LUZ ESPÍRITA
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Diálogo dos Vivos - Espíritos diversos/Francisco Cândido Xavier/J. Herculano Pires

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:19 am

Diálogo dos Vivos
Francisco Cândido Xavier/J. Herculano Pires

Espíritos diversos

4º Livro da série “Na Era do Espírito”
Chico Xavier E o Mestre da Galileia

Sinopse

Diálogo dos Vivos
Este é o último dos quatro livros integrantes da série “Na Era do Espírito”, que contém estudos e dissertações sobre os principais problemas que afligem o ser humano.
Questões familiares, provas e expiações, a lei de causa e efeito, desencarnações colectivas, o perdão, a prece, entre outros importantes temas, são estudados sob a visão da Doutrina Espírita.
Os temas propostos pelos irmãos encarnados foram respondidos por Emmanuel e outros trabalhadores do plano espiritual, através da mediunidade de Chico Xavier, e em seguida comentados pelo filósofo e escritor espírita J. Herculano Pires, que abordou por novo ângulo cada assunto tratado.
Esta obra constitui valioso material de estudo doutrinário para todos os que se interessam pelos problemas relacionados à nossa evolução espiritual.
Livros que compõem a série “Na Era do Espírito”:
• Chico Xavier Pede Licença ........1972
• Na Era do Espírito ...............1973
• Astronautas do Além ..............1974
• Diálogo dos Vivos ................1974

Homenagem e gratidão a Francisco Cândido Xavier e Rolando Ramacciotti
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:19 am

Sumário
Diálogos sempre vivos (Prefácio de Emmanuel)
Os diálogos da preparação (Prefácio de J. Herculano Pires)
1. Pedido da Terra (Chico Xavier)
Informações do Além (Cornélio Pires)
Álcool e obsessão (J. Herculano Pires)
2. Manifestações de familiares (Chico Xavier)
Ante o mais Além (Emmanuel)
Telefone mediúnico (J. Herculano Pires)
3. Consulta sobre o amor (Chico Xavier)
Ponto de vista (Cornélio Pires)
Amor sem possessão (J. Herculano Pires)
4. Hora de descrença (Chico Xavier)
Materialismo e actualidade (Emmanuel)
Hora de fé (J. Herculano Pires)
5. Homenagem a Bezerra de Menezes (Chico Xavier)
Mãos benditas (Maria Dolores)
Exército de estrelas (J. Herculano Pires)
6. Ouro: prós e contras (Chico Xavier)
Dinheiro (Emmanuel)
Os ricos e o Reino (J. Herculano Pires)
7. Encontro na prece (Chico Xavier)
Vida e coragem (André Luiz)
Ser e fazer (J. Herculano Pires)
8. Poesia-prece (Chico Xavier)
Confidência mais íntima (Maria Dolores)
Multiplicação (J. Herculano Pires)
9. Diante dos obstáculos (Chico Xavier)
Sucesso e nós (André Luiz)
Os degraus do bem (J. Herculano Pires)
10. Como agir? (Chico Xavier)
Melhor assim (Emmanuel)
Desafio à humildade (J. Herculano Pires)
11. O que mais rogar? (Chico Xavier)
Oração para não incomodar (André Luiz)
Dinâmica da prece (J. Herculano Pires)
12. Amigos da galhofa (Chico Xavier)
A maior diferença (Albino Teixeira)
O valor do auxílio (J. Herculano Pires)
13. Diante da actualidade (Chico Xavier)
Abrigo (Emmanuel)
Os restos mortais (J. Herculano Pires)
14. Missão da imprensa (Chico Xavier)
Escrever (Emmanuel)
Lição aos mestres (J. Herculano Pires)
15. Um ponto de luta (Chico Xavier)
Confissão e prece (Maria Dolores)
A trincheira (J. Herculano Pires)
16. Convite à serenidade (Chico Xavier)
Recanto de paz (Emmanuel)
A paz de cada um (J. Herculano Pires)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:19 am

17. Confirmação do sonho (Chico Xavier)
Respostas de amigo (Juca Muniz)
Encontro no Além (J. Herculano Pires)
18. Pedidos de auxílio (Chico Xavier)
Nota de irmão (André Luiz)
Campo de provas (J. Herculano Pires)
19. A missão do Cristo (Chico Xavier)
Confidência de Natal (Maria Dolores)
O Cristo moderno (J. Herculano Pires)
20. Matar por benevolência (Chico Xavier)
Eutanásia e vida (Emmanuel)
Piedade assassina (J. Herculano Pires)
21. Renovação do mundo (Chico Xavier)
Dupla renovação (Emmanuel)
Nos bastidores da evolução (J. Herculano Pires)
22. Resposta de Cornélio (Chico Xavier)
Receita de acertar (Cornélio Pires)
Problemas de parentela (J. Herculano Pires)
23. Permanecer com Jesus e Kardec (Chico Xavier)
Emmanuel e Nóbrega (Cneius Lucius)
A conversão do gentio (J. Herculano Pires)
24. Palavras de bom-ânimo (Chico Xavier)
Ao cultivador do bem (Cruz e Souza)
A voz da experiência (J. Herculano Pires)
25. Incêndio do edifício Joelma (Chico Xavier)
Senhor Jesus! (Emmanuel)
O enigma insolúvel (J. Herculano Pires)
26. O ponto central (Chico Xavier)
Luz nas chamas (Cyro Costa)
Resgates a longo prazo (J. Herculano Pires)
27. Os poetas e o incêndio (Chico Xavier)
Incêndio em São Paulo (Cornélio Pires)
Almas libertas (J. Herculano Pires)
28. Os acidentes são inevitáveis? (Chico Xavier)
Progresso e segurança (Emmanuel)
O preço do progresso (J. Herculano Pires)
29. Revelação de poeta (Chico Xavier)
Culpas (Silva Ramos)
A escolha do Espírito (J. Herculano Pires)
30. Assistência à criança (Chico Xavier)
Lição da vida (Narcisa Amália)
O engano do mestre (J. Herculano Pires)
31. Aguilhões invisíveis (Chico Xavier)
Consulente difícil (Cornélio Pires)
Remédio fácil (J. Herculano Pires)
32. Ante os desajustes atuais (Chico Xavier)
Presidiários da alma (Emmanuel)
A rebelião dos pedintes (J. Herculano Pires)
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:19 am

Diálogos sempre vivos
(Prefácio de Emmanuel)
Moisés dialogou com Jeová e o Livro dos Mandamentos estabeleceu as leis primordiais da justiça entre os homens.
Jesus vem à Terra, dialoga com os discípulos, e o Evangelho brilha até hoje, traçando as normas do Reino do Amor para a elevação da Humanidade.
Kardec chega ao mundo, dialoga com os Espíritos sábios e benevolentes que lhe dirigem a obra, e O Livro dos Espíritos surge por alicerce da Doutrina Espírita que renova o pensamento religioso da Terra, libertando e esclarecendo, confortando e instruindo as criaturas.
E atendendo à corrente inestancável dos ensinamentos e bênçãos das Esferas Superiores, os vivos da Terra e os vivos do Além continuam dialogando entre si, no trato dos interesses que dizem respeito à vida imortal.
Este volume, tanto quanto outros “livros dos Espíritos”, vão despontando na actualidade fazendo-nos sentir que Deus é amor sempre, que a morte é apenas mudança, que a cada um de nós será trazido pelo tempo o fruto das próprias obras, que as portas da evolução e do trabalho estão incessantemente abertas nos campos múltiplos do Universo e que nós todos, aqui e mais além, permaneceremos indissoluvelmente unidos no amor sem adeus.
Uberaba, 18 de abril de 1974.1
Emmanuel
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:20 am

