarosa confecção, os Técnicos da Espiritualidade Superior compõem a cartilagem situada em plano inferior, a cricóide, que representa um anel modificado da traqueia, sustentando uma placa na parte posterior, sobre a qual, no bordo superior e de ambos os lados da linha média, se apoiam as duas aritenóides, que se permitem, assim, a conjunção ou o afastamento entre si.

Cada uma possui na base uma apófise: a interna, vocal, em que está inserida a parte posterior da corda vocal verdadeira do mesmo lado, e a outra, que é externa, muscular.

Com a mesma habilidade, os Técnicos tecem a cartilagem localizada na região anterior ou cartilagem tireóide, a destacar-se sob a pele no chamado Pomo-de-Adão, em suas lâminas verticais que se conjugam na linha mediana, traçando um ângulo diedro que se volta para a retaguarda e onde se fixam as cordas vocais verdadeiras, cartilagem essa que, por baixo, se une com o anel da cricóide, e, por cima, com o osso hióide, através de membranas e ligamentos, o qual fornece apoio para a implantação do laringe.

Acima das cordas vocais verdadeiras, surgem as cordas vocais falsas a limitarem com a parede os ventrículos laterais de Morgagni.

Todos os músculos que garantem o movimento das cordas são pares, excepto o ari-aritenóideo, assegurando as funções da glote vocal e formando, com avançado primor de previsão e eficiência, a abóbada de precioso condicionamento, onde a pressão do ar pode fazer-se com segurança para separar as cordas vocais em serviço.

LINGUAGEM CONVENCIONAL — Aprende então o homem, com o amparo dos Sábios Tutores que o inspiram, a constituição mecânica das palavras, provindo da mente a força com que acciona os implementos da voz, gerando vibrações nos músculos torácicos, incluindo os pulmões e a traqueia como num fole, e fazendo ressoar o som no laringe e na boca, que exprimem também cavidades supra glóticas, para a criação, enfim, da linguagem convencional, com que reforça a linguagem mímica e primitiva, por ele adquirida na longa viagem através do reino animal.

A esse modo natural de exprimir-se por gestos e atitudes silenciosos, em que derrama as suas forças acumuladas de afectividade e satisfação, desagrado ou rancor, em descargas fluídico-electromagnéticas de natureza construtiva ou destrutiva, super põe a criatura humana os valores do verbo articulado, com que acrisola as manifestações mais Íntimas, habilitando-se a recolher, por intermédio de sinalética especial na escala dos sons, a experiência dos irmãos que caminham na vanguarda e aprendendo a educar-se para merecer esse tipo de assistência que lhe outorgará o estado de alegria maior, ante as perspectivas da cultura com que a vida lhe responde às indagações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Qua maio 09, 2012 9:37 pm

PENSAMENTO CONTÍNUO — Com o exercício incessante e fácil da palavra, a energia mental do homem primitivo encontra insopitável desenvolvimento, por adquirir gradativamente a mobilidade e a elasticidade imprescindíveis à expansão do pensamento que, então paulatinamente, se dilata, estabelecendo no mundo tribal todo um oceano de energia subtil, em que as consciências encarnadas e desencarnadas se reflectem, sem dificuldade, umas às outras.

Valendo-se dessa instituição de permuta constante, as Inteligências Divinas dosam os recursos da influência e da sugestão e convidam o Espírito terrestre ao justo despertamento na responsabilidade com que lhe cabe conduzir a própria jornada...

Pela compreensão progressiva entre as criaturas, por intermédio da palavra que assegura o pronto intercâmbio, fundamenta-se no cérebro o pensamento contínuo e, por semelhante maravilha da alma, as ideias-relâmpagos ou as ideias-fragmentos da crisálida de consciência, no reino animal, se transformam em conceitos e inquirições, traduzindo desejos e ideias de alentada substância íntima.

Começando a fixar o pensamento em si mesmo, fatigando-se para concatená-lo e exprimi-lo, confiou-se o homem a novo tipo de repouso — a meditação compulsória, ante os problemas da própria vida —, passando a exteriorizar, inconscientemente, as próprias ideias e, com isso, a desprender-se do carro denso de carne, desligando as células de seu corpo espiritual das células físicas, durante o sono comum, para receber, em atitude passiva ou de curta movimentação, junto do próprio corpo adormecido, a visita dos Benfeitores Espirituais que o instruem sobre as questões morais.

O continuísmo da ideia consciente acende a luz da memória sobre o pedestal do automatismo.

LUTA EVOLUTIVA — Entre a alma que pergunta, a existência que se expande, a ansiedade que se agrava e o Espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura, esboça-se imensa luta.

O homem que lascava a pedra e que se escondia na furna, escravizando os elementos com a violência da fera e matando indiscriminadamente para viver, instado pelos Instrutores Amigos que lhe amparam a senda, passou a indagar sobre a causa das coisas...

Constrangido a aceitar os princípios de renovação e progresso, refugia-se no amor-egoísmo, na intimidade da prole, que lhe entretém o campo íntimo, ajudando-o a pensar.

Observa-se tocado por estranha metamorfose.
Vê, instintivamente, que não mais se poderia guiar pela excitabilidade dos seus tecidos orgânicos ou pelos apetites furiosos herdados dos animais...

Desligado lentamente dos laços mais fortes que o prendiam às Inteligências Divinas, a lhe tutelarem o desenvolvimento, para que se lhe afirmem as directrizes próprias, sente-se sozinho, esmagado pela grandeza do Universo.

A ideia moral da vida começa a ocupar-lhe o crânio.

O Sol propicia-lhe a concepção de um Criador, oculto no seio invisível da Natureza, e a noite povoa-lhe a alma de Visões nebulosas e pesadelos imaginários, dando-lhe a ideia do combate incessante em que a treva e a luz se digladiam.

Abraça os filhinhos com enternecimento feroz, buscando a solidariedade possível dos semelhantes na selva que o desafia.

Mentaliza a constituição da família e padece na defesa do lar.
Os porquês a lhe nascerem fragmentários, no íntimo, insuflam-lhe aflição e temor.

Percebe que não mais pode obedecer cegamente aos impulsos da Natureza, ao modo dos animais que lhe comungam a paisagem, mas sim que lhe cabe agora o dever de superar-lhes os mecanismos, como quem vê no mundo em que vive a própria moradia, cuja ordem lhe requisita apoio e cooperação.

NASCIMENTO DA RESPONSABILIDADE — A ideia de Deus iniciando a religião, a indagação prenunciando a Filosofia, a experimentação anunciando a Ciência, o instinto de solidariedade prefigurando o amor puro, e a sede de conforto e beleza inspirando o nascimento das indústrias e das artes, eram pensamentos nebulosos torturando-lhe a cabeça e inflamando-lhe o Sentimento.

Nesse concerto de forças, a morte passou a impor-lhe angustiosas perquirições e, enterrando os seus entes amados em sepulcros de pedra, o homem rude, a iniciar-se na evolução de natureza moral, perdido na desértica vastidão do paleolítico, aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria Consciência.

Foi, então, que, em se reconhecendo ínfimo e frágil diante da vida, compreendeu que, perante Deus, seu Criador e seu Pai, estava entregue a si mesmo.
O Princípio da responsabilidade havia nascido.

Pedro Leopoldo, 16/2/58.
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