Os diálogos da preparação
(Prefácio de J. Herculano Pires)
Há mais de quarenta anos Chico Xavier vem servindo de instrumento mediúnico para os diálogos da preparação.
É impressionante o poder do diálogo.
Remontando à antiguidade Grega, encontramo-lo na base de todo o desenvolvimento filosófico.
Sócrates o empregou na sua maiêutica, um sistema especial de dialogar para arrancar a verdade do íntimo de cada um.
Mas antes de Sócrates temos o diálogo de Pitágoras com Orfeu.
O filósofo matemático opunha-se às teses místicas de Orfeu, poeta e músico lendário que foi, ao mesmo tempo, o profeta-revelador do Orfismo, a religião arcaica da Grécia.
E desse diálogo nasceu a síntese pitagórica, dando origem à Filosofia como indagação consciente da Razão.
Antes ainda de Sócrates temos o diálogo perturbador dos Sofistas, os filósofos da dúvida que tudo submetiam a debates infindáveis.
Foi nesse meio de palavrório inconsequente que Sócrates descobriu o caminho da Verdade.
Os diálogos dos sofistas eram como um borbulhar das águas na superfície, mas Sócrates mergulhou no rio e descobriu que a Verdade estava escondida embaixo da palavra.
Descobriu o conceito, a ideia, e resolveu fazer como sua mãe parteira: provocar nas mentes engravidadas o parto da Verdade.
Os diálogos de Platão nos mostram a que profundas consequências Sócrates levou a inconsequência palavrosa dos Sofistas.
Dando um salto no tempo vamos encontrar Kardec na França, em Paris, essa Atenas rediviva, empenhado num diálogo do qual resulta O Livro dos Espíritos.
Seu papel é o mesmo de Sócrates:
dialogar com os vivos da Terra e os vivos do Além, na busca da Verdade.
Porque Sócrates não dialogava apenas com os homens, mas também com os espíritos, como se vê nas suas relações com o seu Daemon, o bom demónio (ou seja o bom Espírito) que o amparava e guiava.
Kardec fazia o mesmo.
Toda a sua vida foi um diálogo permanente com os vivos da Terra e do Além.
Do diálogo, um processo de comunicação, nasceria a Dialéctica de Hegel, um sistema de interpretação do mundo, fornecendo ao pensamento moderno a chave do enigma – a evolução dialéctica.
Os críticos acríticos que hoje pretendem criticar a forma dialogada de O Livro dos Espíritos merecem o perdão de Deus, pois não sabem o que fazem.
O mesmo se dá com as críticas formuladas aos diálogos de Chico Xavier, que em Uberaba, como o Oráculo de Delfos, se coloca entre os homens e os espíritos para que os vivos da Terra possam conversar com os vivos do Além.
Cada mensagem recebida por Chico Xavier é uma resposta às indagações humanas.
Não é Chico, nem são os espíritos que propõem os temas do grande debate; são os homens, as criaturas humanas torturadas por seus dramas e suas inquietações, por seus desesperos e suas angústias.
Como querer que se interrompam esses diálogos, para que o médium se dedique à recepção de novos romances ou volumes de estudos doutrinários?
As mensagens mais longas e mais profundas, dadas até agora, não mereceram o devido apreço dos meios doutrinários.
Os homens andam muito sem tempo para estudo e reflexão, aturdidos com suas provas e expiações.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:20 am

É necessário insistir nos diálogos da preparação.
Os problemas humanos são muitos e variados, mas no fundo relacionam-se entre si.
Cada resposta dos espíritos às pessoas angustiadas vale por uma resposta às angústias do mundo.
E quem não entende isso, quem não consegue captar os ensinos dados em cada mensagem, não terá condições para entender as lições mais amplas e minuciosas transmitidas através de volumes inteiros psicografados.
Querem uma prova?
Basta perguntar-se o que foi feito até agora da obra de Emmanuel e de André Luiz.
Salvo raras tentativas ingénuas, onde estão os comentaristas profundos, os analistas, os estudiosos dessas obras em nosso meio?
Onde?!
Voltando no tempo, podemos ainda perguntar:
Onde estão os estudiosos da obra de Kardec, das obras de Leon Denis, de Gabriel Delanne, de Ernesto Bozzano, de Gustave Geley, de Camille Flammarion, e assim por diante?
Onde os estudos sérios, bem planeados e realizados, com metodologia apropriada, dos temas fundamentais da Doutrina Espírita, relacionando as obras básicas com as conquistas modernas da Ciência, da Filosofia, da Religião, para não sairmos dos três aspectos doutrinários básicos?
O que vemos não é esse tratamento sistemático e consciencioso da Doutrina, mas uma avalanche de obras inexpressivas, pretensiosas, superficiais, desprovidas de conteúdo, propostas ao meio espírita como tentativas de renovação doutrinária.
As próprias obras da Codificação, somente agora estão aparecendo em edições aceitáveis, precedidas de estudos preparatórios do espírito do leitor e de informações orientadoras, em notas de pé de página, sobre as relações da Doutrina com a renovação cultural do nosso tempo.
Num ambiente assim, amorfo, indefinido, mas em que despontam forças novas prenunciando um futuro melhor, graças às novas gerações que adquirem formação universitária, que escapam do autodidactismo mediocrizante, os diálogos de Uberaba se impõem como preparação do terreno para o alvorecer de uma nova era.
Os volumes já lançados nesta série da Editora GEEM (Editora do Grupo Espírita Emmanuel, de São Bernardo do Campo) apresentam ao público espírita ledor os diálogos da preparação.
Nossos comentários têm por finalidade mostrar o que há de grave e profundo em cada mensagem, estabelecendo a relação dos seus ensinos com os princípios doutrinários, de um lado, e com as novidades culturais do nosso tempo, de outro lado.
Se os Espíritos nos deram essa tarefa não foi por sermos mais capazes, mais cultos ou preparados do que outros, mas simplesmente por termos compreendido de há muito a sua necessidade.
Quem não tem cão, caça com gato…
Quem acompanhar a sequência desta série – Chico Xavier Pede Licença, Na Era do Espírito, Astronautas do Além e Diálogo dos Vivos – perceberá que esses diálogos preparam o nosso meio para uma compreensão mais ampla e mais fecunda da natureza e do sentido da mensagem mediúnica.
As vozes do Além, quando legítimas, não se destinam apenas a consolar os aflitos, mas também e sobretudo a ensinar, esclarecer e abrir perspectivas novas ao entendimento dos problemas espirituais.
Menosprezar a importância das mensagens mediúnicas é negar o valor do trabalho abnegado dos Espíritos Superiores em nosso benefício.
Bem examinada, cada uma dessas mensagens é uma sugestão e uma indicação de rumos para estudos futuros.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:20 am

Como demonstramos ao longo desta série de volumes, às vezes numa simples quadra, num soneto, num poema, os Espíritos comunicantes nos oferecem novas pistas de indagações e estudos, com vistas ao futuro próximo, no desenvolvimento da Cultura Espírita.
Ars longa, vita brevis, diz a tradução latina do primeiro aforismo de Hipócrates.
E Camões exclamou, diante da sua obra inconclusa:
“Para tão longa arte, tão curta vida!”
O desenvolvimento da Cultura Espírita não é obra para nós, para a nossa geração, nem para a nova que já ombreia connosco.
É obra de gerações.
As vidas sucessivas estabelecem o encadeamento das gerações no desenvolvimento cultural.
Por isso, encontramos em O Livro dos Espíritos a constante advertência:
“Tudo se encadeia no Universo”.
Não tenhamos a pretensão de ser mais do que elos dessa cadeia que se iniciou com as gerações passadas, desenvolve-se com as presentes e se prolongará com outras gerações no futuro sem limites.
Procuremos compreender o momento que vivemos na Terra.
É um momento de crise, mas de crise de crescimento.
Os desajustes de hoje correspondem ao desmontar de estruturas envelhecidas que não mais atendem às necessidades da nossa evolução.
No meio espírita passamos rapidamente da fase mística para a fase cultural.
Os pequenos grupos de liderança individualista sentem a necessidade de abrir-se para a dimensão comunitária.
Instituições vetustas e veneráveis sofrem os choques das novas exigências e embora procurem resistir vão aos poucos se abrindo para adaptações difíceis mas indispensáveis.
Da assistência material à pobreza, em formas antiquadas, passamos à assistência material-espiritual através de redes hospitalares e redes escolares em franco desenvolvimento.
Do amparo ao órfão passamos à assistência médica, dentária, cultural e espírita (não apenas espiritual, mas espírita) às crianças necessitadas e suas famílias.
E organizamos sanatórios e educandários para o socorro a crianças excepcionais, desajustadas ou submetidas à prova de doenças crónicas.
Há desajustes, às vezes alarmantes, nesse processo de reajuste às novas condições do mundo.
Arriscamo-nos a cair no excesso de sistematizações, na centralização direccional, nos processos de coacção que ameaçam suprimir a liberdade espírita.
São os perigos da institucionalização.
Mas para vencer tudo isso não nos faltam o apoio do Alto, as mensagens esclarecedoras, as advertências de companheiros mais sensatos e livres dos prejuízos do espírito sistemático, segundo a expressão de O Livro dos Espíritos.
Chico Xavier é arrancado do seu isolamento quase monacal e lançado na arena das manifestações de massa, levado aos programas de rádio e televisão, desviado da psicografia solitária para os diálogos da preparação, aturdido com as solicitações inúmeras, as interpelações incessantes, e submetido à crítica dos próprios companheiros e dos adversários da Doutrina.
Tudo isso e muito mais, que seria longo enumerar aqui, assustam os companheiros tímidos que temem pela deturpação do movimento e pelos supostos prejuízos que o médium possa sofrer.
Mas como disse, num belo alexandrino, o poeta Cyro Costa:
“Jesus está no leme” e tudo caminha para um futuro que era, desde o início, o objectivo doutrinário.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:21 am

Tudo isso tem por fim arrancar o homem da modorra da carne, prepará-lo e lançá-lo no despertar do espírito.
A preparação está em curso e não temos o direito de reclamar a volta à quietude comodista do passado, ao Espiritismo caseiro e de grupos fechados que se deleitavam no seu ilusório privilégio.
Deus não faz acepção de pessoas, todos somos seus filhos e a Verdade é o nosso património comum, a herança de todos os filhos de Deus.
O Espiritismo encarna em seus princípios as forças da evolução.
Sua finalidade é abalar e transformar o mundo, como os Espíritos disseram a Kardec.
Não pode esconder-se em pequenos Centros ou em instituições messiânicas.
Deve abrir-se para a vida, pois sua própria fonte, que é o plano espiritual em conjugação com a mediunidade activa, é também a fonte da vida.
Quando espírito e matéria se conjugam no ato divino da Criação, sob o “fiat” de Deus, nada mais temos do que um ato mediúnico:
o espírito manifestando-se através da matéria.
A própria Criação, portanto, é um ato mediúnico.
E esse ato se repete em cada encarnação, pois cada criatura que nasce na Terra é um Espírito que se serve de um médium (um intermediário) para manifestar-se entre os homens.
Como limitar o conceito de mediunidade a práticas rituais ou sistematizadas e como limitar o conceito de espiritismo ao de uma seita isolacionista, ciosa de seus imaginários privilégios grupais?
Estas ideias não são novas nem pessoais.
Estão nas próprias raízes da Doutrina.
Figuram nas obras fundamentais e nas obras subsidiárias.
Kardec e Denis, Flammarion e Delanne, Bozzano e Fredrich Myers – este último sem sequer conhecer a obra de Kardec – já proclamavam em seus livros a grandeza cósmica da Doutrina.
E os factos, no desenvolver incessante da Cultura, vieram provando sem cessar, até os nossos dias, a legitimidade dessas afirmações que para muitos ainda parecem audaciosas.
Os diálogos da preparação, com que nos deparamos nestes volumes de mensagens mediúnicas, representam uma fase histórica do avanço cultural do Espiritismo na actualidade terrena.
Vem de longe, como já vimos, e para mais longe avança o Diálogo dos Vivos.
Ele é o próprio fluxo da vida, rompendo as barreiras falsas da morte para levar-nos aos planos superiores do Espírito.
Joel, nas suas profecias, anunciou o seu desenvolvimento.
Jesus o ensinou, intensificou e exemplificou com as suas manifestações.
Kardec, um dos mais lúcidos discípulos de Jesus, como o declarou Emmanuel, restabeleceu-o após o eclipse teológico e deu-lhe a orientação metodológica necessária à aceitação geral dos homens.
Chico Xavier hoje o realiza, com inteira abnegação de si mesmo, a serviço da causa humana e divina do Espiritismo.
Não há nada a temer nem a reclamar.
Só uma coisa temos a fazer: trabalhar!

São Paulo, 18 de abril de 1974.
J. Herculano Pires
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:21 am

1 - Pedido da Terra
(Chico Xavier)
Envio-lhe a resposta do nosso amigo Cornélio Pires a um companheiro que o interpelou, através de um bilhete, sobre o uso do álcool.
Em nossa reunião habitual, O Livro dos Espíritos nos deu para exame a questão 466, referente a assuntos de obsessão.
O nosso Cornélio estabeleceu a conexão do tema em análise com a resposta ao irmão que a ele se dirigira.
Com isso, o nosso entendimento geral do assunto adquiriu maior interesse.
Tratando-se de uma página curiosa e instrutiva, deliberamos passá-la às suas mãos, na ideia de que o assunto será mais valiosamente lançado com os seus comentários e estudos, em favor de nós todos, os companheiros da Doutrina Espírita.

1 - Informações do Além
(Cornélio Pires)
Recebi o seu bilhete,
Meu amigo João da Graça,
Você deseja do Além
Notícias sobre a cachaça.
O assunto não é difícil.
Cachaça, meu caro João,
Recorda simples tomada
Que liga na obsessão.
Você sabe. Aí na Terra,
Nas mais diversas estradas,
Todos temos inimigos
Das existências passadas.
Muitos deles se aproximam
E usando a ideia sem voz
Propõem cousas malucas
Escarnecendo de nós.
Nas tentações manejamos
Nossa fé por luz acesa,
Mas se tomamos cachaça
Lá se vai nossa firmeza.
Olhe o caso de Antoninha.
Não queria desertar,
Encafuou-se na pinga,
Hoje é mulher sem lar.
Titino, homem honesto,
Servidor de tempo curto,
Passou a viver no copo,
Agora vive de furto.
Rapaz de brio e saúde
Era Juca de João Dório,
Enveredou na garrafa,
Passou para o sanatório.
Era amigo dos mais sérios
Silorico da Água Rasa,
Começou de pinga em pinga,
Acabou largando a casa.
Companheiro certo e bom
Era Neco de Tião,
Afundou-se na garrafa,
Aleijou o próprio irmão.
Cachaça será remédio,
É o que tanta gente ensina…
Mas álcool, para ajudar,
É cousa de Medicina.
Eis no Além o que se vê.
Seja a pinga como for,
Enfeitada ou caipira,
É laço de obsessor.
Nas velhas perturbações,
Das que vejo e que já vi,
Fuja sempre da cachaça,
Que cachaça é isso aí.
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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Dez 16, 2017 10:21 am

1 - Álcool e obsessão
(J. Herculano Pires)
A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual.
A medicina actual ainda reluta – e infelizmente nos seus sectores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão.
Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão.
De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros parapsicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia.
Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as “mentes desencarnadas”.
Jean Ehrenwald, psicanalista, chegou a publicar importante livro intitulado:
Novas Dimensões da Análise Profunda, corroborando as experiências de Karl Wickland em Trinta Anos Entre os Mortos. (Ed. Koogan), na Europa de hoje, acompanhado por vários pesquisadores, efectuou experiências de controle remoto da conduta humana pela telepatia, obtendo resultados satisfatórios.
Tudo isso nada vale para os que se obstinam na negação pura e simples, como faziam os cientistas e os médicos do tempo de Pasteur em relação ao mundo bacteriano.
As quadras de Cornélio Pires sobre a obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética.
Elas nos mostram – num panorama visto do lado oculto da vida – a própria mecânica desse processo obsessivo.
Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências anteriores), excitam-nos o desejo inocente de “tomar um trago”.
Aceitamos a “ideia maluca” e Espíritos vampirescos são atraídos pelas emanações alcoólicas do nosso corpo.
Daí por diante, como aconteceu a Juca de João Dório, “enveredamos na garrafa” e vamos parar no sanatório.
Os Espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando ansiosamente os seus “tragos”.
Satisfazem-se com as emanações alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.
Nas instituições espíritas bem dirigidas esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam após um tratamento sério.
Nos hospitais espíritas as curas são numerosas.
Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira:
Novos Rumos à Medicina, relatando as curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba.
Não é só a obsessão alcoólica que está em jogo nos processos obsessivos.
Os desvios sexuais oferecem um contingente talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque mais difícil de ser tratado.
Tem razão o poeta caipira ao advertir que “álcool, para ajudar, é cousa de medicina”.
Só nas aplicações médicas o álcool pode ser usado como remédio.
Mas temos de acrescentar, infelizmente, que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em condições de atender aos casos de alcoolismo.
Os grupos espíritas e as associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem dirigidos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:26 pm

2 - Manifestações de familiares
(Chico Xavier)
As nossas tarefas da noite foram precedidas de solicitações e alegações de vários amigos visitantes que desejavam obter mensagens de familiares queridos, recentemente desencarnados – diversas famílias a pedirem manifestações de ordem particular.
Feita a oração de início, O Livro dos Espíritos nos deu para estudo a questão 155, que suscitou em nosso agrupamento muitos comentários sobre o fenómeno da desencarnação e sobre as dificuldades naturais do intercâmbio entre os Espíritos recém desenfaixados do campo físico e os irmãos que ficaram em nosso plano de acção.
Ao término das tarefas doutrinárias, Emmanuel ofereceu à nossa reflexão a página “Ante o mais Além”.

2 - Ante o mais Além
(Emmanuel)
Anseias pela manifestação dos entes amados que te antecederam na grande viagem da desencarnação.
Pondera, entretanto, relativamente à presença deles no plano físico, onde te encontras ainda, e remonta os cuidados que te recebiam nos instantes de luta e sofrimento:
medicação para a enfermidade e entendimento nas horas de crise.
Aqueles que se afiguram mortos estão vivos.
E todos os teus pensamentos, com respeito a eles, alcançam-lhes o espírito com endereço exacto.
* * *
Imagina uma pessoa em desequilíbrio emocional que gritasse em lágrimas ao telefone, rogando consolo e coragem ao ente amado na outra ponta do fio, hospitalizado para tratamento de reajuste, a exigir bastas vezes socorro mais intensivo.
Decerto que os responsáveis pelo doente, de um lado, e pelo outro, o enfermo, à distância, tudo fariam para adiar o encontro solicitado, considerando que aflição mais aflição somariam apenas desespero maior.
* * *
Diante dos seres queridos domiciliados no Mais Além, reflecte, acima de tudo, na infinita bondade de Deus, que nos empresta as afeições uns dos outros por tempo determinado, a fim de aprendermos, através de comunhões e separações temporárias, a entesourar o amor indestrutível que nos reunirá, um dia, na felicidade sem adeus.
E enquanto perdure a distância, do ponto de vista físico, cultiva a saudade nas leiras do serviço ao próximo, qual se estivesses amparando e auxiliando a eles mesmos, tanto quanto efectuando em lugar deles tudo quanto desejariam fazer. Assim construirás, gradativamente, a ponte de intercâmbio pela qual virão ter espontaneamente contigo, de modo a compreenderes que berço e túmulo, existência e morte, são caminhos da evolução para a vida imortal.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:26 pm

2 - Telefone mediúnico
(J. Herculano Pires)
Uns não acreditam nas comunicações dos Espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefónica.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra!
Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens?
Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefónica.
Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.
Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte.
Nem todos os Espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade.
Além disso, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.
A morte é um fenómeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam.
A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação.
Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.
Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes.
Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou director de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados.
Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada.
Enganam-se os que pensam que podem dominá-los.
Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos:
o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.
É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido.
Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do Espírito na vida e na morte.
O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados.
O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus.
Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além.
Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.
Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem-se de que os próprios Espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos.
Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível.
O conceito erróneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição.
O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:26 pm

3 - Consulta sobre o amor
(Chico Xavier)
As páginas de Cornélio Pires, enriquecidas com os seus apontamentos doutrinários, caro professor, têm motivado interessantes comentários e solicitações.2
Assim é que, em uma de nossas reuniões públicas, tendo O Livro dos Espíritos nos dado para estudo a questão 296,3 e depois das explanações a respeito, por uma de nossas irmãs presentes, o nosso amigo Cornélio respondeu à carta de um companheiro que o consultou acerca do amor no plano espiritual, resposta que lhe enviamos desejando vê-la divulgada com os seus comentários.

3 - Ponto de vista
(Cornélio Pires)
Recebi o seu pedido,
Prezado amigo Antenor,
Você deseja saber
O que pensamos do amor.
Falarei do amor terrestre,
Não daquele que conduz
Nossa vida e pensamento
Para a união com Jesus.
É verdade que não tenho
Direito algum que me assista;
Por isso, exponho a você
Meu simples ponto de vista.
Conforme acredito hoje,
Nos pobres estudos meus,
O amor na totalidade
É a natureza de Deus.
No entanto, pelo que vejo,
Quanto ao que sinto e ao que faço,
O amor é Deus em nós todos…
Cada qual tem um pedaço.
De tudo, porém, que amamos,
Até quanto conhecemos,
Quanto menos possessão
Maior a porção que temos.
O amor, quando chega, alcança
Nossa vida rotineira,
Parecendo o orvalho à noite,
Quando cai na laranjeira.
Mas é preciso cuidado
Por dentro do coração.
Toda afeição caprichosa
Traz grande perturbação.
Quando a pessoa faz isso,
Lá se vai a luz do bem:
Carinho vira paixão
Que não dá paz a ninguém.
Olhe a história de Quinota:
Dizia adorar Lineu,
Porque o moço quis a prima,
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:27 pm

A coitada enlouqueceu.
Delfim perseguindo Joana
Que, de facto, o não queria,
Atirou sobre o pai dela
E acertou Dona Maria.
Joaquim namorava Zélia;
A paixão nele era fogo…
Quando viu Zélia doente,
Colou-se à Tina Diogo.
Antónia clamava sempre
Que amava Zeca Vilaça,
Mas Zeca perdeu as pernas
E Antónia sumiu da praça.
Recorde o que sucedeu
Com Camilo Felisberto,
Desprezado por Joaquina,
Matou-se com tiro certo.
O amor, na Terra, em verdade,
Pode ter grande aconchego,
Mas para viver em paz
Não deve ter muito apego.
O amor, enfim, vem de Deus,
Mas se em nós vira paixão,
Parece cousa de louco
Ou trama de obsessão.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:27 pm

3 - Amor sem possessão
(J. Herculano Pires)
O desapego é uma constante nas lições dos grandes mestres espirituais.
E mesmo na vida terrena as pessoas sensatas e experientes compreendem os perigos do apego amoroso.
Todas as escolas de Psicologia denunciam esses perigos e, desde os gregos até nós, os filósofos ensinam que a felicidade depende da nossa capacidade de libertar-nos do apego às coisas e aos seres.
O ciúme é sintoma de apego e leva a desequilíbrios perigosos, podendo gerar doenças graves e acarretar crimes nefandos.
Lemos sempre nos jornais a expressão: “Matou por amor”.
Mas a verdade é que o amor não mata, pois o amor é vida e não morte.
O que mata é o ciúme, o apego amoroso, gerado por sentimentos inferiores de posse exclusivista da pessoa amada.
Esses sentimentos são resquícios animais da espécie que racionalmente devemos expulsar de nós, ao invés de racionalmente aumentá-los, como em geral fazemos.
Nossa imaginação pode levar os instintos animais a intensidades ameaçadoras, o que jamais ocorre nas espécies animais.
Temos de aprender a amar sem apego.
Quando Cornélio escreve que “o amor na totalidade é a natureza de Deus”, lembra-nos a afirmação de João, em seu Evangelho:
“Deus é amor”.
E Cornélio tira desse princípio a explicação do antigo mistério da presença de Deus em nós, afirmando:
“O amor é Deus em nós todos, cada qual tem um pedaço”.
A seguir, adverte que quanto menos possessão pusermos no amor, mais amor teremos em nosso coração.
É impossível dar-se uma lição tão elevada com palavras mais simples e de maneira mais natural.
Toda a dinâmica da evolução espiritual se esclarece na simplicidade caipira desses versos.
Deus está presente em nós pela nossa capacidade de amar, mas enquanto não superarmos o nosso egoísmo, que tudo quer com exclusividade, o amor permanecerá sufocado pela vaidade, o desejo e a ambição.
Poderíamos perguntar:
mas se o amor é o próprio Deus, por que ele não vence o nosso apego?
A resposta é clara:
porque amor é liberdade.
O amor é Deus chamando-nos para a liberdade, convocando-nos ao desapego por nossa própria compreensão e decisão.
Deus não nos ama com apego, mas com liberdade e por isso não quer impor-nos a compreensão do amor, que devemos atingir por nós mesmos.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:27 pm

4 - Hora de descrença
(Chico Xavier)
Amigos que nos visitavam, em conversação connosco, reportavam-se ao grande número de pessoas que, na actualidade do mundo, mostram-se desinteressadas pela fé religiosa.
Incluíam entre elas a parcela de companheiros do nosso ideal que, embora continuem amparados pelas convicções espíritas cristãs, afastam-se das actividades doutrinárias.
Detivemo-nos sobretudo na consideração dos irmãos de humanidade que se dizem afastados da ideia de Deus, que se declaram ateus, que afirmam preferir a condição de materialistas à de religiosos, espíritas, médiuns ou doutrinadores, em vista de conservarem os defeitos inerentes à natureza humana.
Detivemo-nos também no caso dos muitos que se dizem descrentes em vista das conquistas científicas do nosso tempo.
Após tais considerações preliminares, foram iniciados os estudos da noite, com O Livro dos Espíritos oferecendo-nos a questão 148, que suscitou muitos comentários instrutivos.
Encerrando nossas tarefas, Emmanuel escreveu a página “Materialismo e actualidade”.

4 - Materialismo e actualidade
(Emmanuel)
Nos mais diversos grupos religiosos temos companheiros que se confessam desolados por desenganos e se retiram da fé, asseverando-se dispostos a viver sem Deus.
Viver sem Deus para eles significa a demissão das disciplinas e obrigações que nos frenam os impulsos inferiores e nos impõem os deveres da educação própria.
Livres tais quais somos, procedem assim acreditando que se farão mais felizes pela adopção de semelhante atitude.
No entanto, não se sabe de nenhum deles que haja chegado com isso à paz íntima, alicerce fundamental da felicidade.
É que a consciência ocupa em nós muito mais espaço que todas as estruturas que nos constituem o corpo e a alma.
Na Terra de hoje, em nos reportando ao veículo físico, transplantam-se peças determinadas e até mesmo certos órgãos podem ser extraídos sem prejuízo para a existência da criatura.
Não existe, porém, qualquer cirurgia que atinja as forças da consciência.
Será possível alterar ou anestesiar funções do cérebro que serve-lhes de moradia, impedindo-se-lhes temporariamente as manifestações, mas todo processo de sedação do campo mental, que não se filie ao critério científico para efeito de tratamento ou de cura, resultará sempre em desequilíbrio do qual a vítima voltará à revisão de si mesma para o necessário reajustamento.
Nenhum de nós foi criado para a irresponsabilidade.
Urge observar ainda que não somos tão ingénuos a ponto de admitir que basta crer em Deus para que nos sintamos anjos, ao invés de criaturas humanas.
Justamente por isso é que nos conhecemos nos débitos, defeitos, imperfeições, deficiências e inclinações menos felizes que ainda nos caracterizem a individualidade.
Entretanto, vale muito mais aceitarmo-nos como somos e aceitarmos os outros como ainda são, trabalhando pelo bem de todos, sob a inspiração da confiança em Deus, do que, a pretexto de virtude ou superioridade, nos declararmos contra Deus, caindo na rebeldia ou no ódio, na violência ou na sovinice, na inveja ou na criminalidade, no alcoolismo ou na toxicomania, na sexualidade descontrolada ou nos desvarios da inteligência.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:27 pm

Há quem diga, e com razão, que milhões de companheiros da Humanidade se bandeiam neste século para o materialismo.
Todos eles, porém, permanecem no tumulto e na insegurança, procurando a paz e a alegria que não encontram.
E isso ocorre, inelutavelmente, porque toda vez que nos arvoramos contra Deus optamos pela desorientação de nossa própria vida.
Diante dos irmãos que se afastam dos templos e oficinas da fé religiosa, oremos pela tranquilidade deles, porquanto se escolhem fugir de Deus, alegando obstáculos e tribulações na estrada real para a Vida Superior, muito maiores serão as dificuldades com que se observarão defrontados no terreno desconhecido em que se marginalizam.
E prossigamos atentos nas obrigações que nos cabem, claramente convencidos de que todos aqueles companheiros nossos que pretendem a fuga de Deus continuam em Deus, ante a impossibilidade de viverem sem a própria consciência.
Sofrem com a ausência de mais profunda intimidade com as tarefas alusivas à inspiração de Deus, suspiram pelo retorno à fé e se atormentam com a sede de harmonia interior, motivos pelos quais à disciplina das Leis de Deus todos eles voltarão.

4 - Hora de fé
(J. Herculano Pires)
Não é por causa dos estudos e do progresso das ciências que os homens se tornam materialistas, mas por causa do orgulho e da vaidade.
Isso afirma Kardec, em O Livro dos Espíritos, reproduzindo instruções espirituais, na questão 148. E, a seguir, comenta:
“Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos mais do que a acção da matéria, e a esta atribuem todos os nossos actos”.
Essa aberração da inteligência torna-se mais evidente em nossos dias.
A diagnose de Kardec foi de absoluta precisão.
No momento exacto em que a cultura terrena perde as suas bases materiais e passa a girar na órbita do espírito, é absurdo, simples absurdo, lamentável prova da deformação da lógica pelo orgulho, a opção do materialismo.
A matéria se desfez em energia, e, portanto, em vibração, nas mãos dos físicos;
a descoberta da antimatéria revelou novo plano de vida;
a Astronáutica abriu-nos a possibilidade de contacto com outros mundos habitados;
os materialistas foram surpreendidos com a possibilidade de ver e fotografar o corpo espiritual do homem, e puderam constatar que esse corpo não se destrói com a morte.
Quais os dados que esses avanços do conhecimento oferecem a favor da concepção materialista?
Só uma aberração da inteligência, uma deformação da razão, pode levar alguém a deduzir, dessa enorme revolução científica, que o materialismo saiu vitorioso.
Os próprios filósofos materialistas, como no caso de Bertrand Russell, viram-se obrigados a estranhos malabarismos mentais para defender a sua concepção.
Sartre, o filósofo do nada, perdeu popularidade em favor de Heidegger, até há pouco acusado de cair no misticismo.
É tolice dizer que o desenvolvimento actual das ciências favorece o materialismo.
O próprio Einstein afirmou, bem antes desses avanços mais recentes:
“O materialismo morreu por falta de matéria”.
Quem opta pelo materialismo, nesta altura da evolução científica, revela falta de senso ou distúrbio do raciocínio.
Seria o mesmo que Tomé dizer a Jesus ressuscitado:
“Se toco as tuas chagas é porque não morreste”.
A tendência para o materialismo é ainda muito comum entre os jovens.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:28 pm

“A juventude – disse Ingenieros – toca a rebate em toda renovação”.
Os jovens trazem a missão de renovar o mundo e por isso lutam contra os princípios dominantes, rebelam-se contra os sistemas tradicionais.
A luta da Ciência contra a Religião – o dogmatismo fideísta emperrando o progresso – mostra-lhes de que lado estão as forças renovadoras.
Eles se alistam afoitamente desse lado.
Mas o Espiritismo transformou esse quadro, revelando que a Ciência também pode frear o progresso.
Os dogmas do materialismo científico são tão prejudiciais quanto os do fideísmo religioso.
E os moços começam a compreender isso.
Temos de ajudar os jovens, mostrando-lhes que o Espiritismo não sofre dos prejuízos do dogmatismo fideísta ou do dogmatismo religioso.
Temos de mostrar-lhes que a Ciência Espírita é hoje a posição de vanguarda.
Mas para tanto é necessário desenvolvermos a Cultura Espírita, criando o clima adequado à compreensão da Doutrina em sua plenitude e não apenas no seu aspecto religioso.
Ai dos que tentam afastar os jovens do Cristo, subordinando-os à rotina dos velhos.
O Espiritismo é a juventude do mundo, é a rebelião contra os erros do passado.
Ele nos propõe uma hora de fé, mas de fé racional, de fé pelo saber.

5 - Homenagem a Bezerra de Menezes
(Chico Xavier)
A mensagem de Maria Dolores foi obtida em nossa reunião pública levada a efeito em homenagem ao nosso caro benfeitor espiritual, o Dr. Bezerra de Menezes.4
O tema em estudo foi o item 11 do capítulo XIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado “Beneficência”.
Após os comentários da noite, a nossa querida irmã compareceu com sua página poética “Mãos Benditas”.

5 - Mãos benditas
(Maria Dolores)
Escuta-nos, Senhor,
Na luz do Lar Celeste!
Desejamos, Jesus, agradecer-te
As mãos benditas que nos deste!
Aquelas mãos sublimes
Que nos entreteceram o berço
Entre as forças do mundo,
Que fizeram escolas,
Aquelas que tomaram nossos dedos,
Revestidas por ti de amor terno e profundo
A fim de penetrarmos nos segredos
Das palavras e letras da instrução…
As que encontramos no caminho,
Quando a sombra da mágoa nos alcança
E acendem para nós com simpatia
O facho da esperança.
Aquelas que nos trazem,
Ao sol do dia-a-dia,
Exemplos de trabalho.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:28 pm

As que cavam a terra,
Muita vez suportando espinhos agressores
E vibram de alegria
Ao vê-la transformar-se em celeiro de flores!
As que fazem o pão,
As que costuram vestes multiformes,
Cobertura e agasalho,
Aquelas que nos dão
A bênção da limpeza,
As que buscam nos dons da Natureza,
Quantas vezes, cansadas de lutar,
Os recursos da vida
Que nos erguem o lar…
As que socorrem os doentes,
As que se inclinam para os sofredores,
Em recintos de angústia, lares e hospitais,
Que afagam companheiros indigentes
Ou que protegem pobres pequeninos
Revelando desvelos maternais!
As que orientam para a ordem,
Garantindo a justiça e a segurança,
As que escrevem bondade, educação, beleza,
Em que a estrada se eleva e a mente se aprimora,
Criando, mundo afora,
Ideias de optimismo, reconforto,
Das quais se estende a luz de surpresa em surpresa…
Aquelas que se humilham quais violetas
E, revolvendo o pó,
Levantam nosso irmão ou nossa irmã
Caídos nas sarjetas
Ou no esgoto comum,
De coração dizendo a cada um:
– “Você não está só”.
As que foram batidas
Por críticas mordazes
E prosseguem agindo como fazes,
Retribuindo o mal com o bem;
As que ajudam e passam
Sem ferir a ninguém…
Benditas sejam elas
Todas as mãos, Senhor, que procuram servir,
– Exército de estrelas a buscar-te,
Edificando, em toda parte,
O Reino do Porvir.
E agradecendo-as, rogo-te, Jesus:
Toma-me as mãos vazias,
Faz-me trabalhar
Em todos os meus dias!
E porque me conheça
Tão pobre quanto sou,
De revés em revés,
Sem nem mesmo poder
Aspirar, ante os séculos futuros,
À sublime ventura,
Anseio conquistar a posição
Da serva que se esqueça
Nas tarefas de amor que o teu amor reparte.
E, a despeito de minha imperfeição,
Frágil, errada e inculta, quero dar-te
Meu próprio coração.
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Dez 17, 2017 12:29 pm

5 - Exército de estrelas
(J. Herculano Pires)
As mãos de Bezerra de Menezes, o Médico dos Pobres, foram na Terra as fiandeiras da caridade.
Trabalharam intensamente, desde o seu tempo de estudante, em favor dos necessitados.
E enquanto elas teciam a rede de socorro e assistência aos pobres, sem esquecer os ricos, para os quais usava a sua inteligência e a sua cultura, ele tecia sem querer e sem saber a sua própria túnica de luz para a vida espiritual.
Maria Dolores se inspira nessas mãos benditas para nos enviar a sua mensagem poética.
E toda essa mensagem é um cântico de amor aos homens, chamando-lhes a atenção para a responsabilidade das mãos.
Os que amam a poesia gráfica e, portanto, sensorial dos nossos dias, os hieróglifos da chamada poética de vanguarda, não gostarão dessas estrofes despretensiosas e lineares (porque racionais) da poetisa espiritual.
Mas os que não se apegam à forma e procuram a substância poética sentirão a música inaudível desses versos.
Os pintores nem sempre deram a devida importância às mãos de Jesus em seus quadros.
Mas um pintor paulista, Vicente Caruso, fez um quadro de Jesus em que a mão se destaca.
Todo o valor do quadro está naquela mão – apenas uma – em posição vertical, revelando em suavidade e pureza a missão do Salvador.
O médico Dr. Sílvio Marone escreveu um pequeno mas valioso ensaio sobre a psicologia das mãos na Ceia de Da Vinci, analisando a linguagem das mãos.
Essa linguagem se traduziu mediunicamente nas materializações de mãos produzidas através do médium Daniel Dunglas Home, um “gentleman” escocês que se celebrizou pelo borboletear das mãos em suas manifestações, embora nunca tenha sido espírita.
As mãos dizem o que somos, porque somos o que fazemos através delas.
Podemos semear a destruição e podemos semear o amor com as nossas mãos, mas devemos lembrar que colheremos o que semearmos.
Por isso, a poetisa quer inscrever as suas mãos no exército de estrelas que luta na Terra em busca de Jesus.
Há um poema de Michel Quoist, muito divulgado, em que ele agradece a Deus os braços e as mãos que nos deu, enquanto tantos existem sem braços.
Refere-se também aos outros membros e órgãos que possuímos, enquanto muitos não os possuem.
Maria Dolores não comete esse feio pecado de egoísmo.
Ela sabe que os mutilados de hoje recuperarão amanhã os membros perdidos e não devem ser apontados como consolo egoísta para nós.
Por isso, atém-se a louvar as mãos benditas que trabalham na construção do bem.
É como se nos dissesse:
“Emprega bem as tuas mãos, para que elas nunca te faltem”.
E aos que não as possuem:
“Quando recuperardes as mãos, empregai-as sempre no bem”.

6 - Ouro: prós e contras
(Chico Xavier)
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu para estudo o item 7 do capítulo XVI, relativo à fortuna terrena.
Os comentários dos companheiros foram os mais diversos.
Alguns destacavam a sovinice e a ambição, a maldade e a guerra através da História, formulando acusações ao ouro.
Outros mostravam o valor da fortuna material como instrumento de evolução do homem e do mundo.
Complementando as observações da noite, o nosso caro Emmanuel escreveu a página a que denominou “Dinheiro”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 18, 2017 10:19 am

6 - Dinheiro
(Emmanuel)
Abençoa o dinheiro para que o dinheiro te abençoe.
Em verdade, não temos nele a vida, mas em si mesmo se erige por valioso sustentáculo do progresso, sobre o qual a vida se aperfeiçoa.
Não é o amor; entretanto, suscita a simpatia e o reconhecimento em que, muitas vezes, o amor aparece em fontes de luz.
Não é a saúde; todavia, assegura o medicamento que combate a enfermidade.
Não é a paz; contudo, é factor de equilíbrio, promovendo o trabalho ou extinguindo muitos dos débitos que atormentam o espírito.
Não é a felicidade; no entanto, pode criar a felicidade a nosso favor, através do bem que é capaz de esparzir.
“Talvez… Talvez…”, dirás, com amargura de quantos viste no resvaladouro da delinquência por não saberem usufruí-lo com segurança e proveito.
De nossa parte, porém, tomamos a liberdade de perguntar se conheces todo o inventário:
• das dores que o dinheiro suprime;
• das lágrimas que enxuga;
• das aflições que desfaz;
• das empresas culturais que sustenta;
• do reconforto que espalha;
• das esperanças que semeia;
• das boas obras que realiza;
• das vidas que salva;
• dos suicídios e delitos outros que consegue evitar;
• das indústrias que incentiva e mantém;
• das inteligências que aprimora; ou
• das bênçãos de alegria que distribui.
Não censures a fortuna amoedada e nem condenes aqueles que a conservam, carregando responsabilidades e dirigindo-se a fins que ignoramos.
Na Terra o dinheiro é uma alavanca que a Divina Providência nos coloca nas mãos; manejando-a, tanto se pode marginalizar o coração nas trevas quanto edificar o luminoso caminho para a Vida Maior.
Dinheiro, em suma, vem de Deus, mas é forçoso reconhecer que a aplicação dele vem de nós.

6 - Os ricos e o Reino
(J. Herculano Pires)
A condenação de Jesus aos ricos, tão clara no Evangelho de Lucas, não se refere à fortuna em si, mas ao apego à fortuna.
Se Jesus considerasse o dinheiro como maldição não diria ao moço rico que o distribuísse aos pobres.
A riqueza individual e familiar é uma forma de acumulação com vistas ao futuro da colectividade.
Kardec examinou suficientemente esse problema e deixou evidente o papel social da riqueza.
Mas justamente por isso ela se torna, como dizem constantemente os Espíritos, uma das provas mais perigosas para o espírito encarnado.
Podemos compará-la à saúde.
O homem são e forte em geral se embriaga com a sua condição e se afasta dos problemas do espírito.
Esquece o que é e que terá de voltar ao plano espiritual.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 18, 2017 10:19 am

A prova da saúde é tão perigosa como a da fortuna.
Mas ambas têm por finalidade adestrar o espírito na luta com as ilusões, com as fascinações da vida.
É nessa luta que o espírito desenvolve os seus poderes internos, a sua capacidade de superar a matéria, de dominá-la como o nadador domina a água.
A parábola do jovem rico põe a nu a situação do espírito diante da prova.
O jovem queria a salvação e procurava seguir os preceitos da lei para atingi-la.
Sua consciência o advertia de que ele não estava fazendo o necessário.
Mas quando Jesus lhe disse que se libertasse dos seus bens e os revertesse em favor dos pobres, ele não teve coragem de fazê-lo.
Vender as suas propriedades e distribuir o dinheiro aos necessitados não é apenas dar esmolas.
A maior esmola é a que se faz em forma de auxílio e estímulo ao trabalho.
As propriedades inúteis do jovem rico podiam ser transformadas em recursos de produção, beneficiando os pobres.
A acumulação da fortuna implica no dever do seu bom emprego em favor da colectividade.
Quem não a usa nesse sentido, mas apenas em benefício do seu orgulho e da sua vaidade pessoal, está colocando-se na situação do camelo que não pode passar pelo fundo da agulha.
A vida terrena passa breve e o rico egoísta logo se verá diante da porta estreita do Reino sem poder franqueá-la.
Quando os homens forem capazes de enfrentar a prova da riqueza para vencer o egoísmo, a miséria desaparecerá do mundo.
A porta do Reino de Deus é estreita, porque só as almas puras, aliviadas da carga da ambição e do orgulho, devem passar por ela.
O rico egoísta, apegado aos seus haveres, não consegue entrar, pois não se dispõe a largar os seus fardos do lado de fora.
Terá de voltar muitas vezes à Terra, aos reinos dos homens, para aprender que a riqueza material só o ajudará quando ele souber trocar as suas moedas de metal por actos de amor.

7 - Encontro na prece
(Chico Xavier)
A mensagem “Vida e Coragem” nasceu de uma reunião de amigos a que compareci.
Comentávamos os problemas e tribulações com que somos todos desafiados para seguir adiante, na execução de nossos compromissos ante as realizações espirituais.
Tantos companheiros se afastam das actividades a que se consagravam, nos domínios da fé, muito embora continuem convencidos quanto às verdades do espírito!
E quantos como que se distanciam da própria vida, permanecendo em desânimo!
Referimo-nos a isso, quando alguém lembrou o benefício da prece em conjunto, para buscarmos a inspiração da Vida Superior.
A oração foi pronunciada por um de nossos companheiros.
Em seguida abrimos O Livro dos Espíritos, que nos ofereceu a questão 643 5 para estudo.
Trocamos ideias em torno do assunto suscitado pelas instruções kardecianas.
E, ao término do ligeiro encontro espiritual na prece, o nosso amigo André Luiz escreveu, por nosso intermédio, a mensagem sobre coragem e realização que todos nós, presentes ao estudo, concordamos em enviar às suas mãos, na esperança de vê-la em nossas publicações com os seus apontamentos doutrinários, para maior amplitude de esclarecimentos em nosso favor.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 18, 2017 10:20 am

7 - Vida e coragem
(André Luiz)
Ninguém consegue evoluir e elevar-se sem a coragem de aceitar-se tal qual é para fazer o melhor de si.
* * *
Decerto os que nunca erraram e nunca sofreram estarão ainda na estaca zero, em matéria de experiência.
* * *
Nenhum avanço se fez e nem se fará sem riscos.
* * *
Pessimismo é impedimento de criação voluntária.
* * *
Receio de sacrifício, em se tratando de fazer o melhor, é atraso
na marcha.
* * *
Trabalhar servindo é participar, e participar é viver corajosamente.
* * *
Todos aqueles que se preservam demasiado contra obstáculos e provações acabam fugindo às tarefas que lhes compete desenvolver.
* * *
O Espírito que colabora na construção da felicidade geral não se agasta com a visita da injúria, qual o semeador que, a fim de enriquecer o celeiro, não se irrita contra os detritos do solo a que se dedica.
* * *
Na contabilidade do bem de todos, mais vale imperfeição que trabalha em auxílio aos outros, no processo de aperfeiçoamento da alma, que virtude inerte com medo de perder-se.
* * *
Todos nós – os Espíritos ainda vinculados à Terra – somos, colectivamente considerando, vasto rebanho de criaturas em evolução.
Mas aquele que não tenha coragem de pensar, agir e renovar-se sozinho, quando o rebanho estoure ou empaque, estará por muito tempo na roda da repetição, de vez que sem coragem de sermos o que somos, operando e cooperando para cumprir o dever que a vida nos atribui, não encontraremos progresso e nem apresentaremos utilidade para ninguém.

7 - Ser e fazer
(J. Herculano Pires)
Tudo na vida está por fazer.
O que já fizemos é apenas o início da nossa tarefa.
Ser e fazer são duas faces da mesma moeda.
Quem é, faz.
Quem não faz, não é.
Podemos lembrar a doutrina de potência e ato em Aristóteles.
Somos em nós mesmos a potência de quanto temos que fazer.
Mas só fazendo nos actualizamos, nos convertemos na realidade viva do nosso destino, no ato de viver.
Os filósofos existenciais consideram hoje que, para o homem, a vida é potência que se realiza no ato de existir.
Assim, existir é viver conscientemente, lutando sem cessar na busca da transcendência.
A mensagem de André Luiz toca num ponto essencial da Filosofia Espírita – o seu aspecto existencialista.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 18, 2017 10:20 am

Ao contrário do que geralmente se pensa, o Existencialismo não é uma corrente superficial do pensamento moderno.
É um esforço para a compreensão do Ser através da Existência, uma busca do homem através do seu fazer.
No Espiritismo essa busca se amplia e se aprofunda com a doutrina das existências sucessivas.
O homem se faz a si mesmo fazendo o que lhe compete em cada existência.
Se ele se considerar feito ou incapaz de fazer, não transforma a vida em ato, não existe.
As plantas e os animais vivem.
A vida se actualiza nos reinos vegetais e animal através do simples ato de viver.
Mas no homem existe a consciência, que supera o simples viver, exigindo o fazer espiritual.
O homem não pode vegetar nem viver segundo os instintos animais.
A consciência contém os seus próprios instintos que em O Livro dos Espíritos são designados como instintos espirituais.
Estes exigem do homem a definição do seu viver no rumo das suas aspirações.
Só assim ele se torna um existente, que no Espiritismo se define como inter-exstente, um ser que existe entre dois mundos.
É por isso que o homem precisa aceitar-se tal qual é, tomando consciência das suas deficiências, dos seus defeitos, para fazer o melhor de si mesmo, para superar-se.
As Filosofias da Existência, que caracterizam o pensamento filosófico do nosso tempo, confirmam a Filosofia Espírita e nos fornecem novos elementos para melhor compreendê-la.
Se o leitor desejar aprofundar este assunto, deve ler o nosso livro O Ser e a Serenidade, da Coleção Filosófica Edicel.
Não podemos indicar outro, simplesmente por não existir.

8 - Poesia-prece
(Chico Xavier)
Precedendo-nos a sessão pública, as conversações dos amigos que nos visitavam, em grande número, punham em destaque a beleza de nossos princípios e as nossas dificuldades para trazê-los à luz da prática.
Falávamos a respeito dos choques e das depressões que nos tomam o pensamento quando caímos em erros e da necessidade de nos superarmos para continuar lutando pelo auto-burilamento.
Iniciadas as tarefas da noite, O Livro dos Espíritos nos deu a exame a questão 660, referente à prece.
E depois dos comentários de uma nossa irmã, a poetisa desencarnada Maria Dolores escreveu a poesia-prece “Confidência mais Íntima”.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Dez 18, 2017 10:20 am

8 - Confidência mais íntima
(Maria Dolores)
Senhor!…
Quantos te deram
A vida de uma vez!…
Bendito o santo que se fez
Na virtude integral!…
Louvado seja o apóstolo da fé
Que viveu e sofreu, padecendo de pé,
Dando-te o coração para vencer o mal!…
Glorificados sejam para sempre
Os mártires e heróis
Que te seguiram sem vacilações
Para o Reino do Amor onde te pões,
À maneira de sol refulgindo entre os sóis!…
Ampara-me, porém,
Compassivo Senhor do Eterno Bem,
A mim – pobre de mim – que só te posso dar
Meus frágeis sentimentos como são,
Consagrando-te a vida, gota a gota,
Dentro de minha própria imperfeição!…
Quando me chamas para a caridade
Ante os encargos de que me encarrego,
Perdoa se te entrego
Apenas um vintém
No socorro de alguém.
Quando me sabes de mãos ricas…
Tão logo me assinalas e edificas.
Pedindo-me concurso em favor de um doente,
Desculpa se te dou tão-somente um minuto
De todo o largo tempo que desfruto,
A fim de repousar indefinidamente.
Quando me buscas para ser
A intervenção do amor,
Segundo o meu dever,
Onde o ódio campeia
E a discórdia domina,
Perdoa se te oferto simplesmente,
Em frase pequenina,
Breve conceito superficial,
Que fale de harmonia e conserve tal qual
O problema que aflige a vida alheia.
Fugindo de espalhar a paz a que me elevas
Deixando em fogo e pranto as vítimas das trevas…
Quando me indicas à piedade
Por aqueles que a crítica condena,
Perdoa se te trago,
De sentimento indefinido,
Curto gesto de pena,
Qual se colaborasse,
Na indecisão de minha própria face,
Para que o bem seja esquecido…
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